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    determinante dentro do novo paradigma por favorecer a construo de ambientesinteroperveis, autnomos, e descentralizados, suportando a distribuio e o

    processamento dos dados [Weinhardt 2009].

    A idia deste artigo relatar a interveno da rede social dentro dodesenvolvimento de uma aplicao em nuvem que foi implementada no modelo denegcio de comrcio eletrnico, caracterizado pela possibilidade de compra e vendacoletiva exclusivamente entre organizaes, o objetivo do software barganhar o preosob a quantidade de produtos por meio de transaes de compra e venda nasmodalidades: venda normal, leilo e prego. A seguir ser explorado o embasamentoterico deste trabalho, alm da descrio das funcionalidades do software como serviochamado The Supply eCommerceThe SeC.

    2. Redes Sociais como Exemplo de Plataformas Programveis

    As Redes Sociais surgiram em meados dos anos 90, desde ento elas vm adquirindouma significativa importncia na criao e armazenamento de informaes econhecimentos. No desenvolvimento de software, bastante relevante manter aorganizao dos artefatos produzidos, alm de distribuir o conhecimento sobre aconstruo de tais artefatos, isto pode ser feito por meio do registro de problemasencontrados, de recomendaes propostas e de relatos de experincia.

    No transcorrer dos anos a informao passou a ser vista como um dos maioresbens da sociedade, sendo to importante quanto a propriedade, o capital, a matria-prima e o trabalho [Rezende 2003]. A informao quando processada elaboraconhecimento, este o principal elemento de gerao de valor, o que agrega

    diferencial a uma sociedade [Davenport 2003].Neste cenrio, a tecnologia da informao desenvolve papel fundamental, pois

    disponibiliza diversos recursos. As redes sociais, dentro desse contexto devem serentendidas como redes virtuais de relacionamento. Essas redes contribuem,especialmente, para a distribuio da informao e para a colaborao entre osparticipantes [Carmel 2009], se tratando de redes virtuais, a distribuio doconhecimento ainda favorecida pela amplitude de alcance e pelo tempo de distribuiodesta informao. No intuito de caracterizar melhor a relevncia das redes sociais,examinaremos o Twitter.

    Em 2007 comeou a ganhar fora um conceito chamado micro-blog, um micro-blog a miniaturizao de um blog tradicional, ou seja, so aplicadas algumas restriesa um micro-blog que, em geral, so aplicadas no tamanho de texto que escrito, taistextos no podem ultrapassar 140 caracteres. Um micro-blog pode ser um tipo de redesocial, existem vrios exemplos dentro deste tipo, como:Identica, e Plurk; entretanto, oque mais tem destaque no cenrio atual o Twitter.

    O Twitter foi aberto ao pblico em meados de 2006 e no por menos que eleganhou notoriedade, pois, alm de ser um micro-blog, ele uma rede socialpropriamente dita e ainda uma ferramenta de Broadcast3. A rede em abril de 2010,segundo seu cofundador Biz Stones, conquistou a cifra de 105 milhes de usurios, fatorevelado no durante a Twitters Chirp, conferncia do Twitter para desenvolvedores.

    3 O envio (difuso) de dados a vrias mquinas ou redes ao mesmo tempo [Tanenbaum 2006].

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    O Twitter funciona da seguinte forma: usurios registrados enviam mensagens,as pessoas registradas na ferramenta, que sejam associadas como amigo do usurio,podem ler todas as mensagens. Opcionalmente, estas mensagens podem ser pblicas o

    que as torna visveis para quaisquer outros participantes do servio. As mensagens socompiladas e exibidas em uma interface chamada de timeline, que ordena as mensagensconforme o perodo de tempo em que elas chegam [Encarnao, 2010]. Dentro destemecanismo de envio de mensagens se baseiam diversas funcionalidades que facilitam acomunicao eficiente e rpida entre os usurios.

    O Twitter pode ser acessado tambm via dispositivos mveis, possuindoportabilidade para as plataformas dos celulares das marcas Android e Iphone.Atualmente o Twitter possui integrao com redes sociais da web, como Facebook, esta considerada por especialistas como a maior rede social da atualidade, tendoaproximadamente 500 milhes de usurios4.

    Foi incorporado em 2008 um mecanismo de busca ao Twitter [Encarnao,2010], por meio do qual, pessoas e informaes podem ser encontradas atravs depalavras digitadas. O Twitter facilita a socializao das informaes, uma vez que tudoque inserido em forma de mensagem distribudo em tempo muito prximo do real,possibilitando aos usurios acompanhar notcias e adquirir conhecimento quaseinstantaneamente.

    Outro aspecto importante do Twitter sua API5, ela oportuniza, entre outros, abusca de servios que possam ser indexados em aplicaes terceiras. Ou seja, qualquerpessoa ou empresa pode ter o seu prprio micro-blog bastando para isto utilizar a APIdo Twitter e aproveitar os componentes e dados disponibilizados, tendo bastante

    reusabilidade e consequentemente rapidez e facilidade de desenvolvimento. Valeressaltar que o Twitter possui uma interface de programao que possibilita a aquisiode conhecimentos que esto na rede, alm de mais uma vez, viabilizar servios quepossam ser instanciados. Vejamos o exemplo abaixo [Apiwiki 2010].

    Suponhamos que uma nova aplicao web com uma srie de funcionalidades foicodificada, ela se chama MyApp, porm, foi mensurado em seu projeto, que ela usariacomo controle de acesso os dados de autenticao de outras aplicaes, como porexemplo, do Twitter, assim, a MyApp no teria um repositrio de dados de login esenha, nem vrias linhas de cdigos destinadas a este fim. Deste modo, a qualquermomento que o usurio for utilizar a MyApp, ele poder inserir seus dados de

    autenticao do Twitter sem ter que fazer cadastro na nova aplicaoNo o nosso objetivo explicar em profundidade o conjunto de funcionalidades

    providas pelo Twitter, porm relevante citar que essas funcionalidades so divididasem quatro conjuntos: Authentication, REST API and General, Streaming APIe Search

    API[Apiwiki 2010]. Por conseguinte, o que objetivamos demonstrar que o Twitter um exemplo de programao de si prprio, onde possvel criar um micro-blog com

    4 Por Zuckerberg em Facebook Thanks. Disponvel em:http://www.facebook.com/facebook?v=app_10467688569&

    5

    o conjunto de funcionalidades de um software disponibilizado por meio de seus cdigos e rotinas,assim uma aplicao pode utilizar o servio de outra sem ter que necessariamente codificar. [Tanembaum2006]. Informaes sobre a API do Twitter em: http://apiwiki.twitter.com/.

    http://www.facebook.com/facebook?v=app_10467688569&http://www.facebook.com/facebook?v=app_10467688569&
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    caractersticas idnticas sem a necessidade de nenhuma infra-estrutura. Assim, aplataforma Twitter um desenvolvimento orientado para a nuvem, onde osensinamentos para este desenvolvimento so repassados por meio do prprio micro-

    blog.Por fim, a rede social Facebook trabalha de forma semelhante ao Twitter,

    distribuindo suas informaes, e formando programadores de redes sociais pelo mundo.Isto s refora o conceito de que estas redes so plataformas programveis assentadasnum modelo distribudo de desenvolvimento de software, tornando as redes sociais maisnotrias, especialmente quando se tem equipes geograficamente distribudas,contribuindo para a homogeneidade de conhecimento.

    3. Computao em Nuvens

    Antes de focar no objetivo principal fundamental analisar determinados conceitos paramelhor compreenso sobre o trabalho. Portanto, nesta seo abordaremos os aspectos decomputao em nuvens.

    Computao em Nuvens um novo paradigma dentro da engenharia desoftware, no qual todos os recursos necessrios ao desenvolvimento e implantao dossistemas so disponibilizados remotamente [Motahari-Nezhad, 2009]. H umcompartilhamento entre memrias e capacidades de armazenamento computacionaldistribudo, ou seja, utilizam-se recursos compartilhados em servidores interligados pelainternet seguindo o modelo de computao emgrid[Weinhardt 2009].

    Segundo [Motahari-Nezhad, 2009], as caractersticas da Computao em Nuvens

    so: Economia de recursos - prescindvel uma infra-estrutura local para odesenvolvimento, tudo estar armazenado nos repositrios de dados remotos que soofertados por plataformas; Escalabilidade - recursos computacionais sodisponibilizados automaticamente conforme o crescimento da aplicao, crescimentotanto em carga de dados quanto em acesso de usurios; Flexibilidade; e Rapidez nodesenvolvimento - certas funcionalidades j esto disponveis na plataforma, bastando,para tanto, integralizar aplicao em potencial (desenvolvimento), e realizar asadaptaes necessrias.

    Computao em nuvens est voltada para Software as a Service (SaaS) ouSoftwares como Servio, sendo por definio um novo modelo de distribuio de

    software, no qual o fornecedor disponibiliza o software em ambiente web,inviabilizando a replicao de cpias do software em diversas mquinas locais dousurio final, vez que, tudo esta na nuvem, e os clientes, normalmente, desconhecem alocalizao fsica. Com SaaS, o cliente paga pelo software conforme a quantidade de

    pessoas que iro utiliz-lo, isto se caracteriza como o seu maior diferencial [Jacobs2005].

    Para o desenvolvimento de SaaS so utilizadas plataformas6 web dotadas derecursos que segundo [Motahari-Nezhad 2009], apiam todo o ciclo dedesenvolvimento de software, incluindo planejamento, implementao, depurao paraencontrar defeitos, testes, rpida instalao, alm das vrias operaes de suporte aos

    6www.salesforce.com/platform;www.microsoft.com/windowsazure; www.code.google.com/appengine;www.bungeeconnect.com

    http://www.microsoft.com/windowsazurehttp://www.bungeeconnect.com/http://www.bungeeconnect.com/http://www.microsoft.com/windowsazure
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    servios ofertados. Estas plataformas foram denominadas Plataform as a Service (PaaS)ou Plataforma como Servio, das quais, a Force.com, se caracteriza como uma das maisacessveis e popularizadas.

    As PaaS so totalmente centradas na aplicao e abstradas de qualquer conceitode servidores locais [Weinhardt 2009]. Ademais, tais plataformas possuem altadisponibilidade de recursos computacionais e so dotadas de mecanismos para cpia desegurana, Patch para fazer o papel da gerncia de configurao; atualizao e proteodos dados, dentre outros fatores ligados a infra-estrutura. Outra caracterstica dessasplataformas a arquitetura, est responsvel pelo sucesso das plataformas, comoexemplo temos aMultitenantda PaaSForce.com.

    AMultitenantprov o compartilhamento da unidade interna computacional, dosdados e da instncia fsica de armazenamento, propiciando assim, a cada desenvolvedor,to-somente, a preocupao em montar o fluxo de sua aplicao com as regras denegcio. Ou seja, a arquitetura disponibiliza as funes da Force.com compartilhandoobjetos, todavia, executa a distribuio das parties virtuais na plataforma para queoutras aplicaes ou mdulos de sistemas sejam agregados. [Salesforce, 2008]. O que sefaz atravs daMultitenant personalizar os objetos disponveispara que eles atendam afinalidade do negcio, reduzindo drasticamente o tempo de desenvolvimento.

    O alicerce para o conceito de Computao em Nuvens a Infrastructure as aService (IaaS) ou Infra-estrutura em Nuvens, que por sua vez, trata da infra-estrutura deservidores; isto elimina as preocupaes das empresas em salvaguardarem um parquetecnolgico para manter as aplicaes, pois agora os recursos de hardware so serviosremotos [Salesforce, 2008] onde ocorre os aluguis de repositrios de dados (DataCenter) que fazem a hospedagem das aplicaes. Um exemplo deste cenrio o serviooferecido pela empresa Amazon AWS, por exemplo. A Figura 1 ilustra a estrutura daComputao em Nuvens e auxilia no entendimento desta seo.

    Figura 1. Estrutura de Computao em Nuvens

    4. Estudo de CasoThe SeC

    O The SeC surgiu atravs de um projeto na disciplina de Engenharia de Software no programa de Ps-Graduao em Cincia da Computao da Universidade Federal dePernambuco (UFPE) que contou com a participao de 52 alunos. Neste semestre, ofoco em Computao em Nuvens motivou a ideia para implementar um modelo denegcio em comrcio eletrnico.

    As organizaes afiliadas ao The SeC podem participar das transaes com osperfis de usurio: Comprador e Fornecedor. A fim de realizar uma transao de compra

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    ou venda, deve-se criar uma Entidade de Negcio (Grupo), determinando os produtosque sero trabalhados pelo grupo e uma data limite para que outros usurios possamfazer parte do negcio, ou seja, ao ser criado uma Entidade de Compra, durante o

    perodo determinado, usurios podero se unir informando apenas a quantidade e oproduto desejado. Caso seja perfil de venda, cada Fornecedor dever criar uma Entidadede Venda informando quais produtos sero oferecidos e seus respectivos valores. Nesteperodo, o status do grupo estar Em Formao.

    Uma vez finalizado o tempo de adeso Entidade de Negcio, o status alterado para Em Negociao, o qual pode acontecer normalmente (ou seja, o softwareir escolher as trs melhores propostas das Entidades de Venda), caso uma delassatisfaa a Entidade de Compra, a transao realizada imediatamente.

    Em princpio as propostas das Entidades de Vendas apenas seriam publicadasaps a data limite de adeso, caso contrrio, inicia-se o prego, apenas as trs Entidadesde Venda que tiveram as melhores propostas podero submeter novos valores. Se aEntidade de Compra no se der por satisfeita e as demais Entidades de Vendascontinuarem mostrando interesse em prosseguir, d-se incio ao leilo (ou seja, baseadona melhor proposta das Entidades de Venda, os fornecedores lanaro valoresdecrescentes).

    Concludos todos os procedimentos da negociao, ou seja, quando o resultadofinal, com o ganhador, estiver publicado, ser aberta uma linha de comunicaoexclusiva entre o Comprador e o Fornecedor que venceu a tomada de preo, comobjetivo de registrar as documentaes jurdicas e fiscais da transao. Esses ltimospargrafos descreveram brevemente a funcionalidade do software, ele foi desenvolvidosobre a plataforma Force.com.

    O desenvolvimento do The Sec foi totalmente baseado na manipulao deobjetos presentes na plataforma Force.com, a arquitetura do software foi no estilo

    Multitenantque por sua vez muito semelhante ao estilo arquitetural de camadas. Osdesenvolvedores tentaram reutilizar as funes disponibilizadas por cada camada da

    Multitenant, os objetos ou funcionalidades que no se adequavam eram customizadospor meio de controladores e de implementaes no cdigo Apex, est a linguagem deprogramao da Salesforce. A linguagem de codificao de interface grficas daplataforma a Visualforce, e quando necessrio, era sincronizado linguagem, layoutsdiferenciados de outras ferramentas, ou de HTML. A figura 2 ilustra um esboo da

    Multitenantoriginal e da sua verso adaptada.

    A definio do projeto a ser desenvolvido na disciplina se deu atravs da tcnicade dinmica em grupo ouBrainstorm, na qual todos os alunos foram incentivados pelosprofessores a apresentar uma idia do produto de software a ser desenvolvido. Apsvrias discusses sobre o mbito do projeto, foi escolhido algo caracterizado comoinovador e vivel para ser desenvolvido em quatro meses, tempo total da disciplina.

    Neste contexto, utilizou-se os conceitos da metodologia gil Scrum, a fim detornar eficiente tanto o desenvolvimento quanto o acompanhamento do projeto. Apsdois meses de estudos, a turma foi dividida em cinco times, cada time possua entre

    11(onze) e 12 (doze) desenvolvedores incluindo o Scrum Master (SM). Existia ainda,nesta diviso estabelecida, um time classificado como de apoio, composto por 4 (quatro)

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    alunos que ofereceriam suporte aos times de desenvolvimento nas seguintes funes:Gesto de Pessoas, Gerncia de Configurao, Gesto de Qualidade e Metodologia Scrum.

    Figura 2. Esboo da Multitenant em sua verso original e na verso The Sec

    Foi estipulado que o aplicativo seria desenvolvido em quatro interaes7 comdurao de duas semanas, ao final de cada uma, ocorria reviso, bem como oplanejamentopara a seguinte. Reuniam-se tambm os SMs dos cinco times com o SMdo time de apoio e professores, isto atravs da tcnica Scrum de Scrums em que

    discutido o que foi realizado nas atividades planejadas, o que no pde ser feito,impedimentos e tratamento deles.

    O The Sec foi desenvolvido de forma distribuda, empregou-se as ferramentas:Sourceforge como repositrio de cdigo; SVN (subversion) para controlar as verses decdigos; Mantis Bug Trackerpara auxlio no andamento das interaes, tanto com afuno de repositrio dos artefatos produzidos,como deDashboard8. A Force.com e aferramenta de desenvolvimento Eclipse serviram como Ambientes Integrados deDesenvolvimento (IDEs), sendo que a primeira foi mais utilizada no desenvolvimentocom auxlio de recursos grficos j a segunda com a ausncia deles, porm sua aprincipal utilidade foi na integrao dos trechos de cdigo. Com o objetivo de facilitar a

    comunicao, optou-se em utilizar a rede social a.m.i.g.o.s9

    , sua utilizao ser discutidaa seguir.

    5. Uso da Rede Social A.m.i.g.o.s no Desenvolvimento The SeC

    7 Interaes onde o produto de software ser projetado, codificado e testado [Kniberg 2007].

    8Dashboard um painel (quadro) indicativo que mostra a evoluo do projeto, pode ser feito atravs dainsero de atividades em fases, onde cada fase uma parte do quadro [ Kninberg 2007].

    9 O a.m.i.g.o.s (Ambiente Multimdia para a Integrao de Grupos e Organizaes Sociais) umaplataforma de redes sociais corporativas focando gesto de conhecimento organizacional, que permite

    criar, armazenar, classificar e difundir este conhecimento de forma simples, livre e intuitiva [Costa eMeira 2008].

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    O desenvolvimento do The SeC foi caracterizado pela colaborao e cooperao entreos times de desenvolvedores distribudos geograficamente, por isso, taldesenvolvimento pode ser classificado como distribudo [Carmel 2009], apesar de

    equipe e cliente estarem localizados geograficamente no mesmo local, odesenvolvimento ocorria em lugares diferentes, conforme a localizao dos integrantesde cada time.

    No caso do The SeC, a rede social empregada foi a plataforma a.m.i.g.o.s, com aqual foi possvel construir uma infra-estrutura bsica para comunicao, neste caso, cada

    pessoa pode criar seu perfil, criar uma comunidade e procurar por pessoas que possamse agregar a esta comunidade. Tal comunidade pode representar uma empresa, um grupode pesquisa, e outros, quem define o que ser discutido pela comunidade so os prpriosintegrantes.

    A rede a.m.i.g.o.s possui diversas funcionalidades, entretanto, as aproveitadas noprojeto The SeC foram: Definio de Perfil de Usurio - est funo permite que cada pessoa cadastrada possa inserir seus dados bsicos, bem como suas experinciasprofissionais e acadmicas, alm de poder aderir a uma ou vrias comunidades [Costa eMeira 2008]; Criar Comunidades - com esta funo uma comunidade que representeuma equipe de trabalho ou um grupo de estudantes poder ser criada, existir, ainda, aassociao entre as comunidades que abordem temas semelhantes, o que no requer doadministrador demasiado esforo, bastando visualizar as comunidades e lhe requereradeso, ou seja, anlogo a solicitao de uma pessoa para ser amiga de outrem numarede social. Com isto, o contedo da comunidade pode ser visto por integrantes de todasas comunidades que forem associadas a ela. [Costa e Meira 2008]; Gerar Discusses -

    em cada comunidade podero ser criadas discusses sobre experincias, podendo os participantes da comunidade aderirem ou no discusso. Problemas e soluesencontradas tambm podero ser discutidos, a prpria plataforma disponibiliza umafuncionalidade de comunicao instantnea integralizada (bate-papo), a qual facilita acomunicao imediata entre os participantes [Costa e Meira 2008]; Inserir Objetos -artefatos como planilha eletrnica, textos, link, artigos, e msica podem ser inseridoscomo portflio de uma determinada comunidade, todos os integrantes poderovisualizar e capturar tais objetos [Costa e Meira 2008].

    5.2. Resultado Obtido

    Estas funes disponibilizadas pela rede a.m.i.g.o.s foram as mais trabalhadas pelosdesenvolvedores do The SeC, importante ressaltar que todas as discusses e objetos

    postados na rede a.m.i.g.o.s so notificados via email aos integrantes da comunidade noqual os artefatos foram inseridos, o que implica maior rapidez na distribuio doconhecimento aos destinatrios.

    Por meio da rede social foi possvel o compartilhamento dos dados einformaes pertinentes ao projeto, viabilizando reunies com o grupo de forma gil.Possveis dvidas, por sua vez, foram solucionadas com a participao de diversas

    pessoas. Os professores puderam interagir de forma intensa e rica, possibilitando a trocade conhecimentos e materiais, como: artigos, comunicados, vdeos e endereoseletrnicos com contedo a respeito da Computao em Nuvens. Portanto, existia, de

    fato, um local onde todos rapidamente poderiam recorrer em busca de idias e repostaspara um problema.

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    Apesar da plataforma de comunicao abordada nesta seo ser rica e ter sidoutilizada no processo de desenvolvimento, sua manipulao poderia ser melhorada. Porexemplo, se a cada nova interao de desenvolvimento fosse criada uma discusso na

    qual cada time pudesse inserir uma dvida de como resolver algum problema, oumesmo inserir uma descoberta sobre a plataforma Force.com, a resoluo de muitosproblemas poderia ter sido mais eficiente.

    Durante o incio da implementao do The SeC, na primeira interao, oconhecimento entre os participantes ainda estava muito incipiente. Essa inexperinciaacarretou atrasos no projeto, um exemplo disso, foi a implementao de uma estria10similar por dois times, o que poderia ter sido evitado se no incio da interao fossecriado um aviso na comunidade delimitando as responsabilidades de cada time.

    6. Consideraes Finais

    possvel entender ao final deste artigo que a explorao dos conceitos dodesenvolvimento nas nuvens vivel por meio de redes sociais como o a.m.i.g.o.s,ocorre ainda uma satisfatria distribuio do conhecimento, que neste caso repleto deinformaes recentes e diferenciadas. Na verdade ocorre uma quebra de paradigmas,

    pela qual basta um computador e uma conexo com a internet que j possvel a criaode um software completo e apto para uso. Como fazer gesto de configurao nestascondies? Como gerenciar o projeto? Como codificar em PaaS? As respostas paraestas indagaes devem estar disponveis para todos da equipe, na verdade deve haver agerncia de conhecimento o que pode ser facilitado pelas redes sociais ou blogs eWikis.

    Essas formas de distribuio de conhecimento so to eficientes que a PaaSForce.com desenvolveu sua prpria rede social chamada Chatter, dedicada somente aosusurios da plataforma. Nessa rede social, desenvolvedores podem anunciar suas novascriaes e descobertas, ademais, novidades da plataforma so divulgadas, assim existeum ambiente totalmente propcio a colaborao e a disseminao de conhecimento. Naverdade, o advento de Computao em Nuvens refora ainda mais a relevncia das redessociais, mostra que elas no servem apenas para fazer amigos ou esmiuar a vida alheia,mas sim, so ambientes colaborativos e de programao da Internet como o Twitter e Facebook.

    Sem a utilizao da rede a.m.i.g.o.s o desenvolvimento do The SeC teria que ser

    drasticamente alterado, no sendo possvel trabalhar em equipes distribudas e tampoucoconhecer melhor a plataforma Force.com.

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