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APRESENTAÇÃO

Caro(a) Aluno(a), A preparação para concursos públicos exige profissionalismo, métrica e estratégia. Cada minuto despendido deve ser bem gasto! Por isso, uma preparação direcionada, focada nos pontos com maior probabilidade de cobrança no seu certame, pode representar a diferença entre aprovação e reprovação. Ciente disso, a Ad Verum Suporte Educacional, empresa do Grupo CERS ONLINE, concebeu o curso INTELIGÊNCIA PDF - TJPE, que tem por premissa fundamental “atacar” os pontos nucleares de cada matéria, com vistas a antecipação dos temas com maiores chances de cobrança em sua prova. Fazer isso não é tarefa fácil! É necessário um árduo esforço de pesquisa, levando-se em consideração fatores como banca examinadora e respectivos membros (sempre que possível), retrospecto do concurso, incidência temática de cada disciplina, momento da economia do país, dentre tantos outros, aliados a experiência de Professores de projeção nacional, com larguíssima experiência na análise do perfil dos mais diferentes certames públicos. Para tornar tudo isso uma realidade, a Ad Verum investiu muito em seu Método de Aceleração de Aprendizagem (MAVAA). Hoje, contamos com um SETOR DE INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso, de modo a, a partir do processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação para carreiras públicas. Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de uma obsessão. Bom estudo!

Francisco Penante CEO Ad Verum Suporte Educaciona

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1. Doutrina: conceito de lei: vigência e aplicação da lei no tempo e no espaço; integração e interpretação da lei. 1.Definição de Lei

A lei pode ser definida como sendo a norma geral e abstrata emanada de autoridade competente, que deve ser obedecida por todos. A mesma pode ser analisada no sentido amplo1, nesse caso abrangerá outras normas jurídicas relacionadas, por exemplo, o decreto; e no sentido estrito2 (lei stricto sensu), que corresponde à lei em sua acepção própria, qual seja a regra jurídica votada nas casas do poder legislativo. A lei é a principal fonte formal do Direito. Ela é imposta a todos, de forma coativa, portanto pode ser entendida como uma regra geral. Daí decorrem mais duas características: a de ser regra abstrata (pois regula situação jurídica abstrata) e a de ser regra permanente (pois seus efeitos são permanentes)3. Com relação à forma, em geral será escrita. 1.2 Vigência da Lei

Em termos jurídicos, vigência é o atributo da norma jurídica que, em um determinado tempo e espaço, é destinada a produzir efeitos no mundo jurídico, de modo cogente. “A vigência, portanto, é uma qualidade temporal da norma: o prazo com que se delimita o seu período de validade. Em sentido estrito, vigência designa a existência específica da norma em determinada época, podendo ser invocada para produzir, concretamente, efeitos, ou seja, para que tenha eficácia”4.

Desse conceito pode-se extrair que a vigência está delimitada por um lapso temporal, isto é, por um “prazo de validade” da norma jurídica. Esse prazo inicia-se com a sua publicação (ou com o término do período da vacatio legis) e se encerra com a revogação da lei ou com o término do prazo/condição estipulado na legislação (leis temporárias/excepcionais). Vale dizer que toda lei (sentido lato) é criada, promulgada, publicada e entra em vigência até a sua extinção pela revogação.

O período de tempo entre a publicação e a vigência da lei é o que chamamos de vacatio legis. Nesse período ela ainda não tem obrigatoriedade nem eficácia, embora já exista no ordenamento jurídico.

Diante do exposto, importante observar o que diz o Art. 1o. DA LINDB:

1 GOMES, Orlando. Introdução ao direito civil, 19 ed.

2 MONTEIRO, Washington de Barros. Direito Civil I, 43 ed., pág. 22.

3 VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil I, 11 ed.

4 GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Parte geral. 8. Ed. São Paulo: Saraiva,

2010, Vol. 1. P. 59.

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“Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.”

Desse modo, a menos que a própria lei estabeleça outro termo para o início de sua vigência, ela passa a vigorar depois de transcorridos quarenta e cinco dias da data de edição do Diário Oficial em que ela foi publicada.

Ocorre que, às vezes, no curso da vacatio legis, o Congresso Nacional resolve republicar o texto da lei para corrigir eventuais equívocos, erros gramaticais ou suprir omissões. Quando esse fenômeno acontece o prazo de vacatio irá zerar e recomeça a correr da nova publicação. É o que nos informa o Art. 1º § 3º DA LINDB: “Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.”

Importante salientar também que se a lei já está em vigor e ocorre alteração do seu texto, considera-se lei nova. Ou, nas palavras de Costa Machado: “Implica existência de lei nova que revogará a anterior, incorreta”5. Observe o § 4º do art. 1º da LINDB: “As correções a texto de lei já em vigor consideram-se Lei nova.”

1.2.1 Vigência Extraterritorial da Lei Brasileira De acordo com o § 1º do art. 1 da LINDB, quando a obrigatoriedade da Lei brasileira for admitida em Estados estrangeiros, esta se inicia 3 (três) meses depois de oficialmente publicada. Vejamos: “Art.1º §1. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada”. Atenção: um prazo de 3 meses é diferente de um prazo de 90 dias !!! 1.3 Princípio da Obrigatoriedade da Lei ou da Não Ignorância da Lei

O Princípio da Obrigatoriedade da Lei ou da Não Ignorância de Lei Vigente encontra-se exposto no Art. 3º. da LINDB. Vejamos: “Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.” Sendo assim, deve-se entender que a lei se aplica a todos, em todo o território nacional, não podendo ser alegado o seu desconhecimento. 1.4 Hipóteses de Cessação de Vigência das Leis (art. 2º da LINDB) A doutrinadora Maria Helena Diniz6 elenca três hipóteses de perda da vigência das leis:

5 Costa Machado, Código Civil Interpretado, ed. Manole, 5ª ed. pág. 4.

6 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil 1, 28 ed.

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1. Advento de termo final: existem leis que são criadas para vigorar por um determinado período, ou seja, têm prazo de duração (vigência temporária). Ex: Leis Orçamentárias 2. Advento de uma lei modificativa: é a que modifica o conteúdo de uma lei anterior.