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Aspectos do Prontuário EletrônicoLincoln de Assis Moura Jr., MSc, DIC, [email protected]+55 11 8426-6276
Sumário
– Complexidade da Informação em Saúde
– Declaração de Convicção
– Aspectos Éticos e de Privacidade
– Certificação de Software para a Saúde
– Processo de Certificação SBIS – CFM
– Manual de Requisitos
– Aspectos Funcionais
A Complexidade da Saúde
Informação extremamente variada– >100.000 itens no vocabulário médico do dia a dia– dificuldade de se estabelecer padrões: vocabulário– cuidados com a semântica: “obesidade”– SNOMED: 60.000.000 possibilidades diagnósticas
Informação muito pouco estruturada– prescrição médica, laudo médico, prontuário médico– dificuldades de se estabelecer padrões: estrutura– quase linguagem natural
Serviços de Saúde correspondem a empresas muito complexas– 5.000 clientes e 5.000 tipos de procedimentos com atendimento personalizado!– A Saúde é Federada– O Atendimento é Distribuído– Não existe muita noção de “Cadeia de Valor”, nem de “Melhores Práticas”– É um Mercado de Insatisfeitos!
Convicção:É impossível oferecer serviços de
massa, usando métodos artesanais.
Bons Sistemas de Informação
são essenciais para aumentar o
alcance e a qualidade da Saúde.
Convicção:É impossível oferecer serviços de
massa, usando métodos artesanais.
Bons Sistemas de Informação
são essenciais para aumentar o
alcance e a qualidade da Saúde.
Modelo para o Sistema de Informação em Saúde
Apoio àAtenção em
Saúde
Apoio àAtenção em
Saúde
GestãoOperacional
GestãoOperacional
GestãoClínica
GestãoClínica
Gestão daQualidadeGestão daQualidade
Informaçãono Ponto
de Atenção
Informaçãono Ponto
de Atenção
Agregação dedados
não-identificados(datawarehousing)
Agregação dedados
não-identificados(datawarehousing)
PEP / RESPEP / RES
ProtocolosEvidênciasProtocolosEvidências
ConhecimentoConhecimento
FaturamentoFaturamento
GestãoEstratégica
GestãoEstratégica
Best PracticesAutomação
Suporte àOperação
ConhecimentoApoio à Decisão Gestão
Algumas Preocupações Éticas e Legais
Privacidade– O Indivíduo tem Direito a manter seus dados privados
Confidencialidade– Acesso aos dados apenas por quem tenha direito
Disponibilidade– Os dados devem estar disponíveis para quem tem direito de acesso
Segurança, Rastreabilidade, Auditabilidade, Autenticação– Os dados não podem ser alterados, uma vez registrados
Conceito Básico– O direito de acesso deve ser dado se for em benefício do paciente
– Operadoras tem direito de acesso aos dados (Auditoria)
– Empresas que contratam Planos de Saúde não tem este direito
Motivação para Certificação de Software (2002)
Demandas Diversas– Fornecedores de Soluções
– Anseio por parte dos médicos de tornar-se paperless
– Elevado número de sistemas para consultório médico
– Falta de legislação específica
Infra-estrutura Nacional para Assinatura Digital– ICP – Infra-estrutura de Chaves Públicas
Certificação de Sistemas de RES
Referencial Teórico:– Resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM)
– Comitê Técnico ISO 215 – Informática em Saúde:• Registro Eletrônico em Saúde
• Escopo, Definições e Conceitos
– Normas ISO para segurança da informação;
– A Infra-estrutura de chaves públicas ICP-Brasil
Referencial Teórico
Resolução CFM 1638/2002
– Art 1º : define prontuário médico como:
o documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo.
Referencial Teórico
Resolução CFM 1638/2002– Observar os itens que deverão constar obrigatoriamente do
prontuário confeccionado em qualquer suporte, eletrônico ou papel:
– Identificação do paciente – nome completo, data de nascimento (dia, mês e ano com quatro dígitos), sexo, nome da mãe, naturalidade (indicando o município e o estado de nascimento), endereço completo (nome da via pública, número, complemento, bairro/distrito, município, estado e CEP);
– Anamnese, exame físico, exames complementares solicitados e seus respectivos resultados, hipóteses diagnósticas, diagnóstico definitivo e tratamento efetuado;
Referencial Teórico
Resolução CFM 1638/2002– Evolução diária do paciente, com data e hora, discriminação de
todos os procedimentos aos quais o mesmo foi submetido e identificação dos profissionais que os realizaram, assinados eletronicamente quando elaborados e/ou armazenados em meio eletrônico;
– Nos prontuários em suporte de papel é obrigatória a legibilidade da letra do profissional que atendeu o paciente, bem como a identificação dos profissionais prestadores do atendimento. São também obrigatórias a assinatura e o respectivo número do CRM;
– Nos casos emergenciais, nos quais seja impossível a colheita de história clínica do paciente, deverá constar relato médico completo de todos os procedimentos realizados e que tenham possibilitado o diagnóstico e/ou a remoção para outra unidade.
Referencial Teórico
Resolução CFM 1639/2002– Art. 1º – Aprova as "Normas Técnicas para o Uso de Sistemas
Informatizados para a Guarda e Manuseio do Prontuário Médico", anexas à esta resolução, possibilitando a elaboração e o arquivamento do prontuário em meio eletrônico.
– Art. 2º – Estabelece a guarda permanente para os prontuários médicos arquivados eletronicamente em meio óptico ou magnético, e microfilmados.
Referencial Teórico
Resolução CFM 1639/2002
– Art. 3º – Recomenda a implantação da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos em todas as unidades que prestam assistência médica e são detentoras de arquivos de prontuários médicos, tomando como base as atribuições estabelecidas na legislação arquivística brasileira (a Resolução CONARQ nº 7/97, a NBR nº 10.519/88, da ABNT, e o Decreto nº 4.073/2002, que regulamenta a Lei de Arquivos – Lei nº 8.159/91).
– Art. 4º – Estabelece o prazo mínimo de 20 (vinte) anos, a partir do último registro, para a preservação dos prontuários médicos em suporte de papel.
Referencial Teórico
Resolução CFM 1639/2002– Art. 5º – Autoriza, no caso de emprego da microfilmagem, a
eliminação do suporte de papel dos prontuários microfilmados, de acordo com os procedimentos previstos na legislação arquivística em vigor (Lei nº 5.433/68 e Decreto nº 1.799/96), após análise obrigatória da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos da unidade médico-hospitalar geradora do arquivo.
– Art. 6º – Autoriza, no caso de digitalização dos prontuários, a eliminação do suporte de papel dos mesmos, desde que a forma de armazenamento dos documentos digitalizados obedeça à norma específica de digitalização contida no anexo desta resolução e após análise obrigatória da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos da unidade médico-hospitalar geradora do arquivo.
Referencial Teórico
Resolução CFM 1639/2002 – Art. 7º – Estabelece que o Conselho Federal de Medicina e a
Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), mediante convênio específico, expedirão, quando solicitados, a certificação dos sistemas para guarda e manuseio de prontuários eletrônicos que estejam de acordo com as normas técnicas especificadas no anexo a esta resolução.
Histórico
Convênio SBIS X CFM
– Revisão da literatura
– Entendimento da complexidade
– Participação de outras entidades:
• ASSESPRO, Ministério da Saúde, • AMB, CONASS, CONASEMS, ANVISA, ANS,• FBH, CONARQ e ABRAHUE
Referências Internacionais
Normas ISO– ISO/TS 18308:2004 - Health informatics - Requirements for an
electronic health record architecture. Disponível para aquisição on-line em: http://www.iso.org/iso/en/CatalogueDetailPage.CatalogueDetail?CSNUMBER=39525&ICS1=35&ICS2=240&ICS3=80
– ISO/TR 20514:2005 Health Informatics - Electronic Health Record Definition, Scope, and Context. . Disponível para aquisição on-line em: http://www.iso.org/iso/en/CatalogueDetailPage.CatalogueDetail?CSNUMBER=39525&ICS1=35&ICS2=240&ICS3=80 .
Certificação SBIS/CFM
Premissas– Aderência à ICP-Brasil e normas de arquivamento
• ICP – Infra-estrutura de Chaves Públicas
– Processo em Três Fases• Fase I – Declaração de Conformidade
• Fase II – Selo SBIS/CFM
• Fase III – Certificação de RES
– O convênio SBIS / CFM diz respeito apenas aos produtos de software de prontuário eletrônico.
Certificação SBIS/CFM
Premissas
– O processo de certificação SBIS/CFM destina-se a sistemas que capturam, armazenam e trafegam a informação identificada em saúde, ou seja, Sistemas de Registro Eletrônico de Saúde (RES);
– O processo de certificação de software CFM / SBIS é voluntário. Nenhum hospital ou desenvolvedor de software é obrigado a certificar o seu sistema de RES.
Referencial Teórico
Modelo
– Normatização • SBIS, CFM, ONA, CONARQ, AMB,
• Ministério da Saúde, ANVISA, CRO, ASSESPRO
– Legitimação • ANVISA e Ministério da Saúde
– Acreditação
• ONA e ANVISA
– Certificação
• SBIS
Fase I – Declaração de Conformidade
– Processo simples via Internet
– Aderência aos requisitos do Manual
– Apenas uma fase de adaptação e treinamento do mercado
– Não tem valor legal
– Piloto em Março/2004
– Operacional desde Set/2004
Fase II – Selo SBIS/CFM
– Selo de qualidade para o software, certificando que o mesmo atende aos requisitos
– Necessidade de Auditoria
– Certificado do produto (software) pela SBIS e registrado no CFM
Fase III – Certificação de Sistemas de RES
– Modelo mais amplo
– Certificação de Processos!• hospitais, clínicas, laboratórios
– Necessidade de forte amparo legal
– Envolvimento MS e ANVISA
Fase III – Certificação de Sistemas de RES
– Necessidade de forte amparo legal (decretos, leis...)
– Poderá abandonar o papel
– Co-responsabilização
– Tem valor legal
– Projeto de Longo Prazo
– Validade do Certificado
– Articulação com as demais entidades : CONARQ, CRO...
– Operacional em ??
– Apoio Financeiro do CFM
Níveis de Garantia de Segurança
– Nível de Garantia de Segurança 1 (NGS-1)
– Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS-2)
Fontes: NBR ISO/IEC 17799 - NBR 17799Código de Prática para a Gestão da Segurança da InformaçãoISO/IEC 15408 – Evaluation Criteria for IT Security
Requisitos de Estrutura e Conteúdo do RES
– Estrutura do RES
– Dados Estruturados
– Dados Administrativos
– Dados Clínicos para a Categoria Assistencial
– Dados Clínicos para a Categoria SADT
– Dados Clínicos para a Categoria Gestão
– Tipos de Dados
– Dados de Referência
– Associações
– Representação de Conceitos em Saúde
– Representação de Texto
Requisitos Funcionais
– Suporte aos Processos Clínicos
– Problemas / Condições de Saúde e Outras Questões
– Raciocínio Clínico
– Suporte à Decisão, Protocolos Clínicos e Alertas.
– Planejamento Terapêutico
– Prescrição e Processamento de Exames
– Assistência Integral
– Captura de Dados
– Recuperação / Consultas e Visões
– Apresentação dos Dados
– Escalabilidade e Desempenho
Situação Atual
– Revisão 3.0 Manual de Requisitos• Adequação à NBR ISO IEC 27001:2006
• Adequação documentos ISO TC 215 aprovados
• Inclusão requisitos padrão TISS
– Credenciamento de Entidades Certificadoras
– Manual do Auditor
– Treinamento de Auditores
– Busca por Suporte Financeiro• O Processo Norte-Americano recebeu US$ 5.6M
• Cada Análise para Certificação, nos EUA custa ~ US$ 100k
• O Processo Brasileiro recebeu US$ 90k do CFM
Resumo
O PEP e RES são identificados como tecnologias essenciais!– O uso do PEP / RES vêm sendo estimulado em todo o Mundo
Existe uma enorme complexidade associada a eles– Acesso, Autenticação, Padrões, Segurança– Interoperabilidade!
Ninguém está autorizado a “rasgar o papel”, hoje– O que não significa que não seja feito– Melhor prática é “imprime, assina e guarda (bem longe)”
A Legislação vem sempre depois do fato– Exemplo dos Sistemas Bancários
O Prontuário Eletrônico Individual– Oferecido por Operadoras, Governo ou Empresas
Referências Relevantes
Manual de Requisitos de Segurança, Conteúdo e Funcionalidades para Sistemas de Registro
Eletrônico em Saúde (RES)
&
Código de Ética para o Profissionalde Informática em Saúde (IMIA/SBIS)
www.sbis.org.br/certificacao.htm
Av. Eng. Luis Carlos Berrini, 962 - Cj. 6104571-000 - São Paulo - SPTel.: 11 3055-1600E-mail: [email protected]
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