associação para proteção ambiental de são carlos

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"ASSOCIACAO fABA.- PROTECaO-MJBIENTAL DE. 5!0. CARLOS: SUBSIDIOS fAiA COMPREENSAO nAa RELACOES ENTRE MOVIMENTO ICOLQGICO & EDUCACAO, Disserta~ão apresentada ao Programa de P6s-Gradua~ão em Educa~ão do Centro de Educa~ão e Ciências Humanas da Univer- sidade Federal de São Carlos como parte dos requisitos para a obten~ão do titulo de Mestre em Educa~ão (Area de Concen- tração: Metodologia de Ensi- no) , SAO CARLOS 1988

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"ASSOCIACAO fABA.- PROTECaO-MJBIENTAL DE. 5!0. CARLOS:SUBSIDIOS fAiA COMPREENSAO nAa RELACOES ENTREMOVIMENTO ICOLQGICO & EDUCACAO,

Disserta~ão apresentada aoPrograma de P6s-Gradua~ão emEduca~ão do Centro de Educa~ãoe Ciências Humanas da Univer-sidade Federal de São Carloscomo parte dos requisitos paraa obten~ão do titulo de Mestreem Educa~ão (Area de Concen-tração: Metodologia de Ensi-no) ,

SAO CARLOS1988

S 714a Associação para Proteção Ambiental de são Carlos:subsídios para compreensão das relações entre movimen-to ecológico e educação. são Carlos, 1988.

399 p.ilus.

Diss. (Mestre) - UFSCarBibliografia

1. APASC 2. Ecologia - são Carlos-SP 3. Educação Ambiental - são Carlos-SP 4. Meio ambiente-Proteção - são Carlos-SP 5. Movimento social.I. Universidade Federal de são Carlos.

ORIINTADORA:PROFa. ~ IDA TEREZINHA DE OLIVEIRA TASSARA

Aos meus pais, Themis, Luana e Lucase à minha orientadora,

que sofreram meu modo atabalhoado de ser, mas deram-me muitoamor, atenção e apoio material.

Ao CNPq, UNESP-Assis e USP-Piracicaba por garantiremminha sobrevivência material nos últimos cinco anos.

A Maria Amália, Betânia e Simone pelas aulas, revisões dealguns textos.carinho e incentivos.

A Universidade Federal de São Carlos. pelo aprendizadojunto ao movimento estudantil e junto a alguns professores eamigos de iniciação cientifica, politica e institucional quedespertaram-me o prazer de pensar. questionar e trabalhardentro de uma Universidade.

Aos amigos e alunos de Assis, São Carlos e Piracicaba comos quais muito aprendi através da ação/reflexão conjunta.

Especialmente ao Paulo e todos amigos da APASC,grupo deeducação ambiental, Grupo Ecológico de Assis e APEDEMA.

A banca de qualificação desta dissertação: Nivaldo eJúlio

A Adriana. João Batista.Evandro, Odila, Carlos, Dulce, Cla-rice. Gorete, Mônica, Júlio, Salete. Mara, Dolores, Verinha,Cláudio. Paulinho. Dizete, Jussara. que traduziram meus hier6gri-fos em escritos datilografados e computadorizados, transcreveramfitas, corrigiram erros de datilografia e deram sugestões.

A VIDA,APASC,AMOR e PAZ

a todos.

o presente trabalho - ..Associação para Proteção Ambientalde São Carlos: subsidios para compreensão das relações entremovimento ecológico e educação ..é uma análise da história de umaentidade ecologista sediada em São Carlos, cidade de porte médio(aproximadamente 114.000 habitantes em 1980) do interior paulis-ta, a 230 km da capital em direção ao Noroeste do Estado.

Em sua totalidade, este trabalho objetiva:1. Descrever caracteristicas de uma entidade ecologista.2. Analisar seu papel social.3. Estimular o debate sobre a institucionalização da militância.4. Contribuir para o desenvolvimento de processos de investigacãocalcados em metodologias que estimulem simultaneamente oconhecimento e o aprimoramento da ação social.5. Desenvolver considerações sobre o papel educacional dessasentidades.6. Contribuir para a clarificação de objetivos doecológico visando fornecer subsidios para programas deambiental.

Realiza-se através da integração de diversos métodos(entrevistas, levantamento e análise de documentos, questionários,observação participante e pesquisa-ação) que se alicercam naanálise antropológica como forma de conhecimento.

movimentoeducação

Acompanha-se o desenvolvimento desta entidade durante dezanos ( 77/86) integrando vivências de associado e de pesquisador.Como pesquisador re-percorre-se (nos 6ltimos três anos) caminhostrilhados ao longo dos dez anos de militância. Recupera-se nestepercurso, objetivos, atividades e principais lutas, estrutura efuncionamento da entidade através de documentos e depoimentos dosassociados ativos.

As análises desenvolvidas permitem descrever o perfil destaentidade ecologista como sendo uma escola de participaQãocontribuindo para: o desenvolvimento de uma cultura deprocedimentos democráticos (através de práticas auto-gestionáriase da tolerância diante da diversidade); o rompimento com o"niilismo" e a estimulaQão de análises sobre a estrutura dasociedade e das propostas para transformá-Ia; e oauto-conhecimento através de uma postura critica em busca devalores substantivos individuais e/ou grupais. Permitem aindaconsiderar-se como relevante o papel desenvolvido pela entidadeao estimular relaQões entre a Universidade e comunidade,conhecimento acadêmico e necessidades sociais, aprendizado e aQãoe a sua contribuiQão para a formaQão do militante ecologista (en-quanto profissional e cidadão).Considera-se por fim, que essascaracteristicas da entidade estudada, podem ser úteis nodelineamento de diretrizes para programas de educaQão ambiental.

This work, "Associat1on for Environmental Protect1on of são Carlos:bases for the understanding of the relations between ecologicactlvit1es and educat10n", 1s a historical analysis of an ecologicentity based in são Carlos (SP), population of 114.000 inhabitants,230 km NW from são Paulo clty.

1. to describe characteristics of an ecology entity;2. to analyze its social role;3. to arouse the debate on the rnilitancy institutionalization;4. to contribute to the developrnent of investigation processes based

on rnethodologies which sirnultaneously stirnulate the knowledge andthe accornplishrnent of the social action;

5. to develop conslderations on the educational role of these entities6. to contribute to the clariflcation of the objectives of the ecologi

rnovernentsalrning to supply bases for the environrnental educationprogrammes.

This work was realized through the integration of several rnethods(interviews, surveys and document analysis, questionaries, particip~ing observations and research action) which were based on the anthro-pological analysis as a forrn of knowledge.

The developrnent of this entity was followed for ten years (1977/86)integrating experiences of associate and of researcher. The lastthree years, the researcher reruns the paths of ten years of miliumcyIn this route, there were recovered the goals, activities and rnaintasks, structure and functioning of the entity through documents andstaternents of active associates.

The analysis allowed to describe the profile of this ecologic entityas a school of participation contributing to: the developrnent of aculture of dernocratic procedures (through the self-administrationpractices and the tolerance towards diversity); the rupture with the"nihilisrn" and the acousal of the analysis of the social structureand of the proposal for its transforrnation, the self-knowledgethrough the critical posture in search of individual and/or groupsubstantive values. It was also allowed to consider as relevant therole developed by the en~ity to stirnulate the relations between theuniversity and the community, acadernic knowledge and the social needslearning and action and its contribution to the upbeinging of ecologirnilitants (while professional and citizen). At the last, it is considred that these characteristics of the studied entity rnaybe useful inthe planning of environmental education programmes.

1.1.

1. 2. - Metodologias. métodos e sujeitos .1.2.1. - Os sujei tos .1.2.2. - As entrevistas e a enquete .1.2.3. - A análise das entrevistas e enquete ..1.2.4. - Análise dos documentos .

Capitulo 11 - A APASC: seus objetivos. caracteristicas eatividades 67

11.1. - Os objetivos 68I1.2. - A fUIldac;:ão 7011.3. - A organizac;:ão interna 74

11.3.1. - As sedes. secretárias, arquivos elocais de reunião .. 76

I I .5 . - Os assoc iados 8211.5.1. - Os associados ativos 84

11.8.1. - "Fensar globalmente.agir localmente". 10111.8.2. - Boa Vista 11 e o" Bem Amado" 10411.8.3. - Grupo de Educac;:ãoAmbiental 10911.8.4. - Mamãe Natureza...................... 116

II .8 .5. - APREL 12411.8.6. - "Vida Natural: Progresso AM" 126II. 8.7. - FAVELA 133

142

111.1. - Eu. a ecologia e a APASC 155Em busca do ECO ou como me aproximeida questão ecológica 158O que foi e significou para mim aparticipa~ão na APASC 170Minha a~ão ecologista fora da APASC. 175

111.1.1. -111.1.2. -111.1.3. -- Como vejo a APASC .111.2.1. - O seu significado social e indivi-

dual .111.2.2. - Sua história e algumas caracter1sti-

cas .111.2.2.1. - O inicio .111.2.2.2. - Uma associa~ão de estu-

dan tes .111.2.2.3. - A diversidade .

111.2.3. - Seu papel organizacional ou Umaexpressão localizada dos novos mo-vimentos sociais .

111.2.4. - Seu papel educacional .

- Enquete - Quais valores poderiam nortear aa~ão ecologista? .

182182186186190197

204217

234252

"Vou plantar ulIIaárvore:seráo

meugestodeesperan~a.

Copa grande, sombra amiga;galhos fortes, crian~as no balan~o;e muitos frutos carnudos, passarinhos em revoada.

Mas o mais importantede tudo: ela teráde crescerde

gar,muitode

gar.Tãode

garque

à sua sombraeu nunca me assentarei.

como poemas, quando minhas mãos revolverem a terra.

Desejarei que haja pão para todos.

Me rirei dos homens de guerra correndo, despidos, suas fardas,

botas e espadas uma imensa fogueira ... Imaginarei que os leões

aprenderão com os cordeiros o gosto bom do capim. E os grandes

pararão o seu trabalho para fazer lugar para o brinquedo das

criancas Escolhi este gesto porque as árvores são coisas

mansas e tranquilas. Diferentes dos dentes dos homens de guerra e

dos números dos homens de lucro. As árvores celebram a vida e se

oferecem como promessas, numa liturgia de paz. Com elas se inicia

o futuro. Mas a guerra e o lucro engordam com as carnes dos

sacrificados: gritos ferozes numa liturgia de fim de mundo.

Plantarei minha árvore.

Cantarei minha esperanca.

Pensarei que o primeiro a plantar uma árvore à cuja

sombra nunca se assentaria foi o primeiro a

pronunciar o nome do Messias.

Algum dia o poder será dado à ternura.

Venha,

Plante

uma

árvore

comigo

eu come~o a Bentir a embriaguez aque essa vida agitada e tumultuosame condena. Com tal quantidade deobjetos desfilando diante de meusolhos, eu vou ficando aturdido. Detodas as coisas que me atraem.nenhuma toca o meu coração. emboratodas juntas perturbem meussentimentos, de modo a fazer que euesqueça o que sou e qual meu lugar."

Mas, se ~sta palavra (Modernidade) e este conjuntode imagens e sons (Koyaanisqatsi) não forem familiares para o

fatores que nos influenciaram, então faremos uma colagem, (4)sobreposição de imagens, palavras, frases, poemas, manchetes,titulos de livros e filmes, recortes de jornais e revistas, queexpressam a nossa leitura de mundo que nos levou a essa procurana militância (na APASC) e na academia (nesta pesquisa ...):

----- da cons- 11

UIIIL.::>PJ.I-llU U~ y •••••••••~- aes • .• Ecologia e política. A Atdrão da Vida. Partido ecolog

-- ";- - -. . .-- t>.rrICOI .0 •••.•.•...• dep.ol. d. Cf"\tJ~'. 01) calll .O~O"

chuva; Rio~PELA

[)o rio que /lido arrasta se diz que e violento.Mas n/llguem diz ,'iolel/lasAs margens que o comprimem.

Brrlolt Brecht(1898·1956)

Eram três.(I'eill" dia com seus maelwdos.)Eram duas.(A 50Srasterias de prata.)J::ra uma.Era nenhuma.(Ficou desnuda a dgua.)

0(.1

f! co", "Vr (

. ~."J ,.' ,

...~;,~

Em maio de 1987, ao comemorarmos dez anos deexistência, de imediato nos perguntamos: "o que se conseguiu emconsequência da atuação da APASC?"

Uma primeira resposta seria de que não se deveavaliar uma organiza~ão exclusivamente em função dos resultados econquistas. mas sim pelos processos que seus participantesvivenciaram dentro dela (organiza~ão) que podem ser extremamentericos. gratificantes e educativos.

De qualquer forma a riqueza desse processo é umretorno para os participantes passlvel de ser avaliado como umresultado da existência da organização.

Permanece a questão existencial primeira que podeser desdobrada nas perguntas abaixo:

o que se conseguiu em termos educacionais, ouseja. de amplia~ão do número de pessoas que sabem o que éecologia. prote~ão ambiental. e temas correlatos e/ou atuam nosentido de proteger a natureza e melhorar a qualidade de vida doshabitantes desse planeta? O que se conseguiu em termos dequalidade das reflexões, posturas cotidianas e a~ões dosecologistas?

O que se conseguiu em termos de resultados, ouseja, quantos hectares de florestas nativas foram reconstituldasou pelo menos deixaram de ser cortadas? Quantas espécies animaisem extinção foram preservadas e agora já estão aumentando o seunúmero de indivlduos? ou pelo menos, será que diminuiu o númerode novas espécies que ano a ano alinham-se no rol dasconsideradas em extin~ão? Quantas indústrias pararam de poluir eprejudicar a qualidade de vida da população? ou pelo menos.diminuiu o número de casos de intoxicações e graves problemas desaúde ocasionados por insalubridade no trabalho ou polui~ão do are das águas nas proximidades de indústrias?

Quantos agricultores pararam ou diminuiram autiliza~ão de agrot6xicos substituindo-os por tecnologias menosagressivas ao meio ambiente ou,pelo menos. quantos agricultorescome~aram a se interessar por controle integrado de insetos,plantio direto, aduba~ão orgânica, etc. e estão implementandoessas novas técnicas milenares pelo menos experimentalmente?

Quantas favelas deixaram de existir? Qual adiminuição dos lndices de mortalidade infantil por falta dealimenta~ão? Qual a diminuição no lndice de criminalidadeprovocada por individuos que assim agem por absoluta carência deinserção social. (não falamos aqui dos casos pato16gicos quemereceriam outro tipo de análise) conquistada através do emprego,moradia, capacidade de adquirir bens, estudar, etc.?

Quantas pessoas descobriram as drogas quimicas queconsomem a cada alimentação e optaram por uma alimentação maissaudável? Quantas pessoas redescobriram a religiosidade no seusentido mais profundo e passaram a se preocupar mais com valoresmorais (tipo solidariedade, amor ao pr6ximo. amizade.honestidade, sinceridade, não falar mentira, etc.) e menos com aposse de bens materiais e com isso descobriram a dan~a, yoga eoutras formas de transar o corpo e a mente conjuntamente evoltados para um aprimoramento espiritual?

Quantas pessoas se engajaram em manifesta~õespacifistas ou em organizações de moradores, mulheres, negros.indios. homossexuais. idosos, sindicais ou de categoriasreivindicando solu~ões para problemas de sua comunidade eexpressando seu descontentamento e aspiração por uma sociedademelhor?

Quantas grandes hidrelétricas e usinas nuclearesou outras obras de grande impacto ambiental tiveram seus projetossubstituidos por outras obras de menor porte. menor impactoambiental, com tecnologias mais suaves que geram mais empregos esão mais acessiveis ao controle de pequenas comunidades?

Qual a ampliação de tempo e espaço para noticias.veiculadas pelos meios de comunicação. relacionadas com os temaspincelados acima (e diversos outros correlatos)? Houve ampliaçãono número de politicos, partidos. igrejas e outras organizaçõesque assumem o discurso ecológico?

Enfim, o que se conseguiu nesses dez anos emtermos educacionais e de conquistas materiais?

Com certeza alguns dirão que não podemos quereraferir o resultado dos dez anos de APASC através de respostas aperguntas tão gerais como o número de espécies animais quedeixaram de ser extintas pois isso não depende s6 da APASC (nemmesmo só dos conservacionistas de todo mundo) aos quaisresponderiamos que o "só" é a garantia do "inclusive", ou seja,não depende só da APASC mas inclusive dela. Outros dirão que não

podemos querer relacionar a diminuição (ou aumento) da60cial com o sucesso ou não do movimento ecológico e pordiriam que alguns dos temas relacionados acima fogem dodas lutas dos ecologistas.

mi6ériaúltimoâmbito

Verdades e mentiras para uns e para outros. Dequalquer forma não podemos negar que tanto essa diversidade deproblemas como a indagação 60bre os efeitos da ação ecologista6ão questões que se tornam presentes no cotidiano de quem atua ementidade ambientalista e,mesmo que saibamos dos limites da nossaação local, sempre nos preocupamos com as repercussões dessasações tanto no sentido de nos perguntarmos o que ficou dentro decada um que participou ou teve contato com a ação (e qual oefeito da divulgação dessa ação para que outras pessoas eorganizações "engrossem o coro" dessas lutas e reivindicações)como no 6entido de 6aber 6e n066a ação fortaleceu uma luta maiorque e6tava ocorrendo. Podemo6 procurar re6po6ta6 a nivel de60ciedade mai6 abrangente ou no âmbito da ação mais imediata daentidade, por exemplo. con6tatar 6e a exi6tência da APASC serviuassociado6 e pe66oa6 que de alguma forma 6e aproximaram daentidade (5). procurando conhecer 6ua hi6tória, suas principaislutas e conqui6ta6 e a variação no número de associados,corre6Pondências, receitas e despesas e outros dados ..."

Administra~ão Médiciteve saldo positivo

Sr. Redator.A criação da SEMA, a maior atividade do IBDF, a recente

criação do Parque Nacional da Amazônia e Floresta Nacional deTapajós, o decreto determinando que a Convenção paraRegulamentação da Pesca da Baleia seja cumprida em todoterritório nacional, bem como uma grande participação brasileiraem congressos no Exterior e a promoção de congressos no Bra6il(recentelnente a UNESCO promoveu um sobre "Efeitos Ecológicos doAumento das Atividades Humanas sobre o Ecossistema de Floresta6Tropicais e sub-tropicais com a participação de diversos pa1se6)que vêm proporcionando maior conhecimento ao povo dos problema6ecológicos, é um saldo positivo que o governo Médici levou de 6uaadministração.

EstA certo que vArias medidas ficaram por serem tomadas, masestou certo de que na medida do poss1vel muito foi feito e porisso escrevo essa missiva a esse conceituado orgão de divulgaoão,a fim de agradecer aos nossos dirigentes pela grande atividadedesenvolvida nesse campo de trabalho.

Espero que esta administração dobre essa atividade, e que 06jornais continuem a nos informar.

cordialmente.Marcos Sorrentino - Embu-SP.

gressando na Universidade - 1976 - começamos a participar ativa-mente do movimento estudantil que se reacendia e ai passamos adesenvolver paralelamente a nossa militância ecologista e estu-dantil, descobrindo relações entre as reivindicações desses doismovimentos e encontrando neles respostas mais fortes e significa-tivas do que as das salas de aula.

A partir de então participamos ativamente de di-versas organizações mas num dado momento constatamos que podiamosestar caindo num "ATIVISMO IMOBILISTA" (10) e,a1ertados por umadisciplina de P6s-Gradua~ão (ll),optamos por fazer uma reflexãosobre nossa militância no sentido desta crescer em qualidade econtribuir para o crescimento do movimento de que participá-vamos.

Neste sentido,esta dissertação assume um caráterde reflexão sobre a interação entre ação e reflexão, entre agirespontâneo e instituciona1izado, entre ação do individuo e daentidade. entre institucionalização da ação individual e institu-cionalização do movimento social. O individuo instituciona1izan-do-se na entidade e a entidade nas regras da sociedade. Ambosinstitucionalizando-se na tentativa de ampliar sua ação social.Ao mesmo tempo que são cooptados, tentam otimizar suas ações nosentido de transformação social. Chamamos de educacional estainstitucionalização pois permite a apropriação social da reflexãoindividual do militante, a apropriação pelo movimento das refle-xões sobre sua ação, no sentido de otimizá-10.

etorna-se mais clara a n~ces8idade de

lação. Respondemos parte delas (as dúvidas)entrevistando os asso-ciados ativos-Capitulo 111(as entrevistas transcritas na integra

Preferimos chamá-Ias de "Considerações Finais", Narealidade são as considerações iniciais de um processo de refle-xão que pretendemos tenha continuidade,objetivando aperfeiçoarnossa militância ecológica e estudos acadêmicos e contribuir como movimento ecológico e com a universidade na procura de umasociedade democrática, onde o prazer de viver e a apreciação dobelo não sejam censurados e entrecortados ou mesmo abafados pelascenas de miséria humana, social e de destruição ambiental com asquais convivemos atualmente.

Esperamos que este trabalho contribua para o co-nhecimento de objetivos da educa~ão ambiental e do movimentoecológico, favorecendo o delineamento de programas e projetosde educa~ão ambiental e o desenvolvimento de novos estudos que ocomplementem, esclare~am ou refutem.

NOTAS

APRESENTACAO

(O) ALVES, R. - A Gesta~ãQ dQ futuro. Campinas. Papirus. 1986,p. 20 a 22.

(1) Apud BERMAN, M. - ~ ~ ~ sólido desmancha nQ ~.São Paulo. Companhia das Letras. 1986. p. 17 e 18.

(2) Id.ibid.,BERMAN. diz: "Ser moderno é viver uma vida de paradoxo e

contradição. E sentir-se fortalecido pelas imensas organi-zações burocráticas que detêm o poder de controlar efrequentemente destruir comunidades. valores. vidas; eainda sentir-se compelido a enfrentar essas forças. alutar para mudar o seu mundo transformando-o em n06SOmundo. E ser ao mesmo tempo revolucionário e conservador:aberto a novas possibilidades de experiência e aventura,aterrorizado pelo abismo niilista ao qual tantas das aven-turas modernas conduzem, na expectativa de criar e conser-var algo real, ainda quando tudo em volta se desfaz( ... )".

(3) KOIAANISQATSI - a vida em desequilibrio - filme em longametragem dirigido por Godfrey Reggio (EUA-1982) com trilhasonora de Philip Glass,vencedor da 8a. mostra internacio-nal de cinema em São Paulo. Abaixo, critica feita porAntonio Gonçalves Filho para o jornal "Folha de São Paulo"e reproduzida pelos organizadores da secção ZOOM de Arara-quara em 16.10.86:

Koyaanisqatsi é uma palavra que os indios Hopi do GrandCanyon (EUA) acreditam ter um poder intrinseco. Significa "vidalouca", "fora de equilibrio" e,tambem,a ópera planetária docineasta estreante Godfrey Reggio, que alguns misticos indianosclassificaram de "um filme que leva à meditaoão com os olhosabertos". E, garantem, houve quem entrasse no estado Alfaenquanto estava assistindo ao antidocumentário mudo, cujos únicossons ecoam da trilha sonora produzida por Philip Glass. Maiorbarato, como diria um hipster californiano atemporal, que saiu docinema com a sensação de ter consumido alguns pontos de LSD.

Mas é bom ir preparado para uma bad trip, caso você imagineque Reggio gastou sete anos de sua vida para produzir umabanalidade qualquer destinada a embalar os sonhos de alguma Lucy,com ou sem diamantes. "Koyaanisqatsi" e' barra pesada, uma viagemao inferno de uma terra desolada que não merece sequer um poemade Eliot. O diretor queria mostrar o cotidiano selvagem dacivilização pós-industrial, sob a ótica de um alienigenaconfortavelmente instalado em casa. Isso é o que Reggio diz.

- Ritmo insano.Na verdade, a montagem do filme, é propositadamente

alucinante para que mesmo um extraterrestre não disponha sequerde um segundo de reflexão. A medida que o ritmo se torna insano ea música de Philip Glass começa a invadir os tlmpanos' dos'espectadores, seus corpos experimentam uma sensação estranha,algo como estar na mais alta montanha russa do mundo sabendo quea viagem jamais terminará. Tudo em som dolby estéreo efotografado com indefectiveis câmeras Mitchell (pelo mestre RonFricke).

Repetindo, "Koyaanisqatsi" não é entretanto, uma novadescoberta dos estúdios Disney para revelar as "maravilhas"datecnologia. Ao contrário, Reggio, um ex-educador cristão, quepassou quinze anos militando numa ordem cat6lica, fez um filmepara mostrar que a tecnologia nunca é neutra, "que nossosproblemas decorrem do seu mau uso". S6 que tudo é tão bemfotografado que até o lixo p6s-industrial e as usinas nuclearesdo filme parecem coisa divina ou um "megamonstro" , na concepçãode Reggio.

Megamonstro porque Reggio não fala diretamente à razão, masantes aos instintos. Ao realizar um filme sem narração, feito deimagens e música, o cineasta recorre a hipérboles - as núvensparecem sempre ameaçadoras, os edificios das metrópoles sãograndes túmulos, as pistas das auto estradas são corredores semfim - para anunciar um Novo Mundo, transfigurado, que volta comono inicio do filme, às rochas vulcânicas, a seu estado maisprimitivo. Coincidentemente o panorama é o mesmo dos filmes deJohn Ford, as rochas do Monument Valley,nostalgia justificável.Para quem vive "fora de equilibrio" não existem mesmo muitassa,idas.(AGF)

(4) Utilizamos para essas colagens recortes da Folha de SãoPaulo e Estado de São Paulo de fevereiro de 1966; boletimArte e Pensamento Eco16gico; Revista Pau-Brasil no. 3; e umacarta enviada por uma aluna do 40. ano de Psicologia deAssis, de onde retiramos as "Tiras" da Mafalda e o PoemaPóstudo; folheto de introdução a uma aula - vivência (quedesenvolvemos no ano de 1967) sobre Modernidade para a qualcontamos com a colaboração de diversos estudantes da UNESP-Assis.

(5) E uma falsa questão polemizarmos se foi a entidade quepropiciou esse' contato e essas discussões ou se foram osmilitantes e associados que as colocaram para a entidade apartir do depararem-se com elas no meio de comunicações ouno seu cotidiano (um problema do bairro ou no serviço,etc.). Ao nosso ver, a entidade serve como caixa deressonância dessas questões, estimulando sua discussão epossibilitando tornarem-se consistentes (o problemaindividual,ou percebido individualmente,passa a ser sociali-zado e ganha a dimensão social que lhe era negada por nãoser exposto e constatado como também um problema de muitasoutras pessoas); com isso cria-se o fato a ser coberto

pelos meios de comunicação de massa que irA estimular maispessoas a pensarem no assunto.a procurarem organizações paraexteriorizarem seus pontos de vista e seus problemas.forman-do assim um movimento de opinião pública e de ação em tornode determinados tipos de questões.

(6) Diversos outros fatores em nossa história de vida devem tercontribuido e antecedem a atitude mencionada como inicio denosso envolvimento com a questão ecológica mas • ao nivelobjetivo. de atitudes formais. podemos apontar esses aconte-cimentos como os primeiros.

(7) FBCN - Fundação Brasileira para Conservação da Natureza éuma das entidades mais antigas na história do conservacio-nismo no Brasil. Fundada em 28.08.58 é reconhecida deutilidade pública federal e até o ano passado era a únicaFundação no Brasil destinada à Conservação da Natureza. Em1973 José Piquet Carneiro era seu presidente. Seu endereçoatual é R. Miranda Valverde. 103 - Botafogo 22.281 Rio deJaneiro.

(8) ABELLA. Miguel - Fundador do movimento "Arte e PensamentoEcológico" 1973 - destaca-se na história do ecologismo noBrasil como um dos mais incansáveis. persistentes e admi-rados batalhadores. "Foi pioneiro do ecologismo brasilei-ro a nivel de organização "segundo a revista Pau Brasilde julho/agosto/84 - AnoI - no. 1. pg. 27. publicada peloDAEE.-Departamento de Aguas e Energia Elétrica do governodo Estado de São Paulo .

(9) TRANSAMAZôNICA. Perimetral Norte e Projeto Jari. grandesqueimadas na Amazônia. Usinas Nucleares. Para maiores infor-mações sobre os impactos ambientais no modelo de desenvolvi-mento implementado no pais nas décadas de 60 e 70 vide AQUESTAO AMBIENTAL HQ BRASIL (1960-1980) de Carlos Augusto deFigueiredo Monteiro em publicação do Instituto de Geografiada USP. São Paulo • 1981 • Série Teses e Monografias no. 42.

(10) O termo "ATIVISMO IMOBILISTA" - titulo da tese de mestradode Benedito Miguel Angelo P. Gil- professor da área deAntropologia. Departamento de História.UNESP/Assis.expressanossa intenção de retratar o FAZISMO que muitas vezes dominaa militância em organizações. um fazer constante não a-companhado por reflexões e crescimento individual.

(11) A disciplina "Pesquisa e Intervenção em Educação" ministradano 10. semestre de 1984, no Programa de Pós-Graduação emEducação na UFSCar.sob responsabilidade da professoraBeth Antunes de Oliveira.

"A verdadeira bondade do homem só podese manifestar com toda pureza, com todaa liberdade, em relação àqueles que nãorepresentam nenhuma força. O verdadeiroteste moral da humanidade (o maisradical, num nlvel tão profundo queescapa a nosso olhar) são as relaçõescom aqueles que estão à nossa mercê: os

'animais,"

(",)"Nietzsche está saindo de umhotel em Turim,Vê diante de si um cavalo,e um cocheiro espancando-o com um chicote.Nietzschese aproxima do cavalo abra~a-lhe o pesco~o e sob oolhar do cocheiro,explode em solu~os.

Isso aconteceu em 1889, e Nietzsche jáestava também distanciado dos homens. Emoutras palavras: foi precisamente nessemomento que se declarou sua doença mental. Mas,para mim, é justamente isso que confereao gesto seu sentido profundo. Nietzsche veio pedirao cavalo perdão por Descartes. Sua loucura(portanto seu divórcio da humanidade) começa noinstante em que'chora sobre o cavalo,"

poluição (de todos os tipos) já é por todos conhecida.I

tecnologia de guerra, responsável por grandes investimentos n~campo cientlfico e tecnológico, traz além do perigo de uma guerr~que dizimará nossa própria espécie (e grande parte das formas de

.vida do planeta) a absurda absorção de enormes quantias de

·(vide o .DDT encontrado nos EUA, no leite materno, em indices

interesses de dominaQão e opressão que caminham juntos com a6r

moral e de atitudes e que acarretem num NOVO relacionamento dohomem consigo próprio. com os outros homens e com a natureza. Aecologia tem se apresentado como uma perspectiva de queBtionamen-to do modo de vida do homem moderno e apresentado possibilidadesde respostas que se adequam às suas necessidades de desenvolvi-mento e sobrevivência.

Segundo Sanches (3) a ecologia é hoje. não s6 umaciência biol6gica que nos esclarece a respeito da natureza. seusciclos e estreita relação entre todos os seus componentes. mas étambém um convite à discussão das questões citadas acimaprocurando encontrar respostas que visem garantir a sobrevivênciada espécie humana e das outras espécies e a efetiva melhoria daqualidade de vida de cada homem de todas as sociedades.

Desta forma suas intenções são explicitamenteeducacionais:conhecer a si pr6prios para se modificar e se modi-ficar para poder sobreviver. Neste contexto. o objetivo estabele-cido pela 22a.Conferência Geral da Unesco (25/10 a 26/11 de 1983)para o Programa Internacional de Educação Ambiental (4) coloca-secom precisão: "Propiciar a tomada de consciência generalizada arespeito das causas e consequências que têm para o homem. para asociedade e para a comunidade internacional os problemas do meioambiente e estimular na vida diária. profissional e na ação parao desenvolvimento. uma ética. atitudes e condutas individuais ecoletivas que contribuam à proteção e ao melhoramento do meioambiente" .

Nos últimos anos diversos são os trabalhos que sedesenvolvem sob esta insígni~ (Educação Ambiental) promovidos por

objetivos propostos às finalidades que os norteiam. visto que sob,

a insignia ecologia abrigam-se diversas concepções politicas.religiosas e cientificas numa verdadeira miscelânea ideológica

·cultura é na própria maneira dos homens se relacionarem entre si

,Ao estudarmos uma entidade ecologista e as expec-

tativas.angústias e análises dos s~us associados ativos.esperamoscontribuir para a clarificação das concepções de ecologia e

movimento ecológico. com isso estimulando o debate sobre o fazer~

de participação e busca de solução dos problemas da comunidadeentre os ecologistas passivel de ser entendido, criticado eutilizado como norteador para os programas de educação ambiental.Um comportamento frente às questões existenciais e doconhecimento, passivel de ser expresso num modelo e comunicado.

Tarefa pretensiosa- e passivel de muitasincorreções. Captar comportamentos (atitudes e intenções) nãoexpressos verbalmente ou expressos de forma fragmentada eprocurar codificá-los em linguagem' 16gico/matemática/formal/ra-cional só é possivel por aproximações sucessivas, por tentativae erro. Ao comunicarmos abrimo-nos às criticas e também ãpossibilidade de nos aproximarmos da verbalização concretizadora("e o verbo fez-se carne") das intenções subjacentes às atitudesdos ecologistas. Verbalização concretizadora porque permite aampliação do número de simpatizantes e militantes no movimento(ampliação não pela fé ou modismo, mas agora pela opção racional)e ampliação das intervenções educacionais que agora ganham emqualidade pois podem ser planejadas e enunciadas claramente emtermos de objetivos,em conteúdos e metodologias,deixando de seremuma série de atitudes bem intencionadas, mas dispersas epontuais.

Mas qual é esse comportamento dos ecologistas queintenciona-se passivel de ser expresso num modelo e comunicado?

Essa dissertação inteira é uma tentativa de captá-10 e dizê-lo. S6 percebemos isso ao terminá-Ia e ainda temosdificuldade para exprimi-lo. E um comportamento de persuasão para

um método de aquisição de conhecimento (11), um método depesquisa, um método de ensino, um método de vida que procura aunião entre aparentes antagõnicos (separados e aos poucoscolocados como opostos ao longo de nossa história): alma e razão.paixão e mente, teoria e prática, po11tica e conhecimento.poético e racional, integral e especialista, indiv1duo ecoletivo, erudito e popular, multidão e solidão. racional eintuitivo, ensino e aprendizagem, pesquisa e extensão, ecologia eeconomia, progresso e natureza,

o próprio processo de produção desta dissertação éum jOgo de aparentes antagônicos: procurar recuperar sob o rótuloda razão algo que é pura paixão - a ação educacional em entidadesecologistas.

Então o comportamento é o método, revela-se nométodo, pode ser apreendido através do método!

E apaixonado, portanto persuasivo. Paixão pelo quese faz: Paixão pela vida. pelo aprender, pelo conhecimento pelatransformação social. Compromisso social através do fazervoluntário, espontâneo ou intencional.

Podemos somar ainda uma outra caracteristicaimportante desse método - a prãxis. Simplificando. e sem medos detriagens ideológicas. podemos entendê-Ia a partir da explicaçãode Mao Tsé Tung (12) como sendo interação pensar/agirteoria/prática. pensar a partir dos problemas da realidade.converter esses pensamentos em ação, pensar a ação e suas

transformações, repensar o próprio pensar inicial e reorientar'aprãtica. Pode ser expressa também por uma mâxima do movimentoecológico: "Pensar globalmente, agir localmente" e vice-versa.

Parece-nos que o método e a persuasão estão napráxis e na paixão. Compromisso social e individual ouengajamento como nos fala Von Zuben (13) " O engajamento é umaadesão, uma ação pela qual o homem se vincula. (...) Oengajamento vincula-se à historicidade: realiza a historicidadehumana. Engajar-se é concretamente responsabilizar-se por umaobra a ser realizada (...). O sujeito engaja-se no instante quedescobre o sentido de sua existência (dimensãocritico/questionadora) e quer manter-se em vida (que para o homemsignifica agir, trabalhar). O engajamento prolonga a emergênciado sujeito. O engajamento não é o ser do sujeito, mas apermanência conferida à sua identidade através da adesão de suaexistência a uma causa. O eu quero vem confirmar o eu sou. Estese completa por aquele. O engajamento é uma participação no mundo(~..)".Mas não é só praxis, paixão e engajamento. E abordagemglobalizante (holistica como diz CAPRA); é utopia/idealis-mo/romantismo no acreditar-se que é possivel construir um mundosem fronteiras ("fala John Lennon"), sem exploração do homem pelohomem, nem da criança pelo adulto, nem dos animais pelo serhumano, é a capacidade de emocionar-se com a beleza, é oacreditar-se na possibildade de uma sociedade organizada semEstado nem Patrão, é... E dificil dizermos estas coisas todasdepois de tantas mentiras e mortes terem se escondido atrás delasmesmo. quando proferidas por pessoas que neles acreditaram

sinceramente. Além disso, falarmos em "engajamento", "causas","utopias" e finalidades pode parecer extemporâneo ou ingenuidadepois a época em que vivemos caracteriza-se pelo niilismo ,ceti-cismo e individualismo sarcãstico.Como diz Wisnick (14): " o fimdas utopias é artigo de destaque na loja p6s-moderna (...) A ondautópico-migrat6ria dos anos 60 (15) dá lugar à onda anti-ut6picados 80 (...). Mas a maior novidade, que não está à venda é o fimda finalidade, que supõe uma revisão/reversão da idéia de projetoe de lugar ut6pico: a aceitação da vida em 51 mesma é triste oualegre?"

Acompanhando o raciocinio de Wisnick talvezpossamos encontrar uma outra caracteristica do comportamentoecologista. Uma caracteristica que resgata ou vem no bojo dasutopias-migratórias dos anos 60 mas que incorpora o estado deespirito narcisico e individualista de Lash (16) e cético deBaudrillard (se assim podemos dizer) (17), ou seja, a força deimpulsão é a força de uma utopia, mas uma utopia sem caminhosdeline~dos, sem regras a priori, sem definições de onde se querchegar e que pode transformar a descrença interiorizada em fim daangústia e da ansiedade revertendo o "fim das finalidades" numanova e mais ampla finalidade, que vem depois de todas asfinalidades que pode ser expresso na fala de Wisnick: "O fim dafinalidade pode enlouquecer os homens que sempre foram escravosdela, mas pode libertar de um~ transcedência perpetuamentedeslocada. Talvez se pudesse encarar tudo que é bom e real, semser negativo e resistente às transformações. Também acho que s6um milagre ( o milagre não seria uma intervenção divina, mas que

o homem se disponha a mudar). As forças de uma iniciativa nãoreativa só se desenham numa nova religião, a religião que vemdepois de todas as religiões".ou na máxima de um jornal da im-prensa alternativa brasileira da década passada "Luta e prazer emoposição à dlcera e orgasmo" ou ainda na máxima dos escoteiro~ "0

melhor poss1vel".

Lutar é viver. E aprendizado. E conhecimento. Eprazer. Existem metas. causas e finalidades mas elas são parte deuma finalidade mais ampla que não ,se conhece. não se expressa,mas se sente como energia impulsionadora do viver .

.Paixão, práxis. compromisso social. põs-utopia,pós-niilismo, sobrevivência, VIDA. VIVER •... enfim. nossa tarefaestá esboçada.

NOTAS

INTRODUCAC

(O) Kundera, M. - ~ inDustent~ leveza dQ~. Rio de Janeiro,Nova Fronteira, 1985, p. 291.

Dados extraidos do boletim informativo~ no. 24 (e outros), ano IX; julho deMovimento Arte e Pensamento Ecológico.01051. São Paulo, Capital.

"Pensamento Ecológi-1987. publicado peloCx. Postal 6984 CEP

(3) Sanches, L. E. e outros - Ecologia. Rio de JaneirQ, Ed.Codecri. 1983,p.11 a 34.

(4) UNESCO - ~ educacion ambiental ~ laa grandes orientaciones~ la Conferencia ~ Tbilissi, Paris. 1980.

(5) - Lago, A.; Pádua, J. A. - Q ~ ~ ecologia, São Paulo, Ed.Brasiliense, 1984.

- Pádua, J. A. e outros - Ecologia ~ Politica llQ ~ail, Rio de Janeiro, Espaco e Tempo (IUPERJ), 1987.- Duarte, R. e outros - Ecologia ~ Cultura, Belo Hori-

zonte, Imprensa Oficial, 1983.- Minck, C. - ~ fazer movimento ecológico ~ defenderª natureza ~ ~ liberdades, Petrópolis, Vozes, 1985.- Viola, E. J. - Movimento ecológico no Brasil (1974-

1986): do ambientalismo à ecopolitica. ln: Revista Brasj-- leira ~ Ciências Sociais, no. 3, vol. I. São Paulo,

Cortez Editora, 1987.

(7) - Tratemberg, M. - Ecologia versus Capitalismo. ln: Economia& Desenvolvimento, no. 2. São Paulo. Cortez Editora,1982.

- Bernardo, J. - Q inimigo oculto, Porto, Ed. Afrontamento,1979.

(8) - Dupuy, J.P. Introducão à critica da ecologia politica. Riode Janeiro,Civilizacão BFasileira, 1980.

- Huber,J. - ~ ~ mudar todas aa coi5a5:a6 alternativasdQ movimento alternativo. Rio de Janeiro,Paz e Ter-ra,1985.

(11) Não são necessariamente verdadeiros os enunciados iniciaisde que existe uma intenção de persuasão entre os ecologistaspara o método de aquisição de conhecimento. pesquisa. ensinoe de vida que eles utilizam. Primeiramente não podemos afir-mar que existe um método e que ele seja único. Em existindopodemos duvidar que haja intenção de persuasão e havendopersuasão podemos ter certeza que ela não é intencional.deliberada como um programa para ganhar novos adeptos. mas·podemos tentar explicar nossa crença na sua existência e oentendimento de sua não intencionalidade.o fato das afirmações que faremos ao longo das pr6ximaspáginas não estarem muitas vezes presentes como discussãoentre os ecologistas e.muitas vezes.não terem se materiali-zado em diretrizes. objetivos e projetos de atuação dasentidades ecologistas,não significa que elas não existam ounão seja pertinente enunciá-Ias num diagn6stico de uma enti-dade e do movimento. Pode significar que elas estejam acober-tadas. em .gestação. em ebulição e que precisam ser evocadaspara manifestarem-se e concretizarem-se.o que é e o que gostaria de ser o movimento eco16gico e aprática cotidiana do participante de uma entidade ecologista.só o é e s6 pode vir a ser se for enunciado. Enunciar-se.explicitar-se não é condição única de existência mas é,dentro dos parâmetros estabelecidos pela nossa sociedade.umaforma privilegiada de se contribuir para o avanço do conhe-cimento e da ação social.

(i2) Tung.M. T. - Sobre ª Prática. apostila fotocopiada semreferências do editor.

(13) Zuben. N. A. Von - A emergência do sujeito e a educação. 1n:Iniciação teÓrica ~ prática àa ciências da educação.Petrópolis. Vozes. 1979. p. 193-218.

(14) Wisnick, J. M. - Visões apoca11pticas e novas utopias. 1n: àvirada .dQ séculQ, Rio de Janeiro, Paz e Terra e outras,1987. p. 9 a 18.

(15) Id. ibid., p. 16 e 17: ..As utopias migratórias, expressõesde um movimento sem rumo definido, e cuja integração finalgeralmente não se postula, se formam ao longo de intensasdiscussões que cruzam a psicanálise, o marxismo e as reli-giões com as experiências do sexo e do amor. da droga, daecologia e da arte. São utopias não-messiãnicas, desconecta-

das do salvacionismo redutor, utopias em suspensão tendo asua eclocão e o seu Apice na d6cada de 60 (seu pcriodo Aureoe marcadamente heróico) elas se diluiram posteriormente. masdeixando um pouco de suas marcas por toda parte. Seu caráternão dirigido, e o modelo não concentrador que as impulsiona,costuma comparar-se à emergência de uma sensibilidade femi-nina contra a dominação machista, patriarcal e falocrática.cujo fim anunciam. Contra o principio da especialização e doconhecimento atomizado em Areas estanques, anunciam umaciência holistica, cosmobiológica, ecológica (não no sentidosimplesmente de um saneamento ambiental, mas de uma ecologiada mente, entendida como capacidade reguladora que transpas-sa dos microorganismos ao corpo humano e dai ao planeta e aouniverso). Animadas pelo impulso de apocalipses fugazes epelo sentimento de que a reversão de todas as estruturaspode estar a um passo (quando menos se espera), as utopiasmigratórias, em sua faceta mais afirmativa, entendem a crisecontemporânea como crise de mutação, fora do controle dasinstâncias politicas, mas dependente de influxos positivos eparticipantes" .

(16) Id. ibid. , p. 17. Lasch, Cristopher "aponta a defesa narci-sica, o eu minimo (e o minimalismo), como estrutura desobrevivência à catástrofe semântica de um mundo que seconverteu numa metralhadora de traumas".

(17) Id. ibid., p. 17. "Jean Baudrillard fez a meu ver o maisimpressionante diagnóstico do mal estar contemporâneo, aonotar que o mundo das massas opera uma neutralização geraldos sentidos, projetados num buraco negro onde todas asdistinções se perdem. Sob a sombra terrivel das maioriassilenciosas, o social se esvai num abismo de sentido que asestatisticas apenas sondam como sinais erráticos e inconclu-sivos. A massa não quer nada, e o seu inacreditável silên-cio, refratário e ausente, sua recusa em responder à demandade uma produção de sentido, sua anomia inominável antecipamnão uma explosão. mas uma implosão terminal (....)"

"A caracterlstica fundamental dateoria quântica é que o observador éimprescindlvel não 66 para que a6propriedades de um fenômeno atômico6ejam observadas. mas também paraocasionar essas propriedades. Minhadecisão consciente a cerca de comoobservar. digamos. um elétron deter-minarâ em certa medida a6 proprieda-des do elétron (",) O elétron nãopossui propriedades objetivas inde-pendente da minha mente. Na fisicaatômica. não pode mais ser mantidaa n1tida divisão cartesiana entrematéria e mente. entre o observado eo ob6ervador, Nunca podemos falar danatureza 6em. ao mesmo tempo falar-mos 60bre nós mesmos",

história (77/87) da A66ociação para Proteção Ambiental de SaoCarlo6 - APASC, procurando entendê-la mais particularmente sob o

aproximadamente 300 associados(em dezembro de 1986),elege 6uas,

Paralelamente à participação na APASC,procurâvamosdocumentar sua história através das observações e anotações 60bre

rassembléias,

influência forte nesse momento, adveio..

(8), Cardoso (9) e Caldeira (10), lendo M. Bermann (11), F. Capra(12) ou relendo Simone Weil, Brandão (14) e Michel Lobrot (15),

desejar ...).Passamos a questionar o caráter exclusivo do referenelal de análise determinado pelos 'resultados de avanço ou retro-

direito o que vamos encontrar e,ao tentarmos ir retratando o quevamos encontrando,preciBamos lançar mão de diferentes ferramentas- o que podemos chamar de métodos para o acesso,a apreensão e aanálise dos fatos em estudo. Esses métodos inscrevem-se, muitasvezes, em práticas convencionadas pela pesquisa cientlfica emdiferentes domlnios do conhecimento,refletindo tradições propaga-das por correntes variadas.

Acreditamos que as concepções metodologicas englo-badas na pesquisa-ação (16) e na pesquisa-participante (17) porum lado e a na pesquisa qualitativa ou naturallstica (pesquisa dotipo etnográfico e o estudo de caso) (18) por outro lado, funda-mentam as soluções de método aplicadas no desenvolvimento dopresente trabalho.

Assim,os procedimentos variaram de acordo commomento que viviamos. Inspiram-se na fonte da pesquis8-participante e da pesquisa-ação quando a militãncia preponderave dela procurávamos ir captando os signos para compreensão drealidâde e do significado de nossa ação, aos poucos esta-belecendo os contornos de nossa pesquisa. Quando iniciamosprocura mais sistemática de documentos e informações sobrehistória da entidade e o significado dela para seus associadoativos,podemos dizer que buscamos inspiração nas técnicas danálise histórica, nos métodos de etnosrafia e nos estudos dcaso. Na análise e interpretacão de resultados e entrevistas, npesquisa vista como uma totalidade ,bem como na redacão ddissertação bebemos na fonte da antropologia (19).

Indub±tavelmente,tais opcões metodol6gicas fora

assumidas ao n06 depararmos com questões levantadas Bobre arelação conhecimento-ação que se apresentavam a cada momento esobre as quais será útil tecermos algumas considerações.

"A relação entre conhecimento e ação estã no 'cen-tro da problemática metodológica da pesquisa social voltadapara a ação coletiva (",) A relação entre pesquisa Bocial e açãoconsiste em obter informações e conhecimentos selecionados emfunção de uma determinada ação de caráter social" Thiollent (20).

Partindo-se da formulaçõo acima e da preocupaçãode Frank (21)expressa em - "como a pesquisa poderia tornar-seútil à ação de simples cidadãos, organizações militantes ,popu-lações desfavorecidas e exploradas?"; das preocupações expressaspor Tassara e Thiollent, em diferentes momentos de suas obras, arespeito da relação entre participação, ação e conhecimento: "asvezes chega-se a muita participação e pouco conhecimento" ou"todos esses objetivos práticos, não devem nos fazer esquecer que(...) qualquer estratégia de pesquisa pOBsui também objetivos deconhecimento" (22) ou é evidente que as linhas de tratamentodescritivo preconizadas como '" soluções aos problemas de orga-nização das informações obtidas através da implantação deprojetos de intervenção educacional, (,,.) não se enquadram noscãnones metodológicos ortodoxos, afastando-se significativamentedos modelos de processos aceitos como paradigmas convencionais deevolução do conhecimento, cientlfico" (23); e ainda,da nossapreocupação de não cairmos no "fazismo" desmesurado (no qualmuitas vezes incidimos) Bem acompanhá-Io de um processo de

reflexão constante formulamos a seguinte questão para nortear as.opções metodo16gicas expostas ao longo destas páginas:Como produ-zir conhecimentos a partir da ação social. através de uma pesqui-sa voltada ao aprimoramento dessa ação e que tenha o status deciência?

Procuramos trilhas para respostas nos escritos dospróprios autores citados acima (Thiollent e Tassara) e em Capra.dentre outros autores.

"Hoje em dia não existe um padrão de cientificida-de. universal, aceito nas ciências sociais. O positivismo e oempirismo que prevalecem na literatura do mundo anglo-saxão. sãocontestados inclusive nos seus centros de origem. Podemos optarpor instrumentos de pesquisa não aceitos pela maioria dospesquisadores de rigida formação ã moda antiga, sem por isso,abandonar a preocupação cientifica (...) na pesquisa em situaçãoreal as variáveis não são isoláveis. Todas elas interferem no queestá sendo observado (...)" Thiollent (24).

"(...) o qualitativo e o diálogo não são anticien-tificos. Reduzir a ciência a um procedimento de processamento dedados quantificativos corresponde a um ponto de vista criticado eultrapassado. até mesmo em alguns setores das ciências da nature-za" Thiollent (25).

ollentsidios

E justamente esta última observação de Thi-que nos estimula a buscar em Capra (26) Bub-

que demonstram os avanços da Fisica Moderna. apontando

para "enfoql..lesholisticos e ecol6gicos para transcender osmodelos clássicos das abordagens mecanicistas e reducionistas".

Os avan~os da fisica moderna permitem e es-timulam a busca de novos paradigmas e metodologias quedêem conta das novas necessidades no sentido de melhorcompreendê-Ias e seus efeitos fazem-se sentir em todas as demaisciências.

A posiçào do fazer cientifico hegemônico. hoje, s6pode ser uma: estimular as novas 'metodologias no sentido não s6de melhor compreender a realidade mas também de responder àsexigências que lhes coloca a sociedade.

Procuraremos concluir essas breves reflexões sobremetodologia como processo de produção de conhecimento citandoGohn (27): "Para explicitarmos uma realidade, precisamos, pois,nos entregar a esta, apanhando-a por dentro, em seus processos erela~ões internas. que não são dadas de imediato" e complementan-do-a com uma frase de Marx, que virou titulo do belo livro deBerman (11), "Tudo o que é s6lido desmancha no ar". pois faz-senecessário compreender que essa explicitação/interpretação darealidade será verdadeira quando de sua explicitação, mas opróprio fato de ter sido explicitada já estimula a criação denovas leituras mais adaptadas à explicação do fenômeno. emmomentos imediatamente posteriores.

Portanto. num mundonotadamente marcado pelo dina-mismo, crise e substituição de todos os valores. nossos crité-

_ rios, para produ~ão de conhecimento,precisam ser mais flexiveis,

"Acreditando como Max Weber, que o homem ê umanimal amarrado a redes de significado que ele mesmo tece, assumoa cultura como sendo essas teias, e a sua análise como sendoportanto, não uma ciência experimental em busca de leis, mas umaciência interpretativa em busca do significado" Geertz (29).

acreditamos que mantivemos a objetividade, necessária aodesenvolvimento de qualquer pesquisa, ao pré-estabelecerparâmetros para a escolha da amostra. Ou seja, a intencionalidadese deu na escolha dos parâmetros que permitiriam chegar aos nome~que poderiam dar contribuições relevantes para o assuntó empauta.

1. Número de reuniões que o individuo participou.segundo registro de assinaturas no'livro-ata.

2. Número de anos que o individuo é citado nasatas dá entidade.

3. Participação da diretoria da APASC. segundodocumentos de cartório ou registro em ata.

4. Participaç~o de algum grupo de trabalho daentidade, segundo'registro em ata ou em publicações.

5. Indicação como associado ativo pelos ex-dire-tores ou diretores atuais. Essa consulta aos diretores foi feitapor escrito através de carta (32). entregue pessoalmente ou pelo'correio.

6. Participação de algum grupo de trabalho ouatividades relevantes. segundo nossa memória.

Tomando por base esses seis parâmetros (sendo queo último serviria para caso de necessidade de optarmos entre doisassociados muito próximos segundo os parãmetros anteriores).chegamos aos nomes com maior número de atributos positivos quantoà participação. Escolhemos os .nove primeiros (eliminando o autor

cinco associados ativos escolhidos em função de terem sidoinsistentemente citados pelos entrevistados iniciais e/ou teremparticipa~!o marcante em algum grupo de trabalho ou diretoria,Uma primeira entrevista extra foi realizada antes do bloco dos

·Sirvo-me da pessoa como de um gran-de vidro de aumento, por meio doqual se torna vislvel uma calamidade.eral, mas oculta e dificilmenteapreenslvel",

melhor,

Como você vê a atuaQão em uma organizaQão e a atuaQão indivi-dual? No que uma condiciona, facilita ou dificulta a outra?

Constantemente6uscitadas numa entrevistaentrevistados seguintes.

incorporamos questões e reflexõescomo temas para debater com os

A enquete era apresentada após a entrevista,acompanhada dos textos (36) que explicitavam o entendimento dosautores sobre as categorias mencion~das nas tabelas. PedlamoB aoassociado para respondê-la com calma e depois passávamos parabuscá-la.

o que estamos chamando de enquete é na realidadeum questionário elaborado com a intenção de cumprir um papel deenquete conforme nos relata Thiollent (37) a respeito da "enqueteoperária" de Marx. Objetivávamos não só a coleta de dados mastambém estimular os associados ativos a refletirem ~obre o movi-mento ecológico e seu papel Junto à sociedade.

Para tanto nos baseamos em 3 textos: Um extraldodo livro de Huber (38) falando sobre as correntes que compoem omovimento alternativo na Alemanha (fizemos um resumo do capitulodo livro que trata deste assunto e distribuimos aos nossos sujei-tos). Um segundo, reproduzido na integra para nossos sujeitos, deautoria do Movimento Ecológico Livre de Florian6polis (39), fa-lando sobre os valores ecologistas. E, por fim, um pequeno resumodas quatro correntes (ecologia na~ural, ecologia social, conser-vacionismo, ecologismo) que,segundo Pádua e Lago (40),compoem oque se costuma chamar de ecologia.

Em relação a esta última, pedimos que nossos sujei-tos hierarquizassem essas q~atro correntes de acordo com o peso

movimento ecol6gico; anti-usinas nucleares; pelas tecnologiasalternativas; 'estilos de vida alternativos; critica ao consumis-

"Objetivamos conhecer a leitura que os associadosativos fazem do movimento ecol6gico e do papel da APASC, osmotivos que o aproximaram da entidade e o 'que ela significou emsuas vidas, as expectativas supridas e as almejadas. Saber comofoi se dando o seu envolvimento com a entidade e como ele amad-ureceu com esse envolvimento, ou o que ele acha que aprendeunessa militância.

Objetivamos propiciar aos leitores mais de umaleitura sobre a APASC.

Objetivamos propiciar aos associados ativos (atra-vés da enquete) uma reflexão sobre as idéias de algumas pessoas

sobre o movimento ecológico como movimento social alternativo e osignificado mais amplo de nossas ações cotidianas numa entidadeambientalista."

"contrate dosfatos' •há. são

o positiv~smo que para dian-fatos e diz: . são apenaseu digo: fatos é o que não

apenas interpretações".

procurando corrigir falhas de int~rpretação e completar partesque não'haviam sido entendidas;

3. Definição dos principais temas em torno dos

pr6pria, que os tornava extremamente interessantes de seremouvidos, lidos e analisados em sua totalidade.

As·vezes comportam ambiguidades. ou elementos. quepodem parecer contradit6rios se não entendidos dentro do contextoem que aparecem. Foram vários os momentos em que entendemos aresposta dos entrevistados como um~ resposta direcionada ou con-dicionada por uma polêmica que vivemos no dia-a dia da entidade.Assim sendo. antes de compararmos partes de uma entrevista compartes de outra. tomamos o cuidado de dominar o contexto inteirode cada uma.

"Cada entrevista é uma experiência: o que é ditonão existia antes pronto e acabado para ser dito. mas foiproduzido no momento. na relação (...) O.que ela expressa sãoexperiências pessoais, mas da vida de um certo grupo social deuma determinada sociedade. em um tempo especifico. em certolugar. Neste sentido a referência .ao que é coletivo estánecessariamente presente. O que ficou registrado numa entrevistapoderia ser dito (e é) em outras relações e outras pessoaspoderiam fazê-lo (e o fazem). haja visto. por exemplo. arecorrência de ·temas e de modos de expressão entre váriasentrevistas". Caldeira (43).

Acreditamos que as entrevistas apresentaram-se ·aosindividuos como uma possibilidade para pensar no seu pr6priocotidiano e na sua ação ecologista,foi um convite à reflexão so-bre as ralzes.em cada um, da ação organizacional e ecologistae uma busca dos valores que fundamentam tal aç~o.

dados para se pensar e falar sobre; (...) o sujeito tem otrabalho de procurar na memÓria algo que explique um assunto

interpreta~!o. produto de um momento especial. apresenta-se comoum discurso organizado e é uma vis!o mais global do que a que sepode ter no cotidiano". Caldeira (44).·

-análises preliminares) no sentido de estimular estudos que os

A enquete e a entrevista devem cumprir o papel deestimular o sujeito a refletir sobre sua a~ão ecologista. Adiferen~a está na possibilidade de uma reflexão não direcionada,na entrevista e, direcionada na enqu~te, pela inten~ão dopesquisador que parte de interpreta~ões globalizantes sobre ocotidiano ecologista.

Essa ordena~ão idiossincrática do cotidiano e dahistória (de cada um e do grupo social) não é um universo fec~adoem si mesmo. Para interpretá-lo, . desvendando o significado dodiscurso e da vivência ao qual se cola, precisamos de outrostipos de dados.

São dados de observa~ão participante sobre o coti-dIano, são documentos produzidos pelas pessoas ou documentosproduzidos sobre a associa~ão e suas atividades por outraspessoas e meios de comunica~ão, enfim, "como o fazer e o dizernão coincidem necessariamente, uma visão mais ampla de um modo devida só pode construir-se com base na considera~ão do que se diz,do que se faz e do que se fala sobre o que se faz, como elementosque se complementam uns aos outros" Caldeira (45).

Os documentos utilizados são atas das reuniões,correspondência enviada e recebida;publica~ões da APASC; publica-~ões nos jornais da cidade e da capital sobre e da APASC; pautasdas reuniões; anota~ões pessoais do que ocorria nas reuniões e

. extra-reuniões;documentos do grupo de educa~ão ambiental.

ocorrido em papeis à parte para de~oisp~ssá-10s a limpo no livroata, o que nem sempre qcorria - por falta de tempo e por um certodesprezo à burocracia. Da mesma forma, muitas pessoas nlo tiveram

termos lembrança e outras evidências da participação dessas .pes-. .

ambientais e lutas debatidas e/ou encaminhadas (locais e gerais)e atividades educacionais. Desse inventário também extraimos osnOmes de participantes mais citados par~ auxiliar na escolha dosnossos sujeitos a serem entrevistados.

Prefeituraseparado.

A correspondência recebida daMunicipal (no mesmo perlodo) foi

Câmara einventariada

Correspondência enviada: Todos os oficios. cartase circulares enviados a outras associações. instituições eassociados foram ordenados segundo data de envio no periodo demaio de 1977 a dezembro de 1986 ~ Anexamos um· modelo dessaordenação onde explicitávamos data de remessa, entidade e assuntotratado.

Publicacões da APASC: São aproximadamente 90publicações no·periodo de setembro de 77 a dezembro de 87. Anexotemos alguns exemplares e o sumário de todas (ou quase todas)elas. São cartazes, boletins, revistas. panfletos e mosquitosalém de algumas circulares mimeografadas para a imprensa ou parapalestras.

Apesar delas não serem peri6dicas, nelas temosretratados todos os acontecimentos da Associação, faltando apenasdetalhamentos que s6 pudemos encontrar nas atas e depoimentos dosassociados.

pyblicacões ~ Jornais: Procedemos a um sumáriode todas as publicações na imprensa de São Carlos e da Capitalque encontravam-se nas pastas da Associação.· São publica9õessobre a APASC e sobre lutas nas quais a APASC participava (repor-tagens e artigos) e artigos enviados pela APASC para a imprensa.Anexo encontramos parte desse sumário e algumas fotoc6pias dejornais.

algumas descobertas como a introdução do item "bate-papo" noinicio de todas as reuniões e a não correspondência entre o

internas, publica~ões, cartas de participantes para o autor dadisserta~ão, fitas gravadas com palestras promovidas pelo grupo,anota~ões pessoais sobre o grupo.

do grupo de educa~ão ambiental e nas interpreta~ões que fizemossobre o papel educacional das organiza~ões não governmentais~

Anotacões peSsoais: Não podemos deixar de citar aimportância que teve para nossos estudos as anotações que

que lamos fazendo ao ,longo da militância e o seu significado,emnlvel individual e de nossa prática social.

A análise de todos os documentos foi-nos útil na

Todos os documentos citados encontram-se, naintegra, na sede da APASC e uma c6pia dos inventários encontra-setambém com o autor dessa dissertação.

Por fim, "a minha interpreta~ão, apesar de ser desegunda ou terceira mão, ou seja, interpretação de interpretaçõesde maneira análoga à dos entrevistados (que é de primeira mão)considera elementos do conhecimento, da mem6ria, da vivência,para ir construindo uma visão ordenada que neste caso, pretendeser racionalmente l6gica (...) Parte dos dados para construir aminha interpreta~ão a seu respeito (...).. Calde ira (46) . Ainten~ão é a partir dos discursos das entrevistas, das anota~õesdo vivenciado no dia á dia da associa~ão e dos documentos,construir uma interpreta~ão que amplie o entendimento sobre aassocia~ão em pauta, sobre o movimento ecol6gico e o seu papeljunto à sociedade e aos indivlduos que dele fazem parte de formaativa. Mas, a interpreta~ão relatada, não se pretende definitivae de modo algum única. Nem ao me~os podemos dizer que faremos amesma interpreta~ão dos mesmos dados se apresentados de maneiradiferente e em outro momento. Podemos afirmar que é ainterpreta~ão que fazemos hoje na procura de contribu1rmos para ofazer polltico e pedag6gico do movimento ecol6gico e na busca dehorizontes significativos para o nosso fazer acadêmico, norteadospelo compromisso com a busca da terra para nossos filhos·:

"Sou expulso de terras maternas e paternas e agoraamo somente a terra dos meus filhos, ainda não descoberta, no mar

distante.para ela direciono as minhas velas, numa busca sem fim".

Nietz8che (47)

NOTASCAPITULO I

(1) CAPRA, F. Q ponto ~ mutação. São Paulo, Ed. Cultrix, 1987,p. 81.

(2) Em 1983, ingressamos no Programa de Pós-Graduação em Educa-ção da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, ondeapresentamos como projeto de pesquisa a proposta de desen-volvermos atividades de educação ambiental junto à APASC.

(3) Este trabalho foi iniciado por Paulo José Penalva Mancinicom a colaboração de diversas seqretárias/estagiárias quepassaram pela APASC, a partir de 1980. Nosso trabalho foi decompilação dos anos anteriores e do ano de 1986.

(4) CASTELLS, M. Cidade. democracia A socialismo. Rio de Janei-ro, Ed. Paz e Terra, 1980.

(5) MARCUSE, H.; BOSQUET, M. e outros. Ecologia ~ Revolucion.Buenos Aires, id. Nueva Visión, 1975. "En ultima instan-cia, 18 lucha por extender el mundo de Ia belleza, de Iaviolencia, de Ia calma, es una lucha politica".

(6) KOSIK, K. - Dialética ~ concreto. Rio de Janeiro, Ed. Paze Terra, 1976.

VAZQUEZ, A.' - Filosofia dA Práxis. Rio de Janeiro, Paz eTerra, 1977.

TUNG, K. T. - Sobre ~prática. Apostila fotocopiada semreferências do editor.

LANZARDO, D. - Marx e a enquete operária. In: Critica meto-do16gica. inyestigacão social A enguete operária, organi-zado por Thiollent, M. São Paulo, Editora Polis, 1987. p.233-256.

(7) EVERS, T. - A face oculta dos novos movimentos sociais. In:Noyos Estudos CEBRAP, vol.2, no. 4, 1984, p. 11 a 23.

(8) VIOLA, E.J. - O movimento ecológico no Brasil (1974-86): doambientalismo à ecopolltica. ln: Reyista Brasileira ~Ciências Sociais. São Paulo, Cortez Editora, vol. 1, no.3, 1987, p.5 a 26.

(9) CARDOSO, R. - Movimentos Sociais na América Latina. ln:Reyista Brasileira ~ Ciências Sociais, São Paulo, CortezEditora, vol. 1, no. 3, 1987, p. 27 a 37.

(10) CALDEIRA, T. P. do R. - A polltica ~ outros. São Paulo,Brasiliense,1984,p.59.

(11) BERMAN, M. - ~ ~ á sólido desmancha frQ aLo São Paulo,Companhia das Letras, 1987.

(12) CAPRA, r. - Q ponto ~ Mutação. São Paulo, Ed. Cultrix,1987.

(13) WEIL, S. - A condição operáriã ~ outros estudos sobre oprea-AlQ. Rio de Janeiro, Ed. Paz e Terra, 1979.

(14) BRANDAO, C. R. - Pesquisa participante. São Paulo. Ed. Bra-siliense, 1982.

(15) LOBROT, M. - Animação niQ diretiya da grupos. Lisboa. MoraesId., 1977.

·Este livro alertou-nos para a importância de con-tar-se a hist6ria do autor e do contexto em que foi escritoo trabalho, propiciando ao leitor uma compreensão maisabrangente da obra. .

(16) THIOLLENT, M. - Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo,Cortez Autores Associados, 1986, p. 16.

a~ao équa~:

Thiollent diz: "consideramos· que a pesquisauma estratégia metodo16gica da pesquisa social na

a) há uma ampla e expllcita interação entre pes-quisadores e pessoas implicadas na situação investigada;

b) desta interação resulta a ordem de prioridadesdos problemas a serem pesquisados e das soluções a seremencaminhadas sob forma de ação concreta;

c) o objeto de investigação não é constituldopelas pessoas e sim pela situação social e pelos problemasde diferentes naturezas encontrados nesta situação;

d) o objetivo da pesquisa - ação consiste em re-solver ou, pelo menos, em esclarecer os·problemas da situa-ção observada;

e) há durante o processo, um acompanhamento dasdecisões, das ações e de toda a atividade intencional dosatores da situação; .

f) a pesquisa não se limita a uma forma de ação(risco de ativismo): pretende-se aumentar o conhecimento dospesquisadores e o conhecimento ou o "nivel de consciência"das pessoas e grupos considerados ou em uma definição maissintética: "a pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social combase empirica que é concebida e realizada em estreita asso-ciação bom uma ação ou com a resolução de um problema cole-tivo e no qual os pesquisadores e os participantes represen-tativos da situa~ão ou do problema estão envolvidos de modocooperativo ou participativo" .

.(17) GOHN, M. - A pesquisa nas ciências sociaIs: considerações

metodo16gicas. ln: Cadernos CEDES no. 12, São Paulo,.Cortez id., 1985,·p. 11.

nA ciência. na pesquisa, IPilitante ou participan-te, não se constitui numa atividade marginal aos aconteci-mentos do social. Ela emerge como resultado da reflexãosobre a práxis cotidiana (,..). A pesquisa se realiza comofruto de uma'necessidade hist6rica na qual há uma identifi-cação do pesquisador e dos pesquisados em termos de umavontade coletiva (...). Trata-se de uma nova forma de traba-lhar a relação sujeito-objeto a qual não ê uma simplesinteração. que se estabelece. E uma troca efetiva na qual opesquisador ... capta o universo de representações dos novossujeitos (antes ... objetos) procura desvendar as relações,contradições e conflitos envolvidos e se engaja efetivamentena luta pela busca de caminhos para a transformação dasociedade (~..) o pesquisador participa de construção edesvendamento da realidade que está sendo vivenciada, . atra-vés de práticas educativas (...)u.

(18) LUDKE,··M. e ANDRE, M.- Pesquisa ~ Educacão: abordagens Q.Wl=.litatiyas. São Paulo, EPU, 1986.

'tA pesquisa qualitativa envolve a obtenção dedados descritivos, obtidos no contato direto do pesquisadorcom a situa~ão estudada, enfatiza mais o processo do que oproduto e se preocupa em retratar a perspectiva dos partici-pantes. Entre as várias formas que pode assumir uma pesquisaqualitativa destacam-se a pesquisa do tipo etnográfico e oestudo de caso (...)u. (p. 13)..

Fireston e Dawson (1981) também citados por Ludkee André na obra já citada (p. 14) resumem critérios parautilização de abordagem etnográfica nas pesquisas que apon-tam para a redescoberta, do p'roblemaa partir de uma intera-çlo flex1vel coma situação estudada; "o etn6grafo evita adefini~ão rigida e aprior1stica de hip6teses" e procura, apartir da situação estudada, aprimorar e redefinir o proble-ma investigado. Além disso as abordagens etnográficas 'procu-ram combinar vários métodos de coleta, todos eles envolvendodiretamente o pesquisador pelos periodos de tempo mais lon-

gos p06siveis, sendo a "observação direta das atividade6 dogrupo estudado e as entrevistas com os informantes paracaptar suas explicacões e interpretações do que ocorre ne6segrupo" as principais.

Os autores (p. 15) são enfáticos ao afirmar que"não existe um método que possa ser recomendado como omelhor ou mais efetivo (...) a escolha do método se faz emfunção do tipo de problema estudado" e eles podem ser revis-tos à medida em que os dados apontem outras perguntas enecessidades.

As investigações. segundo esses autores. desenvol-vem-se em "três etapas: exploração. decisão e descoberta".Na primeira. a partir da definição do local e dos problemasa serem estudados., elabora-se a seleção dos aspectos queserão mais sistematicamente investigados. Na segunda sele-ciona-se os dados necessários para responder às questõesformuladas e procur:"'secoletá-los. A terceira etapa "consis-te na explicação da realidade. isto ê. na' tentativa deencontrar os'principios subjacentes ao fenômeno estudado ede situar as várias descobertas num contexto mais amplo" (p.15 e 16) ..

Quanto ao "estudo de caso" ê o estudo de um casoprocurando se manter atento a todos os elementos que podemsurgir como importantes durante o processo de investigação.Segundo Ludke e André (p. 17) o estudo de caso enfatiza ainterpretação em contexto procurando retratar a realidade deforma completa e profunda. utilizando de diversas fontes deinformações.

Nos estudos de caso o pesquisador procura relataras suas experiências durante o estudo. seus pontos de vista.e representar os diferentes e as vezes conflitantes. pontosde vista presentes numa situação social.

(19) GEERTZ, C. - A inter~retacAo daA culturas. Rio de Janeiro.Zahar Editores, 1978.p. 1 a 41.

Segundo GEERTZ a análise antropológica como forma,de conhecimento é entendida como a prática etnográfica deelaborar-se uma descrição densa e descrição densa ê "umahierarquia estratificada de estruturas significantes emtermos das quais (...) "os fenômenos" são produzidos, perce-bidos e interpretados, e sem as quais eles de fato nãoexistiriam". (p.17). O etnõgrafo tem que procurar O' seucaminho através de "estruturas superpostas de inferênciase implicações" (p. 17). "O que chamamos de ~ossos dados sãorealmente nossa própria construção das construções de outraspessoas" (...). A análise é. portanto. escolher entre asestruturas de significação (...) e determinar sua base so-cial e sua importância" (p. 19).

"Situar-nos, um negócio enervante que s6 é b~msucedido parcialmente, eis no que consiste a pesquisa etno-gráfica como experiência pessoal. Tentar formular a base naqual se imagina, sempre excessivamente, estar-se situado,eis no que consiste o texto antropo16gico como empreendimen-to cientlfico" (p. 23). "(...) o objetivo da antropologia éo alargamento do universo do discurso humano" (p. 24).

"O etn6grafo 'inscreve' o discurso social: ele oanota. Ao fazê-lo ele o transforma de acontecimento passado,que existe apenas em seu pr6prio momento de ocorrência. emum relato. que existe em sua inscrição e que pode ser con-sultado novamente" (p. 29).

"Olhar as di~ensões simbólicas da a9ão social(..•) 6 mergulhar no meio delas" (p. 40) .

.(21) QlL...~. p. 46 - "Frank. 1981. 160-6 in Thiollent".

(23) TASSARA. E.T.de O. - Análise ~ um programa ~ interyencãosobre ~ sistema educacional: ~ promessa à possibilidade.In: Tese de Doutorado. Instituto de Psicologia, USP, SãoPaulo. 1982. .

(28) ARENDT, H Homens ~ tempos sombrios. São Paulo. Com~panhia das Letras. 1987. p. 78.

(29) Apud CALDEIRA, T.P. do R A Po11tica ~ outros. SãoPaulo. Brasiliense. 1984, p. 143.

(30) FERREIRA. R. M. F. - Meninos d&. Rw&,. ·São Paulo, Prol Ed.Gráfica, P. 25.

(33) ° Conselho Consultivo da APASC era formado por decisão dadiretoria e contava com a participação de cientistas epessoas que se destacavam em suas áreas de atuação.

(34) A descrição dos .sujeitos entrevistados encontra-se ao finaldestas notas.

(35) NIETZSCHE, F. citado pot J6lio R. Groppa Aquinoestudante de pós-graduação em Psicologia Educacional, OSP,SP, em conversa ~nformal.

(~6) A enquete e textos a ela anexados encontram-se reproduzidosna integra ao'final do Capitulo 111.

(37) THIOLLENT; M.J.M. - Critica MetodoI6~ica. investigacão ~~ ~ enguete operária. São Paulo, Ed. P6lis, 1980.

(38) HOBER, J - .~ ~ mudar todas ~ coisas: ~ alterna-tivas ~ movimento alternativo. Rio de Janeiro, Paz eTerra, 1985.

(39) Movimento Ecológico Livre - Florian6polis - QA valores ~logistas, Florian6polis. Cx. Postal 5011.

(40) LAGO, A ,PADOA, J. APaulo, Ed. Brasiliense, 1986.

(42) Todos eles da ONESP-Assis: três do curso de Psicologia e umdo curso de .Hist6ria.

(44) Id.ibid., p. 144.(45) Id.ibid., p. 145.

(47) Apud ALVES, R. - A gestãQ dQ futuro. Campinas, S.P., Pa-pirus, 1986.

P - Sócio Fundador (na época fazia o 10. ano de Biologia naUFSCar);' participou de todas as diretorias; naturalista,dono de entreposto e restaurante de produtos naturais; pro-fessor de Biologia; dois fiihos; São Carlense; 32 anos(aidade de todos associados e'dada em junho de 1988).

H - Sócio fundador (na época fazia 10. ano de Enfermagem naUFSCar); participou ativamente até 1980, quando formou-se efoi especializar-se em Sadde Pdblica e trabalhar em outrascidades. Atualmente em São Paulo é diretor do Centro ,deSaúd~ do Estado; são-carlense, 31 anos.

c - Sócia 'fundadora (na época fazia 20. ano de Biologia naUFSCar); participou ativamente até aproximadamente 1980.Atualmente faz pós-graduação em Engenharia Florestal naESALQ/USP; 32 anos. . .

E - Associou-se em 1979 (quando era estudante de Quimica naUFSCAR); tendo participado de uma diretoria como tesoureiro.'Atualmente está terminando seu mestrado em Quimica. Profes-sor de Ciências e Quimica em 10., 20. e 30. grau; São Car-lense, 30anos.

T - Conselheiro consultivo desde 1981, ProfessorDr. (pornotório saber) de Química e chefe do Setor Administrativo daUFSCar; reconhecido por seus conhecimentos sobre a região,ex-orquidófilo, aviador, naturalista no sentido científicodo termo. '

N - Associou-se e participou ativamente nos anos de 1984 a19a6. Enfermeira pós-graduada em Educação Especial naUFSCar; coordenadora e apresentadora do programa radiofônico(AM) "Vida Natural"; oriunda de Jad, veio estudar em SãoCarlos em 1976.

R - P~rticipou da assembléia de fundação, mas só associou-seem 1984, quando participou da compra do Restaurante MamãeNatureza e logo em seguida da diretoria da APASC, sendodiretor até hoje. Professor Doutor de Quimica da UFSCar;veio para São Carlos oriundo do Rio Grande do Sul; casado,

I - Associou-se e tem sido eleita presidente da APASC desde1984. Na época era secretária-administrativa da direção deuma grande fábrica de São Carlos. Hoje cuida de sua chácara,e faz trabalhos manuais; está ,organizando uma asso-ciação de defesa do menor abandonado; alemã, casada. 2filhos.

K - Associou-se em 1984, t~ndo participado de todas asdiretorias desde então. Na época era estudante de Engenhariade Produção e funcionário (na área) de uma industria de SãoCarlos. Hoje é professor do Departamento de Engenharia deProduç~o da UFSCar; 29 anos. casado. 2 filhos, veio de SãoPaulo em 1977 para estudar na UFSCar; foi diretor do DCE-livre UFSCar.

B - Associou-se em 1984, tendo sido diretor desde 86. Enge-nheiro Civil pela Federal de Minas Gerais. veio para SãoCarlos fazer pós-graduação em Engenharia Sanitária. Atual-mente faz'seu doutorado nessa área. Casado. 2 filhos. EmBelo Horizonte participou da coordenação do Centro Acadêmi-co. '

H - Associou-se em 1980 quando era estudante de Biologia naUFSCAR. Foi· da diretoria neste ano. Desde então colaboracomo pode. Professora de Ciências e Biologia. faz mestradoem Ecologia na UFSCar. 29 anos, casada. 2 filhas. Veio para510 Carlos proveniente de Mogi-Mirim.

5 - Participou ativamente do grupo da favela, quando asso-ciou-se â APASC. Engenheiro elétrico pela EESC/USP, na épocafazia pós graduação na USP/SP. e trabalhos como profissio-nal liberal em São Carlos. Atualmente é professor do Depar-tamento de Engenharia de Materiais da UFSCar. 37 anos,casado. 2 filhas. veio para São Carlos proveniente de Mari-lia.

o - Participou ativamente do grupo da favela. tendo sidovice-presidente da APASC. Na'época era estudante do últimoano de Engenharia Civil na EESC/USP.Atualmente trabalha comoprofissional liberal na sua área. de formação; 34 anos,casado. veio de Araraquara para São Carlos para estudar.

D - Participou das diretorias da APASC nas gestões de 1985 e1986. quando era estudante de Biologia; solteira, atualmentetrabalha como agricultora em terras da familia em Ollmpia.

Baseando-se em sua memória e olhando arela9ão de associados da APASC (em anexo) procurerelacionar o nome das pessoas (associadas ou não) quetiveram atua9ão mais significativa junto à associa9ãodurante o tempo que você dela participou (cite· algunsitens da atua9ão de cada pessoa re~acionada).

Estou tentando redigir minha disserta9ãode mestrado sobre a história da APASC, mas muitas vezesos documentos não retratam a realidade pois sempre fomosmuito pregui90soS para redigir atas e deixar tudo anota-dinho. Dai estar necessitando recorrer à memória daquelesque fizeram parte da diretoria da APASC.

Envio-lhe também um envelope selado parafacilitar-lhe a tarefa de devolu9ão das informa9ões soli-citadas.

Quando você encontrar alguma lacuna nalista anexa e souber como preenchê-Ia e quando quiserfazer algum comentário sobre a participa9ão do associado,faca-o.

APASC: SEUS OBJETIVOS. HISTORIA.CARACTERISTICAS E ATIVIDADES

Poderiamos definir a APASC - Associa~ão para Pro-te~ão Ambiental de São Carlos- como uma organiza~ão de pesoas

1. Incentivar a proteção ambiental em geral elutar pela preservação de ecossistemas natu-rais, em particular de São Carlos;

2. Realizar e promover a realização de pesquisasreferentes à conserva~ão da natureza;

3. Difundir conceitoeconservacionistas atravésde cursos, publicações, palestras, concursos efilmes;

4. Incentivar a criação de reservas naturais naregião, colaborando, se poss1vel, na sua im-plantação, e a proteção de animais, em parti-cular os em extinção;

5. Defender e promover o bem estar f1sico dohomem enquanto sujeito a ações degradantes dequalquer natureza.

gestionária; estimular a c9munidade a debater seus problemas eencontrar formas de atuar sobre eles visando a melhoria da quali-

Semana de Estudos Eco16gicos de SãoCarlos - Até o dia 21 de maio. rea-lizar-se-á. no audit6rio do SENACdesta cidade -na rua Episcopal.688/700. uma série de palestras.exposições e painéi& e filmes ver-sando sobre Ecologia. O programa é oseguinte: dia 17 - Prof. SamuelMurgel Branco - Aspectos ecológicosda Poluição da Agua; dia 18 - Dr.Waldemar Ferreira de Almeida - Po-luiçào Ambiental e contaminação dealimentos. Dia 19 - Prof. J. Reis -Ecologia Geral ( a confirmar): dia20 - Prof. Mario Tolentino - Proble-mas ecológicos de São Carlos= dia 21- Prof. Alberto Carvalho Peret "- aser realizada às 15 h.Os painéis expostos são os apresen-tados em Vancouver, Canadá. porocasião da conferência do Habitatpromovida pela ONU. Esta "Semana deE8t~dos Ecol6gicos" estã sendo pro-movida pelo Centro de Estudos ePesquisa dos alunos de Biologia eEnfermagem da Universidade Federalde São Carlos, SENAC. e patrocinadapelo Conselho Municipal de Cultura eComissão Municipal de Turismo e DCElivre UFSCar.

problemas ecológicos em sua conotação social. Jã em 76, seusparticipantes divulgavam nota (Anexo ) para a imprensa da cidadedemonstrando suas preocupa~ões sociais em torno do tema ecologia.

1m 1977, devido a influências como a rearticulaçãodo movimento estudantil e suas tendências (que retomavam asgreves por problemas locais e os movimentos reivindicat6rio~ maisgerais) e as denúncias cada vez mais frequentes de agressões aomeio ambiente, às liberdades democráticas e aos direitos funda-mentais dos cidadãos por parte do regime militar (3), existia ummaior anseio e expectativa dos estudantes de ouvirem pessoas quefizessem essas denúncias abertamente e apontassem para mecanismosde mobilização e reivindicação.

Desta forma o·curso foi organizado, sob o nossoponto de vista" em clima de temerosa contestação, não s6 àsdiretrizes dos cientistas do Departamento de Ciências Biol6gicasda UF5Car (4) mas também -ao governo brasileiro e toda sua politi-caeconômica de devastação (Transamazônica, Perimetral Norte,poluiç!o em S!o Paulo, Usinas atômicas ...). Apesar dos temas dasconferências e dos nomes escolhidos para ministrá-Ias n!o daremperfeita demonstração desse clima de contestaç!o, pudemos acompa-nhá-lo nas reuniões de organização do Ciclo e nos debates queocorriam ap6s cada conferência (5).

Outra necessidade presente era a de se estimular aformação de organizações que auxiliassem na tarefa de contestaçãodo estabelecido, visto que viviamos momentos de extrema debilida-

. de organizacional da sociedade civil independente do Estado e da

clandestinos de esquerda em rearticulaQão (6) e por outro lado,dos biólogos e algumas outras pessoas. na sua maioria estudantes.que viam em alguns exemplos de organiza~ão de ecologistas/conser-

~AGAPAN; Fundação Brasileira para Conservação da Natureza - FBCN.

Então, ao final qa semana. todos os presentesforam convidados para uma reunião de formação de uma entidade deproteção ambiental. A reunião realizou-se no dia 28/05 nas depen-dências do 5ENAC de São Carlos. Estavam presentes 13 pessoas quedeliberaram pela formação de uma diretoria provisória e umacomissão para elaborar o ante-projeto dos estatutos. Esse ante-projeto foi elaborado com base nas orientaQões das entidades queenviaram as primeiras correspondências (7) (algumas com cópiasdos seus estatutos) e na pequena experiência dos participantes.Conseguiu-se elaborar o ante-projeto dos es~atutos para a sua

(Anexo) e inicia-se a filiaQão dos associados.Em marQo do mesmo ano (dia 15), a Câmara M~nicipal

çào. Das propostas apresentadas ã comissão julgadora, constitu1dapor profissionais da cidade de destaque em suas áreas, escolheu-se o simbolo (anexo ) de um estudante secundarista que estavacomeçando a participar da APASC.

A associação tem como instância superior de deli-beração as assembléias, onde todo o associado tem direito'a umvoto, independentemente da catego~ia em que se associou. Quanto6s instâncias imediàtamente inferiores à assembléia, pelos esta-tutos seriam a diretoria e depois o.presidente, porém,na prática,o que tem funcionado como instância de decisão abaixo das assem-bléias slo as reuniões gerais (e)e os grupos de trabalho,existin-do um arande espaço para as iniciativas individuàis em nome daentidade, sem necessidade de deliberação pela reunião geral. Oscargos de diretoria assumem em todas as gestões um caráter pr6-forma {em termos de poder formal, pois em termos de trabalhosempre sobrecarregaram seus titulares, 'ao menos aqu~les que osassumiram propriamente)POis as decisões sempre foram tomadas emreuniões abertas semanais, com direito a voz e voto para todos ospresentes. Quase sempre as deliberações foram consensuais, a nãoser em duas oportunidades. A primeira por oçasião da Campanha "AAmazônia é Nossa!" quando diversas pessoas ligadas a tendênciasdo movimento estudantil estiveram presentes a uma reunilo epediram que se votasse a respeito de uma publicação sobre oassunto, em contraposição a uma outra que a diretoria da APASCdefendia. Todos os presentes, ,inclusive os nlo-associados, vota-

ram e saiu vencedora a proposta da maioria dos diretores daAPASC, sendo que o movimento prosseguiu coeso. A segunda oportu-nidade em que houve votação.é mais recente. por ocasião 'deuma polêmica sobre a participação da APASC junto a uma comissão"pró-Parque Ecológico", quando, uma parte dos participantes opta-va por romper-se com a Prefeitura e denunciar a morosidade edesconsideração com que esta encaminhava as providências prognos-ticadas pela comissão e,outra parte da diretoria.achava prematuroo ro~pimento e denúncia pública, achando mais prudente aguardaras providências prometidas pelo Prefeito. Vencedora esta segundaproposta '(de conciliação),configurou-se a nosso ver um afasta-mento dos defensores da primeira, da diretoria e do próprio grup~de trabalho sobre o Parque Ecológico.

Quanto aos grupos de trabalho, eles têm vida pra-ticamente autônoma, estabelecendo-se um principio de que deveminformar às reuniões gerais ordinárias sobre os andamentos dosseus trabalhos e,caso tomem alguma atitude que se choque com osestatutos da entidade.então cabe a uma assembléia geral deliberarsobre ,~ que fazer, sen~o da competência do grupo. em últimaanálise. decidi~se permanece ligado à APASC ou se dela se desli-ga. Só recentemente. por ocasião da compra do Restaurante MamãeNatureza (que envolveu um grupo de 40 pessoas que contribuiramfinanceiramente e se constituiram.num grupo de trabalho da enti-dade que precisava de'certas garantias de que iria receber devolta essa contribuição financeira), foi incluso nos estatutos umitem "grupos autônomos" que legaliza essa prática (Anexo).

O Conselho Consultivo é formado por deliberaçao

da diretoria (das reuniões gerais). E composto por profissionaissimpáticos à APASC e ã causa ecol6gica e que se destaquem pelos

as presta~ões de conta da APASC para efeitos de liberação dosduodécimos da Prefeitura (9).

-que chegava. Então. em 1982. contratou-se o servi90 de uma secre-tária/estagiãria que além de ordenar a sede. colocava em dia acorrespondência e mantinha a sede aberta meio perlodo. facilitan-

engajada aos ideais da APASC e nem podia ser diferente, pois osalário que se propunha era irrisório e o compromisso que seesperava dessa pessoa era enorme. A quarta gestão funcionou~partedo seu mandato,na mesma sede e outra parte (devido à necessidadede devolver o quarto para o proprietário) num pequeno quartoalugado nos fundos do quintal da.casa de um simpatizante. Asreuniões então passaram a ser na CDCC (12). Em 83, alugou-se umquarto nos fundos do quintal da casa de um diretor da APASC, ondepassou a funcionar a sede da associa~ão e parte das reuniões,visto que, quando se promovia algum evento cultural ou esperava-se um público maior realizava-se a reunião na CDCC ou no salãoNobre da Prefeitura Municipal. Essa situa~lo permaneceu inaltera-da até abril de 1986, quando finalmente a Prefeitura cedeu parauso da APASC uma "casinha" (o monumento em homenagem a AnitaGaribaldi) localizada no centro da pra~a Paulino Carlos (13). Alipassou-se a realizar as reuniões e abriu-se os arquivos e acêrvoà consulta da popula~ão.

A partir de 1982,a APASC sempre teve uma (um) se-cretária{o) estagiária(o) (14),trabalhando meio perlodo na sede,mantendo-a ab~rta e agilizando servi~os de correspondências,arquivos e outras tarefas administrativas. Todos, durante o poucotempo que ficaram como secretárias (os), contribulram para, nomlnimo, ajudar o secretário/diretor a manter a correspondência emdia e montar os arquivos de recortes de jornais e publica~ões(revistas, livros,· pastas de recortes de revistas e jornais)doados por associados.

Quanto aos arquivos da APASC, encontramos em de-zembro de 1986, na sede da associa~ão, pastas com recortes dejornais agrupados sob diversos titulos (15). Além destas, existempastas com correspondência de outras entidades, órgãos governa-mentais, grupos de trabalho da APASC, arquivo de publicações daAPASC e de outras entidades, material burocrático fotografias,etc. (16).

Na primeira diretoria eleita na reunião defundação da entidade todos, à exceção da presidente e do 20.tesoureiro (que substituiu o originalmente escolhido por estehaver se afastado das reuniões), eram estudantes da UniversidadeFederal de SãoCarlos - UFSCar ( o vice-presidente e o 10. tesou-reiro de Biologia e o 10. secretário, de Enfermagem-todos noprimeiro ano; a 2a. secretária era Auxiliar de escritório, tempo-rariamente em uma firma de São Carlos. pois era estudante deFónoaudiólogia da PUC de São Paulo e se preparava para o vestibu-lar em Pedagogia na Universidade Federal de São Carlos; o tesou-reiro que se afastou da entidade era estudante de F1sica). Apresidente. que não era das participantes mais ativas ocupou apresidência em virtude de ser a única pessoa não estudante - eraprofessora de Ciências - e de estar desde os preparativos para a"Semana de Ecologia" dando força através dO.SENAC e do ColégioSão Carlos, levando suas alunas para as palestras. O 20. tesou-reiro substituto era professor de F1sica da UFSCAR e teve parti-cipação importante na apro~ação dos estatutos e nas reuniões

· Além dos componentes da diretoria. tinhamos aparticipa~ão assidua de algumas outras pessoas e.esporádica. da-quelas que se interessavam por algum ponto especifico da pautadas reuniões ou simplesmente eram simpáticas a idéia mas não se

,envolviam com uma militância mais constante.

dantes universitários (cinco da 'UFSCAR - dois de Biologia. um deEnfermagem. um de.Pedagogia e um de Computa~ão; um da USP de São

110 associados. 30 votaram (29 na chapa única e 1 em branco).Seus diretores tomam posse no dia 27/08/80. Quase todos eram

vice-presidência foi destinada a um elemento de ligação entre ogrupo da Favela e a diretoria. Quanto ao grupo da Boa Vista 11,dois diretores, que já eram da diretoria anterior, permaneceramcomo elementos de ligação. Na realidade essa tentativa de repre-sentação s6 funcionou quando o membro da diretoria comeQou aparticipar do grupo de trabalho (nunca no sentido contrário).Como veremos mais adiante, todas ás tentativas'de trazer,membrosdos grupos de trabalho para a diretoria foram atos artificiais.

,No momento em que os grupos de trabalho precisavam da entidade,seus componentes iam às reuniões gerais ou procuravam os dire-tores informaimente.

No. dia 30/10/81, diante da impossibilidade de ~e~leger uma nova diretoria,por falta de pessoas interessadas,deliberamos dissolver a antiga e criar uma comissão, provis6riapara coordenar os trabalhos da APASC e convocar nova eleição.Permaneceram três dos antigos diretores (o presidente, o 10.

Somente no final de março de 1982 conseguimoseleger uma nova diretoria que toma posse no dia 01.04.92 (naeleição votaram 25 associados - todos na Chapa Un1ca). A composi-çlo é a seguinte:três estudantes de Biologia UFSCar;um p6s-graduando em Arquitetura USP/SC,um professor de Computação da

Durante essa gestão afastaram-se dos trabalhosda entidade,primeiramente,por motivos particulares, os doissecretários e, ao final do mandato e durante sua prorrogaoão,afastaram-se o 20. e o 10. tesoureiros respectivamente (ambos por

mudanQa de cidade). A vice-presidente, em 1983, tambêm se afastouem virtude de dar aulas na cidade_de Londrina e depois por terficado grávida. Em 09/09/83, em assembléia com cincoparticipantes~ decretou-se em assembléia geral permanente até queaparecessem pessoas dispostas a assumir uma nova gestão. O que s6veio ocorrer em 10/12/84, em funQ!o de uma nova estratégia detrabalho 'implementada a partir do final de 1983 e de algunsoutros acontecimentos, indépen~entes.da aQ!o dos participantes deentão, relacionados à aproximao!o espontânea de algumas pessoasque trouxeram energia nova para a entidade_' A'estratégia foi aformaQão de novos. grupos de trabalho visando atrair os associadosou novos militantes. Dessa forma ocorreu a formaQão de um grupode EducaQ!o Ambiental junto aos est~dantes, da UniversidadeFederal de São Carlos e a compra do Restaurante Mam!e Naturezapor um coletivo de 40 pessoas, além de se ter iniciado umprograma numa rádio AM de São Carlos,bem como uma luta pelapreservaQão de um cinema da cidade. E desses grupos e de algunsnovos associadQs que comeQam a frequentar as reuniões, que surgeuma nova chapa para a diretoria da entidade. As eleiQões sãorealizadas em 10/12/84 e, em 14/01/85 toma posse a novadiretoria. Sua composiQào profissional é:dois professores deQuimica da UFSCar;uma secretária exeéutiva de uma grande fábricade São Carlos,um estuda~te de ensenharia de ProduQão da UFSCar e'

do basicamente os componentes dessa gestão e dando continuidadenos trabalhos que vinham sendo realizados. ,Denovidade. temos asaida da professora de Quimica e de dois alunos da Biologia e umda Terapia Ocupacional - todos da UFSCar e do estudante daUSP/SC. Por outro lado. comeQam a particip~r: um estudante dep6s-graduação em.Engenharia Sanitária da USP/SC, um funcionário

aia da UFSCAR.Extinguiu-se as diretorias de eventos culturais,Conselho Consultivo, Mamãe Natureza e criou-se uma diret~ria para

no inicio, por uma grande maioria de pessoas joyens' (entre 18 e. 30 anos) e ligadas ao ensino (estudantes e professores na sua

maioria da Universidade Federal de São Carlos). S6 para exempli-ficar, podemos observar a composição etária no ano de 1978. Das74 pessoas que se filiaram nesse ano,53 tinham entre 18 e 29anos, treze entre 30 e 40 anos,quatro menos de 18 anos e somentedois com mais de quarenta anos (os outros dois associados eramentidades: DCE-livre' UFSCar e União Municipal de Estudantes deSão Car1os). Quanto às origens (18) dos associados em 78 eleseram na maioria estudantes. - quarenta e quatro, sendo que trinta

.e três eram da UFSCAR, treze era~ professores e os demais eramprovenientes de outras origens, na maioria funcionários da Uni-versidade ou amigos dos diretores.

Issa caracteristica vai se modificando gradativa-mente e em 1985, dos 37 novos associados, 2~ já.não provinham dasUniversidades - 12 eram funcionários de Lápis John Faber (ondetrabalhava a presidente da APASC),três de outras grandes empre-sas, um era dentista, três eram parentes da presidente e sete nãoconseguimos. detectar a origem. Dos onze restantes, cinco e~amprofessores universitários (UFSCar), dois estudantes de p6s-graduação (USP e UFSCar), um'dentista da UFSCar e três estudantes(dois da UFSCar e um da USP) (19).

o mecanismo de filiação preponderante sempre foi ode amizade ou proximidade com os elementos ativos da entidade. Noinicio os elementos ativos eram na maioria estuda~tes da UFSCar.Ap6s 1982 temos, além dos estudantes, a atuação de funcionáriosde escrit6rio de fábricas de São Car10s, professores da UFSCar ecomerciantes, o que propiciou uma diversificação no quadro de

mos em 85 e 86 um quadro dos novos associados formado. preponde-rantemente. por pessoas de fora das Universidades. Além dessemecanismo de filiação,podemos detectar o fato de algumas (poucas)pessoas se interessarem pela entidade através do contato com o

(em especial a revista "O VERDE") •. com algumas p~lestras ( como.por exemplo. os Rotarianos) ou com algum grupo de trabalho da

permaneceram como simpatizantes. Raras são as manifestações to-.talmente espontâneas de pessoas que procuram a APASCpara se

filiar e atuar 'ativamente.

306. sendo que 74 filiaram-se em 197e. 23 em 1979. 43 em 1980. 19e. 1981. 27 em 1982. 21 em 1983. 35 em 1984~ 37 em 1985. 27 em1986.

A participaQlo das pessoas na APASC. ao longodesses dez anos, variou do simples filiar-se (preencher a fichade associado) sem. muitas vezes, sequer pagar a anuidade, ou daida a uma reunião semanal e nunca mais aparecer. até aqueles quepagavam a mensalidade, participavam das reuniões. participavam. .

888ociados e desempenhavam tarefas rotineiras· como re8pondercorrespondências, preparar publicações ~tc.

Os casos extremos de participação são ~ais fáceisde detectar, mas a partir dequantos (ou quais) vinculos com aentidade podemos considerar um indivlduo como ativo dentro da

Determinar quais as caracterlsticas que nos permi-

nortearão tal classificaçlo mas, princlpalmente,a dificuldade demensurar-s~ certa8 atividades (para considerar-se um indivlduoparticipante ~e um grupo de trabalho basta o fato dele ter ido aalgumas reuniões?) e a dificuldade de coletar-se dados fidedignosdevidamenteregistrados ao longo da hist6ria. da associação.1

o burocrático sobrepor-se ao politico" e a prática, no dia a diada militância,de acertar-se os livros caixa e ata de forma amanter simplesm.ente .a papelada em "ordem" e não com o intuito derelatar-se os ·acontecimentos da forma m.ais fidedigna possivel. Asatas da APASC, por exemplo. nio eram todas registradas no livroata. A contabilidade era feita empirica e artesanalmente para

anuidade de todos os associados, no livro feito pelo contador.Dificuldades à parte, podemos iniciar nossa pro-

cura dos associados ativos estabelecendo como primeiro critério"~ n6mero de vezes que a pessoa participou das reuniões sema-nais", segundo o registro de assinaturas no Livro Ata (até05/05/86 temos 118 atas registrando 760 assinaturas). Das 160pessoas que participaram dessas reuniões cujas atas foram regis-tradas.54 vieram no minimo a três reuniões. Esses dados sozinhospodem não ser muito confiáveis pois podemos mencionar pelo menossete pessoas que vieram a mais de três reuniões e seus nomes nãoforam registrados mais do que uma ou duas vezes. Como exemplomais elucidativo,temos o nome do 10. le 20. tesoureiros da gestão82/83 registrados apenas "2 e 6" vezes sendo que ambos trabalha-ram ativamente ,durante sua gestão (esse caso se.explica pelo fatode na época, pouquissimas atas terem sido registradas - somenteu~a em um ano de gestão dessa diretoria).

Outro critério para detectar participação ativapode ser o fato de o associado ter feito parte de alguma direto-ria da APASC. Aqui há o problema de termos diretores que pouco ounada fizeram. Dos 39 diretores que passaram pela entidade, onzenão têm sequer sua presença registrada em no minimo três reuniõese. falhas de registro à parte, podemos atestar com nosso depoi-mento pessoal e com uma consulta aos arquivos e publicações daentidade. que boa parte dessas 11 pessoas. realmente esteve ausen-te de toda e qualquer atividade da entidadé. Outros, pouco maisfizeram além de participar de algumas reuniões.

Por outro lado.temos pessoas que não foram dire-

tores da entidade, nem assinaram mais do que três atas,mas deramcontribuições relevantes para o funcionamento da entidade oupara o amadurecimento dos seus participantes. Isto sem contar asp~ssoas que participaram ativamente de grupos de trabalho e nemassociados eram (aproximadamente 50 pessoas entre as que foram amenos de três reuniões e 12 das que participaram de mais de trêsreuniões não eram associados).

Visando colocar ordem nessas informações, resolve-mos discriminar o nome das pessoas que participaram de no m1nimotrês reuniões (incluindo os sete nomes que acreditamos teremparticipado de um número maior do que o que havia sido registra-do) ou de alguma diretoria ou grupo de trabalho ou que, segundonossa memória, haviam tido participação ativa de algum aconteci-mento importante ou que foram citadas no livro ata por mais de umano.

Paralelamente, escrevemos aos diretores que haviamparticipado de um m1nimo que fosse das gestões. pedindo-lhes suarelação de pessoas ativas na APASC. Enviamos a relação de asso-ciados e o pedido de vasculharem suas memórias. Com isso chegamosaos nomes que compuseram o conjunto dos entrevistados ,cujosdepoimentos acreditamos apresentar-se-ao ao leitor como novasleituras sobre a APASC.

As fontes de recursos da APASC sãodescritas. tendo variado o peso relativo de cada uma

as abaixoao longo"de

-últimos anos tem se deixado por conta do associado o estabeleci-mento do valor que quer/pode pagar {esta contribuição espontânea

- 1986 - 250,00 cruzados /mensais, com suplementa~ão no 20.semestre de 2.100,00 cruzados - 5.100.00 cruzados/ano

geral, o salár~o da secretiria/estagiária (em 1984 - 10. semestrea estagiária recebia 60.000.00 cruzeiros por mês) ou do aluguelda sede. A partir do segundo semestre de 1986.a entidade nãoprecisou mais pagar aluguel pela sua sede.

fônicos quase sempre foram cobertos por patrocinadores especifi-coso Os m6veis da Associa~ao (mesas, cadeiras. armários e algunspainéis) foram doações dos associados ativos ou de parentes' seus.As despesas com correio, papel'e'envelope timbrados pastas,carimbos, carteirinhas,- material de escritório em geral e algumas

vezes, despesas com transportes e alimentação de representantesque participam de encontros ambientalistas eram cobertos com asreceitas eventuais, jâ citadas, ou com o que sobrava das "recei-tas fixas" - Mamãe Natureza, duodécimo e anuidades.

Algumas outras despesas eventuais ocorriam naorganiza~ão de eventos e encaminhamentos de lutas: faixas para asmanifesta~ões, panfletos imposslveis de serem patrocinados, des-pesas com conferencistas, filmes e .revela~ões fotogrâficas, fitasde gravador~ material para pintura e brincadeiras das crianQas emPraQas Públicas (a maior parte deste material era doada por lojase fâbricas da cidade).

Podemos citar ainda algumas despesas mais even-tuais, como iivros para a biblioteca, assinatura de revis~as,aluguel da caixa postal, cadeado e placa de identificaQão para asede, dentre outras.

--'-. --0' diversificaQão das fontes de recursos foi apon-tada pelo atual tesoureiro como extremamente necessâria, hajavisto que atualmente enfrentam-se problemas com a liberação dosduodécimos da PrefeItura e a receita advinda das anuidades é

muito pequena e o que tem "salvado" são os lucros do Mamãe Natu-reza.11. 7.A Hist6ria, m Ao ADQ.

Partindo dos documentos jâ descritos no primeirocapitulo, fazemos a seguir um resumo das. atividades da AssociaQãoano a ano.

teve envolvida com sua legaliza~ão (20) e estrutura~ão (estatu-tos, publica~ào do extrato destes no Diário Oficial, registro emcartório, formas para levantar recursos financeiros, dinâmica dasreuniões, arquivos etc), com a discussão e atua~ão sobre proble-

polui~ão causada por uma Metalúrgica e por uma Av1cola de grandesdimensões, defesa de áreas verdes, das· pra~as e ruas da cidade epalestras e reuniões debatendo a necessidade de planejamento dodesenvolvimento urbano) questões amb1entais mais gerais e enviode moçÕes de apoio aos moradores de outras regiões em suas lutas

•amadurecéndoe só se realizaram nos anos seguintes.

informativo convocando a assembléia para aprovação QOs Estatutosreflete bem ·0 esp1rito que dominava a entidade no seu primeiro

referidos problemas decorrentes do desenvolvimento urbano desor-denado problemas esses sobre os quais se desejava atuar. Paraconhecer os problemas ambientais de 5io Carlos e para a posteriorelabora~ão de propostas de solução,foi importante a colaboração

-. de um antigo professor e pesquisador da região (21) explicando a

inadequação do local destinado ao Distrito Industrial do munici~pio, em função dos ventos e do relevo da cidade (22). Foi impor-tante também a colaboração de uma vereadora oposicionista (23),denunciando e pedindo ajuda para o contato com moradores queenfrentavam problemas de po1uiQão e de qualidade de vida.e acolaboração da imprensa e da popu1aQão em geral, que reclamavam eamplificavam os problemas ambientais e dos associados-moradoresde São Car10s, mostrando lugares da região que deviam ser

. .preservados (24).

A outra faceta do movimento pode ser retratadapelo primeiro cartaz-simbo10 (Anexo) da Assoc'iaQão onde se falavasobre a interaQão homem-animais-vegetais e o direito de todos àvida.

Essa vertente ~e proteQão aos animais e vegetaisfoi uma forte motivaQão para a aproximaQão de alguns associados eestará presente, durante toda a história da APASC, ora com maior,ora com menor peso diante de outrasatuaQões.

Nesse ano, a AssociaQão envolveu-se com a Comissãode defesa do Patrimônio da Comunidade (25) - CPDC - (ajudou afundá-la em São Paulo), na luta contra a construQão do novoaeroporto nas matas de Caucaia do alto, enviando associados éomfaixas para as reuniões e manifestações e conseguindo adesão deoutras entidades de São Carlos a esse movimento.

Apelou-se, pela grande imprensa local e panfletos,. "ao bom senso dos foliões" para não usarem penas de animais

silvestres em suas fantasias (anexo). A nivel regional. protes-tou-se contra a Habsurda poda anualH das irvores urbanas. impri-mindo-se milhares de textos com esse titulo (26). Organizou-seuma HSemana de Arte e Pensamento Ecológico" nas dependências daCâmara Municipal. envolvendo diversas atividades. panfletos.cartazes. confec~ão de painéis fotográficos sobre São Carlosantiga, 'que ganhou boa repercussão junto aos. associados. autori-dades, imprensa local e parcelas da populaQão (anexo). A nivelburocrático registra-se a legaliza~ão" da entidade e suadeclaraQão de utilidade poública municipal. o inicio da filia~ãode associados, a aprovaQão do simbolo (através de concurso), oaluguel de uma sede provisória. dentre outras coisas. Imprimiram-se diversas publica~ões. dentre elas um extenso texto de JoséLutzemberg sobre ·'Energia. ambiente e sociedade" (anexo) •estimulando debate sobre os aspectos politicos da questãoecológica; durante todo ano projetaram-se filmes de ecologia equalidade de vida e promoveram-se palestras sobre problemasregionais para associados da APASC e para estudantes de 10. e 20.grau de escolas da região .

.Como parte das comemora~ões do Dia" Mundial do MeioAmbiente, foram plantadas três magnólias numa PraQa central dacidade (sem autoriza~ão da Prefeitura) em protesto ao estado deabandono da Pra~a e às derrubadas,em passado recente, de árvores(também magnólias) e do antigo cine-teatro (anexo),

poluição da mencionada avlcola através de entrevistas com osmoradores, artigos em jornais, visita às dependências da empresa;continuavam as solicita~ões ao Prefeito para transforma~ão do"buracão" (uma pedreira abandonada) em áreas de lazer e sede daAPASC; abria-se ampla frente de luta contra a constru~ão doSHOPPING CENTER na devastada Pra~a Central.

Iniciavam-se as a~~es de um grupo de trabalhojunto a uma favela de periferia urbana (27) e outro junto aosmoradores de um bairrõ de-periferia urbana (28), por uma PraçaPública, e atividades com a Pastoral Universitária, por ocasiãoda Campanha de Fraternidade "PRESERVE O QUE E DE TODOS" (29).

Além disso, desenvolveu-se junto à CDPC - Comissãode Defesa do Patrimônio e da Comunidade - e entidades de SãoCarlos, amplo movimento de Defesa da Amazônia. Nesse ano, impri-miram-se alguns textos e comemorou-se novamente em Pra~a Públicao DIA MUNDI~L DO MEIO AMBIENTE; em outubro, publicou-se umarevista com balan~o das atividades referentes a 77/78/79 e cartaprograma da diretoria eleita para 79/80. Transcrevemos anexo essebalan~o e a carta programa pois acreditamos que eles expressemuma visão da entidade sobre si própria.

Apesar de pouqulssimas atas registradas nesseperlodo, podemos apontar que as principais atividades giraram emtorno do Grupo da Favela, luta contra a poda e corte das árvoresurbanas, luta junto aos moradores pela pra~a do bairro, contra a

instalaçào de usinas nucleares em São Paulo. Promoveu-se concursofotogrãfico sobre Memória Urbana e atividades da semana do meioambiente, além de palestras, publicações, um filme (SUPER 8)sobre a bacia do Rio Piracicaba e exposição de painéis fotogrãfi-cos, sobre as bombas de Hiroshima e Nagasaki (30).

registro em ata das reuniões da APASC. O que pudemos levantar,através das publicações e correspondências,é a continuidade da

Pra~a Pública' por ocasi50 do Dia t!undial do Meio Ambiente, apublica~ão de textos e a promo~ão da pe~a de teatro "O GLOBO DA

o"BROA que meses depois se transformará na APREL - Associa~ão paraa Proteção da Represa do Lobo (BROA) (32). Neste ano ocorre aforma~ão do Conselho Consu~tivo da APASC (33).

cartas dos estudantes das Escolas de 10. e 20. grau de São Carlosao presidente da Argentina e primeiro-ministro da Inglaterra;

zação do velho sonho de se ter um programa na rádio (a partir de10/83). Além disso, iniciaram-se as movimentações para compra do

visitantes (35). Consolidam-se todos os grupos que iniciaram suasatividades no final do ano anterior. Alteram-se os estatutos

reivindica~ões por maiores cuidados com a arborização urbana,propondo-se convênio com a Prefeitura para fiscaliza~ão dos pedi-. .dos de corte de árvor~s e critica-se o criminoso corte de árvoresfeito pelo proprietário de um supermercado nas calçadas daslmedia~ões de sua. residência; inic~a-se campanha para escolha dasárvores mais bonitas da cidade, com premiação a quem lhes dedi-

da Policia Florestal para região e efe~uam-se diversas tentativasde concretizar o COMDEMA - Conselho Municipal de Defesa do MeioAmbiente de 510 Carlos. Procede-se à reinstru~ão da ação popular

c~ntra o.celli~~.rio. A APASC engaja-se nas campanhas "Diretas já"e dá apoio e divulga~ão para campanhas como pacifismo, defesa daBillings, contra o uso indiscriminado de pesticida, em defesa dasbaleias e m1co~leão dourado e contra fluora~ão compulsóriad'água. Envia-se relatório circunstanciado para um Deputado queestava encaminhando pedido para declarar a APASC de Utilidade

"Vida Natural"; continuidade do movimento Pró-Parque Ecol6gico;atividades na pra~a por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente;fiscaliza~ão conjunta com a Prefeitura dos pedidos de cortes

.ta; polui~ão da avicola; CONDEMA; pista de cooper da UFSCar;

alimenta9ão. pr6-alcool. CONSEMA - Conselho Estadual de MeioAmbiente. APEDEMA - Assembléia Permanente de Entidades em Defesa

Promovem-se debates sobre·as elei~ões para a Cons-tituinte e governo do Estado. Diversos outros assuntos são abor-

possivel detectar o envolvimento da APASC com a luta contra aminera~ão de areia nas proximidades do Ribeirão Feijão (manancial

parque eco16gico", contra o aeroporto no Broa e contra a podainsensata de Arvores urbanas. Lança-se a idéia de uma Cooperativade Produtos Naturais da APASC. Registra-se ainda a divergência

,atuação. de preservação de matas, contra proprietArios e jornallocal'que estavam "pedindo sua cabeça" (39). A Prefeitura cede um. .

artigo prá jornal. fazer uma palestra. a6nossas pr6prias reuniões. isso tudo é

nesse sentido, grande importância durante toda existência daassocia~ão. Desde a organiza~ão de eventos em pra~as públicas,

comunica~ão até atividades para comunica~ão com associados,arrecada~ão de fundos e organiza~ão ~earquivos,estabelecimentode sede pr6pria para a entidade,consomem boa parte das energiasdo dia a dia dos associados e espa~o nos documentos da associa~ão.

quálidade de vida de uma favela de 510 Carlos; defesa da Area deP~ote9ão Ambiental (APA) de Corumbatal opondo-se à constru~io deum aeroporto às margens da Represa do Lobo e contra a instala~io

administra~io de um restaurante naturalista; forma9io de umaaS80cia~ão de Preserva9io da ~epresa do' Lobo (Broa) ~ APREL;

grupo voltado à implementação e debate de atividades de educaçãoambiental; grupo em defesa de um antigo cinema da cidade (queacabou sendo derrubado para servir de estacionamento a um Ban-co) •

Paralelamente a essas atividades locais (relacio-nadas a problemas ambientais e de qualidade de vida da'popula~ãoda região) temos o desenvolvimento de diversas atividades rela-cionadas a problemas mais amplos como por exemplo as lutas contraa instalação de Usinas'Nucleares no.Brasil ou pelas elei~õeB"Diretas já".

Descreveremos a seguir algumas dessas atividadesmencionadas nos parágrafos anteriores.

1m termos de ações voltadas para preocupações maisglobais ou seja, que ultrapassem as dimensões da região de SãoCarlos, podemos citar,no inicio da APASC,o movimento em defesa daMata Atlântica da região de Caucaia do Alto contra o projeto 'deinstalação do aeroporto internacional de São Paulo (que maistarde viria ase instalar em CUMBICA). Atividade de suma impor-tância para o movimento eco16gico paulista, pois conseguiu aglu-tinar entidades ecologistas de ~odo o Estado, além de outrasentidades da sociedade civil (A8socia~ào de Engenheiros Agrôno-mos, Instituto de Arquitetos do Brasil, Sociedade Brasileira deBotânica e outros) preocupadas com a proteção do meio ambiente,melhoria da qualidade de vida e ampliação do espaço de articula-

que não s6 foi vitorioso por impedir a construção do aeroportomas também por firmar-se enquanto movimento d. resistência civil

organização estadual (Comiss50 da Defesa do Patrimônio da Comuni-dade - CDPC) como coordenação das lutas da sociedade civil emtorno da questão eco16gica.A CDPC sobreviveu ao movimento deCaucaia e posteriormente deu origem·à APEDEMA - Assembléia Perma~

.lioje e mal ou bem é a única instância de organização e coorde-naçlo das~ntidadesambientalistas em nlvel estadual.

~m São Carlos discutimos n~ssa ades50 ao movimentoe a participação as manifestações e reuniões que ocorreram em510 Paulo. Levamos faixa, publicamos e distribulmos cartas aber-

defesa da Amazônia, em defesa de Sete Quedas, contra a corridaarmamentists, pela aprovação de leglslaç50 estadual do controle

Ressalte-se, para exemplificar, o caso da guerra das Malvinas,quando fizemos um"concurso, entre os estudantes de 10. grau de

São Carlos para se apresentarem no "Quarup" que lá se realizou.Além dessas aoões, diversas foram as publicaoões procurando esti-

TODOS"~ Organizamos junto com a Pastoral Universitária, uma sériede palestras junto às comunidades eclesiais de base da igreja de

Apesar de se considerar o Partido Verde inoportuno para o momen-to,acreditava-se na necessidade de-apoio a candidatos com propos-

com a luta desenvolvida por moradores de um bairro da periferiade São Carlos (Boa Vista 11) contra a ampliação de um cemitério

A reivindica9ão dos moradores motivava-se princi-palmente pelas dificuldades que o fechamento de um terreno baldio

. .

ocasionaria para o trânsito das pessoas d~ uma parte do.bairro emdireção ao ponto final de uma linha de .ônibus urbano e ã .escolapública local.· Também estavam indignados com o não cumprimentodas promessas de.palanque - de nlo ampliação do cemitério local -pelo Prefeito e seu Vice quando candidatos aos cargos em 1976.

destinado a Praça Pública, segu~do as plantas do loteamentooriginal.

OPOSi9ão (ex MDB, depois PT) que passou a assessorá-los eraassociada da APASC e pediu o envolvimento da entidade. Formamos

terreno", "que atividades achavam prioritárias numa pra9a", "quetipo de equipamentos coletivos", etc. Após algumas reuniões nos

moradores de que a Prac;:avirasse ponto de encontro de "maconhei-ro" e de "indecências amorosas". Quando colocávamos que um

então sugeriam que ela (a Pra9a) fosse bem iluminada e davamalgumas outras sugestões. Ficou claro que Pra9a Pública como.. .

.-do lúdico, curti9ão do coletivo, valorizac;:ãoda comunidade, erauma idealiza9ão nossa. Já de algum tempo as pessoas, à noite,viam televisão e quando muito visitavam um parente ou amigo. Masquando estimulados a sonhar e idealizar, eles (os moradores)foram soltando suas idéias, que se materializaram num ante-projeto de Pra9a elaborado pelo nosso arquiteto-colaborador apartir de informac;:õesque lhe repassamos. Esse ante-projeto foidiscutido em reunião geral quando alteraram-se algumas coisas(uma

delas foi a inclusão de uma cabine telefônica com chave para umtelefone público - a chave ficaria com algum morador que seresponsabilizaria pela sua conservação) e decidiu-se encaminhá-loacompanhado de um abaixo-assinado reinvidicando sua execução,para o Prefeito. vereadores e imprensa.

Convocou-se uma reunião no bairro e convidou-se asautoridades públicas e representantes de associações para discu-tirem o projeto dos moradores. Compareceram o representante doIAB. a vereadora que acompanhava a luta desde o inicio e repre-sentantes de outras duas lutas de moradores por melhorias decondições dos seus bairros. O médico-diretor do Distrito Sanitá-rio mandou uma carta, justificando sua ausência e colocando-se à

disposição do movimento.

Após estes fatos, a polêmica ganhou dimensõesmaiores. O Prefeito articulou um abaixo-assinado de moradores deoutros bairros pedindo a ampliação do cemitério ("para que acidade tivesse lugar onde enterrar seus mor~os"), articulou seusvereadores para aprovarem sua proposta e foi para a imprensalocal apresentar seus argumentos.

Os moradores compareceram em grande número nasessão da Câmara Municipal'que iria apreciar o projeto de amplia-ção do cemitério e presenciaram a agressão verbal e fisica entrevereadores oponentes na questão. Com isso a luta ganhou espaçona maior emissora de televisão do pais, consequentemente maiorespaço em toda imprensa e emissoras de rádio locais~

Em Slo Car10s, o pre-feito Antonio Massei in-siste na ampliaQào do ce-mitério local, num terrenoonde, nas últimas elei-Qões, havia prometido fa~zer uma praQa arborizada.

S6que os moradorespreferem a praQa e porisso, no último domingo,foram lá e plantaram qua-tro árvo~es, que, na se-gunda-feira foram arran-cadas pelos funcionáriosda Prefeitura. Indignados,os moradores pretendemfazer uma reunião no lo-cal, no pr6ximo domingo.

Eles querem umapraQa: o Prefeito quer umcemitério.Parece que isso já foitema de novela.(Painel - Folha de SãoPaulo, 23/01/80).

mãos. Plantaram num domingo de manhã, com faixa anun~iando oevento, brincadeiras ~ discursos, 4 árvores {dois Pau-brasil e

dois ipês amarelos) de 2 metros de altura e combinaram rediscutiros próximos passos {sobre se deviam angariar fundos para constru-ção da Praça com as próprias mãos ou se deviam continuar reivin-dicando a responsabilidade da Prefeitura. Mas o Prefeito nãoesperou os próximos passos. Na 2a. feira seus homens. inclusive aguarda municipal. estavam lá arrancando as árvores e fazendoameaças. Alguns dias depois a Prefeitura iniciou a construçào doMuro que "na calada da noite" foi derruba.do pela popula~ào local.

Nesta altura dos aconteci~entos iniciou-se ~mprocesso' .de intimida~ão dos moradores através da manuten<;ào dapOlicia no local dia e noite e da intima<;ão das lideran<;as paradeporem na Dele~acia. ·Decidimos, após consulta ao Distrito Sani-tário e visita do seu diretor ao local, acionar o judiciário,pois o diretor do Distrito garantiu-nos ~ irregularidade dasobras em vista da distância das covas da rede d"água ser menor doq~ea minima estabelecida no c6digo sanitário (descobrimos nessemomento a existência do C6digo Sanitário e a necessidade de TODAplanta ser aprovada no Centro de Saúde. e CETESB). Este diretorinformou-nos também que, estranhamente, o processo para aprova<;àodo projeto havia sido levado,do Centr~ de Saúde local.diretamentepara Ribeirão Preto pelo pr6prio engenheiro da Prefeitura. sempassar pelas suas mãos e em Ribeirão havia sido aprovado pelaSaúde e CETESB. Ele iria tomar as providências administrativascabiveis! E nós pedimos auxilio de dois advogados que orientaramos moradores a entrarem com·uma A~ão Popular na Justi<;a. Emprimeira instância os moradores foram vencedores e a a<;ão rever-teu-se contra o Prefeito e Regional de Saúde de Ribeirão que pre-

cisaram justificar as irregularidades.Esta a~ào.ainda hoje correna justi~a. Em dezembro/86 fomos ao F6rum de São Carlos e nos

o que sabemos é que sete anos se passaram (desde oinicio da a~ão popular) e nenhum dQs lados conquistou sua vitóriadefinitiva. O muro está lá mas os mortos não puderam ser enterra-dos. Os moradores ganharam na justi~a ma~ tiveram que convivercom o muro e com a insensibilidade.dos governantes, inclusive dos·atuais que, segundo informa~ões oficiosas,não constr6em aPra~a

.para não dar os louros da vitória para a vereadora do PT e para o·pedreiro que 'liderou o movimento e que em 82 foi candidato a

APASCparaumanos

"A Associa~ão para Prote~ão Ambiental de São Carlos -está interessada em formar um grupo de Educa~ão Ambiental

atuar junto ~ comunidade no sentido do desenvolvimento deconsciência ecol6gica e estimulo a participa~ão do cidadão

destinos da coletividade..Para tanto está marcando a primeira reunião das pes-

soas interessadas, para 4a. feira 30/11/83, às 18:30 horas naSala Vardeci G~ma.

O objetivo desta primeira reunião é verificar interes-ses e programar algumas possiveis atividades para as férias" .

. tes e a popula~ão de São Carlos.Desde· a funda~ão da APASC discu-.

mos que elas só teriam real efeito se tivessem um papel educacltnal. Além da preocupação de explorar a vertente educacional.,todas as atividades, promov1amos ~alestras, publicação de J.nais, boletim, panfletos e cartazes e divulgávamos, sempre,posslvel, notas e artigos para as rádios e jornais da cidade .•sempre foram atividades soltas, qué assumiam o caráter de even)não propiciando um trabalho continuo junto aos grupos que pettisse uma avaliaçào dos resultados das ações.

Podemos colocar como antecedente da formação.grupo de Educação Ambiental - GEA,além da prê-disposiçàotAPASC, a intençãÇ>desse põs-graduando em desenvolver sua diss,tação de mestrado a partir de alguma atividade que compatibit

quisa educacional com militância ecologista) e o descontentametdos estudantes mais ativos com o ensino que lhes era dado, c~

cipantes do GRUPO uma circular resumindo as atividades já desen-volvidas e convidando para as atividades de férias (Anexo). Ap6sdiversas reuniões) mil idéias e 'alguns debates sobre leiturasrealizadas estabelecemos as prioridades sintetizadas na cartaabaixo ~ dirigida aos participantes do Grupo:

De 23 a 31 de janeiro nos encontramos quase todosos dias. Acreditamos que as idéias amadureceram um pouco mais eos rumos do trabalho adquiriram as seguintes caracteristicas:

Durante o primeiro semestre desenvolveremos umasérie de atividades voltadas para os professores e alunos da redeescolar de São Carlos, tipo palestras, filmes, teatro, mini-cursos, "Semana do Meio Ambiente", "Um dia no Parque Ecológico',curso e concurso de fotografia: "Fotografe seu Meio Ambiente",plantio· de árvores e horta ... durante as quais sondaremos osinteresses e necessidades dos professores,· divulgaremos o Grupode Educação Ambiental e a possibilidade· de um curso de extensãouniversitária para o segundo semestre.

Paralelamente estaremos estruturando um curso edando entrada na papelada para oficializa-lo. Até o in1cio dasaulas estaremos com o levantamento das escolas e professoresfeito para podermos .decidir "com quem vamos tr~balhar" (10. ou20. grau, diurno ou noturno) urbano ou rural, só professores oualunos, todos ou uma amostra ...). Ao in1cio das aulas tambémdeveremos definir o cronograma de atividades do 10. semestre.Portanto, se você tiver sugestões e já puder ir encaminhando-as(tipo contatar um eventual palestrante ...) é uma boa.

mos com mais detalhes. Até lã e bom final de férias. E. não seesqueçam: "Não consuma além do necessãrio",

.trabalho inicial. Organizamos algumas palestras sobre EcologiaHumana e EducaQ!o; fizemos um curso·da Policia Florestal em São

definiQões e elaboraQào pr6pria suprindo às buscas individuais.conforme nosf~la B~rthes em seu escrito "A Aula".Por 9utro lado.procurávamos atender à nossa necessidade de prãtica. de interaçãocom a comunidade. com a vida real. dali derivando.nosso aprendi-zado e ali efetivando nosso compromisso social de reverter a quem

A partir do inicio de março começamo~ a discutir aorganização de atividades voltadas para os alunos de 10. e 20.grau, no Parque Ecológico de São Carlos. Após diversas reuniões econversas onde amadureceram os objetivos,metodologia e um conjun-to de atividades , que pretendiamos desenvolver no ParqueEcológico, chegamos ao nome geral do projeto: "Ecologica-mente.brincando no verde" e programamos a 'data e tarefas para viabili-zá-lo.

Acompanhando as anotações das reuniões que antece-deram ao 10. Ecologica-mente podemos verificar que boa parte dotempo era tomada pelas discussões a respeito de quais atividadesdeveriam ocorrer (40),' como seriam e quais os procedimentos para,viabilizá-las. Das discussões organizacionais,emergiam dúvidas,debates e esclarecimentos sobre questões de conteúdo especifico(41) e questões gerais que podemos chamar de filosóficas, dotipo: como abordar a questão dos animais presos em jaulas noParque Ecol6gico?, somos a favor ou contra esse fato?, devemosdesenvolver competiçõe6 entre os grupos de alunos? como motivarsem cair na premiação?

Em anexo transcrevemos o roteiro das tarefas queprecisaram ser implementadas (discutidas e divididas em reunião)para viabilizar o 10. Ecologica-mente.

A divulgação ficou por conta de um folheto mimeo-grafado com carta dirigida aos pais pedindo autorização paraparticipação do filho e cartazes nas escolas (anexo). Além disso

houve divulgação pelas rádios e jornais e por alguns professoresda rede para seus alunos. As inscrições realizam-se no CDCC-CENTRO DE DIFUS~O CIENTIFICA E CULTURAL DA USP - São Carlos.

Nos dois"Ecologica-mente"o número de inscritos erade 50 alunos mas nas atividades compareceram pouco mais de 40. Aprogramação desenvolvida e alguns ·textos distribuidos estão re-produzidos em anexo.

Aos participantes, ao final das atividades, eradistribuido um certificado e solicitada uma avaliação por escri-to. Aos monitores acrescentávamos duas perguntas neste pedido deavalia~ão. As 'respostas que chegaram até nossas mãos são: quatrodos alunos do 10."Ecologica-mente", quatro do segundo e oito dosmonitores. Acreditamos que retratam parte dos acontecimentos dosdois "ecologica-m~nte" e das discussões posteriores a eles (42).

Outras opiniões foram expressas nas reuniõessubsequentes e podem ser detectadas pela leitura das atas/resumodestas (Anexo). Essas atas/resumo são anotações das. reuniõesfeitas pelo autor desta dissertação que eram distribuidas (foto-copiadas ou mimeografadas) aos participantes do grupo (43).

Do processo de avaliação dos dois ecologica-mentee das propostas que surgiram (foram discutidas e/ou implementa-das) no periodo de maio/Junho/julho/agosto nasce para as pes-soas que permanecem no Grupo uma maior necessidade de pensar aprópria prática. Dai as atividades do 20. semestre de 84 e do 10.semestre de 85 voltarem-se para a participação, apresentação do

trabalho e dúvidas do grupo em comunicações cientIficas da CBEConferência Brasileira de Educação (Niter6i), Encontro Estadualde EA (Sorocaba), Seminário de Ecologia da UFSCar (anexo), etentativas de elaborar projetos de pesquisa e uma atividade maisprática no sentido de solucionar os graves problemas do ParqueEcol6gico de São Carlos. Finalizamos o 10. semestre de 85 com umCurso de Extensão Universitária sobre Educação Ambiental (anexo).A partir do ,10. semestr~ de 85,com'0 afastamento do autor destadisserta~ão do grupo',deixamos de ter o acompanhamento si~temáti~ode suas atividades, mas temos notIcias que seus membros remanes-centes d~ntro da Oniversidade procuraram professores para orien-tarem projeto~ e cursos em educa~ào ambiental e áreas afins, ealguns, ao se formarem, foram trábalharprofissionalmente n~área.

I .importante salientar que tudo o que ocorreuserviu como contribui~ão ao amadurecimento de estudantes univer-sitários em suas reflexões profissionais, existenciais e de atua-~Io conciliando teoria e prática, aprendizado e ação. Essasreflexões ocorrem em atividades auto gestionárias que procuramintroduzir a relação com a comunidade mais abrangente como umcomponente fundamental na formação do Universitário e que siste-maticamente tem permanecido ausente das disciplinas nas faculda-des e da vida universitária oficial em geral.

Alguns 'indIcios dessa reflexão podem ser retidosda leitura de alguns escritos, correspondências e resumo dascomunica~ões cientIficas dos participantes do GRUPO, nos anexos,e no fato de muitos dos participantes dos grupos estarem

No 20. semestre de 1984 come~amos a discutir nasreuniões da APASC e em conversas informais, a inten~ão do pro-

.Objetivava-se a manuten~ão do espa~o e praticar osideais da APASCde auto-gestão e cooperativismo na manuten~ão e

da idéia, alguns cálculos e aglutina~ão das pessoas mais interes-sadas,"redigimos o manifesto abaixo para ter uma NOCAO de quantas

A APASC - Associa~ão para Prote~ão Ambiental deSão Carlos, está interessada em unir pessoas que possam se inte-ressar por comprá-lo e, acima de 'tudo, pessoas interessadas emaproveitar esta oportunidade para uma experiência comunitárianova que sirva de perspectiva para outras atividades conjuntasque todos n6s idealizamos mas que se inviabilizam por, dentreoutros motivos, impossibilidades financeiras individuais.

Acreditamos que o "Mamãe NaturezaU constitui-se em.

op~ão de a1imenta~ão para os naturalistas e simpatizantes dealternativas alimentares mais integrais e sadias. Além disso é umponto de encontro e troca de idéias e, enfim, adequa-se aos

.objetivos da APASC relacionados à me1horia da qualidade de vida.Frisamos que o maior objetivo desta iniciativa é

unir pessoas que não visem lucros individuais, mas que desejemgerir o local onde fazem suas refei~ões ou que desejem uma expe-riência organizacional nova, que possa viabi1izar outras ativida-des que o grupo considere relevantes.

Se você deseja ser participante destas idéiasexpomos, a seguir a forma de viabi11zá-las:1. O valor da compra é de Cr$ 4.000.000,00, que será dividido emcotas-parte de Cr$ 100.000,00 cada, sendo necessário pelo menosquarenta cotas para efetuar a compra.

'2. Se você adquirir uma cota,. autómaticamente se constituirá emmembro desse grupo de trabalho da APASC que terá total soberaniasobre as decisões referentes aos destinos do restaurante. Vocêterá direito a participar e votar nas decisões em conjunto com osdemais participantes do grupo. Cabe ao grupo manter a diretoriada APASC informada sobre suas atividades e em caso de .conflitoentre as atividades do grupo e os objetivos da APASC uma assem-bléia geral de todos os associados da APASC decidirá o que deveser feito.

Ressalte-se que o grupo terá autonomia de deixarde ser um grupo da APASC e passar a ter outra constituiQão jur1-dica (cooperativa,' SA, Ltda, etc.), sendo que esta decisão com-

.pete exclusivamente aos membros (do grupo).3. Após o capital inicial investido ser ressarcido, espera-se queas pessoas mantenham-se, enquanto grupo, utilizando-se das even-tuais sobras financeiras paraviabilizar outras idéiascomunitárias que julguem relevantes.4. Cada pessoa poderá comprar uma ou mais cotas-parte de Cr$100.000,00. O pagamento poderá ser à vista (Cr$ 100.000,00) até10/01/84 ou em quatro cheques mensais de Cr$ 30.000,00 cada, àpartir de 28/01/84 atO 28/04/84, quando estaremos assumindo ocontrole do Mamãe Natureza.5. O seu dinheiro será ressarcido da seguinte forma:a) quatro vales-refei~ão* por mês durante dez meses, a partir de1984 até março de 1985., correspondendo a 40% da cota. Os valesnão são nominais, podendo ser repassados. O próprio aumento dopreço da refeição garantirá o reajuste do valor inicial do di-nheiro.b) os 60% da cota, equivalente~ a 8,56 ORTN, serão devolvidos em3 partes: a primeira e~ 28 de dezembro de 1984, a segunda em 28

.de junho de 1985 e a terceira em 28 de novembro de 1985, corrigi-

dos pela corre~ão monetãria mais 0.5% de juros ao mês. tal qualuma caderneta de poupan~a.

Este esquema garante uma boa margem(reserva de dinheiro) para possiveis gastos extras.parte desta margem poderá ser utilizada para ummais rápido das cotas.

de seguran~aEventualmenteressarcimento

A proposta - esperamos que esteja clara'- é:- concretizar idéias que estão na cabeça das pessoas e que sãoinviáveis para iniciativas individuais;- aplicar o dinheiro de cada um. com a certeza de que será devi-damente ressarcido. para incentivar idéias e iniciativascomunitárias;- fortalecer a APASC nos utilizando dela para le~ar adiante umideal contido no movimento ecológico: aumentar a autonomia doscidadãos diante do Estado e das Grandes Empresas.'

Nome:Endere~o:Assinatura:Forma de Pagamento:* Uma refei~ão é composta de uma salada. uma torta ou equivalente{prato principal)'e um suco.

reclama~ão sobre a pouca participação dos associados. Os outrosideais foram sistematicamente colocados em segundo plano. Pelasduas circulares aos cooperados, transcritas abaixo, podemos sen-tir'em torno do que giravam as reuniões:

Em 7/11/84 foi reaIizada uma reunião no MamãeNatureza a qual compareceram apenas 9 cotistas. Não se sentindo àvontade para tomar decisões importantes, os cotistas presentesdiscutiram os problemas, propuseram algumas alternativas e mar-cou-se uma nova reunião para o dia 5/12/84.

Os principais problemas ,apresentados foram:1) Até o momento, as receitas do restaurante foram suficientesapenas para cobrir as despesas, o pagamento da Fátima e os vales-refeição. Mesmo acabando de pagar a Fátima, com o aumento dasdespesas do final do ano. não sobrará dinheiro para oressarcimento dos cotistas (a primeira parcela vence em dezem-bro), será necessário, portanto, adiar o pagamento desta parcela.2) Se as condi~ões do Mamãe Natureza se mantiverem. não se sabequando será possivel o pagamento das primeiras parcelas a06cotistas.

Tendo em vista esses problemas, foram pensadasalgumas sugestões:1) ComeQar a servir almoços aos domingos. Para verificar a viabi-lidade dessa alternativa, preparou-se um "almo~o-festa" com car-dápio fixo e pre~o fixo para o dia 5/11, domingo.2) Passar a servir jantar.3) Passar a vender marmitas ou kentinhas no jantar.4) Fazer propaganda.

A fim de facilitar a escolha de alternativas, sãodivulgados aqui Os resultados de um estudo realizado pelo Alceu(cotista). No periodo de 18/7,a 17/8, despesas: 1.750.850.70(incluindo pagamento para Fátima de 132.546,70).Receitas: 1.750.388,00.Custos: (do mesmo periodo)Custos diretos (alimentos .Custos indiretos variáveis .(gás, água, propaganda, adm. e manut.)Custos fixos '................ 680.500,00(salários, aluguel, depreciaQào, esc.cont.)

875.716,00132.716,00

~ total51,8

7',9

Está claro,' portanto, a inviabilidade do pagamentoda parcela de dezembro aos cotistas (2.091.000,00).

Outros dados importantes:Margem de retorno sobre.custo direto (PreQo _·custo direto):

·Torta de Frango 106,3 ~

Lazanha de Beringela .Salada de Legumes com Ricota .Suco de Laranja .Sandulche de Pasta de Frango .

179,2 %110,1 %220,0 %

77,1 %Pratos que oferecem mais lucro.Os sucos em geral oferecem margens altas, (infor-

mação não comprovada). Os sanduiches, oferecidos à tarde, devemser incentivados ou suspensos - a média de venda é de 6 por dia,o que não justifica o funcionamento até as 19 horas.

Para discutir esses problemas foi marcada outrareunião de cotistas.

Dia 5/12/84 - quarta-feira às 20 horas no Mamãe

A Mamãe quer conversar com você.'Como tem havido pouca participação nas reuniões na

casa da Mamãe, é.necessário explicar que estivemos atrasados como.pagamento da primeira parcela, por decisão das reuniões reali-zadas neste periodo, em vista de mudanças na casa e decorrenteimpossibilidade financeira.

Para' que a Mamãe possa ressarcir~nos, resolvemoscriar uma opção, viabilizando a devolução do empréstimo de formabenéfica para a Mamãe,sem prejuizo para os cooperativados.

O primeiro terço da devolução poderã ser retiradotanto em dinheiro quanto em vales-refeiçào (em número de 20vales).

A opção dos vales, além de favorecer o cooperati-vado (uma vez que o dinheiro continua valorizando, à medida quesobe o preço da comida) é um investimento na própria Mamãe, quevirá em beneficio de todos (ainda temos duas parcelas para rece-ber).

Em contrapartida,. a opção do recebimento em di-nheiro continua válida, mas não beneficia a Mamãe diminuindo seucapital de giro.

De qualquer forma, a opçào deverá ser feita indi-vidualmente e informada à Mamãe, à partir de 1 de junho ( datapara cálculo da ORTN e inicio do ressarcimento), entre meio d~a euma hora da tarde.

A Mamãe continua 'precisando da participação de. todos nas reuniões que acontecem toda segunda quarta-feira do

mês, às 20 horas.Cooperative!Um abra~o.

5 de junho - Dia Mundial do Meio Ambiente.Preserve a Mamãe e a Natureza.

Apesar das dificuldades administrativas (troca degerente, falta de dedica~ão dos cooperados no sentido da OTIMI-ZACAO financeira e discussão de novas propostas. falta de 8sses-soria e acompanhamento aos funcio~ários. etc.) o Mamãe sobrevi-veu, reembolsou os cooperados (parte em vale-refei~ões, parte em

lu~ão, que por ·via das dúvidas é mantida em poupan~a, para quandose dispuserem a isso) e passou a dar lucro mensal. Por delibera~ão

B justamente por ter se tornado uma das principaisfontes 'de recursos financeiros para manuten~ão da entidade (paga-

Não conseguimos re-lnvestir na amplla~ão de espa~os alternativos(agricultura orgânica~ espa~os culturais. etc.). A qualidade dacomida em algumas épocas reduziu-se e" as rela~ões trabalhistas

fontes alternativas para sobrevivência das entidades não-governa-mentais que viabilizem sua autonomia politlca.

Abaixo transcrevemos um artigo sobre o Mamãe,publicado em "O Verde" de jan/abril de 88,que descreve as etapas

O Mamãe Natureza mudou. Agoraás refeições estão sendo servidas

--'-.-junto ao prédio do DCE (antigo Mane-co) na rua Dona Alexandrina. A en-trada independente. fica ao lado daentrada do DCE. O lugar ainda preci-sa ser reformado. e já estamos agin-do para que isto ocorra o mais rápi-do posslvel. Pretendemos pintar aentrada e a área ocupada pelo res-taurante. Dar uma trabalhada nojardim. que é muito bonito e cobriruma parte. hoje aberta ao tempo. Sepor um lado resta muito que serfeito. por outro estamos convencidosda conveniência de fazê-lo pois olugar, depois de cuidado ficarámuito legal.

A mudança do Mamãe Natureza nãofoi só de local. Fizemos um convêniocom o DCE da Federal, de sorte quenos tornamos sócios neste empreendi-

mento. Assim, o DCE entrou com oespa~o (que estava ocioso) e nós coma estrutura do Mamãe. Os estudantesda UFSCar, com carteirinha, terãodesconto de 10% e em breve, passare-mos a servir almo~o aos domingos,oferecendo mais uma opção de refei-ção.

Outra mudança ocorrida foi naestrutura da cozinha. A Fátima(super Fátima), antiga dona, estádando a maior força,· orientando opessoal no preparo dos pratos, namaneira de servir, fazer suco,etc ... ~ambêm temos uma gerente nova(Dê), uma cozinheira (D. Adelaide) euma ajudante nova. Tudo isso paraganhar novo impulso,' reoxigenar oMamãe, que tanto contribui para asobrevivência da APASC.

Alêm de oferecer uma opção derefeição bastante saudável.

A Vanderly, antiga gerente,está montando o seu próprio restau-rante, em frente ao antigo Mamãe.

Desejamos-lhe sucesso.Convidamos todos os sócios ·da

APASC (que tambêm têm desconto de10% apresentando a nova carteirinha)pará conhecerem a nova casa do Mamãee nos darem sua opinião. Esperamosque todos estes esforços sejam re-vertidos em alimenta~ão saudável, apreço acess1vel, em ambiente agradá-vel e com espirito coletivo. Alter-nativo.

Bom apetite.

A propósito:Os cotistas do Mamãe quesão osmaiores responsáveis por termos,ainda hoje, o negócio de pé, mos-trando que a iniciativa cooperadapode dar resultado, que ainda nãoforam reembolsados, devem procurar aAPASC. Na reunião ou no entrepostodo Paulo Mancini.

Quando um dentista de São Carlos procurou a APASCpara solicitar auxilio na implementação de suas propostas deatividade em defesa da Represa do Lobo,conhecida na região porBRaA, ali encontrou a boa vontade do então secretário da APASC euma pequena estrutura burocrática - a organizaçao APASC,papéistimbrados,uma secretária, pouquissimos recursos financeiros masque serviam para cobrir necessidades de fotocópias de documentose correspondências.Este pequeno apoio desempenhou o papel deincentivá-lo a ir adiante em sua luta, sem nenhuma restrição paraque usasse a APASC da forma que melhor lhe aprouvesse. Váriosforam os contatos com prefeitos e politicos das cidades da re-gião,do BRaA, CaNSEMA, Policia Florestal, moradores e proprietá-rios da região, até que se veio a sentir a necessidade de am-pliação do movimento trazendo novas pessoas para o trabalho numaestrutura formal de entidade.

No dia 30/09 de 1981, nas dependências do SENAC.forma-se o Núcleo de Proteção ao BRaA com "a finalidade primeirade proteção ã Represa do Lobo. Será um Núcleo da APASC com totalautonomia de atuação, que estará estudando as possibilidades dese constituir enquanto entidade autônoma". Compareceram em tornode 50 pessoas, formou-se uma coordenação provisória do núcleo.tendo o mencionado dentista como presidente. No transcorrer destareunião,manifestava-se de forma perceptlvel a existência de umadiferença nas caracteristicas,expectativas,perspectivas para ofuturo e estratégias preconizadas de atuação, entre os associados

. da APASC e seus diretores de então e os interessados que se

·mente APREL) para nova associação.Em seus seis anos de existên-cia,a APREL tem prestado inúmeros e relevantes serviços à comuni-dade e sempre ~em apoi~do a APASC em suas lutas e vice versa temcontado com o apoio da APASC para suas campanhas.

grupo. Ela pode ser atribuida também à percepção de que havendodois espaços institucionais havia maior possibilidade de agluti-

dadedo presidente da APASC e, em conversas informais,demonstran-odo-sereceptivo a nossa antiga aBpira~ão, sentimos 8S condiçõesamadurecidas para viabilizarmos o Programa. Debatemos o assuntoem reunião e procuramos pessoas que pudessem auxiliar nessatarefa.Marcamos a primeira reunião já para iniciarmos a gravaçaodosprogramas, pois estávamos cansados de planejar e acreditáva-mosque na medida em que trabalhássemos a idéia em si procurandoconcretizá-Ia, as dúvidas burocráticas e organizacionais iriam sedirimindo. Dito e feito. Escolhemos a programação, o nome doprograma, a vinheta, o tempo de duração, quem falava o quê.dividimos tarefas sobre o conteúdo dos primeiros programas efomos conversar com o diretor da Rádio sobre as primeiras idéiasdo grupo. Não foi tão fácil assim. Fomos percebendo que o espaçonão seria cedido gratuitamente mas alugado, portanto precisávamosde patrocinadores. Depois descobrimos que o tempo que disporiamosseria de apenas de cinco minutos. três vezes por semana. Logo emseguida percebemos que era um tempo suficiente face àscaracterlsticas de voluntarismo e de pouca (ou nenhuma) experiên-cia com rádio dos participantes e,ao perfil dos ouvintes daquelaemissora no horário em questão.

Após as primeiras conversas. ensaios, encaminha-mentos, arrumamos os patrocinadores e fomos fazer um teste narádio. Os programas foram levados ao ar todas as 2as.. 4as. e6as. feiras às 13 horas, por cinco minutos ou um pouco mais.Começava com uma introduçao musical("marcha turca"de Mozart).osouvintes eram cumprimentados e passava-se ao anúncio dos patroci-nadores. Depois, em cada programa, tratávamos um assunto. através

diversas publica~õeB e jornaie que chegavam até a sede da APASC.receber dos patrocinadores. levar as pessoas para gravarem osprogramas etc. Enfim, após alguns meses. as pessoas do grupooriginal, uma após a outra. foram se afastando e deixando paraela quase todas as responsabilidades. só colaborando na grava~ãode um ou outro programa. Procuramos formar um novo grupo paraauxiliá-la na redação e na produção dos programas.Convidamosalunos do curso de Biologia da UF5Car e os amigos interessados acolaborar.Dois estudantes passaram a fazer parte da equipe doprograma mas logo se afastaram e 'foram substituidos por outrosdois estudantes de Biologia.

'Em dezembro de 84, durante o 10. Encontro Estadualde EducaQão Ambiental (Sorocaba) e,em julho de 86. durante aReunião Anual da SBPC (Curitiba),apresentou-se um relato dosobjetivos e ativi~ades do programa. Anexo apresentamos um resumodessa comunica~ão o Em termos de "feed-back", tinhamos os telefo-nemas dos ouvintes atrás dos brindes sorteados. alguns (raros)telefo~emas espontâneos para a Rádio Progresso pedindo a repe-ti~ão de alguma receita ou endereço e algumas (mais raras ainda)cartas de ouvintes. Fora esse retorno,tinhamos os amigos (poucos)que ouviam e elogiavam e alguns conhecidos ou desconhecidos queperguntavam se éramos nós que estávamos "falando no rádio" - comofoi o caso de um caixa de Banco que ao ouvir a voz de um dosmembros do grupo, perguntou se não era ele que falava de vez emquando na rádio em um programa o ••

Em 1985, sentindo-se a necessidade de não se per-o der mais tempo correndo atrás de patrocinadores. de se ter uma

equipe de programaQão fixa e de se valorizar academicamente e

se estimular o trabalho dos estudantes e profissionaisenvolvidos, solicitou-se um convênio com a UFSCar para que elaassumisse os gastos com o Programa e desse bolsas de monitoriaaos estudantes envolvidos. A proposta de convênio começou atramitar em julho de 85, foi efetivamente assinado em principiode 86, sendo que os estagiários e.a rádio s6 começaram a receberem outubro de 86.

Em abril de 87, os programas foram interrompidospor falta de pagamento e até março de 88 nenhuma solução haviasido dada para reviver·o "Vida Natural".

Algumas considera~ões podem ser esboçadas a partirdesta experiência.

- O significado positivo do convênio entre a APASCe.a Universidade referendando avan~os ocorridos na prática (inte-ra~ão Universidade/APASC, comunidade/estUdante) e como modelopara outras propostas semelhantes - pela APASC e outras entidadesda sociedade civil e pelas Universidades e outras in6titui~õesrealmente preocupadas com o fortalecimento da sociedade civil emovimento ecológico

Neste fato significativo de um avanço do movimen-to e das instituições, está um dos motivos mais fortes para odeclinio do grupo da Rádio pois,ao. estabelecer-se o vinculo com aUniversidade,as pessoas que tocavam a parte financeira do progra-ma (diretoria da APASC) despreocuparam-se em buscar as migalhasdos patrocinadores e as pessoas que faziam o programa alienaram-

se da totalidade de fatores que interferiam na concretização domesmo.

- A pouca interação entre a diretoria da APASC (eas reuniões gerais) e os membros do grupo de trabalho.

- A centralização das responsabilidades do progra-ma em uma única peS60a, gerando muita dependência do grupo.

- A falta de experiência do grupo com os trâmitesburocráticos da Universidade.

- As dificuldades inerentes à contraposição de umtrabalho voluntário, educativo e voltado para o bem comum, veicu-lado através de uma emissora que visa lucros, cobra por minuto deprogramação e ainda censura "falas" que possam significar perigoao favor que o governo lhes concede.

Com a difusão de rádios alternativas (piratas),acreditamos que se ampliarão os canais de comunicação dos gruposecológicos em Assis, os participantes do "Grupo Ecológico"foram os maiores entusiastas da idéia de se fazer uma "vaquinha"que possibilitou a compra de uma rádio e deverá lavá-Ia ao arainda neste ano de 88. Se os constituintes forem sensiveis àreivindicação da legalização de uma faixa no dial das Rádios,destinada às emissoras livres (ligadas a entidades da sociedadecivil, sem fins lucrativos)será facilitada a radiodifusão demensagens dirigidas a jovens, alternativos e participantes demovimentos sociais que encontram obstáculos para comunicar suasidéias,advindas da burocracia oficial apaniguada com o poder

'economico e das várias formas de manifestação da censura.Na

campanha das "Diretas já!" a APASC não pode veicular um texto coma posi~ão assumida por ela e pelo grupo da Rádio (anexo).

Se os constituintes mantiverem o atual esquemacentralizado e autoritário de concessão de canais radiofônicos.acreditamos que, por um lado serão ampliadas as rádios piratas epor outro lado, em fun~ão da demanda da sociedade por informacõessobre a questão ecológica, as próprias rádios deverão ir abrindoespacos para esse tipo de programacão, porém sob controle dosseus dirigentes de forma a não comprometer o privilégio deconcessão da estação de rádio.

Aqui podemos abrir uma outra polêmica sobre atéque ponto o"Vida Natural"contribuiu para mudanças de atitl.1desdapopula~ão em rel~ção à questão ecológica e à reflexão sobre ascausas dos problemas ambientais e de qualidade de vida apontandopara a necessidade de transforma~ões soclais.Ou.se ao contrário.fez com que a~ pessoas se sentissem reconfortadas e mais orgulho-sas de sua cidade por terem um programa de ecologia e um motivo amais para sintonizar na"Progresso AM". Acreditamos que a respostasobre esta questão aponta para a existência de um delicado equi-11brio de forcas,um jogo pol1tico no qual cada parte faz conces-sões, procurando aproveitar ao máximo seus espaços. A rádio, alémde receber o aluguel, cumpre a lei que a obriga a um m1nimo deminutos de mensagem educativa, e beneficia-se,fortalecendo suaboa imagem junto a um setor da popula~ão sensivel a este tipo demensagem. A APASC divulga-se e procura difundir-se junto à popu-la~ão tornando-a receptiva a outras mensagens. lutas e campanhas

. que a entidade venha vincular, além de conseguir avanços educa-

cionais reformistas em questões relacionadas à alimentação, difu-são de tecnologias alternativas, sensibilidade à questão ecol6gi-

No' final do ano de 1978, a APASC iniciou seuenvolvimento com a favela do Cruzeiro do Sul, discutindo emalgumas reuniões de diretoria sobre o porquê e como uma asso-ciação para proteção ambiental deveria atuar nos inúmeros proble-mas de uma favela.

Haviamos sido despertados para o problema pelaimprensa local que publicava denúncias de alguns vereadores sobreo fato de o vice-prefeito ter orientado (com finalidades eleito-reiras) algumas famllias que não tinham onde morar a se instala-rem em uma área destinada a praça pública.

Uma comissão de associados foi ao local averiguara denúncia e se deparou com algo ainda mais grave do que aatitude reprovável do vice-prefeito de orientar familias a ocupa-rem uma área destinada a praça pública (área de uso comum quepertence a todos os cidadãos e sobre a qual somente os vereadorestêm direito de mudar a finalidade de uso) que era a precáriacondição de vida no local, o que na mesma época, era denunciadopelas visitadoras sanitárias do Centro de Saúde.

Concluimos então que uma entidade de ProteçãoAmbiental que tem como um dos seus objetivos "contribuir para queo homem tenha melhores condições de vida,buscando umrelacionamento harmônico com o meio ambiente", não poderia deixar

de apresentar BolúcõeB para tão grave problema.deveriamoB ter bem claro as implicações po11ticas quequestionamento aprofundado das causas do problema bemnosso envolvimento com outras entidades, instituiçõespr6pria comunidade favelada.

Contudo,tinha ocomo dee com a

Na ocasião, ponderamos sobre todos esses pontosnas reuniões gerais das sextas-feiras no SENAC, e conclu1mos pelaatuação dentro da perspectiva de nossa proposta de sócio, sinte-tizada na frase de "Péricles" que diz sobre a participação docidadão na resolução dos problemas da comunidade.

E é como temos atuado até agora e pretendemoscontinuar atuando: incentivando a participação organizada dosfavelados na resolução dos seus problemas e tanto n6s como asdemais entidades envolvidas procurando dar o apoio que elespedirem.

Ap6s os primeiros contatos e reuniões, iniciou-sea participação mais efetiva.

No inicio de 1979, o DAS - Departamento de Assis-tência Social da Prefeitura Municipal, convocou uma reunião detodas as entidades interessadas em apresentar soluções ao proble-ma.

Estas entidades, através de um decreto-lei munici-pal, tornaram-se uma Comissão da cidade voltada para a apresen-tação de soluções.aos problemas da Favela em questão.

As primeiras reuniões dessa Comissão concluirampela importância de uma pesquisa que propiciasse um melhor conhe-cimento da realidade do local e dos moradores.

A partir deste momento,a APASC demonstrou querealmente pretendia trabalhar. Elaboramos um questionário que,aprovado pela Comissão de Entidades, foi aplicado na semanaseguinte, quando cerca de 60 pessoas auxiliaram no trabalho.Apesar da boa vontade dessas pessoas,sentimos que o fato foinegativo pois caracterizou-se como uma verdadeira invasão dafavela, não permitindo que os favelados se sentissem à vontadefrente às perguntas feitas e também,muitos dos inexperientesentrevistadores não souberam preencher direito o questionário.

Naquela ocasião, haviam 46 barracos com 50 fami-lias,um grande número de crianças. (uma boa parte), sem saúde, semescola, mulheres querendo trabalhar e não tendo onde deixar osfilhos menores, pessoas desempregadas ou empregadas com subsa-lários. Quase nenhum banheiro e ausência de qualquer infra-estrutura, grande distância da linha de ônibus, nenhuma organi-zação comunitária e/ou de participação coletiva,a não ser areligiosa.

foram formadas 5 subcomissões de atuação e a APASC responsabili-zou-se principalmente pela de habitação. Contatamos alguns enge-nheiros e estudantes de Engenharia que já haviam demonstradodisposição para atuações deste tipo e formamos um grupo de traba-lho.

Então começamos a nos reunir com os moradores,discutir os problemas pelos quais passavam e buscar soluções queatendessem suas necessidades prioritárias de forma que iniciassemum acúmulo de experiências que lhes permitissem partir paraatividades que exigiam uma sólida organização.

Após algumas reuniões de moradores, onde a parti-cipação foi aumentando gradativamente, formou-se uma comissão derepresentantes de moradores que iria falar com o Prefeito Munici-pal, pedindo um esclarecimento sobre suas reais intenções pararesolver o problema da favela e sobre quais eram as alternativaspara tanto.

geral ,iriasolucionarmorarem emhaviam sido

Essa comissão, segundo o discutido na reuniãotambém manifestar a vontade de todos os moradores dea situação de insegurança que viviam em vista de

uma terra que não era de sua propriedade e da qualintimados, pela própria prefeitura,a se retirar.

Na reunião com o prefeito, os moradores falaram daajuda da APASC, da UFSCar e de um loteador que se dispunha a doaras instalações de água e esgoto para os favelados,caso a Prefei-tura se comprometesse a doar o terreno.e ouviram do Prefeito ocompromisso do Municipio doar-Ihes o terreno caso eles se comprometessem a construir suas moradias.

Após estes esclarecimentos,discutimos a necessi-dade de todos estarem empregados e prestamos informações aos queprecisavam, sobre como tirar alguns documentos e sobre direitostrabalhistas. Em outras reuniões foram debatidas questões sobre otamanho do terreno, quais moradores seriam beneficiados. o em-brião minimo da casa que seria construido e como urbanizar orestante daquela área pública onde estava a favela. Devido àsdificuldades existentes para realizarmos nossas reuniões a céuaberto ou no barraco de um morador. que nem sempre tinha lugarpara todos os presentes, decidiu-se construir um barraco queserviria às reuniões e posteriormente para um curso de alfabe~i-zação e depósito de materiais de construção. Esse barracão foiconstruido em mutirão- o.material foi dado por vários moradores epela UFSCar. Outra decisão importante tirada no final do ano de79 e viabilizada a partir de janeiro de 80, foi a abertura de umapoupança conjunta na Caixa Econômica Estadual (os titulares eramtrês favelados que lideravam o movimento). onde cada moradorpassou a depositar 500,00 cruzeiros por mês como forma de juntarfundos para a construção. Paralelamente ao trabalho com os mora-dores. estávamos realizando reuniões com a Universidade e Prefei-tura com a finalidade de celebrar um convênio onde ficasse bem

. claro como deveria se desenvolver o trabalho e quais as obri-

gações das partes. Esse convênio, depois de muitas idas e vindasna burocracia da Prefeitura e Câmara Municipal- e depois dosmoradores formarem comissões de pressão que foram à imprensa, àPrefeitura e à Câmara para exigir uma maior rapidez no andamentodos papéis porque eles estavam vivendo em situações precaris8i-mas, finalmente foi aprovado e assinado pelas partes. Duranteeste ano, duas comissões novas,constituidas através da APASC,começaram a atuar na FAVELA: uma na área de saúde e outra naeducação. A Comissão de saúde atua no campo de orientacão sobrecomo o morador deve agir diante de problemas de saúde, pretendetambém interagir com grupo de educacão para incluir pontos desaúde no curso de alfabetizacão. No grupo de educacão, as aulasestão sendo preparadas, a partir'de uma pedagogia, discutidaentre o grupo, que deverá ter como preocupacão principal a alfa-betizacão a partir da discussão de temas e problemas que estão nomeio ambiente daquela comunidade. Os jovens do seminário

.Diocesano estão trabalhando neste grupo e já levaram para obarracão lousas e carteiras. Além deles está uma associada daAPASC que tem mestrado em Educacãó na UFSCar. Atualmente a dis-cussão mais acirrada é com relacão ao financiamento para o mate-rial de construcão. A prefeitura aponta o programa "Nosso Teto"da Caixa Econômica Estadual como solucão, porém os moradores sãocontrários a contrair uma divida por 25 anos.·E a alternativa queeles apontam -é a Prefeitura fazer o que se comprometeu- dar oterreno demarcado, o loteador a infra-estrutura e a Universidadeos projetos que eles se comprometem no prazo de um ano a cons-truirem suas casas. Para isso eles contam com a·palavra do pro-prietário de uma fábrica de tijolos de solo-cimento que disseceder suas instalacões para os faveladosfabricarem os tijolos.Contam com o compromisso da maioria de trabalhar em mutirão e coma idéia do Padre do Seminário de conseguir, a partir da formacãode uma associacão de moradores, doacões de industriais,comercian-tes e demais interessados em colaborar com os favelados, sendoque cada uma das doacões seria abatida do Imposto de Renda.Durante todo este tempo algumas familias foram embora, e algumasnovas chegaram e existem algumas familias que não estão interes-sadas 'em nada.Estas últimas são problemas que precisarão serdiscutidos com especificidade.

Pretendemos a seguir fazer algumas consideracões arespeito do favelamento em particular e da Habitacão popular deum modo geral. O presente trabalho não se destina a uma investi-gacão cientifica ou mais detalhada dos aspectos da moradia popu-lar. Queremos, principalmente, relatar aspectos da realidade dascondicões de existência de tão grande parte da populacão.

"Habitat é o que abarca a totalidade da comunidadehumana na cidade, povoado ou aldeia, com todos os elementossociais, materiais de organizacão, espirituais e culturais que amantém. Entre eles figuram as necessidades fisicas das habita-

. cões, do trabalho, da comunicacão, a água e a higiene; os ser-

vi~os para a educação e saúde, a proteção e o bem estar social;sistemas de governo, direito e administração econômica e serviçosculturais, para a arte, o lazer e o entretenimento!

Os baixos salários, a alta do custo de vida, oselevados aluguéis e a especulação imobiliária criminosa, queempurra uma certa parcela da população para longe das infra-estruturas e serviços urbanos, são os principais aspectos econô-micos que determinam a transformação da condição social dessapopulação para a de simples favelados. Essa marginalização já seobserva aqui em São Carlos, fam1lias expulsas de suas casas dealvenaria alugadas devido a dific~ldades financeiras, se juntamcom aquelas que sairam ou foram expulsas do campo ou que migra-vam, pensando em uma vida mais digna, dando origem a favelas ebairros insalubres.

A favela do Jardim Cruzeiro do Sul e os bairrospróximos são exemplos dessa realidade. O favelamento é uma dascontradições nascida no processo de industrialização que se deude maneira desordenada e portanto centralizadora de recursos eoportunidades de empregos, juntamente com a expulsão do homem docampo pelos latifundiários e multinacionais. Esse contingentechega aos grandes centros urbanos sem nenhuma ou com baix1ssimaqualificação profissional, sendo portanto marginalizado no merca-do de trabalho. Nas favelas moram principalmente trabalhadoresnão especializados: empregadas domésticas, serventes de pedreiro,marreteiros, etc. Trabalhadores que recebem o~ menores saláriosdo Pais, geralmente esses salários não são mais que o minimo.

Entretanto tem crescido o número ·de operários,funcionários públicos (como na favela San Remo, onde moram servi-dores da cidade Universitária de São Paulo),empregados do comér-cio, etc.

Esses trabalhadores e suas familias ,tendo pelafrente as questões colocadas anteriormente, foram empurrados paraa favela que é um pedaço de terra que ou o poder público nãoutiliza ou está em mãos de algum especulador esperando a suavalorização. Oficialmente uma favela é caracterizada pela questãode posse da terra. Tanto que essa é a principal e primeira rei-vindicação do favelado. As ações de despejo muitas vezes violen-tas, executadas pelo poder público e proprietários particulares,confirmam essa caracterização. Além dessa, outras caracter1sticassão gerais: falta de água encanada, luz e esgoto, recolhimento delixo acrescido de todos os demais problemas dos bairros de peri-feria. Muitos bairros de proprietários dos lotes ou loteamentosclandestinos apresentam qualidade de vida ·tão baixa quanto asfavelas. Outro grave problema para o favelado é o da discrimina-ção social. As imobiliárias não os querem próximos às suasposses, temendo a sua desvalorização, os moradores vizinhos seorganizam para expulsá-los ou impedi-los de ocupar, a visão ai éde que a favela só tem bandidos e prostitutas. Como consequência,o favelado pode a qualquer momento ser transferido de um lugarpara outro, ou simplesmente expulso do lugar onde está. Muitasvezes o Estado,ou a Prefeitura,não faz a ligação da luz, água e

esgoto porque isto dificultaria a remoção da favela. São pouca6as cidades que não possuem população favelada. Favelas não sãomais "privilégios" dos grandes centros urbanos do pais, o quadrogeral denuncia a politica econômica centralizadora de riquezas ea maneira como os órgãos oficiais têm tratado o problema dahabitação popular. São Paulo (capital) possui perto de um milhãode favelados, São mais de um milhão na cidade do Rio de Janeir0.Em Belo Horizonte,vivem 600 mil favelados (um terço da populaçãototal), contingente suficiente para formar a segunda maior cidadedo Estado de Minas Gerais. No Norte e Nordeste do pais proliferamas favelas, cortiços, alagados e etc. O poder público tem atuadode duas maneiras para atacar o problema de moradia e posse. Nodesfavelamento, a ação é no sentido de deslocar o favelado paralonge das regiões centrais o que do ponto de vista de suas neces-sidades de trabalho, educação e transporte, quase sempre o preju-dica em vez de beneficiá-lo.

Por outro lado, o Banco Nacional da Habitação(BNH) que recebe dinheiro através do Fundo de Garantia por tempode serviço de todos os trabalhadores do pais, oferece váriosplanos de aquisicão da casa própria. Porém, as condições impostascomo a documentação, renda familiar exigida, valor das prestaçõese prazos de pagamento, tornam praticamente impossivel ao faveladoser beneficiário de algum desses planos. Se o consegue, atraidopelas pequenas parcelas iniciais, descobrirá, mais tarde, estarde posse de um verdadeiro elefante branco: Uma edificacão depequeno espaco habitacional de baixa qualidade e, após algunsanos, tendo que pagar prestações acima das cpndições da familia.Pode-se seguir através de jornais as lutas que os mutuários doBNH vêm sustentando contra este órgão ou empreiteiras. Invaria-velmente os problemas vão desde rachadura de paredes, queda dosrevestimentos, mal funcionamento das instalações, até o nãocumprimento de obras programadas como: centro comunitário, áreade lazer, jardinagem e etc. Assim que entra na casa, o usuáriotem que dispor de tempo e dinheiro para sua manutenção e amplia-cão. Estará pagando duas vezes para verem atendidas suas necessi-dades de moradia. Os conjuntos habitacionais do BNH são, em suamaioria, localizados distantes dos locais de trabalho, escolas,transportes, e sempre carentes de equipamentos urbanos.

o BNH mantém também um estreito controle sobre osmoradores desses conjuntos, através dos contratos de venda e deseus assistentes sociais. Dificulta e impede qualquer organizaçãolivre dos mutuários na defesa de seus direitos. Entendemos que oproblema da Habitação popular estã ligado a uma complexa malha denecessidades, expectativas e interesses de indole social, politi-ca e econômica que se estende por todo pais. A Habitação é umdireito inalienável assim como o trabalho, a saúde, a educação eo lazer. O conceito de habitação ,socialmente justo é aquele queliga o lugar de moradia com a infraestrutura de serviços corres-pondentes (redes de água e esgoto, eletricidade, etc.) e com oequipamento urbano (escolas, postos de saúde, comércio, centrosde lazer, etc.): A Habitação,portanto,faz parte do HABITAT natu-ral do homem, de sua vida cotidiana e, como tal,está lnserida emseus costumes e valores culturais e que devem ser partes funda-

·outro brigou com o vizinho e mudou-se para outra cidade para

do comum a segredar. Recentemente tivemos informa~ões que osmoradores da favela estão construindo suas casas com orientaçãode profissionais da Escola de Engenharia (USP-São Carlos)e daPrefeitura Municipal e acreditamos que o processo anterior serviuao menos para manter o problema em evidência, garantir a nãoexpulsão dos favelados da área inyadida e criou uma experiênciam1nima de organização entre partes dos que permaneceram na fave-la.

NOTAS

CAPITULO 11

A "casinha" à qual nos referimos é o monumento em homenagom ((Anita Garibaldi, localizado na Praça Paulino Carlos, cedidopela Prefeitura Municipal, em 1986, para sede da APASC.

"O VERDE"-publica~ao bimestral da APASC, contendo artigos einformes das atividades desenvolvidas pela associação.

Basta, por exemplo, ver o aumento significativo no número denoticias veiculadas pelo jornal "O ESTADO DE 51\0 PAULO" arespeito do assunto ecologia (nos arquivos do jornal encon-tramos na pasta "Ecologia" somente sete noticias até 1970,sendo quatro do jornal "A Provincia de São Paulo", do séculopassado. uma do Estadão e duas do Jornal da Tarde. Em 1971.12 noticias, em 72- 38. em 73 - 18. em 74 - 80,.em 75 - 33 eem 1976 encontramos 39 noticias sobre Ecologia) e a posturadessa empresa jornallstica denunciando a censura que vinhasofrendo por parte do regime militar publicando receitas debolo ou poemas no lugar de matérias censuradas.

Um dos seus docentes mais renomados formulava frases do tipo:"se o governo investiu em mim pagando minhas pesquisas eviagens para o exterior eu me sinto na obriga~ão de devolver-lhe através da minha produção cientlfica - pouco me importaquem seja o governo".

Escolheram-se pessoas do meio acadêmico que não escondiam osfatos e não davam uma interpretação ideologicamente favorávelao sistema- nessa época dificilmente se encontravam pessoasque falassem publicamente a respeito das causas politicas eeconômicas dos problemas ambientais.

Destaque-se o papel dos"trotskistas"da Convergência Socialis-ta que "viam com bons olhos e estimulavam os movimentosalternativos como novas frentes de contesta~ão à ditaduramllitar e ao sistema" - depoimento de um participante daConvergência feito em 1985.

ACAPRENA - Associação Catarinense de Preservação da Natureza;AGAPAN; ABPVS - Associa~ão Brasileira de Preserva~ão da VidaSelvagem, APPN - Associação Paulista de Proteção à Natureza.dentre outras.

Quanto às reuniões. que tiveram um média de participação de 6pessoas aproximadamente (são 760 pessoas registradas nas 118atas). podemos destacar a alta afluência de pessoas no inicioda APASC (média de 18 pessoas em 77) decaindo para oito em 78e mantendo uma média menor ainda nos anos de 80 a 83, quandotemos diversas reuniões registrando a presença de 2, 3 ou 4

pessoas no máximo. Em 1984, houve um salto qualitativo equantitativo na participação das reuniões, com a formação doegrupos de educação ambiental - EA; programa na rádio, Pró-cinema e "MAMAE NATUREZA". Ai a média por reunião elevou-se para seis pessoas.Em 1985, após formada a nova diretoria,a participa~ão média mantem-se em torno de cinco pessoas emantem-se nessa base até o final de 1986. Algumas reuniõespara debater assuntos especificos contam com um ~úmero maiorde participantes,em geral envolvidas com o problema em pauta.

9. A Prefeitura libera para a APASC em parcelas mensais umasubven~ão anual prevista no orçamento do Municipio. Istoocorre desde o ano de 1980 em função da APASC ser entidade deutilidade pública municipal.

10. Servi~o Nacional do Comércio. SENAC - sito à rua Episcopalno. 700 - Os diretores e algúns professores do SENAC sempreforam simpáticos à APASC e apoiaram suas atividades de diver-sas maneiras - servi~os de off-set, autoriza~ão para utili-za~ão do audit6rio para filmes e conferências, sala parareuniões, promo~ões em conjunto de ciclos de conferências.

11. Era um quarto com quatro armários, três recebidos por doaçãode associados e um por empréstimo da UFSCar; uma mesa recebi-da por empréstimo do DCR-Livre UFSCar; uma-máquina de escre-ver doada por um parente de um tesoureiro da APASC e algumascadeiras e caixotes.

12. CDCC - Centro de Difusão Cientlfica e Cultural da USPCarlos localizado à rua Nove de Julho - esquina commaio.

- São13 de

13. Praça Paulino Carlos é uma praça no centro da cidade, emfrente ã Catedral e à Prefeitura Municipal, lindamente arbo-rizada e motivo de pedido de tombamento ao CONDEPHAAT.

14. Em 1982 contratamos a primeira secretária/estagiária queficou aproximadamente um ano. Depois tivemos um estudante deEduca~ão Fisica e uma estudante de Cursinho, ambos por algunsmeses. Em 02/84 assume uma enfermeira e pós-graduanda emEduca~ão Especial que coordenava o programa radiofônico daAPASC "VIDA NATURAL" à qual se sucede uma estudante de Peda-gogia e participante do Grupo de Educação Ambiental; de 08/84a 11/84 assume uma bióloga e p6s-graduanda em Educação que jáhavia participado em outras épocas, de reuniões e de algunstrabalhos da APASC como por exemplo da feitura do jornalzinho"Chove num molha"; de 12/84 a 02/85 assume o estudante deFisica da EESC, adepto da alimentação natural. Ap6s elessucederam-se mais quatro secretárias(os) sempre por periodo6

inferiores a um ano, sendo que atualmente temos como secreti-ria uma ex-participante do movimento ecológico de Minas Ge-rais.

Podemos afirmar tranquilamente que a maior partedessas(es) doze secretárias(os)/estagiárias(os) tinham naatividade que desempenhavam mais do que um emprego.um compro-misso com a causa ecológica e com a entidade.

Além dessas pessoas,tivemos duas estagiárias daFaculdade de Biblioteconomia que durante um mês (16/11 a16/12/84 ordenaram os livros e pastas da associa~ão.

Arvores; energia nuclear e hidrelétricas; Fauna;Ecologismo Geral; Ecologia Norte (região acima de São Paulo);Ecologia Sul (região abaixo de 'São Paulo); Indios; Agricul-tura; Alimentos e Conservas; Maré Vermelha; ComportamentoSexual da Mulher; Metrô e novas Pra~as; China; Literatura;Luis Carlos Lisboa; Politica Nacional e Internacional (arti-gos sobre pacifismo, Serra Pelada, fome~ guerra nas estrelas.Tito, Lech Valessa. contra-cultura. militares argentinos.Paulo Francis. etc.); Ciência; Saüde e Alimenta~ão; Pacifis-mo; G~erra; Superpopulação; Urbanismo; Usinas Nucleares;Poluição Pró-Alcool;Fontes altrernativas de energia; Degra-dação do meio ambiente; Amazônia; Caucaia~ Flora; Noticiasgerais; Religião; Poluição; Diversos; Agricultura. chuvas einundações em 81; Agricultura. hortas, reforma agrária; al-ternativas, derrubadas; Reservas Florestais; habitação; bio-logia. .

Legislação; Boletins da Cetesb; CONDEMA; Consex;Associa~ão de Moradores de São Carlos; Educação Ambiental;panfletos da AGAPAN e ADFG; Boletim dos Sarvas; Centro Demé-ter (circular mensal); FBCN (boletim informativo) UNEPUnited Nations Environment Programme - New; INFORPALC; Eco-forum; Vale do Paranapanema e Braskraft; Boletins da Arca,Adea, Adeflofa/Adema; Harmonia Ambiental; Estatutos da SEMA-RA; Textos traduzidos dos painéis da ONU sobre a Conferência"HABITAT" - Vancouvert; Policia Florestal; Jornal do MeioAmbiente; Jornal do Movimento Ecológico; Grupo Pró-cinema deSão Carlos; Associação de Amparo aos animais; Grupo Seiva:Revista Pau-brasil; Oikos; Pró-Gea; Apreffa; Sopren; Feema;Sociedade Amigos de Embü; UDB; Senda; Lua NOva; Nave Pirata;Coonatura: UN mais - jornal da ADFG; Movimento PacifistaBrasileiro; Universidade Espiritual Brahma Kumaris; Floresta:Aurora Espiritual; Documentos da APASC (estatuto, impostos,

.livro diário, lei de utilidade püblica, atas de posse dasnovas diretorias, etc.); publica~ões da APASC; recortes dejornais sobre a APASC ou publicados pela APASC; publicações

governamentais; Constituintes; cinco pastas com a correspon-dência recebida de 77 a 84 (ordenada por data de recebimento)e dois pacotes com a correspondência de 85 e 86; correspon-dência emitida de 77 a 85; Publicações antigas da APASCoriginais e cópias; Fitas do Programa Vida Natural (por umperiodo); Fitas do Programa de rádio feito pelo Prof. J.Pizzarro da UFSM ~ Rio Grande do Sul; Slides diversos; Fotosda Praça Paulino Carlos e outras; atividades na praça promo-.vidas pela APASC; pastas do programa vida natural de novembrode 83 a novembro de 84 (o restante deve estar com o pessoaldo programa); jornais: Sinal Verde (IBDF - vários números).Vida Integral ( três números). Estado de Alerta (4 números).Porantim (2 números); Revistas.: Poesia e Cia. (Casa do Poetade LOndrina). União Brasileira de Trovadores, Ciência eCultura {SBPC, SABESP/DAAE •. Revista Geográfica Universal;Vida e Saúde. 'Ciência Hoje (SBPC), São Paulo Interior, Cor-reio da UNESCO. Terra Indigena (Boletim do grupo indigenistaKurumim - UNESP Araraquara/números 34, 36 a 41); RevistaCOMUNIDADE; Voluntários defensores da Natureza e revista doMovimento Arte e pensamento Ecológico; Manual do Consumidor/Guia do Consumidor PROCON. revistas da secretaria da agri-cultura com os produtos aconselhados ao consumo em cada mês,diversas revistas (Transe. MEC, Weleda, Juréia. etc.); Cor-respondência recebida da.Câmara e Prefeitura Municipal.

Em dezembro de 86 encontrávamos sobre a mesa emutilização as seguintes pastas: Correspondências com Associa-dos; Noticias publicadas pela imprensa de São Carlos referen-tes a Ecologia em 86; Correspondência geral; CorrespondênciaSão Carlos; Correspondência Entidades Ambientalistas; Pastassobre a qustão indigena; pasta sobre o parque ecológico deSão Carlos; pasta sobre agrot6xicos e alimentos; pasta sobreecologia; Livro ata; material para os jornais"O VERDE";endereços de associados e de pessoas e entidades que devemreceber correspondências da APASC.

17. Por "Forças Vivas" entendemos os grupos econômicos e pollti-cos detentores do poder no municipio.

18. Entendemos "origem" como a profissão e/ou local onde a pessoatomou contato com a proposta de s6cio da APASC.

19. Em 79,das 23 pessoas que se associaram, 18 tinham entre 18 e29 anos. três de 30 a 40 anos e dois mais de 40 anos. Desses,12 eram estudantes.e 7 eram professores (4 da UFSCar). Em1980 há uma pequena variação na composição etária dos asso-ciados em função da filiação de 24'rotarianos (na maior partepessoas com mais de quarenta anos) como resultado de umapalestra feita na APASC numa reunião/jantar do Rotary Club aconvite de um funcionário da fábrica de Lápis JohnFaber, que já contribuia há algum tempo com donativos da

Fábrica para a APASC e que se empenhou na filiação de seuccompanheiros do Rotary . Os 16 outros novos associados tinhammenos de 30 anos na época (14 menos que 25), 1 era a Frater-nidade dos Sarvas (comunidade rural de Minas Gerais) e 2tinham 31 e 34 anos. Os 24 rotarianos eram médicos, empresá-rios, advogados... Além deles, tem,os 13 estudantes, 1 pro-fessor, 2 associados ligados a comunidades rurais de outrosEstados e um funcionário de uma indústria,irmão de um diretorda APASC. Em 1982 come~a a modificar a composição do quadrode associados quanto à origem e quanto à faixa etãria. Dos 27novos associados, somente 8 eram estudantes, 14 eram profes-sores da UFSCar e USP (nessa época temos como tesoureiro daentidade um professor de Computação da UFSCar) uma era pro-fessora de Balet e um era dentista(um diretor começa a serviralimentação natural e divulgar para seus fregueses a existên-cia da APASC). A faixa etária consequentemente elevou-se, masnão ê posslvel dar os números em virtude de boa parte dosassociados, nessa época. não.terem discriminado sua data denascimento. Em 1983 mantem-se essa tendência, com a filiaçãode um maior número de profissionais não estudantes. apesar damaioria ainda ser ligada à Universidade (3 'estudantes pós-graduação- 2 de Biologia e 1 de Educação, 4 professoresuniversitários- 3 da USP e 1 da UFSCar; 7 estudantes degraduação 'da UFSCar- 2 de Biologia e 1 de Qulmica e 1 deEstatistica) tivemos a filiação também de um empresário,(que se alimentava e comprava mantimentos no entreposto natu-

.ral) uma firma (Nestlé) cujo gerente. local se preo-cupava com alimenta~ão natural, um estudante que se dedicavaa outras atividades remuneradas como atividade principal,além de cinco associados que não conseguimos identificar ·aorigem. Em 1984 dos 35 novos associados, 17 eram professoresda UFSCar (8 de Engenharia de Produção, 1 de Pedagogia. 2 deEngenharia de Materiais, 1 de Biologia, 2 da Saúde, 2 deQuimica. 1de Teatro e um professor da EESC. 7 eram estudan~tes de graduação exclusivamente. (4 da UFSCar, 2 da EESC e 1de. Araraquara). 2 eram estudantes de Pós-graduação. 3 eramfuncionários do Banco do Brasil (dois desempenhavam paralela-mente seus estudos nas duas Universidades e uma era ex-alunada UFSCar) 2 trabalhavam com comércio e eram estudantes forade São Carlos (uma fazia Pós em Araraquara e outro faculdadeem Limeira).uma era funcionária da UFSCar, 1 era estudantede Engenharia de Produção na UFSCar e trabalhava numa indús-tria da cidade e não sabemos a procedência de um. Fica claroque ainda temos a quase totalidade dos associados provenientesdas Universidades, mantendo-se a tendência, que inicia-se em1982 de ampliar-se o número de pessoas com algum vinculoempregaticio e com idade entre 25 a 35 anos.

A quase totalidade desses novos associados (de 84)aproximou-se da entidade através da compra do restauranteMamãe Natureza,que foi uma proposta da APASC de formação deum grupo para compra e gestão de um restaurante da cidade porpessoas que investiriam uma quantia (que receberiam de voltano prazo de 2 anos) e seriam responsáveis pelos destinos doRestaurante. Essas pessoas (40) alguns já eram associados da

20. "Essa preocupação legalista, que na época não era bem vistapor alguns associados ativos, era reforçada por afirmações,como a de um influente engenheiro da cidade"ASSIM,QUE A APASCESTIVER REGULAMENTADA ESCREVEREI PARA A CETESB PEDINDO INFOR-MAÇOES SOBRE O FRANGO ITO".

Manter os documentos da associação em ordem elegalizar a entidade junto aos órgãos públicos, sempre foi

admitido por todos como necessário, apesar de alguns partici-pantes defenderem tal postura 'com maior ênfase e outros naprática," fazerem corpo mole", com essas atividades - o que élamentado hoje por nós que sentimos a falta das atas nãoregistradas ao longo dos anos e foi sentido e lamentado quan-do, por exemplo: uma firma para fazer doação para a APASC,pedia o seu CGC e este encontrava-se desatualizado e ai erapreciso correr atrás da sua atualização. Quando o engenheirofez tal afirmação, em 1977, todos se preocuparam com a neces-sidade de agilizar a documentação, sem questionar o absurdode um ·órgão público só prestar satisfações para uma entidadeburocrática, ignorando o fato concreto de haverem cidadãosreunidos solicitando informações relativas à proteção da suaqualidade de vida. Mais recentemente, em 03/87 o Grupo Ecoló-gico de Assis, (após muitos debates dos participantes sobre anecessidade de não burocratizar-se nem hierarquizar-se, admi-tiu a legalização da entidade como atividade secundária dodia a dia da ação ecologista). teve sua existência legalquestionada por um tenente da policia florestal. O diálogocom um associado (por ocasião de uma denúncia que o grupohavià feito junto à Curadoria do Meio Ambiente. sobre umdesmatamento irregular com autorização do DEPRN). foi mais oumenos o seguinte:Tenente: "mas quem é esse grupo? ele está registrado. é legal?quem é o presidente?"ASSOCIADO: "pouco importa se esse grupo é legalizado ou não ese tem presidente ou não; o que importa é que são cidadãos deAssis que estão lutando pela garantia de futuro para nossosdescendentes. contribuindo. dessa forma. com os órgãos públi-cos criados para esse fim e que portanto devem ser aplaudidose auxiliados por tais órgãos públicos."Tenente: "Não. eu só estou querendo saber quem são as pessoasàs quais vou me dirigir quando de acontecim~ntos desse tipo".ASSOCIADO: "Então' depois faço uma fotocópia da relação dostelefones e endereços de todos os associados'do grupo e lhepasso. O senhor pode entrar em contato com qualquer um quetodos serão avisados".

Com isso queremos demonstrar que o espirito anar-quista não pode ser sufocado. Não podemos prejudicar ou

dificultar nossas a~ões. ou canalizar as energias (tempo edinheiro) das ações práticas para acões burocráticas voltadaspara o "próprio umbigo" (legalização cartório. Diário Ofi-cial. livro caixa. CGC. livro ata. etc. etc.). Devemos exigirque os órgãos públicos reconheçam-nos pela relevância denossa ação e não pelo aspecto formal dela. Porém. não podemosnos esquecer de ir encaminhando esse aspecto burocrAtico.para podemos nos utilizar da legalidade da entidade. quandonecessário (uma ação juridica ou um pedido de dinheiro parafirmas ou instituições). Para tanto basta pegarmos algunsmodelos de estatutos de outras associações. preparar um ante-projeto da nossa. discuti-lo com os interessados em assem-bléia convocada para esse fim (acreditamos que a pr'priadiscussão dos estatutos contrioui para o amadurecimento poli-tico dos que delas participam). registrar tudo em ata eregistrar no cartório. Ai é preciso publicár no diário ofi-cial (tivemos informações recentes que essa publicação podeser feita num jornal da cidade) os extratos (um pequenoresumo) dos estatutos e eleger coordenadores da entidadeaptos a assinarem cheques e desempenharem outras tarefasconforme os estatutos (no caso do grupo ecológico de Assistemos somente' um secretário e um tesoureiro com encargosburocráticos. sendo as reuniões gerais. a instância delibera-tiva que substitui a diretoria). Após isto basta registrar emata' (no livro) todas as reuniões. que devem ser assinadaspelos presentes e fazer um livro diário com entradas e saidasda grana da entidade. Sempre que for comprado algo, pedirrecibo no nome da entidade e sempre que recebermos algo,emitirmos recibo com carimbo (outra tarefa é fazer um carim-bo). Após um ano de funcionamento legal, devemos declararimposto de renda de pessoa juridica e com isto conseguir oCGC (que deve constar no carimbo). Esse CGC, facilita recebi-mento de doações materiais e financeiras visto que as firmaspodem abatê-las do seu imposto. Desde que essas discussõesocupem somente uma pequena parte das reuniões e tempo dosmilitantes, acreditamos que elas além de facilitarem a vidada entidade, contribuem para o associado entender um poucomelhor a estrutura do Estado e as formas de organização doshomens dentro dos parâmetros complexos dos Estados modernos.

21. Um professor de Quimica da UFSCar, profundo conhecedor dascaracteristicas do ambiente fisico de São Carlos. Membro doConselho Consultivo da APASC, orquidófilo, historiador natu-ral, etc.

22. Na época contou-se também com a colaboração de dois engenhei-ros que fundaram a Associação dos Engenheiros. Arquitetos eAgrônomos de São Carlos. Eles trouxeram uma arquiteta parauma conferência na APASC. sobre o planejamento urbano origi-nal de São Carlos.

associou-se à APASC e sempre colaborou e pediu colaboracão daentidade no encaminhamento de lutas que envolviam a questãoambiental e de qualidade de vida da populacão.

24. Caso do "Buracio" antiga pedreira oridealguns associados sãocarlenses brincavam quando eram "moleques".

25. Comissão de Defesa do Patrimônio da Comunidade - CDPC: uniãode diversas entidades da sociedade civil do Estado de SãoPaulo que passam a se reunir (a partir dos últimos meses de1977), inicialmente visando a defesa das matas de Caucaia doAlto, ameacadas pela construção do novo aeroporto metropoli-tano de São Paulo. e depois procuram constituir-se numaespécie de federação das entidadesambientalistas do Estado.Dissolveu-se algum tempo depois por brigas intestinas, masdeu origem à APEDEMA - Assembléia Permanente de Entidades emDefesa do Meio Ambiente que existe até hoje, reunindo-setodas as 2as. feiras (20 horas) no 100. andar do prédio daAssociação Paulista de Medicina - R. Brigadeiro Luis Antoniono.278 (Caixa Postal no. 55.237 - CEP 04799).

26. Texto do Engenheiro Agrônomo e ecologista José Lutzemberg,impressos com a colaboração do CRUTAC-UFSCar (órgão coordena-do por uma professora associada da APASC, que sempre apoiouas iniciativas da entidade) e distribuido amplamente pelacidade, convidando a população a manifestar-se sobre o as-sunto.

27. A favela do Gonzaga era um dos nomes que se dava para a única(na época) favela de São Carlos - localizáva-se no JardimCruzeiro do Sul em área da Prefeitura invadida por aproxima-damente 60 familias. Mais detalhes sobre o funcionamento e asatividades do grupo da Favela podem ser encontrados nestemesmo capitulo.

28. Os moradores do Bairro Boa Vista 11. não queriam a ampliacãode um cemitério numa área destinada a Praça Pública no bair-ro. Então iniciaram uma longa luta que ainda não terminou eencontra-se detalhada neste mesmo capitulo.

29. Folhetos distribuldos e utilizados nestas atividades. O con-junto de slides utilizados nas palestras encontram-se na sededa APASC em caixa/arquivo rotulada "Fotografias".

30. Os painéis sobre as bombas de Hiroshima e Nagasaki de pro-priedade das prefeituras destas cidades foram cedidos paraexposição por um vereador da Câmara Municipal de São Paulopor intermédio de Luis Carlos de Barros - um dos coordena-dores do Movimento Art~ e Pensamento Ecológico de São Paulo

(Caixa Postal 6984 - CEP 01051 - Capital -.SP ou Pra~a daRepública 419, 30. andar.)

31. A APASC promoveu essa peca com a colaboracão do SESC - SãoCarlos e da própria Cacilda. Estiveram presentes moradores daFavela e do Bairro Boa Vista 11, onde a APASC desenvolviaatividades. Na época a atriz que desenvolvia um programasobre ecologia na Rádio Mulher, reuniu-se com associados daAPASC interessados em ativar um programa radiofônico em SãoCarlos e contou sobre sua experiência.

Registre-se também' que o grupoCacilda é fundadora. é uma das entidadesmovimento ecológico paulista .. Grupo Seiva55.190, CEP 04799. São'Paulo.

Seiva, do qualmais ativas do

- Caixa Postal

32. A Represa do Lobo, conhecida ná região como BROA, é importan-te local para lazer da populacão de todas as cidades daregião. Sua importãncia refere-se também aos inúmeros estudosdesenvolvidos por ecólogos e bi610gos da UFSCar e USP de SãoCarlos, dentre outros.

33. O Conselho Consultivo tem suas atribuições descritas nosestatutos (anexo). Na prática tem funcionado como ConselhoFiscal e Consultivo (assessoria cientifica) através de con-sultas individuais da diretoria aos seus membros mais dispo-niveis ou apr9priados a determinados assuntos.

34. Destaque-se a atuação de uma estudante de Biologia que fez asfotos da Praça sob orientação de um fot6grafo profissionalmembro do Conselho Consultivo e de um professor de Históriano 20. grau da rede pública que escreveu, a pedido da APASC,uma extensa monografia contando a história da Praca. As fotose o livro do professor podem ser encontrados na sede daAPASC. No anexo reproduzimos algumas fotos. Além dessas ati-vidades iniciou-se o mapeamento das árvores da Praça poralguns estudantes de Biologia sob orientação de um professorde Botânica da UFSCar.

35. O Parque Ecológico de São Carlos é contemporãneo da APASC.Constituiu-se enquando Fundação a partir de um Convênio coma UFSCar e Prefeitura Municipal que viabilizou seu funciona-mento. Devido brigas politicas e dificuldades econômicasfechou suas portas ao público ·em 1985 devendo reabri-Ias em1988.

36. Várias atividades citadas nos anos de 85 e 86 podem serencontradas com mais detalhes na publicação "O VERDE" na sededa APASC.

37. A Area de Proteção ambiental - APA de Corumbatai/Botucatu/Te-jupá, foi criada no governo Montoro com a finalidade dedisciplinar o uso do solo em áreas importantes do ponto devista ambiental. Nessa normatização existem os elementosimpeditivos à construção de um aeroporto na mencionada área.

38. Essa divergência acaba por forçar a DEPRN -Departamento deProteção aos Recursos Naturais, Delegacia de São Carlos - adenunciar o convênio que tinha com a prefeitura municipalpara que esta procedesse a fiscalização da arborização urba-na. Desta forma a APASC passa a auxiliar a DEPRN nesta fisca-lização.

39. Este engenheiro apesar da completa falta de recursos e apoiodo governo do Estado tem se constituido num importante defen-sor das áreas verdes da região. através do seu papel dedelegado da Secretaria da Agricultura (agora secretaria doMeio Ambiente) para o DEPRN. Nesta tarefa tem enfrentadoforte oposição dos proprietários rurais que querem desmatar opouco de árvores que restam em suas propriedades e para tantoprecisam. de autorização da DEPRN.

40. Essas atividades iam desde a preocupação com a formação dosmonitores até como conseguir e preparar o almoço de domingo.passando pelo transporte das crianças, divulgação dos "Ecolo-gica-mente" e preparação dos impressos a serem distr1.buidosàs crianças e monitores.

41. Em zoologia, botânica, ecologia. técnicas agrlcolas. qulmica.culinária. saúde, institucionais

42. O 'número de pessoas que responderam é pouco' significativopois tivemos contato com aproximadamente 80 crianças e s6 8respostas ficaram nos arquivos do grupo (pode ser que devidoà nossa bagunça algumas tenham se perdido) mas isso justifi-ca-se em parte pelo esquema dificultoso de devolução queexigia das crianças irem até a CDCC. ap6s a atividade. entre-gar o questionário respondido. Quanto aos questionários dosmonitores.quatro foram respondidos espontaneamente. Dos ou-tros quatro colhemos o depoimento verbal.

43. Passaram pelo grupo cerca de 43 pessoas (estudantes daUFSCar) sendo que a média envolvida em cada periodo era deaproximadamente 30 pessoas. das quais 20 fixas (durante apro-ximadamente um ano e meio) e dez flutuantes.

44. Ressalte-seestão sendo

que. no ritmo do possivel. todos os contatosfeitos pela diretoria da APASC no sentido de

reconquistar o espa~o na rádio e a manutencão do programa bemcomo a renovacão do Convênio. e a pe660a que coordenou oprograma todos esses anos está dispo6ta a refazer o grupo erecomeçar o programa.

45.0 primeiro texto foi escrito pelo autor desta dissertacaoe o segundo por um outro participante do grupo da favela-Shimbo.Y.

CAPITULO 111A APASC E O ASSOCIADO ATIVO

Apresentaremos a seguir fragmentos dos depoimentosde nove associados ativos. selecionados segundo 06 critériosexplicitado6 no capitulo I. acompanhando-os de nossas análises.Esses depoimentos podem ser obtidos.em sua integra.em documentosarquivados na sede da APASC ou com o autor desta dissertacão.

Neste capitulo. trabalharemos tais depoimentos.transcrevendo fragmentos com algumàs adapta~ões na forma da cons-trução das frases ou mesmo com supressões ou acréscimos depalavras que desenvolvemos procurando não alterar-lhes o senti-do, para ajudar a apreensão do seu sentido e facilitar a leiturado mesmo. Isto em virtude dos depoimentos terem sido feitos atra-vés de conversas totalmente .informais. que foram gravadas etranscritas na integra com seus vicios de linguagem. espaços depensamento. palavras não ditas expressas por ge~tos. etc.

Co~o já exposto.além dos depoimentos desses noveassociados ativos. colhemos importantes depoimentos de outrasseis pessoas significativas na história da APASC (às vezes suasparticipações foram até mais intensas em determinados periodos.mas devido aos parâmetros estabelecidos para seleção dos membrosativos não foram apontados entre os que' deveriamos procurarinicialmente para entrevistar) e englobamos dados derivados decorrespondências de ex-diretores e de cartas de associados ende-reçadas ao autor da dissertação. os quais colaboraram nodesenvolvimento desta dissertação. A leitura desses depoimentos ecorrespondências muito contribuiu para a nossa interpretaçãosobre o que é a APASC.

Procuramos estruturar este capitulo de forma queprimeiro o leitor tomásse contato com os depoimentos individuaissobre os motivos que aproximaram os entrevistados da questãoecológica e da APASC e sobre o significado que a militânciaecológica tem ou teve em suas vidas e a seguir ouvimos eanalisamos a opinião dos entrevistados sobre a APASC - seu papel,suàs origens e contradições, suas lutas e seu papel educacional,procurando detectar o ponto de vista do associado ativo sobre aAPASC e seu papel social.Por fim,expomos os resultados de enquetee algumas interpretações sobre os dados no tocante à concepçãodos associados ativos a respeito das principais correntes evalores (segundo alguns autores) que constituem e perpassam omovimento alternativo e ecológico.

Eu não encontro eco.Sou um grito dissonanteNeste universo em ressonância.Falo da harmoniaDa estranhesa que sintodiante da idéiaDe ser dominador da NaturezaDo desejo que tenho em serApenas uma espécie singular.Do respeito que cultivo aoobservar um pássaro, uminseto, .mas não encontro eco.Falo a um vazio de vozes.Serei Louco?Estarei Louco? Condenado avagar entre olharesespantados e silêncios.Terei que aprender a convivercom a gozação. nascidado mesmo esplritoDos que riem dos bêbados dasruas.Meu Deus dai-me forças.Deus Tupã, Oxalá. IemanjáNanã, Iansã, Xangõ,Ogum. Omulu, Erê. CurumimDai-me forçaOh água, luzFolha verde do meu peitoSangue vermelho no meu solDiamante da minha lágrima.Grande pai lndioQue de sua tribo SeatleDeixou o maior documentoda históriaTransforme-me num guerreiroaudaz, corajoso e violentoA busca dos escalpos dosmeus inimigos

Dos usurpadores da minhaliberdadeE da minha integridade.Vamos montar uma tribourbanaComposta de malucos evisionáriosE vamos defender nossasfronteirasNossas águas. nossas criancasNossas mulheres.Vamos manter pura a terraQue um dia acolherá devolta e nos daráA.paz que as mães amorosas dãoaSeus filhos.Pegue sua crianca. meu amigo.Tome-lhe a mão com afetoOlhe para uma ave voando livreA procura de sua presaE deixe-se olhar. Aprendaa olharAprenda a ver a harmoniaA agoniaDeixe que toque seu cora~ãoA certeza infinita da nossainsignificânciaDa absoluta equidade queexisteDiante da Mãe Natureza.Entre você e um sapo(E nem você nem ele setornarão pr1nclpes)

-Onde está meu sonho?No que vejo e que não é visto?

-No que sinto e não écompartilhado?No isolamento a que estoucondenado?Onde está o meu sonho?E meu pesadelo?

No que vejo e não creioque vejo?No que sinto e digo quesinto.E ninguém sente?No que vejo e chamam realidade?Será meu sonho meu pesadelo?Talvez um dia eu converse comAs plantas. os anImais. os rioso ventoE os homens me dêem por doidoE queiram me internar numaCadeia. Sanatório para que eunão mais lhes ,Atormente o juizo.E eu fuja. ajudado pela rainhados raios. que destruirá osmuros.Pelos reis das pedras. queatingirá meus perseguidoresE chegando na floresta. sejaRecebido. aos gritos dealegria. peloCurupira. que me conduzirárapidamente aosBecantos secretos. onde sótem acesso osPuros de alma.E lá eu encontre a mulher daminha vidaE seja feliz.Lã. longe dos homens. do mundourbanoDos loucos chamados sãos.Então não precisarei maisencontrar eco algum

·Serei ecoLógico.

Caju 10.04.88 (O)Madrugada de vento frioCantando ...cantando!

"essa idéia de mundo, de harmo-nia, ela sempre existiu, s6 quenão conseguia relacionar ascoisas na minha vida".

Os motivos que levám cada um a se aproximar daAPASC e da questão ecológica são bastante heterogêneos ..

(3). Lá descobri maravilhada que além de estudos estéreis dasdisciplinas escolares, pessoas eram chamadas para uma ação em quea valorização voltava para o campo. Fiquei cheia de orgulho.Aquilo eu gostava e mato era meu ninho. As imagens dos "slides"do Ruschi eram comuns para mim. A degradacão dos ambientes, dematas e rios era um registro latente em mim que não tinha atéentão espaço de expressão, mesmo.porque os homens do sitio sãoensinados a aceitar. e por bem se aquietar. procurar outrassoluções. Consentia-se contrariado. Recuava-se como os bichos.

Foi espantoso descobrir que um burguês como oMasayuki (4) tão culto, tão fresco, tão elegante, maravilhava-secom as matas de Ruschi. empolgava-se com os colibris e admirava ocientista. Mas o que o cientista mostrava. pensei dentro de mim,é o que domino bem. Descobri que a vida me mostrava um importantesegredo" .

Em São Carlos apoia as iniciativas de um colega deturma. que muito se envolveu com a formação da APASC: "Acho queele foi figura principal do porquê estive na APASC (...), nãoseria capaz de. naquela época. ter dado continuidade por contaprópria" .

M acredita ter sido influenciado pelos meios decomunicação: "os canais de comunicação, principalmente os jor-nais. que começavam a trazer a questão da poluição. da contami-nação. do ar. do meio ambiente, de alguma coisa mais séria esuas consequências é o que acabou. de alguma forma. despertandonão só a mim, mas também a outras pessoas (...)".

As amizades e afinidades de idéias também sãocitadas por ele como importante motivo para a aproximação daspessoas que fundaram a APASC "(...) acho que começou por vinculosde amizade (...) a APASC foi consequência (0.0) mas o grau deunião que se dava no grupo era pela afinidade e pela busca de umacoisa que era comum (00.) O grupo acabou se reunindo na questãoecológica, despertada por um trabalho que o pessoal de Biologiavinha fazendo (...), "a semana de Biologia", onde se começava aquestionar a questão do meio ambiente. E as pessoas que partici-pavam era justamente as pessoas que se interessavam em algummomento, por essas questões".

Se, para os três s6cios fundadores, a Semana deEstudos Ecológicos da Biologia foi o fator aglutinador em tornoda fundação da APASC, para T ,N ,e E o ~ue os aproxima daentidade foram convites para participarem das atividades ougrupos de trabalhos da APASC.

T aproxima-se da questão ecológica muito antesde se aproximar da APASC, "através da minha vivêncla aqui em SãoCarlos, como escoteiro que fui, como colecionador de orquideasque eu fui, como colecionador de rochas, então eu gostava muitode excursões, de passeios às matas, beirada de rio, montanhas,etc., coletar meus exemplares, organizar minhas coleções e nissoeu fui tendo contato com os problemas ambientais. Mais tarde eume interessei muito pelo problema do clima em São Carlos (o •• ) emais tarde, quando foi feita a APASC, por seu convite eu fizparte do conselho fiscal (...) (5).

Desde o inicio T é convidado pelos associados,para proferir palestras sobre clima, aspectos ambientais e ahistória de São Carlos e dar seu parecer por ocasião de algumaluta ou polêmica com as quais a entidade se envolve (6). Logotorna-se o primeiro conselheiro consultivo e assessor acadêmicoda entidade.

W aproxima-se da A~ASÓ através de um convite paraparticipar de um grupo que intencionava fazer um programa radio-fônico sobre ecologia. A medida em que vai se envolvendo com oprograma e com a entidade (torna-se secretária, estagiária remu-nerada - .aliás muito pouco remunerada!) passa a se envolver comoutras .lutas .especificas e com problemas gerais do movimentoeco16gico "(...) primeiro foi o programa de rádio. ai (...) mechamaram para uma reunião prá participar e u~a vez tanto noprograma da rádio. o que eu ia veicular? ai comecei a partici-

I também aproximou-se através de um conviteespontâneo e fortuito de um veterano (que encontrara na livrariado Campus quando folheava um livro sobre indios brasileiros). quelhe dirigiu uma pergunta sobre o seu interesse pela questãoindigena.

De repente. estava combinado com mais um outrocalouro da quimica e algumas outras pessoas. que se aproximaramatraidas por alguns cartazes que foram colocados na Universidadedivulgando as reuniões, .de montar um grupo de estudos e atuaQãoem relação aos problemas dos indios - "grupo Moxamare" e "então

quando a gente come~ou com com o grupo Moxamare, a discutir aquestão do indio; acho que a partir dai é que surgiu alguma coi6aem termos de ecologia, tal (...)".

I, K e R tomaram a iniciativa de procurar a APASCem diferentes momentos de suas vidas (todos em 1984). Um buscandoresposta6 existenciai6, outro pr~curando apoio para a luta emdefesa das árvores urbanas, e o outro respondendo a uma simpatialatente desde a funda~ãoda APASC, em 1977, quando participou daassembléia de aprova~ão dos estatutos da entidade.

Na realidade,acreditamos que todos buscavam res-postas existenciais, no sentido mais amplo e complexo do termo -dar sentido à existência ou procurar sentido na existência (7),seja como decisão individual/racional, ~eja cpmo angQstia cons-tante ou como manifesta~ões espontâneas (intuitivas) para setentar entender fenômenos diversos a partir das rela~ões comoutros iguais. Os dados desta disserta~ão não nos permitem irmais· fundo nessa que6tão, mas gostarlamos de deixá-Ia indicadapara que o leitor também pense nisso e quem sabe possamos maisadiante explorá-Ia ...

expllcita,vida.

Os três dão indlcios de uma simpatia, latente oupela questão ecol6gica ao longo de suas hist6rias de

I , em 77, participou da assembléia para aprova~ãodos estatutos da APASC. Desde 80 semeia Araucárias (junto com 5,sua esposa, que também viria a ser diretora da APASC em 1985),

e dai surgiu aquela idéia de comprar o "Mamãe" (...) Quem com-prasse já era s6cio automaticamente da APASC. Dai a APASC não

,coisa (...) Naturalmente você s6 vai porque tem uma certa simpa-tia. senão você não iria. porqu~ todo mundo foi convocado e amaioria não foi (...)"

aluguel pro dono de uma padaria que se dizia dono do terreno,sendo que o terreno era da Prefeitura. Conseguimos que ele nãocobrasse mais nada (...)".

Mas, por problemas pessoais 1 come~a a trabalhar"eu comecei a cuidar de mim, das minhas crian~as, dos meus ca-chorros. do meu quintal e s6; mais do que isso não deu parafazer durante muito tempo. Quer dizer, sempre fui de participarda UrPA (8), sem carregar muito nas costas, quer dizer, ir lá devez em quando e achar 6timo o que os outros estão fazendo econtribuir com aquelas mensalidades e coisa assim. E as associa-9ões ecológicas, essas que surgiram aqui no Brasil,eu na verdadenão cheguei a conhecer. A única pessoa que conhecia. que era domovimento ecol6gico e é até hoje,é a Cacilda Lanuza (...) Assistiuma pe9a com ela "Verde que te quero Verde" e achei assim impres-sionante e depois fiquei sabendo que ela estava no movimentoecológico" .

A1, em São Carlos. para onde se transfere quandovai trabalhar em uma grande empresa. começa a exercer seus direi-tos de cidadania em quatões simples como manifestar-se por cartaao reitor da UFSCAR pedindo que não colocassem fogo no mato dasmargens da pista de Cooper (onde ela corria todas as manhãs) oucartas ao Prefeito pedindo providências contra o corte indiscri-minado de ârvores das proximidades de sua moradia. E atravésdessas questões que fica sabendo da APASC e a procura em busca deapoio: "C ... ) é foi. mais ou menos isso (que a aproximou daAPASC). Antes eu tentava sempre fazer alguma coisa no meu redor.meu vizinho, meu quintal e coisa assim. Mas o que fez uma

mudança na minha cabeça foi o livro do Inácio de Loyola Brandão~Não verás pais nenhum" (...) passa mais ou menos no ano 2010,2000 (.,,) é terrivel, não tem mais rios, nào tem mais nada:então ele lembra o dia que o colega dele foi levado embora daescola, da Universidade, por ter falado alguma coisa que nãodevia, que não interessava ao regime e ai ele acha, vendo i6soassim depois de tantos anos, que naquele momento todo mundodeveria ter se colocado na frente ,desse homem, sabe? Que aitalvez teria mudado tudo, Então isso me impressionou profundamen-te, O Luiz leu também e achamos qúe deviamos fazer alguma coisa,porque antes a gente dizia não adianta correr atrás, a gente se

.irrita e no fim não vai adiantar nada mesmo. E ai achamos quetinhamos que fazer alguma coisa e procuramos a APASC {...)".

I, procurando. as raizes do seu envolvimento com aquestão ecológica, fala que "essa idêia de harmonia sempre exis-tiu, ela não nasceu com a APASC, só que não conseguia relacionaressas coisas na minha vida", Essa idéia de harmonia advêm davida, quando criança, no meio do mato que ele desfrutava quandovisitava seu avô "o mato representando o equilibrio, a vida, aausência de sociedade, as coisas que eu não gostava no mundo queeu vivia (",)", e do seu gosto pelas artes marciais que o forta-lecia para ter uma relação com as pessoas que fosse "suave comoum carinho" mas que não o levasse a perder a determinação dosseus principios "eu sempre fui uma pessoa de principios, issoaprendi com meu pai (",)"

questio ecológica,ele falou sobre sua sempre presente necessidadede polemlzar,levantando dúvidas e não aceitando aquilo que nãoentendia. Assim come~ou a participar de um grupo de opo6i~ão no

'DCE-livre UFSCar e depois foi da diretoria dessa entidade. Eassim polemizando se aproximou definitivamente da questão ecoló-gica, a nivel de reflexão mais sistemática e posteriormente daAPASC.

De um diálogo com um professor da Universidade,militante politico do MR-8 (9), ele descobre sua afinidade com asidéias anarquistas:

"Eu estava na frente da biblioteca da Federalconversando com ele e comecei a dizer as coisas que estava pen-sando, como estava vendo as pessoas, ... Ai ele disse: você temdiscutido com aquele grupo de anarquistas? Porque você estápensando igual a ~les! E isso me fez pensar: p~rra, mas é dessejeito que eu penso. E foi dessa maneira que comecei a me identi-ficar com o anarquismo que não conheQo muito bem, ou com essaatitude meio de irreverência diante do mando, da submissão aohumano; é uma. coisa que eu nunca gostei.mesmo, na minha vidainteira eu nunca gostei disso, . embora tenha um certo impeto demandar, mas é uma coisa que eu venho trabalhando, tal, mas - eununca gostei disso, entendeu? então, eu acho que me aproximei dacausa ecol6gica dessa maneira (...)".

E de se ressaltar a relação quase automática que1 fez entre sua identificação com as idéias anarquistas e suaaproximação com a causa ecológica. Dois motivos podem alicerçar

e6sa rela~ão. Um é devido ao fato de alguns estudantes da Univer-6idade simpatizantes das idéias libertArias serem. na época.militantes ecologistas e vice-versa. Outro é. da própria proxi-midade teórica dos escritos ecologistas e dos seus ideais. propa-lados de forma fragmentada pelos militantes. com os escritoslibertârios. Essa proximidade pode ser detectada na literatura emlivros como"O negócio é ser pequéno" (lO) no tocante às idéiasde descentralização. cooperativismo e formas de gestão federati-vas ou no livro "Ecologia em Quadrinhos" (lI) que coloca comtodas as letras teóricos libertârios como Rudolf Bahro. lvanIlitch e André Gorz como autores importantes na consolidação das

.idéias ecologistas. Podemos citar ainda Capra {l2} falando sobreos verdes na Alemanha e os anarquistas como uma das correntes quecolaboraram na formação daquele partido.

Em relação à sua aproximação com a APASC diz:" Erauma época da minha vida onde eu estava ficando louco. Não conse-guia equacionar as minhas contradições. não conseguia ver sa1daprá estar vivo. entendeu? viver me parecia -hoje também parece.mas é diferente - um imenso absurdo. entendeu? entrei numprocesso de não ver sentido em estar vivo. um processo altamentedepressivo. altamente destrutivo e não conseguia ver sa1da.E maisou menos na época em que F e alguns outros amigos estavam nesseprocesso. - então eu realmente estava me deteriorando pra cara-lho. e fui prá APASC por causa disso. fui para APASC porqueprecisava ... porque eu não conseguia eco. não conseguia conver-sar com as pessoas. Os Assuntos das pessoas eram completamentedesinteressantes prá mim~ e os meus assuntos prás pessoas também

passar prá deixar de existir ou p'ri mudar a maneira de existirdessas coisas) então por isso fui pri APASC. Quer dizer, fui prá

prá dizer, sem querer ouvir nada da reunião mas prá poder estarjunto com algumas pessoas que de alguma forma me confortavam".

A falta de experiência, da maioria dos entrevista-dos, na participação de organizações. Só K havia participado da

E posslvel afirmar que os entrevistados buscavamdentro de um trabalho em grupo, uma potencializa~~o da ação

do comportamento ecol6gico individual (13) ou mesmo sobre osmecanismos sociais· e psicol6gicos'que atuam na aglutinacão dosindividuos. Algumas vezes vacilamos e comecamos a discorrer sobre.

da sua hist6ria de vida (gostava de mato, plantas, ler um livro,Pfeocupações espirituais ...) fatores circunstanciais (entrar

- __ o _ •• ~

111.1.2. "O que foi e significou para mim,a participa~ão na APASC"

cou o envolvimento com dezenas de atividades diferentes: partici-/

não fazer aquela expectativa e não ficar desiludido quando nãosão cumpridas. Acho que a APASC foi tão importante prá mim, que

esse tipo de aprendizado. que não foi tão fácil. não me fezabandoná-la. (...)" I

"Esse tipo de atua~ão foi importante. Serviu paradesenvolver uma consciência maior ... o respeito às pessoas. ànatureza ... Acho que na verdade o maior retorno. não é global.de você fazer uma coisa e ver coisas acontecerem. mas fica maisem termos pessoais. no tipo de rela~ões que tivemos com as pes-soas. discussõesgrande". E

A segunda. relacionada a adquirir consciência dosproblemas ambientais e suas relações com a sociedade e o Estado.Descobrir alguns problemas e questões que se ignorava· e aprofun-dar-se no debate e reflexão sobre outros. Desvendar a estruturado Estado e os mecanismos acionáveis pelo cidadão ...

N.:.a nivel de consciência e reflexão sobre aquestão do meio ambiente foi fundamental (...) Reunia pessoasdiferentes com finalidade comum. Isso faz com que a gente cres~a.amadureça e acaba sendo orientador das nossas relações pra fren-te". M

"O mais relevante tem sido o contato com algumasquestões que eu não entendia ... que não sabia que existiam. e quepassei a entender. e a toma-Ias como referência no meu processode reflexão pessoal.da minha vida e da vida das pessoas que mecercam e que não me cercam." 1

prá me mostrar essas alternativas, o movimento ecológico, e mesensibilizar realmente para a vida, a destruição da vida, asensibilidade para a vida, uma coisa meio de convivência comanimais com seres humanos inclusive, quer dizer, mudança depostura inclusive com o próprio ser, da própria espécie (...)",M.

A terceira categoria pode ser expressa como ummaior estimulo ao fazer, agir, pensar, ter esperanças, ter umaatitude mais positiva em relação à existência, ou seja, a despei-to do ceticismo "vou tentar". Pode ser retratada em frases como ade P

"Aprendizado foi o exercicio com o social; serviude meio para me expressar socialmente ( ). Todo trabalho que agente teve, tal, eu aprendi bastante ou na fala de R ressal-tando a importância do contato com a realidade local, procurandofazer alguma coisa pela comunidade: "Na minha vida a importânciada APASC, o porque eu não deixei a APASC até hoje é que a AFASeme dá um contato com a realidade local e com a comunidade, e poroutro lado eu vejo como uma maneira de fazer alguma coisa pelacomunidade. Não faz mal que a comunidade não perceba, eu sei queestou fazendo alguma coisa pela comunidade, enquanto que se euficar só no meu mundinho de Departamento de Quimica da Universi-dade Federal, eu tô fazendo alguma coisa, formando gente. mas nãoestou fazendo alguma coisa pela çomunidade local. A APASC mepermite entrar em contato com outras pessoas com outra realidade,com outro mundo, me dá essa possibilidade de ela me abre omundo mais, eu me sinto, razoavelmente bem. é. me sinto bem.

com o mundo. mais que a Universidade. Digo i6so com seriedadeporque a Universidade me disciplináva e me reprimia"pelas compe-

APASC foi·uma escolha preciosa para o tempo em disposi~!.o. Foiuma coincidência e uma op~Ao do instinto. Como uma religião; um

~!o do pensamento negativista. Uma reeduca~ão de si mesma (conti-nua ainda hoje) sobre a postura diante do mundo. Um confronto à

cavam-se idéias. falando, escutando. olhando-se e iS60 era agra-dável.

Foi para mim um exercicio da reflexão. das dúvidase das decisões. Foi uma experimentação. Foi um passo no conheci-mento e compreensão de si e do mundo.

Gostava das pessoas. não digo todos um por um; mastodos como um grupo.

APASC representa a minha juventude participativa.ainda que timida e sem energia .

.APASC foi um questionamento. um passo à compreen-sio do mundo enquanto pensamento. A procura da interação enquantoação.

o 'que ficou da APASC. dez anos depois. que sereflete hoje nas minhas atitudes.

Leituras das páginas do ambiente nos jornais.Atenção pelos temas ambientais.

Observação das condiQ~es ambientais de onde seinstala e percorre.

Os pontos de vista nas opiniões ...Na escolha dos candidatos às eleições.

Reuniões e encontros de discussão, trabalhos e.

to desta disserta~ão acreditamos que os elementos levantados atéagora ~ossam contribuir para pensarmos mais adiante no papeleducacional da APASC para seus associados (os ativos em especial)e para a popula~ão em geral.

Nossa inten~ão é saber se a participação na APASCestimulou ou refor~ou atitudes individuais de participação em

Quanto à participação em outras organizações. dosseis participam ou participaram de outras entidades,

associações de classe ou partido polltico (DCE-Livre. Associaçãode P6s-Graduandos da UFSCar. grupos de alfabetização e educação;Partido dos Trabalhadores; Distrito de Associação de Enfermeiros;

goria ou algumas reuniões de outras entidades) e somente um.apesar de ter frisado que o seu aprendizado com a APASC foi

que houve ou há em relação à APASC .•

conforme os define Evers. Viola. Cruz (14) - porém é diflcilconstatar a extrapolação dessa prática para a prática do militan-

Temos fortes indicios de sua ocorrência no viven-ciado junto à história de alguns desses entrevistados - no apoioque deram, por e~emplo, a uma coordena~ão do DCE-Livre UFSCar comfortes principios auto-gestionários ou mesmo no apoio e simpatiaaos candidatos politicos que apresentavam propostas que reforça-vam principio~ da democracia direta conforme a define Viola/Main-waring (15). Podemos constatá-lo-ainda nas respostas à enqueteapresentadas ao final deste capitulo, porém o que podemos notar éque são práticas individuais e em alguns casos intuitivas, ouseja, não passam por um processo de racionalização mais profundosustentado por leituras e debates que direcionem as opções degrupo. Sobre este assunto voltaremos a conversar mais adiante nositens sobre o papel organizacional e educacional da APASC.

Quanto ao assumir a questão ecológica fora doshorários em que ~e está desenvolvendo alguma atividade especifi-camente para a APASC, cada um dos entrevistados passa assumi-lade diferentes maneiras.

P , através de suas atividades com um entrepostode produtos naturais e como professor de Biologia, faz de suasatividades profissionais e de sua postura de vida - através daalimentação natural, yoga, tai-chi-chuan, grupos espiritualistas,

H , enfatiza a permanência da militância, só queagora ela assume outras'caracteristicas. 'No dia-a-dia, sempre quepossivel faz uma alimentação natural e procura "incorporar maisuma filosofia oriental" que lhe dá uma concepção de vida total-

mente diferente - tentando identificar os momentos que está sendoconsumido pelo consumismo e procurando ter "a paciência que anatureza tem". Além disso tem dado aulas e palestras "mesmo quesejam gratuitas, num nivel de estar realmente um elemento desper-tador de consciências e não um criador de consciências (...)".

Em sua profissão, a militância ecol6gica é assimcaracterizada: "sinto que em nenhum momento deixei de ter apreocupação com a questão do meio ambiente. mas s6 que com outraperspectiva. Agora não mais a nivel da instituição, da organiza-ção especifica de proteção do meio'ambiente. mas no meu trabalho.na minha ação e no meu saber: que que eu faço em relação a isso?Enquanto gerente de uma organização de um -serviço. o qual admi-nistro dentro daquela concepção da gente fazer a ação de preser-vação. de conservação do meio ambiente. da questão da qualidadede vida no seu quintal e ir prá fora, dentro da área de minhaabrangência enquanto gerente de uma instituição. eu tento fazercom que -a organização seJa o mais salubre posslvel e que possaoferecer uma melhor qualidade de vida para o trabalhador ládentro.

Fora isso (...) essa instituição. enquanto presta-dora de serviço à saúde. tem que estar visualizando o individuo.não s6 o individuo único. mas o individuo inserido dentro de ummeio. E a ação sobre esse individuo não deve ser dada em uma açãoindividualizada. através de medicamentos. de consulta médica.não. Ela tem que ter uma ação conjunta no meio e no indlvlduo.

E ai vem aquela questão da consciência tambémpolitica no entendimento que.a questão do meio ambiente passa

,frustrado por estar tendo pouca participa~ão em organizações.Atribui isso ao fato de ter sido consumido pela pós-graduação:,

essas coisas - o movimento das baleias, ecol6gico. alimentação"mas assume que o seu cotidiano é "cheio de contradições" pois aomesmo tempo que' considera a "industrialização do animal uma

questão ecológica e pretende voltar a fazer o programa de rádioda APASC - "Vida Natural" com o qual materializa muito do seu

Além disso. mudou-se para uma chácara onde. junto com Luis (outroassociado ativo da APASC e seu marido), desenvolvém diversas das

etc ...) e interagem com os vizinhos procurando evitar desmatamen-·

tos, polui~ão da represa e riachos nas proximidades e caça aosanimais silvestres.

K procura incorporar a questão ecológica nasua vida, no seu cotidiano, através das relações familiares e comamigos, através de alimentação ~ tai-chi-chuan e através daparticipação pol1tica dentro da Universidade.

R acredita que sua participação fora da APASCé mais a da verbalização sobre a questão ecológica, escrevendoartigos para jornais, conversando com colegas do Departamento eda Associação .Brasileira de Qu1mica. Nas aulas, quando é pos-s1vel, discute a questão ecológica. Fora isso tem, desde 1980,semeado e plantado araucárias, junto com sua.esposa 5 (quetambém foi diretora da APASC), em diversos lugares da Universi-dade e de São Carlos. No seu cotidiano considera-se um liberal,admitindo que outros fumem dentro de sua casa (desde que não sejana hora dele dormir, pois tira-lhe o sono) e mantendo seus hábi-tos alimentares que inclui carne e outros hábitos não admitidospor alguns ecologistas.

Finalizando. podemos ressaltar que os associadosativos incorporam no seu cotidiano, aquilo que consideram maisimportante da sua militância ecologista. Alguns valorizam a6mudanças no próprio modo de vida - alimentação. relações. etc.,outros "não esquentam a cabeça com isso" mas preocupam-se comefetivação de sua contribuição para com a melhoria da qualidadede vida da comunidade. A impressão que temos é que dessa inte-

ração de per6pectiva6 diferente6 6empre há um a66umir (em dife-rente6 proporçõe6)ou compreender. a6 perBpectiva6 d06 outro6.

·rar a qualidade de vida da comunidade,alertam a comunidade, lutam

- "um lugar onde a gente pode ir fazer suas quei-xas". I

- "fortalecer a ação fiscalizadora dosviduos". I

- "pessoas que vêem o que estã acontecendo. aler-tam a comunidade e não deixam aquilo ocorrer aoléo". W

- "fundamental para que a população adquira cons-ciência mais global, menos superficial, e sejainformada de outras posi<;ões acerca de um fato"W

- ~.importante enquanto algumas pessoas que sereunem para brigar por um objetivo que é o meioambiente e melhorar a qualidade de vida". E

- "importante ter numa cidade um grupo de pessoaspreocupadas com essa questão (...), por menorque seja, por menos que fa<;a sempre conseguealguma coisa." P

- "importante pro movillentoecol6gico. prã socie-dade, pra melhorar o nivel, de qualidade de vidanuma cidade". P

- "como· referência para receber correspondências.recados ,noticias jã é lmportantlssimo". P

- "uma forma de se satisfazer aquelas ânsias detransformação da sociedade que acho que é umacaracterlstica do jovem e de uma maneira coleti-va. cooperativa". P

,usufruirem (APREL/BROA) (16).agressões (aeropqrto (17) sairia se não fosse aAPASC) e para outras pessoas encontrarem apoio

impotente diante do poder e de tudo que l~e agride nessa socie-dade. de aprendizado e crescimento pessoal e de amizades e afeto

postas acima, podemos fazer uma análise que aponta três papéispara a APASC: educacão. fiscalizacão a potencializacão da ~

,individual, todos voltados para a prote~ão do meio ambiente.melhoria da qualidade de vida e transforma~ão, sendo que esta

indivlduo enquanto interioridade, enquanto ser insatisfeito nab~sca de explica~ões existenciais.

Essa necessidade de transforma~ão que emerge nosdepoimento dos entrevistados e no dia a dia da aS6ocia~ão. não é

uma caracteristica exclusiva da APASC. Todos os movimentos so-

111.2.2. Sua história e algumas caracterlsticas111.2.2.1. O inicio

"APASC (é) era um movimento ambientalista, umabandeira de luta, a rebeldia de um capitalismo selvagem, umarebeldia que pretende ser saudável, frente aos questionamentos àscondiQões de vida que encontramos pronta.

Uma ética de justiQa, um policiamento ambiental.Uma postura politica.

APASC representava um grupo que no minimo tinha umtraQo comum, que é preocupaQão e entusiasmo e um senso de comu-nidade. Tinham fé, aQão e consciência de sua época. (assim acre-ditávamos). Consciência da necessidade de preservaQlo de ambien-tes originais (sentimentos ligados ao amor e à saudade). Cons-ciência de um bem comum e da vontade, necessidade da melhoria daqualidade de vida. E irmão mais próximo do humanismo e filhorebelde da situaQão.

APASC é (era) um resgateexplico de outro modo: o sentimento é a base, é de uma saudade etristeza, como a que sentiria "um pássaro que volta à árvore, quenão existe mais". A reaQão humana é de que acreditamos no poder.O poder de reconstruir a "árvore para o repouso do pássaro quevoltará outra vez. E antes que seja tarde, antes que o pássarodecida não voltar mais APASC é esse resgate. O pássaro é a jóiado nosso coraQão".

E enquanto fé, ação e participação APASC é (era)~ma religião. (a religião é um instinto onto16g1co da educação).

vontade .e no pensamento não.dedicariam parte de seu tempo nummovimento ambientalista. O ambientalismo, penso eu, faz parte dapr6pria lei de equil1brio natural cujo germe de reação se instala

, ~._.mo) as mensagens apelativas que se conduzem através dos cartazes,panfletos e propagandas ambientalistas. Os apelativos em usoreproduzem um sentimentalismo humano caracteristicos que reside

APASC - era um grupo- uma corrente- um veiculo

.E em São Carlos. agia em São Carlos. para São Carlos. mas eramais que São Carlos.

APASC era (é). uma preocupação ecológica. era umpensamento ecológ~co e pretendia uma ação ecológica. Cada parti-cipante tinha lá as suas razões que o levava a participar de um

" Acho que come~ou por vinculos de amizades.De repente, tinha um grupo de pessoas que pensavam que tinham dealguma forma, idealizado um mundo talvez diferente, que tinham umcerto grau de entendimento politico da questão e que achavam queera importante, num determinado momento, estar se organizando viagrupo, como uma massa critica. prá estar discutindo, estar tendoum'posicionamento mais coletivo (coletivo de poucas pessoas), masque pudesse estar refletindo, debatendo, questionando as agres-sões que se estavam fazendo naquele momento ao meio ambiente. AAPASC foi consequência. a criação da APASC, quer dizer, poderiaser APASC ou qualquer outro nome mas o grau de união que se davano grupo, era pela afinidade e pela busca de uma .coisa que eracomum (",) O grupo acabou se reunindo na questão ecológica,despertada por um trabalho que o pessoal da Biologia vinha fazen-do (",)"

o nascimento da APASC, enraizado na Universidade 'emais particularmente junto aos estudantes,está relacionado aalguns dos problemas enfrentados pela entidade durante sua exis-tência:'

Nos próximos itens vamos tentar conhecer esse ealguns outros problemas da entidade.

tradição de militância estudantil, que sempre contrariou os inte-resses estabelecidos. Portanto é de longa data a ação difamat6ria

_.-cidade, além de ocorrerem os atritos cotidianos entre estudantes

No depoimento de I , torna-se presente a imagemque faziam da APASC setores significativos da populaQão São Car-lense: "quando conheci a APASC e comecei a falar delas prâspessoas no meu trabalho percebi que para elas ou a APASC nãoexistia ou elas diziam que eram "uns estudantes" num sentidopejorativo. (...) Então a primeira coisa que tentei fazer foicolocar-Ihes que deviam se associar porque não era estudante, eraimportante. era a vida de cada um" mas isso ai é muito dificil,tanto é que das pessoas que eu tinha mais ligação na Lápis (18),que deveriam ser umas 200 em minha'volta, uma 40 acho que entra-ram de sócias; (...) as pessoas podem até ser s6cias mas elasprocuram não falar porque tem aquela vergonha e medo, medo tambémde achar que é algum negócio politico. A primeira coisa que elesfalaram quando eu levei o problema da APASC lá na firma foi:"isso ai é coisa de jogadas politicas", quer dizer, era melhor(deixaram bem claro) se manter fora disto do que dentro (19).

Então isso ai. no começo me surpreendeu muito, mas depois aprendiq~e é a própria estrutura aqui da cidade (...) s6 porque aqui temaquele grupo de poderosos que não quer abrir espaço para os debaixo, _ quer dizer os de,baixo tem que ficar embaixo intelectual-mente prâ não se levantar, então isso ai dessas indústrias e daorigem também de povo de São Carlos (...) que são assim pessoassimples que vieram do campo e foram parar em fábrica é aqueleproletariado que não tem orgulho. Orgulho deles é trabalharna fábrica (...) você vê, aqui em São Carlos tem tantas indús-trias e não tem movimento de sindicato, não tem movimento denada, não é?".

Essa tentativa de desligar-se da imagem estudantil

e ser assumida pela cidade conseguiu relativos sucessos, comopode-se conferir nos depoimentos abaixo: - "hoje ela passa a serreclamada por pessoas da cidade, apesar do núcleo ainda serpequeno, mas hoje uma pessoa vinculada à cidade é sua represen-tante". M.

"Quando a I passou a ser presidente a APASCpassou aos poucos a não ser vista simplesmente como uma associa-ção de estudantes". R

"Hoje ela tem um sígnificado para a cidadeforte do que ela teve antes, ela está se fortalecendo". K

'Essa mudança de imagem para a cidade que se con-substancia na entidade ter um perfil menos estudantil está asso-ciada ã mudança da composição dos seus quadros de associados ediretores e tipo ~e atividades e discursos dos associados ativos.

Nos últimos anos,começam a se filiar na entidadem~is pessoas que desempenham atividades profissionais na cidade-professores universitários, funcionários de uma grande firmaonde trabalham dois dos diretores da APASC, consumidores doentreposto de produtos naturais de propriedade de um dos dire-tores, e, a maioria de seus diretores já não é de estudantes.

R nos fala sobre a importância dos diretores daentidade serem profissionais e não estudantes: "(...) enquanto é

s6 estudante, tem menos respaldo para falar, você fala, fala, a1ó cara pergunta quem é você e você fala, não eu sou professor numDepartamento, numa Universidade, então o cara sabe que não está

falando com um e6tudante ou com um qualquer, vam06 dizer aS6im,não é um idealista s6, quer dizer, é um idealista que tem algun66ub6idios também. Não significa que uma peS60a que 6eja ideali6tae não seja um profis6ional, um profe6sor, não sei o que, nãop06sa ter subsidios (...) mas i6so dá força também, dá mai6respaldo, respeito. As pessoas respeitam mais (...) infelismenteé assim."

A entidade ainda mantém a caracterlstica de serconstitulda, em sua maior parte, por pessoas ligadas à UF5Car(professores, p6s-graduandos, ex-estudantes e estudantes) porém,além de seus diretóres serem profissionais,o seu discurso hegemô-nlco passa a ~er mais moderado, menos estudantil e suas ativi-dades passam a se contrapor menos ao poder executivo local.

Exemplificador" dessa tendência foi a deliberaçãoda diretoria de· manter o diálogo com o Prefeito em torno daquestão "Parque Ecológico" enquanto que a intenção de duas estu-dantes de Biologia, uma das quais diretora da APASC para a6suntosdo Parque Eco16gico (em 1986),era denunciar publicamente a "enro-lação" do Prefeito .

Essas mudanças são criticadas por ex-diretores quevêem a entidade diminuindo sua ênfase polltica: "é importanteressaltar que na época da discussão da assembléia prá aprovar oestatuto da associação, uma coisa que era patente no pr6priogrupo. é que a associação deveria ser um movimento pollticoapartidário. Eu acho que ela continua um movimento apartidário,mas não polltico (...) eu acho que pelas próprias caracterlsticas

de como evoluiu o grupo e a própria inserção do movimento e aexpansão do trabalho do movimento dentro da comunidade". M

Inegavelmente, a partir de 1983/1984,após uma fasede pouquissima participação e atuação, a entidade passa a assumirdiversas atividades que podemos chamar, na falta de um nomemelhor, de "construtivas" (em opo&i~ão às atividades de denúnciae fiscalização) para as quais can~lizam-se as energias de seusassociados ativos. São eles os grupos de trabalho que assumem umprograma da radiodifusão, o controle do restaurante Mamãe Nature-za, o grupo educação ambiental, o boletim periódico "O Verde". aconquista definitiva de uma sede aberta ao público. dentre outrasatividades.

Isto faz com que a APASC seja efetivamente reco-nhecida pela cidade: "agora a gente tem uma sede, reuniões perió-dicas. boletim (.,,) acho que muito mais gente agora conhece aAPASC. por causa da sede e porque saimos no jornal quase uma vezpór semana"~ I

A localiza~ão da sede e a secretâria mantendo-aaberta.fazem com que a APASC seja mais conhecida, "você tem queter uma janela para o mundo em que o pesoal tome conhecimento dasua existência. Estando ali (numa Praça Central) é interessante.Acontece isso", R

Mas não abandonam-se as lutas contra fontes polui-doras e em defesa da qualidade de vida da popula~ão, como nosafirma R "lutas como o Aeroporto. Fiandeiras, Alpargatas e

Mineradora (20) são fatos que mostram para as autoridades e paraa cidade a importância desse tipo de associação".

o encaminhamento dessas lutas contra firmas 'polui-doras e contra a degradacão da APA - Area de Proteção Ambientalde Corumbatai, evitando-se a ampliação de um aeroporto da USP noBroa e a instalação de uma mineradora às margens do RibeirãoFeijão onde é captada a água que abastece a cidade são vistas porK como um momento significativo na definição do perfil daAssociação: "a APASC tá chegando num momento assim, meiocomplicado, porque se de um lado ela tá deixando as funções maisadministrativas, entrando nas funcões mais politicas de buscar aorganização das pessoas em torno das suas questões ou de outrasquestões tal, essa coisa começa a exigir das pessoas um outrotipo de comprometimento onde ir na quarta-feira à noite (nasreuniões) já não é suficiente (.,,) Você passa a assumir um outropapel em relacão à entidade, porque se ela não começou a ser umaparte de sua vida, você não segura isso mais, então começa ahaver uma pressão prá ir diminuindo a distância entre o discursoe a prática (,..) ou a gente vai segurar e vai mudar organicamen-te as nossas próprias vidas ou a entidade vai ter um retrocesso ereassumir um papel burocrático (...)", K

o fato de contar-se hoje com o apoio da Prefeitu-ra, Câmara e Judiciário no encaminhamento das suas lutas faz comque a entidade tenha uma atuacão mais vinculada às instituições,mais de colaboração e menos de denúncia. Os "inimigos" ficam maisdistantes (já muitas vezes não é o Prefeito) e tem-se mais meca-nismos institucionais para denunciá-Ios (Curadoria do Meio Am-

,ações da APASC. Negar-se como associação estudantil não signifi-cou negar o objetivo de organização e educação pol1tica dosmoradores na luta pela melhoria da qualidade de vida e proteção

lhidos. Só que a existência de outros mecanismos de luta. a"menor periculósidade" das lutas ecológicas {h6je elas jã não são

Muitos flsicos, criados, comoeu, numa tradição. que a6socia mis-ticismo a coisas vagas, misteriosase altamente não cientlficas. ficaramchocados ao ver suas idéias compara-das com as dos mlsticos.

movimento ecológico é que o pessoal que milita é em geral natura-l!sta. ~acrobi6tico. etc. Não é o meu caso; nesse aspectoeu não misturo as coisas. Uma coisa é defender o meio ambiente.

como caracteristica central da entidade ou de sua procura ouaprendizado dentro da APASC.

P afirma que a APASC, "é um trabalho sério emtermos espirituais", e que sua vida profissional, como proprietá-rio de um entreposto natural, se confunde ou é só uma faceta desua mllitância ecológica na APASC e aponta a necessidade dela,APASC, aprofundar sua vivência em·grupo, para as pessoas traba-lharem suas coisas internas" (22).

Na história da APASC, ascontradicões emergem detodos os lados e são assumidas naturalmente embora,talvez,sequerse as perceba. Assumem-se escritos anarquistas como os de JoséOiticica com a mesma facilidade que se opta pela legalizacão daentidade. Difunde-se a discriminalizacão da maconha com a mesmafacilidade que se faz um discurso contra o cigarro, em especial,contra o fumar em recintos fechados. Contradi~ões aparentes nãos6 entre diferentes pessoas do grupo, mas em uma mesma pessoa.

H fala sobre sua vivência na APASC reforcandoe/ou despertando suas raizes orientais em termos de alimentacão epostur~ de vida, mas ao mesmo tempo mostra-se contrário às carac-teristicas m1sticas e/ou visionárias da entidade, reforçando anecessidade dela assumir seu lado politico.

P contrário ao fato da APASC assumir um dis-curso essencialmente politico entrapdo em contradicão com a pos-tura ecológica, coloca-se, ao mesmo tempo, em defesa das acõesdiretas e inusitadas junto à populacão da cidade, defende anecessidade de trabalhar-se no interior da APASC a questão da

aparência mas existe unidade na essência. ou aprendeu-se a convi-ver com as contradições em função da existência de objetivos

hoje existe uma amea<;a à paz mundial, esta vem ainda uma vez dofanatismo, ou seja, da cren<;a cega na pr6pria verdade e na forçacapaz de impô-la. Inútil dar exemplos: podemos encontrá-los acada dia diante dos olhos. Em segundo lugar temos o ideal da nãoviolência: jamais esqueci o ensinamento de Karl" Popper segundo o

frequentemente ridicularizadas regras formais da democracia indu-ziram pela primeira vez na história as técnicas de convivência,destinadas a resolver os conflitos sociais sem o recurso à vio-lência. Apenas onde essas regras são respeitadas o adversário nãoé mais um inimigo (que deve ser destruido), mas um opositor queamanhã poderá ocupar o nosso lugar. Terceiro: o ideal da renova-ção gradual da sociedade através do livre debate das idéias e damudança das mentalidades e do modo de viver: apenas a democraciapermite a formação e a expansão das revoluções silenciosas, comofoi por exemplo nestas últimas décadas a transformação das re-lações entre os sexos - que talvez seja a maior revolução dos

.nossos tempos. Por fim, o ideal de irmandade (a fraternité darevolução francesa). Grande parte da história humana é uma histó-ria de lutas fratricidas. Na sua Filosofia da história (...)Begel definiu a história como um "imenso matadouro". Podemosdesmenti-lo? Em .nenhum pais do mundo o método democrático podeperdurar sem tornar-se um costume. Mas pode tornar-se um costume8em o reconhecimento da irmandade que une todos os homens numdestino comum? Um reconhecimento ainda mais necessário hoje.quando nos tornamos a cada dia mai8 conscientes deste destinocomum e devemos procurar agir com coerência. através do pequenolume de razão que ilumina nosso caminho".

Acreditamos que Capra (24), trilhando raciociniodiverso ao de Bobbio, o complete ao enfatizar a necessidade detransformações 80ciais. na perspectiva preconizada pelo I Ching,contrapondo-a à perspectiva marxista: "Embora. no passado. oconflito e a luta tenham ocasionado importantes progressos so-

concep~ão marxista, acredito que o conflito deve ser minimizadoem épocas de transição social".

respeito à diversidade. O avanço não está em eliminar o que resta,

direta nem no seu contrário. os legalistas e adeptos da açãoorganizacional e fortalecimento institucl0nal. Está sim na combi-nação das partes.~o se permitir que ora se manifeste uma tendên-cià como mais forte. ora outra. Está no aprendizado que se temdisso e na ação social que se potencializa com isso. Está noenriquecimento individual a partir do debate com diferentesposições; ··porque. de repente. reunia naquele momento um grupo depessoas que tinham o mesmo interesse e que passavam a discutir as

·no sentido de mostrar que é posslvel a convivência frutlfera dos

desigualdades e ocorra um debate sobre elas no sentido de com-preensão das posições do outro e relativização da minha verdade

manifestação da(s) outra(s) verdade(s). A superação desse perlodode crise que se vive enquanto civilização, depende em muito da

com a natureza. Esta emergência do novo pode ser conflituosa,como fala Marx ou sem violência, como nos fala o I Ching atravésde Capra, de acordo com nossa disposição (abertura, flexibili-dade) ou não, :para essa convivência com a diversidade e com a

"A sociedademaneira tal,mento que seentidade nada

tã montadaque chega umvocê não temacontece" B

demo-uma

que as energias que são gastas para manter essa estrutura organi-zacional podiam ser canalizadas pára a a~ão propriamente dita)valorizando-a positivamente e ressaltando as dificuldades para se

mas érealizaQão para o indivlduo, ele sabe que· no grupo conseguemuito mais porque. tem com quem dialogar o que ti acontecendo". P

você pode aprimorar as suas idéias. aprimorar inclusive comofazer 'que a entidade tenha força pol1tica .....H

- "Ela busca canalizar as energias para produzirresultados socialmente. legitima sua atuação social ..." K

- "Eu acho que é importante porque voc~ chega aser alguém. você não chega como nada ..." I (fálando sobre ofortalecimento como individuo em sua ação fiscalizadora e dedenúnc ia). '

organizac;!,odela:

Para os entrevistados é na pr6priaque vai se descobrindo a importância e

atuação nanecessidade

..•..uma das coisas que aprendi é que a associa-ção dos homens é necessária •. o trabalho 'tem que ser trabalho emgrupo, não adianta o trabalho isolado de uma pessoa T (estaafirmação vem em resposta à pergunta sobre o seu aprendizado coma APASC).

- .....eu nunca acreditei muito emassociações públicas muito menos ...é importante teraprendi isso cQm a APASC" ... I,

organizac;ões;associações.

"a atuação numa organização vai propiciando desco-brir essas coisas (...) eu acho que ela é busca de expressão daspessoas, ela é isso mesmo, toda essa burocracia. ela é necessá-

ria... o que a gente tA querendo é participar e prá participar a~ente precisa entrar nisso, se a gente não faz isso a gente nãotA participando...participar significa participar das regras, sevocê participa totalmente fora das regras do jogO, não tA parti-cipando... nosso grupo escolheu esse caminho para participar ..."P. Nesta mesma linha de raciocionio nos diz M : "da forma queestava organizada a sociedade em 1977, a única forma para ter umaação, mesmo que fosse restrita, era dentro do plano formal. Anivel de defesa era fundame~tal que a gente tivesse um corpo.Veja, é contraditório. Hoje eu acho que não, mas naquela épocaera fundamental que sim".

Essas duas últimas citações levantam duas ques-tões. Uma é sobre a necessidade da organização formal (dentro dasregras do jogo) em pleno periodo de ditadura militar no Brasil.aproveitando-se as brechas da legislação para reunir-se. organi-zar-se. criticar'o governo e expandir para outras pessoas essascriticas, diminuindo assim as possibilidades da repressão agir eaumentando as dos individuos se expressarem.

Castells fala sobre isso em "Cidade, Democracia eSocialismo" ao analisar as associações de moradores de Madrid quese organizaram durante o franquismo, "utilizando-se ao máximo aspossibilidades legais ou a tolerância forçada da ditadura" (25),lutando por problemas especificos e contribuindo para a educaçãoda população na derrubada da ditadura -"( ...) os movimentosurbanos, na Espanha, foram e serão um instrumento sumamenteeficaz na defesa das condi~ões de vida dos cidadãos e na conquis-ta e desenvolvimento da democracia" (26).

A segunda é um questionamento da necessidade.hoje, de organiza~ões formais. com sua burocracia e formalidades(CGC. prestação de contas, papel timbrado. arrecadar dinheiropara pagar a secretária, etc ...). Não seria mais interessante aparticipa~ão em movimentacões espontâneas, canalizando as ener-gias das pessoas para a acão direta em lutas e atividades especi-ficas?

Agora a resposta é mais dificil. principalmente aotomarmos por referencial o ceticismo existente hoje no Brasilcom relação a qualquer possibilidade de atuacão institucional .

.Assistimos à impotência do cidadão no sentido de fazer frente àsagressões que o Estado e o poder econômico lhe fazem no dia a diae que. para não ir longe. extravasa das telas de televisão.Acreditamos que entre os jovens. tem sido mais frequente a açãodireta e explosiva do que a ação dentro de organizacões e insti-tuições. Mas sem organizacão.torna-se dificil a concretização dasações voltadas para'o coletivo (no sentido de responder às agres-sões mencionadas) e~ao organizar-se para a ação. tornam-se presen-tes reflexões e necessidades tipicamente organizacionais: "comose decide". "quem fala primeiro". "quem vota". "quem coordena"."como se dividem as tarefas", "como se socializam asinformações" .....e por fim abrem-se as possibilidades e neces-sidades de atuação legal e coloca-se o dilema: atuar~se pelo"menos ruim" assumindo-se as "regras do jogo", e conquistando ouconsolidando pequenos espa~os (sejam eles na imprensa. no Parla-mento e nas demais institui~ões ...) ou atuar-se pelo "melhoridealizado" não abrindo ~ão dos principios e ficando às margens

Bobbio diz que os interlocutores que gostaria detornar menos desconfiados em rela~ão às regras do jogo democráti-co são "os que esta nossa democracia, sempre frágil, semprevulnerável, corruptlvel e frequentemente corrupta, gostariam dedestruir para torná-la perfeita, os que, para retomar a famosaimagem hobbesiana, comportam-se como as filhas de Pélia, quecortaram em pedaQOS o velho pai para fazê-lo renascer"(27).Dizque não se pode encarar o ideal da democracia preconizados porseus teóricos como medida para a nossa realidade. Deve-se, segun-do Bobbio,. partir da realidade, o que implica em constatar queexistem prome~sas não cumpridas, pela Democracia, em relaç~o aalgumas das quais temos condiQões de avan~ar no seu cumprimentoenquanto em relaQão à outras com as quais preci~amos conviver mu-ito tempo ainda,caso não se queira retrocessos ou mesmo ameaças à

própria existência da Democracia. Destas promessas não cumpridasele indica seis: a supressão dos corpos intermediários entre oindividuo e a gestão da sociedade," "representação politica e omandato imperativo", "persistência das oligarquias", "espaçolimitado ou a não democratização de diversos espaços da socie-dade"; "o poder invislvel, "o cidadão não educado" (28).

Delas podemos apreciar duas que foram evocadaspelos entrevistados, no sentido de procurarmos entender o porquêdas oPQões feitas pela APASC por atuar dentro das regras do jogo.

Primeiramente vejamos a questão da "supressão doscorpos intermediários entre o individuo e a gestão da sociedade".

Bobbio diz: (...)sujeitos politicamente relevantes tornaram-sesempre mais os grupos, grandes organizações, associacões da maisdiversa natureza, sindicato das mais diversas profissões, parti-dos das mais diversas ideologias. e sempre menos os individuos.Os grupos e não os indivlduos são os protagonistas da vidapolitica numa sociedade democrática, na qual não existe mais umsoberano. o povo ou a nação.' com~osto por individuos que adqui-riam o direito de participar direta ou indiretamente do governo,na qual não existe mais o povo como unidade ideal (ou mlstica),mas apenas o povo dividido de fato em grupos contrapostos econcorrentes. com a sua relativa autonomia diante do governocentral (autonomia que os individuos singulares perderam ou s6tiveram num modelo ideal de governo democrático sempre desmentidopelos fatos)". (29)

A grande questão que se levanta contra a existên-cia dos corpos intermediários entre os indivlduos e a sociedade é

relativa ao aumento da burocracia.Bobbio diz: "Todos os Estadosque se tornaram mais democráticos. tornaram-se ao mesmo tempomais burocráticos pois o processo de burocratização foi em boaparte -uma consequência de processo de democratização" (30) .Istotransposto para uma pequena associação de pessoas também pode serdito no sentido de que ampliar-se as possibilidades de partici-pação de todos os seus membros significa prestar informações atodos. imprimir periódicos e para imprimi-los é preciso terinfra-estrutura, que por sua vez significa ter recursosfinanceiros. que por sua vez significa ter uma estrutura paracaptá-los e assim por diante; significa também uma diminuição na

,mais chance de ser efetivo em termos de mudan~as na sociedadereal e não s6 qual é mais produtivq. E ainda, quais as neces6i-dades daquela sociedade e daquele grupo naquele momento e dai

problemas e 6olu~ões vividos pelos que optaram por organizarem-sedentro das regras do jogo,que é o caso da APASC.

"Se você perde qual é o objetivo da gente ládentro, então ela desvirtua ..." (sobre a possibilidade de aoatuar-se numa organização abandonar-se os objetivos que o leva-ram para lá e ficar-se preso só às tarefas administrativas dodia-a-dia) (...)"agora eu tõ falando dentro de uma organizaçãoaonde você tem um grupo de pessoas que não são muito apegadas auma certa hierarquia ...em cima da.experiência que a gente teve,que não tinha nada disso ...agora numa organização hierarquizadanão sei se tem muito a ver".

Caminhar-se da "democratização do Estado à demo-cratização da sociedade" consiste segundo Bobbio em "saber sehouve um desenvolvimento da democracia num dado pais procurando-se perceber se aumentou, não o número dos que têm direito departicipar nas decisões (isto segundo ele, é um direito que jáfoi levado ao limite nos paises desenvolvidos) que lhes dizemrespeito, mas os espaços nos quais podem exercer este direito"(31). A realidade de paises de terceiro mundo onde não se elegeainda o presidente da república e só recentemente conquistou~seo voto para os analfabetos é inegavelmente diferente dos paisesdesenvolvidos,mas o raciocinio sobre a necessidade de expandir-seos espaços da democracia é igualmente válido. pois uma pode sergarantia da outra (a expansão dos espaços e do número de pessoasque têm direito a participar).Viola e Mainwaring apontam 06 novosmovimentos sociais como importantes instâncias de formação da"cultura politica" no B~asil e Argentina e como possibilidade decontribuição no aprofundamento da democracia politica e partir dademocratização desses Estados, atualmente em curso. (32).

,mais chance de ser efetivo em termos de mudancas na sociedadereal e não s6 qual é mais produtivq. E ainda, quais as necessi-dades daquela sociedade e daquele grupo naquele momento e dai

e ainda faz pela acão institucionalizada. Vejamos então uma outra(segundo Bobbio) das promessas não cumpridas pela Democracia. E a

"Se você perde qual é o objetivo da gente ládentro, então ela desvirtua ..." (sobre a possibilidade de aoatuar-se numa organiza~ão abandonar-se os objetivos que o leva-ram para lá e ficar-se preso s6 às tarefas administrativas dodia-a-dia) {...)"agora eu tô falando dentro de uma organizaçãoaonde você tem um grupo de pessoas que não são muito apegadas auma certa hierarquia ..,em cima da.experiência que a gente teve,que não tinha nada disso ...agora numa organização hierarquizadanão sei se tem muito a ver",

Caminhar-se da "democratiza~ão do Estado à demo-c~atiza~ão da sociedade" consiste segundo Bobbio em "saber sehouve um desenvolvimento da democracia num dado pais procurando-se perceber se aumentou. não o número dos que têm direito departicipar nas decisões (isto segundo ele, é um direito que jáfoi levado ao limite nos paises desenvolvidos) que lhes dizemrespeito, mas os espa~os nos quais podem exercer este direito"(31). A realidade de paises de terceiro mundo onde não se elegeainda o presidente da república e s6 recentemente conquistou~seo voto para os analfabetos é inegavelmente diferente dos pa1sesdesenvolvidos.mas o raciocinio sobre a necessidade de expandir-seos espaços da democracia é igualmente válido, pois uma pode sergarantia da outra (a expansão dos espaços e do número de pessoasque têm direito a participar).Viola e Mainwaring apontam os novosmovimentos sociais como importantes instâncias de formação da"cultura politica" no Brasil e Argentina e como possibilidade decontribui~ão no aprofundamento da democracia politica e partir dademocratiza~ão desses Estados, atualmente em curso. (32).

Para Bobbio essa democratiza~ão da sociedade civil"consiste na extensão do poder ascendente, que até agora haviaocupado quase exclusivamente o campo da grande sociedade politica(e das pequenas, min~sculas, em geral politicamente irrelevantesassocia~ões voluntãrias) para o campo da sociedade civil nas suasvárias articula~ões, da escola à fãbrica (...) isto é de espaçosaté agora dominados por organizações de tipo hierãrquico ouburocrático". (33).

Concordamos com a tese geral da necessidade deampliação dos espaços democráticos mas acreditamos .como Castells,que importante papel no processo de democratização do Estadodesempenham as associações voluntárias que se constituem noschamados movimentos sociais:" Nesse sentido. as associaçõesmadrilenhas de vizinhos constituem um verdadeiro movimento socialna medida em qu~ foram um dos elementos decisivos da mudançapolitica e do surgimento de novos valores sociais e de novasformas urbanas ..." (34).

E portanto não são politicamente (no seu sentidomais amplo) irrelevantes. pois são escolas de formação dos indi-viduos para a participação auto-gestionãria: "Pode-se dizer que o.movimento citadino de Madrid foi uma escola de cidadania democrá-tica. pois proporcionou aos vizinhos a possibilidade de partici-par livremente na resolução de seus problemas mais imediatos"(35) e portanto capazes de servirem como experiências que contri-buem não s6 na democratização das diversas instituições da socie-dade civil e do Estado mas de apontar para os contornos dessa

. democracia que venha a se instalar nas instituições. Talvez ai,

·das entidades dos assim chamados novos movimentos sociais urbanos

mações e divisão dos trabalhos para 06 gruP06 ...agora ... a orga-nização não pode tolher a ação direta individualizada... essaação não pode depor contra a.organização ... aI ê 60mplicado ..·.não ê legal para a APASC mas ê legal para mim ... a gente tem que

tem. A medida em que a atuação do grupo co~flitue com os objeti-vos da entidade (interpretados pelas reuniõe~ gerais e assem-

te autônomo sem ter uma delimitação bl-direcional entre o grupo ea diretoria ... a responsabilidade é do grupo e da diretoria, mas

da APREL que se constituiu numa nova associa~ão e talvez da I

COOAPASC. (que se pretende. sej:l:ma Cooperativa de Naturalistas) j

os demais grupos ou foram incorporados como atividades da direto-ria ou morreram. Todos porém. acreditamos. cumpriram seu papelpositivo. propiciando aprendizados aos participantes e encami-nhando 6olu~ões para os problemas em funcão dos quais surgiram.Discutir o papel educacional dessa organizacão é o que se propõeo próximo tópico.

"Criar consciência comunitáril;lnão é simplesmente estudar fa-tos e cifras, mas arrancar asvendas dos olhos do povo edescobrir um método participan-te de encarar o meio ambiente(...) Primeiro precisamos lidarcom os fatores do desligamento-apatia, indiferença, hábito esensacão de impotência. Depoisde mobilizar a comunidade pode-remos tratar das condições quecriam crescimento descontrola-do, poluicão e feiura"

~agora eu não sei se ela real-mente atinge esses objetivos,(proteger o ambiente e melhorara qualidade de vida), se elanão fica muito em coisas que naverdade parece que você está .brigando, mas não sei se acon-tece alguma coisa no fundo. Umacoisa que a gente sempre viaera aquela briga de poda deárvore. Hoje você passa nacidade tá tudo pelado, né!E

árvores é o objetivo especifi~o a conseguir-se, a partir de umaluta especifica que às vezes foi vitoriosa, pois algumas árvores,

Não podemos também ignorar as inümeras reuniõesonde se questionava o sentido das lutas desenvolvidas em funçãodo avanço generalizado da degradação ambiental. Detinha-se adestruição de uma mata pelo impedimento da construção do novoaeroporto de São Paulo em Caucaia do Alto. mas ouvia-se no diaseguinte o anúncio da construcão das Usinas Nucleares na Jurêia.ou noticias do Projeto Jari e das enormes queimadas na Amazônia.

Respondia-se. na êpoca, que o importante era ofortalecimento dessa luta dentro dé cada um dos associados e que

não deviamos nos considerar tão onipotente ao ponto de fazermoscálculos e previsões e chegarmos à conclusão de que a degradacãovenceria a proteção. Pois com certeza essas coisas não eramlineares e chegaria um momento onde a situação se inverteria. oupelo acúmulo de forcas nas pessoas e de pessoas que se iam jun-tando ao longo desse processo (mesmo que eles ainda fossem mino-ria numérica e suas vitórias menores que as derrotas) ou pelaprópria reacão da natureza agredida, inviabilizando projetosdestruidores e forçando o entendimento, pelas autoridades e po-pulação. das questões ecológicas que eram levantadas.

Respondemos hoje com afirmações de outros entre-vistados. valorizando o processo e o fazer algo em oposicão aonão fazer nada:

"...então eu ach6 que a APASC. mesmo que nãoconsiga. até um certo momento. cumprir alguns objetivos de luta,como por exemplo conseguir que o aeroporto e a mineração não se

instalem no Broa, a agita~ão, a poeira que ela levanta já é, paramim, mais do que bom a nlvel de movimento ecológico. (...) Nosistema que a gente vive, o ecologista realmente incomoda muitagente, então a população que não tem esse tipo de acesso aomovimento ecológico deve ao menos ser informada das outrasposi~ões acerca de um fato, acho que nisso ela tem fundamentalimportância ..." W

.....por menor que seja, por menos que se fa~a,sempre se consegue fazer alguma coisa" P

Existe um questionar constante, pelos associadosativos. s.obre as repercussões da ação ecologista. Quando seprocura dimensioná-Ia pela consecução dos objetivos especlficosdelineados para cada luta e atividade. surgem dúvidas sobre osresultados. pois, atingem-se alguns objetivos mas não se sabe porquanto tempo e nem qual é o significado deles em relação a tantosoutros que não são atingidos, ou de cuja existência que nem aomenos se soube. Por outro lado. em outras lutas não se consegueo que se pretendia. mas se acredita que contribuam para minoraros danos ao ambiente e à população.

Quando se procura dimensioná-Ia através dos obje-tivos educacionais atingidos junto às pessoas que se envolvem coma entidade. outras questões surgem.

Uma expectativa muito presente entre teóricos dosmovimentos sociais é a desses movimentos cumprirem um papel decontribuir com o avan~o qualitativo das reflexões individuais deforma que os participantes de uma a~ão desvendem as causas mais

Porém a questão é muito mais complexa do que possaaparentar. Neste caso especifico. pódemos. pela convivência com E

pela leitura de sua entrevista como um todo. e por fatos como,

e APG dos estudantes da UFSCAR.afirmar que el~ tem uma percepçãomais ampla dos problemas locais e que muito dessa percepção

,Quanto ao papel educacional, para os demais as-

sociados e para a população em g~ral, pouco podemos afirmar apartir dos depoimentos colhidos, porém algumas inferências podem

"...junto a um militante é, vamos dizer, o maiscompleto. E nesse sentido de realização mesmo; a entidade, no

-termos de aprendizado social, e também em termos de informação,

vendo uma série de coisas que não via antes, eu acho que é

gratificante, sabe, eu acho que o cara realmente apre,nde"E..

a distância entre o que se diz e o que se faz e o escrito de Cfalando sobre a APASC em sua vida hoje, dez anos depois. Isso

necessidade de supera~ão dessas estruturas e de educa~ão dosindiv1duos para conquistar-se a resolu~ão dos problemas sobre 06

"Tudo ê absurdo mas nada êchocante, porque todos se acos-tumam a tudo".

g~ca, "ele ê informado, de leve, via "O Verde" {R} e ao çontri-buirem financeiramente, ou apenas se associando, tomam uma atitu-

pode participar ativamente, tem no ato de associar-se "uma'formade manter a consciência..... (P).

grau de envolvimento deles com a entidade tem variado bastante.Acreditamos interessante o desenvolvimento de estudos que permi-

Para a população em geral. apesar de não "ter-secomo ponç1erar o papel educacional da APASC" (P e E) e de Wconsiderar que "não tã legal. eu acho que em termos de educação aAPASC não tã cuidando disso (...)" (39). podemos inferir. atravésde outros depoimentos. de H e de outros entrevistados, que aentidade cumpre (efetivamente. ou potencialmente) importante papeleducacional através do tratamento pela ótica do movimentoeco16-gico, de questões vivenciadas pela população e/ou abordadas pelosmeios de comunicação de massa, ou ,seja, "a questão ambiental em8&0 Carlo6não foi colocada pela APASC ...foi a TV. o que a APASC~az é pegar esse barco e tentar colocar essas questões sob aótica do movimento ecológico" P Nos próximos depoimentos de W,p e K, temos reafirmada essa proposição:

- ..... é a própria degradação do meio ambiente quefa~ esse trabalho' educacional (...) agora é importante a presençada mensagem ecológica. porque se não a pessoa não vê; tã tudodegradado e a pessoa não tã vendo ..." (P).

.. A APASC tem importância fundamental paraque a população adquira uma consciência mais global do que estáacontecendo, não veja a coisa simplesmente na superflcie, nasuperficialidade, mostrar outras coisas que podem estar levandoàquelas atitudes .....(H)

"Acho que a APASC funciona como uma espécie deorganização à parte de tudo isso (a escola. a famllia. um bar. umsambão. a televisão. o teatro ...), que interage com tudo isso.

vivem perifericamente à organização ou estão distanciadas daorganização) e nesse processo de reflexão ir corrigindo e reori-

.Essa necessidade de questionar as obviedades do

Questionar o óbvio. remover formas estereotipadasde viver situa~ões podem não ser atitudes suficientes para esti-mular a participa~ão dos individuos no sentido da superação dosproblemas que 06 afligem; "para grande parte do povo na sociedadecontemporânea. não há uma relação direta entre a responsabilidadede ter uma opinião e a responsabilidade de agir"(Riesman eGlezer)(43), por isso é necessário mostrar-se que é possivel agire que essa ação é significativa ao nivel dos individuos e da

sociedade.

Est01t 11 lors temps de moy Taire?Fran~ois Villon (44)

vida - a que me'convidas?aos becos sem salda.,

'às noites mal dormidas,à esperan~a perdida,ao dono dos inseticidas,à brasilia podrida,à fé a n. 8. aparec1da,às idéias traldasàs poesias reunidasàs migalhas do rei midas,às verdades nlo vividas,aos dias em seguida?

vida- a que me condenas?à retribui~lo das penas,ao riso das hienas,'aos banqueiros da onzena,ao assassino de viena,à boa alma da sirena,ao torpor das cant1lenas.à calv1cie de melena,ao destino das antenas,a morrer apenas?

,târios. que criaram uma "cultura politica" distante dos ideaisdemocráticos estimuladores da part~cipação. fica dificil esperar-se uma reação diferente da apontada por Sommer. dos individuos emrelação às possibilidades de sua ação contribuir para superaçãodos problemas ambientais.

para a participação na resolução dos seus próprios problemasaliado a um grande ceticismo sobre a possibilidade de algumaautoridade fazer algo que não seja em proveito pessoal e prejulzodo coletivo. leva os indivlduos a uma postura niilista cada vez

·cipação {e consequentemente da não educação, visto que comparti-lhamos da concep~ão de educa~ão como práxis) ,torna-se necessárioexplicitarmos duas outras categorias de fatores que acreditamos

valores mais 6ignifica~ivo6 para a existência humana, os quaistêm sido sistematicamente alijados dos processos educacionais

A politica? Ela teria necessidade de profetas. Esó dispõe de pollticos e de partidos.

,da educa~ão seria transmitir idéias de valor, indicar o que fazer

ciarmos o mundo que nos cerca. Quando pensamos,. não nos limitamosa pensar: pensamos com as nossas idéias (...) Se elas são princi-

suportar o resultante sentimento de vacuidade, e o vácuo denossas mentes pode com extrema facilidade ser preenchido poralguma-no~ão grande, fantástica-po11tica ou não - que de repenteparece iluminar- tudo e dar significado e finalidade à nossa

idéias que tornem o mundo, e a própria vida delas, inteliglveispara si mesmas. Quando uma coisa é inteliglvel, tem-se um senti-mento de participação,quando é ininteliglvel o sentimento é dedistanciamento (...) O que é pois a educação? E a transmissão deidéias que habilita o homem a escolher entre uma coisa e outra(...) Nossa tarefa e a de toda educação é entender o mundo atual,o mundo no qual vivemos e no qual fazemos nossas opções.

o sentido da educação torna-se de estimular oindividuo a esclarecer suas próprias convicções fundamentais deforma a conseguir interpretar o mundo e não ter dúvidas quanto aosentido e à finalidade da própria vida. Talvez nem seja capaz deexplicar por palavras eátas coisas, mas sua conduta na vidarevelará uma certa segurança na execução, que provém de suaclareza interior". (49)

A ~articipação passa ser finalidade e viabilidadeda educação, mas acima de tudo uma estratégia para superar osentimento de distanciamento ao qual nos relega uma enormidade defatores da sociedade moderna.

Para que se supere esse "distanciamento",é neces-sário ir ao centro do individuo e trabalhar seus valores funda-mentais e ai é necessário que a participação esteja calcada napercepção da importância disso e promova sistematicamente a dis-cussão e questionamento desses valores.

Acreditamos, pelos depoimentos colhidos e pelovivenciado na APASC, que ela cumpra esse papel (de estimulo à

participação. ruptura com o niilismo • questionamento e busca dos

valores fundamentais para cada individuo) junto aos seus militan-tes. porém. de forma não sistemática e não racional - no sentidode uma delibera~ão coletiva (que viabilizaria o estabelecimentode programas educacionais com a finalidade de estimular a part1-cipa~ão e auto-conhecimento).

Acreditamos também que. junto aos demais associa-dos e á população em geral. ela. Apasc. cumpra o papel pedagógicode ser um exemplo ao qual se pode recorrer para demonstrar que é

posslvel .fazer algo e de maneira participativa (a democraciadireta. por exemplo. é viável pelo menos em algumas instâncias dasociedade). cultivando uma cultura politica voltada para sedimen-tação de valores democráticos. além de ser uma alternativa deleitura da realidade questionando o OBVIO (50). apontando outraspossibilidades de interpretação dos acontecimentos e outras pers-pectivas para o caminhar.

Encaramos o papel educacional das entidades am-bientalistas como uma potencialização da ação individual. umapossibilidade de fazer-se algo. um não ao "Declinio do ImpérioAmericano" (51),um não ao "Doravante é o vazio que nos rege" (52)mas um sim à possibilidade desse vazio significar a ausência deidolos. drogas e santos que venham ajudar a enfrentarmos nossosproblemas.e. um acreditar em si próprio e no fazer coletivo.

· 111.3. ENQUETEQuais valores podem nortear a a~ão ecologista?

Ao final deste capitulo transcreveremos "ipsislitteris" os textos entregues aos entrevistados(53 e 54),

1. Podemos partir do pressuposto de que boa parte das preocupa-ções educacionais manifestas e caracterizadas pelas denominaçõeseducação ambiental, educação ecológica, alternativa, integral,para a nova era, são suscitadas (ou re-suscitadas) pela questãoecológica. ou seja, a partir da ecologia surgem (ou re-surgem) aspreocupações com a·educação ambiental (ou ecológica. ou alterna-tiva •...). Segundo Lago, A. e Pádua. J.A. temos quatro correntesdistintas de atuação dentro do que costuma-se chamar de ecologia.Abaixo transcrevemos o que esses autores dizem sobre cada umadelas. Coloque "1", "2", "3" ou "4" em ordem crescente de priori-dade (1, é mais importante. etc.) que atribui a essas correntesno delineamento dos objetivos educacionais que você compartilha(caso você atribua a mesma importância a mais de uma alternativarepita o mesmo número).

1.a. ( ).ecologia natural: "é a área do pensamento ecológico quese dedica a estudar o funcionamento dos sistemas naturais(florestas. oceanos, etc.) procurando entender as leis que regema dinâmica da vida da natureza".

1.b. ( ) ecologia social: "é a teflexão ecológica abarcando osmúltiplos aspectos da relação entre·os homens e o meio ambiente,especialmente a forma pela qual a ação humana costuma incidirdestrutivamente sobre a natureza".

1.c. () conservacionismo: engloba o conjunto de idéias e estra-tégias de ação voltadas para a luta em favor da conservação da

l.d. ( ) ecologismo: "vem se constituindo como um projeto politi-co de transformação social, calcado em principios ecológicos e noideal de uma sociedade não opressiva e comunitária. A idéiacentral do ecologismo é de que a resolução atual da crise ecoló-gica não poderá ser concretizada apenas com medidas sociais deconservação ambiental, mas sim através de uma ampla mudança naeconomia, na cultura e na pr6pria maneira dos homens 6e relacio-narem entre s1 e com a natureza".

quatro alternativas encadeiam-se ~ sistemas naturais e relaçõessociais dão'subsidios à conservação e preservação e à transfor-

lugar. podemos hierarquizar as 4 correntes: 10. Ecologismo, 20.Ecologia Social, 30. Conservacionismo. 40.· Ecologia Natural,porém as diferenças são pouco significativas entre a segunda.terceira e quarta colocadas, tornando mais forte as anotações da

:CORRENTES Jl 12,

1. A. 2 4 1 2

1. B. 3 5 1

1. c. 1 6 4

1. D. 10 1

Cada uma das afirmações abaixo são valores ecologistas (pensarglobalmente) - na visão dos companheiros do Movimento EcológicoLivre de Florianópolis - MEL - que devem nortear a ação cotidianados ecologistas. Classifique-as segundo a sua compreensão dosvalores que norte iam ou devem nortear o movimento ecológico(anexo está o texto do MEL. fundamentando cada uma dessas propo-sições) :l-relação equilibrada entre homem,mulher e a natureza;2-relaçõesigualitária no interior da sociedade humana;3-democracia radical;4-ecodesenvolvimento;5-não-violência ativa;6-feminismo;1-descentralização e auto-gestão;8-cotidiano alternativo criativo;9-flexibilidade e abertura no p~nsar e agir;lO-autonomia domovimento ecológico.

tiva segundo distribuição no quadro apresentado na questão 2.PROPO SIÇÕES F C J) l'!;) "" F+L Iõtti.L. %NO

1 9 4 O 1 O 13 14 +93%

2 7 2 O + 1 9 14 .:!:.64%

3 4 4 3 1 2 8 14 .:!:.57%

4 3' 4 O 5 1 7 13 +54%

5 5 5 O 4 O 10 14 .:!:.71%

6 1 5 2 5 1 6 14 +43%

7 4 7 O 3 O 11 14 +78%

8 5 5 3 1 O 10 14 +71%-9 8 5 O 1 O 13 14 .:!:.93%

10 4 7 1 1 1 11 14 +78%

total 50 48 9 26 6 98 139 IFUNDA-MENTAL

F

CON -CORDO

C.

DIS -CORDO

1>

EMPARTE

C!)

NÃO TENHO OPINIÃO FORMADA

#10

o primeiro dado que salta aos olhos ê a concordân~cia (F + C) de praticamente 70% das respostas (98 num total de139) dos nossos sujeitos com as proposições que segundo o MELdevam nortear ou norteiam o movimento ecológico.

A maior incidência das concordâncias é sobre asquestões 1 - Relacão equilibrada entre ~ ~ humano ~ a naturezae 9 - Flexibilidade ~ abertura dQ pensar ~ agir

Essas duas primeiras proposi~ões não tiveram ne-nhuma discordância e em relação à primeira. a pessoa que "concor-da em parte" justificou a op~ão pela necessidade de se "discutirmais profundamente os termos - relação equilibrada e harmoniosa".

Com rela~ão à "Descentralização e Auto-gestão"(item 7) - também não houve discordância. Entre os que "concordamem parte" um argumento apresentado foi "não ser favorável à

aplicação radical da auto-gestão" e com relação à "Não ViolênciaAtiva" (5)·quatro pessoas "concordaram em parte", Dessas. uma diz"'8 natureza é.as vezes violenta". Outro diz: "Acredito que. emcertas circunstâncias. a violência em sua expressão maiscompleta, é o melhor caminho para a supera~ão de uma situação,Melhor, no sentido de "mais adequado", Um exemplo disto é asituação da Africa do Sul e de outros pa1ses em que as pessoa6estão privadas de um m1nimo de dignidade",

A "Autonomia do Movimento Ecológico" (10) recebeua concordância de 11 associados (4 "fundamental" e 7 "concordo")sendo que houve uma discordância. uma concordância em parte e umassociado que não tem opinião formada sobre o assunto. A pessoa

eo" possa ser descrito alongo pra~o. Mas como não apoiar politi-cos que estejam bem fundamentados e a caminho de um poder politi-

de participar-se do parlamento. partidos politicos e in6tituiçõe6governamentais no sentido de ecologização da cultura politica

-.assunto. Os argumentos apresentados para a discordãncia 6ão: "não

diz: "é um 'engôdo". O que não tem opinião formada sobre o assuntodiz: "não sou a favor de machismo e não apoio o feminismo. Defen-do a igualdade sem iemos" "Tenho minhas dúvidas quanto à culturaandrógina" "muito subjetivo os termos masculino ou femininointerno"; "não sei se todas as lutas dos movimentos feministassão próprias portanto não assumo em linhas gerais lutas em umgrupo do qual não milito" (...) "Acho que a igualdade entre ossexos já está contemplada no item 2 (...) além disto, assumircomo próprias .todas as lutas dos movimentos feministas implica emassumir lutas que não tocam nece~sariamente na questão ecológica,podendo, inclusive, estar contra valores ecologistas (...)".

- "Eco-desenvolvimento" (4) - Cinco pessoas con-cordam em parte e uma não tem opinião formada sobre o assunto.Alguns dos argumentos são relativos à inviabilidade das propo-sições em vista da situação já atingida e outros questionam osargumentos em torno do que é grande e pequeno ou se a essência doproblema está na dimensão.

- "Relações igualitátias no interior da sociedadehumana" (2) - ninguém discorda da proposição. Quatro pessoasconcordam em parte e uma não tem opinião sobre o assunto. Entreos argumentos temos "Igualdade é meia parte da justiça. Precisa-se tratar desigualmente coisas desiguais".

- "Cotidiano Alternativo Criativo" (8) - Enquantoa grande maioria - dez'pessoas- concordam ou acham fundamentalessa proposição, existem três pessoas que discordam (a maiordiscordãncia, ao lado da discordância em relação à democracia

Abaixo transcrevemos caracteristicas e objetivos das diversascorrentes que formam o movimento alternativo na alemanha (segundo

'Joseph Huber, são essas as principais correntes politico-ideológicas do movimento alternativo nos últimos dez anos). Cadauma delas emerge de uma oposição determinada a certasmanifestações da crise atual. Cada uma desenvolve uma criticadeterminada ao sistema vigente, que se articula a idéiasalternativas e a projetos correspondentes.Nossa intenção é saber quais dessas correntes são apontadas peloassociado da APASÇ como fundamentais para a atuação da entidade,ou seja, ~ Q associado yfr a importância que ~ objetivos ~bá,ndeiras ~ ~ lJ.mià dessas correntes ~ ter nos objetivos ~acões da APASC.Classifique-as (as correntes) de acordo com as seguintes cate-gorias:(C) Concordo com os objetivos e lutas dessafundamental que a APASC se preocupe emimplementá-los através de ~ acões.

corrente edifundi-Ias

achoe.Lilll

(+ ou -) Concordo ~ parte com os objetivos e lutas dessacorrente e acho fundamental que a APASC se preocupe em ~difundi-Ias ~ implementá-los através de ~ acÕes (anote noverso das próximas folhas as partes de discordância ouconcordância) .(C,fiF) Concordo com os objetivos é lutas (em parte ou nodessa corrente maa nãQ considero-os fundamentais Rara ada APASC.

todo)atuacão

•••••••

-----

:ÃO DO CON - DIS - CON - CONCORDO NÃO PEN- QUES- QULS-ASSOCIADO CORDa CORDa CORDO HAS NÃO SEI SUFI TÃO 4 TÃO h

-

~

EM CONSIDE- CIENTE -IPARTE RO FUN - HENTE NO IiNTES DAMENTAL ASSUNTO

Iniciativas Civis-

Movimento EcológicoAnti-Usinas Nucleares .

Pelas Tecnologias Al-ternativasEstilos de Vida Alter-nativos

~Critica ao Consumismoi Movimento de Jovens~Movimento de Idososli Fuga da Cidade~Regionalismoa Movimento de Mulheres

to Movimento Homosexual,

Movimento Psicologistaa

lb Emancipacionistae Pró-sensibilidade.

~a Novo Espiritualismo

fb Seitas Religiosas .Jla Movimentos Pacifistasb Iniciativas Pró-Tercei-, ro Mundo,Movimento pela Proteçãoou Apl icação dos Direitos

,CivisIa Esquerda Não- Ortodoxab Esquerda Espontaneista

.241f.

~

", __ .••_.~_ ...W·,_.__ ...•____~~ _· __W<_'_·_ •.•__ ·_ ~---_._-- ·_---_ ....-~_.- ._._-_ .•_._----DO CON - DIS - CON - CONCORDO NÃO PEN-

ASSOCIADO CORDa cormo CORDa MAS NÃO SEI SUFI-EM COlJSIDE- CIENTE -PARTE RO FUN MENTE NO TOTAL-

COHRENTES DAMENTAL ASSUNTO___ w._'_. __ ._.

I

-----11 a

b

c

111 a

b

IV a

b

V a

b

VI a

b

VII a

b

c

VIII a

b

IX a

b

X

XI a

b I

I TOTAL

_ ..~---_.: -_._--- _.

10 - 2 1 -- ---

12 - 1 - -

10 1 1 1 -.

10 - 2 1 -7 1 3 2 -

7 1 3 2 -

1 - 2 8 2

1 - 3 8 1

1 2 2 6 2

4 1 2 5 1

1 1 2 9 -1 2 2 8 -

3 1 4 3 2

- - 3 7 2

4 - 1 5 2

2 3 1 4 2

- 8 1 - 3

9 - 2 2 -9 - 1 3 -7 - 3 3 -

2 2 1 4 4

2. 3 I 2 2 4

1) - Movimento Ecológico (lIa) -12 C; 1 (+ou-)

2) - Iniciativas Civis (I).10 C ; 2 (+ou-); 1 C.fiF /

3) - Pelas Tecnologias alternativas (11 c) -10 C ; 2 (+ou-); 1 C.nF

4)- Anti-Usinas Nucleares (11 b) -10 C ; 1 D ; 1 (+ou-); 1 C.fiF

5)- Movimento Pacifista (IX a) -9 C ; 2 (+ou-); 2C.nF

6) - Iniciativas pró-Terceiro Mundo (IX B) -9 C ; 1 (+ou-); 3C.nF

7) - Movimento pela Proteção ou ampliação dos Direitos Civis (X)7 C ; 3 (+ou-); 3C,fiF

8) - Estilos de Vida Alternativos (111 a) -7 C ; 1 D ; 3 (+ou-); 2C.nF

9) - Critica ao Consumismo (111 b) -7 C ; 1 D 3 (+ou-); 2C.nF

- Movimento Homofjsexual (VI b) - 1 C; 2 D; 2 (+-); 8 C,nF- Movimento de Jovens (IV a) - 1 C; 2 (+-) ; 8 C,nF; 2fiP

- Movimento de Idosos (IV b) - 1 C; 3 (+-); 8 C,nF; lfiP

- Movimento Emancipacionista (VII b) - 3 (+-); 7 C,nF; 2fiP

Quanto às correntes Esquerda n.ãQ. Ortodoxa e.

,XI a - 2 C; 2 D; 1 (+-); 4 C,BF; 4 BPXI b - 2 C; 3 D; 2 (+-); 2 C,nF; 4 BP

Questão 4 -"Hierarquize na tabela anterior aquelas 'cotrentes'para as quais você atribui maior importância dentro do movimentoalternativo, Coloque 1 para aquela que você acha que ~ ~maior importância, 2 para a seguinte e assim por diante",

IIIb - Critica ao Consumismo - 4. 1, 1. - 1

IIIa - Estilos de vida alternativo - 3. 2. 5. -

X - Movimento pela proteção ou ampliação dosdireitos civis - 3. 1. - 3

IIc - Pelas tecnologias alternativas - 2. 2. 1, 4. 1

IIb - Anti-usinas nucleares - 2, 2, - 2

IXa - Movimento pacifista - 2, 1, - 2, 1

IXb Iniciativas Pró-30. Mundo - 2, 2, - 1. -

Questão 5 - Na coluna reservada para a questão 5 anote com um "X"as cinco principais correntes cujos objetivos devem nortear aa~ão da APASC.

lIa - Movimento Ecológico - 11 indicaçõesI - Iniciativas Civis - 10 indicaçõesIIIa - ·Estilos de vida alternativos 8 indicaçõesIIc - Pelas Tecnologias alternativas 6 indicaçõesIIIb - Critica ao consumismo 5 indicações

Em seguida foram citadas:

IIb - Anti-Usinas Nucleares 4

IXa - Movimentos Pacifistas 4

IXb - Iniciativas Pró-30. Mundo 4

X - Direitos Civis-Proteção e Ampliação 3VlIc - Pró-sensibilidade 3

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"Existe alguma iniciativa não arrolada acima que você achaimportante para o movimento alternativo? Qual? Em que grau dehierarquia formulada na questão 4 você inseriria esta novainiciativa citada? e em rela~ão às principais correntes para aAPASC (arroladas questão "5") como você inseriria esta(s)iniciativa{s) que você citou agora?"

que "as denomina~ões dadas às correntes não são todas boas"Outros fizeram breves comentários sobre as diferentes correntes

aplica radicalmente ao titulo (sic). Na conceituação, o quese observa há uma hierarquia de decisões dada pela forma como seorganiza a cidade (cidade, distritos, bairros, vilas)".

"Eco-desenvolvimento: o que muda entre uma empresaprivada pequena e grande com relação a exploração econômica e daforça de trabalho é o grau de intenBidade, ambas exploram. Não é

o tamanho da organização que explor~ mais ou menos, é a filosofiaque norteiam as organizações".

"Usinas Nucleares: o movimento ecológico ê umacoisa, a era atômica como é chamada, o conhecimento da atomici-dade e sua domesticação é bem outra. Se quisermos combater o U60

destrutivo (...) o movimento é anti-nuclear.E lamentável que paracombater o lado maligno do ser humano, tenha que se vitimizar oconhecimento cien~lfico natural (.~.)".

"Movimento de mulheres e homossexual": A rela~ãoda mulher e o mundo está desiquilibrada a muito tempo e omovimento expõe ruidosamente o que é e o que não ê, porém sintomais a -"farsa" do que a real abordagem do problema. O movimentopeca pela inveja dos homens, peca também por ambicionar odestaque e a especialidade, levando a competir. O movimento realpara todo homem marginalizado, não se chama mulher ou.homossexual, porque não é culpa do sexo, seria o própriomovimento em busca do homem, independente do sexo ou idade" .

"(...) não concordo inteiramente com a manutençãode "propriedade estatal", mesmo pequena, pois implica na manu-

tenção do Estado, cuja abolição deve ser uma das metas dos ecolo-gifitafi".

"Politica de defesa defen6iva ao nivel dos palfie6implica na manutenção d06 pai6e6 como tai6? Acho que a6 referên-cia6 ao termo "pai6e6" não devem exi6tir na6 prop06ta6 ecologifi-ta6 (pelo men06 nas de longo prazo)".

"E preci60 entender a nece6sidade (também) defundamentação e prática da não-violência, porque existe um cami-nho bem longo para ser percorrido. ,Apesar de nunca ter pensado emme transformar em uma terrorista imagino o que seriam os vietna-mitas hoje" se não fossem guerrilheiros".

"Esquerda ... - Necessitaria de mais leituras parapoder realmente di6cutir sobre esses assuntos e opinar" .

"Mpvimento psicologista, emancipacionista e pró-sensibilidade - Não existe uma concordância ou discordânciaespecifica. Acho importante a APASC procurar servir como veiculodestes espaç06" .

"Esquerda espontaneista - Creio que a APASC deveincorporar a prática da ação direta, porém não se restringir aela. Não tenho grandes reflexões sobre o Estado, mas acho que aluta ecológica, hoje, passa por ele, no sentido de se conterprojetos poluidores, garantir· áreas naturais, planejar aurbanização, despoluir'rios, etc .

"Não possuo uma proposta idealizada para atuaçãona APASC. A maioria das sinteses do movimento alternativo me

foram apresentadas (sistematizadas) com o documento enviado porvocê (...)" .

Esta última citação abre espaço para algumas re-flexões suscitadas pela enquete.

A impressão que temos, ao percorrer as respostasdos participantes. é de que a maior parte dos associados ativosse aproximaram da APASC e nela permanecem sem um debate apro-fundado de principios ecologistas ou dos valores que devem nor-tear a atuação da entidade. Eles existem mas são intuitivos equando verbalizados não comportam definições r1gidas .

.A maioria (mais de 70%) concorda com as correntese proposições do movimento ecológico e alternativo apresentadas.Porém ao detalha-Ias surgem discordâncias com. parte delas, deacordo com o sentido que certos conceitos e certas palavras (porexemplo: radical. feminismo, homossexual, eco-desenvolvimento,auto-gestão, espiritualismo, emanapacionista. etc.) assumem paracada individuo.

Consideramos importante o debate aprofundado des-sas questões, no sentido de clarificação de conceitos. explici-tação das divergências e opção por objetivos e lutas relevantespara o grupo.

Algumas outras questões que podem ser precariamen-te inventariadas são:

- Proposições mais genéricas aglutinam a quasetotalidade dos entrevistados:"Relacão equilibrada entre Q. ~ humano e. a natureza" (93%) e"Flexibilidade ~ Abertura QQ Pen6ar ~ AKi.r." (93%).

- Os entrevistados priorizam a atuação das corren-tes já tradicionalmente relacionadas ao movimento ecológico vol-tadas para organização d06 cidadãos em defesa da sobrevivência(anti-usinas nucleares 'e pacifismo) melhoria da qualidade de vida(iniciativas civis, pró 30. mundo) por alternativas ao estabele-cido (tecnológicas e de vida ) e defesa do cidadão (critica ao

'consumi6mo e pela proteção ou ampliação dos direitos civis).

- Repudiam as seitas religiosas. Acreditamos quemais pelo seu caráter de seita que se contrapõe' à flexibilidade eabertura no pens~r e agir do que pelo seu conteúdo mistico vistoque em relação ao novo espiritualismo seis pessoas concordam(quatro não consideram fundamentais), uma concorda em parte eduas não pensaram o suficiente sobre o assunto, de um total de 12respostas.

- -Quanto às correntes de esquerda,existem poucasque a6 acham fundamental ou, discordam delas na integra. A maiorianão as considera fundamentais ou discorda em parte ou não pensouo suficiente sobre o assunto.

CAPITULO 3NOTAS

(O) Poema d(~Caju. publicado na revista "O Verde" no. 16. úno 4,jan/abr 88. APASC. São Carlos.

(1) P. por exemplo resolve fazer Biologia na UFSCar porque ocurso era voltado para a área de Ecologia.M. ressaltou em sua entrevista a rela~~o antra um curso naárea de saüde e a questão da qualidade de vida.

(2) João Ramos Sá de Oliveira - ecologista de Embü. organizadordos Simpósios Ecológicos que lá ocorreram em março de 75.abril de 76 e maio de 81.

(3) Augusto Ruschi - incansável batalhador pela natureza, bas-tante conhecido pelo seu trabalho no Espirito Santo. espe-cialmente o voltado para estudo e proteção dos colibris.

(5) Na realidade era conselho consultivo. T encontra-se neledesde sua 'formação. em 1981.

(6) Como por exemplo a conveniência ou não do local onde foiinstalado o Distrito Industrial de São Carlos.

(7) No filme "O Selvagem da Motocicleta", de Coppola, essaquestão. ao nosso ver, fica mais clara= o lider de uma"sans" só via o colorido do mundo enldois peixes de umaloja de venda de animais. Diante da miséria humana e social.devolver aos dois peixes a liberdade do rio talvez resgatas-s~.o sentido que procurava para a vida. Pelo menos viu comouma causa pela qual podia se entregar.

(9) MR-8: "Movimento Revolucionário 8 de outubro", organizaçãoclandestina de esquerda oriunda de um "racha" do PartidoComunista Brasileiro.

(10) Scehumacher. E. F.- Q negócio,~ ~ pequeno. Rio de Janeiro.Ed. Zahar. 1981.

(12) CAPRA, F. - Q ponto ~ IDl,l,ta<;ão.Ed. Cultrix, São Paulo,1987.

(13) Podemos citar um depoimento de P.B., quando ele dizia quetodos, numa familia, se espantavam com o seu apégo pelasplantas - numa mudan<;ade casa, a única coisa que ele fezquestão de levar foram as plantas. E isso acabou aproximan-do-o da Biologia e lá começou a se interessar pelas questõesecológicas e ai ouviu falar do grupo de educa<;ão ambientaI ecomeçou a fazer um trabalho de ciências com criancas e umacoisa leva a outra e hoje está fazendo pós-graduação emeducacão e desenvolvendo um interesse em torno do temaeducacão ambiental e ensino de ciências.

(14) EVERS, T. - A face oculta dos novos movimentos SOC1a1S. In:Novos Estudos CEBRAP. vol.2, no.4, São Paulo, 1984, p.11a 23.

CRUZ, R. de Ia - Os novos movimentos sociais: encontros edesencontros. In: Noyos Estudos CEBRAP. São Paulo, Brasi-11ense, 1987, p. 87 a 201.

VIOLA, E.J. - O movimento ecológico no Brasil (1974 a 1986):do ambientalismo à ecopo11tica. In: Revista Brasileira ~Ciências Sociais, no. 3, vol. 1, São Paulo, Cortez Ed.,1987.

(15) VIOLA, E.J.·e MAINWARING, S.- Novos Movimentos Sociais. In:QmA revolucão ~ cotidiano, São Paulo, Brasiliense, 1987,p. 113 a 136: "Talvez a caracter1stica mais notável (...)seja sua forte ênfase nas práticas democráticas eparticipa-tivas (...) supondo uma expansão dos elementosparticipativos da democracia liberal" (p.152-159).

(16) APREL/BROA - Associacão para Preservacão da Represa do Lobomais conhecida na região como Broa. Essa associacão surgecomo um grupo de trabalho da APASC e muito tem feito nosentido de melhorias das condicões de lazer e saúde para osmoradores e turistas da mencionada represa.

(17) Refere-se ao Aeroporto às margens da represa do Broa que oMinistério da Aeronáutica, Secretaria de Transportes de SãoPaulo e USP pretendem construir na área que é uma APA-Areade Protecão Ambiental.

precisou manter-se fora da firma pois seu discl~rBo e EU1prática na busca de coerência distanciavam-se doe seus cole-gas e chefes. tornando sua situação profissional insustentb-vel (interpretação do autor a partir de conversas espareaecom I).

(20) - Fiandeiras e Alpargatas são duas indústrias de São earlosque provocam problemas de poluição atmosférica junto aseus vizinhos.

- Refere-se à luta contra a construção do Aeroporto da USP-São Carlos nas margens da Represa do Broa, dentro de umaArea de Proteção Ambiental ..

- Refere-se à luta contra a instalação de uma mineradora deareia no manancial de captação d'água da cidade.

(21) CAPRA. r. - Q ponto ~ mutacão. São Paulo, Ed. Cultrix.1987. p. 73.

(22) lt aponta P como um exemplo de pessoa que "jáligação orgânica entre a vida dele e as questões

tem essapoliticas

(23) BOBBIO, N. - Q futuro da democracia. Rio·de Janeiro, Paz eTerra, 1986. p. 40 e 41.

(25) CASTELLS, M. - ~ democracia ~ socialismo. Rio deJaneiro, Paz e Terra, 1980. p. 67.

(27) BOBBIO. N. - Q futuro da Democracia. Rio de Janeiro, Paz eTerra. 1986, p.14.

(28) Id. , 1lWi. , p.22 a 33.

(29) Id., i..b.1!1. , p. 23.

(30) Id., i..b.1!1. , p. 34/35.(31) Id. , lld!1. , p. 28.

'(32) VIOLA. E.J. e MAINWARING. S. - Novos movimentos sociais -cultura. politica e democracia: Brasil e Argentina. ln:~ revoll)~M IlQ.CQtidianQ. São Paulo, Brasiliense. 1987.p.113 a 136.

,"Entendemos por cultura polltica os valores pol1ticos queprovem a base tanto do discurso e das ideologias pol1ticascomo da prática po11tica. Os valores pol1ticos são orien-tações básicas, que determinam as formas de compreensão darealidade; estão incorporados ao discurso pol1tico e aoestilo da prática pol1tica (, ,,) podemos distinguir cincotipos de culturas pol1ticas. principais: autoritárias dedireita. autoritárias de esquerda. semidemocráticas. demo-cráticas liberais e democráticas radicais (,.,) uma dascausas e consequências da ausência de regimes pol1ticosdemocráticos é a formação de uma cultura pol1tica autoritá-ria. Em ambas as sociedades (Brasil e Argentina) importantessetores da população expressaram indiferença ao pluralismoinstitucional e buscaram beneficios (materiais ou politicos)de curto prazo, mesmo com oónus de subverter a ordem demo-crática. Como resultado da predominância de regimes autori-tários, os cidadãos dos dois pa1ses tornaram-se em grandemedida desabituados dos valores democráticos, Ademais, acultura politica autoritária de ambas as sociedades foireforçada por formas de autoritarismo social. O autoritaris-mo não tem ~ido caracter1stico apenas da vida politica, masmarcou muitos aspectos das relações sociais ( ... l" Viola eMainwaring p. 107, 117, 125 (28).

(36) SOMMER, R. - A cQnscientizacão ~ designo São Paulo, Ed.Brasiliense, 1979, p. 66.

(37) CAASO - Centro Acadêmico Armando Sales de Oliveira da USP -São Carlos.

(38) BERMAN, M, - Tudo que ~ ~ ~ desmancha ~~. São Paulo,Companhia das letras, 1987.

(39) (... ) "não descuida da educação da população porque vocêcorre o risco de tá fazendo a mesma coisa daqueles que vocêmesmo tá condenando, de cima para baixo, né, então você vai

e faz e nio importa o que os outros pensam; não é assim, promovimento ecológico não é assim me8mo, você vai e faz e seimporta e muito com o que os outros pensam, porque os outrosé que vão tocar, então eu acho que tâ descuidado. a parteeducativa tá descuidada. inclusive no râdio" W

(44) VILLON. F. - Folhetim. ln: Folha ~ aãQ Paulo. 01/01/88. no.569, 8-12: "seria então," momento de me calar?~'

(47) LASCH. C.- Q m1nlmo ~. São Paulo. Ed. Brasiliense. 1986. p.10.

(48) GARAUDY. "R.- Apelo aos vivos. Rio de Janeiro, Ed. NovaFronteira. 1981. p. 11.

(49) SCHUMACHER. E.F. - Q negócio ~ ~ pequenQ. Rio de Janeiro.Zahar, 1981, p. 69 a 71.

(50) Obvio no sentido que lhe dá Darcy Ribeiro em seu texto"sobre o óbvio".

(51) "O decl1nio do império americano" - filme 35 mm projetado em1987 nos grandes cinemas de São Paulo.

(52) "doravante é o vazio que nos rege. mas um vazio sem tragédianem apocalipse". Giles Lipovetsky, citado por Caio TúlioCosta na Folha de São Paulo de 8/12/87. p. A-29.

principaiB correnteB do movimento alternativo alemão, descritospor Huber (1985) .

...Seu Campo de atuação reside na conservação deregiões naturais e estruturas urbanas de moradia existentes.Elas intervêem contra a desarborização, eliminação de áreasverdes, demolição de construções antigas, contra novos aero-portoB, usinas e auto-estradas ... A critica das iniciativascivis dirige-se, em primeiro lugar, à burocracia. Denunciamo fracasso dos partidos, bem como dos grandes aparatos deplanejamento estatais e industriais. Postulam a informação ea participação dos cidadãos nas tomadas de decisão e noplanejamento, de modo que tenham a palavra os diretamenteinteressados. Advogam ainda a autonomia local, ao nlvel maisabrangente posslvel, e manifestam sua confiança na razão eno julgamento coletivo.

11. Movimento EcolÓgico. anti-usinas nucleares ~ pelas ~nologias alternativas

o crescimento da produção industrial e doconsumo sustentado, forçosamente, pela concorrência, pela'busca de poder e lucro, funda uma economia de desperdicio epilhagem. Uma economia que esgota matérias primas, desper-diça energia. destrói o meio ambiente e nos faz doentes ...

o sistema industrial tem por caracteristicasmarcantes a tecnocracia, a ditadura das soluções técnicas, aautonomização da economia face às necessidades humanas, ocrescimento ilimitado, a centralização, o gigantismo e astecnologias pesadas, o desperdlcio, o desgaste, a depredaçãoe destruição do meio ambiente. Por isso Q projeto do movi-mento ecológico tem por objetivo a limitação do sistema e aautolimitação, a dissolução planejada da compulsão ao cres-cimento, a reinserção da produção industrial no meio natu-ral, a desconcentracão econômica, a descentralização daprodução por meio de tecnologias adequadas, médias e peque-nas (small is beautiful), a descentralização dos meios fi-nanceiros, o desmantelamento da concentração de poder poli-tico e econômico, a autonomização de pequenas unidades (lo-cal self-reliance), assim como a poupança e o reaproveita~mento dos insumos.

o movimento contra usinas atômicas procura rompera l6gica do sistema industrial em um de seus pontos nevrál-gicos que é o da producão de energia. Aponta como alternati-va as tecnologias brandas, descentralizadas e variadas.

.... Estilos alternativos de vida, como transfor-m8Gão do cotidiano pessoal, são a complementação necessáriade uma transformação ecológica do sistema Critica ãperda de sentido e ã alienação do mundo do trabalho indus-trial. ao esgotamento profissional e ao consumismo ... Re-jeição de um mundo. que gira em torno das coisas e suaposse, e a procura de um mundo, que se volte mais para oshomens, como dizia Erich Fromn. Pretende-se igualmente,através de auto-abastecimento e do trabalho por conta pr6-pria, diminuir a dependência ~ace ã Megamãquina; deseja-sesuperar através de formas comunitãrias - antigas e novas - aseparacão e o isolamento social. bem como a distinção esqui-zofrénica entre trabalho e lazer; e coloca-se a exigência deum trabalho satisfatório, que não mais precise ser compensa-do com consumo. de modo que este possa ser reduzido ao queé. realmente necessário. segundo a divisa - com menos. vivermelhor.

Centros de juventude autogestionários nosquais os próprios jovens dão forma ao lazer, .organizam suaprópria educação e onde eles próprios formulam e satisfazemseus interesses como alunos e aprendizes ...

Esses grupos (de estudantes e de idosos) so-frem uma perda de funcão social, na medida em que são, nofundo, supérfluos para o funcionamento da megamáquina eportanto, encarados mais como uma carga para a economiafamiliar e o orçamento social do Estado. Para os engenheirosdo Estado Social, eles constituem uma área problemática e umfoco de comportamentos desviantes. Entre 08 jovens os pro-blemas são a existência de gangs, a criminalidade, o alcoo-lismo e o uso de drogas. Entre os velhos, a suscetibilidadepara doenças fisicas e psiquicas. O problema do suicidioestá presente em ambos os grupos.

Fortalecer a autoconsciência dos idosos mem-bros do Grupo e constituir-se num forte grupo de pressãojunto aos organismos públicos ... Lutar contra a sua margina-lizacão. sua dependência e a tendência da sociedade a consi-derá-los incapazes e discern1mento e julgamento.

Versão radical de um modo alternativo de vida,porém com a caracteristica extraordinária adicional, de quesimultaneamente se reage à dominação exploradora cidade-

o movimento regionalista ... também está relacio-nado com a dominação cidade-campo e a dependência centro-periferia. Trata da preservação das raizes culturais e so-ciais de cada região ... Rejeita-se o centralismo estatal e adependência econômica das grandes empresas nacionais emultinacionais, que dos lugares mais distantes, com suaspoliticas de investimento, influenciam o destinos das re-giões. Critica-se, também, o colonialismo interno que degra-da à região à condição de satélite das grandes metrópolesurbanas ... Revigora-se a tradição dos dialetos ... contra amassificação social e a sincronização cultural afirmam-se aspeculiaridades sociais e a variedade cultural ... auto deter-minação e auto-suficiência local e regional.

Oposi~ão à dominaoão patriarcal na familia,tanto quanto no mundo do trabalho ... é um profundo questio-namento do sistema social como um todo ... Direitos, liber-dades e r~sponsabilidadesiguais de ambos os sexos, tanto noâmbito do trabalho doméstico não remunerado, quanto no âmbi-to das atividades profissionais remuneradas ... estimulospara uma compreensão e vivência nova do nosso corpo e sensi-bilidade ... permitindo-nos a totalidade corporal sensual. alibertaoão e translucidez do corpo e ~a mente .

... é um movimento bastante heterogêneo quanto àssuas posi~ões e manifesta~ões politicas ... ele se materiali-zou numa ampla gama de projetos auto-organizados pormulheres: grupos de alimenta~ão e saúde, grupos para auto-exame. ajuda mútua no campo médico e terapêutico, alberguesde mulheres, etc ...

As lésbicas, os homossexuais e pedofilicos, apro-veitando-se dessa corrente. (movimento das mulheres) ousaramexpor-se publicamente... semelhante ao movimento demulheres. também o movimento dos homossexuais deu origem auma grande rede de projetos próprios e, além disso, partici-pa ativamente de outros projetos alternativos.

VII. Movimento psiCologista. emancipacionista ~ prÓ-sensibi-lidade

buscar o desenvolvimento da individualidade eda personalidade... O movimento psicologista representa a

revolta contra o intelectualismo racionalista, meramenteanalitico e reducionista. Ele busca uma experiência de mundomais totalizante, que possa integrar corpo, alma e espirito,e onde, por exemplo, conhecimentos intuitivo e emocionaltambém tenham um lugar garantido.

a emancipação pessoal é parte da práxis pol1-tica. Esta emancipação pessoal foi frequentemente concebidacomo libertação sexual. Recuperou-se a idéia da "Sexpol" dosanos 20, assim como W. Reich.

Ao lado deste movimento emancipacionista, commanifesta postulacão politica, ocorre... uma verdadeiraexplosão de ofertas no âmbito da psicologia: modalidadestradicionais de terapias psicológicas e sociais, grupos detreinamento sensitivo, interação tematicamente nucleada,grupos de sobrevivência. grupos de encontro e de autovivên-cia, fortalecimento da percep~ão sensorial. grupos de mara-tona, psicodrama e sociodramá, análise transacional. gritoprimal, laboratórios de orientação da vida e superação deconflitos, psicossintese, meditação transcendental e outras;terapia pelo movimento, expressão corporal, grupos gestálti-cos, bioenergia, grupos de auto-representa~ão. danea. panto-mima e outras formas de expressão, terapia respiratória,ioga, massagem, acupuntura, acupressura, karatê. aikidô,zen, tai-chi, e tudo o mais que se oferece hoje no mercado.Esta variada corrente alimenta-se de duas fontes. De umlado, oferece-se auxilio nas crises psiquicas e existen-ciais. Estas são condicionadas socialmente (pela dissoluçãodas rela~ões comunitárias de vida, pela destrutividade doambiente industrial) não obstante acabam sendo vividas ecarregadas individualmente. De outro lado opõe-se aqui. aoesfacelamento do corpo e da vida a positividade de umasensibilidade e corporalidade intactas ...

Ambos tiveram sua origem nos grupos que usavamdrogas nos anos 60 e parcialmente, ainda vivem destesgrupos. Ampliar ª consciência - esta foi a palavra e ainda é- no cenário das drogas, na visão de mundo espiritual ouemancipadora da personalidade.

uma forma mais individualista e secular det1mida religiosidade, que já começa a ser chamada generica-mente de novo espiritualismo ... que esteve e está com umforte traço de religiosidade natural muito ligado ao movi-mento de comunidades rurais ... os iniciados destas comuni-dades parecem estar em contato com fadas. duendes, silfides,anjos. Deva. Pano

o novo espiritualismo penetrou igualmente nomundo urbano~ através de CaBtaneda, videntes e profetas.antroposofia de Rudolf Steiner, horóscopos, leituras decartaE.:e mãos ...

o novo espiritualismo é uma critica da visãomaterialista do mundo, que se impôs com a capitalizacão eindustrializacão dos últimos 200 a 500 anos. As ciênciasnaturais e as engenharias parecem ter decifrado e desencan-tado o mundo. No entanto, a aparente sobriedade revela-seagora, como uma inigualável embriaguez de racionalidadeobjetiva que provoca a ressaca dos maus esp1ritos e demô-nios. Tanto o positivismo das "ditas ciências burguesas, comoo chamado materialismo histórico-dialético do marxismo tar-dio, enviesaram-se como pensamentos instrumentais e fisica-nalistas. Quanto mais seccionamos a matéria por meio domicroscópio, mais a fisica penetra o mundo das menoresparticulas, mais inevitável se torna a conclusão de que tudosó tem sentido se assumirmos que por "trás deste" começa"outro, mundo". A quem agradaria, a longo prazo, ser umsimples aglomerado de átomos, moléculas e estruturas celu-lares? E isto a vida? Sou eu meu corpo ou meu corpo é amatéria da qual "eu" sou feito e na qual "eu estou"?

Já as religiosas diferem muito em seus posiciona-mentos politicos. O espectro abarca até mesmo grupelhostotalitários como a seita Moon ... que no conjunto se situamfora do contexto de idéias alternativas. As novas seitasconstituem casos de importação religiosa do Extremo Oriente.A diferença.de todas as demais correntes tratadas até aqui,que se inter-relacionam de variadas formas, as seitas sãonotavelmente isoladas. em parte porque elas mesmas se ex-cluem, em parte porque elas procuram distinguir-se daquelesgrupos "ct>nscientizadospoliticall'lente.

não se alimentam apenas de impulsos politicosmas também de impulsos éticos.

A contribuição mais importante destes movimentospara o movimento alternativo reside no principio de liber-dade frente à violência. Os principios da ação pacifica e dadesobediência ou resistência civil difundiram-se por todasas demais correntes alternativas.

Enquanto os grupos pacifistas interessam-sepela politica de distensão nas relacões Leste-Oeste, osgrupos Terceiro-mundistas envolvem-se com as relacões Norte-Sul. Além de se oporem às intervencões politico militares,também criticam o imperialismo econômico e cultural. Comum atodos é a critica de que o armamentismo, a guerra atômicas e

a multiplica~ão do poder destrutivo militar significam aauto-destruição do mundo e por isto precisam ser eliminados.Para tanto seria necessãrio criar-se condicões economicas,sociais e politicas que não mais favorecessem a guerra e oarmamentismo.

Aquelas iniciativas que se opõem à limitação dosdireitos e liberdades civis ou que lutam pela sua completarealização ...

o solapamento da democracia por parte do Estadopolicial é a causa desses movimentos... Sob o pretexto derazões de segurança, introduzem-se em muit9s campos amplossistemas de controle e fiscalização, somos medicados preven-tivamente, mesmo se não estamos doentes. Por precaução nos-sos telefones são interceptados, constroe-se preventivamenteasilos para jovens e velhos, escolas, hospitais, centrospsiquiátricos e cárceres. A assistência pode ir tão longe aponto de nos poder prender preventivamente, porque todospodemos ser terroristas em potencial. O sistema só está"seguro" quando tem cada um sob controle .

... é o levante da sociedade civil contra a ar-rogância burocrática estatal e a onipresença indireta dosinteresses das empresas ... é a luta pela igualdade de todo6os cidadãos perante a lei, a defesa da esfera privada, adefesa da intocabilidade da pessoa, da liberdade de expres-são, da opinião, de imprensa, de reunião e de movimento.

Caracteristico das esquerdas não dogmáticas ê umgrau minimo de organização e a marcante "independência" dosindividuos que a compõem .

... sua critica é acima de tudo ao capitalismo. Asalternativas são os objetivos de uma tradição aberta e nãodeturpada do socialismo: planejamento econômico dos objetosde consumo, eliminação da maximização do lucro (isto ê, docrescimento econômico) condicionada pela concorrência; di-reitos sociais e econômicos,. inseridos em um programa con-junto, que talvez possa ser delineado como socialismo liber-tário ...

... os espontanelstas influenciados não apenas porMarx mas também por Bakunin, Kropotkin, Landaeur, Muhsam eBuber lutam não apenas contra o grande capital, mas tambémcontra o Estado, de um modo geral. Eles resgatam definitiva-mente as enterradas ou deturpadas tradições anarquistas ...

de6envolvem ectilo politico que acentua o prazer, declara asprópria6 necessidade6 como o centro do mundo ...

1. Rela~ão equilibrada entrehomem-mulher e a natureza

As sociedades contemporâneas baseiam-se numa relação predatória de co-nquista e manipulação com a natureza.Os ecologistas pretendem uma rela~ãoequilibrada. harmoniosa e integradacom a natureza. reconhecendo de quenesta vida como espécie depende aorespeito profundo pela natureza ..Sen-timo-nos parte da natureza e nãoacima dela como é o sentimento inspi-rado pelas sociedades industriaiscentralizadas (capitalista ou socia-lista) .

2. Rela~ões igualitárias nointerior da Sociedade hu-mana

N6s ecologistas, somos contrários àexploração do homem pelo homem. Ocapitalismo está regido pela lógicado lucro colocando· a grande maioriada popula~ão ao servico do processode valoriza~ão do capital. Estamos afavor .de uma sociedade regida peloprincipio da satisfacão das necessi-dades materiais (básicas) e espiri-tuais: a economia a servico dos sereshumanos e não os seres humanos aservi~o da economia. Somos a favor deuma distribuicão igualitária da ri-queza material, respeitando a diver-sidade e singularidade das pessoas egrupos.

Somos a favor de uma distribuicãoigualitária e diversificada do poderpolitico através dos mecanismos dedemocracia participativa. Questionan-do as ~nstituicões do autoritarismovamos além da institucionalidade dademocracia liberal, pautado peloprincipio da representação. Achamosque é necessário complementar e apro-fundar os mecanismos da democracia

apresentativa (principio de repreBen-tação de ci~adão pelo seu reprecen-tante no seu executivo, parlamento,etc.). utilizando mecanismos de demo-cracia direta (assembléias barriais,distritais e por lugar de trabalho;referendum por iniciativa popular;movimentos sociais autônomos dos par-tidos politicos).

Questionamos o desenvolvimento mate-rialista. crescimento ilimitado daprodu~ão material baseado na depre-dação sistemática da natureza e nacriação' permanente de novas neces-sidades de consumo material (consu-mismo); Este desenvolvimento materia-lista tem seu eixo na grande cidadeonde centraliza-se de modo perigosoos sistemas produtivos. aglomeram-selnumanamente a população e concentra-se poder politico administrativo.' Osecologistas latino-americanos sãofavoráveis a um processo de desenvol-vimento que respeite a natureza atra-v~s da utilização de tecnologiasdoces de baixo impacto ambiental,evitando-se os grandes empreendimen-tos, descentralizando-se o processocivilizatório. A unidade de vida dosecologistas é a micro-região, consti-tuida por uma ou mais cidades depequeno ou médio porte que conseguemauto-suficiência alimentar utilizandoas áreas rurais adjacentes e fonteslocais de energia não poluidoras. Oecodesenvolvimento implica agricul-tura ecológica. indústrias descentra-lizadas e de baixo impacto ambientale serviços cooperativados baseados naajuda mútua e evitando a burocratiza-~ão.No modelo de ecodesenvolvimento exis-tem 3 tipos de propriedade dos meiosde produção: a pequena propriedadeprivada. a propriedade cooperativa ea propriedade estatal. O modelo deecodesenvolvimento rejeita a grandepropriedade privada. cooperativa ouestatal. na medida em que elas sãofontes de exploração econômica e

concentra~ão de poder polltlco-admi-nistrativo.Somos favoráveis a criacão de umaeconomia verde informal, como meca-nismos de um processo de transicãoque aponte a instauracão de uma so-ciedade do ecodesenvolvimento. Essaeconomia verde baseia-se nos seguin-tes principios: producão para o auto-consumo. producão para a troca, pro-ducão para o mercado local, coopera-tivismo que implique uma participacãodireta dos clientes (nova relaçãocomprador-vendedor).

Somos radicalmente contrários a uti-lização da violência desde a escalamais micro-social (relação homem-mulher. pai-filho) até a escala pla-netária (guerra entre palses). Somosfavoráveis a utilizacão da metodolo-gia Gandhiana da não-violência ativa:d.esobediência civil·, greve pacifica,boycot, desarmamento psicológico dorepressor. Somos favoráveis a politi-cas de defesa defensivas ao nível dospaises: substituicão da defesa mili-tar violenta pela defesa civil não-violenta. O militarismo é o principalproblema do mundo contemporâneo: acu-mulação de armas atômicas capazes dedestruir 100 vezes a vida no planeta,alocacão de fabulosos recursos emindústrias bélicas, criação de umapsicologia social paranóica que in-centiva os gastos militares, subordi-nação da pesquisa cientifica e tecno-l6gica de necessidades militares.Caso houvesse uma redução drásticados gastos militares do mundo, pode-riam ser resolvidos, em 1 ano. osgravissimos problemas de fome, saúde,analfabetismo e moradia dos 2/3 dahumanidade que vive na pobreza abso-luta..

Somos radicalmente contra o machismo,contra todas as formas de dominacão

das mulheres pelos homens. A socie-dade patriarcal ê produtora e repro-dutora da personalidade autoritária.A passagem da personalidade autoritá-ria para a personalidade democrática,fundamental para construção de umademocracia participativa, requer umcombate sistemático ao patriarcalis-mo. Assumimos como próprias todas aslutas dos movimentos feministas. So-mos favoráveis ao desenvolvimento dofeminismo interior que está presentereprimido nos homens e do masculino-interior que está presente reprimidonas mulheres. na direcão da constru-ção de uma cultura andrógena, aindaque mantendo a diferenciacão sexual.Contudo. somos favoráveis a livreexpressão das minorias homossexuai~feminina e masculina.

7. Descentralização e auto-gestão

8. Cotidianocriativo

Somos favoráveis a descentralizacãodos lugares de moradia e de producão.c~iando novo espaco'püblico de comu-nicação normativa que substitua oatual espaco público verticalizado eheteronomizante da cultura de massas.A praça pública do bairro, do distri-to da cidade são espacos nos quais aspessoas poderiam discurir e decidirem comum seus destinos. fugindo datroca de favores, do clientelismo daslideranças carismáticas autoritárias(ainda que reconhecemos o valor favo-rável do carisma democrático). Somosa favor da autogestão em todos oslugares de trabalho (fábricas, esco-las. hospitais, etc.): A participacãode todos devem fazer-se respeitando(não mitificando) o principio dacompetência técnica. 05 ecologistassão contrários a um tipo de anti-autitarismo espontâneo que despreza acompetência técnica.

Somos contrários ao modo de vidaburguês (trabalho não manual exclusi-

vo, conforto material excessivo, pri-vatismo e alta previsibilidade) e aomodo de vida quimico circense (con-sumo elevado e indiscriminado deilcool, tranquilizantes, tabaco, açü-car, drogas, alimentos tratados qui-micamente, televisão, expectatorismoexportivo). Somos favoráveis a umcotidiano criativo que implique: com-binar o trabalho manual com o não-manual, viver em contato com a natu-reza, redes corr~nais, estilo de vidaque deixe ireas de incerteza, consumOmoderado de álcool, televisão,etc.... realizacão sistemãtica deexercicios flsicos, caminhar, andarde bicicleta (reduzir o uso de trans-porte mecânico), elevar a capacidadede go~o do corpo através de uma se-xualidade espiritualizada, comida sã,equilibrada, proveniente de agricul-tura ecológica. .

9.' Flexibilidàde e aberturano pensar e agir

A força do movimento ecologista estãna sua confiança (não ingênua e evi-tando idealizacões) na população, seupluralismo e sua imaginacão. O movi-mento ecologista acredita nas peque-nas unidades e adota isto como estru-tura organizacional e conceitual: seestrutura como uma federação de movi-mentos locais. Deste modo a estruturaé portadora de uma mensagem. Os eco-logistas não acreditam em soluçõesrigidas e definitivas para os diver-sos problemas. Temos de atacar aomesmo tempo as causas profundas e asmanifestações superficiais dos pro-blemas, com imaginacão. E posslvelproduzir a mudanca através do impactoacumulativo de pequenas mudancas emvários fatores ao mesmo tempo, e istopode ser logrado de melhor maneirapor movimentos coordenados de formalaxa, cada um trabalhando num cantodiferente de sociedade.·Consideramo-nos prioritariamente,habitantes do planeta terra, por issopensamos globalmente, porém o pensarglobal somente adquire um sentido

concreto na medida em que se agelocalmente. Pensar globalmente, agirlocalmente, é um principio fundamen-tal do ecologismo.

10. A Autonomia do MovimentoEcológico

Os ecologistas organizam-se em cole-tivos pequenos e médios, de 5 a 50pessoas, que por sua vez constituemredes (fun~ão de comunica~ão rápida etroca direta de experiências e encon-tros periódicos) ou federa~ões decoletivos (organiza~ão com sede rota-tiva e revezamento frequente dosdirigentes). O coletivo ecologistareune-se normalmente através de umaperiodicidade que permite criar umespa~o de comunica~ão normativa, umatroca rica de diversas singularidadessubjetivas envolvidas. Geralmente aperiodicidade da reunião do coletivoé semanal podendo chegar a ser bi-semanal no caso dos grupos mais la-xos.O·movimento ecológico se define comoautônomo diante do Estado (municipio,Estado e União) e qualquer um de seusaparelhos e agências; assim comotambém é autônomo dos partidos poli-ticos, as empresas e as associa~õesde categorias profissionais e sindi-catos. O movimento ecológico é trans-partidário no sentido de que nelepodem participar membros dos diversospartidos desde que honestamente (nãocom fins de entrismo) compromissadoscom a causa ecológica. O movimentoecológico é predominantemente extra-parlamentar, porém considera o parla-mento como um espaço institucionalapto para sua expressão. Essa entradano parlamento (Câmaras de Vereadorese em primeira instância, AssembléiaLegislativa em segunda instância eCongresso Federal em terceira instân-cia) pode ser feita através da candi-datura de membros do movimento ecoló-gico nos partidos tradicionais maissensiveis a causa ecológica ou atra-vés da criação de partidos ecologis-tas. A criação de partidos ecologis-

tas somente e frutlfera quando éproduto de um movimento denso, quali-tativa e quantitativamente. Emboraautônomo do Estado e dos partidospolltico6 o movimento ecológico tentainfluenciar o mâximo posslvel a es-tes, na direção de uma ecologizaçãoda cultura politica. O movimentoeco16gico apóia a presenca de membrosde seus coletivos nas instituiçõesestatais vinculadas a protecão domeio ambiente, sempre que essa pre-sença -não comprometa a autonomia doMovimento.

,A autonomia, como marco fundamentalda atuação do movimento ecológico.define um conjunto de atitudes epráticás que implicam equillbrio,firmeza e flexibilidade para evitarcair seja no isolacionisIDo ou seuperigo oposto, o aurelamento dospoderes estatais e 60cietais dominan-tes. .

Associação Mel - Movimento Eco16gico LivreUma alternativa e~ológica em FlorPela vida, através da invenção democrâtica

Cx. Postal 5011 - Flor - seFone: 22.8715

23.3486

IEducar para o ambiente.

o mais adequado às nossas concepções de pesquisa.conhecimento e educaQão era o estudo de caso.

Contamos a história de uma entidade com a qualtinhamos maior intimidade: a APASC.

Falar de uma entidade é falar dos indiv1duos quefazem parte dela. Uma entidade é a composição de seus várioselementos especialmente seus assodiados ativos. O perfil de umaentidade é dado pelo perfil dos seus associados ativos. Falar daeducação desenvolvida por uma entidade é falar da educação desen-volvida por seus participantes.

'"A educaçã'o que fazem e intencionam fazer é oresultado de sua educaQão. ou seja. do que os indiv1duos partici-pantes objetivam e acreditam. Eles objetivam e acreditam aquiloque vão aprendendo a objetivar e acreditar.

O que (quais coisas) eles objetivam e acreditam?Onde aprendem a objetivar e acreditar nesses valores? Em parte naprópria entidade. no cotidiano da·militância. O que aprendem naentidade?

pesquisa, no sentido de contribuir para clarificacão do conc,~itode educação ambiental:

Quais são os valores ecologistas e como a partici-pação na entidade contribui na aquisição e aprimoramento (emudanças) desses valores? Valores dos individuos, da entidade e~bjetivos da ação social de ambos. 'A medida em que se tornamclaros e se generalizam passam a ser objetivos do movimento e asubsidiar programas e projetos de i~tervencão educacional.

Essa procura transformou-se em argumento de teorespeculativo. que pudemos considerar como uma hipótese: "a clari-

ficação das utopias e objetivos do movimento ecológico podecontribuir para as suas propostas de educação ambiental".

Tentamos clarificá-los. Não havia um discursohomogêneo. Não se compartilhava da mesma fê religiosa/poli ti-ca/cientifica. Não havia uma verbalização única a respeito dasprioridades de ação nem dos objetivos e finalidades dessa ação.

Mas as pessoas se reuniam todas as semanas e. aolongo de dez anos. procuraram manter a associação.Dedicaram a elaseu tempo. dinheiro e energia.

Qual era a força aglutinadora? Quais eram os pon-tos em comum que permitiam passar por sobre as divergências emanter a disposição de participação?

A utopia era (é) algo nebuloso onde se queria(quer) chegar. Os esboços dela são compartilhados pela maioria,mas quando começamos a detalhá-Ia. essa maioria se fragmenta e já

não compartilha do mesmo discurso. Divergências de palavras.Divergências nos objetivos. Não é como em uma religião ou em umpartido onde os discursos são os mesmos - as palavras. os conteú-dos. os objetivos. a utopia ...

Talvez a utopia. para esses ecologistas. não sejauma ilha paradisiaca para onde todos olham maravilhados caminhan-do (ou pensando caminhar) em sua dire~ão. A ilha continua aexistir, nebulosa ainda. nos sonhos,dos ecologistas, mas ao invésde caminharem hipnotizados - por ela e para ela ou de se prostra-rem inercialmente diante do vazio ("o sonho acabou"), eles prefe-rem entender que "os caminhos se fazem ao andar" e que ali, nopresente, nas reuniões e na dinâmica do dia a dia da associa~ão edo cotid~ano de cada um,uma parte dessa utopia se realiza.

A utopia está_ali. presente no'processo de lutapela prote~ão da natureza e pela melhoria da qualidade de vid•.Na"convivência de desiguais e no respeito à diversidade (pacifis-mo?) na prática da democracia direta. na potenciali~a~ão da a~ãoindividual, na intensifica~ão da consciência de si próprio e doseu papel social, na aproxima~ão entre discurso e prática. -entrepensar e agir, entre conhecimento e práxis. Enfim, está presenteem uma prática que diz não ao niilismo e às utopias messiânicas eum sim à vida, ao romantismo e ao sonho de um mundo melhor sendoconstruido e já estando presente nessa luta cotidiana.

Esses são valores "presentes na prática da APASCque poderiam, talvez,fundamentar objetivos de programas de educa-~ão ambiental.

fundamenta esta dissertação. procurando justificar a proposiçãoda PRAXIS como importante objetivo para a educação ambiental.

A educa~ão ambiental desenvolvida através da prá-xis em organiza~ões ecologistas objetiva:

1. Propiciar a cada individuo vivências e refle-xões que o fortaleça no conhecimento de sipr6prio e do contexto onde vive. nos seus

2. Preparar· seus participantes para a práticaorganizacional democrática a partir da diver-

3. Contribuir na delimita~ão da utopia (ecológi-ca?) para cada lndlviduo/grupo e ná sua verba-liza~ão/problematizaoão para o movimento eco-l6gico. Contribuir na escolha de caminhos parasua materializaoão e na revisão constante dosseus contornos (dos caminhos e objetivos) emcada individuo/grupo e no movimento como umtodo.

4. Ser instância pedag6gica, demonstrando à so-ciedade a viabilidade de se fazer algo e sen-sibilizando pessoas para a questão ecol6gica,através da difusão de informaoões sobre pro-blemas ambientais e de análises sobre esses

. problemas numa perspectiva ecológica;

5. Ser um ponto de apoio e referência para aspessoas, em suas lutas pela melhoria da quali-dade de vida e pela prote~ão da natureza {paranão se sentirem sozinhas e sentirem a solida-riedade de iguais na luta por essa causa}.

6. Formar pessoas para atuaoão cotidiana em ou-tras .organizações e ins~ituioões dentro deuma perspectiva, de educaoão pautada por obje-tivos, conteúdos e metodôlogias oriundos dovivenciado junto ao movimento ecológico.

crática - isso só para citar os ültimos 24 anos) ,em uma realidadecultural de mundo ocidental onde ~s pessoas há séculos vêm sendo

.de expressar sua utopia (que apesar de não ser bem delimitada é

um desejo comum muito forte), a sua simples existência já é um

.concepções de progresso, democracia, participação, felicidade,

transformação social para o socialismo, é justamente a classedonde saem os trabalhadores dos meios de comunicações, professo-

reflitam sobre as causas dos problemas que enfrentam,entendam melhor a estrutura do sistema e assumam oanimação cultural da comunidade onde venham a atuar.

para quepapel de

Acreditamos que, gerando o fato 60cial, canalizan-do e ecoando as reivindica~ões e expressando a necessidade demudan~as e sua utopia, as entidades ambienta1istas tornam-semovimentos sociais capazes de contribuir para o engajamento demais pessoas na luta por uma transfórma~ão social.

Não podem08 negar que, opondo-se a essa perspecti-va de transforma~ão social, engaJamento, socialismo e auto-gestãoque podemos detectar como um lado do movimento ecológico e dasorganiza~ões minoritárias e de cidadãos em geral, conforme aná-lise de uma corrente de autores (Viola, Marcuse, Evers, dentreoutros), existe um outro lado, detectado por autores comoTr~temberg e Bernardo,que é o de um movimento ecológico reacioná-rio e conservador - "o inimigo oculto" das transformações sociaisque somente justifica a manutenção do "status quo", em nome deuma nlo-ampliação da agressão ao meio ambiente. De qualquerforma, acreditamos que o "sistema", ao se ver obrigado a assumiras criticas, e- ao tentar absorvê-Ias da forma que lhe ê maisconveniente, por um lado procura perverter os objetivos iniciais.mas por outro lado possibilita a difusão das bandeiras ecológicase a possibilidade de falarmos contra certas obviedades dessesistema sem sermos apedrejados. Resta-nos acreditar que com issoo fermento vai propiciando uma ampliação das convicções dasnecessidades de transformação para mais pessoas e que, num dado

. momento, transformações realmente substanciais sejam imposslveis

de serem inibidas,pois ai,estarão disseminadas e não haverá forcabruta nem baleia democrática capaz de barrar ou enganar aspessoas.

4- A a~ão direta privilegia a participaoão, envolvemais pessoas e envolve mais as pessoas (os participantes), encon-tra maior" divulgaoão junto aos meios de comunicaoão e tem umpotencial educativo muito maior. Porém necessita de grande envol-vimento dos ~eus protagonistas pois os fatos se sucedem comvelocidade espantosa e exigem,na máioria das vezes, uma infra-estrutura que sustente essas aoões. Nesse pon~o encontramos anecessidade da organizaoão de uma entidade respaldando as ativi-dades dos individuos envolvidos na aoão. E essa organizaoão vaise tornando tão mais necessária quanto maior for o envolvimentocóm outrasinstituioões durante as lutas. Não há s6 a necessidadedela ser uma organizaoão funcional - dinheiro. secretária. sede,telefone, papel timbrado, micro-computador, telex ... pois, emcertos casos, é necessário que ela seja devidamente registrada,com diretoria e toda burocracia de qualquer organizaoão formal.

A medida em que se adquire essa infra-estruturapara auxiliar na aoão direta, comeoa-se a ter mais condioões paraa utilizaoão dos expedientes convencionais, tipo enviar oficiospedindo esclarecimento aos órgãos envolvidos, protocolar pedidose esperar respostas, acionar o legislativo e aguardar a próxima e

certamente a próxima e depois a pr6xima Bessão da Câmara. ouacionar o Judiciário e aguardar a tramitação na Justica,sobre aqual, nem é preciso fazer comentários,e assim as pessoas que 6e

mobilizam pela emergência de um problema acabam se desmobilizandona espera desses encaminhamentos burocráticos .

. Além disso. à medida em que se adquire essa infra-estrutura. existem mais vlnculos-e patrimônio a preservar e osdiretores da entidade têm mais dificuldade para se expressarlivremente e de forma contundente_ São vinculos com os associados(que já são em maior número). vlnéulos com as empresas que fazemdoa~ões e com os 6~gãos públicos que de alguma maneira auxiliam aentidade.

Ao mesmo tempo em que se ganha credibilidade juntoa uma camada da popula~ão - o que é fundamental na concessão d06meios de amplifica~ão das mensagens do movimento - diminui-se odespojamento e sua disponibilidade para a a~ão direta ..

Isso. ao nosso ver. tende a acontecer com asorganiza~ões e pessoas que dela participam. mas acreditamos que â

medida em que as pessoas ativas nessas organiza~ões tenham clare-za sobre essa possibilidade é posslvel trabalhar-se com ambas(a~ão direta e a~ão institucional) tirando proveito dos aspectospositivos de cada uma.

A APASC. apesar de ter caminhado rapidamente paraa legaliza~ão (ao contrário de dezenas de outras entidades am-

'bient~listas de São Paulo). tem procurado contrabalan~ar nas suasprincipais lutas. as várias fr~ntes possiveis de serem exploradas

,(judiciário, imprensa, legislativo, universidade. ação direta.etc.) de forma a procurar atingir a resolução do problema empauta e a educação das pessoas envolvidas e da comunidade emgeral.

5- •.Ontem um moço r~talhava duas árvores que acabarade cortar de ·uma calçada no centro da cidade. Ele suava. Eusuava. Estava muito calor. Dirigia-me aos estudos para conclusãode minha dissertação de mestrado sobre educação' ambiental, movi-mento ecológico, entidade ambientalista~ participação, conscien-tizacão ..• Pensava no Grupo Ecológico de Assis ... deparei-me como problema nu e cru. Hã pouco, eu escrevia sobre as lutas da!PASe em defesa da arborização urbana. O que fazer? falar com omoco? Tinha sido provavelmente contratado pelo dono da casa paracumprir a tarefa ... Falar com o dono da casa? me mandaria plantarbatatas, digo, .cuidar da minha vida ... denunciar junto à DEPRN? oengenheiro diria que é responsabilidade da Prefeitura ... Denun-ciar na Prefeitura? além de ser uma "persona non grata" ao Pre-feito e seus servidores por ter junto ao Grupo Ecológico denun-ciado como incorreto o local escolhido para a instalação doDistrito Industrial, ainda provavelmente enfrentaria os argumen-tos do agrônomo responsável, dizendo que era dificil fazer algo.

que eles não possuem estrutura para fiecalização... mas eu pode-'ria ir à imprensa, exigir a ação da policia florestal, pedir quea DEPRN denunciasse o convênio, que o cidadão fosse multado ereplantasse árvores no local e fazer de tudo isso uma ação peda-gógica junto à população de Assis ...

Pensei ... antes preciso escrever minha disser-tação, se perder mais alguns dias com essa questão, da mesmaforma como nesses cinco anos venho,dedicando-me à mi1itância emdetrimento da reflexão sobre ela, não conseguirei acabar a dis-sertação. Continuei a pedalar, passei reto, balançando a cabeça evim escrever.

Da mesma forma à noite, ao jantar, conversei comum caçador (marido de uma colega de trabalho) e ele me falou doslocais de caça clandestina em toda a região, das brigas de galo,dos policiais florestais que caçam com ele e de diversos casos dedesmatamento e poluição na região. Ele poderia levar-me, no fimde semana, a conhecer tudo isso e discutir uma ação educacional,propostas de legislação que disciplinem o assunto, evitando adegradação ambiental e a ação clandestina que com certeza conti-nuará impune ...

Preciso concluir a dissertação. Mas, nesse momentode conclusão não posso deixar de reafirmar essas inquietaçõessobre a instituciona1ização da militância (neste crescendo que

vai da a~ão direta espontânea. individual ou em grupo. até.aformação de uma associação. legalização. ação junto aos poderespúblicos ... Em nosso caso. ocupamos espaços da Universidade e odinheiro do Estado para uma reflexão institucional sobre a mili-tância). pois ela rouba-nos tempo da ação e da reflexão sobre aação - no sentido da prâxis.

Resta a esperança-de que ao colocar no papel ahistória da entidade e de seus militantes eao tentar validâ-Iajunto à academia. estamos contribuindo para a abertura de espaçosque não seriam atingidos pela açãó militante exclusiva. contri-buindo para a difusão dessas reflexões e talvez para mudancas nasinstituicões. tornando-as mais receptivas para o cotidiano dospequenos grupos com suas relacões democrâticas e seus exerciciosde futuro.

,de assessorá-los em seu desenvolvimento e. quando o ca60,explorar seus conteudos disciplinares e interdisciplinares ..

permitir a consolida9ão de uma cultura democrática voltada ao,aprimoramento da6 nossas rela9ões 8oc~ais. pollticas e econômica6

•podemos -ver nesta pespectiva de educa9ão ambiental um mecani6mo

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-Modelo do inventário analitico das atas-Modelo de pautas de reuni~o-Modelo do cadastro das correspondências recebidas-Modelo do cadastro de correspond~ncias emitidas-Modelo de cadastro das publica~~es sobre a APASCe da APASC na imprensa de S~o Carlos e S~o Paulo-Rela~~o das publica~~es da APASC(77 a 87)-Nota publicada na imprensa sobre o "Ciclo de Estu-dos Eco16gicos" de 1976-Noticias publicadas pela imprensa sobre a funda~~oda Associa.~o e a~l'Assembléia-Fotoc6pia reduzida do primeiro cartaz divulgando aAssembléia Geral da APASC-Fotoc6pia de parte do primeiro boletim-Estatutos da Associa.~o '-Publica~~es na imprensa:janeiro a mar.o de 1978-Edital do projeto de lei n'16(aprovado comolei 7843/78)que declara a APASC de utilidadepública municipal-Proposta de s6cio da APASC publicado na imprensa-Minuta de altera.~o estatutãria(aprovada)e de cir-cular aos associados convidando à participa~~o-Primeiro simbolo da associa.~o, utilizado comocartaz e panfleto falando sobre a Associa.~o-Simbolo da Associa~~o .-Panfleto da Campanha contra a constru.~o do aeroportode S~o Paulo 'em Caucaia do Alto

'-Alimente-se bem(panfleto)-Semana de Arte e Pensamento Ecol6gico:panfletos enoticias publicadas nos jornais-Dia Mundial do Meio Ambiente(1978):noticia de jornal-Texto de J.A.Lutzemb~erg sobre podas de árvores(impresso pela APASC e publicado em jornais do interior)-Fotografias sobre poda e plantio de árvores em 1978,"C~mpanha da Fraternidade" e Dia Mundial do Meio Am-biente de 1979- todas na pra.a Cel.Salles-Carta programa para diretoria79/80 e balan.o dagest~o anterior-Favela-Parque Ecol6gico-Boa Vista 11 (noticias nos jornais)-Usinas nucleares(panfleto e abaixo-assinado)-"O que voce pode fazer pela paz"

123a56

78a13

1718a2021a2425a29

2930

32a3333

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36a3940

45a57585960a6263a6566

-Guerra das Malvinas-"Sete Quedas"-Elei~~es de 1982-Carta aos Partidos Pollticos-"Nota de Falecimento Cultural":derrubada do cinema-Nova proposta de s6cio(1986)-"Prefeitura cede imóvel na pral;a para AF'ASC"-Panfleto distribuido no Dia Nacional do MeioAmbiente de 1986-"Diretas Já"-"Vida Natural":programa radiofOnico (cartapropondo convênio à UFSCar;texto do convênio;comunical;~o apresentada à SBPC) ,-"Mam~e Natureza"-"APREL"-"Aeroporto no Broa"-"Grupo de Educal;~o Ambiental"

676869707172

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ac:

-ro~ção da diretoria provl.orla-elaboraçio e aprovação do. e.tatuto.

- , 1-convocaçao de a.semblela gera-circular par. antldada.-noae e s{mbolo da entidada-coma trazer outras setores da popul~

çao-anuidade-coMlasões de atuaç8a•:: -tIloçõe.de apoio recebido.•~ -artigo8 na. Jornais da cidade~

I -publlcação no 0.0.-arquiva.-eleições-duas rifa. para -fundoa--balança da. cOMlasõe.-móveia para guardar coisa. da APASC-8 própria dinâmica da. reunlõe.

: -dlvlsão de terefa.10...•c::Jai•••

,-cartazes convocabdo p/assemblela eboleUm

ATIVIOAOES le.tra. 'l~a or an1za ao da Cl~lo.,pal.Btras,'ll~~,campanha. educacional. ubllca õ•• )-proJeç80 de sllda. e palestraa -

ClBrlc. Panl tz-Fil... Con.ulado Al••;o-convite para pale.tra. Tundl.,Tolh110 Artur,lucho, Beth,Clarlc ••

-Oeb.te. sobre legl.laç80 d. uso doSolo

-vlsita ao Salto do P8ntano-ldéla de •• 'azar v.zo. cu. .{~ol

d. APASC-pale.tra. Junto • R.da .scolar de

lU • 2U Graue

••••ur.le no 5enac Praf.itura, UF'SCAREESC • Je.ulno d. Arruda

-Levante.ento de prDbI.... ..blen- -tala de seo carlDa

-FranQD !to S/A-Polulção CÓrrego MDnjDtlnho-Necessidade d. PlaneJa••nto Ur-

baao-Necessldada da levantaMento -

.reas d. norestaa na regl;o-8uracão-Metalúrglca Cruzelro-pa-bo •• e. abrlgo na praça Cal.

SaUes-Kartódra.o senta Paula-Jardl. Praça Peullno CarlDa x

.staçlonlJlltento, , ('-areas verdes a arvores daa ,us.-qualidade de égua da V.Carae--certa .upe~rCado Jardl.'suge-

rlndo jardl••

carta - apol0 -contra portos de,arela no E~u.

PAUTA P/,RA REUNIÃO DO DIA 25/11/8'2

1. Bate-papo.- Discussão de assuntos interessantes.

z.. "O Verde" no6..'

# • #3. Responder questionario que faz parte do Projeto de Estudos Ecologicos- Biólogo Laurenz Pinder - ou devolvo em branco ?

# #7. Z. sibipirunas na R. Major Jose Inaeio

da etueIs.22/10/77 - Assoc. BrasIleIra de Estudo do Meio - A8EM - .c~pia

de três cartas enviadas 80 Estadão, Promotor P~bllco 8 Prefeito de Americana cumprimentando pela inlciativa de suspender aS atividades da empresa multlnacional que polui o Ri~ Jaguari e pela abertura de

, , ,inquerito pelo crime contra a saude publIca.12/12/77 - AGAPAN ao [rvino - boas festas, feliz 78, vão erniar

Jan./78 - AEASP (Assoc. dos En9. Agr. do Est. de S.P.) Conv!te posse diretoria Lazzarini.

14/02/78 - AGAPAN ecusando recebimento e colocando-se à disp~slçeo,

0'/04/78 - Delegacia de Ensino de são Carlos - autorizando pr~11/04/78

Jeto educação pare e sa~de ~nas escolas - aO CRUT~C.Crutec pare APASC.

05/04/78 - OCr-Livre - "Em viste da importância desta Assoc. ,por consenso geral desta Diretoria, solicitamos no~se edmissão como associados". (Delmar M. Teod~ziD).

1l/05/7B - Carta da Marli Taveres dos Santos sobre Poluição-eluna de 10 grau Esterina Placo.

12/05/78 - AEASC - Assoc. Eng. Arq. eng-Ag. de são Carlos

Junho/7B - CESEC - Centro de Estudos Ecol~gicos de Santos - fu,!ldeda em 05/06/74. Boletim e carta divulgando seusprincípios.

0'/07/78 - Conjunto Educ. Pedro II/ACAPRENA - Anunciando o 10

':'"\'-'A-n-II\-S-C-_-A-SSOCIACÃO PARA PrtOTEÇÃO

rH AP,1BIENTAL DE SÃO CARLOS

RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICALEI MUNICIPAL Nt 7843CAIXA POSTt.L 1196

13.1160 - SAO CARLOS - IP

CORRESp(;rD~T'C!A REC~B: DAASSUl~TC' E REHET~ TE

29/09/84-11se Pellet - R. J0sé Bonif~c~o, 1288 - rone: 71-0368 •.••car-ta'dir1gida 80 Sr. Joãc o. Dagno~e de Melo, prefeito mnnIcipal,sobre derrubada indiscrIminada de árvores no perímetro urbaroda cidade.

27/09/84-SecretarIa de AgrIcultura e Aba~tecimento - Serviço de O~ien-tação ao Corsumidor - Av. MIguel Estérano, 3.900 - cep 04301Âgua Funda - SP•.••texto sobre a ct'uve-flor: "Aproveitei A I

couve-flor está barata."

28/09/84-1vam Maurício - R. Manoe1 Barba, 309 - 011nda - PE-cep 53000* ervl0 do lIvro "arte popular e dominação - O caso de Perna.m

buco - 1961/77", de !van Haur{cio, Harcos CIrano e Rlcardo', ,de Almeida; e do l1vreto "(')encontro de Ze Carniça com um t., ,medico popular", de Sinesio Pereira.

27/08/84-APEDill1A- Av. Brig. LuIz Antônio, 278 - Cep 01318 - cx.p.2l03fone: 37-4581 ~ a/c APM-Assoc. ~aulista de Medicina •.••Cartade Piracicaba - aprcvada no ~v Enc0ntro Estadual de 3ntIdadesAmbIentallstas, realIzado nos dias 24,25 e 26/08/84, em Pira-cicaba.

29/09/84-IIITER PRESS SERVICE- Soco Coop. Per AZ.A.r.I.- VIa PanIsper-• na, 207 00184 ROMA. Seleção de artigos transmitidos pela Agência

de noticias Inter Press Service( IPS) Terc4iro Mundo- Meio Ambiente .Latino americana

01/10/84- MARIA TEREZA JORGE PÂDUA- Av. Paulista, 2064 Sede 11 '80andar- Cep: n13l0- são Paulo-SP. Redação final do documento de polí-tica conservacionlsta a aer encaminhado aos presidenciáveis do pais.07/10/84 CÂr~ARA MUNICIPAL DE ~ÃO CARLOS- Vereador Antoni& Car10s

• V11e1a Braga pede apreciação sobre Projeto-lei de SUa autoria ape~sentado ~ C~mara, qUe versa sobre, a Instituição no municIpio de sãoCarlos da Concessão do Título honor&fico de " GRINDE DEFENSOR DA E-COLOGIA:'"

·;tls

Correspondência Recebida

02/04/86 - Judith Cortesão - coordenadora Comitê sobre Recu~80S Naturais e Meio Ambiente. Solicitando subsidiospara Constituinte - URGENTE.

Maio/86 - Informativo UrSCar nD 10.Junho/B6 - International Council Df Envirommental Law.Wolfgang

Environmental Policy and Law.03/06/86 - UrSCar - OeptD Ciências Biol~gices - Prospectos do

,V Seminario Regional de Ecologia da UfSCer.30/06/86 - COOEJACOS - Comissão de Defesa Ecológica de Soroca-

ba Ja~ue8 Cousteau indicando representantes paraconstituintes "profundamente identificados com anossa bandeira": Antonio Ermírio, Geraldo Santo Ma~fO e lkvo Kadiana (todos do PTB).

julho/86 - "Grupo Seiva de Ecologia" - enviando Boletim nQ 7,8 e 9.

julhD/B6 - "Movimento de Defesa de Ubatuba" - enviando BoletimnD 1 8 2.

30/07/86 - "Em nome do amor à natureza" - Grupo de Porto Al!,gre coordenado pelo Eng. Cícero rranco anunciando·programetes de curta duração" na rM IPANEMA dura~te todos os dias e pedindo material da APASC.

julho/86 - Zwerg pedindo apoio sua candidatura para constitui~te estadu~l e para Carlos rernandes (federal).

04/08/86 - rreternidade Espírita Rematis - falando de 8ue pa~ticipação na VII feira da Solidariedade divulgando

-Circular 001/77-paraestatutos e regimentos.Calc."o Galv~o.-07/06/77 -Nota par. imprensa: com carta do indio. Na últimareuni~o 04/06177, resolvemos divulgar para a imprensa localtextos, artigos e informa.~es para que se forme em nossapopula.~o uma consciência ecológica.-22/06/77 Convoca.~o para reuni~o dia 25 às 14 horas no SENACpara debater o anteprojeto de estatuto, encaminhando também paradivulga.~o, introdu~~o estatuto da AGAPAN.-06/07/77 Carta de Apoio . Associa.~o dos Defensores da Ecologiado Vale do ParanapanemaCresistência à.instala~~o de industriaspoluidoras na regi~oJ, enviada aos representantes Legais do povodeste municipio - termina com as seguintes palavras de ordem:.Contra a explora.~o insensata de nossos recursos naturais ••Contra uma tecnologia cega, unilateral e suja;.Por uma tecnologia limpa que n~o polua;.Por um progresso e desenvolvimento social harmOnico com a natureza.

outras entidadesCassocia.~es)Enviar para Caixa Postal 520

pedindo- Solange

-Circular03/77 de 12/09/77 - Convocando pessoas para assembléiade aprova.~o do estatuto.-Oficio 01/77 de 25/09/77 - agradecendo oficio da Associa~~o dosNaturalistas do Rio Grande do Sul e convidando para Assembléiaacima (já tinha caixa postal própria - 596).-Oficio 02/77 - idem ao anterior para ADEMA - S~o Paulo.-Oficio 03/77 - idem ao anterior para Associa~~o Catarinense dePreserva.~o da Natureza.-Oficio 04/77 - idem ao anterior para ACAPI - Rio de JaneiroAssocia.~o C.A. Piscicultura e Latiologia.-Oficio 05/77 - idem ao anterior para AGAPAN.-Circular 04/77 de 7110/77 - A quem possa interessar "Todas às6'feiras às 20 horas no 5ENAC reuni~es com o objetivo deencaminhar o reconhecimento dos estatutos aprovados na Assembléiado dia 3(1/09/77.-APASC INFORMA: Convocando todos para assembléia geral qLle será

. re.al.izada dia 25/11/77 .s 20 horas, para debater o adiamento daselei~~es para l~diretoria; informando sobre murais paradivulga.~o de problemas ecológicosC será colocado no 5ENAC,Prefeitura, UFSCar, EESC, 5ENAI, Jesuino).

PUB1-.J.Ç_f1Ç!,E~EM !:'tºR~.BJJ? p~ ?1I-º ÇJ~RLO§llli ~SC SQ[1f','E e. APA§.Ç

20/10/76 - A Tribuna de S~o Carlos - Meio ambiente local emdiscuss~o pela UFSCar: estudantes da UFSCar, ACISC e SENAC. ATRIBUNA difundindo memorial assinado por 45 participantes doCiclo Ecológico a respeito da degrada~~o do meio ambiente.

17/05/77 - O Estado de S~o Paulo - Semana de Estudos Ecológicosde s~o Carlos até o dia 21/05 a realizar-se no sENAC, ciclos depalestras promovido pelo Centro de Estudos e Pesquisas dos alunosde Biologia e Enfermagem da UFsCar, sENAC, patrocinado peloConselho Municipal de Cultura Comiss~o·Municipal de Turismo eDCE-Livre-UFsCar.08/06/77 - O Di~rio -Sobre ;& forma~~o da Associa~~o econvidando para a próxima reuni~o.09/06/77 - APAsC divulgando boletim da APEDEMA n'9.01/07/77 - A Folha -"Desenvolvimento sem destrL\il;~o".Artigo daAPAsC com chamada sobre o titulo, com chamada na primeira p~gina,falando da quest~o de s~o Carrlos e louvando a atitude da CETESBque proibiu a instalaç~o de industria METALVAN em s~o Carlos. AAPAsC é por enquanto um grupo de pessoas que pretende levar umtrabalho de estudos, concientiza~~o e resisténcia ecológica. Apróxima reuni~o serà dia 01/07/77, às 20 horas no sENAC.08/07/77 -A Tribuna - s~o Carlos na defesa do meio ambientesolidarizando-se com a popula~~o do Vale do Paranpanema.20/10/77 - A Tribuna - " APAsC:Campanha de Prote~~o à flora e àfauna". Após a Assembléia Geral realizada em 30/09, na qualfoi aprovado o estatuto da Assoc1a~~0, foram debatidos algunsproblemas amplos e gerais que afetam nosso ambiente: anecessidade de preservâr áreas verdes, de realizar campanha deprote~~o à flora e fauna da regi~o e de recupera~~o do RioMondolinho(esta~~o de tratamento de esgotos>, combater a polui~~oda ITO, as consequencias do fechamento da Metalúrgica Cruzeiro,denunciar o estado lamentável de algumas àrvores de nossas ruas ea falta de um pombal na Pra.a Cel. salles. 9ártig~o terminaconvidando os leitores para as próximas reuni~es.20/10/77 - Folha de s~o Carlos - idem.24/11/77- A Tribuna - Convocando Assembléia para dia25/11,motivo:adiamento das elei~~es para diretoria.31/12/77 - A Tribuna Artigo sobre o mau cheiro da ITO e pedidode providencias.05/01/78 - A Tribuna - APAsC reinicia atividades e convida parareuni~es e palestra do Prof. Mário Tolentino.06/01/78 - A Tribuna - Divulgaç~o da palestra do Prof. MárioTolentino e elogios á APASC.

l-- --

Ír~DICE:

1. PUBLICAÇÕES DA APASC

1.1.CARTAZ " DE:SErJVOLVU1ENTO Snl POLUIÇÃO" - convoca!!do para a Assembléia Geral no dia 30 de setembro,

_. para aprovaç;~ do estatuto e encaminhamento dasatividades.1.2.BDLETIM INfORMATIVO, convocando para 11 Assembléiageral da APASC, dia 30 de setembro e contendo o "PRj!JE:TO DE ESTATUTO DA APASC ••1.3.ESTATUTO aprovado na Asoembléia Cer~l do 30 de setembro de 1977 - Soo Carlos - Seo Paulo.1.4.0s dez m~nda~entos da E:cologia (~om data)1.5.Cartaz _. APASC " Ambos nasceram livres para viverAbra sua consci~ncia p~ra nDo cuntinuar natando li.

1.6.Panfleto: "Ambos nascoram livres para viver. Abrasua consciência para nio continuar matando "1.7~Panfletol ~ Defenda o Verde do Caucaia" Elaborado-pela Comic~;o de Defesa do Patrimonio da Comunidade eassinado por dezenas de entidade.1.B.lUTZErJl3ERC, J.Ar" A absurda poda anual" (panrl,!to).1.9.Texto ••Um apelo aos homens de bom senso." ,1.10.Texto do " Movimento Arle e Pensamento Ecologico"e"APASC" distribuído na 141 Expo~içio Arte e pensamento

, -ecologico - Sao Curlos - 18 de abril de 1978.1.11.Proposta de Sócio da APA5C.1.12.Panfleto da 141 E:xposição "Arte e Pensamento ecol~

glco " ( de 18 a 27 de abril 78 - S;o Carlos), conten-do a relaç;o dos quadros expostos e programaçio cultu-fal.

1.13.Panfleto contendo rotejro sobre a exposiçio de f~;tos cedidas por José Gatti Junior, Que documentam acidade de são Carlos.

1.14.Panfleto mimeografado sobre" Concurso para escolhado sImbolo da AP~SC, contendo normes para particlpação-- ,e realizaçao dos 6~mbolos.

)J,

)3

1.15. Panfleto m~meografadobiente ••1.16. Boletim informativoCarlos: O Desenvolvimento

/ ...APASC - setembro 78 - Saourbano o o honem·-~Cidades

para o Homem"1.17. tAII?tJt.'rt1t->e b,,,,,,,t1_ '''iüttl ~PII'CIIIFS(H'

1.18. LUTZEHOE:RGER, José Ar"Energia, Ambiente, Soci,!!dade-' texto - um convite ao debat~ - setembro/7811.19. Panfloto mimeografado - li Concurso de rotogr~r1a 11 Tema: "são Carlos - o homem e o meio ambiente".Promoção: - COMTUR e APASC.1.20. Texto da resposta do chefe 5ea1TLe, distriburdopela O~U ( progra~a para o meio ambiente ) - impres-80 pala urSCar - distribuido pela APASC.1.21. Panfloto li estão levando o Vorde da nossa Bandoira 11 , convocando para um debate público sobre aAmaz5nia, quart~-feira 07.-02/7~.1.22. Panfleto li A Praça Coronel Salles é do Povo n

(convocando todos 8 •• irem a ela, sexto:reira - dia16 ás 20 horas, di~cutir o que queremos daquele 1~cal "J.1.2). Panfleto ••Esclarecimento à Pcpuloção " ( com~nicandooe proibição da •• Reunião Pública" pare discutir a remodelação da Praça Cel. Salles)-16.02.79.J,Jf • Panfletos mimeografados: •• Reuniões nas comun!dades de base da Igreja: roteiro para 8S reuniões 8texto b/sico para as palestras.

c Pastoral Universitária. APASC.1.24. P~nf~oto miüGo;raf~do: li 5:0 C~rlos, Algunsproblemas ecológicos ".(e...,-.ic./a fú.1u•icl-.JJ. _cJ~.."1.25. Panfleto: " Semana do Meio Ambiente li ( progr~..lIaçao ).1.26. Panfleto: ••Semana do Meio Ambiente •• , ) a10 de Junho )1.27. Texto Carlos Drummond de Andrade • O Rio, osPescador es, a Morte. ( Jornal do Brasil, 8/7/78 ).

1.28. Texto Ore Theodor Haakh. A Terra ent~ morrendo:viva o progresso. (traduzido da revista n Oeattor JarNatur und Univelt~chutz "(Munchen) 53 (4), de outubrode 1973, por Roberto 1âmare, do Instituto de Conserv~çeo de Natureza da Guanabara.

•. 1#1.29. Revista APASC - outubro 791 Carta Programa ~((~fotll. .13/10 r pare Diretoria da APASC 79/aOj, Problema,Ambie"t!~; balanço 8ti.id~da 77178 e outros.

1.30. Cartaz: • Participe li movimento de P;oteção Á!!lbiental de nossa cidade " ( convocando para a Asse~bléia Geral de 13/05/80, 20 horas.)1.31. rolheto de divulaação do Grupo. Programa~1as " ( promoção: 5ESC, AP;;SC, Íris)•.1.36. Jornal da APASC " Chove num molha" ( mais ou -menos, maio/SI).1.37. Texto: " S6bre o papel das ~rvorcs e florestas-no ambiente urbano".1.38. Texto:Paschoal, Adilson O.:Conservação e cuid~dos ( ecolóçiCOS ) com sua horta ou jardim~1.39. Panfleto: " S~plica de uma ~rvore " ( 'eita poralguns associados da APASC 8 dirigida ao sr. Oanlel -dos Santos, rDspons~v8l peles" podas" de ~rvoreereitas na cidade de são Carlos ).

·.1.40. Pélnrleto: " O rim das Baleias n ( Clube do Cur,!!pira Pernambuco / APASC ). ,1.41. Cartaz: " O Globo da Horte - um espetaculo deCacilda Lanuztt ( dia 22 de março' - 20 horas - teatro-Municipal - promoção. APASC/SESC.1.42. Panfleto de divulgação da peça n O globo da mo~te" de Cacilda Lanuza ( por ela mesma).1.43. Pan'leto " Dia 5 de junho : Dia Mundial do meioambiente "_R O movimento Ecológico •1.44. Panfleto! \deus Sete Ouedas· ( convidando ao QU~rup - aC4mpa" .mento ecológicO' ~ julho/82 -'-o~ !:.J.J,. ~c,14!~J'Ió,-,c1U"4. ",.101"4 fDlil if#Hi1t fAI'G. i~ t~~thrttfir!

IIJ3.';cb ••ft So~/t, í1tS1~/eç",;; '" t/f>illt;,S '"tJrlll.,.o ~",.s~141A(.<, ol~/DIII./J.~I(.1'ro~'~"W'IJ.. ~ .•• J,("." "·ç.l ti. /luo I:. 'Mh.'t1f1e

J.~f ~r'ts.t'7lí4fc;j &. 1tdr,,''''4i A-4Çd W. Se...LL,s

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1.45. Panfletol· Pela vida, pela paz - Uiroshima, nu~ca mais" ( dia 06 de agosto de 1982 - data do 37D an!versário da bomba Hiroshima ).1~46. • Carta Programa Ecológico para apresentaçio 80S

Partidos Políticos • ( são Carlos, setembro de 1.982 ).1.47. Cartaz· Por amor, não fume " ( APASC / CORPO •1.48. 80letim ififormativo APASC - dezembro 82.1.49. Texto:" Ecologia na Vida Diária • ( extra!do' dotexto publicado pela Ordem 7eosófica de Serviço no jor

."ai" Corpo , "'ente"na , ). -1.50. panfletol· Atitudes Próticas para a"Vida Diária·(APASC).1.51. Boletim informativo nR I ano 1983.- APASC.1.52. • Dia Mundial do Heio-AmbIente " - APASC 5/06/SJ1.5'. Cartaz:" O controlo naturol da n~tQlid3de "(' ,Convite a palestra do medico Lino C. Pires, dia 11 defevereiro, no SENAC).1.54. Panfleto" Os Rios Pedem Socorro " (contendo -receita de sabio lIquido para pia ou máquina - .APASC ,Crupo Seiva de Ecologia ).1.55. Santinho - ·Nota de ralecimento Cultural " - .pa~fl.to sobre a derrubada dos Cine Avenida e Cine Jóia.-~.- . .1.56. richa para cadastrar profesuores junto 80 Crupode Educação Ambiental de são Carlos.1.57. Boletim informativo da APhSC - maio de 1984 •.1.58. rolheto" Dia Mundial do Neio Ambiente " 5/6/84-(contendo o programa da semana do meio ambiente).1.59. rolheto" Vende-se a Natureza~ Tratar com este

. homem • ( Semana do meio ~mbiente/1984. Promoção UrSCarcocc e Prefeitura Municipal de são Carlos ).1.60. rolheto" Contaminação Alimentar n (São Paulo ,05 de setembro de 1984 ).1.61. Panfleto mimeografado " Plano de Emerg;ncia •(visando efetuar melhorias, ••o Parque Ecológico).

~I

1.74. Revista blmestra1 " O VERDE • , ano 3, nOs12 e 15, - 1987.1.75. Abaixo-assinado, dirigido ao prosidente daRep~blica Ceneral Jo;o Baptista f1gueirado - 'US!nas Nucleares n;o I"1.76. Adesivo" Us inas Atôm'icas ? . NÃO:

,.I.:J.

2. Inventários Anal!ticos das Atas, classificadà~ano a ano ( 77 a 86) - divididas por assuntos: b~, ,

rocraticos; educacionais e problemas arnbientais elutas debatidas e/ou encaminhadas.2.1. Pauta das reuniões no per{odo de 25/02/85 a SJr

3. Sumário das correspondências rocebidas 7786, .ordenada por d~ ta de Chegada.4. Sumário das publicaçõo3 na impren3a pela APASC8 sobre a APASC ( 77 a 86 )5. ,fotocópias de alguns artigos e notícias de jor. -na1s mencionadas no corpo da dis~ertoção.

6. Sumário da correspondência emitida 77 a 86.7. Símbolos que participaram do concurso de 8í~b~10s da APASC.

. '8. Algumas h~storias ou a8 Principais atividades.8.1. Pensar globalmente, agir localmente.8.2. As árvores não falam I ? ( sobre a proteçã~da arborização urbana ).8.). Praças P~blicas.

1.62. Revista" O VERDE A , birnestral, volume 1, n~meros 1, 2, 3, 4, 5, 6 de janeiro ~ dezoMbro 1.985.1.63. Panfleto: Dia Mundial do meio Ambiente -~PASCconvida para-concurso de pintura na praça CoronelSalles - 6/6/1.985.1.64. "Mosquito ", convidando para concurso de•..ra na praça, como parte da programaçao do Diadial do Meio Ambiente -"06 de junho 1985 "1.65. Panfleto" PAZ NA PRAÇA • ( progr~ma promovi-do pela APASC e centro de RaJa Voga ).1.66. Panfleto mimeografado " O-que voc~ pode fazerpela paz" ( contendo dados da OUU sobra gostos comarmamentos e ameaça de um nova guarra mundial ).1.67. Panfl~to" Sonho de Jovem" e • Aquarela"(adaptação de m~~ica para prD~ervaç;o da natureza) •1.68. Panfleto" ~uerem acabar com o Broa " APASC /

pint.\;!~lu!l

APREL.1.69. "Paz com a naturaza " ( pronuncianento do OroMostafa K. Tolba, diretor executivo do prograa~ dasnações unidas para o meio ambiente - UNEP, sobre oDia Mundial do Meio Ambiente )1.70. Panfleto n Semana Mundial do meio ambiente • -, , ~50 a Pazlavra •..•mor - ";arcio "lmeida 86.1.71. Revista" O Verde" bimestral, volume 11 nDe7, 8, 9, 10 e 11 - 1986.1.72. Carta distribuída aos participantes do ato de.. - , ..fundaçao da associaçao de defesa da area de proteçaoambiental de Corumbata! - ADAPA - COR. ~PASC~1.73. Panfleto" Parque Ecológico" ( justificando-fechamento do parque ) elaborado pelo movimento Pró.Parque Ecológico. APASC, Grupo de Observadores deAves, UIPA, AMUSC, GRUPO OE ESCOTEIROS e demais pe~80as e autorida~es preocupadas COm o futuro do Pa~,que Ecologico.

• • ~ ..A.~

Meio 8m~iente loeal em ~iscussão pela UfSCüR:A UnJvcrsldnde Fcder:11, por seus.c:;t.udanJcs, a AJlada a Is.?:>a lnst.nlnção de Indústrias Jopn;

~CISC e o BC'nnc, esteo dJrundindo mcmorthJ nssl- do 5eUS dejetos em nossos outrora Umpldos e pJ.seo.nado por 45 p:lrt1c1p:ln~s. rcbt.:ln~o as conc1u::õcs SOSriO!!, acarreta o c~1apso de toda uma cndeIu. ali- .8 que che~nram cem respeito ~ dC'gr:!c!::çãodo Meio mentnr desUr..3da, por fim, :10 sustento de lnúme- :Ambiente, durante o Ciclo Ecológico fCnllzndo em ras famlllas. Inos!:a c!d:lde. A TIUnUNA receoou um desses me- Ainda podemClScitar n c3ça e a substituição de:mortais, que rc!,rodurimos na intccrn. para conhe- mams n:tturnis por florestas homC'Ft'ncas de essen- :

cImento de r.o:scs leitores. nntllr:llmcnte t:io iute- c!ns e;:ótlc::s. como !::tores doe ellminnção de noss..'l :Il::s!::ldo::qu:mto nós prC'prlos, no C'studo desse Im- fnun:1. prm'o(,:lndo s~rlos clesequilfbrios eco16gIcos. :portante proble:r.a. O dceumento nfinnn o sC'~uin : Em ,,1:;t:1da crescente nmcnç':l destes m.'l1es ~ J

te: l'A p<Jh.:!ç~oc n de(7ad:tção do meio nmblC'nte, ConlillUid.:1dC'C!<lSprhilf'r:los.do.co'n~vio com n natu jque :lIltcs C'ram rrcblC'mns c'.'lSar:md.:-:; dd:1de~, tor l':"Z~, PC'c!!r.1';)5:\ Imprcr.s:l do mterIor que dediqu~,n:l::J-S(' cnc!:l."'cz n".3b ~mc:1pdor:ls p:lr:1 as p:l~;).t.'lS m:ll~ 1'5;':1,05 de SU:lS p::i;::!nasà denuncia de crImes fc!d~des CO ::1tcnor. C<lntra o meio ambiente e, às diversas entidades'

Os efcltes C:!.~U~o Indiscrimin.:lUo de pC'sli::idns c~:1:.;tC'nte5n:l cidade qUf' Iniciem um trabalho vi-·Já se ra~'r.1 scnt.ir na destruição de animais e w[:c- ~:1l1dlF)e\'ar cOllhecimC'nlos eco)ó~lcos 30 povo, most.'!5, prt'jwlic~l!1do a vida do prúprio homem alra- trand<l como relacionar-se com fi Na lu rcz:l, para·\'6s de cnvcnel1~entos, doençns cancC'rtgenas, etc .. que fi:' pessirt13s experiências s.Jrrida.c;pelos grandes:

A dcrrub:tda de no~stas prov()(':l mudanças de cC'ntros urb~no:; não se tornem presentes em nossaclima e ,) empobredrncnto do n05S0 solo pt'1a cra- comunl~ade".s3.o " lixi\hçfio. o que nrnrrC't~ no C'\'orl:uncn~ dos Y;:'~lm:l ndn:,rtê'ncia v:\l!d:t que deve merecer'rios, respo!1s{~vclpor vhrlas ilJund:lçõ~s. a m:lio:' comic!eraçiio de t.edos '05 pnulistns, notada·:

mente (/0 Interior. !'.. ... - - ... ~...I

Associação de Proteção ao1\t1eioAmbiente de S. Carlos

Realizou-se hi du.s se·manas em São Carlos, co·mo foI amplamente anun·clado, • II SCmana de Es·tudos EcológIcos promo·vIda pelo SENAC, CEp·BIOEN (OCntro de Estudose ~stlulat. - Slolo.'" -Enfermagem) p" •••.ocln.d ••

pelo Conselho Munlclp.1 deCultura e DCE livre da.UFSCar,

As palestras Droferldasforam bastante proveitosas

. e despertaram no públicopresente • necessidade de810 Carlos e regUlo contarcom uma Aasoel.çlo p.ra.

Proteção du nosso meio ambl"nte.

Embora nossa cidade a·parente ser llvre de pro-blemas ecológicos pales-tras cOmo as prnnl'ncladaana referida Semana, nos.dvertl!l1l sobre pt"rlgo quepoderão ocorrer rum tu-

turo próximo, se t'~sde J'jDossa comunidade. comoum todo, não crIar . umaconsciêncIa de preservaçãodos nossos reeurso~ natu-rat!.

Como prImeiro trabalho,a Associação em lua nu·nllo inIcial reallzada nodia 28 último, .lém de f,ra·çar os seus objetivos de a-

, tuação, decidiu marcar no-va reunIão para o dla dehoje (sâbado), üS 14 horas,nns dependêncIas do SE-NAC, • para a qua~. estãoconvIdadas todas •• pes-10as que também Sl' preo-cupam com •• proteçlo econservação do n?sso meIoamblmt&.

iifr p'I:n .=-'r- H(":io'Hill'IL:

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ffi"ifH! mrrHi J IHIH j! jH~J !l11'!tl itt =ftll "111Ii~:·I"tllff Ilt!ltjllll,I'li~·:~ e::t'I·' ~~f!l·i;llttl}i,:il :lli:~f= fi ,{lilI !i Jilllil!ii 'GI;i:i.1JII~J,!;,j;':I;;~; --=

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t:~i~' oo.,~, . ·, .. ~h,ifijii\;~·~:niih·'winailEi I" r.~.~y~~.J:..:. 2..·I~lflilf'=1ilii -J. iI~ ,,' ..;.:~ :S.Igim IIi 11.. I;:;=·"·3 .,' 3 J 1"11 'fl(li ••••li!! ~i;~:~{\. ' ..' <~HliHI" um. -

;l~ a········~·_· t••• - .• f~~.-· ~O-~a I" "I f to 1'111 =.~:õiS: ".;.:-~~::;:\.V..·:.~-:«(:,~·,·'··~".>·.. . •. tl~ri t, ~ I~~._.i i ~,.l :~.~~.;...~~:....~~:,,>:..:.~J•• ~:.,.;~. ". fi') iI;I'iIJ ,tt 11 ~

le.I Ao •• ""'''' .•f. (f'.' 'h•....• f." 0'0" •••1 }. """ i It •. .~".'!lI ;;:• .- , ,' ~04.."" •• :'., ,." •••••• I 111 ie.. A~"'''·fItl',.Jl' .•• "'~"" :t' " o, ' 4 3 .,,'~!- dl·~:,.\;/i~':.. ,.tf ...··~··~···,· I 'I I t ••J .i; R" ~~; ..~jP~~StT~~··\·~~~~~.ót<~·,.;,:;' f l' :.I 1111 Io·•. , • ~ ,~'-;.~.l"'J' :;~, I. 't . .•""~. .••••••• I ."- '5" A. ' ... J\.•••.••••• " .~~~ ..••. 7'·; ~.:.~.. ,: ;.~."J"-' •••••••• . til~'.. lJ . 9···~·:~"..•.~i..:·,"'·;.·~:,.':ç-:,;/' o~--'-'--'-- .f i t '. "..~~~r."'·;:".~t··'·ó. t :,,".l~ c:-~w i .:';:,,~.:..•.-, • .~.."I, "-., . ..N., " ..•.•.,.... . . • . ." ,_. () ~

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~[SEHYUl VIMEHJOSE~4 -,\

./.,·4

r o L U ~ C Il O··Vcnha participar da A. P. A. S. C.

(Associação para Proteção Ambiental de São Carlos)

A primeira Assemblcia Geral será dia 30 de Setembroàs 20 hs. no S EN AC para apro"ação do estatuto een:amillhamcnto das athidades.

Bi.s ( O I ..t-:;:t.~k:;~: ...'1L~i·i:::;;;i.-;:·cr::-:'1";,}F", U::'$> ~'\NWICombate e prcn'lIçilo contra Rutos, Insetos e Cupim

RU3 :'>lartrbal Druduro. 1980 - TtldODt 5368 S X O C A R L o S

•••.: JI. 1ST! ftA ROlU. DB l'fOS PREOCtrPllD1OS 11 Di1lOO>D l'fOSSQ )(ElO lDIEZf'll.••• J.1IlUL DE CON'U3 I ~ELB QUI DEPENDI 1 NOSSA VIDA. ELI J O 11 QUI USPlRUlOS,

1 1GUA.QUE BSlmIOS, O ALIlIlnfrO QUI CO~S, TUDO O .U3 QUI VIMOS I FUV1lIOS;

JU:0 NOS P iEOCUPAJMlS COM IL!, J NIo DlIOlOS llU'O RrI.NCU 1 NOS IESJIOS, 1'10331

VIDA., NOSSOS ,nROS.

1 A.PASC POI PORJW>l POR PESSOAS QUI 'rElI ESSA. PREOCUPA.çIO I SEmlBU 1•: IfECESSIDI.DE DI mu. A.SSOCUçlo QUI EUCAXINHASSBtRABALHOS DI OOl'fCIENTIUç10 I•: PRotEÇÃO .\ lLOBl, PAUII.A.I iBCURSOS RA'l'URAIS.•: DU 30 DB SETEMBROI NO lUDITORIO•: DO SlmA.C. SIRI. UlLIZl.Dl 1 PRIUIU•: lSSEXEt,!U GBBALDl lPASO, lU. QUAL S!•: B.( 1PROVlDO NOSSO BSTATUTOI 1 CRIA-•• çl0 DE COrl1ISSeES DI 'tBABlLHO.•• 1 PRCTsçÃO DO 010 lDIEN'lE DI-

PENDE DE SUA P1RTICIPAÇÃO •

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••.;Rua EPISCOPAL,70030 de Setembro

20: 00 h.oras

•Ha ano. que ~or.dor'l vizinhol • Industr1. Matalurgtee Cruzeiro loca11z!

da ne VUa Bela Vhh, à Na Quint1no eoca1wa, 323, VI!fII 58 Queb..,oo do u-

C'.eO de baNlho • trep1deção proveniente de. aUv1Cledel 1ná.J.trlah da ~

PTGSI Que t8'l provOCadOete rachaôJr •• na. paredes das eaau vizinhas, FIe•••

ç..,oo e integridade ·,rdea C8 leue aoredOrea.

Ipara conseguir auáar • 1nôJltrh de ande está loeal1zaoa, ClU 'azar Queesta'

aene a. 1rregularidade. de leu t'une1an•• ento, no entento, nune. conaeg.Jir.-

Seu 1fltuito por falta de leia de Írab1to astaôJal QU' 1ncr1lDinea .,.presa.

Eleaua .1Uma eçao, 01 lIor.rores da. prox1Jlidadea da Uetalurgica CNZe1-

ro enviar •••.•• abaixo a•• inaoo aOtBr'ltro de SaÚdeped1ndOprov1d1lne1a&,oI

QUalenv10u-0 • CEli:SB, Quaatuaaente li o órg~o cOIpehnt. para prob18la. •

referentes • poluição e defe•• dOleiO Wlb1Er'te.

(11 deunbra de 19'76 a CETESBaandOuLft técn1co para aval1ar O rllldaflento

aa queixas. foi essa a conclusão Quea CETESBchegou. "Face ao. walore. ~

tido., eua cOIperac;.o cm a leg1aleç~o de a.o Paulo, CCIIa NotWalSO/R1996 •.pela, careeter!at1ca. locatl, euger1Jlos seje de imediato, solic1tadO à "P~•• que adota aed1dae co·rret1vas de caráter urgEr'lte-no a.,UcIÕ de a1n1Jli,zar '

01 níveis atuaia de N!OOI não cOIpedveia ccn a legialeção e nO"'a apO'lte-

da, b81 COllOelt-1nar .a 'rtr'lt •• de v1brações ed.tS"lt •••• aual linh. ce'

proôJÇão, j8 que, na Ido"", das re610ências da vuinhença prÓx1aafoi con•.•

tatada • presença ele forte v1breç.o eCCIIDanh.dada ex1stEr'lc1. Q&"eralizada '

• trinca. e rachaOJras na. peredes • auras. Caso pera1sta o probl_a que S!

ja solicitado à E/ltpreaainstalar-se eralocal apropriadO eO exercício di ~ ••

• t1v1dades indu.trla1a.·

IdO•• 1e. NOenhnto ainda hOje OaaoradOres aQU.r~ QUea 1J'\áJatr1a .ane

lUa. 1rregular10lloes. Por •.,.0 existir leghlaç';.o a nível esteclJa1QUlI áêI

dares à CETESBde intervir n. _oresa, esaa

aa autorida.de. lun1cipa1s.

aolic1tou provioêneias por parte

L :b-.~

APASC ·t··.·...~.-#. ".:'~ ••••••~-. ~ ._ •• ::-:~ .-,

. ~"Ji. -t,..,...•....Eo :...... ._ •

~~~~*,~7-=~.;..~2-::···,:·.....-....~> _

No ftnal da ~a Padre rehelra, na. ~edlllçõea do colégio EstactJal de l'

grau Sebastião de Oliveira ROCha,da -aetania· • dos adifíc10s SOlar Alberto

s.,tos [Ulont , Solar Barão Rio diasFlore., enccntra-ee \"lI terreno oue abrue

t.,..,te abre-S8 1ft grande cavidede, dmOllinaoepor alguns de -Bur8C;o" ou

~ratera·, cuja beleza natural des árvores (eno~as pa1ne1ras e figueiras) •

de grandes paredes rochosas (de onoe /11"•• pequenos f10s de ~gua , ,e i.nCl'U1

t •• tnÚlleras avencas), enc.,ta a todOs QU.,to a eonhecen.

Trat •.•• de \,JIlaantiga peáre1ra, oue ha euitos anos cessou suas ativide-

de., de1xIIl'ldono local eno~e vala Quea natur~za 8 o tenpo encarregar •• -se'

de embelezar. Os Quepor a11, vez ou outra, passei •• , olservlll'ldOas constru-

ções de novos eC11r!c10snas proxlllidades, t",,-se perguntado sobre o dest1no

de tão belo .itio em a 1nevitlÍvel urbaniz.;ão 'o. região: tr-'sfof1lar-se-i.

111depos1to ele 11xo e entulho? Seria eterradO p6ra abrigar .aia conatNções?

O Que .erá feito com.ste si~gular terreno?

A .ugestão apontada pela ~I&ociaçãopara proteção ~bie"tal de são Car-

10•• a de que, cm algll\s cuidadOs. alg\Jllas Denf'itorla., a Prefeitura Wu-.nleipal conserve o local, tr.,.fo"".ndO-O nUlllpeQuS'o bOsque,' Que de .uito

beneficiaria 08 /I oradOres daauelas cerc.,ias, consUtuincb-se para Os ae="o.

~a óUlla área verde para luar , recre.;ãoo

O aeSllOpoderia ainda prestar-se, ae preservadO, para observ.;ões e 'au-

las práUcas de ecologia (•• téria Obrigatória contida n05 curr!cuioa de l' ~

21 grauJ ao. alunos dOColégio EstadUal de 11 grau Sebastião de Oliveira R2ct'la, • ainda. devido à proxlllidade. poderia ser utilizadO par. recre.;ãa cs••

• .,1n•• da ·B.t~1a· • par. passeio dOsvelhinhos dII Asilo.

Não •• bfllloa •• Já há algo projetadO pela prefeitura para a área; goste-

rf"OI Que a atual A~1nistração Uunicipal aproveitasse a oportunidade Que

.e apresenta para a cr1.;ão de "a1s I.fta área verde de "bi to urb.,o - lu1 to'

~portanh •• vista dOaceleradO cresc1.lllentoda cidade - e tme desde jlÍ ••

d10as que pre.ervln o local, evlt..,dO Que eventua1JDente&1_.wenhaa ser de-

predado ccn deM'\lbadaadi árvores, ceça de passar1nhos e dePóaito de lixo ou

.,tulhO••

AJÜOE - NOS A PROTEGER

....i'1

,I

,.,Me _ ASSOCL\ÇAO PAM PIOTEÇAo NlIIElrTAL • 1M (!AaLOaESTATI1rO ,.,1lO.ADO lIA A$SEltIIJ:IA ftJW. •

•0 Dt SETEHIRO Dt I'"$AO CAIlLOS - ESTADO DE sAo PAULO

CAPtTULO IDO NotU:. seDe E OBJeTIVO

Art1te tt - A M_taçlo UN ~ •• ,.. t•••• l"'~ •.a pode •••• ao dh.oldda por doUl>eroçio do dolotOl'ÇOO do ••••• &0100 •

CAr%TVUl I~DOS sGe:tos. DEYOES E DIIIC'IOI

Artl.. •• - A " ••oci.ção par. Prot.ção Aabiontal do sIo Corl •• -e-põo- •• do Ui.1tado ".1'0 40 .ócio ••••• qu.!--quer di.ti"ção 4 ••050 quo no .ou atuar não eontr.r!-•• o. ob'etivo. 05•••• Ao.ocl.ção. o eu'o. pe4ido. -4e .dal ••ão tiver ••• Ido .c.ito. pela Dlrotori.~ob ••rvando ••• eluinto. c.toloria.t

• l' - Sócio. Contribulnto. - o. que. ac.itoo pela Dirot~rh. contribue. coa •• ".alldade. ou anulda4a. pera-• A••oclaçio par. Protoçio'Aablental 40 sIo Corlo.-no. toraol do POII •• "to intornol

• " - Sôeio. Fundador •• - 01 .Scio. eontrlhtnt •• quo "Itlcip.r •• da. raunl~e. 40 FU1ld.ç.o~

• 5' - Sôeio. Honorarlo. - o. que. por .erviço. pre.tacloll-ou po.lçio quo ooupa. no •• 10 .ocl.l o cult~l, P!lhleo e .dalnhtratiYO. tanl>&a c_trlburdo •• po.-oa. t••i-lo e. ben.frelo d. Aoaoel.çio par. Prot~:-çlo Aablont.l de Sio C.rlo.~

• _, • soelo. Juvenl. - .erio a4altldo. 'ovon ••• nore. do-IS (quln.o) .no. co. o •• es••• direito. do. de •• I.-.óolo., co••• ceção do dlroito a vot.ção •• or YOt!do. O valor da anuldado de.t. c.tolori •• orl dehua qulnt~ do valor do. do •• i•• ócio ••

Artilo _,." Diretori. podori o.cluir o. aócio. que toaaro..titudo eontriri •• 0. ob'etlvo. da " ••ocl.ção c.bendo recurao à AonablU. GereI. -

ArtIIO 5' - O•• ócio. d. outro. E.t.40. ou 4. outro. aunicfpio.pode. .or no.o.doa pol. DlretorS. da Ao.ocl.ção C!ao r.pre.ont.nto. d•• t•• c_ podere. para .llr. ,"!!to ã •• utorldado. 10c.I., •• d.toe. do •• 10 aablon-te do .ua relllo. -

CA.tTuLo lUDAS ASSEHILtIAS CERAIS

Artiao .,. Ao "•••• bliS •• Cer.S ••• rio realizada. ao4i.nto c~_.ção do preoldonta d. Ao.oclAção ••• da Dlret~-ri., ou do •• t.do do •• óclo •• ou por da. ou •• S•• !cSo. no c•• o do .rt. lD9 do • 19, ou por qualquer -.óclo quando tivor teroSnado o •• lIdato da Diret ••••S••

- 02 -

Artiso l' - " Ao.ocl.ção par. Proteção Aabi.nt.l do são Cor1oe(APASC), .0cSodade civil de cultur ••••• tSna 1»cr.tivo., ••• c.ráter polftico p.rtidário. do pot.onalldado 'urfdica. co •• edo o toro no .unicfpio-4e são Carlol, fundada. vinte • oito d••• io d. -hua .11 nov.centoa e ••tenta e ••te, c~n.id.r.ndo·quo • .ção do Ho... .obre • naturo.. d.v. aer hat-

'oõnlca co. tod •••• loroaa de vida •• i.tent •• , UM

vo. quo .0... todo. Ilual •• nt. I.port.nto. p.r. aeontinuid.d. o pr.,.rvaç~o d. vid.; conaider.ndo -que • continuidade da vida do Ho•••• obre a T.r~a-dep.nde d. n.tur ••••• qual ele •• nipulo •• b.norlcio d•• ua e.pici. con.iderando que o. b.n.rlcio.-oriundo. d••• nipulação doa recurao. n.turai. d~••••• rvir A todo •• nio beneficiando uaa minoria-o. detrl •• nto d. u•• Ir.nd ••• iori.; con.ld.rando-que o result.do d. delradaçào que o HOQe. ve•• i!-te.atic •• ente i.pond~ ao .~io a.blento, te. i.pl!-cado na extlnçio de inú••r•• e.pécie •• nl•• 1. e y!lote ia , • e••••• ç•••• vld. do próprio 110"., tu!:na cl.ro ••u. ob'etivo.:

I l' - Incontlvar • proteção a.blont.l •• I.r.l • lut.r -pelo pres.rv.ção d•• cos.l.t •••• n.tur.i., o. pa~;ticul.r do sã~ Carlo.;

I 2' - Re.liz.r e proQOver a realização do p••quia •• rof!rente. ã con••rvAçio d. natureza,

I J' - Difundir conc.lto. conserv.cioni.t., .travê. docursoa, p~blic.çõ •• , pal •• tra., concurao. o fi 1••••

I " - Inc.ntivar • cri.çio d. re.erv •• n.tur.i. na rOI!io, colobor.ndo, .0 poaa!v.l, na .ua iapl.ntaçio.-o • protoção do .nl •• i. e. particul.r .0. o. o.tinçio;

• " - Def.ndor • p~v.r o b•• o.t.r tfaico 40 R•••• enquanto au,e1to • açõ •• delradant •• d. qualquor "&ture •.••

A __ .çlo •••••••• _ .ntendência •• _ ._••••• '.It., por c.rt. o ••por oditol p"bllcodo n_óraio da 1000•••n.. dUrlo d. Sio C.rl0., d.".ndo conter •••••••l.çlo do •••••• nt••••• re- ~etedo., -

•• l' - A Ae ••• blél. Ceral é o pod.1' 0111'.1'101'da A ••oci.çi~,• t. - o•• ócloo ••••id.nt •• '01'. d••• d. pod •• votar, qu.!

do oportuno, por carta o•• lneda, nio o.ndo odaltl--doo o. voto. por proc ••raçio, -

• ,. - Se nio houv.r núa.ro .iniao da •• tad. do. 06clos p!re • r•• llz.ção da Assembléi. i hora dosianade, .s:t••• 1" tr.nsl.rld •• utomat1; ••• nt.· por p.l. .hor;,quendo .0 •.••llzará coa qualqu.r nú•• ro d. posso •• -p••••• nt•••

CAPiTULO IVllI\ DIIIETOIltA

Artilo ,. - A Diretorl. , .1.lt. p.lo •• Solo. ~r porto ••••hua .nO, o é con.tlturd. polo I'r.oldont., pelo 'IcoPre.ld.nt •• pelo Socrotirlo, p.lo S.lundo S.cretár!o, p.lo T ••our.lro • p.lo SOlundo T.so ••relro • O!--tro. carao., a critério d•• chapa. ln.crita., q••o -d••• oP.nh.rio .u•• ,Iunçõ.. ••• qualqu.r reauner.çio.

• 1•• A Dlretorl. d.v.rá .ent.r r.unIS •• p.rl84lc •• b1aen•• 1. no .rniao, .berto o todo., coa d.to, ~oute .'-loc.l dlvulcodo 008 .nt.c.dênol. d. Irê. di •• , nu.-óraio da lopren.o loc.ll

• tt - Ao Pruldanto coap.to,n.) Convoc.r o pr •• ldlr •• reuniões d. Dlretorlo, -d~ consolho Consultivo o da A •••• blêia Ger.l,b.) repr ••• nt.r o A ••ocleçio o. ,••rzo ou lar. 401.,c.) pronunclor-co publlc ••• nl ••• no•• da ASlool!"-çio, d.ntro 4•• dlretrlzo. do.to, -.4 rolaron4u.- -da Dlrotorl ••

I ,. - Ao Vlc.-Pro.ldont. co.p.to.a.) auxlllor o Pro.ld.nto o .ubetlt ••t-lo na •• ua. -lolto •• l.po41 •• nto ••

I _, - Ao S.cr.tárlo co.p.t •••• ) dlr111r • organizar o. tr.belho. 4••• cret.I'I.-••• p04ient.,b.) •• cr.torl.r •• rouniõ •• da A ••• abl'l. Corei, doCon •• lho Con.ultlvo • d. DI•••torl., 1••••••ndo ••••••pectlv ••• t•• , -

•• ) •••••titul. o Pre.Jdent. noo •••• falt., • ~diaontoo • na. 40 'Ice-Pre.ld.nt ••

• II - ,. •• Iundo S.cretlrlo COIIPOtola.) a•• lliar o Soc •••tlrlo • oubotir.f-l0 fteO •••• -

f.lt •• o i~l"nto ••, li • ,. r••oureiro e-pot.,

•• ) dlrllir o •• rviço da t••ourari •• a •• cri~1Ddo. llvro •.d. cont.bllldad.,b.) receber .nuld.d •••• ub"onça •• ,c.) dar r.clbo •• q••it.çõ •• ,d.) '•• 1'd.p6eltoo •• e.t.bel.cl •• ntoo bancarl •• o••• Inar chequ •• o. noao da A•• ocl.çio. ,wnt •••• t. -coa ° Preeidento, ou, no •••• 1Iopodl__ - q", nio-p•••cl •••• 1' comunic.do • torcolros - coa ••••••••bo-tlt ••to. 101.1., -•• ) .pro •• nt.r I As ••abl'l. G.rel. no c•• o ao .rt.-10. do • 'I, o. 11_ d. cont.bllidad •••• coap1'2-"ont.. d. lonço •• nto • bal.nço onual do •• "I••• to -'Inancolro.

I " - Ao S.C ••ndo T ••o••••lro co.,otola.) 0•••11101' ° r••oureiro •• o.uo i.,.dl_nto., •••qu.l. nin precl.o ••• 1' coaunlc.do. o t.rceI1'OO.

I " • I••• nt. ° Pro.14.nt •• o S.oretarlo ou .ub.tlt ••too-1••• 1. pod.rlo o•• ln.r recibo. d. onuidad ••• on4oa'or ch.q •••• poro d.po.ltl-lo. no. oonto. ban"rla.:CIo "••ocl.çio.

• tt - ~o.p.te i Dlret~rl0 •• con1unto,.,) adaltlr •• xcluir .aclo., cob.ndo "e.ta oa.o ~c••rao i A ••• abl'lo,b.) troç.r o. dlratrla •• lerol. da Alooolaçãolc.) Interpr.t.r 00 ••tatuto •• relolv.r 0.'0. O8it-00.,d.) _eor cOllI••õ•• d•• Uudo, trobalho, propalon-do o ~utro., pod.ndo paro 1'.0, dalalor podore.,•• ) d.llberor lobro o odalnl.t1'0910 • oplioação doe~ovar •• o bano loclall't.) lnltitulr tundol ••paclal., I.rr-loa o o.tlnaaf-10. na to••• do al'tllO 10' II.) doliberAr • C1irllir o As.ocioção •• tudo o que-nJo for do .trlbulçio ••pre ••o do OUt1'O. 8raão. ou-"1'1°0'~.) pre.t.r cont •• i A •••• blll. Garol.·no foroo dot

tea •• tet••toa,i.) COII_I' • A••~lU. GeNl. na fo••• "atoa O!t.t••to••••• p•••,••r•• doa podo ••••q•••o Proaide"te-O o••tro •• &:10. tonh_ pan o •••• fi.,,.) fo••• r u. eon.a11lo CO•••••ltho quo ta" ....ato.-d••••••• o•••••nto.

CAPITULO ,Df<S ELEIÇOES

Arti.. I'·A Diretoria comp.t., .tl q••in•• dia. ant.a do fi••d••••• ,estio, r.ali.al' uma Assa.blêia Ceral, aopl!•ent. divul,ada, para lança•• nto oficl.l da. chapa.que concorrerão ã. pró. i•••• 1.lçõe., ••ndo ••t•••.f.tiv.d •• na últl •••••• n. da ••• tão .t ••al.

• 1. - DAta. local da votação ••rão dlvul~ado. '••nt•••••t.coa o .dital d. convocação para in.crição da. cha,..••o .{niDO vinte • hua dia•• nt•• da•• 1.lça •••

• " • t condição para in.crição da. chap.s a apr •••nta~iod••••• cart. pro,raQa d. atuação do. candidato.,onda est.,a. a.pacificados o. obj.tivo. da ch.pa,••p.cificando o prolra •• d•• tividad •••

• I' - Todo .ócio contribuint., d.sd. que •• dia co•••contribuiçõ ••• obrir:açõ••• oci.h, terÁ direito •••• 1.,.1' • votar, atravê. d•• l.lçõe. livr... d!reta., ••"do e votação ••ereta.

• " • A .puração ••rá f.ita l••diata ••nt. apó. as .1aiçõ ••por u" coai.sio composta d. ua r.pre ••ntant. d. C!da chapa, um .eabro da Dir.toria ••••••• bro do Oo~••lho Con.ultivo, t.ndo .ido fo••••da anto. da•• l.!çõ•• , coep.tindo •• 10 toda. a. re.pon ••bilid.d •••quanto a into,ridado da. eleiçõ •••

CAPITULO VIDO CONSELHO CONSULTIVO

Artllo ••• Coapat •• 0 Con••lho Con.ultivo: of.rec.r .u••• tõe.-• crrtica. i Dir.tori. da As.oci.ção, S•••• d.ci.a ••••rio to••da. por •• ioria d.pl •• d•••••• _abro ••

CAPrTULO 'lIDA PUSTAçAO DE CONTAS Df<DIItETOltlA

ArdlO 1" - A Diretoria, ao findar ••u ••ndato. d.v.ra pro.tar-cont •• da •••• ,••tio .0•• óclo •• inclu.iv. do aov!-

_to ti_il'O o patrl-mal. polido I cU.podçlo-elaA••a.blal. CeNl todoO •• li_ •• "d ••• o ~__ • i••• I'Of_t •••

I 1. - A q_1q_1' t..,o •• Dil'Otori. 011 •••••• ub aóci_poderÃo __ •••• Aa.etlblél. CeNl, paro • prenà-çio d. cont •• 4. q••• tr.ta .at•• ni... Se. lni=-ci.dve elaconvoc.çio for do•• Selo., • Diretori; -••rã .vi ••d. coa quin •• 4i•• 4•• nt.c.dênci ••

• ,. - A dosa provação d•• cont •• i.port. na de.tituição d.todo. oa diretorea, devendo a.r eleita nova direto-.i. paI•• os•• Asseablêi. Ceral quo tiv.r .dotado- ••••• ro.ol\l••io.

CAPITULO VIUDA RESPO.SAIILIDA~ DOS SOCIOS, DlltXTOItIAE CONSELHO COMSULT1YO

·Arti•• lI' • O•• 6ci~., o•• aebros d. Di1'Otoria • dO COn'.lboCoasultivo nio responde 1'10 pela. obrl,aça •• ron.~arda. p.la A.~ociação n•• por qualqu.r proce ••o ,ud!:cial oriuado de pronuncia •• nto pÚblico da ASsoci!--tio. d••d. que não ••orbit •• no ••ere{cio t•• uasfvnçõo., co.trari.ndo o disposto nas' •• statuto •...ta caso •• s~ndorão p••s•• l••nta paio fato.

CAPITULO IXDAS ItENDf<S

APtilO 12•• O•• ócios contribuirlo an~l ••nta para a •• nutençioda As.ocia ••ão, COM uma anuidade que ••ri estipulatapaI. Diretori ••

I l' - A Aaaocia ••io poderÁ aceitar doaçõ ••• subv.nçõ.s.~blica. ou priv.das;

I 2' - A Associação poderá .ceitar • doaçio d. bens ou co~tituir f~do. especiais; destinados, .xclusivaoente• obj.tivo. d.ter.inados, não pod.ndo, porén, .ssa.quantia. ov bons ••re. e.precado. ou u.ado ••• o~--t•••• fin.,

• )f - S.·o. ~'ativo. para o. qual. forea criados os fu~-do. Ou aoeito. o. bens rer.ridos no parã~raro ant~-rior não pud.re •• er alcança~. ou .e, d. qualqu.r-~do lor 1neonvenlente. inoportuna ou de.necessári.a unutenção d..... fundo. e ben•• os ••• .0... rio-d.volvido. ao. doadore ••

I _, • A Diretori. pre.t.rÁ conta do. ,•• to••• d.volvçio

.m .,.tudlI de acordo _ o capital all\da NO ~PNI.do. proporeional •• nt. i. contribuiçia. iniol.ia.

CAPITULO IDO PATaI~"IO E DISSOLUÇAO

Ard•• 1" - Ea c••o da dluo1uçlo da Auoclaçio. O .a" patr*"io revertare a. ben.trc1o d. outra •••• oclaçS..conl.n ••.••, da conforaidada coa o da liberado pala -Aa.eablél. ~.ral.

CAPfTULO 11DOS ESTATUTOS E CASOS O"ISSOS

Arttco I" - o. pr.,ent ••• st.tuto •• ó pod.rio ••r aodlfl~.do •••no todo ou •• part., •• A••• ab1'1. C.ra1 Extraord!-"'rI., ••p.cl.1 ••nt. convoc.da p.ra •••• fi., a pord.llb.r.ção ~. doI. t.rço. do •• ócio. d. A ••ocl.çlop•.•••nt •• I Aa ••abl'i., nao ••• d.itindo •.•pra.cnt!çao. No c••o d. quorua ln.uflcl.nt., •• t. Aa' •• blf-i. t•• pod.r d.l1b.ratlvo p.r •• dot.r ••c.nl ••••a fI. d. que ••t•• doI. t.rço ••• ~•• con.ult.do ••

I únt •• - o. c••o ••• 1••0. n•• t••• t.tuto ••rio rI.olvldo. p!1. bl •.•torl., c.bando r.cur.o à A•••• bl.l. ~r.l.

CAPfTUL.O XIIDAS DISPOSIÇOES CERAIS

Artllo 1S' - A A••ocl.çio p.r. Prot.çao Aabl.nt.l d. Sio carl0 ••pod.rá flll.r- •••• ntid.d •• conlinara., b•• c~ •lndic.r .1Iun. d••• u•••• bro. p.r. rep •.•••nt.r • -.ntldad. 'unto a outr ••••• oci.çõ •• conl'n ••.•••

Artlao 11' - o. pr••• nt•••• t.tuto •• ntr •••• vilor n•• t. data,

"'ASC - ASSOCIAÇ10 PAlIA PlonçllO ,,"8IENTA!. DE $Ao CAIlLOSESTATVrO APROVADO NA ASSDl8LtIA GEMI. DE

30 DE SETJ:I18RO DE 1117sM CAIlLOS - ESTADO DE sAo PAULO

;~. *SAO CARLC»~

'RUA COl"DE 00 PINUAL, un - FOl"E; 4920ANO VI - 8"0 CARLOS, QUINTA·FEIRA, 05 DI': JANF.IRO DE 1.978 - N.o U%5

r--"IPISC reinicia atividades

Ap6a breve periodo de parallsaçAo devido lifntl.ldadea do natal e fim de ano ••. APASC (A.eoclaçAo pi Proteção Amblental de São earlol) notom • .uu .U.idadea I, putlr de emanhã, dia ti

A AFASC lul.a ClIm t'ntusiallllo, no •••ntldo dt' quetoei•• a. nJli'>t'. It'jam alllblt'ntall\lt'nlt' confurta·

'ora •• como It' nota na loto acima.

drlte DOVO ano no qual eaperamOl que I, humani-dade m1 geral e m1 particular • comunidade deSào earlol, adquira maior col1.lClênc1adoa de.-qui-lIbrloa que AI atlvldadea do homem moderno .tmcausando no meio ambiente em de'trlmento danolSll pr6pria exl.t~ncla e pUle da reflnAo .abreOJ problemAl ecol61:lcoa que cada dia maU &fI1·gem nossa conscl~ncla e nollSOler para uma açãoe atuaçlio harmônka, consciente e Sábia em rtla·Cllo ao "'UI srmrlhnntf'1 e 1natureza.

Para Isto. a ÂPASC convida \odu AI pesSOalInt.erl's~adas em debates e procurar 101uçõeJ para01 prn1.\t'lnu amblrntal •. partlculannl'nte 01 de8:\u Carlol. a ~ (IIjRrrm a ela e eomparoet'rrm lirl'unl~ qUl' sl\o realh:adal todas AI lt'xtaa-felrB.l,2u hl nal dept'nd~nclu do 8ENAC.

PALESTRA DO PROF. MARIO TOLENTINOAmanhã, o prol. MI.rio Tolentlno, a convite J

da APA8e, proferir. uma palealra onde abordari 'alltUJU a.apectoI da eolov;la da ~o de 810 Car·10a e da problemUI=a amblental de DOlllI&ctdade-

, ,.' ,::..- .. Demlnfo, • de •••••••• de 1971

- .-'----- ------: MO CAl\L08 . . > ' ) ••

iAssociaçtJo para.~proteger am~iente.:' UM lf\IPO di ~ • ,.........,. di 110• Cano.lIInCIoU lIIU _*10 para pncqn o

'; AIDblenla da rfCIIo· lnIaMImNla. a ApaactAMocIKIo para PnMçIo AIDbit'Dta! .,. 110

• CanoII reu.at. promO\'eDdopaIeatr ••.••• IIllnirlol ~ PI'OlwtaDdD lu-. aIwIv __ ••; P"4I ~ da '-IlIo' Indlu•••• tolllt4el

para PrwMrYlII" ~I" •• IlIUa. da poIll1<:lo am., , blODLaIProl_ demolD • ..uo M ,,"Ol&b-• do 1\&.pajfttrll .' dlVenN ll1IIlOO de lrlbA1llo": •••.• m ~IlUlclol para _ ftIIIdoa PNI11D1JIIrN: dalllllllÇlo 1Dcll,

("lbA k ~ 7a..~

;j&J; ji{ . {:. *siJio tCACULCS I

ÓRGAO OFICIAL DO I\1UNICIPIO - RUA CONDE DO PINHAL, 2443 - FONE: 4920 jANO VI- SAO CARLOS - DOMINGO, 22 DE JANEIRO DE 1.978 - N.o 1.440 ~._------ ------

•..~,------_._----------------------.. i .

I

.nrasc contesta ranlo (~~~ioDia 14 de janeiro de

1078 um representanteda APASCfoi à regiãoacolhida para localiza·çio do novo aeroportoverificar a denúncia feita pelos jomals, segun-do os quals, já haviamsido iniciadas as obrasde desIn3tamento na reglão, embora o IBEDF- Instituto BrtlSileirode Desenvolvimento Fiorestal, que legisla sobreAreas florestais no BraalI ainda não houvesse

emitido seu parecer . arespeito.Essas denúncias infeliz

mente foram plenamente confirmadas - fo-ram tiradas fotografi-as e slydes que posteri-Ormente serão divulga-das como também constatou-se Improcedentesas afirmações do gover-nador Paulo EgidioMartins que disse em17 de Janeiro de '78: "Aárea onde pretendemosconstruir o aeroporto

não tem uma árvore.não pode ser considerada floresta. Onde temapenas uma carrascal.capim e arbusto ~so eUnão considero floresta".

A APASC através deseu represantante verificou que, pelo contrá.-·rio, há. grande diversi- .dade de árvores na re-gião, constituindo de'fato, uma floresta im-portante a ser preserva .da. devido a sua proxi-midade à São Paulo.

Iv~~~$11m Proluléma- íl~ P@~igiç~o!",,' , c)J),'II'IOV S,C: ?1/.>/7-~~ .! '.~ P'" ~ na I[""1"1" " .• " ~ - m I -,~i~wvu®\7~~Lfil~DDliati ~wDg~I~@ .. üQ ~D~üG;~

r - , A Apasc espera que nossos vereadores con-A Associação para Proteção. Amblental de siderem a gravidade da situação, que afeta tam-

São Carlos entregou ontcm à imprcnsa local u- bém bairros vizinhos, e delibere medidas que ve-ma nota oficial sobre prohlemas de poluição exis- nham a por fim A prcocupaç511 e a~reensüo ~(ll'ltentes no Jardim Santa Paula e adjacencias, que muitos moradores veem seus hlho~ rcsplra-

O assunto, foi por nós focalizado no mes- rem aquela "fumaça branca".mo dia em quc a APASC se reuniu, tomando en-tão conhecimcnto do mesmo.

NOTA OFICIAL A IMPRENSALIBERADA PELA """se•• Nossa última reunião;. rexta-feira, dia

17/02/78, no Senac contou com a presença deum morador do Jardim' Santa Paula, que compa-receu para nos informar e denunciar graves, pro-blemas de poluição atmosférica,- que há muitotempo vêm afetando a qualidade de vida dos moradores daquele bairro e circunvizinhança, pre-judicando inclusive a saúde de muitas criançasque são mais susceptíwis a l'St·.: tipo de polui-ção.

Trata-se de poluição causada pela qucimade residuos de coum acumulados pela Curtido-ra 1\\onle Rosa. A popul:Wãll do Jardim SantaPaula; que há muito espera provklencias da pro-pria Curtidora ou de autoridades competentes;resolvcu, depois do dia 101/02 7M quallllo a qucima dos resíduos provocou p(llui~'30 insuportável,a~ravada por inVl'rsào li'rmic<l no local - enca-minhar um abaixo-assin<ldo, 11 qual já conta com168 assinaturas, solicitando l'nérgicas e urgen-tes providrm:iali à C:unar"l Municipal. Este as-sunto deverá ser debatido na ses"jo de segunda-feira (dia 20/02118) pl'la nossa cdilidade.

Estamos, outrossim, enviando um oficio aCetesb - órgão responsável pc'" controle da flU

luiçllo ambiental do Estado de Silo Paulo solicl-

t:lndo que tal1lMm o referido órgão tome as de-vidas providencias",

REPORT,1GEM

No mesmo dia em que a APASC s~ reuniao OlARIO publicou reportagem sobre o assun-to. Na véspera o jol'nal entrevistara diversosmoradores do Jardim Santa I'aula. Alguns de-les entendem que o mau cheiro é oriundo só daCurtidora, enquanto que outros admitem quetambém o córrego Monjolinho exala forte do-se lk lIIau (lIeiro devido ser nele despejadogrande quantidade de esgoto. O jornal entre-vistou também um dos diretores da Curtidora,o qual referiu-se' a um acidente e lambem pro-meteu que a queima acidental de couro não vol-tará li ocorrer.

Embora a, APASC nllo faça qualquer refe-rencia à poluição/provocada pclo c6rrego Mon-jolinho, é de se esperar que esse aspecto da questão seja examinado. Não queremos com isto di-zer que a Monterosa não tenha sua dose de .cul-pa no grau de poluição, por('m a rl'porlagem deste jornal já esteve no local durante o dia e du-rantes altas horas da madrugada, constatando

lllle apes... do mau cheiro reinante. não obser-vou qualqucr queima de maleriais na Curlkloraenquanto que do Monjolinllo ualava forle odor,sentido alé nas imediações da I~adio São earlos,além de atingir toda a baixada constituida pc_,lu Jardim Bandeirante, Santa Monica ParaisoPureza e outros. • - ,

. O que sinceramente recomendamos, ~ que)l1~ISeste caso' de poluição atmosférica seja exa-ntl~ado Com bastante senso de justiça e cuídado,~ flOl de que não se cometam exageros por mo-hvo de atitudes precipitadas. '

Se a Curtidora tem culpa, dcvcrá ser r~~ponsabilizada, o mesmo esprrando-se que aconteça com relação ao côrrego Monjolinho se éque ele realmente se constilua elll esgoto a céu'aberto, Como parece ser.

,O ])IAI?,IO DE SAO cAlUoS

Z~/oz,h{3

F~i~'~~~(~~-;:-;/A A " oiõ~;.lr'. . í'.•.~.~i ,E~~d~de contra '1;,a exbnção de aves ,.1I' Jaburu. tucano, arara. beija-Dor. ema.· I( marabu. algretle, Ibls sagrado e multas es-- .pecles de aves estão ameaçadas de extlnção.. . It· .segUndo a nota de advertência que a Asso-',I· claçlo para Proteção Ambiental de São,;

I Carlos distribuiu. Essas aves. segundo a en-,.' tldade. 110 mortas aos milhares para que. ,I' .uas penas e plumas se transformem emr adorno das fantasias de carnaval. de escolas:• de $amba e mesmo de algun s foliões. o que'I, ocorre exatamente na êpocjlde reprodução •.;I· .ocaslão em que suas plumagens se tornamt mais bonitas e atraentes. 1'\0 documento 8'r 'APASC reivindica das autoridades competen,;

!teso a proibição do uso de penas e plumas de:. aves' com o objetivo de preservar a fauna .. 'brasllelra e consequentemente a'extlnçAo de:... ~ezel1asde espêclmes de raras aves troPicais.::

r ~ ." : ~ .t . JORNALISTA i

t .FaleCeu nesta cidade o decano dos jOrnalls-:i tas são-carJense. Pedro Fernandes Alonso.',I:' militante da Imprensa Interlorana hA50anos.i : O extinto redator-chefe de "A Tribuna" per ..~tenceu ao Gabinete do governador Adhemar .

. r' de Barros e foi. por muitos anos, chefe da, . Unidade Pollvalente do Trabalho nesta c1-.'1 . dade. E na "Cidadão São-CarJense' bene-i mérito" e seu falecimento de Pedro Pernan.~ des Alonso consternou a cidade. onde era es..L tlmado pelas suas qualidades proflsslonals.e .t morais.L·. '0 .veterano Jornalista militou em quase\ todos os Jornais surgidos em São Carlos e .01" Insplrador de vArias gerações de jovens. que.I. 1l~.I~lclaramna pproflssAo. ..~.i•.•..•...•......~;.__..•..~."-__~.. ..~_~.__.....•..

fó4' J, S. )?CUf-h

ZZ!oZ/lfJ

Plum&lw.~dorno"Nu qUlllldad~de h-lturll de!,~e jonHlI. 11

na l'l1l~'âodI) dia lU du clIrrl'nle o IIrlll:n,"Sâo ('arlos entidade conlra a cxtln~'â(>dennlmals".

"1\'14ul'l multo chocada l'm saber 4ueellll'lem pl'ssoas capazes de matarmilhares de pAssaros que vivem felllt·sem seu habltat para al)l'nllS se aprovrl·tarl'm de suas plumas para seus adornosde.'carnaval Ainda mais quando exlslemhoJr em dia todos esles allornos fellos ar,tlflclalmellte. Isto é um absurdo e um alode l1Iullomau carallsrno.

"Envio pl'la pre.'srnle meu apoIo à ~.s.soclaçâu para Prolecão Amllle.'ntalde Sao('arlos. ~:speramos alllulles enl'rt:leasdas aulorldades competentes. -.Lulsa M.Ircang" 'Culabà. MTl.

J,..•--..

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.: .. ..J

RrasCe n 'planejamento urbanoA Associação para Pro

teçio Ambiental de SãoCarlos - APASC - dil\tribuiu ontem comunicadoà imprensa, sob o titulo"Do planejamento urba-no", cuia Integra reprodu-zimos:

"A necessidade de coe-~nda e racionalidadc noplanejan.ento da Arca ur-bana d~ um munidpio, éfundamental para que li

mesmo não venha nUI1lfuturo proximo sofrer problemas de soluções di f1-cds e mais custosas.

Problemas como o dalocalização da zona inllustrial ou da Estação Rodo-viária, bcm como o da duplicação ou não da ViaWashin~ton Luiz, ,dentreoutros, são qUl'Stõcs queI.'xi~l.'ni muitos l'l\tudosr"r parte dos que cuidamdo planejamento urbano.As opiniões e sugestões,sohret\llto, dos técnicll!;no assuIIlt, lIevem ser con'sultadas, Tambcrl1 o povode maneira geral deve serouvido.

Decl'Sôcs como esta.sio ddinitivas, Se porpredpitaç!io for tomadaunIa decisão errada quanto A mudança do pcrime-tro da 2.a Zona Industrialde São Carlos, visandonas J1rox;mi~ladesdo meslIIa cdlficar UI1lhairro de('asa p"l'ulan,'S, ou ml'S-Ino na localização da Es-t:l\'lIo '~lIdllviária. llUI.' !Wf:ll ur~ente hõi anllS, m;ainda lIUJnlt.;\ constru-.;ão llU nAo li•• Via Nur-l', esta lkt:il\ão fkarã ra

ra sempre como obstAcu-10 para o \.Iesenvlllvimen-to sodal de ntlssa cidalle.

Vemos com apreensãoo fato \.lI.'autoridades cientlficas (um conhecimentosprofundos sobre nossa cidade, seu meio - ambien,te, seu clima, sua' estruhra urhana, sua localiza·çãu geugráfica e meteo-Irologica, não serem con"sultadas para opinar, ~Iluz \.lI.' seus cunhecimen-tos sobre qual seria a Ill(Ihur solução para os prolblelllas urbanos que oraenfrentamos. ,

Já na ocasiãu da esCu-lha para localização d.atual Distrito Industrialà sudeste da cidade, forant aponta\.los por autllrdades cicntíficas as inclIIveniencias desse local devido- ao fato \.lI.' que aiguns ventos dominantesna regilo sopram em di-reçlo à cidade, trazend."dl.'Sta maneira, para o nüdeu urbano de São Car-los, 01 reslduos atmosfé·ricos qU\: porventura vicssem a iCr lançados rx:1asindilstrias ali situadas.Dlocisõcs comll esta, im-plicam em '"nl'rosos gartos, para serelO relncdia-'das. Porisso insistimos -"t melhor prevenir doque rel1l~diar". São Car-los precisa li\.' um planl'-jamento urbano onde opi-nem amplos sl'torl'S da 1'0plllaçãll :111l'St1l:l'j;J1:111"1:!.-s que ~IISSU;J1ll ;Julorilla1I1: il'cni",·cil'lllilka,

:\ prllpÚl\illl, louvamos

a iniciativa ,da' "AEASC'(Associação dos Enge-nheiros, Arquitetos ,e En';genhciros Agronomos deSão Carlos) que está procurando estruturar umCiclu de Palestras sobre,problemas urbanos. O:

que ~ID bastante "a ca- ' lar do sJ.o-carlense, ma-lha," na atual conjuntura nifesta sua apreensão J»ejsanclltense. rante 3 problemAtica do

A "APASC" dentro de nosso planejamento urba-\seus objetivos de prole- no e espera que as enti-ção ambiental, preocupa- dades relacionadas ao as-da com a qualidade de vi- sunto se manifestem ,ada do homem, em particu respeito" •

O,J)i6fio .o.lID3I11

, Proeeuo D.o 18~'18- projetode leI n.o 18 /:P/fI/;'/. /lf./;;;-?t?

Interessada: - Mlriam SchielAssunto: - Considera de utUl

, dade pública a "Associação ParaProtecão Amblental de São Car)os"

~-APASC.-I . ;

ft ~18t111" - ,'-e>-?'

o ,jiftrlt.l o :Sal> C. de. Lo sD'/()~/"

,-."..,.,.,..,.".-".,.,.,., .." .,.;;.;;;:;;::-,7';",'-;;;:;:;:;:::,--:;,. .;;-:;.-;;-:;;::,;, 0_ .,.~., .,.,., .,.,.., ... :. ,IAPASC Vil; constituir Ii}.j',.. ~!~

i) Objdivando furmar Seu quadro", de socius, a Ass\)\:i;lçào para .'r,,(.:-.~ ç.io Ambiental de S;io Carlos elol;i tni'~ dando um3 call1panh., ness~' Sl'f1lid .• ,~ Para ,Ianlo, distribuiu, um 1Il:1f1ifelolu\ cujo! lIt1cgra reprolluzllIl\,s aut;lll l'.

, no qual esclarece us mutivos p.:<Js, quais propõe para llue loJa as pd-

'\ soas inter.-ssallJs 1l')S p,oi>lclli:l~ l:J) prllll"ção ambielllal da dl.lad,' ~.- CIII;

~ I:rc~Uell1 em tornu Jos ideais J,]~ APASC.) PROPOSTt\ DE SúCIO~ D.·\ APASC, "d d '• "Sentullos eatro e nos uma, - -, I~ PICl'CUpaça.) cunstante nau so pc a, nossa casa, comu lambem pela nuss,], cidal.h:, Embura esli:jamus, vultallusl para. preucupa,.ões dikn:nle:s tuJus\ nús lemos lima opinião própria at.:l'r·) ca dos prublcmas da cidade, Tudo~ aqueh: que: não partidpa dus prubk-, Illas 0.1 cidade é cunsidcradv, enlre

. S nós, um mau cidadão, não um ciJ.,-) uá') silcncioso,~ Somos nós que que decidiilloS uSS assuntus da cidadc ou pdo) lIIenos,, rdletimos sobre eles profundal:!cnlc,, Puis, nfw vcmos na upiniãu cxprcss,]S publicamente UIII pcrigu para a ação, mas sim, na aus~ncia dc discussõcs~ anteri"r"s à cxecu~ãu das ubras n,,-~ CeSloirias",~ Esta frase de Périclcs de 4:10~ A, C, ainda nãu p.rd.~u sua atu.,li·~ d.1de, Nvs di::.s de hvje mais 1.10ljU;!, nunca o povu br;.sl!l·,ro. CI,I p;:r1I~'L:•• lar, o paulisla, cumq:a a sentir a im-~ portanci,] que tem sua opil;iãJ." a _uis~ cuss:io dela cLlm IIS delltals cldad3. iS~ da cumunidaue p:Jra p,]rticip.1r das~ .decisües que ah:tal1l sua vida, sua~ terra, seu lIIeio ambientc.~ E: nesse contextll qUI: \'CI1\l)SSUl~ gir as reivindicaçües, pela. pre~crv.,,,j,)•• d,] flrea verd..: d..: ("ucala dI) Allu,,•.1----------------------- ----,S,~, 'Daia dc Nascimcnto:••••,

. ,••••••~, ,\lIl1id;IU'-: I:W.OO CIII\ I

~I, I~ I

seucontra a cunslruç.'i'1 da Hraskraft novale de I'aranapanema e llI"smo con-tra :1 1II:1I"n"a indiscriminada ue"pumbas" no sul do pais,

NuS d"is Í1ltimlls decenills pre.scnciamos cln S:;u Carlus um acelt:-raJv c expull~nc"ja~ OeScimclltu urba-no, Isto pro .•..ocou, Cumll aContece emlllJu llIundo civililatl". uma d,'grada-":111 amhll:ntal lllle Sl: rdktc:

I.a Na 'p;.s.: qu" loial Jerrub.,daue nussas malas, Ainda :J PIIUCOSa-nos nossa cidadé ua conhecida cornoS30 Carlos 1.10 Pinhal, A l'>.istl'nciauos pinheiros lju,' Jntigallll:nle co-briam extcnsas regiõ,'s de nusso mu-nicípiu; falu quc Icvuu-o a ser relra-ladll CIII nllssa tJ:,nJdra simbulicalia c'JllttllliJadl:, SI: rest;ingl: atual-mcnte a rarissilltus exclllplarcs.

2.0 No cxtcrllliniu Jus animaisque talllb':llt muito colaboram para aprcsl:rv.,çào til) cquilibrio ccológ,iso,embora m.uittls n.'io se apercd)am dis50,

3,0 No dcscnvulvimcntu indus'trial c aumcnto Pllpu:",iunJI ljlll: gradativamcntc \'cm trazenuu prublel'laSque afetam a l;ualidaJ.: dc viJa dosão-carlcllse.

A APASC sc prupüc :J s..:r um;;cntidadc que cung!oiih:r.: us cidad,'i.:::s.'i,)-carlensl:s prciJcllF.:lUUS cum aljualidadl: da vida l'11l nossa cidade.

Uma Associação de pessuas an-UI: cada um pussa 1c .•..::r su;;s rd~~-xõcs sobrl: nosso I::l'iu al;ll;icn:e ldiscutirdu-as, Chcg;H a III00alinh.1 d~a ••.?iu, para ljue tUJdS colabore"l paraSU:l cunservaçãu.

Se vocc cs:à interessado Clll sclornar s'lCio da APASC prl:cncha es-se cupum c CJlvic-,) p:n.1 caixa pllSI.115U6 ou vá as nussas reuniúcs todasas scxtas-feiras à~ 20 Ii,)ras nu SE-NAC, silu à I{U:l Episcopal n.o 700 .

-jo-

I',:~·".'":~:.=; .~OA~.';;!:~;;."..l

p:,~,,..~:\""E:;,~OC~ Z!o C:'~LOS._, ...." •...,;;~

RECO:,HéCIOA Of: UTllIOADE PIÍ!llICALEI ~IU:~;CIP.1l N' 7843cal.. .011'&\. .t.IS,.a - 1.10 «_"01 - .,.

Hi quas. s.te anos I APASC .em desenvolvendo atfvldldes d.proteçio ac~I.ntll e luta p.ll •• lhorla di qualldld. de vld~.

Sio atlvlda~.s como p.lestrls .m escolas. I.pressão di pa!fletos e boletfns. notas nos Jornlfs e ridfos da cidade e. recent.-aente Ull prograca na Ridlo Progruso AM .(Progr~al Vida Natural. 29,49 • 69 is 13:00 horas): sio.por outro la~o. grupos d. trlbalho or-g~~I::n10 atlvld.des com fav.lados pari construlrea suas casas oucolabor.nd~ na luta d. I:\orl~orespor u=a pr.ça: sio seman.s d. PI-lestras e exposições d. fotos. fll~es e artes plistlcas sobr. a Qa!t~o ecológica ou campanha pela preservação e aelhorla da Praçl CI1.Sales; i ° apoio ao surgiaento da AP~[L·A~~oclaç.o pari Proteção daA.presl do Lob~ (Oroa) ou o encamlnh.ae"to de den~ncl's d. c'dadãospelo c~rt. de irvores. Maltrato a l"ia.Is ou poluiçio de c~rregós.

110 entanto. es~as atividades e multls outras estio sendolevadas. a cada dia que pasSA. for "'enos pessoas. IIoJeestaaos comu~. dlretorl. provisória e ea Asscm~léla Peraanente ~~~alçua.s pessoas se Interesscn por constituir ual chapa par. novl d!r.•tor Ia.

P.ra tanto .staaos convocando todos os associados a compa-recl'reCld..1.I26 (2! felral ~!_!!.0~!0_is_2.0.:(lO.horasno Auditórfodi Pre'elturo "unlclp.l de Sio Carlos para rcollzaçio de uoa Assem-bl~11 Geral dos Associados quando pretendeaos discutir e deliberara mudlnça nos estatutos (proposta em anexo) e 'ormar A nova direto-ria.

- • as -Realizaremos r.unloes .todas as 2- 'eiras'as 20 horas,'Ide da APASt (R. Padre Telaelra. 1662. 'undos). pari fOnllaçãoual chlpa e ellboraçio da Clrtl progrllll.F.!t~~te da nova!Itorll di APASt. Sua partfclpação i fundamentll.

Paulo J.P. "InclnfPr.sldlnte ell[aerclcfo'

Art. '" A APASC constftulri. 'ncent'.erl t apol.ri • foraaeio d.grup"s lutónOIlOS i aesal. Obs.rvlndo-s. as s.gulntes ~ormIS:§ 19 - Os grupos serão formldo. por sócfos (ou nio) di APASt.§ 29 - Os grupos t.rio lutonomll compl.tl de Idalnfstraçio e g!S-tão Internl d~ SeuS ObJetivos. os qUI's. entretlnto. deverio estarellconsonincll com o contido no Irtlgo 19 d.st. Estatuto (dos obJ!thos).§ 39 - A gestio dos grupos s.ri reallzlda por r.gula.ento próprIoque d.veri nio colidir COClas normas d.ste Estatuto.§ ~9 - Os grupos terio s.us pltrl.ônlos. sua respon~J~IIIdades fiscaIs e le9als concentradas p.la APASC. qu. respOnder. Jurldtcaee;te por el.s. pr.s.rvlndo-se. pori~. o dfr.lto de r.9r.ssio so~r;responsobllldades p.ssolls. que deverão ser levlntld.s pelv prõ~ogrupo. na for.a d. seu regula.ento.§ S9 - A autono.'a do 9rupo seri total no que tang. 10 aspecto .conô.lco·'Inancelro. entretlnto. a APASC. nos teraos do artigo 119519, r.serva-s. o dIreIto d. solfeltar doações. as qUlls deverieser aprovldas pelos ôrçãos de d.llberlçio dos grupos.§ 69 • Por dellberaçio do grupo ••• consonincla coe s.u re,ull=en-to próprIo, ou por asseMbléia geral da ArASt. pOder-se-i resolverpelo deslJ,omento total do eesmo. qu. se .fetlvlr' atrlv~s da separoção Jurídica. çontibll • le,,' do patrleônlo e das obrlçlções d;grupo ea relaçjo i ArASC. da melhor foroa possível. a 'Ie de sepreservor o bOIlrellclona.ento das part.s. f

§ 19 - Em caso de dIssolução defInitIva do grupo, o Seu patrl~õnloprôprlo r.verteri i APASt. sendo por ell g.rldo dIretamente.

ASSEHDlrlA §1!!l :::::DIa ~~o~ellbrt, is 20 horas. nO audftirfo

dI Prefllturl "unfclpal

l'..~U.lCl.!LJ.'UHA -r,LUtA....\. J/OVA01~E~~RlA. -

Rtu"ifU tod.au 1~ Ieiuar O~. Itu. r.d\CTeÜUJl4 l •.,-- lu"doa.

APASC

MÓ•.•••.•••. ~ ....,.,.U ....tu &c., V4.w•••• ,.4,.". U"'fVC.yt~. i.Nf.!

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_.- .• " •• um i cio --. ••••••• _ ~ é IUmrAol o úeU --..r. _ ~ .u•.••w. 4< • .,..:- SllUf"fUIIIO. -

.ASSOCIAÇ~O DE PROTEÇAO AMBIENTAL DE SAO CARLOS·

o elNlr.eII' e••• IIATURf1A ••• ~ .-tuiMoe.ou UlI 'lU. •••• NU ~• ~".d'ieo, ".••••• ,tA viotrllto ~ iMaei.otoal. A IIATUlf1A, ••• ~ Mtu a,!vi. e_ ,i.pr,~ '0At~·d~ 'aba •.•tiAeU ~ 'oM~"i.";"eé<I, pua ••••• ,tA 4rPlcd!'" /Id. PliiPli.o "-e. qur Mtu.i.o_ ••(~ U tiai..ttIa • rapto•••·" '19•.•••• o,rAUVtio'dr , •••••••reu,'''''4u. .

A IlArtlRClA Vdi ra.•.•~ u"pIlr; o qur o '- uti dutllUi.Jt"" ,i. o,llLio, qur pouibi.Ut/lll •••••'oMr"i.;"~ntia, ••••"j., d~ lIESTIlDI o /lEro EllIIrEIITE, qur pr!WJit~ • lua pIlDpIl.i.o. ••.•.• ci••tU. .-

A cWr dr "'rAgá ~ •••.(iJt.<u-~ qar Mjr .'elA ••••••• aoei,"'dr,4_•••tu qur o, IlECUltSOS IJO uno A.IIlI/El(JE aio FIlI/TOS.

Eau NOTA 101 po.t '''''''Ud44r uc:t&.\UrA, •••WlU-\, "'ZtA """M, eGIAo&lIJl

lU.&c:IIoI,ÕU, '''ZrA ~ petA CO/ISCrENTT1Aç~ "", rIlOlllEJIAS EcolDGrCOS.

'0.\ "",., " Vocr &Üt4iI ulà dúpoat. • """M, Upu&M, l.lat.lIJlpo.t ••-... lIdIIo.t .

t'o"~" t'fJJrAt:-$i, t'c.tlH ao_~.~rçÜ" J1eú~~.'~4. _t'••••~ Ecot.ôt«a ,. no". _;4«1 ••

CAUCA\A

A imprensa esorita e falada teI! ultimame~1:e estampado em seus /._jnotioi&rios, o desenrolar das maDifeetaçoes que estao oüvrre~do oontra ainstalação do novo aeroporto internaoional de são Paulo, na reserva fIo -restal de Cauoaia do Alto é Morro Grande.. Quando o governo anunoiou sua intenção de oonstruir o novo aeroporto naquela reserva florestal, os agrioul tores e demaie moradores do lõ

. oal, bem oomoalguDfl eoologistas, taxadoa de "rom~ticos li, protostaram 7CO~~ a derrubada da mata eprejuizos que o aeroporto traria para toda a

',~eg1ao em suas atividades econô'micas.. .'. Mas o governo nãO desistiu deste projeto e oontinuou realizandotrabalhos para início das obras, fazendo ..contatoa duvidosos (promessli.S) .!trav's de eeus seoretários, co:no IBIlF, Secretaria. de .Agricultura, S.AJ3ES~sendo que- algon,e destes órgãos poderiam se opor à. construção dessa obr:1. •.!pesar de que estes contactoa, eliminaram a oposição dos referidos órgâo~a populaç~ oO::leçoua se cobilizar oontra. a construção do novo aeroporto •

.Assim, vemos ser formada a "COUISSÃODE DEFESAIX> PATRDJ1~NIOIDACOlu'UNIDADE",que já conta como apoio de 50 Entidades conservacionis -tas e Enti~des de Classe. Vemosa realizaç~o de Assembléias commais de'300 pessoas, entre eles, polÍticos e cientistas ~dignadoe com os pronun-~iamentoD proferidos por autoridades governamentais quanto ao local do ~vo aeroporto.; .. Afi~ que,o local é uma das1últimas rese~ fl~restai8 daGrande Sao Paulo. E nos vive:noe emuma cidade com 4,5m de area2verde porhabitante, e~uanto que o m!~o estabelecido pela orro são 12 m por ha-bitante e Now. Iorque, a maior e ma.1e~esenvolvida cidade do mundo, oomotambé~ ~ das ~is poluidae, tem 19 D de área verde/hab •• E esses mes-m08 cientistas questionam a localização do aeroporto. A região situa-se •numverdadeiro mar de morro8, o 8010 não é adequado e para a construção •do aeroporto terá que ser feito um dos maiores movimentos de terra já fe!to na Alr.érioa.Latina; a regiao peI"I:1allececoberta por neblina. uma boa par-~e da manna devido a evaporaçao das ~ da repres~, além de estar des-truindo ~ floresta que é suporte de uma rede de mananciài8 que fornec~

I a água mais limpa que os babi tantes de são Paulo, Cotia e ilnbú bebem.Surge agora um outro questionanento que , quanto a necessidade .

de um novo aeroporto para são Pau1~. .Os administradores governam.e~tais alegam que S~o :Ba.lãotranepo~

ta 5 milhões de pa.esageiros por ano e em1952, o trá.fego já vai estar emtorno de 10 e 12 milhões de paBsageiros/a.no. Bem, por dia em são Paulo •viajam cO:J:Osardinhas em lata, do traba.lho para casa e vioe-versa, de 8a 10 milboes de 8cres bunaDOS.

Vai se investir inioia.1J;lente 600 milboes de dólares no novo ae-roporto, para se resolver 05 "probl~1I da minoria privilegiaàa que pod,!ria muito bem se deslocar até Viracopos que com algum.a.eJ:lelboria.s daria •

.. ,Tazao a todo este trafego acima mencionado.Ser' que este dinheiro e outro8 gaet08 com obras faraônicas não

seriam muito mais úteis se fossem utilizadas para melhorar as condições •d! vida dessa população qUI realmente está produzinde os bens para a Na-çao?

Se~ que são Paulo não necesBi ta lIUito mais de sanemento b~i-00, de uma solução para as enchentes, de habitação a preços ~opulares, oumesmo de transportes coletivos mais decentes, enfim de soluçoes para os I

problemas da população. . I.t claro que siml Agora, se tivéssemos um governo que representas .

se .s reais interesses da população, pessoas do povo que conhecem os pro--blemu do povo, elas saberiam a.na.lisarmelhor o~e deveria eer aplicada 'essa tortuna:,no ~eroporto .u nos transportes colet1~)a por exemplo.

_Porem nao podemos ticar nos questionamentos, na8 críticas e naecontestaçoes. Temos que nos posicionar firmemente e nesse sentido nós a-poiamos a luta travada pela população e as entidades que estão se manitestando contrárias a construção do aeroporto. -

UMESC (União Municipal dos Estudantetl'de São Carles)ODPC (Comissão de Defesa do Patrimonio da Comuni·dade : Associa-

ção de ~paro dos Animais, Â. dos Artistas Plásticos da Praça da R~públi-ca, A. Brasileira de Arquitetos Paisagistas, ~. Brasileira de Defesa da 'Vivencia Urbana, Â. Brasileira do Estudo do Meie, Â. Brasileira de Prevençã. à Poluição do Ar, A. de Defesa da Ecologia do Vale do Paranapanema, 'A. Democrática Feminina Gaúcha, A. de Defesa do Meio Ambiente, A. dos Do-centes da USP, A. dos Engenheiros .Agranomos de São Paulo, A. dos Geógra -tos Brasileiros, Â. Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, A. Paulista t

, p-de Cr1ticos de Arte, A. de reservaçao da Flora e da Fauna, Assoe. para •Proteção Ambiental de são Carlos, A. Paulista de Proteção a r~tureza, Centro de Estudos Ecológicos de SlLntoe, Clube dos Advogados do EstJ\do de sã4

I Paulo, Clube de Criação de são Paul., Clube Paulieta de Jardinagem, Comis. são de Defaea do Meio Ambiente da Associação Comercial de são Paulo, Co :

missão de Defesa e Preservação da Espécie e do Ceio Ambiente das Faculda-:'des Integradas de GuaruJ.hos, CoI:1issãode Defesa da Represa Billinge, Fed,!, ração das Associações dos Engenheiros Agronooos do Braoil, Fundação Bra -, 8ileira para a Conservação da Natureza, Fundação Parque Ecológico de são

Carlos, Grupo de Agricultoree de Caputera, Grupo de Artistas Plás~icos ,Grupo Escoteiro de Cotia, Instituto dos Arquitetos de Brasil-São Paulo ,Lions Clube de Ec.bú,Mov:ilnentode Arregimentação Feminina, :i,:ovimentoArtee Pensamento Ecológico, NÚcleo Orquidófilo do Embú, Pioneiros Rurais do~rasil, Reserva Zoológico de Ilha Bela, Rótary Clube de Embú, Santa PauloCountry Club, são Paulo Garden Club, Sociedade Amigos do Embú, S. Botani-ca do Brasil-são Paulo, s. Br~ileira da Defesa da Vivencia Urbana, S. 'Brasileira de Paisagismo, S. de Defesa do ~eio Ambiente, S. Amigos da Ci-dade S. de Proteção ao Ambiente, S. de Proteção ao Meio Ambiente do Ilha~ela' Sindicato dos Escritores de são Paulo, União Brasileira de Escrito-res,'União Internacional Prot~tora dos Ân1mã1s, Voluntários Detensores daJiatureza) _

DCE-Livre da Universidade Federal de Sao CarlosCAAsO (Centro Academice Axmando Sales de Oliveira)Dir~tório Academ1co XVIII de Março da Escola de ~iblioteconomiade são Carlos

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'.I.c. c"o u. cr.b.lho hu •• no ••••• Cur ••••• c•• ,••••• c•• 11•••• 0 ch.IV ••• i .oci. AnC.... ,'.oroi-Ior.'llta I.'r. t.to • coa. coa cari.h •• lato tOf.a Ilui.rli •• 'I ••• cloo. r.c.pcI.o •• f•• or.c •• v. '11 •• tão .• ••• e••••• rei ••• por a1lua •• iauto. aat... 4.'01 •

••• ref.lç ••••e C ••• I.nc ••••••••• It•••• v.c ••••••• r••i••I•••• c!

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,.i••• ntlr •• -•• b••• 11 co•• n'o.I.f.'•• -I' a r•• peito 4& coa ••• v. Ia coa.titulr ~

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0_ • I'andt Impor-taDc:ia doou promoçlo,csluna·sc que ar' baslAnIr intensa • p.-nça elep6blico DO Edillcio. ·E~c1ic1e1 do C•••••• ••

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o modelo de desenvolvimento que vem sendo ado- 6tado no Brasil e demais países do hemisfério sul, presta-se a b

absorver uma tecnologia gerada pelos povos do hemisfério norte, ~em troca de uma falsa idéia de acessso a melhoria da qualidade

de vida desses povos. A maior parte dos problemas que a sociedade ~rasileita enf!enta, tem sido resolvida de forma insust~ntável. Por outro lado, a

soluçao dos nossos problemas parece depender sempre de graDdes somas de ~capital e portant~, de grandes empréstimos eXLernol, ampliando a dívida de paí

.es, que nunca terao de pagã-las. Se cada Cidade -e cada Estado necessitar de capital internacional para resolver seu. problemas mais· corriqueiro., é porque a - 6solução que tem sido apresentada para esses problemas, não serve para todos. To-

na-se necessário buscar soluções que estejam ao alcance da comunidade. Atualmen- Óte ap!la-se ao capital internacional em virtude de estarmos limitados pelas de-6

terminaçoes de uma tecnologia cara e sofisticada em desperdício das pos,ibilida- ~dades bio-ecológicas existentes num país como o Brasil. 6 6

Essa tecnologia importada traz consigo, padrões culturais e comportamen- ~ Atais uniformizadores, massificando a vontade nacional, colocando toda a n05- U J. Usa economia em dependência externa e descaracterizando culturas e anseios re- Ugionais. O f!nômeno da centralização administrativa acaba por criar a necessida- 6

de de soluçoes igualadoras de tipo gigantesco. Criam-se assim, economias ca- b kda vez mais centralizad~ras. d! capital intensivo. ~om utilização de tecnolo- 6 Ogia bruta, pouca absorçao de mao de obra e destruiçao do meio ambiente pela ex- bcessiva e desordenada exploração dos recursos naturais, satisfazendo a máxima

filosófica do "use e jogue fora". O testemunho histórico dessa situação é a ~própria economia norte-americana, que após a 11 Grande Guerra, exportou seu mode-

lo, sabendo-o hoje impraticável. pois 220 milhões de pessoas para manter o padrão 6de vida atual, consomem 1/3 dos recursos naturais da Terra. Como farão os de-mais povos que estão sendo obrigados a copiar o modelo norte-americano de alto

consumo em massa?Torna-se necessário red~eDSionar as nossas necessidades como nação. ten-

do em vista os desafios do futuro; super-população. a fome. a deterioração am--Jbiental. Samos um povo que vive DUma grande área que se presta ao desenvolvimen- C/to da produção de alimentos e podemos desenvolver uma rede de transportes fer- t1roviái-ios condizente com as nossas distâncias e mais de acôrdo com o uso/preser- Ávação do nosso ambiente. A conscientização da ~initude dos nossos recu!sos na- O )\turais permitirá o entendimento para a aceitaçao e a pesquisa de soluçoes al- C-)ternativas, com a utiliz~~ão de t!cnologias"brand~s, de base biológic~,_des- () . ')\\centralizadas, e a absorçao de mao de obra lntenslva com poder de de~lsao a ()nível local, permitindo às comunidades manifestarem-se por suas regioes. )\baseadas em seus passados históricos, fortalecendo, por conseguinte as es- ()pecificidades dos eco-sistemas e culturas regionais que ainda conservam as

as expressões da riqueza da nossa diversidade.~ Dessa forma. para uma cultura que vem absorvendo a idéia

~

\'J~ ~ cipante, torna-se urgente o e~tendúnento.da particular"da-- IVl~Y de dos lugares. das adaptaçoes. da varledade de~ Ll possibilidades. A educação, o despertar de ca-I ~ da região para suas possibilidades es-

. ) pecificas é o desejável.r- "-

A solução dos problemas está nos seres vivos e nao na tecnologia,está a nível da fonte, do local. As soluções devem portanto, ser descentralizadas, diversificadas e mais próximas possível das responsabilidades das pessoasafetadas por elas.

Sabe-se que legiões de pessoas migram em no&so terrltorlO por falta de trabalho local. Ao mesmo tempo, cada local solicita mais máquinas e desaloja, progressivamente o trabalho humano. As legiões de pessoas, desalojadas 7do seu ambiente ao povoarem as comunidades recebedoras provocam os problemas,do chamado choque-cultural que se alia ã rapidez das modificações no ambienteproduzidas pela grande máquina tecnológica. Podemos notar, nas cidades recebe-doras dos fluxos migratórios, como são Paulo, problemas insolúveis com alto /custo social e ambiental em prejuizo da organização da cultura e do espaço. Adesordenação e o ritmo com que isso acontece obriga essas pessoas, em nome deuma falsa adptação, a se agarrarem ã comunicação massificante. Alia-se a issoa degradação do meio ambiente pois a defazagem cultural e as neces~idades ur-gentes de criar habitações e alimentação para os continentes populacionais desalojados/recebidos juntam-se ao desamor pelo espaço que a perda da memôriacultural/ambiental provoca. -

A descentralização econômica, cultural e tecnológica fixará o ho-mem junto ao seu "habitat", reavivando os costumes locais, reflorescendo a criatividade regional e criando trabalho para aqueles que hoje ainda creem no ap~10 da massificação ditado pela tecnologia centralizada.

COLABORAÇÃO DO "MOVIMENTO ARTE E PENSAMENTO ECOLOGICO" E "ASSOCIAÇÃO PARAPROTEÇÃO AMBIENTAL DE SÃO CARLOS"

114! EXPOSIÇÃO ARTE E PENSAMENTO EcoLOcICO

SÃO CARLOS - 18 de abril de 1978.

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º ECOLOGICO·zw '4 .• ~ - SIo CarlOl

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CAMARA MUNICIPAL-~ Homens PnJdentes deYeriam julgar o futuro

O pelo que aconteceu no passado

~

e estA acontecendo no presente

Cx. r•••"". llI84Miguel de Cervantes (1547·16161

~

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Em cada rua. uma hist6ria. Em cadapedaço de calçada. marcas de um passado.Em cada esquina um personagem. Tudoisso faz parte da vida de uma cidade. sejaela pequena ou grande. rica ou pobre.epressadl ou tranqulla.

Esta cidade. que os moradores mui tasvezes MO conseguem.,. • o tema destaexposiçlo:

..-~~'~'Ires magnollds no' prQtesto.' ..'

clevastação cio verdecontra a• .o Dia Mundial do Meio- Ambienle, transcor-rido ontem, teve comemoração l:spt'Cial nl'sta cíua-de, através de uma programação k'vada a efeitodomingo, na Praça CeJ. SaBes, pela APASC -Associação de Proteção Ambiental ue São Carlos,entidade há pouco criada e que, apl'sar desse cur-lIP .lIempo, já .sem realizado sign!ficativlJ tra~lho,em pról da defesa do meio-ambienh.:.

Além de uma exposição 1lI0ntaua no proprio'local, com fotos antigas que permitiram compara-ções interessantes entre o aspecto urbanístico atuale o antigo, em que o verde aparecia um lK'm que ohomem preservava a todo custu, a APASC fez dís--tribuir um manifesto sobre os motivos da come-moração pública do Dia Mundial do Meio Am-biente.

Outro Item da programação levada a efeitoanteontem pela manhã, na mesma praça central dacidade, foi o plantio símbólico de três magnolias.Assim foi feito porque, a atual praça (que na reali-dade é somente "meia-praça"), possui apenas al-gumas acanhadas árvores popularmente conhecidas por "Boêmias", enquanto que a antiga PraçaCel SaBes, apesar de bem menor (mas inteira),caracterizava-se por um perfeito cquilíhrio cntreo verde e o piso de pedras (petipavê) senuu suasárvores, exatamente, as magnol.jas, sob cujas som-tJras ou nos desvãos, bancos em granito, doadospor pessoas ou firmas proporcionavam um conviviotoeial ameno entre Jlt=ssoas de todas as idades. E,10 centro da antiga pracinha a pér~ula que abri-gava as apresentaçõcs da Banda Municipal, ou,;om predominancia, os românticos casais de namo-rados.

A escolha das três magnolias pelus membrnstia ~A.Sç, não foi por nós entendida como umprotesto propriamcnt dito, conforme pareceu a mui-tos observadores. Nós vimos, naquelas três ar-iIOrezinhas, uma forma evocativa dos bons temposem que o homem ainda não perdera, por todo (ou~uase Isso) o respeito pelas coisas da Natnreza.Aquelas tr~s tenras magnólias que a APASC levou• Praça serviram para nos mostrar, através da evo-t:aç~o,• tcrrível invcrsão que sc processou. Antiga-mente o homem acrescl'ntava pedra e cimento emuma área verde. Hoje, com muito custo planta-seIlgumas poucas efrágeis Bocmias num:l imensi-

dão de concreto decorado com inespresslvo gra·mado. Foi assim que interpretamos a "sL'Ssão eVIl-cativa levada a efeito doming0 pela AS~,;l:iJÇ .. , ",Proteção Ambiental u~ São Carlos. Se a in:rnç5ul'ra de protesto, tcv~ (undaml'ntos muito v;íl:ull.

il ,O MAN1FESTO- '- --" '''~'',':'';Oo'"''''';O manifesto distribuido anteontem diz " sr·

gulnte:"Hoje estamos plantando nesta Praça :r~~.;,c

vores, três magnólias, como as inúmeros que e.:;'tiam na antiga Praça Coornel Salles, em comelllo'ração do Dia Mundial do Meio-Ambiente - Dia~

, de junho. ' ""O plantio destas arvores é um grito simbóli·

co que a ApASÇ - Associação para PrulrçãuAmbiental de São Carlos - dá como alerta ao po-YO de São SarJos, contra as consequências desas·trosas ao meio-ambiente provocadas por um falso,conceito de progresso.

"Escolhemos a Praça Coronel SalJes por elaser um exemplo vivo, para todo sãocarlense, da in·,sensatez com que nos últimos anos os homens t('1Ilmanuseado a natureza.

"Esperamos· que o nosso gesto preste-se nãosomente como incentivo para que nossos adminis·tradores tomem providências no sentido de tornara Praça Coronel Salles menos devastada e mais,agradável, como também, para que as pessoas'passem a rdletir melhor sobre para que ela conti,'nue, DO futuro, um local agradável e saudável de. .se VIver.

"Abaixo transcrevemos a redação da meninaMarli Tavares dos Santos, aluna da 3.a série do 1.0grau do Colégio Estadual do 1.0 Grau EsterinaPlacco, feita por ocasião da Semana Ecológicapromovida em Colégios Estaduais pelo CRUTACSão Carlos com colaboração da APASC.

A POLUIÇÃOA poluição é causada pelas fábricas e o che~

ro dos frigoríficos, etc. ,Principalmente em São Paulo é <\uc há mais

poluição. A poluição é coisa grave. MUItas pessoasque moram em São Paulo querem vir para SãoCarlos.

Aqui nós temos menos poluição.Jã morei lá e não gostei por causa da poluição.Por isso nós viemos para São Carlos.

.A noluicão é uma ocisa 5rrave.

i] !1 fJ S U R D E1 "P [J rJ D" [l rJ U LI lT•••••••••••.. 110inYrntof ,. ••• I~.... •••

•• ior;. tia ••••• eldad. D" f ••n.~tmf'no dt....,a,••.ljio _ •• I••• pa"" dn munolu. Hi"ria. tL-rad•• riaou· •• e"'''' ftI&i. uma 1M.·•••••..1.01 II'IOII~ ••••••••• ;.Ir... mUlil-.;ilo•.••••"ta ••• lIIOM8I anorH .,b.&n••• tanto na••••• • ••• nW•• NIDO ttoa jareli,.. Mui•.••Yf'MI IlAr 110 tampn. ittnlo ••••••.• 11 d•• f •••. n·•••••• 10 ••••••• podr •• r••••o ••••••••• d...,.·1obrIo. ,,_ •• Iil-.;io d._. "'_ d.PODA; O 1••_"10 .plit._ pri •••ip.t._alo _ eino••••_ plál........ l•••r."""'.Ia •••••••• _u-lfUIl; ••.•• 1f'f"muMII. r.ru .e·_ • _ •••• pr.-;... _. por osrmplo. pej...v..•.•.•._ •.......ruNJ. o.",.1tratoe••• •••• ••• • • nul'f'e pUUM ••• l,am. Nu~ N ein_ • .-.".•.• dDer muit.. yr.._ ••••• NIa " ••••.••• de •• no .;d •• mal nino..,.. ...- ••••••• mnlo •••••••• i.lo.. ck••••••••••••.• AI I'I!pelMlae •• Dtinuu JDutil ••fiei. V. __ •••••lIIulilodo poderiow1nr _._ •• _.

I:._ ••• é d;riril wr· •• amo i •.••••" •• NO ••••••• Iodo. "'""n.nl.id. ck ••eordo _ •••• ,,"prio. "'i.. Qu... Iod••••• duettt •• , •• lof"nrJ • tn •••«"W InOrtOl ou•.•",io"'_ .podrrc:idut. dr m,""i... im·••••. • oir.•lriaaçJo •••.•. u""r-.;.... U'DO•••••••••••00110lOdaof •••.••••••••. umid.. por,,_. _ ••",.. fári!d. «rlu 1''''•••.• __ ••••• da _chuniJ~l. '"Nl jacaran.•••• " ••oçJo or",ial ó•• nl•••••••. to"" 00•••••• ra .1__ , a p,.,a. nu." f1í,tnilica_ia _ •••••••• "irit'il de luprror.

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J. A. LVlzenbergerria ck. ('I"., ~ •••. I ••••••.•..,.to. •• ••."""tIo .tr.v."., f'1.mpl",t •••• ntr • tro••••Tambrm ,.,.••• Alie • "abalbu é frlle COIII • ftNIM'( •••••• ('ortan,Io o aalho .Ieu Mama ••• j

po..Jiu. já ua áhOnl jo\<rta • r. calhOll li,... 1'-0". d•.fillilivu •••••rr •••,lu de b.'IIJ p." ei ..d. tal m.ad .••••••• ~Ime"'" • lniMfu •• 411. ma alr 'lm 1.1'(" ou 11m qu •••• o 11. It"' ••••u •.• d. Inçâu df'W'j.da. Em ludoe • d~cnaiI c.uc. lrvnC'O. St-rr•.••••f'nlio dr t'ima ••• r. "'is •• pude t'V'~'lui ••••.• ele •• ,.e-ia...... lUa pou~ .haixu cI_l•. primriro ",rtr.O ••.c:ade rvtioa. lho au"". r.i'Hlo .Irixando lUn luc'o •.••m •••..

Vua ••do re.aa.w•••• boUYer I1«"",KlMe'" e•.•• ur últimu M'rra-M o 1000 bt-m na 0"-,-.fttir.d. dco aal"- e tro",.. "pol"taa.. _ .Pur NU JH"AOIrr. ílkil -errar .1••u fim Mia•••••• an",.. •••••11•• 11" cIrf.ndar _ fito ou qo. h'i. prri.., .1.. ••••.•••••rro ••••••• 1_ doum. r•••hod•• Itlhadu ••••..• iMo Ó. blhu cio I•.•".GO.edut"a.;iu prrva. ••• ~'n-lrup..IIOV. - lu· r. .pr. o l•• b.lbo!Boi "'" lar 1••10 drnuv cio11. A .uprrfi ••• do.,,?'" qu•••••••• -ma iKnic. _,..dai. 01 aalboa • I....... rente tom a 'l;Ipf'rC,("e do lroneG.~v ••r' en .•Nriu rrtiradut •. tal JDalW'i •• que ~ Iaa. tio Hf prol"lida Cl!ntra o .Poc!~lm ••nl?.c.••"er CiCollI'1'i&a(ie eu Iu(pr do eo1'te •••••• a 'r. mo ~u.lqUt'r madr.,. ,.xpwla • mlf"nJ~ne, •vure ~ I'l-CUprnr.. Al,ruUl •••• de- 1f'lIho d"",prule.jdl~ ~('abar •• podrercndo. ..PU" krá difáeil •• rificar onde foi feilO •• r. Com o If'mpo NlF)rlra u~ lml'al'O no I.u•.ar ~te •• ánore ••••• ,.rdetí _ •••• ia de eune. o que deve tI.r eVllado. ~.~ ••'u apli•10I1I1II a·ae uma umada dfl uma •••1.taM'l. proletoo

...~ .x...ular '"'" tipo do lroholloo' _ ••. E.i~I~1II••••• "pec:iel .p••• ".'" lim.eI.ee-ário que N ••• pl'ft"nda •••• eneft.... IUIDU adM'~U••••lb. de, h0"!DuntOl de trew:t.'nore. btu e ••••1'0 'ácil... nip •• menID. EUlrenOll __Jnlfth~mente. _eolDO DictPOU'" d" o•••••"oç ••••••••••muilo •• '" ao _no I.i •.••lIu•• dr p,?lrç~o ~ ~u,d~o de in_du de hoje. ~..,.,..., püblico tiv••••• ",.a. etlel!prudulOI•••••0 .In~ 11IeX1&!f'ntellno 1M,.1000 úlli_ .inlo _. "••••"odo do prrto •••do. r.l.~"".I'Iu.r Unia.• 01.... OU tln-AI árYuf'N, .I.,cunau mediei. i' ,.riara aido to- lr •.•f'. penrllle ,',?I~r elM'.rnt~"'e • •••••IDad•• ,••r. e'\ia.r a funuita •••.••.nu(io 111Mdrl~ elE,. ••. ,,E,,,colb •••• uma ",!la .alTOllaill.l. Ir.l.munhamoe. uu rln&enta. u~ eor que te aproKlIDa da CIOr

O """u.n •.••• eftIr.àlllcnlO do _ """" do IroftC'O•• p'nl.· •• be•• Iodo • p.no u_ó lundom'"lolmonle dif ••• nIo da""" •• do _ 10•an' ••••1 .uperior. .,;'" ••••11••••••••• 1IWDi· Com o '.mpu .u •.••irá do t'Í •••••Je do dmloialero, p •••• CftJM:ei•••.•'ty e n.lf'rnamen&r... um 8,",1 de 'I'f"i.lo eiealrilanllt.Eatlt ."",1 •.•iRIO•••••tooo.''''' •• panel ao lnNIM•.•••po, r •...",..ndo .Ie C'Obrir tod. a tuperfiei ••••eum IDaJlu'."tio de •.•&n'IIII"'. lu.... pro- eorte. Quando ele 'fIChar. a '"'0" ntã ,..PD'tio unaa arvure Cl"f"N'r de ••.••• i,. aJ.co 1ft.. ,.rad..·_Ih.nlo • _ """,ni. do ••••••• e1. _ ' ...•••• u""rfirir de ou. OIIrul..... o. ""'_ Com 00 .noo •• Iom.ri difU'i1 •••••r:d'-to .al~ •.• -:•."."I"UN.aaI ••••• lor••••• lU"" 10- o lupr .do rone r"'llIa ••tu q~. no •••1•••••Ih.- •••mp"" IIOY ••• qur ••.•••• caindo qua"- I·~umlll.nl", u 'ur.o •.• b."~ .a~Jn-eendo.du mUrTfI'lD ele .d... • ...Iu aubatiluida. por C~lftit~ e dandu I~ur a um or.(arto ~ue eon ...tU\·••• fulh •••••• adi.nla. Aui. eomo no tma.na Crnft'ndo traneo •• lf.nl!'O .t~ ma~r Ic li , • I • • • q u ••• t o uJúreo árvu.rP. [n'IU."IO u ••nrl de Ift:HIo etulnaan •~ uma •• I r _ I " r I morta CfII'l ••• "' de li!••ao f •.•.h.r. n qm·. # f'onlonn •.• «""",u,. do.upunc ••' fOI.jltnlCl d••• ptil.poa, •••••• hu cIu f~n."f'U~41u. ptlC'••,a "'va, an ••". ~vr ",",te-lrouco d~ uma tirvute é t.ambaa ••• ",ruiU. IJr..w. r'R1Ur. quaudo .Ia te d"lertorar •ra ~na. nl_ " •. fa""i~ ~ cu.~luwr 'lar. eorri~, •• f"Ou""IUpntiu de t'rroeda Ie"·. bruta rlMlUaUlu •••' •••• r ,,"alo, iaola· COIDelidcw. .ntf"rionnenle. f'xiatrm ainda I•,10 do ~un4lo nwriur e ,Ia ihlP.m~rie pela mieM f'foper-iaia. taia eomo abtll~ eomcur .• 'na que. reeub,.. cimen'oou 'oull'Ol' malf'ri.i. qur. no entanto

De a.o, ••.i•• _.ito lilttplifireda • """"'" _.,.'" ••••." •• ,I•.••••.•••••r drlolh •••ui>rnl •• : .dtattr-N " •••..o llOnw .Ii roDllllluido do Ie.. qui ..uhu, ou •••.;••• Dladei,.. t'tD MIl maeri••'..... Para o If.i_. bula nd •cvLPrto f'Ikmunenl.e pela e»ea. Eatn. ... ••..-. CJl!f'romp~ a o queca"C'. e o •••••bo •.nr.onl,.. •.••••u•• 'ina camad. alflll t'n. d"o e ~IU" d.:lfJtll para dlanle.u~rweele areido ·aI·· bio t cãad:ti if"O ma" a',,"(ao atl .n·o •.•• ti••••• u amb,,. ••I.r tlIopt"n •.• cam . no. o im••••í••u. que proeu•.•.• ,,...neler cI. lU" pJ"Ó...que ~ u o e~m.:n&o ~ tre... •.••••• rri. oh-e"'A(Úfto. que nio mai. mutil. ti •••parte •••t,.r ••1 • cunbio vaa Kf'e'loCe •••• ndo, c:a- n•••.••.• riUl1f'nte •• que •• tio a .dadom.da pt., •••••••••• " lenho ••••••••••• ndo _.. 'bu I. ora eu. •O lrulX'U eom •.• aMe anun. .tNye. DO 1ft•• ronlrJ •• '!" ~ arrf'''"!'''nio d~ •..•••

rio .•••. • do idode 'lu •• por .hrnll('" • 1.110 do 11110""11(00•• n·d: á;o::· 'õun"~i.:ell:'=~io .ai a. •••• nua velhoe e pernieiONJl mPtodoa.c""'"f'llt.IWIt, ram ••••• a CMQ que... ••. • •.,.,. ••• rm M'U Iadu inlpnlU ••••• Iida que ,."IJ~I •••••••••• pane "lema. 3ó _ ciaIMo•• ~erilic. o eftlleime •••••

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I~os dois últimos séculos e principalmente n~s últimas décadas a civilização humana tem introduzido inúmeros e cada vez mais rã

. '-pidas modificações no meio-ambiente. muitas das quais irreversiveis •Estas tem trazido irandes proiressos em quase todos os campos dasativ1dades humanas. no entanto. tem sido acompanhados por crescenteesgotamento e contaminação dos recursos natura~sJ assim como de ira~des desigualdades econômicas e consequentes problemas sociais e ecoló11co~. i

O modele de desenvolvimento calcado no binõm10 produção em.ir1e industrial/consumidor 1nduz ao homem moderno uma ãnsia pelo consumo. pela cdmpra de suplerfluos sob pressão de 1ntensa poluição publ!c1tér1a. e o leva a profunda al1enação de s1 mesmo e do meio social·em que vive. pela perda do controle das atividades. isto é. a .prod~çeo em série padroniza à consumo 8 o trabalho humano. não satisfazen-do as necessidades especificas· de ceda 1ndivíduo. de cada região. decada nação.

·0 mundo não está só cada vez mais pequeno. mas Cada vezmais parecido·. Tanto faz hab1tarmos em são Cerlos como em alguma c1dade da Africa ou da China. A uniformização dos costumes e dos meiosde produção. faz com que nio sejam respeitadas as características domeio ambiente local e consequentemente de toda vida perfeita~ente adaptada a este meio. Porisso temos assistido conjuntament~ a progressiva8xt1nção das populações autóctones. das minorias étnicas rac1ais e nac10na1s. a degradação do amb1ente natural. destruição de florestas ee_terminl0 de 1númeras espécies de organismos.

O homem é parte do todo e indissciãvel deste todo. Quandoprejudica o todo está prejudicando a si próprio. Quando prejudica outro homem. está também ofendendo a natureza ( o todo ) e consequente-mente sendo nocivo a si mesmo. A idéia de um crescimento ilimitado. -de apenas parte deste todoJ o progresso material humano (e frequent~mente de apenas parte da população humana) tem levado a 8xtinção de1númeras espécies de animais e vegetais e por fim conduz1do ao fimdos recursos naturais que poderá levar à extinção dada nossa espécie.

Toda espicle tem direito a vida e o homem deve respe1tar esse direito, certo de que seu desenvolvimento, baseado emuma lntegração com a natureza, nio deva provocar transformações ao•• 10-amb1ente de forma a levar o fim de outras espécies. O desenvol-v1lnento humano tem que buscar novos caminhos que não conduzam a hum!nldade para as perspectivas sombrias que os atuais modos de desenvolvimento ofereçem: deserUficaçãQ crescente. superpopulação, escassezde alimentos, miséria, contaminação da água. do ar e dos alimentos ,deieneração biológ1ca, alienação, altos nivels de ansledade, neurose• doenças psicossomáticaa.

O ~IMENTO AMBIENTALISTANos últimos anos temos visto o aparecimento em escala in

ternaciona~ de um movimento que tem questionado todos estes probl!mes. Esse movimento que podemos chamar de ambienta lista tem s~ caracterlzado pela união de cidadões em torno de éntldades civis preocup!das com a proteçãoemblental em sua forme mais ampla, ou seja. pre~cupada em quest~onar todos os pressupostos dessa socledade, propondo alternativas ecolólicas que levem em consideração que o progre~so só i possivel - e assim deve ser entendido - quando propicia obem estar social para todos os homens em harmonia Com a natureza.

Para nós. o movimento de proteção ambiental não deve serpartidário. não deve construir um partido poJ!tico, porque a idéiade proteção ambienta I deve estar na -cabeça- de todas as pessoas. s~bretudO dos politlcos~

Sobre as diretrizes do movimento amblentallsta do Brasilnós endossemos as conclusões do EPA- Encontro p~a Proteção Ambiental para o qual contribuimos e participemos e que reproduzimos aba!

CONClUSOEs DO EPA - ENCONTRO PARA PROTEÇAO 00 AMBIENTEDurante o ENCONTRO PARA PROTEÇAO 00 AMBIENTE-EPA. realiza-

do na faculdade de 01reito do Larao Sio ·franclsc~ (USP-SP) de 6 a 9de novembro de 1978. na sala dos Estudantes. organizado pela Comisaio de Defesa do Patrimônl0 da Comunidade. forem discutidos fatosque ameaçam o patrimônio natural. cultural. e consequentemen~e o pr~prio homen.

sio eles:-'A destruiçâo. em lD anos,~de 25% da floresta amazônica,

o fim da mata atlântica' o uso inadeQuado de pestlcidas que levam adegrodaçâo do solo, bem como i contaminação das bacias h!dricas e

des cedeies alimentares.- Os detritos industriais • urbanos despejados nos rios,

provocendo e morte de tode a vida orgânica. e a consequente poluiçâodos estuários e mare ••

I, - Os acidentes com os grandes navios petroleiros. cuja.cau.as e resultados fOlem ao controle das sociedades atingidas.

- O extermínio das espécies animais. entre as quai. a ba

- A poluiçio do ar em áreas criticas como a Grande sãoPaulo, oU,em outras regiões de alta concentraçaõ industrial. onde apopulação sofre de doenças pulmonares crõnieas.

A degradação do litoral brasileIro. fruto da especulação1mo~iliárIa. através de 10te8mentos caóticos e da privatização depraias e marinas, que além de serem contrárias e Constituição em vIlor. excluem grande 'parte da populaçio do usufruto de áreas de 115

zer, marginalizando as comunidades de pescadores em nome de uma indústria de turismo el1t1sta.

- A instalação de usinas nucleares. da necessidade questi~noivel. onde qualquer acidente comprometem irreparavelmente o ambien

,te. e ~liminam a Vida:

,Estes fatos fizeram com que. por todo o Brasil. entidades

e grupos de defesa amb~ental se formassem exponta~eamente. denuncia~do à Nação a destruição do pat~1mÕnio da coletividade. conseguindo.se nio impedir de forma definitiva. pelo menos adiar projetos empr~sarlals ou governamentals. prejudiciais ao meio ambiente.

Asslm foi com o projeto pata a construção 00 aeroporto internacional de sáo Paulo. em Caucaia (Cotia), com a oestinaçáo finaldos esgotos da Grande S.P. (Sanegran. em Carapuculba-8erueri)1 coma lnstalaçio da lndústria de celulose Braskraft. ~o rio Paranapan~mel com o projeto tur!stlco das praias de Trindade (RJ), com a defe-sa das reservas florestais do Esp!rlto Santo. além de outros casos.

A repercussão de tais movimentos junto à opinião públicaconcretiZou-se na reallzação de vários encontros para proteção domel0 ambiente. os quais têm chegado ao consenso de que a crise ambiental é um reflexo da crise gerada pelo sistema econõmico-social v!gente. que afeta a própria clvllização.

A raiz desta crise pode ser vista através de vários aspe;tos: Econõmicos. Polítlcos. Sociais e Culturais.

Nas relações económicas internacionais. 'aos paises subde

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lenvolvidos. entre os quais o Brasil. foi imposta a tarefa de SUl

tentar â abastecer o modelo de desenvolvimento econômico em vigornos países desenvolvidos. ApÓS a ~ guerra mundial. acelerou-se olurto desenvolvimental1sta agressor e selvagem. o qual trata a i'lat~reza como mercadoria 8 o homem como simples máquina produtora deriquezas a serem usufruidas por arupos internacionais 8 seul ass~ciados.

Neste contexto. os recursos naturais seo ccnsiderados ilimitados. e o meio ambiente como uma imensa lata de lixo.

iA manutençio de um sistema deste tipo, .6 tem sido pess!vel com a imposiçio de aovernos autoritários QU totalitários, quelufocam as aspirações nacionais e a dignidade do homem.

Considerando-se o sistema político e'sócio-econômico impo~to ao país. constata-se que i vedada e Naçio a possibilidade ae discutir suas opções de desenvolvimento. O regima autoritário e c:ncentrador de poder tolhe a autonomia das comunidades. impedindo a pa~ticipaçio efetiva de leuS cidadãos na solução de suas reais neces$i-Gaaes. sacrificando a qualidade de vida da populaçio.

Esse modelo ,de desenvolvimento econômico tira a dignidadedo trabalno, t~ansfonmando-o numa atividade frustrante e alienante J

remunerada com salários que nem mesmo suprem as necessidades básicasda criatura humana.

Como consequencia de tal estado de coisas. produziu-se uma~elcaracterização da diversidade cultural, através da imposição develores massificantes. 'característicos da atual sociedade de consumo• do desperdício. assim como uma depredação generalizada aviltante.

__,_.__'. A memória nacional apagou-se.Os únicos habitantes naturais do país. que há milinios co~

seguem viver em perfeita harmonia com a Natureza, os {ndios. estioGendo violentamente exterminados.

Nossas cisne ia e tecnologia seo preteridas em funçi~ depacotes científicos e tecnológicos importados, alheios es nossas condições históricas. geográficas. culturais. sociais e climáticas.

O sistema educacional é dirigido 'de forma a impingir. asnovas gerações. padrões culturais exóticos. que entorpecem a capaci-Gade criativa e de crítica intelectual.

Diante desta situação. a ~OPC. com fundamento nas conside-rações expostas durante o ENCONTRO PARA A PROTEÇAO 00 AMBIENTE. est!bel~ce algumas diretrizes de ação que julga de total importância:

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• ....:!..-

i. Defender a democr~cia como condição essencial para aproteção do meio embiente.

2. Discutir abertamente as opções de ~esenvolvimento naci~I

3. Estudar formas alternativas deoe novos métodos de utilização·dos recursos"OVOd conceitos de bem 8star social.

desenvolvimento. atravésnaturais. tendo em vista

4. Denunciar toda e qualquer agressão ao ambiente. consid~raaes ~lS seus ~spectos econômico, social e cultural.

i s. :~nscientizar a populaçio das consequéncias da destrui-çio dOS !~c~rsos naturais. Dem como a degradaçio do meio ambiente.promove-~v aMpla jivulgaçio.

f. '.l1zar-se de instrumentos legais. inclusive de recur-101 jur!di.-oZ'.:ornoações populares e ações regressivas. em defesa -do petr1môniú J~ ~omunidade.

7. Pressionar os poderes públicos. por meio de movimentosde opiniêo. com vistas d obter soluções concretas para os graves pr~bl~s ambientüis que ~stio S8 avol~ndo.

8. Unir os esforços das entidades engajadas na defesa domeio ambiente. trocando informações. ~xperiências. e estabelecendoestratégia de ação.

De acordo com estas recomendações. reiteramos nosso apoio:a) Ao manifesto de Curitiba. elaborado pela Agapau-Associ~

çio Geuche de Proteçêo ao Ambiente Natural,b) A Associação Nacional dos Cientistas Sociais. em sua

lute contra a forma oficiel proposta para emancipar o indio.sio Paulo. 22 de novembro de 1978

fofocando agora a realidade sancarlense sob a luz destes -quase 2 anos de vida da APASC. e levando em consideração o anterior-mente exposto. nos propomos no per!odo de 79/80 procurar dirigir as

i: discussões e consequentemente a atuação da entidade em cima dos seluintes tópicos:1. 'Melhoria da qualidade de vida do homem

.' . I ••••,.. , ,;-" ~~. ..

A qualidade de vloa dO hOmem esté fundamente ligada às co~dições do meio em que vive. Procuremos nas próximas linhas examinaralguns pontos essenciais para compreensão da degradação da qualidadec.:evida do homem moderno.

aJ'Cidade/Campo: observa-se em boa parte do mundo, em pa~ticular' em nossa região. um progressivo êxodo rural. levando o trabalhador de-campo a fixar-se no meio urbano. longe do seu local detrabalho. isto aliado • rápida e desordenada industrialização dopaís• do Estado de são Paulo. especialmente. tem levado a formação degrandes aglomerados urbanos sem condições de ~abitação e lnfraestru-tura para abrigar e proporcionar vida e saúde. todos que são prati-camente empurrados para os Irandes centros urbanos.

As grandes metrópoles não constituem ambiente ideal paraconviv~::cia humana. Deve-se oferecer condições para que o hQlTtem fixe-se no campo. São Carlos deve evitar o gig~ntismo. O crescimento -da,nossa cidade nos próximos anos deve ser submetido a rigoroso pl!nejamento urbano para que não venhamos nos próximos anos a sofrer asgraves consequencias de crescimento' irracional. Já evidentes em outras cidades: poluição. engdrrafamentos de trãnsito. alta taxa Jecriminalidade. especulação imobiliária. favelas. etc.

bJ trabalho: atualmente é c~ a diferenciaçio ou contra-posição de lazer ao trabalho. Este fato. de certa forma. aponta aexistência de um grave p'roblema moderno: O traoelho não constitue·satisfação· ao ser humanos mas simples obrigação. visto que em qU!se todas as atividades (industria. comercio. serviços) a maior1a ~oshomens encontram-se submetidos a um trabalho massõficante e alienan-te. As consequencias psiqulcas e sociais advindas deste fato aaoiarmantes e temíveis.

Além disso. é frequente a insalubridade nos ambientes detrabalho e como se não bastasse. a rsnuneração qUã ..se sempre eaquém do necessário para sobrevivência com dignidade.

cJ ~l1mentação:a prioridade da cidade sobre o campo temlevado a certa escassez dos leneros alimentícios básicos' e a inten-sa utilização de fertilizantes. inset1cidase herbicidas químicos' -tem introduzido em nossa alimentaçio inúmeras substãncias estranhasao nosso organismo. que não conse~uindo metaboliza-las acaba sendocontaminado por elas (OOT. mercúrio. etc). Ainda, o excesso de publ!cidade tem se prestado apenas para ~onfundir a opinião pública s~bre o real valor dos alimentos. A alimentação é a forma mais direta

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em que o homem se relaciona com o meio ambiente. E preciso evitar acontamlnaç~o daquilo que vai nos dar a fo~ção pelo menos física.

. di saneamento básico: com o aumento da população urbana econsequente cresclmento das cidades torna-se necessário cada vezmala écua. a qual t~m que ser consegulda em locais cada vez melslonge. Os esgotos industrials e domésticos aumentam. inutilizando c~da vez mais água. Por outro lado. boa parte das habitações urbanasainda.neo S80 munidas dessa lnfra-estrutura básica (égua e esgoto) -para higlene e saúde de seus habltantes. Assim ao mesmo tempo quepreclsamos pensar empreservaç~o dos recursos hidricos. temos quedistribuí-Ias aqueles que ainda neo gozam de seus beneficias.

eJ moradia: nossa casa. nosso lar. é o meio-ambiente malspróximo no dia a dia. parisso i necessário que esteja integrada ascaracterísticas do meio ambiente local. oferecendo boas condições dehabitação. A especulaç~o imobl1iária e. balxos salários e o êxoao rural tem provoeajo o apareclmento de habltações em condições pr~cárias.

f} pol~lções atmosféricas. hídrlcas. visual: o ~umento do. . '..numero de veículos com motor a explosao e uma das maiores fontes 'de

poluição atmo~férica nas' zonas de trafego lntenso das cidades. Aslndústrias quas~ sempre bastante próximas ou mesmo dentro dos limitesurbanos constituem outra fonte de emanações aéreas tóxlcas e nocivasà saúde humana. Os dejetos or~~nlcos orgânlcos (esgoto) e industriais são as principais causas da morte dos prlncipais e piscososrios do nosso estado: Tietê. Piraclcaba. Mogi-Guaçu e inúmeros outros. Os out-door. cartazes. folhetos em excesso e quase sempre pr~pagandizando o superfluo e multas vezes o noclvo (clgarros, refrige-

I). rantes. chocolates) constituem aqullo que. costu~os chamar de polui-' --' .çio visual. que não forma nem informa o indlvíduo. mas procura deformá-Io.

I) Indio: quando falamos em melhorla da qualidade devida.não nos limitamos aos padrões estabelecidos pela cultura ocidental •mas nos guiamos pelo respeito aos valores culturais de cada grupo humano. Dentro da nossa preocupação com a melhoria da q~alldade de vida do homem. não podemos nos esquecer de um grave problema no Brasil.que é o da preservação da cultura e da população indígena; quase quemortalmente atingidas pela colonização da nossa civilizaçãol as quaissao exemplo de vida harmônica com o melo-amblente troplcal.

~'.".'-. -, --_._ ...•._-_._---._- .....•, .", .' \

- (luta) por um planejamento urbano, que atenda as necessidades deI, '.;' Seo Carlos

- pela preservação, conserJação • melhoria das Praças Públicas - Praça Coronel Salles

- P.8la construção de uma estação para tratamento de esgotos em SeoCerlos e outras cidades da região.

- contra poluições atmosféricas e hidricas- ~to Aves'Integrada S/A

Chempion Papel e Celulose S/Aoutras

- por uma solução adequada ao prOblema hebitacional dos favelados deVila P~caembú e outros. .

- apoio na formação de um grupo que estuoa e divulgue a culture indílena visanoo sua proteção

- apoio ~ too~ inici~tive que bu~quem novas formas de agricultura n~tural, bem como tecnologias alternativas e de baixo impacto ambie~tal (aproveitamento de energia sólica, solar, biológica e outrós).

2. Preservaç30 oa fauna e flora~ necessário atualmente que lutemos pela conservação de áreas de

vegetação natural, o maior número delas possivel, pois o ritmo emque se devasta no pais i aterrador. A nivel nacional a principal lute é pela preservação de Floresta Amazõnica que, dentro do ritmoatual dedesmatamento, previ-se seu fim par~ dentro de 30 anos. Isto

-.em'contar é claro ~om • objetivação dos contratos de risco que serealizarem o desastre estará r.»ito mais próximo.

Em são Cerlos. nosso empenho se dará no sentido de citar -novas reservas de matas naturais, de apoio e critica construtiva dotrabalho da Fundação Parque Ecológico e também da formação de bosques, próximos ã ~idade, como o que pode ser formado no ·Buracão· nofinel da Rua Padre Teixeira.

Ainda outros trabalhos iniciados o ano passado e que pr~tendemos continuar e finalizar seria o de elaborar junto com vereadores da 'cidade uma legislação para áreas verdes em São Carlos, umalegislação que protegesse os esp~1mes vegetais de maior interessehistórico, paisagistico ou cienti~ico, por exemplo'as árvores da Pr~~a Paulino Botelho (em frente ã catedral) que a algun,tempo suger!

E..---'----·--·-··-. ::. t \ .. , .~ .~ f-: "\4 __ ~_ ~

3. Interc5mbio CulturalI. r: enorme o numero de entidades conservacion1stes. ou de

proteçêo embientel e outras com as qu&is e APASC mantém contecto.Acreditamos que um meio antrosamento entre estes entidades contribu!

t' ré muito pare e soluçêo dos proolemas embientais. tento 08 perticul!res como os universeis.

! Assim julgemos conveniente a reelizaçêo de s1mposios e encontros entre os diversos grupos que atuem no movimento amOientelis-te no Bresll.

Pretendemos etrevés d~ um boletim bimestral manter um contecto com todas as associações. levando ~ossos problemas. dando 8

pedindo sugestões.I I

Está·diretamente relacionada com o fortalecimento da APASC.nosso objetivo é pro~1c1ar com que as pessoas. questionem as as~rut~res ~asociedede que vivemos. discutindo soluções para ~ impasse d~senvolvimentalista que v1ve e humanidade atual.

. Pera tanto pretendamos continuar com as atividades desenvolvidas pele diretoria provisória. como e projeçêo de f1lmes. slides •lamenas de ecolog1a. paiestres. exposições de fatos. impresséo detextos. artigos para a imprensa. ativ1dades a serem desenvolvidascom estudantes de I' e 2' grau e e populeção em geral.-Ampliação do acervo fotográfico sobre a evolução urbena de séo Car10s 8 mais frequentes exposições deste.-Realização de uma Semana de debates sobre o meio-ambiente-Nas nosses reuniões de 6~ feira procurar sempre introduzir novosdebates que propiciem uma meior clareza da tarefa pare o movimento -arnb1ental1sta.-Realização de ativ1dedes como mural. projeção.de filmes e slides epalestras em escolas de I' e 2' greO.-tonfecçêo de um periódico da APASC que aborde atueis temes sobre oenfoque ecológ1co.-Utilizeção da imprense 8.crite • falada para divulgação de nasseslutes.-tempenhe pare navos sócios-Confecçêo de certeir1nhes para os sócios-Promoções pera engeriar fundos pere a ent1dede

-Uma sede para a entidade que tenha: Biblioteca, I, Acervo fotoiráUco

Arquivolazer

O fortalecimento de nossa entidade vai se dar através doseu reconhecimento Junto às diversas camadas sociais sancarlenses. eeSS8 reconhecimento só 8e dará através de uma mais ampla p~rt1cipa-çio da APASC nas mais diversas frentes de trabalho que se apresentam.

Para essa ampliação das atividades i necessário uma maiorpartic1pação de todos os sóc10s • uma ap11açáo do número de sóc10s

" de d1ferentes classes soc1ais e diferentes áreas ~e trabalho. pro,pic1ando ass1m também um maior respaldo para a atu~ção da própria d!retor1a.

:~, Quando falamos ~ reconhecimento da APASC estamos dizendolobre a 1dent1flcaç~0, ~a populaçio com os trabalhos desenvolvidos P!Ia ent1dade e 1sso se dará através da part1cipaçio da APASC nas lutas populares. levando pessoas através dessa primeira 1dentificação-~ a nossa luta. a se inte1rarem dos hossos objetivos.

1-1O M E '0 P A T I A

" Na arte de curar, s~lv~~~~~ 1~ vid~,Ideixar de -.p~ender e critr.e.11

, I

Ensine alIO de Irande importância as! pr6t:~10, resolven.do seus distúrbios ore'nlcos 'Jtrsvés 19 HO~~CP:''!'!.~e tireSUIS próprias conc1us5es a esse respeite.A HOMEOPATIA é ngtur~l, suave, sem efeitos m~14~1co! e s~bretudo eric~,.. Em SXO CARtOS, visite 8 HO~OFA~~~.~A?M!CIA HOMEOp1TICA, 8 única na cidade espec1911·91~ no ~smo.com laboratório de manipulação próp~ig eQaip8~0 com osprincipais medicamentos rarmacopeicos e b10ter';lco~ •

.r--"'-"---'_~4'-,---_.,.. : "'.. ~, .. . ' .

,.• ~~. : : _ .. ~ . J _~. __ ~ •• _

Balanço de Atividades28/5/77 4'28/2/79

A "APASC" formou-se da união de pessoas (sensibilizadas com4 problemática da degradação ambiental e consequ~nte degra

dação humana) que estiveram reunidas por ocasião da Semana /de Estudos Ecológicos~ realizada pelos alunos de biologia/da Universidade Federal e aberta a toda comunidade sancar-lense.

Esta "semana" realizou-se no Senac, que foi o local queaed10u todas as outras reuniões para discussão dos objeti-vos da entidade em formação, elaboração dos estatutos e aprimeira Assembléia Geral,que aprovou os estatutos defini-tivos e homologou os nomes desta direto~ia provisória.

A diretoria provisória incumbiu-se de preparar as elei-ções para a pri~eira diretoria e encaminhar os trabalhos /que' se colocavam para a nova entidade.

Agora que as primeiras eleições estão marcadas para dia6/4 vemos nossa ta~efa prestes a terminar e através desse/boletim informativo procuraremos fazer um balanço de nossasatividades para submeter à critica dos associados e dosque se interessareIT.pelo assunto.,

Gostariamos ainda de esclarecer qUê o verdadeiro paFelda diretoria provisória foi assumido pelas reuniões semaft!18 realizadas às 69 feiras no Senac, onde as decisões eramtomadas de acôrdo com os participantes.

Atualmente estamos com 82 sócios, que são moradores desão Carlos, Marília, Garça, Mococa, Araraquara, Pirassunu~9a, Itapetininga, são José dos Campos, Embú, Assis, são /Paulo e Rio de Janeiro, sendo que a maioria é de são Car -10s e as pessoas de outras cidades estão empenhadas ed dl-vul9ar os assuntos referentes a proteção ambiental e na m!dida do possível formar nessas cidades outras associações/que tenham em comum com a "APASC" ser uma entidade civil /que una os cidadãos interessados na proteção ambiental. P!rassununga e Itapetininga formaram suas entidades com as /quais a "APASC" esta em contato.

Nosso sócies col~boram com 120,00 anuais e tem direito/a todas as publicações da "APASC", bem como acesso a qual-quer atividade que estejamos .es~nvolvendo.

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Nesses quase ~ anos realizamos urna "semana de arte e pe~samento ecológicc" na CÂmara Municipal em colaboração comesta e com a Prefeitura Municipal; confeccionamos 39 painéisfotográricos sobre a evoluçio urbana de são Carlos e prom2vemos exposição desses painéis em praça pública e recintosfechados, projeçÃo de fil~es e slides e promoção de pales-tras no Senac, escolas de 19 e 29 grau de SãoCarlos e sãoJosé do Rio Parde, visitamos o "Salto do Eântano". e o "Bu-racÃo" em fins de semana, oportunidades que aproveitamos /para conhecer a região ~ trocar experiências; nossos asso-ciados do Instituto de Edur.açÃo Alvaro Guião e do Oiocesa-no mantem murais nessas escolas onde se divulga a "APASC"Ie assuntos relacionados com meio ambiente, apoiamos a Associação dos Engenheiros na realização de um ciclo de pales-tras sobIe planejamento urbano e in~erferimos junto aos vereadores q~anào da alteração da lei do planejamento urbanode são Carlos, porém sem sucesso.

Em terffiode publicações es~e é o 49 boletim informativo,imprimimos junto com o Crutac 6.000 textos sobre a poda dasárvores de José LutzeDberger que tem sido distribuido na cidade e enviados a outros entidades: com o Crutac. também im-primimos 1.000 textos esclarecendo sobre o que é ecologia,1proteção ambiental.e a APASC, Dmprimimos 2.500 propostas de.ócio que é distribuida a quem se interessa pela "APASC", j;

1.000 textos sobre tecnologia elaborados pelo Movivemto Ar-te e Pensamento Ecológico e impressos em colaboração com BCâmara Municipal, impressos sobre o dia dê árvore em colab2ração com o OCE-UFSCar e distribuido nas escolas de 29 grau.Os "10 mandamentos da ecologia" em colaboração com a gráfi-ca ·Verrnelhinho·, SOO cartazes distribuidos pela cidade como tema "ambos nasceram livres para viver, abra sua consci!ncia para não continuar matando", 200 cartazes "desenvolvi -mento sem poluição" que convocarrn para a 12 hssembléia Ge -ralo Imprimimos também o texto do José Lutzenberger "Ecolo-gia, Sociedade e desenvolvimento" (500 exemplares) e folhe-tos sobre o dia mundial do meio ambiente (5 de junho).

Por ocasião do dia mundial do meio-ambiente plantamos 3árvores "magnólias" na praçá Coronel Salles corno lembrança/das inúmeras que lá haviam e foram cortadas.

Part1civarnos C~ várias l~tas pela preservação do Patri-mônio da Comunidaãe tais como "Cauca1a do Alto x Aeroporto","Amazônia", "Praça Coronel Salles", cor.tra a tentativa deiconstrução de. novo Paço Municipal de são Carl~s no Largo Ibanta Cruz, apoiando a luta do Vale do Paranapanema cont~aa Braskraft, pela preservação do "Buracão" corno recanto natural e de lazer; levantamento com moradores da redondezasdas. indústrias: "Metalúrgica Cruzeiro", "Frango Ito" e "curtume Monterosa" que reclamaram da poluição dessas indústrias, sendo que a APASC oficiou a CETESB e divulgou com a imprensa local.

Encaminhamos à União Internacional para a Proteção Ani-mal as denúncias feitas sobre as condições que se encontravam os animais do Parque Ecológico de são Carlcs.

Recebemos 1gesislação sobre o meio ambiente de algumaslinstituições e livros da FBCN.

Promcv~mos concurso para escolher o símbolo da APASC eacertamos to~os us papeis buroc~áticos da APASC, tendo feito ingerências junto a Câmara Municipal para que fossemoslreconheciàc ce utilidaee pública.

Alugarecs por meio ano uma sede para a APASC onde guard~vamos nosso material, porém por falta de recursos financeiros tivemes que deix~-la e transferir o material para a e~sa de alguns sócios.

Temos publicados artigos eomo colaboração nos jornais Ida cidade, em jornais da UFSCar eem jornais de cidades vizinhas.

__ o _. _ •••

participamos da Campanha Contra a Falsa Emancipação doiIndio. Estamos participando de uma comissão de entidades Ida cidade preocupadas e.encontrar uma solução para os pr2blemas da favela da Vila Pacaembú.

Enfim, podemos dizer que nestes quase 2 anos de atuaçãomuito foi feito para uma associação que apenas esta com~ -çando, mas perto da grande tarefa que temos pela frente, ofeito serve apenas como base para novas e mais arrojadas Ipropostas.

Consideramos que os caminhos a serem seguidos pela ent!dade começam a se tornarem mais claros; fazemos votos quea primeira diretoria da APASC seja bem sucedida nesta nobretarefa que lhe chama,

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I :~

iÀfcaide convoca reu"nião para tratard~gravíssimo problema sócio

o vice-alcaide, Rubens Masso-: cio, que foi o primeiro homem de São: Carlos em contribuir para o apareci-

mento das primeiras favelas em norso meio, gerou serlssimo problema,que agora precisa ser solucionado, deforma a não deixar ao desabrigo pes-

I soas humildes que nos bairros Jar-i dim Cruzeiro do Sul e Vila MonteI Carlo aliconstruiram seus mucam"I bos, por ordem, não sabemos com queI aufllrização ou direito, do menciona-i do cidadão.L. ~_

O assunto foi levado ao conhe-cimento do pOvo pela vereadora Mi-riam Schiel e provocOu amplos deba-tes na última sessão camararia, quan-do se lamentou, inclusive, pelo seuex"Presidente, p~I.. Jamir LeôncioSchiavone, que a autora do requeri-mento nlo tivesse proposto a consti-tuição de uma comissão de inquéritoparlamentar, para apurar responsabi-lidades e consequentemente punir, pe-los meios legais, o autor da angustiantesituação em que se encpntram, pre-

 •

eCOnOmIC(1st:ntemenle, perto de 200 pessoas,dentre as quais estão cerca de 116menores, de diferentes idades, correndo o risco de serem despejadospor ocupar áreas do Municlpio, quando a isso foram levadas por promes-sas e mais promessas de politico quenão mede nenhum esforço, até mesmoo ilegal, para se auto"promover jun-to ao povo, ele que tem maiores as-pirações.

Naturalmente, por ter sensibilrzado a ·atenção dos 'senhores verea-

,I

dores, que tanfQ reprovaram o meio consequente, nlo poderia ser sedde que se utilizou aquele polltico pa- a convocaçio de uma reunião DO SIra alcançar os seus objetivos, que de- lão Nobre da Pftfeitura para se ~liberaram aprovar por unanimidade o tar do "grave problema de ordemrequerimento da combativa vereado- cio-econOmico e habitado"alra, o alcaide-mor não tinha outra es- bairros do Jardim Cruzeiro do Sul:colha e precisou tomar providências, Vila Monte Carlo, desta cidade, ~r.para salvaguardar a sua administra' do pelas Javelas existentes naqurição, que mais uma vez se viu arra- locais" • :nhada, por quem deveria ser o pri- O que, todavia, S.Sa. ornftlmeiro a preservá' Ia . foi o porquê delas terem se originadJ

E o que restou ao chefe do Exe- Essa reuniJo terá lugar no rlcutiv_o_,_p_a_ra_te_n_t_ar_c_or_r_ig_i_r~a~to_tã_o_i11_-__ 1_9_,_à_5_1,.6 ~:: J

Tem-se falado muito nos últi-,mos dias, principalmente na Univer-'sidade Federal de São Carlos, na ex--tinção do Parque Ecológico. Muitos

, professores chegam mesmo a Concor-dar com tal possibilidade. oPr que?

· Primeiramente pela enorme despl.'SaI ('ara manutenção do mesmo; fala-se, que é da ordem de Cr$ .......•· 10.000.000,00 anuais sendo que 50- ), mente com a alimentação dos ani- i, m;)is sãl) disflCndidos cerca de Cr$ 1I 60.000,00 mensais. Em um paIs co-

mo o IltIl;SO onde I) maior problema'social cll:lIinua s,'ooo a fome, nãopode-se dar o IlIxo de tão vultuososgastus na manutenção de animais.

Ademais, alegam muitos, aquilo nãopassa de um janlim zoológicn em

" • Ip~qu~l1as proporçoes.Os argumentos são fortes. De

fato a despesas é um acinte ao povobrasileiro e de São Carlos e, de fattl,subsiste na estrutra do Parque ummini-zoológico totalmente, anti-eco-·lógicQ.

No entanto não podemns negartrês anos de trabalhu e toda verbajá empregada para rcahz.a~lio do ,mesmo. A área se bem admmlstrada 'pode vir a ser muito provzitosa para "

· a comul\id:ide dl' São Carlus, I.'SpC-'cialmente como: ,

- Local para estudos I.' pcsqui-'sas de cientistas da Universid;)dc Fe- 'deral, principaln~nte do Depto. deBiologia.

- Arca dI.' Jazer par;) uso da

o Par~I'~Ec~'Qeico.;,~~\1~ S~V eii~w~~@?a.

população (mas, por fav,,?r, ~Cllla.lra-l'i>.:s turisticM COll1l)IInll11alSenJau-I;)dos) ,

- Area de produção.e pcsquis~ ,em agricultura org~ni~a. - sem ut!- J

lização de adubos qUlnncos e pesh- I

cidas em geral - e tecnologias aI- •ternativas: projetos de produção ea- :seira de melanul, fornos IOlares, ele.

- Area para onde professoressecundaristas poderiam levar SI.'US a-Innos p;)ra ubservações práticas na

'área de ciências naturais e educaçãoarnhil.'ntal,

Para nlio onerar, em c.l~maslii",os cofres pilhlicos; cujos fundos de-veriam estar senw) utiliza~os paramelhor ia lia qualidade de Vida da po-

pulaçãu - e não sendo gast.l em 0-bras como "rista p:li"a ~vfl1das lf;~earters", por exemplo - () ParqueEcológicsl devI.' husc~r a~to,sustcn~ar-se financeiramente, IStu e Imposslvela curto prazo, mas a médio e a 11.\0-1',1 prazo não é incablvel a propos-ta, Ela pode ser ,conseguida ~~I:lpmdução de agricul,lura orgânll:a,produção dentlfica via UniversidadeFederal e naturalmente rOi uma.drástica redução nos seus gastos.'

. Não há 'necessidade de animais cn- iijaulados. Só uma medida como ~ de'desfazer dos animais presos el11Jau-las, soltando-Ds em reservas biológi-cas, ou, transferindo-os para outrosjardins zoolllgicos cm l1Ielhor~s ~f)~~

diçõcs, já s~ria enormc contnbmçallpara redução das dc~pcsas par" ma-

,": ..!."J/l~N 1)[

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'_llo~~'i1APASC TAMBÉM ~•. ' ft,).~ .; .,~( tt~~ ,

.j9:~.CONTRA CEMI'TERIO!'nulo Jo~ Bt'nalvl 'Mandnl. diretor de publiea(~. 6real verdes ,práticamente Inexistente na re::ião) e d.

"ta Auociaçio pari Protctão Ambient.1 de Soio Clllos, espaço para rt'crcaçio. 1:I-'é\tenontem na redaçlo do "Corrt'lo" tr:l1Í!ndo uml Um fato que nos ff7.. quase de imediato, rejeitar a .li ",inD., onde a entidade manlfcst:l-se eontr6rla • Impila- intenção de ampliar o cemitério, é qUI!cita é uma solu-~~ do Cemitério da VUI Prldo. Ção tempor6rta c plliatlva. No máximo daqui a qualro

o') ..' I . ano. e novamente estar-se-ã procurando árcllS paraI :.!!.Ol SC'eundo o que diz Manclal, "a periferia di! Silo ·Indala(ão dos nos~os mortos. Enquanto qUe criou-Ie '. ,;t~tlU'los • multo carente d. 'real verdes, IeJldo Impor- um problc·ma definitivo e, práUcamente In.olável com a ' ~

.ft! ~iritl' no momento que.OI moradoree reivindiquem pra- 1,llIaUsfa(io dOI justos .nselo. da pópulaçlo que, mora ~'),.~ •.dllr-Ihes todo apoio. na construçio dea_ poli real- próxima' localld.de. O. que .11 Ir50 repouur por to-'

. :<~ia\e.lCrio utilizadas e conservldas pelOl mor.dores". da a eternidade 'untlr--e-io, natural~nte, Ine6modos','""~: ",.~)J-11.~tr.nscrevemOl Da Integra a DOta da APASC com I situação de "tarem ocupando um lugar reivlndi- •~•.• ;~~IO."!.l.II~.•~ ·Os vivos. 01 mortos-:. cado pelOll vivos; pells crianças, pelos Jovens, Idultos.

velho., .pAssaros, borboletas, ete. ':,.:,~~~: '.~i;~~~~ÍIIo~ II~illfncla do Ir. Antonio Mauei A solução definitiva para o problema de espaço. "eJiI. ,ellll~ar .~ .m.pu.çao do cemitério da Vila Prldo. par. cemitério em. São Carlol, parece-nos. J6 foi apoD-, • IstlverAo, ao local' e Junto com 01 moradores du pro- lida pelo próprio prefeito 5r. Antonio ldassei: delati- .,

••' ~''''\d~~~",pu,dem9' v~,ncar. a Justeza da ,"0111 des-·. ' vaçlo de parte da Are. do Aeroporto Salgado Filho. j6..,~~r.~Jitra .1.~e(.ls'~ ~'ª.J."refeitura. . completlimente anacrônico (melmo porque encontra-lir._~...N• ..,. on~'."',~feltura preteDde ampliar o ee- muito próximo a cidade), e ampliação do cemitério Nos-

• A •• ..,m1JirJo'.·~~·lJÍoradp~r.planeJam uma. bonita e Decell6- • 8e1lhora do Carmo. _....:-;..,:-•...;~••!J,ra.ç,coD:\ .nstnllDentos. para.laier ••• criançu, 510 CarlÓIIprecisa de mais 'relll verde •. hrece que'\..' . }!InC'ql.e .mui~ .~, ..• ~o. ali", eoDltua na' po.ul multas mas, tio Ipenu as que existem no cea- ,. •. ;'Ylnta.· fomeeidaa pela JmC!bili6rla que negociou 01 ter- tro da cidade. Observ.ndo um mapa conteDdo' todá •• :" _,~~!9t.~quel' ~l1jq •..Oa.JIl.or.Jdor•••• tentem ludibria- 6reas verdes de São Carlo. tornasse evldcnte o fato de J. ..~..~ ..."1•...0. terrell9.lIYe ',a pz:efeltura pretende utilizar, que nu periferlu, prlndpalm.ente dos bairroa pobre ••

• ~'.Pt~enc~ d. lalo li plclpall4ade • ta •• pode dllpor do Iáo pouquilSimas a, áreas verdee existentes .••.••.J:t~~~."':l,melhnr.mlD~ir&que lhe aprouver. Os morldores do local jA •• propuseram, Inelullvê,\.....i'; ·..J,u;clam~n~ 1I~~ ..lIl'lltlJlo,.IIu.eYoJt~mos a IDII1t1r ajudar Da construção da pr.ça-plantio das 'rvores. for- '....:lr~.':pr.ereitura.llunJc.·IP~, .•••. a ",.Iher "'Inelra·. mação dos cant.irós. etc. - um trabalho comunlúrlo•• :.~~~.It .•r .0.\Wrl. 6.·COIIl •• ,lmpl.ntaçlo de uma irea que serll maravilhoso e o' qual a ApMC procUra lDceII-.....ti'(I!lW}lu~.~'~~'~t!J.lder.:~IIl~~ •• Deeasidadea de Uvar...· .

Foi» . .-------------Carta à RedaçãoSENHOR REDATOR,

CnIo_ di pr""rirlÚ'" ••r..aara ••• bairwl ,lll."IQI,1 ,UdOI ••.-çadOI • tk~r,,'m senl um 'r«ho••• lliaal da •••• DomiDlot Ma.~.> •••••li~o ••••• A.Iollo c••••••••Na •••• riqut Or~KUI'i.ftll,'f!lara. a-••••••• di _ lUIl.isAio lider.da por••••• _ 1:••••••• bo",o ••• inado •••••••••• li>S.. I'••lo~ú que .10 ••••••••• aquek u'iJo trc:eh~ de naa u••• llti/ilado pela ••••••••• daqucIn._cIos. sendo o lroi"'o mais_ .••• "'Iie" •••••~ •cIdacIe •• ftCC-_.

A •••••••• di •• ;.. daqDtIe Iro-tIlD de rua existe um terreno wap.llIuplar; • ao lido aquordo da•••• fica " .um 1.1ft" do WIItt-'lIrIo •• Vila !'r.do, O at•••• -..- ••• to. tr'lur ••-s inl.l-:' que• P,ch:... 4••• di ampliar 11 ecm~'crio oaapIIn" "'. aquele turt'ftO, inutilizando a rU.a .•• di."'" canit<-rio o •••••••••. O.•••~ ,•• .-diallle abaixo auiaado Iui to'••• poua> Icmp", ••• ra que 1Iio. oupn I

.•••••••• o lredlu de ••••, • q••• o ler' I

. _ ......, lItiliudo ••••• lIJIIOan:a de•••• tio __ .iu •••••• ih.ll li'"

••• diIp6c CIe -"tmoa pr"o ."'1 •••.••• rqpüeL Ou cu.uario> •••• 10 p,oJudiCaoIoa 01 propriolá.iús C1e••• II>';-Ia" ••••• inMivds. trudldo di'"cuJdadcI • toduo •• .......,," duIbairr., prejudiundo o IDOv,crwntu deviriul C'UIIIII'a.lriul ntab.:k-cidoI C'•• dificul_ as aiançll •••• forfIlI"DWII auIu _ •••• Ilú ri•••,o ••••_ Vista ••••• flUe •••• 1IlIwUI••• fORtldo ,r •••••••••• ta. __

•••••••Na 1lC&IiIo. o Ir. P••fcllD prç.

_ ••••••••••• o pedido •••. .,ia ••••dicIo. PDró. "C"", .."....,.. 011.'_ •••••••••••••i••••lo. ..........,..claa CUIIlrariaS ••• ".-·Iido. Em lIl-••• iMUntia .,.1amoI ao diJlnia-.- jumaI _ .,.10 _io deciaiYO •fa_. 1a1Da.

C•••••••• ...- qradeam. ••• Iioca ajllCla di V.5 .

510c.- "di •••••• 1179.

""" e-lsoIo~aIo f.-doI Qan:la

R. Ilcnrlqoa Grqor~ 1150, 8. Viala- •

o muro .está de péo __ tkllmltando • .,.

MIpIIacIa do Qemltérlo 8aIúO AIa-lDaIo •• P;4ua •••• ele~,

,.,. 1IIpa. 110:0 pie p...--.a derrota CIoII.__ ele_ Viola n .ua Iv' •••• !lá lIl:Úll CIo• _ para lllIo 110 !«.l1 lOJa _tndc!a _~. u... para •• ,-.dOrr. •••• .I&:n!wl::a& CIo ter_" .ue •••• IlIúmOll e lutuDos

'paios __ Ia:-a. aIItcmaalI:M 1Ik6ri.u JICd& ~ 4(UII~ ••• llO".&::4Ja.

••• pWClro luear. llI:a__~~ Il& Fl:I~'" •••••140 011In. u!GnJo J,ltI,'ocl, o I!r. Rubtnllaa......eto e .~~ns ft!«dort.a qu~•• oe J:IIIbr3J!l cio ~... r,' """.•• ~ de 11t16 01=.,' ~i::r.,maqw.c pn.mt :t-~","IR ncz!c ttrr'C'!!c)

tIuld'O co;·atru'r um., prr'"ol o fi •.••tenar O 1t.rc trtn-dto d:!:r re!''''o~'.' .o:! aUllmm cio k:c:'1. Em 1:17:1elqr.l':'mllHC' i.•prrnl""" • ll\I-••••• • obr3a ele .1Ilj):~ do-u:trla, r.r.a "J:.•:-r cblldo AU3t.clla _ morodoau.

ElIl KJ1l"tlo 1u!V•• - •~ • p~.:IeID~ocIo DD preIt!to eo-\ra O ft"'O. .UUICIo. r•••ta:JI~an. ,rerdW • pol~Jt 4090-

"'1:1 a"1r •• rotO, I: b~oInou_a: 1IIIIlítIarw: 1'Orq" em __tpoea toe _lllm o IIlbD<roCIo ••••••• fanM na CklDcIe. 01eaIIeb'l. •••••• , ~ lmD lIiriI•• ~ Ibm f!!CaU&aDcIa •~ ~ •••• cl6'clloo ODS

. ÔDIII CIo •• pr6pr! ~ tr:IJr,!Jlo?II1IIWRoIro lu::v ~ ma

••• plaIl"- 6n_ r- 1freftJIllh • C.l1ft &twdclJl3I, 10__ jarIIaI& r6dlQo • teleYlolo -•••••• _ ld ••• ecIoo e jaI8OlI.laia •••••• par aauJba ar-

nu..a:.s 'l_ _ etISUlIU'aJII a _-, inoll1or -.. e:d::de. __ ,amlllQS o 1n1lll1~'llS e prlllClpa1IDCII&o IIlI>SOJ YlZillIIOS, _ _

.uab IUtcbI"- po.:or _lar )Ia"1'IlIQ/\'Cr out,os prubl.- .

B por 11m, Clbemo,; 'IUO fDt_ ulI~io que ICO••••CWUdruar_ m:.is de WII UIIo IIS InlcDç6eacio "",!ello ~-m~;::,&truil' (I _1-téJlO.

AJ:Ol'l <.I1.b:!DtQJ qW1:.'.... ••fo:".. qu. o.Ião elo lado ~ poIItJcoaqUJ c"l;mam o po9O. Pu,eL:JC!D03 q1.!c: pr«;~.lJIlCU DOS UD1r• IUk::' p:-....·mu$. Ir:r:L que tedo. Í'~to cOU::!c~r..l:lJ faD.:'f cm3. corrcnLefcr~4; qUf; r..;:.:: p.;.nn:b 1D3.!& qurp:s~:; cr.~ ":i>':> :;r~.nl elritouno"t:.mzlIfo;.'. fJ.u~ dio lJ..:rmJta nulartl.~e:I:. )1-'') c o (~1:h~:ro m"aftl •lt!~:n' re\!('''\ f '.:" {; •••I-U 1:0 POt'!'r

"",,1m .,. blllitos quo h"ll:t11vJlD •1U~t:l r::c·; '!ln~V"d3 m'·lnor.

S'm •• muro (",lã do p~. Ma•á ':lftb:!m (.<\o.mos. E todoSfI6',. eom tcd •• r:,,"o aprcncle,"ClSr..- Iut~. cl:>qul Ffll frente 10"-b::rnl'\l1Ios I~r~ q••' mu!te.. coI·_, contn'ia' ao, Intcr,..ea elapopuIntlo, n30 ~!J:I.

Kl':lE'>1l~IiOP"J'Il'ar _lIn_lia Justiça. te:nD\ ""!Jt"fSno:" que1Il:'lmO com a elc:or.ro e'" Ileln .1\0r.ea. I:ll'. Ílclmn c!e tudo, -::ro~. vlt6rls C'f' em tudo lJII8c1lf!'l!dom"" c!..••.••nte a lula. • CIlte .rremn-.ado d<""1l\OS _!.:\r punl noo:o'1S fi1b ••• e .ml~ \'llIfll ..-

todo. ,., uum M lul~ prt' --,.....se O"d. a ~lD~ e os di-ft!taa dO p"o ~ ••••••cIao

C...-.ea ela •• Ybls d)

A-"';'n-II\-S-C-';;"'-~Ãs'!"-' s-o~cl--A~çx~o~P~AR:=-:A:-=P=:Ro::T;;E:::ç:Tlo:;--11-\ AMBIENTAL DE SÃO CARLOS

, .•. 2 ••.•••.•• /000t. ti

DEBATE SOBRE· f{ IN"STA~AÇAI1" OE" "USINAS NUCLEARES

NO BRASIL E E" sAO PAU~ORECONHECIDA DE UTILIDADE PlJSLICALEI MUNICIPAL Nt 7843CAIXA POSTAL , ••

".510 - SAO CAltlOS - SP

cêmare "unlcipel d. S. CerlolDle 25 de Junho deUSO às 201

: O processemento do Urânio pere leraçio da enerllanucleer tem como um dos seus eub-produtoe o Plutõnl0. matarial r~dioetivo altamente perigoso e saúde humana. cuJa m~le-vida C is-to é. o tempo que leva pare metede desse meterle~ traneformer--.eem outro meno. radioativo) i 50.000 anoe.

- O deetino • ermezenemento deeteperiloefeelmo Li-xo atõmloo i um sério probleme pera todas ee neçõee que de.envol-vem projeto. nucleares.

Há pouco tempo.o diretor da Fletrobrés declarou Ique Q Potencla~ Hidrelétrico brasileiro val de 270 e 500 mllhõ ••de ~w. quantldede que esté elim des nossas necessldades. não obs-tante exl.tem fontes alternativas sequer estudades pelo governo.

- Foramconflrmados cálculos segundo os quals o cu•.to do Kw/h geredo em uma uslna nuclear será pelo menos tre8 vezesmals caro Que o cueto do Kw/h geredo em ume uslna hldrelétrlca.

Técnlcos da CESP temem que toda a verba dlspon{--vel para a v1abll1zação de um projeto que coloque em funclonamen~to cerca de 100 mlnl-us1nas. aproveitando pequenas quedas ~éguaem tndo'o estado de são Paulo. a cus to creca de 100 vezas mai. "b~reto que a energla gerada nuclearmente, seja desvlada pare oons.truç~D des Us1nas Nucleares de !guape e Perulbe anunciade hé pou-co Plt)o Roverno.

-Dados recentes da Nasa expllcam que .xlstem ga.e ••ub-produtos de flssio nuclear. tais como o Kr1ptô-

8TIr 'tr '1(el\'&rtto~3"3;-aI ém(JlJI1TrHf. ""tItrs"S'117fI11"&I"IhD"t-e;-' nic,po-----~.

ser retidos Dela slstemede 'lltre~em e~lste"te. "\5 C~"tre15-- --- . -. -. - - .

sendo la"~~dOS na .•tmo":"era de forma rotineira. contamlna"'do ir-rQvers{vel",ente o .IIn'''onte.

--- Até hoje nio se sabia rnrretamente o número deacidente. em usln~s nucleares do mundo. Isso pois. a dlvul&açiol.dos me.mos neo lnter.ss~ à Indústria ~ucI8er •.~a UR~S. por exem-plo, ocorreu em 1958 um acidente em u~ depósito de Lixo.Atômlco,ao sul do Ural. com a morte de centenas de pessoas. sem Que o I

mundo. 8 nem os próprios soviéticcs. ficasse'" sab8n~c.O acordo nuclear 9rasil-~lema~~~ ~=! realizado I

pelo reg1me. A naçio brasileira néo t'M compro~lss= =~~ essas n~gociações. n pnvo 8s~ã alijado ~a tomada de decisõe! c=~e se niofosse o cust.~dor dos frutos d8SS~S decisões, e nio f'~ss. 9m úl-tima instância. a primeira v{ti~a dos possiveis desastres atômi-

If cosoI •I ••.••.

I ~ -I "ao rllap:ir-I nuclear).

II

-I~8g1nem o r,ue av,uftrda o povo brasileirc,.e I

(palavràs de Otto Buchsb~m. pioneiro da l~t~ antl--

.6.6.6.

Em vista de todo esse quadro é que a APASC (Ass~claçeo de proteção ambiental de Seo Carlos). vem convidi~!o aparticipar do debate acerca das instalações de usinas nucleareslno Brasil e no estado de Seo Paulo a ser realizado na Cimara ~u-nicipal de Seo Carlos dia 2S de Junho às 20H.

DEBATE SOBRE INSTALAçAO DE USINAS NUCLEARES NO BRASILNÓ ESTADO DE-SÃO PAULO

DIA 25/06/30 20 HSLOCAL: CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS.

~ B;t~âe~S)p~r~'n~v~-diretoria da APAS(

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A Asso:~lIção para. Proteção Amb.!.·~ntal deSão Cnrlo3 V<:ZU rcaliz:tndo reuniões ubcrL.as a to·dos Os Inwrc.::.;adus nos Frob:'.:.ma:) cccló~icos deSão Culos. do Brasil e da. Terr.a., todll3 I)S quin-tas-tclra.s à3 20 hcres em Sua nova sede Da ruaAqul-d.:tbã. 1442 (próximo a Éqoola d~ Engenha-rlIl). tno

Nb; pr6xlma qulnt.J.-tal.ra - 141!ISO -. 00 mesmo lcUJ , [·~ri re.::allz:da uma Assembléyia G~ralpara apre~cntação de chapas que queiram cor.cor-rcr nas cldçlS~ pua r:OVa d:lretorla. As deiÇÕbtt:omrio. a1nda este mes. DOS dias 20 e 21.

ft~~IXO· nSSItJnDD .,Éxcelentl&:tmo Sr.General João &tista Flgu:!h\.'"C!o:. Presidente da República .Federativa do Bra-l

Aluda estio vlV03 em nossos corações os hor~ e Q trll.g6dla 43 Hirosh!m3 e Nagnsa.Id. ondaat6 hoje OS efeitos radloatdvos da bomba atomlca.$cp1c;1id&' em 1945,' conl!Í1c.am mat....•'dct·. tttndll"estA trde8. em no~ mem6ria a falha técnica em'nlree Nlles Island (E.U.A.). que hâ p~uco tcm,PO .eolocou em pânico torla a populaçio muncUal.

Implantar usinas nucleares pr6x1r&1asQ gran-des ~tros urbanOJ como Rio de Janclro e Sãof11:ulo 6 como lnsts1a.rmos bombas no ir.terior denossaS res!denc1u. Tcdo hoDl<!m independente de,nça. reJJgilo. DadonaHdadc. ideologia ou prof~do - seja Judeu ou negro; norte-americano, &O-Ylétlco ou br::I3iletro; marxista' ou capltnUsta; jorJJ&1Jala ou p8.'IC&dor - tem instir.to de ~.elo b1016g1ea.

Em nome do ~ futuro e de lIOt'l!:OS filhos.lfmos por meio deste rogar que VOMa ExcelencJaeDYfde todos os 'eSforços contra a Implantação do

. Pl'ogreJIl3 Nuclear no Braatl.

o QUE VOCE PODEFAZER PELA fAI

••••••••••• _ .0;••••••..-- •.... "" -.._ ...lml1lllo"-'" por_Ido'':_tal _ IItI 110111_ iIIo •••••• _I •••••••.•••lOje: __ ~.Il1o•• ...- _ • ....u.bI~,•- •••• JIOUnI . ':_11

• __ •••• lIo" ."'.. •• _ •••••"" 1Ilf'Od~or •• * I.portadorn •••••••_ /VJllC1otDO "'or k>IaI •• • •-. •• lI6l..... Lot. _......__ - -.oçao paraProt.oçIoAm'_I •• •••• eatlol.. _Ia flIlçIo.

o que você pode fazer pela paz"noas •. ~ "M't: h' no "~Ifto

lD&elro ceda •• _4 li pr•.••• J;m ••• cN.ftatl •••••• real U'111&"'IUf,'O••__ • UDUça de •• DU\'a • ..erra_.00..- ..0·...11._.-- .. .....-:

- •• poloo - ••• -- •••"_"_"1_".li•••por..-.

- __ IItI __ iIIo ••r-

•••_ I •••••••ou "11: _t" .•...dá-"'" •• ...- ..-. _:I ••••..••• _ ••••• JIOU": - •••••••.

- • f1_lN _ • __ ••••• IID------para"""""'~ _Ia. ,._ • tdue8çIo ••••• __ •••••• Il1o,-por-_.

-'" pita ••• _ •••_c;k do-_ •._-_._.-para--~

-. _ ••••_ ••••T_I lIUoI ••• pito - - • tducoçJo.1f_ •••lIrIIIIlCtt-lIOl""O-__ o

- .•......... __ ...•......_ •• ~ _na paraftI1II,.r._"_.

'_ • umaa IIIIdtaft'l niltl'ftl,.. no--,..- .....- .•........1lu ••• R~lma - __ •• IIIDIllII_ • lI>l.••••••• _ ,..... .Iot•• da ndiaçIo - • qwe dana ••••r•••lImInar • "'" •••••• • ••••• et... ••••Je_. .- ..- ..•---_ •• UM lQIooOIo _ •••••••••.

••.•.•.••••• ao .., •• Itm06tc~.' -.ri_~._- •••• IU·-.. • fII1IllIbIltttaIdc- dt ,:-to. - .•...-"" ,...- ._.- ....• "" .._ ••• _ •• lNluta ••• .....,b « •••• lit •• lMat •••• _ "..•.•..-_.

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U••••to: orandoIm_,• ·0 prot.:.naa , WCa'lIcO ••• catM I.QI U·••••••• ~_ ••••ldIrtm·. 0lOI-_ •••••ootU ••••_ ar_ ••••.•••• lIclI polo OIIY01_ '1".11000 _.tumanu • 8DCIal'.• ••••••• uma. dIo maior ~ ••~n que • crt'lt"ftte IIUUtartaa·elo cio anan'lC) • O .Nm~o de um po"'der dtMNt:o:O. J."all wll\O, qui' eJ1aID••• cUm:ll •. 1nIe'1\lranç:C I medo. era-fI'W''''' o ftC"e:ÔClocom atrtIM , Juc'rall •.., admrfII.e para una poucos.• IIt«'If!'Pr9 bou.. evtrrP"'. nqueoeDdo• Cll~"ie bUm:lna de mudar a RIabfstdrla ••• I'umlr o ..". desUno Ofuturo JIOdt' t drYeo •.••r ew:eren\l'. E' •••aiftl ••• m1P'ldo •. pu.

a PAZ 1ll1'SDUL DEPEl'o"MIIADA .OA VOST.\Dt: DE l'I:IiIiOASN:\IPI.ElI OOMO voa••••• tnI DÓI __ ••••• • •••

•••••••• Ia rutrro • do PU. dt amor ida cldlO._amo 1IIo. _ au•••.tlro • oc'k" ••••• dIo lorma •• ..-ftIl •••• ""mos _ Au\m cnmo DOeaaa·n1k4 ",.m;.C'!OMII. em IIOUD d~ •di.. ••• ftD$UI ddadll. o uso da no.Itnr'ia aio lOlucaona • probl.mas

Prafu,. •• Informar. dlw.'''' • de·'b:1trr eaa_ qUf'ltõe. ftDI INPOI anIqaall YUt'f rrtenre; UIOCi~ ele mo_,t:'. '::.11••••••. II"Jd .•••• Ju. por•tWoo. t1vlln....

Apnt. t.C movlrUI'IUett QUI: &hba~bampara I pu. como por f"1I,<'Inplo,•. c......- &IwwIIoJ Frio _mwntIlto •••••~ l' • abO~\('!o da. alThll ftUeka. I•.••••• dntNlção nD ID~I&: 2) ••1aolSC6ctdu armu c"a'•• r~i"'" PIt' •.•••••• ~ 41•.•• eondUZNII .a;JI • __ to> •••• 1• -.pIott: t, •.rotllormaçlo· __ ml1l_ ••••••• :_ •• ,.,_Il1o_.e-,UO PAllLO

• APAtIC - __ •••.• PraItçIo_ •••••• Cu1ao - CSP '-UStI - C:O... POlUI - •• - ••--- ••.....·_ .•....-...,....•. CSP_- __ -_-•..._- ..• _ •• lIu:Joor -.. - _li •• 11010 III'JI4 - CSP - _ ----".•a- ~ lkoIdIIta - c-.-_-Calu _111- __••• c:ae •• - .,.

aIO DE ANaIIO· e-...:Io pela •••• ••• e-......'••••.•••• Ambienta'. eatu...... -t,_ - •••.To ••••.'" 1S•••IJWllto ",,",'nina •••1& AJdIUI •1.o1lr_ _11al. tCtonlloolçlo~. Ptllç" ,.. _",.._IJ - a.·••••• _ ID'GOI - ""-o• e-ro •• lnl.rmoç6n do OIIV""" e•• LIma ••• :1111 - ~r••••-.t ."'.

-tt-

o Drl!\ro 4t .~ 1"41trs15/07/BZ

---_._ ..- &._._---.~---:.-

-Esfudantes de São Carlos pedemo -fim dã Duerra'das ~'alvinas- i

JIf Por IAldadva da APASC - "'-iaçlo Para'- . Proteçlo Ambi.nta! •••• SIo ea.ta.. •••• dantn da.

.I-.co1aa • Sio Carlos _r ••••.••• ,'riu torta. pa'I~'"dlrlpnln da ArJ[entina • 11l\!1>1or •• pedindo• 11mda c."'" das M.Mn ••. A. oarlU. Iranacrl-1M aba'lO •• IUO lOIIdo .nrilodu ••• lIlbaIudal doocIoi. pabel aq.1 110 BrasU:

SJo CarIUl. 4 do j.nho do 1.1112.• PInados Senhores EIIlbaI• ..", ••• NIo hi uda pior que ""'" ._ra JlOf Iuo que-r1_ Ibct pedir que acabem tono « ••••".,

Os tonbo •••1 podiam parar r.n pou<o • ••••••uquelll que .•• I'" morrtDolo, 'por _ a _ p,.trla.

. AlHo ele oonlln •• r_ a l[1IOrr' •• _ ••••••dIaIlI ••••dir o '1' ••10 d,. lfr.nlltt p••l~ncla. o que•• ria ••••• 111 O•• ,.. Mundial porque u I[r•••••••poIln<tu •••• Inlmi,.. hi m.ito •••••"" • qua'q_01011.0 por menos que 1_. daria NU ••••• r. 3 w-- piar. .

MaIlf •••••• >el, nollI pedl_ que oc....... e- a•••••••. Yll<b podem rea..lvu _ prI.ll<gio do: Itr••••• tltoa ••••• ••• tumullo. _ '110"', po>ia do••••••• tempo• .....'a....... """"'ndo multucelua ••• 110 ptejudicaodo DI ""'rOi pai ••• ta_o

EIltIo. ..por","o, que •• ..ohom ••••• ,... 11ft- podido e IftOIval" •••••••••• "Iuç"': A PAZ.

Obriladoa pela alonçlo.AteneIoaa ••••• 1e

An. K_ • %alIra T. ClIaudrv. I OBS.: - S1>moaaluo •• di. "CeI. p.,lino C.,•••••

Cidadto: - Sio C.rI ••Idllllt: - 12 allOl.

SIo Carloa. 03 de lunbo da 1.1112.EJuuo, Embaiudor.blra_ na •• mana -..diel da ECoI>loflIao 110

Iqar dr Nudar-. a oalloft.a c' •• wrdo:. cllur••••••o _ IftIUlli.lllOI. po'. cIolI •••••••• 1'" _ • __

'a. QuMII •••• 0 •• U -...ndol Qulo.... eItIo•• indo •• an pai.. _ ubo:r o •••••••• ••••1IUIIar ••

Enq•••• to o •••_ •• Ir•• " •••• __ triac.a Naçõn .utam din""iru _ 1rIIlIÇ6d, •••• qllHU••• IIIUIUo peque •••••• 'a'. a perda •• WltaltIdu! .

1'••.••••1 Am•• que o piar _.Ieça, 0 __ .er.triltecido. pcdo lim a _ •••••ra. pelo •••••• dr••• u Naç6es,

Angel. CrlObna A.c:.kio MauM - ••• ~rIc CE.1:, P..o. "CeI. PIudl ••• C••••• w•

SIo Car~... 3 .., I'" ""1.1112.1:_, EmbaiucJur: .".. _. de •••••• o _rMio. pt'ÇO'ltIoque paro .

CIOIIl•••• "OCr.ota 'II<rra. PU" da vai to Iraol-tonnu enl 11m canfalo aund,al. Eaa e-rr. b'CIIviri •• "'luçlks patilicu. AtI••• _ lodu •• Mal·.in.. RIo valen. a 1""'" •. uma vida ••••••••• , AAI.cuUaa dt.ove tt"'" 14110. iuntamcntA: (0,.11 01 1n·I ••.•••. 011 •• ""'a p.b •• JL'wm entrar _ lIm •••cordo. dIvidindo •• M••••inas em duas: Malvi•• O-r~I ••1 e Alalvin.> O<:i_1I1, tada qual W••crnadapor unI pai.,

Elperu q... pareo. •••• p'''a •.••• _no dobom "'1lIJ. ""a. ",o ••••• ri _ntot baiua '''1:•••.••• o ar•••• ' ••• ealm. Ilaiua de &ocIoa•• uu'-pWft. .

Como um potJ~o &Ir tona RIo vah: pr'doa ••••••••••• f ."elhor ••• a •••• Miar no "uncU. Eopo,re •••• ..ta CIo. Ia o••••~... tlIl •••• 1IIIoa. •••• 113,.,__ t•• a •••••• ArgenUna. na lOl:laltrra o •••• evite, •• im, uma tc-".ira IlM'rrl ••• ncli,l.

Ilobinaon R....... ~ •••••E.E.P,O. "C.1. Pau:1no Carlolw

- ~ •• ~ri< B.

1'•.• ,:.1J.:'í I

'tI

SIo Cartoa, 03 de j...... do 1.112_E.no. Embaixador:Apoio a v.Eú. paro., dt •• a _.-

I- 61-

a•••••rda e.tre ArFnli •• a a In"la'erra, a qual IIIUtruelltJo tri ••••.u •• murt •• , con'tut6es c ódio •

2' pr('Cito h.nfr mais .miaade, comprft'ndo •llarmorUa entre 01 povoa, par. qUt' •• praoa ••••.•Iam ler lelilCI.

""tos que IIte conlUto a&i.ja euorm.. JII'OIllI"çOea, f _ •...arlo uma açlo .nér"ica dirilicla •••praoal _.a ••. V, t:xa. ",<elu Imp","' que pea-IOU 1-..0"'. morr.m c q••••• Ie ••.••lIito RIo lOjao lalcio cWlIma-trrCt·ir. I •••. r. mundial.

Espero que allUlU coiN _a tor 1c1ta _•• olldo. E.p«o que •• te apelo c""'~.a 1<'11 -.çlIo..

Coarralulaçilel.Syl••• C. AI"'lrelli", t!, I' .O. "C.1. l'aullllO Car"-". - ~.a StrIe ••

~~., ~",':~

~}~;'.";"

.~:!> ArASC_'pede: P9sicic~amento dos pariidos---~.p~íiléossob'ié'õQualidade'de '~da:emS.Carr~s:

;. '. INO MOMENTO, A PREOCUPAÇ,\O DA APASC - ASSOCIAÇÃO PARA PROTEÇAO AMBIENTAL ÓE !

t SAO CARLOS E' COM A QUALIDADE DE VIDA DA REGIÃO DE S. CARLOS, "PRINCIPALMENTE, 'NO QUE SE REFERE A PRESERVAÇ,\O E MELHORI.A.DO MEIO AMBIENTE EM QUE VIVEMOS".

NESSE SENTIDO, A ENTIDADE PEOE UM POSICIONAMENTO DOS PARTIDOS POLlTlCOS COM IRE~ÇAO AO PROBLEMA. LEI_ANA OLtTI~~:PA21~A,' . _',._:"'::- .., .\

/ Ca.rta programa e~ológico--para'~ apresentação aos partidos polítiços

Sio Carlos. setembro de 1982A APASC, AssOclaçiq para Proteção Amblenta1 de

Sio C&rlOl .preocupada com a quaiJdade de vida na ,..Ifio de São Carlos, principalmente no que toca a preser-ftÇ10 e melhoria do meio ambiente em que Y'lvemos, etendo em vista a realização da seleições em novembro,..em relnvlnd1car junto aos candidatos de todos os par·tldol pol1t1cos que se posicionem com relação aos Itensqu. apontamos abaIxo, os'quais, se observados. tenlos

• oenea. vlrlo contribuIr para a preserVação • melhoria"- 't" das condiç6ea amblentals da cidade de 810 Carlos, ma-

mfestal1do lua disposição em lugar para que 01 mesmossejam cpncretizados, Como este documento trata 01 te-

. mas de fOIma 1eN!rallzada. 8em pretender eSl0t4-los. es·peramos que surjam .u~stoea e criUcas.

: ,EDnm, considerando que ,os prob7.emas eco:ógicosestiO todos Interlilados,'uma vez contribuindo para. so-lução dos problemas locals, estaremos colaborando r.am a.

• ao:uçIo dOi problemas globais e consequentemente comi •IObrevlvencla da VIDA na TERRA.• 1 - OOIlatruçlo de uma estaçio para tr.atamento e• aprovelt.amen&ode esgoto. E' neoesú.rlo .que toeIas SI cio~ dades de bac1as dos rios Jacarll e MoCi tomem essa me·l; dida para que aqueles rios não atinJam 01 n1yejs de po-r . :utçio a que checou o rio P1rac:icaba.

~ • I Atua1meDte toei o esCoto de SiO CarlOl li ~lV!o -in

,lIatura •• nOl Rios Monjo:'mho e Gregório qUe por .ua

na desaauam .-m nenhum tratamento 110 Rio Ja~., 2 - ConItruçio de nov.. praças. pomares 'hortas e

,~ -';~'. aranjas comun1~r1as. com • colaboraçio da 'população~:-:-Ie c:ontrataçio d.e profisslona.Lt para a coordcnaçio dos'. trabalhos prlnclpa.lmente DOI bairrOl pobres da Pf'rUe-

J. .• "

da. ; I ',li!' i': I,; -.!" • : ' , .I - Arbor~ adequada <aumento de plantio de

'norel, dlverslflcaçio de esp6cles e relntroduçlo de •.pkiel aatlvas) e culdados permanentes das 'rvores DaSviu plbUcu. Evitando. sobretudo o mau·trato desncccs-l4rlo, dos qua1a muitas vezes. poda mal feita • umaemplo. ; I

4 - ItIID1odelaçAoda Praça cel. 8aJes: antllameDteo eartIo de v1slta lCle São Carlos. agora transformadaemYUto campo de êlmentô e éótlctetD.

5 - DefmlçlO em teiaçád aoa objeUyOl cio atual Par-que Eco:6llco. No caSo (]e frei manUda a situaçio atual,prantlr boas eondiçlies ele vida para os an1ma1s de acor·do com as DOrmas líit.emaclonala para proteçlo • rei-""te • YIda 1IDimaI •

• - Ealboração de um DovO Plano Dintor que leveem consideração o atual estágio d.e desenvolvimento domunlclpio. COnalderando os seguintes pontos' criticas:

a) 1Ddustrlas: no caso de instalaçio de novas indUS'trlal Do muniClplo, nslizar um levantamento dos poss!-

veis impactos amblentals e socials que as mesmas pos-sam causar e amp:.a consulta ao povo e órgãos técnicoscompetentes (inclusive dasunlversldadesl sobre sua ne-cessidade e localização.

b) Habitação: efetiva flscalizaçlo nos projetos e im·p'.antaçlo de, loteamentos, principalmente em relaçlo ris'Toeas verdes e Infra-estrutura.

C) Crescimento Vertical: rigorosa determinação doGabarito para edIficlos, ou seja determlnaçlo da alturamáxima ou nllméro de andares mú:1mo para cada ,ectjcio conforme o plano. Isto para evitar Que,zonas exclu-sivamente residencials sejam prejudicadas principalmen-te em relaçio a ventl~açlo e lsolação .

., - Apoio concreto, Inclusive com ajuda material. ~Pobc1a Florestal do nosso municipio no seu combate adevas~lo da F'ora e Fauna regional.

•. - Apoio concreto as atividades e da APREL (As-lOc1açãopara Preservaçlo da Represa do Lobo) que vemse batendo PaTa que o BROA mantenha e melhore suascond1ç6es' com local de lazer para toda a população dareelio, APASC e outro, grupos que porventura possamvir a trabaihar pe!.a proteção amblental lIe leU bairro ou1'eIlIo.

• - Atuaçio na busca de suma soluçio definitivaquSnto a destinação e aproveitamento do llxo urbrmo:construçio do aterro sanlt4rlo procurando o aprOVl'lta-mento de cases formados pelo 11m.

10'- Participação concreta do poder plbUco na consc:if'ntlzaçio ecológica da comUDidade:

a) Programas de educaçlo ecoló&ica nas escolas daPrefeitura. Contratação de um biólogo como cordenadorde atividades, colaboração da UFSCar e tJsP.

b) Cunca: Educação Amblental, Agricultura EcoI6-atca, Borticu!.tura, Jardinagem, et.e.

2, Outras aUvidades educaUvu: feiras. ezposlçôcspel'lll&J1(lJ1\eS.debates, m.

11 - Atençio especial e crlaçio de 1eg1SJaçioes~clf1C&para preservação de mas de Interesse Turisticoe do Patrlmonlo Histórico da cidade e reelão bem ('.ornode SlUos Arqueológ1cos e o que ainda reata de MatasIfaturala.

O ;1(./Ú... c{ ~c"" ('e.v\ (.,

.,JJ /0;, ~ I Y J-

CINE AVENIDA1850-1983

CINE JOIA .1959 -1983

. ComnnicaMOI &01am1goe ela arte e c:ultun deSIo CadOI. aOI apreciadores da arte c:mematográfic•• p.lrimbnio histórico e tradiçOea eis l106Ia cidade a p••••,em do Cine Avenida e Cine Jóia (patrim6nios históricosIigadOl • arte e cultura desta cidade) para nm. nova liDa·Idade: estacionamento e cademeta de pOllpança do BUl'coJtaú. • .

AOI reepoDÚVeiapela cal~ e lGer de 510 Ca-los e aol proprietirioe do Banco Jt.iú pcrguntamol:

- Como ficam agora li pouca opçllea de IIUI' earte pari nosol Cidldlol? Seri que cstamoI fadados a fi·carmos bolados em nomu casaa •• istindo televisio? Ou01 banl:OI plSarlo I abrir laa.a ~Dcill i Doite e.os fi·naiI de temlnl, par. ficarmos Ilprccimdo o fmtáaticolDorimento da poupança que, como Dum puac de má-Iiea. conseguem. Dum pail com a economia em receIIIo.aulerir lucrol de 600% ao ano.

Aoe cidad101 de Slo Cmoa perguntamOl: quo ~clade é esta· onde os patrimõnioa históricoa (palácio Ep.copa!, Praça Coronel Salles, Cine Slo Culoa) elo deatrai·.01 em nome de um proj;TCS60abstrato!

Que pai. é este onde baneoe cada vez mlÍl IIlIto

1110101 caeondem a tmte realidade do n0S6Opovo men·.0, em lUa maioria, em h.hit:lçlles imPI"O\Ílada., te é queusim podemo. chamar li favela!

Apa 1IIDIc:arioaidade. Onde • inItaJai o ~mo banco em 110lIl cidade! No edifício do belo IDItiotido de EcIuceçIpOr. Álnro GuiIo. no Edifício Eudi·•• da Cunha .dc ela Cim •• Mmücipal ou na e.tedn1de SIo Cadoe !

O que o Bmeo Itaií trui caltanlmente plrl D0e-u cidade em troca delta perda !

Será que a Prefeitura, li UniYenidadea, CIm••Mmúcipal e outraa iDltituiçllea preocupadu com o realpopaao de DOIU &alie, Dio • aemibilizarlo com oocoDido e • movimentarlo no amtido de fuer algo emJIIDIda arte c:mematosrific:a, cultura e Jazer em SIo Car-1oI!

Convidamos VOSS3 Senhoria e Famnia~2.. ~J6rio.JJue se realizari no próximo sAb.

do dia 28/01/1984 às 19:30 horas.- Excepcionalmente o velório não se clarA

no vel6rio municipal, mas na Av. São Cartos emfrente IClIS8 do falecido CINE AVENIDA.

APASC. 'CWCAASO ADUFS~rUMEsé A.P.G. UFSCar

OCE-Uvre

A DI\SC - P.SSOCIAÇÃO PARA PROTEclorH AMBIENTAL DE SÃO CARLOS

RECONHECIDA DE UTILIDADE ptjBLICALEI MUNICIPAL NI 7843CAIU POSTAL 596

15.5&0 - SAO CARLOS - .,.

·Pensar globalmente e agir localmente" o mote dos conservacionistasé também o lema da APASC, que como cada um dos vários grupos preser-vacionistas tenta proteger a sua região e ao mesmo tempo lidarumaforça" na solução dos problemas nacionais e internacionais - na uniãofaz a força" - geralmente levantados pelos pequenos grupos regionaise às vezes fisicamente distantes de nós,. mas que' na realidade sãoproblemas de todos. A nossa meta é preservar e zelar pelo nosso meioambiente que tanto necessitamos não só para sobrevivência da nossaespécie, mas principalmente para curtirmos a vida pacificamenteem harmonia com a natureza.Se você é nosso(a) associado (a) e conhece e participa do nosso tra-balho, pedimos que faça a sua contribuição para .1~6.Se você quer participar somente através dos relatos e informaçõesdo nosso boletim "O Verde" que EM NOME DO AMOR A NATUREZA publicamosbimestralmente, pedimos que faça a sua assinatura para 1986.Se você acaba de conhecer a APASC e gostaria de participar, de sairda janela, de defender enquanto ainda há algo para preservar e pro-teger, associe-se à nós!- Para que precisamos 4e dinheiro?- Para pagar o aluguel da nossa sede, manter por três horas diáriasuma secretária, que cuida da correspondência, da atualização da nos-sa biblioteca, trabalha na elaboração do nosso boletim~ que é enviadoa todos os nossos sócios, entidades conservacionistas, orgãos governa-mentais municipais e estaduais, escolas etc.; pagar despesas comselos, cópias, impressos1 cobrir o déficit do nosso boletim (a verbaproveniente dos anúncios é 'insuficiente para pagar a gráfica);cobrir o déficit do nosso programa de rádio "Vida Natural" que vai

,·ao ar 20, 40 e 6ifeira às 13.00 h no Rádio Progresso AM (os patro-cinadores não cobrem a taxa do Rádio), etc •••••• e se tivéssemosum pouquinho mais de dinheiro poderíamos estar representados empalestras, encontros e conferências importantes e interessantíssimospor jovens associados (estudantes) interessados e ativos e que aindadispõem de tempo porém não têm dinheiro para autofinanciar as suasdespesas de viagem e estada.

Saudações ecológicasAPASC - Associação para Proteção

Ambiental de são Carlos

Valor da contribuição:1. Cr$ •••••••••• mensal -(mínimo Cr$6.000) - Peço que me enviem o

carnê para débito automático em banco (Banco do Brasil e BANESPA)2. Cr$ •••••••••• anuidade (mínimo Cr$50.000), com cheque nominal.3. Cr$ •••••••••• anuidade em 2 parcelas (mínimo Cr$30.000) com che-

que nominal.

- 19 A 25 DE ABRIL DE 1986~ ------------

Prefeitura cede i~óvel na praça para a Apasc

Através do deereto021,de 30 de marçode 1986, a AP.\Se - Associaçfo para Pro-teçlo Ambiental de SJo ~rtos, recebeu daPrefeitu:a Municipu pndssl'o para. a titu·10 pm:ário ronfonne determina o pmaráfo3.0 do arti~ 65 cb Lei Ordnica dos Muni·apios. . utililar·se de uma pequena CIJ3exis-.tente nl Praçl Cel. Paulino Cartos..n~ta d·dade, local q\:e outrora Ibrigou uma ~ibUo-ttea infantil e que vinhl sendo usada hi lon·r·'s Ilios como dep.>sito .de in~trumentos

de jardin~gem. Agora, toulmente' "foroU::di rela Prefeitura, o local servi" para ativi· ~"dades ltinentes i proteçfo ambiental e de- :rroais trabalhos desenvonidl)s pela entidadeque, em cerimõnia simp:es a qual contoucom a presença do Prefeito Dlgnone de ,.MeDo realizada na t1ltiml quarta·feira, u18,30 'horu, recebeu lquele quiosque se-.gundo' as determinJÇl.'SeSdo de..:reto munici·ral. O 'Ito contou aincb com I presença deassessores municipais e dos membros di

• " •.• .:..... ..,). ,~,.~..~., r ,J:diretorii da entidJde que tem Com3 p~si·dente". n. Use Hainz VaIlilo, cemo ri.:e ;Paulo Mancini,semurio ~buro Rt'C~aCor·

" tez e tesoureiro Romeu Rod13 F:Lio. utmdos colaboradores Syhia Budunann T"'-~.Mar;areth Sobreira Bo~s, ElNir v.r. Ro•.cita Cortez e fnncisco 805(0. " •." ".• ',

J'-" .~ '. ,

!\a (oto, tlagnritl's d.s'entr~1 da dl2\'t~roctl1ida pelo prefeito Da~one de ~ttlo I~diretoria da APASC. '.

Pronunchliento do Or. Mond. IC. Tolb.,Diretor Executivo do Programa d•• Na,õe.Unid •• para o Meio Aablente ' UNEP, .obreo Dia MUndial do Meio Aabiente.

Dia MUndial do Meio Aabiente de 1986. "Meio Aabiente e paz" é o te••• deite .no, e mUhõe. de pe.'.oa. e.tio envolvidas, de.de pre.idente. até joven. escol.re •• Mas •• i. pes.o •• ainda não estão f.'zendo nad •• El.s nem a.bem nem.e preocupam que hoje é Dia Mundi.l do Meio Ambiente. t • e.t •• pes.o ••que eu quero me dirigir hoje. E • minh ••• n••sem é .t.ple.:Ião bavera p.z enquanto não houver p.z com • naturez ••A t.ref. do P~ograma d•• N.,§e' Unid •• par. o Meio Aabiente.(UNEP) é .jud.r • construir e.t. p.z.101•• t.ref. e .jud.r •• naçoe •• usar e comp.rtilhar nossos recurso. natur.i. s.biamente.Se utili&a~s.energi •• de godo •• i••eficiente.não haverã lUerr. por petr51eo. Se con.erv.rmo. nosso,•• re. e rio. n!o h.ver •• suerr. por .IUI. Se nao permitirmo. que os deserto •• v.ncem e se protegermoso .010 D!0 .erao,nece.s.rio, conflito. por terr ••• Se comp.rtilh.rmos com justiça •• riquez.s de no ••oamelo, nao h.vera fome.t.l. "dida. Sar.ntirão •• eaur.nç •• 10"10 pr.zo d•• na,p.s. A UNEP nio tem p.ciincl. com o di.cur.ode que.não hã recur80. di.ponlvei •• Aquilo gue o 8Undo gast. em .rma8 de fogo em aete mese. poderialev.r .1U.·limpa par. t.ntos CODO doi. bllhoe. de pe ••oa •• O que gastamo. em arasa • c.da oito horaspoderl •• er .uficiente p.r. err.dic.r a •• lari •• O que •• stamos em armamento •• c.da vinte minutos é•• i. do que pag.r por todo o tr.b.lho d. UNEP durante um ano. A UNEP também .e preocupa com o des-perdlcio de recur.o. hÚDano. e aatur.is p.r. o desenvolvimento de armamento de destruição. Mais de'setenta aUhões de pessoa! ae dedicam ••• quina de guerra.,..Ac1ma de 3 mllhõe. das melh!!re. dentistas• eacenheiro. do mundo e.t.o eng.jados em pe.qui •• e desenvolvimento militar. Preparaçoe. para. guerraabsorvem c.p.cidades cientlfico'tecnolÓ&ica. dez vez! ••• !or gue .quel •• di.ponlvei. em todo. o. p.l.e ••• de.envolvimento junto •• O consuao ailitar de petroleo e proximo de uma vez e •• i. o consuao de todo.01 palae ••• desenvolv1llento. • . .'O •• u u.o de nOS80. recur.o. humano. e natur.i. é ••••• ,. invi.lvel • no ••• p.~ fragil e imperfeit ••lave.timento. em •• is .ras., aind ••• i. let.la, não se preocupam com e.t •• gr.nde ••••• "'. à paz.u.. nov. definição de .eguran,. f.z-.e necel.ari •• u.. que reconheça como • eJUlu.tão d. b •• e de re-curao. glob.ia prejudica •• rela,õe. entre os e.t.dos e .ument •• s tensõe. dentro da. naçõe •• A polui-sio de ri08 e aare., • pe.c. exce •• iv., o de.flore8t ••• nto, o envenenamento de eco-.i.t ••••••• ioalsun' do. f.tores que e.tão aument.ndo a tensão polItic. entre .s nações.Ai •••~. terão seguran~ .lanUicatlv •• _ate. quando el •• p.r.r •• de ainar a. fund.,ãe. ecológica.da ecollCllli.Ilobal.AI na,õe. g.stlÍm perto de dola aUh.~' de dól.re. por minuto em .raas, e .pe.ar dillo elas não ~eI-frut •• de paz ou .elUr.n,a. Se ••• deciao d.quilo que foi ••• to em .Ta!' fo.se ••• to na explor.ç.o deaos.o. recursos, ou na coaten,.o do av.nço dos deserto., ou na •• lva,ao das florestas, ou na •• nuten'são do ar e dos oce.no. liJlpo•• então eu acredito que o 8Undo alcan,arIa aelUran, ••O papel de cad. UID de nó •••• o papel do lndividuo •••é vital. ~ UNEP é vital. No Dia MUndial do MeloA8blente • UNEP pede • toda pe"08 c.p.citad. que pl.nte uma arvore pela paz. E no dia que .eu paIsCOIIUOra .eus IIOrtos de suerra, pl.nte uaa árvore • ua aimbolo de vid., e ua 'Ú1bolo de paz com anaturez ••Obrllldo.(traduzido e dl.tribuldo pela APASe • AllOCi~ão p.r. Protesio Aabient.l de sio CArlo •• 5.6.86)

Ilticõu :D",·e\c)"· J.l !- JUS-\'~ Arnb'lV\+~ to )u.St·ç~ SoCÁ,'

o ,,-''''''irot~ ~'~ Fr~ '.,~ o r'Q~\t·1l'Ic\ d. tltl/~~~ t U~\..a"rnc.~~ cio,_~ rc.U4"~ ,...\ur"" é pod-t''''t6 ~ or~~",~"r L·ut1't'\tl\h. par. ~""\" tr\ocll ~c..r

u~ otdcm ck (Oi~ ctÜ \tn • ~•.•\ú..~ t d&\\ru\t-ão c:!a 'na'tvnê~ ct ~do et:{U1~

que ol~ ~\4h.

O ,.~-.o ~c.V!T'Õ 'r\6yN •• j'~""'~" • r~o or~"1\"t~'O. 011"",u..ot'; cll •••~t',·a , •.•..

P~"'f. It.r. rrQ.~"s. • oI&Ye 4"". 'l>Q: • 'r\U&u •.~ " \tl-W-O' vW\ ,'\lUYW fer.~1~~"'~Jc"de"~\Ç\C6do c.o'tl\& ~ r"\~~ . !. • 1'W\t.lhlr c.A""~ ,.r. C'~' for •.~

~, sJ o"'" &\,,1' ~CJc:l"r&4~ t"'" \.d.s •.• c.~o~ to \'~·.I di! pots, ,"'-tdi.t.~toc.

A, ,,(tI'~tJ ditt.~. ~ ~ fi'NCt"., tr'~p"\"'C.Je ,.,.. ~ J>"Obl~ "CQ~.,~,,-.r.riS ~~ ."'~ .t~r.~fI\rricrrA~ ~. c~.1rtDS o) Fr~~!.moô"fur "'" ndê~ ~ce·

•• m.·... r ~Tld..,....,.v..\c~(v~ • 'nOU. ~ •.•"•.~ ~\,U~ - C{lIf." ~~~.s ~fA.

CoID't\.1U'l6t ~ """fOI rl~e ""k~ - •.\C4i"o à Ft•...t ••••~ta ~v•• n•• UW\ ~

t 1O~"'''c.o ,ue ori,ue. ClW fOUCQ3 "~h õt l'nc,..h. . cltv~\~ ~~b'c.~\ f. 'C'I\'li.-

r.cl ck ~\to~ ~Mt1l\l.

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A nl\SC - f.SSOCIACÃO PARA PROTEÇlOrH ArABIENTAL DE SÃO CARLOS

RECONHECIDA DE UTILIDADE PúBLICALEI MUNICIPAL Nt 7843CAIXA POSTAL etl

13."0 - SAO CARLOS _ lI'

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FLS. n.o•..Q.!. .PRO~.n.o••.O!?.l.~.'.:Ilf.r:.l"'RUB~I~A ._•••__.~_ •.••..

São Carlos.03 de julho de 1985

[xcelent;ssimo SenhorProfessor Doutor Munir RachidMagnifico Reitor daUniversidade Federal de são CarlosVia Washington luis. Km. 23513560 - São Carlos - SP

A APASC - Associação para Proteçio Ambiental de SãoCar1os, vem desenvolvendo desde sua fundação (em 1977) ativida-des ligadas ã proteção ambiental, seja a n;vel municipal quantoem outros nos quais desponte a necessidade de alerta e luta pelamelhoria de qualidade de vida do homem.

As caracterlsticas de suas atividades são das maisdiversas; no entanto. hã, em todas, um carãter comum: a educação.ou seja, a transmissão de conhecimentos e informações na tentat!va de mudanças de atitudes do Homem frente a problemas relacion!dos ao seu ambiente e, decorrentemente, ã sua preservação.

Desde novembro de 1984. a APASC vem sistematicamente.desenvolvendo uma atividade em particular, relacionada a esse p~cesso educativo, ocupando um pequeno espaço em um meio de comun!caçio muito abrangente em São Carlos - o rãdio - atraves do Pro-grama denominado "Vida Na~u~al•.

-1-.;-"-- ~ ..---.------.-----.~.____J __--.:. ._. . ..

A DJ\SC - f.SSOCIACÃO PARA raOTE~Orl-\ AMBIENTAL DE SÃO CARLOS

RECONHECIDA DE UTILIDADE PúBLICALEI MUNICIPAL N' 7843CAIXA POSTAL sn13.&80 - SAO CARLOS - .,

Esse programa é coordenado por um grupo compostode estudantes e um professor. todos. coincidentemente. dessaUniversidade.

A linha do programa é tão. ampla e abrangente ~a~to o seu nome. Os assuntos ali tratados são dos mais diwrsos.indo desde técnicas de relaxamento. denúncias ecolõgicas. ale~tas sobre saúde/doença. receitas de alimentação alternativa.etc. Nos e gratificante comunicar ã Vossa Magnificencia quemuitos desses programas trouxeram contribuições dessa Univer-sidade. seja por professores que nos relatavam resultados desuas pesquisas ou de estudantes com suas experiencias e conh~cimento.

Não é nossa intenção exaurir nesta. carta a listade assuntos. Nesse intuito. enviamos uma lista anexa contendoalguns deles. Gostaríamos de salientar que os programas enco~tram-se em arquivos audio-gríficos a disposição de Vossa Mag-n1ficéncia. Segue também em anexo um cartaz-propaganda do "Vid4 N4.tUJr.4/.".

O ·Vid4 N4tUJr.4l· vai ao ar pela rãdio ProgressoAM is 2!. 4! e 6! feiras is 13:00 horas com a duração de cin~co minutos.

A maioria de seus ouvintes caracterizam-sepessoas de classe C ou D. mulheres entre 30 e 40 anos daferia. zona rural e algumas cidades circunvizinhas*.

Com quase dois anos de existencia. acreditamosque ·Vid4 N4.tUJr.4l" jí esteja criando uma tradição. Realizamosatividades (cartas. telefonemas) onde requisitamos a partici-pação dos ouvintes. obtendo-se assim um relativo feed-b~k daaudiencia.

porper!.

-!JI-_____ ---------- .-----J.... ------------ ------ ..~.

A nl\SC - /,SSOCIAÇÃO PARA PROTEc.lorJ-\ AMBIENTAL DE SÃO CARLOS

RECONHECIDA DE UTILIDADE PllauCALEI MUNICIPAL Nt 7843CAIXA POSTAL 59.

IUISO - SAO CARLOS - I'

A rádio Progresso AM é ouvida por cerca de aosdos ouvintes de rãdio de São Car10s*. Dessa forma acredita~mós ser um eficiente meio de comunicação - como jã citamosanteriormente - cujo espaço.por nós ocupado. gostarTamos derepartir com essa Universidade; confor~e contatos verbaismantidos anteriormente com Vossa Magnificência.

Com um pequeno. mas significativo fempo de ex-periência. um grupo que. sistematicamente organiza e reali-za o programa. "Vida Natu4al" poderi~ tornar-se uma dasformas que es~~ ~niversidade dispõe de oferecer serviços deextensio ã comunidade. Um serviço eminentemente educativo.rojo objetivo primordial i "ap~na~· melhorar a qualidade devida do homem.

Gostarlamos de receber a colaboração d~ toda acomunidade Universitãria de tal forma que não apenas se am-plie o grupo organizador. mas também os assuntos que vimoslevando ao ar.

O tempo que ocupamos nos i alugado pela RãdioProgresso perfazendo um total de Cr$ 200.000 mensais. ~ gr!vações são realizadas na Cidade do Rádio (·alto~n da VilaPrado) uma vez por semana e para locomovermos o grupo e en-trevistados gastamos. aproximadamente. 5 a 6 litros de gas~lina por mês. perfazendo. em preços atuais. um total aprox!mado de Cr$ 15.000 mensais. Nosso arquivo e composto tambempor fitas K-7 (60 minutos) que comportam de 9 a 11 progra-mas cada uma (l 1/3 fita/mês. sendo Cr$ 12.000 a unidade).

No parâgrafo acima. procuramos dar a Vossa Mainificência um panorama dos gastos requisitados na realiz!ção do programa. Atualmente contamos com três patrocinad~res (sendo um deles ligado ã própria APASC) que não atingemo montante de gastos/mês. A diferença e suprida pela APASC* Segundo IBOPE realizado pela RidJo Progresso.

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ASSOCIAÇÃO PARA PROTECÃÕAMBIENTAL DE SÃO CARLOS

FUFSC"

FLt-. n.C' .•..Ql _·.· .P;:O:. n.!'.•.~:E!!.~:.:~1RUi.•\I:" __.....•..

RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICAlEI MUNICIPAL Nt 7843CAIXA POSTAL 5'6tI.560 - SAO CARLOS - I' .

com verbas obtidas de seus associados.Vimos, portanto, solicitar a Vo~sa Magnifiééncia a

colaboração desta Universidade no sentido de assumir os gas-tos supracitados. A APASC, fundadora ~o programa e ligada aseu grupo organizador, continuarã apoiando a sua realização,eximida, no entanto, de maiores ônus. Por ser uma entidadelegal poderi realizar qualquer tipo de trimite que se tornarnecessirio.

Não gostarTamos de nos alongar em nossa solicita-ção apesar de prever que muito ainda hi para ser conversado.Dessa forma, colocamo-nos i disposição de Vossa Magrnficénciapara os esclarecimentos que julgar necessários.

Na expectativa de manifestação de Vossa.Magnificê~cia sobre o solicitado, subscrevemo-nos com nossas

cdi1U< i.i~ -=:::Maria Waldenez dej[[)veira

p/ Grupo Organizador do 'Programa"V.ida NatuJLat"

Associação para Proteção Ambiental deSão Carlos

-~"__. ------.----V~----

----------.-------- --.-AnJ\SC JI.SSOCIAc;AO PARA PROTEÇAO

rH - AMBIENTAL DE SÃO CARLOS

I: :u.';;'::.. ....!I r.:c:: OP.I·~·~I~f:/.r,'I Rue":I C:....... I.. -.--..•,.- ...---..,...-

RECONHECIDA DE UTILIDADE PúBLICALEI MUNICIPAL Nt 7843CAIXA POSTAL &9.

13.5&0 - IAO CARLOS - IP .

LISTA DE ALGUNS ASSUNTOS/DIA ABORDADOS NO PROGRAMA II VIVA NATURA[I'NO PERIODO DE JANEIRO A JUNHO DE 1985

Higiene e Prevenção de Doenças- Alimentação na Gravidez- ().Ieimaduras/Pio1hos- Cuidados com Recem-Nascido- Frutas Tropicais

Inseticidas Caseiros- Horta1 iças- Parque Eco1õgi~0- A Importância da Abelha na Agricultura- Cabelos Bonitos e Sau~ãveis- Alimentação no Verão- Anemia- Botu1ismo- Combate à baratas- Tratamento Natural para Bronquite- Doenças Cardíacas- Prõpo1 is- Ascaridiase- Mel- leite de Soja- Coluna Vertebral- Viagem a Antartida- Movimento Eco1õgico na Caça às Baleias- Tenhse~ Acerola

Plantas Mediei na 15- ~ença de Chagas- Relaxamento- »ia Mundial do Meio Ambiente- Triquinose

02/01/8507/01/8525/01/8530/01 e 01/02/8508/02/8513/02/8520/02/8522/02/8525/02/8504/03/8506/03/8508/03/8511/03/8515/03/8518/03/8522/03 e 25/03/8505/04/8517/04/8522/04/8526/04/8529/04/8513/05/8515/05/8517/05/8520/05/8527/05/8531/05/8503/06/8505/06/8507/06/85

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CONVrNJO DE tOOPERAÇAO T ,fICO-CULTURAL E FJUANCEJRA, QUE nnR~ .s.r CE~!.

BRAM A UNIVERSIDADE FEDERAL DE $AO CAR.·. . i

LOS E A ASSOCIAÇAO PARA PRpTEÇAO . AI·nflE!.1 .

TAL DE SAO CARLOS, 'NAFO~~ ABAIXO:

A UN~I01\DE FEDERALDE s.~OC1\RIDS, oomscrle na Cidade de

são carlps, Estado de sã:>paulo, doravante derominada .siJTp1csm:;mte

tFSCar, COC do Ministério da Fazenda rob o Íl9 45.358.058/0001-40 e

aqui representada pelo seu MagnIfico Reito~, Pref. Dr. l-IunirRr:lchid, e

a Jl.SSiXIN;NJ PAr..APrmu;.íiD Al·DID:I'l\L DE sli.o Cl\IUDS, 00.1'1 sede na Cidade

de são carlos, Estado de são Paulo, dorav-.mtedenomimda si.nplcsrrcnte

APASC,COC do Ministério da Fazenda sob o nC?49.160.609/0001-17, neste

ato representada por sua Prcsidenta, Sra. I1se lIeinz Vali 110, acordam

emcelebrar o presente CX>NVtNIo DECOO?ERl\ÇtD TECN::>-eIEr-.TiFJro-ctJLWR\L

E FIl'WaIRA., mediante.as Cláusulas e Corrlições seguintes:

As iniciativas p3ra a execu-~o elo esbtuído roaCláusula an

terior poderão originar-se de a'tlbas as partes e serão efetivadas atra

vés de '.l'ERM.)S ADITI\OS~ presente CXNVE':NIO, nos quais serão descritos,

~,..I.ti

..81-

: • 11. to r i:~-...•;.;')~3J.J,.Jl

f·· . :c , -~J_;;u;

2.1.' Os TERr-DS ADITIVt6indicados no caput desta Cláusula oonstituiroo

partes intcgrar:'tes do presente ~IO, independcntart"..nte de

transcrição •

sofrer alterações quanto ã sua élbréUl9ê."lCia,através de 'rLRfoa;

VOS,os quais regularão, inclusive, os casos anissos.

-CL~USULA QUARTA: Vigenc1a

partir· da data da sua assinatura, (XlderdJ, entretanto, ser prorrogado,

tacitamente, p:>r pcri.o:X>siguais, caSo não oÇX)rram:mifestaçoo oontrá

ria de nenhurra das p.1rtes, Ou ser rescindido, a qualquer tertpo, rrcdian

te Distrato a ser oonv.:n1cntanente aoordado entre os oonvcniantes.

--!.U.f.S.c.,ClJC!SSoJ -1'.~Jlf''.Jj

fl • a \ ... "__. _. __~ClAUSUlA QUINTA: Rescisão

o presente OJN\.ICNIo podará ser rcscin::Udo unllater.:ll..rrcnte

p:>rqualquer das partes, indeperdente de aviso ou interpelação judicial,

pelo inad1nplenento de qualquer de suas obrigações, resp:>ndendoa parte

inadi.nplente pelos prcjubos e daros que causar à outra parte.,5.1. A rescisão de que trata o caput desta Cláusula sorrcnte se efetiv!

rá de pleno direito afÓs cxmclu1das as. atividüdes definidas e em

-ardarrento nos 'lERCS ADITI\QSjá celebraà:>s em fl.llYTão deste <DI

vtNIO.

As ~ conveniantes elegem o Foro da CC4r0rca de são car

105 (SP), para diri.Jni.i quaisquer litígios oriundos 00 presente ~

NlO, renunciaroo, 'éxpressamante, a qualquer outro Foro p:>r ~s privil~

giado que seja.

.sõ ].aã), na presença das testerrunhas aba1>co firmadas.

''"'-'-'-'---~-~--.~'-\.'-'--~,Prof. Dr. Munir Rach1d

MaCJIÚfioo Reitor da tFScar

. Sra. Use Heinz VallllOPresidente da APlt!!!X:

..':'--~'-'-'-I'. '.'... ', ,', Joq3J'i6-,19' I

FOt.HA_... 'ti .. tTEJOO ADITIVO NQ 01i AO ~~tNio'DE COQ.~!

PERAÇAO TECNO-CIENTlrJco-CULTURAL E FINANCEIRA, QUE ENTRE SI CELEBRAM A UNIVERSIDADE FEDERAL DE SAO CARLOS E A ASSOCIAÇAO PARA PROTEÇAO AMBIENTAL DE sAoCARLOS, NA FORMA ABAIXO:

A UNIVERSIIW>EFEDERALDE s.lI"D CARLOS,doravante denominada

simplesmente ~SCar, com sede ria Cidade de São Càrlos, Estado de São

Paulo, inscrita no C.G.C. do Ministério da Fazenda sob o n9 45.358.0581

0001-40 e aqui representada por seu Magnífico Reitor, Prof. Dr. M..mir

Racbid, e a ASS:X:.IAÇlfD PARAPROTEÇA'O At-IBIENTALDESAOCARLOS,doravante

denominada simplesmente APASC.com sede na Cidade de São Carlos, Estado

de São Paulo, inscrita no C.G.C. do "finistério da Fazenda sob o' n9

49.160.609/0001-17, neste ato representada por sua Presidente, Sra. 11

se Heinz Valillo, acordam· em celebrar o presente TE.Rt-DADITIVOn9 01 a

Convênio de Coóperação Tecno-Científico-Cu1 tura1 e Financeira em vig~

eia. mediante as Cláusulas e Cordições seguintes:

1.1. Objeto: O presente Termo Aditivo tem por objeto o programa radiof~

nico denominado VIDANA.nJRAL,sob responsabilidade da

APASC,levado ao ar todas as 2!S, 4!S e 6!Sfeiras, das

l3hOOàs 13hOSmin. na Rádio Progresso AMde São Carlos,São

Paulo. A caracterização deste programa (objetivos e p~

cedimentos) encontra-se descri ta no Mexo I, que passa a

fazer parte deste TerDDAditivo, independente de transcri-

-.-..- . _ •...- - ---...,wn/.t(.·1J :

n.::.- ... lf~ . rnl,;:i"C~ =:::.::.fJJEj

1.2. Escopo:o presente TermoAditive tem por escopo a concretização

de intercâmbio tecno-cientÍfico-cultural que permita uma

ampla consecuçãodos objetivos do programamencionado em

1.1 e a viabi1ização financeira de todas as atividades

o Plano de Trabalho abrangerá os atos de engenhar. execu

tar e levar ao ar três programasVIDA NA1tIRAL por semana, durante o

prazo de vigência deste TermoAditivo.

Transcorridos 6 (seis) meses de vigência deste Termo Adi

tive. o coordenadorpor parte da APASI:,deverá apresentar ã UFSCar reI!

tório sintético das atividades realizadas no semestre. Ao final de ca

da ano deverá este relatório ser mais detalhado, abrangendoas ativida

des desenvolvidas durante o ano.

- 3.L .Credenciar a Profa. Ora. Gêria Maria MJntanari Franco, do Departa

JDeJ1tode Ciências Biológicas, para atuar coro responsável pelo

acompanhamentodos trabalhos deste TermoAditivo.

3.2. Cboperar, atravês de seu corpo técnico-científico-cultural, por

intercâmbio de informações e/ou participação ativa, para que

os objetivos do programamencionadoem1.1 sejam amplamente a

..8S - .

';l')C:", JOG>:JHG-l'J". - If,~.H '__. _ '__~IhU:",ICA. __ ._._._... ....

3.3. Financiar, a fundo perdido, na forma de UII serviço ã comuiliciãde,parte das atividades relacionadas à realização do programa mencionado em 1.1, confonne explicitado na Cláusula QUINTA deste Te~JOO Aditivo.

4.1. Credenciar a Srta. Maria Waldenez de O~iveira, para funcionar como coordenadora e responsável pelo desenvolvimento de todas asatividades necessárias para a execução do Plano de Trabalho pr~posto na Cláusula Segunda deste Terro Aditivo.

4.2. Realizar todas as atividades relacionadas ã execução do Plano deTrabalho proposto na Cláusula deste Termo Aditivo.

4.3. Responsabilizar-se pelo conteúdo, ressalvadas opiniões pessoaisemitidas por participantes convidados, dos programas levados aoar no período de vigência deste Terro Adi tivo.

A UFSCar se responsabiliza pela realização dos seguintes dispê~dios, necessários para a realização do Plano de Trabalho proposto naCláusula Segunda deste Termo Aditivo:

5.1. Pagamento, diretamente ã Radio Progresso S.A., do custo de conce~são de horário para a transmissão do programa VIDA N.A.11JRAL,estipulado em Cz$ 350,00 (trezentos e cinquenta cruzados) por mes.

~~

5.2. Pagamento mensal de remuneração de estágio, por 12 meses, a dois

alunos da UFSCar (Denilson Teixcira - n9 6594 e Margareth Coper

tino - n9 6595), no valor de Cz$ 300,00 (trezentos cruzados) cada

um, como incentivo para sua participação, sob orientação da Coor

denadora designada em 4.1, na execução do Plano de Trabalho pro

posto na Cláusula Segunda deste Termo Aditivo.

5.3. Pagamento das despesas referentes ã impressão. na Gráfica da

UFSCar; de 1.000 (um mil) cartazes de diVulgação do programa VIDA

NA1URAL.com custo estimado em Cz$ 300.00 (trezentos cruzados).

e confecção de 1 cliché orçado em Cz$ 190.00 (cento e noventa cr:!:!

zados) pela Firma Fotogravura Lide~.

5.4. Fornecimento de 16 fitas cassetes de 60 minutos (Cz$ 480,00) para

a gravação de todos os programas VIDA NA1URALlevados ao ar dura,!!

te a vigência deste Termo Aditivo.

Aditivo.

5.5. Dispêndio do total previsto:

5.1. Cz$ 4.200,00

5.2. Cz$ 7.200,00

5.3. ez$ 490,00

5.4. Cz$ 480,00

-8/-

o prazo de execução e de vigência do presente Termo Aditivoé de 12 meses, contados a partir da data das assinaturas de ambas aspartes, podendo ser prorrogado por acordo entre as partes, mediante aassinatura de novo Tenno Adi tivo.

Para qualquer outra condição não"exp1ícita no presente TerDO Aditivo, esta será regida pelas cláusulas específicas constantes doConvênio de Cooperação Tecno-Científico-Cultural e Financeira que entre si tem celebrado as partes, segundo doc_nto "Convênio n9 /85".Por estarem justas e acordes, as partes assinam o presente Termo Adi tivo, em 03 (três) vias de igual teor e datilografadas em lDR só lado, napresença das testemunhas abaixo firmadas, depois de lido e achado confonne.

Prof. Dr. M.mir RachidMagnífico Reitor UFSCar

';/j.~ -fie, ,~~ L,Utic·...Sra. Ilse Heinz Vali110

Presidente APASC

. :~~~ f'~9'~~~~.. ~- ,- 5.3_'U t"_ .nu~:,::,::,:,:-"","-" $'=

OBJETIVOS E PROCEDIMENTO PARA REAlIZAÇAO DO PROGRAMA RADJOFONJCO

'f

A - OBJETIVOS

1 - Transmitir inforllnções que visem a nelhoria da qualidada da vida da

população de são C1r10s e região.

1.1.1 - A1ertar a p:>pulação sobre prt)blemas anbientais inccn

tivando a f'l"\t'ticipação p:>pular íooívidual c/ou organl

zada na so1lÇão destes.

preservação e (ou) oonsarvação da faun<l E' flora, técni

cas agrIoolas alternativas, etc.).

1.1.3 - lnfornnr eobl.-ea situação do rrovi.mm1tode proteção.!!!

biental a nível local, nacional e rnu."Xli.a1,relatando

atividades realizadas por pessoas ou entidades CJOVe!.

nanentais ou não ligadas a esse novimento.

.---,._._~ ~._.•.r--~ .t a •• ~· -,.. •

\ :. - 1orl'\~/I'--/f ','\ .... r ~1-

3 - tnr"""", soLeodireitos <b c1d.>dào e funcion.'o<'n~ ~ ,;o<vJ;'s. ~;jutilidade pública (PRXX)N,CPI1..,SAAE,Prefo! tura e Câ:nnras Muni

4 -Q>ter os dados realizando pesquisas bibliográficas, entrevistas

e questionáriOS;. e participancb de discus~s em <JI"Ul-O . (reu-

niões, debates, encontros, saninários, etc.) cujos ternas rela.•..

s ~Or9anizar os dados ~ forma a poderemser apresentados aos ou-

vintes do programa.

6 - Elaborar fornas de apresentaçã::> 00 prograna, dos dados obtido~

e OX9anizados.

universidades, orgàos governamentais e cntidadE:3 de p~

tcç50 é'lllvi cntal) •

2 - ~srx>nder cartas de ouvintes •.3 - Organizar e imple~tar distribltiçào de brind~s a ouvintes que

pro.·ticiFQlllcb prograna emjogos e/ou naratonas.

4 - PartiCipar de! der..ates comentidades/~ssoas sobre proble.iTOSde

Utilidade PUblica que se enquadramrcs objeti .•..os ào

e/ou qUe! se re.firam es;:JeCificarr.entea resohçâo de

arrbientais.

157-8.6 ~ IDUCAÇÃO ANIII.TAL ATaAVI5 DO IIDI0: IÉLATO DI UK& IZ'IIIr.CI~. ~I.ia.a.. • Oliv.ir., D.ailaoa T.i••ir•• H.rl.r.ti Cop.rtiaa. (A••ociaçao p.rairot.ç.o A.bieatai d. 5ao C.rio.>.

D••d. ao••• bro d. 1"4 • A ••oci.iÃo para 'rot.çÃo A.bi.at.l d. SÃo Car~-A~4•••••01•• juato ã u.a ridio AK d. '.0 C.rlo. o 'roar ••• "Vida •• tur.l" l.y.do.0 .r três .e.e. por ••••a. coa dur.ção d. ciaco .iauto •• S.u. obj.ti.o. üo: al.!.t.r •• opul.ção .obr. probl•••••• bi.at.i •• tr.a ••itir iafor •• çõ•• qu•• i... ••• lbori. d•• ua qu.lid.d. d•• id•• O ·Vid••• tur.l" po••ibilicou u. caaal d. v.ieol.çÃo p.ra a popul.çÃo •• a.r.l: a) do. co.h.ci •• ato. produ.ido.. co••u.ido •••• Uai••r.idad•• loc.i.; b) d. lafor.açõ •• do Ucilidad. Pública rolacio.ad. •O~.ão •• iibUcO& (.rofoitllr.!.I1DP, SUl,. Câ.ar. Nuaic ipal • 'olIcia Plor •• calhe) d••• ti.idad •• do protoçao a.bi.atal ro.li.ada. local.oat. ou .Ão; d) d. ia-for••çõ•• ,orai •• obr••• io-aábioat., qualidade d •• ida • dir.iCoa do iadiyiduo;o) d. po.icioaa.eDCo., ••p.riiDci ••• o.p.ct.civ.. d. i.di.iduo.. .Dtid.de •••05r•• coDceci.eDCo. d. i.t.r•••• público. I •••• r••ulc.do. po•• ibilic.ra. coa-el.ir qu•• ti o pr•••ato .o••aco bou.o u. eu.pri.eato p.rci.l do. obj.ti.o. pro-••aCoa. 10 .DCaDCo, bi D.c••• idad. d. el.boração de ia.Cru •• DCo. qu. po•• ibili-t•••••••• li.ção cODciau. d. r.e.pti.id.d. da. OUYiDC •••• iDfor•• çõ••• po ••i-.oia .ud.aç •• eoaport ••eDc.i. d.l•• d.eorr.DC ••• I••• ia.r-.a-i. d•• c. for•• , o.obJ.civo. propoaco. coa vi. C•••• u••• ,li.çÃo • po.c.rior •• r.for.ul.çõ •• D•• ~todolo,i. do pro'r••••

A nl\SC - ASSOCIACÃO PARA PROTECÃO-rH AMBIENTAl DE SÃO CAh'LOS

LU. 41.•';-~i7wj;1=ti

RECONHECIDA DE UTILIDADE PúDL/CALEI MUNICIPAL N'l 7043CAIXA POSTAL OOG

13.r.OO - SAO CARL03 - OP

Pelo presente instrumento particular do contrato o no.melhor for-ma do diroito, entre ao partcD, de um lado n ASSOCIAÇÃO para PRO-~EÇXO AMBIEr~AL DE SÃO CARLOS, neste ato representada pelo Deuproourador legal e do outro o Sr(a)------------=---RG nQ , com domioflio à---------- -----------, , Estado-d-e--S~i-o~P~a-ul~o-,-d-a-q-u-~-·-p-o-r-d-~-·a--n-t-e-.-denominados respectivamente APASCe COLA:BORADOR, têm justo e contratado O" seguinte: 1) a APASCtoma cmprestado do COLA:BORADOR a importância de ~$ 100.000,00 (cem mil cruzeiros), a preço de dezembro de 1983, ou o corrospon-dente n 14,26 ( quatorze virgula vinte e oeis) 0.n.T.No.2) EEHlo.quantia perfaz uma quota-parto de um capital total que será utilizado no. compra do Rootaurante "lLamãe Natureza", pelo. APAGC. 3) -A importância acima roferida, com a devida ntualização de valor,Dorá entreguo a APASC palo COLABORADOR da seguinte fOI'L'la:__

4) Essa importância aari restiarcida pelo. APAGC da seguinte fOrr!l~l:a) 40 ~ do total emprestado em vales, não nominniD, de refciçõesdo Restaurante "Uamão Na1iureza" num total de quatro vales refei-ções por mês (uma refeição é composta de uma salada, uea tortaou equivli1ente e um ouco), dU!"li.nte10 (dez) Il:eGCS,a partir dejunho de 1984 até março de 1985; b) 60~ reztante, equivalente n8,56 ( oito virgula cinquenta e seis) OnT~o, será de~olvido ettrês partes: a pr~cira em 28 de dezembro de 1984, a segunda e~28 do julho de 1985 e a terceira em 28 de dezembro de 198~, atuu-lizado pela correção monetária mais 0,5í de juro~ ao mês.E -por-eotarom ao parteo contro tantes de pleno acordo com o convr:n-eionado, e certos de quo tal inici~tiva repreocntn a concrctizaç5oconsciente da busca de uma maior autonomia dO~J cidadãon diante doEotndQ o daa grnndes emprcoao, o me~1Z!Oé :looinado em 2 (du;.lo)vi.a::.

c1c:rg:

o «Porque de Nosso Trabalho»Por que o paramos?Porque estamos preocupados com seu lazer,

para que ele seja sadio, Duradouro e livre de doençascontagiosas.

Como conseguiremos isso?Com sua colaboração, para que os nossos

objetivos sejam atingidos..Quais são eles?

1 - Evitar as águas do Broa sejam poluídaspor latas \fazias,restosde alimentos, et(;, Pétraisso use os latões de lixo.

2 - Construir sanitários para evitar que as pessoas usemas águas para suas necessidades. Enquanto isso useoutros locais. .

3 - Evitar a depredação da vegetação das margens,poiselas nos protegem.

4 - Promover alguns .meios de segurança e primeirossocorros.

5 - Comba~er a pesca predatória, pois, dos peixesdepende o equilíbrio ecológico das águas.

6 - Posto de salvamento e guarda e estacionamento.Disso dependerá o futuro da represa e o seu

Bem estar, pois a sua contribuição de hoje reverterá ,.em sua própria sergurança de amanhã.

APREL • Associação de Preservaçãoda Represa do Lobo (Broa)

Anexo: Informações de nossos Trabalhos

~7t~~;~~Xiiil.jjfW1fiitirj~,"I.'rhtiíir lU'7tfr~"c'C.~:'''. , .

I'I. •i

...........:.--------:,....~A'r"_./;-- .;:«í-..~.

A noticiada construção de um aeroporto nas margensda Represa do Broa, conforme publicação no jornal O Es-tado de são Paulo de 'domingo último, se constitui namaior ameaça, senão o fim do equilíbrio ecológico dabacia hidrográfica, única ainda existente em nossa' regiãoque permanece inalterada. Por essa razão é que o GovernoMontoro, através do Decreto N2 20.960, houve por be~transformar toda a r~gião em Area de Preservação Ambiental.

Pois bem, no afã de se ,promoverem, existem pessoas deDossa cidade que continuam insistindo na construção detal aeroporto, sem contudo, considerar os disposidVos go-vernamentais de proteção do meio ambiente, bem como des-cumprindo recomendação do Conselho Estadual do MeioAmbiente, no sentido de que ditas obras fossem.suspensas.Afora isso, o direito da populacão das cidades vizinhasà represa, que tem nela seu único local de lazer, maispróximo. literalmente "irá para o espaco".

Face a estas e outras razões é que a APASC e APRELse posicionam contrariamente a tal empreendimento, escla-recendo todavia, que jamais foram contrários à construçãodo aeroporto e tudo o mais que lá desejam construir, porém,~ão encontr~m justificativas que as convencam que deve sernaquele local, pois que, existem tantos outros onde talobjetivo possa prosperar sem nenhuD prejuizo ao meioaab1ente.

Por isso, junte-se a nós e lute pela preservacão darepresa e em particular, do pouco que resta da vida sil-vestre em nosaa região.

APASC - Associacão para Proteção Ambiental de sãoCarlos - Telefone: 72-4706 - 71-0368

APREL - Associação de Preservacão da Represa do

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.~~,\',. ".:.~.i ' . ~i I.,

'. I',~ . ,

\

,

t,- ,'APASC-

-..--~.SSOCIAÇÃO PARA PROTEÇt\OAMBIENTAL DE SÃO CARLOS

RECONHECIDA DE UTlI:.IDADE PÚBLICALEI MUNICIPAL Nt 7843CAIXA POSTAL &96

'3.560 - SAO CARLOS - S,

o Governo do Estado de são Paulo, atraves do Departamento Aeroviário do Estado eda U5P, em convênio com o Ministério da Aeronáutica, está cem um_projeto de constru-ção (a iniciar-se brevemente) de um Aeroporto e Centro de Formaçao de Pilotos, e~uma Área de Proteção Ambiental do Estado (Corumbateí-Botucatú), bem ao lado deuma represa (Represa do Lobo, mais conhecida'como Broa).Alega-se que na realidade só serão realizadas·reformas num aeroporto Ja existenteno local. De fato. existe .no local uma pista não pavimentada utilizada por profes-sores da USP que trabalham na área de aviação, porem, é claro, sem estar emfuncionamento como aeroporto. Segundo.o ecólogo José Galizia Tundisi; que há 15anos realiza naquela represa pesquisas que deram ao Brasil projeção internacional;a construção do Aeroporto, tanto devido a movimentos de terraplanagem para asobras como devido ao próprio funcionamento do Aeroporto, põe em risco ~ existênciGda represa como centro de lazer (chega a receber 10.000 pessoas num final de semana)e centro de pesquisa çientifica; ameaçando, por assoreamento a própria existênciada Represa. .

Temos a lei do nosso lado. Afinal o Decreto que cria as APAs assinado pelo Gov~Da-dor Franco Montoro declara que estas áreas terão seu uso controlado para evitardanos às condições ecológicas .locais. Todavia o projeto de um aeroporto nasmargens da represa do Broa continua .••No último dia .i6.l0.85 tivemos a visita do CONSEMA (Conselho Estadual do MeioAmbiente) para uma inspeção na represa e área do aeroporto. Surpreendeu-nossobremaneira a posição do CON5EMA que nos afirmou não ter autoridade para vetara construção de um aeroporto numa área de proteção ambiental. Para que se decretóas APAs então? Só "pra Inglês ver"? Pois no ciecreto da APA (Decreto nÇ>20.91>0 ÕE:8;6.83) diz claramente:

1 - A implantação de atividades potencialmente poluidoras, eapazes de afetarmananciais de águas, o solo.e o ar,

11 A realização de obras de terraplanagem e a abertura de canais que importe~em sensivel alteração das condições ecológicas locais, principalmente na&ona de vida silvestre,

111 - O exercício de atividades capazes de provocar acelerada erosao das terrasou acentuado assoreamento nas coleções hídricas,

IV O exercício de ativídades que améacem extinguir as espécies raras da florae fauna local."

Ainda de acordo com o Anexo 1 a regiãó localiza-se na "zona silvestre", pois noitem 0!l do Anexo 1 .estão sendo mencionados "os campos cerrados localizados naperiferia dos banhados dos rios Jacaré-Pepira. Rio do Lobo e Rio ltaqueri, ecos-sistemas aquáticos da rep~esa do Lobo" e a demarcação cia pista do aeroporto estásem dúvida no cerrado do Rio do Lobo, ou seja nas margens do Rio do Lobo,.cuja"periferia" abrangeria uma áerea bem maior ainda.

Quanto ao argumento de que o aeroporto exist~, o CONSEMA viu o que na realidadeexiste: e um hangar, um-galpão e uma pista nao pavimentada, cheia de erosão ecuja terraplanagem teria que ser refeita, (no mês passado foi feita uma novademarcação - com máquinas de terraplanagem - alargando a pista existente em ambosos lados). Ate o asfalto que foi mencionado, financiado pela USP há anos em funçãodo aeroporto não chega ate o local, faltando aproximadamente uns 5 km, passandoinclusive sobre'o'Corrego das Pe~dizes (ponte a 'ser construida).

Por outro lado, achamos ·uma destas ocorrências incompreensíveis, a USP incentivara construção do .aeroporto quando a própria USP tem um Depto. com Centro de RecursosHidricos e Ecologia Aplicada na Represa do Broa que é um centro de pesquisas·cientificas montado com todo 'd equipamento imaginável, onde professores, cientistase estudantes, inclusive de âmbito internacional, t~balham e estu9am e cuja conti-nuidade estaria seriamente ameaçada com o funcionamento do aeroporto ou talvezjã com a sua construção. Deveria a própria Universidade fazer uma avaliação doque e mais importante: aproveitar uma pista. (a ser revisada e pavimentada ainda)e bangares existentes contra'um centro de pesquisas único no Brasil, numa represanão poluida, com pesquisas que estão sendo feitas ao longo dos últimos 15 anos.

E ainda: porque seria. apenas uma ilusão querer preservar um lugar bonito? Porqueo lazer das pessoas que frequentam a represa'não e considerado? Fazemos nossas aspalavras do Prof. Tundisi: '~ represa do BrOa tem duas finalidades nobres: o la-zer e o estudo." Precisa mais?Em reunião no dia 26.10.85 ·com o CONDEMA de Brotas, o representante do prefe.itode Brotas, o vice-diretor.da USP - são Carlos, surpreendeu-nos a posição do COND~de Brotas, que não se'pOS~C10nou ainda .(apesar do apoio total ao projeto da partedo prefeito de Brotas) e que ate parece inclinado a aceitar o argumento dos"Prõ-Aeroporto". de que o impacto ambiental da construção e funcionamento do aeroportoe.:perfeitamente contornável e a poluição sonora de um aeroporto e tolerável; "afi-nal O barulho de um avião é o mesmo de uma moto potente passando ao lado danossa casa:"OS DOSSOS argumentos, inclusive quanto à'fauna (centenas.de garças, marrecos etc.)são considerados "interessantes, porém romanticos e incompatíveis com o progresso".Os Pró-Aeroporto também citaram outros erros ocorridos na represa (como um desma-tamento nas proximidades) como se um erro justificasse o outro.Disseram que ali haveria tão somente aviões de pequeno porte e com pouca freqUência.Ora. uma vez construido o aeroporto.(inicialmente com 1.40Om de pista) nada iráimpedir o funcionamento do mesmo em qualquer hora e com qualquer tipo de aviãodentro das limitações da pista. (Existem Boeings que necessitam somente de 800 melepista.)Se houvesse seriedade no projeto de um aeroporto "ecológico" dentro de uma APA,tal projeto já teria sido.descartado pelo dispêndio excessivo de verba Duma áreaonde Dão há condições de uso pleno e expansão futura (limitação d~ APA). Por estatotal incoerência (afinal o Ministério da Aeronáutica e o Depto. Aeroviário do .Estado investirão somas fabulosas DO aeroporto) a nossa posição é absolutamentecontrária a6 projeto e.a nossa·lut~ continua •••Pedimos o apoio de todos: .amantes da natureza, frequentadores do Broa e todas aspessoas seguras de que uma Área de Proteção Ambiental, criada pelo Estado combase em estudos e pesquisas, não foi decretada à toa' e sim para ser preservadaDão' só para nós como também para as gerações fULuras.Entrem em c~ntato ou escrevam para ~ CON5EMA (!ua 'da Consolação, 2333-99 a~dar.CEP 01301-Sao Paulo), 'para a Universidade de Sao Paulo, em Sao Carlos ou SaoPaulo e para o Ministerio da Aeronáutica em Brasília para protestar e exigir quesejam cumpridas as leis, inclusive .as.preservacionistas.

são Carlos, 30 de outubro de 1985APASC-A!Sociação para Preservação Ambiental de

Sao CarlosAPREL Associação de Preservação da Represa do LObo

. (Broa)

, .

r.staaos lhe enviando) nnexo, uma oopia ~~ carta (canfor~me dellber~os ~c última reunião do grup~)'envlad~a diversos professoreo.. . .. '"de Seo Csrlos e outros locais pedindo !'.>r1enta.çocspara clar'e~r nossos tre-belhqs em educação ambIenteI.. ,.

f;e voee conhece alguma pessoa,.ver1am~s envirr e~t8 carta, teça uma fot090p1aAprove1tem~s'para le~trar queeneont~aremos na bIologia (na

011 ent1~a.de para e oual c.~e. . -assine·.!!' e er..4fleódia 23'01 (segunda feira I~eS~3 ssla à~s outras re •êe lb horas) r.~s

nlDes) para'

"• l3:xpormospara o gru!:'o n()s~as 1<1e1e.5. .:l respeito de edu-cação ambler.tel e liam quê" cada lU!l 'adl&rio mais 1ntere1'êsante trabalhar •.mos.

# -'••Defin1rmos tme, ou meisa ar~as de: atuaça.o E apro1'undarmos a~ dlscu~sões sobre como efetivar esta(s) escolha(s). -

Uma coisa que L1uit~5p )e~Oas teu frj saà" é a 1Jnport~cla... - '.de nt!o tlC3.I'L10S "patlnandofl1rer..rolandof' oul to CO!':l ülscueso(3:l teorlcas .ou

COIIla espera do parecer de ,iespec1al1stas". Port~llto eO~!lldel"ou-$e impor-tante estabelecer-se co~o msta a semana. (o dla23/01 para que até lá con.sulte!:lo·s "espocS alistas" que eontrlbuc~ pE.ra clarear nos;:;e.s 1c1élas eobbelos camInhos a s~zu1r e para que façamos algucas leituras e escrevamos so•

.. bre nossas ·intenções" Apartir da! teeh.:ire.r.los· algULJt'.s ãiretrlz9s a serem!segu1des em cl~ das quals concentrar~=to!l !:=,i::~s en2~'zl;:'.~ !:':"r.: .G!es se .~lulntes. A lf!~laé.até no tn{cio'ds março e~t~~ com o trabalho iniciado.

Umgrande. abraço e at; 1~goaa1s.

----------_._- -----------.------A DASC ASSOCIAÇÃO PI.R.'~ PROTEÇiiO

r/-\ J - AMBIENTAL Dr. SÃO Ci~~{l.OSc..•• ç. n. '6C,.r.ir7Ci~

RECONHECIDA OE UTILIDADE Pt113LICALEI MUNICIPAL Nt 7643CAIXA POSTAL l5t8

".5&0 - alO CARLO:l - IPsão Car10s, 19 de dezembro de 1983.

Caro ProfessorEstarnos constituindo um grupo de pessoas interessadas no desen

volvimento de atividades em educação ambiental.um dos objetivos deste grupo é caracterizar melhor o que vem.a

ser educação ambiental; a princípio estamos entendendo-a como atividadc~a serem desenvolvidas por pessoas (profe~sores ou outros agentes) no sentido de alcançar-se um comportamento potencialmente "mais posi tivo" norelaciona~ento homem-natu:r.eza,homem-homem e homem-sociedade. Esta noçãointuitiva do que seja "mais positivo" carece ser melhor explicitada paranós·próprios,.sendo uma das metas do grupo.

Nas duas reuniões que. já realizamos (contamos basicamente coma presença de alunos'da graduação da UFSCar em Biologia, Pedagogia e Fi-si~terapia - cerca de ~o a 15 pessoas) algumas idéias de ação foram dis-cutidas. são elas relativas a elaboração de material de apoio para pro -fessores de 19 e 29 graus, atividades junto a alunos de 19 e 29 graus, !tividades junto ã comunidade universitária ou mesmo junto ao programa 8·Vida Natural" na Rádio ~rogresso de São.Carlos, que um grupo de traba-lho da APASC está desenvolvendo. Para a efetivaçãc destas atividades pe~samos na possibilidade de convênios a serem efetuados com alguns depart~mentos da Universidade Federal, da USP, Delegacia de Ensino, Prefeitura'Municipal e Parque Eco15gico de são Carl~s e outras entidades que possamsé envolver co~ os trabalhos.

·Dúvidas e vontade de desenvolver atividades é o que nao nosfalta, da! estarmos recorrendo ao senhor para pedir-lhe orientação sobreleituras, caminhos a seguir, indicação de outras pessoas que possam nosajud~r e perguntar-lhe s?bre a possibilidade de fazer uma palestra sobreo tema, ou bater um papo com o grupo, ou elaborar um mini-curso com as-suntos que possam contribuir no sentido do já exposto.

! só marcar uma data e dizer sobre as condições que precisamosprovidenciar para poder contar. com seu apoio. Pretendemos desenvolv.er a-tividades já no mês de janeiro, particularmente na semana de 23 a 28/01,

- - Iquando todos (ou a maioria) dos ~lementos do grupo estarao em Sao Carlos.certos de"contarmos com sua atenção aguardamos sua manifesta -

ção. Atenciosamente nos despedimos ~esejando-lhe um.Feliz Ano Novo.

ECotnGICA~ente ·nrinc~ndo co~ o Verde"'lOTEI RQ

frutas no pomar.S Transporte - correr junto com ofIcio.§Mudee de árvore e horta- pegar •• muda.(loea1 para plantá-Ias, estsrco,ferramentas), cartas, horário da hórta (ver o ~ue tem)§ Falhas na computaçio§Jivulgaçõo- cartazes n. e~cola, na federal , notas na rádio e e impreense,telefone para professores cadastrados, Jornal do CDtt.I CDtC- conversar co. Parssu, lever fichas d. inscrição.- Limpeza, lanchonete a banheiro.

LMA. Retirar loop e trsnsfôrmador.5 Biologia - retirar filma. loopaI Retirar livros da biblioteca.S No dia- e.tar no ponto de ônibu8 e no Perqu. Ecológico.§ fezer crsches.§ Reunião- Dividir a. taref.s, discussão da programação, preparação do. mon!tor ••• divisão do tr.balho no dia, para aVBliaçio.

S Camisata. - pedir para bancos ou

fI5f

§

Grana para g8s01ina, atc.ftodar- fichas de inscrição, certa pare Da peie e autorizaçio, o programa.

R~der um roteiro permenente para prsparação dos monitore8.Joj

duração: dias 05 9 06 de ~io (sábado e d9Ein€o)ni de v,€aEl~ 50Destinado a ~lunos de 52 t 82 e~r1es do 12 grau~

lirograma~Sábado: 14:00 h~- }ta 1e·'~\Chon.te do Pa!'que Ec.,16gioo. fOl'"'..1:.ação dN:;

grupos A e~)lioação das atividads3.14: eO h _. Passeio pelo parque16:00 h - lanohe.e filmes16: 30 h - Brincadeiras e arte13 lin·es17:30 h - fim d~s ativiaãdeÁ ao diau

13:00-h -14~00 h -16:00 h-

F.euni~o Bera~ 1>8~~<::(i1soussão do f.l.'\,'.~; ! ~rS i~j~" (-....o d13.1 i:late- pap~ lJE;rt\ a ele.boraçâ.o Cc .,li&lo;o 3passeio pe19 hortE..

- 'início d,a ~r(tp&!'"a.C1;~~Odo almuço eoc11;g~00,: ta j,~. ;:.çpo e apree9Dtaçso de filmes.L:omp')stagem (aproveit,~.m·1n·l;o do 11:-:0 llc:t:ést.j~!»)El&bOreçéo de dr~n~tize~Õ33_:Ple.n~i') de e.lg-V!l~(.r> {r\"ores :-?elo "Jtcl\l.'.e e !"e-i:li.t..~com ;)8 pe.iEl, nE. j,ftilcl::.on.o:te a.O PE.~.:'que, peI·;a. u~··!t'.pale-;tra e lie.te- pspo, Haver€. tElhitám ep~'eH~n ;.'7.-'

9ao ias dr~tii:~ÇÕ3S c entreê,e. de r.;oZ'ti:f':i.c~'iC'r

Domin@:o: .8:00 h -rente

"Brincando com o Verd~"

DIAS:

LOCAL: P2rq~e EcrmlágicoINSCRICÕIES: C. D. C. C.

'. #

Rua 9 de Julho, 1227-Fone 71-8201

PROMOÇÃO: Grupo de Edu~ação AmbientalAssociação para PreieçãoAmbiental d~ São Carlos

A Po Io: Centrinho . das Ciências BiológicasCoordenadoria de Divulgação Científico e CulturalUniversidade Federal de São CenlosDepartamento de Ciências BiológicasFundação -Parque EcológicoPrefeitura Municipal de São Carlos

ElIDãlJ~m1~roO i11Mrm~~U~ililll.25 de Maio a 2 d~ Jun~o

liDe tudo ficaram três coisas r a certeza de que eleestava sempre começando, a certeza de que era precisocontinuar e a certeza de que seria interrompido antes determinar. Fazer da interrupção um caminho novo, fazer daqueda um passo de dança, do medo uma escada, do sonouma ponte, da procura um encontroU

Fernando Sabino

-INSCRICOES,

SECRETnRln DO DEPnRTnMENTO DE CIÊNCiaS BIOLÓGiCaS.UIUVERSlonOE FEDERaL DE sno cnRLOS~3

Até dia lS/MaioN.o DE ·VAG.~S: 70

PROMOÇÃO: CENTRINHO DA. BIOLOGIAGRUPO DE EDUCAÇÃO A~BIENTAL • UFSCar

APOIO: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, ,

Patrocínio: C.E.5.P., NE5TLE, ITAU

OfSCar - Ro~. Wasllington luiz, tm 235 - c~. 616 - crp 13.560 - fone: 11-11~O- São Carlos - sr.

GONZALEZ,Ana L~c1aJ PIRES,Mar1a R1tA S.l TOZDNI,S1lv1a HelenaSenchezJ PRADD.Bérbara He11odora Soares dOJ CAVALLARO,Zél1aIsabelJ MATHIAS,Cleófas Henr1quel AIELLD,Lâ1nes Aparec1dalVeNERE,Paulo Casar e outros. UFSCar

A falta de espaços em nossos currículos para at1v1dades de ex-tenseo un1vers1téria que nos poss1b1l1tasse aprender o conhecimento v1vo,possível ao nosso ver,no contato com a realidade,mãEmuito d1stante do ens1no veiculado nas salas de Aula e a preoc~pação com o despertar e amadurec1mento das pessoas a respeitoda problemát1ca ecológ1ca,levou Rstudantes univers1tár1os a fo!marem um grupo de atuação,v1nculado a Associaç~o para ProtoçãoAmb1ental de são Carlos,com a fina11dade de.desenvolver juntoi comun1dade são carlense a mais es~eclf1camente junto ~ rodeescolar,at1v1dade~ que atendessem estas preocupaç5es menciona-das ac1ma e ao mesmo tempo,contr1bu1ssem para nossa formação e~quanto futuros prof1ssionais atuantes.

~ Promoção de pelestras,expos1ç5es educativas,1mpresseo de textoEe atividades durante a semana do moio nmb1ente fOTam desenvolv1

das durante um semestre,mas o que morece especial atenção,foranos -Ecolog1ca-mente,brincando no verde"-f1nais de semana com secrianças no Parque Ecológico desenvovando atividades artísti-"cas e de aprend1zagem de ciências que nos permitiram atingir o~jetivos relattvos à conciliação dà lazer e educação ambiental,-(chamando a atençõo da população para a necessidade de reformulaç5es filosóf1cas e estruturais do Parque Ecológico local),a-proveitamento da natureza e açio do homem como recurso pedagóe!co,respeito a todas as formas de vida e desmistificação do tec~nologias e processos do cotidiano. .

As metas especificas às quais as atividades se propunham,acred!tamos foram relativamente bem sucedidas.Os objetivos gera1s deEducaçeo Ambientél que determinaram a formaçeo do grupo e nort@aram nossas atividades estão em constante avaliaçeo através dascríticas de nossas aç5es,o que tem permitido elaborarmos novaspropostas de atividades e amadurecermos em nossos conhecimentossobre a problemática ambiental e educacional.

Com •••••••••••• ·, '. J:. A. ATRAVM DI: J:lCTD)ADJ: DI: PROrlllÇAO AMBtDTAL:RELATO DI: UM CASOIltJrCOl Sorma'ffIOtJFSCarfSP

Este trabalho visa relatar a atividades desenvolvida pela "AA-soclaçlo para Proteçlo Ambiental de Slo Carlos (APASC) aolongo dos seus sete anos de ellist!ncia, ressaltando IlIpectos educa-eionais da sua atuaçio: programa em "'dio AM local; organizaçãode mo;adores na defesa de seu ambiente e qualidade de vida (ativi-dades junto a moradores por lua luta pelo cumprimento de promes-sas eleitorais de construçio da praça pública do bairro, atividadesjunto a uma população favelada contribuindo na 5ua organizaçiopela posse da terra, construção de moradias e por melhores condiçõesde vida); intervenções ruptivas de obviedades do cotidiano; ativida-des junto ao sistema formal de ensino: palestra!!, projeção ~ filmes,exposições de pintura e fotografias; ocupação de espaços na 1mprensalocal; concurso de fotografias sobre temas ambientais; incentivo lcompra de um restaurante naturalista atravEs da formaçio de um."cooperativa", vinculada l APASC.

Alertar ai pessou para os problemas ambientais e buscar ailuas .causa mais profundas E papel da educaçlo ambiental dentrodas entidades ecologistas. Todas as atividades destlS entidades r0-dem apontar para esta perspectiva. Para isto E necesdrio aliar aoativismo protecionistl! a critica aoclal (organlzaclonal, econ&nic:a,moral etc.) e l discusslo da nossa utopia uma plitica que nos possi-bilite vivencia.r alternatival de caminhos para conltruf-la.

Componente n.· IDES~VOLVIMENTO DE ATIVIDADES EM E. A. POR ESTU·DANTES DE 3.° GRAUPaulo Bonando e Carlo. A. P~UFSCarlSP

A falta de espaços em nossos eun(culos para atividades deextenslo universitária que ftos poSsibilitasse aprender o conhecimentovivo, possfvel ao nosso ver, no contato com a realidade, mas muitodistante do ensino veiculado nas salas de aula e a preocupação como despertar e amadurecimento das pesso•• a respeito da problemá-tica ecológica levaram estudantes universitários a formarem um grupode atuaçio com a finalidade de desenvolver junto l comunidade sio--tarlense e mais especificamente junto l 'rede escolar, atividades queatendessem as preocupações acima e, ao mesmo tempo, contribuis-

• sem para nossa formação enquanto futuros profissionais atuantes.Promoção de palestras, exposições educativas, impressão de

textos e atividades durante a semana do meio ambiente foram de-lenvolvidas em um semestre, mas o que mereceu ellpecial destaqueforam os "Ecologica-mente, brincando no verde" - finais de semanacom SO crianças no Parque Ecológico desenvolvendo atividades artl••ticas e de apren:liugem de ciências que nos permitiram atingir obje-tivos relativos A conciliação de lazer e educação ambiental (chaman-

do a atençlo da cidade pUa a MCeISldade de melhorar o ParqueBcol6gieo local), aproveitamento doi rec:unos e problem•• ambien-tait como recono pedagógico, respeito a todu li forma de vidae desmiltificaçlo de teenologi.. e proc:eIIOI do cotidiano.

Componente n.· IDAS CRmCAS A AQAO DA AÇAO AS CRmCASPaulo R. ptceollo • Lund. Braghf1d Il1nforUFSCarlSP

Esse trabalho visa mostrar ai innu~nclas de um proc:esIO dediscussões e análises dentro da pr6tica de açlo do grupo de educa-C;lo ambiental. As discussões giraram em tomo das mais variada'questões que ,envolvem desde a formaçlo e estruturaçlo do grupoat6 o questionamento das pr6prial concepções de cada componente,relacionadas à problemática ecol6gica, como: • interação entre paei-f1Smoe movimento ecol6gico, dualismo entre homem e natureza; a"Sociedade Ecol6gica" em conflito com a "Sociedade TecnoI6gic••••

as ideologias implfcitas oa pr6tica do grupo e luas ~Iações com .spropostas pedag6glcas entre outras questões.

Pretendemos, assim, dar subsldios a novas discussões e ao ama-durecimento dos objetivos na 6rea.

Componente 11.' 4Vl~NCIA EM TEATRO NA EDUCACAOAMBIENTALRober'o Cf4ICCIUFSCarlSPO que nos leva a inserir o teatro no trabalho de vivenâa em

ectucaçio ambienta' 6 a IdEia de que para fazer teatro E necess6rioobservar atentamente o que buscamos reproduzir e interpretar. Nesseato de observar as crianças aprendem a conhecer melhor o ambienteonde vivem, observar os elementos naturai! (água, ven10. plantll!'.animais) e as relações entre eles e com as pe5soas. Ao procurarreproduzir, nos exercícios de teatro, a criança desenvolve um conhe-cimento melhor de seu próprio corpo (suas capacidades e limitaç6n)e das características particulares dos elemento~ reproduzid~. Nojogo dramático, interpretando ~ element~ o~ervados, a crillnçaincorpora "a (orma de exilltir" deSSe!!elementm do seu ambiente e'a partir daí, sem dúvida, encontrará a melhor rorlna de lIe relacionarcom seu ambiente. E. ainda, o estlmulo à crialividade. espontanei-dade, expressão e à vivência em grupo sio fundamentais ao d6t'n-volvimento de qualquer pessoa em qualquer ambiel1le.

•• o que foi IT.ais imporl;e.nt2 pm".;l voei no n!! EL:Ci_[):jiC/'.r:::::NTE ?- De maneira c.omoé fa~.to o ~r:r:dJGICpl.'Ei·nE t.(;:1Crib:á na s~:'."'cc.o

dos problemas do :'O';;SQ r.léJio--;:r,.tic~ta??ú;·qL:ê? •

- Que DUtr~ tlti'lidade3 :"lás pC\;!3riamo:;::1:>znn~'ol~:3rjuntc~ em proldo laD;;tiD r,19io-eJi,oiCJit8"? .

- Quais são os pri:"ic:!.pais p~otl::m:3s 0.'.10 você Gn:.:er93no oc;;u õ'leie-~ients(nG cidada,na ec~glQle~casa)? .

·..QuB tipo de ai::.í.vidl:dl!:a nós pçdel"ior,;03 ~;:-.z.o!"juntps nas Fé•.iaz,PlSrQ roa:.lhnro$." nosso ms1o-srJ;)ierrí:e?

.,; IJ que nós.~por;;edamoQf'a.~l"',d:ltll.li da Seo. Csrlos pa...-elprotajar Sflt·éciesque BBte.O arr.eeçadas eis o;~tin~eioCDr.l:J n Gnts e o lobo-gua-a,!Jc,' l1:;~rlnlD

- Camapoderiarnos melhorar O P~e ecolÔgicc?

- n qt.revocê~hcu dtlS tex'i:oe CJ.lG fOl"lSn ciiot!"ibuidos

j- O oU':;

.t- O ,~. ("" "e ti. J....... , .• t: dellC .ter,... a nt.I••,i- O r,e /,ou11,:: ~{, .••• ;... T" e ele lIIe .sC,. moi. (fiCoa J.ti o'" -rn. c 1li"f'ã.Jo ?'{-;;e ,/e.:mos OT~~')aiz~.,011. t~.r ecoL_ic"'1n c "tl:. .•. 1· I I. '. te leve Se1 l"'O'~ 'I~;. t'"" eUo tIe Y"é!~Liza r "'oS o 1f,-I.'O". ,ie~)J'et"'Lei (o"",,, c -t..I t ef: .,. I ..." I 'J.~ tios 1UYI.."\f~ntes,

1~ ~.Jo"'4.1l:~.~#~.»1~"/ra"u-..L&Gt"a\lV" a.c..s, , .1h~}Ji.toY'ttt, (141.( t·.' .$ •• ,eU toés ),- J~"'Ya ~ ~."t.& ~ 1.(11\ho", JJ.a par. t"c. Lt'2a., ",,0$ as .,.~"t~~elo

6Y"f. ele t!JtI~31" ••~~·~c",-t"l•••• ria ."..lJ.or ~s a2.~JI\,Y'.$J~"to4:0", "S "ele); !~~S ~ A PAS'." 0\1 ~t"'iI·.sCl6est~)

"')0 ~-

Fim de ano.Al!v10 e preocupaçõe8.Ac~barsm-8e ae proVaG~.cD horar1oc, I ... ,r'll~a t;udo, etooFel·ilA8" A preooufsçao :eo em me.rgo "amOE; vol ter a p Pf'!sar cC«-

letivamente nos problemas que abeor~eram boa parte do nosso tempa,neste snoeno,rclat1V03 ã educaçio a~b1ental,parque ccológ1co,~ncontrce,ecclog1c8-ltent~;:nov1i1lento ecológlc()'~

lia últiUla reuniã:> 04/12,madrugada adentro) fiOS propuseJllCc a Q"~~~~

8~ui ~tlll são ':;arlos,em jaue1ro'2'3 fjI. 25 ou 26~,pa~. discutlrm(l8 a nosaa paIUC1pação jU},to ao Parquoil Ecológi.co {Pleno de Eme·)'gênc1e. e juni:c. .~ Punda~

9t:oh: orgenhsrlll(ls Ut"l Cie}., de .eAtudos e dehates F,()brE' (, Parque Bcológ1('vo

Alero :'ié.so fi C&1110a rIe elab~ll'ar U:l projeto de Edu('Ei.ção Ar.lhiental pare a

!tFI, UrBa de Proteção Ambienta!) •.b Broa, ti s'er enchlDlnh&(:'C' at~ fineI de ja •.ne1ro ao CONSm'~o

Em reuniões anter10r~8 peneur/loe em aprovei t6 r as fer1ee 'P~rn se pen-8!tr E'U'.um CU::-ao de Edu~Bqão AmbLmtal e para repuil::armoe· o escr,em& dC18 E~

colo!::i ca-·lDer.tel:l qas :'o1ad:~gedas.

Algumas pessoas vão estar qllase todE.';: as rér'ias em são Carlospoutresno lDê~, de janel'ro e outres eOl11en~e nOé d:iae comb1rladóE! •• ~balxo",:; nome delap.pfoS,l'l1' :·ervlr de refere~1c1n~ para :11U':;1 estiver intn'~se""d{, t!lll pu~tj c1par det! ~gl!:.:" desnatO ativ:dadea,

:: 18110 de Emerg~nci.o ·j)!ivi d, C,..\.~úpCaiqt:,e,. Chiqui;"hoj{ Ea t,&. tutOl? ~1eg1slE.ção

C'<:.E •• i' ·Sl\çao-Carlos,Sil Vill. ·:a seU :l;;Cj.clo de estude :'0 <> o-Fi coolc> ~..\,' ü, P.i t::'plH-

nsnj •.·,3árbara,Dulce.,projeto ele E:A ••:;Jar8 APA.••.Broa-!Iulce f: ?;CI1;'i~; de 3.Ae··'

fi.H'c::·.Piccolos30nand"1E(~l.ogicEl. ol"1fl'1te,11f.drugaãa,. u •••• ~~'l!'

?:'a:rs a :reuni ão do d~.8 ~1/1o Cajú fie dispos 8 estar pl'eeen ~~o

( Caique ficou de a~v&.r Oli paj'Ucif·antes dliülesslll ~obré I; local Õ~

rE'unj :;0 do di a ·3/1.~;;'910s papos que temoa levad,~~ nae pr,.ralelQs~:c nrece ..;ue e.l'C ane~i()p

r\~i.o .:'la COllll1m"Q de diecutirMoS ,!laia "o que é E.A.:':" e olftroe 1,3~(je que

. ';r}.~7 !-9\&: lDaia nl)esa~ atufl<<.;:;E-800 Henl!l.to.P1colo E' fo:fA~cão z·ens&n(;C) lileto.o,-,.;"I;r,~' d:ia,fo-rmular31'\ alSilr.H1S quc;'!tões"fol'.nuladss r,·a1e 0-...: ;;1~.!"!~·,:if'. fonroa

:;.n,;... ,A~ha!!1c)B':lue eelie lc{;a: s:': t~Õ.~~4 l'er.saaE1~:i ~~laf' ~' E..:; '.•.• ~\y.ee,:,f' r

".:~:,:' dida/3 pu'a 8 r€un:.n~ do eLa 2~/Ol ne. bun!<I·'· da p~ i'ban." ~u:r.tt:.Sil,-" .!,,~'It:":l,.« (oidude Jard:.m em t'r.!"te aI) t1UpE;rme!"(,{;'~04;Le;,va)

Antes de ma1E' nBlls, (.0(1 qUi. v;:;o : .B~t~·i-!·V,O,' vc;t1n dt" \.!:;1~."'1

. gero p;ostosÚo, proveitos •.' e ~. qUIi VOC(;f! t-rll'nvni'\,em 'j f<nt.~,r lJnto!' ~'= ':. v,'.

r:;..rCiD nc que forom 00 ~oiíJ Ecolo~ic8-'lIIente f'. di sou t i r :;<> r,'r,,,,C'tl V:":f' ~.::r:

nOflc.n c.tua9(;O.O Carlol', MorcoB, Dulco, .<ébe., raulo Picolo. :~c;.r.l:~'11COtiV;·'~'·:':~

Bolta8 avaliAram qne esta semana eer~ difícil nos encontr~rmo8 (devido POCprepl1rut1voD p/ n vi~em o. Betha.ry) e estão propondo aue fr.ç~l'l!cJs 1\1ll'F."ol'·I·~

,gion-mente p/ monHores "'DÓS oe 1'er1aaos. Seria UII Ecolo~ic::l-mentÇ: ec:n J)€r·do de teDpo coa burocrac1~e e lnfraeetrututa. A ldé1n é de r0611z~-lo di~~29 (sexta-feira) à noite - tnlvez com 8 prcjeç&o de um filme (quem sabeDerzu Use.lt. em video) e dia 30 (sábado) com &lmoQc no E.U. di=) 'e~er:11. j;~o·,demos nos enoontrar quarta..-fe1ra agom e/ou aia 27 poro. pro~ré<m~M10~ Q t"r-trutura deste ecologica-mente p/ monitores. A idéia inicial é COnVer6&~SBvali&rmoR nossa ~oEo, trocarmos idéias sobre nossa prática ind1v1~ual, diRcutirIDOS nossa idéie de futuro (noSBG utopia de sociedade eooló,;lcf,) E' t).~

veliarmoB :18 diferentes prol)ostas que estõo surgindo de iatividades (l,o"Gru-po de E~uca9ão Aablental (madrugada ecológica; at1vidadE'8 na eecoJ~, pre-cedendo os ecologlco.-lIIente e JD(\druglldlil~ ecológicas; eU v:idades'P/ {)rspc1ra-'

9~ dos Donitores"f nOSS08 reuniões; tiul~s de. OCA; ecologica-mente com cri~ças de UD Parque-escol~ Municipal; ecologiaa-mente com u· crlan9~!'., de um:to

- ., .•.•.• >-

eaool1nh~ de inglês; QÇÜO relat1vn A pés~1m~ situação do P~rqueEcológico;Vigilantes do VerAe; projeto para aPAPESP; ete).

Quarta-feira, apóe se aulas da OCA, o Paulo Bonando, Bárb'e.re, Ritn81lvi~ lIc.rcos, Paulo s. e Adr.1ann e demfde interessados estarão av&l1fa.ndoo trabnlho DA OCAe cUscutindo r. ação tutura.

Quanto ao 111 Eoologica-aente, algum..., avaliaçÕes forem fei taepelos presentes a reunião 4e 4! teira passada (Carloe, Paulo P., Paulo B.,JÃtnes, Marcos, Xéba, Zéllc., BárbarQ.)' telou-se sobre a possibilidade detinalizarmos o &omingo na prn~ Cel. BLlles com exposição de cartczes e~a apresentaçno tentrnl ou••• , falou-se sobre incentivarmos 08 cr1an-9&S a t1.cal1zar8ll o Parque durante 88 ütiviclades dê cSom111g0, D •• %:tID.~••

••e_cltou-se a neoessidade de mODitores po.rt1viporem das reuniões anteriO-r.A DOS eoologioa-mente como forma 4e sentirem melhor Q-espíritc dQ coiea"falou-se tambéa sobre olarearmos nossa postura de grupo em rele9ão n situa-çno do Parque !coló~lco. Umaooiao. parece consensual: por mo'1E'lega.l que

I •

. ' tenho Dldo os doi. ecologica-mente, 'não ~á''Para continuarmos sil1plps'tlente

, ....:•.. ree.l1zá-los _ UE:.4urecerm08 em n08POS obje.tivos. Dai, novemente Q, .' . \ .

••• a •• '.. •

':p.ce~sid&de do papo dos dias 29 • )0/06 e qUEm sabe a efetiv6ção da idéiade U~ projeto ce pesquiea p/ PAPESP ou CNPq. ·Quanto a·isto a Rose, DUlce e ~'\l".)."COS começaram a eetucar o que é necessário ser 1'e1to pare' fazermos um

pêõ1do à estes instituiçõee de pesqu1se e aproveitam a oportunidade desta~ ~ .oiroular p/ pedir aju~e. de todos: Ponhu no papel o que você .entende por'. .. ." . ."... ..... " ' .•

objetivos da nasce e.'80 em I!duoa080AIlb1ental .8 procure PIi justifica-Ios.o.:~.. . :.' .,...", . ~ ., .." • ~.J

'. -.r @8"':.8 dif'CUBSÕ":"'~Comovocê e.ch~ que podE'r1f.dD ••.")

, . ~~"""'''''i ~I)a.tivit1ll.des.pratlC ••.., ..,••~, ..Vó~ê aob&~ue devemos ~.Flnvolvf.raa1ç

_·_. · .. _0