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  • 8/3/2019 ARTIGO Import an CIA Da Governanca SOA

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    FACULDADE PITGORAS DE UBERLNDIA

    Importncia da Governana para a Arquitetura Orientada

    a Servios (SOA)

    KSSIA AFONSO SOARES

    Faculdade Pitgoras de Uberlndia

    Especializao em Desenvolvimento de Aplicativos Web

    Avenida dos Vinhedos, 1200 - Morada da Colina

    E-mail: [email protected]

    MARCUS VALRIO BRUNELI, Msc (ORIENTADOR)

    Faculdade Pitgoras de Uberlndia

    Professor do curso de Desenvolvimento de Aplicativos Web

    Avenida dos Vinhedos, 1200 - Morada da Colina

    E-mail: [email protected]

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    FACULDADE PITGORAS DE UBERLNDIA

    Importncia da Governana para a Arquitetura Orientada

    a Servios (SOA)

    Resumo

    Este artigo tem como objetivo realizar uma anlise da Arquitetura Orientada a Servios

    (SOA) e da Importncia da Governana para a Arquitetura Orientada a Servios (SOA),

    como um controle para a tomada de decises necessrias para implementar SOA com

    sucesso nas organizaes, tendo em vista que cada vez mais as organizaes buscam

    formas de mitigar riscos com o desenvolvimento de padres e processos e assim,

    aumentar o poder de deciso para compartilhar objetivos e metas. Este artigo explora a

    importncia da Governana para a Arquitetura Orientada a Servios (SOA) analisando

    as vantagens e desvantagens e os pontos crticos de sucesso para a implementao da

    Arquitetura Orientada a Servios (SOA) nas empresas.

    Palavras-chave: Arquitetura Orientada a Servios (SOA), Integrao, Legado,

    Arquitetura de Sistemas, Informao, Governana, Sistemas de Informao.

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    Abstract

    This article aims to undertake an analysis of Service Oriented Architecture

    (SOA) and the Importance of Governance for the Services Oriented Architecture (SOA)

    as a control to make decisions necessary to successfully implement SOA in

    organizations, given that more and more organizations seek ways to mitigate risks to

    the development of standards and processes and thus increase the power of decision to

    share goals and objectives. This article explores the importance of Governance for the

    Services Oriented Architecture (SOA) analyzing the advantages and disadvantages and

    the critical points for successful implementation of Service Oriented Architecture (SOA)

    in enterprises.

    Keywords: Service Oriented Architecture (SOA), Integration, Legacy, System

    Architecture, Information Governance, Information Systems.

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    1. Introduo

    A tecnologia de informao tem avanado de forma rpida nas

    empresas. O aumento significativo de informaes, a mudana constante de

    processos, de servios, a alterao constante da infra-estrutura corporativa e a

    falta de controle sobre tudo isso, exigem que haja uma governana corporativa

    com foco nos objetivos estratgicos.

    A falta de uma Governana em SOA (Arquitetura Orientada a Servios),

    onde no existe uma metodologia de desenvolvimento especfica, sem controle

    do que est sendo produzido, alterado ou do ciclo de vida, poder impactar os

    servios e causar prejuzos organizao.

    A crescente necessidade de partilhar informaes pertencentes a

    diferentes segmentos de mercado e a utilizao sistemas heterogneos tem

    levado as empresas a buscarem SOA como uma forma de projetar e integrar

    servios de negcio e definir processos para que se adequem as suas

    necessidades estratgicas. A integrao de sistemas busca a automatizao

    de processos organizacionais. Dada a complexidade das tecnologias de

    informao e dos diferentes pontos de vista torna-se importante definir alguns

    conceitos para entendimento dos temas relacionados.

    Servio: Um servio uma funo ou funcionalidade que se encontra

    bem definida, que isolada e que no depende da situao ou estado de

    outros servios (SILVA, 2004).

    Processo: Na viso de Martins (2005) o processo de uma empresa

    formado por uma seqencia de tarefas as quais podem envolver pessoas,

    aplicaes e/ou documentos, tambm pode servir de base para estruturar e

    integrar SI (Sistemas de Informao), quando este informatizado e

    automatizado, possibilitando interligar vrias aplicaes informticas.

    Midlleware: O conceito de Middlewarecorresponde a uma arquitectura

    tecnolgica que concentra num software centralizado um conjunto de

    informao, procedimentos e aplicaes. Este permite interligar sistemas,

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    disponibilizar informao, transportar dados entre sistemas e fornecer canais

    de comunicao entre diversas aplicaes informticas (MARTINS, 2005)

    2. Arquitetura Orientada a Servios (SOA)

    SOA apresentado na viso de Braga (2007) descrito conforme abaixo:O alinhamento das regras de negcio da empresa possuem o foco em

    seus objetivos nicos.

    Braga (2007) afirma que o negcio de uma empresa deve ser pensado

    de forma integrada, devido aos avanos na arquitetura, o cdigo legado e as

    prprias limitaes tecnolgicas. Evitando o retrabalho, custo e tempo aoreescrever linhas de cdigo em sistemas que j estejam funcionando h anos,

    proporcionando integrao de sistemas novos com sistemas legados, ou

    mesmo integrando sistemas novos em Java com sistemas novos em .Net por

    exemplo.

    Para Braga (2007) a utilizao de SOA se torna uma forma para

    melhorar a integrao de servios de negcio. SOA um conceito de

    arquitetura, uma forma de pensar e de projetar integrao entre servios denegcio e tambm de definir processos.

    Na percepo de Braga (2007) um processo de negcio formado pela

    integrao entre vrios servios, onde cada servio pode ser uma parte de um

    sistema. SOA possui um barramento central denominado ESB, Enterprise

    Service Bus, tal barramento possui uma srie de conectores onde esses

    servios so plugados. Por meio de tais conectores que ocorre a

    comunicao com diferentes tecnologias que vo desde SOAP (Simple Object

    Access Protocol) para webservices, CORBA, RMI tecnologias legadas. A

    integrao entre servios utilizando a arquitetura SOA ocorre atravs do ESB

    pois os processos de negcio do cliente no conseguem ser reproduzidos de

    forma adequada por meio de servios isolados. de suma importncia haver

    uma orquestrao e controle entre eles onde em alguns casos somente fluxos

    de servios, em outros, regulamentos que devem ser aplicadas a cada servio,

    ou mesmo questes transacionais, controlando servios em N servidores e

    tecnologias diferentes.

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    As constantes mudanas da tecnologia e a evoluo do mercado

    levaram as empresas a buscarem metodologias para auxlio em suas

    necessidades de negcio.

    Para Koch (2006) SOA uma arquitetura abrangente e uma estratgia

    de TI onde, a criao de aplicaes dentro de uma empresa, demanda por

    meio da arquitetura, que todos os programas sejam criados com uma

    metodologia de desenvolvimento de software especfica, denominada

    programao orientada a servio.

    Conforme descrito em Solues | SOA (Arquitetura Orientada a

    Servios) (2009) vamos encontrar o seguinte esclarecimento:

    A Arquitetura Orientada a Servios uma anlise feita sobre a

    arquitetura da empresa que possibilita criar servios de negcio interoperveis

    que podem ser reutilizados e compartilhados entre aplicaes e empresas.

    SOA oferece s empresas a possibilidade de utilizar o potencial de TI para

    acelerar e tornar dinmico o seu negcio, eliminando desta forma as

    frustraes, por meio da estruturao de solues mais flexveis e prazos mais

    curtos de desenvolvimento e tambm evidencia os investimentos de TI sobre a

    economia de recursos, esforo e tempo devido reutilizao de componentese da sua flexibilidade, demonstrando ao pessoal no-tcnico a viso sobre o

    papel da TI e seu valor para o negcio.

    As caractersticas da SOA destacadas por Foina (2011) so: estar

    fortemente ligada aos processos de negcio da organizao a que pertence,

    assim como a utilizar de padres tecnolgicos consolidados. Classifica tambm

    como elemento importante dessa arquitetura, o Servio. Assim definida, o

    Servio uma pea de programa que tem a capacidade de responder a umarequisio externa, regressando uma resposta de acordo com os dados

    transmitidos no momento em que foram ativados. Tal ativao e resposta

    ocorrem por meio da Internet, dessa forma o servio vem a ser denominado

    WebService.

    De acordo com Bombarda (2008) a definio de Arquitetura de

    servios corresponde a uma metodologia para desenvolvimento de software,

    na qual servios representam todos os ativos de softwares da empresa etambm descreve como sendo um componente, uma parte de desenvolvimento

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    de um software onde ao fazer a juno de todos os mdulos, teremos um

    software completo quela determinada funo para qual foi desenhado,

    produto final do escopo do projeto onde foi determinada a criao de um

    servio.

    Para Braga (2007) a maioria dos middlewaresde integrao dos ESBs

    (Enterprise Service Bus) tais como produtos da IBM, Oracle, Sun, BEA, open

    source, etc. so implementados em Java, um dos motivos especificados se

    deve a necessidade de comunicao com uma grande quantidade de

    tecnologias distintas, pois, com a utilizao de linguagens proprietrias seria

    difcil, uma vez que estas no se integram com muitas coisas.

    3. Elementos da Arquitetura Orientada a Servios (SOA)

    3.1. Fundamentos de SOA

    Segundo Santos (2007) SOA no uma arquitetura baseada

    exclusivamente em Web Services, mas os Web Servicesso a melhor maneira

    de alcanar os fundamentos de SOA, e provavelmente por isso que asimplementaes so vistas atravs do uso de Web Services

    Santos (2007) menciona que a Arquitetura Orientada a Servios baseia-

    se em disponibilizar os componentes como servios de software. Destaca que

    os oito fundamentos de uma Arquitetura Orientada a Servios a serem

    seguidos so: a Neutralidade, definida como a independncia de plataforma;

    fundamento Padronizado que consiste na utilizao de padres; Consumvel

    a permisso da descoberta da arquitetura orientada a servios e a automaodo seu uso; Reusabilidade baseia-se em reuso do servio sem necessidade de

    cpia ou re-implementao de cdigo; Abstrao consiste no servio em si

    onde no se leva em considerao a forma como foi implementado; Publicado

    consiste em definir as funcionalidades por meio de uma interface do servio,

    com preciso; Formal baseado no contrato de uso formal que determina as

    obrigaes entre o fornecedor e o consumidor; Relevante o usurio reconhece

    as funcionalidades apresentadas como um servio importante, notvel,relevante.

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    3.2. Princpios de design:

    Santos (2007) afirma que aps a compreenso dos fundamentos,

    necessrio ter em mente o que base nesta proposta, a qual ser preciso

    desenhar. Isto pode ser realizado de vrias maneiras, porm alguns princpios

    de design devem ser seguidos:

    A abstrao est definida na garantia de que um servio independe de

    uma implementao especfica e/ou outros detalhes onde o consumidor do

    servio no necessita conhecer todas as implementaes individuais e as

    mudanas internas dos componentes so permitidas sem afetar os clientes.

    Disponibilizao interna para os times de desenvolvimento.

    Generalizao baseia-se na garantia da utilizao de um servio no

    maior nmero de cenrios possveis, inclusive aqueles no esperados,

    descartando a necessidade de construo de servio especfico para cada

    nova demanda, isso feito para separar dados e comportamentos comuns dos

    definidos para uma maior aplicabilidade e para a insero de maior nmero

    possvel de dados e comportamento em um nico servio.Conformidade com padres trata-se do que conveniente e auxilia na

    adaptabilidade, quando se leva em conta as condies de inrcia e longo

    tempo para mudanas. Isso feito com o intuito de: possuir maior

    compatibilidade entre provedores de servios e consumidores; possibilitar

    maior velocidade de adoo para os novos consumidores; habilitar

    consumidores na capacidade de troca dinmica de fornecedores de servios.

    Granularidade refere-se ao propsito das funcionalidades oferecidaspelo servio. De acordo com o ambiente, a granularidade pode ser maior ou

    menor, no caso dos Web services, a granularidade ser menor, pois a

    finalidade reduzir o nmero de transmisses e aumentar a probabilidade da

    mensagem chegar e completar as transaes durante a existncia da conexo.

    Fornecer servios alternativos permite a reutilizao dos diferentes

    servios disponibilizados possibilitando uma maior ou menor granularidade com

    a utilizao de design patterns. Nesse mbito, diferentes web servicespodemser compostos com a finalidade de oferecer novos servios.

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    Seguindo os fundamentos e os princpios de design, as vantagens

    adquiridas podem ser observadas a seguir:

    1. Melhora radical da comunicao com os negcios, favorecendo a

    convergncia entre os negcios e processos de IT;

    2. Obter a separao do servio fornecido, dando-nos a base para o

    entendimento dos custos do ciclo de vida do servio e como ele usado

    nos negcios; e, finalmente,

    3. Aquisio do conjunto principal de aplicaes corporativas pela reunio

    de servios de mltiplas fontes. No ser a regra e isso

    compreensvel, pois o mais apropriado adquiri-lo de um recurso

    externo. Como exemplo, temos os servios considerados commodities,

    como servios de autenticao, onde se pode utilizar um agente seguro

    externo (SANTOS, 2007).

    3.3. Componentes de SOA:Uma definio cedida por Prado (2010) compara a arquitetura SOA com

    uma banda sinfnica, devido a essa ser composta por diversos instrumentos ecada um desempenhando uma tarefa especfica. Cita o autor que seria difcil

    imaginar um WSDL (Web Service Description Language) que no possui XSDs

    (XML Schema Definition), uma ESB (Enterprise Service Bus) que no possui

    WSDLs e um BPEL que no possui SOAP (Simple Object Access Protocol),

    por serem vrios componentes sem ter sentido algum.

    Prado (2010) apresenta a seguir alguns conceitos sobre esses

    componentes de SOA:BAM (Business Activity Monitoring)

    De acordo com BAM Business Activity Monitoring: inteligncia de

    negcios em tempo-real (2009), uma caracterstica forte do BAM

    possibilidade de monitorar em tempo real as atividades de negcio.

    Permite um monitoramento onde possveis falhas esto propensas a

    ocorrer no processo de negcio. Tambm so fornecidas informaes e

    estatsticas tais como: quais processos de negcio esto em execuo e quaisesto em pausa (PRADO, 2010).

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    Segundo Inazawa (2009) as informaes do BAM so obtidas utilizando

    a implementao de sensores em locais estratgicos dos processos de

    negcio.

    WSDL (Web Service Description Language)

    uma linguagem escrita em XML (eXtensible Markup Language) que

    descreve o Web Service como contrato dos servios, define tecnicamente

    como o local onde se obtm os parmetros de entrada, sada, tipos de dados,

    endereo do servio, dentre outros. (PRADO, 2010)

    XML (eXtensible Markup Language)

    uma linguagem utilizada para facilitar a leitura e eliminao de erros

    por parte de humanos, padronizada pela W3C (Word Wide Web Consortium),

    empregada em descrio e troca de dados (PRADO, 2010).

    XSD (XML Schema Definition)

    uma linguagem que descreve as regras de validao para um arquivo

    XML em tipos de dados bsicos e complexos (PRADO, 2010).Conforme descrito em XML Schema (2011), um arquivo contendo as

    definies na linguagem XML Schema chamado de XSD (XML Schema

    Definition), este descreve a estrutura de um documento XML.

    SOAP (Simple Object Access Protocol)

    Segundo Holl (2010):

    Simple Object Access Protocolconsiste em um protocolo para trocade informaes estruturadas em uma plataforma descentralizada edistribuda utilizando tecnologias baseadas em XML. utilizado parainvocar aplicaes remotas ou Web Services atravs de RPC(Chamadas Remotas de Procedimentos) ou troca de mensagens emambiente independente de plataforma e linguagem de programao.

    BPEL (Business Process Execution Language)

    Para Braga (2007) a arquitetura SOA utiliza-se do BPEL (Business

    Process Execution Language) para a modelagem dos processos de negcio,

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    por meio deste possvel definir toda a orquestrao dos servios e regras do

    processo, sua linguagem baseada em XML.

    UDDI (Universal Description Discovery and Integration)

    De acordo com Santos (2007) UDDI est definido como um padro de

    gerenciamento de Web services cujo objetivo registrar e localizar servios.

    ESB (Enterprise Service Bus)

    A infra-estrutura (servidores) classificada como um dos componentes

    primordiais SOA por ser onde esto disponibilizados os servios. Tem como

    principal tarefa, prover conectividade, segurana, transformaes de dados e

    roteamento para que possa ser estabelecida a comunicao entre os sistemas

    por meio dos servios disponveis (PRADO, 2010).

    4. Desempenho e Segurana

    Para Lee (2009) os sistemas de TI possuem dois aspectos que

    normalmente quebram planos, conceitos e modelos: desempenho e segurana.Dependendo do ambiente, o desempenho em tempo de execuo um

    atributo crtico para o negcio. Problemas de segurana podem ocorrer na

    integrao de sistemas distribudos. Segue abaixo os detalhes de desempenho

    e segurana em SOA.

    4.1. SOA e Desempenho

    O desempenho dos servios segundo Lee (2009), leva em considerao

    os fatores que mais impactam, tais como:

    A impossibilidade de envio de dados binrios entre sistemas

    heterogneos, baseado na exigncia de SOA com relao ao mapeamento dos

    formatos em um formato comum, tal como o que se baseia em XML como o

    caso do SOAP para uma infra-estrutura de Web Services. Pode ocorrer

    aumento de tamanho em 4 a 20 vezes dos dados originais inclusive camposbinrios quando representados em formato baseado em XML, causando

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    elevao acentuada no consumo de banda de rede e/ou no tempo total de

    transmisso das informaes;

    As converses de formato e mapeamentos adicionais demandam tempo

    e necessitam ser realizadas pelo consumidor e fornecedor devido

    comunicao entre ambos;

    O desempenho das retransmisses causadas pelos extravios ou demora

    de entrega de mensagens, so impactados devido a redes e protocolos no

    confiveis.

    A reusabilidade favorecida pela granularidade grossa, porm pode

    resultar em quantidade excessiva de dados dispensveis trafegando

    desnecessariamente pela rede, tornando-se de suma importncia afinar-se,

    continuamente a granularidade para atender as necessidades particulares de

    cada consumidor devido crescente oferta de servios customizados.

    Uma vez que os atributos no funcionais so elementos de um contrato

    de servio, SLA (Service Level Agreement), eles permitem forte influncia na

    criao de novos servios e na modelagem dos sistemas subjacentes. As

    modificaes em servios, citando como exemplo a adio de novos

    parmetros, podem gerar incompatibilidade entre verses j existentes caso ocusto adicional de tempo de execuo exceda ao determinado pelo seu

    respectivo SLA (Service Level Agreement).

    4.2. SOA e Segurana

    Conforme Lee (2009) os principais aspectos de segurana so:

    Autenticao: refere-se verificao da identidade de umusurio, um dispositivo fsico ou um requisitante de servioexterno.

    Autorizao: determina o que uma identidade tem permissode fazer.

    Confidencialidade: assegura que apenas aquele que chamouo servio possa ver os dados enquanto esto sendotransferidos entre o fornecedor e o consumidor.

    Integridade: impede que dados sejam manipulados oufalsificados de forma que se tornem incorretos.

    Disponibilidade: evita que os servios se tornem inoperantes

    por meio de contramedidas a ataques tais como os denegao de servio (DoS Denial of Service).

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    Contabilizao: significa monitorar as chamadas de serviopara gerenciamento, planejamento e outros propsitos.

    Auditoria: registro de informaes relevantes segurana,para permitir deteco e anlise de falhas de segurana eataques. Envolve tambm registro de informaes legaisquando for o caso.A melhor maneira de lidar com segurana em SOA fornec-la como um servio:

    SES (Security Enforcement Services; servio de reforo desegurana) que de dentro de um ESB ou de um aplicativochamam um SDS.

    SDS (Security Decision Service; servio de deciso desegurana).

    5. Conceitos de governana

    Carvalho (2007) define este conceito de governana de forma

    abrangente, atribuindo os papis e as responsabilidades conforme abaixo:

    Governana de TI um conjunto de prticas, padres erelacionamentos estruturados, assumidos por executivos, gestores,tcnicos e usurios de TI de uma organizao, com a finalidade degarantir controles efetivos, ampliar os processos de segurana,minimizar os riscos, ampliar o desempenho, otimizar a aplicao derecursos, reduzir os custos, suportar as melhores decises e

    conseqentemente alinhar TI aos negcios.

    Carvalho (2007) conceitua que para obter uma Governana de TI efetiva

    preciso o desenvolvimento de um modelo organizacional especfico,

    utilizando as melhores prticas tais como: o BSC (Balanced Scorecard),

    PMBok (Project Management Body of Knowledge), Cobit (Control Objectives for

    Information and related Technology), ITIL (Information Technology

    Infrastructure Library), CMMI (Capability Maturity Model Integration ) e ISO

    17.799 extraindo os pontos que atinjam os objetivos do programa de

    Governana, e tambm considerando os aspectos culturais e estruturais da

    empresa, em decorrncia mudana dos paradigmas existentes.

    Em Solues | SOA (Arquitetura Orientada a Servios) (2009) vamos

    encontrar o seguinte esclarecimento:

    A Governana de TI propicia o alinhamento do setor de tecnologia com

    os objetivos da empresa de forma geral, definindo direitos de tomada de

    deciso, polticas, prticas, processos e maneiras de medir prioridades.

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    Proporciona auxlio nestas reas, a compreender onde encontrar e como

    monitorar cada ativo da empresa. A Governana SOA vai mais alm.

    A Governana SOA um subconjunto da Governana de TI, o seu foco

    est voltado para o desenvolvimento e integrao de aplicaes, seu estilo de

    arquitetura corporativa isola funcionalidades de TI em servios orientados a

    negcios, oferece visibilidade e controle, e simultaneamente aumenta a

    agilidade que as reas de negcio exigem. A Governana SOA uma questo

    crtica, uma vez que essa plataforma promete unificar sistemas que envolvam

    diversos departamentos da empresa. A soluo para essa governana

    justamente compartilhar objetivos e metas.

    5.1. Benefcios da governana:

    Manes (2010) conceitua que:

    Governana eficaz um elemento crtico na promoo de uma iniciativa

    SOA bem sucedida.

    Governana de SOA ajuda a organizao a ter sucesso com SOA ao

    mitigar estes riscos atravs de regras estabelecidas, processos e poder dedeciso. Um programa de governana SOA ajuda as pessoas a agirem de

    acordo com os objetivos da organizao e seguir as melhores prticas

    (MANES, 2010).

    A governana SOA, de acordo com o autor, fixa normas departamentais

    ou padres corporativos para auxiliar na garantia de que o servio de sistemas

    orientados obtenha resultados de valor almejado. A aplicao efetiva dos

    princpios SOA proporciona s organizaes alcanar os benefcios prometidospela SOA. Padres de governana garantem que os designers e

    desenvolvedores apliquem os princpios orientados ao servio e os padres de

    sistemas durante sua execuo. A governana SOA garante maior exatido de

    sistemas orientados a servios. O sistema que apresenta seu desenho

    consistente proporciona maior probabilidade de trazer os benefcios abaixo:

    Interoperabilidade: Sistemas distintos tm fcil interoperabilidade

    quando ocorre a utilizao de padres de desenvolvimento, os quais garantemos servios de suporte a protocolos comuns e modelos de dados

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    Componibilidade: um conjunto de normas e procedimentos de

    desenvolvimento que os desenvolvedores precisam seguir para garantir que os

    princpios de design comprovados e padres, permitam a composio e

    reutilizao de servios.

    Manutenibilidade: um conjunto de normas e procedimentos de

    desenvolvimento de princpios de design comprovado e padres que garantam

    sua utilizao pelos desenvolvedores que visa reduzir dependncias entre

    componentes do sistema, proporcionando fcil manuteno de componentes

    individuais.

    Visibilidade: Os padres de desenvolvimento garantem que os sistemas

    sejam adequadamente instrumentados, permitindo assim aos analistas de

    negcio monitorar os processos de negcio, e os analistas de sistemas

    monitorarem operaes em tempo de execuo para que eles possam detectar

    anomalias tcnicas e de negcios antes de se tornarem incidentes ou

    problemas.

    Tempo mais rpido ao mercado: A organizao ter capacidade de

    fornecer novas solues e melhorias mais rapidamente, devido ao crescimento

    do registro de servios interoperveis, de composio e de fcil manuteno.Retorno sobre o investimento (ROI): Os padres de design,

    desenvolvimento e implantao asseguram que as organizaes tenham maior

    possibilidade de retorno sobre os investimentos aplicados.

    5.2. Princpios da Governana

    Segundo Gerrard (2008):Os princpios da governana definiro o papel da TI de acordo com a

    estratgia de negcios da empresa, com o objetivo de oferecer suporte para

    garantir um gerenciamento de sucesso. s organizaes que possuem vrios

    setores de negcios tornam-se importante identificar as necessidades de

    suporte estratgico para cada unidade de negcios e desenvolver princpios

    baseados em servio compartilhado ou individualmente de forma a orientar

    como a TI ir suport-los.Os princpios da governana em TI afetam o papel da organizao:

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    Na globalizao do negcio Na criao e reforo de prticas correntes de negcios Na otimizao do desempenho de processos de negcios crticos

    Na gesto do conhecimento e do capital intelectual dentro daempresa Na conformidade legal e regulatria (Sarbanes-Oxley etc.)(GERRARD, 2008).

    5.3. reas de Governana

    Segundo Gerrard (2008):

    Consiste na tarefa de identificar reas que demandem polticas e

    processos de governana de TI e estabelecer metas especficas para cada

    rea. Os instrumentos de medio so importantes para quantificar os

    resultados dos objetivos alcanados, por essa razo, devem ser includos s

    metas. As reas de governana em TI podem ser agrupadas em duas

    categorias principais:

    A categoria rea de servios encara a TI como uma rea que presta

    servios. Assim como toda prestadora de servio deve ser levado em conta: a

    arquitetura de TI, os padres de desenvolvimento, as polticas de fornecedores,a centralizao ou descentralizao dos recursos e da gesto de TI.

    s Polticas de propriedade e uso de dados e processos deve ser

    levada em considerao a poltica de segurana e a poltica de continuidade de

    negcios.

    Para a categoria rea de demanda que est diretamente ligada aos

    processos decisrios, faz-se necessrio considerar: o alinhamento e a

    integrao do negcio e do planejamento de TI; a quantidade de recursosfinanceiros em sua totalidade dentre outros recursos deliberados a TI em uma

    empresa; a alocao de gastos e recursos de TI nos setores de negcios; os

    critrios destinados a avaliao do valor dos investimentos propostos aos

    projetos de TI em questo; a constatao dos benefcios dos projetos e novas

    provises do investimento em TI juntamente com as polticas de repasse de

    custos.

    Para Gerrard (2008) a plena aceitao da gerncia de negcios umpr-requisito primordial para o desenvolvimento dos princpios e reas de

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    governana. Torna-se importante identificar as reas com mau funcionamento

    e construir um business case para mudar a governana de TI de forma

    eficiente na empresa. Este autor destaca que se possvel, preciso manter

    envolvimento direto dos gerentes de negcios com os membros de um

    conselho estratgico, supervisionando e dando direo estratgica para

    garantia de proteo e suporte necessrios para o bom desempenho do

    projeto.

    5.3.1. As principais reas de governana

    De acordo com Mitra (2005) seguem destacadas abaixo as principais

    reas de governana:

    Alinhamento estratgico baseia-se em alinhar os negcios de viso

    objetivos e necessidades com os esforos de TI.

    Entrega de valor fundamenta-se em como o valor da TI pode ser obtido

    por meio de resultados, tais como a rentabilidade, reduo de despesas,

    reduo de erros, a imagem da empresa melhorada, branding(marca), dentre

    outros.

    Gesto de riscos est apoiada em dar sequncia nos negcios e

    medidas que precisam ser tomadas para proteger os ativos de TI.

    Gesto de recursos fundamenta-se em potencializar os servios de

    infra-estrutura que constituem o ambiente operacional sob demanda (ODOE)

    ou outro ambiente de apoio a servios de aplicativos.

    Gesto de desempenho possui foco principal na superviso dos

    servios que so executados no ambiente operacional sob demanda, em umaempresa ou outro ambiente.

    5.4. Processos de Governana

    De acordo com Gerrard (2008) o desenvolvimento de um processo

    completo e prtico para alcanar metas a rea mais problemtica da

    implementao, pois se torna necessrio definir como ser alcanada a

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    governana, levando-se em considerao a realidade da empresa e sua cultura

    de gerenciamento. preciso esclarecer:

    Quando um indivduo deve ser solicitado a tomar uma deciso. Quando a tomada de deciso deve ser compartilhada e o tipo defrum mais efetivo para colaborao. O tipo de informao necessria para a tomada de deciso Quais fruns consultivos devem dar informaes para quem toma adeciso. As atividades e responsabilidades dos membros da equipe. Quais atividades de suporte sero necessrias para fazer oprocesso funcionar. Os produtos finais que sero entregues.

    Aps a definio dessas trs grandes reas, a implementao do projetopoder iniciar. A identificao das sobreposies de processos pode ser

    solucionada ponto a ponto a cada nova etapa. O planejamento e o

    acompanhamento do projeto podem ser obtidos por meio de um fluxo de

    trabalho (GERRARD, 2008).

    O PMO (Project Management Office) oferece desenvolvimento e suporte

    ao processo de governana de TI, atribuindo ao CIO (Chief Information Officer)

    e coordenando os processos e os envolvidos, propiciando o alinhamento entreas atividades de TI e os negcios (GERRARD, 2008).

    5.5. Os fracassos da governana e os motivos que as levaram.

    O fracasso da implementao conforme Gerrard (2008), normalmente

    resultado de um ou mais dos trs fatores a seguir:

    5.5.1. Participao inadequada no gerenciamento do negcio

    importante que a rea de negcios tenha participao ativa no

    processo e que de acordo com a situao assuma responsabilidade direta. Os

    executivos de TI devem elaborar uma justificativa forte para o investimento no

    projeto de governana, demonstrando o valor que ser agregado ao negcio da

    empresa. Caso isso no ocorra, a governana de TI ser considerada como se

    fosse uma atividade de TI, no obtendo prioridade por parte da empresa e o

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    suporte necessrio para alinhar o projeto de governana rapidez na tomada

    de deciso nos negcios. Os CIOs e os gerentes de negcio so responsveis

    por implementar a governana.

    5.5.2. Ausncia de metas claramente articuladas

    O autor afirma que a ausncia de uma definio clara das metas a

    serem alcanadas poder gerar dvidas sobre o envolvimento por parte de

    determinados participantes no processo de governana de TI, a importncia de

    sua participao no processo de governana se no for bem esclarecido

    poder no contribuir de maneira significativa na utilizao da governana

    como uma ferramenta para atingir as metas de negcios.

    5.5.3. Falta de processos claramente definidos

    importante que um processo prtico e claramente definido sejacriado para alcanar as metas estabelecidas para a governana.Esse processo deve identificar o estilo de tomada de deciso, acultura e as prticas da empresa, alm de estabelecer etapas de

    ao, papis dos envolvidos, responsabilidades e produtos finais eintermedirios a ser entregues.Embora a governana possa ser a forma de incluir somente aatribuio de direitos de deciso e responsabilidades finaispertinentes, na prtica ela deveria considerar uma diversidade deresponsabilidades que atualmente so vistas de forma superficial,como critrios de controle e deciso, atividades de gerenciamento eatribuies de direitos de deciso. Os gerentes de TI que se propema desenvolver um processo de governana mais efetivo deveriamcomear por considerar a governana de TI como um conjunto deprocessos individuais para atingir metas individuais (GERRARD,2008).

    5.6. O ciclo de vida da governana SOA

    Como caracteriza Schepers e Kratz (2009), a governana SOA est

    relacionada a iniciativas que possuem o objetivo de aumentar a qualidade total

    de SOA para controle de ambientes complexos. Segue abaixo suas relaes:

    Pessoas: para garantir que as responsabilidades esto sendo

    distribudas acertadamente e que as pessoas esto recebendo o suporte

    necessrio para aquisio de conhecimento e habilidades devidas.

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    Processos: para definir a aplicao correta de processos visando

    garantir qualidade e monitoramento dos servios.

    Produtos: so importantes para cadastrar os requisitos dos servios e

    tambm sua documentao com os devidos templates.

    Esses tpicos esto relacionados a um modelo do ciclo de vida de

    governana SOA onde define seis principais processos para obter uma boa

    governana SOA. O ciclo de vida representa a forma como projeto interage

    com o escopo para implementar uma arquitetura orientada a servios conforme

    o desejado. Atravs das vrias iteraes do ciclo de vida de governana SOA

    que ocorre o desenvolvimento de SOA com tendncia do aumento da

    maturidade.

    A viso SOA e o impacto organizacional trabalhado por meio das

    pessoas e dos processos para manter foco no negcio.

    Os trs processos de gerenciamento do portflio de servios,

    gerenciamento do ciclo de vida dos servios e o gerenciamento do nvel dos

    servios formam o foco dos arquitetos.

    O processo do gerenciamento do nvel de servios de

    responsabilidade do administrador do sistema. Porm todas as partes queatuam na governana SOA devem estar comprometidas em todo o ciclo de

    vida.

    5.6.1. A viso SOA

    A iterao possui como primeiro passo definir os objetivos SOA a longo

    prazo ou revisar os objetivos j existentes. O alinhamento entre as reas denegcio e Ti ocorre por responsabilidade dos arquitetos para obter a viso SOA

    (SCHEPERS e KRATZ, 2009).

    5.6.2. Criando a organizao SOA

    Durante este processo ocorre a determinao dos papis e

    responsabilidades da governana SOA. O comit composto pelos responsveispela governana tais como analistas de negcios e profissionais de TI, pode

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    surgir, para decidir como poder ser implementado o ciclo de vida de

    governana SOA e auxiliar para que os princpios SOA e os seus devidos

    padres sejam implantados dentro da organizao. A iterao corrente do ciclo

    de vida necessita das pessoas adequadas no lugar certo para sua execuo

    (SCHEPERS e KRATZ, 2009).

    5.6.3. Gerenciamento do portflio de servios

    Nessa etapa do processo importante a obteno do consenso

    juntamente com os representantes de negcio sobre quais sero os servios

    desenvolvidos. O arquiteto deve mostrar quais so os servios candidatos a

    reutilizao, no gerenciamento do portflio de servios e envi-los para serem

    desenvolvidos primeiro. O portflio de servios visa um roteiro listando os

    servios atuais e os planejados (SCHEPERS e KRATZ, 2009).

    5.6.4. Gerenciamento do ciclo de vida de servios

    Esse processo visa implementar, atualizar e retirar servios dacorporao. O gerenciamento do ciclo de vida necessita ser conduzido pelo

    comit de governana SOA, que o responsvel por gerenciar as mudanas

    no ambiente SOA. A reutilizao de servios e execuo de regras de negcio

    por toda a empresa faz parte das mudanas. No comit de governana SOA o

    papel dos arquitetos destina-se na garantia de que todos os servios sejam

    direcionados ao ciclo de vida de gerenciamento para que no haja servios

    no-gerenciados (SCHEPERS e KRATZ, 2009).

    5.6.5. Execuo dos princpios

    O foco desse processo so os princpios de design e execuo. Como

    parte desses princpios o arquiteto deve garantir que as pessoas disponibilizem

    seus servios em um repositrio para gerenciamento e reutilizao onde os

    princpios devem ser aplicados em tempo de design. Os padres paradesenvolvimento de servios denominam-se princpios em tempo de design e

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    normalmente so adotados como modelos de melhores prticas, no podem

    ser monitorados automaticamente, dessa forma os desenvolvedores devem

    estar cientes de que eles precisam seguir os padres. Os arquitetos durante a

    entrega dos novos servios para a organizao devem verificar se as

    definies foram adotadas corretamente, por meio de uma reviso

    (SCHEPERS e KRATZ, 2009).

    5.6.6. Gerenciamento do Nvel de Servios

    Ao comparar SOA com diferentes aplicaes observa-se a necessidade

    de um gerenciamento diferente de outras arquiteturas de TI, em conseqncia

    granularidade dos seus servios. Os consumidores precisam entender o nvel

    de granularidade dos servios para terem capacidade de adaptao em relao

    ao seu consumo. O administrador de sistema o responsvel pela atividade de

    Gerenciamento do nvel de servios, mas o cuidado com a sua granularidade

    ficam a cargo dos arquitetos para que possam argumentar com a equipe de

    negcio sobre a existncia de determinado nvel que seja til para os usurios

    do negcio. Ao revisar a utilizao dos servios talvez com uma ferramenta deregistry, possibilite o surgimento de reutilizao (SCHEPERS e KRATZ, 2009).

    5.7. Os cuidados

    Conforme Braga (2007) ao pensar nos processos de negcio de uma

    empresa como um todo, de forma a integrar sistemas, utilizando arquivos de

    texto ou Webservices, podem trazer por meio desses mtodos dois problemasque so:

    - Dependncia 2 a 2 entre sistemas, onde um sistema depende

    diretamente de outro, e assim sucessivamente, apresentando dessa forma

    malhas infinitas de dependncias de sistemas.

    - Falta de integrao, controle e regras nos servios disponibilizados

    por cada sistema. Um servio neste cenrio uma parte de um sistema que

    est sendo compartilhada para reutilizao.

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    De acordo com Fusco (2007), de suma importncia a avaliao dos

    passos errneos que podem caminhar rumo ao fracasso, quando se trata do

    processo que analisa quais as etapas conduzem a um projeto de SOA bem

    sucedido. Para tanto preciso conhecer trs perfis, tambm classificados como

    perfis incorretos de projetos, os quais so construdos com apoio de

    fornecedores, analistas e clientes, segue abaixo as definies:

    A categoria denominada apressado apresenta projeto sem anlises de

    viabilidade, com falta de planejamento para as metas da empresa, apresenta

    desorganizao na implantao de tecnologias e servios, com tendncia ao

    desperdcio financeiro de milhes de reais.

    Como evitar:planejamento a palavra de ordem, por meio da anlise

    de onde a plataforma de aplicaes est hoje e quais os cenrios desejados.

    A caracterstica destacada para o perfil cauteloso est em se atingir o

    estado da arte, que consiste no excesso de conservadorismo, levando o gestor

    a perder uma boa oportunidade por adiar demais um projeto na esperana de

    conquistar o auge.

    Como evitar:comear a implementao em divises menores ou com

    projetos-piloto uma forma de testar SOA na prtica. Assim, pode-se evitar oadiamento excessivo. Afinal, fruta que amadurece demais, cai do p.

    Para o perfil apresentado como O transformador que possui

    conhecimento inadequado, 'imprescindvel entender que SOA no um

    produto, muitos gestores enganam-se ao acreditar que a compra de vrios

    sistemas os faro obter uma infra-estrutura em arquitetura orientada a servios,

    mas trata-se de uma contradio, pois SOA prioriza o reuso.

    Como evitar: cuidado com as ofertas e lembre-se de que oplanejamento cauteloso (no demais!) auxilia na deciso do que essencial

    para suportar SOA.

    5.8. A importncia da governana de TI e SOA

    Como descrito por Mitra (2005):

    A TI um dos principais ativos dentro da empresa que precisa sercompletamente compreendido para que os benefcios alcanados por seu

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    intermdio sejam maximizados e geridos adequadamente de maneira que os

    seus riscos possam ser reduzidos.

    Para o autor SOA destaca-se como uma maneira de alinhar as

    estratgias de negcio e as urgncias de uma empresa com as atividades de

    TI. A natureza distribuda de servios atravs de vrias linhas de negcio faz

    com que uma empresa que adote SOA trate a governana com mais

    seriedade.

    Na percepo de Mitra (2005) a governana torna-se mais difcil devido

    ao aumento das peas mveis, ou seja, blocos de construo em forma de

    servios que precisam ser mantidos por diferentes organizaes, tanto dentro

    da empresa como fora dela. A organizao interna de servios. Os tipos de

    servios empresariais e sua capacidade de composio dentro dos limites

    organizacionais podem funcionar de forma adequada e eficiente se e somente

    se os servios forem comandados cumprindo as exigncias especificadas por

    um acordo de nvel de servio (SLA) tendo como fatores a segurana,

    confiabilidade, desempenho dentre outros. A governana SOA necessria

    para supervisionar o ciclo de vida do portflio de uma empresa de servios

    durante a identificao, especificao e criao para a implantao de serviosda empresa.

    De acordo com o referido autor, o rastro de vrios desastres ocorridos

    no mundo corporativo levou empresas que utilizam padres de governana

    elevados, como Sarbanes Oxley (SOX) e de TI, com boas e eficientes prticas,

    a obter investidores dispostos a colocar seu dinheiro em suas empresas.

    Manes (2010) alega que a Governana o mtodo organizacional

    utilizado por uma sociedade ou organizao para se governar, esse sistema demeta-deciso auxilia, tal como uma organizao toma decises sobre a tomada

    de decises. Dentro deste contexto, a governana apresenta restries:

    Decises limitadas; estabelecimento sobre quem tem responsabilidade e

    autoridade para tomar decises; fixar parmetros e restries que controle,

    oriente, ou influencie nas decises; estabelecimento das conseqncias pelo

    no cumprimento.

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    5.9. As boas prticas

    Segundo Fusco (2007):

    Alguns conceitos bsicos podem ajudar na garantia de um projeto bem

    sucedido em SOA. O perfil a ser seguido refere-se a um planejamento bem

    estruturado, mapeamento de processos e doses certas de relacionamento para

    adquirir conhecimento com as experincias do mercado, esses fatores se bem

    equilibrados auxiliaro a no repetir os mesmos erros.

    Dicas relevantes cedidas pela autora, que consistem em: mapear e

    entender os sistemas e processos de negcios; ver onde a empresa pretende

    chegar; desenvolver o planejamento de SOA; priorizar o que necessrio no

    curto, mdio e longo prazo pelas reas que patrocinam o negcio; conduzir a

    implementao em etapas; e cuidar para que tudo isso seja gerenciado com

    avaliaes peridicas de maneira a evitar erros posteriores.

    5.10. Como estruturar uma rea de governana.

    De acordo com Gerrard (2008):Atualmente a governana de TI constituda por estrutura, princpios e

    processos. Segundo a abordagem da implementao, os princpios devem ser

    definidos primeiramente. Logo aps o desenvolvimento e os processos devem

    ser empregados para especificar os passos, papis desempenhados e

    responsabilidades.

    Na viso de Leaver (2010) os departamentos de uma empresa devem

    trabalhar focados em um mesmo objetivo de forma a alcanar os resultadosalmejados.

    5.10.1. A estrutura da governana da amostra organizacional

    Na opinio de Mitra (2005) uma estrutura de subordinao hierrquica

    organizacional deve apoiar a implementao de governana. Segue evidncia

    de quatro categorias de hierarquia:

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    Nvel de patrocnio: composto pelas partes interessadas no comit

    de direo e sua representao determinada pelos membros do c-suiteque

    um grupo composto por chefe executivo, diretor financeiro, diretor de

    informtica dentre outros, em conjunto com os proprietrios e executivos de

    LOB que so as linhas de negcio.

    O comit de direo publica a estratgia de negcio, objetivo e viso

    para a empresa.

    Os membros do comit so os mais importantes tomadores de deciso a

    respeito de como a escolha deve ser feita para o investimento em TI e

    canalizados para as reas especficas do negcio que no necessitam de

    melhoria de processos de negcio ou sobre a necessidade de desenvolver

    novas aplicaes competitivas de mercado.

    Nvel de liderana: constituem este nvel, o lder(s) de governana do

    centro de excelncia (COE) e dois representantes, sendo um de negcio e um

    de TI para cada domnio do negcio, ou seja, servios empresariais agrupados

    logicamente que dividem um contexto de negcios comum.

    Os princpios corporativos de TI e a arquitetura SOA so desenvolvidos

    pela equipe de liderana, e so regras mais abrangentes a que devem sercumpridas por qualquer arquitetura de aplicativo. A arquitetura do aplicativo

    que precisa ser implementado uma prioridade que deve ser obdecida, pois

    ela garante que as necessidades de TI estejam alinhadas com as de negcio.

    A equipe de liderana representa o rgo de administrao, que faz a

    documentao dos padres de arquitetura, dos requisitos de conformidade aos

    atos regulamentares, das restries de arquitetura corporativa. A equipe possui

    poderes de fiscalizao da conformidade global com os padres de arquitetura,diretrizes, princpios e restries assim que for necessrio conceber e

    implementar qualquer nova aplicao pelas equipes seguintes.

    Nvel de gesto de oportunidades: Neste nvel necessria a

    formao de equipes separadas, onde o foco de cada uma est direcionado

    para as necessidades do negcio no valor de uma ou mais, e, tambm

    possuem a responsabilidade em alcanar definies claras de aplicativos de

    negcios que atendam a uma necessidade especfica da empresa. Cada

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    equipe de iniciativa deve possuir um lder de equipe comercial que possui a

    responsabilidade de recolher e formalizar os requisitos de negcio.

    Nvel de gesto de Projeto: As equipes que se encontram neste nvel

    so responsveis por gerenciar o ciclo de vida inteiro do projeto de aplicao

    especfica e por desenvolver ao longo das fases de definio da soluo, o

    esboo da estrutura de tpicos de soluo, macro design, micro design,

    construo, teste e implantao. O alinhamento obtido por cada equipe do

    projeto com uma determinada equipe de iniciativa. A execuo de vrios

    projetos simultneos ocorre de forma comum em uma determinada equipe de

    iniciativa.

    A hierarquia e a estrutura organizacional so essenciais para a governana na

    empresa de hoje. As empresas possuem uma variao elevada em sua

    estrutura organizacional e cultural, o que torna inevitvel a personalizao da

    estrutura.

    6. Consideraes finais

    Devido modernizao, as pessoas e as empresas se vem

    influenciadas a se manterem atualizadas para atender demanda

    mercadolgica existentes. As organizaes preocupam-se com o custo-

    benefcio por isso buscam equipamentos que iro representar um investimento

    respeitvel e consciente para acompanhar a evoluo do mercado tecnolgico.

    As tecnologias de informao, por meio da utilizao de suas ferramentas,

    ajudam os gestores na tomada de decises, para obter vantagem estratgica

    sobre os seus concorrentes.

    A aplicao dos princpios SOA muito importante para que as

    organizaes possam alcanar suas metas atravs dos benefcios prometidos

    pela SOA. Os padres corporativos fixados pela Governana SOA, ajudam a

    garantir que os resultados de valor sejam atingidos e tambm auxiliam a obter

    maior exatido de sistemas orientados a servios.

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    A governana SOA est relacionada s pessoas, processos e produtos

    os quais possuem o objetivo de aumentar a qualidade total de SOA para

    controle de ambientes complexos.

    A criao de um processo completo e prtico para atingir metas a rea

    mais crtica da implementao de SOA, pois imprescindvel determinar como

    a governana ser obtida, respeitando a realidade da empresa e sua cultura de

    gerenciamento.

    A governana SOA visa elevar a qualidade de SOA em ambientes

    diferentes.

    Este trabalho no teve como objetivo esgotar todos os conceitos e

    assuntos disponveis na literatura sobre o tema apresentado, mas sim servir

    como uma fonte de anlise e/ou um ponto de partida para outros trabalhos que

    possam abordar de forma mais investigativa cada um dos pontos levantados

    aqui. Como sugesto para prximos trabalhos poderia ser feito estudo de

    ferramentas que suportam a governana SOA, tal como, o Enterprise

    Repository da ORACLE na verso 11g.

    .

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  • 8/3/2019 ARTIGO Import an CIA Da Governanca SOA

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