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CRONOTOPIA NA FAVELA: ESTUDO SOBRE A CONSTRUÇÃO DA RELAÇÃO ESPAÇO-TEMPO EM “MORRO DA FAVELA” Profa. Ma. SANDRA MINA TAKAKURA UEPA- Universidade do Estado do Pará

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CRONOTOPIA NA FAVELA: ESTUDO SOBRE A CONSTRUÇÃO DA RELAÇÃO

ESPAÇO-TEMPO EM “MORRO DA FAVELA”

Profa. Ma. SANDRA MINA TAKAKURA

UEPA- Universidade do Estado do Pará

IntroduçãoO domínio discursivo (MARCURSCHI, 2010) pode

definir um gênero como sendo literário, sendo que o tipo que se destaca é o narrativo.

A HQ como o Graphic novel pode pertencer ao domínio discursivo literário (MENDONÇA, 2010).

“Morro da favela” (2011) de André Diniz ambientada num local específico como a favela da Providência pode ser trabalhado através do recorte literário.

“*em ‘Morro da favela’+ a mistura de relato biográfico com arte sequencial produz essa invenção potente que estou chamando aqui de ‘romance quadrinho’. É romance porque possui uma delicada voz que nos apresenta forte personalidade diante dos acontecimentos e produz uma singular visão de mundo a partir deles. É ‘romance quadrinho’ pela decisiva contribuição dos enquandramentos, ambientes, climas, ritmos e visões que a linguagem dos quadrinhos traz a essa voz.” (FAUSTINI, 2011)

Uma vez que os gêneros em literatura são “determinadas pelo cronotopo, sendo que [...] o princípio condutor é o tempo” (BAKHTIN, 2010, p.212), é de suma importância se estudar a construção do cronotopo, ou seja da relação tempo-espaço onde os personagens são constituídos através de seus discursos .

OBJETIVOS Estudar:

* a construção desses espaços através da cronotopia (tempo-espaço) de Bakhtin (2010).

* construção de personagens através do estudo dialógico de seus enunciados e de seus discursos (BAKHTIN, 1998).

METODOLOGIAPara se estudar a construção de espaços através da

cronotopia (tempo-espaço) de Bakhtin (2010), é necessário esboçar um cronotopo específico, o da favela, partindo de conceitos como o cronotopo da praça pública, estudado através de romances biográficos e o cronotopo da estrada, estudados em romances do dia a dia.

Para se estudar a construção de personagens através do estudo dialógico de seus enunciados e de seus discursos, é necessário acessar o discurso hegemônico acerca da “raça” (BANTON, 1977) gênero que permeia o discurso dos personagens de forma velada ou explícita (BAKHTIN, 1998).

CRONOTOPO

O cronotopo dos romances biográficos é descrito como sendo o cronotopo da praça pública, em que “realizava-se a exposição e a recapitulação de toda a vida do cidadão, efetuava-se a sua avaliação público-civil” (BAKHTIN, 2010, p.252).

Sendo que para os gregos da época clássica “toda existência era visível e audível” e que o mesmo não conhecia uma “existência invisível e muda” (p.253).

Ao se adentrar nas épocas helênicas e romanas inicia-se o processo de transferências de “esferas inteiras da existência no próprio homem e fora dele para um registro mudo e uma invisibilidade radical” (idem).

Dessa forma, o sujeito de romances biográficos é à princípio inteiro e não-cingido, sendo que inicia o processo de fragmentação em interior que é a sua intimidade, família e seus problemas e em exterior que é a sua relação com a sociedade e em última instância com o Estado (BAKHTIN, 2010, p.253).

O cronotopo da estrada foi teorizado por Bakhtin nos estudos dos romances do dia-a-dia. Onde o herói passa sem interferir no ambiente. (2010).

IDENTIDADE• Nas teorias sociais discute-se que:

[A]s velhas identidades, que por tanto tempoestabilizaram o mundo social, estão em declínio,fazendo surgir novas identidades e fragmentando oindivíduo moderno, até aqui visto como um sujeitounificado. A assim chamada “crise de identidade” évista como uma parte de um processo mais amplo demudança, que está deslocando estruturas e processocentrais das sociedades modernas e abalando osquadros de referência que davam aos indivíduos umaancoragem estável no mundo social. (HALL, 2009,p.7)

Para se falar do sujeito pós-moderno é necessário acessar as culturas nacionais através de estratégias discursivas como as “narrativas da nação”, ou seja, a sua história oficial e foca-se nas “origens, na continuidade, na tradição e na intemporalidade” (HALL, 2009, p. 52-3).

O processo de unificação das nações quase sempre foi violento envolvendo escravidão, extermínio e dominação por parte de uma cultura hegemônica sobre a do dominado, envolvendo a “supressão forçada da diferença cultural”, sendo que a cultura do colonizador se sobrepuja sobre a do colonizado (p.60). E, outro aspecto notável são as composições das nações serem de indivíduos plurais pertencentes às classes sociais distintas, diferentes grupos étnicos e de gênero, o que por si só impossibilita o apagamento da diferença (p.61).

Enfim, para se estudar o sujeito pós-moderno é imprescindível levar em conta o contexto de onde este sujeito fala e os aspectos discursivos presentes em sua fala acerca da história da nação. Essas, que permanecem em seu discurso transcendendo o tempo, como algo imutável e inquestionável.

Estudo• A favela é retratada através de uma sequencia de

desenhos em preto e branco. Essa sobreposição do preto sobre o branco, acaba por se contrapor aos discursos hegemônicos.

“Raça” nesse artigo se refere ao construto social, teorizado por Michael Banton (1977).

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) a pobreza é negra, pois os o negros somam 70% dos pobres no Brasil (ARAUJO, 2011). Assim a identidade do negro adere-se identidade de pobre.

Nota-se uma desigualdade no acesso aos bens, e ao trabalho marcadamente pela questão “racial”.

O discurso da “igualdade” “é uma forma de supressão forçada da diferença cultural” tendo como modelo ideal a cultura hegemônica branca (HALL, 2009, p.60).

Esse discurso converge com o discurso do branqueamento”.

“O branqueamento” foi e continua sendo uma tentativa de se conciliar as relações sociais no Brasil através da “ausência de uma nítida linha entre brancos e não-brancos”, onde o branco prevalece como sendo um ideal de identidade brasileira (SKIDMORE, 1991, p.37 ).

A “igualdade” aparente na sociedade reforça também a ideia do Brasil como sendo um “paraíso racial” onde há harmonia entre indivíduos de diversas “raças” e onde seus direitos são respeitados (AZEVEDO, 1996, p. 151).

O processo histórico no Brasil, a exclusão não foi explícita, e a segregação não foi legitimada pelo Estado, tal fato dificulta ainda mais o combate da ideia errônea de que não existe uma real exclusão relacionada fortemente à questão “racial” (MARX,1996).

Esses discursos do branqueamento, da ilusão do paraíso racial, e da democracia racial se inserem na memória coletiva do povo como algo natural moldando padrões e comportamentos.

E, este é o discurso hegemônico em relação à questão “racial” das elites brasileiras presente na própria linguagem e na representação semiológica dos corpos dos falantes.

Agrega-se a esse discurso a questão do mérito.

Esse aspecto é notado historicamente no discurso do Presidente do Congresso Nacional em 1977:

No Brasil, a ascensão na sociedadebrasileira depende do esforçoindividual, capacidade intelectual emérito....Todos herdamos atributoscomuns e o que estamos construindo– social, econômica e politicamente –prova a correção de nossa rejeiçãodos mitos de superioridade racial.

(PORTELLA in SKIDMORE, 1991, p.36).

Tal discurso não leva em conta os anos de hegemonia e dominação branca que causou a exclusão de milhares de negros no Brasil através de um processo histórico que ainda perdura na atualidade.

Cronotopo da favela • “O morro da Providência, localizado próximo a

central do Brasil, no Rio de Janeiro, era conhecido como morro da favela.”

• Na Bahia, durante a guerra dos Canudos, os soldados do governo usaram o morro da favela (favela= arbusto) para atacarem o vilarejo de Antônio Conselheiro. Com a promessa de receberem casas do governo, os veteranos vieram para o RJ, no entanto com a demora da entrega das casas, em 1897 começaram a ocupar o morro que passou a ser conhecido como morro da favela.

Favela:

• “ganhou um novo significado, passou a designar todos os agrupamentos desordenados do Rio de Janeiro, depois os do Brasil. E já começa a ser conhecido no mundo.”

• O local é modificado através do tempo, dessa forma, a palavra ‘favela’ ganha outros significados que são compartilhados com o coletivo.

A HQ narra a história de Maurício Hora na favela da Providência no Rio de Janeiro.

“Eu vejo as pessoas me criticando: ‘Ah, por que você não sai daqui?’ Porque eu não quero, não vejo nada de diferente lá embaixo. Minhas raízes vão estar sempre aqui. Eu sou um fotógrafo favelado. E quem disse que todo favelado tem que ser bagunceiro e ladrão.”

• Há relação dialógica entre o discurso do Hora e dos indivíduos que moram fora da favela. Hora responde a quem não pertence a este cronotopo específico.

• Pelo discurso de Hora é possível notar que: o sujeito é cingido entre o dentro: pertencer a favela, ao morro, a um lugar alto; e fora: sociedade lá de baixo, fora da favela, local hegemônico.

• No entanto, o cronotopo da favela não é simplesmente um dentro coeso e unificado. Ou ainda, viver na favela não é “raso” , pois possui profundidade (FAUSTINI).

Maurício inicia a sua narrativa: “A favela se criou nesse morro. As pessoas chamavam aqui de morro da favela.”

“Quando outras comunidades surgiram tudo passou a chamar favela. A favela original teve que ganhar outro nome. Como a região já se chamava providência, aqui virou o morro da Providência.”

A significação da palavra favela passa por um processo contínuo de transformação, sendo que essa mudança se acomoda de acordo com o seu uso na sociedade (BAKHTIN, 2012).

“Eu corro um risco de vida muito grande aqui na Providência. Eu quero usar a fotografia pra transformar a favela. Por conta disso, muita gente do tráfico me olha atravessado *...+.”

“Infelizmente , eu não tenho liberdade pra fotografar por todo o morro. Perco as vezes uma ótima foto porque é um local onde não posso puxar a câmera.”

• É possível notar que a favela é um local perigoso com regras próprias, com linguagem própria e código de conduta própria.

• Este espaço dita o que, como, e por que falar e agir. Neste espaço o discurso carrega uma ideologia própria, influenciada pelo tráfico de drogas e da violência.

“Eu me sinto acuado. E isso porque eu tô falando da minha favela. Da favela onde fui criado desde que nasci, em 1968.”

“Da mesma favela onde, no final dos anos 50, meu pai começou com o tráfico.”

“Meu pai falava pouco e mostrava muito. Usava muito bem cada palavra. *...+”

É possível notar o cuidado com as palavras e o medo em falar sobre o local. Sendo que o pai de Maurício é que inicia o processo de transformação da favela. Tal processo tem datação histórica, no entanto não é o tempo histórico que interfere nesse local. O cronotopoda favela tem tempo próprio.

• Maurício conta acerca de seu pai Luizinho: “antes do tráfico, ele foi bicheiro. Na época isso era o que mais pesava na sua ficha criminal”

• “A ditadura achava que o bicho era uma ameaça maior.”

• Tem-se uma visão do estado de dentro da favela, e como o momento histórico via a favela e suas ameaças. Esta é a identidade que vem do exterior, e do Estado.

• Seu Luizinho é preso e Maurício vai morar na casa dos avós paternos onde é isolado do resto da comunidade. Dentro da favela vemos o dentro que é o núcleo familiar , e o fora, que é a comunidade em si.

• Maurício vai visitar o pai na prisão, e o momento é de descontração para a criança que se encontra com o pai e interage com os filhos de outros presos. A prisão é um cronotopo muito ligado à favela. É um dos momentos em que o Estado se manifesta de forma negativa.

• Maurício entrega um desenho ao pai: “Ó, pai fiz esse desenho pra você. Aqui é você, a mamãe e o Jorge. Aqui é a vovó e o vovô.

“Quem é esse aqui todo rabiscado?”

“Esse é aquele safado do policial que te prendeu!”

Dessa forma, o Estado se manifesta através da figura do policial que prendera o seu Luizinho. A polícia ganha uma conotação negativa na memória de Maurício, somando-se assim à consciência coletiva da comunidade que mora no cronotopo da favela.

“A polícia da época só estava preocupada com a ordem pública. O importante era prender por vadiagem quem andava sem documentos”

“Não é como hoje , que a polícia sobe pra receber a sua parte em dinheiro.”

O maior medo deles era matar um policial. Hoje isso acabou, o traficante encontra a polícia e mata”

Hora compara o passado com o presente, há uma espécie de diálogo com o passado que se compreende através da negação e/oposição do presente.

• Numa das conversas com o pai:“Pai, você é bandido?”“Vamos conversar. O que é bandido pra você?”“Eu... Não sei direito.”“Mas é que te chamaram de bandido... *...+”• [...]“Quando as pessoas dizem que alguém é bandido. Estão

dizendo que essa pessoa é muito má, que ela rouba, que ela é cruel, que ela prejudica todo mundo que tá a sua volta.”

“Você é assim?”“Você acha que sou?”“Claro que não?”

• Nesse aspecto, temos a visão romântica do bandido que não é mau. O bandido seria uma ser que age contra as leis do Estado, mas que não necessariamente age contra as leis do cronotopo da faveça.

• Cria-se uma mística do que é ser bom e do que é ser mau. No cronotopo da favela, o mau é o policial, o estado, e a figura do bem é o bandido gentil que ajuda a resolver os problemas da comunidade.

- “Meu trabalho vai contra as leis, daí eu sou chamado de bandido. Isso não tem jeito, você vai ter que se acostumar.”

- “Tá bom...”

- “No domingo, vou visitar os meus amigos que estão presos. Quer ir comigo?”

- “Oba! Quero sim!

- “Ontem, eu vi aquele safado do Miranda”

- “Miranda?”

- “Ó pai, é o policial que te prendeu!”

- “Ah! O Miranda” Mas ele não é safado não.”

- “Mas ele prendeu o senhor!”

- “Mas aquele lá é policial de verdade. Ele foi o único que não quis dinheiro.”

- “Ele me prendeu porque eu era bandido.”

A identidade do pai perante o filho não é estável, o ser bandido tem várias significações.

O pai age indo contra as leis da sociedade. Sendo que o policial não corrupto segue as leis da sociedade.

A identidade do pai perante a sociedade em ser bandido invade o cronotopo da favela, e torna Maurício filho de um bandido.

O cronotopo da favela é constantemente invadido pelo estado. Trata-se de uma zona em que a sociedade viola princípios como a moradia de um cidadão, o direito de ir e de vir, e a própria dignidade humana.

O cronotopo da favela em última instância se funde ao corpo do favelado, que na maioria das vezes é descrito como: negro e pobre, com trejeitos e falar de malandro e com comportamento moralmente inapropriado.

Dessa forma, o morador da favela dita o cronotopo da favela, mesmo quando está fora do mesmo, no ambiente de trabalho, perante o policial, ou seja, no espaço onde o discurso hegemônico impera.

A mãe de Maurício é morta com um tiro. O Seu Luizinho, o pai de Maurício a mata acidentalmente com um tiro.

“Meu pai estava aqui no morro mesmo, na casa de um amigo. O pessoal do trafico conversou com ele e ficou tudo bem.

A perícia confirmou a versão do meu pai. O tiro foi acidental, quando ele tentava tirar a arma da minha mãe.”

“Eu não via meu pai como um assassino. Lamentei muito a morte dela, mas... Enfim, todo mundo sabia que a minha mãe era o problema.”

• “Reencontrei com meu pai pela primeira vez uma semana depois, foi muito tenso. Ele achava que nós íamos crucificá-lo.”

- “Se o seu irmão fizer alguma coisa contra mim, perdoa ele”

- “Ele só quer saber se você tá bem. Ele mandou um abraço”

- “E você? Seria capaz de me abraçar também?”

[Maurício abraça o pai.]

O cronotopo da favela se constrói através da construção da narrativa da jornada do pai de Maurício, o seu Luizinho. O cronotopo da estrada indica o caminho que foi percorrido ao longo de sua vida, as suas dores íntimas, a relação com o filho, com a esposa e a nova geração do tráfico.

“A situação está insustentável. Te pergunto se aparecer amanhã no jornal, liberou as drogas.”

“Vai ser igual a escravidão, quando acabou. O negro não deixou de ser negro. O negro não deixou de ser visto como sinônimo de escravo. Até hoje tem isso.”

“Mesmo liberando as drogas o favelado vai continuar a ser visto como traficante.

“Para onde vai isso? Não sei.”

“ Um dos últimos malandros à moda antiga foi embora agora. Meu pai ia fazer 68 anos. Depois que meu pai morreu, só restaram bandidos”.

“Apesar de todos os problemas que temos aqui, eu não troco a favela por nada. Eu não estou falando da vista maravilhosa, mas sim, das pessoas. Aqui está cheio de gente legal.”

Maurício encerra os quadrinhos tirando uma foto da Dona Iracema que com o sorriso colore os quadrinhos em preto e branco.

CONCLUSÃO

Maurício conta a sua história através dos quadrinhos de Diniz contrapondo-se aos discursos hegemônicos acerca de “raça”, do mito da democracia racial, da branquidade e do discurso do mérito.

Nota-se que a origem da favela tem um marco histórico, pois indivíduos excluídos e esquecidos pelo Estado aglomeram-se em um determinado espaço geográfico.

• No entanto, uma vez que a favela é constituída, ela se torna um cronotopopróprio onde se recria novos discursos que se contrapõem ao discurso hegemônico.

• O cronotopo da favela passa para o corpo do favelado onde se colam novas identidades como: negro, pobre, bandito, marginal, maconheiro, traficante. As identidades fragmentadas são atribuídas pela sociedade que são reconstruídas e constituídas na comunidade.

Morro da Favela é uma obra biográfica, rica e traz a visão de dentro da favela através do olhar de um morador, mostrando as possibilidades de ressignificação das palavras e dos discursos.

Consequentemente demonstra a possibilidade de se desestabilizar discursos hegemônicos que a princípio parecem ser cristalizados, imutáveis e atemporais.

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