relatÓrio orla da estrada nova a finalizar

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APRESENTAÇÃO A cidade de Belém, que foi fundada a partir de um sítio localizado na confluência do Rio Pará com o Rio Guamá, é toda entrecortada por cursos d’água que formam suas bacias hidrográficas, e, devido suas característica de planície com cotas baixas, associadas às ocupações desordenadas nos leitos ou proximidades dos principais cursos d’água, altos índices pluviométricos, além da impermeabilidade do solo e outras barreiras provocadas pelas construções na linha de escoamento, há grande incidência de alagamentos em muitos pontos da cidade, provocando transtornos à população belenense. Dentre as bacias hidrográficas que recortam a cidade está a bacia da Estrada Nova ao Sul da cidade, a qual para melhorar a gestão foi sub-dividida em 4 sub-bacias, que abrangem diretamente os bairros da Cidade Velha, Jurunas, Batista Campos, Cremação, Condor, São Braz, Nazaré e Guamá, com vários canais de drenagem que deságuam no rio Guamá ou no principal canal que faz o mesmo traçado da orla do rio Guamá, margeando a avenida Bernardo Sayão, a qual antes fora denominada de Estrada Nova, que deu nome à bacia hidrográfica, que há muito tempo necessita de intervenção tanto de macro como de micro drenagem e urbanização planejada. O Projeto em tela tem por objetivo dotar o Município de Belém de uma Orla Urbanizada, de modo a valorizar as

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Page 1: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

APRESENTAÇÃO

A cidade de Belém, que foi fundada a partir de um sítio localizado na

confluência do Rio Pará com o Rio Guamá, é toda entrecortada por cursos d’água

que formam suas bacias hidrográficas, e, devido suas característica de planície

com cotas baixas, associadas às ocupações desordenadas nos leitos ou

proximidades dos principais cursos d’água, altos índices pluviométricos, além da

impermeabilidade do solo e outras barreiras provocadas pelas construções na

linha de escoamento, há grande incidência de alagamentos em muitos pontos da

cidade, provocando transtornos à população belenense.

Dentre as bacias hidrográficas que recortam a cidade está a bacia da

Estrada Nova ao Sul da cidade, a qual para melhorar a gestão foi sub-dividida em

4 sub-bacias, que abrangem diretamente os bairros da Cidade Velha, Jurunas,

Batista Campos, Cremação, Condor, São Braz, Nazaré e Guamá, com vários

canais de drenagem que deságuam no rio Guamá ou no principal canal que faz o

mesmo traçado da orla do rio Guamá, margeando a avenida Bernardo Sayão, a

qual antes fora denominada de Estrada Nova, que deu nome à bacia hidrográfica,

que há muito tempo necessita de intervenção tanto de macro como de micro

drenagem e urbanização planejada.

O Projeto em tela tem por objetivo dotar o Município de Belém de uma

Orla Urbanizada, de modo a valorizar as características locais ou do Rio Guamá,

tendo como principal diretriz a melhoria social e ambiental da área.

Este Relatório tem o objetivo de descrever de modo consolidado, as obras

realizadas na Bacia da Hidrográfica da Estrada Nova e sua orla às margens do

Rio Guamá, justificando seus componentes e mudanças de projetos ao longo do

período que vai da concepção em 2005, até o ano de 2012, quando será entregue

a obra da “Urbanização da Orla” desde a rua Veiga Cabral até a Avenida

Fernando Guilhon. Assim no primeiro capítulo apresenta a Bacia da Estrada Nova

no contexto da Cidade de Belém e um histórico cronológico das obras previstas e

executadas desde 2005 até o ano de 2012; no segundo e terceiros capítulos

estão a descrição do atual projeto em execução, nos aspectos físicos com suas

Page 2: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

intervenções urbanísticas a serem entregues à população, bem como os aspectos

sociais aí imbricados. Nas considerações gerais há uma reflexão sobre o tema.

1. A BACIA DA ESTRADA NOVA E O PROJETO EM ANDAMENTO

O Projeto “Portal da Amazônia” foi inicialmente dividido em dois

subprojetos que são “Macrodrenagem da Bacia da Estrada Nova” e “Urbanização

da Orla da Estrada Nova”, apresentado á população no ano de 2006 com a

denominação de PROMABEM (Programa de Saneamento da Bacia da Estrada

Nova).

Contemplando as Sub-Bacias 1, 2, 3 e 4 da Estrada Nova, conta com

melhorias na drenagem urbana, recuperação do sistema de microdrenagem local,

recuperação do meio fio, bocas de lobo, tubos de drenagem, poços de visita,

infra-estrutura viária, urbanização, paisagismo, criação de estacionamentos e

ciclovias, saneamento e implantação do sistema de água potável quando

necessário, esgotamento e criação de uma Estação de Tratamento de Esgoto,

além de projetos valorizando os cidadãos locais com cursos profissionalizantes

objetivando o aumento de renda dessa população.

O projeto de intervenção urbanística previu, sem detalhamento dos

equipamentos, o avanço do continente sobre o rio em 70 metros; iniciando na Rua

Veiga Cabral, sendo que o perímetro previsto para receber esse aterro vai até a

Rua Fernando Guilhon, onde a grande via entra no continente até a confluência

com a avenida Bernardo Sayão, seguindo por essa via duplicada, até a cidade

universitária da Universidade Federal do Pará – UFPA, com áreas urbanizadas

ao longo desse trajeto, composto de passeio público, estacionamento e ciclovias,

em harmonia ao paisagismo planejado.

Os Projetos que compõem esse empreendimento foram elaborados de

forma integrada, tanto sob o enfoque da engenharia, através das redes de

drenagem e esgoto, utilizando de forma conjunta a estação de tratamento de

esgoto, utilização de dados de demanda e crescimento populacional

compatibilizados, quanto sob o enfoque sócio-econômico e ambiental, prevendo

de modo coeso, as intervenções físicas ou de obras com o remanejamento de

Page 3: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

famílias que se encontravam ou se encontram habitando a área diretamente

afetada.

Os bairros que receberão diretamente os benefícios, nos aspectos de

drenagem urbana, a partir do projeto de intervenção nas sub-bacias 1 e 2 são

Batista Campos, com o canal da Caripunas, Jurunas com o canal da Timbiras e

Cidade velha com o canal da Estrada Nova.

A figura 1 apresenta o conjunto das bacias hidrográficas do município de

Belém, onde pode ser observado do sentido Norte ao sentido Sul as bacias do

Ananin, Outeiro, Paracuri, Cajé, Mata Fome, Val de Cães, Uma, Reduto,

Tamandaré, Estrada Nova, Tucunduba, Murutucu e Aurá e a figura 2 traz a

imagem da Bacia Hidrográfica da Estrada Nova, com divisão das 4 sub-bacias e

locação do Projeto “Portal da Amazônia” com seus principais elementos

constituintes.

Fig. 1 - As Bacias Hidrográficas do Município de Belém, Fonte: SEGEP (2000).

Page 4: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Fig. 2 - Bacia Hidrográfica da Estrada Nova, Fonte: Belém (2012). onte:

As obras foram iniciadas nas Sub-bacias 1 e 2 com a “Urbanização da

Orla da Estrada Nova”, onde estavam previstas a construção de uma via com

quatro pistas, canteiro central, área de lazer, circulação com passeio público,

ciclovias, estacionamento, quadras poliesportivas e parques infantis às margens

do Rio Guamá.

O projeto, com características inicialmente semelhantes a medidas implementadas em cidades européias, trouxe consigo uma grande expectativa da (sic) população, principalmente pela intervenção urbanística (BORGES, 2011:300)

A figura 3 apresenta imagem destacada da sub-bacia 1 e a figura 4,

apresenta os setores da orla em obras, onde se observa o 1º setor (cor azul) que

vai até a Rua Mundurucus, prevista para ser inaugurada no primeiro semestre de

2012. O segundo setor vai até a Rua Fernando Guilhon com previsão para

inauguração ao final de 2012.

Page 5: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Fig. 3 – Sub-sacia 1 da Estrada Nova, Fonte: Belém (2012)

Fig. 4 – Bacia Hidrográfica da Estrada Nova em obra, Fonte: Belém (2012).

As orlas do Rio Guamá e do Rio Pará (Baía do Guajará), sempre foram

pressionadas para alocação de portos, ocupações industriais, pequenos

comércios - principalmente de madeira usada na construção civil e marcenaria -

além de ocupação irregular para fins residenciais. Muitos pesquisadores emitem

posições quanto às orlas de Belém, e suas conclusões vão ao encontro da

opinião da maioria da população local.

Page 6: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

A orla que poderia ser um cartão posta, apresenta-se como um mangue, mas não como um mangue que oferece caranguejos, é um mangue sufocado pela “desordenada” ocupação da margem do rio, pelas estâncias, portos particulares, indústrias e clubes, dentre tantos outros estabelecimentos que ocupam a beira do rio, impedindo os cidadãos de usufruir do lendário rio que banha a cidade (BELTRÃO; RODRIGUES, 2005:46).

As residências se destacaram pela sua tipologia exemplar de palafitas

(figura 5), mas também pelas condições adversas de saneamento e condições

negativas oferecidas aos seus ocupantes, muitos dos quais ribeirinhos das

proximidades de Belém ou de outras localidades de beira-rio, que tendem a

ocupar espaços com paisagens semelhantes ás suas originais, mas não as

encontrando facilmente em Belém, dessa maneira, encontrando alternativas,

ocupam de qualquer modo as suas margens ou proximidades dessas. A figura 6

apresenta imagem aérea da orla, no ano de 1999.

Fig. 5 – Moradia típica na orla do Rio Guamá no ano de 2005, antes dos inícios das obras. Fonte: Belém (2012)

Fig. 6 – Orla da Estrada Nova em obra, no ano de 1999, Fonte: Belém (2012)

Page 7: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Em ambiente onde as opiniões sobre o projeto divergem (BORGES,

2011:300), houve a apreciação, para fins de licenciamento, pela antiga SECTAM,

atual SEMA (Secretaria de Estado de Meio Ambiente), por ser o projeto

considerado estratégico para a cidade e as obras foram iniciadas em 2006, com

desapropriações das primeiras habitações ás margens do Rio Guamá e

terraplenagem. Mas, o acesso livre à margem do rio, em decorrência da etapa de

desapropriação, permitiu a visualização das mazelas ambientais e sanitárias,

além do descaso [...] com relação à ocupação e à utilização da linha d’água

(BORGES, 2011: 3005). Houve um choque de opiniões, àquela altura, porque

muitas pessoas não conheciam tal realidade e a partir do conhecimento passou a

simpatizar mais com o projeto. A figura 7 apresenta imagem das primeiras

intervenções das máquinas iniciando as obras ao lado do Mangal das Garças.

Fig. 7 – Orla da Estrada Nova em obra, no ano de 1999, Fonte: Belém (2012)

A imagem da figura 8 apresenta obra na fase de aterro e terraplenagem

no final da Rua Veiga Cabral na lateral do Mangal das Garças, no ano de 2007.

Nesse momento foi lançado e compactado o aterro hidráulico e em seguida a sub-

base para pavimentação e a base, conforme mostra a figura 8 , com aglomerado

graúdo tipo “brita”, retirada de área de empréstimo devidamente licenciada pela

SEMA,.

Page 8: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

E preciso frisar que houve necessidade de mudança na metodologia de

aterrar a área da obra substituindo o aterro hidráulico inicial por aterro silto-

arenoso extraído de área de empréstimo devidamente licenciada pelo órgão

ambiental conforme justificado no anexo 01 deste volume 1.

Fig. 8 – Obras na fase de terraplenagem, no ano de 2007, Fonte: Belém (2012).

No ano seguinte de 2008, as obras iniciadas já apresentavam com

características de intervenção urbanística consolidada nas proximidades da Rua

Veiga Cabral, com aterro compactado, pavimentação com pintura asfáltica, piso

articulado tipo “blokret” nos passeios lindeiros e início das obras dos blocos

residenciais nas proximidades da Rua Osvaldo de Caldas Brito, quando foi

entregue à população que imediatamente se apropriou daquele espaço urbano,

tornando-o um point de lazer e muita socialização. Conforme retratado na figura

9 (a) e (b). A figura 10 apresenta o aspecto da obra no ano de 2010, com pessoas

circulando e interagindo em um final de semana. Ao fundo dessa imagem pode

ser observado à continuação ou avança da via em fase de terraplenagem.

Page 9: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Fig. 9 – Obras na fase de pintura asfáltica e pavimentação de passeios públicos em 2008.Fonte: Belém (2012).

Fig. 10 – Pessoas interagindo em um final de semana. Ao fundo continuação da via em obra, ano de 2010, Fonte: Belém (2012)

O ano de 2011 foi marcado pelo avanço das obras, após intensa revisão

de projetos e retomada de planejamento global para novas diretrizes a serem

adotadas na intervenção urbanística. Essa fase pode ser observada da figura de

11 (a), (b,) (c), e (d), onde é mostrada em seqüência a terraplenagem e

pavimentação asfáltica.

Page 10: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Fig.11 – Aspectos gerais das obras e seu avanço após intensa revisão de projetos em 2011.Fonte: Belém, 2012

No ano de 2011, houve a aceleração das atividades de obras e

planejamento do tratamento paisagístico e projeto de arquitetura dos

equipamentos e mobiliários urbanos a serem inseridos no urbanismo local. A

figura 12 mostra a perspectiva da Praça do Portal com sua área de convivência,

quiosque tipo 1 e monumento alusivo ao Portal da Amazônia, ao fundo a

esquerda o sistema viário e tratamento paisagístico integrado à orla do Rio

Guamá. A figura 13 apresenta a imagem em planta do que está na perspectiva

da figura 12.

Fig.12 – Perspectiva da Praça do Portal, quiosque tipo 1 e tratamento paisagístico.Fonte: Belém, 2012

Page 11: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Fig. 13 - Planta da Praça do Portal, quiosque tipo 1 e tratamento paisagístico.Fonte: Belém, 2012

A figura 14 apresenta a perspectiva do Deck de madeira à beira rio e um

quiosque tipo 2 com mesinhas na área livre e o tratamento paisagístico previsto,

com vegetais nativos e exóticos na sua composição. A figura 15 mostra em

planta o que está na perspectiva da figura 14.

Page 12: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Fig.14 – Planta e perspectiva do deck, quiosque tipo 2 e tratamento paisagístico previsto.Fonte: Belém, 2012

Fig. 15 - Planta e perspectiva do deck, quiosque tipo 2 e tratamento paisagístico previsto.Fonte: Belém, 2012

Page 13: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

A figura 16 apresenta imagem em perspectiva da área onde será alocado

o anfiteatro, deck, área de convivência à beira rio e restaurante panorâmico

enquanto o a figura 17 apresenta esses mesmos mobiliários e equipamentos

urbanos em planta.

Fig. 16 – Perspectiva do anfiteatro, deck, área de convivência à beira rio e restaurante panorâmico.Fonte - Belém, 2011

Fig. 17 – Planta do anfiteatro, deck, área de convivência à beira rio e restaurante panorâmico. Fonte - Belém, 2012

Page 14: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

2. DESCRIÇÃO E JUSTIFICATIVAS DE PROJETOS NO ASPECTO FÍSICO

O projeto Portal da Amazônia, com a construção da orla, valoriza a

paisagem à beira do Rio Guamá em suas características específicas ambientais e

locais, trazendo mudanças significativas para o turismo, bem como melhorias

sociais e saneamento, além da geração de emprego e renda. Sua materialização

está sendo possível pelo esforço comum de toda a Municipalidade que além de

investir seus próprios recursos, buscou parceria do Governo do Estado do Pará e

da União, através de parlamentares e articulaçãoes, além de financiamento em

organismos de fomento em nível internacional

Com a retomada das obras houve de modo concomitante o planejamento

dos projetos físicos a partir da geometria das vias, com projeto de urbanização

onde há a sub-divisão em projeto de pavimentação, arquitetura dos equipamentos

e mobiliários, tratamento paisagístico e de luminotécnica a serem implantados no

complexo, agora de modo definitivo, através dos projetos executivos a seguir

descritos e justificados.

2.1. PROJETO DE URBANISMO

O projeto de urbanismo atualizado sofreu adequação a partir do projeto

geométrico das vias, já executado e mantido, e, do programa de necessidade

apresentado pela Prefeitura de Belém e se confunde com o Projeto de

Tratamento Paisagístico, o qual foi elaborado em nível de projeto executivo.

O projeto conta, além das vias e passeios já executados, com Praça do

Portal onde se destaca o pórtico alusivo ao empreendimento, pergolado da Praça,

dois quiosque tipo 1, três quiosques tipo 2, ciclovia que vai da Rua Veiga Cabral

até a Rua Mundurucus, posto policial, três estacionamentos sendo um com 25

vagas, outro com 32 vagas e outro com 47 vagas para automóveis; três paradas

de ônibus com abrigo projetado; quatro decks de madeira, dois pergolados nas

proximidades das quadras; dois conjuntos com duas quadras poliesportivas, um

ambiente aberto de estar. Além dos projetos de cunho habitacional. Nos anexos

do Volume 1 estão duas pranchas com planta geral de urbanismo para

comparação, pode-se observar que só a atual está em nível de projeto executivo.

Page 15: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

2.2. PROJETO DE TRATAMENTO PAISAGÍSTICO

O projeto de Tratamento Paisagístico visa integrar os aspectos

urbanísticos, arquitetônicos e da paisagem propriamente dito, com valorização

dos ambientes projetados e da paisagem oferecida pela natureza no local. A

potencialização desses elementos de integração vem se consolidar através da

flora a ser escolhida para compor tal tratamento.

Desse modo, o projeto de plantio elaborado para o Portal da Amazônia

objetiva dotar a área de generoso nível de sombreamento, de modo a possibilitar

a utilização prazerosa desse grande mirante franqueado para a paisagem ímpar

do rio Guamá – que nesse trecho possui cerca de 3.600 m de largura – e dos

espaços abertos para as múltiplas atividades oferecidas pelo projeto de

urbanização, como quadras esportivas, passeios, pista de caminhada e ciclovia,

zonas de repouso e contemplação, anfiteatro, quiosques e restaurante, além de

gerar um mosaico diversificado de formas, cores e texturas vegetais, utilizando-se

predominantemente de espécies nativas e aclimatadas ao sítio.

Apesar de o local contar com características urbanísticas totalmente

diferentes do ambiente vizinho, o Mangal das Garças, a massa vegetal a ser

implantada ao longo das novas pistas representará certa continuidade,

funcionando como uma espécie de extensão da faixa de atração da avifauna e

configurando um padrão visivelmente diverso das demais avenidas da cidade de

Belém.

Para conseguir tais resultados, o projeto de plantio estabelece a

introdução de 450 árvores, 380 palmeiras e 1.500 arbustos, em meio a 23.635 m²

de superfícies gramadas ou ocupadas por canteiros de herbáceas perenes. Na

especificação botânica, foram consideradas soluções de baixa necessidade de

manutenção, daí a abundância de árvores, palmeiras, arbustos de grande porte e

áreas gramadas e a redução ao mínimo dos canteiros de herbáceas perenes.

Mas vale enfatizar que toda área ajardinada necessita de manutenção periódica e

criteriosa. O quadro 1 sintetiza a especificação técnica por ambiente no sentido do

tratamento paisagístico. Hoje há uma grande procura de pássaros no local.

Page 16: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Quadro 1 – Descrição e especificação do Projeto de Tratamento Paisagístico

Ciclovia / Pista de Cooper:

Piso - Pavimentação asfáltica. Meio fio: sem sarjeta. Tento em concreto conforme detalhe.

Calçadas:

Piso - Mosaico português, com pedras brancas e pretas, conforme detalhamento de paginação, sobre farofa de assentamento. Juntas de concreto fundidas no local conforme detalhe de arquitetura. Meio fio: Conforme detalhe existente.

Vagas de estacionamento:

Piso - Bloco de concreto intertravado, e=8cm – cor cinza, FCK=35MPA – Sobre colchão de areia. Meio fio: Conforme detalhe existente.

Floreiras / Canteiros:Golas em concreto conforme detalhes de arquitetura, sem sarjeta com plantio de grama esmeralda ou forração de acordo com o projeto de Paisagismo.

Bancos: Bancos em alvenaria com revestimento em pedra de mão de ocorrência regional, com assento em concreto fundido no local.

Escultura: Pórtico em tubos de aço inox conforme projeto de engenharia específico e detalhes de arquitetura.

Deck em Madeira:

Deck e guarda-corpo em madeira sobre estrutura metálica. Detalhes conforme projeto de arquitetura. Cuidados a serem adotados para a aquisição e seleção de madeiras a serem empregadas na confecção dos decks e pergolados ver página 3.

Pérgolas em Madeira:

Pérgolas em madeira sobre estrutura em concreto. Detalhes conforme projeto de arquitetura. Cuidados a serem adotados para a aquisição e seleção de madeiras a serem empregadas na confecção dos decks e pergolados ver página 3.

Anfiteatro:

Anfiteatro em alvenaria, acabamento concreto desempenado, com 3 degraus de 40cm de altura e assento com acabamento em concreto desempenado. Palco com 20cm de altura, com piso em plaqueado de concreto moldado no local. Guarda-corpo em estrutura de aço cor-tem e madeira. Ver detalhes de arquitetura.

Quadras Poli-esportivas:

Piso Externo – Piso em concreto moldado no local, acabamento desempenado, juntas a cada 2m. Piso da Quadra – Piso em concreto usinado e alisado com pintura acrilo-vinílica de alta viscosidade. Bancos – Bancos em concreto emboçado. Alambrado – alambrado em tela galvanizada, malha 3x3 com revestidos em PVC e estrutura metálica galvanizada tubular com 2” com acabamento em pintura esmalte sintético. Acessórios – 2 traves de futsal, dimensões oficiais, em ferro galvanizado com pintura esmalte sintético, com rede em nylon; 2 tabelas de basquetebol, medidas oficiais, em ferro galvanizado e pintura esmalte sintético; 2 postes para rede de vôleybol, com medidas oficiais, em ferro galvanizado e pintura esmalte sintético. Prever malha em nylon para a cobertura. Ver detalhes no projeto de arquitetura.

Fonte – Escritório Paulo Fernandes Chaves, 2012

Page 17: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

2.3. Projetos de Arquitetura dos equipamentos e mobiliários

Quiosque tipo 1 – O quiosque tipo 1 se repete uma vez e contém um

bar, dois banheiros – um masculino e outro feminino

Bar – O Bar se caracteriza pelo piso polido, de cor cinza claro,

revestimento em cerâmica de cor caramelo, forro em lambril de madeira de lei

com acabamento em verniz fosco, bancada interna em chapas de aço inox e

externa em marmoglass polido.

Banheiros – Os banheiros contam com piso polido de cor cinza claro,

revestimento em cerâmica de cor branco, forro em lambril de madeira de lei com

acabamento em verniz fosco, divisórias em granito polido cinza prata, com portas

em chapa de MDF revestida em laminado melamínico cor cinza claro, bancada

em granito polido cinza claro, louças em cuba metálica oval, bacia com caixa

acoplada e torneira cromada com fechamento automático.

Fachadas – As fachadas são revestidas em cerâmica, com esquadrias

em PCV ou alumínio branco fosco com fechamento em tela ondulada, portas em

veneziana metálica na cor branco, cobertura em telhas de ardósia, calhas em

chapas metálicas e platibanda em vidro laminado serigrafado.

Quiosque tipo 2 – O quiosque tipo 2 se repete uma vez e contém um

bar, sem banheiro.

Bar – O Bar se caracteriza pelo piso polido, de cor cinza claro,

revestimento em cerâmica de cor caramelo, forro em lambril de madeira de lei

com acabamento em verniz fosco, bancada interna em chapas de aço inox e

externa em marmoglass polido.

Fachadas – As fachadas são revestidas em cerâmica, com esquadrias

em PCV ou alumínio branco fosco com fechamento em tela ondulada, portas em

veneziana metálica na cor branco, cobertura em telhas de ardósia, calhas em

chapas metálicas e platibanda em vidro laminado serigrafado.

Posto policial – Para dar apoio ao suporte de segurança do policiamento

da área do complexo foi projetado o posto policial com um ambiente interno para

abrigo de policiais e atendimento ao público.

Interior – O interior do posto policial será com piso polido cinza claro,

revestimento em chapas metálicas com pintura em cor similar a ardósia, forro em

Page 18: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

lambril de madeira de lei com acabamento em verniz fosco e bancada em granito

polido preto.

Fachada – A Fachada tem revestimento em chapas metálicas com

pintura em cor semelhante a ardósia, esquadrias em PVC na cor branca, portas

em chapas metálicas na cor semelhante a ardósia, cobertura em painéis de

fibrocimento com pintura em cor similar a ardósia e calhas de chapas metálicas

na cor branca, platibandas em vidro laminado com acabamento em pintura na cor

branca.

Abrigo para ônibus – Modelo Tóquio, com acabamento na cor branca.

Restaurante – O restaurante projetado para permitir atendimento no

fornecimento de lanches, cafés ou refeições, possuindo uma varanda, um salão

com mesas para refeições, um balcão de bar e ambiente de atendimento do

mesmo, dois banheiros – um masculino e outro feminino, uma cozinha com

gambuza para integração entre cozinha e salão visando assim a recepção dos

alimentos da cozinha ao salão. escritório, despensa, dml e circulação; local de

acondicionamento de lixo e vestiários masculino e feminino para apoios aos

funcionários.

Varanda – A Varanda tem piso tipo ladrilho hidráulico liso na cor cinza

médio, revestimento em ladrilho hidráulico liso em meia parede na cor cinza

médio, forro com sistema de cobertura em telha metálica trapezoidal, com

isolamento termo acústico, cor branco gelo.

Salão – O salão é em piso de ladrilho estampado com moldura e rodapé,

revestimento de meia parede em ladrilho hidráulico liso de cor cinza e parede

revestida com painel de régua de madeira, forro com sistema de cobertura em

telha metálica com isolamento termo acústico na cor branco gelo.

Balcão bar – Terá piso do tipo ladrilho hidráulico liso na cor cinza médio,

revestimento de meia parede com ladrilho hidráulico liso na cor cinza médio e

forro em telha metálica co isolamento termo acústico na cor branco gelo.

Banheiros – O piso será em porcelanato esmaltado na cor Dark Gray,

revestimento em cerâmica nobile bianco BR, forro em gesso acartonado na cor

branco gelo, bancada em granito preto polido, divisórias em granito preto polido

com portas em chapas de mdf revestido em laminado metálico na cor preta,

louças ovais na cor branco gelo, bacia com caixa acoplada na cor branco gelo,

Page 19: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

torneira de lavatório cromada com fechamento automático, lavatórios na cor

branco gelo, bacia sem abertura frontal na cor branca e barra de apoio cromada.

Gambuza/cozinha – Conta com piso tipo Korodur polido na cor cinza

claro, revestimento em cerâmica na cor branco BR e forro com sistema de telhas

metálicas com isolamento termo acústico na cor branco gelo.

Escritório, despensa, dml e circulação – Tem o piso do tipo Korodur

polido na cor cinza claro, revestimento em cerâmica na cor branco BR e forro com

sistema de telhas metálicas com isolamento termo acústico na cor branco gelo.

Lixo - Tem o piso do tipo Korodur polido na cor cinza claro, revestimento

em cerâmica na cor branco BR e forro com sistema de telhas metálicas com

isolamento termo acústico na cor branco gelo.

Vestiários masculino e feminino - Tem o piso do tipo Korodur polido na

cor cinza claro, revestimento em cerâmica na cor branco BR, forro em gesso

acartonado com pintura na cor branco gelo, divisórias em granito cinza prata

polido, com portas em alumínio natural, lavatório em coluna de cor branco gelo e

bacia com caixa acoplada na cor branco gelo.

2.4. PROJETOS DE UNIDADES HABITACIONAIS

Uma das questões mais polêmicas no projeto em tela é a relativa á

desapropriação, indenização e realocação dos moradores que ocupavam a A.D.A

- Área Diretamente Afetada do Projeto, pois havia debate no meio popular com

opiniões que iam dos aspectos relativos a necessidade de intervenção em área

onde havia habitações de risco, com degradação ambiental e paisagísticas à

preocupação com a perda da socialização dos moradores a serem remanejados e

isso sempre foi preocupação de todos os atores sociais envoltos, como os órgãos

financiadores, o órgão ambiental e os gestores- empreendedores que sempre

mantiveram equipe de cientistas e técnicos da área social inserida no processo

para dirimir dúvidas, prevenir problemas e mediar conflitos dentro das técnicas

indicadas nas ciências sociais.

Assim foram projetados de imediato dois conjuntos habitacionais dentro

da A.D.A. O primeiro residencial construído na esquina da orla com a Rua

Osvaldo de Caldas Brito, o segundo com 96 Unidades Habitacionais; o segundo

Page 20: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

construído na esquina da orla com a Rua Mundurucus com 128 Unidades

Habitacionais e um terceiro na sub-bacia 2 na esquina da Avenida Bernardo

Sayão com a Travessa Quintino Bocaiúva já denominado de Conjunto

Habitacional Aluísio Chaves com 408 unidades habitacionais, perfazendo um 547

unidades habitacional no empreendimento, A figura 18 apresenta a locação dos

dois conjuntos habitacionais da área de influência direta na orla do Rio Guamá.

Fig. 18 - Locação dos conjuntos habitacionais da área de influência direta na orla do Rio Guamá.Fonte – Belém, 2012.

Page 21: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

2.4.1. Conjunto habitacional 1 - Localizado na orla do Rio Guamá, às

proximidades da Rua Osvaldo de Caldas Brito, esse foi o primeiro conjunto

habitacional iniciado, onde na realidade a empresa construtora contratada só

conseguiu concluir 1 bloco dos 8 iniciados, antes de paralisar as obras e a

SEURB se encarregou de executar um outro bloco. Mas com a reprogramação

esse conjunto ficou planejado e readequado para possuir 12 blocos de 2

pavimentos, com 4 apartamentos por pavimento, perfazendo o total de 96

Unidades Habitacionais. A figura 19 apresenta a locação dos blocos do conjunto

habitacional na orla esquina com Rua Osvaldo de Caldas Brito. Na figura 20 há a

imagem da planta baixa do bloco tipo 1. Na figura 21 é visto a imagem em planta

do bloco habitacional tipo 2 e a figura 22 apresenta as fachadas desse blocos.

Fig.19 - Locação do conjunto habitacional na esquina da Orla com a Osvaldo de Caldas Brito.Fonte – Belém, 2012

Page 22: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Fig.20 - Planta baixa dos blocos habitacionais na esquina da Orla com a Osvaldo de Caldas Brito.Fonte – Belém, 2012

Fig.21 - Planta baixa dos blocos habitacionais na esquina da Orla com a Osvaldo de Caldas Brito.Fonte – Belém, 2012

Fig.22 - Fachadas dos blocos habitacionais na esquina da Orla com a Osvaldo de Caldas Brito.Fonte – Belém, 2012

Page 23: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

2.4.2 – Conjunto habitacional 2 – Localizado na orla às proximidades da Rua

Mundurucus, começado logo em seguida ao conjunto habitacional 1, esse

complexo teve iniciado o total de 6 blocos, dos quais a empresa responsável pela

construção chegou a executar 4 blocos (fundações, estrutura e alvenarias), até ao

nível das empenas, mas abandonou a obra deixando 2 blocos no nível das

fundações. Outra empresa foi contratada, mas só conseguiu executar as

fundações de 5 blocos, quando houve intervenção da CAIXA, como órgão

fiscalizador dos recurso financiados. A qual exigiu a reprogramação projetual,

para que fosse possível a continuação do processo – das exigências impostas

pela CAIXA, todas foram cumpridas pela SEURB, e, a CAIXA está nas últimas

análises, no mês de março de 2012, antes de liberar para nova licitação.

Assim esse conjunto nas proximidades da Rua Mundurucus foi re-

programado para ter 16 blocos de 2 pavimentos com 4 apartamentos por

pavimento, em um total de 128 Unidades Habitacionais.

Na figura 23, é apresentado a planta geral dos blocos habitacionais do

tipo 2, na esquina da Rua dos Mundurucus com a Orla. A figura 24, apresenta a

Planta baixa dos blocos habitacionais na esquina da Orla com a Rua dos

Mundurucus e a figura 25 apresenta a fachadas dos blocos habitacionais na

esquina da Orla com a Rua dos Mundurucus. A Figura 26 apresenta a Imagem

das Obras do Conjunto Habitacional 2, na esquina da Rua dos Mundurucus em

fevereiro de 2012.

Fig.23 - Planta baixa dos blocos habitacionais na esquina da Orla com a Rua Mundurucus.Fonte – Belém, 2012

Page 24: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Fig.24 - Planta baixa dos blocos habitacionais na esquina da Orla com a Rua Mundurucus.Fonte – Belém, 2012

Fig.25 - Fachadas dos blocos habitacionais na esquina da Orla com a Rua Mundurucus.Fonte – Belém, 2012

Fig. 26 – Obras do Conjunto Habitacional 2, esquina da Rua dos Mundurucus, fevereiro de 2012.Fonte: Autor, 2012

2.4.3 – Conjunto Habitacional Aloísio Chaves – Localizado na Avenida

Bernardo Sayão, às proximidades da Rua Quintino Bocaiúva (Fig. 27), o Conjunto

possui três tipos de blocos, sendo um com dois pavimentos e quatro

apartamentos por andar em 5 blocos fazendo um total de 40 unidades

habitacionais, outro com 11 blocos e três andares, sendo que em cada pavimento

térreo de cada bloco existe um apartamento para Portadores de Necessidades

Page 25: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Especiais- PNE – total de 99 unidades habitacionais e outro bloco típico com 3

pavimentos e quatro apartamento por andar em 34 blocos – perfazendo um total

de 408 unidades habitacionais desse tipo e totalizando globalmente 547 unidades

habitacional em todos o empreendimento, considerando os dois conjuntos

habitacionais da orla e o Aluisio Chaves. A Figura 27 apresenta a área da

construção do Conjunto Habitacional Aloísio Chaves, mais especificamente a

Macrodrenagem do Canal da Quintino Bocaiúva, a Via de acesso ao Conjunto, e

o local da ETE – Estação de Tratamento de Esgoto do empreendimento em tela.

Fig. 27 – Área da construção do Conjunto Habitacional Aloísio Chaves, (A) – Macrodrenagem do Canal da Quintino Bocaiúva. (B) – Via de acesso ao Conjunto e a ETE.Fonte: Autor, 2012

A figura 28 apresenta a planta geral do Conjunto Habitacional Aloísio

Chaves. Na figura 29, observa-se a planta baixa dos blocos habitacionais com

dois pavimentos no Residencial Aluisio Chaves. Na Figura 30, apresenta-se uma

perspectiva das fachadas do Conjunto Aloísio Chaves, no bloco com dois

pavimentos. A Figura 31 mostra a Planta baixa dos blocos Habitacionais que

terão três pavimentos no Conjunto Aluísio Chaves. Na Figura 32, observa-se a

perspectiva das Fachadas do Conjunto Habitacional Aloísio Chaves, no bloco com

três pavimentos. A Figura 33 demonstra a Planta baixa dos blocos habitacionais

com três pavimentos no Conjunto Habitacional Aloísio Chaves.

Page 26: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Fig. 28 - Planta geral do Conjunto Aloísio Chaves com 457 unidades habitacionais.Fonte: Belém, 2012.

Fig.29 - Planta baixa dos blocos habitacionais com dois pavimentos do conjunto Aluisio Chaves.Fonte – Belém, 2012

Page 27: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Fig. 30 - Fachadas do Conjunto Aloísio Chaves, bloco com dois pavimentos.Fonte: Belém, 2012.

Fig.31 - Planta baixa dos blocos habitacionais com três pavimentos do conjunto Aluisio Chaves.Fonte – Belém, 2012

Fig. 32 - Fachadas do Conjunto Aloísio Chaves, bloco com três pavimentos.Fonte: Belém, 2012.

Page 28: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Fig.33 - Planta baixa dos blocos habitacionais com três pavimentos do conjunto Aluisio Chaves.Fonte – Belém, 2012

A justificativa das mudanças que ocorreram no projeto urbanístico da orla

da Estrada Nova se baseia na necessidade de planejar e projetar de modo a obter

projetos executivos, os quais até então tinham sido elaborados. Nos anexos 2 do

volume 1 está o cronograma físico da obra.

2.5. OUTROS PROJETOS.

O Projeto Portal da Amazônia apresenta ainda projetos de Luminotécnica

elaborado sob coordenação da equipe do escritório Paulo Chaves Fernandes,

com iluminação em postes altos e de iluminação local, além das iluminações para

valorização dos passeios e vegetação; Projeto Hidrosanitário do restaurante,

quiosque Tipo 1, quiosque Tipo 2 e Implantação Geral; Projeto de Pavimentação

com previsão de revestimento em CBUQ, Pintura de ligação, Imprimação, Base,

Sub-base, Acabamento da Terraplenagem, Corpo de Aterro, Aterro Laterítico

sobre Terreno Lateral para as vias da Orla, Rua Osvaldo de Caldas Brito, Rua dos

Mundurucus e Rua Fernando Guilhon; Projeto de Drenagem, Projeto Hidráulico

ou de Água Fria, os quais estão detalhados em Anexo, no volume I e volume II

deste relatório.

Em entrevista com o arquiteto da equipe do escritório Paulo Chaves

Fernandes, obteve-se a informação de que o guarda corpo que separa o passeio

público da beira do rio, foi suprimido em alguns pontos, geralmente próximo de

bancos em áreas de convivência para permitir a visão de “horizonte infinito”,

sistema muito usado em paisagismo de orlas para permitir maior visada da

paisagem disponível, mas frisou, que após o cais, existe uma faixa de

Page 29: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

pedregulhos compondo a paisagem antes de alcançar a lâmina d’água, não

havendo assim, perigo de acidentes com pessoas caírem no leito do rio, no

entanto, em locais onde o sistema de orla encontra o rio, como os decks, existe o

sistema de proteção com parapeito ou guarda corpo, como pode ser observado

na Figura 16.

A Figura 34 mostra a situação atual das obras de terraplenagem à altura

da Rua dos Mundurucus e o local de sequência das obras da Orla para alcançar a

Rua Fernando Guilhon, em imagens captadas no mês de fevereiro de 2012.

Fig. 34 – Obras de Terraplenagem à altura da Rua dos Mundurucus e local de sequência das obras da Orla para alcançar a Rua Fernando Guilhon.

3. DESCRIÇÃO E JUSTIFICATIVAS DE PROJETOS NO ASPECTO MEIO

ANTRÓPICO

3.1. PROJETO: Urbanização do Portal Amazônia

3.2. HISTÓRICO

O Estudo de Impacto ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental -

EIA/RIMA, do Projeto Portal da Amazônia iniciou sua análise no ano de 2006 pela

Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente – SECTAM,

contemplava dois projetos, Orla da Estrada Nova, que tinha como objeto de

licenciamento a implantação, operação e manutenção de uma nova área de

circulação e lazer na orla do Rio Guamá, denominada Orla da Estrada Nova. A

nova via e as áreas de lazer seriam implantadas sobre um Aterro Hidraúlico de

70 m de largura e 2.200 m de comprimento, localizado entre Rua Veiga Cabral e

Fernando Guilhon, nos bairros da Cidade Velha e Jurunas e a Macrodrenagem da

Bacia da Estrada Nova.

Page 30: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

No EIA/RIMA na p.76 foi proposto inicialmente para fase de licenciamento

Prévio caracterização preliminar da população afetada pelo Empreendimento,

com base em levantamento de campo realizado durante os dias 1 e 3 de junho de

2006. O objetivo deste levantamento foi possibilitar a caracterização dos tipos de

pessoas e imóveis que poderiam ser afetados diretamente pelo projeto.

Esse estudo foi elaborado com base nas legislações relativas ao

reassentamento O local onde o empreendimento está situado é considerado

“terreno de marinha”, ou seja, é um bem imóvel da União, conforme determina o

art. 1º, a, do Decreto-lei nº 9.760/46. Este Decreto-lei foi alterado pela Lei nº

9636/98 e pela Medida Provisória nº 292/06.

Cabe esclarecer que o empreendimento em tela é uma obra da Prefeitura

de Belém em terras da União e que houve uma cessão dessas para a Prefeitura.

A viabilidade do empreendimento neste local dá-se pela Portaria nº 04/06 da

Gerência Regional de Patrimônio da União no Pará que

“autoriza o Município de Belém a realizar obras e serviços de

Engenharia, na Orla de Belém, no trecho compreendido entre a Travessa

Veiga Cabral e a Rua Fernando Guilhon, no bairro do Jurunas, com a

finalidade da implantação do Sistema Viário na Orla de Belém, para

resgate da Orla Fluvial de Belém, promover a melhoria do tráfego de

veículos e proporcionar o acesso da população ao Rio Guamá”. (art. 1º,

da Portaria nº 04/06 da Gerência Regional de Patrimônio da União no

Pará).

Vale pontuar que para a construção da fase inicial do projeto houve a

necessidade de desocupação de uma área restrita conforme determinado no

projeto executivo do empreendimento. Neste contexto a área é totalmente

habitada, situação esta que gera a necessidade de reassentamento dos

moradores da referida área. Devem, portanto, ser consideradas as três situações

existentes: os foreiros, os ocupantes inscritos no SPU e os ocupantes não

inscritos no SPU atendendo aos ditames do Decreto-lei nº 9.760/46, mencionados

anteriormente.

Ainda neste sentido, o Município de Belém traz em sua legislação

específica as diretrizes para avaliação de benfeitorias que são analisadas

Page 31: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

considerando a tabela de valor de mercado, o padrão e o estado de conservação,

dentre outros. As Leis Municipais nºs 7.934/99 e 8.033/00 tratam do assunto

foram consideradas pela Prefeitura quando da elaboração do Projeto de

Reassentamento. As demais diretrizes e procedimentos para reassentamento não

estão previstos em legislação específica cabendo à Prefeitura Municipal de Belém

elaborar o projeto sempre considerando a participação da população envolvida.

De acordo com o EIA/RIMA no ano de 2006 foi realizado um cadastro

físico e socioeconômico por amostragem pela Secretaria Municipal de

Saneamento da Prefeitura de Belém (SESAN) que contou com participação de

lideranças comunitárias, não sendo possível estimar com precisão a quantidade

de famílias a serem removidas. Sendo na época entrevistados, 52 pessoas na

ADA, sendo: 34 chefes de domicílios com uso exclusivamente residencial; 10

chefes de domicílios com uso misto (residência e comércio juntos); e 6 donos de

negócios (estabelecimento comercial ou porto particular). No entanto, foi apenas

um levantamento qualitativo, a partir de uma pesquisa amostral com questionário,

a fim de subsidiar uma caracterização mais geral das pessoas afetadas, para fase

do licenciamento prévio.

No Estudo de Impacto ambiental apresentado no ano acima mencionado,

inicialmente foi feito uma Estimativa de Desapropriações em torno de 250 a

300 famílias que precisariam ser reassentadas de maneira prévia à execução do

aterro hidráulico. Esse número deverá ser estabelecido de maneira definitiva

durante a fase de cadastramento da população afetada.

As necessidades de desapropriação previstas foram estimadas a partir da

análise do Projeto Básico, que sofreu alterações durante o detalhamento do

Projeto Executivo.

Foi apresentado no EIA/RIMA a diretriz do Plano de Reassentamento que

levou em consideração o cadastro físico e social por amostragem, realizado na

ADA. Estimava-se que, para o trecho avaliado, seriam desapropriadas 60

residências e 20 áreas comerciais e portuárias correspondendo a

aproximadamente 45.000 m2. Destaca-se, no entanto, que as desapropriações

necessárias a esta obra ficaram a cargo da Prefeitura Municipal de Belém e

seriam tratadas em conjunto, considerando-se as desapropriações necessárias

para toda a reurbanização da Orla do Guamá e também aquelas necessárias para

Page 32: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

a execução da Macro-drenagem da Estrada Nova (p. 131). No entanto em função

das fontes de financiamentos advindos do Ministério do Turismo (OGU/FGTS),

Ministério das Cidades, Governo do Estado do Pará, Ministério da

Integração e de Recursos Próprios e da contra partida da Prefeitura de

Belém, foi necessário ocorrer um desmembramento do projeto embora haja uma

interface entre os projetos.

No ano de 2007, com a solicitação de Renovação de Licença de Instalação

foi apresentado o Plano de Ações para o Remanejamento de Populações e

Atividades Econômicas do Projeto Orla, datado de 16/10/2007, onde apresenta o

Conjunto Habitacional Comandante Cabano Antonio Vinagre, que possuía 10

blocos de três pavimentos cada, com 126 apartamentos distribuídos, localizado

no bairro do Marco, como alternativa para reassentamento das famílias oriundas

do projeto em tela. Ressalta-se que esta alternativa de relocação das famílias

para um bairro distante da que elas residem, não foi aceita pelo órgão licenciador

por ser um empreendimento tipo vertical e não constava nas alternativas

apresentadas por ocasião da Licença Prévia e da Licença de Instalação. O plano

apresentou outras alternativas de reassentamento.

No ano de 2008 foi implementado o Projeto Urbanístico Portal da

Amazônia, da Prefeitura Municipal de Belém, em parceria com o Ministério das

Cidades, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na

modalidade Urbanização de Favelas. Tem como objetivo principal a Urbanização

de áreas alagadas ou alagáveis e, consequentemente, a melhoria na qualidade

de vida da população residente nestas áreas, através de construção de unidades

habitacionais, urbanização e infra-estrutura para a área.

“Urbanização de Favelas prevê a implantação de ações

necessárias à regularização fundiária, segurança, salubridade

e habitabilidade de população localizada em área inadequada

à moradia, visando a sua permanência ou realocação, por

intermédio da execução de ações integradas de habitação,

saneamento e inclusão social”.(Manual de Instruções-

PAC/2007).

Ressalta-se que a área escolhida para execução do Projeto de

Urbanização localiza-se na confluência da Passagem Osvaldo de Caldas Brito,

entrada pela Beira-mar se estendendo até a Orla, abrangendo as vilas: Elaine,

Page 33: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Passarinho, Valério Amorim, Santos, Palmito, Santa Rita, Gigi e Passagem Beira-

mar.

A área da Estrada Nova está localizada em “terrenos de marinha” e como

não houve um programa oficial de ordenamento urbano sua ocupação se deu de

forma irregular e ilegal. Inicialmente, as atividades econômicas se localizaram na

margem direita do canal, no espaço entre o Rio Guamá e a pista. Pequenos

negócios foram surgindo em imóveis que também serviam de residências aos

seus proprietários. Ao mesmo tempo, surgiram pequenos portos que serviram de

atracadouros às embarcações que traziam pessoas e produtos resultado do

extrativismo vegetal, da pesca artesanal e de origem animal das fazendas

localizadas nas ilhas “próximas”.

Para que o Projeto fosse executado foi realizado com as famílias

residentes na área supracitada o levantamento socioeconômico que foi realizado

nos meses Janeiro e Fevereiro do ano de 2008 pela SEURB (Secretaria Municipal

de Urbanização) - com a coordenação da SEHAB (Secretaria Municipal de

Habitação). Inicialmente foram cadastradas 382 imóveis, sendo que destes 344

benfeitorias são utilizadas somente para moradia (344) e 32 são utilizadas para

fins residenciais e comerciais (benfeitoria mista), como consta no (Relatório do

Levantamento Socioeconômico anexo1).

O referido levantamento tinha como objetivo verificar a situação

socioeconômica dos moradores da área nas proximidades da Estrada Nova, para

subsidiar ações referentes ao Projeto Executivo de Habitação e Infraestrutura, da

Orla da Estrada Nova (Portal da Amazônia), tanto no que se refere ao Projeto

Físico quanto ao Projeto Social a serem desenvolvidos na área sobre a

coordenação da Secretaria Municipal de Urbanismo – SEURB, sendo que no

referido trabalho constata-se a predominância maior dos imóveis que possuem

entre 01 a 05 pessoas residentes e percebe-se que também que os casos de co-

habitação familiar (mais de uma família no imóvel) não são expressivas e que não

há uma predominância de mulheres chefes de família.

A população da área, quanto à faixa etária, é predominantemente jovem.

Quanto aos portadores de necessidades especiais, o número existente é baixo, o

que equivale a 8,68%.

Page 34: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

A escolaridade e a geração de emprego e renda na área estão

diretamente ligadas. A população é de baixa escolaridade, pois a maioria dos

moradores possui apenas o ensino fundamental incompleto, isso irá refletir

diretamente na situação ocupacional que na sua grande maioria é composta de

trabalhadores informais, sem carteira assinada, desempregados, autônomos, ou

aqueles que se declararam dependentes de alguém que trabalha. Essa realidade

tem um impacto direto na renda que assim como a escolaridade é baixa, sendo

que o salário dos responsáveis familiares está na média de 01 02 salários.

Quanto aos imóveis e sua forma ocupação a maioria é própria e aquelas

que estão em terrenos alagados também é o maior número. A procedência dos

moradores desses imóveis é do mesmo bairro, sendo um número pequeno

daqueles que vieram de outros bairros e outro dado que apresenta a relação

positiva dos moradores com a área é o fato da maioria responder que moram no

local por opção ou por facilitar o deslocamento ao trabalho e isso se reflete no

tempo de moradia nos imóveis que na sua maioria ultrapassa os dez anos.

Já a utilização do imóvel é predominantemente para uso residencial, com

uma pequena representatividade daqueles imóveis para comercio ou mista

(residência e comércio) sendo que esses imóveis na sua tipologia predominam

aqueles de madeira e mista (madeira e alvenaria).

Embora a existência de um pequeno número de comércio na área, foram

implementadas ações de restabelecimento das Atividades Econômicas que

contemplavam indenizações em dinheiro aos proprietários das benfeitorias

existentes nos terrenos, incluindo três proprietários de pequenos trapiches como

forma de mitigação dos impactos causados.

A maioria das residências é de dois pavimentos, com 02 a 05 cômodos e

com banheiros. O abastecimento de água, quase na sua totalidade, são atendidas

pela Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), no entanto o rio é usado

pela maioria como esgoto sanitário para despejar seus dejetos. Já a coleta de lixo

é feita regularmente pela PMB – Prefeitura Municipal de Belém, que atende a

maioria das residências, realidade que pode influência na baixa existência de

doenças na área.

Ainda de acordo com esse levantamento foram cadastrados 382 imóveis,

referentes a 382 benfeitorias. Sendo que 272 famílias já se encontravam

Page 35: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

recebendo auxilio moradia; e destas 16 famílias foram reassentadas no Conjunto

Residencial localizado na confluência da Osvaldo de Caldas Brito com orla, sendo

a entrada pela Beira-Mar, se estendendo até a Orla e sua área abrangerá as vilas

Elaine, Passarinho, Valério Amorin, Santos, Palmito, Santa Rita, Gigi e Passagem

Beira-Mar, são unidades habitacionais com urbanização e infraestrutura, o

restante, ou seja 256 famílias serão reassentados no Residencial localizado na

Rua Mundurucus com Orla; ficando 48 famílias que serão reassentadas próximo

ao Conjunto Habitacional Aluisio Chaves, localizado na Radional II (anexo

Documento comprobatório de aquisição da área do conjunto habitacional

Aluizio Chaves, que faz cessão para prefeitura).

Durante a execução do projeto foi necessário fazer reassentamento das

famílias nas novas unidades habitacionais. Desta forma, foram estabelecidos

critérios cuidadosamente elaborados para viabilizar o processo de

reassentamento com base em estudos de ordem físico-territorial, socioeconômico

e jurídico, como instrumentos de apoio norteadores para realização das diversas

etapas que o constituem.

Após essa fase a Empresa EFECE, que ganhou a licitação para execução

do social, iniciou o processo de negociação com os moradores cadastrados e

neste mesmo período iniciou-se a Execução do Projeto Físico, ao qual foi

necessária uma área para construção das novas unidades habitacionais, neste

sentido o trabalho social de remanejamento das famílias se dava de acordo com a

solicitação da engenharia para avanço de obra. Vale mencionar que o Projeto de

Urbanização do Portal da Amazônia possui o seu Plano de Reassentamento com

os critérios reguladores, onde informa quem terá direito junto ao mesmo.

3.3. O Plano de Reassentamento

O Plano de Reassentamento (em anexo) é fundamental para trabalhar o

detalhamento dos procedimentos formais que deverão ser tomados, tanto pelas

famílias a serem reassentadas quanto pelo poder público.

O Projeto prevê também alguns eixos como: Mobilização e comunicação;

Participação Comunitária e Desenvolvimento Socio-Organizativo;

Empreendedorismo; Educação; Remoção e Reassentamento.

Page 36: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Vale mencionar que o Projeto é divido em: Pré-reassentamento;

Reassentamento; Pós-reassentamento. Durante estas três fases o eixo

Mobilização e comunicação; Participação Comunitária e Desenvolvimento Socio-

Organizativo; Empreendedorismo; Educação tem que ser executados.

3.3.1. Pré-reassentamento

Na fase pré-reassentamento os moradores que tiveram direito em

receber ou optaram em receber a Unidade Habitacional e/ou Unidade Comercial

estão em auxílio moradia e/ou auxílio comercio no valor de R$ 450,00 conforme

critério do Plano de Reassentamento. Enquanto os proprietários que optaram ou

tiveram o direito de receber apenas indenização pelas benfeitorias construídas

foram indenizados de acordo com o laudo de avaliação de seus imóveis emitido

pelo departamento da engenharia da SEHAB, porém em 2011 passou ser emitido

pela a o departamento de engenharia da SEURB.

Ressalta-se que em 2011 não foi renovado o contrato com a empresa

EFECE que executava o social, porém a nova equipe formada na

ASCOM/SEURB passou a trabalhar junto à comunidade até que outra empresa

fosse licitada, o que ocorreu em Dezembro de 2011, sendo a empresa URBANIZA

a ganhadora processo licitatório e esta já iniciou o seu trabalho na área do

Projeto.

É importante frisar que atualmente existem 256 moradores em auxilio

moradia, e 24 moradores em auxílio comércio. Também 58 moradores receberam

indenizações pelo imóvel construído. Foi verificado que a maioria dos moradores

que estão em auxílio moradia alugaram imóveis próximos aonde residiam, pois

através de relatos dos mesmos, pois não queriam sair da área devido o colégio do

filho, ou por se identificar com área entre outros.

3.3.2. Reassentamento

Na fase de reassentamento as famílias retornam a área sendo

reassentados nos apartamentos construídos. Essas participam da oficina de

reassentamento que é uma fase de preparação para que recebam as devidas

orientações quanto a convivência comunitária, a utilização dos equipamentos

existentes nos apartamentos entre outras orientações.

Page 37: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Atualmente 16 famílias foram reassentadas nos blocos II e III, onde cada

bloco possui 03 apartamentos, sendo que se localizam na Oswaldo de Caldas

Brito. Conforme informações do departamento de engenharia da SEURB, ainda

estão previstos para serem entregues 80 apartamentos na Oswaldo de Caldas

Brito e 128 apartamentos na Mundurucus. Em anexo os projetos executivos

atualizados das áreas habitacionais destinadas ao reassentamento da população

afetada pelo projeto, juntamente com as Anotações de Responsabilidade

Técnicas – ART’s.

Conforme quadro abaixo:

Unidades habitacionais

16 Apartamentos entregues na Oswaldo

80 Apartamentos que falta entregar na Oswaldo

128 Apartamentos que falta entregar na Mundurucus

224 TOTAL

Ressalta – se que ainda existem 256 famílias aguardando

reassentamento, já que 16 das 272 famílias foram reassentadas. Desta forma,

considerando que só há 208 apartamentos para serem entregues no Portal, 48

famílias serão remanejadas para próximo ao Aluízio Chaves (anexo documento

comprobatório de aquisição da área próximo ao conjunto habitacional Aluízio

chaves).

3.3.3. Pós-reassentamneto

Na Fase Pós-reassentamento acontece o acompanhamento das

famílias, sendo verificado a adaptação das famílias nas novas unidades

habitacionais.

Conforme o caderno de orientação técnico social da caixa o social deve

permanecer por mais 06 (seis) meses na área.

Para base de informação: Em interface com o Projeto de Urbanização do

Portal da Amazônia está o Projeto Portal da Amazônia/Orla sendo que o seu

objeto de intervenção começa na Rua Veiga Cabral e se estende até a Fernando

Page 38: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Quilhon. O Projeto Orla iniciou em 2006 antes do Projeto de Urbanização do

Portal, pois este iniciou em 2008, Neste sentido, possuem contratos diferentes.

Com avanço da Orla e readaptação do Projeto, houve a inclusão de

algumas vias – Tamoios e Mundurucus. Desta forma, observamos que a

Engenharia sinalizou da necessidade de 24 imóveis serem recuados da Tamoios

e 11 imóveis da Mundurucus, inclusive tendo sido indenizados 03 (três) Portos

para a finalização do processo de encaixe das referidas ruas ao Projeto Orla.

No ano de 2009, através da Secretaria de Municipal de Habitação –

SEHAB (Departamento Social) foi elaborado o Plano de Reassentamento que tem

como objetivo garantir a permanência das famílias no local assegurando as

condições de moradias dignas e amenizando os impactos sociais decorrentes do

processo de reassentamento. Este Plano teve como principal instrumento de

análise a caracterização socioeconômica das Pessoas Afetadas pelo Projeto

(PAP) sendo que para cada tipo de PAP será impactado pelo projeto de maneira

distinta, e demandará medidas diferentes de compensação.

A caracterização da área de intervenção do Projeto Portal da Amazônia

situa-se na sub-bacia 01 da Estrada Nova, mais especificadamente situada no

Bairro do Jurunas, entrada pela Rua Osvaldo de Caldas Brito, entre Bernardo

Sayão e Beira-mar, se estendendo até a Avenida Mundurucus. Sendo que o

objeto de intervenção será em oito vilas (Vila Elaine, Vila Santa Rita, Vila

Passarinho, Vila Valério, Vila Santos, Vila Palmito, Vila Gigi e Vila Maria Izabel)

que tem entrada pela Passagem beira-mar (também cadastrada), acesso pela rua

Osvaldo de Caldas Brito.

Verificou-se que algumas atividades comerciais, exercidas pelos

moradores da área, dependem da própria área para existirem, como: atividade

portuária, atividade pesqueira, dentre outras.

Na referida área, o sistema construtivo utilizado na construção das

habitações, ali existentes, eram basicamente em madeira, referente a 65% dos

imóveis, além de unidades mistas (madeira e alvenaria), que correspondem a

28,5%, sendo de alvenaria apenas 6,8% dos imóveis cadastrados no 1º semestre

do ano de 2008. Os imóveis em forma de palafitas, correspondiam,

aproximadamente, a 20% do sistema construtivo na área. Quanto ao número de

Page 39: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

pavimentos, a maioria dos imóveis era constituído de dois pavimentos (60%), e

35% correspondiam a benfeitorias com apenas um pavimento.

Na área onde foi realizada a pesquisa socioeconômica de 2008, verificou-

se a existência de dois equipamentos comunitários: sendo 01 centro comunitário

(funcionava atividades escolares e ambulatório médicas e odontológicas) e uma

associação de moradores de terras de marinha. Na área também existe uma área

de lazer, que consiste em uma arena.

Na Área Diretamente Afetadas - ADA, foram identificados 02 tipos

possíveis de PAP, segundo o uso do imóvel a saber:

- somente moradias (272) serão subsidiadas pelo Auxilio Moradia, no valor de R$

450 (quatrocentos e cinqüenta reais), no período do pré-reassentamento, até que

o morador seja reassentado recebendo a unidade habitacional do projeto;

- Uso Misto, aqueles imóveis utilizados para fins residenciais e comerciais – foram

detectados 24 (vinte quatro) unidades que receberam Auxilio Moradia para fins

comerciais, conforme o Plano de Reassentamento em anexo.

3.3.4. Proposição de Medidas Preventivas, Mitigadoras ou Compensatórias

A proposição de medidas preventivas, mitigadoras ou compensatórias está

sendo garantida através do Projeto de Trabalho Técnico Social (2007) que busca

contribuir no processo de construção da cidadania, através de uma intervenção

sócio-educativa possibilitando o acesso aos mecanismos de participação popular,

fomentando a democratização do espaço urbano, a Educação Sanitária,

Ambiental e geração de emprego e renda através de atividade tais como:

Reuniões com entidades representativas dos moradores para a

identificação de suas demandas para discussão e encaminhar as

ações de acordo com as necessidades da comunidade

Oficina /palestras de educação sanitária e ambiental – problemas e

soluções referentes ao lixo, água, ambiente e moradia;

Ações de interinstitucionalidade e interface com atividades onde a

Educação Ambiental se constitui como componente de ações que

têm o foco em questões como a Geração de Trabalho e Renda,

Organização Comunitária, Pesquisa, entre outros;

Page 40: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Promoção de cursos profissionalizantes e oficina de capacitação

profissional na própria comunidade, em parceria com instituições

públicas e/ou privadas;

Acompanhamento técnico aos empreendimentos: Orientações

técnicas através de cursos, oficinas, palestras, com objetivo de um

melhor aprimoramento aos conhecimentos técnicos apreendidos nos

diversos cursos de capacitação, bem como dos empreendimentos

emergidos com as ações do projeto.

O Projeto em tela desenvolve suas ações através do Trabalho Técnico

Social nos Programas de Desenvolvimento Urbano operacionalizados pela CAIXA

baseia-se na premissa de que a participação dos beneficiários promove uma

melhor adequação das intervenções às necessidades e demandas dos grupos

sociais envolvidos, e apresenta-se como contribuição significativa para a

sustentabilidade do empreendimento.

A participação comunitária nas intervenções torna os beneficiários mais

comprometidos, levando-os a exercerem seus direitos e deveres, propicia a

compreensão e a manifestação da população atendida acerca das intervenções, e

permite a afirmação da cidadania e transparência na aplicação dos recursos

públicos.

A realização do Trabalho Técnico Social favorece a correta apropriação e

uso dos imóveis/sistemas/melhorias implantados, promove a mobilização e a

participação social por meio de atividades de caráter sócio educativo, da

instituição e/ou fortalecimento de bases associativas, de ações direcionadas à

geração de trabalho e renda e de educação sanitária, ambiental e patrimonial.

As ações do Trabalho Técnico Social devem ser desenvolvidas com

enfoque interdisciplinar em sincronia com a realização das obras físicas. Iniciam-

se com o levantamento de dados e informações que permitem a caracterização

da situação local onde se pretende realizar a intervenção proposta.

A seguir deve ser planejado e elaborado o projeto de intervenção social,

que será desenvolvido de forma integrada ao projeto de intervenção física. Após

aprovação do projeto pela CAIXA, dá-se início a sua execução, com o devido

monitoramento e avaliação das atividades desenvolvidas.

Page 41: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

A execução do projeto é registrada em Relatórios Periódicos de

Acompanhamento e Relatório Final, enviados à Caixa, para fins de liberação de

parcela contratual, acompanhados dos documentos de registro e sistematização

das atividades.

3.3.4.1.TRABALHO SOCIOAMBIENTAL

Para implementação do Trabalho socioambiental em empreendimentos

com intervenções de saneamento básico, realizados por meio de Programas do

Ministério das Cidades/Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental

(Saneamento Para Todos; Serviços Urbanos de Água e Esgoto; Resíduos Sólidos

e Drenagem) deverão ser priorizadas atividades vinculadas às macroações

Educação Sanitária e Ambiental.

O desenvolvimento do trabalho socioambiental é imprescindível quando

um empreendimento provoca mudanças diretas nas condições de vida da

população, na relação e condições de acesso aos serviços de saneamento.

3.3.4.1. PROJETO DE TRABALHO TÉCNICO SOCIAL – PTTS

A intervenção técnico social foi norteada por eixos estruturantes e

respectivas macroações . O quadro a seguir apresenta possibilidades de ações

(agrupadas por eixos e macroações) que foi desenvolvidas, de acordo com a

realidade local e às diretrizes do programa/modalidade em desenvolvimento,

visando o alcance dos objetivos dos eixos citados.

Quanto às atividades prevista na memória de calculo do Projeto elas

serão executadas pela Empresa Licitada – Urbaniza e terão seu desenvolvimento

conforme quadro abaixo:

Page 42: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Eixo Macroação AtividadesM

ob

iliza

ção

e C

om

un

ica

ção

Ações Informativas sobre o

Empreendimento

Assembléia Geral

Reuniões periódicas entre os membros da empresa contratada

com a equipe técnica da PMB/SEURB, para avaliar e nivelar as

metodologias adotadas no projeto

Produção de material informativo/educativo (folders, cartilhas ,

manuais, panfletos, outros)

Articulação Técnica Social

para parcerias

Emissão de correspondências oficiais e/ou realização de reuniões

com entidades comunitárias, organizações da sociedade civil e

instituições públicas e privadas para a formação de parceria e

execução do PTTS (atividade sem custo)

Suporte às Intervenções

Físicas

Elaboração e produção de manual de uso e manutenção da

moradia "Cartilha de Reassentamento" - orientações e

informações sobre o uso correto dos equipamentos domésticos e

das instalações existentes nas unidades habitacionais

Acompanhamento e visitas domiciliares nos imóveis pós-

reassentamento

Avaliação e monitoramento

Relatório Mensal de Acompanhamento do Trabalho Técnico Social

Elaboração e aplicação de formulário da pesquisa de impacto pós-

reassentamento

Processamento de pesquisa (digitação e análise)

Elaboração de Relatório da Pesquisa de Impacto

Entrega do Relatório da Pesquisa de Impacto e relatório final de

avaliação do TTS

Eixo Macroação Atividades

Par

tici

paç

ão

com

un

itá

ria

e

de

sen

volv

imen

t

o

Mobilização e organização

comunitáriaVisita da CAO a obra

Atividades Sócioculturais Campeonato de futebol (masculino e feminino) "Transformando

pelo Esporte"

Page 43: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

sóci

oo

rgan

izat

iv

o

Atividade temática: Dia das Mães

Atividade temática: Ação natalina

Celebração de encerramento do TTS

Eixo Macroação Atividades

Em

pre

end

edo

ris

mo

Geração de Trabalho e

rendaCursos geração de trabalho e renda: cabeleireiro

Capacitação Profissional

Cursos profissionalizantes: manicure com unhas decoradas

Cursos profissionalizantes: eletricidade predial

Curso de empreendedorismo: Curso de capacitação profissional

com noções de técnicas de administração, noções de mercado,

cadeia produtiva, técnicas de negociação, controle financeiro e

outros

Cursos profissionalizantes: depilação

Cursos profissionalizantes: formação de vigilante

Eixo Macroação Atividades

Ed

uc

açã

o

Educação Ambiental

Passeio Ecológico

Reunião para a formação do comitê ambiental

Visitas do Comitê Ambiental juntamente com a CAO na área

Educação Sanitária Oficina: lixo e coleta seletiva (garrafas pets, alumínio e papelão)

Educação Patrimonial Palestras: convivência coletiva, poluição sonora e manutenção

das unidades habitacionais

Page 44: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Educação para mobilidade

urbana

Oficina: Educação para o trânsito (utilização adequada das vias e

equipamentos públicos)

Educação para saúdeOficina: Atividade de Higiene bucal

Eixo Macroação Atividades

Rem

oçã

o e

Rea

sse

nta

men

to

Apoio ao

Remanejamento/Reassenta

mento das Famílias

Apoio no acompanhamento técnico das famílias beneficiadas no

cadastramento no CADUNICO através de parceria com a FUNPAPA

Acompanhamento das ações de Regularização Fundiária junto a

CODEM das 1.173 famílias

Plantão Social

Visitas Domiciliares (confirmar dados cadastrais, orientar sobre o

Projeto, informar sobre questões ambientais e sanitárias e etc.)

Acompanhamento das famílias remanejadas da área de

intervenção para o auxílio moradia ou indenização da benfeitoria

construída

Capacitação e treinamento das famílias beneficiadas com unidade

habitacional através de oficina de reassentamento para a

manutenção e conservação do empreendimento

Reassentamento das famílias

Acompanhamento pós-reassentamento através de visitas

domiciliares e plantão social para a sustentabilidade do

empreendimento e identificação de demandas

A SEURB, através da assessoria de comunicação – ASCOM,

acompanham as ações campo e através do Relatório de Acompanhamento do

Trabalho Técnico Social (anexo...... ), com início em abril de 2009 a dezembro de

2010, sendo executado pela EFECE. No ano de 2011, as ações do projeto foram

Page 45: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

acompanhadas diretamente pela Secretaria Municipal de Urbanismo através da

ASCOM. A partir de dezembro de 2011 foi contratada a URBANIZA

ENGENHARIA LTDA que permanecerá executando o projeto social pelo período

de 20 meses (anexo o Relatório de Acompanhamento do Trabalho Técnico Social

de dezembro de 2011, já executado pela empresa Urbaniza Engenharia Ltda).

As famílias que aderiram ao Projeto de Urbanização do Portal da Amazônia

assinaram, o Termo de compromisso relativo ao remanejamento, reassentamento

e indenizações, firmados entre o empreendedor e os proprietários dos imóveis a

serem afetados em ( anexo).

As ações desenvolvidas no “sub-projeto Educação Sanitária, Ambiental e

Patrimonial”. Atualmente esta sob responsabilidade da SEHAB, o

desenvolvimento do programa de educação sanitária, ambiental e patrimonial.

Esta Secretaria vem desenvolvendo estes programas desde 2008, através de

processos contínuos, fundamentados na questão social e ambiental, e

compreendidos pela população por intermédios de etapas. As atividades vêm se

desenvolvendo nas escolas, espaços comunitários e áreas livres da comunidade,

base de atendimento da comunidade, unidade de saúde (Programa Família

Saudável), com distribuição de materiais educativos após as atividades. São

utilizados para a realização das atividades junto à comunidade, os instrumentais

técnicos e pedagógicos: pesquisa, oficinas, cartilhas educativas, psico-dramas,

teatros e palestras, recursos audiovisuais e didáticos.

Buscando como base os pilares da educação ambiental, este trabalho vem

sendo aplicado à população beneficiada de forma gradativa e através das

interfaces do projeto.

Para tal, faz-se necessário o desenvolvimento de ações onde a educação

ambiental é o objeto central Atividades educativas de formação e informação,

formação de comitês ambientais e eventos culturais voltados para a valorização

do meio ambiente.

O programa ainda prevê, orientações específicas sobre o uso dos

equipamentos sanitários e da rede de esgoto visando o uso adequado e a

manutenção da unidade habitacional, bem como a manutenção da infra-estrutura

urbana e dos equipamentos implantados.

Page 46: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

Neste sentido, faz importante salientar que as ações de

interinstitucionalidade e interface com atividades onde a Educação Ambiental se

constitui como componente de ações que têm o foco em questões como a

Geração de Trabalho e Renda, Organização Comunitária e a Pesquisa, entre

outros, deverão ser constantes para a consolidação da nova fisionomia do

espaço.

Este programa foi previsto dentro da segunda etapa do programa

Orla/Portal da Amazônia, da PMB, do ano de 2007, no qual a metodologia iria se

basear nas experiências e representações sociais, trazidas pelas próprias

lideranças. Dentre eles podemos destacar as seguintes ações: Reuniões com

entidades representativas dos moradores; Oficina /palestras de educação

sanitária e ambiental; Ações de interinstitucionalidade e interface com atividades

onde a Educação Ambiental; Promoção de cursos profissionalizantes e oficina de

capacitação profissional na própria comunidade, em parceria com instituições

públicas e/ou privadas; Acompanhamento técnico aos empreendimentos:

Orientações técnicas através de cursos, oficinas, palestras, com objetivo de um

melhor aprimoramento aos conhecimentos técnicos apreendidos nos diversos

cursos de capacitação, bem como dos empreendimentos emergidos com as

ações do projeto; Relatório de avaliação do trabalho técnico social – TTS.

3.3.4.1. Do Plano de Habitação

Como já caracterizado, a maioria dos imóveis localizados na área de

abrangência do projeto, eram constituídos de madeira, cobertos de telhas de fibro

cimento e, em sua maioria compostos por dois a cinco cômodos, localizados as

margens do rio Guamá, com incidência de focos de palafitas, caracterizando

pequenas favelas entre a Avenida Bernardo Saião e o rio.

Com relação ao abastecimento de água a maioria dos imóveis eram

abastecidos pela Rede Pública de Saneamento. No entanto, existiam algumas

áreas em que as famílias faziam ligações clandestinas de forma precária, através

de tubulação geral sob as estivas. Essas tubulações ficavam sujeitas a

penetração da água do rio contaminada por lixo e dejetos, principalmente por

ocasião de vazamento na tubulação.

Page 47: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

O sistema de esgoto caracteriza-se bastante deficiente, sendo que grande

parte das famílias lançavam seus dejetos, sem qualquer tratamento, em águas

servidas diretamente no rio e nos Canais.

A iluminação pública também era bastante precária, além disso, existia o

problema das casas serem construídas em cima de palafitas as margens do Rio

Guamá.

Para mudar esta configuração, o projeto prevê a construção de 360

unidades habitacionais, constituídas por 45 blocos com 08 apartamentos em cada

bloco. Cada bloco terá 02 pavimentos. Além disso, serão construídas 40 unidades

comerciais.

O Projeto prevê além da construção das unidades habitacionais, alguns

equipamentos comunitários como:

1) Praça pública com área de lazer (playground) com brinquedos;

2) Quadra poliesportiva.

Cada bloco terá 02 pavimentos e foi revestido externamente com reboco

paulista com pintura em PVA para exteriores, terá telhado em telha de barro,

sendo sua estrutura em madeira.

A área construída por apartamento é de 42,83 m², composta por uma

sala/estar de 12,33 m², 02 (dois) dormitórios com área de 7,50 m², WC com 2,18

m², circulação com 1,68 m2, cozinha 3,92m2 e área de serviço com 2,49 m².

A estrutura dos blocos é convencional (pilar, viga e laje) em concreto

armado até a primeira laje. A partir daí os apartamentos foram executados em

alvenaria, portanto de tijolo cerâmico (dimensões 09 x 13 x 28 cm) assentes a

“singelo”, a qual possuirá uma pequena per cinta de coroamento para receber a

laje, esta premoldada.

A cobertura será em telhas de barro estruturadas em madeira, não apenas

pelo seu desempenho térmico, mas também pelo objetivo estético que se busca

nesse projeto.

As esquadrias externas serão em madeira. Os quartos e salas possuirão

uma esquadria de 1,20 x 1,20 com duas folhas em venezianas. Os banheiros

receberão um balancim basculante com vidro medindo 0,60 x 0,60. As cozinhas

terão um balancim com as mesmas características do utilizado nos banheiros,

mas com medidas de 1,20 x 0,60, já as áreas de serviço, a princípio, terão apenas

Page 48: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

um vão de 1,20 x 0,60, podendo receber esquadria idêntica à das cozinhas. As

portas e esquadrias das áreas condominiais (portaria e lixo) em madeira. Com

relação às portas internas e externas das unidades, foram utilizadas portas em

madeira do tipo Eucatex com ferrugens tipo Fama ou outro conjunto similar. Na

abertura para ventilação e iluminação da escada será utilizado o “tijolo de boca”,

impermeabilizado com produto a base de silicone.

Para os revestimentos internos sugere-se o azulejo para as áreas

molhadas e o reboco paulista com pintura em PVA para os demais ambientes.

Para as outras áreas o piso será cimentado. Os forros serão em PVC, somente

para os apartamentos do pavimento superior. O revestimento externo dos blocos

será em reboco paulista pintado com tinta PVA para exteriores. Esse reboco,

conforme expresso em projeto terá ranhuras que funcionarão como dilatações

para retardar o quase inevitável processo de rachaduras superficial desse tipo de

revestimento.

O projeto urbanístico para as novas habitações, também prevê a

implantação de projeto paisagístico, utilizando espécies arbóreas da flora

regional, como forma de resgate e mitigação dos impactos ambientais,

potencializando de forma positiva a intervenção sofrida na área em questão.

O sistema hidrossanitário será realizado através da rede de abastecimento

público da COSANPA e o de esgotamento sanitário será realizado por EIT, o qual

encontra-se em processo de licenciamento ambiental na Secretaria Municipal de

Meio Ambiente-SEMMA.

No que concerne o levantamento socioeconômico da Rua dos

Mundurucus até Fernando Guilhon, já está sendo executados, que serão

apresentados posteriormente a SEMA. Neste trecho ocorrerá à desativação dos

portos comerciais, trapiches existentes ao longo da orla, no trecho de projeto, que

interferirá com o transporte de cargas e de passageiros, tanto no nível local

quanto no nível regional. Além da redução da circulação de embarcações no

trecho afetado pelo projeto, as viagens continuarão existindo, de modo que terá

que ser transferida para outros portos comerciais e terminais de passageiros

instalados ao longo da orla do Guamá. Foram encaminhados a SEMA os Projetos

dos Terminais Aquaviários. Em relação aos portos da Praça Princesa Isabel e da

Page 49: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

área da CTBEL, de acordo com a SEURB, não houve alteração da proposta

inicial.

Em anexo o cronograma executivo das obras do empreendimento,

atualizado.

Anexos:

1. Relatório do Levantamento Socioeconômico;

2. Projeto Executivo dos Residenciais e Documento comprobatório de aquisição

da área do conjunto habitacional Aluizio Chaves, que faz cessão para

prefeitura.

3. Plano de Reassentamento;

4. Relatório de Acompanhamento do Trabalho Técnico Social;

5. Relatório de Acompanhamento do Trabalho Técnico Social de dezembro de

2011;

6. Cópias dos Termos de compromisso relativo ao remanejamento,

reassentamento e indenizações, firmados entre o empreendedor e os

proprietários dos imóveis a serem afetados.

7. Os projetos executivos atualizados das áreas habitacionais destinadas ao

reassentamento da população afetada pelo projeto, incluindo as Anotações de

Responsabilidade Técnicas – ART’s.

8. O cronograma executivo das obras e da etapa de operação do

empreendimento, atualizado e compatibilizando com todas as ações do

empreendimento. Deverá ser destacado o início do processo de reassentamento

da população afetada, bem como da relocação das atividades econômicas.

9. Os documentos comprobatórios do acordo firmado entre a Prefeitura e a

população a ser remanejada/reassentada e atividades econômicas, bem como os

contratos das indenizações a serem realizadas.

10. Termo de Adesão das famílias com atividades comerciais;

11. Listas das famílias que recebem auxilio moradia;

12. Termo de Ajuste de Conduta ou Regras de Convivência Social, celebrado

em a Prefeitura e as famílias Reassentadas;

Page 50: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

13. Termo de entrega da Unidade Habitacional para as Famílias.

14. Em anexo o cronograma executivo das obras do empreendimento, atualizado

15. Relatório de Acompanhamento do Trabalho Técnico Social de dezembro de

2011, já executado pela empresa Urbaniza Engenharia Ltda).

16. Termo de compromisso relativo ao remanejamento, reassentamento e

indenizações, firmados entre o empreendedor e os proprietários dos imóveis a

serem afetados em ( anexo).

17.Relatório de Acompanhamento do Trabalho Técnico Social (anexo...... ),

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Belém foi fundada há 396 anos e ao longo da sua história de evolução urbana

não teve solucionadas as questões relativas aos usos de seus recursos hídricos,

principalmente no que concerne à ocupação dos leitos e margens dos grandes rios e de

cursos d’água naturais, internos, que aos poucos foram se transformando em simples

canais de drenagem urbana, além de depósito de resíduos sólidos de toda espécie.

As justificativas aqui apresentadas neste relatório e que norteiam a tomadas de

decisão quanto à emissão de renovação de Licença Ambiental para as obras de

Urbanização da Estrada Nova, baseiam-se em critérios socioeconômicos, locacionais,

técnicos e ambientais. Mas é o aspecto social que requer maior atenção pelos

empreendedores que nesse caso específico é o próprio Poder Público (municipal), a

partir da demanda física e da sociedade local, que convive em condições adversas pelo

descuido da gestão municipal ao longo dos anos em Belém.

As obras de urbanização da Bacia Hidrográfica da Estrada Nova somadas à

Macrodrenagem da mesma bacia são naturalmente muito impactantes para a cidade,

vindo a atacar - no sentido de minimizar - quatro problemas cruciais próprios do meio

urbano, muito presentes na área de influência direta desse empreendimento, para os

quais há muito tempo a população clama por soluções, que são a drenagem, a circulação

viária, moradia digna e urbanização planejada.

A população que é atingida por ............

O Município de Belém, como outros centro urbanos brasileiros, ainda tem

muitas carências nos aspectos infra-estruturais de saneamento, mobilidade urbana,

Page 51: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

abastecimento de água, serviços essenciais como saúde e outros. Sua população é

formada por................... Há um consenso entre esses atores sociais no sentido de que

Por meio de estudos realizados neste trabalho, pode-se concluir parcialmente

que o

A pequena quantidade de moradores e trabalhadores que ocupam às margens

do Rio Guamá.........

Recomenda-se que a .........

São muitas as ações que poderão ser aventadas para minimizar as agruras

sociais locais, dentre as quais poderiam ser .....

Os aspectos sociais nas grandes intervenções urbanísticas como a do caso das

obras de Macrodrenagem e de urbanização da bacia hidrográfica da Estrada Nova deve

ser..........

É momento de reunir esforços para tornar essa obra um marco diferencial na

gestão municipal em Belém, pois........ . O exemplo a ser dado por Belém vão se refletir

em dividendos econômicos, sociais e ambientais para todos os atores envolvidos nesse

processo, quando todos se sentiriam contemplados e partícipes dessa construção.

Afinal tanto o empreendimento de iniciativa do Executivo Municipal, que intervêm

na organização do espaço urbano da beira rio, como outros a serem implementados com

os mesmos objetivos, não só recuperam fisicamente um setor antes abandonado da

cidade, mas existem outras questões sociais em prática, que aumentam seu potencial de

impactos positivos como o a auto-estima da população, o turismo e consequente

emprego de mão de obra local, a liquidez no mercado consumidor e o recolhimento de

tributos.

É de suma importância que ........

Mas é o Poder Público local que deve tomar a frente das ações no sentido de

conservar os bens a serem entregues à população, deve também inserir em sua gestão a

possibilidade de ter essa população partícipe da conservação como algo que foi

patrocinada por ela e que vai proporcionar melhorias na sua qualidade de vida.

Page 52: RELATÓRIO ORLA DA ESTRADA NOVA A FINALIZAR

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UFPA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. NUMA - Núcleo de Meio de Ambiente

Planos diretores do sistema de esgotamento sanitário da Região Metropolitana de

Belém (RMB).. Disponível em: <http://www.ufpa.br/numa/

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VILLAÇA, F. Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo: Nobel, 1998. 373 p.

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XIMENES, Juliano Pamplona (...) Ponte. Cidade e Água no Estuário Guajarino:

waterfront, porto, ambiente urbano e recursos hídricos. In. SILVA, Luiz de

Jesus Dias. XIMENES, Juliano Pamplona (...) Ponte. Urbanização e Ambiente,

experiências de pesquisa na Amazônia Oriental. Belém, Paka-Tatu, 2011.

6. ANEXOS

Volume 1 –

Justificativa técnica (substituição da metodologia empregada para conformação

do corpo de aterro)

Memorial descritivo instalação Hidrosanitária

Especificações Técnica, Quiosques, Posto Policial e Restaurante

Especificação Técnica, Instalações Elétrica

Especificação Técnica, Instalações Hidrosanitária

Planta Geral de Urbanismo Atual (Tratamento Paisagístico)

Planta Geral de Urbanismo Anterior (Via Urbana da Orla)

Volume 2 –

Pranchas do Projeto Executivo de Tratamento Paisagístico (Urbanismo)

Pranchas do Projeto Hidrosanitário

Prancha do Projeto de Pavimentação

Pranchas do Projeto de Drenagem

Pranchas do Projeto de Água Fria