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Eles estão chegando ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES E IRRIGANTES DA BAHIA FEVEREIRO|2015 . ANO 23 . Nº 230 www.aiba.org.br A nova geração de produtores está disposta a permanecer no campo e a dar continuidade aos negócios da família. É sangue novo chegando para renovar o agronegócio do Oeste da Bahia.

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Eles estãochegando

associação de agricultores e irrigantes da bahia

fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230

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a nova geração de produtores está disposta a permanecer no campo e a dar continuidade aos negócios da família. É sangue novo chegando

para renovar o agronegócio do oeste da Bahia.

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www.aiba.org.br AssociAção de Agricultores e irrigAntes dA BAhiA |www.aiba.org.br| AssociAção de Agricultores e irrigAntes dA BAhiA

De acordo com o 2º levantamento para a safra 2014-15, realizado pelo Conselho Técnico da Associação de Agricultores e

Irrigantes da Bahia (Aiba), os efeitos da estia-gem que atingiu o Oeste da Bahia, entre os me-ses de dezembro e janeiro, provocaram perdas significativas nas culturas de soja e milho.

A região manteve a previsão de plantar 1,42 mi hectares de soja, porém a produti-vidade média esperada por hectare se re-traiu de 56 sacas para 50 sacas.

Segundo o levantamento do Conselho

Oeste da Bahia apresenta novo levantamento para safra 2014-15

Técnico, o milho foi a cultura que mais so-freu com a estiagem. Havia uma expecta-tiva inicial de se colher uma média cerca de 163 sc/ha que, neste momento, se re-duz para 135 sc/ha; sendo mantida a área plantada de 220 mil hectares.

Os números apresentados para soja e milho só poderão se concretizar após a fi-nalização da colheita das duas culturas, o que deverá ocorrer em abril para a soja e em maio para o milho.

Para o algodão, que teve o plantio con-

cluído no dia 10 de fevereiro, os efeitos da estiagem ainda não podem ser avaliados, mas a perspectiva é de que a região alcance uma produtividade recorde de 270 ha/hecta-res, chegando a 1,17 mil de toneladas da fibra.

O Conselho Técnico da Aiba é formado por representantes de associações de pro-dutores, sindicatos, multinacionais, institui-ções financeiras e órgãos governamentais que se reúnem de acordo com os calendá-rios de plantio e colheita das safras do Oes-te da Bahia, ou em momentos estratégicos para deliberação de assuntos pertinentes ao setor produtivo. As previsões são feitas sempre considerando fatores como, pers-pectivas de mercado, nível tecnológico, con-dições climáticas e controle fitossanitário.

2° LevanTaMenTo Da Safra 2014/15 no oeSTe Da BaHia

Safra 2013-14 variação (%) 3º LvtoSafra -2013/14cuLTuraS

Área (ha)

Soja (sc) 1.274.000 3.225.768,0 2.399,842,2

285.206 1.142.250,0 1.951,3267,0

245.500 2.135.850,0 912,4145,0

T

T

T

aLgoDão (@ / capulho) - oeste

MiLHo (sc)

Produtiv.

ToTaL geraL 1.804.706,0 1.930.0006.503.868,0 7.216.5005.263,5 6.731,0

Produção vBP

(milhões r$)(t)4º -Set/12

2ª estimativa Safra 2014-15

Área (ha)

1.420.000 4.260.000,0 3.739,5 11,5 32,1 55,850,0

290.000 1.174.500,0 2.352,9 1,7 2,8 20,6270,0

220.000 1.782.000,0 638,6 (10,4) (16,6) (30,0)135,0

Produtiv.Produção vBP

Área Prod vBP(milhões r$)4º (t - m³)

Tc

fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230

ANIVERSARIANTES DO MÊS01/0201/0201/0201/0201/0201/0201/0201/0202/0202/0202/0202/0203/0203/0203/0204/0204/0204/0205/0205/0206/0206/0207/0207/0207/0207/0207/0208/0208/0208/0209/0209/0210/0210/0210/0210/0210/0210/0211/0212/0212/0213/0214/0214/0214/0215/0215/0215/0216/0216/0216/0217/0218/0218/0219/0219/0219/0219/0220/0220/0220/0221/0222/0222/0222/0223/0223/0223/0223/0223/0223/0224/0224/0225/0225/0225/0225/0226/0226/0226/0226/0228/0228/02

ANTONIO BORTOLOZZOCLAUDINIR BORTOLOZZOEUCLECIO LUIZ ELGERJOVALDIR BATEZINILEONILDO JOSE DE FAVERIMORINAGA KONIJIOROBERTO BORTOLOZZOTHAIS DE PROENÇA DA MATA SOBREIRAEVALDO ANTUNESJORGE FUKUDAMARCIO JOSE LIBERALIPATRICIA WUSTRO BADOTTIMARCELINO FLORES DE OLIVEIRARAFAEL SCHERMACKVANDERLEI LUIZ MARANGONCELSO JOSE SANTINJULIO CEZAR BUSATOMARCIO LUIZ DE RESENDEADAN VINICIUS SANTOLINLEONIDAS FERNANDES LIMAARMANDO JULIANIJOAO WALTER MARTINS M. PEREIRAANTONIO DE LIMA ALINOANTONIO FERREIRAGILMAR DE SOUZAKOWALSKI E COSTA LTDAROMEU ISIDORO REIMAMANDRE CASSOL LOPESIRINEU JOSE SCHMIDTVALDIR VILMAR TIMMMARCELO HIROSHI SHIRABEOSCAR HENKEAMARILDO MARIO GEMELLIBRUNO MUNIZ COSTAEGON SCHWINGELLEOMAR JOSE RECKERSMARIA EDNA DE SOUZAMILTON CESAR ZANCANAROEDUARDO ACYLINO COSTA CANCELADOAIRTON JOSE OROANA PAULA SCMITTZ GOLINEVERTON MARTINS DE OLIVEIRAIKUO ICHIDANEIMAR WALKERSUANI GONALVES DE LIMAALBERTO ANTONIO ZANINIJORGE REIJI TABUSADANIROSICLEIA DO ROCIO FLIZICOSKI CERRATOJOSE VOLTER LAURINDO DE CASTILHOSJULIO MIKIO WATANABEMICHELLI RIEDIJOAO LUIZ RYZIKANTAO VLADIMIR DE SOUZA LEITEJOAO ANTONIO FRANCIOSIDARCIO PAULO WILLMSEGIDIO DAL MOLINJOSE MILTON DA SILVAMARIZA NAZARI FORMAGIOCHRISTIMAS FERNANDES VASCONCELLOSJOSE ANTONIO DAL MOLINVALDEMAR MARANGONMARILETE DE FATIMA ZANCANARO MOTTERDIRCEU MONTANIMOACIR BERNARDINO WUSTRONEIVA GHLEN WUSTROARMIN KLIEWERJAIME DANIEL NEGRIJARBAS LUIS FRIZONMARCIO ASTOR POOTERMAURICIO LUIZ KALSINGVANDERLEI CASSOLLUCIO STRACCINEI CASTELLIAIRTON JOSE BIEZUSALEX SANDRO DARIODIEGO DI DOMENICOJULIO CESAR PINTO MORAESELIANA MARIA PASSOS PEDROSAMARIO HIDEYAKI KURODAVOLNEI MARTINAZZOWERNO ELGEREDISON ROBERTO DIPPJOAO CARLOS JACOBSEN RODRIGUES FILHO

Publicação mensal pela associação de agricultores e irrigantes da Bahia - aiba

RedAçãO e edIçãO: rassana MilcentAPROvAçãO FInAl: ivanir Maia

PROjeTO GRáFICO e edITORAçãO: Leilson castro - Marca Studio de criaçãoImPReSSãO: gráfica irmãos ribeiro

TIRAGem: 2.500 exemplares

comentários sobre o conteúdo desta publicação, sugestões e críticas, devem ser encaminhados para o e-mail [email protected]. a reprodução parcial ou total do conteúdo desta publicação é permitida desde que citada a fonte.

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Tel.: 77 3613-8000 | Fax: 77 9613.8020

safranotas

Oziel Oliveira é o novo diretor-geral da Agência de defesa Agropecuária da Bahia

(Adab). ele tomou posse no dia 23 de fevereiro e assumiu o compromisso de continuar tra-balhando para o agronegócio crescer, con-tribuindo assim com o Produto Interno Bruto (PIB) baiano. A Adab é uma autarquia vincu-lada à secretaria da Agricultura (Seagri) que fiscaliza e inspeciona a atividade agropecuária em prol da zoofitossanidade no estado. A Aiba participou da solenidade de posse, realizada em Salvador, através de seu diretor de Rela-ções Institucionais, Ivanir maia.

ACentral de Atendimento (Atend) do Instituto de meio Ambiente e Recursos

Hídricos (Inema) passou a funcionar, des-de o dia 02 de fevereiro, no andar Térreo da nova sede da autarquia, localizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB), na 6ª Avenida, nº 600, (próximo ao Tribunal de Contas do estado). Todo e qualquer atendimento, protocolo e envio de docu-mentações deverá ser realizado na nova sede ou no SAC da Boca do Rio.

Começaram a ser assentados os trilhos dos lotes 3 (Tanhaçu) e 4 (Brumado) da

Fiol. O lote 3 possui 115 quilômetros e o lote 4 tem 177 quilômetros. 75% da obra dos dois lotes já estão concluídos, devendo ficar totalmente prontos até dezembro de 2015.

Tomou posse, no dia 06 de fevereiro, o novo secretário estadual da Agricultura, Pecuária,

Irrigação e Pesca, Paulo Câmera. Além de já ter assumido a secretaria de Ciência e Tecnologia (Secti) durante o governo jaques Wagner, Paulo Câmera foi um dos responsáveis pela reestru-turação da Companhia de desenvolvimento e Ação Regional (CAR), que agora tem vinculação com a secretaria da Agricultura.

Adab tem novo diretor-geral

Inema com novo endereço

Trilhos da Fiol

Mudança na Seagri

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Opresidente da Associação de Agriculto-res e Irrigantes da Bahia (Aiba), júlio Cé-zar Busato, participou da uma reunião

com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, realizada no dia 11 de fevereiro, na sede do ministério, em Brasília. Também estavam pre-sentes, o secretário da Agricultura da Bahia, Paulo Câmera; o presidente da embrapa, mau-ricio lopes; o chefe de Pesquisa e desenvolvi-mento da embrapa, Celso moretti; e o supe-rintendente de desenvolvimento Agropecuário da Seagri (SdA) da Bahia, Almeida junior. na ocasião, foi apresentado o programa do mapa intitulado “Inteligência Territorial e expansão da Agropecuária”, voltado para o matopiba.

O programa foi estruturado com base nas seguintes áreas de estudo: recorte territorial (biomas, microrregiões e delimitação geográ-fica), quadro natural (agrícola, infraestrutura e logística) e quadro econômico. Com isto defini-do, foi elaborado um planejamento de atuação para a embrapa e seus parceiros.

Para o recorte territorial do matopiba, onde se definiu os limites territoriais da região, fo-ram utilizados os critérios da dinâmica de ex-ploração agrícola, áreas de Cerrado, aspectos econômicos e infraestrutura disponível.

Aiba participa de reunião no ministério da Agricultura sobre o Matopiba

A definição dos quadros natural e econô-mico da região identificou um grande número de pequenos produtores que possuem ren-da mensal menor que dois salários mínimos. Com base nestes dados, a ministra destacou a necessidade de se melhorar o IdH da região, uma vez que o matopiba tem um enorme po-tencial de crescimento. “A região carece de infraestrutura e de logística e vamos trabalhar duro para resolvermos estas questões”, disse a ministra Kátia Abreu.

Representando 1.300 agricultores do Oeste da Bahia, o presidente da Aiba falou que a região, hoje, cultiva 300 mil hectares de algodão e que, por sua produtividade e qualidade de fibra, pode-rá, rapidamente, chegar a um milhão de hectares cultivados. Por conta disso, Busato salientou a necessidade de instalação de um núcleo de pes-quisa da embrapa Algodão na região.

O presidente da Aiba ressaltou o efei-to positivo que a agricultura, a pecuária e a agroindústria trouxeram para as populações do oeste baiano, especificamente, e se dis-ponibilizou a colaborar com a ministra para a criação de uma agencia de desenvolvimen-to regional com a participação dos governos estadual, municipal e Federal, além da ini-ciativa privada para, juntos, buscarem so-luções e projetos que venham a resolver os problemas e entraves que atrasam o desen-volvimento da região e privam as populações existentes de uma melhor qualidade de vida.

na ocasião, o júlio Busato entregou os convites da Bahia Farm Show para a minis-tra Kátia Abreu e para a presidente da Re-pública, dilma Rousseff. A Feira será reali-zada de 02 a 06 de junho de 2015, em luís eduardo magalhães (BA).

"a região carece De infraeSTruTura e De LogíSTica e vaMoS TraBaLHar Duro Para reSoLverMoS eSTaS queSTõeSKátia abreu, ministra da Agricultura,Pecuária e Abastecimento.

Opresidente da Aiba, júlio Cézar Busa-to, esteve no dia 04 de fevereiro, com o vice-governador e secretário estadual

de Planejamento, joão leão, em Salvador. Busato cumprimentou o vice-governador e falou sobre a necessidade de se discutir e planejar obras estruturantes para o desen-volvimento do Oeste baiano. Também parti-ciparam da reunião, o ex-secretário estadual dos Portos, Carlos Costa, e a assessora da Presidência da Aiba, Rosi Cerrato.

“ As questões de infraestrutura que, nor-malmente, envolvem estradas, energia elétri-ca, telefonia e a implantação de novos modais para escoamento da produção agrícola do Oeste, são antigas na região. Para que pos-samos ganhar competitividade e a população ter mais qualidade de vida, o planejamento é fundamental. estamos buscando o benefício de todos”, afirmou o presidente da Aiba.

O vice-governador reafirmou seu com-promisso com a região e disse que, além das obras da Fiol e da BR 020, que já estão em andamento, fará um planejamento junto com prefeitos e associações da região para a construção de novas estradas.

Um dia antes (03), joão leão esteve em

Tratar sobre a ampliação do serviço de energia elétrica para o Oeste da Bahia. este foi o principal assunto da

audiência do presidente da Aiba, júlio Cé-zar Busato, com o secretário estadual de Infraestrutura, marcus Cavalcanti; o pres. da Coelba, josé Roberto Bezerra de me-deiros; e o superintendente de operações da Coelba, eduardo Gerardi, no dia 04 de fevereiro, em Salvador. Também estava presente, a assessora da Presidência da Aiba, Rosi Cerrato.

O presidente da Aiba explicou que a ampliação e a regularidade do serviço de energia elétrica são fundamentais para o desenvolvimento da agricultura praticada na região, à medida que permitirá a am-pliação das áreas irrigadas e facilitará a instalação de agroindústrias no local.

“vamos trabalhar, em conjunto, para acelerarmos as obras de subestações como a de São marcelo e a do Pratudão, e demais redes de distribuição de ener-gia. A Aiba vai mobilizar seus produtores associados para que sejam reunidas as demandas de energia elétrica por locali-dade e, em seguida, repassará a Coelba. O passo seguinte será o envio destas in-formações para a Aneel, para que seja definido o percentual de investimento”, explicou Busato.

Agricultores do Oeste baianotêm sua primeira audiência como vice-governador João Leão

Mais energiapara o Oesteda Bahia

Barreiras para inaugurar a Câmara especial de justiça do Oeste, a primeira unidade fora da capital. Antes de iniciar sua agenda de trabalho, ele esteve na sede da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). ele foi recepcionado por diretores da Aiba que o parabenizaram pela eleição e coloca-ram a Associação à disposição para auxiliar no que for necessário para promover o de-senvolvimento do Oeste do estado.

“É importante que o vice-governador sai-ba que pode contar conosco sempre que o assunto for à promoção do desenvolvimento de nossa região. entendemos que a colabo-ração mútua é o caminho para o crescimen-to do Oeste”, afirmou Ivanir maia, diretor de Relações Institucionais da Aiba.

Após a visita, o vice-governador partiu para um almoço com lideranças da região e, em seguida, participou da inauguração da Câmara especial de justiça do Oeste. joão leão estava acompanhado pelo deputado estadual, Antônio Henrique júnior; pelo pre-feito de Barreiras, Antônio Henrique; pelo prefeito de luís eduardo magalhães, Hum-berto Santa Cruz e pelo prefeito de São desi-dério, demir Barbosa.

4 fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230InstItUCIonaL 5fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230

InstItUCIonaL

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Opresidente da Aiba, júlio Cézar Busato, prestigiou a posse dos depu-tados estaduais, representantes do Oeste da Bahia e que vão defender o agronegócio, na Assembleia legislativa. A solenidade foi realizada

no dia 02 de fevereiro, em Salvador, e também teve a participação do pre-sidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras, moisés Schmidt; e dos vice-presidentes da Abapa, luís Carlos Bergamaschi e Paulo mizote.

eleitos no dia 05 de outubro, os deputados eduardo Salles (PP), vitor Bonfim (PdT), Antônio Henrique júnior (PP) e luiz Augusto (PP), foram di-plomados durante a sessão de início dos trabalhos da 18ª legislatura da Assembleia legislativa. neste momento, eles fizeram o juramento prescrito pela Carta estadual, ato que completou a posse dos mandatos.

O presidente da Aiba falou sobre a importância de ter representantes do Oeste da Bahia no legislativo. “O Oeste da Bahia está a mais de 800 km da capital e, é fundamental, que tenhamos representantes nossos na Assem-bleia; gente que conhece nossas necessidades e vai trabalhar pelo desen-volvimento da região”, disse Busato.

Aiba participa da posse dos deputados estaduais do Oeste da Bahia

7fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230InstItUCIonaL InstItUCIonaL

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Voltadas à Comercialização de SOJA

Dias 08 e 09 de Abril de 2015 - Luis Eduardo Magalhães, BA

Os limites do Parque nacional das nascentes do Rio Parnaíba foram alterados pela lei no 13.090, assinada pela presidente dilma Roussef e publicada no diário Oficial no dia 13 de janeiro de 2015. O Parque, cria-

do em 2002 para assegurar a preservação dos recursos naturais e da diversi-dade biológica, teve sua área ampliada de 729.813 hectares (ha) para 749.848 ha. A mudança da área do Parque teve participação e contribuição da As-sociação dos Produtores Rurais da Chapada das mangabeiras (Aprochama).

O texto da lei desocupa uma área ao sul do Parque, composta por ve-getação típica de Cerrado, em diferentes níveis de recuperação, onde havia monocultura de grãos. Além disso, foram incorporadas áreas das nascen-tes do Rio Corrente (Bahia), da Serra do lajeado (Tocantins) e da área de Proteção Ambiental do jalapão (Tocantins).

Com esta ação, os agricultores da região vão buscar que os grãos produzidos no entorno do Parque ganhem um Selo verde, símbolo de produção responsável; além de assegurar o ganho ambiental para toda a população da região.

localizado entre os limites dos estados do Piauí, maranhão, Bahia e Tocantins, o Parque é administrado pelo Instituto Chico mendes de Con-servação da Biodiversidade (ICmBio). A unidade serve de espaço para a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação, recreação e turismo ecológico. A nova lei garante a preserva-ção dos recursos naturais do parque e das nascentes do Rio Parnaíba, que constitui a segunda maior bacia hidrográfica do nordeste.

Produtores do Oeste da Bahia garantem preservação ambiental no Parque Nacional do Rio Parnaíba

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8 9fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230

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Em uma ação para preparar sucessores e futuros líderes do setor agrícola no Oeste da Bahia, a Associação de Agri-

cultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) criou e implantou o Produjovem. O programa busca aproximar os filhos dos associados do dia a dia do agronegócio, através do incentivo da participação destes jovens produtores nos trabalhos desenvolvidos pela Associação.

Criado há dois anos, o Produjovem conta com a atuação direta de, aproximadamente, 15 jovens. eles frequentam as reuniões se-manais de planejamento das ações da Aiba e acompanham discussões, por todo o país, de temas essenciais para a sustentabilida-de do agronegócio.

Prontos para fazer a diferença

há dois anos trabalhando com a família, as dificuldades da nova geração são outras, tendo que ser “cada vez menos agricultor e mais empresário do setor rural”.

“diferente da geração passada que tinha como grande problema a produção de alimentos em terras considera-das inférteis; a nova geração já começa a trabalhar com tecnologias avançadas de produção e informação, além de enfrentar gargalos como logística, segurança de preços, tributações e muito mais”, afirmou Carolina acrescentan-do que “os fatores de risco aumentaram assim como o custo de produção”.

Através do Produjovem, Carolina participou do 14° en-contro nacional de Plantio direto na Palha, realizado em agosto de 2014, na cidade de Bonito (mS). Segundo ela, ter participado deste evento, foi importante porque pôde ampliar seus conhecimentos sobre um sistema de plantio ecologicamente correto e que contribui para a eficiência do processo produtivo.

Participar do Produjovem é o primeiro passo para co-nhecer o agronegócio de maneira global, compreendendo sua ligação com outros setores como econômico, ambien-tal, legal, social e tributário. É ainda o fortalecimento dos laços do associativismo.

De pai para filhoCiente das dificuldades, mas disposto a empreender,

everton Oliveira, arrendou 360 ha e está começando a plantar soja. “O objetivo é aprender de fato e ainda posso contar com a experiência de meu pai”, explica everton que está concluin-do o curso de Administração e se preparando para, um dia, dar continuidade aos negócios da família. Além da faculdade, ele estagiou em todos os setores administrativos da empre-sa (compras, financeiro, RH e comercialização de grãos) para conhecer o funcionamento e identificar necessidades. “meu objetivo é profissionalizar a gestão do negócio; sair do patamar de empresa familiar e tornar uma empresa com processos bem definidos, metas e outras coisas”, concluiu everton.

Quem também está se preparando para assumir os ne-gócios da família são os estudantes de engenharia Agro-nômica, Isabela Busato e Seiji mizote.

Futuro gestor de um grupo com propriedades em três municípios do oeste baiano, Seiji está estagiando no setor administrativo da empresa e, quando concluir o curso supe-rior, tem planos de fazer uma pós-graduação voltada para gestão do agronegócio e também de buscar, no exterior, ações inovadoras que possam ser aplicadas na região.

já Isabela, neta de agricultores que até hoje moram e participam do dia a dia da fazenda, diz que “está chegan-do ao grupo familiar com um conhecimento teórico atua-lizado e com muita vontade de levar os negócios adiante”. Prestes a concluir o curso, ela tem participado das reu-niões semanais da Aiba e se prepara para fazer um estágio na área de economia.

Independente da área de formação acadêmica de cada um destes jovens, o fato é que eles estão dispostos a per-manecer no campo e a dar continuidade aos negócios da família. É sangue novo chegando para renovar o agronegó-cio do Oeste da Bahia.

88 Capafevereiro|2015 . ano 23 . nº 230Capa

Bióloga por formação, elisa Zanella par-ticipa das ações do Produjovem desde o co-meço, mas seu trabalho de articulação em prol do agronegócio teve início anos antes com sua entrada no Comitê da Bacia do Rio Grande. ela chegou a ocupar o cargo de vi-ce-presidente durante o biênio 2012-14, re-presentando os usuários da Bacia. Hoje, é a secretária do Comitê e define esta partici-pação como fundamental para o setor agrí-cola e, principalmente, para os irrigantes.

elisa explica que o Comitê, junto com órgãos estaduais e empresas contratadas, estão elaborando o plano de gestão das águas da Bacia para, a partir daí, definir o valor cobrado pelo uso destas águas e onde

os recursos arrecadados serão aplicados. “É, de suma importância, participarmos ativamente deste colegiado formado pelo poder público, usuários e sociedade civil”, disse elisa que defende o associativismo como o caminho para resolver questões que precisam ser trabalhadas através do todo. “Os produtores precisam somar esforços para viabilizar questões como infraestrutu-ra e as diretrizes da legislação ambiental, por exemplo”, disse.

A compreensão de que ser agricultor vai além da porteira das fazendas está sendo percebida por todos os jovens produtores que se engajaram no grupo. Para Carolina Zuttion, engenheira Agrônoma formada e

Os produtores precisam somar esforços para viabilizar questões como infraestrutura e as diretrizes da legislação ambiental"elisa Zanella, Bióloga.

Meu objetivo é profissionalizar a gestão do negócio"everton oliveira,estudante de Administração.

Tem planos de sepós-graduar em gestão

do agronegócio.Seiji Mizote,

estudantes de engenharia Agronômica.

Diferente da geração passada, a nova geração já começa a trabalhar com tecnologias avançadas de produção e informação"carolina Zuttion, engenheira Agrônoma.

Está chegandoao grupo familiar com

um conhecimento teórico atualizado e com muita

vontade de levar os negócios adiante.

isabela Busato,estudantes de engenharia Agronômica.

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10 11fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230 fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230

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Capa responsabILIdade soCIaL

Anova geração de agricultores que participam do Produjovem visitou a Fazenda modelo, do Programa jovem

Aprendiz no Campo, no dia 10 de fevereiro. eles conheceram a estrutura do local e con-versaram com os estudantes que estavam no último dia da aula de mecanização.

A primeira vista, o que mais impressionou aos jovens produtores foi o grande número de mulheres na turma de aprendizes, o que mostra que a mão de obra do agronegócio começa a passar por uma mudança de perfil. As mulheres deixam de fazer apenas o servi-ço administrativo para se dedicar ao campo.

Gislayne menezes tem 18 anos e já era formada em técnico agrícola quando che-gou ao Programa jovem Aprendiz. ela conta que as dúvidas que tinha sobre a formação escolhida e o caminho a seguir, se acaba-ram na Fazenda modelo. “em quatro meses de aula prática, tudo mudou. Hoje, estou amando o trabalho no campo”, disse.

O jovem produtor Seiji mizote disse que no grupo de sua família, embora a maior par-te das vagas para mulheres esteja no escri-tório, já é possível encontrar algumas traba-lhando no campo com o monitoramento de pragas e doenças. e esta é justamente a área

Entrejovens

de interesse de Érica Oliveira, aprendiz de 18 anos que, apesar de ter o curso de técnico em comércio, se interessou pela área de controle fitossanitário após chegar ao Programa.

Ao participar do jovem Aprendiz no Campo, os estudantes aprendem, durante 10 meses, sobre matemática aplicada; saú-de do trabalhador rural; importância das culturas de milho, soja e algodão; preparo do solo; manejo das culturas; manejo fitos-sanitário e irrigação, dentre outros. As aulas teóricas são realizadas no Cetep e a parte prática na Fazenda modelo, onde os alunos podem ter contato com a terra, aprenderam técnicas de plantio e a operar um trator.

O conhecimento teórico aliado à prática chamou a atenção da jovem produtora Isa-bela Busato que está concluindo o curso de engenharia Agronômica. “As universidades

eM Breve TereMoS TaMBÉM uM

LaBoraTório Para iDenTificação De PragaS. iSSo garanTe a evoLução

Do curSo e que ouTroS jovenS Se inTereSSeM"

Helmuth Kieckhofer,superintendente do Instituto Aiba (IAIBA)

Sala de estudos equipada, dormitórios com camas e guarda-roupas, além de uma cozinha que conta com armários

e eletrodomésticos. essa é a nova estrutura do lar esperança, proporcionada pelo Fun-desis e que foi entregue, na no dia 23 de fe-vereiro, com a presença de representantes da Aiba, BnB e colaboradores da entidade.

O novo mobiliário representa um renas-cimento para a instituição que quase che-gou a fechar após um incêndio. “Fizemos reformas com a ajuda de muitas pessoas e lutamos para que o projeto continuasse”, disse virgínia Araújo, antes voluntária e agora gestora do lar esperança.

Para a reconstrução da instituição, a ajuda do Fundesis foi fundamental. Segundo a gesto-ra, não havia armário para as crianças coloca-rem as roupas e os materiais didáticos ficavam em cima de cadeiras ou em móveis improvisa-dos. “Graças à ajuda vinda do Fundesis, eles agora moram com dignidade”, disse virgínia.

O BnB, parceiro da Aiba no Fundesis, foi representado no evento pela gerente de ne-gócios, Simone de Fátima Tomassi. Pela pri-meira vez acompanhando uma ação do Fun-desis, ela falou sobre a participação do BnB no trabalho de transformação social feito pelo Fundesis na região. “O BnB faz questão de manter a parceria com a Aiba para que, como este, outros projetos também possam fazer a diferença na região”, disse ela.

Quem também participou da entrega do mobiliário, foi a produtora associada e as-sessora da presidência da Aiba, Rosi Cerra-to. muito emocionada com trabalho desen-volvido pela instituição, chamou de “anjos protetores” os voluntários do lar esperança. ela ainda ressaltou que contribuir com um projeto como este “é um agradecimento que o produtor oferece a região que o acolheu”.

O lar esperança, localizado no municí-pio de Barreiras, acolhe 14 crianças e adoles-centes em situação de risco decorrente de vio-lência física, psicológica, sexual ou negligência; e é uma das trinta e oito instituições apoiada pelo Fundesis, que têm promovido o desen-volvimento social no Oeste da Bahia.

Lar Esperança renasce com o apoio do Fundesis

não oferecem tantas horas de aula prática no campo e com maquinário. este curso é uma ótima oportunidade de aprendizagem que deve ser aproveitada”, afirmou Isabela.

Há cinco anos trabalhando com a família, elisa Zanella ficou encantada quando viu pas-sar um trator operado por um aprendiz. “eu nunca operei um trator”, declarou elisa, acres-centando que “este é o lugar onde eles podem errar antes de entrar no mercado de trabalho”.

A necessidade de preparo para encarar o mercado de trabalho foi avaliada por Caroli-na Zuttion como um grande diferencial, uma vez que “existe uma enorme necessidade, nas fazendas, de pessoas com a prática que está sendo oferecida”, explicou Carolina.

A Fazenda modelo possui salas de aula, auditório, refeitório e banheiros, além de uma extensa área de plantio onde, atual-mente, estão sendo cultivados milho e al-godão. Técnicos da Fundação Bahia estão utilizando o espaço para fazer monitora-mento de pragas. O local também abriga um trator, com o qual são oferecidas aulas de mecanização. em breve, será concluída a instalação do sistema de irrigação.

“estamos em melhoria contínua. em breve teremos também um laboratório para identi-ficação de pragas. Isso garante a evolução do curso e que outros jovens se interessem”, afirmou Helmuth Kieckhofer, superintenden-te do Instituto Aiba (IAIBA) e responsável pela implantação e funcionamento do Programa jovem Aprendiz no Campo.

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13fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230fItossanIdade fItossanIdade

A1ª reunião do Grupo Técnico do Programa Fitossanitário da Bahia, realizada no dia 21 de janeiro, em luís eduardo maga-lhães, contou com a presença do entomologista paulista, Celso

Omoto. ele apresentou uma pesquisa que vem desenvolvendo sobre o manejo e resistência de pragas em relação às proteínas Bt e alguns inseticidas. Omoto foi um dos pesquisadores que contribuíram para a elaboração do Programa Fitossanitário da Bahia em 2013.

Trabalhando há mais de 20 anos com pesquisas sobre detec-ção e monitoramento de resistências, Omoto adequou os métodos já existentes para a realidade do Oeste baiano. “nós temos que detectar os indivíduos que poderiam resistir à ação do inseticida; não basta apenas sobreviver nos nossos experimentos. nós certi-ficamos que esses indivíduos que consideramos como resistentes, conseguem completar o desenvolvimento e, posteriormente, dei-xar descendentes que também carregam essa característica de resistência”, explicou o entomologista.

no caso do Oeste da Bahia, Omoto está caracterizando a susce-tibilidade para todos os produtos que foram registrados em cará-ter emergencial. É um trabalho de extrema importância pra acom-panhar a suscetibilidade dessas pragas-alvos ao longo do tempo. Caso seja detectado algum problema, os resultados da pesquisa servirão para que as estratégias que estão sendo implementadas no Programa Fitossanitário sejam revisadas.

Uma recomendação feita por Omoto foi a necessidade da utili-zação do manejo Integrado de Pragas (mIP) como estratégia para retardar a evolução da resistência. “essas tecnologias devem ser utilizadas de uma forma integrada, incluindo outras táticas de con-trole biológico que nós deveríamos explorar e, pra isso, pelo menos no início do estabelecimento dos cultivos, o uso de produtos sele-tivos aos inimigos naturais é de fundamental importância”, disse.

no final de sua apresentação, o entomologista ressaltou a im-portância de todos os agricultores trabalharem juntos no combate às pragas. “não adianta apenas o produtor ou um grupo de fazen-das fazer um bom manejo se o seu vizinho não faz nada. O sucesso do programa fitossanitário depende da união de todos os produto-res, consultores, empresas de insumos, de defensivos, pra que, de fato, ele seja implementado”, concluiu Omoto.

Entomologista vem ao Oeste da Bahia apresentar pesquisa sobre resistência à tecnologia Bt

não aDianTa aPenaS o ProDuTor ou uM gruPo De faZenDaS faZer uM BoM Manejo Se o Seu viZinHo não faZ naDa"

celso omoto, entomologista

OGrupo Técnico do Programa Fitossanitá-rio da Bahia fez sua primeira reunião de 2015, no dia 21 de janeiro, na Fundação

Bahia, em luís eduardo magalhães. O objetivo é dar continuidade ao trabalho do grupo e reava-liar as diretrizes para a próxima safra.

Com a soja, o milho e o algodão já planta-dos, o presidente do Conselho Técnico da Aiba, Antônio Grespan, explica que a reavaliação de ações é extremamente necessária, uma vez que a região continua convivendo com a adversidade climática e sofrendo a pressão de pragas. “Há a necessidade de implementação dos refúgios; fazer o controle das pragas nestas áreas de acordo com o recomendado; procurar utilizar produtos seletivos, inicialmente, pra você per-mitir o estabelecimento de inimigos naturais e fazer rotação de princípios ativos. A conclusão que nós temos é, ou toda a região nossa faz, ou nós vamos ter problemas”, disse Grespan.

O trabalho de revisão do Programa Fitossa-nitário da Bahia é feito a cada nova safra exata-mente para a realização de ajustes. Seguindo esta metodologia, o Programa já conseguiu diversas conquistas, como a redução dos prejuízos cau-sados por pragas, através da difusão de formas de controle; solicitação ao ministério da Agricul-tura (mapa) para a criação de um comitê técnico científico nacional para avaliação do manejo de resistência, o que resultou no surgimento do Gru-

Oeste da Bahia se reúne para reavaliar as diretrizes fitossanitárias

po Técnico de manejo de Resistência (GTmR); so-licitação ao mapa para aprovação de 54 produtos com registro emergencial e mais um para uso emergencial, o que ocorreu em tempo recorde; e a realização de parcerias com a USP/ esalq e com a embrapa para o desenvolvimento de trabalhos de pesquisas para avaliar manejo de resistência

“mesmo com esses problemas todos de Helicoverpa, mosca branca, percevejo e ou-tros problemas graves nos últimos quatro anos, também por conta da seca, se destacou muito a parte técnica do oeste da Bahia. Hoje, pode-se di-zer que 98% das propriedades fazem monitora-mento semanal de suas lavouras; coisa que não acontecia antes”, afirmou Breda, apresentando este fato como resultado do trabalho conjun-to, feito por produtores e instituições regionais, que elaboraram e seguiram a risca as diretrizes preconizadas pelo Programa Fitossanitário. Se-gundo ele, todas as medidas contribuíram para a redução do risco de produção na região.

durante a reunião, ficou definido que será enviado um documento ao ministério da Agri-cultura (mapa) para o registro de produtos ge-néricos para serem utilizados no controle de pragas no oeste baiano. Também foi comentada a necessidade de se reavaliar produtos registra-dos para combater o Bicudo do Algodoeiro. esta demanda, especificamente, será encaminhada ao mapa através da Abapa e da Abrapa.

Grupo Técnico do proGramaFiTossaniTário da Bahia

•Coordenadorgeral:CelitoBreda•Coordenadoresdascomissõestécnicas:•ComissãodoVazioSanitárioeRefúgio-LuísKasuya•ComissãodeInseticidaseProteínasBt-PedroBrugnera•ComissãodeAgentesBiológicos-MarcosTamai(Uneb)•ComissãodePesquisas-NilsonVicente(FBA)

eAntônioCarlosSantos(Abapa)•ComissãodeOutraspragas-PauloGouveia•ComissãodeComunicação-Ivanirmaia(Aiba)•ComissãodeIrrigação-OrestesMandelli•PresidentedoConselhoTécnicodaAiba-AntônioGrespan

Hoje, PoDe-Se DiZer que 98% DaS ProPrieDaDeS faZeM MoniToraMenTo SeManaL De SuaS LavouraS; coiSa que não aconTecia anTeS"

celito Breda

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AAssociação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia (Abacafé) realizou, no dia 07 de fevereiro, o dia de Campo

de Café do Oeste Baiano, na Fazenda Olinda dos Gerais, em São desidério. O objetivo foi expandir, fortalecer e qualificar o mercado da cafeicultura, além de trocar experiência com outras regiões produtoras do país.

na pauta do evento estavam os seguin-tes temas: revigoramento do cafeeiro com o consultor Régis Ricco, da RR Consultoria Rural; colheita e poda mecanizada com o cafeicultor e consultor em mecanização do café da mundo novo máquinas Agrícolas, josé eustáquio Soier e a dinâmica dos nu-trientes no solo com o engenheiro agrôno-mo da Giro Agro, mário da Cunha.

Taxativos, Ricco e Soier defenderam um novo modelo de cafeicultura a partir da poda com “capação”, uma técnica apre-sentada na década de 80 e de menor agres-sividade a planta. Segundo Ricco, a “capa-ção” interrompe o domínio da gema apical transferindo toda reserva de carboidrato para a lateral, resultando em uma planta mais robusta, sem broto na parte superior,

Dia de campo discute revigoramento de cafezais

diferente do que ocorre em outros tipos de poda, a exemplo do esqueletamento, onde o tronco fica exposto à luz gerando uma superbrotação. “Quanto maior a agressão, menor a produção, e é isso que ocorre no esqueletamento, como o próprio nome diz; e

na cafeicultura, broto é ladrão”, assegurou.“Precisamos colocar no lixo essa ideia

de esqueletar o cafeeiro”, completou josé eustáquio. Para ele, os primeiros passos para o revigoramento do cafeeiro são definir a realidade da lavoura e criar estratégias para aumentar sua vida útil. “Precisamos extrair todo o potencial do cafezal dando a ele todas as condições para manifestar esse potencial produti-vo e só então realizar a poda estratégica para resolver o problema econômico do ano seguinte”, disse Soier.

no oeste baiano, a prática da “capação” no cafeeiro ainda é muito tímida, mas os cafeicultores garantem que o atual modelo ainda consegue atingir médias de produ-tividade satisfatórias comparada a outras regiões do país, isto tudo, devido à adapta-ção da planta às condições climáticas e de solo características do oeste. Apesar das divergências regionais, não descartam a inclusão e o teste do novo manejo de poda apresentado pelos especialistas.

Com a atual safra estimada em 28,3 mil toneladas, a cafeicultura do Oeste da Bahia caminha para a etapa do revigoramento do parque cafeeiro, principalmente em lavou-ras com idade igual ou superior a 10 anos. Hoje, o oeste cultiva aproximadamente 15 mil hectares do tipo arábica, em um sistema totalmente irrigado. estima-se que 70% do café produzido na região sejam destinados ao mercado externo, 20% para o mercado de formulação de blends e 10% para a indús-tria nacional. nesta safra, a área de produ-ção chega a 10,8 mil hectares. (Texto: Ascom Abacafé/ Foto: junior Ferrari/Uaumais)

CapaCItação CapaCItação

AAssociação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) participou do I Workshop de Planejamento Soja Plus 2015, reali-

zado pela Abiove e Aprosoja em Cuiabá. na ocasião, foi apresentado o balanço de ações do Programa em 2014, avaliada a assistência técnica fornecida e realizado o planejamento de trabalho, para cada estado, em 2015.

especificamente, no caso do Oeste da Bahia, onde o Soja Plus foi iniciado em 2014, 124 produtores e gerentes de fazendas par-ticiparam do curso de capacitação em legisla-ção trabalhista. Para 2015, o foco do trabalho serão as questões ambientais e a continuida-

Atividades do Soja Plus recomeçam em março no Oeste da Bahia

de da capacitação na área trabalhista.Segundo o diretor de Relações Institu-

cionais da Aiba, Ivanir maia, o Soja Plus é um dos mais importantes programas de gestão nas áreas social, ambiental e eco-nômica voltado aos produtores de soja da Bahia. “da mesma forma que os cotonicul-tores contam com o ABR para orientar ade-quações nestas áreas, o Soja Plus visa ca-pacitar os sojicultores no mesmo caminho. não se trata de uma certificação, mas de um programa de melhorias contínuas para que os agricultores envolvidos não fiquem vulneráveis a notificações por inconformi-

dades”, disse maia, acrescentando que a participação é gratuita, bastando apenas ser um produtor associado da Aiba.

de acordo com o planejamento realizado durante o Workshop, as atividades do Soja Plus, no Oeste da Bahia, recomeçarão em março. Os interessados em participar, pre-cisam procurar a Aiba e se inscrever.

em 2014, 1.443 produtores e gerentes de fazendas em mato Grosso, mato Gros-so do Sul e Bahia participaram dos cursos de capacitação sobre saúde e segurança, legislação trabalhista, trabalho em altura, ambientes confinados e gestão rural.

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16 fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230

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