atps direito empresarial e tributÁrio correta

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP DIREITO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO: relatório final BELO HORIZONTE 2012

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

DIREITO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO: relatório final

BELO HORIZONTE

2012

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BELO HORIZONTE

2012

Relatório final da Atividade Prática Supervisionada de Direito Empresarial e Tributário do curso de Ciências Contábeis, da Universidade Anhanguera – Uniderp, pólo de Belo Horizonte, relativo às aulas de Direito Empresarial e Tributário, onde a realização desse relatório nos leva a analisar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais.

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho foi realizado com os objetivos de estimular e favorecer a

aprendizagem individual e coletiva- em grupo, de forma a estimular o estudo

independente e sistemático em diferentes ambientes, e habilidades para a

atuação profissional, aplicando as teorias às práticas do dia a dia dos cidadãos

e suas empresas, enfatizando direitos, deveres e obrigações das empresas e

empresários.

Abordando o tema: “O novo Direito Empresarial e os Aspectos Legais da

Empresa e alguns conceitos e definições pertinentes ao Direito Comercial,

Direito Empresarial, Empresa e sua evolução, função social, Empresário,

Títulos de Créditos e a capacidade contributiva, bem como, uma discussão

sobre esta carga tributária que consideramos muito pesada sobre as empresas

brasileiras, seja na prestação de serviços ou na produção de bens e na

comercialização destes bens. Entendemos que cabe às empresas uma melhor

preparação, para que sejam mais conscientes quanto a terem responsabilidade

social, pensando na empresa e no meio em que ela subsiste. Desta forma,

fazendo uma sociedade mais igualitária e justa. Levando em conta também o

meio ambiente que hoje é fator que agrega valor às empresas e aos produtos

por ela comercializados esta questão de ser sustentável. Pretendemos assim,

agregar e passar a outros, conhecimentos primordiais para o bom desempenho

de suas funções no trabalho e no meio em que vive, com a visão que se cada

um fizer a sua parte, pensando no bem comum, poderemos construir um futuro

melhor para todos, inclusive econômica e socialmente falando.

Nesta visão, englobamos as pessoas físicas, as empresas e os governos, por

que, acredita-se que as mudanças acontecem quando todos se unem em torno

de um só objetivo, o bem comum.

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ETAPA 1

PASSO 1

Direito Comercial

É o Direito Comercial que rege sobre a atividade econômica de fornecimento de bens e serviços de uma empresa, conforme a Lei vigente, sua Doutrina e Jurisprudência. Ele estuda casos visando à resolução de conflitos que envolvam empresários ou o que se relaciona ás empresas. Pode ser chamado também de Direito Empresarial Mercantil ou de Negócios.

A intensificação das trocas entre povos e com isto a intensificação da produção de bens na Antiguidade, assim surgiu o comércio que originou os intercâmbios entre povos de diferentes culturas que foram desenvolvendo meios de transportes e tecnologias avançadas, proporcionando o fortalecimento dos Estados. Assim também vieram as guerras, escravidão e escassez dos recursos minerais. Na Idade Média, o comércio estava espalhado por todos os povos e culturas, exigindo a criação de normas para disciplinar e evitar conflitos entre as corporações e seus filiados na época do Renascimento (Europa), entre artesãos e comerciantes. Na Modernidade, estas normas se tornaram o Direito Comercial e era aplicado em algumas corporações, levando em conta seus usos e costumes. No século XlX, Napoleão Bonaparte editou o Código Comercial e o Civil – Visa disciplinar as atividades dos cidadãos e repercutiu em outros países como Roma e Brasil. O Direito privado se classifica em civil e comercial. Quando se praticava atividade econômica derivada de ato de comércio, aplicavam-se as regras do Código Comercial. Com a expansão das atividades que dizem respeito aos atos de comércio (bancos, seguros, imobiliárias entre outros), a Teoria dos atos do comércio se torna insuficiente para delimitar a abrangência o Direito Comercial e surge a teoria da empresa.

Direito Empresarial

No código Civil, o Direito Empresarial figura como um ramo do Direito Privado e ela dita princípios e normas que disciplinam as atividades do empresário. Diz ainda, como se deve atuar econômica e organizadamente no sentido de atender a produção e circulação de bens ou serviços no mercado ao qual está inserido.

Surgiu na Itália (1942), o novo sistema de regulação de atividades econômicas e neste contexto, foi estendido o Direito Comercial, que passou a incluir atividades novas e o seu nome agora passou a ser Teoria da Empresa

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(Além dos atos do comércio, incluiu a produção e circulação de bens e serviços e serviços empresariais). No Brasil (Lei nº 10.406), adotamos esta Teoria em 2002, reconhecendo a defasagem e necessidade de mudança e não mais correções por meio e doutrinas, jurisprudências ou leis esparsas como vinha fazendo.

O empresário é, segundo o NCC, pessoa que exerce profissionalmente, atividade econômica organizada – produção ou circulação de bens e ou serviços. Exerce profissionalismo, (habitualidade (atividades não esporádicas), pessoalidade (contrata funcionários) e tem monopólio e informações na sua empresa de bens e serviços), sobre atividade econômica na produção de bens e ou serviços para a circulação e bens e ou serviços. E ainda de acordo com o NCC, estão exclusas da teoria da empresa: Profissional Intelectual – de natureza científica, literária ou artística, salvo se constituir elemento e empresa; Empresário Rural – salvo se tiver inscrição no registro a empresas na Junta comercial; Cooperativas que são sociedades civis ou quem presta serviços diretos e não se organiza como empresa.

Empresa e sua evolução

Antes chamada Sociedade Comercial, hoje Sociedade Empresária, sua constituição e alterações tem o devido registro na Junta Comercial. As Sociedades Civis são chamadas hoje de Sociedades Simples (registro no cartório). Antes, porém do NCC, a divisão de sociedades era comercial (atividades mercantis) ou Civil (prestação de serviços). Com o Novo Código Civil, as sociedades são chamadas Empresárias ou Simples. A empresa não é sujeito de direito. Ela tem o estabelecimento (objeto do direito) que é o local organizado para o exercício das suas atividades com o seu complexo de bens.

Divisão: Sociedade não Personificada (documentalmente ou não, não tinha arquivamento ou registro) e a Sociedade Personificada (legal e com registro no órgão competente, tendo personalidade formal e tornando-se pessoa jurídica). Estas se dividem em Empresária e Simples.

Sociedade Empresária é aquela que exerce atividade própria de empresário e a Simples são todas as que exploram atividades de prestação de serviços como as atividades intelectuais ou de cooperativas.

Objetivo social no nome empresarial - O NCC exige que as empresas tenham em seu nome o objetivo a sociedade ou pelo menos a atividade preponderante exercida sob a aplicação da Junta comercial.

Classificação das sociedades – As sociedades não Personificadas (Sociedade Comum – (tem atividade econômica; sem registro; sociedade de fato/irregular) e Sociedade em Conta de Participação (contrato comum entre duas ouse mais pessoas, onde tem o sócio ostensivo, o empreendedor que administra e é responsável perante terceiros e os demais investidores (sócios participantes).

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O conceito de empresa se baseia no exercício de negócios jurídicos qualificados, ou seja, na atividade econômica organizada, com fim próprio e lícito (Negrão 2003). É a atividade exercida pelo empresário.

Personalização - É pessoa jurídica legal passível de direitos e obrigações, tem individualidade não se misturando ás pessoas dos sócios e patrimônio próprios. Pode se modificar internamente quanto à sociedade (limitada, anônima, em comandita simples e por ações, em nome coletivo), objetivo social, estrutura de sócios, permitindo a saída ou entrada de sócios e ainda a mudança de endereço ou capital social etc. Sua personalização se finda com a dissolução da sociedade de forma judicial ou extrajudicial.

Empresário

É todo aquele que exerce de forma profissional (NCC arts. 966 a 971), atividade econômica (combina produção – capital mão de obra, insumos e tecnologia) voltada para a produção ou circulação de bens e ou serviços. Identifica oportunidade, produz e atende a demandas e obtém lucro ou riqueza, considerando os riscos o negócio e sendo sempre cauteloso, não expondo a empresa à riscos, tendo equilíbrio e não criando instabilidade. O empresário é o dono da empresa (sujeito do direito) e deve ter perfil empreendedor, pois, isto será o melhor para a vida da empresa. Ele pode ser pessoa física ou jurídica.

É obrigatória a inscrição do empresário no Registro de Empresas Mercantis a respectiva sede e quaisquer modificações futuras, devem ser feitas de acordo com o CC e averbada no Registro Público de Empresas Mercantis de sua sede. Hoje, para exercer atividade econômica, deve fazer inscrição na Junta Comercial.

PASSO 2

Aspectos Legais da Empresa

Nome: Empório Body Store

Localização: Avenida dos Andradas Nº 3.000, Belo Horizonte - MG.

Segmento em que atua: Cosméticos Artesanais.

Porte/Tamanho: Microempresa (ME).

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Missão e Valores: O Empório Body Store nasceu em 1997 a partir da idéia de Tobias Chanan, presidente e fundador da empresa, de trabalhar o conceito “Empório Cool” com uma proposta lúdica, contemporânea e sofisticada, oferecendo aos seus consumidores produtos para rituais de bem-estar e cuidado pessoal. Sem deixar de lado o apelo artesanal, os produtos buscam transmitir o cuidado e a atenção empregados em sua fabricação, sempre valorizando uma das experiências que consideramos mais importantes no nosso dia-a-dia: o ritual de beleza.

Público Alvo: o público do empório Body Store é formado por pessoas com

estilo de vida bem específico: são pessoas bem informadas, com

personalidade e originalidade, que se preocupam com o bem-estar e cuidado

pessoal. 90% mulheres - 10% homens Idade varia entre 25 e 50 anos Classes

econômicas a1, a2, b1, b2 Mulheres ativas, independentes e bem sucedidas

profissionalmente.

Números de funcionários: 1 gerentes, 4 vendedores.

Nome e cargo do principal executivo: Maria Luiza Albuquerque

PASSO 3

EMPRESA

Empresa são uma pessoa jurídica com direitos o seu favor e também possuidora de deveres perante a sociedade, a legislação vigente, e também com seus funcionários, com o objetivo de exercer atividades, podendo ser particulares, publicas ou de economias mistas. Destina-se à produção ou comercialização de produtos ou serviços, com o objetivo de ter lucro. Ela existe para atender a necessidade da sociedade em geral como um todo, disponibilizando empregos, assim fazendo girar a economia, algumas conseguem prestar atendimento a sociedade e contribuir para fins sociais. Toda empresa possui uma estrutura, sendo descrita da seguinte maneira:

Atividade: Se o empresário é um profissional na atividade econômica organizada então a empresa é uma produção de bens ou serviços.

Produção de bens e serviços: Resumem-se em produtos, mercadorias e prestação de serviço.

Prestação de serviços: Este tipo de empresa não utiliza transformação de matéria-prima, mas utilizam a venda se serviços de seus profissionais para atuar no mercado.

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Organizada: Encontra-se nelas quatro fatores de produção; capital, mão de obra, insumos e tecnologias.

Produção: A empresa é responsável por transformar matéria-prima em objetos acabados, como por exemplo, montadoras de carro. Nesse tipo de estrutura empresarial, a grande maioria trabalha formalmente, tendo suas inscrições estaduais (IE), e seu cadastro nacional de pessoa jurídica (CNPJ) em dia, pagando seus impostos e demais encargos. Nesse tipo de estrutura, o trabalho informal é bem menor ou quase não há.

Capital: Refere-se à parte financeira da empresa, engloba investimentos e os recursos que devem ser mantidos em "caixa" (o chamado capital de giro) para o seu funcionamento.

Comercialização: A forma mais comum de comercialização é a troca de mercadorias por capital, visando atender as necessidades dos clientes, ir buscar o produto e trazer ao consumidor.

Recursos humanos: T as pessoas envolvidas devem ter um maior preparo técnico, investir em capacitação profissional, e todo profissional deve lembrar que é essencial ter iniciativa, ser dinâmico, comunicativo, possuir liderança e saber trabalhar em equipe.

Atividade econômica civis: O critério do direito comercial vem a deixar de ser ato de comercio e passa assim a ser empresarial idade, mas não suprime a diferença entre a área jurídica civil e comercial.

Autonomia do direito comercial

Este direito representa a especialização do conhecimento jurídico. São exigidos da pessoa que comercializa conceitos básicos da administração de empresas, também das finanças e da contabilidade da mesma. A autonomia do direito comercial tem como a bipartição das atividades econômicas que não vão deixar de existir dentro de uma empresa.

Tipos de empresas:

Empresa informal: Visa obtenção de lucro, mas não existe legalmente, e não está registrada na junta comercial, podendo ser aquelas conhecidas como fundo de quintal, por exemplo. Essas empresas podem ser formais ou informais.

Empresa familiar: É constituída por membros da mesma família. A empresa familiar também pode ser formal ou informal.

Microempresa: Segundo a lei, microempresa é aquela que possui sua receita bruta igual ou inferior a R$ 120.000,00 anualmente.

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Ramos de Atividades

Empresas Industriais: são aquelas que transformam matérias-primas, manualmente ou com auxílio de máquinas e ferramentas, fabricando mercadorias.

Empresas Comerciais: são aquelas que vendem mercadorias diretamente ao consumidor. Comércio varejista, comércio atacadista ou distribuidores. Exemplos: Supermercado.

Empresas de Prestação de Serviços: são aquelas oferecem seu próprio trabalho ao consumidor. Exemplos: Restaurante, Lavanderia, Cinema, Hospital, Escola.

Dentro destes ramos, temos os setores dos mesmos, ou seja, Industrial, Comercial e Prestador de Serviço.

EMPRESÁRIO

Empresário é aquele que cuida ou investe na empresa, ele decide sobre os planejamentos, decide sobre os investimentos, sobre contratação de mão de obra, busca qualificação para atuar no mercado, pode ser também aquele que tem ou possui um cargo de diretor de uma empresa, é aquele que tem a decisão sobre o caminho a ser seguido pela mesma, que trabalha só ou com o auxilio de uma equipe de produção e de vendas. Empresário é também aquele que exerce como profissão uma atividade econômica organizada para produzir, ou atuar na circulação do mercado com bens e serviços.

Para o Novo Código Civil, todos aqueles que trabalhavam com Firma Individual é considerado empresários. Diante desse cenário, foi criada a forma de empresariado como sociedade, onde o Código Civil define que devem assinar contrato as pessoas que por vontade própria ficam obrigadas a contribuir com bens e serviços, para o exercício da atividade profissional, e partilharem sobre si os lucros e as despesas.

No ramo de sociedade empresaria, ainda podemos colocar as sociedades simples, que na verdade é a realização de atividades intelectuais, ou seja, médicos, arquitetos, músicos. Essas sociedades podem até mesmo utilizar pessoas auxiliares ou funcionários.

Sociedades

Sociedade Simples e Sociedade Empresária são gêneros de sociedades, mas poderão adotar um tipo dos que foi mencionado anteriormente. A

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Sociedade Simples possui regras próprias de regulamentação, mas o Novo Código Civil, diz que ela poderá optar por dos tipos que acima foram relacionados.

Podemos dizer que os sócios não respondem pelas suas obrigações sociais com seus bens particulares pela empresa, o que torna mais utilizável no Brasil as Sociedades Limitadas e as Sociedades Anônimas, pois as demais possuem sócios que respondem de forma ilimitada pelas obrigações sócias da empresa.

Empresário rural: A sua função vem a ser exercida normalmente no campo, essas atividades são exploradas em dois tipos radicalmente das organizações econômicas. A produção de alimentos encontra-se na economia brasileira, que é denominado agro indústrias ou agro negócio, e por outro lado a agricultura familiar.

Cooperativas: As cooperativas são representadas pela sociedade civil e exercem as mesmas atividades dos empresários.

Empresário individual: O empresário individual pode ser pessoa física ou jurídica a diferença entre elas são empresário individual e o segundo sociedade empresaria, estas não sendo sócios empresários. O empresário individual dedica-se as atividades como varejo de produtos.

Profissional intelectual: Os profissionais intelectuais exploram atividades econômicas civis não ligadas ao direito comercial, mas hoje são considerados empresários.

Prepostos do empresário: O empresário preposto é aquele precisa de mão de obra, que são pessoas que trabalhar pelo regime de (CLT), ou de representantes autônomos, ou de pessoas terceirizadas.

ETAPA 2

PASSO 3

Aspectos legais da empresa

a) A legislação específica da Empresa em relação ao tipo de negócio –

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A Abihpec condensou a legislação aplicável ao setor no manual - Legislação Sanitária Brasileira para a Indústria do setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos – ANVISA. Dentre as leis mais importantes, destacamos:

-Lei 2.590, de 11 de junho 1971, regulamentada pelo Decreto 1.277-N/79, em que dispõe sobre a atividade e discrimina algumas providências, tais como: aprovação da autoridade sanitária; responsável técnico habilitado e registro no Ministério da Saúde.

-Lei 5.991/73. Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de cosméticos.

-Lei 6.360/76. Dispõe sobre a vigilância a que ficam sujeitos os cosméticos.

-Decreto 793/93. Altera os Decretos 74.710/74 e 79.094/77, que regulamentavam as respectivas leis, e dá outras providências.

-Lei 9.782/99. Cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão fiscalizador.

Em âmbito estadual, a fiscalização cabe à Secretaria Estadual de Saúde, conforme o Código Estadual de Saúde.

-Lei 8.078/90 - Código de Defesa do Consumidor.

b) Órgãos de Classe – CRQ – Conselho Regional de Química

c) Impostos e Tributos da empresa e seus percentuais: A empresa é optante pelo SIMPLES. O segmento de comércio atacadista ou varejista de cosméticos e artigos de perfumaria poderá optar pelo SIMPLES Nacional – Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, caso a receita bruta de sua atividade não ultrapassar R$ 240.000,00 (microempresa) ou R$ 2.400.000,00 (empresa de pequeno porte) e respeitando os demais requisitos previstos na Lei. Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional):

-IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica); -CSLL (contribuição social sobre o lucro); -PIS (programa de integração social); -COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social); -ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços); -INSS (contribuição para a seguridade social).

Conforme o Anexo I da referida Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES Nacional, para esse ramo de atividade, vão de 4% até 11,61%, dependendo da receita bruta auferida pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de

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atividade, o empreendedor utilizará como receita bruta total acumulada, a receita do próprio mês de apuração multiplicada por 12 (doze). Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder benefícios de isenção e/ou substituição tributária para oICMS, a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá ocorrer o quando se tratar de PIS e/ou COFINS (Resolução nº 05/2007, do Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).Essa opção de tributação poderá ser amplamente vantajosa para o segmento de negócio de bar, motivo pelo qual sugerimos uma avaliação cuidadosa do regime de tributação apresentado.

d) Consideração ética para a comercialização dos produtos e serviços – A Empório Body Sore reconhece a sua responsabilidade para com os seus parceiros comerciais, fornecedores e a comunidade em geral (Princípios de Operação) Os princípios do Empório Body Store, sobre ética e meio ambiente, abrangem todos os campos, desde os ingredientes às condições de fabrico.

e) Restrições para comunicação – A Empório Body Store não restringe a comunicação, pois todos podem e tem o dever de questionar e dar opiniões, pois com isso sempre obtiveram melhoras em seus atendimentos.

f) Código de Defesa do Consumidor - Lei n° 8078/1990 – Exige que os produtos e práticas de fornecimento não ofereçam riscos à saúde e à vida do consumidor.

PASSO 4

Função social são atos praticados e que visam o bem comum de uma sociedade; atos que buscam alcançar um benefício coletivo. Consiste em uma mudança no conceito de direito de propriedade, ficando um em conformidade com o outro.

Do ponto de vista jurídico, podemos entender que a função social, são direitos e deveres da empresa, no sentido de que é uma “coisa boa, uma obrigação positiva” a ser feita com o objetivo de se harmonizar com a sociedade e seus fins legítimos. Assim, a função social se caracteriza por esse “poder-dever” que consiste em que o empresário faça o seu melhor para atender as necessidades e os interesses da sociedade, tornando-a mais justa e solidária e que goza de liberdade entre os povos. A Constituição de 1988 mudou sua visão de função social para a que o capital, a propriedade e seus acessórios, devem trabalhar para o bem da sociedade. O NCC (2002) trouxe além do princípio social dos contratos, o princípio da função social da propriedade. Afirma-se em suma, que a empresa não pode viver separada da sua função social que é estar sempre em harmonia e promovendo o bem social. É uma preocupação que deve ser inerente às empresas. Este princípio da função social surgiu na legislação brasileira de 1.976.

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A função social da empresa é o pleno exercício da atividade empresarial, sendo sua organização para produção e ou circulação de bens e serviços e que consiste em gerar riquezas, manter empregos, pagar impostos, criar novas tecnologias, entre outros e a busca a justiça social para criar uma sociedade mais igualitária, sem perder de vista os interesses privados da empresa. Este modelo de empresa social, não faz concorrência desleal, cuida e se preocupa com o meio ambiente, preza a saúde e segurança dos colaboradores e clientes, não sonega impostos e age dentro da lei com os direitos trabalhistas e etc. Cabe também ao Estado, como papel social, políticas públicas que beneficiem os pequenos e médios empresários, bem como auxiliar as empresas em dificuldades financeiras.

ETAPA 3

PASSO 1 e 2

PRINCIPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

1) Previsto no artigo 145, parágrafo 1º, da Constituição Federal, o princípio da capacidade contributiva constitui se em preceito apto a concretizar o princípio da igualdade na seara do Direito Tributário. Assim, o referido dispositivo tem importância vital para Sistema Tributário Nacional. O princípio da capacidade contributiva atua como importante instrumento limitador da atividade tributária e protetor dos direitos dos contribuintes. É através desse preceito que os tributos são graduados de acordo com a capacidade de cada qual. Além disso, ele impõe limites para a tributação buscando impedir que o montante destinado ao mínimo existencial do indivíduo seja respeitado e que a carga tributária venha a atingir níveis confiscatórios. Tal preceito caracteriza se por ser um verdadeiro garantidor dos direitos fundamentais do cidadão em matéria tributária, tornando-se também essencial para a equalização do impacto da carga tributária brasileira na seara individual do contribuinte.

Dessa forma, o ente estatal somente poderá tributar se salvaguardar a parcela necessária para que uma pessoa viva dignamente, esse é o seu parâmetro mínimo. Dentro desse montante, sequer se pode considerar que há capacidade contributiva, sob pena de ofensa direta à dignidade do indivíduo. Com relação ao parâmetro máximo, não pode a tributação atingir níveis tão elevados que sejam considerados como confiscatórios, já que fere isso fere de imediato os direitos fundamentais do contribuinte garantidos pela Constituição. Nessa senda, constata se que a tributação deverá respeitar o princípio da capacidade contributiva, observando os limites mínimos e máximos estabelecidos. É através desse preceito que se estabelece a esfera de atuação do legislador. Mas, muito mais do que agir dentro dessa “parcela disponível”, é essencial que a atividade tributária atue com razoabilidade.

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Como visto, a carga tributária atual brasileira está longe de se mostrar razoável, sendo considerada uma das mais altas do mundo. Ainda, tem se no Brasil uma tributação extremamente injusta e desigual. Assim, é grande o movimento a favor de uma ampla e profunda reforma tributária. Entretanto, como aqui se buscou demonstrar, é evidente que muitas mudanças devem ser realizadas. Ocorre que de nada adianta alterar a legislação se os direitos e garantias do contribuinte já dispostos na Constituição Federal continuarem a ser desrespeitados. Muito mais do que ter o espírito renovador, é preciso que o legislador e o aplicador da norma tributária passe a considerar o Sistema Tributário Nacional sob o espírito do preceito da justiça fiscal e da proteção dos direitos dos contribuintes. E é nesse contexto que se considera a vital importância de uma efetiva aplicabilidade do princípio da capacidade contributiva como verdadeiro instrumento apto a concretizar a tão almejada tributação justa, adequada e equilibrada.

2) Entrevista com o gestor Jayme Batista Filho: Não temos simplificação no recolhimento dos tributos, com muitas formas de cálculos sendo cada caso um tipo, dependendo dos valores, com prazos baixos, e se caso não é pago temos multas altíssimas. Com isso a produção acaba ficando no aguardo de condições estruturais para o crescimento ocorrer. Sendo mais fácil obter investimentos em bancos, com rendimentos bons que até não percebemos as taxas cobradas, e que por fim temos menos riscos. As conseqüências da grande carga tributária no Brasil, é que precisamos sempre estar atentos ao planejamento tributário no campo da competitividade entre empresas, visto que o custo tributário é um dos elementos de grande impacto na composição do preço final de produtos e serviços. Sendo assim, necessitamos de um planejamento tributário, que nos possibilita aumentar nossa liquidez para que não precisasse recorrer a recursos extras e assim obtermos vantagem para definirmos o preço final do produto/serviço e com isso nos favorecendo o aumento das vendas e a fidelidade dos clientes.

Conseqüências

A cobrança de impostos é, na prática, uma coleta de dinheiro feita pelo governo para pagar suas contas. Uma forma de medir o impacto dessa coleta é compará-la com o Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a soma das riquezas produzidas pelo país em um ano. Essa relação entre impostos e PIB é chamada de carga tributária. No Brasil, a carga tributária é de 35% do PIB. Isso significa que os cofres públicos recebem um valor que equivale a mais de um terço do que o país produz. Esses recursos deveriam voltar para a sociedade em forma de serviços públicos. Mas muitas vezes os cidadãos, além de pagar impostos, pagam do bolso por serviços de educação, saúde e segurança. Ou seja, a renda disponível para consumo é ainda menor Os impostos deveriam cumprir uma importante função na sociedade moderna, pois com os recursos arrecadados através da tributação, o Estado teria de financiar-se e prover bens públicos à população. Educação, saúde e segurança pública são alguns exemplos de bens que o governo obrigatoriamente forneceria gratuitamente à sociedade em troca do recebimento de impostos. Quanto maior é o Estado, maior é a necessidade de se arrecadar recursos junto à sociedade. Quanto

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mais ineficiente for o setor público, tanto mais custoso será ao trabalhador manter a estrutura estatal. O excesso da imposição tributária inibe o crescimento econômico, resultando na supressão de unidades produtivas; expansão do parque industrial, diminuição da entrada de capital estrangeiro produtivo aumentando significativamente o número de sonegadores e inadimplentes.

  Esta elevada carga tributária é desastrosa para o Brasil, gerando desvios sistemáticos de receitas; crescimento desmedido das despesas correntes como as de investimentos, indispensáveis para assegurar um nível de vida razoável para as gerações futuras; corrupção de pessoas e, agora, das instituições públicas; a política do ócio e do dinheiro fácil substituindo a do trabalho e da honestidade; a política da astúcia ao invés da política da inteligência; enfim, as enumerações das aberrações éticas e morais são infindáveis. Por isso, costuma-se falar em perda de referencial e na necessidade de a sociedade buscar novos paradigmas. Fala-se muito em mudança de paradigmas em fóruns sobre Direito, Justiça e Cidadania. Estivemos presentes em vários deles e a tônica dos pronunciamentos sempre foi à necessidade de exercitar a cidadania. É “verdade”.

PASSO 3

RELATÓRIO FINAL

No decorrer destas páginas, foi possível entender através de muitas pesquisas e intensas horas de leitura dedicada, as questões legais da Empresa e o Novo Direito Empresarial. A Empresa como objeto de Direito que veio passando por muitas mudanças segundo a legislação que a rege e foi possível atingir o patamar em que estamos devido as mudanças no cotidiano dos povos e também da lei que foi absorvendo as necessidades do comércio e dos negócios que envolvem o empresário e a empresa. Assim, modernizando e reestruturando as leis para que atendessem melhor os atos do comércio e civis da população, evoluímos, porém ainda há o que se fazer para aliviar a alta carga tributária que ainda hoje se imputa sobre as empresas de modo geral.

Ser empresário e se empreendedor, depende de cada um, desde que não esteja impedido pela lei e atenda aos requisitos formais de registros nos órgãos competentes, mas para que o projeto empresarial vá adiante, depende de muitos outros fatores como estar atendo ao mercado, ser proativo, organizado e ter atividade que o caracterize como empresário e desempenhá-la levando em conta o meio ambiente e a sociedade que o cerca. Neste momento, há o que se falar sobre a função social da empresa onde cada uma, pode e deve ter seus projetos e desenvolvê-los para o bem coletivo, por menor que seja, é fazer a sua parte. E quando se destaca por este movimento, pode inclusive

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agregar valor à empresa ela pode fazer muito criando uma cultura organizacional dentro destes parâmetros de desenvolvimento sustentável. Conhecer o Direito Cambiário e seus princípios e os títulos de crédito foram uma experiência muito grande, pois, ouvimos e vemos falar a todo o tempo, mas não sabemos os detalhes que podem nos proteger e preparar no dia a dia nos diversos relacionamentos a que nos propomos.

Inicialmente havia idéia de que os indivíduos deveriam contribuir na medida SOS benefícios que recebiam do estado. Agora, é aceito o entendimento de que os indivíduos devem contribuir não por sua vontade mais por imposição do estado, que sendo gestor do interesse publico, subordinando-os. A importância na determinação de um critério para realização dessas discriminações que e realizada por parte do legislador no momento de definir quem comporá a relação jurídica com o estado é de suma importância. O legislador tem o dever de oferecer aos cidadãos condições para uma vida digna, sendo que muitos dos direitos fundamentais são oferecidos através dos serviços públicos, para qual o estado necessita de recursos para disponibilizá-lo, a forma para arrecadar tais recursos é a cobrança de tributos ocorre que esse poder de tributar do estado encontra limites, limites estes previstos na própria constituição. Na constituição brasileira, o legislador nos apresenta de forma explicita como será apurada a possibilidade do cidadão, ou seja, como que será determinado se este terá ou não capacidade para suportar o seu quinhão na divisão dos tributos. O texto constitucional nos apresenta que os tributos serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, estando aqui explícito o chamado princípio da capacidade contributiva, previsão esta diversas nas constituições brasileiras que antecederam a atual, pois este principio ora estava expresso, ora era suprimido. Atualmente o principio da capacidade contributiva esta expresso na constituição federal o qual determina que sempre possível os impostos tenham caráter pessoal e serão graduados segundo ma capacidade econômica do contribuinte. Apesar de constar a expressão capacidade econômica esta se referindo á capacidade contributiva. O Brasil é um estado democrático de direito, que possui como fundamentos a dignidade da pessoa humana, a busca por uma justiça fiscal consiste num grande passo a ser dado para solução de problemas grave no país como a desigualdade social e a concentração de renda. A constituição federal, no seu artigo 3º inciso I, nos indica aonde devemos chegar, ou seja, qual o objetivo dessa nação que é uma construção de uma sociedade livre, justa e solidaria, e também nos mostra o caminho a ser seguido através de sua norma, se ainda não chegamos lá, nos resta ver se ao menos estamos no caminho certo ou se não estamos nos desviando. Essa verificação no cabe ao direito tributário pode ser feito através da constatação do respeito e aplicabilidade pelo legislador e pelo judiciário de importantes princípios constitucionais, entre os quais estão os princípios da igualdade e capacidade contributiva. Apesar de existirem outros princípios que também representam direitos e garantias do contribuinte, o estudo do principio da capacidade contributiva é relevante em razão de que na determinação de todas as normas tributaria o legislador devera utilizar um critério para realizar escolhas, ou seja, para que a tributação incida sobre determinado fato ou pessoa deverá realizar alguma forma de discriminação. Se todo é igual perante a lei, como que a tributação poder recair somente sobre parte da sociedade sem que o valor superior da igualdade e da justiça não seja

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ferido. A constituição brasileira é classificada como uma constituição rígida, ou seja, as normas constitucionais legitimam toda ordem jurídica, com isso qualquer norma somente será valida se respeitar os mandamentos constitucionais, é ela a lei fundamental do estado. No preâmbulo da constituição brasileira temos os valores supremos da preservação dos direitos sociais e individuais, a liberdade e da segurança, do bimestral do desenvolvimento, da igualdade e da justiça, estabelecendo assim, os direitos fundamentais, direitos estes dos quais são definidos os princípios estruturantes, tanto nos princípios formais quanto os materiais. Em razão de o Brasil ser um estado de direito à preocupação não é apenas a não intervenção estatal, mais sim alcançar uma sociedade livre, justa e solidaria. É nesta busca por uma sociedade livre justa e solidaria a constituição regula minuciosamente a matéria financeira, pois apresenta a criação do sistema tributário nacional, determina os limites ao puder de tributar, a apresenta o princípios financeiros básicos, executa a partilha dos tributos e das arrecadações tributaria e ainda disciplina a fiscalização e execução do orçamento publica. O sistema constitucional tributário possui característica que outros sistemas de países ocidentais não possuem, pois o sistema tributário de tais países apresenta um numero reduzido de normas tributaria apresentando para o legislador infraconstitucional a missão de modelar o sistema enquanto que no sistema brasileiro à matéria tributaria é amplamente tratada, restado pouca mobilidade para o legislador ordinário. É necessário que a lei tenha anteriormente discriminado essa conduta ou situação, ou seja, a função da lei consiste em dispensar tratamentos desiguais. Essa discriminação é necessária e valida, mis por outro lado, deve se analisar quais são as discriminações que não são cabíveis juridicamente ou quando é vedado a lei estabelecer discriminações. A lei não deve ser fonte de privilegio ou perseguições, mais instrumento regulador da vida social que necessita tratar equitativamente todos os cidadãos. Percebe que estas preocupações em evitar que norma tributaria representem privilégios a poucos tem fundamento. É proibida a concessões de vantagens tributarias fundada em privilégios de pessoas ou categorias de pessoas. Deveras com o advento da republica, foi se o tempo entre nós, em que as normas tributárias podiam ser editadas em proveitos das classes dominantes, até porque, nela, extintos os títulos mobiliárquicos, os privilégios de nascimentos e os foros de nobreza, “todos são iguais perante a lei”.O que é necessário é analise dos critérios utilizados para esta diferenciação, pois somente poderá ser dado tratamento diferenciado para contribuintes que se encontrem em situação equivalente quando esta discriminação estiver baseada em critérios que justifique tal discriminação, o principio da igualdade tributaria não esta em proibir diferenciação entre os contribuintes, e nem tão pouco, ter a simples preocupação em tratar os iguais como iguais e os desiguais como desiguais. A capacidade contributiva corresponde a critério de concretização do principio da igualdade, não possuindo função de orientação da graduação do ônus tributário, mais indica qual critério para aplicação do principio da isonomia tributaria aos impostos. O principio da contributiva representa a evolução do principio da igualdade e generalidade que são mais genéricos. A capacidade contributiva permite verificar se a imposição tributaria sofrida pelo contribuinte é legitima, mais deverá este possuir disponibilidade para tal fato. Portanto essa tributação imposta à sociedade afeta vários setores da economia, bem como os indivíduos e empresas. Os governos arrecadam muito e distribui mal, e isso

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emperra o crescimento da economia brasileira. As empresas que são tributadas com uma carga pesadíssima ficam inviabilizadas de poupar e investir, dificultando assim seu crescimento e a capacidade de competição no mercado globalizado.

Analisando as informações e o estudo das três etapas de uma organização empresarial, concluímos que elas se encaixam dentro de um contexto, pois a empresa e a organização de fatores, objetos e de tecnologia que se agrupam para transformar matéria prima e insumos em bens de consumo, podemos agregar a esse fato as empresas prestadoras de serviço, sempre em função de gerar lucros, para manter toda a estrutura organizacional em pleno funcionamento. Tendo como sujeito que idealizou e organizou toda essa estrutura, a denominação de EMPRESÁRIO dada pelo novo Código Civil 966, na nova lei o empresário (sujeito) responde por toda à estrutura organizacional, perante a lei, tendo ele direitos e deveres, sendo responsabilizado criminalmente e civilmente pelos seus atos, e toda a estrutura empresarial; colocando seus bens em garantia para gerir tal obrigação. Analisando o começo das práticas comerciais, do surgimento do conceito empresa e a prática do comércio nas feiras, e as guerras que ocorreram em função de aquisição de bens e riquezas entre nações. Na época Napoleônica surge o conceito do ato de comércio, normatizando e organizando o comércio entre nações. Disciplinando as atividades dos cidadãos que refletirá no Brasil e em todos os países com tradição Romana. Embora considerada a teoria dos atos de comércio, como objetivas, muitos problemas surgiram ao tentarem os doutrinadores definir e conceituar os referidos atos. A principal diferença do novo código civil 966 foi combater primordialmente a desigualdade dos homens perante a lei e as limitações às pessoas e à propriedade. “Nas palavras de Caenegem “liberdade” e “igualdade” era, portanto, exigências essenciais tanto nos programas políticos dos déspotas esclarecidos quanto na Revolução Francesa” (CAENEGEM, 1999, p. 162). O velho mundo passou por uma renovação radical, guiada pelos princípios da razão humana e pelo objetivo de alcançar a felicidade do homem. A realização desse objetivo parecia requerer agora que o fardo dos séculos precedentes fosse rejeitado. Aplicado ao direito, esse programa significava que a proliferação de normas jurídicas deveria ser drasticamente reduzida, que o desenvolvimento gradual do direito deveria ser substituído por um plano de reforma e por uma abordagem sistemática, e, por fim, que não se deveria emprestar autoridade absoluta nem aos valores tradicionais, como direito romano, nem aos juristas e juízes eruditos, que se proclamavam "oráculos" do direito. Os velhos costumes e os livros autorizados deveriam ser substituídos por um novo direito livremente concebido pelo homem moderno, cujo único princípio diretor fosse à razão.

Portanto, podemos dizer que, legítimo é o interesse individual do empresário quando ao auferir os lucros de sua atividade, não prejudicar os interesses da coletividade, de forma a garantir a dignidade das gerações futuras. A título de ilustração, é o caso da indústria química que produz sem poluir o meio ambiente, da empresa automobilística que vende preocupada com a segurança de seus clientes e com a poluição causada ao meio ambiente, da indústria madeireira que produz e, logo em seguida, cuida de reflorestar, das usinas sucroalcooleiras que plantam cana-de-açúcar somente após o devido preparo

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do solo, de forma a não danificá-lo para plantação de outras culturas, da indústria alimentícia que cuida da higienização e qualidade da sua produção, em respeito ao consumidor, das indústrias que elaboram o devido tratamento dos seus resíduos líquidos e sólidos, não os dispensando em rios, mares e reservatórios, dentre tantos outros exemplos. A função social da empresa, vale ressaltar, não limita o exercício da atividade empresarial, pelo contrário, com ela se coaduna na busca do desenvolvimento sustentável. Capacidade contributiva O conceito de capacidade contributiva, pode ser singelamente definido como a aptidão, da Empresa colocada na posição de destinatário legal tributário, numa obrigação cujo objeto é o pagamento de tributos. Pode-se afirmar que a capacidade contributiva é uma derivação do princípio da igualdade e também pode ser enquadrado como um sub princípio da isonomia quando tratamos especificamente de impostos.

“O princípio traduz-se na exigência de que a tributação seja modulada, de modo a adaptar-se à riqueza dos contribuintes.”

A Constituição Federal de 1988, nos termos do art. 145, §1º, restabeleceu a norma que expressamente consagrava, na Constituição Federal de 1946, o princípio da capacidade contributiva. O princípio da capacidade contributiva ganhou concretude e força no texto constitucional de 1988, passando a servir como instrumental necessário à preservação e à concretização dos valores e direitos fundamentais descritos acima, ou seja, sem o correto entendimento do dever de respeitar a capacidade de contribuir daquele a quem a norma se direciona certamente prejudicada estarão a igualdade, a propriedade e o não confisco, este último como já dito, ponto de equilíbrio entre a capacidade contributiva, o não confisco e a extra fiscal idade. O princípio da capacidade contributiva é aquele que confere consistência lógica e legitimidade à tributação. Adam Smith há preceituava que “os súditos de cada Estado devem contribuir o máximo possível para a manutenção do governo, em proporção às suas respectivas capacidades, isto é, em proporção ao rendimento de que cada um desfruta, sobre a proteção do Estado’. É que só podem tributar fatos reveladores de capacidade econômica, isto é, o Estado, na sua necessidade de arrecadar, busca a riqueza onde a riqueza se encontra. Identificam-se duas correntes doutrinárias no tocante ao conteúdo ou à natureza desse princípio. A primeira corrente, que entende o princípio da capacidade contributiva, natureza pragmática, de orientação, porém não coercível, e a segunda corrente, que atribui natureza jurídica ao princípio, isto é conteúdo de regra jurídica que vincula o legislador ordinário, obrigando-o a eleger como fatos tributáveis, aqueles que revelem alguma forma de riqueza. Assim, do ponto de vista jurídico a capacidade contributiva significa que um sujeito é titular de direitos e obrigações e a legislação tributária irá definir a capacidade em seu âmbito. Portanto, a tributação deve sempre guardar coerência e ser graduada de acordo com a capacidade contributiva, o que infelizmente não ocorre no Brasil, inundado por uma carga tributária regressiva que afeta os salários de maneira muito forte e o consumo, deixando de lado os grandes patrimônios. A capacidade contributiva não é apenas um princípio constitucionalizado A partir de 1988. Muito menos é princípio direcionado aos impostos. É o princípio fundamental que confere fundamento de validade a todas as espécies tributárias. Aos impostos, é causa de fundamento de validade; às taxas é

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elemento de graduação; e às contribuições sociais é critério de dimensionamento. Enquanto princípio fundamental constitucional, a inobservância nos moldes aqui delimitados (causa para impostos, graduação de taxas e dimensionamento para contribuições sociais), deflagra na patologia da inconstitucionalidade. Mas a capacidade contributiva deve ir mais Além para atingir a necessidade de contribuir. Destarte, voltando ao tema que o trabalho se propôs, certamente o Princípio da Preservação das Empresas tem lugar seguro na Capacidade Contributiva. Em primeiro lugar o princípio da capacidade contributiva, quando se apresenta constitucionalizado, tem por destinatário o órgão legislativo, fator da lei fiscal. É, assim, materialmente, norma sobre como fazer lei. Sendo assim, se a lei oferecer o Princípio da incapacidade contributiva genericamente, dá de uma hipótese de inconstitucionalidade material, por isso que inexiste fundamento material de validez da lei. Na primeira destaca-se o dever do legislador Por outro lado a capacidade econômica subjetiva tem aplicação obrigatória, além da escolha da hipótese de incidência; “refere-se á concreta e real aptidão de determinada Empresa (considerados seus encargos obrigatórios pessoais e inafastáveis) para o pagamento de certo imposto”.

Lembrando a peculiaridade de nosso Sistema Tributário, com a competência quase exaustivamente posta no texto constitucional a Professora ressalta a importância do legislador, pois, mesmo tendo a CF elencado os fatos que supostamente seriam indicadores de riqueza e, portanto, passíveis de tributação, caberá à legislação infraconstitucional o papel, de depuração deste signo presuntivo de riqueza, na busca da capacidade econômica, sob pena de, não o fazendo deixar pela metade o importante princípio para a justiça tributária.

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