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II Curso de Amor Exigente Gravataí RS

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  • X

    INTERNAO COMPULSRIA

    CONGRESSO REGIONAL DE AMOR-

    EXIGENTE

    GRAVATA/RS NOV 2015

    JUSTIA TERAPUTICA

  • JUSTIA TERAPUTICA Breve Histrico

    O Poder Judicirio do Estado do Rio Grande Sul, sob

    a superviso da Corregedoria Geral de Justia,

    implantou a partir do ano de 2000, o projeto "Justia

    Teraputica"[23], com o fim de contribuir para o

    esgotamento dos problemas sociais causados pela

    droga, dentro dos parmetros possveis ao

    cumprimento das medidas sociais de tratamentos

    teraputicos em harmonia com a legislao vigente.

  • JUSTIA TERAPUTICA Breve Histrico

    A realizao deste projeto conta com a integrao

    multidisciplinar de profissionais do Poder Judicirio

    atravs da atuao conjunta dos Juizes de Direito,

    dos Promotores de Justia, dos Advogados, dos

    Defensores Pblicos, bem como dos profissionais

    da rea da sade e de outras reas, objetivando

    promover o bem-estar fsico e mental do infrator,

    atravs de acompanhamento e tratamento

    biopsicossocial mediante sua aceitao, bem como

    conscientizar a sociedade em geral para o direito

    cidadania.

  • JUSTIA TERAPUTICA Conceito e denominao

    De um modo simplificado, podemos dizer que a

    Justia Teraputica o programa judicial que

    compreende um conjunto de medidas voltadas para

    a possibilidade de se permitir que infratores

    usurios, em uso indevido, ou dependentes

    qumicos tenham a faculdade, salvo excees, de

    entrar e permanecer em tratamento mdico ou

    receber outro tipo de medida teraputica, em

    substituio ao andamento de processo criminal ou

    aplicao de pena privativa de liberdade, quando

    da prtica de delitos relacionados ao consumo de

    drogas.

  • JUSTIA TERAPUTICA Origem e evoluo histrica

    O Programa da Justia Teraputica tem sua origem

    nos Estados Unidos, onde surgiu o primeiro

    programa que previa tratamento supervisionado aos

    usurios de drogas que haviam cometido infrao.

    Isso ocorreu em meados da dcada de 90, mais

    precisamente em Miami e, os bons resultados

    atingidos pelo programa fizeram com que ele fosse

    adotado por varias outras jurisdies americanas,

    iniciando-se assim, o denominado programa das

    Drug Courts (Cortes de Drogas), em decorrncia da grande criminalidade que ocorria na poca,

    tendo como plano de fundo as drogas.

  • Lei 11.343/2006- Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depsito, transportar

    ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem

    autorizao ou em desacordo com determinao legal ou

    regulamentar ser submetido s seguintes penas:

    I - advertncia sobre os efeitos das drogas;

    II - prestao de servios comunidade;

    III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso

    educativo.

    1o s mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas

    destinadas preparao de pequena quantidade de

    substncia ou produto capaz de causar dependncia fsica

    ou psquica.

  • INTERNAO COMPULSRIA

    1) A internao compulsria est prevista em

    lei?

    Sim. Quando a pessoa no quer se internar

    voluntariamente, pode-se recorrer s

    internaes involuntria ou compulsria,

    definidas pela Lei Federal de Psiquiatria (N

    10.216, de 2001).

  • INTERNAO COMPULSRIA

    Quando uma pessoa no quer se internar

    voluntariamente, pode-se recorrer internao

    involuntria ou internao compulsria. So

    dois tipos diferentes de internao. Portanto,

    no use os

    termos involuntrio, compulsrio ou forado

    indistintamente

  • MODALIDADES DE INTERNAO

    A Lei 10.216/2001 define trs modalidades de

    internao psiquitrica:

    a) internao voluntria: aquela que se d com o

    consentimento do usurio;

    b) internao involuntria: aquela que se d sem

    o consentimento do usurio e a pedido de

    terceiro;

    c) internao compulsria: aquela determinada

    pela Justia.

  • INTERNAO VOLUNTRIA

    Internao voluntria

    A pessoa que solicita voluntariamente a prpria

    internao, ou que a consente, deve assinar,

    no momento da admisso, uma declarao de

    que optou por esse regime de tratamento. O

    trmino da internao se d por solicitao

    escrita do paciente ou por determinao do

    mdico responsvel. Uma internao voluntria

    pode, contudo, se transformar em involuntria e

    o paciente, ento, no poder sair do

    estabelecimento sem a prvia autorizao.

  • INTERNAO COMPULSRIA

    Internao involuntria: de acordo com a lei

    (10.216/01), o familiar pode solicitar a

    internao involuntria, desde que o pedido

    seja feito por escrito e aceito pelo mdico

    psiquiatra. A lei determina que, nesses casos,

    os responsveis tcnicos do estabelecimento

    de sade tm prazo de 72 horas para informar

    ao Ministrio Pblico da comarca sobre a

    internao e seus motivos. O objetivo evitar a

    possibilidade de esse tipo de internao ser

    utilizado para a prtica de crcere privado.

  • INTERNAO INVOLUNTRIA

    Internao involuntria

    a que ocorre sem o consentimento do paciente e a

    pedido de terceiros. Geralmente, so os familiares

    que solicitam a internao do paciente, mas

    possvel que o pedido venha de outras fontes. O

    pedido tem que ser feito por escrito e aceito pelo

    mdico psiquiatra.

    A lei determina que, nesses casos, os responsveis

    tcnicos do estabelecimento de sade tm prazo de

    72 horas para informar ao Ministrio Pblico do

    estado sobre a internao e os motivos dela. O

    objetivo evitar a possibilidade de esse tipo de

    internao ser utilizado para a crcere privado.

  • INTERNAO INVOLUNTRIA

    Internao involuntria

    a que ocorre sem o consentimento do paciente e a

    pedido de terceiros. Geralmente, so os familiares

    que solicitam a internao do paciente, mas

    possvel que o pedido venha de outras fontes. O

    pedido tem que ser feito por escrito e aceito pelo

    mdico psiquiatra.

    A lei determina que, nesses casos, os responsveis

    tcnicos do estabelecimento de sade tm prazo de

    72 horas para informar ao Ministrio Pblico do

    estado sobre a internao e os motivos dela. O

    objetivo evitar a possibilidade de esse tipo de

    internao ser utilizado para a crcere privado.

  • INTERNAO COMPULSRIA

    Internao compulsria

    Nesse caso no necessria a autorizao

    familiar. A internao compulsria sempre

    determinada pelo juiz competente, depois de

    pedido formal, feito por um mdico, atestando

    que a pessoa no tem domnio sobre a prpria

    condio psicolgica e fsica. O juiz levar em

    conta o laudo mdico especializado, as

    condies de segurana do

    estabelecimento,quanto salvaguarda do

    paciente, dos demais internados e funcionrios.

  • INTERNAO COMPULSRIA

    Internao compulsria

    Como regra geral, argumenta-se que ela

    somente cabvel quando se provar que os

    recursos extra-hospitalares se mostraram

    insuficientes, ou quando apresente iminente

    risco vida do dependente ou de terceiro

    (como, por exemplo, risco de suicdio,

    abortamento, portador de esquizofrenia ou

    outra doena psiquitrica grave).

  • INTERNAO COMPULSRIA

    A internao compulsria eficaz?

    Os profissionais da sade possuem a rdua

    tarefa de provocar uma reflexo no

    dependente. Se o paciente no estiver disposto

    ou convencido a mudar, qualquer tentativa de auxlio estar fadada ao insucesso.

  • INTERNAO COMPULSRIA

    Dessa forma, por meio de tcnicas e de uma

    abordagem multidisciplinar, eles buscam

    aproximao com o dependente, para a

    construo conjunta de um objetivo de vida. O

    norte no o de parar de usar drogas, mas o

    de (re)construir sua identidade e seu crculo de

    referncias (familiar, social, profissional),

    resgatando suas habilidades e qualidades

    positivas. A interrupo do uso de drogas

    uma consequncia da reflexo e da

    apropriao desses valores.

  • INTERNAO COMPULSRIA

    Dessa forma, por meio de tcnicas e de uma

    abordagem multidisciplinar, eles buscam

    aproximao com o dependente, para a

    construo conjunta de um objetivo de vida. O

    norte no o de parar de usar drogas, mas o

    de (re)construir sua identidade e seu crculo de

    referncias (familiar, social, profissional),

    resgatando suas habilidades e qualidades

    positivas. A interrupo do uso de drogas

    uma consequncia da reflexo e da

    apropriao desses valores.

  • INTERNAO COMPULSRIA

    Mdicos especialistas em dependncia

    qumica so favorveis internao

    compulsria?

  • INTERNAO COMPULSRIA

    Para Arthur Guerra, psiquiatra, professor da

    Faculdade de Medicina (FM) e coordenador do

    Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre lcool e

    Drogas:

    De forma geral, a internao involuntria um procedimento mdico realizada no mundo todo h

    muitos anos, que obedece a critrios

    superobjetivos. A viso mdica no vai deixar esse

    paciente se matar. O mdico, no mundo todo, no

    acha que um direito do ser humano se matar, pois

    entende que esse paciente est doente e tem de

    ser internado.

  • INTERNAO COMPULSRIA

    Ronaldo Laranjeira, professor titular do

    Departamento de Psiquiatria da UNIFESP,

    diretor do INPAD (Instituto Nacional de Cincia

    e Tecnologia para Polticas Pblicas do lcool

    e outras Drogas) do CNPq e coordenador da

    UNIAD (Unidade de Pesquisas em lcool e

    Drogas): Nos casos mais graves, a internao a alternativa mais segura. O ideal seria que

    ningum precisasse disso, mas a dependncia

    qumica uma doena que faz com que a

    pessoa perca o controle.

  • INTERNAO COMPULSRIA

    Drauzio Varella, mdico oncologista, cientista e

    escritor. Foi voluntrio na Casa de Deteno de

    So Paulo (Carandiru) por treze anos e hoje

    atende na Penitenciria Feminina da Capital: A internao compulsria um recurso extremo,

    e no podemos ser ingnuos e dizer que o cara

    fica internado trs meses e vira um cidado

    acima de qualquer suspeita. Muitos vo

    retornar ao crack. Mas, pelo menos, eles tm

    uma chance.

  • INTERNAO COMPULSRIA

    Doze estados norte-americanos, dentre eles a

    Califrnia, possuem leis especficas sobre a

    internao compulsria ou involuntria. A

    Flrida, por exemplo, tem o Marchman Act,

    aprovado em 1993. O Canad tem legislao

    que permite o tratamento forado de

    dependentes qumicos em herona. O Heroin

    Treatment Act foi aprovado na provncia de

    British Columbia em 1978. A lei foi contestada

    na Justia, mas foi mantida posteriormente pela

    Suprema Corte.

  • INTERNAO COMPULSRIA

    A Austrlia possui legislao que permite aos

    juzes condenar ao tratamento compulsrio

    dependentes de drogas que cometeram crimes.

    A Nova Zelndia tambm tem legislao que

    permite Justia ou famlia internar um

    dependente compulsoriamente. A Sucia

    possui o Act on the Forced Treatment of

    Abusers, que permite a internao compulsria

    de dependentes que representem risco para si

    prprios ou para terceiros; a lei utilizada

    principalmente para menores de idade.

  • INTERNAO COMPULSRIA

    Qual a posio da populao brasileira

    quanto internao compulsria?

    Pesquisa do Datafolha divulgada no dia 25 de

    janeiro de 2012 aponta que 90% dos brasileiros

    apoiam a internao involuntria de

    dependentes de

    crack. http://datafolha.folha.uol.com.br/po/ver_p

    o.php?session=1175

  • MUITO OBRIGADO!!! ROBSON ROBIN