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Arquitectura Romântica em Sintra Professor: Nuno Nabais Disciplina: Historia e Cultura das Artes Trabalho de: Carina Marques nº7 12ºF

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Trabalho elaborado por Carina Marques

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Page 1: Arquitectura Romântica em Sintra

Arquitectura Romântica em Sintra

Professor: Nuno Nabais

Disciplina: Historia e Cultura das Artes

Trabalho de: Carina Marques nº7 12ºF

Page 3: Arquitectura Romântica em Sintra

• O palácio está situado na encosta da serra e a escassa distância do Centro Histórico de Sintra

• A maior parte da construção actual da quinta teve início em 1904 e estava terminada em 1910

• Carvalho Monteiro tinha o desejo de construir um espaço grandioso, em que vivesse rodeado de todos os símbolos que espelhassem os seus interesses e ideologias. Conservador, monárquico e cristão, Carvalho Monteiro quis ressuscitar o passado mais glorioso de Portugal, daí a predominância do estilo neomanuelino com a sua ligação aos descobrimentos. Esta evocação do passado passa também pela arte gótica e alguns elementos clássicos.

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• Projectada pelo talento do arquitecto-cenógrafo italiano Luigi Manini.

• Uma verdadeira mansão filosofal de inspiração alquímica, percorre o parque exótico, sente a espiritualidade cristã na Capela da Santíssima Trindade, que nos permite descermos à cripta onde se recorda com emoção o simbolismo e a presença do além. Há ainda um fabuloso conjunto de torreões que oferecem paisagens deslumbrantes, recantos estranhos feitos de lenda e saudade, vivendas apalaçadas de gosto requintado, terraços dispostos para apreciação do mundo celeste.

Capela da Santíssima Trindade

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• E numa curiosa porta de pedra roda impulsionada por um mecanismo oculto e nos faculta a entrada para outro mundo. É o monumental poço iniciático, espécie de torre invertida que mergulha nas profundezas da terra.

De quinze em quinze degraus se descem os nove patamares desta imensa galeria em espiral, sustentada por inúmeras colunas de apurado trabalho, que vão marcando o ritmo e o aprumo das escadarias. Os nove patamares circulares do poço, por onde se desce ao abismo da terra ou se sobe em direcção ao céu, lembram os nove círculos do Inferno, as nove secções do Purgatório e os nove céus do Paraíso, que o génio de Dante consagrou na Divina Comédia.

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• Os capitéis dos colunelos enrolam longas folhas de acanto. E lá no fundo, a carga dramática acentua-se. Gravada em embutidos de mármore, sobressai uma cruz templária, aliada a uma estrela de oito pontas, afinal o emblema heráldico de Carvalho Monteiro. As galerias conduzem-nos, em autênticos labirintos, pelo mundo subterrâneo.

A cave de leda

labirinto

túnel

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Grande parte da simbologia maçónica, sobretudo a dos altos graus, inspira-se em correntes esotéricas tais como a alquimia, o templarismo e o rosacrucianismo, inscritas em diversos locais da Regaleira.

Também num alto relevo existente nas traseiras da Capela, encontra-se representado um castelo com duas torres, separado por uma zona de labaredas, e uma goela infernal. Trata-se de uma figuração da tri-unidade do mundo e do homem: o mundo superior ou espiritual, o mundo intermédio da alma e

o mundo inferior material.

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Igualmente susceptível de uma leitura alquímica é a gruta ogival, onde Leda, segurando uma pomba na mão, aparece numa escultura à beira de um pequeno lago, enquanto Zeus, disfarçado de cisne, a fecunda bicando-a na perna. Trata-se de uma alegoria pagã ao mito, ou mistério, da Imaculada Conceição, ou concepção, que decorre num lugar escuro e húmido.

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Parece evidente que a concepção religiosa do mundo que preside à Regaleira assenta no Cristianismo, mas num Cristianismo escatológico, que tem a ver com o fim dos tempos. Quer recorramos à lição da escatologia cósmica, que prenuncia o fim do universo e da humanidade, quer nos atenhamos à escatologia individual, que assenta na crença da sobrevivência da alma depois da morte, é a mesma ideia obsessiva que encontramos. É também um Cristianismo gnóstico, apoiado em discursos míticos e em conhecimentos sagrados que prometem a salvação dos fiéis e o retorno dos espíritos:. É, enfim, um Cristianismo imbuído de ideais neo-templários, associados ao Culto do Espírito Santo, que encontramos na tradição mítica portuguesa.

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Desaparecidos os templários não desapareceu o templarismo, cujo espírito, resumido na defesa dos lugares sagrados e na luta contra o mal, renasceu em várias correntes e organizações iniciáticas como sendo a afirmação simbólica da sobrevivência da Ordem do Templo. A cruz templária no fundo do poço iniciático, a cruz da Ordem de Cristo no pavimento da Capela, bem como todas as outras cruzes dispostas na Capela, testemunham a influência do templarismo no ideário sincrético de Carvalho Monteiro.

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Há ainda, na Regaleira, referências rosacrucianas, em alusão à corrente esotérica iniciada no séc. XVII, de tendência cristã, utilizando os símbolos conjuntos da rosa e da cruz. O movimento Rosa-Cruz propunha reformas sociais e religiosas, exaltava a humildade, a justiça, a verdade e a castidade, apelando à cura de todas as doenças do corpo e da alma:

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Palacete de Monserrate

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O actual Palácio de Monserrate, mandado construir por Francis Cook, sob projecto do arquitecto inglês James Knowles Jr., entre 1860 e 1863, corresponde, em termos planimétricos e, parcialmente, em termos volumétricos, a um outro palácio que o primeiro arrendatário da Quinta, Gerard Devisme, aí mandara construir em 1791

A planta do Palácio ordena-se em torno de uma galeria interior que liga os dois torreões e é interrompida a meio por um átrio hexagonal que estabelece por sua vez a ligação com as fachadas

Norte e Sul.

Um vasto corredor - a meio pontuado por uma fonte - que se nota uma clara influência da espacialidade interior e da estética da arquitectura mourisca da Andaluzia: uma sucessão de arcos ultrapassados sobre colunas, preenchidos por bandeiras decoradas de arabescos, talhadas num fino lavor da pedra. Todavia, as arcarias, colunas e capitéis do átrio, evidenciam já uma influência de arquivoltas e vegetalismos de cariz goticizante.

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O edifício construído segundo o risco de Knowels revela-se original e profundamente eclético. Os três corpos do pavilhão – encimados por bolbosas cúpulas vermelhas – apresentam as fachadas rasgadas por portas e janelas de quebratura gótica. A entrada é precedida de pórtico igualmente neogótico, cintado por grandes entablamentos. Na cornija surgem, alternados, medalhões de volutas e arcadas trilobadas e do corpo central emerge, sobre o frondoso parque, um balcão provido de arcaria e ornado com azulejos de imitação mudéjar.

Manteve as dimensões da planta do palácio de Devisme, acrescentando-lhe uma pequena galilé no torreão Este e uma outra, mais vasta, voltada a Sul, sobre o grande parque. Estabelecia, assim, a importância destas duas fachadas enquanto locais privilegiados e nobres de entrada e de contemplação da natureza que o palácio anterior não tivera.

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Na fachada exterior, com colunas de mármore, janelas góticas com múltiplos relevos e graciosas cúpulas. O elemento ordenador deste ecletismo discreto é, todavia, claramente o vocabulário estético de raiz indiana: o recorte dos arcos, mas sobretudo as cimalhas bastante avançadas, os quatro pequenos minaretes que coroam o corpo central e as coberturas bulbosas que Liberge identificava, em 1910, como sendo de estilo hindu.

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No interior, a exuberância decorativa dos estuques e capitéis acentua o carácter orientalizante do pavilhão, nomeadamente na galeria e na "Sala de Música", onde uma profusão de temas indianos e clássicos imprime ao conjunto uma dinâmica própria que resulta em singular efeito estético.

Abrigava «móveis riquíssimos: espelhos de Veneza, tapetes persas, vasos do Japão, loiça de Saxe e de Sèvres, móveis da Índia, urna cadeira de espaldar em tartaruga, de marfim e de ébano que se pensa ter pertencido a um Doge de Veneza, e uma imagem de Santo António feita em Roma pelo escultor Baldini. Manteve as dimensões da planta do palácio de Devisme, acrescentando-lhe uma pequena galilé no torreão Este e uma outra, mais vasta, voltada a Sul, sobre o grande parque. Estabelecia, assim, a importância destas duas fachadas enquanto locais privilegiados e nobres de entrada e de contemplação da natureza que o palácio anterior não tivera.

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Os arcos devido a um sistema de iluminação natural, sofisticado para a época, sucediam-se, criando zonas de sombra e de claridade que faziam ressaltar, de forma surpreendente, o rico rendilhado dos estuques. As colunas com fustes de pórfiro, criam contraste e, ao mesmo tempo que suportam os arcos, delimitavam uns pseudonichos que outrora se encontravam povoados de estátuas.

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Bibliografiahttp://www.pbase.com/diasdosreiswww.cm-sintra.pt olhares.aeiou.pt pt.wikipedia.org http://www.portugalvirtual.pthttp://www.guiadacidade.pt/portugal/?G=monumentos.ver&artid=4919&distritoid=11www.flickr.com gotravel.no.sapo.pt carlapinheiro.blogspot.com chico-online.net www.trekearth.comNeomanuelino, livro…