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0 INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR BLAURO CARDOSO DE MATTOS – FASERRA JULIANO SILVA GOMES KELLY CRISTINA CALDEIRA A CRISE SUBPRIME: O IMPACTO NO PREÇO DAS AÇÕES LISTADAS NA BOLSA BM&F BOVESPA SERRA – ES 2015

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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR BLAURO CARDOSO DE MATTOS – FASERRA

JULIANO SILVA GOMES KELLY CRISTINA CALDEIRA

A CRISE SUBPRIME: O IMPACTO NO PREÇO DAS AÇÕES LISTADAS NA BOLSA BM&F BOVESPA

SERRA – ES 2015

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JULIANO SILVA GOMES KELLY CRISTINA CALDEIRA

A CRISE SUBPRIME: O IMPACTO NO PREÇO DAS AÇÕES LISTADAS NA BOLSA BM&F BOVESPA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos, do curso de Graduação em Ciências Contábeis, como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientadora Mônica Fernanda Santos Porto Pires

SERRA – ES 2015

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JULIANO SILVA GOMES KELLY CRISTINA CALDEIRA

A CRISE SUBPRIME: O IMPACTO NO PREÇO DAS AÇÕES LISTADAS NA BOLSA BM&F BOVESPA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos, do curso de Graduação em Ciências Contábeis, como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovado em 17 de Dezembro de 2015.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________ Mônica Fernanda Santos Porto Pires

Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos Orientadora

________________________________________________________ Prof. Ms. Ângelo Roberto Custódio Fiorio

Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos

________________________________________________________ Eduardo Rosetti Carrafa

Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos

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Dedicamos este trabalho a Deus, о qυе seria de nós sem а fé qυе temos Nele, ao professor Ângelo e a nossa orientadora Mônica pela paciência na orientação е incentivo para conclusão desta monografia. A nossas famílias e amigos pela confiança e por acreditar em nós.

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AGRADECIMENTO

Agradecemos primeiramente a Deus por ter dado saúde, força e sabedoria nesses

quatro anos e nos ajudado a superar as dificuldades, pois, sem Ele não teríamos

forças para vencer essa longa jornada.

A esta faculdade, seu corpo docente que transmitiram os conhecimentos

necessários para um futuro melhor e nosso desenvolvimento com confiança e ética

aqui presente.

Ao nosso professor de monografia Ângelo Roberto Fiori Custódios, pelos

importantes ensinamentos, informações e carinho passado para nós alunos.

A nossa orientadora Mônica Fernanda Porto Pires pela atenção e tempo

disponibilizados com todo carinho e muita dedicação em orientar no

desenvolvimento deste trabalho.

A nossa família e amigos, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.

E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, o nosso

agradecimento.

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RESUMO

O objetivo deste trabalho é investigar o impacto do preço das ações no período da crise subprime. Para chegar a estes dados vamos descrever o que é ação e preço de uma ação; conceituar o que é a BM&F Bovespa; conceituar a crise subprime e demonstrar o impacto no preço das ações. Esta pesquisa se justifica para ajudar a prevenir os empresários e demonstrar o mau funcionamento do mercado. O estudo tem caráter bibliográfico, descritivo, explicativo e qualificado como uma pesquisa quantitativa. Para a realização deste estudo foi utilizado o preço das ações ordinárias, os dados coletados foram do programa Economática® no período de 2004 a 2012. As empresas foram separadas em 13 grupos contendo 05 empresas cada, no qual foi analisado grupo a grupo e calculado a variação, a média e o desvio padrão trimestralmente. O resultado obtido pela análise dos gráficos foi que a empresa Kepler Weber por ser uma das instituições que mais sofreu variação de valor em suas ações e a Amazônia por ser a empresa que menos sofreu variação de valor em suas ações. Consideramos que a crise afetou determinadas empresas algumas mais e outras menos. O governo Brasileiro usou medidas preventivas para que o impacto da crise americana fosse o menor possível no Brasil.

Palavras-Chave: Ações; BM&F Bovespa; Crise; Subprime;

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Empresas do grupo I ............................................................................... 28

Gráfico 2 - Empresas do grupo II .............................................................................. 29

Gráfico 3 - Empresas do Grupo III ............................................................................. 29

Gráfico 4 - Empresas do Grupo IV ............................................................................ 30

Gráfico 5 - Empresas do Grupo V ............................................................................. 31

Gráfico 6 - Empresas do Grupo VI ............................................................................ 32

Gráfico 7 - Empresas do Grupo VII ........................................................................... 32

Gráfico 8 - Empresas do Grupo VIII .......................................................................... 33

Gráfico 9 - Empresas do Grupo IX ............................................................................ 34

Gráfico 10 - Empresas do Grupo X ........................................................................... 34

Gráfico 11 - Empresas do Grupo XI .......................................................................... 35

Gráfico 12 - Empresas do Grupo XII ......................................................................... 36

Gráfico 13 - Empresas do Grupo XIII ........................................................................ 36

Gráfico 14 - Empresas mais próximas da média ....................................................... 37

Gráfico 15 - Empresas mais afastadas da média ...................................................... 38

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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 9

1.1 - PROBLEMA ................................................................................................... 10

1.2 - OBJETIVO GERAL ........................................................................................ 10

1.4 - JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 10

1.5 - METODOLOGIA ............................................................................................ 11

2 - REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................. 12

2.1 – AÇÕES ......................................................................................................... 12

2.1.1 - Classificação Das Ações ...................................................................... 12

2.1.1.1 - Ações Ordinárias ............................................................................... 12

2.1.1.2 - Ações Preferenciais ........................................................................... 13

2.1.1.3 - Ações de Gozo ou Fruição ................................................................ 13

2.1.2 – Preço das ações ................................................................................... 14

2.1.3 - Initial Public Offering - IPO ................................................................... 15

2.2 – BOLSA DE VALORES .................................................................................. 16

2.3 - BM&F BOVESPA .......................................................................................... 16

2.4 – CRISES ECONOMICAS ............................................................................... 18

2.4.1 - Conceito ................................................................................................. 18

2.4.2 - Tipos de crises econômicas ................................................................ 18

2.4.2.1 - A crise de 1929 ................................................................................... 18

2.4.2.2 - A crise de 1987 ................................................................................... 20

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2.4.2.3 - A crise de 2001 ................................................................................... 21

2.4.3 - A Crise Suprime .................................................................................... 23

3 - METODOLOGIA APLICADA ............................................................................... 26

4- RESULTADOS OBTIDOS .................................................................................... 28

4.1 - ANÁLISE EM BLOCOS ................................................................................. 28

4.2 - ANÁLISE COM BASE NA MÉDIA E DESVIO PADRAO ............................... 37

5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 39

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 40

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1 - INTRODUÇÃO

Em 2007 a crise do subprime se destacou como um dos temas mais falado no

cenário econômico internacional, tudo em função das perdas relacionadas ao

elevado número de financiamento de imóveis realizado nos Estados Unidos e que

ameaçou a saúde financeira de importantes bancos e fundos de investimento neste

país.

Os investidores como reação, se apressaram em se desfazer dos seus créditos

hipotecários, afetando assim o funcionamento de vários mercados. Houve

considerável redução na liquidez dos títulos de curto prazo nos Estados Unidos, já

que alguns fundos de investimento suspenderam os resgates de suas cotas.

A partir de então, com a elevação dos spreads1, um enorme conjunto de instituições

financeiras que atuavam no segmento imobiliário, bancário e de seguros ficaram

fragilizadas. Devido ao excesso de realização dos contratos subprime, ocasionaram

desequilíbrios entre os fluxos de receitas e débitos, aumentando significativamente o

número de inadimplência e consequentemente as perdas experimentadas por

bancos, fundos e seguradoras se se ampliaram com a mesma rapidez com que o

crédito se tornou insuficiente.

As causa e consequências que nos conduziram a esta crise e a sua veloz

proliferação, deixam em destaque uma característica fundamental da economia

capitalista, segundo foi conceituado por Keynes2, sua volubilidade de fatores

internos. O que se demostra como uma praga para a teoria econômica

convencional, assentada nas hipóteses de mercados financeiros hábeis e de atores

econômicos regulados por perspectivas lógicas, é sem sombra de dúvidas um bom

divisor de águas, seja no campo teórico e quanto no meio prático, das políticas

econômicas.

1 Spread bancário é a diferença entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que eles

cobram ao conceder um empréstimo para uma pessoa física ou jurídica. O termo inglês “spread”

significa “margem”.

2 Economista britânico John Maynard Keynes, que em sua obra “Teoria Geral do Emprego, do Juro e

do Dinheiro” estabeleceu os pontos fundamentais da teoria econômica que leva o seu nome.

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1.1 - PROBLEMA

O presente trabalho, no entanto, dentro desta conjuntura da discussão sobre a crise

imobiliária que recaiu nos Estados Unidos e anseia concentrar o debate em

considerar suas raízes e as implicações que a mesma ocasionou para o valor das

ações das empresas brasileiras listadas na BM&F Bovespa; neste caso define-se

como questão central de pesquisa o seguinte problema: Como a crise do

Subprime impactou no preço das ações das empresas brasileiras listadas na

BM&F Bovespa?

1.2 - OBJETIVO GERAL

O objetivo deste estudo é verificar as origens que levaram o mercado hipotecário

norte-americano à crise que se deflagrou em meados de 2007, e como a crise

subprime Impactou o desempenho econômico das instituições listadas na BM&F

Bovespa, tendo como analise o preço das ações.

1.3 - OBJETIVOS ESPECIFICOS.

— Descrever sobre ações e preço;

— Conceituar BM&F Bovespa;

— Conceituar a crise Subprime;

— Demonstrar o impacto do Subprime no preço das ações;

1.4 - JUSTIFICATIVA

Este trabalho se justifica, tendo em vista as informações contidas nessa pesquisa,

sendo relevantes principalmente para empresários de empresas com capital aberto,

pois nessa pesquisa são encontrados dados que podem prevenir o empresário na

realização de investimentos que podem trazer prejuízo como também a falência.

Servirá também para mostrar como a falta de uma regulação adequada pode

prejudicar todo um sistema, isto é, o mau funcionamento de instituições de controle

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e avaliação de risco, abalando a confiança de investidores e consumidores,

ameaçando a economia de um país e até mesmo do mundo.

1.5 - METODOLOGIA

A metodologia usada será bibliográfica, pois, serão utilizados vários materiais que

foram publicados em livros, dissertações, artigos, revistas entre outros. Segundo

Vergara (2013, p.43) a pesquisa bibliográfica é estudo sistemático desenvolvido com

base em material publicado como livros, revistas, jornais, redes eletrônicos, isto é

material acessível ao público em geral.

Esta pesquisa também pode ser classificada como descritiva, devido a analise,

classificação e interpretação dos dados coletados, conforme Raupp. et al (2008, p.

81) afirma: “Nesse contexto, descrever significa identificar, relatar, comparar, entre

outros aspectos”.

Toda via também se entendeu que esta pesquisa se identifica como explicativa,

segundo Andrade (2002, p.20): A pesquisa explicativa é um tipo de pesquisa mais

complexa, pois, além de registrar, analisar, classificar e interpretar os fenômenos

estudados procura identificar seus fatores determinantes.

E por fim, a metodologia desta pesquisa será classificada também como

quantitativa, porque buscará encontrar informações sobre o impacto de uma

determinada crise nas empresas listas na bolsa BM&F Bovespa.

A pesquisa seguirá a linha quantitativa, porque buscará encontrar informações sobre

a variação do preço das ações das empresas listas na bolsa BM&F Bovespa, e

exige um número maior de informações para garantir maior precisão nos resultados.

Conforme ressalta Richardson (1999, p. 90) esta pesquisa segue o tipo quantitativa

por que:

Caracteriza-se pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão etc.

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2 - REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 – AÇÕES

As ações são títulos que representam a menor fração do capital social de uma

empresa de sociedade anônima, sociedade por ações ou companhia. As ações

podem ser classificadas em três tipos: ordinárias e preferenciais e de fruição ou

gozo (ASSAF NETO, 2005).

De acordo com Securato (2005, p. 83) “Ações são títulos de renda variável, emitidos

pelas companhias abertas, que representam a menor parcela de seu capital. Podem

ser escriturais ou representadas por cautelas ou certificados”.

Ações têm sua forma em dinheiro ou direito a receber sendo classificados pela sua

liquidez que é a capacidade que ele possui em serem transformadas realmente ou

efetivamente em dinheiro, as ações podem ser transformadas em dinheiro a

qualquer momento, por negociação nas bolsas e nos mercados de balcão (ASSAF

NETO, 2005).

2.1.1 - Classificação Das Ações

A classificação das ações pode ser de acordo com a natureza dos direitos e

vantagens que atribuem a seus acionistas, e são divididas em três gêneros:

ordinárias, preferenciais e de fruição ou gozo (ASSAF NETO, 2012).

2.1.1.1 - Ações Ordinárias

Segundo Assaf Neto (2005) as ações ordinárias são as que comandam a

assembleia de acionistas de uma empresa, permitindo ao seu titular o direito de

votação em assembleias, também podem eleger e distribuir os membros da diretoria

e do conselho Fiscal da companhia. Podem definir o destino dos lucros, reformar

estatuto social, autorizar a emissão de debentures e aumentos de capital social.

Oferecem participação nos resultados da empresa e permitem aos acionistas o

direito de votação em assembleias gerais (SECURATO, 2005).

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Os acionistas ordinários tem o direito de definir a direção dos negócios, examinam e

votam nas suas contas patrimoniais, determinam a destinação dos resultados,

podem originar alterações nos estatutos, escolhem a diretoria da sociedade, e

determinam outros assuntos de interesse da companhia (ASSAF NETO, 2012).

Com os acionistas ordinários, habitualmente é realizada a distribuição dos

dividendos em função dos dividendos obrigatórios previsto em lei, ou em

conformidade com o percentual determinado no estatuto de cada companhia

(ASSAF NETO, 2012).

2.1.1.2 - Ações Preferenciais

Securato (2005) entende que ações preferenciais proporcionam prioridade no

recebimento de dividendos e no reembolso de capital em caso de liquidação ou

dissolução da sociedade.

Para o acionista preferencial, o lucro é mais importante do que o controle da

empresa. Quando uma empresa passar três anos consecutivos sem distribuir

dividendos preferencias, essas ações passam a ter direito a voto, podendo alterar o

controle dos acionistas, assim também acontece se estiver estabelecido no estatuto

da companhia. (ASSAF NETO, 2005).

As ações preferenciais não estabelece a seu titular o direito ao voto, mas garante

vantagens aos acionistas como, prioridade para receber dividendos, reembolso do

capital quando ocorre liquidação da companhia (FIPECAFI, 2012).

2.1.1.3 - Ações de Gozo ou Fruição

As ações de gozo ou fruição são ações proporcionais à soma que caberiam somente

aos acionistas na eventualidade de sua dissolução da companhia (ASSAF NETO,

2005).

De acordo com Assaf Neto (2005, p. 247) “Essas ações não são colocadas em

negociação na bolsa de valores para o publico em geral, revelando interesse

somente aos sócios fundadores da sociedade”.

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2.1.2 – Preço das ações

De acordo com Assaf Neto (2012) o preço da ação na bolsa é formado pelo fluxo de

oferta e procura de cada papel, os investidores dando ordens de compra e venda á

corretoras das quais são clientes, influenciam o processo de formação do preço de

mercado, fazendo com que se aproxime do “ valor justo” da ação.

Quanto maior a demanda por uma ação, mais influência há na sua valorização no

mercado, no entanto, se a oferta de venda for maior do que a demanda, o preço da

ação cai, causando assim a sua desvalorização. Todo esse comportamento

depende, em grande parte, da situação atual e esperada da empresa, de

indicadores econômicos e setoriais, mudanças tecnológicas, crises econômicas

nacionais e internacionais entre outras (ASSAF NETO, 2012).

Lima, Lima, Pimentel (2012) afirmam que a fixação do preço de emissão é item

fundamental e extremamente difícil de ser atribuído e determina o sucesso da

operação de underwriting3. Preços de emissão muito superior ao que o mercado

está disposto a pagar podem resultar em fracasso na operação, o ideal seria cobrar

um preço que fosse justo tanto para os atuais acionistas como para os potenciais

investidores.

Segundo Assaf Neto (2012) ao se admitir que a avaliação deva ser desenvolvida por

meio de sua inserção num portfólio, ou seja, considerando-se a ação como parte

integrante de uma carteira de títulos e valores mobiliários é adotada como

instrumentos de analise os modelos de precificação de ativos.

De outra forma, ao se avaliar uma ação isoladamente Assaf Neto (2012), isto é fora

do contexto de uma carteira, a preocupação do investidor passa a concentrar-se

mais especificamente no titulo em si (dividendos e valorização) e não na influencia

de benefícios sobre o patrimônio da carteira.

3 Underwriter é a denominação da instituição financeira que realiza operações de lançamento de ações no mercado primário, que podem ser bancos múltiplos, bancos de investimentos, distribuidoras de títulos e valores mobiliários entre outras.

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2.1.3 - Initial Public Offering - IPO

Conforme manual como abrir o capital da sua empresa no Brasil (IPO) - início de

uma nova década de crescimento (2011), muitos empresários estão tomando a

decisão de abrir o capital das empresas como ação estratégica para alterar de forma

definitiva a gestão, os controles internos e a transparência da companhia.

O citado documento discorre que os motivos que incentivam os empresários a

tomarem essa iniciativa se deve ao fato da possibilidade do mercado proporcionar a

organização o acesso à fonte de financiamento, fundo de direito creditório - FIDC,

debêntures, emissão de ações, etc, não disponíveis à empresa de capital fechado;

permite que as empresas atraiam os melhores talentos, porque elas podem pagar

esses profissionais pouco ou nenhum salário com a promessa que eles podem ter

um retorno substancial na abertura de capital e por último esse também permite que

essas empresas possam usar as suas próprias ações como moeda para adquirir

outras empresas (MANUAL COMO ABRIR O CAPITAL DA SUA EMPRESA NO

BRASIL (IPO) - INÍCIO DE UMA NOVA DÉCADA DE CRESCIMENTO, 2011)

Esse mesmo manual define o IPO - Initial Public Offering, como uma oferta pública

inicial de ações que consiste em, um evento de transformação na organização para

receber novos sócios, sendo este procedimento algo caro e demorado e que deve

ser cumprido os seguintes passos: as empresas designam uma pessoa da equipe

para gerenciar o projeto, posteriormente é criada a equipe de IPO composta pelo

banqueiro de investimento, advogados, contadores e especialista da CVM no Brasil

(Comissão de Valores Mobiliários), sendo que o processo da definição do preço das

ações é gerido pelo banqueiro de investimento que inclui a apresentação de

documentos de registro junto às autoridades competentes, a pré-determinação do

preço de oferta para decidir o tamanho da IPO em termos de número de ações e a

oferta pública desses títulos junto ao mercado. (MANUAL COMO ABRIR O CAPITAL

DA SUA EMPRESA NO BRASIL (IPO) - INÍCIO DE UMA NOVA DÉCADA DE

CRESCIMENTO, 2011).

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2.2 – BOLSA DE VALORES

De acordo com Assaf Neto (2005) as bolsas de valores são associações civis sem

fins lucrativos, com a finalidade básica de manter um ambiente em condições

adequadas para a realização de compra e venda de títulos e valores mobiliários,

entre seus associados.

Assaf Neto (2012) relata que a bolsas de valores se preocupa, ainda com a

preservação dos valores éticos nas negociações realizadas em seu cambio, e a

divulgação rápida dos resultados com eficiência de todas as transações realizadas,

sendo fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CMV).

Quadrimestralmente a Bolsa de Valores atualiza a sua fictícia carteira de ações,

inclusive os papéis que tiveram maior participação no último período e excluindo

aqueles com menor representação. Assim, as ações de um índice podem apresentar

um comportamento diferente no mesmo período, podendo ocorrer valorização ou ao

contrário, desvalorização (Assaf Neto, 2006).

Segundo o site da BM&F Bovespa (2010), no Brasil o desempenho positivo

significativo da bolsa de valores se deu a partir de meados da década de 90. Esse

fato aconteceu devido à aceleração do movimento de abertura da economia

brasileira, o aumento do volume de investidores atuando no mercado de capitais e o

aumento do número de empresas nacionais com participação em bolsas

estrangeiras, principalmente a New York Stock Exchange (NYSE), com o objetivo de

se capitalizar através do lançamento de valores mobiliários no exterior.

2.3 - BM&F BOVESPA

Fundada em 1845, a antiga BVRJ, a bolsa de valores do Rio de Janeiro, por muito

tempo foi a maior bolsa brasileira, mas pouco a pouco perdeu espaço para a bolsa

de valores de São Paulo.

A Bovespa teve sua origem em 1890, com a criação da Bolsa Livre, fundada por

Emilio Rangel Pestana. Logo em 1891 foi fechada por conta da politica de

Encilhamento e quatro anos depois foi reaberta como a bolsa de fundos públicos de

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São Paulo. Em 1985 foi criada a Bolsa Mercantil de Futuros (BM&F), que introduziu

com sucesso as negociações de instrumentos financeiros dos Brasil, como taxas de

juros, índices futuros e opções de contratos.

Em 1991 a BMSP e a MB&F unificam suas operações sobre a sigla já existente da

BM&F. Em 1997 ocorre a ultima grande fusão, agora com a BBF, Bolsa de Fundos,

sediada no Rio de Janeiro. Em 2008, BOVESPA e BM&F tornam se companhias de

capital aberto após a desmutualização de seu capital. Em 2009 as operações das

duas são unificadas dando origem a BM&F Bovespa.

De acordo com o caderno da comissão de valores mobiliários a BM&F Bovespa S.A

é uma empresa de sociedade anônima, de capital aberto, que tem por objetivo,

dentre outros, organizar, promovendo o bom funcionamento, desenvolvendo

mercados livres e abertos para negociação de qualquer espécie de títulos e/ou

contratos que possuam como referencia, ou tenha como objetivo, ativos financeiros,

índices, indicadores, taxas, mercadorias (commodities) e moedas, nas modalidades

a vista (mercado disponível) e para liquidação futura (mercado a termo, de futuros e

de opções).

O caderno da comissão de valores mobiliários relata que a BM&F Bovespa é regido

por normas legais, originadas dos reguladores como o Conselho Monetário Nacional

(CMN) – Banco Central do Brasil (BACEN) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

e por normas de auto regulação da própria Bolsa.

Esse mesmo caderno discorre que os índices da BM&F Bovespa são indicadores de

desempenho de um conjunto de ações, ou seja, mostram a valorização de um

determinado grupo de papéis ao longo do tempo, sendo que esses preços desses

títulos podem variar por fatores relacionados à empresa ou por fatores externos,

como o crescimento do país, do nível de emprego e da taxa de juros, apresentando

assim um comportamento diferente no mesmo período, podendo ocorrer valorização

ou ao contrário a desvalorização.

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2.4 – CRISES ECONOMICAS

2.4.1 - Conceito

De acordo com o dicionário Aurélio (2001) crise é um ponto de transição entre uma

época de prosperidade e outra de depressão.

O site conceito de descreve que crise econômica faz referencia a um período de

escassez a nível da produção, da comercialização de produtos e serviços. A

economia é cíclica, ou seja, combina etapas de expansão com fases, mais

conhecidos como ciclos econômicos.

2.4.2 - Tipos de crises econômicas

Ao se tratar de crises econômicas mundiais podemos citar as crises de 1929, 1973,

1979, 1982, 1987, 1997, 1998, 2001, e finalmente, 2008. Dentre essas este trabalho

irá fazer um recorte para as de 1929, 1987, 2001 e a de 2008. A escolha por essas

crises se deve pelo fato das mesmas serem responsáveis por grandes mudanças

econômicas, e de certa forma essas crises contribuíram para que o Estado intervisse

de uma forma mais incisivamente, conforme está narrado abaixo.

2.4.2.1 - A crise de 1929

Segundo Galbraith (2010), na década de xx ocorreu uma crise econômica, também

chamada crash de 1929, com proporções épicas e efeitos duradouros na economia

americana, provocando assim, o fim da posição de protagonista industrial dos

Estados Unidos no mundo, que naquela época possuía um contexto de ampla

prosperidade alcançada ao longo do período de desenvolvimento econômico,

iniciado em meados do século XIX após a 1ª Grande Guerra Mundial.

O site portal do jornalismo – RJ (2013) relata que durante a primeira guerra mundial,

os Estados Unidos produziam e exportavam em grandes quantidades para os países

europeus. Após o conflito, os países europeus começaram a se reerguer e

consequentemente houve uma redução das exportações praticadas pelos Estados

Americanos, aumentando assim a estocagem dos produtos produzidos no país. O

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resultado disso tudo foi à queda da Bolsa de Nova York, a falência de bancos e

empresas, o que acarretou no aumento do número de desemprego e de suicídios no

país.

Niveu (1969) por sua vez, complementa que para se entender o que ocorreu neste

período é necessário analisar a janela de tempo, que antecede o colapso da Bolsa

de Nova Iorque, que vai de 1922 a 1929.

Niveu (1969) ainda afirma que houve duas recessões menores, que fizeram com

que os EUA passassem a ter uma forte expansão econômica que possibilitou que as

despesas de investimento neste país girassem em torno de 20% do Produto

Nacional Bruto (PNB), como também os Estados Americanos passaram a ter as

seguintes características: o desemprego, com exceção de 1924, estava na casa dos

2%, sua produção de automóveis aumentou 33% ao ano e consequentemente a sua

produção de petróleo, aço, borracha e a construção de estradas receberam fortes

investimentos.

Neste mesmo período a sua geração de energia elétrica duplicou, a produção dos

eletrônicos acompanhou a tendência, houve um aumento significativo no número de

indústrias que passou de 183.900 para 206.700, elevando assim o valor da

produção dessas empresas de 60,8 para 68 bilhões de dólares; o comercio

americano teve um faturamento disparado de 236 milhões para 1,25 bilhão de

dólares e com essas características favoráveis, onde as empresas apresentavam

ganhos estáveis e crescentes, fez com que as cotações das ações ordinárias se

elevassem ao longo desse período, fazendo assim que os Estados Unidos

pudessem vislumbrar o presente com satisfação e o futuro com otimismo (NIVEU,

1969).

Niveu (1969) discorre que a partir de março de 1928, o “boom” da Bolsa de Nova

Iorque perdeu as características citadas acima e passou a ser puramente

especulativa, onde o valor das ações das empresas começou a subir, não de forma

gradual e fortalecida, mas em grandes saltos e consequentemente a alta da bolsa

não tinha mais relação com os lucros, o que aumentou a febre da especulação e a

paixão pelos ganhos fáceis parecia não ter limites. No entanto, esse processo

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sofrido pela bolsa não poderia durar para sempre, ocorrendo assim a grande crise

de 29.

O site exame.com (2010) descreve que após a crise de 1929 a legislação básica da

bolsa foi modificada, onde podemos destacar a Securities Exchange Act de1934,

uma das mais importantes leis fundamentais para este setor e também foi criada a

Comissão de Valores Mobiliários Americana, organismo responsável pela

supervisão e vigilância dos mercados no EUA.

Neste mesmo site é possível perceber que esta crise afetou muitos países, assim

como o Brasil, que no período da crise de 1929, era conhecido como um grande

exportador de café do mundo, tendo os Estados Unidos como um principal

consumidor na compra deste produto, o que afetou consideravelmente a economia

do mercado brasileiro, pois o valor de sua principal exportação foi bastante reduzido,

a partir deste momento, o Estado passou a interferir na economia brasileira, com o

intuito de incentivar a indústria no país. (EXAME, 2010).

2.4.2.2 - A crise de 1987

O jornal folha de São Paulo (2008) relata que após a recessão causada pelo choque

do preço no petróleo, corrida em 87, a economia dos EUA teve um período de rápido

crescimento. No entanto, refletindo o desequilíbrio nos gastos do governo norte-

americano, os déficits orçamentários e em conta – corrente saltaram para níveis

elevadíssimos entre 1982 a 1987.

Curvo (2011) em sua tese de doutorado intitulada: Comparação entre as Grandes

Crises Sistêmicas do Sistema Capitalista (1873, 1929 e 2008), apresentada ao

Programa de Pós - Graduação em Políticas Públicas, Estratégias e

Desenvolvimento, Instituto de Economia, Universidade Federal do Rio de Janeiro,

aponta algumas características geradas pela crise de 87, tais como: o mês 08 do

citado ano da crise o Dow Jones atingiu a marca de 2700 pontos, que provocou um

ciclo de baixa na bolsa e o pânico se espalhou pelos mercados financeiros mundiais,

as perda das riquezas sofridas pelo país em torno de meio trilhão de dólares, e o

desaquecimento sofrido pelo mercado acionário que perdurou por alguns anos.

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Neste mesmo período, o mercado acionário foi tomado por uma tendência altista,

levando as ações a preços supervalorizados, resultantes de especulações

intensificadas. Temores relacionados a empréstimos bancários, combinados com a

desaceleração da economia e a desvalorização da moeda americana injetou medo

no mercado do país. Em 16 de outubro de 1987, ordens antecipadas de venda

causaram atraso na abertura da Bolsa de Nova York, resultando numa queda do

índice Dow Jones de 22,6%, em apenas um dia.

O temor se estendeu por toda a Europa e pelo Japão. O Brasil se viu em situação de

default, sendo necessário suspender o pagamento da dívida externa. A intervenção

dos Bancos Centrais de todo mundo veio rapidamente através da redução das taxas

de juros. Essa crise de 1987 representou a primeira demonstração do potencial de

contágio imediato do pânico num mundo globalizado. (FOLHA, 2008).

No trabalho de Curvo (2011) é possível ver quais foram as ações adotadas pelo

governo por meio da Reserve Bank (Fed) Regional de Nova Iorque que passou a

disponibilizar linhas de créditos bancários exclusivo às corretoras de valores

mobiliários, para amenização dos efeitos da crise junto ao mercado. Como também

esse contexto serviu de teste de força para o recém-empossado Presidente do

Federal Reserve Bank (Fed), Alan Greenspan4, que de forma prática interviu

rapidamente e contornou assim a dispersão da crise americana para os mercados

mundiais e fez com que a crise ficasse no passado.

2.4.2.3 - A crise de 2001

Segundo Alves (2011), a crise da internet, também conhecida como a crise do ponto

com ou o estouro da bolha da internet. Foi uma crise que se originou da falência

geral de empresas virtuais em 2001. Em 1994 a internet se encontrava em franca

expansão nos Estados Unidos e também em diversos países do mundo, mas, dentro

da rede existiam poucas empresas e sites.

A concorrência era muito baixa e a internet foi vista por muitos empreendedores

como uma nova fronteira econômica que se abria para quem quisesse ter a sua

própria empresa. Em 1995 a Netscape se tornou a primeira empresa a fazer oferta

pública inicial de ações, e lançou ações na Bolsa de Valores de Nova York. Logo,

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ela conseguiu um grande número de investidores interessados em ganhar nesta

nova fronteira econômica.

Segundo Filho (2015), jovens, na sua maioria estudantes, ávidos por ganhar dinheiro

na internet, apareciam com novas ideias que rapidamente se transformavam em

empresas pontocom e atraíam investidores. Criou-se também a ideia do nerd que

enriquecia unindo grande conhecimento de tecnologia aliada a um grande

empreendedorismo ativo. Todos estes fetiches eram criados em cima destes novos

empreendedores da internet.

Contudo, muitas destas empresas não obtiveram lucro nenhum, eram apenas

promessas que não davam em nada, mas, para não perderem dinheiro os

investidores continuavam a investir nestas companhias, esperando que algum dia

elas dessem lucro, mas não davam. (FILHO, 2015)

Conforme ressalta Filho (2015), com essa prática se percebeu que as pessoas

comuns, que navegavam na internet, não compravam ou não entravam nestas

novas organizações. Para piorar empresas tradicionais entraram no mercado on line

criando seus sites, concorrendo com estas novas firmas, tirando mais ainda seus

lucros.

Em 1999, no entanto, o FED – Federal Reserv System aumentou a taxa básica de

juros tornando mais caro o dinheiro. No ano 2000 percebeu-se que o capital

investido nestas empresas não retornava em forma de lucro e, com as taxas de juros

altíssimas, muitos passaram a temer que suas dívidas crescessem e, alguns

investidores passaram a se desfazer de suas ações. (FILHO, 2015)

Filho (2015) descreve que logo estes acionistas eram seguidos por outros que

também temiam o crescimento de suas dívidas. Breve havia mais ações sendo

vendidas do que compradas o que baixou seus preços absurdamente em poucas

semanas. Sem compradores para as ações muitos investidores perderam dinheiro.

Esta notícia se propagou para outros investidores, que desesperados, tentaram

vender as ações das empresas pontocom, mas não obtiveram êxito e a

consequência desse processo foi o estouro da bolha especulativa em cima dessas

organizações da pontocom. Milhares delas faliram gerando prejuízos a muitos

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investidores que tinham apostado nelas e as que sobreviveram viram o preço de

suas ações se desvalorizarem de forma drástica, passando a ter prejuízos ao invés

de lucros. (FILHO, 2015)

2.4.3 - A Crise Suprime

Para entender sobre a crise subprime, primeiramente será necessária uma breve

explanação, do que é o subprime, como ela funciona e para que e por que a mesma

existiu.

Segundo Dilorenzo (2008) a Fannie Mae (Federal National Mortgage Association) foi

criada em 1938 por Franklin Delano Roosevelt, durante o New Deal com a função de

fornecer liquidez ao mercado hipotecário. Por um período de 30 anos seguidos, ela

desfrutou do monopólio do mercado secundário de hipotecas nos EUA. Tornou-se

uma corporação privada em 1968, para conter o déficit orçamentário do governo. A

Freddie Mac (Federal Home Loan Mortgage Company) foi criada em 1970, no

governo Nixon, para expandir o mercado secundário de hipotecas e, assim como a

Fannie Mae, tem a função de fazer empréstimos e dar garantias a empréstimos.

Tanto a Freddie Mac como a Fannie Mae, junto com outras empresas, compram

(dos bancos) hipotecas no mercado secundário e as revendem para investidores no

mercado aberto como títulos lastreados em hipotecas. Ambas são empresas de

capital aberto. (DILORENZO, 2008)

Fannie Mae e Freddie Mac são empresas voltadas exclusivamente para o mercado

imobiliário. Mais especificamente, elas são empresas que existem para garantir

liquidez ao mercado de hipotecas. Elas não emprestam dinheiro para compradores

de imóveis; elas apenas compram estes empréstimos dos bancos. (ROQUE, 2013)

Fannie e Freddie, ao comprarem as carteiras de empréstimos imobiliários dos

bancos, permitiam que os bancos dessem continuidade aos seus empréstimos. Em

outras palavras, após um banco conceder um empréstimo para um comprador de

imóveis, ele podia vender este empréstimo para Fannie ou Freddie. Ato contínuo,

este empréstimo não mais estaria nos livros contábeis do banco, o qual estaria

agora livre para fazer novos empréstimos. (ROCKWEEL, 2013)

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Segundo Rock (2013), uma vez em posse dos títulos hipotecários, Fannie e Freddie

agora eram as responsáveis pelos empréstimos. A relação agora era entre elas e os

tomadores de empréstimos imobiliários. Enquanto estes continuassem pagando

suas hipotecas, Fannie e Freddie continuariam tendo um fluxo de caixa. Se os

tomadores de empréstimos dessem o calote, Fannie e Freddie teriam enormes

prejuízos. Seus títulos hipotecários seriam remarcados para um valor zero e o

patrimônio líquido de ambas seria severamente afetado.

Conforme Rock (2013), Freddie e Fannie são conhecidas como empresas

apadrinhadas pelo governo americano. Elas usufruíam uma linha especial de crédito

junto ao Tesouro americano, no valor de US$2,25 bilhões. Esta garantia implícita de

proteção conseguiu atrair um contínuo financiamento de investidores — que

investiam dinheiro nestas empresas e compravam seus títulos lastreados em

hipotecas —, pois estes investidores sabiam que, caso a coisa degringolasse,

Fannie e Freddie seriam socorridas pelo governo americano.

Em 2005 o mercado imobiliário estava propicio para a compra e venda de casas,

com a alta dos preços de imóveis nos Estados Unidos e a alta liquidez no mercado

internacional, os bancos e financeiras norte-americanas começaram a emprestar

mais dinheiro para que pessoas com histórico de crédito considerado ruim para que

comprassem casas. Antes, só tinham acesso a essas hipotecas, credores com bom

histórico de pagamento de empréstimos e renda comprovada. (FOLHA DE S.

PAULO, 2008)

Conforme o site BANKRATE.COM, subprime nada mais é do que uma classificação

de crédito. Um dos equívocos mais comuns quanto ao termo "subprime" é imaginar

que ele se refira à taxa de juros dos empréstimos. O termo "subprime" não se

relaciona à chamada "prime rate", uma das taxas de juros de referência dos

mercados financeiros, e sim à classificação de crédito do devedor. Em uma escala

que vai de cerca de 300 a 900 pontos, a classificação "subprime" é dada às pessoas

com menos de 620 pontos. A maioria dos consumidores tem classificação de crédito

entre 650 e 800 pontos.

Martelanc E Ghani (2008) descrevem que o mercado subprime foi afetado pela

elevada inadimplência no setor imobiliário americano que entrou em crise em 2008.

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A principal característica para esse mercado de títulos de segunda linha, sua

característica é a concessão de crédito a pessoas que tenham capacidade duvidosa

de pagamento, isto levou a uma bolha financeira, que estourou no referido ano.

A crise subprime influenciou diretamente na queda das exportações brasileiras a

partir de julho de 2008, de acordo com o relatório do Tribunal de Contas da União –

TCU (2010), o governo brasileiro também implantou ações para estimular o comércio

exterior. Parte das reservas internacionais foi utilizada para financiar exportações, e

novas regras foram estipuladas para facilitar as linhas de crédito aos exportadores.

Estas ações fizeram com que houvesse uma forte recuperação no volume de

exportações a partir de março de 2009.

Carreras (2009) salienta que o setor industrial brasileiro, foi o mais afetado pela

crise, apresentando uma forte redução na produção e na criação de emprego. Este

fenômeno também causou forte impacto nas exportações brasileiras que sofreram

com a contenção de preços de commodities (mercadorias negociadas em bolsas,

onde seus preços são definidos em nível global pelo mercado internacional) e o

setor de manufaturas, que foi afetado pela retração das outras economias, inclusive

países latinos que são importantes compradores da produção brasileira.

No Brasil, apesar da economia ter sido considerada estável, ocorreu um forte

impacto com o processo de desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB), aumento

do desemprego com demissões, redução na concessão de crédito para alguns

segmentos, diminuição de investimentos produtivos e decréscimo do consumo

(PINHO, 2009).

Entretanto, Dulci (2009) comenta que o Brasil em partes, ficou protegido do desastre

no sistema financeiro dos Estados Unidos e da Europa, graças à solidez de seus

bancos e à rigidez na supervisão dos órgãos que regulam o setor. As consequências

da crise em outros países levaram, de forma geral, a uma forte reeducação do

crédito, a uma sucessão de falências bancárias e ao aumento da concentração do

capital.

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3 - METODOLOGIA APLICADA

Para a realização dessa pesquisa foram utilizados os valores dos preços das ações

ordinárias de todos os setores listados na BM&F Bovespa. Os dados foram

coletados no sistema Economática®, sendo utilizadas 4.485 amostras referente a 66

empresas utilizadas na análise dos anos de 2004 a 2012 (ANEXO I), foram extraídos

nos meses de janeiro, abril, agosto e novembro de cada ano, considerando estas as

datas possíveis de publicação das demonstrações contábeis.

Foi medida a taxa de crescimento de cada ação, de cada publicação em relação ao

preço anterior. Foi usada a formula:

∆% = PN-PA PA

Onde:

∆%: taxa de crescimento

PN: valor mais novo da ação

PA: valor mais antigo da ação

Também foi calculado o crescimento de cada empresa estudada na média deixando

em evidencia as 5 empresas mais próximas da média e também as 5 empresas mais

distantes da média, avaliando assim seu impacto.com a seguinte fórmula:

Segundo Levine (2008) a média é calculada através da soma de todos os valores

numéricos observados para uma variável em um conjunto de dados, e posterior a

divisão deste total, pelo numero de observações envolvidas.

Também foi medido o desvio padrão que segundo Humberto (2009) esse cálculo é

uma medida que aponta a dispersão dos dados da amostra, o quanto o resultado se

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diferencia da média, ele sempre será apresentado junto com a média. Foi utilizada a

fórmula:

De acordo com Levine et al (2005) o desvio padrão é a raiz quadrada da soma das

diferenças em torno da media aritmética elevadas ao quadrado, dividida pelo

tamanho da amostra menos um.

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4 - RESULTADOS OBTIDOS

4.1 ANÁLISE EM BLOCOS

As empresas foram separadas em 13 grupos, onde foram inseridos gráficos. Cada

gráfico possui 05 empresas em ordem alfabética, sendo que o ultimo gráfico possui

apenas 04 empresas. Todas foram analisadas individualmente de acordo com os

dados coletados na BM&F Bovespa, conforme segue:

GRÁFICO 1 - EMPRESAS DO GRUPO I

Fonte: adaptado pelo autor

Nas empresas do grupo I foram analisadas as seguintes instituições: AES Elpa, AES

Tiete, Alfa Consorc Alfa Financ e Alfa Holding. Conforme a analise do gráfico acima

deixam evidente que as empresas apresentadas reagem significativamente no ano

de 2007, onde o valor de suas ações cresce na BM&F Bovespa. Porém em 2008

acontece uma queda em seu crescimento, mas logo reagem, em 2009, podemos

destacar a empresa AES Elpa que atualmente é a controladora da Eletropaulo

Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A.

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GRÁFICO 2 - EMPRESAS DO GRUPO II

Fonte: adaptado pelo autor

Nas empresas do grupo II foram analisadas as seguintes instituições: Alfa Invest,

Alpargatas, Amazônia, Ambev S/A e Banestes. De acordo com analise do gráfico 2

percebe-se um forte crescimento em 2007 na empresa Banestes diante dos valores

das ações das demais empresas demonstradas, porem sua diminuição no

crescimento do valor de sua ação é nítida, onde só volta a crescer em 2012.

Diferente das empresas Ambev S/A e Alpargatas que diminuiu o valor de sua ação

em 2008, mas logo se recuperaram em 2009.

GRÁFICO 3 - EMPRESAS DO GRUPO III

Fonte: adaptado pelo autor

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Nas empresas do grupo III foram analisadas as seguintes instituições: Braskem

Brasil, Bradespar, Bradesco, e Banrisul. O gráfico 3 demonstra que as empresas

destacadas praticamente andaram juntas na queda de preço da ação em 2008 e no

seu crescimento em 2009, cada uma na sua proporção, todavia podemos destacar a

empresa Braskem e Bradespar uma companhia de investimentos, onde a

valorização de sua ação foi bem significativa.

GRÁFICO 4 - EMPRESAS DO GRUPO IV

Fonte: adaptado pelo autor

Nas empresas do grupo IV foram analisadas as seguintes instituições: Celul Irani,

Cemig, Cesp, Cia Hering e CCR SA. No gráfico 4 o preço da ação da empresa Cesp

(Companhia Energética de São Paulo) começa a crescer em 2005, porém o preço

cai em 2008, mas logo volta a crescer em 2009, Como a Cia Hering.

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Gráfico 5 - Empresas do Grupo

Fonte: adaptado pelo autor

Nas empresas do grupo V foram analisadas as seguintes instituições: Copel, Coece,

Coteminas, Eletrobras e Eletropar.. Conforme o gráfico 5 a empresa Coece

apresenta forte valorização das suas ações em 2007, a queda da valorização de sua

ação em 2008 é leve, mantendo seu crescimento a partir de 2009. O que não

aconteceu com a empresa Eletropar (empresa subsidiaria da Eletrobras) que

começou a crescer em 2005 e mesmo reagindo após a desvalorização da sua ação

em 2008, volta a cair em 2010.

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GRÁFICO 6 - EMPRESAS DO GRUPO VI

Fonte: adaptado pelo autor

Nas empresas do grupo VI foram analisadas as seguintes instituições: Gerdau Met,

Gerdau, Eternit, Energisa MT e Embraer. Como demonstra o gráfico 6 todas as

empresas destacadas tiveram queda no valor de sua ação na BM&F Bovespa,

voltando a crescer em 2009, exceto a empresa Energisa Mt (distribuidora de

energia) que manteve o valor das suas ações, voltando a cair em 2010 e 2012.

GRÁFICO 7 - EMPRESAS DO GRUPO VII

Fonte: adaptado pelo autor

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Nas empresas do grupo VII foram analisadas as seguintes instituições: Ideiasnet,

IGB S/A, Inds Romi, Iochp-Maxion e Guararapes. No gráfico 7 as instituições

apresentam uma diminuição de valor de suas ações em 2008, a recuperação veio

em 2010, exceto a empresa Guararapes que começa a perder valor na BM&F

Bovespa em 2007, a recuperação só acontece em 2009.

GRÁFICO 8 - EMPRESAS DO GRUPO VIII

Fonte: adaptado pelo autor

Nas empresas do grupo VIII foram analisadas as seguintes instituições: Itautec,

ItauUnibanco, João Fortes, Kepler Weber e Itausa. Nesse gráfico é clara a queda no

preço da ação da empresa Kepler Weber (soluções no segmento de armazenagem

agrícola e movimentação de graneis sólidos) em meados de 2007, não conseguindo

se valorizar ate 2012. Podemos destacar ainda a empresa Itausa que só reage em

2012.

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GRÁFICO 9 - EMPRESAS DO GRUPO IX

Fonte: adaptado pelo autor

Nas empresas do grupo IX foram analisadas as seguintes instituições: Lojas Americ,

Mont Aranha, Mundial, Natura e Oi. Conforme o gráfico 9 a empresa Natura obteve

uma supervalorização no valor de sua ação em 2010, mas logo em seguida perde

ao cair o seu crescimento em 2011. Já as empresas Light S/A e Lojas Americ

manteve seu valor de ação com uma leve valorização em 2010.

GRÁFICO 10 - EMPRESAS DO GRUPO X

Fonte: adaptado pelo autor

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Nas empresas do grupo X foram analisadas as seguintes instituições:

Paranapanema, Petrobras, Portobello, Randon Part e Oi. Conforme o gráfico 10 a

queda no preço das ações acontece em 2008 de todas as empresas apresentadas.

Nesse gráfico o destaque fica para todas as empresas apresentadas nesse gráfico

que obtiveram uma forte valorização em 2006, onde a desvalorização só acontece

no final de 2008, voltando a crescer em 2010.

GRÁFICO 11 - EMPRESAS DO GRUPO XI

Fonte: adaptado pelo autor

Nas empresas do grupo XI foram analisadas as seguintes instituições: Rossi Resid,

Sabesp, São Carlos, Sid Nacional e Rede Energia. De acordo com o gráfico 11 a

queda no preço das ações das instituições apresentadas acontece em 2008, porem

podemos destacar a empresa Rede Energia que o impacto foi menor considerando

as empresas analisadas nesse gráfico

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GRÁFICO 12 - EMPRESAS DO GRUPO XII

Fonte: adaptado pelo autor

Nas empresas do grupo XII foram analisadas as seguintes instituições: Tectoy,

Telebras, Telef Brasil. Tim Part S/A e Souza Cruz. Conforme o gráfico 12 acontece

uma variação de crescimento evidente em 2006 nas empresas, desvalorizando-se

somente em 2008, a empresa Souza Cruz se mantem, aumentando sua valorização

em 2009.

GRÁFICO 13 - EMPRESAS DO GRUPO XIII

Fonte: adaptado pelo autor

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Nas empresas do grupo XIII foram analisadas as seguintes instituições: Tran Paulist,

Unipar, Usiminas, Vale e Tractebel Conforme o gráfico 13 o crescimento da ação e

sua desvalorização acontecem praticamente ao mesmo tempo para todas as

empresas apresentadas, cada uma na sua proporção. A empresa Tractebel se

destaca por ter uma forte valorização em 2005, em 2008 a queda do preço da ação

é leve, mantendo seu crescimento.

4.2 ANÁLISE COM BASE NA MÉDIA E DESVIO PADRAO

Foram selecionadas todas as empresas ordinárias listadas na BM&F Bovespa

atuantes no período escolhido para análise, no entanto os gráficos abaixo

demonstram somente cinco empresas mais próximas e as cinco empresas mais

afastadas da média e Desvio padrão calculado individualmente nos gráficos 14 e 15

conforme a seguir:

GRÁFICO 14 - EMPRESAS MAIS PRÓXIMAS DA MÉDIA

R$ 0,37

0,253465634

R$ 0,90

0,605665825

R$ 1,87

0,982910532

R$ 1,98

1,173930837

R$ 4,48

1,333293064

MEDIA

DESVIO PAD

Empresas mais próximas da média

Alfa Consorc Eternit Portobello Celul Irani Amazonia

Fonte: adaptada pelo autor

Conforme o gráfico 14 as empresas analisadas mais próximo da média

foram: Alfa Consorc, Eternit, Portobello, Celul Irani e Amazônia, onde na

média o preço da ação não variou muito no decorrer dos anos que foram

analisadas e conforme o desvio padrão pode notar que os valores dela não

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variaram tanto, estas empresas foram classificadas como as que obtiveram

o menor impacto com a crise.

GRÁFICO 15 - EMPRESAS MAIS AFASTADAS DA MÉDIA

Fonte: adaptada pelo autor

Conforme o gráfico 15 as empresas analisadas foram: Kepler Weber, Mundial,

Tectoy, Oi, Rossi Resid. Estas empresas possuíram a maior variação de preço no

decorrer deste período, portanto, foram as que mais se afastaram da média. Estas

empresas foram classificadas como as que obtiveram o maior impacto da crise

refletido no preço das suas ações no período analisado. Em destaque podemos

notar as empresas Kepler Weber e Amazônia. A empresa Kepler Weber por ser uma

das instituições que mais sofreu variação de valor em suas ações e a Amazônia por

ser a empresa que menos sofreu variação de valor em suas ações.

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5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os dados apresentados neste trabalho indicam que houve indícios do impacto da

crise subprime de forma financeira causada nas instituições brasileiras listadas na

BM&F Bovespa, cada uma na sua proporção. O Presidente do Brasil no período

(2008) José Inácio Lula da Silva disse que a crise subprime seria como uma

“marolinha” ao chegar ao Brasil, porém diante dos dados apresentados se percebe

uma variação em algumas empresas, favorecendo o impacto pela crise subprime,

em algumas mais que outras. Esta variação pode ter ocorrido porque o Brasil estava

se preparando para a crise. Já existiam medidas preventivas para amenizar o

impacto. Com a atual organização do sistema financeiro mundial e tecnologias cada

vez mais inovadoras, aumentou consideravelmente a velocidade de transmissão de

informações, de modo que não só o Brasil, mas principalmente os países

desenvolvidos buscam em tempo recorde superar qualquer ameaça, diminuindo seu

impacto nas empresas.

Foram encontradas 620 empresas brasileiras listadas na BM&F Bovespa, porém só

foi possível a utilização dos dados de apenas 66 empresas. Para se fazer as

analises dessa pesquisa é necessário a utilização dos dados completos de cada

empresa, ou seja 554 empresas ficaram de fora da pesquisa por falta de dados,

preços das ações em alguns períodos analisados.

Sugerimos que para novas pesquisas sejam feitas análises por setores, assim pode-

se analisar quais medidas cada setor tomou para não ser impactado pela crise.

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REFERÊNCIAS

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