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CEISC Processo Penal Prof: Nidal Ahmad

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CEISC

Processo Penal

Prof: Nidal Ahmad

1) INQUÉRITO POLICIAL

1.1) CONCEITO

Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridadespoliciais no território de suas respectivas circunscrições eterá por fim a apuração das infrações penais e da suaautoria.

Parágrafo único. A competência definida neste artigo nãoexcluirá a de autoridades administrativas, a quem por leiseja cometida a mesma função.

1.2) CARACTERÍSTICAS

A) PROCEDIMENTO ESCRITO – Art. 9º

B) OFICIALIDADE

C) INDISPONIBILIDADE

D) SIGILOSO

Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário àelucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.

Parágrafo único. os atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, aautoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes ainstauração de inquérito contra os requerentes, salvo no caso de existircondenação anterior.

SÚMULA VINCULANTE Nº 14 “É DIREITO DO DEFENSOR, NO INTERESSEDO REPRESENTADO, TER ACESSO AMPLO AOS ELEMENTOS DE PROVA QUE,JÁ DOCUMENTADOS EM PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIOREALIZADO POR ÓRGÃO COM COMPETÊNCIA DE POLÍCIA JUDICIÁRIA,DIGAM RESPEITO AO EXERCÍCIO DO DIREITO DE DEFESA.”

E) INQUISITIVO

Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requererqualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.

QUESTÃO 65 – V EXAME

Tendo em vista o enunciado da súmula vinculante n. 14 do SupremoTribunal Federal, quanto ao sigilo do inquérito policial, é correto afirmarque a autoridade policial poderá negar ao advogado

(A) a vista dos autos, sempre que entender pertinente

(B) a vista dos autos, somente quando o suspeito tiver sido indiciadoformalmente

(C) do indiciado que esteja atuando com procuração o acesso aos depoimentosprestados pelas vítimas, se entender pertinente.

(D) o acesso aos elementos de prova que ainda não tenham sidodocumentados no procedimento investigatório

1.3) DISPENSABILIDADE

Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador compoderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do MinistérioPúblico, ou à autoridade policial (...).

§ 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação foremoferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, OFERECERÁ ADENÚNCIA NO PRAZO DE QUINZE DIAS.

Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a

uma ou outra.

Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado dadata em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, seo réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridadepolicial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público recebernovamente os autos.

§ 1o QUANDO O MINISTÉRIO PÚBLICO DISPENSAR O INQUÉRITO POLICIAL, o prazopara o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peçasde informações ou a representação (...)

Questão 67 VIII OAB

Um Delegado de Polícia determina a instauraçãode inquérito policial para apurar a prática do crimede receptação, supostamente praticado por José.Com relação ao Inquérito Policial, assinale aafirmativa que não constitui sua característica.

A) Escrito.

B) Inquisitório.

C) Indispensável.

D) Formal.

1.4) ENCERRAMENTO

Art. 10. O inquérito DEVERÁ TERMINAR NO PRAZO DE 10 DIAS, se o indiciado tiversido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nestahipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.

§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juizcompetente. (...)

Art. 51 da Lei 11343/2006

Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (TRINTA) DIAS, SE OINDICIADO ESTIVER PRESO, E DE 90 (NOVENTA) DIAS, QUANDO SOLTO.

Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz,ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.

Art. 66 da Lei 5.010/66 . O prazo para conclusão do inquérito policial será dequinze dias, quando o indiciado ESTIVER PRÊSO, podendo ser prorrogado por maisquinze dias, a pedido, devidamente fundamentado, da autoridade policial edeferido pelo Juiz a que competir o conhecimento do processo.

Parágrafo único. Ao requerer a prorrogação do prazo para conclusão do inquérito,a autoridade policial deverá apresentar o prêso ao Juiz.

1.5) ARQUIVAMENTO

Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de basepara a denúncia, A AUTORIDADE POLICIAL PODERÁ PROCEDER A NOVAS PESQUISAS, SE DEOUTRAS PROVAS TIVER NOTÍCIA.

Questão 69 XVIII EXAME

No dia 10 de maio de 2015, Maria, 25 anos, foi vítima de um crime de estupro simples,mas, traumatizada, não mostrou interesse em dar início a qualquer investigação penalou ação penal em relação aos fatos. Os pais de Maria, porém, requerem a instauraçãode inquérito policial para apurar autoria, entendendo que, após identificar o agente,Maria poderá decidir melhor sobre o interesse na persecução penal. Foi proferidodespacho indeferindo o requerimento de abertura de inquérito. Considerando a situaçãonarrada, assinale a afirmativa correta.

A) Do despacho que indefere o requerimento de abertura de inquérito policial não cabequalquer recurso, administrativo ou judicial.

B) Em que pese o interesse de Maria ser relevante para o início da ação penal, ainstauração de inquérito policial independe de sua representação.

C) Caso Maria manifeste interesse na instauração de inquérito policial após oindeferimento, ainda dentro do prazo decadencial, o procedimento poderá terinício, independentemente do surgimento de novas provas.

D) Apesar de os pais de Maria não poderem requerer a instauração de inquérito policial,o Ministério Público pode requisitar o início do procedimento na hipótese, tendo em vistaa natureza pública da ação.

Questão 65 XVII EXAME

No dia 01/04/2014, Natália recebeu cinco facadas em seu abdômen, golpes estes queforam a causa eficiente de sua morte. Para investigar a autoria do delito, foi instauradoinquérito policial e foram realizadas diversas diligências, dentre as quais se destacam aoitiva dos familiares e amigos da vítima e exame pericial no local. Mesmo após todas essasmedidas, não foi possível obter indícios suficientes de autoria, razão pela qual o inquéritopolicial foi arquivado pela autoridade judiciária por falta de justa causa, em 06/10/2014,após manifestação nesse sentido da autoridade policial e do Ministério Público. Ocorre que,em 05/01/2015, a mãe de Natália encontrou, entre os bens da filha que ainda guardava,uma carta escrita por Bruno, ex-namorado de Natália, em 30/03/2014, em que eleafirmava que ela teria 24 horas para retomar o relacionamento amoroso ou deveria arcarcom as consequências. A referida carta foi encaminhada para a autoridade policial. Nessecaso,

A) nada poderá ser feito, pois o arquivamento do inquérito policial fez coisa julgada material.

B) a carta escrita por Bruno pode ser considerada prova nova e justificar odesarquivamento do inquérito pela autoridade competente.

C) nada poderá ser feito, pois a carta escrita antes do arquivamento não pode ser considerada provanova.

D) pela falta de justa causa, o arquivamento poderia ter sido determinado diretamente pela autoridadepolicial, independentemente de manifestação do Ministério Público ou do juiz.

XVI EXAME

Questão 65

O inquérito policial pode ser definido como um procedimentoinvestigatório prévio, cuja principal finalidade é a obtenção de indíciospara que o titular da ação penal possa propô-la contra o suposto autor dainfração penal. Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.

A) A exigência de indícios de autoria e materialidade para oferecimento de denúnciatorna o inquérito policial um procedimento indispensável.

B) O despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito policial éirrecorrível.

C) O inquérito policial é inquisitivo, logo o defensor não poderá ter acesso aoselementos informativos que nele constem, ainda que já documentados.

D) A autoridade policial, ainda que convencida da inexistência do crime,não poderá mandar arquivar os autos do inquérito já instaurado.

Questão 66 – X EXAME

Na cidade “A”, o Delegado de Polícia instaurou inquéritopolicial para averiguar a possível ocorrência do delito deestelionato praticado por Márcio, tudo conformeminuciosamente narrado na requisição do Ministério PúblicoEstadual. Ao final da apuração, o Delegado de Polícia enviou oinquérito devidamente relatado ao Promotor de Justiça. Noentendimento do parquet, a conduta praticada por Márcio,embora típica, estaria prescrita. Nessa situação, o Promotordeverá

A) arquivar os autos.

B) oferecer denúncia.

C) determinar a baixa dos autos.

D) requerer o arquivamento.

2) AÇÃO PENAL

2.1) AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA

Art. 24. Nos crimes de AÇÃO PÚBLICA, ESTA SERÁ PROMOVIDA PORDENÚNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO, mas dependerá, quando a lei o exigir, derequisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiverqualidade para representá-lo. (...)

a) TITULARIDADE

b) PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE

c) PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE

Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.

Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.

d) PRINCÍPIO DA OFICIOSIDADE

e) PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA

XIII EXAME

67) Fernanda, durante uma discussão com seu marido Renato, levou vários socos echutes. Inconformada com a agressão, dirigiu-se à Delegacia de Polícia mais próxima enarrou todo o ocorrido. Após a realização do exame de corpo de delito, foi constatada aprática de lesão corporal leve por parte de Renato. O Delegado de Polícia registrou aocorrência e requereu as medidas cautelares constantes no Artigo 23 da Lei nº11.340/2006. Após alguns dias e com objetivo de reconciliação com o marido, Fernandafoi novamente à Delegacia de Polícia requerendo a cessação das investigações para quenão fosse ajuizada a ação penal respectiva. Diante do caso narrado, de acordo com orecente entendimento do Supremo Tribunal Federal, assinale a afirmativa correta.

A) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é condicionadaà representação. Desta forma, é possível a sua retratação, pois não houve o oferecimento dadenúncia.

B) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal épública incondicionada, sendo impossível interromper as investigações e obstar oprosseguimento da ação penal.

C) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é públicaincondicionada, mas é possível a retratação da representação antes do oferecimento da denúncia.

D) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é públicacondicionada à representação, mas como os fatos já foram levados ao conhecimento da autoridadepolicial será impossível impedir o prosseguimento das investigações e o ajuizamento da ação penal.

Questão 68 XII

João e José, músicos da famosa banda NXY, se desentenderam por causa de uma namorada. Joãose descontrolou e partiu para cima de José, agredindo-o com socos e pontapés, vindo a serseparado de sua vítima por policiais militares que passavam no local, e lhe deram voz de prisão emflagrante. O exame de corpo de delito revelou que dois dedos da mão esquerda do guitarrista Joséforam quebrados e o braço direito, luxado, ficando impossibilitado de tocar seu instrumento por 40dias. Na hipótese, trata-se de crime de ação penal

A) privada propriamente dita.

B) pública condicionada à representação.

C) privada subsidiária da pública.

D) pública incondicionada.

Questão 67 – X EXAME

Um professor na aula de Processo Penal esclarece a um aluno que o Ministério Público, apósingressar com a ação penal, não poderá desistir dela, conforme expressa previsão do Art. 42 doCPP. O professor estava explicando ao aluno o princípio da

A) indivisibilidade.

B) obrigatoriedade.

C) indisponibilidade.

D) intranscedência.

2.2) AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público,mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou derepresentação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

§ 1o No caso de MORTE DO OFENDIDO ou quando declarado ausente por decisão judicial, odireito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

§ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse daUnião, Estado e Município, a ação penal será pública.

DIGNIDADE SEXUAL

Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penalpública condicionada à representação.

Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima émenor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável.

d) PRAZO

Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direitode queixa ou de representação, se não o exercer dentro DO PRAZO DE SEIS MESES,CONTADO DO DIA EM QUE VIER A SABER QUEM É O AUTOR DO CRIME, ou, no caso doart. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.

Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação, dentro domesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31.

e) IRRETRATABILIDADE

Art. 25. A representação será IRRETRATÁVEL, depois de oferecida a denúncia.

LEI 11.340/2006

Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida deque trata esta Lei, SÓ SERÁ ADMITIDA A RENÚNCIA À REPRESENTAÇÃO PERANTE OJUIZ, EM AUDIÊNCIA ESPECIALMENTE DESIGNADA com tal finalidade, ANTES DORECEBIMENTO DA DENÚNCIA E OUVIDO O MINISTÉRIO PÚBLICO.

Súmula 542 STJ “A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante deviolência doméstica contra a mulher é pública incondicionada”

2.3) AÇÃO PENAL PRIVADA

I) CONCEITO

II) PRINCÍPIOS

a) PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE OU CONVENIÊNCIA * propõe a ação sequiser

b) PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE

Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos,

sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.

c) PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE

Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime OBRIGARÁ AOPROCESSO DE TODOS, e o Ministério Público velará pela suaindivisibilidade.

d) PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA

III) PRAZO

Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ouseu representante legal, decairá no direito de queixa oude representação, se não o exercer dentro do prazode seis meses, contado do dia em que vier a saberquem é o autor do crime, ou, no CASO DO ART. 29,DO DIA EM QUE SE ESGOTAR O PRAZO PARA OOFERECIMENTO DA DENÚNCIA.

Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direitode queixa ou representação, dentro do mesmo prazo,nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31.

XIV EXAME

69) Fábio, vítima de calúnia realizada por Renato e Abel, decidemover ação penal privada em face de ambos. Após o ajuizamentoda ação, os autos são encaminhados ao Ministério Público, poisFábio pretende desistir da ação penal privada movida apenas emface de Renato para prosseguir em face de Abel. Diante dos fatosnarrados, assinale a opção correta.

A) A ação penal privada é divisível; logo, Fábio poderá desistir da açãopenal apenas em face de Renato.

B) A AÇÃO PENAL PRIVADA É INDIVISÍVEL; LOGO, FÁBIO NÃOPODERÁ DESISTIR DA AÇÃO PENAL APENAS EM FACE DE RENATO.

C) A ação penal privada é obrigatória, por conta do princípio daobrigatoriedade da ação penal.

D) A ação penal privada é indisponível; logo, Fábio não poderá desistir daação penal apenas em face de Renato.

Questão 60 IX EXAME PENAL

Tendo como base o instituto da ação penal, assinale aafirmativa correta.

A) Na ação penal privada vigora o princípio da oportunidadeou conveniência.

B) A ação penal privada subsidiária da pública fere dispositivoconstitucional que atribui ao Ministério Público o direito exclusivo deiniciar a ação pública.

C) Como o Código Penal é silente no tocante à natureza da ação penalno crime de lesão corporal culposa, verifica-se que a referida infraçãoserá de ação penal pública incondicionada.

D) A legitimidade para ajuizamento da queixa-crime na ação penalexclusivamente privada (ou propriamente dita) é unicamente doofendido.

2.4) AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA

Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de açãopública, SE ESTA NÃO FOR INTENTADA NO PRAZO LEGAL,cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la eoferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos doprocesso, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, atodo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar aação como parte principal.

Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seurepresentante legal, decairá no direito de queixa ou derepresentação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses,contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime,ou, no CASO DO ART. 29, DO DIA EM QUE SE ESGOTAR O PRAZOPARA O OFERECIMENTO DA DENÚNCIA.

Questão 68 XVII EXAME

Carlos foi indiciado pela prática de um crime de lesão corporal grave, queteria como vítima Jorge. Após o prazo de 30 dias, a autoridade policialelaborou relatório conclusivo e encaminhou o procedimento para o MinistérioPúblico. O promotor com atribuição concluiu que não existiam indícios deautoria e materialidade, razão pela qual requereu o arquivamento.Inconformado com a manifestação, Jorge contratou advogado e propôs açãopenal privada subsidiária da pública. Nesse caso, é correto afirmar que

A) caso a queixa seja recebida, o Ministério Público não poderá aditá-la ou interporrecurso no curso do processo.

B) caso a queixa seja recebida, havendo negligência do querelante, deverá serreconhecida a perempção.

C) a queixa proposta deve ser rejeitada pelo magistrado, pois não houveinércia do Ministério Público.

D) a queixa proposta deve ser rejeitada pelo magistrado, tendo em vista que o institutoda ação penal privada subsidiária da pública não foi recepcionado pela ConstituiçãoFederal.

65 VI EXAMETício está sendo investigado pela prática do delito de roubo simples,tipificado no artigo 157, caput, do Código Penal. Concluída ainvestigação, o Delegado Titular da 41ª Delegacia Policial envia osautos ao Ministério Público, a fim de que este tome as providências queentender cabíveis. O Parquet, após a análise dos autos, decide peloarquivamento do feito, por faltas de provas de autoria. A vítimaingressou em juízo com uma ação penal privada subsidiária da pública,que foi rejeitada pelo juiz da causa, que, no caso acima, agiu(A) erroneamente, tendo em vista a Lei Processual admite a ação privada noscrimes de ação pública quando esta não for intentada.(B) corretamente, pois a vítima não tem legitimidade para ajuizar ação penalprivada subsidiária da pública.(C) corretamente, já que a Lei Processual não admite a ação penalprivada subsidiária da pública nos casos em que o Ministério Públiconão se mantém inerte.(D) erroneamente, já que a Lei Processual admite, implicitamente, a açãopenal privada subsidiária da pública.

3) COMPETÊNCIA

3.1) CONCEITO

3.2) ESPÉCIES DE COMPETÊNCIA

a) ratione materiae:

b) ratione loci (art. 69, I e II) - territorial

c) ratione personae:

2º) DETERMINAÇÃO DO FORO COMPETENTE – COMPETÊNCIA TERRITORIAL

A) REGRA GERAL

Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo LUGAR EM QUE SECONSUMAR A INFRAÇÃO, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que forpraticado o último ato de execução.§ 1º Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, acompetência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, oúltimo ato de execução.§ 2º Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, serácompetente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido oudevia produzir seu resultado.§ 3º Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quandoincerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duasou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.

I) COMPETÊNCIA POR CONEXÃO

Art. 76. A competência será determinada pela conexão:

I - se, OCORRENDO DUAS OU MAIS INFRAÇÕES, houverem sidopraticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou porVÁRIAS PESSOAS EM CONCURSO, embora diverso o tempo e olugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras;

II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas parafacilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ouvantagem em relação a qualquer delas;

III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suascircunstâncias elementares influir na prova de outra infração.

- São efeitos da conexão: a reunião das ações penais em ummesmo processo e a prorrogação da competência.

II) FORO PREVALENTE

A) COMPETÊNCIA PREVALENTE DO JÚRI

Art. 78. Na determinação da competência porconexão ou continência, serão observadas as seguintes regras:I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição

comum, prevalecerá a competência do júri;

Súmula nº 721 STF– “A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece

sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela

Constituição estadual.”

B) JURISDIÇÃO DA MESMA CATEGORIA

Art. 78. Na determinação da competência porconexão ou continência, serão observadas as seguintesregras:

(...)

II - no concurso de jurisdições da mesma categoria:

a) preponderará a do lugar da infração, à qual forcominada a pena mais grave;

b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maiornúmero de infrações, se as respectivas penas forem deigual gravidade;

c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outroscasos;

37) COMPETÊNCIA POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO

* Infração penal praticada antes do exercício funcional (regra da

atualidade)

Súmula 451 do STF: “A competência especial por prerrogativa de função não se

estende ao crime cometido após a cessação definitiva do exercício da

função”.

A) COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda daConstituição, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente:

(...)

b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e oProcurador-Geral da República;

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, osMinistros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e daAeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos TribunaisSuperiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missãodiplomática de caráter permanente

B) COMPETÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, originariamente:

a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito

Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dosTribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dosTribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos TribunaisRegionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, osmembros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os doMinistério Público da União que oficiem perante tribunais

(...)

c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer daspessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunalsujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha,do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da JustiçaEleitoral;

C) COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS

Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:

I - processar e julgar, originariamente:

a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da JustiçaMilitar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade,e os membros do Ministério Público da União, RESSALVADA ACOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL;

D) COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

Art. 96. Compete privativamente:

(...)

III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal eTerritórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns ede responsabilidade, RESSALVADA A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL.

E) COMPETÊNCIA PARA JULGAR PREFEITOS

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com ointerstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da CâmaraMunicipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nestaConstituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: (...)

X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça;

SÚMULA 702 STF: “A competência do Tribunal para julgar Prefeitos restringe-seaos crimes de competência da Justiça comum estadual; NOS DEMAIS CASOS,A COMPETÊNCIA CABERÁ AO RESPECTIVO TRIBUNAL DE SEGUNDOGRAU”.

Súmula 208 STJ “Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipalpor desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal”.

Súmula 209 STJ “Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desviode verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal”.

F) PRERROGATIVA DE FUNÇÃO E CONCURSO DE PESSOAS

Súmula 704 do STF: “Não viola as garantias do JUIZ NATURAL, DAAMPLA DEFESA E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL a atração porcontinência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativade função de um dos denunciados”.

G) FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO E TRIBUNAL DO JÚRI

Súmula 721 do STF: “A competência constitucional do Tribunal do Júriprevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecidoexclusivamente pela Constituição estadual.

Súmula Vinculante nº 45: “A competência constitucional do tribunal do júriprevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecidoexclusivamente pela Constituição Estadual.

Questão 67 XVII EXAME

Juan da Silva foi autor de uma contravenção penal, em detrimento dos interesses daCaixa Econômica Federal, empresa pública. Praticou, ainda, outra contravenção emconexão, dessa vez em detrimento dos bens do Banco do Brasil, sociedade deeconomia mista. Dessa forma, para julgá-lo será competente

A) a Justiça Estadual, pelas duas infrações.

B) a Justiça Federal, no caso da contravenção praticada em detrimento da Caixa EconômicaFederal, e Justiça Estadual, no caso da infração em detrimento do Banco do Brasil.

C) a Justiça Federal, pelas duas infrações.

D) a Justiça Federal, no caso de contravenção praticada em detrimento do Banco do Brasil, eJustiça Estadual pela infração em detrimento da Caixa Econômica Federal.

Questão 67 XVII EXAME

Durante 35 anos, Ricardo exerceu a função de juiz de direito junto ao Tribunal deJustiça de Minas Gerais. Contudo, no ano de 2012, decidiu se aposentar e passoua morar em Florianópolis, Santa Catarina. No dia 22/01/2015, travou umadiscussão com seu vizinho e acabou por ser autor de um crime de lesão corporalseguida de morte, consumado na cidade em que reside. Oferecida a denúncia, deacordo com a jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, serácompetente para julgar Ricardo

A) o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.

B) uma das Varas Criminais de Florianópolis.

C) o Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

D) o Tribunal do Júri de Florianópolis.

III EXAME OAB

Tendo como referência a competência ratione personae, assinale a alternativacorreta

(A) Caio, vereador de um determinado município, pratica um crime comum previsto naparte especial do Código Penal. Será, pois, julgado no Tribunal de Justiça do Estadoonde exerce suas funções, uma vez que goza do foro por prerrogativa de função

(B) Tício, juiz estadual, pratica um crime eleitoral. Por ter foro por prerrogativa defunção, será julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas atividades

(C) Mévio é governador do Distrito Federal e pratica um crime comum. Poruma questão de competência originária decorrente da prerrogativa de função,será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça

(D) Terêncio é prefeito e pratica um crime comum, devendo ser julgado pelo Tribunal deJustiça do respectivo Estado. Segundo entendimento do STF, a situação não se alterariase o crime praticado por Terêncio fosse um crime eleitoral.

4) DA PROVA

4.1) Limitação à prova produzida na fase inquisitiva

Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livreapreciação da prova produzida em contraditório judicial,não podendo fundamentar sua decisãoexclusivamente nos elementos informativos colhidosna investigação, ressalvadas as provas cautelares,não repetíveis e antecipadas.

Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoasserão observadas as restrições estabelecidas na lei civil.

4.2) PROVA ILÍCITA

Art. 157. São inadmissíveis, devendo serdesentranhadas do processo, as provas ilícitas,assim entendidas as obtidas em violação anormas constitucionais ou legais. (Redaçãodada pela Lei nº 11.690, de 2008)

(...)

CF/88, no artigo 5º, LVI, dispõe serem “inadmissíveis,no processo, as provas obtidas por meios ilícitos”.

4.3) Provas ilícitas por derivação e a teoria dos “frutos da árvoreenvenenada”

Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas doprocesso, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas emviolação a normas constitucionais ou legais. (Redação dada pelaLei nº 11.690, de 2008)

§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas dasilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidadeentre umas e outras, ou quando as derivadas puderem serobtidas por uma fonte independente das primeiras.

§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só,seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ouinstrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova.

§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declaradainadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado àspartes acompanhar o incidente.

§ 4o (VETADO)

Questão 68 XVIII EXAME

Determinada autoridade policial recebeu informações de vizinhos de Lucasdando conta de que ele possuía arma de fogo calibre .38 em sua casa, razãopela qual resolveu indiciá-lo pela prática de crime de posse de arma de fogode uso permitido, infração de médio potencial ofensivo, punida com pena dedetenção de 01 a 03 anos e multa. No curso das investigações, requereu aoJudiciário interceptação telefônica da linha do aparelho celular de Lucas paramelhor investigar a prática do crime mencionado, tendo sido o pedidodeferido. De acordo com a situação narrada, a prova oriunda da interceptaçãodeve ser considerada

A) ilícita, pois somente o Ministério Público tem legitimidade para representar pelamedida.

B) válida, desde que tenha sido deferida por ordem do juiz competente para açãoprincipal.

C) ilícita, pois o crime investigado é punido com detenção.

D) ilícita, assim como as dela derivadas, ainda que estas pudessem ser obtidas por fonteindependente da primeira.

XIV EXAME

65) O Delegado de Polícia, desconfiado de que Fabiano é o líder de uma quadrilha querealiza assaltos à mão armada na região, decide, com a sua equipe, realizar umainterceptação telefônica sem autorização judicial. Durante algumas semanas, escutaramdiversas conversas, por meio das quais descobriram o local onde a res furtiva eraarmazenada para posterior revenda. Com essa informação, o Delegado de Políciarepresentou pela busca e apreensão a ser realizada na residência suspeita, sendo taldiligência autorizada pelo Juízo competente. Munidos do mandado de busca e apreensão,ingressam na residência encontrando diversos objetos fruto de roubo, como joias,celulares, documentos de identidade etc., tudo conforme indicou a interceptaçãotelefônica. Assim, Fabiano foi conduzido à Delegacia, onde se registrou a ocorrência.Acerca do caso narrado, assinale a opção correta.

A) A realização da busca e apreensão é admissível, tendo em vista que houve autorização prévia dojuízo competente, existindo justa causa para ajuizamento da ação penal.

B) A realização da busca e apreensão é admissível, apesar da interceptação telefônica ter sido realizadasem autorização judicial, existindo justa causa para ajuizamento da ação penal.

C) A realização da busca e apreensão não é admissível porque houve representação do Delegado dePolícia, não existindo justa causa para o ajuizamento da ação penal.

D) A realização da busca e apreensão não é admissível, pois derivou de uma interceptaçãotelefônica ilícita, aplicando-se a teoria dos frutos da árvore envenenada, não existindojusta causa para o ajuizamento da ação penal.

Questão 68 – V EXAME

A respeito da prova no processo penal, assinale a alternativa correta

(A) A prova objetiva demonstra a existência/inexistência de um determinadofato ou a veracidade/falsidade de uma determinada alegação. Todos os fatos,em sede de processo penal, devem ser provados

(B) São consideradas provas ilícitas aquelas obtidas com a violação do direitoprocessual. Por outro lado, são consideradas provas ilegítimas as obtidas com aviolação das regras de direito material.

(C) As leis em geral e os costumes não precisam ser comprovados.

(D) A lei processual pátria prevê expressamente a inadmissibilidadeda prova ilícita por derivação, perfilhando-se à “teoria dos frutos daárvore envenenada” (“fruits of poisonous tree”)

5) PRISÃO

Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrantedelito ou por ordem escrita e fundamentada daautoridade judiciária competente, em decorrência desentença condenatória transitada em julgado ou, nocurso da investigação ou do processo, em virtude de prisãotemporária ou prisão preventiva.

§ 1o As medidas cautelares previstas neste Título não seaplicam à infração a que não for isolada, cumulativaou alternativamente cominada pena privativa deliberdade.

§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e aqualquer hora, respeitadas as restrições relativas àinviolabilidade do domicílio.

5.1) PRISÃO EM FLAGRANTE

Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentesdeverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

A) ESPÉCIES DE FLAGRANTE

Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:

I - está cometendo a infração penal;

II - acaba de cometê-la;

III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquerpessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;

IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéisque façam presumir ser ele autor da infração.

Súmula 145 do STF: “ Não há crime quando a PREPARAÇÃO do flagrantepela polícia torna impossível a sua consumação”.

B) DECISÃO JUDICIAL AO RECEBER O AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE

Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz DEVERÁfundamentadamente: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

I - relaxar a prisão ilegal; ou

II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando

presentes os requisitos constantes do art. 312deste Código, e se revelarem inadequadas ouinsuficientes as medidas cautelares diversas daprisão; ou

III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. (Incluído pela Leinº 12.403, de 2011).

Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou ofato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder aoacusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atosprocessuais, sob pena de revogação.

Questão 65 XX EXAME

José Augusto foi preso em flagrante delito pela suposta prática do crime dereceptação (Art. 180 do Código Penal – pena: 01 a 04 anos de reclusão emulta). Em que pese seja tecnicamente primário e de bons antecedentes e sejacivilmente identificado, possui, em sua Folha de Antecedentes Criminais, duasanotações pela prática de crimes patrimoniais, sem que essas ações tenhamresultados definitivos. Neste caso, de acordo com as previsões expressas doCódigo de Processo Penal, assinale a afirmativa correta.

A) Estão preenchidos os requisitos para decretação da prisão preventiva, pois as açõespenais em curso demonstram a existência de risco para a ordem pública.

B) A autoridade policial não poderá arbitrar fiança neste caso, ficando tal medida deresponsabilidade do magistrado.

C) Antes de decidir pela liberdade provisória ou conversão em preventiva, poderá a prisãoem flagrante do acusado perdurar pelo prazo de 10 dias úteis, ou seja, até ooferecimento da denúncia.

D) O juiz não poderá converter a prisão em flagrante em preventiva, maspoderá aplicar as demais medidas cautelares.

Questão 66 IX EXAME

O Código de Processo Penal pátrio menciona que tambémse considera em flagrante delito quem é perseguido, logoapós o delito, pela autoridade, pelo ofendido ou porqualquer pessoa, em situação que faça presumir ser operseguido autor da infração. A essa modalidade dá-se onome de flagrante

A) impróprio.

B) ficto.

C) diferido ou retardado.

D) esperado.

Questão 66 VIII EXAME

O deputado “M” é um famoso político do Estado “Y”, e tem grande influência no governoestadual, em virtude das posições que já ocupou, como a de Presidente da AssembléiaLegislativa. Atualmente, exerce a função de Presidente da Comissão de Finanças e Contratos.Durante a reunião semestral com as empresas interessadas em participar das inúmerascontratações que a Câmara fará até o final do ano, o deputado “M” exigiu do presidente daempresa “Z” R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para que esta pudesse participar daconcorrência para a realização das obras na sede da Câmara dos Deputados. O presidente daempresa “Z”, assustado com tal exigência, visto que sua empresa preenchia todos osrequisitos legais para participar das obras, compareceu à Delegacia de Polícia e informou aoDelegado de Plantão o ocorrido, que o orientou a combinar a entrega da quantia para daqui auma semana, oportunidade em que uma equipe de policiais estaria presente para efetuar aprisão em flagrante do deputado. No dia e hora aprazados para a entrega da quantiaindevida, os policiais prenderam em flagrante o deputado “M” quando este conferia o valorentregue pelo presidente da empresa “Z”. Na qualidade de advogado contratado peloDeputado, assinale a alternativa que indica a peça processual ou pretensão processual,exclusiva de advogado, cabível na hipótese acima.

A) Liberdade Provisória.

B) Habeas Corpus.

C) Relaxamento de Prisão.

D) Revisão Criminal.

5.2) PRISÃO PREVENTIVA

A) Momento e Legitimidade

Art. 311. Em qualquer fase da investigação policialou do processo penal, caberá a prisão preventivadecretada pelo juiz, de ofício, SE NO CURSO DAAÇÃO PENAL, OU A REQUERIMENTO DOMINISTÉRIO PÚBLICO, DO QUERELANTE OU DOASSISTENTE, OU POR REPRESENTAÇÃO DAAUTORIDADE POLICIAL.

B) HIPÓTESES EM QUE PODE SER DECRETADA A PRISÃO PREVENTIVA

Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ORDEM PÚBLICA, da ORDEMECONÔMICA, por CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL, ou para ASSEGURAR A APLICAÇÃO DALEI PENAL, quando houver prova da EXISTÊNCIA DO CRIME E INDÍCIO SUFICIENTE DEAUTORIA. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em CASO DE DESCUMPRIMENTO DEQUALQUER DAS OBRIGAÇÕES IMPOSTAS POR FORÇA DE OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES (ART. 282,§ 4O).

a) Garantia da ordem pública

b) Conveniência da instrução criminal

c) Garantia da aplicação da lei penal

d) Garantia de ordem econômica

C) Circunstâncias legitimadoras da prisão preventiva - REQUISITOS

Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação daprisão preventiva:

I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máximasuperior a 4 (quatro) anos;

II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentençatransitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 doDecreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;

III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher,criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, paragarantir a execução das medidas protetivas de urgência;

IV - (revogado).

Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houverdúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecerelementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocadoimediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipóteserecomendar a manutenção da medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

5.3) PRISÃO TEMPORÁRIA

Art. 1° Caberá prisão temporária:

I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;

III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação doindiciado nos seguintes crimes:

a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);

b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);

c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);

d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);

e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);

f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);

g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);

h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único);

i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);

j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);

l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;

m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas;

n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976);

o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).

A) DECRETAÇÃO POR AUTORIDADE JUDICIAL E PRAZO DE DURAÇÃO

Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação daautoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco)dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

§ 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá oMinistério Público.

(...)

- crimes hediondos e equiparados, o art. 2º, § 4º, da Lei 8072/90 – prazo pode atingir 30dias, prorrogáveis por igual período, em caso de extrema e comprovada necessidade.

Questão 68 XVI EXAME

A prisão temporária pode ser definida como cautelar restritiva, decretada portempo determinado, destinada a possibilitar as investigações de certos crimesconsiderados pelo legislador como graves, antes da propositura da açãopenal.

Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.

A) Assim como a prisão preventiva, pode ser decretada de ofício pelo juiz,após requerimento do Ministério Público ou representação da autoridadepolicial.

B) Sendo o crime investigado hediondo, o prazo poderá ser fixado em, nomáximo, 15 dias, prorrogáveis uma vez pelo mesmo período.

C) Findo o prazo da temporária sem prorrogação, o preso deve serimediatamente solto.

D) O preso, em razão de prisão temporária, poderá ficar detido no mesmolocal em que se encontram os presos provisórios ou os condenadosdefinitivos.

Questão 96 – 2009/02

Acerca das prisões cautelares, assinale a opção correta.

A) Em regra, a prisão temporária deve ter duração máxima de cinco dias.

Tratando-se, no entanto, de procedimento destinado à apuração da prática de

delito hediondo, tal prazo poderá estender-se para trinta dias, prorrogável por

igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

B) A apresentação espontânea do acusado à autoridade policial, ao juiz criminal ou ao

MP impede a prisão preventiva, devendo o acusado responder ao processo em

liberdade.

C) Considere que Amanda, na intenção de obter vantagem econômica, tenha

sequestrado Bruna, levando-a para o cativeiro. Nesse caso, a prisão em flagrante de

Amanda só poderá ocorrer até vinte e quatro horas após a constrição da liberdade de

Bruna, devendo a autoridade policial, caso descubra o paradeiro da vítima após tal

prazo, solicitar ao juiz competente o mandado de prisão contra a sequestradora.

D) São pressupostos da prisão preventiva: garantia da ordem pública ou da ordem

econômica; conveniência da instrução criminal; garantia de aplicação da lei penal;

prova da existência do crime; indício suficiente de autoria.

2010/03

67 Como se sabe, a prisão processual (provisória ou cautelar) é a decretada antes do trânsito emjulgado de sentença penal condenatória, nas hipóteses previstas em lei.A respeito de tal modalidade de prisão, é correto afirmar que(A) em nosso ordenamento jurídico, a prisão processual contempla as seguintes modalidades:prisão em flagrante, preventiva, temporária, por pronúncia e em virtude de sentença condenatóriarecorrível.

(B) a prisão temporária tem como pressupostos a existência de indícios de autoria e prova damaterialidade, e como fundamentos a necessidade de garantia da ordem pública, a conveniência dainstrução criminal, a necessidade de garantir a futura aplicação da lei penal e a garantia da ordempública.

(C) o prazo de duração da prisão temporária é de cinco dias, prorrogável por maiscinco em caso de extrema e comprovada necessidade. Em se tratando, todavia, decrime hediondo, a prisão temporária poderá ser decretada pelo prazo de trinta dias,prorrogável por igual período.

(D) são requisitos da prisão preventiva a sua imprescindibilidade para as investigações doinquérito policial e o fato de o indiciado não ter residência fixa ou não fornecer elementosnecessários ao esclarecimento de sua identidade.

6) SENTENÇA

6.1) EMENDATIO LIBELLI

Art. 383. O juiz, SEM MODIFICAR A DESCRIÇÃO DO FATO contida na denúncia ou queixa, poderáatribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave.

§ 1o Se, em conseqüência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensãocondicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei.

§ 2o Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos.

Associação Criminosa

Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.

Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação decriança ou adolescente.

Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer doscrimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:

Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos)dias-multa.

Ex: furto – empurrão – roubo

A) Nova definição jurídica do fato e SUSPENSÃO CONDICIONAL DOPROCESSO

Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida nadenúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa,ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave.

§ 1o Se, em conseqüência de definição jurídica diversa, houverpossibilidade de proposta de suspensão condicional do processo,o juiz procederá de acordo com o disposto na lei. (...)

B) Desclassificação

Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida nadenúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa,ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. (...)

§ 2o Tratando-se de infração da competência de outro juízo, aeste serão encaminhados os autos.

6.2) MUTATIO LIBELLI

Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender CABÍVEL NOVADEFINIÇÃO JURÍDICA DO FATO, EM CONSEQÜÊNCIA DE PROVAEXISTENTE NOS AUTOS DE ELEMENTO OU CIRCUNSTÂNCIA DAINFRAÇÃO PENAL NÃO CONTIDA NA ACUSAÇÃO, o Ministério Públicodeverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se emvirtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública,reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente.

§ 1o Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se oart. 28 deste Código.

§ 2o Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido oaditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, designará dia e horapara continuação da audiência, com inquirição de testemunhas, novointerrogatório do acusado, realização de debates e julgamento.

§ 3o Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do art. 383 ao caput deste artigo.

§ 4o Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, noprazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos doaditamento.

§ 5o Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá.

A) Exclusividade dos crimes de ação pública

Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível novadefinição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nosautos de elemento ou circunstância da infração penal não contida naacusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa,no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado oprocesso em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento,quando feito oralmente.

Súmula 453 STF: “Não se aplicam à segunda instância o Art. 384 eparágrafo único do Código de Processo Penal, que possibilitam dar novadefinição jurídica ao fato delituoso, em virtude de circunstância elementarnão contida, explícita ou implicitamente, na denúncia ou queixa.”

XIV EXAME

67) Wilson está sendo regularmente processado pela prática docrime de furto. Durante a instrução criminal, entretanto, astestemunhas foram uníssonas ao afirmar que, para a subtração,Wilson utilizou-se de grave ameaça, exercida por meio de umafaca. A partir do caso narrado, assinale a opção correta.

A) A hipótese é de emendatio libelli e o juiz deve absolver o réurelativamente ao crime que lhe foi imputado.

B) Não haverá necessidade de aditamento da inicial acusatória, hajavista o fato de que as alegações finais orais acontecem após a oitiva dastestemunhas e, com isso, respeitam-se os princípios do contraditório e daampla defesa.

C) A hipótese é de mutatio libelli e, nos termos da lei, oMinistério Público deverá fazer o respectivo aditamento.

D) Caso o magistrado entenda que deve ocorrer o aditamento da inicialacusatória, se o promotor de justiça e, recusar-se a fazê-lo, o juiz estaráobrigado a absolver o réu da imputação que lhe foi originalmenteatribuída.

XIII EXAME

69) João foi denunciado pela prática de crime de furto simples. Na denúncia, oMinistério Público apenas narrou que houve a subtração do cordão da vítima,indicando hora e local. Na audiência de instrução e julgamento, a vítima narrouque João empurrou-a em direção ao chão dizendo que se gritasse “o bicho iapegar”, arrancando, em seguida, o seu cordão. Diante da narrativa da violência eda grave ameaça, o juiz fica convencido de que houve crime de roubo e não defurto. Sobre o caso apresentado, de acordo com o Código de Processo Penal,assinale a afirmativa correta.

A) O juiz na sentença poderá condenar João pelo crime de roubo, com base no artigo 383do CPP, que assim dispõe: “O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúnciaou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenhade aplicar pena mais grave”.

B) Encerrada a instrução probatória, o Ministério Público deverá aditar adenúncia em 5 (cinco) dias. Se o Ministério Público ficar inerte, o juiz deveaplicar o artigo 28 do CPP.

C) Encerrada a instrução probatória, o Ministério Público deverá aditar a denúncia em 5(cinco) dias. Se o Ministério Público ficar inerte, o juiz poderá condenar João pelo crime deroubo, tendo em vista que a vítima narrou a agressão em juízo.

D) O juiz poderá condenar João pelo crime de roubo, independentemente de qualquerprovidência, em homenagem ao princípio da verdade real.

RECURSOS

7) Recurso em sentido estrito

A) Cabimento (DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS)

Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:

I - que não RECEBER A DENÚNCIA OU A QUEIXA;

II - que concluir pela incompetência do juízo;

III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;

IV – QUE PRONUNCIAR O RÉU;

V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferirrequerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxara prisão em flagrante;

VI – que absolver o réu, nos casos do artigo 411 (REVOGADO)

VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;

VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;

IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintivada punibilidade;

X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;

XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;

XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;

XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;

XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;

XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;

XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;

XVII - que decidir sobre a unificação de penas;

XVIII - que decidir o incidente de falsidade;

XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em

julgado;

XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;

XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;

XXII - que revogar a medida de segurança;

XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei

admita a revogação;

XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples.

B) Competência para o julgamento

Art. 582 - Os recursos serão sempre para o Tribunal de Apelação, salvo nos casos dos ns.V, X e XIV.

Parágrafo único. O recurso, no caso do no XIV, será para o presidente do Tribunal deApelação.

C) Prazo

Art. 586. O recurso voluntário poderá ser INTERPOSTO NO PRAZO DE CINCO DIAS.

Parágrafo único. No caso do art. 581, XIV, o prazo será de vinte dias, contado da datada publicação definitiva da lista de jurados.

Art. 588. DENTRO DE DOIS DIAS, contados da interposição do recurso, ou do dia emque o escrivão, extraído o traslado, o fizer com vista ao recorrente, este oferecerá asrazões e, em seguida, será aberta vista ao recorrido por igual prazo.

Parágrafo único. Se o recorrido for o réu, será intimado do prazo na pessoa do defensor.

D) Efeito regressivo

Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será orecurso concluso ao juiz, que, dentro de dois dias,REFORMARÁ OU SUSTENTARÁ o seu despacho,mandando instruir o recurso com os traslados que Iheparecerem necessários.

Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho recorrido, aparte contrária, por simples petição, poderá recorrer da novadecisão, se couber recurso, não sendo mais lícito ao juizmodificá-la. Neste caso, independentemente de novosarrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou emtraslado.

(...)

Questão 69 - XVII EXAME

Marcelo foi denunciado pela prática de um crime de furto. Entendendo quenão haveria justa causa, antes mesmo de citar o acusado, o magistradonão recebeu a denúncia. Diante disso, o Ministério Público interpôs orecurso adequado. Analisando a hipótese, é correto afirmar que

A) o recurso apresentado pelo Ministério Público foi de apelação.

B) apesar de ainda não ter sido citado, Marcelo deve ser intimadopara apresentar contrarrazões ao recurso, sob pena de nulidade.

C) mantida a decisão do magistrado pelo Tribunal, não poderá o MinistérioPúblico oferecer nova denúncia pelo mesmo fato, ainda que surjam provasnovas.

D) antes da rejeição da denúncia, deveria o magistrado ter citado o réupara apresentar resposta à acusação.

Questão 69 XVI EXAME

Scott procurou um advogado, pois tinha a intenção de ingressar com queixa-crime contra dois vizinhos que vinham lhe injuriando constantemente. Narradosos fatos e conferida procuração com poderes especiais, o patrono da vítimaingressou com a ação penal no Juizado Especial Criminal, órgão efetivamentecompetente, contudo o magistrado rejeitou a queixa apresentada.

Dessa decisão do magistrado caberá

A) recurso em sentido estrito, no prazo de 05 dias.

B) apelação, no prazo de 05 dias.

C) recurso em sentido e estrito, no prazo de 02 dias.

D) apelação, no prazo de 10 dias.

Questão 65 – VIII EXAME OAB

Adão ofereceu uma queixa-crime contra Eva por crime de dano qualificado (art. 163, parágrafoúnico, IV). A queixa preenche todos os requisitos legais e foi oferecida antes do fim do prazodecadencial. Apesar disso, há a rejeição da inicial pelo juízo competente, que refere,equivocadamente, que a inicial é intempestiva, pois já teria transcorrido o prazo decadencial.Nesse caso, assinale a afirmativa que indica o recurso cabível.

A) Recurso em sentido estrito.

B) Apelação.

C) Embargos infrigentes.

D) Carta testemunhável.

Questão 67 VII EXAME OAB

Em relação aos meios de impugnação de decisões judiciais, assinale a afirmativa INCORRETA.

A) Caberá recurso em sentido estrito contra a decisão que rejeitar a denúncia, podendo o magistrado,entretanto, após a apresentação das razões recursais, reconsiderar a decisão proferida.

B) Caberá apelação contra a decisão que impronunciar o acusado, a qual terá efeito meramente devolutivo.

C) Caberá recurso em sentido estrito contra a decisão que receber a denúncia oferecida contrafuncionário público por delito próprio, o qual terá duplo efeito.

D) Caberá apelação contra a decisão que rejeitar a queixa-crime oferecida perante o Juizado EspecialCriminal, a qual terá efeito meramente devolutivo.

Questão 69 X EXAME

José, após responder ao processo cautelarmente preso, foicondenado à pena de oito anos e sete meses de prisão emregime inicialmente fechado. Após alguns anos no sistemacarcerário, seu advogado realizou um pedido de livramentocondicional, que foi deferido pelo magistrado competente. Omembro do parquet entendeu que tal benefício era incabívelno momento e deseja recorrer da decisão. Sobre o casoapresentado, assinale a afirmativa que menciona o recursocorreto.

A) Agravo em Execução, no prazo de 10 (dez dias);

B) Recurso em Sentido Estrito, no prazo de 05 (cinco dias);

C) Agravo em Execução, no prazo de 05 (cinco dias);

D) Recurso em Sentido Estrito, no prazo de 10 (dez dias).

8) Apelação

a) Conceito

b) Cabimento da apelação nas sentenças do juiz singular

Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:

I - das sentenças definitivas de condenação ou absolviçãoproferidas por juiz singular;

II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas,proferidas por juiz singular nos casos não previstos noCapítulo anterior;

(...)

c) Apelação das decisões do júri

Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: (...)

III - das decisões do Tribunal do Júri, quando:

a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;

b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;

c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança;

d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.

§ 1o Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas dos juradosaos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida retificação.

§ 2o Interposta a apelação com fundamento no no III, c, deste artigo, o tribunal ad quem, se Ihe derprovimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança.

§ 3o Se a apelação se fundar no no III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que adecisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar oréu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação.

§ 4o Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somentede parte da decisão se recorra.

Súmula 713 do STF: “O efeito devolutivo da apelação contra decisões do júri é adstrito aosfundamentos da sua interposição”.

d) Prazo

Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias (...)

Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depoisdele, o apelado terão o prazo de oito dias cada um para oferecerrazões, salvo nos processos de contravenção, em que o prazo será detrês dias. (...)

Súmula 710 STF “No processo penal, contam-se os prazos da data daintimação, e não da juntada aos autos do mandado ou cartaprecatória ou ordem”.

E) EFEITO EXTENSIVO

Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal,

art. 25), a decisão do recurso interposto por um dos réus, se

fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente

pessoal, aproveitará aos outros.

66 - VI EXAME

Caio, Mévio e Tício estão sendo acusados pela prática do crime deroubo majorado. No curso da instrução criminal, ficou comprovadoque os três acusados agiram em concurso para a prática do crime.Os três acabaram condenados, e somente um deles recorreu dadecisão. A decisão do recurso interposto por Caio

(A) aproveitará aos demais, sempre.

(B) se fundado em motivos que não sejam de caráterexclusivamente pessoal, aproveitará aos outros.

(C) sempre aproveitará apenas ao recorrente.

(D) aproveitará aos demais, desde que eles tenham expressamenteconsentido nos autos com os termos do recurso interposto.

69 VI EXAME

Com base no Código de Processo Penal, acerca dos recursos, assinale a alternativacorreta.

(A) Todos os recursos têm efeito devolutivo, e alguns têm também osefeitos suspensivo e iterativo.

(B) O recurso de apelação sempre deve ser interposto no prazo de cinco dias acontar da intimação, devendo as razões ser interpostas no prazo de oito dias.

(C) Apesar do princípio da complementaridade, é defeso ao recorrentecomplementar a fundamentação de seu recurso quando houver complementação dadecisão recorrida.

(D) A carta testemunhável tem o objetivo de provocar o reexame da decisão quedenegar ou impedir seguimento de recurso em sentido estrito, agravo em execução eapelação.

9) VEDAÇÃO À REFORMATIO IN PEJUS

9.1) Recurso da acusação:

A) Extensão do efeito devolutivo visando a agravar asituação jurídica do réu condenado:

SÚMULA 160 DO STF: É NULA A DECISÃO DOTRIBUNAL QUE ACOLHE, CONTRA O RÉU,NULIDADE NÃO ARGÜIDA NO RECURSO DAACUSAÇÃO, RESSALVADOS OS CASOS DE RECURSODE OFÍCIO.

9.2) Recurso da defesa:

A) Extensão do efeito devolutivo visando a beneficiar o réu condenado

SÚMULA 713 STF: O EFEITO DEVOLUTIVO DA APELAÇÃO CONTRA DECISÕES DO

JÚRI É ADSTRITO AOS FUNDAMENTOS DA SUA INTERPOSIÇÃO.

B) O efeito devolutivo do recurso da defesa em face da reformatio in pejus:

Art. 617. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao dispostonos arts. 383, 386 e 387, no que for aplicável, NÃO PODENDO, PORÉM, SERAGRAVADA A PENA, QUANDO SOMENTE O RÉU HOUVER APELADO DASENTENÇA.

* REFORMATIO IN PEJUS DIRETA

•REFORMATIO IN PEJUS INDIRETA

Questão 66 XII EXAME

A jurisprudência uníssona do Supremo Tribunal Federal admite a proibição dareformatio in pejus indireta. Por este instituto entende-se que

A) o Tribunal não poderá agravar a pena do réu, se somente o réu houverrecorrido – não havendo, portanto, recurso por parte da acusação.

B) o juiz está proibido de prolatar sentença com condenação superiorà que foi dada no primeiro julgamento quando o Tribunal, ao julgarrecurso interposto apenas pela defesa, anula a sentença proferidapelo juízo a quo.

C) o Tribunal não poderá tornar pior a situação do réu, quando não só o réuhouver recorrido.

D) o Tribunal está proibido de exarar acórdão com condenação superior à quefoi dada no julgamento a quo quando julga recurso da acusação.

III EXAME

José é denunciado sob a acusação de que teria praticado o crime de roubo simples contra AnaMaria. Na audiência de instrução e julgamento, o magistrado indefere, imotivadamente, quesejam ouvidas duas testemunhas de defesa. Ao proferir sentença, o juiz condena José a pena dequatro anos de reclusão, a ser cumprida em regime aberto. Após a sentença passar em julgadopara a acusação, a defesa interpõe recurso de apelação, arguindo, preliminarmente, a nulidadedo processo em razão do indeferimento imotivado de se ouvirem duas testemunhas, e alegando,no mérito, a improcedência da acusação. Analisando o caso, o Tribunal de Justiça dá provimentoao recurso e declara nulo o processo desde a Audiência de Instrução e Julgamento. Realizado oato e apresentadas novas alegações finais por meio de memoriais, o juiz profere outra sentença,desta vez condenando José a pena de quatro anos de reclusão a ser cumprida em regimeinicialmente semiaberto, pois, sendo reincidente, não poderia iniciar o cumprimento de suareprimenda em regime aberto. Com base no relatado acima, é correto afirmar que o juiz agiu

(A) equivocadamente, pois a primeira sentença transitou em julgado para a acusação, de sorteque não poderia a segunda decisão trazer consequência mais gravosa para o réu em razão dainterposição de recurso exclusivo da defesa

(B) equivocadamente, pois, por ser praticado com violência ou grave ameaça contra a pessoa, o crime deroubo impõe o início do cumprimento da pena em regime fechado.

(C) corretamente, pois a pena atribuída proíbe a imposição do regimento aberto para o início do cumprimentode pena.

(D) corretamente, pois, embora a pena atribuída permita a fixação do regime aberto para o início documprimento de pena, o fato de ser o réu reincidente impede tal providência, não se podendo falar emprejuízo para o réu uma vez que o recurso de apelação da defesa foi provido pelo Tribunal de Justiça.

10) EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE

Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais deJustiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecidanas leis de organização judiciária.

Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segundainstância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e denulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar dapublicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial,os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência.

A) CONCEITO

B) LEGITIMIDADE PARA INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS INFRINGENTES E DENULIDADE

C) CABIMENTO DOS EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE

D) PRAZO

Questão 68 – IX EXAME OAB

Joel foi condenado pela prática do crime de extorsão mediantesequestro. A defesa interpôs recurso de Apelação, que foirecebido e processado, sendo certo que o tribunal, de formanão unânime, manteve a condenação imposta pelo juízo a quo.O advogado do réu verifica que o acórdão viola, de formadireta, dispositivos constitucionais, razão pela qual decidecontinuar recorrendo da decisão exarada pela SegundaInstância.

De acordo com as informações acima, assinale a alternativaque indica o recurso a ser interposto.

A) Recurso em Sentido Estrito.

B) Recurso Ordinário Constitucional.

C) Recurso Extraordinário.

D) Embargos Infringentes.

11) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – Art. 382 e 619 do CPP e 82 da Lei 9099/95

Art. 619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação,câmaras ou turmas, poderão ser opostos embargos de declaração, noprazo de dois dias contados da sua publicação, quando houver nasentença ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão.

Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois)dias, pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que nelahouver obscuridade, ambigüidade, contradição ou omissão

I) PRAZO

Regra: 02 dias

JEC: 05 DIAS – Art. 83, § 1º, Lei 9.099/95

II) PROCESSAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Art. 620. Os embargos de declaração serão deduzidos em requerimento de que constemos pontos em que o acórdão é ambíguo, obscuro, contraditório ou omisso.

§ 1o O requerimento será apresentado pelo relator e julgado, independentemente derevisão, na primeira sessão.

§ 2o Se não preenchidas as condições enumeradas neste artigo, o relator indeferirá desde logoo requerimento.

III) EFEITO INTERRUPTIVO

Art. 1.026 CPC. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo einterrompem o prazo para a interposição de recurso.

(...)

Art. 83. Cabem embargos de declaração quando, em sentença ou acórdão, houverobscuridade, contradição ou omissão. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de2015) (Vigência)

§ 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou oralmente, no prazo de cincodias, contados da ciência da decisão.

§ 2o Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição derecurso. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)

§ 3º Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício.

12) CARTA TESTEMUNHÁVEL

Art. 639. Dar-se-á carta testemunhável:

I - da decisão que denegar o recurso;

II - da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimentopara o juízo ad quem.

A) Cabimento

* recurso em sentido estrito e do agravo em execução.

* Com relação ao não recebimento da apelação, cabe recurso em sentido estrito (art.581, XV).

B) Procedimento

Art. 640. A carta testemunhável será requerida ao escrivão, ou aosecretário do tribunal, conforme o caso, nas quarenta e oito horas seguintesao despacho que denegar o recurso, indicando o requerente as peças doprocesso que deverão ser trasladadas.

13) RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

A) PRAZO

5 dias – art. 30 da Lei 8.038/90

B) COMPETÊNCIA

I) SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente,a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

(...)

II - julgar, em recurso ordinário:

a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" eo mandado de injunção decididos em única instância pelosTribunais Superiores, SE DENEGATÓRIA A DECISÃO;

II) SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

(..)

II - julgar, em recurso ordinário:

(...)

a) os "habeas-corpus" decididos em ÚNICA OU ÚLTIMAINSTÂNCIA PELOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAISOU PELOS TRIBUNAIS DOS ESTADOS, do Distrito Federale Territórios, QUANDO A DECISÃO FOR DENEGATÓRIA;

14) AGRAVO EM EXECUÇÃO (Art. 197 da Lei 7.210/84 - LEP)

A) CABIMENTO

B) LEGITIMIDADE

C) RITO E COMPETÊNCIA PARA O JULGAMENTO

Súmula 700 STF: “É de cinco dias o prazo para a interposição de agravocontra a decisão do juiz da execução penal.

D) EFEITOS

Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso deagravo, sem efeito suspensivo.

10) REVISÃO

A) CONCEITO

B) CABIMENTO DA REVISÃO

Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida:

I - quando a sentença condenatória for contrária ao textoexpresso da lei penal ou à evidência dos autos;

II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos,exames ou documentos comprovadamente falsos;

III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas deinocência do condenado ou de circunstância que determine ouautorize diminuição especial da pena.

C) REVISÃO E EXTINÇÃO DA PENA

Art. 622. A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes daextinção da pena ou após.

Parágrafo único. Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado emnovas provas.

D) LEGITIMIDADE

Art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procuradorlegalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente,descendente ou irmão.

E) ÓRGÃO COMPETENTE PARA O JULGAMENTO DA REVISÃO CRIMINAL

Art. 624. As revisões criminais serão processadas e julgadas:

I - pelo Supremo Tribunal Federal, quanto às condenações por ele proferidas;

II - pelo Tribunal Federal de Recursos (STJ), Tribunais de Justiça ou de Alçada, nosdemais casos.

(...)

F) DECISÃO NA REVISÃO CRIMINAL

Art. 626. Julgando procedente a revisão, o tribunalpoderá alterar a classificação da infração, absolvero réu, modificar a pena ou anular o processo.

Parágrafo único. De qualquer maneira, não poderá seragravada a pena imposta pela decisão revista.

Questão 69

José foi absolvido em 1ª instância após ser denunciado pela prática de um crime deextorsão em face de Marina. O Ministério Público interpôs recurso de apelação, sendo a

sentença de primeiro grau reformada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina paracondenar o réu à pena de 05 anos, sendo certo que o acórdão transitou em julgado. Seteanos depois da condenação, já tendo cumprido integralmente a pena, José vem afalecer. Posteriormente, Caio, filho de José, encontrou um vídeo no qual foi gravada umaconversa de José e Marina, onde esta admite que mentiu ao dizer que foi vítima do crimepelo qual José foi condenado, mas que a atitude foi tomada por ciúmes. Caio, então,procura o advogado da família. Diante da situação narrada, é correto afirmar que Caio,através de seu advogado,

A) não poderá apresentar revisão criminal, pois a pena de José já havia sido extinta pelocumprimento.

B) não poderá apresentar revisão criminal, pois o acusado, que é quem teria legitimidade, já éfalecido.

C) poderá apresentar revisão criminal, sendo competente para julgamento o Superior Tribunal deJustiça.

D) poderá apresentar revisão criminal, sendo competente para julgamento o Tribunal deJustiça de Santa Catarina.

XIV EXAME

66) Eduardo foi denunciado pelo crime de estupro de vulnerável. Durante ainstrução, negou a autoria do crime, afirmando estar, na época dos fatos, nomunicípio “C”, distante dois quilômetros do local dos fatos. Como a afirmativa nãofoi corroborada por outros elementos de convicção, o Juiz entendeu que a palavra davítima deveria ser considerada, condenando Eduardo. A defesa recorreu, mas apóslongo debate nos Tribunais Superiores, a decisão transitou em julgadodesfavoravelmente ao réu. Eduardo dirigiu-se, então, ao município “C”, em busca deprovas que pudessem apontar a sua inocência, e, depois de muito procurar,conseguiu as filmagens de um estabelecimento comercial, que estavam esquecidasem um galpão velho. Nas filmagens, Eduardo aparece comprando lanche em umapadaria. Com a prova em mãos, procura seu advogado. Assinale a opção queapresenta a providência a ser adotada pelo advogado de Eduardo.

A) O advogado deve ingressar com agravo em execução, pois Eduardo descobriu uma prova queatesta a sua inocência de forma inconteste.

B) O advogado deve ingressar com revisão criminal, pois Eduardo descobriu umaprova que atesta a sua inocência de forma inconteste.

C) O advogado deve ingressar com reclamação constitucional, pois Eduardo descobriu umaprova que atesta a sua inocência de forma inconteste.

D) O advogado deve ingressar com ação de habeas corpus, pois Eduardo descobriu uma provaque atesta a sua inocência de forma inconteste.