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A Química das Cores Prof. Dr. Márcio Marques Martins http://digichem.org http://fb.com/digimarcio http://slideshare.net/marsjomm [email protected]

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Programa de pós graduação em ensino de ciênciasMestrado ProfissionalProf. Dr. Márcio Marques Martins

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A Qumica das Cores Prof. Dr. Mrcio Marques Martins http://digichem.org http://fb.com/digimarciohttp://slideshare.net/[email protected] A. Background histrico B.Fotoqumica: a qumica da cor C. Origens Qumicas da cor D. Produo industrial de tintas A. Background histrico TECNOLOGIA DAS CORES NA ANTIGUIDADE Arte rupestre neandertal encontrada na gruta de Altamira, no sul da Espanha. A1. Tecnologia das cores na antiguidade Talvezasprimeirascoresutilizadaspelo homemtenhamsidoopreto(umano-cor)e o vermelho. Caverna Roucadour, Themines, Quercy, Lot, Frana. A1. Tecnologia das cores na antiguidade Opretoseriaprovenientedafuligem,graas ao domnio do fogo pelo homem. (ossos) Caverna Lascaux, Frana. A1. Tecnologia das cores na antiguidade Overmelhoseriadevidoaosanguedos animais,aosxidosdeferroeargilas encontrados nas cavernas em que habitavam. Caverna Chauvet-Pont-d'Arc, Frana. A1. Tecnologia das cores na antiguidade Pigmentosempmisturadoscomsalivaou seivadervoreseramsopradosnasparedes das cavernas para produzir pinturas. Caverna em Kondoa, Tanznia A1. Tecnologia das cores na antiguidade Tintastambmeraaplicadasemmuraiscom gravetosoucompincisartesanaisfeitosde crinas ou cabelos. Pintura mural aborgene no Territrio de Arnhem Norte da Austrlia http://tonywheeler.com.au/arnhem-land-aboriginal-art/ A1. Tecnologia das cores na antiguidade As tcnicas de pintura e as frmulas das tintas perdem-senamemriadostempos.Os egpciosfixavamospigmentoscomgemade ovo, leite, goma/resina, cera ou gesso. Detalhe de uma pintura do templo de Karnak. Imagem registrada por Mat Hampson em 06/02/2010 http://www.flickr.com/photos/mathampson/4344893924/sizes/o/in/photostream/ A1. Tecnologia das cores na antiguidade Por qu o uso de materiais to estranhos para fabricar tintas? A1. Tecnologia das cores na antiguidade Atintacompostaporumasubstncia corada,quepodeserumpigmentoouum corante,+umaglutinante(ouveculo)eem um (no)solvente. A1. Tecnologia das cores na antiguidade Aoseraplicadasobreumasuperfcie,o solventevaievaporareoaglutinantevai formar uma pelcula sobre o substrato ao qual foiaplicado.Opigmentoficadispersono filme. A1. Tecnologia das cores na antiguidade Agemadeovousadaporquecontmaltos teoresdegorduraeapsperdergua,forma um filme estvel sobre o substrato. Isso se chama tmpera de ovo. Cristo Pantocrator, Tmpera de Ovo http://goo.gl/J9yOfUhttp://tinkerlab.com/make-your-own-egg-tempera-paint/A1. Tecnologia das cores na antiguidade Oleitecontmaprotenacasena,que precipitaquandooleiteacidificado.Aps seca,modaemisturadacomgua,elaforma umamassaviscosaquedispersaopigmento muito bem e seca formando um filme estvel. http://en.wikipedia.org/wiki/The_Baptism_of_Christ_(Piero_della_Francesca)A1. Tecnologia das cores na antiguidade Ogessoproduzidoquandoosulfatode clciopulverizado(mineralgipsita) misturado com gua e com o pigmento. Detalhe da Capela Sistina Criao de Ado Michelangelo Buonarrotti - 1511 A1. Tecnologia das cores na antiguidade Apinturaproduzidadessaformachamada de fresco (ou afresco), e s pode ser feita com o gesso mido e com pigmentos no-reativos. Dante - Domenico di Michelino Duomo Florena - 1464 A1. Tecnologia das cores na antiguidade . Gesseiro trabalhando no Sculo 19 Pintura de John Cranch (1751 - 1821). A1. Tecnologia das cores na antiguidade Oleodelinhaaumdispersante/solvente importante na produo de tintas aleo, pois nospermitedispersareaplicaratinta comoaocurar(nosecar)elepolimeriza com o oxignio e forma um filme estvel. Mona Lisa Leonardo da Vinci 1503-1506 A1. Tecnologia das cores na antiguidade leo secante derivado de 3 cidos graxos insaturados: Linoleico(superior),linolenico (meio), Oleico (baixo). Ordem de secagem: Linolnico > Linolico > Olico (reflete o grau de insaturao) A1. Tecnologia das cores na antiguidade Reao de um leo secante com o oxignio do ar A1. Tecnologia das cores na antiguidade Pigmento versus corantes Pigmento:so os materiais de origem inorgnica, que quando pulverizados so dispersos em um aglutinante e em um no-solvente. Corantes:somateriaisdeorigemorgnicaquetm afinidadequmicacomosubstrato(madeira,tecido, etc), normalmente dissolvido e reage quimicamente paraproduzircorao.Ummordentepodeser adicionado para acelerar o tingimento. A1. Tecnologia das cores na antiguidade Amaisantigalistadepigmentosregistrada, chegou a ns atravs de Plnio, um historiador romano, que viveu no sculo I. http://www.webexhibits.org/pigments/intro/history.htmlA1. Tecnologia das cores na antiguidade -amarelos: Ocre amarelo (FeO(OH)nH2O - limonita); Amarelo xido de chumbo (PbO); Orpimento (sulfeto de arsnio - As2S3) massicot Do latim: aurum pigmentum A1. Tecnologia das cores na antiguidade - vermelhos: Ocre (xido de ferro II anidro - Fe2O3);

vermelho de chumbo (xidos de chumbo II e IV); Cinbrio ou vermillion (sulfeto de mercrio HgS); A1. Tecnologia das cores na antiguidade - prpuros: prpura de Tyrian A1. Tecnologia das cores na antiguidade Azuis: Azul ndigo - (2,2'-Bis(2,3-diidro-3- oxoindolilideno)) azulegpcio(CaCuSi4O10orCaOCuO(SiO2)4silicatode clcio e cobre); azurita (carbonato bsico de cobre II - Cu3(CO3)2(OH)2) A1. Tecnologia das cores na antiguidade Lapislazuli(misturacontendolazurita- (Na,Ca)8[(S,Cl,SO4,OH)2|(Al6Si6O24)]) Azulultramarino(onaturalrarssimozelita aluminossilicato de sdio e enxofre):A1. Tecnologia das cores na antiguidade Giovanni Bellini Madonna di Brera 1510 Estrutura da sodalita Na8[SiAlO4]6.(S3)2 A1. Tecnologia das cores na antiguidade Verdes:Malaquita (carbonato bsico de cobre II - Cu2CO3(OH)2); Verdigris (acetato bsico de cobre); terraverde:foiumpigmentonaturalargilosocompostopor xido de ferro, magnsio, silicato de alumnio ou potssio. Tambm conhecido como Verde de Verona ou Terre Verte. A1. Tecnologia das cores na antiguidade Brancos:branco de chumbo (carbonato bsico de chumbo II);

Calcreo; Gesso (CaSO42H2O) (2PbCO3Pb(OH)2) Carbonato de clcio+ hidrxido de clcio A1. Tecnologia das cores na antiguidade Pretos:preto de osso (fosfato de clcio, carbonato de clcio _ carvo); preto de fuligem (picum); carvo; B2. Fotoqumica: a qumica da cor Ascoressoresultadodainteraoda radiao eletromagntica com os materiais. Os nomes que damos a elas so subjetivos. B. Fotoqumica: a qumica da cor Para haver cor necessrio que haja luz. B. Fotoqumica: a qumica da cor Diferentessubstnciasapresentamdiferentes padres de absoro/transmisso. B. Fotoqumica: a qumica da cor Apercepodacorquenosproporcionada peloscorantesepigmentosresultanteda absoroseletivadaluz,quecorresponde partevisveldoespectroeletromagntico (Figura 1). B2. Fotoqumica: a qumica da cor Figura 1: Espectro eletromagntico (FONTE http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/10/Espectro_Electromagntico.JPG) B. Fotoqumica: a qumica da cor Aluzvisvelcorresponderegiodelentre 400 - 750 nm (1nm= 10-9m) B. Fotoqumica: a qumica da cor Aluznaturalseestendeataregiodo ultravioleta (em torno de 400 nm). B. Fotoqumica: a qumica da cor Sendoaluzbrancaumamisturadeluzde variadas cores, cada material absorve a luz em diferentes comprimentos de onda. B. Fotoqumica: a qumica da cor A cor que vemos o resultado no da luz que a substncia absorveu, mas dos comprimentos de onda que ela refletiu.B. Fotoqumica: a qumica da cor Acordeumpigmentovermelhoresultado fatodesseabsorveroutrascoreserefletira componente vermelho.B. Fotoqumica: a qumica da cor Observa-seacorbrancaquandoaluzno absorvida, sendo toda emitida pela superfcie.B. Fotoqumica: a qumica da cor Aabsorodaluzpelassubstnciascoradas inorgnicas depende das chamadas transies eletrnicasqueocorremnasmolculas,eos comprimentosdeonda(cores)so determinados por diferenas de energia.B. Fotoqumica: a qumica da cor Cadapigmentoexibeumpadrodeabsoro quedependentedaestruturaqumicada substncia. B. Fotoqumica: a qumica da cor Essegrficocaractersticodecada materialcolorido,porissopodeser usado para identificar as substncias.B. Fotoqumica: cores complementares Tabela 1: Relao entre as cores observadas e os respectivos comprimentos de onda Luz absorvida Comprimento de onda ()Cor Cor observada (complementar) Vista pelo olho humano 4000 - 4350VioletaAmarelo-esverdeado 4340 - 4800AzulAmarelo 4800 - 4900Azul esverdeadoLaranja 4900 - 5000Verde azuladoVermelho 5000 - 5600verdePrpura 5600 - 5800Verde amareladovioleta 5800 - 5950amareloAzul 5950 - 6050laranjaAzul esverdeado 6050 - 7500vermelhoVerde azulado B. Fotoqumica: a qumica da cor Quandoaluzabsorvidaporumasubstncia colorida,acorcomplementar(ouaparte remanescentedaluzincidente)transmitida ou refletida. B. Fotoqumica: a qumica da cor Aluzverdenoapresentacomplementarno espectro de cores. Umcorpoqueabsorveverdeapresentaacor prpura (vermelho + violeta). B. Fotoqumica: a qumica da cor Otermoluzbrancanoapresentaum significadopreciso,poishmuitosparesde cores espectrais puras que quando misturadas produzemumestmulocorrespondenteaoda luz branca.B. Fotoqumica: a qumica da cor Tabela2:Misturasdecoresespectraispuras correspondentesaoestmuloptico correspondente luz branca Comprimento de onda () CorEstmulo produzido 6560 4920 Vermelho Azul esverdeado Branco 6080 4900 Laranja azul Branco 5850 4850 Amarelo alaranjado azul Branco 5670 4645 Amarelo azul Branco 5640 4330 Amarelo esverdeado azul Branco B. Fotoqumica: a qumica da cor O espectro de absoro pode ser complexo, e a pureza da cor observada depende da forma da curva espectral. B. Fotoqumica: a qumica da cor Coresbrilhantespodemserresultantesde bandasdeabsoroestreitascomformade picos,ecoresdesbotadassoassociadascom bandas mais largas sendo faltantes os picos. B. Fotoqumica: a qumica da cor Coresnoespectrais,taiscomoomarrom, estoassociadascomextensesdeabsoro exatamente regulares sobre um larga extenso decomprimentosdeonda,epretoo resultantedaabsorodetodooespectro visvel. B. Fotoqumica: a qumica da cor Ascaractersticasdeuma superfcie colorida podem ser definidascomrespeitoao: tom, brilho e intensidade. B. Fotoqumica: a qumica da cor Otom(hue)determinado preponderantementepelo comprimentodeondaou comprimentodeondadaluz refletida,sendodescritocomo amarelo, vermelho, azul, etc. B. Fotoqumica: a qumica da cor Umtomazultorna-seesverdeado conformeocomprimentodeonda aumentadoouavermelhadoseeste diminudo. B. Fotoqumica: a qumica da cor Brilhopodeserconsideradocomouma caractersticanegativa,jquemaisdepende da ausncia da luz refletida do que do tom em questo. B. Fotoqumica: a qumica da cor Intensidade(saturation) inversamenteproporcionala quantidadedaluzbrancarefletida pela superfcie. B3. O disco das cores Osistemavisualhumanoextremamente complexo. No olho a imagem formada sobre a retina, a qualcontmumgrandenmerodeclulas fotossensveis (sensveis a luz). B3. O disco das cores Essas fotoclulas podem ser de dois tipos: Cones (necessitam altos nveis de claridade); Bastonetes(respondememcondiesdebaixa luminosidade). B3. O disco das cores Bastonetes Rodopsina (348 aminocidos) Protena (opsina) + 11-cis-retinal B3. O disco das cores Cones Outras opsinas Fotopsina I (amarelo) Fotopsina II (verde) Fotopsina III (violeta) Espectro de absoro normalizado da rodopsina humana e das trs fotopsinas. B3. O disco das cores Todasascoresquepercebemosso produzidaspelamisturadecertas cores bsicas. Existem trs categorias de cores: B3. O disco das cores CoresPrimrias(Vermelho,amareloeazul):noso formadaspelamisturadequaisqueroutrascorese so ditas puras. CoresSecundrias(Laranja,verdeevioleta)so aquelas formadas pela mistura de duas ou mais cores primrias. CoresTercirias(vermelho-alaranjado,amarelo-alaranjado,amarelo-esverdeado,azul-esverdeado, azulviolceoevermelhoviolceo)soaquelas produzidaspelamisturadeduasoumaiscores secundrias. B3. O disco das cores Figura2.2:Discodascorescontendoascoresprimrias(vermelho-R,azul-Be amarelo-Y), secundrias (violeta-P, laranja-YR e verde-G) e tercirias. B3. O disco das cores Figura2.2:Discodascorescontendoascoresprimrias(vermelho-R,azul-Be amarelo-Y), secundrias (violeta-P, laranja-YR e verde-G) e tercirias. Coresquentes(Vermelho,Laranjae Amarelo)soassociadascomocalordo fogo e do sol. Cores frias (Azul, Verde e Violeta) conecta amentecomafriezadomar,docue das folhagens. C. Origens qumicas da cor Vamosnosater,porenquanto, aos compostos inorgnicos, pois oscompostosorgnicosporsi s j dariam outra palestra. C. Origens qumicas da cor ComplexoCorNomeEstrutura CoCl36NH3 AmarelaLuteo CoCl35NH3 PrpuraPurpureo CoCl34NH3 VerdePraseo CoCl34NH3 VioletaVioleo Complexos de Cloreto-Amnia Cobalto(III) C. Origens qumicas da cor C. Origens qumicas da cor Alfred Werner Prmio Nobel de Qumica - 1913 Criouateoriadoscompostosdecoordenaoem 1893; Passou 20 anos estudando complexos; Naquelapocanohavianenhumateoriadeligao qumica ainda desenvolvida. Nem o eltron era conhecido nessa poca. C. Origens qumicas da cor Metaisdetransioestocoordenadosa diferentes nmeros de ligantes; 4 e 6 so os NC mais comuns. C. Origens qumicas da cor Comoosmetaisapresentamcargaspositivas elesatuamcomocidosdeLewis(eltron-aceptores). OsligantesatuamcomobasesdeLewis (eltron-doadores)ecoordenam-seaocentro metlico. C. Origens qumicas da cor: ligantes mais frequentes C. Origens qumicas da cor: nomenclatura de ligantes 1) Ligantes aninicos apresentam sufixo o. F- = fluoro H- = hidreto OH- = hidroxo O2-= oxo O22-= peroxo HS- = mercapto S2- = tio NO2- = nitro C. Origens qumicas da cor: nomenclatura de ligantes 2) Ligantes catinicos apresentam sufixo io. Exemplo: hidraznio 2HN-NH2+ C. Origens qumicas da cor: nomenclatura de ligantes 3) Ligantes neutros no apresentam sufixos especiais. H2O = aqua NH3 = amin CO = carbonil NO = nitrosil N2 = dinitrognio O2 = dioxignio R = recebem nomes orgnicos comuns C. Origens qumicas da cor: nomenclatura de ligantes 1) o nome do nion precede o nome do ction 2) nomes dos ligantes so citados em ordem alfabtica, independente de carga, seguido pelo nome do metal (carga em algarismos romanos). 3) a frmula dos ons complexos deve ser escrita entre colchetes. Complexos aninicos devem ter sufixo ato. C. Origens qumicas da cor: nomenclatura de complexos 4) Os prefixos mono-, di-, tri-, tetra-, penta-, e hexa- so usados para denotar o nmero de ligantes simples. Exemplo: K3Fe(CN)6 Fe(CN)63- (on complexo) Fe3+ on hexacianoferrato (III) hexacianoferrato (III) de potssio C. Origens qumicas da cor: nomenclatura de complexos [Co(NH3)5Cl]Cl2 Co3+ Cobalto (III) 5 ligantes NH3 pentaamin Cl- cloro [Co(NH3)5Cl]2+ pentaaminclorocobalto (III) Cloreto de pentaaminclorocobalto (III) C. Origens qumicas da cor: nomenclatura de complexos 5) ligantes que incluam algum prefixo no seu nome (ex.: etilenodiamino), indicar a multiplicidade de ligantes atravs dos prefixos bis-, tris-, tetrakis-, etc. C. Origens qumicas da cor: nomenclatura de complexos [Fe(en)2(NO2)2]2SO4 Sal contendo nion SO42- Ction [Fe(en)2(NO2)2]+ Fe3+ (en)2=(etilenoediamina)2Bis(etilenodiamina) (NO2)2 dinitro sulfato de bis(etilenodiamina)dinitroferro(III) C. Origens qumicas da cor: nomenclatura de complexos 6) complexos polinucleares (mais de um centro metlico) conectados em ponte por um ligante devem indicar essa condio usando o prefixo m-. Havendo dois ou mais ligantes em ponte, indicar por meio de di-m, tri-m, etc. Nitrato de m-amidobis{pentaamincobalto(III)} C. Origens qumicas da cor: Teorias de ligao TCC (Teoria do Campo Cristalino) Bethe e Van Vleck C.Teoria do campo cristalino (Bethe e van Vleck 1930) Explicaaexistnciadecomplexosdespinaltoe de spin baixo. Interaespuramenteeletrostticasmetal-ligante. Eltronsdosligantescausamperturbaesnas energias dos eltrons d do metal. No ocorre ligao covalente nesse modelo. C.TCC - Interao eletrosttica entre ligantes e orbitais C.TCC - Interao eletrosttica entre ligantes e orbitais C.TCC - Desdobramento do campo cristalino octadrico C.TCC - Desdobramento do campo cristalino C.TCC - Desdobramento do campo cristalino octadrico Conjunto t2g de orbitais (dxz, dyz, dxy) energia mais baixa. Conjunto eg de orbitais (dz2 , dx2-y2) energia mais altaC.TCC - Desdobramento do campo tetradrico C.TCC - Desdobramento em campo tetradrico C.TCC - Desdobramento em campo quadrtico

Comum para complexos 4d8 e 5d8:Rh(I), Ir(I) Pt(II), Pd(II) C.TCC - Origem da cor em complexos Amagnitudedodesdobramentodocampo cristalino(D)estrelacionadacomacordos complexos. D corresponde aos comprimentos de onda na regio visvel do espectro eletromagntico. Exemplo: [Ti(OH2)6]3+ (d1) C.TCC - Origem da cor em complexos [Ti(H2O)6]3+contmumnicoeltrondemum orbital t2g.

Absoro de luz a 500 nm promove o eltron d. Acorcorrespondenteaessecomprimentodeonda de absoro verde, a cor observa prpura. C.TCC - Efeito do ligante no desdobramento do campo Ligantesricosemeltronsoucomaltadensidade eletrnica afetam mais intensamente os orbitais d do on metlico. [Ni(NH3)6]2+, [Ni(en)3]2+, [NiCl4]2-, [Ni(H2O)6]2+ C. TCC - Srie espectroqumica Ligantesde campo fraco Ligantesde campo forte Compostos de spin alto Compostos de spin baixo C. TCC - Srie espectroqumica paramagnticodiamagntico C.Origem da cor em minerais Absoro de energia pelos eltrons d. (OK) O pleocrosmo. Transieseletrnicasdetransfernciade carga. C. Pleocrosmo Pleocrosmoumfenmenoticono qualumasubstncia(mineral)apresenta coresdiferentesquandoobservadaem diferentesngulos,especialmentecom luz polarizada. Turmalina C. Alguns minerais pleocricos Gesso Barita C. Pleocrosmo Ofenmenodevidoanisotropiados cristais(quepossuemvariadostiposdecelas unitrias). C. Pleocrosmo Dependendodoeixoticopeloqualaluz polarizadapassa,seucampoeltrico interagircomostomosnoplanocristalino deformadiferenteeacorobservadasofrer variao. C. Transferncia de carga Quando duas ou mais molculas (ou partes de umamolculamaior)transferemcargas eltricasentresi,ocorreumaTransferncia de Carga. Aatraoeletrostticaresultanteestabilizao complexo molecular. C. Transferncia de carga Talvez o caso mais clssico seja o do complexo conhecidopopularmentepelonomedeAzul da Prssia. Preparadoacidentalmenteem1706,pelo qumico Johann Jacob Diesbach em Berlim. Katsushika Hokusai () A Grande Onda de Kanagawa 1826-1833 Uso intenso de AP.C. Azul da Prssia - histria Diesbachprecisavaprepararumalaca,uma espciedevernizfracamentecoloridousadopor artistas para recobrir pinturas. Paraprepararatallaca,Diesbachdeviausar almenecarbonatodepotssioparaprecipitar hidrxido de alumnio. Comoelenopossuacarbonatodepotssio, resolveucomprardeumalquimistamuito famoso na regio onde ele morava. C. Azul da Prssia - histria JohanKonradDieppel,queveiodocastelo Frankenstein, prximo cidade de Darmstadt, era o tal alquimista. Dieppelinventouumleoanimal,destilando sangue,ossosecarcaasdeanimais.Uma verdadeiradelcia.Eissoeravendidocomo medicamento. DiesbachfoicomprarpotassadeDieppelpara preparar sua laca. C. Azul da Prssia - histria Ao chegar em casa, preparou sua laca misturando apotassacomoalmenelenoobteveacor desejada mas um azul profundo!!! ApotassadeDippelestavacontaminadacomo tal leo animal. Devidosuaorigemanimal,oleocontinhaum ingredienteaindadesconhecido,ocianeto,na poca (CN-). C. Azul da Prssia - histria Aproduodoazuldaprssiaoprimeiro exemplodeproduodeumpigmento inorgnico sinttico na era moderna. Apenasem1724,JohnWoodwardpatenteou ummtododeproduoemlargaescalado azul da prssia. C. Azul da Prssia - histria Woodwardusavacomomaterialdepartida sangue seco de boi. Adegradaotrmicadosanguedeboi contendoferroecompostosorgnicosde nitrogniopelapotassaproduziao ferrocianeto de potssio K4 [FeII(CN)6] . C. Azul da Prssia - histria Em 1814, Joseph Louis Gay-Lussac descobriu a frmula do grupo CN-. Acompreensodequeesseeraumgrupo puramenteinorgnico,permitiuo desenvolvimentoderotasinorgnicasparao preparo do pigmento. Partindo de carvo, potassa, raspas de ferro, e nitrognioatmosfricoerapossvelobtero precioso pigmento. C. Azul da Prssia - histria Uma simples soluo amarelo-plida (ferro II) e outra incolor (ferro III) geram um composto de cor azul intensa e bela. D. Produo moderna de tintas Todas as tintas modernas tm composio semelhante. Elas contm quatro elementos bsicos: slidos finamente modos em suspenso (pigmentos naturais ou sintticos); meio lquido (veculo); material polimrico ou resina (aglutinante); solventes volteis. D. Pigmentos Pigmentos naturais ou sintticos A indstria busca sempre pigmentos com bom poder de cobrimento e baixa toxicidade. Muitos pigmentos tm sido sintetizados para atender a essas caractersticas. D. Pigmentos Pigmentos naturais ou sintticos Exemplos: Dixido de titnio (branco), derivados do azul ultramarino. Temporfunoaglutinarpartculasde pigmento e mant-las na superfcie. At1950usavam-seapenasleosnaturais poliinsaturados(peixe,linhaa)ouresinas naturais. D. Aglutinantes Apartirde1950,foramintroduzidosos aglutinantes artificiais: Alqudicos, polisteres, acrlicos, vinil, etc. D. Aglutinantes Elessopolisteresdemassamolar relativamente baixa; Poliol (leo)+ cido dicarboxlico = polister Exs:poliol=gliceroloupentaeritritol/cido ftlicoouisoftlico D.Aglutinantes Alqudicos Short oil (at 40%) linhaa, soja, leo castor Medium oil (40-60%) uso automotivo Longoil(maisque60%)pentaeritritol, arquitetura e aplicaes navais D. Aglutinantes Alqudicos Divididos entre secantes (formam filmes) e no-secantes (no formam filmes). Mecanismodeformaodefilmeoxidativo (envolve oxignio do ar). Baixa resistncia a meios alcalinos. D. Aglutinantes Alqudicos Polisteressopolmerosobtidosporreao de cido policarboxlicos e polilcoois. Sopraticamentelivresdecidosgraxos (leos)etemumaestruturamuitomais simples do que as resinas alqudicas. D. Aglutinantes polisteres Asresinasdepolisternosofrem polimerizaooxidativa(cura)etemum mecanismo de cura diferente. D. Aglutinantes polisteres 1,6-hexanodiol, neopentilglicol, cido ftlico e cido adpico so os reagentes mais comuns. D. Aglutinantes polisteres Asresinaspolisterpossuemdesempenho superiorcomodurabilidade,brilho,dureza flexibilidade,estabilidadedecor,e versatilidade de cura.D. Aglutinantes polisteres Polisteressousadosemrevestimentosde produtodomsticos,recipientesdealimentos e bebidas, aeronaves e equipamentos, primers erevestimentosautomotivos,artefatosde cozinha, mveis de metal, etc. D. Aglutinantes polisteres So os polmeros mais utilizados na indstria das tintas e revestimentos. Asduasprincipaisformasdeacrlicoutilizados emrevestimentosdesuperfcieso termoplsticos (tinta elstica) e termofixos (tintas para metais decorativos).D. Aglutinantes acrlicos Termoplsticosformamumapelculapor evaporao do solvente presente na formao do revestimento. Astermofixassocuradasemtemperatura ambiente ou elevada e por reao com outros polmeros. D. Aglutinantes acrlicos D. Aglutinantes acrlicos steresdevinilsoutilizadosem revestimentos como disperses de copolmero steresvinlicostpicos:acetatodevinila, propionatodevinila,laureatodevinila,e versatato de vinila. D. Aglutinantes vinlicos Co-monmerostpicos:cidoacrlico,cido malico,esteresdecidofumricoso utilizados na sntese de copolmeros. D.4.Aglutinantes vinlicos Elessoprincipalmenteusadoscomo revestimentos de interiores.A maioria das tintas de parede so ltex vinil.Soutilizadoscomoenchimentoemtintasde ltex. Primerparapreenchimentodeimperfeiesem paredesdealvenariaemestadobruto,antesda aplicao de um acabamento mais suave, mais brilhante. D.4.Aglutinantes vinlicos D. Veculo ou Solvente Meio lquido (veculo): Lquidosvolteisadicionadosafimde dissolveroudispersarosconstituintes formadores de filme das tintas. Elesevaporamduranteasecagem,nose incorporam ao filme seco. a. Hidrocarbonetos b. Oxigenados c. Aquosos D. Categorias de solventes Alifticos (leos minerais no dissolvem resinas aglutinantes) Naftalnicos (nafta) Aromticos (tolueno, xilenos) D. Categorias de solventes Cetonas, steres, steres gliclicos e lcoois. D. Solventes Oxigenados guapodeserusadasozinhaouem associao com lcoois ou misturas ter-lcool para dissolver resinas solveis em gua. Resinassolveisemguasoproduzidaspor incorporaodegruposcarboxlicosno polmero. D. Solventes Aquosos Vantagens da gua como solvente: baixo odor, disponibilidades,no-toxicidade,no-inflamabilidade. Noosolventeideal,resinaspermanecem sensveis umidade aps secagem. D. Solventes Aquosos Saiba mais clicando neste link: http://www.slideshare.net/marsjomm/iv-ciclo-de-palestras-da-quimica-2011-tintas-pigmentos-e-coberturas-industriais