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MILENA TORRES GUILHEM VERINHA CAETANO NOGUEIRA BARBOSA Assistência de Enfermagem na amamentação: uma Pesquisa Bibliográfica. Londrina 2012

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MILENA TORRES GUILHEM VERINHA CAETANO NOGUEIRA BARBOSA

Assistência de Enfermagem na amamentação: uma Pesquisa Bibliográfica.

Londrina 2012

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MILENA TORRES GUILHEM VERINHA CAETANO NOGUEIRA BARBOSA

Assistência de Enfermagem na amamentação: uma Pesquisa Bibliográfica.

Monografia apresentada à UniFil – Centro Universitário Filadélfia, como requisito para a obtenção do título de Especialista em Enfermagem Obstétrica. Orientador: Profª Ms. Kátia Mara Kreling Vezozzo

Londrina 2012

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MILENA TORRES GUILHEM VERINHA CAETANO NOGUEIRA BARBOSA

Assistência de Enfermagem na amamentação: uma Pesquisa Bibliográfica.

Monografia apresentado ao – Centro Universitário Filadélfia- UniFil, como requisito

para a obtenção do título de Especialista em Enfermagem Obstétrica, com nota final

igual a _______, conferida pela Banca Examinadora formada pelos professores:

Profª Ms. Kátia Mara Kreling Vezozzo Orientadora

Profª Ms. Evanira Luisa Janjacomo Chiquetti Banca examinadora

Londrina, 31 de Março de 2012.

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente à Deus.

A nossa orientadora, pela disponibilidade em nos ajudar.

A todos os nossos professores, que ao longo do curso estiveram

sempre presentes e dispostos a transmitir seus conhecimentos, com afeição.

Às nossas famílias pela confiança e motivação.

A todos, que com boa intenção, colaboraram para a realização e

finalização do presente trabalho e aos que não impediram este estudo.

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“A mente que se abre a uma nova idéia,

jamais voltará ao seu tamanho original”

Albert Einstein

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GUILHEM, Milena Torres; BARBOSA, Verinha Caetano Nogueira. Assistência de enfermagem na amamentação: uma pesquisa bibliográfica. 2012. 28f. Monografia (Especialização em Enfermagem Obstétrica). Centro Universitário Filadélfia, UNIFIL, Londrina, 2012.

RESUMO

A maternidade marca uma nova fase na vida da mulher. A experiência de gerar e ter um filho promove reações, sentimentos, fantasias, expectativas que são fundamentais para a prática da amamentação exclusiva. O ato de amamentar é muito mais do que um evento biológico e fisiológico. A decisão de amamentar é uma decisão pessoal, sujeita a muitas influências, resultantes da socialização de cada mulher, porém no período do puerpério a mulher se depara com várias mudanças e desafios, nos cuidados pessoais e principalmente com o bebê, necessitando de orientações de um profissional para poder conversar e esclarecer dúvidas, medos e ansiedades. Os enfermeiros possuem um papel fundamental no acompanhamento de mulheres em ações de promoção à saúde, assistência e prestação de serviços de qualidade para auxiliar no aleitamento materno. Esta pesquisa tem por objetivo descrever as principais dificuldades que as mulheres apresentam em relação a amamentação e intervenções que podem ser realizadas. As principais dificuldades que a mulher apresenta em relação a amamentação são: hipogalactia, volta ao trabalho, ingurgitamento, bloqueio de ductos, mastite, fissuras, mamilos planos e invertidos, choro do bebê, hipogalactia. É importante que um olhar sistematizado aconteça desde o pré natal, pois nessa fase é possível escutar o que a mulher espera com a amamentação e quais são as suas dúvidas. No hospital a equipe de saúde também precisa ficar atenta, pois já podem surgir problemas que uma abordagem eficaz e orientação podem amenizar o sofrimento da puérpera, ainda durante a internação. A promoção do aleitamento materno precisa ser feita também com os familiares das mulheres, pois estes podem contribuir, ou não, para a prática do aleitamento materno. É fundamental que todos os profissionais da área de saúde realizem uma abordagem acolhedora a estas mulheres, sabendo ouvir suas dificuldades para prestar uma assistência individualizada, mas é igualmente importante a competência técnica, para saber a melhor intervenção a ser realizada naquele determinado momento. As mães e familiares não necessitam apenas de informações, mas de atenção e ajuda, que deve ser fornecida por toda equipe de saúde, de maneira que esta funcione como referência e apoio nas dificuldades. Palavras-chave: Assistência de enfermagem, aleitamento materno, puerpério.

ABSTRACT

Motherhood marks a new phase in women's lives. The experience of having a son generate and provoke reactions, feelings, fantasies, expectations that are fundamental to the practice of exclusive breastfeeding. The act of breastfeeding is much more than a biological and physiological events. The decision to breastfeed is a personal decision, subject to many influences, resulting from the socialization of each woman, but during the postpartum woman is faced with many challenges and changes in personal care and especially with the baby and need guidance from an professional to be able to talk and clarify doubts, fears and anxieties. Nurses have a key role in monitoring the actions of women in health promotion, assistance and provision of quality services to assist in breastfeeding. This research aims to describe the main difficulties that women have about breastfeeding and interventions that can be performed. The main difficulties that the woman has regarding breastfeeding are: hypogalactia, back to work, engorgement, blocked ducts, mastitis, fissures, flat and inverted nipples, baby's cry, hypogalactia. It is important that a systematic look from the prenatal happen, because at that stage you can hear what the woman expects to breastfeed and what are your questions. At the hospital the health care team also needs to be careful, because problems can arise that have an effective approach and guidance can help suffering postpartum woman still in hospital. The promotion of breastfeeding needs to be done also with the families of the women, because they can contribute or not to practice breastfeeding. It is essential that all health professionals to perform a welcoming approach to these women, knowing their hearing difficulties to provide an individualized assistance, but equally important is the technical competence to determine the best intervention to be performed at that particular moment. Mothers and families need not only information, but the attention and help, to be provided throughout the health care team so that this function as a reference and support in difficulties. Key-words: Assistance nursing, breastfeeding, postpartum.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AM – Aleitamento Materno

IHAC - Iniciativa Hospital Amigo da Criança

IUBAAM - Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação

MS - Ministério da Saúde

OMS - Organização Mundial da Saúde

UBS - Unidade Básica de Saúde

UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Adolescência

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3

2 METODOLOGIA ...................................................................................................... 5

3 ALEITAMENTO MATERNO .................................................................................... 6

4 DIFICULDADES NA AMAMENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM....10

4.1 Mamilos dolorosos e/ou fissuras.....................................................11

4.1.1 Assistência de enfermagem..............................................12

4.2 Mamilos planos e invertidos............................................................13

4.2.1 Assistência de enfermagem..............................................13

4.3 Pouco leite (hipogalactia)................................................................14

4.3.1 Assistência de enfermagem..............................................15

4.4 Mamas muito cheias e dolorosas (ingurgitadas)............................16

4.4.1 Assistência de enfermagem..............................................17

4.5 Bloqueio dos ductos........................................................................20

4.5.1 Assistência de enfermagem..............................................20

4.6 Mastite............................................................................................20

4.6.1 Assistência de enfermagem..............................................21

4.7 Volta ao trabalho.............................................................................21

4.7.1 Assistência de enfermagem..............................................22

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................24

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 26

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1. INTRODUÇÃO

A amamentação é uma vivência biopsicossocial do ciclo gravídico-

puerperal e a decisão de amamentar da mulher está integrada à sua história de vida

e ao sentido que atribui a esse ato. Assim, essa opção pessoal da nutriz passa por

diversas questões socioculturais, biológicas, psicológicas e emocionais (ARAGAKI;

SILVA; SANTOS, 2006).

Em qualquer cultura, com o nascimento de um filho, espera-se que a

mulher se torne apta ao papel de mãe, sem negligenciar suas funções de esposa,

dona de casa e outras inerentes à sua vida social. Porém, os primeiros dias após o

parto são carregados de emoções intensas e variadas. A mãe vivencia o período de

recuperação da fadiga do parto, estando, ao mesmo tempo confusa, frágil e

estimulada pelo nascimento do filho, sendo comum nesse período a ocorrência de

sentimentos ambivalentes, como a euforia e a depressão (CAMAROTTI et al., 2011)

A maternidade marca uma nova fase na vida da mulher. A

experiência de gerar e ter um filho promove reações, sentimentos, fantasias e

expectativas que podem influenciar de forma positiva ou negativa a prática da a

amamentação exclusiva (CATAFESTA et al., 2009).

A amamentação não é apenas um processo fisiológico de alimentar

o bebê, mas envolve um padrão mais complexo, um elo de comunicação

psicossocial entre mãe e bebê. Pode ser uma excelente oportunidade de aprofundar

o contato e suavizar o trauma da separação, provocado pelo parto. Portanto, esse

processo não está ligado somente a fatores de ordem biológica; a mulher vivencia

esse momento com grandes transformações psicológicas e emocionais, que

determinam sua vontade de amamentar. Cada mãe vivenciará essas transformações

à sua maneira (BRANT; AFFONSO; VARGAS, 2009).

Muitas mulheres tem se tornado mães com pouca ou nenhuma

habilidade em levar adiante a amamentação, o que as deixam mais vulneráveis a

apresentarem dificuldades ao longo do processo (SANTOS et al., 2010).

Nesse sentido, a equipe de saúde que atende o binômio mãe-filho

precisa estar capacitada para prestar uma assistência adequada. O enfermeiro,

como membro desta equipe, tem um papel importante, seja educativo ou

assistencial, devido os conhecimentos e habilidades que possui (BRANT;

AFFONSO; VARGAS, 2009).

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Diante do exposto, esta pesquisa tem por objetivo descrever as

principais dificuldades que as mulheres apresentam em relação a amamentação e

as intervenções que podem ser realizadas.

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2. METODOLOGIA

Este trabalho caracteriza-se como uma revisão bibliográfica que,

segundo Marconi e Lakatos (2003), abrange publicações existentes em relação à um

determinado assunto ou tema pesquisado, tendo como finalidade colocar o

pesquisador em contato direto com o que foi publicado e escrito. Dessa forma a

revisão bibliográfica não é uma repetição de determinado assunto, mas uma maneira

de proporcionar ao pesquisador uma reflexão por meio de pesquisas anteriores,

para uma conclusão inovadora.

Assim sendo foram analisados livros - textos da biblioteca Professor

Zaqueu de Melo de Londrina – PR e artigos de periódicos dos últimos 10 anos (2001

à 2011), escritos na língua portuguesa e disponibilizados nas bases de dados

LILACS, MEDLINE e BDENF.

Para a busca foram utilizadas as palavras - chave: assistência de

enfermagem, amamentação e aleitamento materno.

Todo material obtido foi cuidadosamente analisado e apresentado de

forma descritiva.

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3. ALEITAMENTO MATERNO

O leite materno é um alimento vivo, completo e natural, adequado

para quase todos os recém-nascidos, salvo raras exceções. As vantagens do

aleitamento materno (AM) são múltiplas e já bastante reconhecidas, quer a curto,

quer a longo prazo, existindo um consenso mundial de que a sua prática exclusiva é

a melhor maneira de alimentar as crianças até aos 6 meses de vida (SANTIAGO et

al., 2003).

A amamentação ajuda a proteger o bebê de infecções

gastrintestinais, respiratórias e urinárias; o leite materno tem um efeito protetor sobre

as alergias, nomeadamente as específicas para as proteínas do leite de vaca e faz

com que os bebês tenham uma melhor adaptação a outros alimentos. A longo prazo,

pode-se referir também a importância da prevenção da diabetes e de linfomas

(BENGOZI et al., 2008).

No que diz respeito às vantagens para a mãe, o aleitamento materno

facilita uma involução uterina mais precoce e associa-se a uma menor probabilidade

de ocorrer câncer de mama, entre outros. É prazeroso para a mãe, é o método mais

barato e seguro de alimentar os bebês e a ajuda a eliminar o peso obtido na

gravidez, pois existe um gasto energético muito grande para a fabricação de leite

(BRANT; AFFONSO; VARGAS, 2009).

De acordo com a OMS; UNICEF (2007) o aleitamento materno

exclusivo deve ser praticado durante os primeiros seis meses de vida da criança,

pois assegura crescimento, desenvolvimento e saúde. A partir dos seis meses, e em

conjunto com alimentação complementar, continua a contribuir para a nutrição,

desenvolvimento e saúde da criança, podendo ser mantido até os dois anos ou

mais.

A evolução da história do aleitamento materno no Brasil é

semelhante a dos países da Europa. A Revolução Industrial e a segunda guerra

mundial trouxeram grandes mudanças sociais, sobretudo no estilo de vida da

mulher. A emancipação da mulher, os movimentos feministas e a entrada no

mercado de trabalho aconteceram desenvolveram-se em detrimento da importância

dada à criança, incluindo a amamentação. A medicina também tomou novos rumos

para uma vertente mais individualista e curativa. A indiferença e ignorância em

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relação à importância do leite materno, permitiram desenvolvimento dos leites em

fórmulas, e a mídia passou a trabalhar com a informação de que o leite modificado

era melhor que o leite materno, contribuindo para um grande declínio e desinteresse

pela prática da amamentação. Somente a partir da década de 70, teve início uma

mobilização para a retomada da importância da amamentação, e os estudos

começaram a mostrar inúmeros benefícios do aleitamento materno, o que levou a

um retorno dessa prática de forma gradual (BRASIL, 2009a).

Nessa época, a duração mediana da amamentação no Brasil era de

apenas 2,5 meses. A partir dessa constatação várias políticas públicas foram

implementadas na tentativa de recuperar a prática da amamentação. Na década de

1980 foram criadas coordenações nacional e estaduais de AM e elaboradas diversas

campanhas na mídia para mobilização social. No âmbito hospitalar, em 1983,

ocorreu a normatização do sistema de Alojamento Conjunto. No final da década de

1980 foi aprovada a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para

Lactentes, o estabelecimento de normas sobre o funcionamento dos bancos de leite

humano e a inclusão, na Constituição Brasileira, do direito a 120 dias de licença-

maternidade e a licença-paternidade de cinco dias. Em 1990 houve a

implementação da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC).

Em 1995, a Secretaria Municipal de Saúde de Londrina – PR

elaborou e implantou proposta que visava o cumprimento de 8 passos para o

sucesso do aleitamento materno, direcionada para as Unidades Básicas de Saúde

(UBS), denominada Iniciativa Unidade Básica Amiga da Criança. Em 1999, a

Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro lançou a Iniciativa Unidade Básica

Amiga da Amamentação (IUBAAM). Como resultado dessas e de outras ações, a

duração mediana da amamentação, no Brasil, passou de 2,5 meses em 1970 para

10 meses em 1998 (BRASIL, 2009a).

Na primeira década de 2000 fortaleceu-se a Rede Brasileira de

Bancos de Leite Humano, e foram disponibilizados diferentes cursos, tais como:

Aconselhamento em AM, IUBAAM, IHAC, Capacitação em Manejo do AM, entre

outros. Foi também novamente revisada a Norma Brasileira de Comercialização de

Alimentos para Lactentes. No Brasil atual o Ministério da Saúde (MS) inclui o

incentivo ao aleitamento materno como uma das ações básicas de saúde, dentro do

Programa de Atenção à Saúde Materno-Infantil (BRASIL, 2009a).

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No ano de 2008 foi ainda lançada a Rede Amamenta Brasil, voltada

para a atenção básica, com a finalidade de contribuir no aumento dos índices de

Aleitamento Materno no Brasil, por meio do desenvolvimento de competências nos

profissionais de saúde para se tornarem agentes de mudança no ensino e

aprendizagem do AM e para uma prática integralizadora em AM. Nessa estratégia a

prática do AM é discutida no contexto do processo de trabalho das UBS e são

pactuadas ações de promoção, proteção e apoio ao AM a partir da realidade

identificada. Além disso, os índices de AM nas populações atendidas pelas UBS

passam a ser mensalmente monitorados nas UBS certificadas pela Rede Amamenta

Brasil (BRASIL, 2009a).

Os profissionais de saúde são os principais responsáveis pela

promoção do aleitamento materno e pela sua manutenção, uma vez que são estes

que dão apoio e informação durante a gestação e no período de puerpério, assim,

como no regresso a casa. Estes profissionais devem possuir conhecimento científico

teórico e técnico para que a educação em aleitamento materno seja adequada e

eficaz, devendo promover os sentimentos de competência e de confiança na mãe

que amamenta, reforçando a valiosa contribuição de saúde e bem-estar do seu filho

(CALDEIRA; FAGUNDES; AGUIAR, 2008).

A grande maioria dos recém nascidos sai da maternidade em

aleitamento materno exclusivo. No entanto, quando a mulher chega em casa, se

depara com inúmeras dúvidas e dificuldades que podem levar à inclusão das

fórmulas ou até mesmo o abandono do aleitamento materno já no primeiro mês de

vida do bebê, motivado por falsos conceitos, relacionados com problemas técnicos,

insegurança, receios e stress (BARROS et al., 2009).

Os primeiros dias após o parto são fundamentais para o sucesso da

amamentação. É um período de intenso aprendizado para a mãe e o bebê. Também

é muito importante visualizar todo o contexto familiar para entender melhor a

situação que a mulher se encontra. O comportamento dos recém-nascidos é muito

variável e depende de vários fatores, como idade gestacional, personalidade e

sensibilidade do bebê, experiências intrauterinas, vivências do parto e diversos

fatores ambientais, incluindo o estado emocional da mãe. É importante lembrar à

mãe que cada bebê é único. Uma importante causa de desmame é o choro do bebê.

Todos os bebês choram, porém, alguns choram mais que outros e apresentam

maiores dificuldades na passagem da vida intra-uterina para a vida extra-uterina. As

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mães, com frequência, interpretam o choro como fome ou cólicas. Elas devem ser

esclarecidas que existem muitas razões para o choro, incluindo adaptação à vida

extra-uterina e tensão no ambiente. Na maioria das vezes os bebês se acalmam se

aconchegados ou se colocados no peito, o que reforça a sua necessidade de se

sentirem seguros e protegidos (BRASIL, 2009a).

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4. DIFICULDADES NA AMAMENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

A decisão de amamentar é uma decisão pessoal, sujeita a muitas

influências, resultantes da socialização de cada mulher, porém no período do

puerpério a mulher se depara com várias mudanças e desafios nos cuidados

pessoais e principalmente com o bebê, necessitando de orientações de um

profissional para poder conversar e esclarecer dúvidas, medos e ansiedades. Na

tentativa de ajudar puérpera, a consulta de enfermagem pode ajudar a minimizar as

dificuldades que surgem. Na consulta é possível fazer diagnóstico de enfermagem e

elaborar um plano assistencial (FALEIROS; TREZZA; CARANDINA, 2006).

A partir do momento que a mulher fica grávida, uma das primeiras

mudanças que acontece em seu corpo é o aumento do seio. O corpo feminino,

desde o início da gestação já começa a se preparar para a amamentação que vai

acontecer depois de alguns meses. As mamas sofrem alterações e, se a puérpera

não for devidamente orientada e assistida poderá ter uma experiência de

amamentação dolorida, incomoda e frustrante, deixando de ser um momento feliz e

prazeroso, podendo levar ao desmame precoce (MENEZES; DOMINGUES, 2004).

Em um estudo realizado na cidade de Ponta Grossa, no Paraná,

foram entrevistadas 251 puérperas. Dessas 58% (140) tiveram algum problema para

amamentar, sendo 29% (41) ingurgitamento e 71% (99) fissuras, fato que evidencia

a grande importância do acompanhamento de um profissional de saúde durante o

período da amamentação (RAVELLI, 2008).

Gaíva e Medeiros (2006) observaram que, apesar de todas as

vantagens conhecidas do leite materno, quando uma mãe era questionada sobre o

porquê do desmame precoce do bebê, a resposta era sempre a mesma, “leite fraco”

ou “pouco leite”, que a levava a introdução do leite artificial, interrompendo assim a

amamentação. No entanto, as mães que receberam apoio e orientações adequadas

nas primeiras semanas de vida do bebê eram mais seguras e tiveram uma

possibilidade maior de sucesso no processo de aleitamento.

Uma adequada atuação no sentido de promover, proteger e apoiar a

amamentação requer conhecimentos sobre aleitamento materno e também

habilidades clínicas e de aconselhamento. É importante que o enfermeiro (a),

perceba a importância da comunicação como instrumento do processo de trabalho

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em saúde, pois, uma boa interação, facilita o trabalho de fornecer informação e

cuidado. O trabalho com aleitamento materno deve ser iniciado ainda na gestação,

para se trabalhar os conhecimentos, experiências, crenças, e a vivência social e

familiar da gestante. Compreendendo a amamentação como um processo complexo,

que envolve a cultura, o valor, o social, o biológico e o emocional, deve-se ir além

das orientações quanto ao manejo, sendo fundamental que o enfermeiro cuide não

somente com abordagem técnica, mas que essa seja ampliada por meio da

assistência, associada aos aspectos socioculturais da amamentação (SOUZA;

GONÇALVES; MARTINS, 2011).

Para a assistência de enfermagem à puérpera é importante que o

profissional de saúde estabeleça uma relação de confiança com a mãe nos

momentos de contato, criando espaço para a ´´escuta ativa``, ouvindo suas

ansiedades/dificuldades e vivências acerca do processo de amamentação,

respondendo perguntas sem fazer julgamento e procurando oferecer apoio às

dificuldades vividas pelas mulheres. Investigar o conhecimento e as experiências de

amamentação é fundamental para corrigir os mitos e as informações equivocadas,

respeitando a cultura e as crenças populares (GIUGLIANI, 2004).

Nas primeiras semanas de amamentação podem surgir algumas

dificuldades, principalmente para as mães que estão amamentando pela primeira

vez, porém, no decorrer do processo, todas as mães estão sujeitas a algum tipo de

problema, precisando de ajuda profissional (BARRETO; SILVA; CHRISTOFFEL,

2009).

4.1 Mamilos dolorosos e/ou fissuras

A causa mais comum de dor nos mamilos é uma má adaptação do

bebê à mama materna (pega incorreta). Por vezes a pele do mamilo parece

completamente normal, outras vezes nota-se uma fissura na extremidade ou na

base do mamilo. A criança que suga só o mamilo não consegue retirar leite

suficiente, ficando com fome e a mãe com dor. O leite não é retirado com eficácia, o

que poderá levar a diminuição da produção de leite (SOUZA; GONÇALVES;

MARTINS, 2011).

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Muitas vezes, a criança continua a mamar em má posição durante

alguns dias, o que pode causar lesão do mamilo. O mamilo com fissuras, pode

favorecer a entrada de bactérias e causar infecção – mastite (ZORZI; BONILHA,

2006).

4.1.1 Assistência de enfermagem

Os autores Nascimento; Tocci; Okasaki (2001) orientam:

Colocar a criança numa posição correta (a barriga do bebê deve ficar

encostada na barriga da mãe);

Manter o queixo do bebê de encontro ao seio da mãe;

O bebê não deve fazer barulho para sugar, se estiver fazendo, precisa ser

posicionado novamente;

Se a mãe sentir dor deve posicionar novamente o bebê;

Após todas as mamadas a mãe deve passar o próprio leite no mamilo, pois

ajuda na cicatrização e prevenção das fissuras.

Segundo Morais e Thomson (2006) deve-se também:

Manter a amamentação;

Em casos com muita dor intensa ou recusa em amamentar (respeito aos

limites da mãe), suspender temporariamente (24-48h) a amamentação,

retirando o leite materno por ordenha e oferecendo em copinho;

Corrigir a posição de mamada e a pega;

Mudar com frequência a posição de mamada;

Iniciar a mamada pelo lado menos doloroso;

Caso a dor seja muito intensa, consultar um médico para prescrever

analgésicos;

Outras orientações do protocolo de nutrição infantil do Ministério

da Saúde (Brasil, 2009b) são:

Não usar produtos que retiram a proteção natural do mamilo, como sabões,

álcool ou qualquer produto secante;

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Ordenhar manualmente a aréola antes da mamada se ela estiver ingurgitada,

o que aumenta a sua flexibilidade, permitindo uma pega adequada;

Se for preciso interromper a mamada, introduzir o dedo indicador ou mínimo

pela comissura labial (canto) da boca do bebê, de maneira que a sucção seja

interrompida antes de a criança ser retirada do seio;

Não usar de protetores (intermediários) de mamilo, pois eles, além de não

serem eficazes, podem ser a causa do trauma mamilar.

4.2 Mamilos planos e invertidos

Algumas mães pensam que os seus mamilos são muito pequenos

para amamentar, mas o tamanho dos mamilos não é importante. Os mamilos planos

não se exteriorizam facilmente, porém se a criança apresentar pega correta e a

aréola estiver bem macia, não há dificuldade para a manutenção da lactação. O

mamilo fica mais saliente nas últimas semanas de gravidez e/ou logo após o parto,

pelo que não é necessário fazer qualquer manobra ou usar qualquer método durante

a gravidez. A utilização de moldes de mamilos durante a gravidez é desaconselhada,

dado que não é evidente que ajudem a melhorar o formato do mamilo e podem lesá-

lo ou até mesmo estimular um trabalho de parto prematuro (CARVALHAES;

CORRÊA, 2003).

O mamilo invertido é aquele que não se exterioriza e a

amamentação pode ficar dificultada. A mãe poderá fazer ordenha manual e dar o

leite com copinho e, nos casos de mamilo invertido de um lado só, amamentar na

outra mama (MORAIS; THOMSON, 2003).

4.2.1 Assistência de enfermagem

Para Giugliani (2004) deve-se:

Antes de oferecer o seio, fazer uma prega na mama, para que fique mais fácil

para o bebê fazer a pega correta;

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Se for preciso a mãe pode tocar o queixo do bebê para que ele abra bem a

boca e consiga abocanhar a aréola;

Se a mama está muito cheia, o mamilo fica menos saliente, pelo que é

favorável retirar uma porção de leite da aréola antes de colocar o bebê ao

peito;

A mãe pode ainda tentar espremer um pouco de leite na boca do bebê;

geralmente, após provar o leite, ele fica mais motivado para mamar.

Evitar o uso de mamadeiras e chupetas, pois isso contribui para que o bebê

tenha maior dificuldade em fazer a pega correta das mamas uma vez que o

posicionamento da língua fica diferente quando se usa alguns desses

instrumentos, fazendo com que o bebê faça uma confusão de pega.

4.3 Pouco leite (hipogalactia)

Muitas vezes, as mães têm bastante leite, mas falta confiança de

que o seu leite é suficiente. Todas as mulheres possuem um número semelhante de

células produtoras de leite, independentemente do tamanho das mamas. A grande

maioria das mulheres tem condições biológicas para produzir leite suficiente para

atender à demanda de seu filho. No entanto, uma queixa comum durante a

amamentação é “pouco leite” ou “leite fraco”. Muitas vezes, essa percepção é o

reflexo da insegurança materna quanto a sua capacidade de nutrir plenamente o seu

bebê (BRASIL, 2009b).

Até que haja a apojadura, que costuma ocorrer por volta do terceiro

ou quarto dia após o parto, a produção do leite se dá por ação de hormônios e

ocorre mesmo que a criança não esteja sugando. A partir de então, a produção do

leite depende basicamente do esvaziamento da mama, ou seja, é o número de

vezes que a criança mama ao dia e a sua capacidade de esvaziar com eficiência a

mama que vão determinar o quanto de leite materno é produzido (BRASIL, 2009b).

O volume de leite produzido na lactação já estabelecida varia de

acordo com a demanda da criança. Em média, uma mulher amamentando

exclusivamente, produz 800ml de leite por dia. No entanto, a capacidade de

produção de leite das mulheres costuma ser maior que as necessidades de seus

filhos, o que explica a possibilidade de amamentação exclusiva de gêmeos e o leite

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extra produzido pelas mulheres que doam leite humano aos bancos de leite.

Podemos observar se há insuficiência de leite, quando o acompanhamento de seu

crescimento, desenvolvimento e ganho de peso estão inadequados de acordo com

os dias de vida (GAÍVA; MEDEIROS, 2006).

A hipogalactia é a diminuição da secreção láctea, real ou suposta,

geralmente provocada por problemas maternos como dificuldades psicológicas

(ansiedade, estresse etc.), avitaminose, distúrbios alimentares e principalmente por

erros da técnica de sucção. A hipogalactia está associada a causas biológicas e

psicológicas que atuam conjuntamente e é considerada uma das maiores causas de

desmame precoce (ARAGAKI, SILVA; SANTOS, 2006).

4.3.1 Assistência de enfermagem

Segundo Aragaki; Silva; Santos (2006) deve-se:

Investigar a causa da diminuição interrupção da produção do leite materno ou

a não ocorrência do aleitamento materno eficaz;

Conversar a respeito da ansiedade, lembrando da necessidade de repouso

da mãe e incentivando o apoio familiar;

Orientar os familiares a colaborarem com a mãe no processo de

amamentação, apoiando e auxiliando nas atividades domésticas e com o

bebê;

Incentivar a mãe a amamentar única e exclusivamente ao seio, alternando os

seios para estimular o reflexo de ejeção do leite;

Acordar o bebê e não o deixar muito agasalhado no momento da

amamentação, dado que isso favorece o adormecimento.

Utilizar a técnica de relactação, mesmo com leite artificial, nos casos de

dificuldade de ganho ponderal do peso do bebê, bebês prematuros ou baixo

peso pós alta hospitalar;

Incentivar a mãe a diminuir gradativamente a quantidade de leite artificial,

quando em uso, utilizando copinho ou colher pequena ao invés de

mamadeira, e oferecendo sempre o seio antes;

Realizar visitas domiciliares ou manter contato com a unidade básica de

saúde da área de abrangência a que pertence a mãe, até que ela e o bebê se

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adaptem ao processo de amamentação;

Observar o ganho ponderal do bebê;

Se observar que a mulher está muito ansiosa, conversar com o médico para

poder indicar uma medicação no controle do stress que não atrapalhe na

amamentação

O protocolo de nutrição infantil: do Ministério de Saúde (BRASIL,

2009b), acrescenta ainda:

Melhorar o posicionamento e a pega do bebê, quando não adequados;

Aumentar a frequência das mamadas;

Oferecer as duas mamas em cada mamada;

Dar tempo para o bebê esvaziar bem as mamas;

Trocar de mama várias vezes numa mamada se a criança estiver sonolenta

ou se não sugar vigorosamente;

Evitar o uso de mamadeiras, chupetas e protetores (intermediários) de

mamilos;

Consumir dieta balanceada;

Ingerir líquidos em quantidade suficiente (lembrar que líquidos em excesso

não aumentam a produção de leite, podendo até diminuí-la);

Para Chaves et al., (2008) em alguns casos o médico, poderá indicar

medicamento galactogogo, que são substâncias que auxiliam no início e

manutenção da produção adequada de leite.

4.4 Mamas muito cheias e dolorosas (ingurgitadas)

Logo após o nascimento do bebê (por vezes ainda durante a fase

final da gravidez), surge o primeiro leite chamado colostro – um líquido branco

transparente ou amarelo, que se mantém durante 2 a 3 dias e que é muito

importante para proteger o bebê de infecções e para o ajudar a evacuar. Depois de

uma semana surge o leite maduro, que contém todos os nutrientes que a criança

precisa para crescer saudável (CHAVES; LAMOUNIER; CÉSAR, 2007).

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Entre o terceiro e o sétimo dia após o parto acontece a apojadura,

que é um processo fisiológico da lactação. É uma ação hormonal que tem por

objetivo dilatar os alvéolos, local onde é produzido o leite, e todas as estruturas da

mama envolvidas com a lactação. O objetivo desse processo é proporcionar maior

produção de leite. O organismo produz uma grande quantidade de líquido dentro das

estruturas da mama, dando uma sensação de mamas cheias de leite. Esse líquido

não é leite e sim água nos tecidos, o fenômeno provoca a dilatação das estruturas

por onde posteriormente irá passar o leite. A puérpera pode referir sensação de

desconforto, em que as mamas ficam quentes e cheias, e isso pode levar ao

ingurgitamento mamário devido ao acúmulo de leite e à quantidade de sangue e de

fluídos nos tecidos da mama. O manejo ideal é que a mãe faça massagem na aréola

e coloque o bebe para sugar (BRASIL, 2001).

Outras causas podem ser remoção ineficiente de leite por separação

entre mãe e bebê, mamadas muitos espaçadas e técnica inadequada de

amamentação, sendo sua prevenção possível mediante técnica adequada de

amamentação, mamadas em livre demanda, não-utilização de suplementos e

remoção efetiva do leite (SOUZA; GONÇALVES; MARTINS, 2011).

No ingurgitamento as mamas ficam tensas, brilhantes e dolorosas, e

pode ser difícil retirar o leite. A aréola também está tensa e é difícil para o bebê

abocanhar uma quantidade suficiente da mama para poder sugar. A mãe pode

amamentar menos porque tem dor e a produção de leite diminui. A criança mama

durante pouco tempo, de modo não eficaz, e o leite não é retirado (CARVALHAES;

CORRÊA, 2006).

4.4.1 Assistência de enfermagem

Prevenir o ingurgitamento:

A prevenção básica do ingurgitamento é não permitir que o leite fique

acumulado nas mamas, retirando-o por meio de ordenha sempre que houver sobra e

acúmulo. Para prevenir ingurgitamento, segundo Vieira et al., (2010):

As mães devem dar de mamar em horário livre (sempre que o bebê

quiser);

Massagear a aréola antes de oferecer o peito;

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Colocar a criança para mamar em posição correta e verificar os sinais de

boa pega.

Morais e Thomson (2006), acrescemtam:

Amamentar precocemente, se possível já na sala de parto;

Manter a amamentação em livre demanda (o tempo que o bebê quiser);

Amamentar frequentemente com posição e pega corretas, adequado

esvaziamento das mamas, mantendo a aréola sempre macia e fácil de

abocanhar;

Não utilizar complemento, água ou chás;

Usar sutiã de alças largas e firmes para boa sustentação;

Incentivar a puérpera a relaxar para não estressar;

Tratar o ingurgitamento

Para tratar o ingurgitamento Nascimento; Tocci; Okasaki (2001),

orientam:

Retirar o leite da mama, colocando o bebê para mamar, se possível, ou

fazer ordenha manual ou com bomba (lavar as mãos cuidadosamente

antes de tocar nas mamas).

Retirar um pouco de leite, para a mama ficar mais macia e o bebê consiga

sugar mais eficazmente.

Se o bebê não consegue mamar, a mãe deve retirar o leite para um copo.

Deve continuar a retirar com a frequência necessária para que as mamas

fiquem mais confortáveis e até que o ingurgitamento desapareça.

O protocolo de nutrição infantil do Ministério da Saúde (Brasil,

2009b) indica ainda:

Prescrição médica de analgésicos sistêmicos/antiinflamatórios. O

ibuprofeno é considerado o mais efetivo, auxiliando também na redução

da inflamação e do edema. Paracetamol ou Dipirona podem ser usados

como alternativas;

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Fazer compressas frias (ou gelo envolto em tecido), em intervalos

regulares após ou nos intervalos das mamadas; em situações de maior

gravidade, podem ser feitas de duas em duas horas. Importante: o tempo

de aplicação das compressas frias não deve ultrapassar 15 minutos

devido ao efeito rebote, ou seja, um aumento de fluxo sanguíneo para

compensar a redução da temperatura local.

Como fazer ordenha manual

Para OMS; UNICEF (2007), a técnica dever ser realizada de acordo

com a descrição a seguir:

Lavar as mãos e antebraço;

Sentar confortavelmente em local limpo e tranquilo;

Evitar conversar enquanto faz a ordenha, para não caírem gotículas de saliva;

Massagear as mamas com a ponta dos dedos, fazendo movimentos

circulares no sentindo da aréola para o corpo;

Colocar o polegar acima da linha onde acaba a aréola;

Colocar os dedos indicador e médio abaixo da aréola;

Pressionar em direção ao tórax;

Pressionar e soltar de seguidas vezes. A mulher não deve sentir dor; se

sentir, é porque não está sendo aplicada a técnica corretamente;

O leite deve começar a sair, primeiro em pequena quantidade e depois em

maior quantidade;

Desprezar os primeiros jatos ou gotas;

Fazer a expressão do leite até sentir a mama flácida;

O leite deve ser armazenado em pode de vidro com tampa plástica, que deve

ter sido submetido a fervura por cerca de 20 minutos;

O leite pode ser oferecido imediatamente para o bebê em um copo,

armazenado na prateleira da geladeira por 12 horas, no congelador por 15

dias ou doado para o banco de leite, onde será pasteurizado e terá a duração

de até 6 meses.

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4.5 Bloqueio dos ductos

Nos mamilos, abrem-se cerca de 10 a 20 canais que drenam o leite.

Pode acontecer que alguns destes canais fiquem obstruídos, possivelmente por leite

espesso. A mulher que amamenta pode sentir um nódulo (inchaço) doloroso numa

parte da mama, e o local ficar avermelhado. A mulher não tem febre e sente-se bem.

Esta situação tem como causas prováveis o uso de roupas

apertadas (soutien), uma batida na mama, ou porque a criança não suga de maneira

eficaz aquela parte da mama (GIUGLIANI, 2004).

4.5.1 Assistência de enfermagem

Para resolver esta situação, a mãe deve amamentar em diferentes

posições, de modo a esvaziar todas as partes da mama (por exemplo, colocando o

corpo do bebê debaixo do braço). Pode ainda fazer uma leve pressão, com os

dedos, no sentido do mamilo, para ajudar a esvaziar aquela parte da mama

(SHIMODA; SILVA; SANTOS, 2005).

Segundo Morais e Thomson (2006) deve-se:

Não interromper a amamentação;

Não usar sutiãs ou roupas apertadas;

Evitar intervalos longos entre as mamadas;

Amamentar mais vezes no lado afetado;

Fazer ordenha manual, caso a criança não consiga esvaziar totalmente a

mama;

Estimular o esvaziamento, fazendo massagens circulares delicadas na região

do nódulo, antes e durante a mamada;

Amamentar em distintas posições para esvaziamento completo;

4.6 Mastite

Se o ducto (canal) bloqueado não drenar o leite, ou no caso de

ingurgitamento mamário grave, o tecido mamário pode infectar. Neste caso, parte da

mama fica avermelhada, quente, com tumefação (inchada) e dolorosa. A mulher tem

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febre, normalmente elevada, e sente grande mal-estar – características da mastite.

O médico deve ser consultado para que seja feita avaliação da necessidade de

entrar com medicação (GIUGLIANI, 2004).

4.6.1 Assistência de enfermagem

Para Giugliani (2004):

A mãe deverá repousar;

Retirar o leite manualmente, ou com bomba;

Se não tiver dor pode continuar a amamentar, ou se tiver dor oferecer

somente o lado que não estiver com mastite e dentro de um ou dois dias já

estará melhor e poderá oferecer os dois seios.

Já as autoras Morais e Thomson (2006) indicam:

Não interromper a amamentação;

Manter a pega e posição corretas;

Tratar precocemente fissuras mamilares;

Não usar sutien apertado;

Reduzir fadiga e stress;

Evitar complementação com leites artificiais;

Médico deve ser consultado para indicação de antibiótico e analgésicos;

Segundo o protocolo de nutrição infantil do Ministério de Saúde

(Brasil, 2009b), não podemos esquecer que, para o tratamento da mastite, também

se deve dar um suporte emocional, pois muitas vezes esse fator não é lembrado, a

mulher está com muita dor e seu estado geral fica comprometido.

4.7 Volta ao trabalho

Voltar a trabalhar é, na maior parte das vezes, motivo de alguma

ansiedade e preocupação. A legislação brasileira apoia o aleitamento materno

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garantindo as trabalhadoras formais registradas alguns direitos (CHAVES;

LAMOUNIER; CÉSAR, 2007).

Porém temos no Brasil outros tipos de trabalho como o trabalho no

lar, o trabalho informal e o autônomo. Para essas trabalhadoras, a situação pode ser

mais difícil, pois necessitam igualmente de apoio para o sucesso da amamentação.

Segundo Vezozzo (2006) é direito da trabalhadora formal no Brasil:

Estabilidade no emprego durante a gestação e até cinco meses após o parto;

Licença-maternidade remunerada de 120 dias;

Licença-paternidade de 5 dias, contados a partir do nascimento do bebê;

Direito a 2 descansos de meia hora cada, durante a jornada de trabalho, para

mulheres que estão amamentando, nos 6 primeiros meses do bebê, podendo,

esse prazo, ser aumentado a critério médico;

Para estabelecimentos que tenham menos 30 mulheres com mais de 16

anos, a obrigatoriedade de ter local para a guarda dos bebês durante a

amamentação, ou manter convênio com uma creche próxima, ou ainda,

reembolsar a empregada para o pagamento de creche particular.

4.7.1 Assistência de enfermagem

Giugliani (2004) orienta:

Explicar os direitos legislativos à mulher;

Orientá-la que, mesmo que volte a trabalhar, não é necessário parar de

amamentar, ela poderá continuar oferecendo o peito antes e no retorno do

trabalho;

Se o bebê estiver com 6 meses explicar sobre a alimentação complementar;

Explicar como fazer a ordenha manual.

Vezozzo (2006) observa que o profissional de saúde ao prestar a

assistência de enfermagem à mulher trabalhadora, deve:

Informar as mulheres trabalhadoras sobre as leis de proteção durante o pré-

natal e pós parto;

Planejar a utilização destas leis junto com a mulher, considerando sua

situação específica;

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Orientar e motivar a colaboração do pai durante os dias de sua licença;

Realizar articulações com locais de trabalho, visando o apoio à

amamentação;

Orientar e treinar ordenha, estoque e administração do leite em copinho,

atendendo tanto a mãe quanto a pessoa que vai ficar responsável pela

criança;

Orientar a alimentação complementar após o 6° mês.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os enfermeiros possuem um papel fundamental no

acompanhamento de mulheres em ações de promoção à saúde, assistência e

prestação de serviços de qualidade, para auxiliar no aleitamento materno. Durante o

pré natal é essencial encorajar a futura lactante, para que ela acredite no seu próprio

potencial, pois seu organismo prepara-se para a lactação. Um olhar sistematizado

neste período é de extrema importância, pois permite a orientação e esclarecimento

de dúvidas, de maneira a prevenir problemas na amamentação. Nesta fase a

realização de grupos educativos para gestantes, podem ser realizados com o intuito

de melhorar o enfrentamento dos problemas relacionados à amamentação, visando

abordar e valorizar o aleitamento materno, permitir a troca de experiências entre

mães que já vivenciaram esta prática e influenciar positivamente as primigestas.

No hospital, a equipe de saúde também precisa ficar atenta, pois já

podem surgir problemas como dores na mama quando o bebê começar a sugar,

fissuras, dificuldade de amamentar nos casos em que as mães apresentam mamilos

planos e invertidos e o choro do bebê, situações que podem desestimular a mãe a

amamentar, quando esta não recebeu orientação adequada. Uma abordagem

eficaz, que vise a orientação desta mulher quando ela ainda está internada torna

possível amenizar o sofrimento da puérpera.

A promoção do aleitamento materno deve ser feita, também, com os

familiares das puérperas, pois estes vão contribuir para que esta prática tenha ou

não sucesso, uma vez que o aleitamento materno traz não somente benefícios à

mulher e ao bebê, mas também para sua família, por levar a diminuição dos custos

com hospitalizações e medicações.

O aleitamento materno é um ato natural e fisiológico, porém as

crenças, culturas, histórias e experiências anteriores contribuem com o sucesso ou

insucesso do aleitamento. Por isso é importante abordar e refletir, juntamente com

as mulheres e seu meio social, as questões culturais e sociais que envolvem a

prática do aleitamento materno.

É fundamental que todos os profissionais da área de saúde realizem

uma abordagem acolhedora a estas mulheres, sabendo ouvir suas dificuldades para

prestar uma assistência individualizada, mas é igualmente importante a competência

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técnica para saber a melhor intervenção a ser realizada naquele determinado

momento.

As mães e familiares não necessitam apenas de informações, mas

de atenção e ajuda, que deve ser fornecida por toda equipe de saúde de maneira

que esta funcione como referência e apoio nas dificuldades

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