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BOLETIM INFORMATIVO DA AFAGO - ASSOCI- AÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DE GOUVEIA - ANO VII N° 01- JANEIRO- FEVEREIRO 2014

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BOLETIM INFORMATIVO DA AFAGO - ASSOCI-AÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DE GOUVEIA -

ANO VII N° 01- JANEIRO- FEVEREIRO 2014

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Boletim Informativo da AFAGO página 2

EditorialMeu último editorial

Raimundo Nonato de Miranda Chaves

Participei do primeiro Conselho de Administração da Afago nocargo de primeiro tesoureiro, boa oportunidade para estreitar orelacionamento com o idealizador da Afago, o eminente doutorWaldir de Almeida Ribas. No segundo conselho, iniciei comovice-presidente, posteriormente presidente em exercício, subs-tituindo o presidente Waldir, impedido por questão de doença;depois do falecimento dele assumi a presidência até o final dagestão, com mandato do Conselho de Administração.

Em março de 2011, eleito e empossado, exerci a presidênciada Afago com muito orgulho e muita satisfação.

Presidir a Afago é uma honra para qualquer gouveiano, afinaltrata-se da Associação dos Filhos e Amigos de Gouveia. Du-rante todo o tempo que estive envolvido com a administraçãoda Afago, e foi desde sua fundação, sentia-me feliz escreven-do meus artigos e comentários para o Boletim Informativo,seja dando manutenção no software ou incluindo noticias nosite; apreciava muito as reuniões com os companheiros da di-retoria, contato amigo e descontraído, quando se discutia te-mas relevantes mas, também, se jogava conversa fora. E osencontros com os gouveianos nas reuniões de congraçamen-to! Como era bom ver a alegria e a descontração nos rostosamigos. Gostava muito das reuniões em Gouveia, principal-mente por ocasião de entrega do Prêmio Afago de Literatura.Visitas às comunidades: Camilinho, Cemitério do Peixe, Capi-tão Felizardo, Espinho, Tigre, Ribeirão de Areia, Cuiabá, sem-pre em contato com amigos, fotografando e buscando infor-mações para pequenas reportagens no site e/ou no Boletim.Mas, presidir a Afago é mais do que isto. Muito mais! O pri-meiro item, referente à competência do presidente: “dirigir aAfago de conformidade com o estatuto”. O estatuto, artigo1º., estabelece: ... promover a integração da comunidadegouveiana da RMBH ... propugnar pelo desenvolvimento domunicípio.

Eu cumpri o que determina o estatuto??

Integração: Reuniões de congraçamento têm sido realizadas,a primeira delas, em 04/12/2006, no salão de festas da ruaCeará, 1267, gentilmente cedido por Geraldo Fabiano Chaves.Considera-se que esta reunião é o marco zero da Afago. Ali,naquele salão, abençoado pelo Cardeal D. Serafim, foi eleita eempossada a primeira diretoria da associação. Seguiram-semuitas outras, realizadas em diversos restaurantes da cidade eem sítios de propriedade de associados da Afago. Em todaselas observava-se a alegria dos gouveianos e amigos ao sereencontrarem. O congraçamento se fazia, o entusiasmo sem-pre muito expressivo, mas o número de participantes torna-secada vez menor. Considerando o número de associados quecomparecem às reuniões de confraternização, pode-se afir-mar que – expressão comum na mídia – o congraçamento dosgouveianos está em viés de baixa. Se a tendência não for re-vertida, então, a Afago, que se diz sucessora do histórico Clu-be Gouveiano dos anos cinqüenta, terá o mesmo destino dele,isto é, desaparecer.

Desenvolvimento do município: Tema complexo, difícil,principalmente, porque depende mais do município do queda associação. Considero que a Afago auxiliou, de certaforma, a integração das unidades escolares, a ampliação davisão do estudante gouveiano, através do Prêmio Afago deLiteratura – projeto muito bem sucedido, realizado pela Afagoem parceria com as escolas. A Afago divulga Gouveia, par-ticipa de eventos, principalmente, das áreas de Educação ede Cultura, contribui com ou participa de entidades: APAE,Hospital, Subcomitê da Bacia do Paraúna. Com relação aodesenvolvimento econômico de Gouveia, estamos patinan-do: Afago e Gouveia.

Os órgãos de comunicação da Afago sempre apresentamnotas, comentários e artigos sobre o tema, um deles, de mi-nha autoria informa que o Produto Interno Bruto – PIB deGouveia crescendo ao ritmo do inicio deste século: 3,5%,vai se igualar ao PIB atual de Curvelo daqui a sessentaanos. A nação gouveiana, representada pelos seus órgãosde classe, deve decidir: acelerar o processo de desenvolvi-mento econômico x manter-se à taxa atual de crescimento?

Gouveia tem potencial para fazer mais do que está fazendo.Também, deve-se considerar uma segunda premissa: o de-senvolvimento de Gouveia terá que ser promovido pelogouveiano, é utopia pensar que entidades: pública ou priva-da venham resolver um problema que é nosso. Na árearural, o setor de pecuária está desenvolvendo, absorvendonovas tecnologias, são propriedades de médio e grande por-te – padrões regionais – que tem condições de andar sozi-nho. A horticultura pode dar uma resposta formidável, seorganizada, conta com mão-de-obra familiar, abundancia deágua e mercado regional, hoje abastecido pela CEASA. Feirado Produtor e fornecimento para CONAB constituem ativi-dades muito pequenas para o potencial de produção.

No geral, Gouveia deve continuar buscando tornar-se pólo,visar o mercado regional, estimular empresários vitoriosos acapitalizar suas empresas, se for o caso, transformar suasempresas individuais em sociedade de capital fechado, cri-ando inclusive oportunidades de investimentos paragouveianos, e para o retorno de recursos que serão investi-dos no crescimento de Gouveia e com beneficio para osaplicadores.

Utopia?

É pode ser! Mas, não nos esqueçamos que Quintiliano AlvesFerreira fez isto antes de 1900. Juntou o grupo, distribuiu asquotas, e construiu a fábrica de São Roberto.

— A fábrica faliu! O empreendimento fracassou! – vocêpode argumentar.

Uma empresa que faliu depois de trinta anos, com certeza,não foi por deficiência de gestão. A derrocada de 1929 nãoderrubou apenas São Roberto, a catástrofe atingiu todo omundo ocidental. O único produto de exportação do Brasilera café, cujo preço caiu de duzentos para vinte mil reis a

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www.afagouveia.org.br

Confiram nas Imagens que deslizam

Links externoswww.portalgouveia.com.br

Notícias atualizadas de Gouveia. Atençãopara a Kobufest 2013

http://www.caminhosdaserra.org.br/Projetos, fotos e vídeos

http://www.gouveia.mg.gov.brSite oficial da Prefeitura Municipal deGouveia.

http://radiokobufm.listen2myradio.com/

Links Permanentes Boletim Informativo

Acesso a todas as edições do BoletimInformativo da AFAGO.

Leitura obrigatória para conhecer o que sepassa na Afago e em Gouveia e seleção dasconversas dos frequentadores do sítiowww.afagouveia.org.br.

Notícias & comentários

Editorial

Comissão Mineira de Folclorehttp://www.afagouveia.org.br/ComissaoMineiraFolclore.htmComissão Mineira de Folclore - CMFL -

• DiretoriaMuseu Artes Populares

• Centro de Artes• 64 Anos da CMFC• Carranca 2004• Carranca 2005• Carranca 2006• Carranca 2012• Carranca 2013• Revista• 46a. Semana Folclore• Video• Folder/Cartaz• Coloquio/Exposição• Conversas: Folclore e Educação

Links Temporários

Cem anos Escola M João Baiano

Docafest Comemorações no Dia da Consciência

Negra

Prêmio Afago Textos selecionados

saca, no espaço de poucos meses. O mundo quebrado, nãocomprava e não emprestava dinheiro. Getulio Vargas, líder darevolução vitoriosa, de 1930, assumiu o governo, interferiu nosistema de importação e no mercado de cambio, queimou mon-tanhas de café; recuperou o país que cresceu a taxas de 10%a.a. a partir de 1933. Comentaristas afirmam que a históricaquebradeira tornou-se benéfica para o Brasil porque estimulouo desenvolvimento da indústria. Mas, isto só aconteceu depoisde 1933. Caso o grupo, então proprietário de São Roberto,tivesse segurado a peteca um pouco mais, a história poderiater sido outra. Alexandre Mascarenhas estava no lugar certona hora certa, beneficiou-se disto, e Gouveia se mostra agra-decida, mas não pode esquecer do velho barão, principalmen-te, da sua importante iniciativa. Gouveia deve acreditar que ainiciativa pode ser repetida.

Para comemorar sessenta anos de emancipação de Gouveiaa ACIASGO programou seminário sobre desenvolvimen-to, que não se realizou. Por outro lado todos os Jornais deCurvelo estão comentando a criação do Conselho de De-senvolvimento de Curvelo – CODEC. Assim, se Curveloacelera o processo, e Gouveia não se mexe nós vamosficando cada vez mais distantes.

Deixo, aqui, meu agradecimento ao leitor e informoque esta página é redigida pelo presidente da Afago e,a partir do próximo número do Boletim Informativo te-remos outro redator.

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Opiniões

31/12/2013 - Adilson do NascimentoHá algo de interessante, intrigante e preocupante nasmensagens aqui postadas ao longo deste ano findo de2013. Você não encontra participantes jovens commenos de 50 anos. A menos que eu esteja enganadoou que a memória esteja me traindo os “donos” doespaço já passaram, todos, do cinquentenário. Pincei,em ordem alfabética, doze mais frequentes: AfrânioGomes, Gil Martins, Guido Araújo, Hermes Nascimen-to, João Saraiva, José Carlos Dias, José Moreira,Manoel Miranda, Maria Auxiliadora, Nilson Macha-do, Raimundo Nonato e eu. Qual é a razão? Falta deinteresse? Falta de atitude? Falta de habilidade? Ondeestão os concorrentes ao Prêmio Afago de Literatu-ra? Se vocês não mostrarem a “cara”, como é queficará o nosso amanhã? Quem serão os líderes da ci-dade em 2050, quando vocês que hoje estão na faixados 15 anos chegarão também na casa docinquentenário?

31/12/2013 - Afranio GomesAdilson Nascimento. Tenho pensado nisso. Será que nãofaltam assuntos que interessam os jovens aqui nesse espa-ço? Em 2014 devo passar mais tempo em Gouveia, gosta-ria de recrutar jovens para um trabalho jornalístico, princi-palmente na zona rural de Gouveia , abordando o cotidia-no, seus asseios e a visão de futuro. Acho que seria umbom ponto de partida iniciar com os concorrentes PremioAFAGO de Literatura

31/12/2013 - Adilson do NascimentoMuito boa ideia, Afrânio. A sua iniciativa, como sempre,louvável. Quanto a assunto de interesse, primeiro não fal-tam assuntos neste país de turbulências e falcatruas; segun-do quem faz o assunto é quem os escreve. Posso lhe auxi-liar daquí, claro, mas aí, tenho certeza, que você poderiacontar com Pércio e Ivonete, dentre tantos

01/01/2014 -Nilson Pereira MachadoAdilson é pertinente e confirmatória o afastamento dos jo-vens menores que cinquenta anos nos espaços de comuni-cação deste site, talvez seja por isso que alguns já chegama dizer que esta geração x ou y para alguns estudiosos,estão dizendo que é a geração que não deixará um legadopara as gerações futuras,por mais que leio, na minha doceignorância vejo muito pouco realmente de destaque, vejavocê o canal preferido dos jovens o Face, veja o conteúdo,quase que postam frase construída por pensadores commais de cinquenta, fotos de unhas maquiadas,fotos de via-

gem “eu estive lá ou com “.Não sei se o meu circulo noface,ou se é que frequento ou entro no face dos meus filhose os amigos deles.Observe se é essa a sua observação porfavor, pois estou a posto de deixar o meu face.

01/01/2014 - Maria Auxiliadora de Paula RibeiroConcordo, plenamente, com Adilson e Afrânio, em suasmensagens de, ontem,31 de dezembro. -Onde estão osdetentores do Prêmio Afago de Literatura? Que se sintamconvidados a escrever nesse espaço. Mostraram talentoem suas obras literárias, porém todo talento necessita serexercitado, cotidianamente, para que se forme o artífice,em quaisquer áreas, principalmente, quando se trata de lermuito para escrever, razoavelmente bem. Sim! Na arte debem escrever, ninguém pode se considerar exímio escritorou muito sábio, já que o Saber é infinito. A leitura e a escritarequerem esforço e aprendizagem diária, até se tornaremhábito e lazer. Nós, da AFAGO, vimos nos alunos, não sónos premiados, mas em todos os que concorreram ao Prê-mio, o futuro cultural de Gouveia, já que o tempo passa e,no seu inexorável e frio passar, já levou muitos dos intelec-tuais de nossa terra. Avante! Contamos com vocês!

03/01/2014 - Guido AraujoCom Auxiliadora, apoio plenamente a ideia de Afrânio deincentivar a manifestação da juventude de Gouveia no Li-vro e Mensagem, bem como sua disposição pessoal de atuarno meio. Adilson esmiúça algumas causas da ausência doGouveiano nos comentários.Parece que, entre outras, a faltade perspectiva de futuro é das mais importantes. O jovem éimediatista e não quer percorrer o caminho, com esforço,para alcançar o objetivo. Isto motiva sua fundada preocu-pação com o futuro da liderança em Gouveia, lá por 2050.Conclamo todos a apoiar e a dar sugestões. Vamos anali-sar os problemas e apresentar nossas conclusões. incenti-var os concorrentes e vencedores do prêmio de literaturaAfago poderá ser o primeiro passo. Poder-se-ia criar comeles um grupo de repórteres da vida quotidiana de Gouveia,para apresentar uma espécie de crônica da cidade.A Afagoprovidenciaria uma aula de redação concisa de noticias. Nãovamos deixar morrer a ideia do Afrânio

03/01/2014 - Gil Martins de OliveiraCom relação à participação da juventude no Boletim daAfago, continuo com a minha opinião já registrada aqui, hátempos. A saída estaria na criação da Afago-Jovem, quepudesse reunir filhos, netos, amigos e parentes dos que cur-tem a nossa associação. Nosso boletim está denso de men-sagens sábias e interessantes provindas, em sua maioria, de

Esta conversa iniciada por Adilson merece toda atenção.

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OpiniõesDOUTORES, PROFESSORES, e de PESSOAS DASMAIS DIVERSAS PROFISSÕES e EXPERIÊNCIAS.Isso, a meu ver, afugenta o jovem que está dando os seusprimeiros passos na caminhada literária. Acho que um Bo-letim-Jovem seria mais atraente e mais motivador. Pensoque já está mais do que na hora de nos preocuparmos coma questão da continuidade da Afago. Ou então, que dentrode alguns anos, as pessoas entendam que ela terá cumpridosua missão. Afinal, já somos um punhado de associadossetentões. E, para mim, a possibilidade da convivência jo-

vens-idosos numa associação é bem limitada, para não di-zer utópica. Lucas, 5,33-39 já nos orienta: “Ninguém tiraremendo de vestido novo e o põe em vestido velho; deoutra forma rasgará o novo, e o remendo do novo não con-dirá com o velho”. Então, se amamos a Afago e queremossua continuidade... Outras sugestões?

03/01/2014 - Afranio Gomes

JORNALISMO LOCAL - Pensei nessa possibilidade, aexemplo das emissoras de tv brasileiras que já credenciamjovens a prestar esse tipo de serviço em suas comunidadesde origem. Gostaria de levar aos jovens meus modestosconhecimentos de edição de vídeo e filmagem com o apoioda AFAGO. Seria muito importante também levar peque-nos cursos rápidos que envolve essa atividade

03/01/2014 - Leila Karla da Cunha

A preocupação de Adilson Nascimento em relação à parti-cipação jovem na Afago é interessante e nos remete a umaboa reflexão, pois como o Gil Martins, posso dizer que hámomentos que tais encontros podem ser tornardesencontros, mas que a experiência, o conhecimento, asideias e vivências de vocês “cinquentões, sessentões esetentões” é que norteiam a nossa continuidade. No mun-do em que vivemos hoje, acredito que a Afago é uma dasportas de entrada e saída para muitos jovens, exemplo dis-

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so é Prêmio Afago de Literatura, no qual os jovens, emespecial das comunidades rurais tem oportunidades de se-rem “vistos e ouvidos”, louvável este encontro dos jovenscom os mais experientes. Não concordam? A ideia da cri-ação do Afago Jovem é muito boa!! A sugestão do AfranioGomes do Jornalismo é excelente,incentivar isso seria mui-to bom, sei que muitas pessoas apoiariam esta ideia e aju-dariam. Gosto de estar aqui escrevendo mensagens, masnão sei também se são apreciadas, como diz MariaAuxiliadora, escrever exige aprendizado, eu diria experiên-cia, escrever para o outro ler não é fácil, confesso, mas

gosto de “ler vocês”, saber o que pensam, o que dizem enas entrelinhas, o que querem dizer, gosto mesmo. Creioque se os jovens não escrevem muito aqui é porque,de re-pente, como vocês disseram, é preciso incentivá-los a isso.

03/01/2014 ### Adilson do NascimentoGil, só uma ressalva, para não deixar de ser contestador. AAfago Jovem seria, em minha opinião, uma necessidadeexigida pela presença deles na atual “Afago Anciã”. Como

isso não ocorre entendo que a sua criação surgiria natimorta.Precisamos incentivar os jovens a participarem da associa-ção atual para depois se pensar na Afago deles. Quer meparecer que o curso de comunicação não é uma prioridadepara os jovens gouveanos e na hipótese de que alguém ofaça não terá mercado na cidade, tendo que optar por deixá-la ou desviar-se da profissão. O Prêmio Afago de Literatu-ra é um caminho, exatamente pelo incentivo que oferece,mas como é anual deixa muito espaço vazio no tempo. Poroutro lado, também, o que se vê em termos de participaçãona Afago é de um público, embora adulto, somente da Gran-

de BH, à exceção única e exclusiva de D. Zayde MirandaGomes Pereira, única associada com residência na cidade.

03/01/2014 - Gil Martins de OliveiraAdilson, não tive nem tenho intenção de polemizar, apenasapresentar minha opinião sobre a continuidade da Afago.Mas não vejo “necessidade de se exigir a presença dosjovens na Afago-anciã” como conditio sine qua non paraque a Afago-jovem não seja uma natimorta. Acreditemos

Opiniões

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Opiniõesmais na juventude! As congregações religiosas, muitas de-las com a maioria dos seus membros acima dos sessenta,setenta anos, e uma delas bem próxima de mim, têm tenta-do mesclar a convivência comunitária, com a introdução dejovens postulantes, noviços e até mesmo religiosos de vo-tos temporários. A coisa não tem dado certo. E olha que

são pessoas voltadas, todas elas, para a busca da santida-de através da Vida Religiosa! Aos poucos vão surgindo atri-tos de ambas as partes, já que a atemporalidade não entranessa questão. Uma ala não “engole” a outra. Querendo ounão, as distâncias são enormes. O máximo que os jovensaceitam ou toleram é uma comunidade jovem commonitoramento de alguém mais experiente, função, aliás,para a qual ninguém se apresenta livremente para assumir.É peso pesado. O jovem busca, com muito imediatismo, oFUTURO, nós gastamos muito do nosso pensar com oPASSADO. Não são metas excludentes, mas oferecemmuitos pontos de divergências. Então, assim como a ideia-Afago do Dr. Waldir “se fez carne”, quem sabe alguém dê àluz uma outra? Eu agradeço a oportunidade e encero minhasugestão por aqui

03/01/2014 - Adilson do NascimentoGil, quando eu fiz a ressalva dizendo que mantinha a minhaposição de contestador não foi de graça. Em assim fazendoeu busco a polêmica, não no sentido barato, mas no senti-do de se esclarecer as opiniões e ideias, pois do contrário

elas é que surgem natimortas. Ninguém, melhor do que eu,que sempre preparou estagiários e trainees, para querer quea Afago seja um reduto de jovens talentosos, mesmo sa-bendo que talento reivindica. Do que eu não tenho espe-rança é de viver essa experiência, embora ficaria imensa-mente feliz se eles me provassem que eu estou completa-

mente equivocado. Polêmica e contestação, para mim, poríndole, não se trata de briga ou guerra, é apenas uma formamais aprofundada de se chegar a um resultado prático, co-mum a um mesmo ideal. Eu já disse aqui e reafirmo que assuas ideias são muito bem vindas, até porque são muitoclaras, espontâneas e elucidativas. Portanto, faço parte da-queles que torcem para que você as exponha sempre e en-riqueça nossa combalida entidade anciã.

03/01/2014 - Leila Karla da CunhaAcreditar no jovem sem ver as suas raízes ou as ideias dosseus “antigos” é esquecer o passado e fechar os olhos parao futuro. A convivência de ambos, compartilhamento deidéias se faz importante em nossa cidade, hoje e agora. Vi-vemos o momento de mudanças gigantescas, grandes, “bonitas”, “significantes” e a experiência da Afago é impres-cindível!!! Visualizemos juntos isso!!!!

04/01/2014 - Adilson do NascimentoLeila, você que faz parte de um grupo jovem atuante emGouveia, inclusive no ramo do sindicalismo, melhor que

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qualquer outro para encampar a ideia e fomentar a presençados seus amigos na associação. A Afago precisa de vocêspara permanecer viva!

04/01/2014 - Afranio Gomes Creio que a expressão natimorta chega ser muito cruel paracom a nossa AFAGO. Podemos enumerar várias dezenas deinstituições e eventos que morreram no nascedouro em nossacidade, não seria necessário listar quais e quantas foram, nempor isso devemos deixar de continuar tentando. A AFAGOnesses poucos anos de vida tem dado sua contribuição. No-vas estratégias serão bem vindas a bem de sua sobrevivên-cia.

04/01/2014 - Adilson do NascimentoAfrânio, eu não usei a expressão natimorta para me referir àAfago. Afinal, ela hoje já conta com mais de sete anos e eusou um dos poucos sócios fundadores que ainda permane-cem fiéis, além de atuar voluntariamente no seu quadro deadministradores. O que eu disse foi que uma Afago Jovem,nas atuais circunstâncias, quando não existe qualquer menorde cinquenta anos fazendo parte dela, da mesma forma queeu não vejo qualquer movimento associativo de jovens funci-onando em Gouveia, bem como, também, não vejo quais-quer gouveanos, de lá, interessados em participar da Afago,à exceção de D. Zayde que eu mencionei, ela surgirianatimorta, não tenho dúvida. O movimento participativo degouveanos, principalmente dos profissionais da educação eseus alunos, no Prêmio Afago de Literatura, faz parte de umoutro processo.

06/01/2014 - Guido AraujoTomei conhecimento neste sábado à noite da discussãoem torno da participação do jovem gouveiano na Afago,alertado que fui por Leila Karla. Algumas opiniões eu játinha lido e sobre elas até manifestado meu apoio. Todosquerem a participação do jovem na Afago e o “busilis” écomo se dar esta participação. Gil, açodado, defende acriação de uma Afago Jovem, preocupado com a conti-nuidade da Associação. Acha difícil a convivência “jo-vens/idosos”, lado a lado. Adilson prefere trazer os jo-vens para o mesmo espaço. Auxiliadora fala de “embateideológico entre gerações” e Leila Karla tenta equilibraro quadro promovendo a união da experiência dos“setentões” com a preparação dos jovens para o futuro.Historicamente estes dois polos se opõem, pois um podeser considerado como “tese” e o outro “antítese”. O re-sultado desse embate seria a “síntese”, a Afago nem anciãnem jovem, mas madura. Embate ideológico em Gouveiaé difícil. Mas é o que estamos tentando provocar. Na mi-nha opinião, não desfazendo de outras mais estruturadas,penso que devemos começar com o que temos atualmen-te, sem perda de tempo. O que falta à Afago é movimen-to. A proposta de Afrânio é a mais concreta e deveria serposta em prática. Comecemos e vamos monitorando osresultados. Ninguém tem um projeto “prontinho”. Utilize-mos a base que temos, os jovens concorrentes do Prê-mio Afago de Literatura,o empenho das professoras e oentusiasmo despertado por esta discussão. As ideias no-vas vão surgindo e tomando forma no decorrer da ação.

Correções de rumo podemser feitas a qualquer mo-mento. Se não há associa-ções de jovens em Gouveia,como informa Adilson, ocu-pemos este vácuo e congre-guemos todos ou alguns emtorno da Afago, fazendo al-guma coisa palpável.Adilson que me perdoe,mas não é hora de contes-tar, é hora de congregar eagirmos juntos. Sei que acontestação é para provo-car o debate. O debate estáaí, quente, e o de concretoque decorreu dele foi a ideiade Afrânio.Será um experi-mento, um piloto de um pro-jeto maior. No experimentode Afrânio, não haverá “oremendo” novo no velho.

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Não haverá uma Afago Jovem ainda, nem os Jovens esta-rão dentro da Afago Anciã. Mas poderá evoluir para um ououtro lado, à medida que for dando certo. O certo mesmo émovimentar a juventude, despertá-la em prol da Gouveia.

06/01/2014 - Adilson do NascimentoProfessor Guido Araújo, a sua intervenção nessa polemizadaparticipação da juventude gouveana na Afago não poderia,

em minha opinião, se dar de outra forma. Equilibrada, coe-rente, sensata, como sempre são as suas intervenções, ain-da quando você alega que está apenas dando “pitaco”. Eu,porém, disse em uma dessas muitas intervenções a respeitoque a minha contestação não soa gratuita. Ela tem o propó-sito de polemizar, exatamente no sentido de congregar asvárias correntes apresentadas, em torno de um mesmo ob-jetivo, inclusive tendo eu a esperança de que os jovensgouveanos, sejam do Prêmio Afago ou não, se sintam “me-xidos”, no sentido de provocados, e passem a ocupar esteespaço público e gratuito, o que já seria um bom início departicipação.

06/01/2014 - Maria Auxiliadora de Paula RibeiroGuido, o “embate ideológico” a que me referi foi conside-rando o fato de estarmos tão afetivamente ligados por laçossanguíneos aos adolescentes de nossas casas, que, por maisque tentemos, não conseguimos nos desvencilhar da ideia

Opiniões

de que os jovens, nossos familiares, devem ser o nossoprolongamento de vida,em todos os aspectos. Isto é errô-neo e nos faz quedar, perplexos e frustrados, quando nãoconseguimos o “ideal” a que almejamos. Porém, passadoo “choque,” não tardará a que, revendo a nossa posição,completamente desastrosa, caiamos na real. Impossível setorna querermos que os nossos filhos e netos sejam, pororgulho nosso, o que somos, ou por frustração, aquilo que

não conseguimos ser. Conscientizemo-nos de que cada seré único, formando um universo indevassável, que só se abrepelo seu próprio querer. –Qual a nossa missão? -Orientá-lo para que abra a sua mente para o Bem e para a Verda-de. Entretanto, inda que o embate seja forte, inda que elepersista, engulamos o que desejaríamos que o jovem fos-se, contagiemo-nos com a juventude dele, munamo-nos deideias novas, aproximemo-nos dele, propiciando-lhe mei-os para que seja o que de fato quer ser. Não podemos nosimaginar afastados dos jovens, como se fôssemos uma castaimprodutiva e descartável. Sou favorável, sim, a que traga-mos a juventude para o Livro de Afago e, por mais estra-nho que possa parecer, que reaprendamos com eles a im-petuosidade, o vigor, até mesmo a ousadia, que na nossajuventude, talvez não tenhamos tido, com tanta “plenitude”ou arrogância, porque frutos de uma educação mais rígidae abençoada educação. Perdoemos dos jovens os errosgramaticais, ortográficos e de concordância, sem querer

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impor a nossa experiência, levando em conta o fato de que,outrora, assim começamos. Ontem, conversando, pelo bate-papo, com a supervisora Leila Karla de Gouveia, contei-lhe que, ciente de que as crianças semi-alfabetizadas tinhamem mim a fonte de sua inspiração, já que não eram, ainda,capazes de livros mais profundos ler manusear, escrevia noquadro uma a duas orações de acordo com o grau em queas sabia capazes de ler. Fazia com elas um treino visual.Lindo, quando elas, após terem lido silenciosamente, como dedinho sobre os lábios, fechavam os olhinhos para re-produzirem na cabecinha o que escrevi. Lia com elas, oral-mente para que aquilatassem o valor da pontuação. Apa-gando o quadro, qual não era a minha admiração, ao per-ceber que escreveram exatamente o que eu escrevera nalousa. Os tempos mudaram, é claro. Mas se continuarmospensando assim, mais e mais os valores se perderão. É imi-tando que se começa a escrever. Imitando, sem que, contu-do, consideremos isso um plágio. É óbvio que a crianças eadolescentes se apoiem em nós. Estimulemo-los a isso fa-zer! Depois, sozinhos, alçarão voos com as próprias asas.Partindo desse princípio é que insisto para que tragamos osadolescentes para o nosso meio e façamos com eles umatroca de conhecimento ancião x pujança juvenil. Contudo,a ideia de Afrânio é excelente.

06/01/2014 - Otomano MenezesDoutor Adilson do Nascimento, sempre que posso dou umapassada pelo site da Afago e estou acompanhando essapolêmica da participação da juventude gouveiana (tem i ounão?) na associação. Vejo, salvo melhor juízo, que todas asopiniões, em tese, são convergentes. Acredito, à distânciado problema, que o senhor esteja mais perto da realidade,uma vez que sabemos que a juventude atual, diferente danossa, não participa de movimentos associativos, como osenhor disse, até por falta de tempo, uma vez que vive sis-tematicamente apegada aos tabletes, celulares e outros ins-trumentos da sociedade moderna, não lhes restando tempopara, por exemplo, doar-se em prol de alguma entidade,mesmo que beneficente. Vejo na minha paróquia que o co-ral é composto de pessoas com mais idade, da mesma for-ma que os ministros da eucaristia também o são. Quandovisito um asilo só encontro pessoas da minha idade confor-tando os idosos. Os jovens não vão, se quer, acompanhan-do os pais. Aliás, acompanhar os pais nem pensar! Comun-go inteiramente com a sua ideia de que a criação de umaAfago para jovens deveria ser precedida da participaçãodeles na Afago atual. Caso contrário seria o mesmo queimplantar uma hidrelétrica no deserto, sabendo que ali, ja-mais, chegaria uma gota d’água. Quanto à última mensa-gem, gostaria de esclarecer à professora Maria Auxiliadoraque foi o meu guru quem lançou a semente, em 31 de de-zembro, ao constatar que “não há participação de jovens

com menos de 50 anos”, citando os 12 articulistas maisfrequentes, todos cinquentões. E perguntou: “qual a razão?...como ficará o nosso amanhã?” O Afrânio, outro atuante,propôs, depois, um jornal local. Isto apenas para fazer jus-tiça!

06/01/2014 - João de Jesus Saraiva Ingenuidade minha ou eu estou certo!Estamos apenas dandouma sacudida nesta juventude fantástica que aí esta quequando querem realizam coisas incrível. Muitas vezes estãoocupados com o face e talvez ainda não sabem deste sitioformidável que é nossa AFAGO.Vamos juntar do útil aoagradável,ou seja:experiência com a força jovem.Tem gran-de chance da AFAGO se tornar uma grande associação emprol de nossa querida Gouveia em todos osaspecto,cultural,social em prol do nosso povo.Contemconosco,um abraço a todos.

06/01/2014 - Nilson Pereira MachadoMeus conterrâneos da AFAGO, talvez a linguagem que em-pregamos nos artigos e post do site, não seja a linguagemdos jovens, só isso pode explicar que nem mesmos os ga-nhadores dos prêmios da AFAGO, façam uso deste mara-vilhoso espaço, nem mesmo por vaidade,a necessidade deescrever, colocar “pra fora” o que tem dentro da alma,poissabemos que quem gosta de escrever sente uma “coceira”nas mãos e na mente, quando vê um pedaço de papel embranco e uma caneta

07/01/2014 - Afranio GomesNilson Machado, os jovens são participativos e competiti-vos desde que as atividades sejam exercidas em ambientesem que eles são maioria. Creio que a escola seria um ambi-ente perfeito, cabe a AFAGO estimular uma competiçãosadia entre alunos e escolas de Gouveia. No internato Ruralde Conselheiro Mata existia um diário escrito por alunosonde eram publicados toda a rotina da escolada naqueledia, esse diário hoje serve de fonte de pesquisas

09/01/2014 - Leila Karla da CunhaEstou muitíssimo encantada e vejo que esta discussão queaqui se tece é muito boa, forte e cheia de excelentes ideias,pensamentos, reflexões e de uns certos desabafos. Tudoisso mostra que é o momento de “chamar os jovens” a umareflexão maior para a participação, mesmo que lenta, nasatividades da Afago. Precisa-se conhecer melhor sua histó-ria para dar uma continuidade quando for chegado o mo-mento de nós, jovens, sermos os “cinquentões” desta Afa-go. Deve-se aprender agora para entrar em cena depois.

09/01/2014 - José Moreira de Souza

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Conversei com a Leila Karla, hoje, e ela sugeriu que eupalpitasse sobre a presença de jovens neste espaço. Veja-mos: o Paulo e o Andreilson têm uma página para jovensno jornal que publicam. Eles correm atrás. A participaçãode jovens, no meu entender tem a ver no modo como to-mamos conta daqui. Vejo duas exceções. Tanto a neta dodoutor Waldir, quanto a do doutor Raimundo, já escreve-ram aqui. Nos demais casos, as coisas acontecem por ini-ciativa nossa de publicar “deveres de escola”. Gouveia temuma característica que nos ajuda a compreender a ausên-cia de jovens: 1. todo mundo tem medo do ridículo e todomundo presta atenção no outro para rir dele. Já falei dissono “Gouveia em Quatro Tempos” e chamei de “moral davergonha”. Com essa turma sisuda que nós somos, ameninada não se sente à vontade. 2. todo mundo tem medode chegar num lugar sem ser convidado. Meu amigo Tião

Rocha - presidente do CPCD - tem insistido com ameninada num tema: “Empodimento”. Aqui fica a mensa-gem: “Pode correr o risco de os outros rirem de você?”Resposta: “Pode”. Podem rir de mim pra começar. Vamosrir juntos. Só para vocês terem ideia, eu tenho uma turmade amigos de Gouveia no Facebook cuja idade varia entre14 e 16 anos. Essa meninada linda não tem medo de eu rircom eles. São meninos e meninas que participaram do Prê-mio Afago e outras coisas.

09/01/2014 - Guido AraujoEstá mesmo na hora de trazer os jovens, senão para a Afa-go, pelo menos para o no Sitio da Afago, como primeiropasso. A discussão neste espaço girou em torno de umaponta: a verde, os jovens. Opiniões, sugestões foram

trocadas na outra ponta, a armazenada, a dos “setentões”.Foi esquecida a parte do meio, o miolo, a madura, a dosadultos em circulação produtiva, abaixo dos “setentões”aposentados e acima dos jovens lutadores. Para começo,seria bom levar nossa discussão e conclusões aos jovens,como comenta Leila Karla da Cunha, para mostrar a Afagoa eles. Salvo melhor juízo, de tudo saíram algumas conclu-sões um tanto práticas: criar o “jornalismo local”, “estimulara competição entre alunos e escolas”, a criação de um diá-rio, (Afrânio). “conhecer melhor a história” da Afago(LeilaKarla). Acabar com “a moral da vergonha”, (José Moreirade Souza). De outros opinadores ressumam ainda a mu-dança da linguagem, a abertura dos temas, maior preocu-pação com o presente e o futuro sem deixar de consolidaro passado. No meu entender, deve-se, ainda, cooptar oPaulo, o Andreilson e as professoras. Trabalho para a inici-

ativa de Adilson,José Moreira,Raimundo Nonato,Afrânio e todos osAfagueanos emcondições e inte-ressados.

09/01/2014 -Guido Araujo Adilson,entendoseu modo de pen-sar nestas discus-sões sobre “jovem/afago. Seu objetivoe o de todos osmanifestantes “étrazer o jovem paraa Afago”. Lendo asmensagens, vamosachar várias cau-

sas. Como trazê-los é que é o ponto, o móvel de toda essadiscussão. Minha discordância do seu ponto de vista naocasião foi por questão de tática. Afrânio deu a sugestãodo “jornalismo local” e se dispunha a agir. Sua opinião, comoele, e eu também entendi, parecia contra isto. Como atéentão apenas a opinião dele era o de mais concreto apre-sentado, dei o meu “pitaco”. O resultado seria o jovem naAfago. Seu papel na história deste livro de mensagens daAfago é de lançar ideia para provocar o debate. E o debatedesta que você lançou está amadurecendo e progredindoaté agora. Você sabe que a ideia provoca a ação e a açãoacha caminhos para a ideia. E a nossa ideia é fazer os me-ninos se “mexerem”.

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* As fotos acima são dos encontros de2006 a 2013

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Raimundo Nonato, professor doutor e

folclorista

José Moreira de Souza

No dia 19 de fevereiro foi aniversário de fundação daComissão Mineira de Folclore. Uma data importante paraMinas Gerais. Há sessenta e seis anos, um diamantinensereunia os estudiosos dispersos em todo o estado para fundara Comissão Mineira de Folclore, em resposta à criação daComissão Nacional de Folclore, três meses antes.O herói desse feito foi o professor Aires da Mata MachadoFilho, o qual convocou em Diamantina o jornalista José AugustoNeves – fundador do Pão de Santo Antônio - e a professoraMaria Orminda Mata Machado – sua irmã. Do Serroparticipou da fundação o grande estudioso, Nelson de Sena.Do mesmo modo, compareceram pessoas de Itabira do portede João Camilo de Oliveira Pena, autor de O homem e amontanha, João Dornas Filho de Itaúna, que publicou entremuitas obras O ouro das Gerais e a civilização daCapitania. O grupo original era formado por 28 membros doCentro, do Sul, da Mata, do Jequitinhonha, do São Francisco,do Triângulo.As comissões de folclore que surgiam em todos os estadosrespondiam a um apelo da UNESCO orientadas pela missãode pensar a Paz no Mundo e lembrar aos governos que a pazque resulta da guerra é imperfeita e caricatural.Sobre esse assunto, o presidente da Afago reproduziu naseção de <mensagens> do sitio www.afagouveia.org.br oartigo transcrito em seguida:

Folclore e a Utopia da PazOs estudos de Folclore viveram, pelo menos, dois momentos.No primeiro, surgiram do espanto do desenvolvimento técnico,do crescimento das cidades e dos imperativos do exercícioda hegemonia pelo imperialismo em seu próprio núcleo – ametrópole da expansão capitalista - no século XIX. Nesseprimeiro momento, folclore foi visto como antiguidadespopulares em extinção a serem preservadas através da coletapara configurar museus do que se perdia nos grandesdepósitos do que deveria ser descartado.Museu de contos, museu de antigos costumes, museu decrenças imprestáveis, de costumes, de saberes vinculados amodos de produção superados e a relações sem utilidade,ritos, cerimoniais e objetos produzidos na contramão dasexigências de produtividade.O segundo momento brota de uma angústia maior. Odesenvolvimento tecnológico exigia novos procedimentosguerreiros e a imposição da paz aos vencidos recordava osprimeiros estádios da humanidade na luta pela sobrevivência.O extermínio do vencido pela devoração de seus corpos. Obanquete do vencedor. Mas esse novo momento encobria o

ritual macabro do canibalismo – afinal a produtividade dotrabalho apontava para o fim da fome -. O objetivo era negaro mito de Babel disseminado em todas as civilizações nosmais diversos estádios em que os ensaios de constituiçãode impérios trouxeram consigo o medo da diversidade.Terminara a Segunda Guerra Mundial. O desenvolvimentotecnológico teve seu momento de celebração do pânico.Heimar Kipphardt põe na boca de Oppenheimer a falanecessária de encerramento da investigação sobre lealdadeao governo dos Estados Unidos, durante o processo em quefoi acusado de boicotar o projeto de construção da bombade hidrogênio após o sucesso do lançamento da bombaatômica que arrasou Hiroshima e Nagasaki:

“Em total oposição a esta Comissão, eu mepergunto, em consequência, se nós físicos, nãodemos aos nossos Governos, em muitas ocasiõesuma lealdade demasiado grande, demasiadoirrefletida, contrariando nossas melhoresconvicções e não somente no meu caso, naquestão da bomba de hidrogênio.”

É nesse segundo momento, na oportunidade de celebraçãodo pânico, que surgem as Comissões de Folclore em defesado Mito de Babel. Extinguir a diversidade não é um bomsonho, é pesadelo. Contudo, a diversidade não se resumenas inexpressivas manifestações ditas culturais; semdiversidade de poderes nada acontecerá. Nisso a paz seconverte em utopia a ser entendida como ideia reguladoradas ações. O irmão se reconhece ao saudar o irmão “Bomdia!”; “Sit tibi lux felix!”, “Salam aleikum!” “Pax vobis!,mas o não irmão pode ser saudado?Babel é um mito forte celebrado diuturnamente em nossocotidiano, mas ele tem irmão ou ancestrais muito maispoderosos: o pecado original, o sinal de Caim e o dilúviouniversal. A culpa imperdoável, o imperativo de extinguirdiferenças e a punição exemplar. São esses mitos queoperam nosso cotidiano. O Estado reconhece os culpados,as instituições marcam os delinquentes e, em última instância,arrasa o mundo para os poucos escolhidos recriá-lo.

Amanhã é dia 19 de fevereiro de 2014, a ComissãoMineira de Folclore celebrará sessenta e seis anos defundação como resposta ao apelo do segundo momentodos estudos de Folclore. Teremos como lema: OUTRAPAZ É POSSÍVEL. Há que descobrir novas opções desaber viver pela superação das condições de culpa,punição e extermínio.

Nessa celebração apresentaremos o programa Condiçõesdo saber viver em Minas Gerais e exibiremos o símbolodessa mensagem: dez esculturas em madeira inspiradas nasobras do Aleijadinho e doadas ao Centro de Celebração deMinas da Comissão Mineira de Folclore pela senhora AnésiaGonzaga, em nome do professor folclorista WashingtonPeluso Albino de Souza.

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***Foi nesse clima que nosso presidente professor doutorRaimundo Nonato de Miranda Chaves assinou a ata de possecomo o mais novo membro da Comissão Mineira de Folclore.Para aplaudi-lo compareceram os membros da Afago Manuele Milton Miranda, Geraldo Augusto Silva – Dingo de Vavá -,Guido de Oliveira Araújo, José Moreira de Souza e Adélia AnisRaies de Souza. A mesa contou com a presença de umagouveiana ilustre, a senhora professora Audrey Regina deOliveira, diretora do Programa Magistra da Secretaria deEstado da Educação. O presidente da Academia de LetrasJoão Guimarães Rosa, professor coronel João Bosco de

Castro; o presidente da Belotour, doutor Mauro Werkema; orepresentante do SESC Minas, Jorge Cabrera; representantesda Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, MarcoLlobus e Thiago Araújo; representante da Secretaria Municipalde Cultura de Vespasiano, Flávia Morelli; representantes daSecretaria de Cultura de São Gonçalo do Rio Abaixo queacompanharam a folclorista professora Miriam Blonski; genteilustre de Curvelo: o professor doutor Adriano Perácio dePaula, Maria Helena Martins Ribeiro, o esposo, Sérgio, a irmã,Maria Lúcia, e a filha Soraia; de Ouro Preto, Maria AgripinaNeves; de Conselheiro Lafaiete, a senhora Anésia Gonzaga,doadora das esculturas do acervo Washington Albino; deRibeirão das Neves, em companhia da senhora Andréia

Patricia de Sousa; da Secretaria de Estado de AssuntosInstitucionais, Marcus Vinícius; e, é claro membros daComissão Mineira de Folclore com destaque para todos osex-presidentes – Domingos Dinis, Antônio de Paiva Moura,Carlos Felipe Melo Marques Horta e Kátia Cupertino.Abrilhantaram a solenidade os membros da Comissão MineiraFrei Chico – Francisco van der Poel – fundador do CoralTrovadores do Vale -, Rubinho do Vale – cuja obra musical écelebrada em todas as escolas do Brasil, e Carlos Farias,fundador do Coral Lavadeiras de Almenara, Luiz FernandoVieira Trópia, animador cultural com o programa “Cantos eViola”, Frei Leonardo Lucas Pereira, sociólogo e celebrantemissas congas, Danielle Gomes de Freitas, estudiosa do Boida Manta. Edméia da Conceição de Faria Oliveira, professora

e contadora de estórias – de Pompéu, Elieth Sousa, secretáriae doutoranda, Daniel de Lima Magalhães, musicólogo.

Raimundo Nonato foi muito mais do que uma nova aquisiçãopara compor o quadro dos estudiosos atentos ao Saber Viverem Minas Gerais. Ele tem exibido à saciedade suas prendasde amor ao saber popular. Aproximar-se de Raimundo éreceber ondas e mais ondas de gentileza, de acolhida, deatenção à Paz no Mundo. Para admirar Raimundo, bastaconhecê-lo. A simples aproximação já enriquece. Convido osleitores deste artigo a percorrer as inúmeras edições desteBoletim e o artigo selecionado para compor a edição denúmero 26 da Revista da Comissão Mineira de Folclore,lançada no dia de sua posse. “Tropas, tropeiros e outros

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babados”. Ali se sobressai o homem atento ao saber popularaprendido nas relações pessoais.

João Baiano, o pai, não se mostra como grande homem, tãoao gosto do heroísmo de certa historiografia, é o pequenogrande homem que se sobressai. João Baiano é o tropeiro.Ele aprende a cuidar de seu gado e das pessoas que oacompanham. Do mesmo modo, Pedro de Neco Custódio,Genaro, e todos que circulam em torno do Camilinho. É umaalegria acompanhar como os moradores de Camilinho

celebram a amizade dedicada ao nosso Raimundo. Raimundocompreende o mundo na grandeza das pequenas ações.

Há um traço que quero ressaltar e do qual Raimundo éherdeiro. A luta pela liberdade; a convicção de que ninguémpode ser comprado com dinheiro nem com qualquer outrorecurso. A certeza de que dinheiro é meio e não fim. O fim éa vida digna, resistente às ameaças, quaisquer que sejam.

Nos anos cinquenta, chegou à Gouveia um médico inesquecível,ousado em seu saber. Um homem quase completo. Chamava-se Jurandir Esteves. Ao doutor Jurandir a Gouveia deve aatenção plena à saúde. Saúde, na compreensão dele, não seresumia em cuidados médicos, mas em condições de assegurá-la. Gouveia deve a ele o Hospital Doutor Aureliano Brandão,criado quando nem mesmo era sede de município. Foi comsua vinda que se criou o Posto de Saúde Luiz Ponciano, foi desua iniciativa que surgiu a nova rede de água, cujo monumentoé a caixa d’água localizada no fundo do prédio da Escola

Estadual Joviano Aguiar. Sem hospital, o doutor Jurandirimprovisou a sala de sua residência, localizada onde é, hoje,o restaurante “Picolino”, em centro cirúrgico. Até então, casosde urgência tinham como destino uma cova no Cemitério.Não havia tempo para uma viagem até Diamantina pelaestrada de terra, na qual o veículo mais rápido realizava aviagem em uma hora e meia.

Nesse centro cirúrgico improvisado, era frequente o pacientepermanecer sob atenção médica algo como 15 até 45 dias.

Jurandir era o cirurgião competente assistido pelo anestesista“doutor” Efigênio Gomes Pereira. Efigênio cumpria o papelde anestesista e de instrumentador cirúrgico. A sala erailuminada pela luz do sol e pela tímida lâmpada da HulhaBranca.

Pois bem, Zico, o filho mais velho de João Baiano, certo diaapareceu com dores muito fortes no abdômen. A mãe, donaZenília Zenólia, imediatamente, chamou o marido e mandoulevar o rapaz ao médico, doutor Jurandir. Foi uma viagemterrível. A cada solavanco um gemido agudo.

João Baiano entregou o filho ao doutor e recebeu o diagnósticoimediato: é apendicite aguda, tem que ser operado agora.

Assim se fez; o caso era grave e o paciente permaneceu porvolta de um mês sob os cuidados do médico e de sua esposaDorinha. A casa era um hospital a seu modo. Portas abertas,sem horário de visitas. Pouco antes disso, o centro cirúrgico

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já havia socorrido outro jovem com os mesmos sintomas, Guidodo Padre José Machado. Foi socorro de um caso quaseperdido. Numa procissão de Santo Antônio, o andor com aimagem do Santo estacionou por alguns minutos,voltado paraa porta da enfermaria para iluminar o doutor e agilizar a curado enfermo. Guido era afilhado do Padre; seus pais residiamem Pedro Pereira. Como era frequente, o Padre acolhia seusafilhados para que pudessem frequentar a escola. Esse meninocuidou do velho vigário até sua morte no ano de 1954. Após apartida do Padre José, pouco depois, Guido se acidentou comoajudante de caminhão e foi se encontrar com o padrinho...

Voltemos ao caso. Zico se recuperou, recebeu alta e tevegarantida a longevidade. Competia, então, ao pai agradecidopela salvação do filho, acertar as contas. João Baiano informouao médico que, em tal dia e em tal hora, viria para o acerto decontas.

Bem informado, o doutor Jurandir foi à farmácia do Efigênioe os dois subiram a Rua da Frente. Jurandir tinha, à mãodireita, um molho de chaves, as quais, ele alternadamentejogava para a mão esquerda produzindo um ruído ritmado,semelhante ao que faziam os cegos pedidores de esmolas,nas manhãs de sábado: tictic/tictic - costume da época.

- Então, Figênio. Hoje é o dia que o João Baiano - João Chaves- vem acertar as contas. Quanto é que nós vamos cobrar?

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E Efigênio:

- Hum...

- Olha, nós salvamos a vida do rapazinho. Ele ficou trintadias. Acho que dois contos pagam. É isso. Dois contos deréis tá bom. Paga mesmo.

Naquela época a moeda já era cruzeiro, mas o real ficou noimaginário popular. Ninguém dizia um cruzeiro, mas um milréis, mil cruzeiros eram um conto de réis. Um conto de réisera ainda muito dinheiro. Para se ter ideia, o valor do saláriomínimo que vigorou de 1943 a 1952 era de Cr$380,00 o queequivale a 2,6 vezes o salário mínimo. Dois contos de réis

corespondiam a 5,3 salários mínimos. E não era qualquerpessoa que tinha direito ao salário mínimo.

No ano de 1952 o salário mínimo foi elevado para Cr$1.200,00.Desse modo, o valor inicialmente calculado para oatendimento médico baixou para 1,7 vezes o do salário mínimo.O astuto doutor Jurandir, logo percebeu, e balançounovamente o molho de chaves - tictic/tictic.

- É... Dois contos não pagam o que nós fizemos. Cinco contos,né Figênio? Cinco contos tá de bom tamanho. Cinco contos.O João Baiano é rico, ele pode pagar. Nós fizemos caridadecom o Guido do Padre José, mas ele não precisa. Tem aquelefazendão que não acaba mais. Tá fechado. Cinco contos epronto.

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E Efigênio:

- É...

Cinco contos equivaliam a 4,2 vezes o valor do novo saláriomínimo segundo o Decreto 30.342/51 para vigorar a partir de1 de janeiro de 1952. Assinado por Getúlio Vargas.

- Mas, veja bem, Figênio, João Baiano é rico e não apoianossa causa. Olha só. Nós fomos inaugurar aquela ponte daestrada, fomos lá no Camilinho, falamos pro João Baiano queo governo vinha aqui, levamos as autoridades e não apareceuninguém do Camilinho. Isso também ele tem que pagar.Desaforo. Só porque o homem é da UDN ele não podereconhecer uma melhoria do PSD? Tá na hora dele pagar.

A chave pulou de uma mão para outra mais três vezes.

- Oito contos, né, Figênio. Isso é prele aprender.

E Efigênio:

- Tá certo... Tá certo mesmo!!!!

Molho de chave pra mão direita, molho de chave para a mãoesquerda. Novamente, pra lá e pra cá. O doutor Jurandirconclui.

- Dez contos. Olha lá o João, estou vendo ele dobrar a esquinada rua do Rosário. Aquela igreja tá atrapalhando. Se nãotivesse ela, o trânsito ficaria melhor e nós já teríamos vistoele lá na Cruz das Almas.

Dez contos eram 8,3 salários mínimos novos ou 26,3 vezes oantigo. Era um décimo do valor pelo qual Ragozino Abaetéadquirira em anos recentes a “Chácara de Miranda” depropriedade de Quintiliano Miranda. Era um dinheirão. Àépoca se comentou que Seu Tiano não precisaria trabalharnunca mais. Encheu a burra.

A conversa parou nisso, Efigênio e o doutor entraram na salade cirurgia e aguardaram João Baiano apear, amarar sua mulapreferida na estaca do rancho de Landulfo Dornas. Apeado,mula amarrada, o pequeno João subiu para a calçada e logoviu a equipe médica, cirurgião, anestesista e instrumentadorcirúrgico juntos.

- Bom dia. Como prometi, vim acertar o que devo pelotrabalho. Quanto é?

O doutor Jurandir tomou novamente o molho de chaves, baixoua cabeça atenta para a mão direita, acompanhou o salto paraa mão esquerda, e alguns saltos pra lá e pra cá. Determinou:

- Quinze contos.

Efigênio dessa vez ficou assustado. Escancarou os olhos e aboca, mas não disse nada.

Jurandir ia prosseguir:

- O senhor sabe, né...

- Não precisa.

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Foi a resposta do fazendeiro. Pegou o embornal, abriu, contoulentamente cada pacote de notas e foi pondo na mesa decirurgia:

- Um conto, dois contos, três contos, quatro contos, cincocontos, seis contos, sete contos, oito contos, nove contos, dezcontos.

Parou aí. O doutor pensou: “Agora ele vai conversar e nósvamos vingar aquele desaforo.”

João Baiano abriu a outra parte do alforje, e prosseguiu:

- Onze contos, doze contos, treze contos, quatorze contos,quinze contos. Pode conferir, doutor, o senhor salvou a vidade meu filho. Agora está pago.

Despediu-se, foi até a estaca, desamarrou a mula, puxou-aaté a estaca da casa do Hermano Chaves, seu irmão, tomoucafé com leite feito por dona Rita, provou o queijo do leitedas vacas da chácara de Hermano, abençoou os sobrinhos,foi depois até a venda do irmão e retornou ao Camilinho.

Apenas em casa comentou com a esposa o valor pago. Econcluiu para ficar para sempre:

- Liberdade não é comprada.

Eu relatei esse fato numa reunião da Afago. Logo em seguida,chegou o Doutor Raimundo e eu repeti a história narrada por

Efigênio. Rimos muito e o Raimundo, sem nenhumressentimento, concluiu:

- É realmente, o valor cobrado pelo doutor Jurandir foi muitoalto.

Pelo que ouvi, o pai não fez disso uma questão. Garantir aLiberdade era o valor maior. Não criou raiva nos filhosrepetindo incessantemente a mesma história. Para Efigênio,ficou como lição inesquecível. Foi dele que ouvi, mais de umavez, a mesma história.

Raimundo aprendeu com atenção este mandamento: HonrarPai e Mãe não como dever, mas como alegria de ter nascidoem uma família que valoriza a Liberdade. Por isso, assisto etestemunho a alegria das filhas e dos netos de ter um guiaalegre em seu caminho.

Como presidente da Afago, todos nós aprendemos essamensagem da Prática da Liberdade.

Fica para toda a Gouveia a mensagem final:

É bom estar próximo do Doutor. Ele pratica a Liberdade. Opovo do Camilinho sabe disso e não faz por menos. A escolaé para ele seu lugar natural. Espaço de aprendizagem, depromoção da aprendizagem.

Em época de eleição a mensagem é mais do que necessária.Liberdade não é um bem que se oferece no mercado.Marketing político é excrescência, pura excrescência.

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Poesias

25/12/2013 - José Carlos Dias

Este poema não tem título, foi publicado depois damorte do Mário de Andrade, em 1946. É interessanteobservar que ele vai fragmentando o corpo e a cidadede S. Paulo. A inseparável SP que ele não conseguiuficar longe. Usou uma forma humorística enostálgica, criando um efeito poético bonito. A vida émuito curta, não podemos exigir de nós mesmos enem dos outros além do que é possível. Vamos aopoema:

Quando eu morrer quero ficar, Não contem aos meus inimigos,/Sepultado em minha cidade, Saudade. Meus pés enterrem na Rua Aurora, No Paissandú deixem meu sexo,Na Lopes Chaves a cabeça, Esqueçam. No pátio do Colégio afundemO meu coração paulistanoUm coração vivo e um defunto Bem juntos Escondam no Correio o ouvido,Direito, o esquerdo nos telégrafos,Quero saber da vida alheia, Sereia. O nariz guardem nos rosaisA língua no alto do Ipiranga Para cantar a liberdade Saudade... Os olhos lá no Jaraguá,Assistirão ao que há de vir, O joelho na Universidade,Saudade... As mãos atirem por aí,Que desvivam como viveram,As tripas atirem pro Diabo,Que o espírito será com Deus.Adeus

30/12/2013 - Maria Auxiliadora de PaulaRibeiro

POR QUÊ?

Por que não dormes,criatura?Por que queres receber doçura,de quem nem sabe que um dia,de grande e suave alegria,com emoção viste nascer e entre lágrimas de felicidade, acompanhaste,dele,o crescer? Por que tanta amargura? Pensaste ser alvo de ternura, de um pequeno ser que, um dia,nos teus braços embalaste?Não sabes que ele cresceu?Acaso esqueces que o tempo cruel e frio faz do pequeno o grande, da criança o jovem,do adulto o anciãoe que a tudo leva, seja festa ou nostalgia? Satírico,inda zomba de ti.Massacrando teu coração,deixa tua alma vazia!Esquece que um dia,Foste jovem,amor, guarida. Envelheceste e ele cresceu... Não te martirizes. Procura dormir.Canta, como, outrora, o ninavas. Imagina-te linda, tocada de magia.Embala-te! dorme o sono dos justos. Lembra-te de que já é um novo dia!3h48min da manhã de 30-12-2013

Solicita-se enviar poesias e artigos devidamenteformatados para o endereço [email protected]

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Poesias

20/01/2014 - Maria Auxiliadora de Paula Ribeiro

Poema!

Se o pássaro cativo falar pudesse, ele diria a seu dono:És da vida um palhaço! Ah! Se de fato me amasses,terias me deixado livre, a cantar.Não me terias tosado as asas, impedindo-me de voar.Se me amasses, realmente,minh’alma não atormentarias,exigindo-me cantar pra ti, pra ti, tão somente,nesta gaiola a me aprisionares.Escravizas-me a teus anseios, que não são meus.Aos teus sonhos que jamais sonhei, por fazer da natureza, minha doce moradia.Quando o meu cantar elogias,rio-me de ti que ignoras,quão infeliz me sinto aqui.Não quero tua gaiola dourada.Quero voar livre pela amplidão.Quero nas campinas verdejantes exibir minha canção!Fazer-me teu prisioneiro é covardia...Quando falas da beleza do meu cantar,zombo-me de ti.Desprezo-te, por me fazeres prisioneiro.A monologar com ironia, bem baixinho lhe digo:como és pobrezinho!Não sabes que, preso nesta gaiola,sou mais que tu,na gaiola da tua Sociedade, pois tenho o que não tens.Tenho sonhos de liberdade! O que tens é tão somente covardia,enquanto na vida liberto,a dizeres que me tens cativo! Agindo assim, causas repulsa e cansaço.Pois quem prende aves não é homem.É da gaiola do Mundo,tão apenas, um palhaço!

Causo “O ENGENHEIRO E A MULA”

Adilson do Nascimento

Gouveia, ainda distrito de Diamantina, lá pelos idos de 1940,viu descer, na estação ferroviária de Barão do Guaicuí, umjovem engenheiro civil, recém-formado, alto, forte, vermelhão,com cara de poucos amigos, que viera de Belo Horizonte

para assumir a gerência da Fábrica São Roberto, a convitedo Dr. Alexandre, seu futuro sogro. Ali, sem conhecer qual-quer pessoa e estranhando o lugar, ele olhou em volta daplataforma da minúscula estação, na esperança de avistarum automóvel, daqueles modelos suntuosos, de fabricaçãoamericana, que eram conhecidos como “rabo de peixe”. Nãoviu sequer uma carroça! Foi quando então aproximou-se deleum senhor moreno, de cabelos ralos, um tanto grisalhos, di-zendo-se chamar-se Zé Nunes e que viera buscá-lo. Zé Nunesapanhou a sua mala e se dirigiu para onde estavam “estacio-nadas” duas espécies equinas. O jovem engenheiro que so-mente conhecia aquele tipo de condução por haver visto nocinema filme de faroeste estrelado por John Wayne, não sa-bia como aboletar-se em cima do animal, por sinal uma mulade porte avantajado que o Zé Nunes dizia ser a melhor datropa da fábrica, para montaria. Com aquela dificuldade cons-trangedora e ajudado pelo Zé Nunes o jovem engenheiro con-seguiu montar e iniciar a descida por aquelas encostas sinuo-sas, íngremes, esburacadas e empoeiradas, atravessando orio, depois a “Rua da Frente”, no cento da cidade, até chegarà fábrica, em São Roberto. Quando Zé Nunes “estacionou”a sua montaria na porta da casa na qual se encontrava o Dr.Alexandre o jovem engenheiro sentiu que o seu mundo esta-va acabando. Durante a viagem, no sacolejo da montaria, oseu corpo avantajado deslizara ora para um lado, ora para ooutro da sela, fazendo com que ele tivesse enorme dificulda-de para se manter firme nos arreios. A suas nádegas e ascoxas estavam literalmente coladas na sela e ele sentia aqueleardor característico de uma respeitável assadura. Zé Nunes,habilidoso e prático com aquele tipo de constrangimento, en-costou a mula no “batente” da porta facilitando para que oengenheiro pudesse apear-se e cumprimentar o patrão. Ojovem engenheiro – e isso eu ouvi dele tempos depois –, aoolhar para a paisagem, vendo aqueles galpões de madeira,decadentes, uma meia dúzia de casas que mais pareciamtaperas e mato por todos os lados, teve um único desejo:retornar imediatamente para a capital, arrependendo-se dehaver aceitado o emprego que o futuro sogro lhe ofertara,dizendo que a sua vida seria promissora. O que fez com queele desistisse do imediato retorno foi a sensação de saberque por vários dias ele sequer conseguiria sentar-se, muitomenos montaria de novo aquela coisa pré-histórica chamada“Fantasia”, uma mula enorme, amarelada, que o Zé Nunesconsiderava a melhor montaria da tropa. O Dr. Alexandremostrou-lhe a casa, na qual estava instalado o seu quartelgeneral e o conduziu até ao quarto que seria sua morada nospróximos meses. Dormir... o coitado não dormiu! Não en-contrava posição na cama que lhe aliviasse as dores causa-das pelas feridas. Sorte para Gouveia! Por causa daquelasassaduras que o impediram de retornar à capital o engenhei-ro civil RÔMULO CRUZ FRANCHINI permaneceu na fá-brica e se tornou um dos baluartes da nossa história.

Causo

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Artigos

Com “Licença” conterrâneos da AfagoArcena Almeida

Barão do Guaicuy, 04/11/2013Caro sobrinho DingoMeu abraço a todos vocês desejando-lhes quetenham feito boa viagem.Tudo bem por aqui, precisando chuva. Como estáa perna?Olhe, vou precisar de um favor seu; escrevi umartigo simples e de bom humor acredito.São os causos de nossa Gouveia e de nossosconterrâneos que se foram mas, deixaramhistória.Se achar que compensa favor colocar nopróximo jornal da Afago.Com carinho minha bênção e me abraçoincluindo das Dores e um forte abraço um beijãona cunhadaTia Arcena.

Quero servir-me deste jornalpara que não sejam esqueci-dos os causos de nossa queri-da terra: Gouveia. São tan-tos!!! Dou graças a Deus porme dar uma mente sadia e nãovazia.Afinal, com 86 anos, 16 filhose 1 adotiva, 33 netos, 5 bisne-tos sei data de aniversários detodos, incluindo as noras e gen-ro sem sequer esquecer ne-nhum. Então quero aproveitar,sempre gostei de escrever, quebem me faz!Recordar é viver e por que nãoàs vezes padecer, sofrer.Fico a recordar dos “causos”que meu saudoso pai Pedro deGina, homem lutador, exemplare de grande fé e humildade. Criou a família como barbeiro.Faço questão de falar, orgulhosa dos elogios a ele pelonosso Presidente da “Afago”, Raimundo Nonato e ele me-recia.Bem, ele contava que dois irmãos Dico de Nhanhá eSerafim eram inseparáveis segundo conta-se, que o sapa-

teiro Dico era a pessoa que mais ganhava afilhados. Sabemo por quê? Naquele tempo defunto tinha de ser enterradocom sapatos ou botina e, o sapateiro Dicojá estava cansa-do, uma vez que, só fazia os sapatos. Os afilhados cresciame adultos morriam, já se tornava um tormento para o padri-nho.Foi-se esgotando sua paciência e, um dia ele explodiu: pe-gou dois pés de sapatos e com aquela atitude de como di-zem, “estou de saco cheio” gritou: agora o defunto que qui-ser que vá de pé no chão.Outro causo dos dois: montaram uma “bitaca” onde com-pravam as coisas e as revendiam. Tudo que chegava noRancho dos tropeiros era com eles mesmo.Certo dia, compraram um balaio de rapaduras, foi um corre

corre do povo,para comprar,uma verdadeira“serra pelada”em busca de di-amantes e ouro!Esgotou-se oestoque empoucas horas;correria mesmo.O Dico ficouencucado comaquela situaçãoe perguntou aoSerafim, porquanto vocêvendeu? Eledisse por X;como Serafim?É prejuízo de-mais! Mas elenão se intimidou

e Dico tornou a querer a resposta.O Serafim voltou ao Dico e dise: Olhe, deixei de saber, euquero é ver movimento.Se acharem que ficou engraçado?Riem por favor.Arcena

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Sociais

19/01/2014 - José Moreira de SouzaDia 17 teve uma noite de esplendor em Diamantina.“Cantata Da Luz e Ponteiro”, no Bar do Antônio, becoda Tecla. A família cantou e encantou. Vale lembrarque essa turma de Gouveia vem chamando a atençãode Diamantina, desde o Festival de Inferno de 1980, emereceu elogios rasgados de Aires da Mata MachadoFilho em Editorial no Jornal Estado de Minas. Naquelaoportunidade, Aires elogiou a apresentação do coralde Gouveia na Festa do Divino. Desta vez, a turma,Mãe, Pai, Filhos, Filhas, Netos e Amigos - todos commaiúscula - deixaram um recado para eventosculturais: o Saber da Família é a semente maisduradoura de toda Cultura.

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Na mão de Deus09/01/2014 - José Moreira de Souza

Faleceu no dia 7 de janeiro a senhora Vilma ArgentinaTrindade – Loura - Era viúva de Geraldo Cordeiro,participante do coral de Gouveia. Filha de RitaTrindade, irmã de Heitor, Luíza, Zé e Teodomiro.Pessoa admirável, padeceu nos últimos anos sequelasdo diabetes. A família descendia de Heitor Fernandes,último português que residiu em Gouveia no retiro doRio do Chiqueiro na estrada para o Barão.Posteriormente, mudou-se para casa, que a tradiçãoinforma ter sido uma das primeiras construídas noArraial da Gouveia. Esta casa, hoje, totalmentedesfigurada, localiza-se na contra-esquina da de JoséPaulino. Seguramente, Loura foi cantar Glória parasempre.

24/01/2014 - Gil Martins de Oliveira

Amauri de Arcena acaba de nos deixar. Depois devisitá-lo, há uns três meses, não consegui maisesquecê-lo em minhas orações. Cercado do carinho damãe — dessa mãe guerreira! —, da total dedicação daesposa e filhos e da atenção carinhosa da grandeirmandade, Amauri me pareceu estar, aos poucos,estendendo as mãos para ser recolhido pelo Pai. Vihumildade e resignação em sua fisionomia diante daingrata doença. Que Deus o tenha junto a Si e conforteos corações de todos nós! Ainda sem detalhes, o corpodeve ir, hoje à noite, para o Parque Cemitério Renascer,onde será velado. DESCANSE EM PAZ, AMAURI! ÀGRANDE FAMÍLIA DE ARCENA, QUE TAMBÉMÉ NOSSA, NOSSOS MAIS PROFUNDOSSENTIMENTOS!

03/02/2014 - Afrânio Gomes

Faleceu na semana passada em Belo Horizonte a nossaconterrânea Iracema Aguiar Miranda, filha de D. AliceMiranda e Sr. Sebastião Aguiar. Era irmã de Iraci e Irajá,também já falecidos

28/02/2014 - José Moreira de SouzaFALECEU, hoje, 28 de fevereiro, às 3 horas, asenhora Dilce Cardoso de Oliveira, esposa de nossocompanheiro, amigo e irmão, João Martins deOliveira. SEPULTAMENTO - DIA 1 DE MARÇO às10:00 horas no Cemitério Parque Renascer. O corpochegará, hoje, a partir das 18:00 horas. emContagem. Sentimentos aos filhos: Jason, Jakson eDalila, e a todos os irmãos dela Délcio, Fátima,Alfredinho, Rita, Jadir, Maria, Elci, etc. Também aextensa família Martins de Oliveira se comove nessemomento: Gil, Dé, Jaime, Raul, Romeu, Aprígio,Osmar, Dodô

Cada despedida desperta uma história para a eterni-dade

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SociaisAniversariantes

FevereiroNilton Araújo – 02Tiago Rabit – 02Maria das Dores Alves (Doca) – 03Magno Alair Rodrigues – 03Guilherme Lotti Soares -04Flávia Reginalda da Silva Miranda – 07Felipe Vieira Nascimento - 07Cassiana Paula Batista Silva – 08Geraldo Manuel Brandão Bittencourt - 09Fátima Rosária Silva - 10Maria de Lourdes Silva – 11Evandro Antônio Brazil – 13Osmar Martins de Oliveira – 14Ozima de Paula – 14Fernanda Moreira Batitucci – 14Magali Patrícia da Silva Ferreira – 16Jéssica Carolina de Miranda - 16Flora Reda Moreira de Souza – 17Maria da Conceição de Paula – 20Sabrina Miranda Sangi - 20José Moreira de Souza – 21Cássio Amaro Pinto – 23Milena Emily Rocha - 27Iago - filho do Zé Benedito – 28

MarçoReginaldo dos Santos Miranda - 03Pedro Xavier Vieira Brum Ribas (FilhoMarcos) - 05Neuza Pereira – 06Geralda Maria de Miranda - 08Edvaldo de Paula - de Jésus – 11Raquel Luiza da Silva -13Maria de Lourdes Miranda Caetano – 17Elesbom José de Miranda – 18João Guilherme da Silva Miranda -19Laura - filha do Zé Benedito - 21Yvone Pequi Meireles – 24Maria Josefina Gomes – 24Rubens Cassimiro dos Santos (Datas) –25Maria Aparecida Miranda Sangi - 26Mariinha de Jésus – 27José Benedito de Paula – 28João Victor Nascimento Lotti Soares - 28Paulo Vieira - 29

Confiram no FacebookConversas sobre Tradição em

Gouveia, Centro de Apoio ao Ca-minhante e reportagens de Afrânio

Gomes no Youtube.

Anotem: 13 de agosto: 90anos do Padre Cardeal

Dom Serafim

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REMETENTEAFAGO - Associação dos Filhose Amigos de GouveiaAvenida Amazonas 115 - sala1709

CEP: 30180 - 000 - BELO HORI-ZONTE - MG

IMPRESSO

Boletim da AFAGOÓrgão Informativo da Associação do Filhos e Amigosde GouveiaAno VII – N ° 1 -14 - Janeiro- Fevereiro 2014.www.afagouveia.org.br

Diretor Responsável – Raimundo Nonato de MirandaChavesEditoração Gráfica: José Moreira de SouzaCrédito das Fotos: Adélia Anis Raies de Souza,Raimundo Nonato de Miranda Chaves, José Moreirade Souza, Doutor Waldir de Almeida Ribas, GeraldoFabiano Chaves

Diretoria da AFAGOPresidente de Honra: Waldir de Almeida Ribas inMemoriamPresidente: Raimundo Nonato de Miranda ChavesSecretário: Guido de Oliveira AraújoDiretor de Finanças: Adilson NascimentoPatrocinadores:Diretores da AFAGOComissão EditorialGuido de Oliveira Araújo.José Moreira de SouzaRaimundo Nonato de Miranda Chaves

A minha Mestra

D. Dôca.

Oh! Mestra que a todos e a tudo iluminaQue acende e carrega a tocha do saber.

Tua vida, tua luta que ninguém abomina,É uma infindável fonte do renascer.

Renasce na luz do olhar do aluno.Que a fronte ostenta a coroa de louro,Entregaria a ti no momento oportuno

O meu amor, se ele fosse todo de ouro.

Mas, saiba minha querida mestra.Que no céu há uma afinada orquestra.Para receber-te e brindar tua chegada.

Que estará muito longe de acontecer.Pois, sabendo o quanto vamos sofrer.Deus, por certo, adiará tua chamada.

Nilson Pereira Machado, 29/1/14.