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forma de nascimento do orixa

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ASSIM NASCE UM ORIXA EM NS

Se iniciar na magia do orix possibilitar atravs de rituais prprios que o lado divino da criatura transparea; libertar o Deus Interior que existe em cada ser humano, permitindo-lhe vir a tona e provocar impulso irresistvel capaz de conduzir a individualidade realizao pessoal, estabelecendo dessa maneira a mais perfeita comunho possvel com o Universo, com a Natureza, com o Criador, enfim, com a prpria Vida, em seu pulsar infinito.

Corpo fsico, mente e alma so ritualisticamente preparados para componentes da manifestao divina. Condies propcias so estabelecidas para que a memria ancestral possa florescer nos recessos do inconsciente, produzindo muitas vezes o transe, em suas mais variadas formas e tambm variados graus.

"Fazer santo" nascer de novo, renascer como indivduo mais forte, completo, potencialmente seguro, com melhores condies para, ao abandonar medos, traumas ou bloqueios, lanar-se inteiro na busca da realizao pessoal.

Conhecer a si mesmo: pressuposto bsico para a realizao pessoal em todos os nveis.

Desde sua origem o ser humano anseia pelo encontro com o Infinito. Essa busca incansvel frequentemente provoca verdadeiras batalhas que so travadas no interior do indivduo, acompanhadas por sentimentos de angstia, ansiedade, inconformismo ou at mesmo desespero frente ao desconhecido ou ao irremedivel: as fatalidades e incertezas do amanh, o ciclo da vida, a morte. Todo esse processo destina-se a criao de ambiente propcio ao to sonhado encontro.

A histria da humanidade espelha essa incansvel busca de respostas aos enigmas da vida: Quem sou eu? De onde venho? Para onde vou? A felicidade perseguida por todos, sendo muitas vezes um desejo alimentado pela incerteza: "Quero ser feliz, mas no sei bem o que felicidade".

E o ser humano continua a colocar a prpria felicidade longe de si mesmo, em circunstncias exteriores: dinheiro, posio, poder, fama, ou na dependncia de outras pessoas: "Se ele ou ela me amar, serei feliz".

H milhares de anos, o nativo do continente africano j tinha os mesmos anseios: conhecer seu Deus, os mistrios do Universo, a origem da Vida. Olodumr (o Criador), em sua Graa e Poder infinitos, permitiu-lhes conhecer a sabedoria do IFA (a revelao): a Criao do Universo e dos seres humanos, os princpios que regulam as relaes entre Il Aiy (a Terra) o Orn (mundo espiritual) e o conhecimento dos rsa, divindades partcipes da Criao e intermedirias entre Deus (Olodumr) e os homens.

Desenvolveram-se rituais iniciticos para os mistrios dos rs, como forma de realizar o sagrado em si mesmo, ou seja, permitir que o Deus Interior, na figura de um ancestral divino, desperte em cada indivduo e estabelea a ponte com o Cosmos, to necessria realizao pessoal, tornando-o assim capaz de fazer escolhas mais acertadas e consequentes em relao vida e aos semelhantes, na construo da prpria felicidade.

A compreenso clara de que destino possibilidade e no fatalidade a base dessa realizao. O conhecimento das foras que regem o Universo e a Vida nas suas mais variadas formas e meios de manifestao, bem como dos princpios que regulam essa interao o caminho da Iniciao.

O momento do chamado diferente para cada pessoa.. Para alguns, uma doena difcil de ser curada: outros, as dificuldades do prprio caminho; outros ainda, buscam fugir s religies tradicionais por conclurem que muitas delas esto to voltadas para o dia a dia dos homens e seus interesses imediatos que acabam fugindo sua real finalidade: promover o encontro do ser com a Divindade, ampar-lo em suas dificuldades espirituais e consequentemente, tambm as materiais.

Alguns ainda so provenientes de outras religies ou filosofias espiritualistas; finalmente, existem aqueles que simplesmente so tocados pelo rs, nos recessos da prpria alma.

Muitos so descendentes de africanos, mas no regra. Na frica o culto est realmente ligado s famlias, mas no Brasil, principalmente a miscigenao, trouxe para toda a populao a denominao afro-descendente.

A iniciao (feitura) propriamente dita acontece num perodo de recluso que varia de sete a dezessete dias (embora alguns lugares adotem 21). Essa recluso (recolhimento) ocorre nos Templos Religiosos conhecidos como Casas de Candombl, em aposentos prprios para tal finalidade. Esse perodo comparvel a gestao na barriga da me; nesse aspecto, o aposento sagrado representa o ventre da prpria me natureza. O nefito aprende os mistrios bsicos das divindades e da Criao; os costumes da comunidade e os princpios que regulam as relaes da famlia religiosa (hierarquia sacerdotal); as formas adequadas de comportamento nas cerimnias pblicas e restritas. Conhecimentos acerca de seu prprio rs lhe so ministrados: a maneira adequada de cultu-lo, suas proibies (ew), as virtudes que devero ser cultivadas e os vcios que devero ser evitados para atrair influncias benficas e uma relao harmoniosa com a divindade pessoal.

Quando um esprito vai encarnar, so consultados os futuros pais, durante o sono, quanto concordncia em gerar um filho, obedecendo-se lei do livre arbtrio. Tendo os mesmos concordado, comea o trabalho de plasmar a forma que esse esprito usar no veculo fsico. Esta tarefa entregue aos poderosos Espritos da Natureza, sendo que um deles assume a responsabilidade dessa tarefa, fornecendo a essa forma as energias necessrias para que o feto se desenvolva, para que haja vida. A partir desse processo, o novo ser encarnado estar ligado diretamente quela vibrao original. Assim surge o ELED desse novo ser encarnado, que a fora energtica primria e atuante do nascimento.

Nesse perodo, os Elementais trabalham incessantemente, cada um na sua respectiva rea, partindo do embrio at formar todas as camadas materiais do corpo humano, que so moldadas at nascer o novo ser com o seu duplo etrico e corpo denso.

Aps o nascimento, essa fora energtica vai promovendo o domnio gradativo da conscincia da alma e da fora do esprito sobre a forma material at que seja adquirida sua personalidade por meio da Lei do livre Arbtrio. A partir da essa energia passa a atuar de forma mais discreta, obedecendo a esta Lei, sustentando-lhe, contudo, a forma e energia material pela contnua manuteno e transformao, no sentido de manter-lhe a existncia.

Acreditamos que ao nascer, trazemos conosco o orix ory, que formado pelo eu, mais as experincias adquiridas durante sua vida, esse ory determina tudo dentro do orix, dizemos ory bom, orix bom, porque ele que vai permitir a entrada de qualquer energia para positivar esse ory. Um exemplo: uma pessoa que est com stress ou est muito ansiosa, o Bory vai trazer uma energia positiva, assim alterando o estado dessa pessoa, para calma e menos ansiosa.

No adianta dar nenhuma obrigao a sua cabea, sem que antes seja feito o bory, pois ele prepara para receber a obrigao plenamente.

E como?

O Bory um ritual, onde so colocados elementos que trazem smbolos e elementos com energia boa, como a fruta, que tem o significado de fartura ou at mesmo o eb (canjica branca), que significa paz, e assim por diante.

So entoados cnticos ao orix ory, que contam como ory importante na formao de uma pessoa. So cantadas tambm cantigas a Yemanj, considerada dona de todos os orys e Oxal, o pai de todos orixs e senhor da paz.

A sensao, depois do bory, eu posso descrever, como se voc tivesse carregando um peso nas costas durante um dia inteiro e quando chega a noite e voc tira esse peso das costas e o que acontece? Voc sente vontade de descasar, sente um alivio

Muitas pessoas sentem isso, e algumas sentem um sono muito grande.

O uso de uma palavra que significa dono da cabea (ORI-X) mostra a relao existente entre o mundo e o indivduo, entre o ambiente e os seres que nele habitam. Nossos corpos tm, em sua constituio, todos os elementos naturais em diferentes propores. Alm dos espritos amigos que se empenham em nossa vigilncia e auxlio morais, contamos com um esprito da natureza, um Orix pessoal que cuida do equilbrio energtico, fsico e emocional de nossos corpos fsicos.

Ns, seres espirituais manifestando-se em corpos fsicos, somos influenciados pela ao dessas energias desde o momento do nascimento. Quando nossa personalidade (a personagem desta existncia) comea a ser definida, uma das energias elementais predomina e a que vai definir, de alguma forma, nosso "arqutipo".

Ao Regente dessa energia predominante, definida no nosso nascimento, denominamos de nosso Orix pessoal, "Chefe de Cabea", "Pai ou Me de Cabea", ou o nome esotrico "ELED". A forma como nosso corpo reage s diversas situaes durante esta encarnao, tanto fsica quanto emocionalmente, est ligada ao arqutipo, ou personalidade e caractersticas emocionais que conhecemos atravs das lendas africanas sobre os Orixs.

orix pessoal uma manifestao de dentro para fora, do Eu de cada um ligado ao orix divinizado.