artroplastias do quadril 2013

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Artroplastias do Quadril Dr. Dennis Sansanovicz 25/10/2013

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Page 1: Artroplastias Do Quadril 2013

Artroplastias do QuadrilDr. Dennis Sansanovicz

25/10/2013

Page 2: Artroplastias Do Quadril 2013

Abordagem apenas de temas recorrentes na prova

- Vias de Acesso

- História / Variações de Técnica

- Escolha do implante

- Planejamento

- Materiais e Técnicas Utilizadas(Prova de Habilidades: 12% da nota final e Eliminatória)

Resumo para o TEOT 2014

Page 3: Artroplastias Do Quadril 2013

- 2 vias mais tradicionais:

* Lateral (Via de Hardinge): - D. Lateral - DDH + Coxim

* Posterior (Gibson/Moore): D. Lateral

Vias de acesso cirúrgico

Page 4: Artroplastias Do Quadril 2013

Template femoral

Via lateral

Page 5: Artroplastias Do Quadril 2013

Vantagens:- Melhor exposição femoral- menor índice de luxação (0,1-2%)

Desvantagens:- Via de acesso pelo mecanismo abdutor- Neuropraxia N. femoral- Lesão A. glútea superior

Via Lateral - Hardinge

Page 6: Artroplastias Do Quadril 2013

Template femoral

Via posterior

Page 7: Artroplastias Do Quadril 2013

Vantagens:

- Preserva mecanismo abdutor- Permite vias menores (mini open: <10 cm)

Desvantagens:

- Maior índice de luxação (2-4%)- Pior exposição femoral- Neuropraxia do N. ciático

Via Posterior - Moore

Page 8: Artroplastias Do Quadril 2013

Melhor Via

- A que o cirurgião domina melhor.- Não há padrão ouro.- Cirurgião do Quadril: deve saber fazer as duas vias e indicar conforme o caso:

Page 10: Artroplastias Do Quadril 2013
Page 11: Artroplastias Do Quadril 2013

1954: Sir John Charnley (Pai da ATQ)

1) Necessidade de estudo da superfície de contato TRIBOLOGIA - Início com teflon (ou flúon - causou mta reabsorção)

2) Diminuição do diâmetro da cabeça femoral (menor desgaste volumétrico ATQ de Charneley - Cabeça 22,6 mm)

3) Uso de Polietileno de Alto Peso Molecular (descoberta do engenheiro do laboratório de John) – 1958 - Longas cadeias de Etileno polimeresado .....H-C-H-C-H-C-H-C.....

4) Antibioticoterapia profilática / sala com fluxo laminar

História

Total Cimentada

Page 12: Artroplastias Do Quadril 2013

Evolução da Cimentação da Haste

Gerações da Cimentação (TEOT)1ª Geração: Cimentação manual do canal (cimentação assimétrica e ausência de retentores = Plug distal)

2ª Geração: - Plug Distal (Ósseo ou de Silicone) - Lavagem a pulso (Pulse®) - Cimentação Retrógrada (Pistola)3ª Geração: - Pressurização - Mistura à vácuo - Centralizador distal4ª Geração: - Centralizador Proximal

Page 13: Artroplastias Do Quadril 2013

Avaliação da CimentaçãoClassificação de Barrack

(Avaliação da Cimentação)* Utiliza a 1ª radiografia de Pós-opTipo A: Não se distingue cortical óssea do cimento (preenchimento completo da porção proximal da diáfise)¹

Tipo B: Se distingue cortical óssea do cimento em algumas áreas (preenchimento quase completo)²

Tipo C1: Manto incompleto na porção proximal com > 50% da interface manto-cimento com radioluscência³

Tipo C2: Manto < 1 mm ou metal está sobre o osso

Tipo D: Manto com deficiências grosseiras como ausência de cimento abaixo da haste, defeitos grandes, espaços vazios grandes 5

Page 14: Artroplastias Do Quadril 2013

* Década de 1970

- “Doença do Cimento”: soltura dos componentes cimentados

- Desenvolvimento das ATQs não cimentadas: * conceito de Press Fit

- Vários tamanhos de cabeça e comprimentos do colo - Cabeça Intercambiável.

- Amstutz: Prótese de Recapamento – Ressurfancing

História

Page 15: Artroplastias Do Quadril 2013

Evolução das Hastes Não-Cimentadas

Page 16: Artroplastias Do Quadril 2013

Zonas de Gruen

Page 17: Artroplastias Do Quadril 2013

Zonas DeLee - Charnley

Page 18: Artroplastias Do Quadril 2013

ATQ Híbrida- Haste Cimentada / Acetábulo Não-Cimentado- Surgiu na época em que os melhores resultados eram com hastes cimentadas e acetábulos não cimentados.- Quem faz hoje?1) Cirurgiões de Quadril que são de escolas de cimentação que querem variar tribologia. 2) Quem não têm disponível uma haste que confia no Press Fit Femoral (muitos serviços SUS).3) Opções de Revisões.

Obs: Também existe híbrida reversa (em desuso ou opcção de revisão.

Page 19: Artroplastias Do Quadril 2013

Absolutas:1) Infecção Ativa2) Comorbidades clínicas que impeçam a cirurgia

* Relativas: obesidade, disfunções neurológicas, déficit do mecanismo abdutor, alterações anatômicas, doenças psiquiátricas.....

Contra indicações

Page 20: Artroplastias Do Quadril 2013

1) Escola2) Material disponível3) Baseado na qualidade óssea: DOOR ou DOSSICK

Escolha da ATQ

Page 21: Artroplastias Do Quadril 2013

Radiografias adequadas

- Rx de Bacia AP com quadris em rotação interna de 15°

- Rx AP e perfil do quadril afetado

- Rx AP e perfil do fêmur ipsilateral

OBS: em casos seletos, pode ser necessário outras incidências (alar, obturatriz) ou até TC quadril

Planejamento

Page 22: Artroplastias Do Quadril 2013
Page 23: Artroplastias Do Quadril 2013

Determinar posição da lágrima

Page 24: Artroplastias Do Quadril 2013

Ângulo de inclinação acetabular

Page 25: Artroplastias Do Quadril 2013

Discrepância de membros

Page 26: Artroplastias Do Quadril 2013

Largura do canal femoral-Índice de Dossick- Classificação de Door

10 cm

Page 27: Artroplastias Do Quadril 2013

Determinar centro de rotação do quadril

Page 28: Artroplastias Do Quadril 2013

Determinar offset medial

Page 29: Artroplastias Do Quadril 2013

Template acetabular

Page 30: Artroplastias Do Quadril 2013

Altura do corte femoral

Page 31: Artroplastias Do Quadril 2013

Template femoral

Page 32: Artroplastias Do Quadril 2013

• Haste e Copa Acetabular/Metal Back: - Polietileno (Copa acetabular cimentada)- Aço Cirúrgico (antigo)- Ligas de Titânio (+ comum) - Revestimento com Hidroxiapatita Ca10(PO4)6(OH)2- Metal Trabecular (+ novo): Tântalo / Ligas Especiais de Ti

• "Cimento" : Polimetilmetacrilato (que é uma resina)

Material das ATQ´s

Page 33: Artroplastias Do Quadril 2013

*Módulo de Elasticidade é inversamente proporcional a Elasticidade

Títânio: Baixo Módulo de Elasticidade = Mais Elástico = Menor Dureza Compartilha Energia com o Osso = Menor Stress Shielding

Aço: Alto Módulo de Elasticidade = Menos Elástico = Maior Dureza Move sem passar energia para o osso = Maior Stress Shielding

Cr-Co e Cerâmica: são superfícies articulares protéticas Tem que ser duros para não amassar/deformar Logo, todas superfícies de contato protéticas tem: Alto Módulo de Elasticidade = São mais duros/rígidos

Dureza dos Materiais

Page 34: Artroplastias Do Quadril 2013

• Estudo das Superfícies Protéticas

Tribologia

Page 35: Artroplastias Do Quadril 2013

* Cerâmica - Cerâmica

* Cerâmica - Polietileno

* Metal - Polietileno

* Metal - Metal

Pares Tribológicos1ª Nome = Cabeça - 2º Nome = Insert

Page 36: Artroplastias Do Quadril 2013

- Vantagens:* maior tempo de seguimento* melhora do desgaste com a evolução do polietileno (Cross Linked e Tri-irradiado - X3®)* sem “squeaking”* sem toxicidade* menor custo

- Desvantagens:* desgaste do polietileno: debris = sistema fagocítico = osteólise

Metal - Polietileno

Page 37: Artroplastias Do Quadril 2013

- Vantagens:

* menor desgaste em relação à cabeça de metal* sem “squeaking”* sem toxicidade

- Desvantagens:

* sem estudos a longo prazo* fratura da cabeça de cerâmica

Cerâmica - Polietileno

Page 38: Artroplastias Do Quadril 2013

- Vantagens:

* menor desgaste linear e volumétrico* maiores cabeças em diâmetro (maior ADM)

- Desvantagens:

* “squeaking”* fratura de cerâmica* maior custo

Cerâmica - Cerâmica

Page 39: Artroplastias Do Quadril 2013

- Vantagens:

* uso de cabeças grandes (Maior ADM) (pelo menor desgaste volumétrico e linear)* ressurfacing

- Desvantagens:* maior custo * íons metálicos no sangue - toxicidade -CI em mulheres pela literatura - Proibido pelo FDA* pseudotumor (reação aos Íons Cr e Co)

Metal - Metal

Page 40: Artroplastias Do Quadril 2013

Diâmetro Desgaste

22 mm 38 mm³

28 mm 60 mm³

32 mm 80 mm³

Diâmetro cabeça x desgaste

Page 41: Artroplastias Do Quadril 2013

Metal – poli 35mm³

Cerâmica – poli 25 mm³

Metal – poli X linked 5 mm ³

Cerâmica – poli X linked 3 mm³

Metal – metal 1,6 mm³

Cerâmica – cerâmica < 0,1 mm³

Desgaste Volumétrico por Par Tribológico

Page 42: Artroplastias Do Quadril 2013

Diâmetro ADM

28 mm 123°

32 mm 130°

36 mm 136°

40 mm 152°

Diâmetro cabeça x ADM

Page 43: Artroplastias Do Quadril 2013

Só quero que se lembrem de duas

Complicações da ATQ's

Page 44: Artroplastias Do Quadril 2013

- 1-5% = + temida* 3 Modos de Contaminação:

1) Inoculação direta: ocorre em 60% dos casos

2) Contiguidade: comunicação de planos superificiais com os protéticos profundos

3) Via Hematogênica: a partir de focos infecciosos crônicos (Urocultura deve ser negativa no pré-op)

Infecção

Page 45: Artroplastias Do Quadril 2013

- Quadro clínico: febre, fístula, flogismo local, dor

- Radiografias: ossificações ectópicas, osteólise maciça, diafisite

- TC / USG / RNM: coleções

- Exames laboratoriais: HMG, PCR, VHS

- Cintilografia óssea com Gálio + e Tecnécio -

Diagnóstico de infecção

Page 46: Artroplastias Do Quadril 2013

I: Agudas Pós-operatórias (obs: até 3 sem, não tem biofilme: limpeza + troca de poli e cabeça)- até 3 meses da cirurgia (Classific. de Coventry era 3 sem)

II: Tardias Profundas- entre 3 meses e 2 anos da cirurgia

III: Hematogênicas Tardias- após 2 anos da cirurgia

IV: Culturas Positivas sem sinais de infecção (muitas das revisões se colhe cultura e dá +: trata com ATQ profilatico 6 meses)

Classificação de Fitzgerald / Tsukayama

Page 47: Artroplastias Do Quadril 2013
Page 48: Artroplastias Do Quadril 2013

- Osteólise: reabsorções ósseas focais causadas pelo recrutamento do sistema fagocítico em reação a debris (poli / metais)

- Stress Shielding: Diminuição do Volume Ósseo em reação a não distribuição de carga da protese para o osso

Osteólise não é Stress Shielding!

Desgaste do Polietileno

Page 49: Artroplastias Do Quadril 2013

Obrigado