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Inclusão Jovem página 07 Pais e filhos - uma nova relação página 09 Os canais de energia e os chakras página 10 O caminho da esperança página 03 Edificação mental página 05 Entrevista com Paulo Roberto Santos página 06 Informativo do GEEC Agosto de 2009 - 7ª Edição Arte da capa por Luana Novaes Gontijo 9 anos

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Page 1: Arte da capa por - geec.org.br · no “caminho da esperança”. Para finalizar, convido a todos a ... ros, estamos não à beira, mas no olho do caos, provocado por uma jornada

Inclusão Jovempágina 07

Pais e filhos - uma nova relação

página 09

Os canais de energia e os chakras

página 10

O caminho da esperança página 03

Edificação mentalpágina 05

Entrevista com Paulo Roberto Santospágina 06

Informativo do GEECAgosto de 2009 - 7ª Edição

Arte da capa porLuana Novaes Gontijo

9 anos

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pág. 02 Agosto de 2009

Cultura é aquilo que distingue um aglo-merado de uma comunidade.

Foi do músico divinopolitano Túlio Mourão que ouvi essa boa definição de cul-tura. Gosto dessa leitura porque ela define sem definir, aponta uma ausência, fala de “algo que é” pelo que é determinado por ele.

A cultura diferencia um aglomerado de uma comunidade porque, quando se pensa em comunidade, trata-se de um grupo de pessoas que compartilham mais do que um espaço, compartilham valores, significados, costumes, uma identidade, uma história.

Divinópolis se aproxima do próprio cen-tenário e apesar da história que já construiu e da diversidade cultural que já brotou e continua brotando aqui, ainda é comum en-contrarmos pessoas que não reconhe o valor histórico de nossa cidade. Mas Divinópolis tem, sim, história, e um riquíssimo patrimô-nio cultural que deve ser pesquisado, pre-servado e divulgado. Se cidades como Ouro Preto ou Diamantina conservam ainda hoje um patrimônio de séculos é porque, ainda quando era novo, esse patrimônio foi pre-servado.

Do mesmo modo, para que Divinópolis conserve as marcas da respectiva história daqui a cem anos, precisamos preservá-las agora. Quando falamos em patrimônio, te-mos de nos atentar a nossos bens materiais, mas também ao imaterial, ao intangível, àquilo que não aparece diante de nós, mas que determina o que se nos mostra. Mes-mo patrimônios como o sobrado, que hoje

hospeda o Museu Histórico, ou a antiga usina, que agora serve de palco à profícua e arrojada arte divinopolitana, ou o conjun-to da Praça do Santuário e Quarteirão dos Franciscanos, coração da nossa arte... todos têm um valor que transcende à madeira, ao concreto, às formas. O valor deles é simbó-lico. E este significado não está nas coisas, não está contido no objeto, ele é atribuído, é emprestado por um sujeito.

Somos nós que damos sentido às coisas; é nossa memória que reconhece delas valor.

Nos reafirmamos como uma comunida-de à medida que adotamos esse sentido, esse valor e essa memória como “nossos”.

É nossa essa arte plural e polifônica que se renova a cada dia: nossos grupos de teatro ou de dança, que crescem e se organizam, nossos músicos, que se destacam cada vez mais no cenário estadual, nacional e inter-nacional, nossos artistas plásticos, ainda ca-rentes de espaços adequados para a difusão das próprias obras, assim como o audiovi-sual, nosso Reinado, que segue marcando o ritmo do nosso progresso, nossos escritores, que seguem poetizando nossa vida e nosso mundo.

Nós somos essa arte, essa cultura; com ela – e por ela – nos renovamos e seguimos construindo nossa cidade.

Bernardo RodriguesMúsico e secretário municipal de

Cultura de Divinó[email protected]

Aproveitando a data comemorativa do dias dos pais, O Essencial aborda o tema da paternidade. Desde o início da cultura ocidental na Grécia Antiga, como ironiza Chico Buarque em “Mu-lheres de Atenas”, ela se caracteriza por extremado patriarcado. Às mulhe-res sempre couberam um lugar de su-balternidade na sociedade machista. A função mais importante delas para os homens era a “maternidade”, que foi transformada em virtude sacrossan-ta, cuja “virgem” Maria era exemplo magno.

Porém, as revoluções sociais tarda-ram mas aconteceram e hoje as mulhe-res ocupam todas as posições no mun-do do trabalho e na sociedade em geral. Elas, com razão, não aceitam mais a imposição de assumirem sozinhas as responsabilidades da educação e dos cuidados com os filhos. A sociedade exige que elas sejam compartilhadas.

A paternidade deixa de ser apenas uma marca biológica, hereditária, para, efetivamente, se tornar moral e ética. Ser pai exige, então, muito mais do que dar o nome e os recursos financeiros para a educação dos filhos. É esta a reflexão que O Essencial se propõe a fazer.

Veja sobre assunto os artigos do prof. Paulo Roberto na pág. 9, dos psicólogos Olimar Rosa e Cidinha nas páginas 8 e 11 e do Alexandre Mol que discute a questão dos pais de crianças especiais.

Além disto recomendo a leitura, nesta edição, da coluna Opinião. O se-cretário de Cultura de Divinópolis Ber-nado Rodrigues fala da nossa cidade e da nossa cultura. Para a coluna “Meio Ambiente” Lázaro Bueno sinaliza so-bre a possibilidade de um futuro viável no “caminho da esperança”.

Para finalizar, convido a todos a acessar o www.geec.org.br/oessencial e conferir todas a edições on line.

Boa leitura!

Expediente:O informativo O Essencial é instrumento de divulgação do GEEG - Grupo Educação, Ética e Cidadania, localizado na Rua Cel. João Notini, nº 800. É um informativo voltado para uma sociedade solidária e fraterna com vistas à transformação social do novo milênio.

O conteúdo dos artigos é de responsabilidade dos respectivos autores. Projeto Gráfico: Alexandre Carlos e Marol Lopes. Tiragem: 2.000 exemplares - Distribuição gratuita - Contato: [email protected]

EditorialOpinião

Nossa cultura, nossa cidade

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pág. 03Agosto de 2009

As estações e as marés, o movimen-to dos astros, o comportamento dos ho-mens, dos animais e das plantas, a re-lação entre os seres, a organização dos elementos, por fim, toda manifestação no universo se relaciona intrinsecamen-te. A regra estabelecida impõe discipli-na, que se submete às leis naturais, eter-nas, universais e irrevogáveis. A quebra destas regras, violação, portanto, de tais leis, cobra, por ordem e justiça, reações equivalentes, porquanto instrutivas. As-sim, no campo e no espaço das relações e das atividades, todo exercício produz consequente reação. A jornada humana na face do planeta desencadeia, destar-te, uma justa repercussão proporcional ao uso, tanto dos bens naturais quanto da estrutura moral. O manejo irrespon-sável de recursos ou de valores determi-na contrária ação no tempo devido. A atuação humana vem, desde tempos re-motos, causando desequilíbrio e chega-mos neste momento ao limite do rever-sível, segundo alguns cientistas, muito além deste ponto, conforme a opinião de muitos outros. Considerando, numa visão otimista, as previsões dos primei-ros, estamos não à beira, mas no olho do caos, provocado por uma jornada insana de destruição, abusos e transgressões. Então, constatada a gravidade da situa-ção no planeta, não se torna premente a revisão dos procedimentos? A mudança de atitudes, a reversão dos valores? A voraz cadeia industrial, a instrução dire-cionada para o consumo, a inoculação de métodos questionáveis para a escalada social nos seres em formação. Toda esta

rede não deveria, segundo uma lógica irrefutável, colocada não por teóricos, mas por uma realidade atroz ser revis-ta, reanalizada. E a mudança de rumos não seria a única manutenção dos recur-sos essenciais de continuação da vida, enfim? E, então, isto constatado como de fato o foi, embora tardiamente, não se faz necessário a união dos povos, o empenho de cada um se não por razões filosóficas ou humanitárias, mas estrita-mente como a única condição imposta pelas leis do universo para a preserva-ção da vida para a continuação das espé-cies na face deste éden devastado? Este esforço e esta união exigem, portanto, a atenção de todos nas atitudes de cada dia, uma vez que, de há muito, caminha-mos sobre os cacos afiados de uma es-trutura social estilhaçada pelo egoísmo, onde o centro do universo é o umbigo de muitos de nós. Não é sensato que cada um assuma a própria responsabilidade e multiplique esforços na direção de um mundo em que a paz e o equilíbrio se-jam possíveis? E é nesta estrada estreita e pedregosa, economizando recursos, carregando intenções e pensamentos sadios, que a esperança nos aguarda para possibilidade de um futuro viável, onde a semente do amanhã, plantada em solo exausto, ainda possa frutificar.

Lázarro BuenoAtivista do meio ambiente e editor

do jornal Águas [email protected]

Meio Ambiente

O caminho da esperançaUtilidade Pública

Nova modalidade de assalto a veículos

Imagine que você vai para o seu carro, que ficou estacionado bonitinho, abre a porta, entra, tranca as portas para ficar em segurança e liga o motor.

Você não faz sempre assim? Entretanto, olhando pelo

espelho interno, você vê uma folha de papel no vidro traseiro, que te bloqueia a visão.

Então, naturalmente, xingando quem colocou um maldito anúncio no vidro traseiro, você põe o carro em ponto morto, puxa o freio de mão, abre a porta e sai do carro para tirar o maldito papel, ou o que esteja que esteja bloqueando a sua visão.

Quando chega na parte de trás, aparece o ladrão, vindo do nada, rende você, entra e leva o seu automóvel com a chave na ignição, o motor que estava ligado (se tiver bloqueador, já vai estar liberado), com a sua carteira, documentos e o que mais houver lá.

Assim, se houver alguma coisa bloqueando a sua visão, não desça do carro.

Arranque o seu veículo, usando os espelhos retrovisores externos, espere e desça em outro local, mais à frente, com total segurança.

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende.

Boa sorte, boa prevenção, e fique atento.

Mesmo que você não dirija pas-se para a frente!

Gilmar Alves BarbosaAdvogado e assessor júrídico

do GEEC [email protected]

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pág. 04 Agosto de 2009

A música está tão implícita em nossas

vidas que é difícil nos imaginar sem ela.

Está presente em todos os momentos, situ-

ações e lugares do nosso dia-a-dia. Mesmo

quando optamos por ficar em silêncio, ela se

faz ouvir dentro de nós. O mundo é música.

Durante toda a minha vida estive envolvi-

do, mais diretamente, com ela. Daí, um belo

dia, eu me perguntei: - Como seria a música

em outras esferas? Como seria a música em

outros mundos, após o nosso desencarne?

Qual a função na minha vida, como músi-

co? Qual a função na vida de quem não é

músico? Todas estas questões levaram-me

a pesquisar, conversar com amigos e ten-

tar formar grupos de discussões. Algumas

respostas obtive, outras ainda estão em

aberto. Gostaria de dividí-las com vocês.

Quem se interessar em discutir o assunto,

estamos abertos para conversa, opiniões e,

se possível, esclarecimentos. Gostaria que

este espaço tivesse este perfil, que fosse um

debate, uma conversa, pois sei que podería-

mos evoluir um pouco mais discutindo estas

questões. Enquanto isto não acontece, quero

deixar aqui um trecho de texto extraído do

livro “O Espiritismo na Arte”, León Denis.

A música é a voz dos céus profundos. No

espaço tudo se traduz em vibrações harmô-

nicas e certas classes de espíritos comuni-

cam-se entre si apenas por meio de ondas

sonoras.

Na Terra, a sinfonia e a

melodia não são mais que

ecos débeis e deformados dos

concertos celestes. Nossos

instrumentos, mesmo os mais

perfeitos, sempre têm qual-

quer coisa de mecânico e de

áspero, enquanto que os sis-

temas de emissão do espaço

produzem sons de uma delica-

deza infinita.

Eis por que em todos os

graus da escala dos mundos

Falando de música IIIdes longínquos vindos

das esferas, dos astros

inumeráveis que povoam

a imensidão.

Então, do alto descem

outros acordes, mais po-

tentes ainda, e um hino

universal faz céus e ter-

ras estremecerem. Ao

perceber esses acordes,

o espírito se desenvolve,

se expande; ele sente que

vive na comunhão divina e da hierarquia dos espíritos a música tem

um lugar importante nas manifestações do

culto que as almas rendem a Deus. Nas es-

feras superiores ela se torna uma das for-

mas habituais da vida do ser, que se sente

mergulhado em ondas de harmonia de uma

intensidade e de uma suavidade inexprimí-

veis.

Por ocasião das grandes festas no espa-

ço, dizem nossos guias espirituais, quando

as almas se reúnem aos milhões para pres-

tar homenagem ao Criador, na irradiação

da fé e do amor, delas escapam eflúvios,

radiações luminosas, que se colorem de

cores combinadas e se convertem em vibra-

ções melodiosas. As cores se transformam

em sons e, dessa comunhão dos fluidos, dos

pensamentos e dos sentimentos, emana uma

sinfonia sublime, à qual respondem os acor-

e entra em um arrebatamento que chega ao

êxtase. (“A música nas esferas superiores”,

julho de 1922)

Bom, com esta descrição da música em

esferas mais avançadas volto a insistir que

devemos nos esforçar para ouvir o que mais

próximo disto nos foi enviado, ou seja, a

música erudita clássica, barroca, romântica

etc, que são, no entanto, débeis expressões

musicais se comparadas a música descrita

acima.

Agenda: Dia 7 de agosto – Gê Lara e

Chico Lobo – Teatro Gravatá, às 20h30 min,

cantando e tocando músicas do cancioneiro

popular.

Gê Lara Cantor, compositor e coordenador do

Uirapuru Canto [email protected]

Pois é...

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pág. 05Agosto de 2009

Terra Papagalli, de José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta

Um dos livros mais interessantes sobre o Brasil volta às prateleiras das nossas livrarias numa edição revista pelos próprios autores.

Escrito a quatro mãos à época das co-memorações dos 500 anos do ‘descobri-mento’ da nossa pátria, este “Terra Papa-galli” mistura muita ficção e um pouco de história para contar a trajetória do degreda-do Cosme Fernandes (aqui abandonado por ninguém menos que Pedro Álvares Cabral na famosa viagem), que, contra todas as expectativas da coroa portuguesa, não mor-re devorado por selvagens antropófagos, mas, sim, torna-se rei da nova terra. Base-ando as próprias decisões na observação do comportamento dos brasileiros, Cosme, o “Bacharel da Cananéia” logo aprendeu que nesta terra é preciso dar presentes sem parcimônia, fazer alarde de qualquer difi-culdade, pois aqui vale mais o colorido do frasco do que o próprio remédio e que na terra de Santa Cruz não há quem não tro-que honradez por honraria. “Naquela terra de fomes tantas e leis tão poucas, quem não come é comido”, reflete ele a certa altura do livro, com ética e moral muito pessoais.

Divertido, curioso e muito bem es-crito, “Terra Papagalli” agrada ao pala-dar do bom leitor, que se delicia com as desventuras do primeiro anti-herói bra-sileiro. E se nas ações dos personagens do livro também nos reconhecermos, que fique a lição da história: compreen-der o passado para bem escrever o futuro.

Daniel BicalhoLivreiro e proprietário da

Boutique do [email protected]

Nesta fase de nossos dias, onde a turbu-lência e o desarranjo emocional têm nos mi-nado as condições de vida edificante e feliz, quando os nossos pensamentos começam a sofrer influências e assédio de tantas outras ideias, que não são originadas de nós mes-mos, mas passam a viver na atmosfera men-tal de nossa própria condição, sem a oração recomendada pelo nosso Mestre e sem os nossos corações voltados para a atenção vi-gilante, passamos a nos sentir mal, a sofrer sem necessidade e a adotar condutas, das quais não nos acometeriam, se não estivés-semos em tal invigilância.

Quem está livre de sofrer esse assédio? Quem poderia se dizer imune? Quem está livre o suficiente de permitir que as emo-ções mais primitivas sejam acordadas no momento de relaxamento dos controles de nossa vontade?

Quero pedir que, antes de amanhecer seja erguido o Sol da oração em seus dias. Quando Deus põe o Sol a brilhar antes de nova quota de experiências está a nos dizer que é preciso iluminar a área de trabalho an-tes de começar a trabalhar.

A oração é o interruptor que acende o Sol do Cristo em nossa paisagem mental.

Abramos também as portas e janelas de nossa casa mental para receber os raios sa-lutares.

Abrir a casa mental para a entrada dos raios solares é perceber as vibrações silen-ciosas, serenas e otimistas. Então estaremos prontos para que o nosso labor seja feito dentro de padrões de felicidade e segurança diante das leis divinas.

Encontre-se com as pessoas que lhe par-tilharão a presença, mesmo que momentâ-nea, e doe a cada uma delas os seus bons pensamentos em forma de sorriso, bons cumprimentos e boas palavras.

Quero ainda me servir desse exemplo para solicitar que fique atento durante todo o dia, para que não entre em sua casa mental nada que não seja de sua permissão.

O fato de você se preparar em seu ama-nhecer faz com que você não seja surpreen-dido por nenhum visitante indesejado sem estar preparado.

Ainda cumpre varrer a casa e retirar os ciscos e as impurezas enquanto é dia e en-quanto está você no controle de sua casa, para que ninguém aproveite de sua imprevi-dência a fim de fazer a invasão.

Cumpre, por fim, guardar a casa em bom estado de vigilância e de limpeza.

Estando tudo em ordem, não se esque-ça de fechar as portas de sua casa mental à

noite, onde as luzes são mais fracas. Dei-xe que a oração, nos momentos de findar o dia, mantenha sua casa protegida e solicite ao seu espírito protetor para guardar e velar pela sua casa mental nos momentos em que lhe faltam forças para vigiar. Então, duran-te toda a noite, a sua casa mental não será assediada com sucesso por pensamentos e entidades que trabalham nas sombras.

Queridos, quero oferecer-lhes essas pá-ginas como recurso para conservar a casa mental em equilíbrio. Porém, deixo ainda uma recomendação: quem queira conservar a casa, já tem a recomendação bem clara, mas quem quer dar uma melhorada em sua casa, fazer uma reforma e aumentar o espa-ço ou povoá-lo de utensílios que lhe enri-queçam as experiências, devem fazer coisas boas e inusitadas para os outros em todos os dias.

Para que você possa renovar a pintura, leia um bom livro.

Para untar portas e janelas, ouça boa música.

Para renovar o teto e aumentar-lhe a proteção, cultive, através da visita, os bons amigos.

Para robustecer as paredes, visite os ne-cessitados e leve-lhes consolo.

Para guarnecer o lar mental de um bom alarme, cultive a pontualidade e as boas ma-neiras.

Para que o anjo da guarda esteja sempre presente e lhe proteja, cultive o silêncio e a meditação nos dias todos, para que você não despreze nunca as sugestões que ele sempre está lhe soprando aos ouvidos.

Enfim, tereis a serenidade em meio à tempestade, que deverá tragar o velho mun-do. E sua casa permanecerá intocável e ina-balável diante de tudo.

Carmen Garcia de [email protected]

Para ler em voz alta IILiteratura

Edificação mentalUm pensar sobre

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pág. 06 Agosto de 2009

O Essencial: Qual é a importância da So-ciologia nos dias atuais? PRS: A Sociologia nasceu com o pro-cesso de urbanização na segunda meta-de do século 19. Hoje, numa sociedade hipercomplexa e hiperviolenta, a so-ciologia tornou-se indispensável para ajudar no diagnóstico dos problemas sociais, no prognóstico da conjuntura e na implementação de ações preventivas e corretivas.

O Essencial: Quais são os principais problemas na sociedade atual? PRS: Há uma diversidade e simultanei-dade de problemas, todos complexos, como a própria sociedade. Podemos destacar o agravamento das crises so-ciais, com possibilidade de insurreições populares, o tráfico de pessoas, de armas e de drogas, a violência generalizada, os problemas ambientais, o descrédito nas instituições políticas e religiosas, den-tre outros. A crise financeira mundial é mais efeito do que causa.

O Essencial: Fala-se muito em inves-tir em Educação para melhorar a nossa sociedade. Você acredita nessa possibilidade?PRS: Investir somente em Educação formal é inútil. É preciso avançar no campo das artes e da cultura e estimular o que pode ser chamado de “educação da sensibilidade”, para que o ser huma-no se volte para o que realmente vale a pena, aprenda a dar valor ao que tem valor.

O Essencial: Você acha que a Educa-ção é um investimento social a longo prazo ou acredita que um indivíduo poderá melhorar a si mesmo tendo mais acesso à informação de qualida-de desde já?PRS: A Educação é um investimento social de longo prazo, caro e não dá vo-tos. Além disso, educação de qualidade não interessa aos “donos do poder”. É claro que uma pessoa, pelo esforço in-dividual, pode melhorar a si mesma e melhorar também a sociedade se souber procurar informações relevantes nesse mar de irrelevâncias, e transformá-las em conhecimento.

O Essencial: Como conscientizar uma geração, que foi desenvolvida com o incentivo ao consumo, a optar por valores menos individualistas e mais sociais, como a reciclagem do lixo?PRS: Difícil, mas possível. Reduzir pa-drão de consumo é sempre complicado para quem se habituou a ter tudo na quantidade e na qualidade que deseja. O consumo consciente depende de in-formação adequada e de orientação no sentido de se pensar, também, na cole-tividade, na humanidade de agora e do futuro, e também no planeta. Quanto à reciclagem do lixo, essa é meia solução. A outra metade, indispensável, é produ-zir menos lixo. O Essencial: O que mudou no perfil do aluno acadêmico e dos eleitores da sua época até os dias atuais?PRS: Muita coisa. Os estudantes da minha geração não tinham a facilidade de acesso ao conhecimento como hoje. Tive que ler muita coisa das ciências humanas e sociais em espanhol, porque o governo militar da época dificultava a tradução de obras sociológicas para o português. A banalização da informa-ção, hoje, tirou o valor do conhecimento para a geração atual.Quanto aos eleitores, estamos todos li-dando com a mesma descrença nos po-líticos e na política institucional. Nas décadas de 1970 e 1980 havia mais politização e combatividade, e também mais repressão. Hoje o descrédito nas instituições políticas é mecanismo sufi-ciente para despolitizar o eleitorado. O Essencial: Quais os movimentos

sociais que merecem uma relevância atualmente?PRS: Todos que visem a cooperação e a solidariedade, a preservação do meio ambiente e a recuperação da dignidade humana, a restauração da crença no pró-prio ser humano. Todos que se esforçam por manter vivas as utopias e ideologias que dão sentido e propósito nobre à existência.

O Essencial: Na televisão vemos pro-gramas como o Big Brother, em que o apresentador se refere aos parti-cipantes como “nossos mártires” e “nossos heróis”. Você acha que essa deturpação de conceitos como heroís-mo e martírio influencia nas relações sociais e principalmente na política?PRS: Sem dúvida! Ser herói é sacrifi-car-se pelo bem comum. Ser celebrida-de é manter-se sob os holofotes da mí-dia. Ser mártir é renunciar a si mesmo e aos interesses para arriscar a própria vida pela vida dos outros. D. Hélder Câ-mara, Nelson Mandela, Chico Mendes e outros desse nível são heróis. Mas, den-tro da atual mentalidade, pessoas assim não são referências justamente porque renunciaram a interesses privados. O in-dividualismo prevalece, ainda.

O Essencial: Como você projeta o Brasil para daqui a 10 anos? PRS: Não é necessário arranjar uma bola de cristal ou coisa parecida para se ter uma ideia. O Brasil está atrasado em todas as questões sociais, historica-mente mal ou precariamente resolvidas, e vamos pagar caro por isso se não se fi-zer algo a respeito, e rápido. No campo da Educação e da Saúde, principalmen-te. Imagine uma população sem educa-ção e sem saúde numa sociedade de alta sofisticação tecnológica!

O Essencial: Deixe uma mensagem aos nossos leitores.PRS: Uma sugestão. Vivemos numa época em que o otimismo se impõe para revertermos o possível. Há muita coisa negativa acontecendo e outras por acon-tecer, mas que podem ser amenizadas ou prevenidas se houver envolvimento, engajamento político e social de mais pessoas. Cruzar os braços é colaborar com o processo de descivilização em curso.

Contato:[email protected]

Entrevista do mês

Paulo Roberto SantosSociólogo especialista em Políti-

ca e Sociedade com 7 livros publica-dos. É também professor universitá-rio, 51 anos, casado e pai de 3 filhos.

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pág. 07Agosto de 2009

Gincana do Pró-adolescente

Projetos Sociais

No dia 22/07/2009 os jovens do Pró-adolescente deram um show de animação, determinação e for-ça de vontade no clube AABB.

A coordenação do proje-to elaborou uma gincana na qual os jovens puderam se con-fraternizar uns com os outros. Todos se posicionaram em prol de arrecadar livros para a biblioteca do programa e conseguir alimen-tos para ajudar as pessoas carentes.

Alem disso, os jovens tiveram a oportunidade de mostrar que dentro de cada um existe um grande ar-tista. Um leve destaque para a eqi-pe campeã COMANDO AZUL e a vice-campeã FÊNIX. Mas no final podemos dizer que todas as equipes participantes foram campeãs, pois se esforçaram e deram o melhor de

si, buscando o melhor resultado.No evento pôde-se observar um

enorme ESPÍRITO ESPORTIVO em cada equipe. Enquanto ocorria cada apresentação, muito educada-mente as equipes aplaudiram e par-ticiparam com emoção e empenho.

Os jurados foram preci-sos nas análises, mostran-do imparcialidade na votação.São ideias como essa que faz do Pró-adolescente ser campeão.

Só houve vencedores na ginca-na, porque só se viu uma equipe competir: a equipe PRÓ-ADO-LESCENTE, que competiu com muito empenho, dedicação, amor à camisa e mostrou que é show de bola na matéria de mostrar como um grande time se comporta.

Todos os participantes do pro-

grama têm o prazer e o orgulho de dar o sangue, fazendo o possível e o impossível para honrar a camisa que sempre oferece um grande apoio.

Parabéns à grande vencedora: A EQUIPE PRÓ-ADOLESCENTE! - Os aplausos são todos para você!

Flávia Martins Nunes Tem 17 anos e

integra o Projeto Pró[email protected]

O Projeto Inclusão Jovem é mais uma proposta social ofe-recida pela ong GEEC (Gru-po Educação Ética e Cidadania).

O projeto funciona des-de 2004, quando foi elaborado como projeto piloto e de lá para cá foram cinco anos de muitas amizades e aprendizado mútuo.

O Inclusão Jovem consiste em um curso integrado para adolescen-tes que pertençam a famílias com baixa renda e que buscam se apri-morar para conquistarem uma opor-tunidade no mercado profissional.

Devido à idade mínima exigida pelo Ministério do Trabalho para trabalhar com carteira assinada, o curso engloba alunos de 16 ou 17 anos, ou 15 anos, a completar 16 no ano em que frequentar o curso.

O aluno frequenta aulas de ven-das, de informática e palestras de formação ética e profissional, po-dendo também, dependendo da dis-posição de profissionais voluntários envolvidos, participar de oficinas culturais como música, dança, dese-

nho e música, dentre outras. Os ho-rários dos cursos são os seguintes:

Informática: Uma vez por sema-na, a ser escolhido pelo aluno (terça, quarta ou quinta), de 14 às 16 horas.

Na sexta-feira, de 14 às 15 ho-ras eles têm acesso a aula de vendas e de 15 às 16 horas ele terá pales-tras de formação ética e profissio-nal envolvendo diversos temas.

As palestras são ministradas por profissionais de variados segmen-tos, como psicólogos, advogados, contadores, administradores e enfer-meiros, que abordam temas atuais de interesse profissional e pessoal.

O curso, além de ampliar os co-nhecimentos dos adolescentes, enri-quece o vocabulário de uma maneira

geral, fortalece os laços de amizade, aumenta a auto estima, capacitan-do-o para a grande escola da vida.

As inscrições para este semes-tre já foram encerradas e os alu-nos selecionados começarão o cur-so na primeira semana de agosto.

O curso é gratuito e semes-tral e os beneficiados rece-bem vale-transporte e lanche.

Maiores informações no GEEC: Grupo Educação, Ética e cida-dania. Rua Cel. João Notini, 800 – Centro. Telefone: 3222-7644

Sávio Eugênio AndradeÉ co coordenador do Projeto Inclusão

Jovem e [email protected]

Inclusão Jovem

Faça a assinatura anual do informativo

por R$30,00 e receba mensalmente em sua casa.

Informações pelo telefone (37)3222-7644

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pág. 08 Agosto de 2009

Neste mês de agosto comemoramos o Dia dos Pais, data esta que teve ori-gem na antiga Babilônia, há mais de 4 mil anos, por um jovem chamado El-mesu, que teve a idéia de moldar um cartão, em argila, o qual teve como ob-jetivo desejar saúde, longa vida e sorte ao pai. Daí, em 1909, teve-se a ideia de regulamentar uma data que propiciasse mais respeito aos pais e, ainda, com o intuito de fortalecer vínculos familia-res. Já mais para o final do século XX, o conceito vivência concreta de pater-nidade tornou-se alvo de reflexões e debates, ao menos teoricamente.

No ano de 1953, mês de agosto, mais precisamente no dia 14, foi come-morado no Brasil, pela primeira vez, o Dia dos Pais, o que, em dias atuais, se comemora no segundo domingo do mesmo mês. Muitos anos após é que a legislação brasileira propiciou aos pais o direito de estar ao lado de um filho por um período de até cinco dias, direi-to até então segurado apenas às mães.

Talvez, pelo menos no Brasil, este possa ser um dos grandes passos para uma possível ressignificação social, porque, o pai de anos mais remotos era uma figura distante e autoritária.

Os pais já tiveram conotação social negativa, como aqueles que são ina-cessíveis, insensíveis, inadequados, incompetentes e inconsistentes. Eles eram o centro absoluto e inquestio-nável da família, quem dava a última palavra em quaisquer decisões que fos-sem tomadas.

Hoje, o papel de ser pai está mais voltado para a figura que recolhe o me-lhor que a tradição paternal produziu ao longo dos séculos, ou seja, a figu-

ra de fortaleza, de força, equilíbrio e autoridade, não um autoritarismo nem a brutalidade. Ser pai pode implicar, também, em somar a essa figura àqui-lo que os homens aprenderam com as mães e com as mulheres, que perpassa pelo papel feminino, o de carinho, da importância do amor, da empatia e da presença insubstituível do pai.

Ao se propor novas reflexões sobre a paternidade, talvez possamos dar um novo significado a ela. Como exemplo, no trecho da música “Pais e Filhos”, Legião Urbana, onde se diz: “Eu moro com a minha mãe... Mas meu pai vem me visitar...” possamos deixá-lo assim: “Eu moro com a minha mãe... Mas meu pai convive comigo”. Seria um novo olhar sobre a óptica da simples visita para a convivência. Termo, este, que vem sendo usado cada vez mais na literatura, principalmente na Psicolo-gia Jurídica, onde não se diz mais es-tabelecer horários de visitas, mas sim estratégias para a convivência mútua entre pais e filhos. Para saber o quão é importante ser pai não precisamos ir longe, basta lembrarmo-nos de um fala corriqueira de nosso dia-a-dia, numa conotação e sentido figurado: “ele é

como um pai para mim”. Nomenclatu-ra carregada de significado, que duran-te milênios a nossa cultura transmitiu de geração em geração através da pa-lavra do pai.

Para finalizar esta reflexão é impor-tante que os pais se perguntem: O que eu mais gosto de fazer com o meu fi-lho? Sinto que sou um bom pai? Que importância tenho como pai? Estas perguntas podem nos levar a compre-ender a interação, as emoções associa-das à paternidade e a relevância dela na nossa vida, nossa responsabilidade, co-nhecimento de atividades de prazer na relação pai-filho e, por fim, as mudan-ças no significado do pai contemporâ-neo em relação aos pais de gerações antecedentes. Precisa-se ser criativo, não há receitas.

Aos pais, muita Paz!

Olimar Rosa SilvaPsicólogo, diretor clínico do ISTS,

membro pesquisador dogrupo Cognoscere,

e coordenador do Centro de Democratização Digital do

Ponto de Cultura de Divinópolis [email protected]

SER PAIPai!

Você foi meu herói, meu bandidoHoje é mais

Muito mais que um amigoNem você nem ninguém tá sozinho

Você faz parte desse caminhoQue hoje eu sigo em paz

Pai! Paz!...

Trecho da música “Pai”Composição: Fábio Jr.

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pág. 09Agosto de 2009

Não há dúvidas quanto à existência de uma profunda crise nas relações hu-manas e sociais. O casamento, por exem-plo, há tempos passa por uma intensa re-estruturação quanto à forma tradicional, baseada na supremacia do homem, visto e tido como provedor, e da mulher, pro-criadora e mantenedora da vida no lar.

As coisas, há muito, não são as-sim, pois, desde o início da Revolução Industrial - há mais de 200 anos tam-bém a mulher passou a trabalhar fora de casa para auxiliar o marido no sus-tento da família. Com isso, toda a insti-tuição familiar passou a sofrer mudan-ças profundas, com reflexos diretos no papel de cada membro que a constitui: marido, mulher, filhos e a parentela.Esse longo processo de renovação das ideias e da forma de se entender e cons-tituir o núcleo social - a família - ainda não terminou. Talvez estejamos vivendo o momento crucial, com novas relações surgindo e se firmando na relação fami-liar. É aquele momento de crise, de rup-tura com o antigo para a construção do novo. Os casamentos duram pouco; pais e filhos nem sempre se entendem bem.

A geração do pós-guerra ainda car-rega consigo muitas tradições, preceitos e preconceitos relacionados com a au-toridade e com a hierarquia doméstica. Uma coisa complicada numa época em que todos buscam algum tipo, não mui-to claro, de liberdade sem limites, sem peias e amarras, numa sociedade que vive uma espécie de anarco-democracia.

Nossos avós não compreenderam os anseios dos anos 60 do século XX e mais confusos e perplexos ainda fi-caram nossos pais com a expansão tec-nológica na era da comunicação e da informática. Perderam o poder porque perderam um conhecimento que os fa-zia respeitados - às vezes temidos - e ainda viram esse conhecimento perder o sentido e o valor diante dos novos e rápidos avanços da ciência e da técnica.

Essa geração vive a insegurança, a incerteza e a ausência de valores mo-rais e sociais estáveis. Sem referen-ciais razoáveis perde-se num empi-rismo perigoso que, não raras vezes, termina na terceirização da instru-ção e da formação moral dos filhos.

A escola, a tv, a secretária, os compu-tadores e os videogames assumem fria-mente o papel de orientadores para uma

vida pessoal, familiar, social e profissio-nal cada vez mais complexa. A ausência do afeto e do amor nas relações interpes-soais aumentou mais ainda e o individu-alismo cresceu; a hipertrofia do ego pre-domina em quase todos os ambientes.

A humildade converteu-se em sinô-nimo de fraqueza e esperteza significa inteligência e progresso. É a inversão e subversão dos valores. Por esse ân-gulo os pais são, de certo modo, víti-mas das circunstâncias, em parte são omissos diante de situações novas que não compreendem ou não ten-tam compreender. Os filhos caem na delinquência e os laços familiares se desfazem, refletindo na sociedade.

Sentindo-se sem condições de com-petir com o fascínio dos computado-res - totens modernos - e com a lin-guagem da tv, que faz uma espécie de lavagem cerebral nas mentes da atual juventude, os pais entregam-se às cir-cunstâncias e entregam os filhos para o mundo, sem mapa e sem bússola.

Para a atual geração o mundo é um lugar de prazeres imediatos, apesar dos perigos. Ressalvadas as exceções, a maior parte dos nossos jovens não tem preocupações reais quanto ao futuro. Irresponsabilidade e descompromisso total. Falta autoadministração. Se lhes perguntam porque não estudam “para serem alguém na vida”, já têm a res-posta na ponta da língua: - Estudar para quê? Para ser um ilustre desempregado?

Na perspectiva dos filhos os pais já não são os “caretas” e “quadrados” de outros tempos, são apenas analfabe-tos tecnológicos, deslocados no tempo e no espaço, incapazes de entender os efeitos especiais do último filme pre-miado, ou o “balanço” da banda ‘x’.Basta ter paciência com eles e fingir que concordam e obedecem. Essa poderia ser a descrição, em linhas bem gerais.

Sem orientação segura e princípios adequados para situarem-se na vida, nossos jovens são presas fáceis dos momentos difíceis: a doença, a per-da de entes queridos, a falência moral ou material, os tropeços e dificulda-des naturais na vida profissional etc.

Não possuem filtros mentais para

selecionar os filmes que a assistem, os livros que eventualmente leem, as músicas que ouvem, os esportes que praticam, ou um mínimo de senso crítico para defenderem-se dos ape-los mercantilistas ou da propaganda subliminar que lhes é passada pelos muitos filmes que divulgam a cultura da violência e do hedonismo. Numa situação dessas fica realmente difícil permanecer sentado diante da tv, ten-do o pai ou a mãe como companhia.

Convém entender que vivemos um momento de transição cultural que afeta diretamente a estrutura familiar e, con-sequentemente, a social. A saída para essa situação dramática ainda é o diá-logo e o respeito, a criação e a manu-tenção de pontes de comunicação entre os membros da família. Pontes que uns e outros possam atravessar, quando qui-serem para solucionar razoavelmente conflitos, as diferenças e divergências.

A criação dessas pontes só pode ser feita onde exista um mínimo de afe-to, de tolerância e de respeito peran-te situações novas que surgem a cada dia, atingindo marido e mulher, pais e filhos. A manutenção dessas pontes só é possível a quem sabe dar o pri-meiro passo para atravessá-las, em busca do outro para o entendimento.

Uma coisa certamente difícil na maioria dos casos, mas indispensá-vel: no mínimo, é preciso disposição para encontrarem-se no meio de uma ponte. Mas alguém precisa sinalizar.

Pode ser que tudo isso demore a retomar uma relativa normalidade e es-tabilidade, mas o tempo não espera e todos temos que seguir viagem. Apesar das dificuldades, o diálogo é o melhor recurso e a boa convivência entre pais e filhos, certamente, ainda é possível.

Paulo R. SantosSociólogo e professor universitário

[email protected]

Pais e filhos - uma nova relação

Os filhos na visão dos pais

Os pais na visão dos filhos

O que fazer?

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pág. 10 Agosto de 2009

De acordo com a ciência milenar do ayurveda (ayur = vida e veda = conhe-cimento), os mestres yogues indianos, durante as constantes meditações para estudo da essência humana, percebe-ram o ritmo do fluxo interno energético do ser humano. Também perceberam que havia uma energia externa e uma energia interna, as quais denominaram de prana, a bioenergia, e que havia um contínuo fluir dessa energia prânica do mundo exterior para o mundo interior e vice-versa, formando, assim, uma inte-ração constante do microcosmo, o ser humano, com o macrocosmo, a natureza.

Ainda em meditação perceberam que havia, em certas regiões do cor-po, centros energéticos em que este fluxo era mais forte, os quais deno-minaram de chakras, e que essa ener-gia prânica fluía para esses centros energéticos através de canais de ener-gia, aos quais denominaram de nadis.

Literalmente, o termo “nadi” deriva da raiz sânscrita “nad”, que significa “movimento”. As nadis são canais de energia por onde passa a bioenergia para todos os níveis do ser. As nadis são as “veias energéticas” da estrutura energética, assim como o corpo físico é constituído de “veias físicas”.

A palavra chakra tem origem na an-tiga língua indiana, o sânscrito, e sig-nifica “roda”. São centros energéticos coloridos e redondos, parecidos com cones ou funis giratórios, brilhantes e translúcidos, e funcionam como “rede-moinhos” do fluxo energético do ser.

Os chakras são centros energéticos sempre ativos, quer a pessoa tenha ou não consciência da existência deles. Pos-suem como função principal absorver a energia universal, metabolizando-a dis-tribuindo-a, alimentando, assim, o cam-po energético, e também retirar a ener-gia estagnada do ser, devolvendo-a ao Universo para ser transmutada. Funcio-nam como veículos de conexão da ener-gia interna e ligam o corpo físico, mais denso, aos demais corpos energéticos. Nas pessoas que possuem pensamentos e sentimentos mais densos apresentam cores mais escuras e opacas, enquanto em pessoas que possuem pensamen-

e pelos chakras, mais vitalidade, força e saúde terá o ser humano. Para ter saúde integral e equilíbrio em todos os níveis recomenda-se a prática contínua de har-monização através das terapias natu-rais, como o yoga, o relaxamento, a te-rapia floral e a meditação, dentre outras.

Estas práticas e vivências são bases para o crescimento do ser humano rumo ao despertar de uma consciência mais harmoniosa.

Júnior Valadares Nutricionista e terapeuta

especializado em Tratamentos Naturais

[email protected]

tos e sentimentos mais sutis apresen-tam cores mais claras e brilhantes.

Existem em torno de 86.000 chakras e minichakras no corpo humano (estes valores variam entre autores e livros que tratam do assunto), sendo que os principais são 7 e estão localizados en-tre a base da coluna e o topo da cabeça. Desses sete, dois são simples, ou seja, possuem apenas um acesso ou vórtice, que são o 1º e o 7º. Os restantes são duplos, apresentando vórtice na frente e atrás. Todos os chakras se integram e se ativam mútua e continuamente.

De acordo com a ciência do ayur-veda, quando os chakras estão funcio-nando em harmonia e quanto maior o fluxo de bioenergia fluindo pelas nadis

Os canais de energia e os chakras

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pág. 11Agosto de 2009

Nos tempos atuais a configura-ção familiar modificou-se significativa-mente e não contempla apenas o mode-lo pai, mãe e filhos. Da mesma maneira ocorrem modificações na relação de pais e filhos através das separações con-jugais, que devem ser conduzidas de forma a enfatizar a importância da con-tinuidade do vínculo com os pais As mudanças ocorridas nos papéis desempenhados pela família permitem uma maior flexibilidade e au-tonomia para os membros familiares, que não estão unidos somente em tor-no do interesse financeiro. As questões emocionais inerentes ao grupo familiar passam a ser consideradas como fa-tor de manutenção da união. Caso este fator não seja mais suficiente para os membros da família ocorrem as separa-ções. A nova configuração fami-liar, que pode ocorrer após separações conturbadas, propicia o surgimento de disputas, podendo agravá-las devido à existência de questões emocionais que não foram solucionadas de forma eficaz e que contribuem para a manutenção de

dificuldades, as quais têm repercussão após o término da relação, inclusive no que diz respeito aos filhos. Após a separação é comum que a grande maioria das guardas sejam atribuídas às mães, mas esta realidade vem se modificando. Atualmente exis-tem inúmeras formas para estabelecer o cuidado das crianças, sendo priorizadas aquelas que resguardam o bem-estar fí-sico e psiquíco delas. A manutenção dos vínculos e a convivência assegurada com os pais após a separação são funda-mentais para o desenvolvimento saudá-vel dos filhos. Portanto, o estímulo à presença paterna no cotidiano dos filhos, mesmo após o rompimento da relação, é pri-mordial. O fim das relações conjugais, em hipótese alguma, inclui o fim das relações de parentalidade, ou seja, o fim do casamento não deve representar o fim do relacionamento de pais e filhos, que constitui um laço indissolúvel.

Maria Aparecida Reis Carvalho Psicóloga do ISTS

[email protected]

Novas configurações familiares e o relacionamento entre pais e filhos

Clube da Fraternidade

Canto Livre para crianças, jovens e adultos.Coordenação: Gê Lara e Roberta Machado.

3214-5275 ou 9199-0813

O GEEC é uma ONG sem fins lucrativos que visa contribuir em benefício de um mundo melhor.

Vários projetos sociais são ofere-cidos à comunidade como forma de melhorar a sociedade em que vivemos. No entanto, a dificulda-de financeira é um fator que inibe

nossa ação.

Para não encerrar as atividades por falta de recursos foi criado o Clube

da Fraternidade.

As pessoas que contribuem com qualquer quantia são cadastradas e recebem uma carteirinha de sócio, com a qual podem usufruir de des-contos em vários estabelecimentos

comerciais.

Economia e Solidariedade juntas para o bem de todos.

Seja sócio doClube da Fraternidade!

(37) 3222-7644

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pág. 12 Agosto de 2009

Para entendermos os significados das palavras de Jesus vamos ver os elementos presentes nesta parábola.

a) Objetos:

O Reino dos Céus: Possui diversas interpretações. Seja qual for a interpretação, é o objetivo que Jesus nos apresenta. É o alvo que devemos alcançar. É a felicidade. A paz. Segundo Jesus, está dentro de nós. Para o Espiritismo a felicidade só é alcançada com a evolução intelecto-moral. Todos a alcançaremos mais cedo ou mais tarde. Todos os ensinamentos de Jesus

visam a ajudar a alcançá-la, ou seja, a ensinar o caminho para a nossa evolução espiritual.

Fermento: Fermento é o componente que leveda a massa do pão. É reagente fundamental para a massa crescer, levedar e se transformar em pão. Sem fermento não chegaríamos ao pão. Ele é o conhecimento, a sabedoria, a palavra e o exemplo. Três Medidas: Uma medida exata, proporcional, equivalente a três vezes, o triplo da medida original. Jesus enfatiza aqui que o fermento é multiplicador: basta uma medida de fermento para levedar três medidas de farinha.

Farinha: É o principal ingrediente do pão. É o coração ou mente dos homens, onde reage o fermento, das coisas boas e más. Três medidas de farinha para uma de fermento são as quantidades corretas para se fazer o pão.

b) Ações:

Tomou e escondeu: Tomar ou pegar é uma ação de adquirir o fermento, ou seja, o conhecimento. A evolução começa pelo conhecimento. Por que depois de tomado foi escondido e não misturado? Isso é intrigante, porque Jesus manda divulgar a “Luz”, pô-la no ponto mais alto da casa. Recomenda,

Parábola do Fermento

nesta parábola, que, depois de tomado, o fermento deve ser novamente escon-dido na massa. Foi escondido porque ninguém deve alardear a própria vir-tude. Assim como a semente deve ser enterrada para florescer, o fermento deve ficar escondido, entranhado na massa.

Ficou toda levedada: É a renovação, a transformação moral, aquilo que realmente nos torna aptos a alcançarmos o Reino dos Céus. A massa está pronta para se transformar em pão.

c) Sujeito:

A mulher: Nós. Eu e você. Porém, penso que Jesus quis enfatizar neste momento que a tarefa de levedar a massa, transformar corações, é uma tarefa a ser realizada pelo nosso lado feminino, nosso lado mais sensível e menos intelectual.

Resumindo, a parábola ficaria assim: O Reino dos Céus (felicidade) é se-melhante à sabedoria, que adquirida e implantada por sensibilidade nos nossos corações e mentes nos transformam num ser melhor.

Jomar Teodoro GontijoMestre em Educação e

diretor de ensino do [email protected]

Parábola Comentada

“O Reino dos Céus é semelhante ao fermento, que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar toda levedada.”

Jesus, Mateus XIII, 33 - Lucas XIII- 20-21

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pág. 13Agosto de 2009

Ao se observar a estrutura humana nos respectivos aspectos físico, psíqui-co e espiritual, os quais representam a síntese de todos os processos evolutivos que remontam a milhões de anos da his-tória terrestre, depara-se com um ma-ravilhoso complexo energético, dotado de razão, de sentimento e de aspiração inatos à evolução para outros estados de consciência, que o levarão, indubitavel-mente, às regiões luminosas das muitas moradas anunciadas por Jesus no Evan-gelho.

Desde o início das inserções do espí-rito na matéria, permeando os diversos reinos, vê-se a mônada divina materia-lizando-se e desmaterializando-se nas mais variadas formas, adquirindo, as-sim, autonomia na busca da intimidade divina.

Nesse processo de experiências su-cessivas, sem interrupções ou saltos, nota-se a presença de um modelo orga-nizador das respctivas manifestações, seja no ambiente denso da matéria ou no ambiente astralino, onde se estagia o próprio psiquismo. É no nível dos mundos inferiores que esse psiquismo, embrião do futuro ser angelical, de-senvolve sensibilidade mais intensa e, atingindo o reino vegetal, desenvolve as manifestações de um duplo compos-to de energias bioplasmáticas, as quais constituem toda a diversidade dos seres que integram o reino natural.

O duplo etérico, no desdobramento espontâneo ou sob a influência magné-tica exterior, ficou amplamente provado mediante os registros de materializa-ções feitos por processos fotográficos, além de muitas outras impressões físi-cas atestadas por pesquisadores e mé-diuns dedicados ao estudo da ciência psíquica.

No ser humano, esse corpo energé-tico constitui a camada mais eterizada do corpo como um todo. E na estrutura mais íntima são encontradas substâncias iguais às do organismo mais denso. Po-rém, em uma frequência vibratória le-vemente diferenciada e com uma maior parte de ectoplasma, que representa a essência básica desse corpo bioenergé-tico. Esse modelo organizador bioló-gico (MOB) tem a função de absorver as energias do grande reservatório cós-

mico universal, transformando-as em energia vital mediante um processo ex-tremamente complexo e distribuindo-as equilibradamente para, assim, irrigar os diferentes órgãos do aparato fisiológico.

Entre os corpos de manifestação da unidade pensante e individual que é o homem, o duplo etérico representa um elemento da mais alta importância na constituição do organismo como um todo. Essa importância diz respeito à manutenção da saúde orgânica e mental e, naturalmente, ao tempo e às condi-ções de duração de uma vida. Trata-se de uma constituição material de baixa densidade e, portanto, de alta sensibi-lidade e leveza. Por este motivo ele se altera, dependendo do comportamento humano no que se refere às virtudes, aos vícios ou mesmo às alterações emocio-nais causadas por eventos súbitos ou por estresse prolongado, por exemplo.

Além da função de centralizar a dis-tribuição do fluido vital ele possui um papel ainda mais importante, que é o de servir de veículo, quando exteriori-zado, para a manifestação de entidades do plano espiritual. Esse é um fenôme-no providencial que - além de outros, evidentemente - o espiritismo se utiliza para interagir com o mundo espiritual e também para firmar as bases da doutrina espírita, da reencarnação e da existência do espírito com todas as respectivas fa-culdades anímicas, mesmo após a morte do corpo.

Em um sincronismo perfeito desse aparelho complexo individual na exis-tência, o corpo físico configura um me-canismo de órgãos, sistemas e aparelhos que são objeto de estudo da ciência ofi-cial, enquanto o duplo etérico, sendo formado pelas mesmas substâncias, po-rém muito mais sutis, é campo de estudo do espiritismo por meio de abordagens e de métodos próprios.

Referência bibliográfica: PINHEI-RO, Robson. Medicina da Alma. 2.ª ed. Contagem: Casa dos Espíritos Editora, 2007.

José Cláudio SoaresMembro do rupo de

Contextualização Espí[email protected]

O Duplo Etérico Contextualizando o Espiristismo

O Grupo de Contextualização Espírita se reúne todas as

segundas-feiras, das 19 às 21 horas,no GEEC, e está aberto a todos.

Informações: (37) 3222-7644.

Questão da fé A fé salva? Basta ter fé para

ser salvo? A fé é racional? Há uma dificuldade na rela-

ção da fé com a razão, pois a fé é sentimento e a razão não o é.

Enquanto a razão tem que sa-ber as causas, as consequências, fazer análises, síntese e discor-rer, a fé não necessita nada disso.

É por isso que, na história da humanidade, a fé se desvinculou da razão. E a fé, sem razão, se tornou fanática e cega. E a razão, sem fé, se tornou fria e insensível.

O que o Espiritismo propõe é a fé raciocinada.

A fé como esperança, amor, otimismo, consolo e todo senti-mento vinculado a ela, precisa estar ligada à razão para melhor direcionar todos estes senti-mentos. É preciso, então, que a orientação da fé venha pela ra-zão. Entretanto, a fé é entendida por várias religiões como único meio de salvação, ou seja, só a fé bastaria para se salvar.

A fé naquelas religiões é fun-damentada em dogmas, signifi-cando que não é raciocinada, is-to é, não pode ser questionada. Mas o princípio da Evolução (e não de salvação), no Espiritis-mo, está na ação, na obra e na realização, porque é nela que se manifestam a fé, o pensamento, a vontade, a razão e o sentimen-to, que se consolidam no ato e no hábito.

Pelo dinamismo da fé se con-cretiza um dos princípios da vida, que é a Evolução, que se realiza no exercício do Amor.

Educação Infantil e EnsinoFundamental

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pág. 14 Agosto de 2009

Me sinto muito bem no núcleo espírita, mas não posso frequentá-lo por causa da minha família, que não aceita. Somos ca-tólicos, mas adoro a doutrina espírita. Por que acontece isso comigo? Leio sempre li-vros espíritas.

C.R.

Agradeço pela sua participação. Como-veu-me o seu relato. Eu também, quando comecei a participar do Espiritismo, minha família ficou contra e pegava no meu pé.

Mas eu fui lentamente aprendendo a ser espírita e, sem entrar em atrito com a minha família, fui mudando meu modo de ser para cada vez melhor dentro daquilo que a dou-trina me ensinava. Até que, um dia, meus familiares notaram que a minha mudança tinha sido para muito melhor do que eu era.

Lembro-me de um comentário de minha tia, que era uma das mais “do contra”: “-

Clube do LivroEspírita

Setembro

Doutrinário

Retratos de NazaréAutor(es): Léon Tolstoi e Cirinéia Iolanda MaffeiEditora: Boa Nova

Este livro tem como objetivo propor um exame reflexivo acerca das relações existentes entre o Espiritismo e a Bíblia. Analisar o conjunto de ensinamentos oferecidos à Humanidade pelos prepostos do Espírito de Verdade em comparação com as Sagradas Escrituras, constitui um empreendimento que conduz à certeza inamovível e inquestionável de que ser espírita é fazer parte de um projeto divino por excelência.

ROMANCE

A vida depois de amanhãAutor: Sônia Tozzi pelo espíritoIrmão Ivo.Editorial Lúmen

A jovem Cássia vivia um casamento igual a tantos outros com Léo: um pouco de paz, ciúmes, algumas brigas, pedidos de descul-pas. Contudo, após cinco anos de turbulenta relação, Cássia, apesar de amar seu marido, descobre quem ele realmente é: homem fal-so, interessado apenas na fortuna do sogro e com uma amante, a ambiciosa Selma. Des-feita a farsa, Cássia se separa de Léo, mas ele não quer a separação legal e exige sua parte no dinheiro do senhor Orlando, pai de Cássia. No auge da sua ganância e por pres-são de Selma, Léo comete o maior desatino de sua vida: assassina o sogro na esperança de abocanhar o seu quinhão. Léo acaba pre-so e a historia de Cassai vai mudar comple-tamente.

INFANTIL

A Joaninha Zizi e outras Histórias... Autor: Alcione AlvesEditora: EME

A melhor maneira de transmitir às crian-ças conceitos de bom comportamento, de bons sentimentos, é por meio de histórias. E o faz de conta, pouco a pouco se integra à personalidade infantil, muito melhor do que conselhos e reprimendas.

Esse livro contribui para a criança apre-ender valores morais indispensáveis nos dias de hoje.

Atendimento FraternoSe esse tal de Espiritismo fez essa mudança nele, só pode ser coisa boa!” Eu fiquei feliz com o comentário.

Hoje eles respeitam profundamente a doutrina e alguns se interessaram pelo estu-do sério do Espiritismo.

Não se precipite nem force a barra com ninguém. Tudo tem seu tempo e naturalida-de.

Seja feliz fazendo os outros felizes!

Abraço,

José Amaral

Bacharel em Filosofia,palestrista e escritor

PROMOÇÃO: LIVROS A R$12,00 CADA

O Guardião do Templo

Autor: Marislei EspíndulaEditora: BOA NOVAGênero: Romance

Importantes documentos são encontrados em Istambul após um terremoto. Tais do-cumentos relatam as buscas à procura de relíquias inter-caladas coma busca da de-finição do poderio sobre os fiéis seguidores da nova dou-trina: o Cristianismo. Amor, ação e suspense medeiam as lutas entre reencarnacionis-tas e ressurreicionistas.

Romance Andaluz

Autor(es): Laura, Edison CarneiroEditora: ALIANÇAGênero: Romance

Esse livro propõe uma al-ternativa para tornar a li-gação de parentesco sólida e estável. A essência é a “fidelidade”, estendida aos vários vínculos familiares: conjugal, paternal, maternal e filial. Além de abranger a ética no relacionamento se-xual, engloba a sinceridade, o devotamento e a responsa-bilidade.

Viver é Para Sempre

Autor: Carlos Antônio Bac-celli, Paulino GarciaEditora: LEEPPGênero: Vida no Além

“Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está o teu aguilhão?” - Paulo, I Corín-tios, Cap. 15, vers. 55.

LIVRARIA GEEC (37) 3222.7644

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CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA PARA EDUCADORES E EVANGELIZADORAS

O GEEC informa a mais nova opção do Clube do Livro. Voltado para educadores em geral, o Clube possui diversos títulos que acrescentam

e auxiliam na contribuição do desenvolvimento das crianças e dos jovens.

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DIA 08 DE AGOSTO DE 2009HORÁRIO: 20:00 HORAS

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pág. 15Agosto de 2009

Programa Projeto Futuro

Agosto - 2009 Dia 01/08/2009 – Tema – Mediunida-de dos Santos, com Antônio de Pádua. Será que a mediunidade, ou seja, a fa-culdade de se comunicar com os espíri-tos ou com o além-túmulo é ou sempre foi uma exclusividade dos espíritas? Será que esta faculdade não se encontra também em outras religiões? Não per-cam este programa!

Dia 08/08/2009 – Tema – Dia dos Pais, com Clodovir. A missão de um pai é por acaso ou há um planejamento no plano espiritual? O que acontece com um pai que foge ao compromisso para com a educação do próprio filho? O Dia dos Pais é importante? Fique ligado! Dia 15/08/2009 – Tema – Assistência na Casa Espírita, com Vicente de Paula Cardoso. O que é a assistência fraterna na casa espírita? Quais as pessoas es-tariam realmente preparadas para este trabalho na casa espírita? É correto o assistente encaminhar a pessoa a um médico, psicólogo ou psiquiatra? Vale a pena conferir este programa!

Dia 22/08/2009 – Tema – Educação Espírita, com Plauto Giani. A educação espírita pode auxiliar as pessoas no lar, no trabalho, no meio social e até mesmo na escola? Por que algumas pessoas di-zem “Como é difícil ser espírita!”? Será que a doutrina espírita exige muito ou o conhecimento que ela nos dá é que nos torna mais exigentes? Não percam este programa!

Dia 29/08/2009 – Tema – Capítulo XXll do Evangelho Segundo o Espiritismo: “Não separeis o que Deus juntou”, com a Equipe do GEEC. O que é realmente o casamento? É apenas a união de um homem e de uma mulher perante o Es-tado ou vai além disso? Este programa vai esclarecer muitasdúvidas!

,

Como podemos encarar a questão das crianças especiais e a relação delas com os pais no enfoque espírita?

Vejamos: Deus, na sabedoria, na bondade e na perfeição Dele, oportuni-za a todas as criaturas, mediante a reen-carnação, possibilidades múltiplas para o respectivos reajustes e reequilíbrios diante das leis naturais. As aquisições que adquirimos durante a reencarna-ção por meio de custoso aprendizado são patrimônios da alma imortal. Assim também acontecem com os nossos desa-certos, os nossos erros.

Certas visões dogmáticas, equivo-cadas, afirmam que a sorte do espírito devedor está selada como uma expiação dolorosa eterna no mundo espiritual, o chamado inferno, e que o espírito deve-dor é castigado por Deus pela má sorte dos respectivos filhos, pelas doenças, infortúnios de todas as espécies ou coi-sas do gênero.

A Doutrina dos Espíritos nos escla-rece que todos temos as oportunida-des necessárias para a nossa evolução. Como disse Jesus: “do meu rebanho, nenhuma ovelha se perderá”. É evidente que, pela realidade que presenciamos, muitas vezes estes resgates são doloro-sos, proporcionais às nossas faltas, aos nossos desequilíbrios e excessos.

Então, como ficam os pais que vi-venciam a situação de acolher filhos es-peciais? Quais são as responsabilidades deles perante este fato?

Todos nós encarnamos em núcleos familiares afins. Somos todos responsá-veis por aqueles que cativamos e con-quistamos e também por aqueles que prejudicamos, odiamos ou destruímos em momentos de desequilíbrio, insani-dade ou desamor. Assim, compreende-mos que todos os pais estão, por algum motivo, ligados aos filhos, seja pelo amor ou pela dor.

Nos momentos que antecedem a reencarnação, sob as diretrizes dos

Pais de crianças especiais:missão ou castigo?

benfeitores espirituais se desenha e se idealiza um projeto reencarnatório para determinado espírito. São levados em consideração aspecstos diversos, defi-nindo o núcleo familiar, as provas e, se for o caso, a expiação.

Alguns destes pais, durante o sono, através do desdobramento, são levados ao mundo espiritual, onde são convida-dos a receberem como filhos do próprio amor estas criaturas carentes de afeto, de amparo, de cuidados e de luz.

Portanto, ser pai de uma criança especial é uma missão e, se for vivida com resignação, é uma grande lição de humanidade, de abnegação e de devota-mento ao próximo.

Não devemos aceitar isto como um castigo divino, porque devemos acredi-tar em um Deus bom, justo e que não castiga os próprios filhos, mas lhes fa-culta as oportunidades de crescimento, de trabalho e de reeducação mediante os laços do exemplo e do amor.

Neste mês nós rendemos nossas sin-gelas homenagens a estes filhos e pais também especiais.

Alexandre MolAdministrador e diretor

de Extensão do [email protected]

Todos os sábados,das 10 às 11 horas.

Rádio Minas AM, 1.140 Khtz.Radio Minas 99.3 FM

Pela Internet:www.projetofuturo.radio.br

Opinião Espírita

REUNIãO DA FAMÍLIA

Aos sábados, a partir das 16h30,no Centro Espírita

“Estudantes do Evangelho”

Rua Rio Grande do Sul, 270 Centro - Divinópolis

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Coluna Social do GEECPara desenvolver o interesse dos integrantes do Pró-adolescente pela leitura e pela pesquisa de

temas atuais e para promover a integração, a cidadania e o espírito de competição e de participa-ção entre os integrantes, aconteceu a Gincana Pró-adolescente 2009 no último dia 22 na sede da

AABB. Muita diversão e alegria marcaram o evento.

Integrantes da equipe Comando Azul em traje indiano para

apresentação de dança.

Líderes das equipes apresentam aos jurados os mascotes confeccionados com materiais reciclados.

Equipe Febre Amarela dá um show com uma apresentaçãode música, interpretando “Como é grande o meu amor por você”,

de Roberto Carlos.

Marol Lopes, assessora de Comunicação do GEEC, Randal Wender, gerente do projeto Pró-adolescente,

e Rosali Kunz, secretária municipal de Desenvolvimento Social, prestigiam o evento e parabenizam a todos os

participantes pela criatividade.