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www.aiba.org.br ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES E IRRIGANTES DA BAHIA | Surpreendente! A Bahia Farm Show 2015 movimentou R$ 1,033 bilhão em volume de negócios, contrariando uma tendência econômica nacional de retração que atingiu eventos agropecuários de grande porte no país este ano. ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES E IRRIGANTES DA BAHIA JUNHO|2015 . ANO 23 . Nº 234 www.aiba.org.br

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Surpreendente!A Bahia Farm Show 2015 movimentou R$ 1,033 bilhão em volume de

negócios, contrariando uma tendência econômica nacional de retração que atingiu eventos agropecuários de grande porte no país este ano.

ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES E IRRIGANTES DA BAHIA

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JUNHO|2015 . ANO 23 . Nº 234

Publicação mensal pela Associação de Agricultores e irrigantes da Bahia - Aiba

REDAÇÃO E EDIÇÃO: Rassana MilcentAPROVAÇÃO FINAL: Ivanir Maia

PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO: Leilson Castro - Marca Studio de CriaçãoIMPRESSÃO: Gráfica Irmãos Ribeiro

TIRAGEM: 3.000 exemplares

Comentários sobre o conteúdo desta publicação, sugestões e críticas, devem ser encaminhados para o e-mail [email protected]. A reprodução parcial ou total do conteúdo desta publicação é permitida desde que citada a fonte.

Av. Ahylon Macêdo, 11Boa Vista, Barreiras-BA | CEP: 47.806

Tel.: 77 3613-8000 | Fax: 77 9613.8020

Os bancos concluíram seus relatórios e confirmaram; a Bahia Farm Show 2015 movimentou R$ 1,033 bilhão em

volume de negócios. O anúncio do Plano Sa-fra 2015/16 no dia 02 de junho, abertura da Feira, definiu taxas de juros e fez com que os bancos presentes no evento retomassem linhas de crédito e financiamento. O reflexo disso foi a superação da meta estabelecida pelos organizadores da Bahia Farm Show, apesar de uma tendência econômica de re-tração que atingiu eventos agropecuários de grande porte no país este ano.

No último dia da feira, foi verificado o re-sultado parcial de R$ 972,2 milhões, mas al-

11ª edição da BahiaFarm Show atinge novamente o bilhão

guns negócios ainda estavam em andamento e se consolidaram durante a semana pós-fei-ra. Para o coordenador geral da Bahia Farm Show, Thiago Pimenta, o desdobramento dos negócios realizados durante a Feira, confirma a importância do evento para a região.

“As instituições financeiras ofereceram taxas atrativas e os expositores apresenta-ram o que há de mais moderno em tecnologia agrícola com preços convidativos. Se os ne-gócios continuam a acontecer, significa que o agricultor encontrou o que procurava e na condição que poderia pagar”, disse Pimenta.

Segundo ele, os setores que mais con-tribuíram para que a Bahia Farm Show atin-gisse novamente o bilhão foram os de ma-quinário e implementos.

Nos cinco dias de evento, passaram pelo local 63.772 visitantes que puderam confe-rir as novidades tecnológicas apresentadas

ESPECIAL BAHIA FARM SHOW

pelos 210 expositores da Feira. “ O número de visitantes foi menor do que o esperado, mas o volume de negócios correspondeu a nossa previsão. Isso mostra que o agri-cultor acredita no trabalho que faz e não para de investir. Agradeço aos bancos que demonstraram reconhecer a importância do setor agrícola e agradeço ainda aos ex-positores que prestigiaram nossa Feira”, concluiu Júlio Cézar Busato, presidente da Bahia Farm Show.

Em 2016, a maior feira de tecnologia agrícola e negócios do Norte-Nordeste do Brasil será realizada de 24 a 28 de maio.

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“No que depender do governo da Bahia, vamos agregar mais valor à produção, bus-cando verticalizar as cadeias produtivas e deixando no estado uma parcela maior da ri-queza aqui gerada. Estaremos sempre junto ao produtor”, avaliou o governador da Bahia.

Também foram entregues, de forma simbólica, quatro certificados de regulari-dade para os produtores Izabel da Cunha, Eunice Mizote, Marcelino Flores e Marilene Zancanaro, que seguiram todas as estra-

tégias de Defesa Fitossanitária na Bahia. Foram expedidos um total de 132 certifica-dos de regularidade, documento importante para que os agricultores possam pleitear o incentivo do Proalba. Para obter o certifica-do, os agricultores devem atender a medi-das de fiscalização como controle de pra-gas, como o Bicudo do Algodoeiro, cumprir a data limite para o arranquio das soquei-ras, eliminação das tigueiras e rotação de cultura; e uso correto de agrotóxicos.

Ogovernador da Bahia, Rui Costa, assi-nou durante a solenidade de abertura da Bahia Farm Show 2015, o decre-

to que renova o Programa de Incentivo à Cultura do Algodão da Bahia (Proalba) que desonera em até 50% as operações sobre o Imposto de Circulação de Mercadorias so-bre Serviços (ICMS). Ao lado do presidente da Associação dos Agricultores e Irrigan-tes da Bahia (Aiba), Júlio Cézar Busato, e do presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Celestino Zanella, o governador reforçou a parceria com os agricultores baianos ao renovar os incentivos fiscais.

“Serão cerca de R$6 milhões que serão revertidos para o monitoramento e combate de pragas e doenças, e pesquisas por meio da Fundação Bahia para difundir a tecnologia para aumentar a produtividade e expandir o algodão da nossa região para o Brasil e para o Mundo”, disse Celestino Zanella, que repre-senta 241 produtores de algodão da Bahia, estado que é o 2º maior produtor do Brasil.

Renovado programa de incentivo aos produtores de algodão

SERÃO CERCA DE R$6 MILHÕES QUE SERÃO REVERTIDOS PARA O MONITORAMENTO E COMBATE DE PRAGAS, DOENÇAS E PESQUISAS"Celestino Zanella, presidente da Abapa.

Durante a cerimônia de abertura da Bahia Farm Show, o presidente da Aiba, entida-de organizadora da Feira, Júlio Cézar Bu-

sato, destacou as parcerias entre as entidades representativas do agronegócio como principal fator para o crescimento da atividade na região. “A agricultura do oeste da Bahia é o reflexo do esforço conjunto dos agricultores que têm construído importantes parcerias com o gover-no do Estado, realizando ações de infraestru-tura, socais e de meio ambiente que estão se tornando modelos para o Brasil”, afirmou.

Busato destacou ainda a importância da continuidade de projetos como a Fiol (Ferro-via de Integração Oeste-Leste), o Porto Sul e a hidrovia do Rio São Francisco para dar mais competitividade ao agronegócio da região. “Cerca de 70% do que nós produzimos aqui no oeste da Bahia tem como principais mercados consumidores os estados do Ceará e Pernam-buco. Precisamos resolver nossos problemas de logística e aumentar a rentabilidade do produtor”, destacou.

Uma das ações desenvolvidas neste senti-do foi a parceria entre agricultores e prefeitu-ras, com destaque para a do município de São Desidério, que possibilitou a recuperação de diversos trechos de estradas vicinais.

Busato ressaltou também o aumento do número de expositores, que passou de 180 ex-positores em 2014 para 201 este ano. “Quero deixar meu agradecimento especial a quem faz esse show acontecer todos os anos, que são os nossos expositores. Esse ano, eles trouxeram mais de 600 marcas. Essa troca

Bahia Farm Show é aberta celebrando as parcerias

A AGRICULTURA DO OESTE DA BAHIA É O REFLEXO DO ESFORÇO CONJUNTO DOS AGRICULTORES QUE TÊM CONSTRUÍDO IMPORTANTES PARCERIAS"

Júlio César Busato, presidente da Aiba.

de informação proporciona ao nosso produtor levar para casa o conhecimento necessário para reduzir seu custo e aumentar a sua pro-dutividade e amplia o seu ganho”.

O governador da Bahia, Rui Costa, ressal-tou a importância do protagonismo do oeste baiano no Matopiba. “Tivemos uma reunião recentemente com os representantes das as-sociações de produtores e, no que depender do governo da Bahia, nós vamos agregar mais valor à nossa produção, buscando verticali-zar as nossas cadeias produtivas do oeste da Bahia, deixando no estado uma parcela maior da riqueza aqui gerada”, avaliou o governador.

Rui anunciou que já foi assinada a ordem de serviço para a recuperação da rodovia que liga Formosa do Rio Preto à Coaceral. “Ontem foi publicada a ordem de serviço para os 75

quilômetros desta estrada onde faremos um investimento de R$ 13 milhões de reais”.

Também estavam presentes na solenidade de abertura o vice-governador, João Leão; o deputado federal Cacá leão; os deputados es-taduais Eduardo Salles e Vitor Bonfim; o pre-feito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz; o prefeito de Barreiras, Antônio Henrique; o prefeito de São Desidério, De-mir Barbosa; o presidente da Abapa, Celesti-no Zanella; o presidente da Fundação Bahia, Ademar Marçal; o superintendente do Senar Bahia, Geraldo Machado; a presidente da As-somiba, Ida Barcellos; o diretor geral da Adab, Oziel Oliveira; e os representantes das entida-des financiadoras presentes na Feira, como Banco do Brasil, Caixa Econômica, Santander, Bradesco e Desenbahia.

ESPECIAL BAHIA FARM SHOW ESPECIAL BAHIA FARM SHOW

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ESPECIAL BAHIA FARM SHOW

Em uma cerimônia informal, o presi-dente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa),

João Carlos Jacobsen, foi homenageado, no dia 06 de junho, pelo trabalho que tem feito pelo agronegócio do oeste da Bahia e de todo o país. Participaram da home-nagem, produtores, familiares e os pre-sidentes da Aiba, Abapa, Aprosem-BA, Sindicato Rural de Luís Eduardo e Sindi-cato dos Produtores Rurais de Barreiras.

O vice-presidente da Abrapa e presi-dente da Aiba, Júlio Cézar Busato, elo-giou a trajetória de Jacobsen e relatou que o trabalho que este vem fazendo jun-to ao governo federal tem ajudado a mu-dar o cenário do agronegócio. ”É desgas-tante, mas não podemos desistir. Temos

Presidente da Abrapa é homenageado

que olhar pra frente e lutar. Os produto-res estão passando a acreditar que com trabalho, ajuda e lideranças, nós vamos conseguir avançar nas questões que são necessárias e eu acho que mais produ-tores vão querer participar e engrossar nossas fileiras nessas batalhas do dia a dia”, disse Busato.

A importância do trabalho de Jacobsen também foi ressaltada pelo presidente da Abapa, Celestino Zanella. “A maior parte dos produtores não faz ideia do trabalho que é conduzir alguns assuntos e assu-mir determinadas posições que estamos assumindo. Uma parcela significativa do trabalho que estamos fazendo, se deve a empenho”, afirmou.

A frente da Abrapa há seis meses, en-tidade que representa 99% de toda a área plantada, 99% da produção e 100% da ex-portação de algodão no Brasil, Jacobsen agradeceu a homenagem vinda de agri-cultores, que como ele, escolheram o oes-te da Bahia para viver e trabalhar. “ Tudo o que aconteceu em minha vida, eu tive a ajuda de pessoas. Nada do que está sendo feito, tem sido sozinho. Hoje, ver a Funda-ção Bahia, a Aiba e a Abapa, unidas e tra-balhando juntas também com os dois sin-dicatos, é muito importante. Tudo o quem vem acontecendo é resultado desta união. Eu agradeço e vou continuar fazendo meu melhor neste um ano e meio que me res-tam na Abrapa”, concluiu emocionado.

HOMENAGENSESPECIAIS

Todos os anos a Bahia Farm Show ho-menageia alguém que acreditou no cerrado baiano e trabalhou para que

ele prosperasse. Este ano, foram feitas duas homenagens. A primeira foi para o presidente da Confederação da Agricul-tura e Pecuária (CNA) , João Martins, por sua história de luta pelo crescimento da agropecuária da Bahia e, agora, do Brasil e também pelo apoio que tem dado para a realização da Bahia Farm Show. A ho-menagem foi entregue por Júlio Cézar Busato ao presidente do Senar, Geraldo Machado, que representou o Martins.

O segundo homenageado foi o agri-cultor Paulo Mizote pelo engajamento nos projetos da Aiba e pelo trabalho de geração de emprego e renda na região. Somente ele, gera cerca de 300 empre-gos diretor no período da safra e todas as suas propriedades obedecem aos rigores das leis trabalhista e ambiental. A home-nagem foi entregue a ele pelo vice-presi-dente da Aiba e produtor responsável pela Bahia Farm Show, Odacil Ranzi.

A ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, foi rece-bida no dia 06 de junho, pelo presiden-

te da Bahia Farm Show, Júlio Cézar Busato. Após percorrer alguns estandes, ela fez um pronunciamento às autoridades e público presente onde destacou a importância da fei-ra para o desenvolvimento tecnológico e agrí-cola nacional. “A Bahia é modelo para o Bra-sil em relação à agricultura e a Bahia Farm Show representa mais que uma vitrine de ino-vação tecnológica. Ela representa o ânimo do produtor rural, que faz da agricultura um dos setores que mais cresce no Brasil”.

Além de destacar a disponibilidade da ministra em estar presente na feira, o pre-sidente da Bahia Farm Show, frisou o em-penho de Kátia Abreu na criação do Matopi-ba, reforçando a importância na região no cenário agrícola nacional. “Agradecemos sua disponibilidade e esforço tanto para vi-sitar a Bahia Farm Show quanto no apoio à criação do Matopiba. Ele será o acelerador do processo das obras de infraestrutura e logística pelo Governo Federal que tanto

Ministra da Agricultura visita Bahia Farm Show

precisamos para nossa região”.Durante a visita aos estandes, a ministra

esteve acompanhada por Busato; pelo pre-feito de Luís Eduardo Magalhães, Humber-to Santa Cruz; pelo presidente da Abrapa,

João Carlos Jacobsen; pelo presidente da Abapa, Celestino Zanella; pelo presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Bar-reiras, Moisés Schmidt; e pela presidente do Sindicato Rural de LEM, Carminha Missio.

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ESPECIAL BAHIA FARM SHOW

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ESPECIAL BAHIA FARM SHOW

AMinistra da Agricultura, Kátia Abreu destacou, em seu discurso, o desem-penho do agronegócio da Bahia como

exemplo para a necessidade do avanço das políticas agrícolas na região do Matopiba.

Sobre as linhas de financiamento e crédito propostas no plano safra 2015-16, a ministra enfatizou que pretende dar agi-lidade na publicação das portarias, pre-vistas para serem lançadas na próxima semana. “Vamos publicá-las rapidamen-te, para que no dia 2 de julho o dinheiro já esteja na conta”, revelou.

Ela chamou a atenção para o avanço no custeio agrícola que o plano proporcio-nou, com aumento de 20% no volume total do crédito rural, afirmando que nas áreas subvencionadas houve um aumento de R$ 6,5 bilhões, enaltecendo o fato de o go-verno ter conseguido fixar os juros entre 7,5% no menor volume de crédito a 8,75% no maior volume, mantendo o juros rural na faixa da inflação.

Sobre a questão da tarifa de energia, chamada de “bandeira vermelha”, objeto de reclamação entre os produtores agrí-colas, Kátia Abreu disse estar em nego-ciação com o Ministério do Planejamento, ao afirmar que a bandeira vermelha não seja o real problema, mas sim o aumento na tarifa de energia como todo.

INFRAESTRUTURA – A rodovia BR-020, que liga o oeste baiano ao estado do Piauí, é um dos principais gargalos para o

Kátia Abreu destaca importância do agronegócio baiano na região do Matopiba

escoamento da produção da região. Segun-do a ministra, esta rodovia estará no PAC 3. “Gostaria de reiterar nosso compromisso no Matopiba com relação à rodovia BR-020, que é essencial e estará no PAC 3 [Progra-ma de Aceleração do Crescimento] para que nós possamos levar o nosso milho e a nossa soja até o Nordeste brasileiro”, disse.

Kátia Abreu foi bastante aplaudida ao

destacar os problemas que os produtores de milho estão enfrentando com relação à competitividade frente à produção vin-da de outros estados para serem comer-cializadas no Nordeste. “Estou fazendo estudos para evitar o prejuízo que essa região tem tido com alguns instrumentos de comercialização como o milho. Nós es-tamos encontrando um meio de não pre-judicar o oeste da Bahia, para não preju-dicar o Matopiba, mas também para não deixar outras regiões desabrigadas, que são grandes produtoras. Nós vamos en-contrar formas para que isso possa ser amenizada e essa injustiça possa ser cor-rigida”, explicou.

Demais temas como seguro agrícola, tecnologias da Embrapa no desenvolvi-mento de produtos voltados especifica-mente para o Matopiba, a criação de uma área de livre comércio agrícola entre a União Européia e o Mercosul foram abor-dados pela ministra, que deixou a feira afirmando estar muito otimista com o se-tor agrícola no Brasil e principalmente na região do Matopiba.

ESPECIAL BAHIA FARM SHOW

OPlano Safra 2015/2016, anunciado no dia 02 de junho, disponibilizou ao setor agrícola R$187,7 bilhões

em recursos, sendo R$ 149,5 bilhões para financiamento de custeio e comercializa-ção e R$ 38,2 bilhões para os programas de investimento. O valor, 20% maior que o da safra anterior, proporcionou, segundo os agentes financeiros presentes na 11a edição da Bahia Farm Show, a retomada de crédito junto aos agricultores e o incre-mento das vendas de máquinas e imple-mentos durante a feira no oeste da Bahia.

O superintendente regional da Caixa Econômica Federal no oeste da Bahia, Walter Siqueira, afirmou que o banco le-vou uma linha de crédito de até R$ 385 mil e que atendia à compra de grande parte dos maquinários em exposição na Bahia Farm Show. “Essa linha estava com uma taxa de juros de 6,5%. Esse investimento é vantajoso porque é de fácil liberação, pois o recurso está no próprio banco e financia até 80% do valor do equipamento que o produtor deseja adquirir”, esclareceu.

Já para o presidente da Desenbahia (Agência de Fomento do Estado da Bahia), Otto Alencar Filho, a aposta foi o financia-mento de máquinas e equipamentos da

Instituições financeiras garantem crédito facilitado durante Bahia Farm Show

linha agroindustrial. “Financiamos para clientes que já tinham cadastro na De-senbahia até 100% do equipamento com taxa de 7,5% ao ano. Para aqueles que são novos clientes, financiamos até 90% com a mesma taxa”, declarou Otto. Ele garan-tiu ainda que na Desenbahia não faltou recursos. “Para os pequenos oferecemos uma linha específica de crédito com 184 postos de microcrédito em parceria com as prefeituras. O micro e pequeno pro-dutor também podem nos procurar para viabilizar seus projetos na área agrícola”, finalizou.

A garantia de crédito para o agrone-gócio reflete a importância do setor para a economia brasileira neste momento de retração. Além da Caixa Econômica e da Desenbahia, participam da feira os bancos Bradesco, Santander, Banco do Nordeste e Banco do Brasil.

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ESPECIAL BAHIA FARM SHOW

Referência na exposição de novas tecnolo-gias agrícolas, a Bahia Farm Show, apre-sentou mais de 600 marcas de máquinas,

implementos agrícolas, caminhões e equipa-mentos que facilitam o dia a dia no campo.

No estande da New Holland, por exemplo, uma das peças que atraiu muitos olhares foi a nova Colheitadeira Classe 8, uma máquina de alta tecnologia que permite ao produtor ter uma colheita mais rápida com grande rendi-mento operacional e maior capacidade de ar-mazenamento dos grãos.

Para o representante comercial da New Holland, Marcelo Martins, tem crescido a pro-cura por este tipo de equipamento. “Devido ao relevo plano que permite cada vez mais má-quinas grandes, temos essa intensificação em investimentos deste tipo de maquinário”, diz.

É justamente o que procurava Egon Schwingel, agricultor estabelecido no oeste da Bahia desde 1980 e que sempre acompanha a evolução tecno-lógica. “Procuro sempre renovar os equipamentos. Vale a pena investir em máquinas que contribuam para o aumento da produtividade”, disse.

Tecnologia de ponta e inovações paraa agricultura atraíram bons negócios

O uso de equipamentos menores, mas de alta precisão na plantação de sementes e apli-cação de defensivos agrícolas também foi des-taque na Bahia Farm Show. O representante comercial da Trimble Brasil Soluções, Rodrigo Lampert explicou a importância da utilização de máquinas que evitam o desperdício de pro-dutos e a contaminação do solo.

“Trouxemos para a feira um sensor simples que, por meio de raios infravermelhos acopla-dos ao pulverizador, identifica e aplica o produ-to diretamente na planta daninha, garantindo economia financeira e ambiental”, explicou.

Já o monitoramento de grandes áreas e também de rebanhos fica por conta dos modernos drones. Imagens aéreas feitas por máquinas fotográficas modificadas per-mitem identificar falhas no plantio, acom-panhar o desenvolvimento da plantação e das áreas de pasto. “É sem dúvidas uma tecnologia necessária para garantir o moni-toramento agrícola e pecuário”, analisou o técnico da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Lázaro Bastos.

ESPECIAL BAHIA FARM SHOW

ABahia Farm Show atrai estudantes e pesquisadores de várias re-giões da Bahia e de estados como Tocantins e Piauí. Durante os cinco dias do evento, centenas de universitários, alunos de Ensino

Médio e Fundamental e profissionais ligados ao segmento do agronegó-cio percorrem a feira em busca de conhecimento e novas oportunidades.

Os alunos de Engenharia Agronômica do Instituto Federal do To-cantins (IFTO) Campus de Dianópolis, a 120 km de Luís Eduardo Ma-galhães, agendaram a visita para o segundo dia do evento. “Sabemos da importância da Bahia Farm Show, então fizemos este esforço em trazer nossos alunos. A feira é uma vitrine para o conhecimento, muito do que é visto teoricamente em sala de aula, pode ser conferido aqui, na prática”, explicou o coordenador de Administração, Marcos Galvão.

Para a estudante Iara Gonçalves que cursa o 5º semestre de Agro-nomia na Universidade do Estado da Bahia (Uneb) Campus de Barrei-ras, a feira está cheia de novidades. “Visitamos todo o complexo e pu-demos ver a diversidade dos produtos e maquinários disponíveis, além de conhecer as variedades de soja e algodão”, revela ao destacar que o evento também proporciona troca de contatos para a inserção do pro-fissional no mercado de trabalho.

Até o último dia do evento, mais de 20 caravanas de escolas públi-cas, particulares e universidades passaram pelo Complexo Bahia Farm Show. Foram cerca de mil estudantes e pesquisadores que participa-ram de palestras, debates e demonstrações inovadoras.

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ESPECIAL BAHIA FARM SHOW - PROGRAMAÇÃO

Aprogramação de palestras da Bahia Farm Show 2015 foi aberta no dia 02 de junho com o Fórum do Canal Rural

que debateu o tema “Financiamento e Crédito para o Agronegócio”. Foram ressaltados no encontro, os entraves burocráticos para aqui-sição de financiamento pelos produtores ru-rais e a importância do crédito agrícola como suporte para o crescimento da produção da úl-tima fronteira agrícola do Brasil – o Matopiba.

O presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, apontou a necessidade de investimentos e melhorias para agilizar os processos de finan-ciamentos para maior incremento da econo-mia agrícola. “Temos 2.5 milhões de hectares que podem ser incorporados à produção, mas precisamos de investimentos para a aquisi-ção de máquinas e fertilização de solo com taxas de juros compatíveis a nosso negócio”, afirmou ao reclamar dos entraves burocráti-cos para aquisição dos financiamentos.

O administrador e especialista em Crédito Coorporativo, Ricardo Prado, disse que o Brasil tem uma responsabilidade importante no ce-nário mundial quanto à produção de alimentos. “A abertura de novas áreas demanda capital ao produtor, especialmente, a longo prazo. Daí a necessidade de planejamento e avaliação”.

A questão também foi comentada pelo especialista em Gestão do Agronegócio, Antô-nio Carlos Ortiz. “Uma das peculiaridades do

Crédito agrícola é debatido durante Fórum do Canal Rural

Brasil é a sequência de burocracias e de altos custos para a aquisição de crédito e financia-mento, a exemplo dos custos de documentos pagos em cartórios”, explicou.

Ortiz também falou sobre a necessidade do seguro agrícola. Segundo ele, existe um padrão universal de seguro que não atende as necessidades do agricultor brasileiro. Todos são baseados na diversificação do risco. Para ele, além de se utilizar um modelo de segu-ro específico, também deveria se criar um Fundo de Catástrofes. A ideia do fundo tam-bém foi defendida pelo presidente da Abapa, Celestino Zanella. “A agricultura é sistêmica. Quando acontece um problema, ele atinge muita gente, por isso a importância do Fundo

de Catástrofe”.Ainda sobre o seguro agrícola, o coorde-

nador geral da Secretaria de Políticas Agríco-las do Ministério da Agricultura, Sávio Rafael Pereira, disse reconhecer os problemas rela-cionados ao seguro agrícola e que o progra-ma está sendo revisto. “Estamos articulando melhorias junto ao governo, aos produtores e às seguradoras”, adiantou.

“Apesar do momento difícil que o país atravessa, o agricultor continua acredi-tando e tem mostrado com números sua contribuição para o país”, concluiu Busato afirmando que os temas de interesse do produtor rural continuarão sendo o foco dos debates da Bahia Farm Show.

ESPECIAL BAHIA FARM SHOW - PROGRAMAÇÃO

AFundação Bahia, em parceria com a Embrapa, apresentou uma nova cultivar de soja com resistência a

lagartas e ao nematóide durante a Bah-ia Farm Show 2015. Com alto potencial produtivo para a região do Matopiba (Ma-ranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a varie-dade de soja BRS 9180 IPRO possui to-lerância ao herbicida glifosato e eficácia contra as principais lagartas da cultura da soja, entre elas a Helicoverpa armigera.

Responsável pela área de difusão e transferência da Fundação Bahia, o agrô-nomo Marlo Friedrich, explicou que a nova cultivar deverá ser lançada após a liberação pelo Ministério da Agricultura. “A nova variedade será de grande apoio para o produtor que precisa combater, ao mesmo tempo, o nematóide e às pragas na cultura da soja”. Também foi apresen-

Fundação Bahia e Embrapa apresentam nova tecnologia com resistência a lagartas e nematoides

tada a cultivar de soja BRS 8280 RR, que alia os benefícios do gene Roundup Ready à resistência aos nematóides, já disponi-bilizada pela Fundação Bahia.

Outro trabalho desenvolvido pelas duas instituições são as cultivares con-vencionais BRS 8381 e BRS 7980 – tam-bém resistentes ao nematóide. Elas po-dem ser utilizadas para as áreas de refúgio estruturado, recomendado pelo Programa Fitossanitário do Oeste da Bahia, para pro-teger as cultivares de tecnologia BT resis-tente aos insetos. Como diferencial, a BRS 7980 é resistente aos nematóides do cisto (raças 1,3 e 5) e aos nematóides causado-res de galhas M,Javanica e M. Incógnita.

De acordo com o técnico de prospec-ção e avaliação de tecnologias da Embra-pa, João Luís Dalla Corte, as tecnologias focaram em cultivares para resistência

às pragas que vem afetando a produtivi-dade dos agricultores da região. Ele, no entanto, alertou sobre a importância do manejo de pragas para tornar eficiente o resultado das cultivares transgênicas, a exemplo da BRS 9180 IPRO, que será brevemente lançada. “É importante que o produtor conheça bem a sua propriedade, faça a análise do solo e saiba qual tipo de praga para utilizar a ferramenta correta”, recomendou.

Também são variedades produzidas e comercializadas pela Fundação Bahia, em parceria com a Embrapa, as cultivares de al-godão BRS 371RF e BRS 368RF; são os pri-meiros materiais brasileiros com a tecnolo-gia RR Flex, que oferecem maior flexibilidade no controle de plantas daninhas, permitindo a aplicação do herbicida em qualquer fase de desenvolvimento do algodoeiro.

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Os deputados estaduais que compõem a Comissão Permanente de Agricul-tura e Política Rural da Assembleia

Legislativa da Bahia (AL-BA) realizaram uma audiência itinerante durante a progra-mação da Bahia Farm Show. O encontro foi marcado pela discussão de Projetos de Lei em tramitação na Assembleia que são de interesse direto do setor do agronegócio.

O presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, abriu a audiência destacando a importância da comissão para discutir a criação de po-líticas públicas que impactam diretamente no setor agrícola. “Existem vários entraves na legislação do setor agrícola que preci-sam ser resolvidos para eliminar gargalos que possam eventualmente prejudicar a agricultura em nosso estado. É importan-te que essa Comissão avalie determinados Projetos de Lei com isenção e conhecendo a realidade do agricultor”.

Comissão de Agricultura da AL-BA realiza audiência itinerante na Bahia Farm Show

Em sua fala, o presidente da Comissão, deputado Vitor Bonfim (PDT), ressaltou que os parlamentares têm estado em contato com os produtores rurais que estão preocupados com o Projeto de Lei 21.273/15, de autoria do deputado Marcelino Galo (PT), que proíbe o uso e comercialização de agroquímicos que contenham determinados princípios ativos. “O projeto tem que ser aprovado primeiro por essa comissão para depois entrar na pauta de votação na Assembleia e entendemos que precisa ser debatido com cautela, pois sabe-mos que os defensivos agrícolas são funda-mentais para garantir a produção”, explicou.

O deputado Eduardo Salles (PP) desta-cou sua posição contrária ao projeto. “Não podemos permitir um atraso como esse na produção de alimentos quando vemos que a população mundial já ultrapassa os 7 bi-lhões de habitantes e a questão alimentar será um grande desafio no futuro”, declarou.

Durante a audiência também foi levantado o problema da elevação dos custos das taxas cartorárias para a regularização e o registro das propriedades rurais, aprovada por lei no final de 2011, e que está reduzindo a compe-titividade do estado, na medida em que al-guns serviços ficaram até 400% mais caros.

Retomando a palavra, Busato abordou também a questão da distância entre os po-ços e da legislação que determina a outorga da água, que segundo ele tem impedido a expansão da produção agrícola na região, e defendeu estudos mais detalhados para es-pecificar os limites reais para a agricultura irrigada. “Temos hoje no oeste baiano uma área de 135 mil hectares irrigados e nós acre-ditamos que podemos chegar a 500 milhões. Mas isso precisa ser feito com muita respon-sabilidade. O agricultor é o maior interessado que o rio seja preservado”, explicou.

Outras demandas da região do cerrado baiano, como soluções para incrementar a logística regional, promovendo o escoamen-to da safra iminente e a desburocratização dos processos de certificação georreferen-ciada do Incra também foram tema de de-bates entre os parlamentares. Participaram da audiência os deputados Carlos Ubaldino (PSD), Marquinho Viana (PV), Pedro Tava-res (PMDB), Pablo Barrozo (DEM) e Antonio Henrique Júnior (PP), além do prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz e do presidente da Adab, Oziel Oliveira.

ESPECIAL BAHIA FARM SHOW - PROGRAMAÇÃO

As dificuldades no processo de sucessão de empresas familiares foram apresen-tadas durante palestra do consultor do

Sebrae e especialista em gestão organizacio-nal, José Mário Júnior. O público, formado por filhos de produtores, debateu a importância da inserção dos jovens no agronegócio para uma futura sucessão administrativa.

O palestrante focou nos desafios e nas estratégias para a condução de um possível

Representantes dos elos da cadeia produtiva do milho no oeste baiano se reuniram duran-te a Bahia Farm Show para uma reunião da

Câmara Setorial de Grãos. Na pauta da reunião es-tavam as ações que precisam ser tomadas para a melhoria nos mecanismos públicos de comerciali-zação da safra e para resolver problemas crônicos de escoamento do milho produzido na região.

A discussão sobre a infraestrutura para o trans-porte da safra foi reforçada com um panorama geral das principais obras em andamento na região e que vão tornar essa logística mais eficiente. Segundo o di-retor de Relações Institucionais da Aiba e secretário executivo da Câmara de Grãos, Ivanir Maia, está em andamento a criação de uma agência articuladora que dará mais celeridade aos assuntos estruturan-tes dessa última fronteira agrícola, que é o Matopiba. Especificamente, para o oeste da Bahia, as principais necessidades são a conclusão da ferrovia Oeste--Leste, o Porto Sul e a conclusão da BR-242 ligando a região ao Tocantins e da BR-020, elo entre o oeste baiano ao sul do Piauí. “Se essa ação, visando o for-talecimento do Matopiba acontecer, teremos uma fluência logística muito importante”, disse Maia.

Foi tema ainda dos debates o impacto do sis-tema de bandeiras tarifárias que institui uma taxa extra na conta de luz quando a geração energética se torna mais cara. Os agricultores defendem que a Câmara Setorial de Grãos deve se posicionar con-

Sucessão Familiar em debate

ESPECIAL BAHIA FARM SHOW - PROGRAMAÇÃO

Câmara Setorial de Grãos discute infraestrutura tra a inclusão dos consumidores rurais no sistema de bandeiras e intervir junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A taxa adicional batizada de “bandeira vermelha”, elevou os custos com energia nas culturas irrigadas em até 312%. “O produtor que pagava R$ 40 mil de energia elétrica passou a pagar R$ 120 mil. Antes havia um programa com horário privilegiado de custo para o produtor de cultura irri-gada, mas agora não existe mais e isso comprome-te a sustentabilidade da cadeia produtiva”, explicou Luiz Pradella, presidente da Cooperfarms.

Outros temas discutidos foram a atualização da planilha de custo da Conab, que determina o preço do milho e que, segundo os produtores está desatualizada; além da necessidade de se criar um mercado consumidor, por meio de um complexo industrial e mecanismos para atrair investidores à região também foram discutidos.

importância da inserção dos jovens no agro-negócio para uma futura sucessão administrativa.

O palestrante focou nos desafios e nas estraté-gias para a condução de um possível processo de sucessão familiar. Segundo José Mário, ao chegar o momento, os gestores das empresas familiares devem passar por etapas como código de ética, diagnóstico societário e planejamento patrimonial. “Somente 30% das empresas familiares conse-guem sobreviver à segunda geração, enquanto 10% chegam à terceira. É preciso formar os su-

processo de sucessão familiar. Segundo José Mário, ao chegar o momento, os gestores das empresas familiares devem passar por etapas como código de ética, diagnóstico societário e planejamento patrimonial. “Somente 30% das empresas familiares conseguem sobreviver à segunda geração, enquanto 10% chegam à terceira. É preciso formar os sucessores, mas é preciso ter planejamento e regras estabele-cidas no grupo familiar”, explicou.

Embora ainda não tenha chegado o momento de suceder o pai, o jovem Seiji Mizote já trabalha na empresa no apoio à administração da fazenda e acredita na importância do planejamento e pre-paração para uma futura sucessão. “A palestra traz uma noção de caminho para que as empre-sas possam fazer bem essa transição”, afirma.

A palestra sobre sucessão familiar faz parte das ações do Produjovem, programa da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) que prepara cerca de 15 filhos de associados para serem as futuras lideranças do agronegócio regional.

cessores, mas é preciso ter planejamento e regras estabelecidas no grupo familiar”, explicou.

Embora ainda não tenha chegado o momento de suceder o pai, o jovem Seiji Mizote já trabalha na empresa no apoio à administração da fazenda e acredita na importância do planejamento e pre-paração para uma futura sucessão. “A palestra traz uma noção de caminho para que as empresas possam fazer bem essa transição”, afirma.

A palestra sobre sucessão familiar faz parte das ações do Produjovem, programa da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) que prepara cerca de 15 filhos de associados para serem as futu-ras lideranças do agronegócio regional.

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Aaplicação de boas práticas de mane-jo agrícola, entre elas, a adoção do refúgio estruturado foi destaque na

programação da Bahia Farm Show 2015. Durante a reunião do Programa Fitossa-nitário do Oeste da Bahia, os agricultores e pesquisadores defenderam a estratégia como a principal forma de preservar a efi-cácia da variedade transgênica BT (cultivar resistente aos insetos). O refúgio estrutu-rado consiste no plantio de área com grãos convencionais como forma de manejo do inseto nas lavouras com tecnologia BT. De-vem ser respeitados os percentuais reco-mendados que separa a tecnologia trans-gênica da convencional, sendo 20% para soja e algodão; e 10% para algodão.

Agricultores defendem adoção de refúgio estruturado durante reunião do Programa Fitossanitário do Oeste da Bahia

ESPECIAL BAHIA FARM SHOW - PROGRAMAÇÃO

O especialista em manejo da resistência de insetos, Patrick Dourado, explicou que a ausência do refúgio prejudica a longevidade da tecnologia BT, cultivar resistente ao in-seto, produzida com a proteína extraída da própria praga. “Esse debate sobre o refúgio é importante para tentar acertar as novas gerações de soja, algodão e milho BT”.

O engenheiro e consultor agronômico, Walter Garcia, acredita na difusão de infor-mação para sensibilizar os agricultores para a adoção da área de refúgio como forma de manter a biotecnologia das culturas trans-gênicas. “Com base em pesquisas científi-cas, aprendemos como sensibilizar o pro-dutor da importância do uso do refúgio para reduzir a incidência de praga dos insetos na

cultivar BT prejudicando o investimento na tecnologia”, afirmou.

“Muitos produtores tem medo de per-der áreas de produção, mas o risco não vale à pena. É melhor investir no refúgio e garantir a produtividade de várias safras”, alertou o coordenador técnico do Progra-ma Fitossanitário do Oeste da Bahia, Ce-lito Breda. Segundo ele, a utilização da tecnologia BT pode funcionar bem sem a área de refúgio, mas esta é uma reação a curto prazo. “A região apresenta ca-racterísticas propícias para proliferação de doenças. O produtor precisa ter mui-to cuidado, pois há grande probabilidade dessas pragas adquirirem resistência à tecnologia BT”, completou.

A aplicação de novas tecnologias no cam-po foi o principal foco da palestra “Mer-cado de Trabalho no Agronegócio”, mi-

nistrada pelo produtor rural e administrador, Davis Schmidt. Com auditório lotado, foram abordadas as principais oportunidades que são oferecidas hoje pelo segmento, dando destaque às profissões cujos recursos huma-nos estão mais escassos.

“A expansão da participação da agricultura na economia brasileira e a consequente espe-cialização tecnológica do setor criaram uma demanda crescente por profissionais melhor capacitados para atuar nos novos empreendi-mentos do agronegócio”, explicou Schmidt.

Ele esclareceu ao público, formado em sua maioria por professores e estudantes de cursos técnicos na área agrícola e por profis-sionais de recursos humanos, que o potencial agropecuário no Brasil está crescendo e que o volume de recursos gerados pelo agronegó-cio já ultrapassa a marca de 23% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. “As projeções são de crescimento ainda mais acentuado nos próximos 10 anos. Porém, todo esse desenvol-vimento depende de profissionais qualificados que atuem em gestão, produção e distribuição

Oportunidades de trabalho no agronegócio

da produção agrícola”, avaliou.Quem participou da palestra pôde conhe-

cer melhor quais são as principais caracte-rísticas do mercado de trabalho voltado ao agronegócio, com informações sobre o perfil do profissional, sua atividade principal, a habi-litação necessária e os pontos críticos de cada

ramo de atuação. Graduações em áreas como tecnologia agrícola, gestão ambiental, zootec-nia, agronomia, engenharia de alimentos e ou-tros cursos que lidam com a cadeia produtiva rural são boas alternativas para quem busca oportunidades no mercado de trabalho.

Foi atrás dessas chances que o estudante Pablo Bruno de Almeida, 18 anos, fez o curso de técnico agrícola no Cetep (Centro Territorial de Educação Profissional). Ele diz que o con-teúdo da palestra foi muito interessante para quem procura uma oportunidade de trabalho nesse setor. “Me abriu os olhos para essas opções de emprego e deu dicas importantes sobre o mercado de trabalho. Acho que muitos saíram daqui com uma nova visão sobre esse ramo”, disse.

Finalizando a apresentação, Schimidt abordou os desafios do setor rural e destacou que no momento da seleção é preciso estar atento se o candidato está apto para traba-lhar distante da zona urbana e a enfrentar as adversidades encontradas por quem atua no campo, dando dicas sobre o processo de sele-ção, análise curricular, perfil dos candidatos e realização de entrevistas.

AS PROJEÇÕES SÃO DE CRESCIMENTO AINDA MAIS ACENTUADO NOS PRÓXIMOS 10 ANOS. PORÉM, TODO ESSE DESENVOLVIMENTO DEPENDE DE PROFISSIONAIS QUALIFICADOS QUE ATUEM EM GESTÃO, PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA"

Davis Schmidt, produtor rural e administrador.

ESPECIAL BAHIA FARM SHOW - PROGRAMAÇÃO

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ANIVERSARIANTES DE JULHO01/0701/0702/0702/0702/0703/0703/0704/0704/0704/0704/0704/0705/0705/0705/0705/0705/0707/0707/0708/0709/0709/0710/0710/0711/0711/0711/0711/0712/0712/0713/0713/0713/0713/0714/0714/0715/0715/0716/0716/0716/0716/0716/0716/0717/0717/0717/0717/0717/0718/0718/0719/0719/0719/0720/0720/0720/0720/0720/0720/0721/0721/0721/0722/0722/0723/0723/0723/0723/0723/0724/0725/0725/0725/0725/0725/0726/0726/0727/0727/0727/0728/0728/0728/0729/0729/0729/0729/0730/0730/0730/07

AUREA DE OLIVEIRAPAULO SILVIO COPPETTICLAUDIO LUIZ SCHAFERJORGE ALVES PEREIRAPAULINO KOITIRO OZAKIDIRCEU MARCOS DELATORREOLIRA MARIA RECKERSALFIO GABRIEL THOMASELLI FILHOCLAUDIA MARIA GRANEROCRISTIANO OSMAR BOGIANOEDILSON BERTOLDIJUDILIANE SCHMITTZ GOLINCLAUDIO MARÇALIVAN CARLOS COMPARIM JOAO BATISTA FERRINELSON YOSHIO IGARASHIRUDI GERTZDIRCEU GRAEBINGENESIO PERUZOOSCAR MASSANOBU TAKAHASHIDIONISIO JOAO ZANOTTONELSI FONTANACARLOS ALBERTO M. DA SILVAOTACILIO BELTRAMICLENIO ANTONIO SAGRILOJOSE CARLOS CONEGLIANMARCELO ROBERTO ARGENTAPAULO EIMAR OLIVA PERPETUOROBERTO GATTOSERGIO COSTA BEBER STEFANELOFLAVIO GARCIA FERNANDESMARLI SACCOMORIOLDAQUIO PEREIRA BOTELHOVALDIR ANTONIO PERETTIEVANDRO GERMINIANIRODNEY EIGI TANNOJOSE ROBERTO ANGELELLIOSVINO RICARDICARMINHA MARIA MISSIODIEFERSON HOPPEDOUGLAS DANIEL DI DOMENICOMATHEUS HIAR CERRATOVALMIR FICAGNAWERNER NIELSENANTONIO GLEIDSON G. MACHADOJOAQUIM DOERNERROBSON CATELANVITO LUIZ RIEDI CANCELADOVOLMIR MARTINAZZOANILDO DOMINGO GUADAGNINSIEGFRIED JANZENANTONIO TADEU MUTERLECLEMENTE JACO COSSULJAIR NICOLAU KONRADARI SCHNEIDERHELVECIO CUNHA CAVALCANTIIVO KRAUSELUIZ CARLOS BERGAMASCHIMARK HILLMANNVANDERLI BARBOSA DE OLIVEIRAELOI PILLATILAUDELINO SCHMITTLUIZ CARLOS BERLATTOAMAURI THOME CANCELADOIRENEU ORTHALDEMIR JOAO MANIFRONELISA MISSIOHATUO UEDALUIZA YOKO TERADAVALTAIR CARLOS FONTANAADRIANA HIAR CERRATOARNALDO JULIANIELOI KRAUSEADAO FERREIRA SOBRINHOPAULA YUMI SHIMOHIRAWILSON DE SOUZA LISBOALUCIMEIRE DE P. DA M. SOBREIRAPAULO ANTONIO R. GRENDENE FILHOALAN JULIANIGERALDO FRIZONGILBERTO PEDRO THIELKEDECIO DE ALMEIDA AZEVEDO PAULO KENJI SHIMOHIRARUBENS ANTONIO FRANCIOSIJOSE KLIEMANNLUIZ SIMIAO DO AMARAL LOUREIRORICARDO LHOSSUKE HORITAROSANGELA MARIA B. M. PERESMILTON TERADASHIGUERU HOSHINOVALDECI RECKERS

No Dia Mundial do Meio Ambiente (5), a regularização ambiental de pro-priedades rurais foi tema de palestra

ministrada pela diretora de Meio Ambiente da Aiba, Alessandra Chaves. Ela reforçou a importância do cumprimento da legislação ambiental, principalmente no que se refere à manutenção de áreas nativas destinadas a Reserva Legal (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APPs).

Ao apresentar um levantamento históri-co da legislação desde 1998, com o Código Florestal, até chegar ao cenário atual, Ales-sandra destacou a importância da adesão aos programas de regularização ambiental no Estado da Bahia. “Entre estas iniciativas, podemos citar, como exemplo, as adesões obrigatórias ao Programa de Regularização

Regularização ambiental é tema de palestrana Bahia Farm Show

Ambiental (PRA) e ao Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir), instru-mentos importantes de gestão territorial e monitoramento. Toda a área produtiva e áreas nativas destinadas à RL e APP´s são declaradas e, na existência de pas-sivos, estes terão que ser corrigidos em prazos definidos na adesão”, explicou.

O cadastro é um banco de dados es-tadual obrigatório e pré-requisito para regularização ambiental da propriedade rural. Na Bahia, o Cefir corresponde ao CAR nacional. De acordo com Alessan-dra, o Oeste da Bahia é a região com mais propriedades cadastradas. “Isso é resul-tado do trabalho que a Aiba desenvolve junto a seus associados para adesão ao cadastramento”, salientou.

ESPECIAL BAHIA FARM SHOW - PROGRAMAÇÃO

As boas práticas de manejo físico e quí-mico do solo na cafeicultura também estiveram na pauta técnica da Bahia

Farm Show. Atualmente, a atividade ocupa uma área de aproximadamente 15 mil hec-tares, em um sistema totalmente irrigado e mecanizado.

Para o doutor em Agronomia e consul-tor em solos e nutrição mineral de plantas, Ronaldo Cabrera, o solo da região oeste apresenta um perfil pobre quimicamente, com baixo teor de argila e de matéria orgâ-nica, além de baixa capacidade de retenção de água, entretanto com facilidade de cor-reções químicas devido à baixa CTC, relevo plano que permite excelente mecanização e um clima muito favorável.

“São solos que precisam ser manejados com muito cuidado, aplicando técnicas con-servacionistas e sustentáveis, melhorando a eficiência da irrigação que acaba sendo excessiva, aumentando o custo energético e a perda de nutrientes no sistema. Devido à intensidade luminosa e temperatura o ca-feicultor precisa dar atenção ao magnésio para reduzir a incidência de “escaldadura“ no cafeeiro, assim como micronutrientes como molibdênio, níquel e cobalto”, deta-lhou Cabrera.

Mesmo com um elevado potencial de aumento de produtividade, rentabilidade, utilização de áreas marginais e redução de riscos climáticos na região, inclusive nas culturas de grãos e fibras, Cabrera pon-tuou algumas medidas que ainda precisam avançar na atividade. “Devemos priorizar o manejo da matéria orgânica na entre linha do cafeeiro através do plantio e adubação de Braquiaria ruziziensis, o uso de fosfogesso com alta solubilidade e a subsolagem cor-retiva utilizando óxido de cálcio e magnésio. Quem faz safra zero tem essa vantagem competitiva, pois no ano de poda existe mais luz na entre linha do cafeeiro para cultivo da braquiária, ou seja, é hora da recomposição hormonal da planta e a oportunidade de fa-zer a subsolagem corretiva”, defendeu.

Segundo Cabrera, as vantagens com o manejo físico e químico do solo são inúme-ras, desde o desenvolvimento radicular da planta, tanto na horizontal quanto na verti-cal, maior resistência à seca, menor uso de

Especialista em solos e nutrição mineralde plantas aponta novos manejos na região

irrigação, menores perdas de nutrientes, maior reciclagem de nutrientes, além de menor estresse da planta e consequente-mente aumento de produtividade com ren-tabilidade.

“Uma lavoura bem manejada pode ter au-mento de produtividade, redução de aborta-mento da florada, grãos de maior tamanho, padronização da maturação, diminuição da alternância de safra, redução de escaldadu-ra, economia de fertilizantes e água de irri-

gação, redução de pragas e doenças como bicho mineiro por exemplo. Os resultados econômicos e de produtividade são relativos ao padrão tecnológico de cada fazenda, cada caso é um caso! Como ocorre simultanea-mente aumento de produtividade e otimiza-ção de insumos, é possível que a rentabili-dade aumente de 15 a 30%. O conhecimento em análise de solo e folha permite que o monitoramento nutricional seja bem feito, assim como prescrição de dosagens, o mo-mento correto de aplicação dos insumos e as práticas fitossanitárias corretas”, pon-tuou Cabrera.

Para o presidente da Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia (Abaca-fé), Marcos Pimenta, o encontro durante a Bahia Farm Show reforçou a importância da atividade cafeeira no desenvolvimento eco-nômico regional, bem como, na formação de cafeicultores e profissionais da área téc-nica, com adoção de novas práticas de ma-nejo, fundamentais para a sustentabilidade das lavouras. “Essa palestra veio de encon-tro com as práticas já adotadas nos cafezais da região, principalmente no que diz res-peito às fontes de cálcio e magnésio mais solúveis, que permitem o melhoramento nutricional da planta e consequentemente o aumento de produtividade”, destacou Pi-menta. (Fonte: Ascom Abacafé).

DEVEMOS PRIORIZAR O MANEJO DA MATÉRIA ORGÂNICA NA ENTRE LINHA DO CAFEEIRO ATRAVÉS DO PLANTIO E ADUBAÇÃO DE BRAQUIARIA RUZIZIENSIS, O USO DE FOSFOGESSO COM ALTA SOLUBILIDADE E A SUBSOLAGEM CORRETIVA UTILIZANDO ÓXIDO DE CÁLCIO E MAGNÉSIO"

Ronaldo Cabrera, doutor em Agronomia econsultor em solos e nutrição mineral de plantas.

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O leilão de Gado da Bahia Farm Show 2015 negociou 500 bezerros com alto padrão genético que somou um

total de R$ 600 mil. Com o diferencial da marca da feira, o evento atraiu cerca de 300 pecuaristas e vendedores e vai pro-porcionar o fortalecimento da pecuária regional e promover o incremento econô-

Leilão de gado de corte fortalece a pecuária regional

mico do setor na região. “Estamos mostrando todo o potencial

genético que temos. São bezerros de li-nhagem com cruzamento europeu com zebuínos e também zebuínos puros, se-lecionados especialmente para compor a cena tecnológica da Bahia Farm Show”, confirmou o presidente da Associação

dos Criadores de Gado do Oeste (Acrioes-te), César Augusto Busato.

Foram comercializados 18 lotes, cada um contava com uma média de 12 a 40 ani-mais. A arroba ficou com média superior a R$200, chegando a atingir R$ 240, uma arroba equivale a 30kg. O preço pago por cada bezerro variou em R$1.400 e R$2.000.

Pecuarista e empresário da área, An-tônio Balbino, ressalta que a feira agre-gou visibilidade ao leilão que passa a se consolidar como programação oficial do evento. “O leilão bateu recordes na venda por valor de bezerros. As empresas que trazem os animais enxergam a feira como vitrine, pela dimensão do evento, com a presença de formadores de opinião desse mercado específico”, disse ele, ao analisar que a valorização dos preços dos bezerros se relacionada à qualidade do plantel.

SOCIAL – Durante o evento, dois be-zerros foram doados e leiloados em be-nefício da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Luís Eduardo Magalhães. A organização do leilão cedeu aos voluntários da Associação, o espaço físico para comercializar comidas e be-bidas durante o leilão, cuja arrecadação será revertida para a instituição. “Esta-mos muito agradecidos por nos abrirem esse espaço. Ele garante renda em bene-fício das crianças atendidas pela associa-ção. Esse valor nos ajuda a manter servi-ços essenciais a elas”, explicou a diretora da Apae, Silvia Borba Kikuda.

Durante a 11a Bahia Farm Show, a se-gurança de visitantes e expositores foi garantida por um forte e eficiente es-

quema montado pela coordenação da feira em parceria com as Polícias Rodoviária Fe-deral (PRF) e Polícia Militar, através da Cipe Cerrado, além do serviço privado de uma empresa de segurança e de uma brigada de combate a incêndio.

A Bahia Farm Show contou com 53 vigi-lantes posicionados nas quatro entradas de acesso e em circulação na feira. Equipes da PRF trabalharam na ordenação do trânsito da BR-020 e na entrada da feira, garantindo a segurança dos motoristas que passaram pelo local.

Segundo o inspetor chefe da PFR, Caio Gontijo, o controle ocorreu de forma mais intensa nos horários de maior fluxo de en-trada e saída de veículos do Complexo Bahia Farm Show, com equipe fixa, das 9h às 12h, e das 17h às 20h. “Houve o trabalho educa-tivo como uso de bafômetro e parceria da Superintendência de Trânsito do Município com o apoio na entrada do aeroporto, locali-zada do lado oposto à feira”, afirmou.

Durante os cinco dias da Bahia Farm Show, mais de 30 veícu-los de comunicação locais e nacionais estiveram presentes fazendo a cobertura do evento. A maior feira de tecnologia

agrícola e negócios do Norte-Nordeste do Brasil foi notícia em si-tes, jornais, rádios e tvs´s de todo o país, resultado do trabalho de mais de 100 profissionais que puderam contar com uma sala de imprensa estruturada com computadores, impressoras, acesso a internet e estúdio de tv.

Além da infraestrutura disponibilizada, os profissionais foram atendidos por uma equipe de comunicação formada por jornalis-tas e fotógrafo, capacitados para sugerir pautas, fontes e orientar os jornalistas quando necessário.

A programação de palestras, o Fórum do Canal Rural, as ino-vações tecnológicas de plantio e maquinário, além do leilão de gado de corte que, este ano, esteve sob a marca Bahia Farm Show Pecuária foram tema de reportagens veiculadas na programação nacional da Rede Globo, emissora oficial da Feira, e também na pro-gramação da rádio Moderna FM. Estiveram também nas matérias do jornal A tarde, no site G1 e no Agrolink, veículo especializado em agronegócio. A imprensa do oeste da Bahia também prestigiou o evento, divulgando para toda a região os acontecimentos da Feira.

Para o presidente da Bahia Farm Show, Júlio Cézar Busato, “os profissionais de imprensa fazem o sucesso da Feira, junto com os agricultores e os expositores”.

Segurança para visitantes e expositores

Bahia Farm Show foi pauta da imprensa local e nacional

O coordenador-geral da Bahia Farm Show, Thiago Pimenta, explicou que estas ações fizeram parte de um plano de segu-rança e combate à incêndios preparado para o evento. “Os profissionais que trabalharam durante a feira foram treinados e capacita-

dos para o melhor atendimento à segurança dos visitantes e expositores. Todos os es-tandes possuíam extintor de incêndio e as entradas e saídas receberam sinalização em caso de emergência para facilitar o fluxo de pessoas”.

ESPECIAL BAHIA FARM SHOW - INFRAESTRUTURAJUNHO|2015 . ANO 23 . Nº 234ESPECIAL BAHIA FARM SHOW - PROGRAMAÇÃO

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22 JUNHO|2015 . ANO 23 . Nº 234

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Com a aposta no desenvolvimento econômico da região do Matopiba, a Bahia Farm Show 2015 trouxe 40 no-

vos expositores que ampliaram a oferta de marcas e produtos durante os cinco dias de feira. Empresas do ramo de soluções tecnológicas e revendedoras de maquiná-rio agrícola ficaram satisfeitos com a vi-sibilidade e com os negócios fechados ao longo do evento.

“Enxergamos a feira como estratégica na divulgação e fixação da nossa marca. Já tivemos ótimos resultados em relação à busca de novos parceiros e represen-tantes”, comemorou o diretor executivo da Campo Tech, empresa de automação agrí-cola de Minas Gerais, Rodrigo Mira.

“Muitos negócios são iniciados aqui. Temos ótimos contatos e cadastros de clientes em potencial”, afirmou o gerente comercial da Grazmec, Mário Bandeira.

Empresas de materiais sustentáveis para construção de imóveis, produção de embalagens, revendedores de pneus e

Novos expositores conquistam visibilidade

serviços imobiliários também entraram na lista de novos expositores. É o caso da participação da BSB Construções e Incor-porações que acreditou na importância do segmento do agronegócio para alavancar o seu negócio. “Nossas expectativas fo-ram superadas. Muitos clientes passa-ram pelo estande, também fizemos vários cadastros que vão permitir aos correto-res trabalho contínuo após a Bahia Farm Show”, afirmou Camila Carvalho, que ga-rantiu a participação da empresa na feira no próximo ano.

A diversificação de produtos com mais de 600 marcas presentes na Bahia Farm Show agradou aos visitantes. “Mesmo destinada ao público do agronegócio, percebi que a feira ampliou a apresentação de produtos”, ressaltou a servidora pública Ana Lúcia Al-ves, ao analisar que muitas famílias com pessoas de várias idades circularam pelo evento. “Essa diversificação torna o evento muito atrativo e agradável”, comentou.

ESPECIAL BAHIA FARM SHOW - INFRAESTRUTURA

Os presidentes da Aiba, Júlio Cézar Bu-sato, e da Abapa, Celestino Zanella, estiveram em audiência com o go-

vernador Rui Costa, no dia 28 de maio, em Salvador, para tratar sobre assuntos de in-fraestrutura, segurança e fomento a agroin-dústria. Também participaram da reunião, o secretário estadual de Infraestrutura, Mar-cos Cavalcanti; o secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes; o diretor ge-ral da Adab, Oziel Oliveira e a ex-prefeita de Barreiras, Jusmari Oliveira.

Busato salientou a necessidade de se avançar nas ações relacionadas a logísti-ca, infraestrutura e energia elétrica com a ampliação das linhas de transmissão e de subestações para que se possa am-pliar a área irrigada e atrair agroindús-trias para a região.

Sobre infraestrutura e logística, o presi-dente da Aiba solicitou a continuidade das obras da Ferrovia de Integração Oeste-leste (Fiol) e do Porto Sul, além da revitalização da hidrovia do São Francisco, da conclusão (ou implantação) da ferrovia Transnordesti-na e da modernizarmos dos portos de Ara-tu e Ilhéus. O secretário Marcos Cavalcanti

Aiba e Abapa participam deaudiência com o governador Rui Costa

destacou a importância do trabalho conjun-to que vem sendo feito por agricultores e estado para a conservação das estradas es-taduais e vicinais e informou que as obras do Anel da Soja e da Coaceral deverão ser

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iniciadas a partir de julho deste ano.A parceria entre produtores e governo

do estado inclui também a área de meio ambiente, com o incentivo a adesão dos produtores ao Cefir e ao PrevFogo. “Go-vernador, estamos, a cada dia, construin-do pontes com o governo do estado atra-vés de parcerias com as secretarias para juntos resolvermos os problemas existen-tes na região”, disse Busato.

Já o presidente da Abapa, Celestino Za-nella, destacou a parceria com a Adab para a execução do Programa Fitossanitário da Bah-ia, principalmente no que se refere ao contro-le do bicudo do algodoeiro, praga que poderia inviabilizar a cultura da fibra no estado.

Zanella informou sobre a futura instala-ção da fábrica de extração de óleo de algo-dão no município de São Desidério e sobre a busca de uma indústria moageira de trigo e de uma maltearia de cevada, culturas que já foram testadas na região, em área irrigada, com excelentes produtividades.

Outro assunto em pauta foi a construção da Base Aérea Avançada (Bavan) em Luís Eduardo Magalhães, o que trará mais segu-rança ao oeste da Bahia.

ESTAMOS, A CADA DIA, CONSTRUINDO PONTES COM O GOVERNO DO ESTADO ATRAVÉS DE PARCERIAS COM AS SECRETARIAS PARA JUNTOS RESOLVERMOS OS PROBLEMAS EXISTENTES NA REGIÃO"Júlio César Busato, presidente da Aiba.

INSTITUCIONAL 23JUNHO|2015 . ANO 23 . Nº 234

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24 25JUNHO|2015 . ANO 23 . Nº 234 JUNHO|2015 . ANO 23 . Nº 234

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ACooperativa dos Produtores Rurais da Bahia (Cooperfarms) inaugurou na no dia 05 de junho, na presença de coope-

rados, colaboradores e parceiros, a nova sede e filial da empresa. A nova estrutura física (anti-ga Agrale Missioneira) centralizará os serviços administrativos, comerciais e principalmente de armazenagem de defensivos agrícolas.

Para o presidente da Cooperfarms, Luiz Antônio Pradella, a nova sede representa um novo ciclo na história da cooperativa que chega para fortalecer os laços entre os coo-perados, colaboradores, parceiros e comu-nidade. “Esse momento de inauguração da nova sede da Cooperativa é um marco his-tórico e motivo de muito orgulho, mas prin-cipalmente de reflexão. Chegou o momento de buscarmos, juntos, novas alternativas para a sustentabilidade e a viabilidade da produção agrícola”, afirmou.

Segundo ele, a alternativa está na vertica-lização da cadeia produtiva, principalmente, do milho. “Nossa região necessita de rotação de culturas para viabilizar o sistema de plan-tio direto [SPD], atividade esta de fundamen-tal importância para nos manter no mercado como produtores e também para o planeta, através do sequestro de carbono com a for-mação de biomassa para o SPD”, destacou.

A nova estrutura física da Cooperfarms contempla uma área de 2.2 hectares, distri-buídos em dois armazéns, escritório e área de lazer. “Saímos de uma estrutura enxuta de aproximadamente 340m2 somente de escritó-rio para uma ampla e completa infraestrutura. Na área de armazenagem de defensivos agrí-colas estaremos dispondo de um armazém de

Cooperfarms inaugura nova sede

2.000m2 que pode ser verticalizado e chegar a 6.000m² e outro de 700m2 para micronutrien-tes e outros produtos. Além disso, contaremos com uma ampla estrutura administrativa com espaços para treinamentos e também de la-zer, que possibilitará a promoção de uma sé-rie de atividades, tanto na área de capacitação de nossos cooperados e colaboradores, bem como, na recreação envolvendo toda a família Cooperfarms”, pontuou Pradella.

Após o descerramento da fita inaugural os convidados acompanharam o descerramento da galeria de ex-presidentes: Wilsemar José Dorneles Elger (Gestão 2008/ 2009 e Gestão 2010/2011) e Odacil Ranzi (Gestão 2012/2013).

HOMENAGEMPara agradecer a participação ativa das coope-radas – fundamentais no crescimento da Coo-perativa e principalmente no desenvolvimento da região oeste da Bahia, a Cooperfarms pres-tou homenagem à cooperada pioneira, Zirlene Zuttion, em reconhecimento ao trabalho dedi-cado à região e ao cooperativismo.

Natural de Piracanjuba- GO, Zirlene chegou à re-gião na metade da década de 80, a convite do Mi-nistério da Agricultura, no trabalho de restrutu-rações de projetos de irrigação financiados pelo Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC), onde criou raízes e atua incansavelmente pelo desenvolvimento da região. A homenagem tam-bém foi estendida às demais cooperadas e mu-lheres presentes no ato de inauguração. (Texto e fotos: Ascom Cooperfarms).

INSTITUCIONAL

Um dos líderes do agronegócio da região Oeste, o produtor rural Júlio Cézar Busato, recebeu no dia 26 de maio, na

Assembleia Legislativa, o Título de Cidadão Baiano. A honraria, aprovada por unanimi-dade, foi concedida através de um projeto de resolução apresentado pelo ex-deputado Herbert Barbosa e depois assumido na atual legislatura por Eduardo Salles (PP). O presi-dente Marcelo Nilo abriu a sessão, bastante concorrida, que contou com as presenças dos familiares do homenageado, agriculto-res, o ex-governador Nilo Coelho, entre ou-tras autoridades.

Marcelo Nilo afirmou que existe uma orientação para que o Título de Cidadão Baia-no seja entregue a pessoas que realmente te-

Agricultor Júlio Cézar Busato recebe Título de Cidadão Baiano

nham realizações a favor de desenvolvimento social e econômico do estado. “Tenho a hon-ra de entregar o Título de Cidadão Baiano a essa figura ilustre, respeitada em Barreiras e também em toda Bahia. A terra de Castro Alves, Ruy Barbosa, Jorge Amado e tantas outras figuras emblemáticas agora também é a terra de Júlio Busato”, disse o presidente.

Proponente do título, o ex-deputado Her-bert Barbosa contou um pouco da trajetória do homenageado e o importante trabalho realizado por ele à frente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), entidade que representa 1.300 agricultores. “Homens como Júlio Busato são a força de-terminante que faz com que o oeste da Bahia prospere de forma contínua. Com essa justa

homenagem, a Bahia te recebe de braços aber-tos, agora como seu filho”, afirmou Barbosa.

O deputado Eduardo Salles também re-cordou a trajetória de Busato no agronegócio baiano e seu papel decisivo como liderança empresarial no Oeste. “Com honestidade e coerência, Júlio Busato se tornou uma re-ferência no agronegócio baiano. Sempre se-reno e bem humorado, mas firme em suas decisões, ele é um verdadeiro líder que sabe comandar”, afirmou Salles, ressaltando que as raízes do agricultor gaúcho vão ficando cada vez mais fortes na Bahia. “Terra que ele escolheu para viver, produzir e criar a sua fa-mília. Ele escolheu a Bahia para viver e ago-ra a Bahia o escolheu para chamar de filho”, completou o deputado progressista.

Já com o titulo de cidadão baiano, Júlio Busato agradeceu a Casa pela concessão da honraria e contou um pouco da dificuldade que encontrou em 1988 quando chegou ao Oeste do estado vindo do Rio Grande do Sul para começar a produzir na Bahia. “As con-dições eram difíceis e aconteceram proble-mas de adaptação. Para se chegar da minha fazenda à cidade de Barreiras levava até seis horas de viagem em uma estrada muito ruim. Às vezes passávamos 60 dias na fazenda sem ir até a cidade”, lembrou Busato. Ele disse que o agronegócio é o motor de transfor-mação do campo, gerando desenvolvimento social, crescimento econômico e distribuição de renda. “Hoje os associados da Aiba são responsáveis por 4% de tudo que se produz no Brasil. Quero continuar construindo pon-tes para melhorar a competitividade da agri-cultura baiana e melhorar as condições de vida da população do estado”, completou.

(Fonte: Ascom AL-BA).

INSTITUCIONAL

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26 JUNHO|2015 . ANO 23 . Nº 234

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Ooeste da Bahia finalizou a colheita de soja, safra 2014/15, com uma produ-ção de 4,17 mi toneladas e produtivi-

dade média de 49 sacas por hectare. Estes números foram apresentados no 3º Levan-tamento de Safra, realizado pelo Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Ir-rigantes da Bahia (Aiba).

De acordo com o Levantamento, a produ-tividade média esperada era de 50 sacas por hectare. Esta pequena redução provocada pela estiagem mostra o nível de consolidação da agricultura na região, com solos trabalha-dos durante anos para ter boa quantidade de matéria-prima e reserva de umidade.

Para as culturas do milho e do algodão, que ainda serão colhidas, a expectativa para a safra 2014/15 teve pequenas alterações. Para o milho, os números se mantiveram. Espera-se colhe 1,78 mi toneladas, com pro-dutividade média de 135 sacas por hectare.

Já o algodão, teve uma pequena redução de área plantada em relação ao 2º Levanta-mento, divulgado em fevereiro de 2015. Os hectares cultivados passaram de 290 mil

Bahia colhe 4,17 miltoneladas na safra 2014/15

para 266,9 mil, devendo produzir 1,081 mi toneladas da fibra.

Estes números só serão concretizados após a finalização das colheitas das duas culturas; o que deverá ocorrer em julho para o milho, e em agosto para o algodão.

O Conselho Técnico da Aiba é formado por representantes de associações de pro-dutores, sindicatos, multinacionais, institui-

ções financeiras e órgãos governamentais que se reúnem de acordo com os calendá-rios de plantio e colheita das safras do Oes-te da Bahia, ou em momentos estratégicos para deliberação de assuntos pertinentes ao setor produtivo. As previsões são feitas sempre considerando fatores como, pers-pectivas de mercado, nível tecnológico, con-dições climáticas e controle fitossanitário.

ESTIMATIVAS DE ÁREA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO PARA A SAFRA 2014/2015EVOLUÇÃO DE ÁREAS PARA A SAFRA 2013/2014

CulturasSafra - 2014/15 3º Levantamento

safra 2014/2015 - 11/05/152º Lvto. - 09/02/15

Área (ha)

1.420,000

1. Área total (ha) 14.187. Formação 1.402 e Renovação 3.656.Base de Dados - Conselho Técnico da Aiba: Aiba, Abapa, Abacafé, Fundação BA, Sindicato Barreiras, Sindicato LEM, Agrosem, Aciagri, Cargill, Bunge, Cooproeste, Nidera, louls Dreyfus, Multigrain, IBGE, EBDA, Adab, Conab, BNB e Banco do Brasil

DATA: 11/05/2015

290,000

220,000

1.930,000

Soja

Algodão

Milho

SUBTOTAL

Área (ha)

1.420,000

266.995

220.000

1.906.995

Produtividade

50,0

270,0

135,0

Produtividade

49,00

270,00

135,00

Produção (t)

4.260.000,0

1.174.500,0

1.782.000,0

7.216.500,0

Produção (t)

4.174,800

1.081,330

1.782,000

7.038.129,75

SAFRA 2014/15

AAssociação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia (Abaca-fé) divulgou uma estimativa de safra com base na aber-tura da colheita de café na região. Segundo a entidade, o

atraso deu-se em função do alto nível pluviométrico registrado em abril - atípico para a época -, quando se inicia a colheita.

Para a safra 2015, estima-se uma produção de aproxima-damente 350 mil sacas. Devido à renovação de alguns cafezais,

Abacafé divulgaestimativa de safra 2015

com lavouras de idade igual ou superior a 10 anos, a atual safra conta com 9 mil hectares em produção, cerca de 25% de área a menos no comparativo à safra passada.

De acordo com a Abacafé, 70% da produção de grãos são desti-nadas ao mercado externo, 20% para a formulação de blends e 10% para a indústria nacional. Hoje, a área total com a cultura de café no oeste baiano ultrapassa 14 mil ha. Texto e foto: Ascom Abacafé.

27JUNHO|2015 . ANO 23 . Nº 234SAFRA 2014/15

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