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AMarço de 2017
As Novas Regras para Assinatura dos Contratos de Câmbio
Em 9 de março de 2017, a fim de adaptar o mercado de
câmbio às facilidades proporcionadas pelas inovações
tecnológicas, o Banco Central do Brasil (“BACEN”)
decidiu, por meio da Circular nº 3.829, alterar algumas
regras relacionadas à assinatura dos contratos de
câmbio.
Para fins de contextualização, anteriormente à
publicação das novas medidas, a formalização dos
contratos de câmbio poderia ser realizada de duas
formas: (i) assinatura manual das partes (próprio
punho); ou (ii) assinatura eletrônica por meio de
certificados digitais emitidos no âmbito da
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP
Brasil).
A partir de agora, os contratos de câmbio poderão ser
assinados por meio de outras ferramentas eletrônicas
disponíveis no mercado, como por exemplo tokens,
internet banking, aplicativos de celulares, biometria,
etc. Não será mais obrigatória a utilização de assinatura
digital exclusivamente por meio do ICP Brasil.
De fato, a flexibilização dos critérios de utilização de
assinatura eletrônica, além de facilitar a formalização
dos contratos de câmbio, permitirá a redução de custos
e burocracia nas operações envolvendo compra e venda
de moeda estrangeira. O BACEN espera que as novas
medidas ajudem a trazer um ganho de custo e eficiência
para o mercado como um todo.
Para as instituições financeiras autorizadas a operar no
mercado de câmbio, deverá haver uma redução
substancial no custo de papel e impressão, além da
diminuição dos custos envolvidos com o envio e guarda
dos documentos. Para os clientes, pessoas físicas e
jurídicas, o fechamento das operações de câmbio
deverá ser muito mais célere. As empresas que fazem
inúmeros contratos de câmbio diariamente, bem como
aquelas que trabalham com importação e exportação
devem se beneficiar com as novidades.
É importante ressaltar que os demais requisitos
regulatórios que tratam da identificação dos clientes, da
segurança e da integridade das operações de câmbio
(especialmente para evitar lavagem de dinheiro e
evasão de divisas) não foram alterados, sendo,
portanto, de exclusiva responsabilidade da instituição
autorizada a operar no mercado de câmbio assegurar a
autenticidade dos documentos que serão gerados nas
contratações formalizadas eletronicamente.
Caberá agora às instituições financeiras a
implementação das novidades trazidas pelo BACEN.
Quem sabe em um futuro próximo, a compra e venda
de moeda estrangeira esteja apenas à distância de
clique ou de um piscar de olhos.
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