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MANUAL DE MATRÍCULA 2019 Apresentação

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MANUAL DE MATRÍCULA 2019

Apresentação

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Escola da Criança – Espaço de Adolescer Rua da Carioca, 1016 - Bairro: Patrimônio Uberlândia - MG - Fone/Fax: 34 3214.8611 E-mail: [email protected]

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MANUAL DE MATRÍCULA 2019 – APRESENTAÇÃO

SUMÁRIO

1. CARTA DA DIRETORA DA ESCOLA* ----------------------------------------------------------------------- 4

2. NÍVEIS DE ENSINO OFERECIDOS* -------------------------------------------------------------------------- 6

2.1 Creche ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 6

2.2 Pré-Escola ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 6

2.3 Ciclo I: 1o ao 5o ano*------------------------------------------------------------------------------------------ 6

2.4 Ciclo II: 6o ao 9o ano* --------------------------------------------------------------------------------------- 6

3. HISTÓRICO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 6

4. ESPAÇO FÍSICO -------------------------------------------------------------------------------------------------- 9

*Novidade no texto em relação ao de 2018.

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1. CARTA DA DIRETORA DA ESCOLA

Uberlândia, novembro de 2018.

Prezados Pais e Amigos(as),

Abro a presente escrita agradecendo às famílias que estiveram conosco durante o ano que se

finda e que com suas presenças, participaram da escrita deste trecho da história da Escola - a saber,

o 2018. Àquelas que estão chegando para a convivência de 2019, recebam minhas boas vindas e

agradecimento pela confiança.

Nos últimos anos o espaço desta carta tem se firmado como aquele que anuncia as prioridades

para o ano seguinte, no que se refere à programação de ações a serem empreendidas pela gestão da

Escola.

Convido-os a uma retomada da carta que enviei no ano passado, para assim reverem a

checklist proposta para o ano que se finda. Particularmente, passei o ano trabalhando em ações que

a levassem a bom termo e é com satisfação que constato a implementação de todos os seus itens, de

forma total ou parcial, dependendo da natureza da meta.

Pensando na solução de continuidade do processo escolar promovido aqui e zelando pelo

trabalho realizado pela Escola, fico feliz ao comentar com vocês que a maioria das metas de 2018

estão prontas para passarem por novas ações de continuidade, tendo em vista serem metas

impossíveis de serem concluídas de um ano para o outro, evidenciando a necessidade de mais tempo

para os desdobramentos de cada projeto empreendido.

Sendo assim, passo a evidenciar os esforços programados para 2019.

No plano das modificações necessárias e desejadas para a área física da Escola, estamos

concluindo 2018 com um adiantado projeto arquitetônico no que se refere às novas instalações que

serão construídas em parte no próximo ano e que trarão mais conforto e segurança aos(às)

estudantes, pais e profissionais para os acessos de entrada e saída nas dependências da Escola. Isto

incluirá modificações e ampliações nos acessos atualmente em uso, bem como construção de guaritas

e outras edificações.

No que se refere ao avanço da sistematização do Sistema de Ensino atualmente aplicado e

aqui criado, está em andamento a contratação de uma consultoria em comunicação e marketing que

se encarregará de assessorar a Direção Geral no que diz respeito à criação de layout próprio para

o material escolar em seus diversos aspectos. Tal trabalho trará aos(às) alunos(as) um modelo de

material mais elegante e funcional e ainda aos profissionais, acesso escrito e em áudio ao modus

operandi das ações pedagógicas, favorecendo uma alternativa a mais para o treinamento de

profissionais, além da já existente, ou seja, dos planejamentos presenciais que já ocorrem.

No que diz respeito à aquisição de material paradidático e literário que dê suporte às ações

didáticas de alunos(as) e profissionais, está programada uma nova seleção de títulos e sua

consequente aquisição e, a partir daí, a adoção dos títulos no andamento das aulas.

No que se refere à vigilância para com a qualidade do ensino ministrado, está programada a

continuidade de duas grandes frentes de capacitação, a saber, a primeira ministrada pela própria

autora das linhas mestras do Sistema adotado pela Escola. Frente esta que visa à apropriação por

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parte dos profissionais da área pedagógica dos modos de fazer acontecer a proposta pedagógica que

a Escola preconiza, sempre com excelência de rendimento.

A segunda frente diz respeito à instrumentalização dos profissionais para uso de

diversificadas ferramentas digitais. Esta frente já em curso para todos os setores da Escola,

principalmente inclui o treinamento dos professores para manejo de aulas em ambientes virtuais e é

ministrada por empresa de assessoria já contratada pela Escola desde o começo de 2018. Tal

capacitação implicará futura aquisição de outras ferramentas digitais para uso de alunos(as) e

professores(as), bem como a expansão da estrutura necessária ao uso da internet.

Outra meta diz respeito ao aumento de carga horária já iniciado nos últimos anos. Na medida

em que temos implantado ICDM (Iniciação Científica em Dispositivos Mecatrônicos), bilinguismo e

outros, temos aumentado de forma gradativa a carga horária em determinados anos escolares,

sempre rumo ao projeto de transformação da Escola em uma instituição de regime semi-integral.

Lembro que o último aumento de carga horária atingiu a Educação Infantil e as turmas de 5o Ano e,

para o próximo ano, será a vez do 6o Ano em função da chegada do projeto bilíngue naquela série.

Também alguns professores estão sendo convidados a aumentarem suas cargas horárias para

que se dediquem ao aprimoramento das ações pedagógicas em seus respectivos setores.

Algumas modificações administrativas quanto à forma de acompanhamento das ações

pedagógicas e do desempenho dos(as) estudantes ficarão visíveis no dia a dia, apontando para a

divisão de tarefas dentre os profissionais que acompanham professores(as) e alunos(as) e para a

chegada de novos profissionais.

Igualmente, no plano formativo previsto para a Escola está em negociação a continuidade e

a expansão das ações formativas, tanto na Escola para Pais, quanto nas ações com estudantes no

que se refere ao trato para com os relacionamentos pessoais na Escola e ainda ações comunitárias,

através do Projeto de Voluntariado.

Sendo repetitiva, afirmo que todas estas ações aqui expostas, fruto do plano de ação de

continuidade da vida na Escola, só fará sentido com a participação de vocês. A participação ativa

de vocês com presença, apoio e crítica é a maior contrapartida que a Escola poderá esperar!

Ademais, torço para que as metas para 2019 venham de encontro às expectativas de cada

família que estará conosco e que fomentem a continuidade de nossos relacionamentos.

Convoco a todos para a efetivação deste tempo de matrícula/rematrícula e desejo a todos um

final de ano de descanso e Paz.

Recebam meu carinho e agradecimento pela presença entre nós e ainda meus votos de um

novo ano sob a cobertura das bênçãos de Deus.

Atenciosamente,

Olga Lara Cardoso

Diretora Geral

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2. NÍVEIS DE ENSINO OFERECIDOS

Educação Infantil - Horário: 13h às 17h30min.

2.1. Creche - Para crianças de um ano e meio a três anos:

● Maternal I – crianças de um ano e meio a dois anos e meio incompletos (08 vagas

por profissional);

● Maternal II – crianças de dois anos e meio completos até 31 de junho a três anos e

11 meses – tendo como referência o 31 de junho (13 vagas por profissional).

2.2 Pré-Escola - Para crianças de quatro e cinco anos (20 vagas por turma):

● 1o Período – quatro anos completos até 31 de junho;

● 2o Período – cinco anos completos até 31 de junho.

Ensino Fundamental – Duração de nove anos, organizado em 01 segmento de 02 ciclos.

2.3 Ciclo I

● 1o ao 4o ano (20 vagas por turma), de 2a a 6a feira.

Horário: 13h às 17h50min, de 2a a 6a feira.

● 5o ano (20 vagas por turma), de 2a a 6a feira.

Horário: 13h às 17h50min, de 2a a 6a feira;

7h50min às 11h30min, às 4as feiras.

2.4 Ciclo II

● 6o ano (25 vagas por turma).

Horário: 7h às 12h20min, de 2a a 6a feira

13h50min às 17h30min, às 2as feiras.

● 7o ao 9o ano (25 vagas por turma).

Horário: 7h às 11h30min, às 2as e 6as feiras;

7h às 12h20min, às 3as, 4as e 5as feiras.

3. HISTÓRICO

A Escola da Criança – Espaço de Adolescer atua como opção educacional na cidade de

Uberlândia-MG, desde 1990. Atualmente oferece serviços educacionais a crianças a partir de um

ano e meio (Maternal I) até adolescentes de quatorze/quinze anos (9o ano).

Trata-se de uma instituição educativa de propriedade privada, o que a situa como uma

escola particular. As características de seu projeto de funcionamento lhe foram impressas,

principalmente, durante os seus dezesseis primeiros anos, sob orientação de seus sócios

fundadores.

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Sua opção educativa transparece no caráter alternativo de seu modelo pedagógico. Trata-

se de uma possibilidade ao modelo por transmissão de conhecimento já elaborado ou ensino

tradicional. Tem as propostas construtivistas como base de sua fundamentação, principalmente

para o ensino das ciências, leitura/escrita e matemática.

A prática pedagógica da Escola pode ser compreendida através do contexto das mudanças

ocorridas nos bastidores da ciência e do ensino das ciências nos últimos 50 anos no mundo. A

fundação da Escola é uma consequência dessas reflexões e mudanças, principalmente do enorme

questionamento em torno do ensino tradicional levantado por pesquisas realizadas na década de

1970.

Tais pesquisas evidenciaram a ação quase nula do ensino tradicional daquele tempo,

principalmente no que se referia à compreensão de conceitos científicos. Elas mostraram que os

estudantes, ao terminarem seus estudos, não completavam a esperada alfabetização científica. Tal

constatação, acrescentada à insatisfação geral para com o desempenho das instituições escolares,

fez com que aumentasse consideravelmente a discussão sobre o que deveria ser ensinado na

educação obrigatória. Depois disso, enorme quantidade de investigações vem ocorrendo nos

últimos cinquenta anos na esfera do ensino das ciências.

A partir da década de 1970, de forma direta ou indireta, essas investigações foram dando

subsídios necessários para a criação de fórmulas alternativas de ensino ao redor do mundo.

Novas elaborações teóricas foram possíveis a partir das bases mais recentes da ciência do

século XX, principalmente advindas da História e Filosofia das Ciências e da Psicologia. Ao se

mesclar às transformações alternativas que foram se dando no âmbito de seu ensino e na

sociedade, foram criando novas possibilidades de pensamento acerca do ensino e da

aprendizagem.

Essas novas possibilidades de pensamento, associadas à insatisfação popular com o

ensino, geraram um esforço sem precedentes por mudanças no ensino escolar. Os subsídios para

esta busca foram dados, principalmente, pelos resultados obtidos nas inúmeras pesquisas de

orientação construtivista ao ensino.

Muitos professores abraçaram essa visão alternativa vinda do construtivismo por iniciativa

própria ou forçados por lideranças escolares. Mas, de maneira geral, eles o fizeram através de

visões simplistas, geralmente extraídas do senso comum, sem compreensão clara das visões

teóricas em construção naquele momento. Isso acabou acontecendo devido à fragilidade das

formações acadêmicas e da inexistência quase total de formação continuada nas escolas.

Com o passar do tempo, a alternativa construtivista foi sendo mais e mais valorizada

socialmente. A partir da década de 1980, em alguns países, inclusive no Brasil, ela se tornou a base

das reformas curriculares ministeriais. Desde então, os profissionais da área de educação se viram

obrigados a tratar diretamente com o construtivismo. Este fato levou, muitas vezes, a produções

pedagógicas que eram apenas imitações de aspectos externos e superficiais e, às vezes, até

altamente triviais dessa concepção.

Não raro a produção pedagógica alternativa foi caracterizada pela falta de atenção aos

conteúdos, supervalorização de trabalhos práticos sem fundamentação em reação à crítica ao

ensino livresco do modelo tradicional. Geralmente, a visão acerca do trabalho científico continuava

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tendo como base o positivismo, sendo desconsiderada a incompatibilidade desse com as

concepções construtivistas, além de muitos outros problemas graves.

Sendo assim, a chegada da alternativa construtivista ao século XXI foi caracterizada por

uma diversidade de enfoques e propostas que se definem como tal, mas nas quais cabia qualquer

concepção, o que custou um considerável desgaste do termo.

Quanto à Escola da Criança – Espaço de Adolescer, especificamente, dentre os principais

objetivos de sua fundação estavam:

● a criação de um espaço educacional que considerasse os resultados dessas pesquisas

de âmbito internacional na construção de uma prática pedagógica alternativa à do ensino tradicional;

● a geração de pesquisa e produção didáticas próprias que atendessem à realidade

específica do contexto da Escola;

● a criação de condições para que a equipe de professores participasse ativamente da

produção didática.

Totalmente sintonizada com essa modalidade de criação de propostas pedagógicas

alternativas, no começo de seu funcionamento, a Escola vivenciou a contradição entre uma prática

pedagógica idealizada e a prática pedagógica possível.

Na época, protegida pela necessidade premente de uma escola particular diferenciada que

atendesse principalmente a filhos da classe média da cidade, a Escola se firmou mediante o apoio

crescente de famílias que buscavam alternativas mais contemporâneas para os filhos, embora

houvesse receios diante do construtivismo. Seus ideais se sustentaram em alguns educadores da

cidade que viram nela o espaço alternativo para a realização de sonhos profissionais, elegendo-a

como seu ambiente de ação educadora.

Do mesmo modo que muitas outras iniciativas “construtivistas” em todo o mundo, a Escola

sofreu as influências da época. Estas vinham, principalmente, das visões progressistas, da teoria

de Piaget como modelo explicativo, do retorno a Rousseau e Fröbel na Pedagogia Moderna e das

propostas pedagógicas de Dewey.

Ao final de seus primeiros dezesseis anos de funcionamento, já contabilizava dentre suas

vitórias:

● o status de escola de referência para a cidade e a região;

● uma sólida equipe de profissionais;

● um projeto-piloto de atividades didáticas para uso dos alunos, produzido especialmente

para o contexto da Escola, em substituição ao livro didático;

● uma rede física com um conjunto arquitetônico composto por uma ambientação escolar

coerente com o modelo pedagógico proposto.

No final do ano letivo de 2005, a Escola foi vendida para a Faculdade Católica de Uberlândia.

Para a faculdade, uma das principais motivações para a compra foi a possibilidade de transformar

o projeto já existente no espaço de aplicações práticas dos conhecimentos teóricos de seus

professores e alunos.

Esteve sob a orientação exclusiva de uma equipe designada pela Faculdade Católica

durante os anos de 2006 e 2007, voltando a pertencer à família fundadora a partir de março de

2008. Ano que se constituiu num período de transição entre o retorno efetivo dos idealizadores do

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Projeto e a conclusão da responsabilidade da equipe designada pela Faculdade. A prestação de

serviços educacionais ainda funcionou sob a orientação da equipe que fora enviada pela Faculdade,

que cumpriu, até o encerramento do ano letivo, as obrigações relativas ao relacionamento com pais,

alunos e profissionais. Enquanto isso, os fundadores se responsabilizaram pelas atribuições

relativas à Entidade Mantenedora.

A direção geral da Escola voltou às mãos dos idealizadores do projeto no ano de 2009.

Desde então, a Escola vem trabalhando em prol da retomada dos principais eixos de seu projeto

inicial, relacionando-os aos múltiplos acontecimentos contemporâneos e às transformações sociais

recentes que envolvem a educação, como segurança, novos formatos familiares, revolução

tecnológica e tantos outros.

4. ESPAÇO FÍSICO

Num mundo onde cada vez mais a individualização e racionalização dos espaços são

valorizadas comercialmente, sobretudo na zona urbana, a infância perde gradativamente seus

direitos sobre os espaços públicos e populares. A violência, a verticalização das moradias, a

exagerada valorização do mundo virtual vêm substituindo o lúdico infantil natural.

Que dizer, então, sobre o espaço físico escolar? Talvez a escola seja um dentre os poucos

espaços que ainda possa recriar, principalmente nas cidades, a sensação de pertencimento à

natureza. Talvez, pela sua função de ensino, ela seja quase única na competência para favorecer

ainda um relacionamento intencional com água, terra, ar e fogo.

Sem dúvida, dentre as maiores contribuições dos modelos pedagógicos alternativos ao

ensino tradicional, estão as novas necessidades que eles criam para a organização do espaço físico

escolar. E isso está relacionado à preferência que tem pelo desenvolvimento de trabalhos práticos

dentre suas atividades.

A Escola da Criança – Espaço de Adolescer está numa área de 12.000m², com

aproximadamente 3.019m² de área construída. É daí que ela retrata, na modernidade de suas

formas, cores, texturas e ausência de corredores e salas retangulares dos antigos prédios escolares

de modelo padronizado, a convicção de que seu papel vai além das aulas expositivas, único recurso

didático do modelo tradicional de ensino durante muitos anos.

A concepção de seu espaço físico é o resultado de estudos e discussões promovidas na

equipe de seus arquitetos, engenheiros, psicólogos e educadores. O resultado se impôs na mistura

harmoniosa. Nele, convivem placidamente sensibilidade e linguagem de vanguarda de seus

arquitetos, objetividade e precisão de cálculos de seus engenheiros e uma proposta educacional de

caráter fortemente contemporâneo, que inclui a natureza ao conhecimento escolar.

O espaço físico da Escola dá cobertura aos seus estudantes para que busquem as origens

rurais de seus antepassados. Aqui, acompanhando plantas e bichos e mexendo na terra,

observando o nascimento de variados filhotes, tirando leite da vaca, andando na carrocinha puxada

pelos animais com que convivem no quintal, mexendo a panela de “comidinha de verdade” no “faz

de conta” do fogão a lenha, eles estudam, enquanto acompanham o vaivém das estações.

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É assim que, em cada um de seus ambientes, o espaço físico da Escola procura integrar o

ser humano com a natureza, forjando nele uma sensibilidade capaz de criar atitudes de preservação

e defesa do meio ambiente.

O Projeto, desde sua forma original, apresenta, a olhos vistos, o traçado de dois eixos

básicos que realçam quatro pontos da gleba. Nos primeiros tempos, eles se materializavam nas

praças da Água, da Terra, do Fogo e no Circo. Atualmente a Escola reelabora duas das suas

extremidades. A Praça da Terra se aperfeiçoa com a instalação da “Fazendinha”, espaço temático

que reúne e cria melhores condições para apropriação de aspectos naturais do ambiente e para

atividades de experimentação prática. No espaço que englobava o Circo haverá, futuramente,

ampliação e acomodação da área artística e lúdica e ainda um amplo espaço de experimentação

prática do Projeto para os estudantes mais velhos.

A Fazendinha promete realçar um ser humano que não pode ser fisiologicamente livre.

Embora a inovação tecnológica e cultural atuais, a Fazendinha insiste dizendo que a vida começa

pela exploração de seu entorno natural. Ela oferece proximidade com o nascer e o morrer e a

necessidade de cuidados no contato direto com bichos e plantas. Assim, o complexo centraliza e

abriga uma estrutura pedagógica em torno do fogão a lenha, casa dos animais, pomar, horta, forno

caipira e outros mais. Com isso, o Projeto Pedagógico mostra a crença da Escola de que essa faixa

etária precisa de um ambiente onde estrutura de ensino formal e casa ainda se misturam.

A Praça da Água oferece a sombra fresca de suas árvores, a terra batida e úmida camuflada

pelo seu tapete de folhas secas, e uma folhagem intensamente verde refletida na água de seu

laguinho povoado de peixes. Seus efeitos naqueles que por ali passam podem ser, quem sabe, um

“batismo” de compromisso com a preservação da vida ou um leve e descomprometido “lavar d’alma”

que refrigere o retorno à aridez do asfalto que devolve cada um à sua casa.

A Praça do Fogo se impõe com suas pedras quentes e escuras. Durante as estações

quentes do Cerrado, seu piso queima a sola dos pés descalços de quem ali se aventura. Seu papel

é o de lembrar que nascer, crescer, aprender, conviver e morrer é doído. Mas é na dor do

estiramento, da rasgadura, do medo, das despedidas e das saudades que tudo é transformado.

Passear e brincar por ali podem ensinar o seguinte: tudo que se transforma serve à vida e ao seu

eterno desejo de perfeição.

E o novo complexo que surgirá em vez do Circo? Ora, o projeto recentemente reelaborado

no papel anuncia que ele continuará a reunir gente, entoar canções, dançar, abraçar, receber quem

chega e se despedir de quem se vai. Ele continuará sua intenção de fazer rir e chorar. Como antes,

quem marcar algum encontro ali, poderá, sem perceber, se ver envolvido pelas borbulhas de sabão

das brincadeiras do casal Ilusão e Efêmero, que morarão eternamente nele.

Por fim, o Pórtico de Entrada, elemento forte e aberto. Está lá o tempo todo comunicando

àqueles que chegam que o lugar é seguro, mas transformador. É aberto e largo o suficiente para

facilitar as trocas com o que ficou de fora, sem ser tão diferente a ponto de se alienar e se perder

na solidão.