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ATA DA 15ª REUNIÃO PLENÁRIA ORDINÁRIA DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO E PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NEGRA DE CAMPINAS DE 30 DE JUNHO DE 2016 – GESTÃO 2015/2016. Aos trinta dias do mês de junho do ano de dois mil e dezesseis (30/06/2016), as 19 horas, na sede da CEPIR, sito à Av. Campos Salles, número 427, centro, em Campinas/SP, reuniram-se os integrantes da Comissão Executiva e membros do Conselho de Desenvolvimento e Participação da Comunidade Negra de Campinas. Composta a mesa, pelo Presidente, Tagino Alves dos Santos; Vice-presidente, Antônio Frederico Pereira; Secretária Executiva, Liliane Maria de Oliveira e o Segundo Secretário, Heraldo Cassange Ortiz. Ausente justificada do Coordenador da CEPIR, Sérgio Max Almeida Prado, razão pela qual o presidente convidou o seu suplente, César dos Santos Pereira, para compor a mesa dos trabalhos, bem como do Conselheiro Adão, João Henrique Madrid Pontes e Luiz Fernando Cruz. A Secretária Executiva, Liliane, informou as demais presenças, como sendo Sueli, Henry Eugênio, Edvaldo Novaes, Moacyr Barra Grande Filho, Felix Benedito Hymalaia, Maurílio Ferreira da Silva, Celeste Costa dos Santos e Valdir de Oliveira. Informou, ainda, as ausências sem justificação da Escola de Samba Unidos do Vila Rica; da Universidade Estadual de Campinas – a UNICAMP; e da Universidade São Francisco – a USF. Assim, foi constatada a existência do quorum regimental necessário à instalação da 15ª Reunião Plenária Ordinária. O sr. Presidente declarou aberta a sessão, cumprimentou e agradeceu a presença de todos os Conselheiros e convidados. Fez uma saudação especial aos convidados, Ana Niceta de Souza, representando a Pastoral Afro, ex-conselheira do Conselho da Comunidade Negra; Adriana Barão, Diretora do Museu da Cidade; Dr. José Sérgio Nascimento Junior, advogado; Edna de Almeida Lourenço, assessora parlamentar municipal do representando o Vereador Carlos Roberto de Oliveira, o Carlão do PT; Daniel Luis Alves, o Ciro, representando o Hip Hop; e Ronaldo de Almeida, representando o CIS GUANABARA da UNICAMP; Levi da Silva e Alcione Delarica. Esclareceu a dinâmica da reunião. A plenária aprovou o tempo de 3 (três) minutos de intervenção para cada Conselheiro, estendendo este direito aos convidados. Ficou estabelecido o teto máximo da reunião para as 20h:30, com direito a prorrogação até as 21h, se se tornar necessária. Foi dispensada a leitura do Edital de Convocação, mas foi informado que a pauta constante no edital é: 1.- Leitura e Aprovação das Atas das Reuniões Anteriores; 2.- Museu da Cidade; 3.- Denúncia de Discriminação; e 4.- Assuntos Gerais. Sem maiores delongas, o presidente passou a tratar do item “1” da pauta, solicitando a Secretária Executiva que fizesse a leitura da Ata da 14ª Reunião Plenária Ordinária, realizada no dia 02/06/2016, justificando, inicialmente, que esta reunião não foi realizada no dia 26/05, quinta feira, em razão do feriado de Corpus Chiristi, que caiu nessa data, daí, por força do Regimento Interno, ela acabou por ser prorrogada automaticamente para o dia 02/06/2016, quinta feira da semana subsequente. Colocada a Ata em debate, foi solicitado pela Conselheira, Sueli, que conste na Ata as ausências. O Conselheiro Valdir de Oliveira pede que seja encaminhado aos Conselheiros as alterações da lei, ora aprovadas. O Presidente solicitou a Secretária Executiva que encaminhe, por e-mail, o texto completo com as alterações para todos os Conselheiros.

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ATA DA 15ª REUNIÃO PLENÁRIA ORDINÁRIA DO CONSELHO DEDESENVOLVIMENTO E PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NEGRA DE CAMPINAS DE30 DE JUNHO DE 2016 – GESTÃO 2015/2016.

Aos trinta dias do mês de junho do ano de dois mil e dezesseis (30/06/2016), as 19 horas,na sede da CEPIR, sito à Av. Campos Salles, número 427, centro, em Campinas/SP,reuniram-se os integrantes da Comissão Executiva e membros do Conselho deDesenvolvimento e Participação da Comunidade Negra de Campinas. Composta a mesa,pelo Presidente, Tagino Alves dos Santos; Vice-presidente, Antônio Frederico Pereira;Secretária Executiva, Liliane Maria de Oliveira e o Segundo Secretário, Heraldo CassangeOrtiz. Ausente justificada do Coordenador da CEPIR, Sérgio Max Almeida Prado, razãopela qual o presidente convidou o seu suplente, César dos Santos Pereira, para compor amesa dos trabalhos, bem como do Conselheiro Adão, João Henrique Madrid Pontes eLuiz Fernando Cruz. A Secretária Executiva, Liliane, informou as demais presenças, comosendo Sueli, Henry Eugênio, Edvaldo Novaes, Moacyr Barra Grande Filho, Felix BeneditoHymalaia, Maurílio Ferreira da Silva, Celeste Costa dos Santos e Valdir de Oliveira.Informou, ainda, as ausências sem justificação da Escola de Samba Unidos do Vila Rica;da Universidade Estadual de Campinas – a UNICAMP; e da Universidade São Francisco– a USF. Assim, foi constatada a existência do quorum regimental necessário à instalaçãoda 15ª Reunião Plenária Ordinária. O sr. Presidente declarou aberta a sessão,cumprimentou e agradeceu a presença de todos os Conselheiros e convidados. Fez umasaudação especial aos convidados, Ana Niceta de Souza, representando a Pastoral Afro,ex-conselheira do Conselho da Comunidade Negra; Adriana Barão, Diretora do Museu daCidade; Dr. José Sérgio Nascimento Junior, advogado; Edna de Almeida Lourenço,assessora parlamentar municipal do representando o Vereador Carlos Roberto deOliveira, o Carlão do PT; Daniel Luis Alves, o Ciro, representando o Hip Hop; e Ronaldode Almeida, representando o CIS GUANABARA da UNICAMP; Levi da Silva e AlcioneDelarica. Esclareceu a dinâmica da reunião. A plenária aprovou o tempo de 3 (três)minutos de intervenção para cada Conselheiro, estendendo este direito aos convidados.Ficou estabelecido o teto máximo da reunião para as 20h:30, com direito a prorrogaçãoaté as 21h, se se tornar necessária. Foi dispensada a leitura do Edital de Convocação,mas foi informado que a pauta constante no edital é: 1.- Leitura e Aprovação das Atas dasReuniões Anteriores; 2.- Museu da Cidade; 3.- Denúncia de Discriminação; e 4.- AssuntosGerais. Sem maiores delongas, o presidente passou a tratar do item “1” da pauta,solicitando a Secretária Executiva que fizesse a leitura da Ata da 14ª Reunião PlenáriaOrdinária, realizada no dia 02/06/2016, justificando, inicialmente, que esta reunião não foirealizada no dia 26/05, quinta feira, em razão do feriado de Corpus Chiristi, que caiunessa data, daí, por força do Regimento Interno, ela acabou por ser prorrogadaautomaticamente para o dia 02/06/2016, quinta feira da semana subsequente. Colocada aAta em debate, foi solicitado pela Conselheira, Sueli, que conste na Ata as ausências. OConselheiro Valdir de Oliveira pede que seja encaminhado aos Conselheiros asalterações da lei, ora aprovadas. O Presidente solicitou a Secretária Executiva queencaminhe, por e-mail, o texto completo com as alterações para todos os Conselheiros.

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Explica, mais uma vez, que o texto sofreu alterações fundamentais, com a inclusão daSecretaria de Trabalho e Renda, Secretaria de Turismo, incluída a OAB Campinas. Estásendo ajustado o texto que trata da receita do Fundo de Valorização e Desenvolvimentoda Comunidade Negra. Colocada em votação, a Ata foi aprovada por unanimidade devotos. A Plenária concordou, por unanimidade, que os convidados fizessem uso dapalavra durante o tempo de 3 (três) minutos em cada oportunidade, mediante inscriçõesprévias controladas pelo Vice-Presidente Antônio Frederico Pereira, o Fred. Passandopara o item 2 da Pauta, o presidente relatou que o teve a oportunidade de acompanhar areunião da Associação dos Amigos do Museu da Cidade e afirma que o espaço reservadopara funcionamento do Museu da Cidade está prometido de venda pelo Governador doEstado de São Paulo, Geraldo Alckmin, razão pela qual esse assunto foi pautado noConselho da Comunidade Negra, já que todo o acervo está ameaçado pelodesaparecimento. Diz que a cidade de Campinas não pode permitir que o referido imóvelseja vendido. Para melhor esclarecer o que está acontecendo, o presidente convidou aSra. Adriana Barão para fazer uso da palavra, tomando assento à esquerda da mesa dostrabalhos. Por ela foi dito, diz que vai poder dar as informações sobre os passos queestão sendo dado na reorganização do Museu da Cidade. Há uma década o Museu nãorecebe manutenção e o prédio está semi abandonado. Em 2014 ela detectou que omaterial não estava sendo exposto, porque quando chove as peças acabam sendomolhado e prejudicado, de modo que o acervo acabou sendo retirado o prédio. Tem otrabalho de que o acervo do Museu da Cidade é formado por coleções de arqueologia,arte plumária, numismática e filatelia e possui biblioteca e arquivo sobre história da cidadee museologia. O impasse sobre o prédio começou no início do ano. Com o termino daautorização de uso da edificação, a CPOS informou que não tenha interesse em prorrogara cessão, dando como opções à Prefeitura comprar o prédio por R$ 3.8 milhões ou alugaro imóvel por R$ 24 mil mensais. Com a indefinição o acervo formado por 7 mil peças foitransferido para a Estação Cultura. O prédio tem sérios problemas de infiltração e goteira,que estavam pondo em risco o acervo. O prédio está sem vigilante. O Governo Municipaljá iniciou uma conversa com o Governo do Estado, mas não tem informação sobre oandamento desse diálogo. Há uma resistência que é a ocupação cultura, ocorrida comrodas de capoeira, por exemplo. Terminada a sua explanação, Adriana Barão agradeceu aoportunidade de poder falar à plenária do Conselho da Comunidade Negra e pede ajudapara que o prédio continue abrigando o Museu da Cidade. Em seguida, foi aberta apalavra aos Conselheiros em primeiro lugar e depois aos Convidados. O ConselheiroMoacyr Barra Grande Filho, disse que na gestão anterior desse Conselho, momento emque ele era presidente, os Conselheiros se reuniram no Museu da Cidade, e desde aquelaépoca já estava com problema e o Governo não teve olhar para aquele espaço imobiliário.Diz que a luta já vem de longa data. Diz que é a memória do povo negro que está no locale a estrutura também tem história. O Governo tem o dever de chamar a ComunidadeNegra para ouvir a experiência que a população negra tem sobre o tema. O Prefeito équem deveria estar no local e, aliás, deveria chamar o Conselho e ouvi-lo sobre aquestão. Destruir o Museu vai acabar com a nossa própria luta. O assunto meche com anossa cozinha. Fazer uma moção diretamente ao Prefeito para que ele nos receba eescuta a gente sobre esse assunto, que foi aprovada por unaminidade. O Conselheiro

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César dos Santos lembrou que na terça feira passada teve uma reunião na CâmaraMunicipal de Campinas, convocada pelo Vereador Gustavo Petta, a pedido da Associaçãodos Amigos do Museu da Cidade, onde foi muito enfatizada a questão da necessidade doGoverno do Estado de São Paulo doar o imóvel onde funciona o Museu da Cidade àPrefeitura Municipal de Campinas, por várias razões, bem como ficou decidido que apopulação iria abraçar simbolicamente o prédio, no dia 16, num gesto de apoio a essaproposta de voltar a ocupado pelo Museu da Cidade. O Conselheiro, Valdir de Oliveira,critica o fato de ter apenas um vereador no local, que foi o Gustavo Petta. Numa casacom trinta e três vereadores e apenas um deles presente defendendo um prédio que é dacidade. Na reunião realizada ontem na Câmara Municipal também só tinha o GustavoPetta. O fato mais significativo de tudo é que o prédio foi construído em 1968 com mão deobra escravizada. Encaminhou a proposta de que o prédio tem de ser doado e nãovendido à Municipalidade. Ao final, foi levada a deliberação a proposta de que haja porparte da Prefeitura Municipal de Campinas esforço no sentido de ser o imóvel doado àmunicipalidade. A segunda proposta é de que a Prefeitura Municipal de Campinas prevejano Orçamento Cidadão de 2016 o recurso financeiro na ordem de R$ 1 milhão de reaispara garantir a manutenção e reparações do imóvel. Apresentadas as duas propostas àplenária, elas foram aprovadas, por unanimidade pelos Conselheiros. Ao chegar no item“3” da pauta do edital, o presidente pediu licença à plenária para afastar-se da presidênciados trabalhos pelo fato de que a Denúncia de Discriminação feita pelo ConselheiroMaurílio Ferreira da Silva estar dirigida a sua pessoa. Sendo assim, foi se sentar ao ladodos Conselheiros, na plenária. Desse modo, o Sr. Vice-Presidente, Antônio FredericoPereira, o Fred, assumiu a presidência da Sessão para abordar essa parte da pauta dodia. Nesse sentido, o presidente em exercício, Fred, fez um relato sobre o tema pautado,dizendo que trata-se de duas Denúncias de Discriminação formalizada pelo ConselheiroMaurílio Pereira da Silva contra o presidente do Conselho Tagino Alves dos Santos.Informou que documento foi registrado na Presidência da Câmara Municipal de Campinaspara que fosse encaminhado à Comissão de Direitos Humanos e Cidadania e no Centrode Referência em Direitos Humanos na Prevenção e Combate ao Racismo eDiscriminação Religiosa, Coordenadoria Setorial de Promoção da Igualdade Racial, daSecretaria Municipal de Cidadania, Assistência e inclusão Social da Prefeitura Municipalde Campinas. Pediu a Secretaria Executiva, Liliane Maria de Oliveira, que fizesse a leiturado teor das Denúncias aos presentes. A Secretaria leu a denuncia e explicou que odenunciante alega que foi vitima de discriminação porque foi eleito representante doConselho no Comitê Técnico de Saúde da População Negra, mas o denunciado nãoencaminhou ofício ao Comitê para que o fato surtisse efeito. Citou os Conselheiros ValdirOliveira, Coordenador do Comitê Técnico e Sérgio Max de Almeida Prado, Coordenadorda CSPIR, como testemunhas. A Secretária Executiva leu também o Ofício n. 137/2016,da Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara Municipal deCampinas, endereçada ao presidente, Tagino Alves dos Santos, que lhe atribuiu prazopara o denunciado apresentar defesa e avaliando que é importante que está questão sejatratada em reunião ordinária com o coletivo do Conselho de Participação eDesenvolvimento da Comunidade Negra. Informou, finalmente, que participaram dareunião preliminar convocada para tratar desse procedimento na Comissão de Direitos

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Humanos e Cidadania da Câmara Municipal de Campinas o seu presidente, VereadorCarlão do PT; Dr. Tagino Alves dos Santos; Sr. Sérgio Max Almeida Prado; Sr. MaurílioFerreira da Silva e Edna Almeida Lourenço. Foi lido também o Ofício N. 02/2016, de 02 dejunho de 2016, subscrito pela Coordenadora, Jacqueline Damázio Armando, do Centro deReferência em Direitos Humanos Na Prevenção e Combate ao Racismo e DiscriminaçãoReligiosa, endereçada ao Conselho da Comunidade Negra, que, por força do Protocolo2016.10.11827, solicita manifestação pormenorizada do referido Conselho no sentido deverificação da Denúncia de Discriminação tendo como interessado o Sr. Maurílio Ferreirada Silva. A Secretária Executiva informou que o presidente da Comissão de DireitosHumanos e Cidadania da Câmara Municipal de Campinas, Vereador Carlos Roberto deOliveira e a Coordenadora do Centro de Referência, Jacqueline Damázio, foramconvidados a participar dessa 15ª Reunião Plenária Ordinária. Feito isso, o presidente emexercício sugeriu a plenária o prazo de 5 (cinco) minutos para que o Conselheiro Taginose manifestasse sobre a acusação, o que foi aprovado por todos. Posicionando-se àesquerda da mesa dos trabalhos, o Conselheiro acusado disse que não precisava decinco minutos porque requer o prazo de 15 (quinze) dias para trazer a sua defesa escrita.Para tanto, constituiu o seu advogado, Dr. José Sérgio Nascimento Junior, presente naplenária, que o representará nos dois procedimentos administrativos instaurados naCâmara Municipal de Campinas e na Prefeitura Municipal. Pede que seja tudo feito demaneira formal para obedecer a necessidade de se documentar essas questões, mas nãoquer ficar preocupado com esse assunto e com os assuntos da Comunidade Negra, quetem muito a avançar. Externou à plenária o seu sentimento quanto a questão, dizendo queé advogado e deixa tempo do escritório para dedicar às questões da Comunidade Negra,que todos sabem de sua idoneidade de sua imparcialidade e que dá oportunidade paratodos se manifestarem nas reuniões, sem discriminação ou perseguição, mas, que são osConselheiros que irão fazer a avaliação sobre o seu comportamento. Disse que aacusação é absurda e já está lhe causando uma sensação ruim, de modo a afetar a suamoral, pois é obrigado a ir à Câmara Municipal se explicar. É também acusado no Centrode Referência que ajudou a construir, embora nem esteja constituído inteira eestruturalmente, mas que já está em precário funcionamento. Diz que não entendeu essadenúncia. Diz que qualquer um dos Conselheiros se sentiria mal emocionalmente diantede acusação dessa natureza. Citou enfrentamentos que fez em defesa de sacerdote deRio Claro, que de vítima passou a réu em um processo judicial, além de outros lugar,Santa Barbara do Oeste, etc. Disse que a indicação do Conselheiro denunciante para oComitê Técnico da Saúde da População Negra poderia até ter se atrasado, demorado,mas não há discriminação ou perseguição nesse episódio. Disse que respeita todos osConselheiros, os novos e os mais velhos. Em seguida, o presidente em exercício chamouEdna de Almeida Lourenço, representante do Carlão do PT, presidente da Comissão deDireitos Humanos da Câmara Municipal, que explicou que o protocolo chegou às mãos dopresidente da Câmara Municipal e ele convocou o presidente da Comissão para lheentregar a Denúncia. Foi a primeira vez que aconteceu esse tipo de Denúncia na casalegislativa. O presidente Carlão convocou e os envolvidos no documento estiveram nareunião da Comissão, sendo que o Sr. Maurílio disse que não aceitava a forma como ascoisas aconteceram e que ele achava que tinha sido discriminado. Formas duas reuniões,

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uma dia 06 de abril e outro dia 09 do mês de junho, mas não foi possível resolver aquestão fraternamente. Daí, ficou agendado o dia 22 de junho como limite paraencerramento da tramitação do procedimento na Comissão e a devolução do mesmo aopresidente da casa, com o relatório final. O Dr. Tagino apresentou a sua defesa escrita edocumentos, conforme lhe foi solicitado pela Comissão, e, no dia 30 de junho o assuntofoi encerrado na Comissão, sendo o processo retornado para o presidente da CâmaraMunicipal de Campinas pelo Ofício N. 147/2016, com a conclusão de que não é tarefa daComissão mediar questões jurídicas, mas com a avaliação de que seria melhor que estaquestão fosse tratada dentro do Conselho da Comunidade Negra. Nesse o momento, opresidente em exercício consultou a plenária sobre a prorrogação do prazo por mais meiahora, já que o relógio marcava 20h:30, o que foi aprovado, por unanimidade. Convidou opróximo inscrito, que foi o Conselheiro Moacyr Barra Grande Filho, que pra é o seguinte.Essa denuncia não procede e eu peço o arquivamento desse processo. Arquiva-se epronto. Pra mim não tem nada e peço que se arquiva e pronto. Convidado o próximoinscrito, Sr. Valdir de Oliveira, que disse, quero fazer um esclarecimento. Foi coordenadordo Comitê Técnico e afirma que a vaga é da entidade. As inscrições são feitas pelaentidade. O Conselho tem uma vaga, a CSPIR tem vaga, Faculdades e outras entidadese órgãos têm vaga, mas o Comitê Técnico tem de receber um ofício ou e-mail revelandoquem é o indicado para ocupar a sua vaga. Diz que recebeu a indicação do Maurílio nofinal de março ou abril de 2016, só que já estava no inicio de um processo eleitoral. Disseque o Conselho da Comunidade Negra já indicou seu representante para a gestão doComitê Técnico desse ano em diante. Convidou o próximo inscrito, que é o convidadoRonaldo de Almeida, representante do Cis Guanabara da UNICAMP. Ronaldocumprimentou os presentes e diz que foi membro do Conselho da Comunidade Negra nagestão do Moacyr. Disse que sempre teve problema de encaminhamento dentro dopróprio Conselho, inclusive deliberação de expulsão do Maurílio do Conselho, porque oele é uma pessoa que as vezes ajuda mais as vezes atrapalha. Eu estou tomandoconhecimento do fato nesse momento e aqui tem coisa que não tem sentido, pois elereclama de alguma coisa que ocorreu há muito tempo e não tem fundamento nenhum. Dizque está de acordo com o Conselheiro Moacyr, no sentido de por um ponto final nesseassunto. Não teria nem que ter colocado isso em pauta. Na minha opinião dou comoencerrado isso aqui hoje. O César solicita a palavra para fazer uma pontuação de ordem.Disse que o Maurílio esteve na mesa da reunião assinou a Lista de Presença e depois seretirou, de modo que não se deve considerá-lo como ausente, mas como um Conselheiroque se retirou da reunião. Ainda, na questão de ordem, a convidada, Ana Niceta deSouza, disse que o Maurílio assinou a Lista de Presença e pouco antes de começar areunião ele foi embora. Convidou o próximo inscrito, o Dr. José Sérgio Nascimento Junior,para fazer uso da sua palavra. Cumprimentou os presentes, disse que é advogado eprocurador do Município de Pedreira e veio a convite do Dr. Tagino para acompanhar areunião do Conselho e procurar auxiliar a todos no que for preciso sobre esse caso dedescriminação. Falou que seria bem sucinto, porque não era a sua intenção em fazer adefesa do presidente nesse momento, mas sim de trazer subsídios suficientes para osConselheiros tratarem do assunto. Explicou que discriminação é um negócio muito sério,muito grave, para ser jogado ao Conselho da maneira que foi colocado aqui no ofício pelo

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Conselheiro Maurílio. A discriminação sequer conseguiu ser individualizada no oficio pelodenunciante. Qual foi o ato específico que o presidente agiu de forma discriminatória?Não há. Em relação a perseguição, tem de tomar muito cuidado de utilizar esse tipo depalavra. O Brasil tem um histórico de perseguição, que revela a gravidade do problema,mas não é o caso. No caso presente, ocorre a prática da democracia e não perseguição.Diz que percebeu que o Conselho decidiu nessa noite até o tempo que cada um tem parase manifestar e isso é um grande exemplo na ordem de democracia. Se a vontade doConselheiro não foi atingida não configura perseguição. Diz que não houve discriminação,que, aliás, dentre as várias atribuições do Conselho a principal é essa de impedir aocorrência de ato discriminatório. Encerradas as inscrições de pronunciamento, o Sr.Presidente em exercício, disse que têm dois pontos a ser tratados. O primeiro é abrir paraa questão de ordem, relacionada a presença ou ausência do Maurílio na reunião, queresultou esclarecido que o Conselheiro Maurílio esteve presente, assinou a Lista dePresença, mas se ausentou sem participar da reunião do Conselho. Colocou a questão dapauta da discriminação em votação. As propostas dos Conselheiros que se manifestaram,inclusive acompanhadas com concordância de convidados que tiveram o mesmoproblema anteriormente, foi aprovada, por unanimidade, com um voto de declaração, doConselheiro Valdir de Oliveira, que era o Coordenador do Comitê Técnico da Saúde daPopulação Negra daquela gestão e que ele não tem de cobrar de ninguém para expedirofício indicando o seu representante. Diz que recebeu o ofício somente em abril de 2016 ea votação foi em maio de 2015, ou seja, um ano depois. Talvez seja isso que o Maurílioestá denunciando por discriminação. Eu não acho que seja uma discriminação, foi umapisada na bola, mas não uma discriminação. Diante disso, o presidente em exercícioinformou oficialmente que a Denuncia de Discriminação está arquivada, em razão doresultado da votação, observada a Declaração de Voto do Conselheiro Valdir de Oliveira,o qual ficaria constando em Ata. Declarou encerrado esse assunto e solicitou o retorno dopresidente, Tagino Alves dos Santos, à mesa dos trabalhos para tratar o item seguinte, ouseja, Assuntos Gerais. Na mesa, o presidente comunicou que o relógio estava marcando20h:51 e se alguém desejaria se pronunciar ou fazer encaminhamentos. A plenária ficouem silêncio, de modo que, não havendo mais nada a ser tratado, foi declarada encerradaa sessão, de cuja ata segue assinada pelo presidente, pelo vice-presidente em exercício epor mim, que a redigi. Sem mais.

TAGINO ALVES DOS SANTOS – presidente,

ANTONIO FREDERIDO PEREIRA – vice-presidente

LILIANE MARIA DE OLIVEIRA – secretária executiva