artigo de opinião tay e dielly
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LetrasTrabalho de Conclusão de
Curso
Dielly Keieny Damasceno [email protected]
Taynara Ramos [email protected]
Orientadora:
Esp. Valéria Victorino Valle.
A CONTRIBUIÇÃO DA MÚSICA E DO CINEMA NA APRENDIZAGEM DA LITERATURA BRASILEIRA: REALISMO/NATURALISMO
RESUMO
Este artigo tem como finalidade demonstrar a importância das diversas linguagens nas áreas de literatura brasileira especificamente na Realista/Naturalista, querendo destacar a questão da educação com qualidade, a construção do conhecimento e as novas concepções do processo de aprendizagem, utilizando recursos midiáticos como a música e o cinema valorizando sempre o papel fundamental dos professores como seres mediadores interessantes, competentes e confiáveis. Abordando benefícios que abrangem todo o processo educacional, e o interesse do aluno em gostar de aprender cada dia mais dentro da literatura. Propor também o desenvolvimento das habilidades de leitura de um maior campo de visão social e intelectual nos alunos, melhorando o processo de ensino aprendizagem, conforme as contribuições de autores como: José Manuel Moran, Adriana Fresquet, Martins Ferreira, entre outros.
Palavras Chave: diversas linguagens, música, cinema, valorização, desenvolvimento.
ABSTRACT
This article aims to demonstrate the importance of several languages in the area of brazilian literature specifically in naturalistic realist wanting to highlight the issue of quality education, the construction of knowledge and the new conceptions of the learning process, using media resources such as music and movies enriching always the key role of teachers as interesting, competent and reliable mediators. Addressing benefits that covers the entire educational process, and the students interest to enjoy learning more each day within the literature. It also proposes the development of reading skills to a larger field of social vision and the intellectual in students, improving the process of teaching learning, as the contribution of authors like: José Manuel Moran, Adriana Fresquet, Martins Ferreira, among others.
Key words: several languages, music, movies, enriching, development.
Artigo exigido para conclusão do curso de graduação em Letras da Faculdade Anhanguera de Anápolis-GO, 7º período – Orientado pela Professora Esp. Valéria Victorino Valle.
1
Esp. Valéria Victorino Valle. Centro Universitário Anhanguera Educacional, Unidade Anápolis.
Anhanguera Educacional S/AJunho/Ano 2014
Dielly Keieny; Taynara Ramos 2
1. INTRODUÇÃO
O objeto de investigação do trabalho é a Contribuição da música e do cinema na
aprendizagem da literatura realista/naturalista. A escolha do presente tema foi feita por
vivenciar nas salas de aulas as grandes dificuldades em que se encontram os
professores e os alunos, principalmente quanto ao processo de ensino aprendizagem
da literatura brasileira, em específico, na estética literária: Realista/Naturalista, por isso,
optamos pela linguagem cinematográfica e musical para despertar o desenvolvimento
significativo do discente para a leitura e para a literatura.
A preocupação com as dificuldades encontradas em sala de aula
principalmente sobre a importância da literatura que nos trouxe a possibilidade de
encontrar métodos alternativos no processo de ensino aprendizagem da literatura
brasileira em sala de aula. Intensificar o gosto de aprender nos alunos e promover uma
opção diferenciada de ensino aos professores, trazendo um pouco da vivência
cotidiana como a música e o cinema, trabalhando paralelamente a literatura e os
diversos meios de ensiná-la é o principal objetivo e justificativa do presente trabalho.
Tem por objetivo geral conhecer a significância das diversas linguagens que
impulsionam e valorizam a aprendizagem do aluno. A importância e a contribuição
dessas linguagens, principalmente, do cinema e da música podem desencadear um
ensino/aprendizagem mais prazeroso e significativo. Depreende-se que há uma
carência muito perceptível na mudança de hábitos dos professores ao aplicar as
diferentes linguagens, talvez por serem mais desafiadoras e exigirem mais tempo de
preparação e aplicação das aulas.
Ao longo do nosso percurso acadêmico tivemos a oportunidade de ler,
analisar e trocar experiências, acrescentando assim aos nossos conceitos que
linguagem musical e cinematográfica podem obter êxito na absorção dos alunos com
o conteúdo lecionado. Durante a execução da pesquisa bibliográfica, vendo que os
estudos teóricos foram desenvolvidos por ilustres pesquisadores do assunto, nós,
acadêmicos, pudemos ter a certeza do desempenho crescente dos alunos quanto à
aprendizagem quando se usa esses meios para melhor construir o conhecimento do
conteúdo literário lecionado em sala de aula, ou seja, mostra-se viável e traz benefícios
para a educação. Não se exige nenhum recurso financeiro da parte escolar, apenas um
bom planejamento e material didático bastante acessível.
Nosso trabalho propõe para a escola a prática de utilizar a música
e o cinema na didática Realista/Naturalista, que não envolve nenhum recurso
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financeiro, pode inovar e trazer um gosto especial quanto à aprendizagem dos alunos e
às aulas ministradas pelos professores, além de tornar o crescimento intelectual cada
vez mais aguçado, melhorando a fala, a escrita, a redação, e principalmente a leitura,
para que se formem verdadeiros cidadãos críticos e em busca de um mundo melhor.
Identificar o gosto das diferentes linguagens fazendo com que os alunos
desenvolvam melhor as diversas habilidades que a literatura oferece: como
conhecimento mais significativo e diversificado, melhorando a fala, a leitura, a escrita e
a redação; Descrever a importância das diversas formas de leitura na aprendizagem da
literatura brasileira, nas escolas literárias realista/naturalista, instigando para que os
discentes entendam e saibam assimilar a leitura musical e cinematográfica com a
literatura aplicada nas salas de aulas; Incentivar os professores a fazer uma diferente
forma de lecionar e também despertar o interesse de aprender as diversas linguagens,
inclusive a literária, por parte dos alunos; são esses os principais objetivos que
pretende-se obter com o trabalho.
“Uma educação inovadora se apoia em um conjunto de propostas com alguns grandes eixos que lhe servem de guia e de base: o conhecimento integrador e inovador; o; o desenvolvimento da autoestima e do autoconhecimento (valorização de todos); a formação de alunos empreendedores (criativos, com iniciativa) e a construção de alunos-cidadãos (com valores individuais e sociais).”(José Manuel Moran)
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2. A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA, LEITURA E LINGUAGEM NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM:
A leitura é a prática de ler, pois através dela podemos enriquecer o vocabulário, desenvolver o raciocínio, o senso crítico, e a interpretação. Para Albert Einstein “a leitura após certa idade distrai excessivamente o espírito humano das suas reflexões criadoras. Todo o homem que lê de mais e usa o cérebro de menos adquire a preguiça de pensar”.
A importância da leitura na vida, a necessidade de se cultivar o hábito de leitura entre crianças e jovens, bem como o papel da escola na formação de leitores competentes, são questões frequentemente discutidas. Perguntas como: Para quê ler? Com que fundamento ler? Como ler? São questionadas sempre pelos alunos, e podem ser facilmente respondidas quando o docente tem essa habilidade totalmente desenvolvida em si, a leitura é uma atividade na qual se leva em conta as experiências e os conhecimentos do leitor; e exige do mesmo bem mais que o conhecimento do código linguístico, “uma vez que o texto não é simples produto da codificação de um emissor a ser decodificado por um receptor passivo” (KOCH, Ingedore).
Dialogando com um trecho extraído dos PCNs de Língua Portuguesa a autora reforça o papel do leitor enquanto construtor de sentido, na atividade de leitura, utilizando, para tanto, de estratégias de leitura como a seleção, antecipação, inferência e verificação. “Desse leitor, espera-se que processe, critique, contradiga, ou avalie a informação que tem diante de si, que a desfrute ou a rechace, que dê sentido e significado ao que lê” (Sole, 2003, p. 21). Sendo assim, os leitores ativos, estabelecem relações, fazem inferências, comparações, formula hipóteses e perguntas relacionadas ao conteúdo, não de pode esquecer de que a constante interação entre o conteúdo do texto e o leitor é regulada também pela intenção com que se lê o texto. Nesse ponto, os objetivos da leitura servem como um norte para o modo de ler os textos.
Literatura é a arte de criar e compor textos, também pode ser um conjunto de textos escritos, sejam eles de um país, de uma época, etc. A literatura contém na sua origem uma ligação com a escrita, e também apresenta uma forte com a fruição, que é o prazer na linguagem, nas verdades humanas e no estético. O conceito de literatura tem sido alterado com o passar do tempo, tinha um teor subjetivo apenas ligado ao conhecimento da pessoa letrada, depois alteraram o termo para designar objeto de estudo, produção literária, e hoje é fortemente ligado ao prazer em ler.
O texto literário nos permite criar uma imagem da realidade, da verdade, essas características estão relacionadas a uma união entre o mundo real e o da imaginação. De acordo com os autores do PLT, SOUZA, CAMPEDELLI (p.9) “o ser humano produz arte sob as mais variadas formas: teatro, escultura, dança, design, fotografia, música, literatura, pintura, entre outras”. A literatura também hoje é uma disciplina trabalhada no âmbito escolar, onde os discentes estudam os diversos autores, obras, escolas literárias, a contribuição da literatura brasileira e portuguesa, além do colégio também é muito cobrado em vestibulares e concursos.
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Desde os princípios da humanidade o homem teve a necessidade de se comunicar, mesmo não existindo a atual formação das palavras de hoje, eles criaram símbolos que serviam como intermédio da comunicação entre os indivíduos, eles ainda emitiam sons vocálicos para demonstrar diversas sensações.
O ser humano já nasce com essa habilidade e instinto pela língua, e a partir de certo momento, julgou-se necessário a criação de uma língua para que haja essa expressão de sentidos, sentimentos, a comunicação entre os indivíduos. E a linguagem veio como o sistema que o homem usa para se comunicar através da fala, escrita, ou das outras diversas formas. Uma linguagem caracteriza-se pela possibilidade de se transformar noutra e de permitir a comunicação entre diferentes pessoas que de outra forma não se poderiam entender, é um fenômeno social que estabelece uma relação entre o indivíduo e toda uma sociedade, dando determinado sentido as sensações impostas no mundo.
A linguagem literária abrange vários sentidos e, portanto, é aberta a inúmeras interpretações, a ambiguidade e a plurissignificação que as palavras nos permitem dando sentidos não comuns à língua, ou seja, é aquela em que uma palavra, dependendo do contexto, pode ter significados diferentes e em que se exploram os aspectos visuais e sonoros da palavra; uma linguagem figurada, digamos, bem elaborada e estruturada. Está presente nos clássicos da literatura, geralmente de difícil compreensão, tem como objetivo a beleza dos textos e composições para expressar da forma mais bela os sentimentos do autor e do eu-lírico.
“(...) O texto literário transforma as relações que as palavras têm consigo mesmas, utilizando-as além dos seus sentidos estritos e estabelece com cada leitor relações subjetivas que o tornam um texto móvel, capaz mesmo de não conter nenhum sentido definitivo ou incontestável”. (SOUZA, CAMPEDELLI, D’Onofrio,:39)
2.1. A literatura no ensino médio (PCN - LDB);
De acordo com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei 9.394/96
propõe-se princípios mais gerais que orientam a reformulação curricular no Ensino
Médio, a formação geral, em oposição à formação específica; o desenvolvimento de
capacidades de pesquisar, buscar informações, analisá-las e selecioná-las; a
capacidade de aprender, criar, formular, ao invés do simples exercício de
memorização. E com isso, o Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de
Educação Média e Tecnológica, organizou o projeto de reforma do Ensino Médio como
parte de uma política mais geral de desenvolvimento social, que prioriza as ações na
área da educação. É um novo ensino médio, no qual dentro dos termos da lei e de sua
regulamentação e encaminhamento deixa de ser apenas preparatório para o ensino
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superior ou estritamente profissionalizante para assumir a responsabilidade de
completar a educação básica.
Tínhamos um ensino descontextualizado, compartimentalizado e baseado no
acúmulo de informações, porém sem um destaque e incentivo ao ensino da literatura
dentro do contexto da língua portuguesa. Por isso que os PCNs da língua portuguesa
evitava a compartimentalização, mediante a interdisciplinaridade, incentivando assim
os alunos usarem mais o raciocínio e a capacidade de aprender. Estes Parâmetros
Curriculares Nacionais cumprem o duplo papel de difundir os princípios da reforma
curricular e orientar o professor, na busca de novas abordagens e metodologias.
Em busca da construção de um processo contínuo trabalhar a literatura no
ensino médio segundo os PCNs deve ser contextualizado e o professor deverá ter em
mente isto como finalidade fundamental para que o aluno do ensino médio seja
formado com consciência e objetividade. Segundo os PCNs o estudo da literatura no
ensino médio precisa levar o aluno para um contexto social vivenciado fora dos limites
escola e dos conhecimentos repassados na escola. Com isso, a aprendizagem torna-
se significativa, pois o aluno acaba identificando-se com o que a escola propõe.
A (LDB – Lei - 9.394/96) fundamenta os PCNs bem como as orientações aos
Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensinar literatura no ensino médio lança um projeto
otimista de contribuição na formação da cidadania de cada aluno, pois, o ensino médio
não encerra uma fase, mas prepara para uma mais intensa e exigente que é o ensino
superior e a literatura quando aplicada como disciplina representa grande importância
quanto às demais, visto que, é por ela que o aluno tem acesso a linguagem como
instrumento para comunicação e faz parte da língua portuguesa. Aliás, um uso da
linguagem de forma consciente, de um código que já utiliza oralmente e agora se
revela também por meio da escrita, da interpretação e produção.
2.2. As contribuições cognitivas do Realismo e do Naturalismo;
A palavra Realismo por sua vez designa um estilo de época que predominou na
segunda metade do século XIX momento em que a arte procurou despertar-se do
sonho da imaginação e da fantasia, da subjetividade. Na história da literatura o período
em que predominou esse estilo é chamado de Realista/Naturalista. Como movimento
literário, o Realismo surgiu em oposição ao Ultrarromantismo.
O Realismo em Portugal teve seu marco inicial no ano de 1865-1890, envolvendo
a Questão Coimbrã, que foi uma polêmica entre jovens escritores, que traziam ideias
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inovadoras para a literatura, e os poetas da velha geração instalados em Lisboa
recusaram a nova ideia e não aceitaram abandonar os modelos românticos de criação.
Dentro dessa polêmica tiveram publicações importantes como o do poeta romântico
português Antônio Feliciano de Castilho – Poema da mocidade e como resposta
inovadora Antero de Quental escreveu uma carta com o título de: Bom senso e o bom
gosto. A nova tendência só se firma em 1871 graças às Conferências de Cassino
Lisbonense, organizadas por Antero de Quental.
Os principais autores portugueses do Realismo/Naturalismo em Portugal foram
Antero de Quental (1842-1891), Cesário Verde (1855-1886), Eça de Queiros (1845-
1900). A arte realista não visava o prazer, mas a “corrigir e ensinar”; atrelada ao
progresso científico, propunha-se a lutar pela regeneração dos costumes e pelo
aprimoramento moral da sociedade. Com base nas informações dos textos estudados
foram percebidas as características fundamentais do Realismo/Naturalismo e serão
sintetizadas a seguir: busca da objetividade, interesse voltado para o presente,
emprego da ironia e do sarcasmo, a crítica severa dos vícios sociais, o ser humano é
apenas um ser entre vários outros, narração e descrição, simplificação do romance,
preocupação da psicologia dos personagens. No período realista/naturalista, ao lado
do romance, o conto passa a merecer a atenção dos grandes escritores.
Romances de costumes, poesia metafísica que era a vida e morte, poesia do
cotidiano. Continham várias linhas de pensamento, primeiro: o escritor tinha que ter um
compromisso com a verdade social, segundo: a importância do catolicismo era o ponto
mais criticado pelo realista, pois eles mantinham uma ligação com o passado; terceiro:
a construção dos personagens veio da convivência e do ambiente em que viviam
mantendo a observação concreta, por último: os problemas sociais os deixavam
preocupados com a reforma da sociedade sempre tinham soluções de caráter
socialista.
A escola literária no Brasil é marcada pela publicação em folhetins de Memórias
Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis e O Mulato - Aluísio de Azevedo, a nova
estética assim, consolida a posição do escritor na sociedade e faria da literatura uma
instituição respeitada e com a fundação da Academia Brasileira de Letras é que se
prova isso. É caracterizada pela visão simples e objetiva da sociedade, predomina a
linguagem simples e direta, pois já se estava cansado da ilusão dos românticos e com
isso passaram a mostrar os aspectos mais reais da sociedade privilegiando na maioria
das vezes os menos favorecidos.
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Com o desdobramento do Realismo tivemos o Naturalismo, cujos assuntos eram
até então evitados pelos escritores da época como o estilo animalesco e o biologismo
feroz. O Realismo/Naturalismo tem compromisso com o presente, o mundo real e
objetivo, e por ser uma arte engajada teve como principais características presença do
cotidiano, a preferência pelo presente - a realidade concreta, e os personagens soam
sempre representativos de uma determinada categoria.
Os personagens são do dia-a-dia, como por exemplo, o lavrador, o empregado, o
patrão, o escravo entre outros. Eles são de características únicas, com traços
marcantes. Usavam-se muito na época as caricaturas.
O termo Realismo/Naturalismo é bastante usado, mas existem limites entre eles,
de difícil percepção por conterem inúmeros pontos em comum.
“(...) Se o Realismo documentou apenas os aspectos que enxergou, o Naturalismo
empenhou-se em marcar posições. Se os realistas preferiram tão somente indicar
forças psicológicas que guiam comportamentos, os naturalistas preferiram denunciar a
exploração do homem pelo homem e sua consequente animalização.”
(SOUZA, CAMPEDELLI. :317)
A Contribuição de Machado de Assis (1839-1908) foi fundamental para o
início do Realismo/Naturalismo em 1880 com o romance: Memórias Póstumas de Brás
Cubas. As obras de Machado de Assis têm dois pontos de vista: o romântico e o
realista. O ciclo realista do autor foi o da segunda fase. O alvo da interpretação do
mesmo é criticar. Os principais romances realistas foram: Memórias Póstumas de Brás
Cubas, Dom Casmurro, Esaú e Jacó, Memorial de Aires (que estudos aprovam ser o
relato da vida de Machado de Assis).
Joaquim Maria Machado de Assis começou sua carreira profissional aos 19
anos, escrevendo para diversos órgãos, poemas, contos, crônicas, críticas literárias e
artigos sobre política. Teve passagem também no funcionalismo público, em 1869
casou-se com Carolina Augusta Xavier de Novaes a qual pedia sempre para revisar os
seus textos já que era professora de Língua Portuguesa e dez anos mais velha que
ele, não teve filhos.
As obras de Machado de Assis costuma ser dividida em duas fases: a fase
romântica e a considerada realista. A poesia e os romances do primeiro período
apresenta características do Romantismo. A segunda fase, iniciada por volta dos 40
anos do autor, compreende o período de sua maturidade literária. É a fase do realismo
psicológico.
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Machado apresenta sua visão cética da natureza humana após analise
psicológica dos personagens, uma linguagem marcada pela espontaneidade,
coloquialidade e o emprego de frases curtas, uso da técnica de leitor incluso,
densidade filosófica, digressão, observação de natureza. O romance machadiano tinha
como alvo o casamento por ter o ponto de vista crítico e sempre com ironia, fazia parte
também as mulheres especiais. Especiais porque eram vistas por Machado de Assis
como mulheres dominadoras.
As obras Dom Casmurro e Memória Póstumas de Brás Cubas tem dois
pontos em comum, que seriam a análise psicológica das personagens, as duas obras
eram feitas em primeira pessoa para o profundo conhecimento das personagens, a
vontade de conhecer detalhadamente. Olhos de ressaca era o nome de dois capítulos
do romance de Dom Casmurro porque ali tem escritas as atitudes de Capitu, por meio
de descrições minuciosas de seus olhos, “olhos arrebatadores, apaixonantes que
arrasta para dentro” (Machado de Assis).
Aluísio de Azevedo (1857-1913) foi considerado o mais importante dos
naturalistas brasileiros teve por influência escritores europeus como, por exemplo,
Émile Zola. Nas suas obras teve traços fundamentais do Naturalismo como a influência
do meio social e da hereditariedade na formação dos indivíduos, descreveu com
minúcias a vida e a psicologia de conjuntos de pessoas de baixa extração social e
apontou o dinheiro como elemento corruptor na sociedade.
Seu método de trabalho foi pesquisa de fatos, tipos, situações, reunindo
farto material de observação, no qual utilizava para compor seus romances, por essa
razão em sua obra, O Cortiço, o mais importante conto naturalista, é considerado um
bom retrato da sociedade do Segundo Reinado, nele o autor observa a influência do
homem no meio em que vive “o cortiço” o lugar de destaque. Com isso ele faz com que
cria outras classes no Rio de Janeiro que seria a multidão.
O Conto O Mulato de Aluísio de Azevedo deu início ao Naturalismo,
causando grande escândalo por esse ter questões de preconceito racial muito criticada
pela sociedade local. Dentro da estética Realista/Naturalista escreveu obras cheias,
como A Casa de pensão e O Cortiço. As principais obras da fase realista/naturalista
são: O Mulato, Casa de pensão, O Homem, O Coruja, O Cortiço e o Livro da sogra.“(...) Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese
das impressões que ele recebeu chegando aqui: ela era
a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das
sestas da fazenda; ela era o aroma quente dos trevos e
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das baunilhas, que o atordoava nas matas brasileiras
(...)”
(AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. São Paulo, Ática, 1975).
Raul Pompeia (1863-1895) apontado por alguns como pertencente ao
Realismo-Naturalismo, mas, por outros, ao Simbolismo, é distinguido ainda como o
iniciador da ficção impressionista no Brasil, graças aos traços psicológicos de suas
personagens e à preocupação com a memória. Fez o desfecho do período do
Realismo/Naturalismo com sua obra o Ateneu, que foi publicada em forma de boletim
em 1888. Estrutura-se em quadros sucessivos de situações que se passam num
tradicional internato do Rio de Janeiro, nele o tempo é psicológico e não cronológico.
Sérgio é o personagem autobiográfico, em que o autor parece projetar traços de sua
própria personalidade e de sua história pessoal. Raul Pompeia deu a O Ateneu o
subtítulo de “Crônica da Saudade”. Pertence a classe de escritores de um livro só. É
uma obra de difícil classificação. São características do livro a análise psicológica, a
crítica social e a preocupação moral, o determinismo científico prevalecendo o instinto
sobre a razão, o gosto pelo coletivo e a temática pela sexualidade. O Ateneu está
ligado à estrutura da sociedade em fracos e fortes. É considerado um romance de tese,
que, dentro da corrente naturalista teria como objetivo provar a má influência dos
internatos na formação do caráter moral dos adolescentes. Todavia, não há
objetividade na consecução desse objetivo, seria por demais reduzir o alcance da obra.
Gênero narrativo e visto como variante do gênero épico, enquadrando nesse caso as
narrativas em prosa. Na obra narrada busca-se fixar as emoções e sensações
experimentadas mais do que objetos e situações que as provocaram, Raul Pompeia
criou-se um universo escolar que pode ser visto como reflexo do universo social:
mesmo sistema injusto e hipócrita oprime os indivíduos chegando a suprimir aqueles
que não se enquadram em seus modelos.“O poemeto de amor materno deliciou-me como uma
divina música. Olhei furtivamente para a senhora. Ela
conservava sobre mim as grandes pupilas negras,
lúcidas, numa expressão de infinda bondade! Que boa
mãe para os meninos, pensava eu. Depois, voltada para
meu pai, formulou sentidamente observações a respeito
da solidão das crianças no internato. (...)”
(POMPEIA, Raul, O Ateneu).
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3. O PRAZER E A APRENDIZAGEM NO ENTRELACE DAS DIFERENTES LINGUAGENS:
O gosto relacionado à aprendizagem vem desde muito cedo, com o primeiro contato
com uma coisa diferente da que se conhece, ainda quando os pais ensinam durante a
primeira infância. Logo após vem a época escolar onde suscita ainda mais o prazer em
aprender, pois o mundo novo se descobre, onde vão utilizar todo esse aprendizado pra
uma longa vida escolar e futuramente acadêmica.
O interesse entre os adolescentes e jovens se torna cada vez mais distante do que
é considerado esperado pela leitura e isso é medido pelo contato com os textos
veiculados nas escolas e foi pensando nisso que o uso de outras linguagens,
principalmente os de circulação social, foi introduzido de modo especial no ambiente
escolar, onde a maioria tem acesso fazendo com que inclua o aluno no ato de
cidadania, aguçando o senso crítico e social. Lembrando que não se baseia apenas na
compreensão e interpretação do texto e sim também no crescimento humano do
cidadão. O trabalho paralelo da Língua e da Literatura com textos que não se
distanciam do aluno traz para si um novo olhar, voltado além da preocupação do
conhecimento também com o social.
“Não se trata de abandonar a literatura ou o estudo dos textos clássicos, mas de
construir uma ponte entre professor e aluno, por meio de outras linguagens, permitindo
ao estudando o acesso aos instrumentos necessários a realização e ao prazer da
leitura.”
(MARCONDES, MENEZES, TOSHIMITSU. 2011).
A proposta de utilizar as diversas linguagens no ambiente escolar é trazer um
pouco do cotidiano do estudante a fim de diminuir a distância entre o espaço escolar e
a sociedade. Para MENEZES (2011) “(...) Alunos não querem saber dos textos
literários (...), as escolas não se voltam para os textos que estão nas ruas.”. Cada vez
mais a escola se distancia dos alunos e não usam a língua, leitura e literatura para se
aproximar deles, utilizando livros que eles têm afinidade ou produções que os próprios
se identifiquem. O ensino pode se basear no interesse e na necessidade do aluno. Por
isso deve-se despertar o hábito da leitura, onde atenda ao interesse da escola e dos
alunos e diversifique o tratamento que é dado ao texto.
A escola costuma limitar-se à leitura de texto, prendendo-se à compreensão, à
interpretação e à produção de redações, porém temos vários suportes de como se
devem trabalhar, por exemplo: o cinema, a televisão, a música, o jornal, revistas, gibis,
entre outros. A televisão, por exemplo, tem efeito hipnótico que toma conta do
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telespectador e a razão disso é que o homem percebe o mundo pela visão, e é por
meio dela que percebemos o que nos cerca e acreditamos no que vemos, por mais que
nem sempre o que vemos seja a realidade. Na leitura de um texto escrito, a
compreensão passa por um processo criativo, imaginário, crítico e necessariamente
elaborado. Dessa forma, a linguagem escrita não causa o mesmo impacto que a tevê
causa, pois a leitura passa por um senso crítico e a televisão não... Vemos aquilo que
queremos ver, e por isso não demorou muito para ser um caminho aberto para uma
enorme fonte de renda.
Instigando o prazer do aluno em estudar, despertar o interesse e o gosto pela
leitura, utilizando de instrumentos inclusos no dia a dia como alvo para despertar a
fruição. Como NAPOLITANO (2013) diz em seu livro: “O cinema representa um
fantástico potencial de aprendizado para qualquer tipo de público.”.
Dos vários suportes em que se pode trabalhar em sala de aula, tivemos a escolha
de conceituar a importância da linguagem musical e cinematográfica, pois temos como
demonstrar a explicação da literatura Realista/Naturalista através do filme: “Memórias
Póstumas de Brás Cubas” (a obra de marco inicial do Realismo, 1881), e a música:
“Como dois animais – Alceu Valença” (forte presença do animalesco no Naturalismo).
3.1. As relações significativas entre as linguagens literárias, cinematográfica e musical.
A significância da relação entre a linguagem literária, cinematográfica e musical é
de suma quanto à aprendizagem, pois a partir da mesma podem-se visualizar o
conteúdo trabalhado, trazendo inúmeros benefícios e tornando-o mais transformado e
apto para ser trabalhado.
E para melhor contribuir no processo de ensino-aprendizagem de literatura
brasileira Realista/Naturalista predominou-se a linguagem musical e cinematográfica
para demonstrar que é possível obter sucesso durante o ensino do conteúdo, sendo
assim serão citados um exemplo musical e um cinematográfico demostrando que o uso
dos mesmos pode incrementar na didática da sala de aula.
Temos como exemplo a música: “Capitão de Indústria – Herbert Vianna”
(Paralamas do Sucesso) que pode ser utilizada na disciplina de língua portuguesa,
quando o assunto trabalhado estiver sendo literatura: Realismo/Naturalismo, pois a arte
realista tem uma grande preocupação: corrigir os tropeços da sociedade a partir de
análise dos fatos e dos homens, observando o lugar, o meio social e a realidade vivida.
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“Eu acordo pra trabalhar
Eu durmo prá trabalhar
Eu corro prá trabalhar
Eu não tenho tempo de ter
O tempo livre de ser
De nada ter que fazer
É quando eu me encontro perdido
Nas coisas que eu criei
E eu não sei
Eu não vejo além da fumaça
O amor e as coisas livres, coloridas
Nada poluídas (...)”
A música “Capitão da Indústria” dos Paralamas do Sucesso é um exemplo que
retrata características do Realismo/Naturalismo, já que fala sobre uma realidade social
onde faz uma crítica ao excesso de trabalho.
O filme da obra de Aluísio de Azevedo “O Cortiço” é um dos exemplos que
servem para ilustrar as aulas de língua portuguesa, quando o conteúdo a ser
trabalhado for Realismo/Naturalismo ou o próprio autor da obra, pois ilustra com
clareza a obra e as características da escola literária no século XIX, aprofundando a
visão cientificista, mostrando o homem como um caso clinicamente estudado,
realçando os distúrbios provocados pelo comportamento. São temas como: a miséria, o
adultério, a criminalidade, os problemas ligados ao sexo, em geral, os ambientes
desequilibrados estão presentes nessa obra. É um romance que tenta denunciar a
exploração humana feita pelo próprio homem demostrando situações e relações de
poder em um local de habitação coletiva.
3.1.1. LiteráriaA palavra literatura provém do latim literatura, que guarda na sua origem uma
ligação com a escrita, portanto está fortemente ligada a arte de escrever e representar
a realidade de uma forma mais artística. Então, a “matéria-prima” da literatura são as
palavras.
A linguagem literária é livre, recriada perante a realidade, e pode assumir mais
formas. É caracterizado por sua plurissignificação, cuja base é a linguagem conotativa,
utilizada muitas vezes em um sentido diferente do que é comum. O texto literário
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permite criar uma imagem da realidade, conforme o filósofo grego Aristóteles (384 –
322 a.C.) defendia a ideia de que a principal função da linguagem literária é fazer
mimese (que designa a ação de imitar, copiar, reproduzir ou representar a natureza).
Na linguagem literária o público é participante, pois interage com o texto criando
e recriando o sentido em sua leitura. O leitor é capaz de levar e viver experiências
podendo provocar emoções diversas entre outras sensações, enfim, predomina-se o
mundo ficcional que pode se assemelhar ao mundo real.
3.1.2. CinematográficaConsiderado a sétima arte, há mais de um século o cinema encanta, provoca e
comove as pessoas ao redor de todo o mundo. Até o início do século XVIII, as únicas formas encontradas pelo ser humano para guardar a imagem de uma paisagem ou pessoa, ou era na memória ou na tela de um pintor. Tudo mudou quando o inventor Nicephóre Niepce (1826) conseguiu registrar uma imagem sem usar tinta, demorando assim, 14 horas para obter efeito. A imagem foi capturada com a ajuda de uma câmera escura, numa placa de vidro. Algum tempo depois os irmãos Lumière criaram o cinematógrafo, que especificamente era uma câmera de filmar e mostrar imagens em movimentos.
“Os possíveis vínculos entre o cinema e educação se multiplicam a cada momento, a cada nova iniciativa, ou projeto que os coloca em diálogo. Trata-se de um gesto de criação que promove novas relações entre as coisas, pessoas, lugares e épocas. O cinema nos oferece uma janela pela qual podemos nos assomar ao mundo para ver o que está lá fora, com os nossos próprios olhos de modo direto.” (FREQUEST, 2013:19)
O cinema é também utilizado em escolas para incrementar a didática do aluno e do professor como algo mais do que ilustração de aulas e acrescenta um meio de reencontrar a cultura e os valores sociais.“(...) é importante porque traz para a escola aquilo que ela se nega a ser e que poderia transformá-la em algo vívido e fundamental: participante ativa da cultura e não repetidora e divulgadora de conhecimentos massificados, muitas vezes já deteriorados, defasados (...) (ALMEIDA, 2001:48 Apud NAPOLITANO, 2013:12)”.
O uso do cinema na sala de aula também instiga e provoca os alunos para o mundo da leitura e é esse, entre todos é esse o maior desejo do professor, especialmente o de língua portuguesa, valorizar e estimular o gosto pela leitura.
3.1.3. Musical“Música para ouvir no trabalho / Música para jogar baralho [...] Música para ouvir
música para ouvir, música para ouvir”
Música para ouvir – Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra
A música é uma linguagem universal por meio da qual uma ideia é bem mais
difundida, ela oferece um ofício de ensinar para outras pessoas algum saber,
conhecimento ou informação de maneira mais agradável, trazendo objetivos práticos e
eficientes quando auxilia significativamente a disciplina.
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O valor que os seres humanos dão ao som expressa variadas coisas, como nosso
autor FERREIRA (2012: p.24) diz: “Quem garante que o homem não pensou primeiro
em cantar, talvez imitando os pássaros, antes de pensar em falar?”. Percebe-se o som
da natureza de diversas formas: o canto de um pássaro, o som do mar, o ruído dos
ventos e isso na maioria das vezes são consideradas verdadeiras “músicas” para os
ouvidos.
A música também pode oferecer aos professores uma maneira lúdica, transmitindo
algum saber, conhecimento e informação, tornando seu trabalho mais agradável,
prático, eficiente e produtivo na medida em que auxilia a disciplina estudada,
lembrando que é necessário que o professor conheça e experimente todas as
variedades possíveis, saber selecionar aquilo que é mais útil e adequado para si e para
o aprendizado de seus alunos.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
O foco principal do presente trabalho foi argumentar e despertar o interesse sobre
“A contribuição da música e do cinema na aprendizagem da literatura brasileira
realista/naturalista”, como instrumento de apoio ao professor para transmitir
conhecimento. Depois de desenvolvida uma pesquisa bibliográfica, utilizando-se como
apoio e base contribuições de diversos autores e alguns depoimentos de profissionais
que testaram e obtiveram sucesso sobre o assunto em questão, por meio de consulta a
livros periódicos.
Durante a pesquisa bibliográfica muitos questionamentos foram exaltados servindo
de base e ponto alvo para o desenvolvimento de algumas noções básicas de como
poderia ser tratado essa influência dos instrumentos em sala de aula vista pelo lado do
professor, mediador do conhecimento, e do aluno, receptor e portador do resultado
dessa influência.
Em busca da compreensão da dificuldade existente na educação deparamos com
algumas soluções, que poderiam amenizar e/ou dar um novo rumo à realidade da
contribuição, uma delas será o bom planejamento da aula e do trabalho a ser
desenvolvido para que o resultado seja positivo, direcionando o professor a trabalhar
com a linguagem musical e cinematográfica tornando a sala de aula um ambiente de
interação de aprendizagem, além do que é necessário ter um objetivo pleno a ser
atingido não esquecendo a realidade de cada ambiente escolar e do público alvo.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo realizado sobre a contribuição da música e do cinema na
aprendizagem da literatura realista/naturalista foi muito importante para a estruturação
profissional, pois se salienta que o incentivo à leitura de uma maneira dinâmica e
diversificada pode despertar o gosto pela aprendizagem literária.
Através da importância da literatura, da leitura, e da linguagem constata-se nas
pesquisas bibliográficas que é eficaz o desenvolvimento do aluno perante o estudo da
literatura realista/naturalista. Promovendo assim, um novo ensino médio onde a
situação escolar não se distancia muito da realidade social.
O Realismo/Naturalismo tem muito com o que contribuir, hoje tem muita
influência nos recursos midiáticos como citados no desenvolvimento do presente
trabalho. O entrelace da linguagem musical e cinematográficas são influências
significativas na aprendizagem, pois faz com que os alunos desenvolvam as
habilidades presentes da literatura, como a fala, a escrita, a interpretação e a leitura, e
traz para o professor um diferencial cognitivo na hora de lecionar, pois há um maior
interesse da parte dos alunos e tem uma resposta positiva no processo de ensino
aprendizagem.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, Martins. Como usar a música na sala de aula/ Martins Ferreira. São Paulo: Contexto,
2012. 8.ed. – (Coleção como usar na sala de aula).
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. 7. ed.- São
Paulo: Atlas S.A., 2012.
POTTER, Louise Emma. Atividades com música: para o ensino de inglês/ Louise Emma Potter, Ligia
Lederman – Barueri, SP: Disal, 2012.
MENEZES, Gilda. Como usar outras linguagens na sala de aula/ Gilda Menezes, Thaís Toshimitsu,
Beatriz Marcondes. 7. Ed. – São Paulo: Contexto, 2011.
MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e mediação pedagógica/ José Manuel Moran, Marcos T.
Masetto, Marilda Aparecida Behrens – 21ª ed. rev. e atual – Campinas, SP: Papirus, 2013. (Coleção
Papirus Educação).
NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula/ Marcos Napolitano - 5. ed., 1ª
reimpressão - São Paulo: Contexto, 2013.
FRESQUET, Adriana. Cinema e educação: reflexões e experiências com professores e estudantes de educação básica, dentro e “fora” da escola. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013. (Coleção
Alteridade e Criação, 2).
SOUZA, Jésus Barbosa; CAMPEDELLI, Samira Youseff. Literaturas brasileira e portuguesa. Ed. –
Saraiva, vol. único.
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Leitura, texto e sentido. In Ler e compreender: os sentidos do texto. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2006.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. / Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e
Tecnológica. – Brasília: Ministério da Educação, 1999. 364 p.: il.: fotos; 27 cm.
BRASIL. Orientações Curriculares para o ensino médio: Ministério da Educação. Secretaria da
Educação Básica. 10°. Ed. Brasília, Distrito Federal: Editora FTD, 2000.
GRIJÓ, Graça. A prática do ensino da literatura no ensino médio. 2/. Ed. São Paulo: Editora Ática,
2008.
MALHARES, Marisa. Os PCNs e o ensino médio. 3°. Ed. São Paulo: Editora Atual, 2010.
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Dielly Keieny Damasceno SilvaBiografiaAcadêmica do curso de Letras da Faculdade Anhanguera, Anápolis/GO – 2014/01.
Taynara Ramos BatistaBiografiaAcadêmica do curso de Letras da Faculdade Anhanguera, Anápolis/GO – 2014/01.
Valéria Victorino Valle Orientadora
Biografia Profª e escritora Valéria Victorino Valle.Comendadora da Academia de Letras de Goiás.Delegada da Academia de Letras e Artes de Valparaiso - Chile.
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Dielly Keieny; Taynara Ramos 19
Membro das Academias de Letras ANALE, ALBA, ALG e ULA(GO); ANBA(RJ), AAL(SP), APLB(BA), ARTPOP(RJ).
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