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Custeio agrícola para o Cerrado do Nordeste pedido pela Aiba caminha ligeiro no Ministério da Integração Pecuária ganha força na Bahia Farm Show Confira também a maratona da Aiba e da Seagri para resolver velhos e novos gargalos à atividade agrícola A juíza Federal de Barreiras, Manoela Araújo Rocha, em três sentenças publicadas, condenou a União suspender de- finitivamente a cobrança e a devolver aos afiliados da enti- dade a Contribuição Social Rural - Funrural - recolhida ao longo dos últimos 10 anos. Nova Portaria extingue exigência de recuperação e compen- sação para quem suprimiu sem autorização prévia. Publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), do dia 21 de março, a Portaria 2.295/2012 era a peça jurídica que faltava no amplo marco legal que compõe o Plano de Estadual de Adequação e Regularização Ambiental dos Imóveis Rurais (PARA). ANO 18 Nº 199 Abr/12 Página 11 Página 03 Página 05 Página 04 Página 02 Página 02 Página 07 Ainda nesta edição: Mês de vitórias para o cerrado baiano! Justiça Federal concede aos associados da Aiba o direito de reaver tudo o que já foi pago como Funrural Foto divulgação Fundesis disponibiliza R$700 mil para Instituições Sociais do Oeste da Bahia

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Custeio agrícola para o Cerrado do Nordeste pedido pela Aiba caminha ligeiro no Ministério da Integração Pecuária ganha força na Bahia Farm Show

Confira também a maratona da Aiba e da Seagri para resolver velhos e novos gargalos à atividade agrícola

A juíza Federal de Barreiras, Manoela Araújo Rocha, em três sentenças publicadas, condenou a União suspender de-finitivamente a cobrança e a devolver aos afiliados da enti-dade a Contribuição Social Rural - Funrural - recolhida ao longo dos últimos 10 anos.

Nova Portaria extingue exigência de recuperação e compen-sação para quem suprimiu sem autorização prévia.

Publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), do dia 21 de março, a Portaria 2.295/2012 era a peça jurídica que faltava no amplo marco legal que compõe o Plano de Estadual de Adequação e Regularização Ambiental dos Imóveis Rurais (PARA).

ANO 18 Nº 199 Abr/12

Página 11

Página 03

Página 05

Página 04

Página 02

Página 02

Página 07

Ainda nesta edição:

Mês de vitórias para o cerrado baiano!Justiça Federal concede aos associados da Aiba o direito

de reaver tudo o que já foi pago como FunruralFoto divulgação

Fundesis disponibiliza R$700 mil para Instituições Sociais do Oeste da Bahia

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ANO 18 Nº 199 Abr/12 2

ANO 18 - Nº 199 - Abr/12Publicação mensal editada pela Associação de

Agricultores e Irrigantes da Bahia - Aiba

Jornalista Responsável:Catarina Guedes - DRT 2370-BA

Aprovação Final:Alex Rasia

Editoração Eletrônica:Eduardo Lena (77) 3611-8811

Impressão: Gráfica Irmãos Ribeiro

(77) 3614-1201

Tiragem:2.500 exemplares

Comentários sobre o conteúdo editorial desta publicação, sugestões e críticas, devem ser encaminhadas através

de e-mail para: [email protected]

Matérias da Abapa, Fundeagro e Fundação Bahia são de responsabilidade das referidas entidades.

A reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação é permitida e até recomendada, desde que

citada a fonte.

Av. Ahylon Macêdo, 11, Barreiras - BA - CEP. 47.806-180 - Fone: (77) 3613-8000 Fax: (77) 3613-8020

www.aiba.org.br

Publicada no Di-ário Oficial do

Estado (DOE), no úl-timo dia 21 de março, a Portaria 2.295/2012 era a peça jurídica que faltava para no amplo marco legal que com-põe o Plano de Estadu-al de Adequação e Re-gularização Ambiental dos Imóveis Rurais (PARA). Resultado de quase um ano de tra-balho da Aiba junto à Secretaria de Meio Ambiente (Sema/Ine-ma), a Portaria altera a antecessora, de nú-mero 12.908/2010, que estabelece os procedi-mentos para aoperacio-nalização do Plano. Os ajustes no texto foram necessários, também, em função das mu-danças na legislação ambiental da Bahia, e desta forma, espera-se que a regularização

Nova Portaria extingue exigência de recuperação e compensação

para quem suprimiu semautorização prévia

ambiental no Oeste do Estado possa ser final-mente viabilizada.

A nova Portaria pôs fim a um estreito gar-galo econômico que impactava em cheio o produtor que efetuou a supressão sem a prévia autorização órgão am-biental. Pela Portaria anterior, quem estava nesta situação teria de elaborar e apresentar um Projeto Ambiental visando à recuperação de áreas degradadas, ou manutenção de re-manescentes de vege-tação na micro bacia onde se localiza o em-preendimento, priori-zando a formação de corredores ecológicos.

De acordo com o representante da Aiba nos trabalhos junto à Sema/Inema, o vice-presidente Sérgio Pitt, essa situação atinge

um grande contingen-te de agricultores na região, em função da incapacidadejá con-fessada pelo Estado de, ao longo de mui-tos anos, dar vazão à grande demanda por autorizações e licen-ças, nos prazos deter-minados pela lei.

“Esta obrigatorie-dade era injusta com o produtor, a quem a legalidade ambiental interessa diretamente para garantir o cumpri-mento das suas ativi-dades. Lutamos quase um ano para conseguir esta mudança na lei, e agora esperamos ver o PARA seguir com o seu propósito”, afirma Pitt.

Fique por dentro! Conheça a íntegra da Portaria 2.295/2012, acessando www.aiba.org.br

O prazo para a De-claração do Im-

posto Territorial Rural (ITR) ainda está longe de chegar. Porém, dan-do prosseguimento aos seus comunicados que ressaltam a obrigatorie-dade e importância da veracidade na Declara-ção, a Aiba, mais uma vez, alerta seus asso-ciados para a necessi-dade de fornecimento de informações preci-sas à Receita Federal, em especial, quanto ao valor da terra nua, ten-do como base janeiro de 2012.

A veracidade dos dados é cada dia mais cobrada e fácil de constatar, graças ao investimento, pelos ór-gãos públicos, em Tec-nologia de Informação (TI) para o cruzamento de dados.

Desde 2008, com o intuito claro de criar uma rede de informa-ções, o Governo Fede-ral criou o Comitê Ges-tor do Imposto sobre a

Municipalização e cruzamento de dados aumentam rigor da

fiscalização do ITRPropriedade Territorial Rural – CGITR, nos termos do Decreto Fe-deral 6.433/2008. Com ele o gerenciamento das informações passa a ser atribuição dos municí-pios. Cumprindo o seu papel, as Prefeituras Municipais expedem as eventuais notificações, em caso de informações imprecisas, conclaman-do o proprietário a ajus-tar o declarado. Mas, no caso de uma blitz da Receita, o flagrante de uma irregularidade re-sulta em multa imediata e pesada.

Esse trabalho articu-lado entre União e mu-nicípios se dá através de convênios. Desta forma, o contribuinte estará su-jeito a uma ação fiscal mais presente, pois os municípios exercerão uma ação de cobrança mais efetiva, subsidian-do a RFB no lançamen-to das autuações.

O contribuinte de ITR está recebendo a intimação dos agentes

da prefeitura, reque-rendo o imposto devi-do ou esclarecimentos adicionais quanto à base de cálculo, for-mas de recolhimento, inconsistência de infor-mações, etc.

O Fisco já está dan-do os primeiros passos para facilitar o processo de fiscalização, sobre-tudo, criando uma base de dados nacional, con-forme se verifica nas primeiras resoluções do Conselho Gestor:

Resolução CGITR 3/2012 - Institui o Pro-grama Piloto de Fiscali-zação do Valor da Terra Nua (VTN) declarado em Declaração do Im-posto sobre a Proprie-dade Territorial Rural (DITR), incidente em Malha Fiscal, relativa a imóveis rurais loca-lizados em Municípios Conveniados.

Cabe ao contribuinte se preparar e atentar ao máximo para a correta gestão desse oneroso tributo.

Alfio Gabriel Thomaselli FilhoAltair Wilson Teixeira de Lisboa

Bernardo StoffelsCarlos Antonio Menezes Leite

Carlos Roque ReginattoDeoclides da Silva

Edmundo de Moura Leite FilhoGean Carlos Frizon

Luis Augusto AlbertoniMagna Samaritna Rocha da Silva

Marcos Antonio ReginattoMichael Luiz LermenPaulo Cesar ReginattoPaulo Roberto HaehnerTiago Nikael Lermen

Zulmira Bastos Sponchiado

NOVOS SÓCIOS

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A Associação de Agricultores e

Irrigantes da Bahia (Aiba) computou,no dia 28 de março, uma nova, e, segun-do se espera, defini-tiva vitória na bata-lha que empreende há mais de uma dé-cada contra o reco-lhimento da Contri-buição Social Rural, o Funrural. A juíza Federal de Barrei-ras, Manoela Araújo Rocha, em três sen-tenças publicadas, condenou a União suspender definiti-

Justiça Federal concede aos associados da Aiba o direito de reaver tudo o que já foi pago como Funrural

vamente a cobrança e devolver aos afi-liados da entidade a Contribuição Social Rural – Funrural re-colhida ao longo dos últimos 10 anos.

Em uma série de ações coletivas, aAi-ba questiona a in-constitucionalidade do tributo, instituído através de uma Lei Ordinária, quando deveria ser em Lei Complementar. “Da forma como é cobra-do hoje, o Funrural atinge o princípio constitucional da

estreita legalidade em matéria tributá-ria, na medida em que a criação de uma nova fonte de cus-teio, como é o caso da base de cálculo deste tributo, só po-deria ter sido criado porLei Complemen-tar, afirma o advo-gado tributarista Je-ferson da Rocha, do escritório Felisberto Córdova Advoga-dos, que junto com a banca Pamplona Balsissarella& Ad-vogados Associados, conduziu as ações.

A inconstitucio-nalidade já havia sido reconhecida e os associados da entidade que aderi-ram as ações já es-tavam desonerados do recolhimento do tributo por força de uma tutela anteci-pada, deferida há dois anos, que já ha-via sido confirmada pelo Tribunal da 1º Região em Brasí-lia. Isto, segundo a Aiba, já representou uma grande econo-mia para o produtor. Mas, a possibilidade de recuperar o que foi pago ao longo da última década, abre grandes expectativas entre os produtores”, diz o advogado.

De acordo com o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt, a decisão conquistada representa uma eco-nomia superior a R$ 60 por hectare de la-voura explorada.As vitórias com as ações

do Funrural (2,1% sobre o resultado), somadas à ação que discute o Salário Educação (2,5% so-bre a folha), também exitosa, resultaram em uma redução de tributos da ordem de 90% nas contri-buições sociais co-bradas pelo Governo aos produtores rurais associados da Aiba.

“Estas decisões desoneram o produ-tor rural, aumentan-do a sua capacidade de investimento. Isto implica, diretamen-te, na contratação de mais funcioná-rios, no aumento da produtividade e no emprego de tecnolo-gia nas lavouras da região Oeste, forta-lecendo o setor pro-dutivo e a economia regional”, afirma Pitt.

As Sentenças, que julgaram proce-dentes três ações co-letivas propostas em

Estas decisões desoneram o produtor rural, aumentando a sua capacidade de investimento e fortalecem o setor produtivo e a economia regional”Sérgio Pitt, vice-presidente da Aiba

2007, 2010 e 2011, contemplaram todos os pedidos da enti-dade e favoreceram um grupo de mais de 1.3 mil produtores rurais do Oeste da Bahia.

As ações empre-endidas pela Aiba foram de adesão es-pontânea do produ-tor. Os associados da entidade que, até então, não haviam se juntado à causa, po-dem fazê-lo, para ga-rantir o benefício de isenção do Funrural ainda neste ano/sa-fra. Quem aderiu às ações devem juntar todos os documen-tos que comprovem o início dos cálculos de restituição e que vão subsidiar o apa-relhamento das futu-ras execuções. Den-tre eles, estão notas fiscais (contra-notas fornecidas pelas adquirentes), guias GPS e bloco de pro-dutor, desde 2002.

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Produtores rurais do Oeste da Bahia, re-

presentados pela Asso-ciação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), empreenderam, junto com a Secretaria da Agricultura (Seagri), uma verdadeira marato-na na semana passada, para dar encaminhamen-to a algumas das princi-pais demandas da região do cerrado baiano, um dos principais polos de produção agrícola do País. Na pauta, solu-ções para incrementar a logística regional, pro-movendo o escoamento da safra iminente, e pro-postas para um trabalho conjunto para dar vazão a mais de 1,2 mil proces-sos de certificação geor-referenciada parados no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Além disso, os produtores e os prefeitos de Luís Eduar-do Magalhães,Humberto Santa Cruz, e Formosa do Rio Preto,Manuel Afonso, e o secretário da Agricultura, Eduardo Salles, percorreram os gabinetes da Assembleia Legislativa da Bahia expondo o problema da elevação dos custos das

Produtores do Oeste da Bahia e Governo do Estado se unem para resolver velhos e novos gargalos à atividade agrícola

taxas cartorárias, apro-vados por lei no final de 2011, e que estão ti-rando competitividade do estado, na medida em que alguns serviços ficaram até 400% mais caros. A nova lei entrará em vigor no próximo dia 25 de março.

Na sede da Secre-taria da Agricultura da Bahia, com a presença do secretário Eduardo Salles, os produtores reuniram-se com o su-perintendente do Incra na Bahia, Marcos An-tonio da Silva Nery, e técnicos do Instituto para tratar do passi-vo da certificação. De acordo com a Aiba, hoje um processo de pedido de certificação georreferenciada leva mais de um ano para ser aprovado. A certifi-cação é uma exigência legal e é necessária, por exemplo, na alienação dos imóveis e nos pro-cessos de garantia real para levantar recursos de custeio e investi-mentos na produção agrícola. Apenas o Oes-te da Bahia representa 75% da demanda pela certificação.

“Ficamos reféns da

falta de estrutura do Estado para cumprir uma lei que ele mesmo criou”, disse o vice-pre-sidente da Aiba, Sérgio Pitt. O acúmulo de pro-cessos de certificações aconteceu em função das dificuldades, entra-ves burocráticos e falta de pessoal dos gover-nos, o que fez com que o Incra acumulasse, como pendência, mais de 1,2 mil processos de certificação da região.

Depois de exposta a situação do Oeste, o su-perintendente do Incra na Bahia, Marcos Nery, sensível às dificuldades apresentadas,definiu com o grupo a realiza-ção de um mutirão e a criação de um Comitê Gestor que contará com uma equipe técnica en-carregada de acompa-nhar, analisar e cadas-trar os processos.

Para Eduardo Salles, é necessário empenho de todas as partes en-volvidas, com o intuito de retirar os obstáculos

para que o produtor possa avançar na pro-dução de alimentos na região, através de uma parceria operativa.

O mutirão acordado com o Incra, conforme explicou Nery, será re-alizado em duas etapas, para dar celeridade às análises dos processos entregues ao órgão. Com previsão de início ainda este mês, a primeira fase do mutirão vai reunir técnicos do Incra, em Feira de Santana, e a segunda será realizada em abril, em Barreiras, analisando os processos in loco. O dirigente do Incra na Bahia disse ain-da que serão realizados workshops voltados para capacitar os oficiais de cartórios e técnicos das empresas contratadas pelos agricultores para elaborar os documentos exigidos pelo Incra. Para os processos de certifica-ção, de áreas superiores a 10 mil hectares, que, por força da lei, deman-dam a manifestação pré-

via do Estado, através do CDA, o Secretário Eduardo Salles assumiu o compromisso de fa-zer o acompanhamento, uma vez que o CDA é um órgão subordinado à Seagri.

A Seagri se compro-meteu a marcar uma reu-nião com a Presidência do Tribunal de Justiça da Bahia, registrando a necessidade de fazer um treinamento dos oficiais de cartório. Em abril, quando acontecerá o novo mutirão do Incra em Barreiras, também será realizada uma ofi-cina com produtores e empresas credenciadas pelo Instituto para a ela-

boração dos processos de Georreferenciamen-to, visando, com isso, melhorar a qualidade dos processos.

Uma experiência semelhante foi realiza-da em esforço conjunto pelo INCRA, Seagri e Aiba, em julho de 2011, quando oito técnicos do Instituto ficaram 15 dias em Barreiras, concen-trados exclusivamente no atendimento das de-mandas regionais. “O resultado foi considera-do de grande sucesso, já que atendeu aproxi-madamente 25% dos processos pendentes”, lembrou o presidente da Aiba, Walter Horita.

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Em nova reunião com o ministro da Integração Nacional, no dia 27 de março (quarta-feira), em Brasília, os produ-tores do Oeste da Bahia, representados pela Aiba, foram in-formados pelo minis-tro Fernando Bezerra que o pleito para cria-ção de um funding para financiamento dos custeios agríco-las no Cerrado do Nordeste, pleiteado pela Aiba no ano pas-sado, está em vias de se institucionalizar.

As negociações estão praticamen-te concluídas, e um convênio será assina-do entre o Ministério da Integração Na-cional e o Banco do Brasil, para a criação de uma linha espe-cial de crédito com recursos da Poupan-ça Rural, no valor de R$1 bilhão/ano. Os recursos, específicos para custeio agrícola para a região Oes-te da Bahia, Piauí e Sul do Maranhão, terão custos inferio-res a 10% ao ano. Este convênio deve ser assinado durante a Bahia Farm Show 2012, que acontece de 29 de maio a 02 de junho, em Luís

Custeio agrícola para o Cerrado pedido pela Aiba caminha ligeiro no Ministério da Integração

Eduardo Magalhães. O novo funding,

de acordo com o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt, atenderá também uma parcela de agri-cultores que foi con-tingenciada com as mudanças nas nor-mas de financiamen-to do Fundo Consti-tucional do Nordeste (FNE), no ano pas-sado. E, a propósito das mudanças, para garantir um tempo de adaptação para os produtores prejudi-cados, o Ministério encaminhará ao Con-selho Deliberativo da Sudene – Condel, uma proposta para flexibilizar a norma, em caráter de excep-cionalidade, liberan-do o custeio com re-cursos do FNE para grandes produtores, pelo menos até o fi-nal de 2012.

Na reunião foi tra-tado ainda do limite máximo de R$7,5 mi-lhões para custeio a produtores de médio porte, adotado pelo BNB. Segundo o Mi-nistério, esta medida não é normativa do Conselho Deliberati-vo, e sim, do Banco do Nordeste, e deverá ser discutida junto ao banco.

RelaçõesInstitucionais

O circuito de visi-tas aos gabinetes em Brasília e Centro Ad-ministrativo da Bahia (CAB), em Salvador, faz parte da política de Relações Institu-cionais e Governa-mentais da Aiba. Na quarta-feira, incluiu-se no roteiro uma passagem pelo Mi-nistério das Cidades. Nesta, e em todas as paradas no Planalto, estiveram presentes o deputado federal João Leão (PP/BA) e o prefeito de Luís Eduardo Magalhães

(LEM), Humberto Santa Cruz. O objeti-vo foi acompanhar o andamento dos pro-cessos que dizem res-peito ao investimento em infraestrutura para a região Oeste. Já na Codevasf, Sérgio Pitt, o deputado e o prefeito encontraram-se com o presidente do Órgão, Guilherme Almeida, com o qual trataram da possibili-dade deum convênio com a Prefeitura de LEM para mecaniza-ção de 1.5 mil hecta-res no assentamento Rio de Ondas, em um trabalho desen-volvido em parceria com os produtores

associados da Aiba.

CódigoFlorestal

Sempre em dia e no protagonismo das questões mais urgen-tes de interesse do setor agrícola brasi-leiro, a Aiba se fez presente, também no dia 28, em um grupo de representantes de produtores rurais vin-dos da maioria dos estados do País, para dar apoio e pressionar a Câmara Federal a votar o Novo Código Florestal Brasileiro. Neste dia, os líderes negociaram, como moeda de troca, a vo-

tação da Lei Geral da Copa, condicionada à definição com o Go-verno Federal de um calendário para vota-ção do Código Flo-restal.

Pelo acordo, o Go-verno e o relator Pau-lo Piau (PMDB/MG) estão construindo um calendário de dis-cussão e votação da matéria até dia 10 de abril. Do contrário, o Governo também tem disposição de prorro-gar um decreto presi-dencial que vencerá no dia seguinte, 11 de abril de 2012, e que suspende a aplicação de multas ambien-tais.

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No mesmo dia, 8 de março, os produ-tores reuniram-se na Secretaria de

Infraestrutura da Bahia com o secretario Otto Alencar. O objetivo foi entregar os Projetos Executivos de Construção e Pa-vimentação Rodovias Estrada da Soja Es-trada Timbaúba.

Em 2009, foi assinado um protocolo de intenções entre a Aiba, o Governo do Estado e o Banco do Nordeste (BNB), com a finali-dade de viabilizar a construção de rodovias no Oeste baiano, através de um projeto-pi-loto, pioneiro na Bahia. “A partir deste pro-tocolo, nós começamos a contratar projetos executivos de construção e pavimentação de rodovias”, afirmou o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt, ao entregar os projetos executivos ao secretário de Infraestrutura, Otto Alencar.

O secretário comprometeu-se em realizar agora somente o primeiro projeto, que é a Estrada de Timbaúba, com aproximadamen-te 45 quilômetros de extensão, no município de Luís Eduardo Magalhães e que faz divisa com o município de Santo Desidério. O tre-cho beneficiará mais de 60 mil hectares de lavoura. Otto Alencar afirmou que se o novo modelo de Parceria Público-Privada (PPP) obtiver êxito, poderá ser expandido para o projeto da Estrada da Soja no município de São Desidério e para a Rodoagro, no muni-cípio de Formosa de Rio Preto.

“O compromisso de elaborar o projeto, dentro das normas do Departamento de In-fraestrutura da Bahia (Derba), foi finalizado e entregue. Agora é montar uma engenharia do projeto para a construção. O compromis-so do Estado é entrar com até 50% no custo da implantação e o restante é bancado pelos produtores”, explicou Pitt. A reunião serviu também, segundo ele, para iniciar a discus-são sobre as responsabilidades de cada um e a engenharia do projeto.

O próximo desti-no do grupo foi

o gabinete do líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Zé Neto, tendo como pauta os custos carto-riais. O mesmo assunto foi levado à Casa Civil do Governo, à Secreta-ria de Relações Institu-cionais e ao Presidente da Assembléia, Dep. Marcelo Nilo.

De acordo com a Aiba, o setor agríco-la utiliza, no mínimo, três vezes os serviços cartoriais, a cada safra, e sempre que realiza uma operação finan-ceira. Este setor está sendo prejudicado em função da nova lei dos cartórios, aprovada em dezembro do ano pas-sado. “O valor das cus-tas cartorárias cresceu muito, inviabilizando nossa atividade”, dis-se Sérgio Pitt, na As-sembleia Legislativa, ao líder da bancada do governo, Zé Neto; na Casa Civil, ao chefe de gabinete, Carlos Melo, e ao secretário de Re-lações Institucionais, Cézar Lisboa.

De acordo com a Aiba, os custos carto-riais na Bahia chegam a ser três vezes maior que no estado mais caro do País. Pela nova lei, os serviços cartográfi-cos vão ficar até 400% mais altos a partir de 25 de março deste ano.O objetivo do encontro

PPPs para construção de novas rodovias no Oeste

Custos cartoriais injustos para o setor agropecuário

foi buscar apoio do Le-gislativo e do governo para sensibilizar o Ju-diciário, no sentido de que um erro foi come-tido no que diz respeito ao setor agrícola.

Existe um preceden-te protagonizado pelo estado de São Paulo, como uma possível al-ternativa para atenuar o problema na Bahia. Com base no Decreto Federal n° 167/67, que instituiu os títulos de crédito rural, instru-mentos utilizados para o financiamento da ati-vidade agrícola de inte-resse social (produção de alimentos), que es-tabeleceu um teto má-ximo para os custos dos emolumentos, limitan-do a um quarto do valor do salário mínimo da região, a Secretaria de Justiça e de Cidadania, a Associação de No-

tários e Registradores do Estado de São Pau-lo – ANOREG-SP, e o Sindicato de Notários e Registradores do Esta-do de São Paulo firma-ram um Termo de Acor-do de Redução de 70% dos custos de emolu-mentos para atos envol-vendo títulos de crédito rural, limitando o custo ao teto de R$2.171,81.

“Produzir alimentos é uma função estratégi-ca e deve ser considera-do como uma questão de segurança nacional. A agricultura tem um tratamento diferencia-do. Esse é o espírito do Decreto 167/67, que, ao instituir os títulos de crédito rural, assegurou custos menores para os emolumentos, no qual São Paulo amparou sua decisão”, disse Walter Horita.

Participaram das

reuniões, além de Eduardo Salles, do presidente e o vice-presidente da Aiba, Walter Horita e Sérgio Pitt, o presidente da Associação dos Produ-tores de Café da Bahia (Assocafé), João Lo-pes; os prefeitos de Luiz Eduardo Maga-lhães, Humberto San-ta Cruz, e de Formosa do Rio Preto, Manoel Afonso, os proprietá-rios das fazendas Sete Povos e Busato, Mar-celino Flores, e Júlio Cesar Busato, respec-tivamente, o superin-tendente do Incra na Bahia, Marcos Nery, e os chefes da área fun-diária do Incra, Aroldo Andrade, de cartogra-fia, Miguel Neto, e do comitê de certificação, André Valois.

(Com informações da Seagri)

HECKEL JUNIOR

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A Associação de Agricultores e Irri-

gantes da Bahia – Aiba e o Banco do Nordeste do Brasil – BNB lança-ram, no dia 12 de mar-ço, o primeiro edital de 2012 do Fundo para o Desenvolvimento Eco-nômico e Sustentável da Bahia- Fundesis. Criado em 2006, o Fundesis tem ajudado a promover a inclusão social e a me-lhoria da qualidade de vida em comunidades carentes do Oeste da Bahia, através do finan-ciamento de projetos de organizações da socie-dade civil. Os R$700 mil disponibilizados pelo edital serão concedidos às instituições propo-nentes em caráter não-reembolsável. Podem se habilitar, os projetos com ações voltadas para inclusão social, educa-ção, cultura e inclusão digital, programas de saúde preventiva, gera-

Fundesis disponibiliza R$700 mil paraInstituições Sociais do Oeste da Bahia

ção de renda e empreen-dedorismo, preservação e educação ambiental, defesa fitossanitária e agricultura sustentável. As propostas serão re-cebidas até o dia 12 de abril de 2012, e o resul-tado será divulgado em 14 de maio deste ano.

Em cinco anos de existência, o Fundesis já investiu mais de R$ 1.3 milhão, benefi-ciando 29 projetos de 19 entidades sociais. Dentre as instituições beneficiadas, estão cre-ches, escolas, centros culturais, orfanatos e abrigos que atendem bebês, crianças, jovens, adultos, portadores de necessidades especiais e idosos. De acordo com a Aiba, neste período foram atendidas mais de cinco mil pessoas, crian-do, direta e indiretamen-te, em torno de mil no-vos postos de trabalhos temporários, em seis

municípios do Oeste da Bahia: Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Angical, Tabocas do Brejo Velho, Correntina e São Desidério.

Modelo desucesso

Os recursos do Fun-desis vêm da contribui-ção espontânea dos pro-dutores rurais associados da Aiba, em função dos custeios agrícolas libera-dos pelo Banco do Nor-deste, tendo como fonte o Fundo Constitucional de Financiamento do Nor-deste (FNE), além de do-ações de pessoas Físicas e Jurídicas, e do repasse de Cooperativas de produto-res rurais, com recursos do Fundo de Assistência Tecnológica Educacional e Social (Fates).

“O êxito do Fundesis é fruto de uma articula-ção sincronizada entre a atividade produtiva

agrícola e a vontade de fazer o bem. As contri-buições são espontâne-as e o Fundo é admi-nistrado com coerência e austeridade. Por isso, seus resultados têm sido fantásticos e a parceria com o BNB é sempre re-novada. Creio que deve servir de exemplo para iniciativas parecidas em todos os setores”, afir-ma o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt.

Todos os Projetos

inscritos são avaliados pelo Conselho Delibera-tivo do Fundesis, que é composto por sete inte-grantes, sendo três indi-cados pelo BNB e quatro pela Aiba, que analisam, dentre os critérios de avaliação, a relevância social do projeto para a região, o enquadramen-to nas políticas de Res-ponsabilidade Social do Fundesis e a viabilidade de execução.

Estão aptas a apre-

sentar projetos, as or-ganizações da Socie-dade Civil sem fins lucrativos, constituídas juridicamente há pelo menos dois anos, com experiência mínima também de dois anos na implementação e execu-ção de projetos sociais. Precisam ter estrutura física, equipamentos e comprovada capacidade técnica para garantir a manutenção e amplia-ção do projeto.

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A Aiba participou, no último dia 2 de

março, de uma reunião do Grupo de Trabalho de Licenciamento Am-biental e Outorga para Agricultura Irrigada, da Secretaria Nacional de Irrigação (Senir), do Ministério da Integração Nacional, em Ribeirão Preto (SP). O GT, em fase de institucionaliza-ção, reúne representan-tes de órgãos e entidades de classe de expressão, para apontar problemas e apresentar propostas de solução visando in-crementar a agricultura irrigada no país.

A reunião de março foi a terceira do grupo, e dela saiu uma nota téc-nica com as justificati-vas, objetivos, diretrizes e recomendações para esta finalidade, dentre as quais, estão duas das recentes propostas ela-boradas pela Aiba para maximização do uso dos recursos hídricos e energia na irrigação: a Outorga Sazonal e a proposta de ampliação do horário reservado para a irrigação.

Criada em 2011, a SENIR é responsável pela política nacional de irrigação e tem como competência fortalecer a agricultura irrigada, em sinergia com os ór-gãos públicos afins e a iniciativa privada, pro-movendo a irrigação como instrumento de eficiência à produção agrícola e a redução da pobreza com a geração de emprego e renda.

Aiba Integra Grupo de Trabalho nacional com foco na agricultura irrigada

“Esse Grupo de Tra-balho, e, antes dele, a própria criação da SE-NIR, fazem parte de uma vontade explícita da presidente Dilma Rousseff de garantir mais dinamismo para os trâmites dos proje-tos de irrigação, tanto de outorga, quanto de licenciamento”, explica Pitt. Segundo o vice-presidente da Aiba, a decisão é parte do entendimento de que é preciso fomentar a produção de alimentos, para atender a demanda interna e externa, no ce-nário atual, e a médio e longo prazo.

Uma das maneiras encontradas para dar visibilidade ao proje-to defendido pelo GT SENIR/MI foi mostrar a um grande público a

importância da irriga-ção no campo, através de exposições, peças institucionais e debates durante a Conferência das Nações Unidas so-bre o Desenvolvimen-to Sustentável. Mais conhecida como, Rio +20, a Conferência será realizada entre 13 e 22 de junho deste ano, no Rio de Janei-ro, com a presença de quase 200 chefes de estado, representantes governamentais nacio-nais e internacionais, e público estimado em mais de dois milhões de pessoas.

“É importante res-saltar a dimensão da credibilidade e repre-sentatividade da Aiba, uma entidade de pouco mais de 1,2 mil associa-dos, mas que tem anga-

riado respeito nacional graças a um trabalho arrojado e profissio-nal”, destaca Pitt. Entre os casos de sucesso da entidade citados pelo executivo da Aiba na reunião, estavam o Pro-grama de Adequação e Regularização dos Imó-veis Rurais da Bahia (PARA) e a campanha de mobilização de par-lamentares e imprensa para aprovação da nova legislação ambiental, aprovada no final do ano passado, e que foi um importante passo para desburocratizar os processos de licencia-mento na Bahia.

Maximização

A proposta da cria-ção de uma outorga sazonal, como parte de

um Programa de Ma-ximização dos Recur-sos Hídricos X Energia Elétrica, desenhado pela Aiba, foi apresen-tada no ano passado ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. Com a sua aplicação, a Aiba espera dobrar a área irrigada na região, de 100 mil para 200 mil hectares, com o apro-veitamento de áreas com menor precipita-ção pluviométrica, por meio de irrigação com-plementar. O modelo poderá ser replicado para outras regiões irri-gadas do País.

Trata-se de uma revi-são dos parâmetros atu-ais adotados para emis-são das outorgas, que utilizam como base o menor nível da água dos

rios, da menor ocorrên-cia dos últimos 10 anos. Excluído o período dos quatro meses mais se-cos, quando não será utilizada a irrigação, a disponibilidade de água nos demais meses é muito maior, podendo dobrar as outorgas sem comprometimento da bacia hidrográfica.

“O que acontece é que este parâmetro não se modifica nos meses chuvosos, fazendo com que o excedente de água simplesmente siga seu curso, sem chan-ce de ser parcialmente utilizado na produção”, explica Pitt, segundo quem, com a outorga sazonal, seria possível incluir na matriz produ-tiva regional a produ-ção de cana-de-açúcar, para etanol e energia.

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Desde novembro do ano passado, os produ-tores rurais do Oeste da Bahia estão tendo uma economia considerável em suas tomadas de cré-dito no âmbito do Fundo Constitucional de Finan-ciamento do Nordeste, o FNE, cujo grande opera-dor na região é o Banco do Nordeste (BNB). Isso decorreu da mudança de “porte” dos produtores, homologada pelo Conse-lho Deliberativo da Su-dene, em novembro do ano passado, pela qual os parâmetros passaram a ser os mesmos adota-dos pelo BNDES.

Dessa forma, o pro-dutor com renda bruta anual de R$ 2 milhões, que pela classificação anterior era Grande e pa-gava uma taxa de juros de 8,5% ao ano (que caía para 7,2250% ao ano com aplicação do bônus de adimplência), passou a ser enquadrado como Pequeno-Médio, uma nova categoria, com taxa de 7,25% (6,1625%, com o bônus de adimplência),

Mudança nos parâmetros do FNE representou economia para o produtor do Oeste

o que representa uma re-dução de 1,06% no custo financeiro da operação, sempre considerando a liquidação no vencimen-to. O limite financiável, por sua vez, passou de 70% para 90% do valor.

Independentemente do porte, as mudanças beneficiaram todos os produtores. A maioria passou a ser classificado como Pequeno-Médio ou Médio. Além da redução de custo, com os recur-sos disponibilizados no

orçamento do FNE para este ano será possível atender a toda demanda dos clientes da região.

Essa conquista foi o resultado de um grande trabalho de argumentação e convencimento, empre-endido na Aiba no ano passado, em uma série de reuniões com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e o Presidente da Codevasf, Clementino Coelho, em Brasília e no Oeste.

Para dar uma idéia

do quanto isso represen-ta em economia para o produtor, o diretor-exe-cutivo da Aiba, Alex Ra-sia, mostra um exemplo hipotético. Nesta mesma faixa de faturamento, alguém que tomasse um financiamento de R$ 800 mil teria um custo finan-ceiro anual de R$ 57,8 mil. Com os novos parâ-metros, esse custo baixa para R$ 49,3 mil (econo-mia de R$ 8,5 mil).

Veja na tabela o que mudou

14/09/2011 - Repre-sentados pela (Aiba), os produtores rurais do Oeste da Bahia reuni-ram-se com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coe-lho, em Brasília, para tratar das mudanças relativas à concessão de crédito para grandes empresas e produtores pelo Fundo Consti-tucional de Financia-mento do Nordeste, o FNE, cuja composição percentual estava em vias de ser alterada, reduzindo os recursos

Retrospectivadestinados para esta categoria de 35%, para 20%. Os agricultores do cerrado baiano de-fenderam junto ao mi-nistro a manutenção dos 35% e a equipara-ção da classificação de porte do FNE à adotada pelo BNDES, pela qual muitas empresas e pro-dutores, então catego-rizados como Grandes, seriam reposicionados como Médias e Peque-nas. O ministro sinali-zou com a possibilidade desta equiparação em curto prazo, e endossou

o pleito dos produtores para que fosse criado um programa específico para financiar o custeio agrícola do cerrado.

16/09/2011 - Apenas dois dias após receber os representantes Aiba em seu gabinete em Bra-sília, o ministro Fernan-do Bezerra desembar-cou no Oeste da Bahia, atendendo ao convite dos produtores, para conhecer o potencial da região. Na visita, os agricultores reforçaram os argumentos feitos na

Capital Federal, para a manutenção do percen-tual de 35% dos recursos do FNE, voltados para as grandes empresas e produtores, assim como para a criação de um programa específico de financiamento agrícola do cerrado nordestino, na forma de um funding específico, que seria li-derado pelo Banco do Nordeste, com a equa-lização do custo finan-ceiro. Bezerra assistiu a uma explanação sobre o agronegócio da região e percorreu fazendas.

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A raça nelore, a zebuína mais famo-sa do Brasil, pro-mete fazer bonito na edição 2012 da Bahia Farm Show, a maior Feira de Tec-nologia Agrícola e Negócios do Norte/Nordeste. Mas, não vem sozinha. Cru-zados nelore/angus/bosmara também vão marcar presen-ça no evento, que reúne melhoristas da região e estados vizinhos. A feira será realizada de 29 de maio a 02 de junho deste ano, no município de Luís Eduardo Maga-lhães, no Oeste da Bahia.

A participação da pecuária na Bahia

Pecuária ganha força na Bahia Farm ShowFarm Show vem crescendo a cada ano.

“Estamos ansio-sos com esta edição. As expectativas dos produtores são as melhores, poiso fortalecimento da pecuária no Oeste é irreversível, e a Bahia Farm Show é sempre a melhor vitrine dessa reali-dade”, afirma o pre-sidente da Associa-ção de Criadores do Cerrado da Bahia, Todd Topp. A en-tidade participa da feira há quatro edi-ções.

De acordo com Topp, a ascensão da participação dos animais na feira re-flete o próprio ritmo

de crescimento da pecuária na região, que, apesar da maior evidência na apti-dão de grãos, tem tradição na pecuária nas áreas do Vale do Rio Grande, e hoje vem consolidan-

do a aptidão para o sistema intensivo, pela proximidade do fornecimento de matéria-prima.

Apesar da estre-la na feira ser mes-mo o gado nelore, a ACCB reserva ao

público muitas no-vidades, baseadas no cruzamento do zebuíno com angus e bosmara. Esse tra-balho de melhora-mento genético tem garantido avanços significativos do

ponto de vista da fertilidade, longe-vidade, precocida-de, rusticidade, fa-cilidade de parto e habilidade materna, além da qualidade da carne bovina.

A Bahia Farm Show é uma realiza-ção da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em parceria com a Associação Baiana dos Produ-tores de Algodão (Abapa), Associa-ção das Revendas de Máquinas e Im-plementos Agrí-colas do Oeste da Bahia (Assomiba), Fundação Bahia e Prefeitura Munici-pal de Luís Eduardo Magalhães.

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