atlas histÓrico escolar

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atlas histórico escolar 

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Brasil. Fundação Nacional de Material Escolar.B823a Atlas histórico escolar [por] Manoel Maurício de Albuquerque, Arthur

Cézar Ferreira Reis [e] Carlos Delgado de Carvalho. 7. ed. rev. e atual.Rio de Janeiro, FENAME, 1977

160 p. ilust. 31,5 cm.

1. Atlas. 2. Geografia histórica - Mapas. I. Albuquerque, ManoelMaurício de, 1927 - .II. Reis Arthur Cézar Ferreira, 1906- .III. Carvalho,Carlos Delgado de, 188 4- .IV. Titulo .

77-002 MEC/FENAME/RJ CDD-911

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atlashistórico

escolar 7a ediçãorevista e atualizada

Manoel Maurício de AlbuquerqueArthur Cézar Ferreira Reis

Carlos Delgado de Carvalho

1977MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA

FENAME - FUNDAÇÃO NACIONAL DE MATERIAL ESCOLAR

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©1960 Direitos autorais exclusivos da FENAME — Ministério da Educação e Cultura 

1ª edição -1960 1ª edição/2ª tiragem - 19612'ªedição - 1965 3ª edição - 1967 4ª edição - 1968 5ª edição - 1969 6ª edição -1973 

Impresso no Brasil 

Esta edição foi publicada pelaFENAME - Fundação Nacional de Material Escolar, sendoPresidente da República Federativa do BrasilErnesto Geisel 

Ministro de Estado da Educação e CulturaNey Braga Secretário-Geral do MECEuro Brandão 

Secretário de Apoio Administrativo do MECHélio Pontes Diretor Executivo da FENAMEAugusto Luiz Duarte Lopes Sampaio 

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AUTORES

HISTÓRIA DO BRASIL

Manoel Maurício de Albuquerque  — Professor de História Econômica do Brasil da PontifíciaUniversidade Católica do Rio de Janeiro — Ex-Professor do Instituto Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores.

HISTÓRIA DA AMÉRICA

Arthur Cézar Ferreira Reis  — Catedrático de História da América da Faculdade de Filosofia,e de História Política e Social do Brasil da Escola de Sociologia e Política da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro — Professor de História da América da Faculdade deFilosofia, Ciências e Letras de Petrópolis.

HISTÓRIA GERAL

Carlos Delgado de Carvalho  — Professor Emérito e Catedrático de História Contemporâneada Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro — Catedrático de Sociologia do Instituto de Educação do Estado do Rio de Janeiro — Representante do Ministério da Educação e Cultura no Diretório do Conselho Nacional de Geografia (atual FundaçãoI.B.G.E.).

COLABORADORES DO PROJETO ORIGINA

Américo Jacobina LacombeCarlos GoldenbergJoão Alfredo Libânio GuedesMartinho Corrêa e CastroMiridan Brito KnoxNemésio BonatesTherezinha de Castro

ILUSTRAÇÃOIvan Wasth Rodrigues

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 sumario

Prefácio

História do BrasilHistória da América

História Geral

índice

7

941

71

160

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 prefácio

A Fundação Nacional de Material Escolar, em continuidade ao trabalho de assistência ao estudante, na área de materialde apoio pedagógico, apresenta esta 7a

edição do Atlas Histórico Escolar, revista eatualizada em face dos recentes fatoseconômico-sociais que vêm atuando naevolução da História.

Trata-se de trabalho originariamentepioneiro da linha editorial da Fundação,considerado nos meios educacionaiscomo fonte indispensável de consulta ereferência para o estudante.

Constituído de três partes distintas,História do Brasil, História da América eHistória Geral, apresenta mapas que sãocomplementados por textos e ilustraçõesartísticas de cenas e épocas históricas,representativas do panorama cultural.

A temática e os critérios que nortearama elaboração do Atlas Histórico Escolar são apresentados por seus autores, Professores Arthur Cézar Ferreira Reis, CarlosDelgado de Carvalho e Manuel Mauríciode Albuquerque.

Destinada ao Ensino de 1o e 2° Grausesta edição mereceu a aplicação de novosrecursos visuais, de forma a aliar ospadrões de qualidade, preço acessível emelhor utilização, de acordo com as normas editoriais que esta Fundação vemimplantando com a colaboração do parque gráfico nacional.

Rio de Janeiro, maio de 1976

Augusto Luiz Duarte Lopes Sampaio

Diretor Executivo daFundação Nacional de Material Escolar

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  história do Brasil 

Na realização do presente trabalho procuramos satisfazer exatamente aos objetivos previstos no próprio titulo da obra: Atlas Histórico Escolar. Assim, tendo como base elementos geográficos,desenvolvemos um plano cronológico capaz de fornecer aos estudantes, através de mapas, um elemento auxiliar na fixação dosconhecimentos históricos.

Evitamos o que poderia exceder esta finalidade, contentando--nos com o que nos pareceu mais objetivo e essencial dentro do

que exigem os programas escolares atuais.Serviu-nos de roteiro inicial a planificação anteriormente apresentada pelo Prof. João Alfredo Libânio Guedes. Permitimo-nosdesenvolver e modificar aquilo que poderia esclarecer certos aspectos menos divulgados de nossa História. É o caso dos mapasreferentes às capitanias hereditárias e reais, dos que fixam aevolução econômico-povoadora do Brasil ou os relativos ao problema da mão-de-obra, à fixação de nossas fronteiras ou â atuação brasileira na Segunda Guerra Mundial.

Quanto às ilustrações, excluímos propositadamente os retratos,não só pelo que poderiam pressupor de escolha injusta como,também, por muitos deles, principalmente os coloniais, seremidealizações de fraco valor informativo, prejudiciais mesmo. Preferimos, num critério cultural mais amplo, homenagear os grandesgrupos que construíram o Brasil atual, através de uma visualização em que â beleza se aliasse a veracidade documental.

Manoel Maurício de Albuquerque 

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DISTRIBUIÇÃO DOS GRUPOS INDÍGENAS

As formações sociais indígenas representavam diversos estágios da comunidade primitiva, que entrou em processo de desagregação a partir dos contatos com os representantes da expansão mercantil européia. O avanço das frentes pioneiras promoveu,sucessivamente, a diminuição das áreas de mobilidade espacial etambém o decréscimo quantitativo dessas populações cuja importância numérica atual é bastante reduzida.

Deste relacionamento, pacifico ou conflitante, resultaram amestiçagem e a incorporação de várias experiências daquelascomunidades à Formação Social Brasileira. Estes elementos foram transformados na medida em que se articulavam em outraestrutura social, diferente daquela que organizava as populaçõesindígenas. É neste novo contexto que deve ser analisado o apro

veitamento econômico da mandioca, do milho, do algodão, dabatata e de numerosas outras espécies vegetais, além das práti

cas de trabalho coletivo, como o mutirão, ou o emprego da rede dormir ou de técnicas de caça e pesca. A mesma reflexão deser feita no estudo das transformações dos procedimentos alimtares ou das contribuições ao universo folclórico brasileiro. também nos permite compreender como a difusão de elementupis, apropriados pelos agentes da colonização, resultou na fanoção de que este fora o único grupo indígena a contribuir estrutura social brasileira.

Observe-se no mapa a distribuição primitiva das formaçõsociais indígenas, tendo como base a classificação lingüísticaem tom mais forte, os remanescentes atuais.

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Milho MandiocaFumo outabaco Mate

Plantas indígenas — As comunidades primitivas in dígenas produziram técnicas para o aproveitamento econômico do milho, da mandioca, do fumo e do mate. Também já utilizavam outros vegetais, como o algodão, o cacau e o guaraná, mas nio atribulam ainda a esses produtos um valor comercial.

índio cambeba — Os Cambebas, índios do Amazo nas, foram os descobridores da borracha. Com ela fabricavam vários utensílios, inclusive bolsas para carregar água: as "seringas". Os Cambebas defor mavam artificialmente a cabeça, de onde lhes veio onome que, em tupi, significa "cabeça chata". (Dese nho segundo o original da  Viagem Filosófica, séc.XVIII, de Alexandre Rodrigues Ferreiro, Biblioteca Nacional.) 

Casa rural — Nas construções sertanejas articulam- se elementos de origem diversa. A estrutura da 

habitação é européia, mas nela se aproveitam tam bém elementos da experiência indígena: a cobertura de palha, as paredes de galhos entrançados, o em prego do barro.

Cerâmicados Carajás — Os Carajás habitam, princi palmente, a ilha de Bananal, em Goiás. Possuem uma técnica de cerâmica muito adiantada e de gran 

de beleza artística. (O desenho reproduz uma peça da coleção do Museu do índio, no Rio de Janeiro.) 

Habitação indígena — Nas malocas, como tambémem casas do interior do Brasil, encontram-se utensílios comuns: redes, bancos, cuias, o tipiti (espremedor de mandioca) e cestaria. Exemplificam setoresda atividade produtiva indígena incorporados á Formação Social Brasileira.

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PERÍODO PRE COLONIZADOR1 500-1530

Na etapa que antecedeu à instalação da agromanufatura doaçúcar, o extrativismo do pau-brasil constituiu a principal atividade econômica. No entanto, não atendia aos interesses comerciaisdominantes na expansão portuguesa: a busca de intercâmbio comformações sociais em estágio mercantil, capazes de oferecer produtos exóticos, metais preciosos e em condições de consumir

gêneros importados. Esses requisitos não podiam ser atendidospelas comunidades primitivas indígenas, com as quais somente se

podiam realizar as trocas rudimentares do escambo.O expansionismo espanhol e francês forçou o Estado Portugu

a consolidar o seu domínio colonial no Brasil. 0 controle do litoera imprescindível para a segurança das rotas comerciais Atlântico que davam acesso aos centros comerciais africanos através do Indico ou do Pacífico, à Ásia.

O arrendamento do pau-brasil, as feitorias dispersas pela omarítima, a doação da Capitania Hereditária da Ilha de São Joãem 1504, e as práticas repressivas das esquadras de guarda-cotas eram iniciativas de âmbito limitado. A instalação de unidadprodutoras de açúcar foi a solução adequada, porque nela conve

giam vários elementos favoráveis: a expansão do mercado consmidor europeu, a experiência técnica aperfeiçoada nas ilhas d

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Trecho do fac-símile da Carta de Pero Vaz de Caminha. . .do que nesta Vossa terra vi. E se a um pouco alonguei, Ela me perdoe.Porque o desejo que tinha de Vos tudo dizer, mo fez pôr assim pelo miúdo.

E poisque. Senhor, é certo que tanto neste cargo que levo como em outra qualquer cousa que de Vosso serviço for. Vossa Alteza há de ser de mim muito 

bem servida, a Ela peço que por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tome a Jorge de Osório, meu genro — o que d'Ela receberei em muita mercê.Beijo as mãos de Vossa Alteza.Deste Porto-Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia 

de Maio de 1500.s. Pero Vaz de Caminha.

Carta de Pero Vaz de Caminha — 0 primeiro e mais importante documento sobre o Brasil está no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Portugal. Ele nos informa sobre a viagem de Cabral, os objetivos que organizavam o expansionismo português, a permanência no litoral da Bahia e os primeiros contatos com as comunidades primitivas indígenas. Durante a Exposição do IV Centenário de São Paulo, a Carta foi exibida e depois retornou á Europa.

Atlântico e o concurso de capitais estrangeiros, notadamente os

flamengos. Como suporte econômico, o 'açúcar podia financiar a

defesa do litoral, superava a insegurança das rendas do comércio

do pau-brasil e oferecia condições para o conhecimento das possi

bilidades minerais do Brasil. Este último objetivo, dominante no

projeto expansionista português, recebeu novos estímulos a partir

da conquista espanhola do México e posteriormente do Peru.

O mapa resume os resultados da ação portuguesa nessa etapa

dominada pelo extrativismo vegetal: o conhecimento litorâneo e a

fundação de feitorias para o armazenamento do pau-brasil.

No primeiro encarte, o roteiro de Cabral, segundo a Carta de

Caminha; o outro, de autoria de Jaime Cortesâo, mostra o localdos principais sucessos do Descobrimento.

Besteiro português — A besta, arma dos séculos XV e XVI, ainda persiste emalgumas regiões do Nordeste como brinquedo infantil. Quarenta homens armaddesta forma acompanharam Pero Lobo e Francisco Chaves numa entrada ainterior do Brasil em 1531. (Desenho segundo uma escultura africana do séculXV existente no Museu Britânico.) 

Caravela redonda — A caravela, de origem moura e aperfeiçoada pelos portugueses, empregava velas triangulares ("latinas") e era própria para navegar com

qualquer vento. Isto a tornou um elemento de grande eficiência nas exploraçõemarítimas.

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AS PRIMEIRAS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS

Associando particulares â colonização do Brasil, o Estado Português buscava consolidar o seu domínio sem prejuízo dos interesses prioritários de outras áreas como a África e, sobretudo, aÁsia. O sistema das donatárias organizou as atividades produtivas,notadamente as da agromanufatura do açúcar e da pecuária,propiciou a fundação das primeiras vilas e o exercício das atividades jurídico-pollticas e culturais. Os privilégios concedidos aoscapitães-mores eram limitados pelo Estado Absolutista e tinhamseu exercício articulado à estrutura econômica dominantemente

escravista cuja produção era destinada quase toda ao setor deconsumo externo. As capitanias hereditárias permaneceram até o

século XVIII, quando foram abolidas nos reinados de D. João Vde D. José I.

No encarte, a expedição de Mart im Afonso de Sousa, que, alédo reconhecimento do litoral e do interior, da defesa do monoplio comercial do pau-brasil, realizou também a fundação das vilde São Vicente e de Piratininga e a instalação do Engenho dSenhor Governador, pertencente a Martim Afonso.

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Brasão de Duarte Coelho — O Rei D. João III conferiu-lhe este brasão, em 1545,como prêmio aos serviços prestados no Oriente e em Pernambuco. Os cinco castelos lembram as cinco povoações por ele fundadas, das quais conhecemos apenas Igaraçu, Olinda e Paratibe. (Desenho segundo a descrição existente no vol.III da História da Colonização Portuguesa do Brasil.) 

Mapa do Brasil no século XVI — Deve-se observar que, apesar de certas impreci sões e desproporções do desenho, o contorno da costa brasileira já era bastante 

conhecido. Isto se deve ê relativa freqüência e ao interesse geogréfico des diversas expedições que visitaram o Brasil. (Mapa de fins do século XVI existente ne Biblioteca da Ajuda em Lisboa.) 

Colono português — Após a doação das primeiras capitanias começaram a chegaos povoadores atraídos pela doeção de terras e demais incentivos concedidos pEstado. Na maioria, provinham das áreas rurais, mas a sua experiência agrária tede ser ajustada é atividade produtora de base escravista, em regime de grandpropriedade agroexportadora. (Desenho composto segundo a obra de Alberto dSouza:  0 Traje Popular em Portugal nos Séculos XVI e XVII.)

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O GOVERNO-GERAL NO SÉCULO XVI

Para a instalação do Governo-Geral concorreram diversos elementos: o desigual resultado das donatárias, a permanência dosconcorrentes estrangeiros e o declínio das rendas comerciais daÁfrica e da Ásia. A implantação desse órgão coordenador daspráticas coloniais no Brasil foi também estimulada pelo descobrimento e exploração de minerais no Cerro Potosf, na atual Bolívia,e pela expansão promissora da produção açucareira. Os govema-dores-gerais tinham a sua autoridade extensiva a todo o Estadodo Brasil, que então passou a compreender as antigas e novas

capitanias hereditárias às quais se acrescentaram as capitaniasreais. Destas últimas a primeira foi a da Bahia, onde foi fundada

Salvador, que permaneceu como capital até 1763.O mapa informa as modificações resultantes da iniciativa ce

tralizadora de D. João III, o povoamento simultâneo portuguêsespanhol de terras atualmente brasileiras e, no encarte, a divistemporária do Estado do Brasil. Esta mudança resultou do agravmento da ameaça de dominação francesa em Cabo Frio e litoral do Leste e do Nordeste.

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Índio tamoio — Os Tamoios, divisão do grande grupo Tupi. foram aliados dos franceses invasores do Rio de Janeiro. Após a expulsão destes, refugiaram-se em Cabo Frio, de onde os expeliu definitivamente o Governador Antônio Salema (Desenho composto com elementos do livro de Léry:  Viagem â Terra do Brasil.)

Soldado francês do século XVI — Além do comércio do pau-brasil, que permane ceu ativo em áreas não ocupadas do litoral, a ação colonialista francesa ensaiou ocupar a Guanabara. 0 projeto teve a sua realização interrompida pela expulsão dos invasores em 1567. (Desenho composto com elementos do livro de Léry: 

Viagem à Terra do Brasil.)

Vila fortificada — No século XVI, as cidades e vilas brasileiras defendiam-se dos ataques dos índios e dos corsários com muros de taipa e cerca de madeira.

(Desenho adaptado de uma reconstituiçáo de São Paulo, no século XVI. da autoria de José Wasth Rodrigues.)

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A ECONOMIA NO SÉCULO XVI

A agromanufatura do açúcar forneceu a base econômica para avalorização colonial do Brasil e a ela se subordinavam o extrativismo do pau-brasil e a pecuária. A utilização em larga escala detrabalhadores escravos, a disponibilidade de terras e a expansãodo setor de consumo externo concorreram para o enriquecimentoda classe proprietária e da burguesia comercial portuguesa e flamenga. Apesar disso, persistiam os interesses metalistas, como odemonstram as numerosas entradas. 0 mapa mostra ainda a

pecuária em sua etapa inicial, ainda como atividade dependentedo açúcar. Faz exceção a área entre Salvador e São Cristóvão, nas

terras de Garcia d'Ávila, em que a criação de gado já eratônoma.

Até 1 580, o comércio realizou-se com relativa liberdade, ecialmente a concedida aos flamengos. A partir da União Ibestabeleceu-se o regime de monopólio, inicialmente contrpor frotas anuais.

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Igreja da Graça, em Olinda — Esta fachada é a única que nos resta do século XVI.Graças aos estudos efetuados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do MEC, podemos ter uma idéia, através desta igreja, do que seriam os primeiros templos brasileiros.

Engenho de Megalpe — Muito embora datando do início do século XVII, este engenho nos dé uma idéia, graças ao seu aspecto de fortaleza, da insegurança dos primeiros tempos de nossa história. (Desenho adaptado da aquarela existente no Documentário Arquitetônico de José Wasth Rodrigues.) 

Brasão do Estado do Brasil — É interessante observar os símbolos que procuram.mostrar as duas designações que recebeu o Brasil. (Desenho reproduzido do que ilustra o artigo de Hélio Vianna, no Anuário do Museu Imperial, vol. X. 1949. 0 original se encontra no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Portugal.) 

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A CONQUISTA DO NORDESTE E DONORTE

A instalação do Governo-Geral conferiuà defesa do domínio colonial português anecessária coordenação e eficiência. Aoterminar o século XVI, ele já era continuodesde Salvador (1549) a Natal (1599).

No entanto, o Extremo Norte permaneceu isolado devido às dificuldades de comunicação entre a Costa Leste-Oeste e oEstado do Brasil e à impossibilidade deexpandir a produção açucareira em solospobres e arenosos. Esse isolamento favoreceu tentativas de ocupação estrangeira:franceses no Maranhão, mais tarde noAmapá, e holandeses e ingleses que traficavam drogas do sertão no estuário amazônico.

A vigência da União Ibérica —1580-1640 — agravou essa competiçãocolonialista e teve como efeito o estimuloàs iniciativas de colonização do ExtremoNorte. Em 1621 foi instituído o Estado doMaranhão (mais tarde do Grào-Pará eMaranhão), separado do Estado do Brasil

e cujos limites se estendiam da CapitaniaReal do Ceará ao Vice-Reino do Peru. Durante o século XVII, nele dominou a atividade extrativa das drogas do sertão, àqual se articulavam a criação de gado e aagromanufatura do açúcar. 0 litoral entreNatal e São Luis permaneceu praticamente desabitado, exceção feita do núcleo militar que deu origem á atual Fortaleza.

Para facilitar a tarefa colonizadora, oEstado distribuiu sesmaria, doou capitanias hereditárias e instituiu outras reais eestimulou a catequese. Nesta prática colonizadora distinguiram-se os jesuítas, osfranciscanos, os carmelitas e os merce-dários.

A exploração do trabalho escravo indí

gena produziu contínuos conflitos entre

os missionários e a classe escravista. Essaoposição de interesses constitui um dosfundamentos da Revolta de Beckman, noMaranhão (1684/85).

0 encarte ilustra a entrada  de PedroTeixeira, que estabeleceu comunicaçõesentre o Estado do Maranhão e as áreasmineradoras do Vice-Reino do Peru, alémde assegurar a posse portuguesa de grande parte do vale amazônico.

Missionário jesuíta — As ordens religiosas colabora ram, de maneira decisiva, na fixação do elemento indígena. Graças a isso, o povoamento das terras do Norte pôde ser efetuado com maior rapidez. (Dese nho composto segundo o retrato do Padre Ma/agri da, existente no vol. VIII da  História da Companhiade Jesus no Brasil, do Padre Serafim Leite.) 

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índio tupinambé do Maranhão — Para fortalecer o seu domínio no Maranhão, os franceses procuraram aliar-se aos Tupinambés. Vários desses índios estive ram na Europa onde foram tratados com grandes homenagens, batizados a cumulados de presentes.0 desenho mostra um deles com traje francês, usa do por ocasião de seu batismo e primeira comu nhão. (Desenho tirado do original que ilustra o livro de Claude d'Abbeville:  História da Missão dos Padres Capuchinhos na Ilha do Maranhão.

índio militarizado — 0 Ihdio foi muito solicitado como guerreiro contra estrangeiros e selvagens re 

belados. Observe-se o emprego do couro na indu mentária, como conseqüência da expansão da pe cuária, fator essencial no povoamento do sertão.(Desenho segundo um códice do século XVIII exis tente no Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro.) 

Soldado do século XVII — A ocupação do Nordeste e do Norte foi feita, sobretudo, em base militar. Para tornar efetivo o domínio português naquelas terras,' os colonos tiveram que lutar contra estrangeiros e índios. (Desenho segundo elementos da indumentá ria militar do século XVII.) 

Aldeia missionária — As missões eram povoados em que se reuniam populações indígenas sob a 

direção de religiosos. Sua estrutura econômica, onde se articulavam elementos feudais, já se organizava em base mercantil. (O desenho de Zacarias Wagner,da comitiva do Conde João Maurício de Nassau Siegen, serviu de base a esta reconstituição de um estabelecimento missionário em Pernambuco.) 

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BANDEIRAS DOS SÉCULOS XVII EXVIII

As bandeiras, organizadas pelos proprietários do planalto de Piratininga, atendiam inicialmente á busca de escravos indígenas, já que os rendimentos locais nãosuportavam os gastos com a importaçãode africanos. A ocupação de portos ne-greiros na África pelos comerciantes holandeses conferiu a essa atividade regional da Capitania de São Vicente um estímulo mercantil poderoso: a exportaçãode escravos indígenas para as áreas açu-careiras do Rio de Janeiro, Bahia e mesmo de Pernambuco.

A caça ao índio provocou conflitos coma frente pioneira hispano-jesuítica, que, apartir de Assunção, buscava alcançar oAtlântico (Guairá, Uruguai e Tape) e articular-se ao Alto Peru (Itatín). Os ataques

dos sertanistas vicentinos frustraram aação desses representantes do colonialismo espanhol.

O sertanismo de contrato  articulou-seaos interesses dos produtores de açúcar,ameaçados pelos quilombos de Palmares,e dos fazendeiros de gado, cuja atividadeexigia novas terras para se desenvolver.Numerosos bandeirantes deslocaram-separa o Leste e o Nordeste, onde mais tarde se fixaram nas terras que receberamcomo retribuição àqueles serviços em Palmares e reprimindo a Confederação dosCariris.

Outros sertanistas aceitaram os estímulos do Estado português dedicando-se àpesquisa mineral. Em 1695 descobriu-seouro em Minas Gerais. O extrativismo doouro e do diamante impulsionou o povoamento da Região Centro-Sul, disto resultando a ampliação da rede urbana, maior

diversificação social e a qualificação Brasil como o centro econômico dos mínios portugueses.

0 primeiro encarte informa as áreasconflito entre as bandeiras escravizadode índios e as frentes pioneiras espanlas nos atuais territórios do Paraná, Grande do Sul e Mato Grosso. 0 ousegundo estudos de Sérgio Buarque Holanda, ilustra o Caminho das Monçõque articulava São Paulo e Cuiabá.

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Mapa de D. Luis de Céspedes Xeria — Este goverdor espanhol do Paraguai viajou por terra de SPaulo a Assunção e traçou o primeiro mapa região. (O original se encontra no Arquivo de índem Sevilha.) 

Candeeiro, adaga e espada dos séculos XVII e X

Bandeirante — Observe-se o uso do "escupil" feito de couro, acolchoado e que protegia contra as fle chas dos índios. (Desenho segundo as descrições dos jesuítas, especialmente Montova, narrando os ataques às missões espanholas feitos por bandeiran tes vicentinos.) 

Casa da Câmara da Vila de São Paulo — As câmaras municipais foram um dos primeiros núcleos de resis tência és imposições do governo português. (0 dese nho reproduz a reconstituiçào feita por José Wasth Rodrigues, segundo o original do mapa de D. Luis de Céspedes Xeria.) 

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A ECONOMIA NO SÉCULO XVII

A pecuária, antes limitada aos engenhos, expandiu-se, valorizando as terrasdo interior em que era antieconômica aprodução de açúcar. Não exigindo grandecapital inicial, oferecia condições aos quenão dispunham de recursos para investirnas regiões produtoras de açúcar. Na criação de gado desenvolveram-se relaçõesde produção que se assemelham às daetapa de declínio do feudalismo: o vaqueiro era juridicamente livre e participava doproduto.

A agromanufatura do açúcar desenvolveu-se sob o estimulo de condições favoráveis, embora entrasse em crise na segunda metade do século XVII. Esta mudança foi em grande parte determinadapela retração do mercado consumidor europeu e pelo desenvolvimento de centrosconcorrenciais nas Antilhas.

A penetração no vale amazônico e noMaranhão foi impulsionada pelo extrativismo das drogas do sertão, coletadas porescravos indígenas. No entanto, o povoamento regular teve para apoiá-lo a produção de açúcar, a pecuária e a agriculturanão organizada para a exportação. A utilização de escravos indígenas, sobretudonos engenhos, e a insuficiência de recursos para a importação de africanos tiveram como efeito o levante de proprietários conhecido como a Revolta deBeckman.

O mapa também assinala a exploraçãodo ouro de lavagem na Capitania de SãoVicente e a expansão da criação de gado

em direção ao Prata. Esta última atividadeeconômica serviu de base á tentativa deacesso terrestre ao comércio com BuenosAires e os centros mineradores do Vice-Reino do Peru. Esse intercâmbio, o comércio peruleiro, já se realizava por viamarítima e articulava o Rio de Janeiro eBuenos Aires e constituiu um dos determinantes para a fundação da Nova Colônia do Santíssimo Sacramento, em 1680.

Negra — As necessidades econômicas, sobretudo as da produção de açúcar, provocaram a intensifica 

ção da escravidão africana do Brasil. Por esta razão,o litoral do Nordeste possui uma grande densidade de população negra e mestiça, além de numerosas contribuições africanas na culinária, na música e na religião. (Desenho segundo original de Frans Post.) 

Engenho — A expansão da agromanufatura do açú car no Nordeste atraiu a cobiça de estrangeiros,notadamente dos holandeses. Apesar das crises que periodicamente ocorriam, as exportações de açúcar foram as dominantes até a primeira metade do século XIX. (Desenho baseado em uma tela de Frans Post e pertencente é coleção de J. de Souza Leão.) 

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EXPANSÃO TERRITORIAL

A ação de diversas frentes pioneiras, apartir do século XVI, excedeu o meridianode Tordesilhas e incorporou ao domínioportuguês territórios que deveriam pertencer à Espanha. Uma das principais áreasde atrito localizava-se no Rio da Prata,onde estava situada a Nova Colônia deSantíssimo Sacramento, em terras atual

mente uruguaias. A outra era o Amapá,pretendido pelos franceses, sem que essareivindicação tivesse qualquer apoio paralegitimá-la, salvo o interesse em ocupar amargem esquerda do Amazonas.

Pelo Tratado de Utrecht de 1713, aFrança reconheceu o Oiapoque como limite entre a sua Guiana e o Brasil. Com aEspanha foram assinados os Tratados deMadri (1750) e o de Santo lldefonso(1777). 0 primeiro legalizava as incorporações territoriais luso-brasileiras, definindo praticamente o contorno atual do Brasil. Em compensação, a Espanha assegurava a posse da maior parte da bacia Platina, a Colônia do Sacramento e as Filipinas. 0 primeiro mapa ilustra essas informações e mostra também o alcance máximo do expansionismo colonial, o Uruguai (1821/28).

0 segundo mapa indica as regiões invadidas por estrangeiros, como efeito dadisputa colonialista que se desenvolveu apartir do século XVI. 0 terceiro esclarecea tentativa de ocupação mais ambiciosa:a holandesa.

0 último mapa destaca as transformações dos limites de acordo com as decisões estabelecidas em 1750 e 1777. Aperda definitiva da Colônia do Sacramento e o limite Extremo Sul no arroio Chuí,que resultaram do Tratado de Santo lldefonso, e os Sete Povos das Missões, cedi

dos a Portugal pelo Tratado de Madri. Noentanto, a sua incorporação definitiva sóocorreu em 1801, após a guerra peninsu-lar entre Portugal e Espanha.

Guarani da Missão de San Juan Bautista — Esta missão espanhola, em terras gaúchas, foi erguida pelo Jesuíta Antonio Sepp. Chama-se atualmente São João Velho. No traje da figura, o poncho, as esporas, a cruz. Juntamente com os detalhes arquite 

tônicos. configuram a nova estrutura social missio- neira, bem diferente da comunidade indígena que a precedeu. (Desenho segundo o mapa figurado exis tente em Simancas, Espanha.) 

índio minuano — Este subgrupo dos Charruas per maneceu independente, reagindo à dominação colo nial. O desenho permite compará-lo com os guara nis aldeados pelos missionários. Observem-se a co bertura de pele, a lança muito comprida e as bolea- deiras, depois utilizadas pelos vaqueiros gaúchos.(Desenho composto com elementos do Diário do Dr.José de Saldanha. 1787.1

Sargento holandês com alabarda — A Nova Holan- de estruturou-se na base da exploração comercial do açúcar, no controle dos centros urbanos e na ocupação militar. Durante o governo do Conde, de pois Príncipe, João Maurício de Nassau Siegen.houve relativa paz que favoreceu a recuperação eco nômica do Nordeste. Durante a sua administração,

ergueu-se o Pelãcio das Torres ou Friburgo, que se vã no segundo plano. (Desenho de acordo com Barleus e pintores holandeses da época.) 

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A ECONOMIA E MOVIMENTOS NATI-VISTAS NO SÉCULO XVIII

O extrativismo mineral do ouro e dodiamante transformou o Centro-Sul emárea dominante, â qual se subordinaramoutros centros produtores, notadamenteos do açúcar e os pecuaristas. A formaçãode um setor de consumo interno nas Capitanias de Minas Gerais, Goiás e MatoGrosso, ainda que temporário, diminuiu aexcessiva dependência econômica em re

lação aos mercados europeu, africano erio-platense. Como efeito desta hegemonia econômica, a capital do Estado doBrasil foi transferida de Salvador para oRio de Janeiro, em 1763.

A crise econômica determinada pelodeclínio da mineração, na segunda metade do século XVIII, foi atenuada pela res surreição agrícola, que valorizou o açúcare o algodão, principalmente. Também apecuária passou a figurar nas exportaçõesde couro e de sola, além de registrar odesenvolvimento das charqueadas e sala-

deiros pela articulação com o extrativismsalineiro no Nordeste e no Sul.

O mapa também localiza os conflitode interesse coloniais e metropolitanosEsta oposição manifestou-se em revoltae conspirações, estas últimas já programando a emancipação política do Brasi

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Bateia, almocafre (enxada empregada em minas) e máquina de cunhar moedas —A descoberta das mi nas teve grande influência na economia brasileira. 0 uso da moeda fa do desenho data de D. Maria I) me tálica tornou-se maior, embora, em certas regiões,continuasse a troca comercial baseada em produtos como o cacau, o algodão etc.

Palácio dos Governadores, em Ouro Preto — Amineração forneceu a bese econômica para que Vila Rica constituísse um centro de produção artística barroca. Um bom exemplo desta atividade é a atual Escola de Minas, que o desenho mostra com seu aspecto primitivo. (Desenho segundo a reconstitui- ção do Prof. J. Wasth Rodrigues, publicada na Re vista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, nº  4.) 

Cabocla do Amazonas — Até o século XVIII, indígena foi o trabalhador mais importante na Região Norte, como escravo, servo nas missões

 juridicamente assalariado após a libertação decretada pelo Marquês de Pombal, em 1755. Sua particpação, embora fundamental, sofreu a ação modificdora de outros agentes sociais, sobretudo  a  dimigrantes europeus e dos escravos africanos. (Desenho segundo o que ilustra a Viagem Filosófica, dAlexandre Rodrigues Ferreira — século XVIII.)

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O IMPÉRIO DO BRASIL— 1822-1889

A instalação das Províncias do Amazonas e do Paraná aumentou as unidadesadministrativas que se haviam constituído nas Etapas Colonial (1500-1808) ede Transição para o Estado Nacional(1808-1822). 0 número restrito de novasdivisões territoriais resultava principalmente do declínio ou da insuficiência das

rendas de certas atividades econômicasinterioranas, como a mineração e a pecuária, respectivamente. A importânciadas exportações de açúcar, de algodão esobretudo do café acentuou o desequilíbrio demográfico em benefício da orlamarítima. Um dos efeitos dessa mudançafoi a transferência das capitais das Províncias do Piauí, Alagoas e Sergipe para localidades mais próximas do litoral. 0 outro foi o agravamento da carência de comunicações terrestres que chegou a produzir problemas internacionais. A articulação de Mato Grosso com o Rio de Janeirorealizava-se através da bacia do Prata eesta dependência produziu conflitos, dosquais o mais grave foi a Guerra da Tríplice

Aliança (1864-1870).0 mapa mostra a permanência do con

torno territorial já fixado no século XVIII,exceção feita das áreas litigiosas. Destas,somente a da fronteira com o Paraguai foifixada pelo Tratado de Assunção, que encerrou diplomaticamente a Guerra da Tríplice Aliança. As demais foram resolvidasna Etapa Republicana, quando tambémfoi incorporado o Acre, depois de entendimentos com a Bolívia e o Peru.

Observem-se, também, os locais daGuerra da Independência e os dos conflitos produzidos pela oposição de interesses entre a hegemonia do Sudeste e asdemais regiões brasileiras, desde a Confe

deração do Equador (1824) á RevoluçãoPraieira (1848).

Casa residencial — A partir da Abertura dos Portosa Formação Social Brasileira articulou-se diretamte aos grandes centros mundiais, entre eles Paris

Cm 1816 chegou ao Rio de Janeiro a Missão Artístca Francesa, cuja orientação estética neoclássictornou-se, então, a dominante.

Soldado de 1823 — A Guerra de Independência desenrolou-se principalmente na Bahia e nela inter vieram tropas populares. O traje do soldado ilustra a importância da pecuária na economia e na indumen tária sertanejas. (Desenho tirado do livro Uniformesdo Exército Brasileiro, G. Barroso e J. Wasth Rodri gues.) 

Farroupilha — Segundo um quadro existente no Museu de Bolonha, Itália.

Dama da corte do Primeiro Reinado — 0 traje, inspiração francesa, foi reinterpretado ao gosto

cionalista, presente nas cores do manto verde cbordados a ouro. (Desenho segundo o originalDebret.) 

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A ECONOMIA NO SÉCULO XIX

Embora a economia permanecesseagrária e escravista, subordinada ao setorde consumo externo, a partir da segundametade do século começaram a se imporas atividades econômicas em regime capitalista. O café, cujas exportações superaram o algodão e o açúcar, manteve suahegemonia apesar da mudança do trabalho escravo pelo assalariado. Em sua primeira etapa, enriqueceu os proprietáriosfluminenses, mineiros e paulistas. Foitambém na Província de São Paulo que ocafé passou a ser produzido por trabalhadores livres e assalariados, nacionais e estrangeiros. No Extremo Norte iniciou-se oextrativismo da borracha, realizado principalmente por imigrantes nordestinos.

As exportações de café destinadas principalmente ao setor de consumo norte-americano aumentaram a receita e diminuíram a dependência comercial em relação à Inglaterra. Um dos efeitos dessanova situação foi o protecionismo alfandegário, adotado em 1844, que dificulta

va as importações estrangeiras. Essesdois elementos, articulados à abolição dotráfico negreiro, em 1850, e aos investimentos estrangeiros, produziram condições para que se ampliasse a rede bancária, as facilidades de crédito para a aplicação em serviços urbanos, ferrovias e nasprimeiras indústrias. Nessa conjuntura situam-se as múltiplas iniciativas capitalistas do Barão e Visconde de Mauá, dasquais e mais ambiciosa foi a tentativa deimplantação do Estaleiro da Ponta daAreia, em Niterói.

Nessas novas condições, o trabalho escravo tornou-se antieconômico pela suapequena capacidade consumidora. Os setores capitalistas, constantemente refor

çados, aumentaram a pressão abolicionista, que produziu a Lei Visconde do RioBranco, a Saraiva-Cotegipe e, finalmente,a Lei Áurea, em 1888.

Fazenda fluminense — Na antiga Província do Rio de Janeiro localizou-se o centro dominante da pro dução escravista do café, posteriormente superado pelas fazendas capitalistas de São Paulo.

Escudo do Brasil Império — Os ramos de fumo e de café mostram duas das principais riquezas do Brasil imperial; as estrelas, as províncias; a cruz de Cristo e a esfera armilar, a herança lusitana.

Negra mina — A influência árabe é sensível neste traje de baiana. O turbante, os balangandãs, o pano listrado, o uso da cor branca resultaram dos contatos comerciais entre as formações sociais norte-africa- nas e outras partes do continente.

A "Baronesa" — O nome homenageia o Barão e Visconde de Mauá, cuja ferrovia pioneira inaugurou- se em 1854. A ampliação das estradas de ferro resultou principalmente no aumento das exporta ções, sobretudo as do café.

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Lanceiro deMorel.

Rosas, segundo um desenho de Carlos 

Relíquias guerreiras — No alto, um estandarte brasi leiro de regimento de cavalaria, bandeiras do Para guai, da Argentina (no tempo de Rosas) e a uru guaia, e flâmulas do Brasil e do Paraguai. Embaixo,armas diversas, tambor paraguaio, couraça de lan ceiro de Rivera e as barretinas dos regimentos para 

guaios Acá Verá e Acá Carayà. Estes nomes guara nis significam, respectivamente, "cabeça brilhante" e "cabeça de macaco" 

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1 OCUPAÇÃO DA BANDA OCIDENTAL

REVOLUÇÃO CISPLATINA E GUERRA2 CONTRA AS P. UNIDAS

DO RIO DA PRATA

3 GUERRA S DE ORIBE E OE ROSA S

4  GUERRA S DE AGUIRREE DO PARAGUAI

5 GUERRA DO PARAGUAI

6 A DEZEMBRADA E A CAMPAN HADAS CORDILHEIRAS

GUERRAS NO SÉCULO XIX

Os conflitos internacionais localizaram-

-se principalmente na região platina, cujosrios garantiam as comunicações com Mato Grosso. Este e outros problemas resultaram em guerras das quais a mais importante foi a da Tríplice Aliança (1864-1870), contra o Paraguai.

0 primeiro mapa mostra a intervençãoluso-brasileira na Banda Oriental do Uruguai, que foi anexado ao Brasil como Província Cisplatina, em 1821. 0 seguinteilustra a Revolução Cisplatina e a guerracontra as Províncias Unidas do Rio daPrata. Delas resultou a independência doUruguai, que foi reconhecida em 1828pelo Tratado do Rio de Janeiro.

As campanhas contra Oribe e seu alia

do Rosas podem ser estudadas no mapaseguinte. Os últimos informam a guerracontra Aguirre e a da Tríplice Aliança, esta

o maior conflito armado da América doSul. 0 encarte destaca a Dezembrada,com as vitórias obtidas sob o comando de

Caxias, e a Campanha da Cordilheira,onde foram derrotadas as últimas forçasde Solano López.

Gaúcho brasileiro — Devido à posição limítrofe, os habitantes da antiga Província de São Pedro do Pio Grande do Sul foram muito solicitados nas lutas em que o Brasil se envolveu no Rio da Prata. No unifor me deste soldado foram aproveitados diversos ele mentos da indumentária dos vaqueiros das es tâncias.

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AS TRANSFORMAÇÕES DA MÃO-DE-OBRA

O emprego de trabalhadores escravosresultou da organização de uma estruturaeconômica subordinada aos interesses dosetor de consumo externo. No entanto,embora fosse dominante a participaçãodos escravos, também se desenvolveramoutros tipos de relações sociais de importância mais limitada. Na agromanufaturado açúcar, por exemplo, havia trabalhado

res assalariados, e na pecuária, o vaqueiro tinha direito a uma parte menor doproduto, como no sistema econômicofeudal.

No entanto, a reprodução da estruturaeconômica era determinada basicamentepela exploração do escravo indígena eafricano. O primeiro era obtido por apre-samento direto e não através de um intercâmbio regular, como ocorria com os trabalhadores importados da África. Comumente era capturado depois de ataquesàs aldeias indígenas, às missões religio

sas, como ocorreu nas entradas amcas e maranhenses ou nas bandeicentinas. De forma menos freqüenteseguiam-se escravos pela prática dcambo, isto é, troca de prisioneirguerras intertribais por produtos fodos pelos proprietários escravistas. vezes proibida, outras tantas permiescravidão indígena foi oficialmenteta pelo Marquês de Pombal, em

A escravidão de africanos permaaté o século XIX. Em 1850, sob prdos interesses capitalistas nacionais

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trangeiros, notadamente da burguesia inglesa, o tráfico negreiro foi abolido. Comisso, a reprodução do trabalho escravo ficava condicionada ao crescimento vege-tativo no Brasil. A manutenção do trabalhador escravo tornou-se gradativamenteantieconômica, na medida em que se desenvolviam as formas de produção capitalistas. A última grande área de manutenção da economia escravista foram as fa

zendas de café. O seu declínio, sobretudono final do século XIX, fortaleceu a corrente abolicionista, que se tornou vitoriosa em 1888. Já então as relações de trabalho assalariado se haviam imposto, incorporando trabalhadores nacionais e imigrantes estrangeiros.

No encarte, segundo Aroldo de Azevedo e Renato Mendonça, as linhas do tráfico negreiro e as áreas lingüísticas africanas que interessam ao Brasil.

Negro escravo — As fugas, a organização de qui lombos e as revoltas urbanas foram práticas de reação dos africanos e dos seus descendentes à dominação escravista. O colar de ferro identificava os escravos capturados depois de uma tentativa frustrada de evasão. (Desenho segundo Debret, sé culo XIX.) 

Índia — A escravidão indígena coexistiu com e de africanos até o século XVIII. Ela foi a relação de trabalho mais importante na Amazônia, no Mara nhão e em São Vicente, principalmente. (Desenho segundo Frans Post, século XVII.) 

Vista de Petrópolis em 1870 — Petrópolis, Nove Friburgo, Blumenau, São Leopoldo, e outras cidades brasileiras são resultado da colonização estrangeire.Graças a esses imigrantes ampliou-se o trabalho livre em nossa pátria. (Desenho segundo fotografia de Marc Ferrez.) 

Vaqueiro — Na pecuária, as relações de trabalho assemelhavam-se ás do sistema feudal. Elementos medievais, sobretudo portugueses, permanecem 

reinterpretados na produção folclórica das áreas de criação de gado no Nordeste. (Desenho segundo uma aquarela de Landseer.) 

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QUESTÕES INTERNACIONAIS

Na Etapa Republicana, anterior à Revolução de 1930, foram solucionadas asquestões de fronteira que ainda se mantinham. Optando pelo arbitramento, o Governo brasileiro pôde resolver satisfatoriamente as divergências com a Argentina ea França. Na defesa dos direitos do Brasilatuou o Barão do Rio Branco, mais tarde

Ministro das Relações Exteriores. Apenaso território litigioso do Pirara, disputadopela Grã-Bretanha, recebeu uma decisãoarbitrai menos favorável, apesar dos esforços de Joaquim Nabuco.

A questão mais grave foi a do Acre.Trabalhadores nordestinos que buscavamnovas reservas de seringueiras penetraram pelos rios Purus, Juruá e Javari, poronde alcançavam territórios pertencentesà Bolívia e ao Peru. A ocupação dessasáreas por frentes pioneiras do Brasil tevecomo resultado choques armados comforças bolivianas. Os efeitos desses conflitos foram limitados pela abertura de negociações diretas dirigidas pelo ChancelerBarão do Rio Branco. Pelo Tratado de Pe

trópolis, o Governo da Bolívia concordouem ceder a região contestada, recebendoem troca uma indenização e o compromisso da abertura da Estrada de FerroMadeira—Mamoré. Posteriormente, oTratado do Rio de Janeiro, assinado como Peru, completou a incorporação do atualEstado do Acre ao Brasil.

Além de participar constantemente dasdiversas etapas da política pan-americana, o Brasil também interveio nas duasGuerras Mundiais. Especialmente na Segunda, a colaboração com os aliados manifestou-se no fornecimento de recursoseconômicos, em facilidades ao aproveitamento estratégico do litoral brasileiro eno envio de tropas á Itália. O mapa daSegunda Guerra Mundial assinala as principais operações militares, entre elas asvitórias de Monte Castelo e de Montese.

Seringueiro — O desbravamento e ocupação de várias áreas da Amazônia foi estimulado pelo extrati vismo da borracha, realizado principalmente por tra balhadores nordestinos. Sua presença foi também marcante na incorporação do Estado do Acre ao Brasil.

Soldado da FEB — O "pracinha" tornou-se motivo de orgulho na contribuição brasileira em prol da democracia. Seu heroismo granjeou-lhe a estime e a 

admiração de nossa gente, dal o apelido carinhoso com que se popularizou.

Paisagem amazônica.

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história da América

A aproximação, a vinculação entre os povos americanos, temsido incentivada na base de entendimentos comerciais, que produzem realmente um resultado positivo, mas não suficiente paraassegurar a compreensão política e cultural. Restringindo-se acertas áreas, essa vinculação não tem sido levada a todas ascamadas da humanidade continental, de maneira a criar um espírito efetivamente americano. Tem faltado a esse esforço apreciável a revelação, aos povos que compõem o quadro político doNovo Mundo, do que eles são, do que valem, do que estão efetuando e de como se vêm comportando no andar dos anos.Revelação que deve partir das raízes coloniais para chegar aosnossos dias, quando as conferências, os acordos e os órgãos deelevados objetivos tentam a grande tarefa da solidariedade maispositiva.

Há toda uma imensa necessidade de, através da História, escla

recer a América a propósito da conveniência, cada dia mais imperativa, de integrar-se num conjunto fraterno, essencial ao seudesenvolvimento e à sua dignificação, pondo-se termo às diferenças que encontram seu maior destaque no que chamamos hoje desubdesenvolvimento. Não se poderá criar a grande família americana enquanto os povos que a devem formar se ignorarem e,portanto, não se puderem estimar.

O ensino da História da América, por isso mesmo, impõe-se,como um dos melhores instrumentos para essa obra de tamanhasignificação, levando a um máximo de indivíduos a lição admiráveldas gerações de ontem. Ensino da História realizado com a preocupação de indicar as fases mais decisivas do processo de formação e de crescimento dos países que resultaram da aventuraeuropéia, iniciada pelos portugueses, continuada pelos espanhóis,pelos franceses, pelos ingleses e pelos holandeses, e assegurada,na continuidade temporal, pelo trabalho construtivo de seus nacionais.

Nos mapas que organizamos, servindo-nos da experiência deconsagrados mestres portugueses, espanhóis, franceses e nor

te-americanos e de nossas próprias concepções, procuram

seguir os programas, visando proporcionar aos estudantes os ementos indispensáveis para que obtenham, nessas peças cargráficas, os dados necessários a uma melhor compreensão do pasado americano.

Partimos dos grupos pré-colombianos e das culturas mais iportantes que elaboraram, registrando o que nos pareceu fundmental para caracterizá-los. A conquista e o domínio dos eupeus foram indicados em várias cartas, em que procuramos distguir as empresas de colonização uma das outras, de maneirapermitir uma informação mais nítida do que cada uma represetou. No particular da ação da Espanha, tivemos a preocupação estudar separadamente a conquista, a colonização e a organição do domínio. É que numa carta única seria difícil assinalar episódios de maior importância. A conquista por si é uma págidistinta, como o capítulo seguinte tem também sua esfera própEra necessário, ademais, fixar, além da atuação dos governancivis, a que convencionamos chamar de conquista espiritual, e

tuada pelas Ordens Religiosas, e a dos homens de negócio, qforam motivação fundamental na operação do Novo Mundo.A independência está apresentada em vários mapas de mane

a permitir uma idéia precisa dos vários movimentos que ocorram, nas suas diferenças de tempo, de espaço e de processinclusive as marchas dos exércitos libertadores.

Dos Estados Unidos figuram, além da parte relativa à indepedência, os episódios da guerra de Secessão e da formação base física, isto é, a ampliação de seu território, bem como de sprojeção exterior, nas Antilhas e no Pacífico.

Os conflitos militares posteriores às jornadas da independênforam cartografados num mínimo de detalhes. Tivemos, assimpropósito de evitar o avivamento de fatos que, se não podem esquecidos pelo que representam nos fastos nacionais de várpaíses, devem ser menos utilizados quando porfiamos para elabrar uma consciência de americanismo que se deve afirmar sentimentos pacifistas e nâo em hegemonias resultantes de açõdrásticas.

O mapa relativo à América em nossos dias inclui o Canadá cocerto relevo, pelo que ele representa como realização atual campo do progresso. Foi nosso propósito mencionar todos grandes momentos em que os povos americanos, em conferêcias e assembléias pacíficas, procuraram dar sentido pragmátaos projetos e anseios de solidariedade. Igualmente, os movimetos migratórios que trouxeram nova seiva ao desenvolvimencontinental e a contribuição das Américas nos sucessos militaque, em duas épocas do século XX, determinaram modificaçõprofundas na vida universal.

Por fim, queremos explicar que o Brasil, por haver parte espcial a ele consagrada, apenas é referido no essencial para umcompreensão, em termos de comparação, da sua presença comunidade americana.

Arthur Cézar Ferreira R

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MIGRAÇÕES E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS PRINCIPAIS GRUPOS INDÍGENAS

A origem do primeiro habitante da América não se encontra aindadefinitivamente assentada. Afirmam alguns historiadores que o homem da América é originário do próprio território americano. Asseveram outros estudiosos que foi em virtude de movimentos migratórios oriundos do Pacífico que se operou a vinda dos seres humanos para o nosso continente, através de vias marítimas ou terrestr(estreito de Bering). Os principais grupos indígenas encontrados pelos descobridores europeus foram os seguintes: Esquimó, Algo nquino, Sioux, Shoshone, Nahua, Asteca, Pano, Araucano, Pampa, JeDiaguita, Guaicuru, Chiquito, Guató, Maia, Chibcha, Aruaque, Quíchua, Aimara, Bororó e Tupi-Guarani.

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A AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA

As culturas primitivas americanas são geralmente classificadasem quinze grupos, como se vê no mapa maior. Para tal classificação foram observados os tipos de habitação, remos de embarcações, alimentação, vestuário, cultura da mandioca, obtenção dofogo, tecido, uso de trombeta. Três Impérios — Inca, Maia eAsteca, o primeiro no Peru, o segundo na América Central e o

terceiro no México — distinguiram-se dos demais pela organização política, religião, monumentos materiais e espirituais, sistemade vida, comércio, produção artística e literária, conhecimento damatemática e da astronomia. A cidade de Cuzco era a capital doImpério Inca, e Tenochtitlán, a do Império Asteca. À chegada dosespanhóis, o Império Maia estava em decadência.

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VIAGENS DOS ESPANHÓIS

As quatro viagens de Cristóvão Colombo acham-se indicadasnos roteiros ao lado como também a da primeira volta ao mundo

realizada por Fernão de Magalhães e Sebastião Elcano, que substituiu o navegador português a serviço dos reis da Espanha.

Os roteiros das viagens de outros navegantes espanhóis, no1º século do achamento da América, Vicente Yãnez Pinzón, JuanDias de Solis, Alonso de Ojeda e Diogo de Lepe encontram-se

igualmente assinalados em outro mapa e constituem uma contribuição ponderável para o esclarecimento da dúvida se Colombochegou às índias por um caminho que não aquele encontradopelos portugueses, ou a um outro continente.

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CONQUISTA ESPANHOLA

A conquista da América pelos espanhóis começou pela região das Antilhas.A ilha de Híspaniola foi a primeira terraocupada.

Em seguida os conquistadores espraiaram-se continentes afora, após duros ecruéis combates com os indígenas. Distinguiram-se na façanha militar: Hernão Cor-tez, no México; Francisco Pizarro, no Peru; Diego de Almagro e Pedro de Valdívia,no Chile. Nos territórios que são hoje aVenezuela, Colômbia e na região do Rioda Prata, a penetração e conquista do espaço fez-se menos violentamente e nelase distinguiram: Rodrigo de Bastidas, Se

bastião de Benalcazar, Nicolas Federman,D. Pedro de Mendonza, Martínez de Iralae Juan de Gara. Cidades e estabelecimen

tos militares, ao longo da costa, marcaram a vitória e a permanência dos conquistadores, cuja atuação drástica provocou campanha contra Espanha, contidno que se denominou de "lenda negra". Asuperioridade de armas e de técnica nação militar explicam a rapidez e o êxitda conquista. Missões religiosas realizaram então obra de pacificação e de conquista espiritual dos gentios, pondo fimao conflito armado. As principais OrdenReligiosas foram: Jesuítas, MercedáriosFranciscanos, Agostinianos, Capuchinhoe Dominicanos. As missões mais impotantes foram no Paraguai, em ChiquitosMojos, Maynas, no Orenoco e na Califórnia. As missões jesuíticas do Paraguai acançaram fama mundial. O Pacífico, reve

lado em 1513 pelo navegante espanhoVasco Nunez de Balboa, foi denominadMar del Sul.

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COLONIZAÇÃO PORTUGUESA

O Tratado de Tordesilhas atribuiu a Portugal, na América do Sul, um território aolongo do Atlântico. A ocupação do litoralrealizou-se no primeiro século da descoberta, começando pelo sistema das capitanias hereditárias. A colheita dos produtos florestais na Amazônia, a criação degado nos sertões nordestino e no ExtremoSul, a cultura da cana e a fabricação doaçúcar no Nordeste úmido, a extração doouro em Minas, Mato Grosso e Goiás levaram à ampliação do território e à formação das várias áreas sociais, econômicas

e culturais do Brasil colonial, empresa emque se distinguiram os bandeirantes paulistas e os sertanistas de Pernambuco,Bahia e Amazônia. As missões religiosas,em particular as da Companhia de Jesus,especialmente na Amazônia e no Nordeste, asseguraram a contribuição pacíficado elemento indígena. Os Tratados deMadri e S. Ildefonso, celebrados respectivamente em 1750 e 1777, legalizaram aexpansão bandeirante. Núcleos urbanos,fortificações e administrações locais, representadas em capitanias-gerais e capi

tanias subordinadas, controladas em Lisboa pelo Conselho Ultramarino, assegura

ram a fronteira e estabilidade interior litorânea da Colônia.

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COLONIZAÇÃO ESPANHOLA

Os espanhóis, à medida que aumentavam suas responsabilidades com a ampliação da conquista, estabeleceram a seguinte organização para o domínio dasterras americanas sob sua soberania: 4Vice-Reinados, 4 Capitanias-Gerais, Inten-dências, "Gobernaciones" e, em relação àordem judiciária, Audiências. Em cada núcleo urbano funcionava uma edilidade,

denominada Cabildo. Os Vice-Reinadosforam: Nova Espanha (México), Peru, Nova Granada (Colômbia e Equador), Prata(Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia).As Capitanias foram: Cuba (Cuba, Flórida,S. Domingos e Porto Rico), Guatemala(América Central), Venezuela e Chile. AsAudiências eram em número de 14. Paraa direção da vida espiritual havia 4 arce-bispados e 31 bispados. 0 controle político e econômico do Império processava-seatravés do Conselho das índias, sediadoem Sevilha, e da Casa de Contratação,sediada em Cádiz. As relações de comércio, a principio limitadas de acordo com oregime de monopólio vigente, perderam,no século XVIII, o seu caráter rígido. O

mapa indica os principais caminhos docomércio interno e externo.

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   C   O   L   O

   N   I   Z   A   Ç   Ã   O

   F   R   A   N   C   E   S   A

   F  o   i

  p  e   l  a   T  e  r  r  a   N  o  v  a  e  p  e   l  a   A  c   á   d   i  a ,  q  u  e  o  s

   f  r  a  n  c  e  s  e  s  p  r   i  n  c   i  p   i  a  

  r  a  m ,  n

  a   A  m   é  r   i  c  a   d  o   N  o  r   t  e ,  s  u  a  e  m  p  r  e  s  a  c  o   l  o  n   i  a

   l .   P  r  o  s  s  e  g  u   i  r  a  m  -  n  a

  a   t  r  a  v   é

  s   d  a  e  x  p   l  o  r  a  ç   ã  o   d  o  r   i  o   S   ã  o   L  o  u  r  e  n  ç  o ,  o  n   d  e   f  u  n   d  a  r  a  m   Q  u  e  

   b  e  c ,   M

  o  n   t  r  e  a   l  e   P  o  r   t  o   R  e  a   l .   S  a  m  u  e   l   d  e   C   h  a  m

  p   l  a   i  n ,

   J  e  a  n   T  a   l  o  n ,

   C  o  n   d  e

   d  e   F  r  o  n   t  e  n  a  c ,   M  a  r  q  u   ê  s   d  e   M  o  n   t  c  a   l  m

   d   i  s   t   i  n  g  u   i  r  a  m  -  s  e  n  a

  m  o  n   t  a

  g  e  m  e  n  a   d  e   f  e  s  a   d  o   I  m  p   é  r   i  o ,  c  o  n   t  e  s   t  a

   d  o  p  e   l  o  s   i  n  g   l  e  s  e  s .

   C  o  m  o

  o   P  a   d  r  e   M  a  r  q  u  e   t   t  e ,   J  o

   l   i  e   t ,   L  a   S  a   l   l  e ,

   I   b  e  r  v   i   l   l  e   d   i  s   t   i  n  g  u   i  r  a  m  -  s  e

  n  a  e  x  p  a  n  s   ã  o  p  e   l  a   L  u   i  s   i  a  n  a .   C  o   l   b  e  r   t   f  o   i  o   i  m  p  u   l  s   i  o  n  a   d  o  r   d  a  c  r   i  a  ç   ã  o

   d  o   i  m  p   é  r   i  o .   A   l  c  a  n  ç  a  r  a  m   d  e  p  o   i  s  a  r  e  g   i   ã  o   d  o  s  g  r

  a  n   d  e  s   l  a  g  o  s   é  c   h  e  

  g  a  r  a  m

   à   b  a  c   i  a   d  o   M   i  s  s   i  s  s   í  p   i  e  a  o  g  o   l   f  o   d  o   M   é

  x   i  c  o .   A  g  u  e  r  r  a  c  o  m

  o  s   i  n  g   l  e  s  e  s   f  e  z  c  o  m  q  u  e  p  e  r   d  e  s  s  e  m  o  s   d  o  m   í  n   i  o  s   d  o   l   i   t  o  r  a   l  a   t   l   â  n   t   i  

  c  o  e  o

  s   t  e  r  r   i   t   ó  r   i  o  s   i  n   t  e  r   i  o  r  e  s .   N  a   F   l   ó  r   i   d  a ,  a  e  m  p

  r  e  s  a  c  o   l  o  n   i  a   l   f  r  a  n  

  c  e  s  a   t  e  v  e  m  e  n  o

  s  e  x  p  r  e  s  s   ã  o .   N  a  s   A  n   t   i   l   h  a  s ,  a  c  o   l  o  n   i  z  a  ç   ã  o

   b  a  s  e  o  u  -

  s  e  n  a  m   ã  o  -   d  e  -  o   b  r  a  n  e  g  r  a  e  n  a  p  r  o   d  u  ç   ã  o   d  e  g   ê  n  e  r  o  s

   t  r  o  p   i  c  a   i  s ,

  p  r   i  n  c   i  p  a   l  m  e  n   t  e

  n  o   H  a   i   t   i ,   M  a  r   t   i  n   i  c  a  e   G  u  a   d  a   l  u  p  e .

   N  a   A  m

   é  r   i  c  a   d  o

   S  u   l ,  a   l   é  m   d  a  s   t  e  n   t  a   t   i  v  a  s  n  o   R   i  o   d  e   J  a  n  e   i  r  o  e   M  a  r  a  n   h   ã  o ,  o  c  u  p  a  r  a  m

  a   i   l   h  a   d  e   C  a   i  e  n

  a ,  n  a  r  e  g   i   ã  o   d  a  s   G  u   i  a  n  a  s .

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COLONIZAÇÃO INGLESA

Os ingleses iniciaram sua empresalonial na América durante o reinadoRainha Isabel I, estabelecendo-se na TNova e, a seguir, na Virgínia, na ilhRoanoke. As Companhias de Londres Plymouth, beneficiárias de doações rao longo da Costa Norte da Américaram então começo á ocupação de territórios. Em dezembro de 1620, osregrinos, que vieram da Inglaterra barco Mayflower, atingiram Cape fundando Plymouth, na Região Nortenominada Nova Inglaterra. As demaislônias foram: Maryland, Carolina do te, Carolina do Sul, Geórgia, New Hshire, Massachusetts, Rhode Island, Iorque, Nova Jérsei, Pensilvânia e Dware. Ingleses, escoceses e irlandpremidos por motivos religiosos e pcos, constituíram a grande imigraçãocial que deu segurança às colônias eestabelecidas. No Norte, elaborou-se economia urbana, enquanto, no Sugrandes propriedades e uma lavoura cal constituem o fundamento maiocolonização. Em todas essas colônigoverno era constituído pelos próprioslonos, sem interferência maior da Crepresentada por um governador. Assembléias locais regulavam a vidagional.

Os suecos e os holandeses preteram criar áreas coloniais, fundando Suécia e Nova Holanda, mas os inglos atacaram e dominaram. A cidade

Nova Amsterdã, holandesa, em coqüência, passou a ser Nova Iorque.

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AS TREZE COLÔNIAS E OS E.U.A. ATUAIS

1 _ M a s s a c h u s e t t s

2 _ N. Hampshire

3 _ Rhod e Island

4 _ Connect icut

5 _ Nova Iorque

6 _ Nov a Jérs ei

7 _ Penailvània

8 _ Delawar e

9 _ Maryl and

10 _ Virgínia11 _ Carolina do Nonte

12 _ Carolin a do Sul

13 _ Geó rgia

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OS ESTADOS UNIDOSNA ÉPOCA DA INDEPENDÊNCIA

A mudança da política fiscal, seguidapela Inglaterra sobre as 13 colônias quepossuía na América do Norte, determinouo protesto de Filadélfia (5-9-1774). Os ingleses tinham determinado uma nova tributação que não se enquadrava no costume constitucional. Os "colonos" reuniram-se em Assembléia, lavraram seu protesto e fizeram a Primeira Declaração deDireitos, que tiveram repercussão mundiale levaram a pronunciamentos contráriosna própria Europa.

Os patriotas locais, sob o comando deGeorge Washington, travaram os primeiros choques armados com as forçasregulares. O encontro de Lexington(19-4-1775) iniciou as lutas militares queterminaram em Yorktown (19-10-81),com a rendição final das forças inglesas.Os patriotas norte-americanos tiveramnessa fase da luta o auxílio de forças militares francesas, comandadas por Lafayette e Rochambeau, e da Espanha, que lhesproporcionou facilidades materiais. George Washington, no comando supremodas forças patrióticas, revelou-se um excepcional chefe militar. A passagem dastropas sob seu comando pelo rio Delawa-re é considerada uma invulgar proeza militar. Um Segundo Congresso Continental,reunido em 4 de julho de 1776, ainda na

Filadélfia, aprovou a célebre Declaraçãoda Independência, redigida por ThomasJefferson.

Tea t r o de g ue r r a nas co lôn ias

d o L e s t e e C e n t r o 1 7 7 5 - 1 7 8 0

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http://slidepdf.com/reader/full/atlas-historico-escolar 57/159   I   N   D   E   P   E   N   D   Ê   N   C   I   A   D   O

   M   É   X   I   C   O

   E   A   M   É   R

   I   C   A   C   E   N   T   R   A   L

   N  o   M   é  x   i  c  o  a   l  u  t  a  p  e   l  a   i  n   d  e  p  e  n   d   ê  n  c   i  a   i  n   i  c

   i  o  u -  s  e  e  m

   D  o   l  o -

  r  e  s

   (   1   8   1   0 -   1

   8   1   1   ) ,  s  o   b  a  c   h  e   f   i  a   d  o   P  a   d  r  e   M

   i  g  u  e   l   H   i   d  a   l  g  o ,  e

  c  o  n  t   i  n  u  o  u -  a

  o  u  t  r  o

  p  a   d  r  e .

   J  o  s   é

   M  o  r  e   l   l  o  s  y   P  a  v   ó  n

   (   1   8   1   1 -

   1   8   1   2   ) .   F  o   i  u  m  a   l  u   t  a  e  x   t  r  e  m  a  m  e  n   t  e  v   i  o   l  e  n   t  a .

   U  m   C  o  n  g  r  e  s  s  o

  r  e  u

  n   i   d  o  e  m  s  e   t  e  m   b  r  o   d  e   1   8   1   3 ,  n  a  c   i   d  a   d  e

   d  e   C   h   i   l  p  a  n  c   i  n  g  o ,

  p  r  o

  c   l  a  m  o  u ,  a   6   d  e  n  o  v  e  m   b  r  o   d  o  m  e  s  m  o  a  n  o ,  a   i  n   d  e  p  e  n   d   ê  n  

  c   i  a ,  q  u  e  v  e   i  o  a  s  e  r  a   l  c  a  n  ç  a   d  a ,   d  e   f  a   t  o ,  s  o  m  e  n   t  e  e  m  s  e   t  e  m   b  r  o

   d  e

   1   8   2   1 ,  a  o   f   i  m   d  a   d  o  m   i  n  a  ç   ã  o  e  s  p  a  n   h  o   l  a .

   A   A  m   é  r   i  c  a   C  e  n  

   t  r  a   l ,  q  u  e  s  e   i  n  c  o  r  p  o  r  a  r  a  a  o   M   é  x   i  c  o ,  p  r  o  c   l  a  m  o  u  -  s  e   i  n   d  e  p  e  n  

   d  e  n   t  e ,

   f  o  r  m  a  n   d  o ,  e  n   t   ã  o ,  a  s   P  r  o  v   í  n  c   i  a  s   U  n   i   d

  a  s   d  o   C  e  n   t  r  o   d  a

   A  m

   é  r   i  c  a .

   E  m   1   8   3   8 ,  a   F  e   d  e  r  a  ç   ã  o  r  o  m  p  e  u  -  s  e

 .   U  m  a  a  u  m  a ,  a  s

  c   i  n  c  o  r  e  g   i   õ  e  s  p  o   l   í   t   i  c  a  s  s  e   f  o  r  a  m   d  e  c   l  a  r  a  n   d  o  s  o   b  e  r  a  n  a  s  :   H  o  n  

   d  u  r  a  s   (   1   8   3   8   ) ,   C  o  s   t  a   R   i  c  a   (   1   8   3   8   ) ,   N   i  c  a  r   á  g

  u  a   (   1   8   3   8   ) ,   S   ã  o

   S  a   l  v  a   d  o  r   (   1   8   4   1   ) ,   G  u  a   t  e  m  a   l  a   (   1   8   4   7  -   4   8   ) .   O   P  a  n  a  m   á ,  p  r  o  v   í  n  

  c   i  a

   d  a   C  o   l   ô  m   b   i  a ,

   d  e  s   l   i  g  o  u -  s  e  e  m

   1   8   3   0   d  a

  q  u  e   l  a  r  e  p   ú   b   l   i  c  a ,

  v  o   l  t  a  n   d  o  a   i  n  c  o  r  p  o  r  a  r -  s  e  a  e   l  a  n  o  m  e  s  m  o  a  n

  o .

   E  m

   1   9   0   3 ,  p  o 

  r   é  m

 ,  s  e  p  a  r  o  u -  s  e   d  e   f   i  n   i  t   i  v  a  m  e  n  t  e   d  a   C  o   l   ô  m   b   i  a ,  c  o  n  s  t   i  t  u   i  n   d  o -

  -  s  e

  e  n   t   ã  o ,  e  m  n  a  ç   ã  o  s  o   b  e  r  a  n  a .

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   O   H  a   i   t   i ,  c  o   l   ô  n   i  a   f  r  a  n  c  e  s  a ,

   f  o   i  a  s

  e  g  u  n   d  a  a  a   l  c  a  n  ç  a  r  a   i  n   d  e  p  e  n  

   d   ê  n  c   i  a .

   A  p  o  p  u   l  a  ç   ã  o  e  s  c  r  a  v  a ,  c   h  e   f   i  a

   d  a  p  o  r   B  a  o  u  c   k  m  a  n ,

   T  o  u  s  s  a   i  n   t

   L  o  u  v  e  r   t  u  r  e  e   D  e  s  s  a   l   i  n  e  s ,  c  a  m   i  n   h  o  u  p  a  r  a  a   i  n   d  e  p  e  n   d   ê  n  c   i  a  s  e  m

   b  r  a  n  c  o  s  a  o  r   i  e  n  t   á -   l  a ,  a  g   i  t  a   d  a  p  e   l  o  s

  p  r   i  n  c   í  p   i  o  s   d  e   l   i   b  e  r   d  a   d  e ,   i  g  u  a   l 

   d  a   d  e  e   f  r  a   t  e  r  n   i   d  a   d  e   d  a   R  e  v  o   l  u  ç   ã  o   F  r  a  n  c  e  s  a .

   E  m   2   3  -   8  -   1   7   9   3 ,   S  a  n   t   h  o  n  a  x  p  r  o  c   l  a  m

  a   l   i  v  r  e  s  o  s  e  s  c  r  a  v  o  s   d  a   i   l   h  a .

   A

   i  n   d  e  p  e  n   d   ê  n  c   i  a   f  o   i   f   i  n  a   l  m  e  n  t  e  o   b  t   i   d  a

  e  m

   1 -   1 -   1

   8   0   4 .

   S   ã  o

   D  o  m   i  n 

  g  o  s ,  e  m

   1   8   0   1 ,   f  o   i   d  o  m   i  n  a   d  a  p  e   l  o  s   h  a   i   t   i  a  n  o  s  ;   d  e   1   8   0   2  a   1   8   0   6 ,

  e  s   t  e  v  e  e  m  p  o   d  e  r   d  o  s   f  r  a  n  c  e  s  e  s  ;   N  u

  n  e  z   d  e   C   á  c  e  r  e  s  p  r  o  c   l  a  m  o  u  a

   i  n   d  e  p  e  n   d   ê  n  c   i  a   (   1  -   2  -   1   8   2   0   ) ,  e ,  e  m

   1   8   2   2 ,  v  o   l   t  o  u  a  o   d  o  m   í  n   i  o   d  o

   H  a   i   t   i .   F  r  a  n  c   i  s  c  o   S   á  n  c   h  e  z ,  e  m   1   8   4   4 ,

  r  e  p  r  o  c   l  a  m  o  u  a   i  n   d  e  p  e  n   d   ê  n  c   i  a  ;

  e  m

   1   8   6   1  v  o   l  t  o  u  a  o   d  o  m   í  n   i  o  e  s  p  a  n   h

  o   l  ;  e  m

   1   8   6   5 ,  c  o  m   J  u  a  n   P  a   b   l  o

   D      t     i    d       d   ê     i    t        

      l   i   d    d 

   E   M   A   N   C   I   P   A   Ç   Ã   O

   P   O   L   Í   T   I   C   A

   D   A   S   A   N   T   I   L   H   A   S

   A

   l  u   t  a  a  r  m  a   d  a  p  e   l  a   i  n   d  e  p  e  n   d   ê  n  c   i  a   d  e   C  u   b  a  c  o  m  e  ç  o  u  e  m

   1   9

 -   5 -   1

   8   5   0 ,  c  o  m

  a  t  e  n  t  a  t   i  v  a   d  e   N  a  r  c   i  s  o   L  o

  p  e  s .

   C  a  r   l  o  s   M  a  n  o  e   l   d  e

   C  e  s  p  e   d  e  s  p  r  o  c   l  a  m  o  u  a   i  n   d  e  p  e  n   d   ê  n  c   i  a  e  m

   1   0  -   1   0  -   1   8   6   8 ,   i  n   i  c   i  a  n   d  o

  a  g  u  e  r  r  a   d  o  s   d  e  z  a  n  o  s .

   E  m

   1   8   9   5 ,  c  o  m  e  ç  o  u  e  m

   O  r   i  e  n  t  e  a  t  e  r  c  e   i  r  a

  g  u

  e  r  r  a ,  q  u  e   t  e  r  m   i  n  o  u  c  o  m  a   i  n   t  e  r  v  e  n  ç   ã  o  n  o  r   t  e  -  a  m  e  r   i  c  a  n  a ,

   d  e  v   i   d  o

  a  o

  a   f  u  n   d  a  m  e  n   t  o   d  o   M  a   i  n  e   (   1   5  -   2  -   1   8   9   8   )  e

  a   d  e  s   t  r  u   i  ç   ã  o   d  a  e  s  -

  q  u

  a   d  r  a  e  s  p  a  n   h  o   l  a  e  m   S  a  n   t   i  a  g  o   d  e   C  u   b  a

   (   3  -   7  -   1   8   9   8   ) .   C   h  e   f   i  o  u  o

  m  o  v   i  m  e  n  t  o ,  c  o  m

  a  p  r  e  g  a  ç   ã  o   l   i   b  e  r  t  a   d  o  r  a ,  o

   i  n  t  e   l  e  c  t  u  a   l   J  o  s   é   M  a  r  t   i ,

  m  o  r  t  o   l  o  g  o  n  o   i  n   í  c   i  o   d  o  m  o  v   i  m  e  n  t  o .

   A  e  m

  p  r  e  s  a  m   i   l   i  t  a  r   f  o   i  c  o  n  t   i 

  n  u

  a   d  a  p  o  r   A  n   t  o  n   i  o   M  a  c  e  o  e   M  a  x   i  m  o   G  o  m  e  s .   A  s   f  o  r  ç  a  s  n  o  r   t  e  -  a  m  e  

  r   i  c

  a  n  a  s   d  e   i  x  a  r  a  m  o  p  a   í  s  e  m   1   9   0   1 ,  q  u  a  n   d  o

  a  s  s  u  m   i  u  o  g  o  v  e  r  n  o  o

  p  r   i  m  e   i  r  o  p  r  e  s   i   d  e  n   t  e   d  a   R  e  p   ú   b   l   i  c  a ,   T  o  m  a  z   E  s   t  r  a   d  a   P  a   l  m  a .

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http://slidepdf.com/reader/full/atlas-historico-escolar 60/159   E   M   A   N   C   I   P   A   Ç   Ã   O   P   O   L   Í   T   I   C   A

   D   A

   A   M   É   R   I   C   A

   D   O

   S   U   L

   A   i   d  e  o   l  o  g   i  a  r  e  v  o   l  u  c   i  o  n   á  r   i  a ,  v   i  s  a  n   d  o  a   i  n  

   d  e

  p  e  n   d   ê  n  c   i  a   d  o   i  m  p   é  r   i  o  e  s  p  a  n   h  o   l ,   t  o  m  a  e  x  

  p  r  e  s  s   ã  o  n  o  s   é  c  u   l  o   X   V   I   I ,  c  o  m  a  p  e  n  e   t  r  a  ç   ã  o

   d  a

  s   i   d   é   i  a  s   d  o   "   i   l  u  m   i  n   i  s  m  o   " ,   j   á  n  o  s  s   é  c  u   l  o  s

   X   V

   I  e   X   V   I   I  s  e   h  a  v   i  a  m  r  e  g   i  s   t  r  a   d  o  p  r  o  n  u  n  c   i  a  

  m  e  n   t  o  s   d  e  n  a   t  u  r  e  z  a  p  o   l   í   t   i  c  a  q  u  e  p  o   d  e  m  s  e  r

  c  o

  n  s   i   d  e  r  a   d  o  s  c  o  m  o  e  x  p  r  e  s  s   õ  e  s  :   d  e   d  e  s  c  o  n  

   t  e  n   t  a  m  e  n   t  o  c  o  n   t  r  a  a   E  s  p  a  n   h  a  e   d  e  a  s  p   i  

  r  a  ç   õ  e  s   l   i   b  e  r  a   i  s .

   E  m   1   8   0   6 ,  o   G  e  n  e  r  a   l   F  r  a  n  c   i  s  c  o   d  e   M   i  r  a  n  

   d  a

   t  e  n   t  o  u  o   b   t  e  r  a   i  n   d  e  p  e  n   d   ê  n  c   i  a   d  a   V  e  n  e  

  z  u  e   l  a .   E  m   1   8   1   0 ,  e  m   f  a  c  e   d  a   i  n  v  a  s   ã  o   f  r  a  n  c  e  

  s  a

   à   E  s  p  a  n   h  a  e   d  a   d  e  s   t   i   t  u   i  ç   ã  o   d  e  s  e  u  s  g  o  

  v  e  r  n  a  n   t  e  s  r  e  a   i  s   (   C  a  r   l  o  s   I   V  e   F  e  r  n  a  n   d  o   V   I   I   ) ,

  

    á    i      i   d    d     d    A    é    i          h    l    f  

  r  a  m  o  r  g  a  n   i  z  a   d  a  s   j  u  n   t  a  s   f   i   é   i  s   à   E

  s  p  a  n   h  a ,

  a  n   t  e  a  a  m  e  a  ç  a   f  r  a  n  c  e  s  a  a  o   t  e  r  r   i   t   ó  r   i  o  s  u   l  -

  a  m  e  r   i  c  a  n  o .   A  p  r   i  m  e   i  r  a   R  e  p   ú   b   l   i  c  a   d

  a   V  e  n  e  

  z  u  e   l  a   f  o   i  p  r  o  c   l  a  m  a   d  a  p  e   l  o   G  e  n  e  r  a   l   M   i  r  a  n   d  a ,

  e  m   2  -   3  -   1   8   1   1 ,  m  a  s   t  e  v  e   d  e  c  a  p   i   t  u   l  a  r ,  e  m   j  u  

  n   h  o   d  e   1   8   1   2 ,  p  e  r  a  n   t  e  a  s   f  o  r  ç  a  s  e  s  p  a  n   h  o   l  a  s .

   S   i  m  o  n   B  o   l   í  v  a  r   i  n   i  c   i  o  u  s  u  a  v   i   t  o  r   i  o  s  a

  c  a  m  p  a  

  n   h  a   d  e   l   i   b  e  r   t  a  ç   ã  o  e  m   C  a  r   t  a  g  e  n  a  n  o

  m   ê  s   d  e

  o  u   t  u   b  r  o   d  e   1   8   1   2 .   O  s   t  e  r  r   i   t   ó  r   i  o  s   d  a

   C  o   l   ô  m  

   b   i  a  e   V  e  n  e  z  u  e   l  a   f  o  r  a  m   i  n   i  c   i  a   l  m  e  n   t  e

  o   t  e  a   t  r  o

   d  a  g  r  a  n   d  e   l  u   t  a .   M  a   i  s   t  a  r   d  e ,  o  m  o  v   i  m  e  n   t  o   l   i  

   b  e  r   t  a   d  o  r  e  s   t  e  n   d  e  u  -  s  e  a  o   E  q  u  a   d  o  r .

   E  m   A  n  -

  g  u  s   t  u  r  a ,   f  o   i  p  r  o  c   l  a  m  a   d  a ,  e  m

   1   7

   d  e   d  e  

  z  e  m   b  r  o   d  e

   1   8   2   3 ,  a   G  r   ã  -   C  o   l   ô  m   b

   i  a ,  q  u  e

  c  o  m  p  r  e  e  n   d  e  u  a   V  e  n  e  z  u  e   l  a ,  a   C  o   l   ô  m

   b   i  a  e  o

   E  q  u  a   d  o  r ,  q  u  e  p  o  r   f   i  m  r  o  m  p  e  r  a  m  a  u  n   i   d  a   d  e ,

  c  o  n  s   t   i   t  u   i  n   d  o  -  s  e   E  s   t  a   d  o  s  s  o   b  e  r  a  n  o  s .

   N  o   C   h   i   l  e ,  a   l  u   t  a   f  o   i  c  o  m  a  n   d  a   d  a  p  o  r   B  e  r  

 

    

 

 

 

 

   S  a  n   M  a  r  t   i  n ,  q  u  e  a  t  r  a  v  e  s  s  o  u

  o  s   A  n   d  e  s ,  s  a   i  n 

   d  o  v   i   t  o  r   i  o  s  o ,  e  m   1   8   1   8 ,  n  a

   b  a   t  a   l   h  a   d  e   M  a   i  -

  p  u .

   A  s  e  g  u   i  r ,

   S  a  n   M  a  r  t   i  n   d   i  r   i  g   i  u -  s  e  a  o   P  e  r  u ,

  e  m  c  u   j  a  c  a  p   i   t  a   l  e  n   t  r  o  u  e  m

   j  u   l   h  o   d  e   1   8   2   1 .

   N  a   B  o   l   í  v   i  a ,  a  s  e  x  p  e   d   i  ç   õ  e  s

  e  n  v   i  a   d  a  s  p  e   l  o  s

  a  r  g  e  n  t   i  n  o  s  n   ã  o   h  a  v   i  a  m  o   b

  t   i   d  o   ê  x   i  t  o .

   A  v   i 

   t   ó  r   i  a   f  o   i  a   l  c  a  n  ç  a   d  a  p  e   l  o  e  x   é

  r  c   i   t  o   d  o   G  e  n  e  r  a   l

   S  u  c  r  e .

   O

   P  a  r  a  g  u  a   i ,  v  e  n  c   i   d  o  s  o  s  a  r  g  e  n  t   i  n  o  s ,

   d  e  s   l   i  g  o  u  -  s  e   d  a  c  o  m  u  n   i   d  a   d  e

  p   l  a   t   i  n  a  e   i  s  o   l  o  u  

  s  e .   N  o   U  r  u  g  u  a   i ,  o   G  e  n  e  r  a   l   A  r   t   i  g  a  s   l  u   t  o  u

  p  e   l  a   i  n   d  e  p  e  n   d   ê  n  c   i  a  c  o  n   t  r  a  o  s  e  s  p  a  n   h   ó   i  s ,

  a  r  g  e  n   t   i  n  o  s  e  p  o  r   t  u  g  u  e  s  e  s .

   I  n  c  o  r  p  o  r  a   d  o  a  o

   B  r  a  s   i   l ,  e  m   1   8   1   7 ,  a  s  u  a   i  n   d  e  p  e  n   d   ê  n  c   i  a  s   ó   f  o   i

  a   l  c  a  n  ç  a   d  a  e  m

   1   8   2   8 .

   E  m

   J  u  n   i  n  e  e  m

   A  y  a  c  u  c   h  o ,  n  o  a  n  o   d  e

   1   8   2   4 ,  o  s  e  s  p  a  n   h   ó   i  s  s  o   f  r  e  r  a  m

  a  s   d  e  r  r  o   t  a  s

  q  u  e

  p  u  s  e  r  a  m

   f   i  m

  a  o  s  e  u

   d  o  m   í  n   i  o  n  a

   A  m   é  r   i  c  a   d  o   S  u   l .

  N

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  i  l

  d  I

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  i  f  i

   t  r  a  v  a   d  a  n  a   B  a   h   i  a

   (   B  a   t  a   l   h  a   d  e   P   i  r  a   j   á   ) ,  n  o

   P   i  a  u   í ,  n  o   M  a  r  a  n   h   ã  o  e  n  o   U  r  u  g  u  a   i   (   C   i  s  p   l  a   t   i  

  n  a   ) .   A

  a  n   t   i  g  a   G  u   i  a  n  a

   I  n  g   l  e  s  a   f  o   i   d  e  c   l  a  r  a   d  a   i  n  

   d  e  p  e  n   d  e  n  t  e  a   2   5 -   5 -   1

   9   6   6 ,  c  o  m

  o  n  o  m  e   d  e

   G  u   i  a  n  a .   A   G  u   i  a  n  a   H  o   l  a  n   d  e  s  a ,  r  e  c  e  n   t  e  m  e  n   t  e

   d  e  c   l  a  r  a   d  a   i  n   d  e  p  e  n   d  e  n   t  e ,  a   d  o   t  o  u  o  n  o  m  e   d  e

   S  u  r   i  n  a  m  e ,  p  e  r  m  a  n  e

  c  e  n   d  o  a  p  e  n  a  s  a   G  u   i  a  n  a

   F  r  a  n  c  e  s  a  n  a  c  o  n   d   i  ç   ã  o   d  e  c  o   l   ô  n   i  a .

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EXPANSÃO TERRITORIAL DOS ESTADOS UNIDOS

A expansão territorial dos Estados Unidos começou durante aGuerra da Independência, quando os colonos ocuparam terrassituadas a leste do Mississípi. A Luisiânia foi comprada à Françaem 1803, por 60 milhões de francos. A Espanha cedeu-lhe aFlórida, mediante indenização de 5 milhões de dólares. Através demeios diplomáticos, obteve da Grã-Bretanha o território de Ore-gon, as montanhas Rochosas e o rio Santa Cruz, no Maine. Aguerra contra o México proporcionou, pelo tratado de paz de1848 e mediante a indenização de 15 milhões de dólares, novasáreas: Texas, Novo México, Arizona, Colorado, Califórnia superior.Em 1853, por outra indenização de 10 milhões de dólares, obteve

nova retificação da fronteira com o México. Em 1867, comprou daRússia, por 7 milhões de dólares, o que é hoje o Alasca. As

ferrovias, ligando o Atlântico ao Pacifico, facilitaram o povoameto desse vasto território, alimentado pelas correntes migratórieuropéias. A expansão alcançou, no Atlântico, as Antilhas Dansas e Porto Rico, hoje Estado Associado; no Pacifico, o arquipégo do Havaí, as Filipinas, Wake e Midway. O canal do Panamencerrou o movimento de ampliação da base física norte-americna. A história do deslocamento de fronteira constitui, em consqüência, o motivo central do processo norte-americano de formção. À medida que avançam a fronteira, nas áreas incorporaderam criados territórios federais, mais tarde elevados à condiçde Estados.

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GUERRA CIVIL — 1861-1865

As diferenças entre as colônias do Norte e as do Sul datam doperíodo colonial. A mão-de-obra escrava, no Sul, era o esteio dosistema econômico-social. A eleição de Abraão Lincoln, em 1860,favorável ao fim da escravatura, favoreceu o rompimento da unidade nacional. A Guerra de Secessão foi iniciada pela tomada doForte Sumter, pelos confederados, em 12-4-1861. Os Estados doSul, que inicialmente se separaram da União, eram os seguintes:Carolina do Sul, Geórgia, Flórida, Texas, Luisiana, Mississípi, Alabama (4-2-1861). Posteriormente, a Carolina do Norte, Arkansas,Tennessee e Virgínia Oriental aderiram à Confederação. Os Estados de Maryland, Virgínia Ocidental, Kentucky e Missúri

recusaram-se a participar da Confederação. A luta foi longa ecruenta, tendo havido importantes batalhas. As forcas militares da

União foram comandadas pelo General Grant, e as da Confederação, pelo General Lee. 0 Presidente da República, Abraão Lincoln,que proclamou a emancipação dos escravos e dominou o conflitoarmado, conseguiu restabelecer a unidade política da nação. EmAppomatox (9-4-1865), o General Lee, confederado, rendeu-se aoGeneral Grant, da União. Estava terminada a luta militar. Cincodias após, Lincoln era assassinado.

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CONFLITOS ARMADOSNA AMÉRICA DO SUL

Os anos que se seguiram à conquistada independência dos países hispano-americanos foram muito difíceis. A luta pelo poder, com o aparecimento decandidatos civis e militares, retardou-lhesa unidade, dando origem a conflitos internos que lhes puseram em perigo a existência normal, ameaçando o bem-estar desuas populações. Dos conflitos armadosque perturbaram a paz da família americana, os mais importantes foram os seguintes: Brasil—Argentina (1825-1828);

Peru—Colômbia (1828-1829); Chile eArgentina contra a Confederação Peru—

Bolívia (1836-1839); Brasil—Argentina  — guerra contra o ditador Rosas(1851-1852); Espanha contra Chile ePeru (1886); Chile contra a Bolívia e Peru(guerra do Pacífico) (1879-1883); Brasil,Argentina, Uruguai contra Paraguai(1865-1870) e Paraguai—Bolívia (Chaco,1932-1935). As lutas do Pacífico e do Paraguai revestiram-se de aspectos épicosem seus encontros terrestres, marítimos efluviais, destacando-se os combates deAngamos, Arica, Riachuelo e Tu iuti. Oconflito de Letícia (1932-1933), entre oPeru e a Colômbia, não gerou uma guerra.

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A AMÉRICA NO MUNDO

A América alcançou uma posição especial nos quadros do mundo, marcada principalmente pela estruturação de uma ordem comum, a Organização dos Estados Americanos (OEA), e emanada

de assembléias continentais (do Panamá, em 1826, a PuntaEste, em 1962), pronunciamentos contrários ao regime colonita (Monroe, 1823), princípios de cooperação e solidaried(Pan-Americanismo), esforço pelo melhor desenvolvimento ecomico (OPA) e acolhimento de multidões de imigrantes, vindos

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Europa e da Ásia. A América participou dos grandes conflitosinternacionais (1914-1918 e 1939-1945), da Sociedade das Nações e faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU). Seu

objetivo maior é o desenvolvimento econômico, com o aproveitamento local de seu potencial de solo e subsolo.

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ORGANIZAÇÃODOS ESTADOSAMERICANOS

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ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AME

RICANOS

A Organização dos Estados Americanosresultou da IX Conferência Interamericana, realizada em Bogotá, no ano de 1948,e tem como sede a cidade de Nova Ior

que. Sua função é ampla e abrange osmais variados aspectos das conjunturasque as Américas enfrentam no decorrer

dos tempos. De certo modo, vem satisfazer os anseios de criação de uma coletividade continental harmônica, cuja necessi

dade, logo nos inícios da experiência democrática e soberana que começava a viver, era considerada fundamental. O Organograma indica a estrutura e o funciona

mento da OEA.

No quadro há informação sobre os organismos destinados a ocupar-se da

problemática econômica, que se pretendesolucionar através de mercados comuns elegislação apropriada, regulatória dos sistemas de produção e de comercialização.

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história geral

Todos nós temos consciência de que nosso Pais está em condições de se tornar, muito breve, uma Grande Potência e de desempenhar, nas relações internacionais, um papel mais decisivo doque lhe coube no passado. 0 Brasil possui, de fato, para assim sedestacar, uma extensão territorial, uma população e recursos naturais que se acham valorizados pela sua posição geográfica noContinente Sul-Americano, no Atlântico e no mundo atual.

Nestas condições, surge no momento, para as gerações con-temporâneas, um certo número de deveres e de obrigações que,até agora, não têm sido suficientemente focalizados na nossa

educação cívica. Um deles é, incontestàvelmente, a necessidadede conhecer melhor o mundo político, econômico, cultural e socialno qual temos de exercer a nossa devida e justa influência.

A parte de História Geral, apresentada neste Atlas Histórico Es colar, procura exatamente completar as noções de que obrasileiro-americano precisa para interpretar, nas suas origens, noseu desenvolvimento e no seu estado atual, os fatos que se dãofora das Américas.

As Relações Internacionais, sem constituir uma disciplina separada, pois faziam parte das Ciências Políticas, não deixam de seruma matéria distinta que em muitas universidades as GrandesPotências tém colocado ultimamente nos seus currículos.

As facilidades e a rapidez das comunicações têm reduzido asdistâncias-tempo e tornado o mundo, por assim dizer, menor. Masnós precisamos não é apenas de um mundo menor, é de ummundo melhor. Nele, bem sabemos, os contatos se tornam maisfreqüentes e mais íntimos; daí a necessidade da boa-vizinhança;daí também a urgência de melhor conhecimento e de maior cooperação.

O que visam os mapas históricos gerais é habilitar o estudantea seguir o processo histórico de cada continente e dos principaispaíses estrangeiros, para daí tirar conclusões a respeito das situações atuais.

Em referência a estas interpretações da História dos tempospresentes, devo fazer aqui algumas ponderações:

  — Os mapas de História Geral se acham mu ito simplifi cados.Bem sei que o ideal de uma combinação de Geografia com aHistória exigiria uma representação completa do mapa físico, comlatitudes e altitudes. Num mapa histórico, em que fronteiras dopassado e do presente, rios principais e feições litorâneas são decapital importância, o relevo tem de ser sacrificado ou raras vezes

apresentado.  — É possível que a nomenclatura destes mapas e de seusencartes venha a sofrer críticas justas e acertadas; entretanto,lembro que ainda não existe em nossa língua uma reconhecida egeneralizada ortografia para nomes estrangeiros ainda não totalmente aportuguesados.

  — Nos mapas antigos e medieva is, os traçado s de fronte irasdevem ser considerados apenas como tentativas de delimitações,baseadas sempre em cartas autorizadas mas cuja imprecisão deveser considerada como uma necessidade de apresentação não tanto de linhas  como de zonas  de fronteiras. Somente nos mapascontemporâneos deixam estas considerações de ser indispensáveis.

  — Apesar de ter procur ado simplifi car o mais possível os mapas desenhados, fui levado a apresentar com maiores detalhes osmapas relativos à época atual, isto é, os que se prestam a estudosde relações internacionais. Caso sejam necessárias informaçõescomplementares de Geografia Física, forçoso será recorrer aoAtlas Geográfico Escolar, também editado pela FENAME. e comparar os mapas físicos com o mapa histórico.

  — Nos mapas históricos , em geral, as questõ es de latitu dessão tidas de influência menor; precisam ser, entretanto, levadasem conta quando é iniciado o estudo de uma região em determinada fase histórica. Para não sobrecarregar os mapas foram dadas poucas indicações a este respeito, mas foi colocado, no finaldo Atlas, um mapa simples, com a projeção de Mercator, queservirá de ponto de referência para qualquer consulta sobre latitudes.

Espero que muitas sugestões úteis terão ocasião de ser mandadas a respeito dos mapas de História Geral para que sejam aproveitadas em futuras edições. Para tal fim, conto com os meuscolegas, professores de História, de Geografia e de outras ciênciassociais.

Com a colaboração da Professora Therezinha de Castro, redigialguns textos explicativos muito resumidos que figuram no rodapédos mapas. Resultam esses comentários da necessidade permanente de localizar todos os fatos histórico s; no mesmo cenário físico fixo, o tempo vai modificando sempre o caráter histórico da posição e do espaço, variáveis segundo as épocas. É a ação da História sobre a Geografia. 0 estudioso notará nos mapas certos pontos nevrálgicos onde as mudanças são mais freqüentes e mais radicais; nada há de mais sugestivo, sob este ponto de vista, do quea geografia das fronteiras: contatos de civilizações, contatos deEstados, contatos de idéias. Cada quadro pode ser explicado peloquadro que precede: a Europa do século XVI resulta da ação doshomens representada na Europa do século XV. A Europa do séculoXVIII e o nosso quadro geográfico atual procedem de outros tantos precedentes.

Quanto à grafia dos topônimos estrangeiros, devo esclarecer

que a mesma obedece a um critério pessoal.Delgado de Carvalho

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O EGITO DOS FARAÓS E O ORIENTEMÉDIO

O Egito se estende entre 24 e 31 grausde latitude norte, no Nordeste da África,entre o deserto da Líbia e o mar Vermelho. As inundações anuais do Nilo tornaram a região fértil. Politicamente unificado cerca de três milônios antes de Cristo,o Egito foi governado por trinta e uma

dinastias de faraós. Suas capitais foramTebas, Mênfis e Sais. De lá saíram entre1300 e 1250 A.C. os hebreus que, passando pela península do Sinai, foram estabelecer as suas tribos na Terra Prometida, ou Palestina, onde conquistaram Jerico. Primitivamente unidos, os judeusconstituíram posteriormente dois reinos:o de Judá, com capital em Jerusalém, eIsrael, com capital em Sichém e depoisem Samaria.

Na parte noroeste da Palestina, a costado Mediterrâneo ficou em poder dos fení-cios, cujos portos principais foram Tiro eSido.

Entre o mar Negro e o Mediterrâneo,dominaram os povos hititas, com capitalem Hatusas. Durante muito tempo disputaram aos egípcios o domínio da Síria.

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   I   M   P   É   R   I   O   S

   A   N   T   I   G   O   S

   D   O

   O   R   I   E   N   T   E

   M   É   D   I   O

   O  s   t  r   ê  s  m  a  p  a  s   d  o   O  r   i  e  n   t  e   M   é   d   i  o ,  n  a

   A  n   t   i  g   ü   i   d  a   d  e ,  m  a  r  c  a  m   t  r   ê  s   f  a  s  e  s   h   i  s   t   ó  r   i  c  a  s

  p  r   i  n  c   i  p  a   i  s   d  a  q  u  e   l  a  r  e  g   i   ã  o .   P  e  r  m   i   t  e  m  o   b  

  s  e  r  v  a  r  a  s  s  u  c  e  s  s   i  v  a  s  m  o  n  a  r  q  u   i  a  s  a  s   i   á   t   i  c  a  s

  q  u  e  p  r  e  c  e   d  e  r  a  m  a  c  o  n  q  u   i  s   t  a   h  e   l   ê  n   i  c  a .

   O

  p  r   i  m  e   i  r  o  m  a  p  a   t  r  a  ç  a ,  a  p  r  o

  x   i  m  a   d  a  

  m  e  n   t  e ,  o   I  m  p   é  r   i  o   A  s  s   í  r   i  o  n  o  s  r  e   i  n  a   d  o  s   d  o  s

  c  o  n  q  u   i  s   t  a   d  o  r  e  s   S  a   l  m  a  n  a  z  a  r  e   A  s  s  u  r   b  a  n   i  -

  p  a   l .   A  n   t  e  s ,  p  o  r   é  m ,   d  a   f  o  r  m  a  ç   ã  o   d  e  s   t  a  m  o  

  n  a  r  q  u   i  a  q  u  e  c  o  n  s  t   i  t  u   i  u  o  p  r   i  m  e   i  r  o

  g  r  a  n   d  e

   I  m  p   é  r   i  o   A  s   i   á   t   i  c  o   d  a  r  e  g   i   ã  o ,  p  o  p  u   l  a  ç   õ  e  s

  s  u  m  e  r   i  a  n  a  s  e   i  n  v  a  s  o  r  e  s  s  e  m   i   t  a  s

   h  a  v   i  a  m  -

  s  e   l  o  c  a   l   i  z  a   d  o  n  a   M  e  s  o  p  o   t   â  m   i  a ,  n

  a  s   t  e  r  r  a  s

   d  o  c   h  a  m  a   d  o   "   C  r  e  s  c  e  n  t  e

   F   é  r  t   i   l   "  e   f  u  n   d  a   d  o

  u  m  a  m  o  n  a  r  q  u   i  a  c  u   j  o  c  e  n  t  r  o  p  o   l   í  t   i  c  o  e  r  a

   B  a   b   i   l   ô  n   i  a .

   N  o  s  e  g  u  n   d  o  m  a  p  a ,  e  m

  q  u  e  a  p  a  r  e  c  e  m

  o  s   I  m  p   é  r   i  o  s   M  e   d  a  e   B  a   b

   i   l   ô  n   i  c  o ,  o   b  s  e  r  v  a  -

  s  e  q  u  e  n  a    Á  s   i  a  m  e  n  o  r  a  p

  a  r  e  c  e  r  a  m  n  o  v  o  s

   E  s   t  a   d  o  s ,  e  n   t  r  e  o  s  q  u  a   i  s  a   L   í   d   i  a ,  c  o  m  s  u  a

  c  a  p   i   t  a   l  e  m   S  a  r   d  e  s .   A   C  a  p  a   d   ó  c   i  a  e  a   C   i   l   í  c   i  a

  s   ã  o  t  e  r  r   i  t   ó  r   i  o  s   d  e  s  m  e  m   b  r  a   d  o  s   d  o   I  m  p   é  r   i  o

   A  s  s   í  r   i  o .

   P  o  r   f   i  m ,  o   t  e  r  c

  e   i  r  o  m  a  p  a  a  p  r  e  s  e  n   t  a  o

   I  m  p   é  r   i  o   P  e  r  s  a  n  a

  s  u  a  m  a   i  o  r  e  x   t  e  n  s   ã  o ,  e  m

  s  e  g  u   i   d  a   à  s  c  o  n  q  u   i  s   t  a  s   d  e   D   á  r   i  o .   A   l  g  u  m  a  s

  e  s   t  r  a   d  a  s ,  e  m  a  z  u   l ,  m  a  r  c  a  m  a   i  m  p  o  r   t   â  n  c   i  a

  q  u  e   t  e  v  e  e  n   t   ã  o  a

  m  o  n  a  r  q  u   i  a  p  e  r  s  a ,  c  u   j  a

   d  u  r  a  ç   ã  o   f  o   i  r  e   l  a   t   i  v  a  m  e  n   t  e  c  u  r   t  a .

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A GRÉCIA NO SÉCULO V A.C.

A Grécia dos tempos clássicos, antesda conquista macedônica (Queronéia —338 A.C.) estendia-se até 40 ° de latitudenorte. Faziam parte de seus domínios osdiversos arquipélagos do mar Egeu e asilhas da costa ocidental (Corfu, Cefalônia,Zanto). A serra do Pindo separava o Épiroda Tessália. Um istmo, perto de Corinto,ligava a Grécia Central à península do Pe-loponeso.

Migrações oriundas do Norte ocuparama terra grega em ondas sucessivas. Osdeslocamentos de populações determinaram a formação de colônias nas costasasiáticas. As três cores do mapa indicamos setores em que se estabeleceram astrês etnias helênicas (dórios, eólios, jô-nios).

A posição geográfica de Tróia, na proxi

midade do Helesponto, explica a importância histórica daquela cidade. Para conquistá-la, partiam as expedições gregasdas principais cidades da Argólida: Mice-nas, Tirinto, Argos.

O relevo manteve a Grécia dividida empequenas regiões naturais que constituíam unidades políticas (cidades-estado),como Atenas (Ática), Tebas (Beócia), Es-parta (Lacônia), Megalópolis etc. No encarte, podem ser observadas as diretrizesseguidas pelos invasores persas, no século V, vindos por terra e por mar.

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http://slidepdf.com/reader/full/atlas-historico-escolar 75/159   C   O   L

   O   N   I   Z   A   Ç   Ã   O

   G   R   E   G   A

   (   D   O

   M   Í   N   I   O   S

   F   E   N   Í   C   I   O   S

   E

   C   A   R   T   A   G   I  -

   N   E   S

   E   S   )

   O

  m  u  n   d  o  g  r  e  g  o  e  s   t  a  v  a  r  e  s   t  r   i   t  o ,   i  n   i  c   i  a   l  

  m  e  n

   t  e ,  a  u  m  a  p  e  q  u  e  n  a  p  e  n   í  n  s  u   l  a  m  o  n   t  a  

  n   h  o  s

  a ,   d  e   t  e  r  r  a  s  n   ã  o  m  u   i   t  o   f   é  r   t  e   i  s ,  o  n   d  e

  s  e   d

  e  s  e  n  v  o   l  v  e  u  u  m  a  s   é  r   i  e   d  e  c   i   d  a   d  e  s  -  e  s  -

   t  a   d  o

 ,   d  e  s   t  a  c  a   d  a  m  e  n   t  e   E  s  p  a  r   t  a  e   A   t  e  n  a  s .

   A

   i  n  v  e  s   t   i   d  a   d  e  n  o  v  o  s   i  n  v  a  s  o  r  e  s   t  o  r  n  o  u  a

   G  r   é  c   i  a  s  u  p  e  r  p  o  v  o  a   d  a .

   A  o  p  r  e  s  s   ã  o  p  o  r  p  a  r  

   t  e   d  e   f  a  m   í   l   i  a  s   d  o  m   i  n  a   d  o  r  a  s  e  a   f  a   l   t  a   d  e

  r  e  c  u

  r  s  o  s  q  u  e  p  a  s  s  a  r  a  m  a  s  o   f  r  e  r  o  s  g  r  e  g  o  s

  o  s  a  n   i  m  a  r  a  m

  a  e  m   i  g  r  a  r  e  m

   b  a  n   d

  o  s .   I  n   i 

  c   i  a   l  m  e  n   t  e ,

   d   i  r   i  g   i  r  a  m  -  s  e  p  a  r  a  a

    Á  s

   i  a   M  e  

  n  o  r ,  o  n   d  e  s  e   d  e  s   t  a  c  a  r  a  m   l  o  g  o

    É   f  e  s

  o  e   M   i  -

   l  e   t  o .

   A  s   i   l   h  a  s   d  e   R  o   d  e  s ,   C   h   i  p  r  e  e   C  r  e   t  a

   t  a  m   b   é  m

   f  o  r  a  m

  o  c  u  p  a   d  a  s .   C  a  m   i  n   h  a  r  a  m

   d  e  p  o   i  s  o  s  g  r  e  g  o  s  p  a  r  a  o   O  e  s   t  e  e ,  e  s   t  a   b  e  -

   l  e  c  e  n   d  o  -  s  e  n  o   S  u   l   d  a   P  e  n   í  n  s  u   l  a   I   t   á   l   i  c  a  e

  p  a  r   t  e   d  a   i   l   h  a   d  e   S   i  c   í   l   i  a ,  p  a  s  s  a  r  a  m  a   d  e  n  o  

  m   i  n  a  r  a  r  e  g   i   ã  o   d  e   M  a  g  n  a   G  r   é  c   i  a .   U

  m  c  o  n  

   j  u  n   t  o   d  e  c  o   l   ô  n   i  a  s  p  r   ó  s  p  e  r  a  s  s  u  r  g   i  u   l  o  g  o  :

   S   i  r  a  c  u  s  a ,   S   í   b  a  r   i  s ,   T  a  r  a  n   t  o

  e   N  e   á  p  o   l   i  s

   (  a   t  u  a   l   N   á  p  o   l  e  s   ) .   F  o  r  a  m  p  a  r  a  o  c  o  n   t   i  n  e  n   t  e

   (  a   t  u  a   l   S  u   l   d  a   F  r  a  n  ç  a   ) ,  o  n   d  e   f  u  n   d  a  r  a  m   M  a  s  -

  s   í   l   i  a   (   M  a  r  s  e   l   h  a   )  e   N   i  c  a  e

   (   N   i  c  e   ) ,  c  a   b  e  n   d  o  -

   l   h  e  s   t  a  m   b   é  m  a  g   l   ó  r   i  a   d

  e   f  u  n   d  a   d  o  r  e  s   d  e

   S  a  g  u  n   t  o .

   N  o   N  o  r   t  e   d  a    Á

   f  r   i  c  a  e  s   t  a   b  e   l  e  c  e  

  r  a  m  -  s  e  e  m

   C   i  r  e  n  e  e   A  p

  o   l   ô  n   i  a   d  a  r  e  g   i   ã  o

  c   h  a  m  a   d  a   d  e   P  e  n   t   á  p  o   l  e ,

  e   f   i  n  a   l  m  e  n   t  e  e  m

   N  a  u  c  r   á  t   i  s ,  n  o   d  e   l  t  a   d  o   N   i   l  o .

   P  o  r  s  u  a  s   i   t  u  a  ç   ã  o  g  e  o

  g  r   á   f   i  c  a ,   i  s  o   l  a   d  a  s

  n  o   l   i   t  o  r  a   l  p  e   l  o  s  m  o  n   t  e  s   L   í   b  a  n  o ,  a  s  c   i   d  a   d  e  s

   d  a   F  e  n   í  c   i  a  —   A  r  a   d ,   B   i   b   l  o  s ,   S   i   d  o  e   T   i  r  o  —

   l  a  n  ç  a  r  a  m  s  e  u  s   h  a   b   i   t  a  n   t  e  s   t  a  m   b   é  m  a  o  m  a  r

   M  e   d   i   t  e  r  r   â  n  e  o 

   C  o  u   b  e  a

   S   i   d  o   i  n   i  c   i  a  r  e  s  s  a

  e  x  p  a  n  s   ã  o  p  e   l  a

    Á  s   i  a   M  e  n  o  r .

   M  a  s   f  o   i   T   i  r  o

  q  u  e   f  u  n   d  o  u   C  a

  r   t  a  g  o   (   8   0   0   A .   C .   ) ,  n  o   N  o  r   t  e

   d  a    Á   f  r   i  c  a ,  q  u  e

  s  e   t  o  r  n  o  u   d  e  p  o   i  s  m  a   i  s   i  m  

  p  o  r   t  a  n   t  e  q  u  e  a

  p  r   ó  p  r   i  a  m  e   t  r   ó  p  o   l  e .

   A  s  c  o   l   ô  n   i  a  s

  c  a  r   t  a  g   i  n  e  s  a  s   t  a  m   b   é  m

  s  e

  e  s  p  a   l   h  a  r  a  m  p  e   l  o   M  e   d   i   t  e  r  r   â  n  e  o .

   O  c  u  p  a  n   d  o

  a  p  a  r   t  e  o  e  s   t  e   d

  a   i   l   h  a   d  a   S   i  c   í   l   i  a ,  e  s   t  a   b  e   l  e  

  c  e  r  a  m  -  s  e  n  a   S  a

  r   d  e  n   h  a  e   B  a   l  e  a  r  e  s ,   t  o  r  n  a  n  

   d  o  m  a   i  s  a   t   i  v  o  o  c  o  m   é  r  c   i  o  c  o  m  o   S  u   l   d  a

  a   t  u  a   l   E  s  p  a  n   h  a ,

  o  n   d  e   t   i  v  e  r  a  m   i  n   t  e  n  s  o  m  o  

  v   i  m  e  n   t  o  o  s  p  o  r   t  o  s   d  e   N  o  v  a   C  a  r   t  a  g  o  e

   G  a   d  e  s 

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   I   M   P    É   R   I   O    D

   E   A   L   E   X   A   N   D   R   E

   t   r   a   l ,

   à   s

   m   a   r   g   e   n   s

   d   o   r   i   o   I  n   d  o ,   o   n   d   e   d   e   r   r   o  -

   e

   P   t   o   l   o   m   e  u ,   s   ó   s  u   b   s   i   s   t   i   r   a   m 

   d   o   i   s   a   t   é   a   s

   b   a   c   t   r   i   a   n   a ,

   q  u   e

   o   c  u   p   a  v   a   a   b   a   c   i   a   m   é   d   i   a   e

   t   o  u   o   R   e   i   P   ó   r  u   s .   E   s   t   á   t   a   m   b   é   m    t

   r   a   ç

   a   d   a   a

   c   o   n   q  u   i   s   t   a   s

   r   o   m   a   n   a   s

 ,   n   o   I   s   é   c  u   l   o   a   n   t   e   s   d   e

   i   n   f   e   r   i   o   r

   d   o   I   n   d

   o .

   A  e  x  p  a  n  s   ã  o  m   á  x   i  m  a   d  o   h  e   l  e  n   i  s  m  o  r  e  a   l   i  -  s  u  a

  e  x  p  e   d   i  ç   ã  o  a  o   E  g   i   t  o ,  o  n   d  e   f  u  n   d  o  u

   A   l  e  -  n  o  s  s  a

  e  r  a .   U  m   f  o   i  o   d  o  s  s  e   l   ê  u  c   i   d  a  s ,  n  a

    É

   i  n   t  e  r  e  s  s  a  n   t  e

  n  o   t  a  r  n  o  m  a  p  a  o  c  a  n  a   l

  z   o  u  -   s   e   n   o   s   é   c  u   l   o   I   V

   A .   C . ,   c   o   m    a

   s   c   o   n   q  u   i   s  -

  x   a   n   d   r   i   a .   D   e   p   o   i   s   d   e   c  u   r   t   o   r   e   i   n   a   d   o   (   3   3   3   a    Á   s   i   a

   O   r   i   e   n   t   a   l   (   S   í   r   i   a ,   M   e   s   o   p   o   t   â   m   i   a ,

   M   é   d   i   a ,

   a   n   t   i   g   o

   q  u   e

   l   i   g   o  u   n   o   p   a

   s   s   a   d   o   o   l   a   g   o   O  x   i   a  -

   t   a

   s   d   e   A   l   e  x   a   n   d   r   e ,   o   M   a   g   n   o .   0   s   e  u   i   m   p   é   r   i   o   3   2

   3   A .   C .   ) ,   A   l   e  x   a   n   d   r   e   m   o   r   r   e  u   e   m    3

   2   3   P   é   r   s   i   a

   e   A   r   m   ê   n   i   a   )  ;   o   o  u   t   r   o   f   o   i   o   d   o   s   p   t   o   l   o  -

   n   o ,

   a   t  u   a   l   m   a   r   d   e

   A   r   a   i ,   a   o

   P   o   n   t   o  -   E  u  x   i   n   o ,

  e  s   t  e  n   d  e  u  -  s  e ,  e  m   l  a   t   i   t  u   d  e ,  e  n   t  r  e   4   5   °  e   2   5   °   A

 .   C . ,

  n  a   B  a   b   i   l   ô  n   i  a .

  m  e  u  s ,

  n  o   E  g   i   t  o .

  a   t  u  a   l

  m  a  r   N  e  g  r  o .   D  e   f  a   t  o ,   f  o   i  o  c  a  m

   i  n   h  o

   d  e   l  a   t   i   t  u   d  e  n  o  r   t  e .   0

   R  e   i   F   i   l   i  p  e   d  a   M  a  c  e   d  o  -

   A  s

   d   i   f  e  r  e  n   t  e  s  p  a  r   t  e  s   d  o   I  m  p   é  r   i  o   A   l  e  x  a  n  -

   D  u  r  a  n   t  e

   d  o   i  s  s   é  c  u   l  o  s  c  o  n   t   i  n  u  o  u  a   h  e   l  e  -

  n  a   t  u  r  a   l

  q  u  e  p  e   l  o  r   i  o

   O  x  u  s ,  a   t  u  a   l   A  m  u  -   D   á  -

   n

   i   a   h   a  v   i   a   o   c  u   p   a   d   o   a   G   r   é   c   i   a   e   c   o  u   b   e   a   s   e  u   d

   r   i   n   o ,

   P   é   r   s   i   a ,   M   é   d   i   a ,   A   r   m   ê   n   i   a ,   S   í   r   i   a   e

   t   c ,

   n   i  z   a   ç   ã   o

   d   o   O   r   i   e   n   t   e ,   o   n   d   e   s   e   d   e   s   t   a   c   a   r   a   m 

   r   i   a ,

   s   e   g  u   i   a   m    a

   s   m   e   r   c

   a   d   o   r   i   a   s   d   a   f   n   d   i   a ,   d   e   s  -

   f   i   l   h   o ,   A   l   e  x   a   n   d   r   e ,   a   p   o   d   e   r   a   r  -   s   e   d   a   P   é   r   s   i   a   d   e  -

   n   ã   o

   t   ê  m   l   i  m   i   t  e  s   i  n   d   i  c  a   d  o  s  p  o  r  s  e  r  e  m  e  s   t  e  s

   o   s

   g   r   a   n   d   e   s   f   o   c   o   s   d   e   c  u   l   t  u   r   a   d   e   A   l   e  x   a   n   d   r   i   a ,

   t   i   n   a   d   a   s

  a  o   O  c   i   d  e  n   t  e .

   A   d  e  p  r  e  s  s   ã  o  a  p  r  o  -

   c   a   d   e   n   t   e   d   o   R   e   i   D   á   r   i   o   I   I   I ,   d   e   p   o   i   s   d   e   s  u   a   s

   m  u   i   t   o

   i   m   p   r   e   c   i   s   o   s ,   t   a   n   t   o

   m   a   i   s   q  u   e   p

   o  u   c   o

   d   e

   P   é   r   g   a   m   o

   e

   d   e

   A   n   t   i   o   q  u   i   a .

  v   e   i   t   a   d   a

   p   e   l   o

   c   a   n   a   l

   e   r   a

   r   e   s   í   d  u   o

   d   e

   a   n   t   i   g   o

  v   i   t   ó   r   i   a   s   d   e   G   r   a   n   i   c   o ,   I   s   s   o   s   e   A   r   b   e   l   a   s .

   s   o   b   r   e  v   i  v   e   r   a   m 

  a  o   j  o  v  e  m   i  m  p  e  r  a  n   t  e .   D  e   f  a  -

   A

   m   o   n   a   r   q  u   i   a

   s   e   l   ê  u   n   i   c   a ,

   p   o   r   é   m ,   n   ã   o

   f  u   n   d   o

   d  e  m  a  r .

   O  m  a  p  a   i  n   d   i  c  a  o  r  o   t  e   i  r  o   d  e   A   l  e  x  a  n   d  r  e ,   t  o ,

   f  o   i  c  e   d  o   d  e  s  m  e  m   b  r  a   d  o  o   t  e  r  r   i   t   ó  r   i  o  e  n  -

  c  o  n  s  e  g  u   i  u

  m  a  n   t  e  r  a  s  u  a  a  u   t  o  r   i   d  a   d  e  n  a

   N  a

  p  a  r   t  e  o  c   i   d  e  n   t  a   l   d  o

   i  m  p   é  r   i  o   d  e   A   l  e  -

   q  u   e   d   e   A   r   b   e   l   a   s   m   a   r   c   h   o  u   s   o   b   r   e   B   a   b   i   l   ô   n   i   a ,   t   r   e

   o   s   g   e   n   e   r   a   i   s ,   q  u   e   o   d   i  v   i   d   i   r   a   m    e

   n   t   r   e   s   i   p   a   r   t   e

   o   r   i   e   n   t   a   l   d   e   s   e  u   s   d   o   m   í   n   i   o   s  :   f   o   r   m   o  u  -  x   a   n   d   r   e

   s   o   b   r   e  v   i  v   e   r   a   m 

   p   o  u   c   o

   o   s   r   e   i   n   o   s

   d   a

   S  u  s  a  e   P  e  r  s   é  p  o   l   i  s    E  m  s  e  g  u   i   d  a   a   l  c  a  n  ç  o  u

   (   3   0   1   A    C    )    D  o  s  r  e   i  n  o  s  q  u  e  e  n   t   ã  o  s  e   f  o  r  -  -  s  e  n  o   I  r   ã  o  r  e   i  n  o   d  o  s  p  a  r   t  a  s  e   m  a   i  s  a   M  a  c  e   d   ô  n   i  a    d  a   T  r   á  c   i  a    d  a   B   i   t   í  n   i  a    d  o   P  o  n   t  o

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   I   T   Á   L   I   A   A   N   T

   I   G   A

   O  n  o  m  e   d  e

   I   t   á   l   i  a   f  o   i  a  p   l   i  c  a   d  o  s  u  c  e  s  s   i  v  a  

  m  e  n   t  e  a   t  e  r  r   i   t   ó  r   i  o  s   d  a  p  e  n   í  n  s  u   l  a ,   d  e  s  u   l

  a  n  o  r   t  e .   P  r   i  m   i   t   i  v  a  m  e  n   t  e ,   I   t   á   l   i  a   d  e  s   i  g  n  a  

  v  a  a  p  e  n  a  s  a

  e  x   t  r  e  m   i   d  a   d  e  m  e  r   i   d   i  o  n  a   l .   N  o

   t  e  m  p  o   d  e   S   i   l  a  e  s   t  e  n   d  e  u  -  s  e  o  n  o  m  e  a   t   é

   R  u   b   i  c  o  n  ;   C   é  s

  a  r  e  s   t  e  n   d  e  u  -  o

   à

   G   á   l   i  a   C   i  -

  s  a   l  p   i  n  a .

   A  p  r   i  m  e   i  r  a

   d  o  m   i  n  a  ç   ã  o  m  a   i  s   i  m  p  o  r   t  a  n   t  e

  n  a  p  e  n   í  n  s  u   l  a

   f  o   i  a   d  o  s  e   t  r  u  s  c  o  s ,  c  o  m  o   i  n  

   d   i  c  a  o  e  n  c  a  r   t  e .   A   S   i  c   í   l   i  a  e  o   S  u   l   f  o  r  a  m

  o  c  u  p  a   d  o  s  p  e

   l  a  s  c  o   l   ô  n   i  a  s  g  r  e  g  a  s   d   i   t  a  s

   M  a  g  n  a   G  r   é  c   i  a

 .   P  o  r  s  u  a  v  e  z ,  o  s  c  a  r   t  a  g   i  n  e  

  s  e  s  c  o  n  q  u   i  s   t  a

  r  a  m  a   S  a  r   d  e  n   h  a  e  a   S   i  c   í   l   i  a

   O  c   i   d  e  n   t  a   l .

   A  o  e  s   t  e  n   d  e  r  o  s  s  e  u  s   d  o  m   í  n   i  o  s ,   R  o  m  a

  c  r   i  o  u ,  n  o   I   I   I  s   é  c  u   l  o   A .   C . ,  n  u  m  e  r  o  s  a  s  c  o   l   ô  

  n   i  a  s .   A   l   b  a ,   A  r

   i  m   i  n  u  m ,   B  e  n  e  v  e  n   t  u  m ,   B  r  u  n  -

   d  u  s   i  u  m ,

   C  r  e  m

  o  n  a ,

   A  q  u   i   l   é   i  a   f  o  r  a  m

  a  s   f  u  n 

   d  a  ç   õ  e  s  p  r   i  n  c   i  p  a   i  s .

   O  m  a  p  a   i  n

   d   i  c  a  a  s  c  o  n  q  u   i  s   t  a  s  r  o  m  a  n  a  s

  q  u  e  s  e  g  u   i  r  a  m

  a  s  g  u  e  r  r  a  s  m  a   i  s   d  e  c   i  s   i  v  a  s  :  a

   G  u  e  r  r  a   L  a   t   i  n  a ,  a   G  u  e  r  r  a   S  a  m  n   i   t  a ,  a   G  u  e  r  r  a

   T  a  r  e  n   t   i  n  a  c  o  n

   t  r  a   P   i  r  r  o ,  r  e   i   d  o    É  p   i  r  o ,  e  a  s

   G  u  e  r  r  a  s   P   ú  n   i  c  a  s ,  c  o  n   t  r  a   C  a  r   t  a  g  o .

   O  e  n  c  a  r   t  e  r  e   l  a   t   i  v  o   à   G   á   l   i  a ,  n  o   t  e  m  p  o   d  e

   C   é  s  a  r ,  m  o  s   t  r  a  a  p  r  o  x   i  m  a   d  a  m  e  n   t  e  o  s   l   i  m   i  

   t  e  s   d  a   C   é   l   t   i  c  a ,   d  a   P  r  o  v   í  n  c   i  a   R  o  m  a  n  a  e   d  a

   B   é   l  g   i  c  a ,  e   l  o

  c  a   l   i  z  a  o  s  p  r   i  n  c   i  p  a   i  s  p  o  n   t  o  s

  c  o  n  q  u   i  s  t  a   d  o  s .

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IMPÉRIO ROMANO

Depois de ter sucessivamente conquistado a Itália e o Mediterrâneo, Roma estabeleceu o seu império sobre a parte domundo conhecido, situado entre os trêscontinentes. Os seus domínios se estendiam do 25° até além de 55° de latitude

norte. Marcavam limites naturais os riosDanúbio (Ister) e Reno. A Bretanha foiocupada até os limites da Caledônia, sendo lá construídas as muralhas de Adrianoe de Antonino.

O Império era dividido em provínciasque no tempo de Augusto foram trinta e,no tempo de Trajano, quarenta e seis. AItália compreendia onze regiões. As províncias eram de tamanhos muito, diferentes, mas a maior parte delas era de grande extensão, como a Lugdunesa, Tarraco-nesa e o Egito. No século III de nossa era,o Império envolve o mar Mediterrâneo nasua totalidade. Tendo alcançado os seuslimites naturais, deixaram de pensar osimperadores em ocupar outros territóriosque só viriam tornar mais difícil a defesado Império. Assim, depois de Trajano, foram abandonadas a Armênia e a Mesopo-tâmia aos partas. Também abriu mão, Roma, da Dácia conquistada.

As províncias, cuja defesa e segurançaeram ainda tidas por insuficientes, constituíam as denominadas províncias impe 

riais, que eram submetidas diretamente àautoridade do "príncipe". Entravam nestacategoria, no tempo de Augusto, a Lusitânia, a Tarraconesa, a Aquitânia, a Lugdunesa, a Bélgica, a Rétia, a llíria, as duasMoésias, a Cilícia, a Síria, a Numídia, oEgito. Eram ditas províncias senatoriais  aBética, a Narbonesa, a Macedônia, o Épi-

ro, a Acaia, as províncias da Ásia Menor ea África-Cirenaica. Eram estados vassalos 

a Mauritânia, a Trácia, o Ponto e a Capa-dócia.

No encarte da Britânia Romana estãotraçadas as estradas que de sul para nortepenetravam na ilha. Seus nomes são dados segundo a nomenclatura inglesa soba qual são atualmente conhecidas.

No encarte relativo às adjacências evias principais de Roma acham-se indicados os trechos iniciais da Via Apia, da ViaLatina, da Via Flamlnia, da Via Aurélia.

Na parte média do rio Reno estão indicadas as fortificações dos limites, nosCampos Decumatas, entre o Reno e o Danúbio; eram terras germânicas ocupadasno século I, além das fronteiras naturais.

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http://slidepdf.com/reader/full/atlas-historico-escolar 80/159   M   I   G

   R   A   Ç   Õ   E   S

   D   E

   P   O   V   O   S

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   I   N  

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   I  m  p   é  r   i  o   R  o  m  a  n  o   f  o   i   d   i  v   i   d   i   d  o  e  m   d  o   i  s  :  o

  I

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  t

  i  t  l

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   C   o   n   s   t   a   n   t   i   n   ó   p   o   l   i   s

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  n  o  p   l  a   ) .

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   e   n   t   ã   o

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   I   m   p   é   r   i   o

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   O   c   i   d   e   n   t   e

   e   m 

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   d   e   c   a   d   ê   n   c   i   a .

    É

   n   e   s   t   a

  s   i   t  u  a  ç   ã  o  q  u  e  a  s  p  r   i  m  e   i  r  a  s  o  n   d  a  s  m

   i  g  r  a   t   ó  

   r   i   a   s

   d   e

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   e   n   c   o   n   t   r   a   r .

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   i   n  v   a   s   õ   e   s

   s  u   c   e   s   s   i  v   a   s

  4  7  6

  i

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  d  b

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   0   I  m  p   é  r   i  o   d  o   O  r   i  e  n   t  e  c  o  n  s  e  g  u   i  u  s  o   b  r  e  

  v   i  v  e  r  a  o   d  o   O  c   i   d  e  n   t  e   d  e  u  m  m   i   l   ê  n   i  o ,  c  o  m  o

  u  n   i   d  a   d  e  p  o   l   í   t   i  c  a .   S  e  p  a  r  a   d  o   d  o  m  u  n   d  o   b   á  r  

   b   a   r   o ,   o   t   a   m   b   é   m 

   c   h   a   m   a   d   o

   E   s   t   a   d   o

   B   i  z   a   n   t   i  

  n  o ,  a  p  e  s  a  r   d  e  c  o  n  s   i   d  e  r  a  r  -  s  e  c  o  m  o  o   l  e  g   i   t   i  

  m  o   h  e  r   d  e   i  r  o   d  e   R  o  m  a ,   t  o  r  n  o  u  -  s  e  p  r  o   f  u  n  

   d   a   m   e   n   t   e

   h   e   l   e   n   i  z   a   d   o .   E  v   o

   l  u   i  u

   d   e   p   o   i   s   p   a   r   a

  e  s   t  a   d  o  s  e  m   i   o  r   i  e  n   t  a   l  p  o  r  s  u  a  a  p  r  o  x   i  m  a  ç   ã  o

   A

   e  x   p   a   n   s   ã   o   d

   o

   I   s   l   a   m   i   s   m   o

   a   l   c   a   n   ç   o  u

   o

   I  m  p   é  r   i  o   B   i  z  a  n   t   i  n  o .   C  o  u   b  e  a  o  s   t  u  r  c  o  s   t  o  

   m   a   r   C   o   n   s   t   a   n   t   i   n   o

   p   l   a ,   o

   q  u   e

   c   o   n   s   e   g  u   i   r   a   m 

   e   m 

   1   4   5   3 ,   n   o

   t   e

   m   p   o

   d   e

   M   a   o   m   é

   I   I .

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http://slidepdf.com/reader/full/atlas-historico-escolar 81/159   E   S   T

   A   D   O   S

   B    Á   R   B   A   R   O   S

   N   O

   S    É   C   U   L   O

   V

   s   o

   b

   T   e   o   d   o   r   i   c   o ,

   p   a   s   s   a   r   a   m 

   o   s

   A   l   p   e   s

   e   m 

   s   e

   l   o   c   a   l   i  z   a   r   a   m 

   n   o

   p   l   a   n   a   l   t   o

   d   a

   H   e   l  v   é   t   i   a

   e

   I   t   á   l   i   a ,

   o

   b   á   r   b   a   r   o

   O   d

   o   a   c   r   o ,   q  u   e   l   á

   s   e   f   i  x   o  u

   4   8   9

   e

   i   n  v   a   d   i   r   a   m 

   a

   I   t   á   l   i   a .

   n   a

   S   a   b   o   i   a .

   E  x   p   a   n   d   i   r   a   m  -   s   e   p

   a   r   a

   a

   r   e   g   i   ã   o

   c   o   m 

   s   e  u   s

   h   é   r  u   l   o   s  ;

   p   o  u   c   o

   d   e   p   o   i   s

   f   o   i   d   e   r   r   o  -

   O

   s  v   i   s   i   g   o   d   o   s ,   q  u   e   e   n   t   r   a   r   a   m    c

   o   m   o   a   l   i   a  -

   O   s

  v   â   n   d   a   l   o   s ,   q  u   e   h   a  v   i   a   m    a

   t   r   a  v   e   s   s   a   d   o   a

   d   o

   R   ó   d   a   n   o .

   t   a   d

   o

   p   e   l   o   s

   o   s   t   r   o   g   o   d   o   s .

   d   o   s   d   e   R   o   m   a ,   i   n   s   t   a   l   a   r   a   m  -   s   e   n   a   G   á   l   i   a   M   e  -

   E   s   p   a   n   h   a ,

   e   s   t   a   b   e   l   e   c   e   r   a   m   u

   m

    r   e   i   n   o   n   a    Á   f   r   i  -

   E   n   t   r   e   o   s   r   i   o   s   S   a   o   n   a   e

   L   o   i   r   e ,   n   â   o   s   e   t   e   n  -

   0

   m   a   i   s

   b   e   m    s  u

   c   e   d   i   d   o

   d   o   s

   c   h   e   f   e   s

   b   á   r  -

   r   i   d   i   o   n   a   l .   C   e   d   o ,   p   o   r   é   m ,   e  x   p   a   n   d   i   r   a   m  -   s   e   p   a  -   c

   a ,

   q  u   e   s   e   t   o   r   n   o  u   c   e   n   t   r   o   d   e   p   i   r   a   t   a   r   i   a   o

   r   g   a  -

   d   o

   e   s   t   a   b   e   l   e   c   i   d   o

   n   e   n   h  u   m 

   c   h   e

   f   e

   b   á   r   b   a   r   o ,

   b   a   r   o   s

   f   o   i ,   i   n   c   o   n   t   e   s

   t   à  v   e   l   m   e   n   t   e ,   o

   f   r   a   n   c   o

   r   a   o

   S  u   l ,   p   a   s   s   a   n   d   o   o   s   P   i   r   e   n   e  u   s   e   o   c  u   p   a   n  -

   n   i

  z   a   d   a

   n   o   M   e   d   i   t   e   r   r   â   n   e   o   O   c   i   d   e   n   t   a   l .

  u   m 

   g   e   n   e   r   a   l

   r   o   m   a   n   o ,

   S   i   á   g   r   i   o ,

   c   o   n   s   e   g  u   i  u

   q  u   e

  v   e   n   c   e  u

   s  u   c   e   s   s   i  v

   a   m   e   n   t   e

   S   i   á   g   r   i   o ,   o   s

   d  o  a

   I   b   é  r   i  a   P  o  r  s  u  a  v  e  z  o  s  o  s   t  r  o  g  o   d  o  s

   O   s

   b  u   r   g   ú   n   d   i   o   s

   c   o   m   o   a   l   i   a   d   o   s

   t   a   m   b   é   m

   m   a   n   t   e   r    s   e   a   l   g  u   m

   t   e   m   p   o

   M   a   i   s   f   e   l   i  z   f   o   i   n

   a

   a   l   a   m   a   n   o   s

  e  o  s  v   i  s   i  g  o

   d  o  s

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5/10/2018 ATLAS HIST RICO ESCOLAR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-historico-escolar 82/159   O   I   M   P

   É   R   I   O   D   E   C   A   R   L   O   S   M   A   G   N   O

   N  e  s   t  e  m  a  p  a ,  a   I   t   á   l   i  a  s  e   t  e  n   t  r   i  o  n  a   l   (   L  o  m  -

   b   á  r   d   i  a

   )  e  a   C   ó  r  s  e  g  a  e  s   t   ã  o   i  n  c  o  r  p  o  r  a   d  a  s  a  o

   I  m  p   é  r   i  o   d  e   C  a  r   l  o  s   M  a  g  n  o ,  m  a  s  o   E  x   t  r  e  m  o

   S  u   l  e

  a   S  a  r   d  e  n   h  a  a   i  n   d  a  p  e  r   t  e  n  c  e  m  a  o   I  m  

  p   é  r   i  o

   d  o   O  r   i  e  n  t  e .

   O  s

   E  s   t  a   d  o  s   d  a   I  g  r  e   j  a ,  g  a  r  a  n   t   i   d  o  s  p  o  r

 

 

 

 

     

  

   A  n  c  o  n  a  e  o

   E  x  a  r  c  a   d  o

   d  e   R  a  v  e  n  a ,   E  s   t  e  s

   t  e  r  r   i   t   ó  r   i  o  s  s  e  a  c   h  a  v  a  m   i  n   d  e  p  e  n   d  e  n   t  e  s   d  e

   d   i  r  e   i  t  o ,  m  a  s ,   d  e   f  a  t  o ,  s  o   b  a  p  r  o  t  e  ç   ã  o

   i  m  p  e 

  r   i  a   l  q  u  e  c  o  n   t  a  v  a   R  o  m  a  e   R  a  v  e  n  a

  c  o  m  o

  m  e  t  r   ó  p  o   l  e  s   d  o   I  m  p   é  r   i  o .

   M  a   i  s  a  o  s  u   l ,

  a  p  r  e 

  s  e  n   t  a  v  a  a  p  e  n   í  n  s  u   l  a   i   t   á   l   i  c  a  o  s   d  u  c  a   d

  o  s   d  e

   E  s  p  o   l  e   t  o  e   d  e   B  e  n  e  v  e  n   t  o  ;   N   á  p  o   l  e  s

  a   i  n   d  a

  e  r  a   b   i  z  a  n   t   i  n  a .

 

 

  

 

  

  

   d  a  p  e   l  o  s  s  a  x   õ  e  s ,   j  u   t  a  s  e  a  n  g   l  o  s ,  a  p  r  e  s  e  n  

   t  a  v  a  e  n   t   ã  o  c   i  n  c  o  m  o  n  a  r  q

  u   i  a  s   (   d  a  s  s  e   t  e

  q  u  e   t  e  v  e   )  :   K  e  n   t ,   W  e  s  s  e  x ,   E

  a  s   t  a  n  g   l   i  a ,

   M   á  r  

  c   i  a  e   N  o  r  t   ú  m   b  r   i  a .

   O  s   l   i  m   i  t  e  s  o  r   i  e  n  t  a   i  s   d  o

   I  m  p   é  r   i  o   C  a  r  o   l   í  n  g   i  o  s   ã  o  m

  a   i  s   i  m  p  r  e  c   i  s  o  s  ;

  p  o   d  e  m  s  e  r  c  o  n  s   i   d  e  r  a   d  o  s  o  s  r   i  o  s   E   l   b  a   i  n   f  e  

  r   i  o  r  e   S  a  a   l  e  c  o  m  o   f  r  o  n   t  e   i  r  a  s   d  a   S  a  x   ô  n   i  a

  c  o  n  q  u   i  s   t  a   d  a  p  o  r   C  a  r   l  o  s   M  a  g  n  o   d  e   7   7   2  a

     P

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  d

  f

 

  r  a  m  c  r   i  a   d  a  s  a  s   M  a  r  c  a  s ,   t  e  r  r   i   t   ó  r   i  o  s  m   i   l   i   t  a  

  r  e  s  g  o  v  e  r  n  a   d  o  s

  p  o  r  m  a  r  g  r  a  v  e  s  o  u  m  a  r  

  q  u  e  s  e  s ,  c  o  m  o  a

   C  a  r   í  n   t   i  a ,

  a   C  a  r  n   í  o   l  a  e  a

   B  a  v   i  e  r  a ,  n  o   A   l   t  o

   D  a  n   ú   b   i  o .

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   O   S   A   N   T   O   I   M   P   É   R   I   O

   R   O   M   A   N   O

   G   E   R   M   Â   N   I   C   O

   O

  m  a  p  a  r  e  p

  r  e  s  e  n   t  a  a   A   l  e  m  a  n   h  a  n  o

   t  e  m  p  o   d  o  s   H  o   h  e  n  s   t  a  u   f  e  n  s   (  s  u  a   b  o  s   )  c  o  m

  o  s  s  e  u  s   l   i  m   i   t  e  s  a  p  r  o  x   i  m  a   d  o  s   d  e   1   2   5   0 .   V  e  

  r   i   f   i  c  a  -  s  e  q  u  e  o   I  m  p   é  r   i  o  s  e  e  s   t  e  n   d  e   d  o  m  a  r

   M  e   d   i   t  e  r  r   â  n  e  o  a  o

  m  a  r   d  o   N  o  r   t  e ,  a   b  r  a  n  g  e  n  

   d  o  q  u  a  s  e   t  o   d  a  a   E  u  r  o  p  a   C  e  n   t  r  a   l ,  s  o   b  c  e  r  

  c  a   d  e  q  u   i  n  z  e  g  r  a  u  s   d  e   l  a  t   i  t  u   d  e .

   É   l   i  m   i  t  a   d  o

  a   l  e  s   t  e  p  e   l  o  s   R  e

   i  n  o  s   d  a   H  u  n  g  r   i  a  e   P  o   l   ô  n   i  a

  e  p  e   l  o   D  u  c  a   d  o   d  e   P  o  m  e  r   â  n   i  a  ;   d  o   l  a   d  o   d  o

  o  e  s   t  e   é  v   i  z   i  n   h  o

   d  o   R  e   i  n  o   d  a   F  r  a  n  ç  a .

   O  q  u  e   d  e  m  a   i  s  n  o   t   á  v  e   l  s  e  a  p  r  e  s  e  n   t  a

  n  e  s   t  e  m  a  p  a   é  a

   l  o  c  a   l   i  z  a  ç   ã  o   d  o  s   d  u  c  a   d  o  s

  c  o  n  s   t   i   t  u   í   d  o  s  p  o  r  p  o  p  u   l  a  ç   õ  e  s  g  e  r  m   â  n   i  c  a  s

   d  a  m  e  s  m  a  e   t  n   i  a

  e   l   i  n  g  u  a .   A   l   é  m   d  o  s   d  u  c  a  

   d  o  s  q  u  e   f  o  r  n  e  c  e

  r  a  m   i  m  p  e  r  a  n   t  e  s   à   M  o  n  a  r  

  q  u   i  a ,   i  s   t  o   é ,   S  a  x

   ô  n   i  a ,   F  r  a  n  c   ô  n   i  a ,   S  u   á   b   i  a .

   B  a  v   i  e  r  a  e ,  m  a   i  s

   t  a  r   d  e ,

   L  o  r  e  n  a ,

   f   i  g  u  r  a  m  o  s

  r  e   i  n  o  s   d  e   A  r   i  e  s ,

   d  a   I   t   á   l   i  a  e   d  a   B  o   ê  m   i  a   (  n  o

  s   é  c  u   l  o   X   I   I   ) ,  a  s

   M  a  r  c  a  s   d  e   B  r  a  n   d  e   b  u  r  g  o ,

   L  u  s   á  c   i  a ,

   d  e   M   í  s  n   i  a ,

   d  e   V  e  r  o  n  a ,

   d  e   C  a  r  n   í  o  -

   l  a  e   d  e

    Í  s   t  r   i  a .

   N  o  s  s   é  c  u   l  o  s  s  e  g  u   i  n   t  e  s ,  a

   H   i  s   t   ó  r   i  a   M  o   d  e  r  n  a  r  e  g   i  s   t  r  a  a  e  x   t  r  e  m  a  c  o  m  

  p   l  e  x   i   d  a   d  e  g  e  o  g  r

   á   f   i  c  a  q  u  e  a  p  r  e  s  e  n   t  a  m  a  s

   d   i  v   i  s   õ  e  s  e  s  u   b   d   i  v   i  s   õ  e  s   d  e  s   t  a  s  u  n   i   d  a   d  e  s

  p  r   i  m   i  t   i  v  a  s .

   É ,  p  o

   i  s ,

   d  e   i  n  t  e  r  e  s  s  e  c  o  n   h  e  c   ê -

   l  a  s  e  n  q  u  a  n   t  o  a   i  n   d  a  o   f  e  r  e  c  e  m  c  e  r   t  a  s   i  m  p   l   i  

  c   i   d  a   d  e ,  p  o  r  q  u  e  s

   ã  o   d  e  n  o  m   i  n  a  ç   õ  e  s  q  u  e ,  n  o

   d  e  c  o  r  r  e  r   d  o  s   t  e  m

  p  o  s ,  v   ã  o   t  e  r   i  m  p  o  r   t   â  n  c   i  a

   h   i  s   t   ó  r   i  c  a   (   B  o   ê  m   i  a ,

   B  r  a  n   d  e   b  u  r  g  o ,   S  a  x   ô  n   i  a ,

   L  o  r  e  n  a  e   t  c   ) .

   R  o  m  a ,  n  o   P  a   t  r   i  m   ô  n   i  o   d  e   S .

   P  e   d  r  o ,  c  o  n  

   t   i  n  u  a  a  s  e  r   i  n  c  o

  n   t  e  s   t   à  v  e   l  m  e  n   t  e  a  c  a  p   i   t  a   l

   d  a   E  u  r  o  p  a   O  c   i   d

  e  n   t  a   l ,  p  o   i  s   l   á  v   ã  o  s  e  r  c  o  

  r  o  a   d  o  s  o  s   i  m  p  e  r  a   d  o  r  e  s .

   N  o  t  e  m  p  o   d  o

  s   H  o   h  e  n  s  t  a  u   f  e  n ,  p  o  r   é  m ,

  o  s   E  s   t  a   d  o  s   d  a   I  g  r  e   j  a  s  e  a  c   h  a  m  e  n  v  o   l  v   i   d  o  s

  n  o  s   l   i  m   i   t  e  s   d  o   i  m

  p   é  r   i  o ,  e  a  a  u   t  o  r   i   d  a   d  e   i  m  

  p  e  r   i  a   l  m  a   l  r  e  c  o  n

   h  e  c  e  a  s  o   b  e  r  a  n   i  a   t  e  m  p  o  

  r  a   l   d  o  s  p  a  p  a  s .

   N  a   I   t   á   l   i  a ,  a  c

   i   d  a   d  e   d  e   G   ê  n  o  v  a  o  c  u  p  a

  u  m  a   f  a   i  x  a  c  o  s   t  e

   i  r  a ,  n  o   f  u  n   d  o   d  o  g  o   l   f  o  m  e  

   d   i   t  e  r  r   â  n  e  o ,  a  o  q  u  a   l   d  e  u  s  e  u  n  o  m  e .   P  e  r   t  e  n  

  c  e  m  -   l   h  e  a  s   i   l   h  a  s   d  a   C   ó  r  s  e  g  a  e   d  a   S  a  r  -

   d  e  n   h  a .

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IMPÉRIO DO ORIENTE E A RECONQUISTA BIZANTINA

A cisão definitiva do Império Romano no século V deixou aparte ocidental aos invasores bárbaros, enquanto se conservavaintacta a parte oriental ou bizantina. Nem por isso abdicaram osimperantes de Bizâncio os seus direitos históricos sobre o mundoocidental. Coube a Justiniano restaurá-los na realidade (527-565).

A África foi reconquistada aos vândalos, não em sua totalidade,mas Septum (Ceuta) e Tíngis (Tânger) foram ocupadas. Da Península Ibérica foi recuperada a parte meridional. Do mesmo modofoi restaurada a preponderância bizantina no Mediterrâneo Ocidental com a ocupação das ilhas de Córsega, Sardenha e Baleares. Mais penosa foi a reconquista da Península Itálica, que levoudezoito anos; mesmo assim, escapou a Justiniano parte do Extremo Norte. O mapa indica, em laranja, a posterior conquista daPenínsula pelos lombardos, pois Pisa, Gênova, Verona e Milãohaviam sido restituídas ao Império.

Do lado do Oriente, o Império Sassânida não permitiu tmarcados progressos: houve pequenos avanços na Armânia e Cáucaso, mas, nestes setores (mar Negro, Síria, Arábia), deu-uma diplomática propaganda religiosa que criou laços de vassagem bizantina.

Justiniano procurou restaurar no Império o sistema administtivo romano, mas, no que diz respeito à divisão em provínci

  julgou preferível estabelecer unidades mais extensas, isto é, cprovíncias maiores, restabelecendo poderes civis e militares sobmesma autoridade. Eram medidas que visavam satisfazer às cessidades de defesa. A linha do Danúbio, de Singedunum ao mNegro, foi dotada de oitenta castelos fortes, construídos nos locde antigos postos romanos. Fortes em linha também foram esbelecidos ao lado do limes da fronteira persa (Dará, TeodosiópoCircesium).

Foi no tempo de Justiniano que S. Bento fundou o mosteiro Monte Cassino, a 75 quilômetros de Nápoles. O mapa indica

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cidades em que se reuniram, na Idade Média, Concílios Ecumênicos (Nicéia, 325 e 787; Constantinopla, 381, 553, 680 e 869;Éfeso, 431; Calcedônia, 451; Latrâo, isto é, Roma, 1123, 1139,1179 e 1215; Liâo, 1245 e 1274; Viena, 1311; Florença, 1438).

O encarte localiza a cidade de Bizâncio no mar de Mármara, àmargem do Bósforo. Era uma colônia de Mégara, fundada em 658A.C.; reconquistada aos persas, foi perdida pelos atenienses em405 A.C. Constantino a reconstruiu e tornou-a capital do seuimpério em 330.

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EXPANSÃO DO ISLÃO

Foi no tempo das lutas religiosas que apareceu, em MeMaomé, fundador da nova religião. Sob as influências diverdos cristãos romanos e bizantinos, dos cristãos abissínios, masdeanos persas e dos israelitas, viviam então, na Arábia, tride semitas nômades e politeístas. Os árabes, de etnia, linguatradições, não estavam localizados exclusivamente na Penínsda Arábia, mas se encontravam também em grande número domínios de Roma, da Pérsia, do Egito. Esse fato explica a rapidque caracterizou as conquistas efetuadas pelos quatro primeicalifas, em seguida à morte de Maomé. Em 632, era ainda resta área do Islão em que o Profeta havia pregado; mas, conquistaa Península, a tomada de Madain (637) foi o sinal da derrocado reino sassânida da Pérsia, consumada em Nehavend, em 6

Os primeiros califas, amigos de Maomé, residiam na Arábia, Medina; a dinastia Omíada, que lhes sucedeu em 660, passoocupar Damasco, na Síria. Mais políticos do que chefes religioscogitaram de expansão e riqueza; por eles foi realmente criad

califado monárquico, hereditário e conquistador. A ocupação África do Norte, Ifrikia e Magreb, foi obra deles na primeira me

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de do século VIII. Nestas conquistas, porém, os elementos nãoeram mais exclusivamente árabes, mas predominantemente ber-beres, já muito ligados aos árabes no Egito.

Ocupado o Magreb-al-Acsa ou "Extremo Ocidente", o chefemuçulmano Tarik aproveitou uma situação política confusa emCeuta e atravessou o estreito que hoje conserva o seu nome(Djebel-al-Tarik) e iniciou a conquista da Espanha visigoda (711).O reino dos francos também chegou a ser invadido; as ilhas doMediterrâneo Ocidental foram ocupadas. Em 732, porém, foramos invasores batidos em Poitiers, pelo avô de Carlos Magno, abandonando, em seguida, a Gália merovíngia.

Os muçulmanos (árabes-berberes) do Magreb-al-Acsa desempenharam um papel geográfico importante pela sua penetraçãono Centro da África. Atravessando o Saara e o Sudão, alcançarama Nigéria e estabeleceram suas comunicações com o Mediterrâneo.

Do lado da Ásia, isto é, a nordeste do Irã, foram mais difíceis emais longas as conquistas muçulmanas; na Transoxiana (Amu-Dá-ria) encontraram os árabes a resistência turca. Depois de 750,

reinaram os abássidas, que estabeleceram em Bagdá a capital deseu reino.

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A PENÍNSULA IBÉRICA

No mapa relativo â expansão mu

çulmana na Ibéria, observa-se, nesta primeira fase da Idade Média aexistência de uma prefiguração daunidade espanhola: a monarquia vi-sigótica que se havia formado emtoda a Península, incluindo, assim,Portugal. Os seus reis, batidos pelosfrancos, haviam transferido sua capital de Tolosa para Toledo e, alémdos Pireneus, só conservavam aSeptimânia.

Durante muito tempo a ortodoxiaromana havia entrado em lutas religiosas com o Arianismo. Vencedorafinalmente, reunia Concílios, verdadeiras assembléias políticas, anteci

pação das futuras cortes.Diante da invasão muçulmana noséculo VIII, organizou-se a resistência nos montes Cantábricos, isto é,nas Astúrias e na Navarra. Depoisde Covadonga (718), os árabes-ber-beres recuaram, mas continuaramocupando o planalto castelhano. Foientão Oviedo, a capital visigótica,ponto de apoio da Reconquista.

O mapa relativo aos séculos IX eX indica as monarquias cristãs quese formaram no Norte da Península.No centro da resistência asturianaformou-se o reino de Leão, do qualse destacou, no século XI, o reinode Castela (1037). No centro da re

sistência pireneana, formaram-sepor sua vez os reinos de Navarra ede Aragão. Os episódios mais famosos do século X, na Penínsulaocupada pelos omíadas, foram ascampanhas de Almançor , que chegou a saquear Barcelona e Compos-tela.

No século XII são mais marcadosos progressos da Reconquista deterritórios sob os Almorávidas.Afonso VI de Leão ainda era batidoem Zalaca, mas no ano anterior(1085) havia conseguido apoderar-se de Toledo, auxiliado então por

Rodrigo Díaz de Vivar, o "Cid Cam-peador".

O quarto mapa descreve as últimas fases da Reconquista, quandoo vale de Guadalquivir, na planícieandaluza, é alcançado depois da vitória luso-castelhana de Las Navasde Tolosa, em 1212. Mais de doisséculos ainda devia durar o reinomuçulmano de Granada, cuja quedamarcaria a união definitiva das duasmonarquias cristãs sobreviventes,Castela e Aragâo.

O mapa de Portugal, além dasindicações que figuram nos mapasda Ibéria, permite seguir cronologicamente a expansão para o Sul e aocupação do Algarve. Marca, igual

mente, as principais batalhas dahistória de Portugal.

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HANSA E CAVALEIROS TEU-TÔIMICOS

A criação do Santo Império (século X)

despertou na Alemanha o ardor conquistador das forças germânicas, para leste. O objetivo era a incorporação das populações eslavas na civilização cristã e aexpansão econômica das comunidadesalemãs. Durante o século XI o movimentopara leste foi lento e não ultrapassou alinha do rio Elba.

O mapa destina-se a indicar grafica-mente dois elementos principais desta expansão: a Hansa e os Cavaleiros Teutôni-cos. Por sua vez, a feição administrativadesta conquista de territórios se concretizava na organização de Marcas. Os mar-graves procuravam chamar para suas terras despovoadas, colonos alemães que vinham em grande número da Westfália eda grande Frísia. Os margraves vendiamlotes e fundavam cidades.

No princípio do século XIII foram chamados os Cavaleiros Teutônicos pelo Duque Conrado de Mazóvia para auxiliar naconversão dos prussianos que resistiam

aos monges de Oliva. Assim foi ocupada aregião do Vístula Inferior. Depois de unidos os Cavaleiros Espatários, em 1237, ainfluência germânica foi levada até o golfo de Finlândia. No século seguinte o reida Dinamarca lhes vendia a Estônia. Coube ao eleitorado do Brandeburgo recolhermais tarde os frutos da obra realizada,depois de eles terem sido vencidos pelaPolônia, em Tannenbera, em 1410, e de oEleitor ter secularizado o Estado Teutôni-co, que se tornou luterano em 1525.

Importante também foi o trabalho degermanização efetuado pela Liga Hanseá-tica, além da expansão comercial que lhecoube promover a partir de 1241.

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COMÉRCIO MEDIEVALNA EUROPA CENTRAL

Este mapa tem por objetivo principalmostrar graficamente as relações que seestabeleceram, na Idade Média, entre oSul da Europa, isto é, o Mediterrâneo e aEuropa Setentrional, o mar do Norte e oBáltico. As principais estradas estão marcadas e, atravessando a região montanhosa dos Alpes pelos passos do MonteCenis, do São Bernardo, do São Gotardoe do Brenner, estabeleciam comunicaçõesentre as grandes cidades industriais italianas, como Milão, Florença, Gênova, Vene

za, e os portos do Norte, como Bruges,Bremen, Hamburgo e Dantzig.

Nos percursos dos roteiros sul-nortepara o intercâmbio de mercadorias, váriascidades eram atravessadas, e logo sentiram algumas delas solidariedade de interesses. Dal cresceram as Ligas. Ao longodo Reno devia formar-se a Liga Renana;no planalto bávaro, para o qual levava opasso do Brenner, constituiu-se a LigaSuábica. A que mais se salientou na História Medieval, porém, foi a Liga Hanseá-tica, formada em 1241. Do lado da França, eram muito procuradas as famosasFeiras da Champagne (Troyes, Bar, Pro-vins, Lagny, Chartres, Ruão).

Apesar de dividida e perturbada pelas

lutas internas, a Itália via florescer algumas cidades-estado ou repúblicas que,

temporariamente, exerciam certa hegemonia, devido a sua prosperidade econômica. Foi assim que Pisa dominou até fim do século XIII, Veneza e Gênova tiveram fases de grande influência no comécio. O centro industrial que Veneza representou levou-a a se especializar em transações monetárias, tornando célebres oseus banqueiros. Salientou-se igualmentna indústria a capital lombarba, Milão.

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pério de Gôngis-Cã. Na China, o ImpérioMing (1368-1644) foi mais ou menos oImpério do Grão-Cã depois da morte deCublai-Câ (1224). 0 Império de Jagatai élocalizado na Ásia Central, na bacia doTarim, importante região de trânsito comercial. O Império de Hologu abrangia aPérsia e a Mesopotâmia. O Império deBatu foi o domínio da Horda de Ouro.

No fim do século XIV, outro mongol

afamado apareceu na Ásia Ocidental paraaterrorizar as populações, Tamerlan, quedevastou a Pérsia, a Mesopotâmia e oNorte da índia, até Delhi. A capital de seureino era Samarcanda e seu império seestendeu do Cáucaso ao Indo. Pouco durou o reinado desse conquistador, masseus sucessores ainda reinaram um século. Com o declínio da dominação mongol,os europeus perderam um tanto o contatoque, no século XIII, tinham tido com aChina.

Durante a Idade Média desenvolveu-seconsideravelmente o comércio da Ásia.Além dos roteiros da seda e das especiarias, as exportações para o Ocidenteeram: têxteis e porcelanas da China; ouro,cânfora, perfumes, madeiras, essências eestanho da Indonésia; pedras preciosas emarfim do Ceilão.

ÁSIA MEDIEVAL ECONÔMICA

O mapa abrange situações sucessivasda Ásia do século IX ao século XIV, salientando principalmente as relações entre o continente e o oceano Índico, principal fator de sua vida econômica. As regiões historicamente mais importantes(aproximadamente delimitadas) são a Chi

na no tempo da dinastia Sung (século X aXIII), o Império Kmer (século IX a XII), oReino de Delhi e o Império de Tamerlan(século XIV).

A China, desde os tempos da sua expansão sob a dinastia Tang (618-907),dominava o Tibet e mantinha relações comerciais com o Japão e com a índia, peloporto de Kuang-tcho (Cantão).

Na península indochinesa haviam-sedado invasões indianas e javanesas quando, entre as bacias do Mecongo e do Me-não, se libertou, no inicio do século IX, oReino Kmer, sob a dinastia de Angkor.Desenvolveu-se então uma civilização brilhante que construiu palácios espetaculares, cujas ruínas ainda existem. Limitessecundários aproximados sâo traçados nomapa, na parte setentrional da Ásia; marcam os territórios desmembrados do Im-

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A ÁSIA MUÇULMANA NOS SÉCULOS XV, XVI E XVII

Depois de haver resistido durante trêsséculos â invasão muçulmana, a índiaMedieval tinha sido presa de conquistadores vindos do Norte e acabava desmembrada em pequenos Estados que viviam em perpétuas lutas entre si. O Sultanato de Delhi havia sido um dos que Tamerlan tinha visitado.

0 esfacelamento territorial da-península favoreceu então a intervenção de umguerreiro turco que ocupava o trono deCabul. Vencedor na batalha de Panipat(1526), entrou Baber em Delhi e consolidou o seu domínio na planície indogangé-tica. Estava assim criada a dinastia dos

Mogóis, que ocupou a Índia até 1858,isto é, até o motim dos cipaios, sob adominação britânica, quando se extinguiua dinastia.

Durante o reinado de Akbar, neto deBaber, o Império Mogol apoderou-se doMalva e do Gondwana; foi adquirido também o Gudjerat, que dava acesso ao marArábico e comunicação com os portugueses, mas o Rajputana, campeão do hin-duísmo, resistia. Para o Norte expandiu-se a monarquia, conquistando Multan

(1591) e Kandahar (1595). Para o Sulestendeu a sua autoridade até o rio Krish-na. Jahangir, filho de Akbar, continuou lutando contra os rajputas e entrou em con

tato com os ingleses em Surate. A conquista do Decan foi seguida por uma tentativa contra Golconda pelo Ha Jahan, oconstrutor do famoso mausoléu de TajMahal, em Agra. Um dos últimos grão-mogóis foi o filho de Ha Jahan , Aurenzeb,

que reinou meio século em Delhi (1658-1707). Levou este o seu domínio atéo Assam, onde ocupou Chittagong.Conseguiu conquistar o Sultanato de Golconda, mas inutilmente combateu os Ma-haratas, na costa ocidental. Principiou então a decadência dos mogóis.

O mapa apresenta o reino da Pérsiasob a dinastia fundada pelo Xá Ismail Se-fevi no fim do século XV, depois de desmembrado o império de Tamerlan (ver

encarte). O reinado mais brilhante dos Se-fevidas foi o de Abas I, que constituiu umperíodo de renascimento nacional para aPérsia. Sua capital era Ispahan, que contava 600.000 habitantes; era uma dasmais belas cidades da época, grande centro artístico e cultural.

Uma invasão afgana, em 1722, derrubou o domínio sefevida, e um chefe datribo do Korassan estabeleceu no Irã umaanarquia que favoreceu os turcos e os russos nas suas incursões na Transoxiana eno Cáucaso.

N.B. — Mogol é a forma árabe-persa da palavramongol. Foi aplicada ao império muçulmano da índia fundado por Baber. Grão-mogol  foi o nome

atribuído pelos portugueses aos imperadores de Delhi e, em seguida, adotada pelos europeus em geral[Enciclopédia Britânica).

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http://slidepdf.com/reader/full/atlas-historico-escolar 97/159   F   R   A   N   Ç   A

   E

   I   N   G   L   A   T   E   R   R   A

   N   A

   I   D   A   D   E

   M   É   D

   I   A

   O

  m  a  p  a  r  e  p  r  e  s  e  n   t  a  p  r   i  n  c   i  p  a   l  m  e  n   t  e  a  s

   f  a  s  e  s

  s  u  c  e  s  s   i  v  a  s   d  a   f  o  r  m  a  ç   ã  o   d  a  m  o  n  a  r  

  q  u   i  a   f  r  a  n  c  e  s  a  s  o   b  o   d  o  m   í  n   i  o   d  o  s  r  e   i  s  c  a  -

  p  e   t   í  n  g   i  o  s .   S  u   b  s   i   d   i  a  r   i  a  m  e  n   t  e   i  n   d   i  c  a  e  p   i  s   ó  

   d   i  o  s  p  o  s   t  e  r   i  o  r  e  s   d  a   G  u  e  r  r  a   d  o  s   C  e  m   A  n  o  s

  e   d  a

   G  u  e  r  r  a   d  a  s   D  u  a  s   R  o  s  a  s  n  a   I  n  g   l  a   t  e  r  r  a .

   A  p  e  s  a  r   d  e  a  c  a  r   t  a  n   ã  o  m  e  n  c   i  o  n  a  r  o  s

   d  o  m   í  n   i  o  s   f  r  a  n  c  e  s  e  s   d  o  s  r  e   i  s  a  n  g  e  v   i  n  o  s

   d  a   I  n

  g   l  a   t  e  r  r  a ,   i  s   t  o   é ,   d  o  s  p   l  a  n   t  a  g  e  n  e   t  a  s

   (   1   1   5   4  -   1   1   8   9   ) ,  p  o   d  e  r   i  a  s  e  r   t  r  a  ç  a   d  a  a  c  a  r   t  a

   d  e  s   t  a

  s  p  o  s  s  e  s  s   õ  e  s ,   j  u  n   t  a  n   d  o   à   G  u   i  e  n  a  e

   G  a  s  c

  o  n   h  a  o   P  o   i   t  o  u ,  a   M  a  r  c   h  e ,  a   A  r  v   é  r  n   i  a ,

  o   A  n   j  o  u ,  o   M  a   i  n  e ,  a   B  r  e   t  a  n   h  a  e  a   N  o

  r  m  a  n  -

   d   i  a .

   E  r  a ,  p  o   i  s ,

   t  o   d  a  a   F  r  a  n  ç  a  a   t   l   â  n

   t   i  c  a  e

  c  e  n   t  r  a   l .   E  r  a  m  e  s   t  a  s  p  r  o  v   í  n  c   i  a  s  a   d  q  u   i  r   i   d  a  s

  p  o  r  c  e  s  s   ã  o   (   N  o  r  m  a  n   d   i  a   ) ,  p  o  r   h  e  r  a  n  ç  a   (   A  n  

   j  o  u   )  e  p  o  r  c  a  s  a  m  e  n   t  o   (   G  u   i  e  n  a  e

   G  a  s  -

  c  o  n   h  a   ) .

   A  m  a   i  o  r  p  a  r   t  e   d  e  s  s  e  s   t  e  r  r   i   t   ó  r   i  o  s ,  c  o  n  s   t   i  

   t  u   i  n   d  o ,  n  a   I   d  a   d  e   M   é   d   i  a ,  s  e  n   h  o  r   i  o  s ,  c

  o  n   d  a  

   d  o  s  o  u   d  u  c  a   d  o  s ,  e  r  a  m   f  e  u   d  o  s  q  u  e  a  s  c   i  r  

  c  u  n  s   t   â  n  c   i  a  s  p  o   l   í   t   i  c  a  s  c  r   i  a  v  a  m ,  c  e   d   i  a  m  o  u

   t  r  a  n  s   f  e  r   i  a  m ,  p  a  s  s  a  n   d  o ,  c  o  m  o  s  e   f  o  s  s  e  m

  p  r  o  p  r   i  e   d  a   d  e  s  p  r   i  v  a   d  a  s ,   d  e  u  m  m  e  m   b  r  o   d  e

   f  a  m   í   l   i  a  r  e  a   l  a  o  u   t  r  o ,  s  e  m   i  n   t  e  r   f  e  r   ê  n  c

   i  a   d  a  s

  c  o  m  u  n   i   d  a   d  e  s   i  n   t  e  r  e  s  s  a   d  a  s .

   Q  u  a  n   d  o  s  e   d  e  u  a   G  u  e  r  r  a   d  o  s

   C  e  m

   A  n  o  s ,  o  s   d  o  m   í  n   i  o  s   i  n  g   l  e  s  e  s  n  o  c  o  n   t   i  n  e  n   t  e

   j   á   h  a  v   i  a  m  s   i   d  o  c  o  n  s   i   d  e  r  a  v  e   l  m  e  n   t  e  r  e   d  u  z   i  

   d  o  s ,  g  r  a  ç  a  s   à  p  o   l   í   t   i  c  a   d  o  s  r  e   i  s   f  r  a  n  c  e  s  e  s

  q  u  e  v   i  s  a  v  a  e  x  p  u   l  s   á  -   l  o  s .   A   i  n   d  a  r  e  s   t  a  v  a  m ,

  p  o  r   é  m ,

   à   I  n  g   l  a   t  e  r  r  a  o  s   D  u  c  a   d  o  s   d  e   G  u   i  e  n  a

  e   G  a  s  c  o  n   h  a ,

   d  e  g  r  a  n   d  e  v

  a   l  o  r  e  c  o  n   ô  m   i  c  o .

   E  m  s  e  g  u   i   d  a   à  s   d  e  r  r  o   t  a

  s   f  r  a  n  c  e  s  a  s ,  n  a

  p  r   i  m  e   i  r  a   f  a  s  e   d  a   G  u  e  r  r  a

   d  o  s   C  e  m   A  n  o  s ,

  o   T  r  a   t  a   d  o   d  e   B  r   é   t   i  g  n  y ,  e

  m

   1   3   6   0 ,  a  c  r  e  s  

  c  e  n   t  o  u  a  o  s   d  o  m   í  n   i  o  s   i  n  g   l  e  s  e  s  o   P  o   i   t  o  u ,  a

   M  a  r  c   h  e  e  p  a  r   t  e   d  o   L  a  n  g  u

  e   d  o  c  ;  n  o   N  o  r   t  e ,

  o  c  u  p  a  v  a  m  o  s   i  n  g   l  e  s  e  s  o

   P  o  n   t   h   i  e  u  e   C  a  

   l  a   i  s .

   E  s   t  a   ú   l   t   i  m  a  c   i   d  a   d  e ,  p

  o  r   t  o   d  e  m  a  r ,  e  m

   f  r  e  n   t  e   d  e   D  o  v  e  r ,   t   i  n   h  a   d  e

   f   i  c  a  r  e  m  p  o   d  e  r

   d  o  s   i  n  g   l  e  s  e  s  a   t   é   1   5   5   8 .

   0  m  a  p  a  r  e  p  r  o   d  u  z   i  n   d  o

  a   I   l   h  a   B  r   i   t   â  n   i  c  a

   i  n   d   i  c  a  a  s   i   t  u  a  ç   ã  o   i  n  g   l  e  s  a

  n  o  s   é  c  u   l  o   X   I   V ,

  n  o   t  e  m  p  o   d  e   E   d  u  a  r   d  o   I   I   I   (   1   3   2   7  -   1   3   7   7   ) .   N  o

   P  a   í  s   d  e   G  a   l  e  s ,

  o  c  u  p  a   d  o  p  o  r  p  o  p  u   l  a  ç   õ  e  s

  c  e   l   t  a  s ,  o  s  r  e   i  s  n  o  r  m  a  n   d  o  s   h  a  v   i  a  m  e  s   t  a   b  e  

   l  e  c   i   d  o   M  a  r  c  a  s  n  o  s   é  c  u   l  o   X   I   I .   C  o  n  q  u   i  s   t  a   d  o

  o   t  e  r  r   i   t   ó  r   i  o  g  a   l   é  s

  p  o  r   E   d  u  a  r   d  o   I ,   h  a  v   i  a  s   i   d  o

   f  e   i   t  o  p  r   i  n  c   i  p  a   d  o

  e  e  m   1   3   0   1   t  o  r  n  a   d  o   d  o  m   í  

  n   i  o   d  o   h  e  r   d  e   i  r  o ,

  p  o  r   i  s  s  o  c   h  a  m  a   d  o   P  r   í  n  c   i  

  p  e   d  e   G  a   l  e  s .   S   ó   f  o   i   i  n  c  o  r  p  o  r  a   d  o   â   I  n  g   l  a

   t  e  r  r  a  o   P  a   í  s   d  e   G

  a   l  e  s  n  o  r  e   i  n  a   d  o   d  e   H  e  n  r   i  

  q  u  e   V   I   I   I .

   A  p  a  n   á  g   i  o  a  n   á

   l  o  g  o  o   b   t  e  v  e  o   h  e  r   d  e   i  r  o   d  o

   t  r  o  n  o   d  e   F  r  a  n  ç  a ,  c  o  m  o   d  e   l   f   i  n  a   d  o ,  a   d  q  u   i  r   i  

   d  o  e  m

   1   3   4   9 ,  q  u  e  o  t  o  r  n  o  u   d  e   l   f   i  m .

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http://slidepdf.com/reader/full/atlas-historico-escolar 98/159   V   I   A   G

   E   N   S   E   D   E   S   C   O   B   R   I   M   E   N   T   O   S

   T  e

  n   d  o  c  o  m  o  o   b   j  e   t   i  v  o  p  r   i  n  c   i  p  a   l  a   b  u  s  c  a

   d  e  u

  m  c  a  m   i  n   h  o  m  a  r   í   t   i  m  o  p  a  r  a  a  s   í  n   d   i  a  s ,

   l  a  n  ç  a  m  -  s  e  p  o  r   t  u  g  u  e  s  e  s  e  e  s  p  a  n   h   ó   i  s  a  o

  m  a  r

   T  e  n  e   b  r  o  s  o   (  a   t  u  a   l   A   t   l   â  n   t   i  c  o   ) .   S  u  r  g  e  m

  a  s  s   i  m

  o  s   d  o   i  s  g  r  a  n   d  e  s  c   i  c   l  o  s   d  e  n  a  v  e  

  g  a  ç   ã

  o  :

  a   )

   O   O  r   i  e  n   t  a   l ,  s  e  g  u   i   d  o  p  e   l  o  s  p  o  r   t  u  g  u  e  

  s  e  s 

  q  u  e   c  o  s   t  e  a  n   d  o  a

    Á   f  r   i  c  a   p  r  o  c  u  r  a  v  a  m

  g  u  e  m  -  s  e   M  a   d  e   i  r  a   (   1   4   2   0   ) ,  o  c  a   b  o   B

  o   j  a   d  o  r

   (   1   4   3   3   ) ,  e ,  a  s  s   i  m ,  v  a   i  s  e  n   d  o   d  e  s  v  e  n   d  a   d  o  o

   l   i  t  o  r  a   l  a   f  r   i  c  a  n  o .   0  p  r   i  m  e   i  r  o  p  a  s  s  o  p  a

  r  a  q  u  e

  c   h  e  g  a  s  s  e  m  o  s  p  o  r   t  u  g  u  e  s  e  s   à  c  o   b   i  ç  a   d  a  r  o  

   t  a  c  o  u   b  e  a   B  a  r   t  o   l  o  m  e  u   D   i  a  s ,   d  e  s  c

  o   b  r   i   d  o  r

   d  o  c  a   b  o   d  a  s   T  o  r  m  e  n   t  a  s ,   d  e  p  o   i  s  c   h

  a  m  a   d  o

   d  a   B  o  a   E  s  p  e  r  a  n  ç  a   (   1   4   8   8   ) .   A   l  g  u  n

  s  a  n  o  s

   d  e  p  o   i  s .   V  a  s  c  o   d  a   G  a  m  a   t  r  a  n  s  p  u  n   h

  a  o  r  e  

   f  e  r   i   d  o  c  a   b  o ,  e  n  c  o  n   t  r  a  n   d  o  o  c  a  m   i  n   h  o  m  a  r   í  

   t   i  m  o  p  a  r  a  a  s    Í  n   d   i  a  s   (   1   4   9   8   ) .   O   d  e

  s  c  o   b  r   i  

  m  e  n   t  o   d  o   B  r  a  s   i   l ,  e  m   1   5   0   0 ,   f  o  g  e  a  o  r  o   t  e   i  

  v  o  a   t   i  n  g   i  r  o   O  r   i  e  n   t  e   d   i  r  e   t  a  m  e  n   t  e  p  e   l  o

   P  o  e  n   t  e .

   E  r  a  o  r  o   t  e   i  r  o   d  o  s

  e  s  p  a  n   h   ó   i  s ,  q  u  e ,

  a  t  r  a  v   é  s   d  e   C  r   i  s  t   ó  v   ã  o   C  o   l  o  m   b  o ,  v   i  e  r  a  m

  a

  r  e   d  e  s  c  o   b  r   i  r  a   A  m   é  r   i  c  a   (   1   4   9   2   ) .   A   i   d   é   i  a   d  e

  q  u  e ,  p  o  r  e  s  s  e  c  a  m   i  n   h  o ,

  s  e  r   i  a  a   t   i  n  g   i   d  a  a

    Á  s   i  a  e  r  a  c  e  r   t  a ,  p  o   i  s ,  e  m   1   5   2   1 ,   F  e  r  n   ã  o   d  e

   M  a  g  a   l   h   ã  e  s ,  a   t  r  a  v  e  s  s  a  n   d  o  o  e  s   t  r  e   i   t  o  q  u  e

   t  e  m  s  e  u  n  o  m  e ,  c   h  e  g  o  u   à

  s   F   i   l   i  p   i  n  a  s ,  o  n   d  e

   f  o   i  m  o  r   t  o  p  e   l  o  s  n  a   t   i  v  o  s  ;   S

  e   b  a  s   t   i   ã  o   E   l   C  a  

  n  o  c  o  n  c   l  u   i  u  e  s   t  a  v   i  a  g  e  m

   d  e  c   i  r  c  u  n  a  v  e  g  a  -

  ç   ã  o .

   A  m   é  r   i  c  o   V  e  s  p   ú  c   i  o   f  e  z   t  a  m   b   é  m  v   á  r   i  a  s

   d   i  a  s  c  o  m  o  s  u  p  u  n   h  a   C  o   l  o  m   b  o ,  m  a  s  s   i  m  a

  u  m  n  o  v  o  c  o  n   t   i  n  e  n   t  e ,  q  u  e  r  e  c  e   b  e  u  o  s  e  u

  n  o  m  e .   D  a   I  n  g   l  a  t  e  r  r  a  p  a  r  t   i  r  a  m  :   J  o   ã  o   C  a   b  o -

   t  o   (   1   4   9   7   ) ,  q  u  e  v   i  s   i   t  o  u  a  e  m   b  o  c  a   d  u  r  a   d  o

   S .

   L  o  u  r  e  n  ç  o  ;   S  e   b  a  s   t   i   ã  o   C  a   b  o   t  o   (   1   4   9   8   ) ,

  q  u  e ,  a   l   é  m   d  e  v   i  s   i   t  a  r  a  s   i  m  e   d   i  a  ç   õ  e  s   d  a   i   l   h  a

   d  e   T  e  r  r  a   N  o  v  a ,  s

  e  g  u   i  u  p  a  r  a  o   N  o  r   t  e ,

   t  e  n   d  o

  a   l  c  a  n  ç  a   d  o  a   G  r  o  e  n   l   â  n   d   i  a  ;  e   F  r  a  n  c   i  s  c  o   D  r  a  -

   k  e ,  q  u  e  e  n   t  r  e   1   5

   7   7  -   8   0  r  e  a   l   i  z  o  u  n  o  v  a  m  e  n  

   t  e

  a

  v   i  a  g  e  m   d

  e  c   i  r  c  u  n  a  v  e  g  a  ç   â  o .   P  e   l  a

   F  r  a  n  ç  a ,   J  a  c  q  u  e  s

   C  a  r   t   i  e  r  r  e  a   l   i  z  o  u   d  u  a  s  v   i  a  

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EXPLORAÇÕES NO PÓLO NORTE

A conquista da Terra foi-se realizandopor etapas, através das viagens de explorações. Assim, às grandes descobertas epartilhas das terras, até a Idade Modernanão incluídas no mundo civilizado, sucederam as conquistas dos pólos. Estas seiniciaram pelo Pólo Norte ou Terras Árticas, no século XIX, por se encontraremmais próximas dos países europeus.Explorado o Ártico, este se tornou excelente ponto para as viagens aéreas e rotasmarítimas, por encurtar a distância entre a

Europa, Ásia e América.Considera-se como terras polares do

Norte as que estão incluídas acima dochamado circulo polar ártico. São formadas por numerosas ilhas e arquipélagos,das quais a maior é a Groenlândia, que étambém a maior do mundo, com2.1 75.600 km2, com área de pouco maisdo dobro do nosso Estado do Amazonas.Estão ainda incluídos na Região Árticaterritórios da Rússia, da Noruega, doCanadá e dos Estados Unidos, representados pelo Alasca.

Numerosas foram as viagens de exploração feitas na Região Ártica, dentre asquais destacamos as seguintes, cujos

roteiros poderão ser seguidos no mapa.Uma das mais produtivas explorações foia de Mac Clure, que, partindo da Terra deBaffin, descobriu a Terra do PríncipeAlberto e a tão procurada Passagem doNordeste.

Outro grande explorador foi Amundsen,que, muitos anos depois, realizou amesma viagem, mas em sentido contrário,

  já que o seu ponto de partida foi o Alasca.0 mesmo Amundsen realizou com Elles-worth e Nobile o mais extenso vôo entãofeito na região, partindo da Noruega;sobrevoaram o Pólo Norte, chegando aoAlasca. No entanto, três dias antes destafaçanha (9 de maio de 1926), Byrd haviachegado ao Pólo Norte em seu aeroplano,

em viagem bem mais curta. Mas, a descoberta do Pólo Norte já havia sido efetuadana viagem marítima de Peary (1909).

Nordenskjold e Nansen exploraram aregião polar fronteira ao continente euro-asiático. O primeiro efetuou o percurso

completo; o segundo, afastando-se maisdo litoral, tocou em várias ilhas e no arquipélago da Nova Sibéria.

Em se tratando da partilha da região,prevaleceu a idéia do senador canadensePascal Poirier; herdariam as ilhas árticasos países que com elas se defrontassem.Pela teoria da defrontação, a Rússia herdou a maior fatia polar, onde estão localizados vários arquipélagos e ilhas, entre asquais a de Nova Zembla; à Dinamarcacoube a Groenlândia, enquanto o Canadáficaria com maior número de ilhas.

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EXPLORAÇÕES NO PÓLO SUL

Denomina-se Antártica a um enormebloco de terras emersas, escondidas porespesso manto de gelo, onde se localiza oponto geodésico denominado Pólo Sul.Associando-lhe os 13.000 km2 correspondentes às ilhas, o tronco continentalfoi estimado em 13.897.000 km2, sendoportanto bem maior que o Brasil, com

seus 8.511.965 km2. E a região mais friado globo, daí a dificuldade de sua ocupação permanente; a temperatura médiaanual é de 25° abaixo de zero, descendono inverno a 70° aba ixo de zero ,mantendo-se nos meses consecutivos a50° abaixo de zero.

Distando 3.600, 4.600 e 7.000 km,respectivamente, da Terra do Fogo, NovaZelândia e cabo da Boa Esperança equase todo incluído dentro do círculopolar antártico, o continente polar sul égeralmente dividido em 3 setores: oamericano, o oceânico ou australiano e oafricano. A Antártica encontra-se bemafastada dos continentes; já a Américaacha-se ligada por uma série de ilhas earquipélagos que, desenhando um arcopara oeste, chegam à Terra de Graham.

A idéia de se estudar as regiões geladas surgiu na Áustria-Hungria, no ano de1880, embora a Antártica já tivesse sido visitada anteriormente por Cook e Ross.

O interesse científico pela Antárticaacentuou-se nos chamados "Anos Polares" (1882-83 e 1932-33), que culminaram com o Ano Geofísico Internacional(1957-58); a este último aderiram inicialmente 37 nações, entre as quais o Brasil.

0 fator econômico foi o causador dasreivindicações na Antártica, representadoinicialmente pela pesca da baleia e, atualmente, pela comprovada riqueza mineral;

alia-se a isto o problema estratégico. Osterritórios reivindicados pela Inglaterra,Argentina, Chile, França, Noruega etc. sesobrepõem uns aos outros. Os EstadosUnidos não aceitam as reivindicações desetores, apontando-os como contrários aoprincípio da liberdade dos mares. A Rússia, através do Memorando de 7 de julhode 1950, propôs uma Conferência Internacional para a resolução do problema.Em fins de 1959, reuniu-se a Conferênciade Washington, para tratar da questão daAntártica, mas dela esteve ausente o Brasil. Dois pontos apenas tiveram o apoiodos congressistas: o da cooperação internacional no que diz respeito à investigação científica do continente, e o da proibição do uso da região para fins militares;quanto às reivindicações territoriais apresentadas não se chegou a um acordo.

A divisão da Antártica, baseada nateoria da defrontação, foi posta em práticaquando se efetuou a partilha das terras do

Pólo Norte. Caso venha ela ser postabém em prática no continente doSul, o Brasil seria, juntamente com opaíses da América do Sul, beneficia

Podemos observar que o contantártico vem sendo visitado por nusos exploradores. Coube a Amundsexperimentado com as exploraçõeRegião Ártica, atingir pela primeira Pólo Sul do continente antártico. Scoano seguinte (1912), repetia o feito. grande façanha era levada a efeimesma época por Filchner, ao alcanmaior latitude meridional, penetrandmar de Weddell. Em 1935, Elleswode avião da Terra de Graham até Roosevelt.

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A EUROPA NO SÉCULO XVI

Este mapa é a primeira representação gráfica da Europa Moder

na. Sua feição mais característica é a considerável extensão doImpério de Carlos V. Já não coincide mais com as fronteiras doSanto Império Germânico, pois o ultrapassa em todos os setores.O Reino de França fica, em conseqüência, rodeado de possessõesdaquele imperador. De fato, Carlos V, além de sucessor de seubisavô Maximiliano, na parte germânica de suas heranças, passoua ser rei da Espanha unificada por Fernando e Isabel, a Católica,depois da conquista de Granada. Ainda não ocupa Portugal, mastem praças africanas em Ceuta, Melilla, Oran, Argel, Bône, Túnis.Desta herança espanhola provêm também os seus domínios noMediterrâneo insular, as ilhas Baleares, a Sardenha, as duas Sicí-lias, isto é, o Reino de Nápoles. A leste da França, Carlos Vincorporou ao Império o Franco Condado. Quanto à Boêmia, áMorávia, â Silésia e parte da Hungria, domínios angevinos até1519, cabem aos Habsburgo, representados por Ferdinando, irmão de Carlos V.

A incontestável hegemonia hispano-germânica que revela a posição geopolítica do Império de Carlos V apresenta os seus pontosfracos. As comunicações existentes entre as diferentes e afastadas possessões do monarca se acham sob a dependência depotências estrangeiras, por vezes inimigas. A França se acha evidentemente cercada e ameaçada, mas tem a vantagem de verconcentrada a sua força de resistência e ataque numa monarquiaconsolidada e poderosa. 0 principal perigo apresenta-se a leste,com a força ainda respeitável dos turcos de Solimão, o Magnífico,apesar da derrota de 1526, em Mohacs. Por sua vez, as possessões da Itália ainda são precárias. Quanto à Alemanha propriamente dita, coincide o reinado de Carlos V com as lutas religiosasda Reforma, o que muito enfraquece o seu poder real.

O mapa permite observar a maior parte dos domínios eclesiásticos, isto é, além dos Estados da Igreja e de Avinhão, os Arcebis-pados de Salzburgo, Bamberg, Mogúncia, Colônia, Munster, Tré-veris, Bremen etc. Nota-se a posição do Bispado de Liége, que

corta em dois setores os Países Baixos. Na Escandinávia, a Dinamarca, além da Noruega, ocupa ainda a orla báltica dos estreitos.

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A EUROPA NO SÉCULO XVII

Os Tratados de Westfália (1648) fixaram os resultados das guerras de religiãoe principalmente os da Guerra dos TrintaAnos, que tinham movido contra a Alemanha, a França e seus aliados. O mapaentão traçado pela política e pela diplomacia foi mais ou menos conservado atéa Revolução Francesa, pelo menos nassuas grandes linhas. Findos os movimentos religiosos de Reforma e de Contra-Re-forma, dividem-se os países da Europaentre católicos e protestantes; a confusão

dos credos localiza-se, especialmente, naEuropa Central, onde cada um dos numerosos príncipes alemães exige de seus súditos a obediência a seu próprio culto.

Os Tratados de Westfália assinados emMunster e Osnabruck, ambas cidadeswestfalianas, operaram profundas alterações territoriais.

Da Guerra dos Trinta Anos saía vitoriosa a França dos Bourbon, onde reinavaLuís XIV. Suas aquisições foram em suasfronteiras orientais. Os tros Bispados deMetz, Toul e Verdun lhe foram confirmados e reconhecidos como franceses. ÀFrança também foi cedida a Alsácia. Embora conquistas feitas às custas da Alemanha, eram pontos de partida para

maior expansão. O reconhecimento daRepública das Províncias Unidas deixavaem situação geográfica difícil os PaísesBaixos espanhóis, que continuavam católicos, enquanto que a parte norte se separava do Santo Império.

Passou então uma nova potência nórdi-ca, a Suécia, por uma fase de gloriosaexpansão. O mar Báltico veio a ser umlago sueco, pois além de dominar a Finlândia, adquiriu, da Rússia, a ingria e obteve, da Polônia, a Estônia e a Livônia. Nosetor alemão, além da Pomerânia Ocidental, assenhoreou-se dos Bispados de Bre-men e de Verden. Geopoliticamente, opoderio da Suécia, que aliás foi de curta

duração, fechou o golfo de Finlândia aosrussos e apoderou-se do controle dos estuários do Elba, do Weser e do Oder.

Assim como havia sido reconhecida aindependência das Províncias Unidas, foiigualmente reconhecida a dos CantõesSuíços.

De toda esta remodelação territorial, apotência que mais se achava prejudicadaera a Alemanha: eram os Habsburgovencidos pelos Bourbon, e desapareciadefinitivamente a ameaça de um conflitopermanente entre territórios hispano-ger-mânicos. 0 Santo Império se achava então depauperado e desorganizado, sofrendo ainda da longa guerra que se tinhaferido em seu território. 0 único príncipealemão que saía ganhando era o Eleitorde Brandeburgo.

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OS ESTADOS BÁLTICOS DE 1914 A 1967

Do ponto de vista do esfacelamento da Europa Central eOriental em novas nações, a Primeira Guerra Mundial foipródiga; no entanto, em matéria de modificações territoriais,a Segunda Guerra Mundial foi mais drástica, já que rarosforam os países que não sofreram alterações em suas fronteiras. Na Europa Setentrional, os Estados bálticos não ficaramalheios às remodelações estipuladas pelos tratados de 1946.

A Finlândia, primitivamente povoada por lapões e finos, foiocupada no século XI por mercadores de Gotland e cristiani-zada no século seguinte pelos suecos. Durante séculos ficousendo uma possessão autônoma da Suécia, mas, no Tratadode Nystad (1721), perdeu a Carélia, até então parte integrantedeste território, que foi entregue aos russos. Quando, em1809, a Finlândia passou a ser russa, foi transformada numgrão-ducado governado pelo czar-duque da Rússia, ligada, nosetor da política externa, ao governo central de S. Petersbur-go. A autonomia existiu nos vários campos, econômico, cultural e outros, durante o período chamado de reação, antesmesmo do reinado de Alexandre II, muito embora a ligaçãocom a Rússia tenha sido uma espécie de "união pessoal".Quando em 1917 caiu o regime czarista, a burguesia finlandesa reivindicou sua independência. As potências européiashesitaram, subordinando o reconhecimento ao "assentimentodo povo russo". Conseguindo em 1918 a independência, aFinlândia procurou chamar para o trono um príncipe alemão:a França se opôs, motivo pelo qual a nova nação se transfor

mou numa república. Uma vez reconhecida pela Rússia, foi-Ihe cedida Petsamo no Extremo Norte em virtude da Paz de

Tartu, em 1920. Vinte anos depois, o seu duplo conflito comos russos (1940-47) fez a Finlândia restituir novamente àRússia a Carélia, em seu poder desde 1812, e Petsamo. Nestemesmo tratado russo-finlandês, assinado em Moscou no anode 1948, além dos territórios mencionados, era ainda concedida a ponta de Porkala, por cinqüenta anos, à Rússia comobase naval; mas em 1956, os russos abriam mão desta concessão.

As províncias russas denominadas Curlândia, Livônia e Lituânia foram, em 1914, transformadas em três Estados independentes uns dos outros. Suas populações eram, no entanto, bastante misturadas; eram de origem fino-ugriana e balta,havendo recebido freqüentes levas de letôes e lituanos. Aesses pagãos vieram juntar-se as missões religiosas, compostas principalmente por alemães que iniciaram sua ação naquela região, no século XIII, quando se deu a fundação deRiga (1201). A intervenção pontificai entregou depois a colonização aos Espatários que se uniram pouco depois aos cavaleiros da Ordem Teutônica (1237). Os comerciantes da LigaHanseática contribuíram para aumentar ainda mais o elemento alemão nestas províncias balticas, sob a administraçãodinamarquesa.

A Reforma teve nessas antigas províncias russas, transformadas em 1920 na Lituânia, Letônia e Estônia, sérias repercussões; as duas últimas aderiram ao credo luterano, mantendo-se apenas católica a Lituânia, graças à influência polonesa.

Após 20 anos de independência, a Estônia, a Letônia eLituânia voltaram a fazer parte da União Soviética, sob onome de Repúblicas Socialistas Soviéticas (1940).

O caso das ilhas Aland provocou discussões diplomáticas

entre os países bálticos e a Liga das Nações, logo em seguidaà Primeira Guerra Mundial. São cerca de 300 ilhas e ilhotas

que se acham mais próximas da Suécia do que da Finlândia,mas que desta última são separadas por águas mais rasas;por isso, no inverno, quando as águas se congelam, ficamessas ilhas ligadas à Finlândia. Fizeram sempre parte administrativa de Abo (hoje Turku) e representam para os finlandeses uma posição estratégica de importância. Por isso, foramneutralizadas em 1947, como aliás já haviam sido desmilitarizadas em 1856, após a Guerra da Criméia, pelo acordo de1922.

Com o desmembramento da Alemanha após a SegundaGuerra Mundial desaparecia a Prússia; a parte oriental ficou

sob administração russa, quando Konigsberg passou a chamar-se Kaliningrado.

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P o r k a l a : b a s e n a v a l d e 1 9 4 7 a 1 9 5 6

e r r i t ó r i o s a d q u i r i d o s p e l a R ú s s i a ( E s t a d o s b á l t i c o sV i b o r g , P e t s a m o , P r ú s s i a O r i e n t a l )

I l has A l and

1 8 0 9 R u s s a s

1 9 3 0 F i n l a n d e s a s

1 9 6 7 N e u t r a s

Delgado de Carvalhi -Therezinta de Castro

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A EUROPA NO SÉCULO XVIII (Do Tratado de Utrecht à Revolução)

Os dispositivos dos Tratados de West-fália haviam sido modificados pela expansão francesa. As campanhas de Luís XIValargaram os domínios franceses à custados Países Baixos espanhóis. Dunquer-que, Lille, Arras, Valenciennes tornavam--se cidades francesas. Strasburgo e outraseram incorporadas â França pelas Câmaras de Reunião. Só a Lorena é que estavaainda para ser anexada, em 1738-1766.

O acontecimento político mais importante nos primeiros anos do século XVIIIfoi a tentativa de Luís XIV para unir aFrança e a Espanha sob a mesma coroade seus sucessores. Se passassem destemodo para a França as possessões americanas da Espanha, era a hegemonia da

França no mundo ocidental que iria com

prometer os interesses coloniais e comerciais da Grã-Bretanha e da Holanda. Daí acoligação contra Luís XIV, na qual entroua Áustria, e se juntaram também a Saboiae Portugal.

Sem ser vitoriosa, a França conseguiusair honrosamente do grande conflito(Guerra de Sucessão da Espanha) com oTratado de Utrecht, que manteve o netodo rei Bourbon no trono da Espanha.

No Mediterrâneo houve algumas importantes redistribuições territoriais: Gi-braltar e Minorca ficaram com a Grã-Bretanha; a Sicília coube à Saboia; Nápoles eos Países Baixos foram dados à Áustria.Em 1720, porém, houve troca de territórios; a Áustria deu a Sardenha à Saboia edela recebeu a Sicília.

Na Europa Setentrional, a Inglaterra e

Gales passaram a constituir o Rein

Grã-Bretanha, com a união da Escóc1707. Alterações mais consideráveifavor da Grã-Bretanha foram efetnas colônias, à custa da França.

Na Europa Oriental, o episódio hismais dramático foi o aparecimento ddro, o Grande, na Rússia e a conquisSuécia pela Carélia, íngria e Estôniado a Suécia perdido seus BispadoBremen e Verden em favor do Hanoparte da Pomerânia em favor da Prú

No Suleste europeu, recuavam ocos, que ainda em 1683 haviam amdo Viena. A defesa austro-polonesa ovia levado ao Danúbio, reconquistanHungria pelos Tratados de Carlovitz Passarovitz (1699-1718).

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A EUROPA NAPOLEÔNICA

O mapa nos dá uma visão geral da Europa desde a Revolução Francesa até1812.

Em 1789, os domínios do Estado correspondiam mais ou menos aos atuais,faltando-lhe apenas a Saboia, Nice e Avi-nhão.

Coube ao Diretório acrescentar novosterritórios. Pelo Tratado de Lunéville, foram incorporados aos domínios francesesa Bélgica, a Saboia e o Condado de Nice.O território de Avinhão alcançava as fronteiras naturais da Gália Antiga, isto é, Pi-reneus, Reno e Alpes.

O Império Francês de Napoleão sofreunotável modificação de limites. As conquistas napoleônicas foram as seguintes:Genebra; grande parte da Itália (incluindo

Estados da Igreja); a costa adriática e

grande parte do litoral do mar do Norteaté o Elba. Napoleão ainda cercou o Império Francês de reinos dependentes, distribuidos a parentes seus. Destacaram-seo reino da Holanda, entregue a seu irmãoLuís; o da Itália, ao seu enteado Eugêniode Beauharnais; o de Nápoles, ao seucunhado Murat, e o da Espanha, ao seuirmão José.

A Polônia, que havia desaparecido depois do terceiro e último desmembramento, em 1795, foi, em parte, restabelecidapor Napoleão, com a criação do Grâo-Du-cado de Varsóvia, formado à custa de territórios poloneses adquiridos pela Rússia,Áustria e Prússia, em partilhas anteriores.

Outra feição característica da Europanapoleônica foi a criação da Confederação do Reno, da qual faziam parte a Sa-

xônia, a Baviera, a Westfália, grande nú

mero de pequenos principados alemães eo Hanover.No encarte, o local das principais cam

panhas de Napoleão, até Waterloo, em1815.

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A EUROPADO CONGRESSO DE VIENA — 1815

Tendo a grande coligação, formada contraNapoleão, conseguido vencê-lo, foi reunido emViena o Congresso incumbido da liquidação imperial, isto é, da redistribuição dos territóriosocupados pelos franceses, fora da França. Defato, já havia sido decidida pelos aliados a fronteira imposta aos vencidos, nos tratados deParis de 1814 e 1815.

Em Viena, os representantes dos Estadosvencedores, ditos aliados, julgaram ter umaoportunidade única de remodelar o mapa daEuropa de acordo com as ambições dos seusrespectivos soberanos. Só um deles devia sersacrificado por ter-se conservado fiel a Napoleão: o rei da Saxônia. De fato, mais de 50% deseus domínios, na bacia do Elba e de seusafluentes, foram-lhe retirados para serem entregues à Prússia.

Substituindo a Confederação do Reno, foicriada a Confederação Germânica, com sedeem Francfort e sob a presidência da Áustria. Erauma organização imperial de pouca eficiência,que reuniu os numerosos soberanos alemães ena qual tinham parte também soberanos estrangeiros com possessões na Confederação, como

o rei da Dinamarca e o rei dos Países Baixos.Fora dos limites da Confederação, soberanosalemães, por sua vez, possuíam territórios extensos que não faziam parte dela.

Entre os principais assuntos tratados em Viena, dois deram ensejo a lutas diplomáticas maisásperas: a questão da Saxônia, desmembradaem parte, como foi dito, e a questão da Polônia.Para apoio às pretensões da Prússia â Saxônia,o czar exigiu a formação de um Reino da Polônia, do qual seria rei. Desapareceu, assim, maisuma vez, a Polônia, bem como o Grão-Ducadode Varsóvia, criado por Napoleão. Tomaram parte no desmembramento a Rússia, a Prússia e aÁustria. Foi apenas respeitada a cidade de Cra-cóvia, que se tornou república livre. A Rússiaconservou o Grão-Ducado da Finlândia e a Bes-

sarábia (anexada em 1812).Uma nova monarquia era criada em favor do

rei dos Países Baixos, aos quais foi incorporadaa Bélgica. Também, acrescida de Gênova e daSaboia, era restaurada a monarquia sarda.

A Áustria, além da presidência da Confederação Germânica, obtinha da Itália o Reino Lom-bardo-Veneziano e restabelecia seus arquidu-ques nos tronos italianos da Toscana, de Parmae Módena. Adquiria a Dalmácia e a Galícia. Entre os mais bem aquinhoados, na Alemanha,destacava-se a Baviera, que recebia a Francôniae o Palatinado.

A Suécia perdia a Finlândia, mas se unia àNoruega, retirada da Dinamarca.

A Cracóvia foi transformada em cidade livre,enquanto Francfort, Bremen, Hamburgo e Lu-beck já o eram antes do Congresso de Viena.

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ZOLLVEREIN

Ao ser liquidada a situação política e econômica da Europa,criada pelas guerras napoleônicas, a Alemanha ficava dividida emmais de 30 Estados e algumas cidades livres. Várias eram asunidades alfandegárias cujos produtos importados, exportados ouem trânsito, eram de tal modo taxados que quase paralisavam ointercâmbio alemão.

A posição da Prússia, a monarquia territorialmente mais extensa, era crítica. Além da expansão comercial, esse reino tinha doisobjetivos: impedir a Áustria de se integrar num sistema econômico alemão, ja que ela só poderia criar obstáculos â formação deum império que a Prússia ambicionava para si; e chegar por meioda união econômica à coesão nacional, sob sua hegemonia.

0 economista List foi um dos inspiradores da nova doutrinanacional alemã, embora desde 1818 tenha a Prússia abolido suasbarreiras alfandegárias internas. A união alfandegária era para ela,no início, uma obra mais fiscal do que política, pacientementeelaborada pelo respeitável funcionalismo prussiano. A primeiraparte da obra era facilitada pelo fato de alguns pequenos Estadosse encontrarem encravados no território prussiano; assim, o HesseDucal (Darnstadt) e o Ducado de Anhalt entravam para o Zollve-rein, em 1828.

Neste mesmo ano de 1828, tros outras uniões aduaneiras eramlevadas a efeito, umas separadas das outras. Para fazer frente

  justamente à associação prussiana, os Estados do Sul, lideradospela Baviera com o seu Palatinado e o Würtemberg, estabeleciamo seu Zollverein. Sentindo o perigo do isolamento, os Estadoscentrais, formados pela Saxônia, Turingia e Hesse Eleitoral, unem-se no chamado Handelsverein. Surgindo ainda, em 1828, oSteuerverein, união aduaneira constituída em torno do Hanover.

0 trabalho da Prússia consistiria, então, na política de uniãodestes diferentes grupos econômicos, formados separadamentedentro da Alemanha.

A união aduaneira do Centro (Handelsverein) desapareceriacom a aproximação entre a Prússia e a Saxônia (1831); seguiu-sea adesão de todo o Centro, possibilitando que, a 1 o de janeiro de1834, entrasse em vigor o Zollverein, ainda principiante. Em 1833aderiam também a Baviera, Palatinado e Wurtemberg.

Em seguida, a Prússia resolve empregar a política do isolamento, criando dificuldades ao escoamento dos produtos de pequenosEstados que lhe faziam fronteira; consegue assim a adesão doLippe, Brunswick e Luxemburgo ao Zollverein (1842). Após váriosenten diment os, conseg ue a Prússia atrair os demais Estados formadores do Steuerverein; passavam assim a participar do Zollverein o Hanover e o Oldenburgo (1854).

No Norte, os Grão-Ducados do Mecklemburgo e o Sleswig-

Holstein só entraram no Zollverein em 1867, depois da derrota daÁustria, que, por várias vezes, havia tentado entrar na União, masque, finalmente, depois de Sadowa (1866), era expulsa da Comunidade Alemã. A Alsácia-Lorena seria integrada em 1872 após tersido a França vencida pela Prússia. As cidades livres de Hamburgoe Bremen só iriam se decidir a participar do pacto bem mais tarde(1888).

Com as guerras austro-prussiana e franco-prussiana aparecia osentido político da união econômica, sob o impulso de Bismarck.O Zollverein foi incontestàvelmente um fator capital na formaçãopolítico-econômica da unidade alemã. Não pode, entretanto, seresquecida a simpatia que os Estados sulistas de formação católicademonstraram sempre pela Áustria; procuraram estes conseguiraentrada da Áustria no Zollverein, fato este sempre obstado pelaPrússia, que contava com o apoio dos Estados do Norte de formação protestante.

O Zollverein, como regime de desenvolvimento econômico daAlemanha, foi o alicerce do Império e a condição da rápida e significativa industrialização da pátria de Bismarck.

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FORMAÇÃO DA UNIDADE ALEMÃ E SUAEVOLUÇÃO

Os cinco mapas nos permitem seguir a formação do que foi a Alemanha num período dedois séculos, isto é, desde a obra política e territorial de Frederico II, até o estado em que adeixou a obra de Hitler.

0 drama alemão se desenrola, em sua totalidade, em torno da Prússia, elemento propulsorde maior intensidade política.

No primeiro mapa, o Eleitorado de Brande-burgo, ponto central na Europa, já se havia tornado reino desde 1 700 e adquirido terras austríacas, por meio de guerras, e terras polonesas,através de partilhas (Silésia, Bromberg, Dant-zig). Posen foi anexada depois da morte de Fre

derico II.No segundo mapa, a Prússia, desmembrada

por Napoleão (1806), é restaurada, recebendoem Viena (1815) substanciais compensaçõesno Reno. 0 trabalho de absorção de terras alemãs pela Prússia continua depois de Sadowa.

0 terceiro mapa representa a obra de Bis-marck. Vencidas a Dinamarca, a Áustria e aFrança, ergue-se o Império Alemão (o II Reich),onde ainda existem pequenas monarquias alemãs: quatro reinos, onze grão-ducados, seteprincipados e três cidades livres (Bremen, Hamburgo e Lubeck) e a Nova Terra do Império(Alsácia-Lorena). É o apogeu de uma situaçãoque durou meio século (1871-1914-1919).

0 quarto mapa indica as perdas alemãs esti

puladas no Tratado de Versalhes. A Dinamarcarecusou-se a recuperar o território perdido em1865 em sua totalidade. A Posnânia passoupara a Polônia, e a Alsácia-Lorena para a França. Foi, porém, criado o Corredor de Dantzig,que separava a Prússia Oriental da AlemanhaCentral. Alguns plebiscitos devolveram certosterritórios (Alta Silésia, Allenstein, Sarre). A desmilitarização foi outro dispositivo de Versalhes,para isolar a zona do Reno.

0 quinto mapa representa a situação atualdas Alemanhas (Oriental e Ocidental). Em seguida ao conflito de 1939-45, o país havia sidodividido em 4 zonas de ocupação, hoje evacuadas, mas que subsistem em Berlim.

A nova fronteira é marcada pela linha Oder-Neisse, ficando a Silésia e a Pomerânia sob a

administração polonesa, como é também o casoda Prússia (Oriental). O mapa indica em duascores a nova Polônia, uma vez que a linha Oder-Neisse foi dada pelo artigo X do acordo de Pots

dam (2 de agosto de 1945), como provisória;solução definitiva será dada pela Conferência daPaz que decidirá sobre a questão de limites e odestino das Alemanhas.

NO T A : A s o lu ç ã o d o p r o b le m a d a u n i f i c a ç ã o d a A le m a n h a

fo i prev is ta na Conferê ncia de Gen ebr a de 14 de maio de

1 9 5 9 . D iz o a c o r d o : " O t r a t a d o d e p a z d e v e r á s e r n e g o c ia

d o l i v r e m e n t e e a s s in a d o p e lo g o v e r n o d a A le m a n h a u n i f i

c a d a . " An t e s d e s t a u n i f i c a ç ã o , e n t r e t a n t o , f o i a s s in a d o o

tra tado def in it ivo que reso lve a questão de l imites entre a

A le m a n h a e a P o lô n ia .

As r e la ç õ e s g e r m a n o - p o lo n e s a s f o r a m n o r m a l i z a d a s p e lo

tra t ado de 7 de dez emb ro de 19 70 . em v ir tude do qual a

A le m a n h a Oc id e n t a l r e c o n h e c e c o m o p e r m a n e n t e e in v io lá ve l o l imite oc identa l da Polôn ia def in ido pe la Conferência

de Pots dam , a 2 de agosto de 19 45 , is to é , a l inha d ita

O d e r - N e i s s e .

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FORMAÇÃO TERRITORIAL DA ITÁLIA

0 Congresso de Viena havia restaurado aspequenas monarquias que ocupavam a península antes das conquistas francesas e da formação do Reino da Itália, criado por Napoleão.Foram, pois, restabelecidos os seguintes Estados:

1. O Reino das Duas Sicílias, com sua capitalem Nápoles, voltando para lá os reis Bourbon,para substituírem o Rei Murat, cunhado deNapoleão.

2. Os Estados da Igreja, restituídos à SantaSé, recuperaram o território romano, a Úmbria,Ancona e Ravena até o rio Pó. O Estado pontificai foi integralmente reconstituído, reservandoà Áustria o direito de estabelecer guarniçõesnas legaçôes de Ferrara e Ravena.

3. Os Ducados de Módena, Parma e Lucca eo Grão-Ducado de Toscana voltaram a ser governados por príncipes austríacos.

4. A Lombárdia e a Venócia caíram novamente sob o domínio dos Habsburgo, formando oReino Lombardo-Vôneto, limitado pelo Pó e pelo Tecino.

5. 0 Reino da Sardenha restaurado foi acrescido de Gênova, de Nice e da Saboia.

A atuação da administração napoleônica havia esboçado uma parcial unificação da Itália,que, apesar de sua pouca duração, havia despertado nos povos da Península um sentimento

de nacionalismo e de limitação que visava áunidade italiana, sob um dos imperantes, Papaou rei, e contra o domínio da Áustria. As tentativas de revoluções nacionais em 1821, 1830 e1848 não foram bem sucedidas. Foi necessárioao rei da Sardenha (ou Piemonte) o auxílio daFrança de Napoleão III, para a parcial expulsãodos austríacos. Anexou então à Sardenha aLombárdia, conquistada em 1859 pelos franco-sardos.

Tirando partido do apoio francês, o governode Turim procedeu, em 1860, a uma série deanexações, mais ou menos pacíficas, dos ducados, dos Estados da Igreja (exceto Roma) e dosterritórios napolitano-sicilianos. O mapa indicaas datas das fases sucessivas de expansão pie-montesa pelas terras da Península.

Uma aliança com a Prússia bismarckiana, em1866, permitiu que nova guerra, apesar de perdida, conduzisse à anexação também da Vené-cia ao novo Reino da Itália, fundado em 1861,com capital em Florença.

Os territórios perdidos (Saboia, Nice, Ístria) eo adquirido (Trentino) podem ser observados.

0 encarte que representa a "coroa" de cidades que se acham ao redor do maciço alpinopermite observar os principais passos que tiveram importância histórica no passado e hojecontinuam a determinar posições estratégicas efacilidades comerciais.

A última questão territorial que surgiu após aúltima guerra mundial foi a da ocupação da ís-tria. Finalmente em Londres, a 25 de outubro

de 19 54, foi restituída à Itália a zona de Trieste,conservando a Iugoslávia o resto da Península.(Veja mapa p. 150.)

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COLONIZAÇÃO E MODERNO IMPERIALISMO

Os primeiros povos europeus, cuja expansão ocupou a HistóriaModerna, foram os ibéricos e os batavos. Surgiram em seguida osfranceses e os ingleses e, por fim, no século XIX apareceramtardiamente os alemães e os italianos. Enquanto se processavamestas atividades extra-européias, cresciam, na Ásia, a Rússia emais tarde o Japão.

A fase de expansão iniciada do século XIV ao XVII teve porobjetivo o colonialismo puro, isto é, a aquisição de pontos afastados, nos quais os holandeses, portugueses e espanhóis pudessem

abastecer-se de mercadorias necessárias ao estágio de civilizaçãoem que se achavam. Do Oriente, principalmente, vinham especiarias, drogas e madeiras finas. Abandonados os roteiros continentais, que desde tempos antigos eram caminho para a China, índias e Oriente, passaram então os mares a serem trafegadospelos marinheiros peninsulares e holandeses.

0 século XVIII apresenta-se como uma fase de transição, emque passam a salientar-se os novos concorrentes. Fica ainda apolítica adstrita ao sistema do monopólio. No século XIX, entretanto, aparece, em vez de simples colonialismo, o que se chamou

de imperialismo. As metrópoles, depois das guerras napoleônicase da Revolução Industrial, passaram a visar à expansão econômica e militar. Necessitavam ainda de postos de abastecimento em

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matérias-primas; requeriam mercados para suas indústrias emprogresso; precisavam de portos em todos os roteiros marítimospara as suas frotas mercantes e militares, e procuravam, por fim,colocação para os seus capitais e por vezes, também, para seuscolonos nacionais.

Foi assim que, dotados de considerável força de expansão, osingleses tiveram a oportunidade de encontrar ainda territórios defácil ocupação em zonas temperadas: o Canadá, a África do Sul, aAustrália, sem prejuízo de suas aquisições nas regiões tropicais eequatoriais. A expansão francesa efetuou-se em zonas menos

favoráveis e, a não ser na Argélia, só adquiriu terras na Indochinae em regiões tropicais e equatoriais.

O exemplo dos franceses e ingleses seduziu a Alemanha, que

apesar da oposição inicial de Bismarck, conseguiu alguns pontosna África e Oceania. A Itália, outra retardatária, procurou iniciarum império pela África. Dos antigos colonizadores, ficaram comsuas possessões até a Segunda Guerra apenas a Holanda e Portugal. A Espanha, em 1914, já havia perdido tudo, com exceção deRio do Ouro, na África. Por sua vez, a Rússia havia progredido noTurquestão e na Ásia Central, e o Japão, no Extremo Oriente.

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A INGLATERRA MEDIEVAL E AMODERNA EXPANSÃO BRITÂNICA

A apresentação sinótica da Inglaterra Medieval permite seguir osestágios mais característicos de suahistória, desde a invasão dos anglo--saxõesaté aconquista normanda. Ahistória anterior já foi traçada nosmapas do Império Romano e daEuropa Medieval. Um esboço dosdomínios do Rei Canuto da Noruegae Dinamarca revela como os nórdi-

cos haviam reduzido o mar do Nortea um lago norueguês.No primeiro mapa figuram as

sete monarquias da chamada Hep-tarquia. Convém localizá-la semesquecer, todavia, que nunca coexistiram. No segundo mapa, é indicado o Danelaw, território reconhecido aos dinamarqueses pelo Tratado de Wedmore (878). Estãosublinhadas as chamadas "CincoCidades", feudos nórdicos, cujasfunções os historiadores não conhecem com exatidão. (Veja Breasted,Huth, Hardinq-European History Atlas. p. XXXV.)

Dois mapas da Inglaterra Medie

val na época da conquista de 1066e depois dela permit em interpretar oaspecto que tomo u, na ilha, o feudalismo: marcas e palatinados. Amaior parte do território se achaadministrada pelos xerifes do rei.

O encarte relativo à Irlanda indicaapenas a situação geográfica atualda República Irlandesa na ilha e seucontato com o território britânico deUlster.

0 mapa do Império Britânico noseu apogeu, em 191 4, reproduz, emprojeção de Mercator, a "linha vermelha" que ligava todas as possessões britânicas da época. As aquisições resultantes do Tratado de Ver

salhes (1919) foram principalmente"mandatos".A índia é estudada em dois

encartes; no primeiro, em suaslinhas gerais, na data da vitória deRobert Clive, em Plassey (1757), e,no segundo, cem anos mais tarde,quando se deu a Revolta dosCipaios, cujos episódios mais dramáticos ocorreram em Cawnpore eLucknow. 0 Império das Índias foiproclamado em 1876 e a independência data de 1949, continuando,porém, a índia república democrática soberana a ser membro daComunidade, que aceita a rainhacomo símbolo de "livre associação"(Acordo de 17 de maio de 1949). Asua Constituição entrou em vigor

em 1950.0 objetivo principal do mapa daÁfrica do Sul no século XIX é delocalizar as duas repúblicas bôeresde Orange e Transvaal, indicando asdiretrizes de penetração britânica eholandesa. Majuba Hill, Ladysmith eMafeking marcam os episódios daslutas terminadas pelo Tratado deVereeniging, em 1902.

0 mapa da colonização da Austrália relata a história da penetração dailha-continente, cujas costas meridionais foram ocupadas em primeiro lugar. Ainda hoje apresenta--se deserto o interior, pois 77% dapopulação residem nos Estados do

Suleste da Federação. Camberra é anova capital, inaugurada em 1927.A Primeira Guerra Mundial não

parece ter destruído a preeminêncianaval e econômica do Império Britânico. A Segunda Guerra, porém,modificou a situação, afrouxando oslaços com suas possessões ultramarinas.

O Império passou a ser Comunidade das Nações Britânicas, constituída de nações associadas, defederações, protetorados e mandatos. É uma associação sem podercentralizado, com voz comum paratodos os seus membros, o que, naexpressão de Hartley Gratton,

"muito contribui para desnortear etornar misteriosa esta entidade aosolhos do mundo exterior".

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ESTADOS BALCÂNICOS NO SÉCULO XX

Quando os turcos otomanos conseguiram em meados do século XIV atravessar o estreito de Dardanelos, encontraram na Península Balcânica o Reino Sérvio, como potência dominadora, o Império do Oriente e a Bulgária. Na batalha de Kossovo (1389) osturcos conseguiram vencer os sérvios e, no fim desse século, jáhaviam conquistado a Península até o Danúbio, excluindo-seConstantinopla, cuja queda só se deu em 1453.

O Império Otomano aí estabelecido pelos turcos atingiu noséculo XVI sua extensão máxima: do Adriático ao mar Negro, dosCárpatos ao Egeu. Derrotados em Lepanto, por venezianos e espanhóis, não puderam os otomanos chegar à Península Itálica, ondepretenderam apossar-se de Otranto. Cumpre destacar, também,

que o Principado do Montenegro jamais foi incorporado ao granImpério.

O século XVIII marca a derrocada do Império Otomano. Inicmente vemos a Áustria anexando a seus domínios toda a Hungdepois a Rússia, apossando-se de vasto trecho do mar Negroem 1812, acabando por anexar toda a Bessarábia. As nacionaldes começam também a se manifestar: primeiro foi a Sérvia, pois a Romênia (com a unificação da Moldávia, ValáquiáDobrudja), depois a Grécia e finalmente a Bulgária.

O Mapa de 1914 mostra o recuo do Império Otomano, adsta pequeno território na Península, que, por sua vez, se encondividida em cinco países. A Albânia havia surgido como estatampâo, em virtude da oposição da Áustria e Itália à chegada

Sérvia ao Adriático.Em 1959, a feição política dos Bálcãs também vai apresen

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profundas modificações. A Bulgária, tendo em 1914 entrado naguerra ao lado da Alemanha, perdeu para a Grécia (Tratado deNeuilly, 1919) sua posição no mar Egeu, recuperando em 1937,ao começar a cooperar com os poderes germânicos, o Sul daDobrudja. (Veja mapa p. 110.)

A Romênia lutou na Primeira Guerra Mundial com os aliados eseu território foi acrescido da Bessarábia, Transilvânia, Banato deTemesvar e Bukovina. No mapa de 1967 já se nota a Romênia,que na Segunda Guerra lutou ao lado do Eixo, sem a Bessarábia,

reconquistada pela Rússia, em 1941. A Iugoslávia, que aparecno mapa de 1967 , teve como núcleo geistór ico a Sérvia, dpois transformada em Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos

Foi em redor deste núcleo que se formou a Unidade Iugoslavem 1918, como na Península Itálica se havia formado, no sécuXIX, a Unidade Italiana em torno do Piemonte e, na Europa Central, a Unidade Alemã apoiada na Prússia.

0 encarte nos dá uma visão mais detalhada da atual Turqueuropéia, que ainda detém os estreitos de Dardanelos e Bósfor

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ORIENTE MÉDIO

O final da Primeira Guerra Mundial marcou o esfacelamento doImpério Otomano. Passaram então a vigorar sistemas de mandatos, protetorados e de esferas de influência, estabelecidos naconferôncia de San Remo, em 1920. Foi principalmente o OrienteMédio ali discutido, ficando as suas divisões políticas mais oumenos respeitadas, embora atribuídas às potências mandatárias

  — França e Inglaterra.A sede do novo governo da Turquia passou a ser Ancara.

Abandonavam os turcos, aos aliados, suas possessões no OrienteMédio. A Síria e o Líbano foram mandatos concedidos à Françapela Liga das Nações. O Iraque, a Transjordânia e a Palestinacouberam ao mandato britânico.

Esta situação do Oriente Médio manteve-se, durante algunsanos, no periodo de entreguerras. A primeira alteração foi o reconhecimento da independência do Iraque, em 1927, sendo o paisadmitido na Liga das Nações em 1932.

Foi, porém, depois da Segunda Guerra Mundial que se deramas maiores alterações no Oriente Médio. A agitação que se produ

ziu na Síria durante o conflito comprometeu o mandato francêque vigorou até 1941.

No ano de 1945 foi criada a Liga Árabe, cuja iniciativa couao Egito (Protocolo de Alexandria — Convênio do Cairo). Hodela fazem parte o Iraque, a Síria, o Líbano, a Jordânia, a Arábialêmen, a Líbia e o Sudão.

Em 1944 tornou-se independente o Líbano; a Transjordânia, e1946, sendo admitida na ONU em 1955.

Israel foi proclamado república em 1948, e membro da ONno ano seguinte. Encontra-se entre Estados árabes que considram sua posição geográfica e política um obstáculo à unificaçdo mundo árabe muçulmano, visado pela liga de 1945. Espolítica de integração é hoje tentada pelo Egito, que já a consguiu, em parte, com a República Árabe Unida (Egito e Síria).

Os limites traçados no mapa correspondem ao que foi fixadem abril de 1950, depois da Transjordânia se ter transformado eJordânia, obtido uma parte da antiga Palestina (Cisjordãnia) ocupado um setor de Jerusalém.

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A EUROPA NA SEGUNDA PARTE DO SÉCULO XIX

O mapa fixa graficamente a situação da Europa resultante dostratados de 1815, que perdurou até a Primeira Guerra Mundial,com um certo número de modificações territoriais. Foi um períodode relativa estabilidade, no qual só se efetuaram alterações resultantes de conflitos armados nos Bálcãs, na Península Itálica, naAIsácia-Lorena e nos ducados do Elba (Schleswig-Holstein). Nosdemais setores, as mudanças foram pacificas, como a separaçãocompleta da Suécia e da Noruega e a da Bélgica e dos PaísesBaixos, à anexação da Bósnia-Herzegovina ao Império Austro--Húngaro.

0 mapa dos Bálcãs oferece a distribuição territorial que vigorava em 1912, isto é, antes das guerras balcânicas.

No princípio do século XIX, o Império Otomano ainda ocupa naEuropa Sul-Oriental uma posição estratégica da maior importância, pois não somente domina os estreitos que levam ao marNegro, mas também as ilhas do Egeu, a entrada do Adriático,Creta, Chipre, Suez e, de um modo geral, o mundo muçulmano doOriente Médio.

A Península Itálica já se acha, na segunda parte do século,

quase totalmente unificada; em 1866 o Reino da Itália adquire aVenécia e apodera-se, em 1870, de Roma, para onde transfere asua capital, temporariamente fixada em Florença. No ExtremoNorte da Península restam para ser anexadas as províncias irre-dentas com Trento e Bolzano.

O que ressalta, pois, mais claramente do século XIX é a anulação da obra diplomática de Viena. As uniões então forjadas sedissolvem (Suécia-Noruega; Bélgica-Holanda) e os esfacelamentos mantidos â força se integram à custa da Confederação Germânica (Itália, Alemanha). A Europa é abalada pelos conflitos deflagrados pelo Princípio das Nacion alidades formado res de novasnações. Nos Bálcãs esses movimentos recebem apenas a aprovação formal do Congresso de Berlim de 1878, data em que Chiprepassou a ser cedida administrativamente â Grã-Bretanha.

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A EUROPA DE ENTREGUERRAS (1919-1939)

Durante a trégua de vinte anos que ocorreu entre aPrimeira e a Segunda Guerra Mundial, a Europa conheceu,

sob o ponto de vista geográfico, um período relativamenteestável. A não ser os territórios submetidos a plebiscito(Sarre, Schleswig-Holstein, Alta Silésia, Prússia Oriental, oBurgenland),deram-se algumas anexações imprevistas nostratados (Fiúme, Vilna) e por fim as incorporações hitleria-nas (Áustria, sudetos).

As principais modificações efetuadas pelos tratados depaz foram as seguintes:

O Tratado de Versalhes restituiu â França a Alsácia-Lo-rena, que" lhe tinha sido retirada pelo Tratado de Francfortde 1871. 0 Schleswig-Holstein devolvido à Dinamarcanão foi aceito em sua totalidade: a Dinamarca só quis ficarcom o Schleswig do Norte por meio de plebiscito; o do Sulpossufa alemães e iria lhe trazer muitas dificuldades. APolônia, tantas vezes desmembrada, foi reconstituída, ficando, porém, o chamado Corredor de Dantzig entre terras prussianas. A cidade de Dantzig, por sua vez, ficousendo cidade livre, sob o controle da Liga das Nações.

O Tratado de Saint-Germain reduziu a Áustria a seuselementos germânicos, entregando à Itália o Trentino e aÍstria; à Iugoslávia (então chamado Reino dos Sérvios,Croatas e Eslovenos) eram cedidas a Eslovênia e a Dalmá-cia, a Croácia e a Bósnia-Herzegovina. A Polônia recebeu aGalícia de volta e a Romênia adquiriu a Bucovina. Ficava aÁustria reduzida a 83.850 km2 e formava-se, â custa deseus domínios tchecos, um novo Estado, a Tchecoslová-quia.

O Tratado de Neuilly impunha â Bulgária a restituição aseus vizinhos de todos os territórios de etnia não-búlgara, asaber: o Sul da Dobrudja à Romênia; a Trácia, de Cavala, àGrécia; o Sudeste da Macedônia à Iugoslávia. O Tratadotornava o Danúbio rio internacional.

O Tratado de Trianon reduziu a Hungria a um terço de

sua superfície de 1914. Cedia a Croácia, a Eslováquia e aRutênia à Tchecoslováquia e a Transilvânia à Romênia. Eradividido o Banato de Temesvar.

0 Tratado de Sèvres, imposto à Turquia, não foi aceitopelo gov erno de Ancara e, em 192 5, foi assinado o Trata do de Lausanne. As perdas turcas eram todas em setoresasiáticos (Arábia, Mesopotâmia, Palestina, ilhas do Egeu).

Estes tratados, assinados todos em subúrbios de Paris,confirmavam apenas, a maior parte das vezes, situaçõescriadas durante o conflito. Nenhum foi recebido sem resis-tência pelos signatários vencidos e deles resultou, em parte, a Segunda Guerra Mundial.

Um mapa de 1960, isto é, um mapa geográfico da atualidade, traçaforçosamente limites na Europa Central que ainda não foram definitivamente fixados. Semelhante mapa, de fato, não seria muito diferente domapa de 1939 ai representado, visto que as modificações mais importantes se deram apenas em territórios da Europa Oriental (absorção da

Estônia, da Letônia, da Lituânia, de Viborg, da Bukovina, da RússiaBranca, até Brest Litovsk, e da Bessarábia pela Rússia). Todas essasalterações, aliás, são registradas nos mapas regionais que seguem.

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AÁSIA MODERNA

Os mapas representam territórios doExtremo Oriente, que nos tempos modernos, isto é, nos séculos XIX e XX, sofreramalterações políticas, mudando do domíniode uma nação para outra. A apresentaçãodas fronteiras himalaianas permite colocar o estado atual (1959) da índia, doPaquistão, do Nepal e do Butâo. A coloração neutra salienta a posição de Caxemirae Jammu.

O mapa relativo à Indonésia indica aposição da nova República, criada em1945. Unida aos Países Baixos em 1949,pela Mesa-Redonda de Haia, foi definitivamente separada em 1956. Ainda conservavam os holandeses a parte ocidentalda Nova Guiné. Na península de Malaca,a Federação Malaia (capital em Kuala--Lumpur) tornou-se Estado soberano daComunidade das Nações Britânicas, em1957. Singapura já tinha ficado "colôniada Coroa" desde 1946, data em que foradissolvida a colônia dos Straits Settle-ments. O Bornéu do Norte, antigo prote-torado britânico, também passou a ser,em 1946, como Sarawak, "colônia da

Coroa".A importância que deram ao Japão mo

derno suas guerras de 1894 e 1904 contra a China e contra a Rússia torna conveniente seguir-lhe na Coréia e no mar daChina os principais episódios: passagemdo rio Yalu, desembarque em Takusshan ePitsevo, sitio e tomada de Porto Artur,batalhas de Mukden e de Liao-Yang; noestreito, batalha naval de Tsushima. NoSul do Japão, Simonosaki lembra o tratado que lá foi assinado no fim da guerrachinesa (1895). No mapa da formaçãoterritorial do Japão acham-se indicadasas principais aquisições japonesas desde1875 (Kurilas, Riu-Kiu, Sakalina, Formo

sa, Porto Artur e os mandatos no Pacifico). Em seguida à guerra sino-japonesa,as potências européias conseguiram

ocupar também territórios chineses. ARússia czarista obteve Porto Artur (queperdeu em 1905); da intervenção alemãresultou a ocupação de Kiau-tcheú, noChantung (1898). Wei-hai-wei, na mesmapenínsula, foi cedida à Grã-Bretanha, quea restituiu em 1930. À França coube, em1898, ocupara baía de Kuang-tcheú (mapa da China), cujo porto estava abertodesde 1876.

A situação da China, no século XIX, éexaminada no mapa que marca as datasde abertura dos portos chineses ao comércio internacional. A China é apresentada com as regiões que faziam parte doseu império, no tempo da dinastia mand-chu: Tibet, Sin-Kiang, Mongólia, Mand-chúria. A área delimitada na China própriaindica aproximadamente o território emque se deu a Revolta dos Taipings.

A imprecisão dos limites setentrionais eorientais do Tibet (serra do Kuen Lun)eqüivale â indecisão de sua situação política entre as nações. Os tratados de limites concluídos com a China (1870, 1914)nunca foram aceitos por Lhassa. Seguindo a tradição da China Imperial, a ChinaRepublicana sempre procurou reduzir o Tibet à categoria de província. Invadido pe

las forças da China Popular, o Tibet apelou para as Nações Unidas sem resultado(1950).

A 23 de maio de 1951 foi assinado emPequim um tratado sino-tibetano em virtude do qual foram entregues â China asrelações exteriores e a defesa do Tibet,deixando ao dalai-lama o cuidado da política interna.

Este soberano tibetano tomou parte noprimeiro Congresso Nacional Chinês em1954. Foi criada uma comissão preparatória para a autonomia tibetana, cujo trabalho foi adiado por seis anos, em 1957.Em 1964 foram destituídos os lamas eem 1965 o Tibet foi reconhecido "regiãoautônoma" com regime administrativoidêntico ao da Mongólia Interior. (Vejamapa p. 138.)

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ÁSIA CONTEMPORÂNEA (1863-1913-1959)

O objetivo principal destes mapas da Ásia é mostrar asfases sucessivas da ocupação européia no continente. Nomapa relativo aos séculos XVI e XVII são indicadas as posições ocupadas pelos portugueses (Mascate, Goa, Calecute,Ceilâo, Malaca, Macau e ilhas de Sonda). Em seguida, asdatas em azul marcam os pontos em que foram substituídaspelos holandeses, no século XVII. Naqueles séculos continua ram imprecisos os limites dos maiores Estados asiáticos, como a China dos Ming, o Império Mogol e a Pérsia. No Nortedo continente, as datas permitem seguir os progressos daexpansão russa pela Sibéria.

Já no século XIX (segundo mapa geral) observam-se condições muito diferentes. Na época da abertura dos portos daChina e do Japão operou-se um verdadeiro desmembramento do Extremo Oriente. A índia pertencia então à Grã-Bretanha; a França havia se apoderado da metade da penínsulaindochinesa; os holandeses e portugueses conservavam, ainda, boa parte de suas colônias dos séculos passados. Grandenúmero de portos era ocupado pelos europeus — britânicos,franceses e alemães, principalmente.

Os encartes permitem localizar mais claramente os pontosde ocupação escolhidos. No golfo de Petchilli: Porto Arturconquistado aos russos pelo Japão, e Wei-hai-Wei, ocupadopelos britânicos (1898); Kiau-tcheú, no Chantung, foi ocupado pelos alemães, como indenização pelo massacre de doismissionários. O outro encarte localiza as possessões estrangeiras no Sul da China: franceses, portugueses, britânicos e

  japoneses dominam o mar da China Meridional.

0 mapa relativo a 1959 representa uma Ásia que duasgrandes guerras modificaram consideravelmente. A não serPortugal e a Grã-Bretanha, todos os países colonizadoresabriram mão de suas possessões. Não há mais portos franceses na índia, pois todos os cinco foram restituídos. 0 Vietnãforma hoje dois Estados: Vietnã do Norte e Vietnã do Sul. ABirmânia separou-se da Grã-Bretanha; a Indonésia érepública; o mesmo se dá com a Coréia, embora dividida; a

Mongólia é igualmente independente; a Mandchúria foi devolvida à China, mas o Tibet é problema. Na índia, as comunidades muçulmanas constituíram o Estado bipartido do Paquistão.

Um encarte relativo à Pérsia, atual Irã, permite determinaro que foi a realidade política de 1906, quando a Grã-Bretanhae a Rússia, em conflito de interesses na Ásia, precisaram ligar--se para resolver questões internacionais na Europa.

Finalmente, um outro encarte representa um episódio dahistória dos árabes, na primeira parte do século XIX: o Sulta-nato de Oman, que se estendia nas duas margens do golfoPérsico, possuindo terras africanas até Zanzibar.

Situações mais ou menos transitórias se apresentam nosmovimentos de unificação e de integração nacional em certospaíses asiáticos. 0 fator geopolítico, determinado por ideologias em conflito, supera o fator de unidade geográfica natural,impondo uma divisão artificial. É o caso dos Vietnãs do Norte

e do Sul, das Coréias do Norte e do Sul e das duas Chinas:Formosa e Popular.

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ESTADOS ÁRABES

Em fevereiro de 1513, Afonso de Albuquerque não conseguiratomar Áden em virtude de as "escadas se terem quebrado naescalada" (Antônio G. Matoso). Já em 1538, os turcos ocupavameste ponto estratégico, vizinho da salda do mar Vermelho (Bab-elMandeb). Áden é, ainda hoje, importante escala no caminho das

índias, como porto de reabastecimento, fazendo parte da Comunidade Britânica.Isto porque, trezentos anos após a conquista turca, em 1839, a

Inglaterra anexou Áden, ocupando a ilha de Perim (1857), conse-uindo assim o controle marítimo da navegação entre o Egito e andia. A abertura do canal de Suez deu grande importância comer

ciai ao porto, cuja zona de influência se foi estendendo através dointerior montanhoso da península, entre o lêmen e o Sultanato deOman (Mascate).

O Centro da Península Arábica, em grande parte desértica,constitui a chamada Arábia Saudita, por ter sido formada aos poucos por Abdul Aziz Al Saud, rei do Hedjaz. A delimitação de seusterritórios foi efetuada com o lêmen (1937), com o Kuwait (1942)e com a Jordânia (1962).

Na vertente do golfo Pérsico estão localizados vários Estadosárabes, entre outros o Kuwait, o Bahrein, o Katar, que enriquece

ram os seus respectivos governos com as reservas de petróleoconsideráveis em seus territórios. Na parte meridional do golfo, o

litoral é ocupad o pelos sete "Estados da Trég ua" (Dub ai. ShaAjisman, Abu Dhabi etc), assim denominados em virtude da Tgua Marítima Perpétua que assinaram em 1853 com a Inglatecomprometendo-se a não mais hostilizar a East índia Compaconformando sua política exterior às diretrizes inglesas.

Quanto ao lêmen, ocupado pelos egípcios e turcos desde o cio do século XIX, conseguiu, graças à intervenção britân

libertar-se do domínio turco, fixando suas fronteiras em 19Com a derrota turca na Primeira Guerra Mundial, os iemenalargaram seus domínios mas tiveram que tratar desta feita comArábia Saudita. Por sua vez, a Inglaterra adquirira, para Áden,ilhas Karaman (sem mencioná-las no tratado de paz), conseguido Oman as ilhas Kuria Muria — que restituiria em 1967.

A fim de tornar mais eficiente a administração britânica nesregiões arábicas e associá-las a sua colônia de Áden, foram ornizadas várias formas políticas sucessivamente. Assim sendoProtetorado de Áden foi substituído pelo Protetorado da ArábiaSul, agrupando vários Estados. Em 1960 era criada a Federada Arábia do Sul, incluindo Áden, mas excluindo outros protetodos e ilhas. A independência estava marcada para 1968, maoposição do povo de Áden, temendo cair o poder entre Estadotribos do interior, organizou uma revolta e os distúrbios levaramidéia ao esquecimento. Mas a solução política sobreviria em 19o conjunto dos Estados do Sul arábico, Áden e o lêmen con

tuíram a República do lêmen do Sul.

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ÁSIA CENTRAL SOVIÉTICA

Desde o século XVIII, a Rússia havia entrado em relações comos príncipes locais das regiões da Ásia Central situadas a leste domar Cáspio. S6 no século XIX foi, porém, chamada a atenção dosrussos para estas planícies semidesérticas aos pés da serra do Tur-questâo, onde se criavam bovinos e bichos-da-seda e se cultivavao fumo e cânhamo; nas serras estavam as afamadas minas deouro.

A partir de 1834, o Governo russo cuidou da ocupação do litoral

oriental do Cáspio, fazendo em seguida a malograda tentativa contra o Canato de Kiva (1839). A ação militar russa havia sido destinada a assegurar as comunicações entre o forte de Orenburgo (norio Ural) e o forte de Omsk na região ocupada pelos cossacos. Noentanto, esta estrada da Sibéria se achava sob freqüentes incursões dos nômades agressivos.

Esta tentativa russa despertou a atenção da Inglaterra, já queseus domínios indianos e o Afganistão se encontravam nas vizinhanças dos Canatos de Kiva, Bokara e Khokand.

A Guerra da Criméia fez a Rússia adiar um pouco sua penetra

ção planejada para consolidar suas fronteiras siberianas do SulCresciam, porém, as necessidades russas de algodão, linho

outros recursos do Turquestão para suas fábricas. Daí haverem

recomeçado em 1865 as tentativas russas com a ocupação oconquista de Tachkent (1865), de Bokara (1866) e da velhacidade imperial de Samarkanda, capital de Tamerlan e antigo centro intelectual da Ásia Central (1868); Kiva caía em 1873, seguidpor Khokand em 1876. Finalmente, o General Skobeler tomou dassalto a fortaleza de Gock-Tepe no Tukmenistão (1881)enquanto o oásis de Merv era ocupado em 1884. Por fim, a RússiaSoviética substituiu os canatos e emiratos sob a soberania russa eredistribuiu sobre bases nacionais os territórios do Turquestão emcinco Repúblicas Socialistas Soviéticas (1924).

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A ÁSIA EM 1967

A Ásia é, politicamente, um continente velho. Adotoumecanismos do Ocidente na Era Contemporânea, emborao Ocidente muito tenha ficado a lhe dever as invençõesque aperfeiçoou na Idade Moderna.

A Ásia foi sede de civilizações que os ocidentais desconheciam, tendo sido o seu comércio o mais antigo do

mundo. Só no século passado começou a se fechar ohiato entre o Ocidente e o Extremo Oriente; hoje, isto

constitui a principal ameaça que a geopolítica reservou amundo civilizado.

Em vez de adaptar suas iniciativas a uma compreensivcolaboração, a expansão dos ocidentais na Ásia apresetou-se sob forma de dominação colonial, amparada pforças armadas ainda desconhecidas pelos orientaAbriu-se o século XX com a revelação do desacordo ento Leste e o Oeste e a resistência oriental transformando-sem nacionalismo do tipo ocidental.

Na hora presente, a Ásia é o maior dos continente

povoado por 1 bilhão 790 milhões de habitantes. Atéinício do século atual, os russos cuidaram exclusivamen

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da expansão no setor norte, chamado Sibéria; do setor sul,nas penínsulas e áreas monçônicas, ocuparam-se os europeus ocidentais (portugueses, holandeses, ingleses e franceses). Para estes últimos foi mais difícil a tarefa pelo fatode aportarem em terras superpovoadas. No entanto, oscolonizadores não chegaram a fórmulas de cooperaçãopermanente. Daí os problemas que se vêm multiplicandono "Crescente Marginal Externo do Heart-land" (China,Indochina, Índia, Arábia etc).

0 problema fundamental é o simples fato de 53% dahumanidade (estabelecida na Ásia) disporem apenas de

10% da renda mundial. Tal fato define a pobreza do continente, explicando o seu subdesenvolvimento. Daí as tentativas de adoção de tipos de economia socialista em certopaíses do continente. Em muitos setores, as transformações são rápidas, embora acarretem problemas políticos, jáque nem todos os ocidentais parecem se desinteressar doproblemas da Ásia.

Os encartes do mapa incluem dois casos: a posição dHong-Kong e Macau em relação a Cantão na China comunista; e a posição de Formosa, bastião chinês da democracia.

B A N G L A D E S H(República de Bengala)

0 contraste econômico, as diferenças étnico-sociais e grande distância que separavam as duas regiões dPaquistão foram fatores da oposição que vinham se acentuando desde a independência proclamada em 1956. Emfins de 1971, passaram estes fatores a determinar umestado de guerra. Aos projetos de "autonomia" foi opostum plano de "separação". Por ocasião das grandeenchentes das regiões dos Sandarbans, milhões de bengaleses se refugiaram na índia, o que determinou a intervenção deste país em favor da independência do PaquistãOriental.

A situação se tornando internacional, a Rússia, de acodo com a índia, manifestou-se a favor de uma Benga

independente, enquanto a China favorecia a causa do Paquistão Ocidental. 0 caso não teve maiores conseqüênciainternacionais e por fim, depois de lutas internas, foi proclamada a independência do Bangla-Desh, que a UniãSoviética reconheceu a 24 de janeiro de 1972. 0 mesmvão fazendo as diferentes nações durante os meses seguintes.

0 território desta república bengalesa é formado de pate das províncias indianas de Bengala e de Assam. Susuperfície é de 143.000 quilômetros quadrados, povoadopor mais de 50 milhões de habitantes.

ÁREAS SOB CONTROLE DE ISRAEL (1967)

A instabilidade política de Israel nada mais é do que umdos aspectos das crises sucessivas por que passa o Oriente Médio, na atualidade. Havendo, além disso, a agravante: os árabes de um lado, alegando sua maioria étnica e opredomínio absoluto da Idade Média; os israelenses, afirmando, por sua vez, que já é tempo de manterem a 'TerraPrometida", herdada de seus antepassados que há maisde 4.000 anos aí se instalaram sob o comando de Abraão.

Israel, nascido no ano de 1948, é um pequeno paísisolado no meio de uma multidão de inimigos, representados pelos países árabes que não o aceitam como umarealidade política.

0 fechamento do canal de Suez aos navios israelenses,

ao lado de vários incidentes de fronteira, levou à luta oEgito e Israel, ocasionando a intervenção franco-britânica.Durante esta guerra de 1956, Israel invadiu a península doSinai, de onde retirou suas tropas no ano seguinte, graçasà intervenção da ONU. Dez anos depois (1967) começavanova guerra; desta vez, além de ocupar a estratégica península do Sinai, as conquistas israelenses triplicaram-lheo território primitivo, englobando também o enclave jorda-niano a oeste do rio Jordão, zona de operação das basesguerrilheiras do país vizinho inimigo.

Nesta área, subtraída a Jordânia, destaca-se a cidadesanta de Jerusalém, dividida em parte velha e parte nova.Ocupada pelos israelenses, foi abolida a divisão, com ademolição das muralhas e o levantamento de todas asrestrições ao acesso de ambos os setores. Proclamada a"reunificação irrevogável", deixava Jerusalém de ser fron

teira militar, ficando livre ao acesso de fiéis de todas asreligiões.

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A GUERRA DO PACÍFICO(Segunda Guerra Mundial)

O inesperado ataque a Pearl Harbor(7 de dezembro de 1941) foi seguido pelarápida conquista da Birmânia pelos japoneses já em guerra com a China, queocupavam em parte. Cedo também foi levada a efeito a ocupação da Indochina, daTailândia e da Malásia. Em dezembro de19 41 , isto é, cem anos depois de cedido àInglaterra (1842), era tomado o grandecentro comercial de Hong-Kong. O nãomenos importante porto de Singapuracaiu nas mãos dos japoneses a 1 5 de fevereiro de 1942, privando-se, assim, aGrã-Bretanha de sua maior base estratégica no Sudeste asiático. Aproveitando asua superioridade naval do momento, oJapão ocupou sucessivamente as ilhasGuam, Wake, as de Salomão e, no Pacifico Norte, as ilhas Aleútas. Em janeiro de1942, já tinham sido ocupadas as ilhasholandesas Bornéu, Java, Sumatra e ou tras. Nas Filipinas, os japoneses encontraram a forte resistência da pequena guar-nição de Corregidor (abril de 1942). Sob odomínio japonês havia, pois, países sobprotetorado (Mandchúria, Birmânia, Filipinas), colônias sem metrópole (Indochina)e territórios de explotaçâo, economia deimportância estratégica (Indonésia, Malásia).

Ainda no primeiro ano de conflito, oJapão sofreu dois reveses: a sua tentativa

contra a ilha de Midway e a derrota aeronaval do Mar de Coral. A ocupação detoda a ilha da Nova Guiné e das ilhasSalomão visava, principalmente, à Austrália, mas, no Mar de Coral, a reconquistaamericana de Guadalcanal deu a contra-ofensiva americana em base naval importante.

Em principio de 1943, Washington elaborou um plano estratégico, que foi aplicado com segurança e precisão. Consistiaem reconquistar a Birmânia com o auxiliochinês, pela famosa Estrada da Birmâniae, em segundo lugar, efetuar a OperaçãoTorquês, partindo da Nova Guiné para asFilipinas e partindo das ilhas Marianas eMarshall para o próprio Japão. De fato

em saltos sucessivos da ilha Gilbert paraa ilha Marshall, desta para Saipan, alcançada em julho de 1944, partiram os americanos para as suas vitórias de Okinawaem janeiro de 1945, e de Iwashima, emmarço do mesmo ano. A reconquista dasFilipinas havia aniquilado a marinha japonesa, e a defesa do Japão se tornava difícil. No continente perdia também a Birmânia.

De Potsdam, onde conferenciavam osaliados, recebeu o chefe das forças americanas a ordem de empregar a bombaatômica contra as ilhas japonesas. Deram-se então, a 6 e 9 de agosto de 1945as operações de Hiroshima e de Nagasaki.

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OS DOIS VIETNÃS

A Tailândia, o Camboja, o Laos e osdois Vietnãs constituem a chamada Indochina, isto é, uma das três grandes penínsulas da Ásia intertropical. O nome quelhe foi atribuído pelos geógrafos caracteriza a região intermediária entre a Índia e aChina, e explica também as duas correntes étnicas que nelas se encontram: acorrente mongólica do Norte e a correnteindonésia do Sul. A existência de doisVietnãs mais ou menos distintos atravésda sua história não deixa de ser representada nos tempos modernos pelo Tonquime pelo Anam, formado este último de população malaio-polinésia indianizada. 0Vietnã do Norte ou Tonquim foi conquistado pelos chineses no tempo da dinastiaHan. Aos poucos, os vietnamitas do Norteforam descendo para o Sul; o século XVIImarcou a longa fase das lutas entre Norte

e Sul, que venceu auxiliado pelos portugueses. 0 século XIX foi ilustrado pelosimperadores, como Gia-Long e Tu-Duc,que tiveram de ceder aos necessários pro-tetorados franceses depois de 1860, apesar de repetidas tentativas para obter dosuserano chinês intervenção mais ativacontra os "bárbaros do Ocidente".

A colonização francesa ficou efetiva depois de 1885 (Tratado de Tien-Sur) e estabeleceu uma união indochinesa com oCamboja, o Tonquim e o Anam. Ocupada a península pelos japoneses, durante aSegunda Guerra Mundial, foi restitufda âFrança em 1945. Não chegou a durardois anos a nova colonização francesa,que, depois de vários regimes (imperial erepublicano), acabou em Dien-Bien-Fu,em 1954, com a retirada final da Françaem 1956.

Naquele mesmo ano de 1954, a Conferência de Genebra separou as duas repúblicas vietnamitas.

O Governo de Hanói ficou sob a autoridade de Ho-Chi-Min, e o governo sulistade Saigon coube a Ngo-Din-Dien, que sofreu a oposição dos budistas, dos nacionalistas e dos comunistas, e, finalmente,foi assassinado (1963). Com a instabilidade reinante no Sul e o não cumprimentodas eleições prometidas em Genebra, ogoverno dos Estados Unidos julgou oportuno a intervenção militar para auxiliar o

governo de Saigon na sua luta contra oVietcong. É esta a ala militar da FrenteNacional de Libertação, organizada em

1960, destinada a promover, no Vietnãdo Sul, uma luta nacionalista em vista deuma solução unificadora dos Vietnãs, masde tipo socialista.

O fato de serem numerosos os gruposvietcongs estabelecidos nos campos e cidades sulistas tornou a resistência ás forças americanas estrategicamente mais fácil, não só com o auxílio patente do Norte,como também com os recursos enviadospor Estados comunistas.

A Guerra do Vietnã tornou-se uma dasquestões vitais da política internacional. Asua duração e a sua violência ultrapassaram todas as expectativas. Paris reuniu os

representantes das potências em conflitopara fixar as bases de uma paz na península indochinesa.

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DUAS CORÉIAS

Depois de ter estado, durante séculos,sob a suserania da China, o Reino da Coréia, um dos maiores fatores de cultura doExtremo Oriente, passou para o domínio

  japonês (1905) e constituiu colônia doJapão durante 35 anos (1910-1945).

Quando se deu a retirada das forças  japonesas da península, no fim da Segunda Guerra Mundial, em conformidadecom uma decisão tomada em Yalta, osEstados Unidos e a Rússia se incumbiramde preparar a Coréia para a vida internacional independente. A comissão mista

russo-americana discutiu as condições políticas da unidade prometida aos coreanos, mas as forças de ambos os países,obedecendo ao acordo de Potsdam, respeitaram o paralelo de 38° para ocuparrespectivamente o Norte e o Sul do país.Os russos, pela sua vizinhança siberiana elimítrofe, desde os tempos dos czares, tinham-se interessado pelos recursos daCoréia. A eles Coube a ocupação do Norte. Aos americanos muito longe de suasbuscas estratégicas, coube a ocupação doSul.

As dificuldades de se chegar a uma solução definitiva do caso coreano, acabaram levando as Nações Unidas a discutir

as medidas a serem tomadas em relaçãoaos dois Estados em formação. Surgiram,então, muitas sugestões, destacando-seas da índia e do Egito, mas sem resultados práticos.

Em junho de 1950, incidentes da fronteira provocaram a entrada de forças nortistas no território sulista. 0 Conselho deSegurança das Nações Unidas declarou oNorte agressor e, com a ausência temporária do representante soviético, decidiu aintervenção internacional. Em outubro, asforças americanas e as forças simbólicasde quinze nações, sob o comando do General Mac Arthur, atravessaram o paralelode 38°. Em ofensiva rápida, porém, oscoreanos do Norte já haviam tomado

Seul, a capital do Sul. Com maiores reforços, Mac Arthur desembarcou em Inchon,recapturou Seul e invadiu o Norte até a

linha do rio Yalu, em rápida contra-ofensiva.

Inesperadamente, abriu-se, então, a segunda fase da Guerra da Coréia com aintervenção de trezentos mil voluntárioschineses. Entrava assim, pela primeiravez, na cena internacional, a China comunista, agravando o desacordo entre Este eOeste. Rápida também foi então a invasão da Coréia do Sul, e chegou a tornar-se crítica a posição dos americanos e su

listas.O General Mac Arthur julgou que havia

chegado a hora de, dispondo de armas

superiores e bombas atômicas, atacar diretamente a China. Este plano causouapreensões entre as potências ocidentais,

e sua intervenção diplomática levou presidente dos Estados Unidos a substuir o chefe americano das forças na Coréia do Sul. O delegado soviético nas Nações Unidas sugeriu um armistício que faceito, em princípio, e novas negociaçõeforam entabuladas em Kaesong, sem resultados. Nas conferências ulteriores dPanmunjon chegou-se, finalmente, ao amistício de 1953. A Coréia ficou divididem duas Repúblicas: a do Norte ou Repblica Popular, com mais de 12 milhõede habitantes, e a do Sul, "Han Kookcom cerca de 30 milhões de habitante

Ambas têm sido auxiliadas pelos seus repectivos aliados para a reestruturaçãeconômica do país.

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PAÍSES DO INDO-PACÍFICO

Na região onde geograficamente se encontram o Indico e o Pacifico formaram--se, depois da Segunda Guerra Mundial,três unidades políticas: a Indonésia(1949), a Federação Malaia (1963) e aRepública de Singapura (1965).

A Indonésia, pais insular, formado porinúmeras ilhas que se estendem de Lestepara Oeste nas proximidades do equador,foi bastante visitada quando das grandesnavegações que caracterizaram o inicioda Idade Moderna. Ocupadas essas ilhaspelos muçulmanos dos séculos XIII e XV,viram nascer na centúria seguinte os estabelecimentos comerciais portugueses, su

plantados em 1595 pelos dos holandesesque se expandiam através da Companhiadas Índias Orientais. Não constituíammais uma unidade geográfica sob o pontode vista étnico, já que, quando da chegada dos europeus, grupos diversos (australianos, negritos e malaios) partilhavam oarquipélago em lutas internas.

O monopólio comercial imposto pelosholandeses levou alguns comerciantes indígenas a se agruparem no Partido Nacionalista Indonésio (1927). A xenofobia holandesa e a invasão japonesa durante aSegunda Guerra Mundial precipitaram omovimento de emancipação. A formaçãoinicial republicana, as ambições partidárias e a conseqüente divisão do exército

passaram a provocar uma série de revoluções neste país. Nenhuma tradição apro

xima as diversas ilhas que formam a atualIndonésia; nem mesmo uma língua comum possuem, embora o poder centraltenha procurado forjar o idioma indonésio, aproveitando peças dos 25 idiomas e250 dialetos falados no arquipélago; osinteresses muitas vezes se opõem — Ja-va, a mais habitada, com dois terços dapopulação geral, necessita para seu abastecimento das outras ilhas, entre as quaisSumatra, que exporta em contrabando para escapar às pesadas taxas que lhe impõe o poder central de Djacarta.

Após a independência, a Íria ou NovaGuiné Ocidental ficaria ainda em poder daHolanda, embora o governo indonésio

houvesse declarado que não abriria mãodo território; inúmeras conversações levaram-na finalmente a anexar-se à Indonésia (1963).

A Federação Malaia, também ocupadapelos portugueses (1511), holandeses(1641) e finalmente ingleses (1795), foium dos pontos invadidos pelos japonesesdurante a Segunda Guerra Mundial. Falta--lhe o sentido de unidade, tanto do pontode vista histórico como geográfico. Independentes, dentro da Comunidade Britânica (1957), aceitaram posteriormenteformar uma federação com a península deMalaca, o Sarawak ou Bornéu do Norte eo Estado de Singapura (1963). Tal federação durou apenas dois anos, já que Sin

gapura se separava para formar uma república, em 1965.

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A EUROPA MODERNA I

A parte superior do mapa representa aFrança de 1789, em vésperas da Revolução. Acham-se indicadas as provínciascom suas respectivas capitais. Adminis

trativamente, o país se achava divididoem "generalidades" (généralités). As duascores, porém, indicam uma distinção queperdurou muito tempo: os denominados"pays d'Élection s", e os 'pays d'États" .No primeiro caso, as províncias possuíamum tribunal de "eleitos"; no segundo,mantinham "Estados", com Parlamento,como era o caso em Arras, Metz, Dijon,Besançon, Grenoble, Aix, Tolouse, Perpig-nan Pau e Rennes. Em territórios de eleição, havia também Parlamentos: Ruão eBordéus. A distinção era principalmentefiscal, para coleta de impostos e alfândegas. Os Parlamentos, antes de 1789,eram tribunais e não assembléias legislativas como são atualmente.

Os quatro encartes laterais demonstram de que modo foram adquiridos oslimites orientais da França Moderna. Trêsdestes encartes indicam os resultados dostratados de 1659, 1668 e 1678. É curioso verificar como a diplomacia de LuísXIV criava cada vez mais "pontes territoriais" no país vencido, para mais tarde,em nova ofensiva, retificar proveitosamente a linha de fronteira. O encartemaior localiza as incorporações principais,no Norte, no Franco-Condado e na Alsá-cia. Quanto à Lorena, foi herdada por LuísXV de seu sogro, o Rei Estanislau, da Polônia, destronado em 1737 e falecido, em1766, como Duque de Lorena.

Na parte inferior do mapa é reconstituído graficamente o Império Austro-Húnga-ro dos Habsburgo, nos tempos modernos. As datas indicam as épocas em quese deram as aquisições territoriais, e asdatas que vôm em segundo lugar marcamos sucessivos desmembramentos, até1914 somente. De fato, daí por diante, osterritórios do Império, repartidos pelo Tratado de Saint-Germain (1919), constituíram países independentes com as nacionalidades que o Império Habsburguês havia dominado. A nova Áustria, isolada, ficou reduzida a 84.000 km 2 de superfície.(Veja mapa p. 148.)

Poucos países viveram na História Moderna episódios mais dramáticos do que a

Polônia, aqui representada em cinco encartes.

O primeiro e maior destes encartes tempor objeto mostrar como foram efetuadas,no século XVIII, as três partilhas da Polônia (1772, 1792 e 1795). A Prússia deFrederico II anexou as províncias mais povoadas e desenvolvidas; a Rússia incorporou os mais extensos territórios (antigaLituânia, Rússia Branca e Rússia Pequena, Volínia, Podólia etc). Quanto á Áustria, ficou discretamente alheia à segundapartilha de 1792. Nos quatros encartesmenores, para maior clareza, não foramrepetidos os nomes de rios. Observam-seos avatares da Polônia, restabelecida, eli

minada, novamente ressurgida e finalmente fixada em sua posição geográficaatual.

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EUROPA CENTRAL

Por mais importante que tenham sidoos acontecimentos extra-europeus durante o século de 1848-1948, deve-se reconhecer que a evolução da política internacional se deu em função da história daMittel-Europa, isto é, dos Estados da Europa Central. A própria expansão colonialista, bem como o imperialismo britânico,tào reputado, não deixaram de sofrer o

controle da Mittel-Europa (Conferência deBerlim — 1884-1885). Foi aquele séculomarcado pela preponderância germânica,obra de Bismarck, alcançando seu apogeuem 1900, para, em seguida, ser derrubadae, depois da aventura hitleriana, ser destruída ao ponto de desaparecer a Prússia,tida como causadora do regime de pazarmada que tão profundamente modificou a política internacional, a diplomaciae as próprias economias nacionais.

0 mapa procura retratar, em um sóquadro, os avatares sucessivos pelosquais passou a Europa Central durante asua fase de maiores e mais inesperadasalterações.

Fisicamente, esta Mittel-Europa, comos seis ou sete Estados, que nela podemser incluídos, é de blocos centrais antigos,erodidos e recortados com uma barreiramontanhosa mais recente no Sul, correspondendo aos Alpes, e uma planície gla-cial ao Norte, onde os rios se comunicampor canais, traçados pelas morainas terminais do Terciário.

Esta estrutura física constituiu sistemahidrográfico, que impôs às migrações epor fim aos sedentários a história dasAlemanhas no mundo moderno. De fato,essa história se acha integralmente determinada pelo Elba e pelo Oder, em seguida pelo Danúbio e pelo Reno e finalmentepelo Vístula. Em cada uma dessas bacias

fluviais é fácil traçar a narrativa dos grandes acontecimentos da Europa Centralatravés dos tempos. São outras tantas fases da Geopolítica que, segundo as épocas, as vizinhanças e as forças políticasinternas, ditaram os destinos dessesacontecimentos.

Primitivamente é entre o Elba e o Oderque se localizam as populações germânicas na Saxônia e no Brandeburgo. A atração das planícies leva as Hansiáticas e osCavaleiros Teutônicos para o NordesteBáltico e para o Vístula. Surgindo a Prússia, Frederico II investe contra a Áustria eocupa toda a bacia do Oder (Silésia). Pouco depois, a Revolução Francesa fez comque a Alemanha se interessasse pelo Reno: o Wacht am Rhein  é o leitmotiv doséculo XIX, acabando, em Sedan, com o

próprio Napoleão IM. Antes, porém, já tinha sido visado o Danúbio, mas (receioprudente da Prússia vitoriosa em Sadowa),à incorporação da Áustria, foi substituídoo Drang mach Osten, fórmula pangermâ-nica para alcançar o golfo Pérsico. Aocomeçar o século XX, os interesses econômicos e coloniais da Grã-Bretanha, odesejo francês de desforra, as ambiçõesbalcânicas da Rússia combinam com anecessidade de "espaço vital" das Alemanhas, e o resultado dos conflitos feridos,

entretanto, fora do território alemão, é batido e fixado em Versalhes.

Quandos os alemães se convenceramque não haviam sido vencidos, mas tdos, Adolfo Mitler, na sua prisão de Lanbey, apresentou-lhes no "Mein Kamum programa de ação para recuperahegemonia na Europa. A Áustria-Hungdesmembrada não era mais o Impériofiel aliado mas três nações novas, ampmente dotadas de Deutschtum, isto é,populações alemãs. Daí a necessidade

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fazer coincidir o território alemão (Volks- boden) com a cultura alemã (Kulturbo- den). As negociações diplomáticas queprecederam a iniciativa belicosa foram ob

  jeto de críticas severas, mas o sucessomilitar foi inesperado, rápido e total. Entre1935 e 1939 já tinham sido efetuadas asanexações preliminares que determinaram a Europa a reagir.

0 Anschluss, ou união com a Áustria,foi efetuado apesar da proibição de 1920.Foram anexadas os sudetos que Versa

lhes havia recusado à Alemanha vencida,foram ocupadas as cidades de Memel ede Dantzig com seu "corredor". Além disso, março de 1939 marcou o Protetoradoda Boêmia-Morávia e a autonomia da Eslováquia, por serem lá mais raras as comunidades alemãs. Por fim, a cooperação daHungria foi paga por cessões territoriaisda Eslováquia e da Rutênia.

Terminada a Segunda Guerra Mundial,a Alemanha ocupada foi dividida em quatro zonas de ocupação entre a Grã-Breta

nha, os Estados Unidos, a França e a UniãoSoviética. Desaparecendo a Prússia, seuterritório foi ocupado pela Polônia e pelaRússia. A Alemanha Oriental foi transformada em República Democrática Alemã,e a Alemanha Ocidental tornou-se República Federal Alemã. As três zonas deocupação desta última, indicadas pelas letras A (americana), B (britânica) e F (francesa), foram evacuadas pelos aliados ocidentais, de acordo com a Revogação doEstatuto de Ocupação de 1955.

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TRIESTE E A lSTRIA

Poucas regiões tiveram mais variada história territorial do que a ísa triangular península do Noroeste do Adriático. Conquistada em 1 77 pelos romanos, foi feita "marca" no tempo dos reis carolíngios e, noculo X, unida ao-Ducado da Baviera. Nos séculos seguintes veio a pecer ao Patriarcado de Aquilea, que os Hunos destruíram, passando adomínio de Veneza, onde se tinham refugiado os aquileanos. Tornono mundo contemporâneo, sucessivamente austríaca, iliriana (no te

de Napoleão) e, por fim, italiana. Foi nesta última situação política qSegunda Guerra Mundial encontrou Trieste, Fiume e Pola, suas princcidades, todas portos marítimos de importância.

As dificuldades apresentadas, no fim da Primeira Guerra, quandItália saiu vencedora, para dividir a ístria entre ela e a Iugoslávia, foainda maiores quando, na Segunda Guerra, a Itália saiu vencida.

A ístria fazia parte da "Itália irredenta" que o poeta d'Annunzio, noespetacular reide de Fiúme, havia imposto à atenção das potên(1920-1924). Em 1946, porém, o lado sentimental da questão tinhser abandonado pelos novos amigos da Itália (Estados Unidos, -Bretanha e França) diante das reivindicações da Iugoslávia de Tito, tentada pelos russos. Gorizia e Monfalcone eram conservados pela Imas Trieste era o ponto nevrálgico. A ístria era dividida em duas padesiguais, sendo a maior para a Iugoslávia, mas Trieste ficava sobgoverno organizado pelas Nações Unidas e sob a ocupação de forçastânicas e americanas.

Esta solução de Território Livre de Trieste foi substituída em

pela divisão deste território em duas partes: A para a Itália com Triestepara a Iugoslávia (que a Rússia não apoiava mais). Este MemorandLondres atribuía 221 km 2 da ístria à Itália e 562 km 2 à Iugoslávia

FRONTEIRA FRANCO-ITALIANA

O tratado de Paris com a Itália (1947) havia sido precedido por trocade cartas, em 1945, nas quais ficava denunciado o acordo de 1896, emvirtude do qual gozava a Itália de certos privilégios no protetoradofrancês da Tunísia. Mais im portant e, porém , era a questão das fronteirasdos Alpes entre os dois países.

Desde cedo, julgava-se que as reivindicações francesas incluíam ovale de Aoste na Dora Baltea Superior, cuja população falava predominantemente a língua francesa. Não foi, entretanto, apresentada essapretensão.

As modificações de fronteiras só foram efetuadas no passo do Peque-no S. Bernardo, no passo do Monte Cenis e na zona de Briançon. NoSul foram conservadas duas aldeias, uma que se acha no Alto Roya, eoutra no passo de Tend e, isto é, cerca de 5 50 km 2, com mais de 5.000habitantes. Nas regiões anexadas, plebiscitos organizados viram fortemaioria em favor da França, mas cerca de 130 famílias deslocaram-separa a Itália.

A região alpina de Tende e Brigue é antes recuperação que aquisição,pois fazia parte do Condado de Nice, cedido à França pelo tratado de18 60 que pôs fim à "gue rra da Itá lia" . Um ano depois desse ti atado,Napoleão III resolveu devolver a Vítor Emanuel II o distrito de Mercan-tour, onde o rei italiano preferia organizar as suas caçadas. A anulação

dessa concessão de 1861 tornava-se necessária, pois foi dos fortinsitalianos lá instalados que partiu, em 1940, o ataque italiano e a descidapara a ocupação de Menton.

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CHIPRE, RHODES E ALEXANDRETA

Vários povos da Antigüidade — fenícios, egípcios, persas, gregos, romanos, bizantinos — passaram por Chipre, fonte principalde cobre, metal que lhe originou o nome. Monarquia feudal deLuiz Lusignan, anexada posteriormente por Veneza (1489), passou finalmente para o domínio do Império Otomano (1571). Osturcos cederiam a ilha aos ingleses por ocasião do Congresso deBerlim (1878).

A maioria grega, população rural por excelância, seguida pelosturcos predominando em alguns centros urbanos, é a causa dastensões por que passa a ilha, mesmo depois de sua independênciaem 1960. A guerra civil estourada em 1963 levou a ONU aocupar a ilha com sua força de paz.

Considerando-se a defesa do Bloco Ocidental,'a função de Chipre foi sempre a de defender o território turco, achando-se a80 km, em linha reta, da cidade turca de Anamur. Traçando-se aoredor de Chipre um círculo de 200 milhas de raio, verifica-se que,de Haifa, no Estado de Israel, à Antália, na Turquia, toda a costamediterrânea do Oriente Médio está em função do ocupante dailha. Em Haifa, Saida, Trípoli e Banyas desembocam os oleodutosque trazem o petróleo do Iraque e Arábia, ou seja, o abastecimento da Turquia e Europa Ocidental. Sob o ponto de vista militar,Chipre é um porta-aviões natural para todas as operações noOriente Médio e mar Negro. Assim sendo, a posição geográfica de

Chipre a envolve como um "peão de xadrez" na grande partidaentre o poderio marítimo e o poderio continental, entre o BlocoOcidental e o Bloco Oriental.

A Grécia e a Turquia disputam Chipre — a primeira alegandodireitos históricos; a segunda, direitos geográficos de proximidadeA proximidade levou a Grécia a conseguir Rhodes (1945), quefora domínio turco (1522) e estava em poder dos italianos, vencidos na Segunda Guerra Mundial. Em vésperas deste conflito(1939), a Turquia conseguia aumentar também seu litoral mediterrâneo ao receber o Iskenderun (Alexandreta) subtraído ao território sírio, então sob mandato francos.

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A ÁFRICA NOS SÉCULOS XIXE XX

Até o começo do século XIX, aÁfrica era um continente praticamente desconhecido, do qual oseuropeus haviam explorado apenas o litoral. Com exceção daColônia do Cabo, os núcleos decolonização desta época eramprecários, parecendo meros pontos de escala para navios e antigos empórios de escravos. Estasituação foi mudada, quando oseuropeus resolveram explorar ointerior africano. Destacam-seentão entre os principais roteirosde penetração: o do francas Cail-lé e o do alemão Barth, que atra

vessaram o Saara. Cabe tambémcitar a expedição de Livingstoneque, partindo da cidade do Cabo,explorou o deserto do Kalaari,cortou o continente de leste aoeste, de São Paulo de Luanda aMoçambique e descobriu os lagos Niassa e Tanganica. Outroinglês, Stanley, percorreu o valedo rio Congo, por onde tambémandou o francês Brazza. Nachti-gal, do Sudão, percorreu grandetrecho do Saara, indo alcançar olago Chade. Notáveis, ainda, foram os roteiros de Rohlfs, Spekee Burton. O português Serpa Pinto, finalmente, partindo de Ben-

guela, chegou a Pietermaritz-burgo.

Do interesse científico, as nações passaram ao plano político.Assim é que, em 1898, quasetoda a África estava repartida entre as principais potências européias.

Em 1914, apenas a Abissíniae a Libéria (esta fundada por negros americanos) eram independentes. Os pri meiros , países detentores de colônias, em território africano, eram a Grã-Bretanha e a França. Nota-se ainda apresença da Alemanha e Itália,

cujas terras foram confiscadasapós o término da SegundaGuerra Mundial.

As possessões portuguesas de

Angola e Moçambique ficaramsem a sonhada união terrestrecom a interferência dos ingleses.Estes, por sua vez, também nãoalcançaram o ideal da união deseus domínios de norte a sul.Obtiveram a África Oriental Alemã, mas a ligação Cabo ao Caironão era mais possível, pois o Egito tornava-se independente em1922.

Em 1959 surge uma Áfricaem plena transformação. São vários os países independentes;apenas os domínios portuguesesse mantêm intactos.

Na V República, estabelecidaem 1958 na França, extinguiu--se a União Francesa para dar lugar à Comunidade Francesa. Foram então criadas novas unidades políticas, em lugar da ÁfricaEquatorial e Ocidental Francesa.São as chamadas Repúblicas novas assim formadas: FederaçãoMáli (Estado do Senegal, República Sudanesa, República Vol-taica e República do Daomé) eRepública do Chade, do Niger, daCosta de Marfim, do Congo, doGabâo, da Mauritânia, a Cen-tro-Africana e Malgaxe (Madagascar).

O mapa da África em 1959representa uma das fases detransição pela qual passou aquele continente. Como a Ásia, depois da Primeira Guerra Mundial,ia modificando as suas instituições no sentido de maior autonomia e independência, a África,depois da Segunda Guerra, estáconseguindo os mesmos objetivos, porém de modo mais espetacular, em vista da redução dasforças de expansão colonizadoradas metrópoles européias e doassentimento que lhe vem oradas Américas, ora dos Sovietes.

Em 1960, novas modificaçõespolíticas surgiram no mapa daÁfrica.

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A ÁFRICA EM 1974

Sendo freqüentes as modificações políticas pelas quais tem passado ultimamente o continente africano, foi escolhido umano, 1974, para fixar um aspecto representativo da situação territorial, situaçãoesta que felizmente se tem mantido sob oponto de vista internacional sem determinar sérias apreensões na política mundial.Quanto à coloração dos mapas, foram escolhidas duas cores principais, o róseo e overde para distinguir os países ou nações

cuja formação cultural foi obra das duaspotências européias que, durante mais deum século, dominaram o continente, a Inglaterra (róseo) e a França (verde). Olaranja coube â Espanha e o amarelo aPortugal. Esta coloração, porém, não significa, neste mapa, dependência política,mas apenas influência cultural predominante.

De 1970 em diante, as alterações políticas têm sido importantes, sem modificar, entretanto, os limites das nações re-cém-formadas. Esta relativa estabilidadegeográfica não mantém sempre a nomenclatura política; daí, em vários casos, asubstituição por nomes em outras lín

guas: o Congo é hoje o Zaire. Tornava-se,pois, necessário, um mapa exclusivamente político com as denominações atuais.

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AS NAÇÕES UNIDAS

A Carta das Nações Unidas, assinadaem São Francisco em 1945 por cinqüentanações, chamadas "membros fundadores", é um pacto concluído entre Estadossoberanos. Sua eficiente aplicação depende do respeito com que são observados os seus cento e onze artigos. A Liga

das Nações, apesar de ter falhado, havia,durante vinte anos, demonstrado o valorda cooperação internacional e emitido umcerto número de princípios que não tammais sido contestados.

A Carta da ONU apresenta várias feições que a distinguem do Pacto da Ligadas Nações. Em primeiro lugar, a cooperação das forças armadas é admitida paraa manutenção da paz. Em segundo lugar,contém dispositivos práticos para a solução dos problemas econômicos e sociais.Em terceiro lugar, criou agências especializadas que preparam programas de açãode grande flexibilidade.

De modo geral, a Carta da ONU é mui

to mais minuciosa nos seus detalhes doque o Pacto e revela não somente maiorexperiência em relação à vida internacional, em que se multiplicam os contatosentre as nações, como também um espírito mais realista na prática da solidariedade mundial.

Explica-se esta diferença entre os doisditados documentos pelo fato de ter sidoa obra de Versalhes pensada e escrita depois de terminada a Primeira Guerra Mundial. Por sua vez, a obra de São Franciscovinha sendo elaborada desde os primeirosanos da Segunda Guerra, por sucessivasentrevistas de representantes dos governos aliados, por congressos de especialistas nos ramos da defesa militar, da eco

nomia, da demografia e da política social.Depois de 1920, as nações aliadas julgavam ter feito "uma guerra para acabarcom as guerras". A ação de Genebra sódurou duas décadas; a ação de Nova Iorque vem perdurando há mais de um quarto de século.

O histórico da ininterrupta elaboraçãoda Carta da ONU comprova o cuidadocom que foram encaradas todas as hipóteses previsíveis na época. O momentoatual marca um grande progresso em todos os ramos científicos, daí a flexibilidade necessária a todas as instituições daCarta.

A bordo de um navio britânico, nas cos

tas de Terra Nova, os Presidentes Roosevelt e Churchill discutiram os oito pontosda Declaração do Atlântico de 14 deagosto de 1941. Em janeiro do ano seguinte, vinte e seis governos assinavam aDeclaração das Nações Unidas, adotandoos princípios do Pacto do Atlântico, queincluía o direito dos povos de escolher suaforma de governo, o seu direito de autodeterminação e a igualdade para todosnas oportunidades econômicas.

Em outubro de 1943, os líderes políticos da Grã-Bretanha, da União Soviética,dos Estados Unidos e da China redigiamem Moscou o texto de uma organizaçãointernacional para servir de norma, o maiscedo possível, a um pacto mundial entreos países amantes da paz. Em DumbartonOaks, em 1944, os mesmos signatários

preparavam o texto submetido à Conferência de São Francisco, onde os cinqüenta membros fundadores discutiram e assinaram a Carta das Nações Unidas, vindoa primeira de suas assembléias a se reunir em Londres, em janeiro de 1946. Emseguida reuniram-se algumas em Paris e,por fim, passou Nova Iorque a ser a sededas Nações Unidas. A Carta das NaçõesUnidas é uma organização de natureza jurídica: reconhece a soberania dos Estados, a competência que lhes é reservada,a sua igualdade e sua personalidade jurídica. A admissão de membros é feita acritério da Organização; como há ingresso, há também suspensão e mesmo expulsão, sob recomendação do Conselhode Segurança.

Constituem órgãos principais:

1o) A Assembléia-Geral, na qual cadapaís-membro tem um representante.São atualmente 125 membros. A 23 a

sessão da Assembléia teve lugar emoutubro de 1968.

2o) O Conselho de Segurança, de 15membros, no qual cinco são permanentes e têm direito de veto (EstadosUnidos, União Soviética, Grã-Bretanha, França e República Popular daChina). Os não permanentes são dez,têm direito a voto para constituirmaioria nos assuntos correntes quenão implicam casos de ação coerciva.

3o) O Conselho Econômico e Social, de27 membros, dos quais 9 são anualmente renovados. Seu papel é de capital importância na vida econômica ecultural das nações, pela sua faculdade de promover estudos, convocarconferências, negociar acordos, coordenar atividades e executar serviços.Por isso, são numerosos os seus órgãos subsidiários, as entidades especializadas em educação, saúde, finanças, serviços sociais.

4o) O Conselho de Tutela, com os seus8 membros, administra os territóriosainda sob tutela das Nações Unidas. Éherdeiro da Comissão de Mandatos daLiga das Nações. São realizadas visitas periódicas e examinadas petições.

Os recentes movimentos de descolonização têm reduzido consideravelmente os territórios que se achavamsob mandato.

5o) A Corte Internacional de Justiça conta com 1 5 juizes; é herdeira da CortePermanente de Justiça Internacional,fundada em 1920. Continua a sua sede em Haia. São de sua competênciaos conflitos jurídicos entre Estados. ACorte responde a consultas feitas porórgãos internacionais, mas são apenas tidas como opiniões.

6o) O Secretariado (o cargo do secretá-rio-geral, isto é, do mais alto funcionário da Organização). Sua ação é de

capital importância na publicação dtratados, nas negociações políticnas medidas administrativas e apresentação de relatórios. Foram scretários-gerais da ONU: o norueguTrygve-Lie, o sueco Dag Hammars  jöld, o birmanês U. Thant e, des1971, o austríaco Kurt Waldheim.

Entre os serviços prestados pelos gãos das Nações Unidas, nestes últimvinte e cinco anos, destacam-se as suintervenções nas questões de Caxemide Chipre, do Congo, da Nova Guiné, Oriente Médio e da Coréia.

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O PAPEL DAS LATITUDES NA HISTÓRIA

É no Hemisfério Norte que o globoapresenta as maiores massas continentais; no Hemisfério Sul, as terras são maisisoladas (América do Sul, África do Sul eAustrália). É, pois, ao norte do equadorque as influências geográficas de latitudes

marcaram mais visivelmente os episódiosda História Geral.As origens políticas da Humanidade fo

ram iniciadas nas zonas temperadas, e oscentros de gravidade da História se deslocaram aos poucos para o Norte, à medida que as condições de civilização permitiram a adaptação dos povos a climas demais altas latitudes.

De fato, a História Antiga localizou-seentre o 20°e o 45°de latitude norte; foi ocaso do Egito do Nilo, da China doYang-tsé, da índia do Ganges e do Indo. Opróprio Império Romano manteve-se naslatitudes do Mediterrâneo, do 30 a ao 45°,mais ou menos. Na Idade Média, as capitais emigraram para o Norte (Londres, Pa

ris, Berlim, Estocolmo, São Petersburgoetc) , de 45 ° a 60° de latitude norte.

Do século XVI em diante, a hegemonianos anais da História passou à Europa,mas, depois das guerras mundiais, já tendem as principais questões políticas a selocalizar em baixas latitudes (Dacar, Suez,Líbia, Bagdá, Singapura, Laos etc), e ahegemonia está numa fase de bipolarida-de (Estados Unidos e Rússia Soviética).

As latitudes, entretanto, pouco esclarecem os episódios da História, se não sãolembradas as suas conseqüências climáticas. Os progressos da Civilização tam,evidentemente, facilitado a adaptação dosgrupos a condições meteorológicas poucofavoráveis à vida coletiva normal. A História Antiga e Medieval relata, porém, circunstâncias que os climas contribuem para explicar. Não existem, infelizmente, registros de temperaturas, chuvas e outrosfenômenos meteorológicos relativos aopassado remoto; mas ciclos ou pulsaçõesclimáticas registradas na Ásia Russa, porexemplo, permitem acreditar que uma diminuição considerável da coluna pluvio-métrica pode dar-se em anos consecutivos.

O caráter continental do Heartland dosgeopollticos o presdipõe aos extremos climáticos.

Daí nasceu a teoria do americano Ells-worth Huntington (1876-1947) sobre "As

Pulsações da Ásia" e suas conseqüênciashistóricas. Uma queda de 2 (normal) para1 (fria) nas precipitações de um ano reduzum rebanho de pastores nômades de 600ovelhas a 10 ovelhas por milha quadradade pastagens. Os movimentos migratóriossáo conseqüência direta de deslocamentos forçados de massas nômades, cujamobilidade é grande.

No Heartland (Eurásia Continental)surgiram, no passado, civilizações mon-góis atestadas pelas minas de Karakorume que se expandiram sob forma de invasões, tanto do lado da Europa como dolado da China, apesar de sua famosa muralha.

"As alterações climáticas, diz Ellsworth

Huntington, têm sido um dos fatores que

mais influíram no curso do progresso humano."

As conseqüências de um ciclo climáticode secas não somente influem sobre algumas gerações humanas como tambémpodem repercutir, durante séculos, sobreregiões afastadas.

É desse modo que o autor americano,muito empolgado pelo seu estudo ("Mains-prings of Civilization" — 1945), explica opapel que desempenhou a dessecaçãonas invasões bárbaras, no fim da Antigüidade, na expansão muçulmana iniciadanas orlas desérticas da Arábia, na descidados mongóis para a índia, no deslocamento dos grandes centros da Babilônia e doEgito para o Noroeste da Europa, que eledefine "como uma marcha em busca dastormentas e do frio".

Além destes exemplos de dimensõeshumanas espetaculares, não resta dúvidaque uma infinidade de fatos históricos secundários também se prende à distribuição das temperaturas, das chuvas, daspressões, da umidade e às alterações desazonamento, pois são estes elementos

atmosféricos que regem a alimentação, ovestuário, a habitação e mesmo as atitudes psicológicas.

As latitudes, em suma, explicam emparte o que significam os climas para oótimo biológico e o desenvolvimentomental da Humanidade. 0 turismo já foidefinido como o "noma dismo dos civilizados".

Mais importante seria, talvez, estabelecer uma relação das influências que podem exercer os climas e suas oscilaçõessobre o desabrochar da cultura nas diferentes regiões do globo.

Na História Contemporânea, a fase dasgrandes migrações já cedeu lugar às migrações por infiltração e colonização. Os

deslocamentos consideráveis de massashumanas que seguiram as últimas guerrasnada têm com as condições climáticasdos países em que se processaram.

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AMÉRICA DO NORTE

1 — Baltimore2 — Chicago3 - Detroit4 - Filadélfia5 — Los Angeles6 — México7 — Montreal8 — Nova Iorque9 - Ottawa

10 - Washington

AMÉRICA DO SUL

11 — Assunção12 - Belém13 — Buenos Aires14 - Caracas15 — Lima16 — Manaus17 — Montevidéu18 - Recife19 — Rio de Janeiro20 - Porto Alegre21 - Salvador22 - Santiago

23 - São Paulo

EUROPA

24 — Atenas25 — Barcelona26 - Berge27 - Berlim28 — Birmingham29 - Bruxelas30 — Budapeste31 — Bucareste32 — Copenhague33 - Dublin34 — Estocolmo35 - Glasgow

36 — Hamburgo37 - Istambul38 - Londres39 — Leningrado40 — Lisboa41 — Madri42 - Milão43 — Moscou44 — Nápoles45 - Oslo

46 - Paris47 — Roma48 — Tromsoe49 — Varsóvia50 - Viena

ÁSIA

70 — Bombaim71 - Calcutá72 - Cantão73 - Delhi74 - Xangai75 — Chunking76 - Djacarta77 — Hong-Kong78 - lakutsk79 - Irkutsk80 - Karachi81 - Kioto

82 - Lhassa83 - Madrasta84 — Manila85 - Mukden86 — Nanquim87 - Osaka88 — Pequim89 - Saigon90 - Seul91 — Singapura92 - Teerã93 — Tiensin94 - Tóquio95 — Wu-chang96 — Melbourne97 - Sydney

ÁFRICA

51 — Acra52 — Adis-Abeba53 — Alexandria54 — Argel55 — Brazzaville56 - Cairo57 — Casablanca58 - Cidade do Cabo59 - Dacar60 — Johannesburgo61 — Kartum62 - Leopoldville

63 - Lourenço Marques64 - Pretória65 — Tombuctu66 - Trlpoli67 - Zanzibar68 - Bagdá69 — Bancoc

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índice

HISTÓRIA DO BRASIL

DISTRIBUIÇÃO DOS GRUPOS INDÍGENAS 10PERIODO PRÉ-COLONIZADOR: 1500-15 30 12AS PRIMEIRAS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS: 153 4 14O GOVERNO-GERAL NO SÉCULO XVI 16A ECONOMIA NO SÉCULO XVI 18

A CONQUISTA DO NORDESTE E DO NORTE DO BRASIL 20BANDEIRAS: SÉCULOS XVII E XVIII 22A ECONOMIA NO SÉCULO XVII 24EXPANSÃO TERRITORIAL DO BRASIL 26A ECONOMIA E MOVIMENTOS NATIVISTAS NO SÉCULO XVIII 28O IMPÉRIO DO BRASIL — 1822- 188 9 30A ECONOMIA NO SÉCULO XIX 32GUERRAS DO BRASIL NO SÉCULO XIX 34AS TRANSFORMAÇÕES DA MÃO-DE-OBRA 36QUESTÕES INTERNACIONAIS DO BRASIL 38

HISTÓRIA DA AMÉRICA

MIGRAÇÕES E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS PRINCIPAISGRUPOS INDÍGENAS 42A AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA 44VIAGENS DOS ESPANHÓIS 46CONQUISTA ESPANHOLA 48COLONIZAÇÃO PORTUGUESA 50

COLONIZAÇÃO ESPANHOLA 51COLONIZAÇÃO FRANCESA 52COLONIZAÇÃO INGLESA 54OS ESTADOS UNIDOS NA ÉPOCA DA INDEPENDÊNCIA 56INDEPENDÊNCIA DO MÉXICO E AMÉRICA CENTRAL 58EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DAS ANTILHAS 59EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DA AMÉRICA DO SUL 60EXPANSÃO TERRITORIAL DOS ESTADOS UNIDOS 62GUERRA CIVIL: 186 1-18 65 63CONFLITOS ARMADOS NA AMÉRICA DO SUL 64A AMÉRICA NO MUNDO 66ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS 68

HISTÓRIA GERAL

O EGITO DOS FARAÓS E O ORIENTE MÉDIO 72IMPÉRIOS ANTIGOS DO ORIENTE MÉDIO 74A GRÉCIA NO SÉCULO V A.C 76COLONIZAÇÃO GREGA (DOMÍNIOS FENlCIOS E CARTAGINESES) 77

IMPÉRIO DE ALEXANDRE 78ITÁLIA ANTIGA 79IMPÉRIO ROMANO 80

MIGRAÇÕES DE POVOS E INVASÕES ESTADOS BÁRBAROS NO SÉCULO V O IMPÉRIO DE CARLOS MAGNO O SANTO IMPÉRIO ROMANO GERMÂNICO O IMPÉRIO DO ORIENTE E A RECONQUISTA BIZANTINA EXPANSÃO DO ISLÃO A PENÍNSULA IBÉRICA

EUROPA DAS CRUZADAS HANSA E CAVALEIROS TEUTÔNICOS COMÉRCIO MEDIEVAL NA EUROPA CENTRAL ÁSIA MEDIEVAL ECONÔMICA ÁSIA MUÇULMANA NOS SÉCULOS XV — XVI — XVII A FRANÇA E A INGLATERRA NA IDADE MÉDIA VIAGENS E DESCOBRIMENTOS EXPLORAÇÕES NO PÓLO NORTE EXPLORAÇÕES NO PÓLO SUL A EUROPA NO SÉCULO XVI EUROPA NO SÉCULO XVII FORMAÇÃO DA RÚSSIA ESTADOS BÁLTICOS DE 1914 A 1967 EUROPA NO SÉCULO XVIII A EUROPA NAPOLEÔNICA A EUROPA DO CONGRESSO DE VIENA ZOLLVEREIN FORMAÇÃO DA UNIDADE ALEMÃ E SUA EVOLUÇÃO FORMAÇÃO TERRITORIAL DA ITÁLIA COLONIZAÇÃO E MODERNO IMPERIALISMO A INGLATERRA MEDIEVAL E A MODERNA EXPANSÃO BRITÂN

OS ESTADOS BALCÂNICOS NO SÉCULO XX ORIENTE MÉDIO A EUROPA NA SEGUNDA PARTE DO SÉCULO XIX A EUROPA DE ENTREGUERRAS: 1919-19 39 ÁSIA MODERNA ÁSIA CONTEMPORÂNEA: 186 3-1 913 -19 59 ESTADOS ÁRABES ÁSIA CENTRAL SOVIÉTICA A ÁSIA EM 1967 ÁREAS SOB CONTROLE DE ISRAEL A GUERRA DO PACIFICO (SEGUNDA GUERRA MUOS DOIS VIETNÂS AS DUAS CORÉIAS (NORTE E SUL) PAÍSES DO INDO-PAClFICO A EUROPA MODERNA: IA EUROPA MODERNA: IEUROPA CENTRAL ( 191 4-1 967) TRIESTE E A ISTRIA FRONTEIRA FRANCO-ITALIANA CHIPRE. RHODES E ALE.XANDREA ÁFRICA NOS SÉCULOS XIX E

AÂFRICA EM 1974 AS NAÇÕES UNIDAS O PAPEL DAS LATITUDES NA HIST

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