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Prof. Dionathas Moreno Boenavides [email protected]

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Prof. Dionathas Moreno Boenavides

[email protected]

Priberam

Refugiado: 1. Que ou aquele que tomou refúgio, que se refugiou.

2. Que ou quem é forçado a abandonar o seu país por motivo de guerra, desastre natural, perseguição política, religiosa, étnica etc.

Hoje vivemos a mais grave crise de refugiados desde a II G.M.

2015: mais de 300 mil pessoas tentaram atravessar o Mar Mediterrâneo

Mais de 2.500 pessoas morreram afogadas, como Aylan Kurdi

Grande maioria vindos da África e do Oriente Médio

Falar de crise de refugiados hoje é falar da Síria

Entradas preferenciais: Grécia e Itália

Principal país de destino: Alemanha

Dificuldades para atravessar países até a Alemanha

Vários países dificultam a movimentação dos refugiados, com

destaque para a Hungria, a Eslovênia e a Áustria.

Início entre o final de 2010 e 2011

Onda revolucionária de manifestações

Norte da África e Oriente Médio

Principais pautas: mais democracia e queda de ditadores

Tunísia e Egito fizeram revoluções

Líbia e Síria viveram violentas guerras civis

Ocorreram ainda grandes protestos na Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordânia, Omã, Iêmen, Kuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos, Arábia Saudita, Sudão e Saara Ocidental

Grande papel da internet

Estopim: tunisiano Mohamed Bouazizi ateou fogo ao próprio corpo para protestar contra as péssimas condições de vida

Chefes de Estado que caíram: Zine El Abidine Ben Ali (Tunísia);

Hosni Mubarak (Egito); Muammar al-Gaddafi (Líbia – mais violenta

das quedas)

Líderes que decidiram não se reeleger: Ali Abdullah Saleh

(Iêmen/35 anos); Omar al-Bashir (Sudão); Nouri al-Maliki (Iraque)

Mohammed Bouazizi (Tunísia) coloca fogo em si

mesmo

Início de uma onda de manifestações contra o

governo

“Revolução de Jasmim”

Presidente Ben Ali renuncia (no poder há 23 anos)

Sentenciado à prisão

Votam para um novo governo

Onda de protestos chega ao Egito

Exigem saída de Hosni Mubarak (30 anos no poder)

Mubarak diz que não renunciará

Marcha do Milhão no Cairo

Mubarak diz que não concorrerá novamente à presidência

Manifestações tornam-se confrontos violentos transmitidos ao vivo da

praça Tahir

Mubarak renuncia

Sentenciado à prisão

Egípcios votam na Irmandade Muçulmana: presidente Muhamad Mursi

Manifestações contra Mursi

Mursi deposto

Novo governo não muçulmano, quase todo militar

Conflitos com a Irmandade Muçulmana, que acaba banida

Egípcios votaram uma reforma constitucional

Protestos atingem o Iêmen

“Dia da Raiva”: protesto de milhares de pessoas exigindo a renúncia de Ali Abdullah Saleh

Tentativa de assassinato ao presidente

Marcha do Milhão – com violenta repressão

ONU se declara contra o regime de Ali Abdullah Saleh

Ele aceita transferir o seu governo para outro presidente

Protestos atingem o Sudão

Opinião pública cada vez mais interessada

Primavera Árabe chega ao Bahrein

Também tem o seu “Dia da Raiva” na praça de Pearl Roundabout

Revolta chega na Líbia

Presidente Muamar Gaddafi

Primeira intervenção estrangeira

OTAN ataca a Líbia tentando derrubar Gaddafi

Operação Mermaid Dawn consegue dominar a cidade de Trípoli

Derrubada de Gaddafi

Assassinado

Revolta chega ao Marrocos

Aprovada uma reforma constitucional

Revolta chega na Síria

Presidente Bashar Al-Assad

Crescimento da tensão

Massacre de Houla – mais de 100 mortos pela polícia

Cruz Vermelha declara que Síria está em Guerra Civil

Em 2013 já eram mais de 70 mil mortos

Denúncias por utilização de armas químicas por parte do governo

Grave tensão social

Maioria da população: sunita

Presidente Bashar al-Assad: xiita

Governo tem apoio do Irã

Rússia já declarou apoio a Bashar Al-Assad

Bashar al-Assad no poder desde 2000, quando substituiu seu pai Hassez

A continuidade do conflito diminuiu drasticamente a qualidade de vida

Geopolítica:

A maioria dos migrantes que chegam atualmente na Europa são sírios que

fogem da guerra. O conflito envolve diversos interesses geopolíticos no

Oriente Médio entre os países que apoiam o regime do ditador sírio

Bashar al-Assad e as nações que querem derrubá-lo. Além disso, o cenário

caótico na Síria e no Iraque permitiu o fortalecimento de organizações

extremistas como o chamado Estado Islâmico.

Demografia:

A taxa de natalidade em muitos países na Europa está entre as mais

baixas do mundo, o que deve gerar pressões demográficas no futuro. Com

o envelhecimento da população e o baixo índice de fecundidade, a

perspectiva é que, em países como a Alemanha, haja uma diminuição da

população, o que também afetaria o número de trabalhadores ativos para

manter a produção e sustentar a previdência. Diante dessa perspectiva, a

chegada dos migrantes pode ajudar a reverter a queda populacional e

manter a economia girando nos próximos anos.

Crise econômica:

Muitos países europeus ainda não se recuperaram da crise econômica

que atingiu o continente em 2008. A taxa de desemprego em países como

Grécia e Espanha supera os 20%. Neste cenário, os migrantes são vistos

pelos setores mais xenófobos da sociedade como concorrentes na disputa

pelas poucas vagas no mercado de trabalho. Muitos partidos de extrema-

direita vêm se apoiando neste discurso para ganhar eleitores insatisfeitos

com a crise.

Choque cultural:

A adaptação dos migrantes muçulmanos na sociedade europeia é outro tema

relacionado à atual crise. Na França, o uso do véu islâmico em lugares públicos é

vetado e a Suíça proíbe os minaretes (torres no alto das mesquitas para chamar

os fieis para as orações). Sem conseguir integrar-se entre os europeus, muitos

migrantes acabam vivendo de forma segregada, na periferia de grandes cidades

como Paris. Além disso, o governo de países como a Hungria resiste em permitir

o ingresso maciço de refugiados muçulmanos, alegando que é preciso defender

as raízes e os valores cristãos da Europa.

História:

Os movimentos migratórios fazem parte da história da humanidade desde

que o homo erectus deixou a África rumo à Europa e à Ásia há 1,8 milhão

de anos. Com as grandes navegações, nos séculos XV e XVI, o fenômeno

se intensificou e no período entre o final do século XIX e início do século

XX ocorreu a maior migração em massa da história. Os examinadores

podem cobrar nas provas as principais relações entre os fluxos

migratórios históricos e atuais.

Brasil:

O Brasil é uma nação formada por imigrantes – dos portugueses, que

chegaram aqui a partir de 1500, passando pelos africanos trazidos como

mão de obra escrava, até a onda de europeus, japoneses e árabes que

chegou ao país entre o final do século XIX e início do século XX.

Atualmente, o país vem recebendo imigrantes de países vizinhos como

Bolívia e Paraguai, além de africanos e haitianos. O governo também está

concedendo asilo a milhares de sírios que chegam aqui desde 2013.

Durante seus estudos, vale a pena estabelecer comparações entre a

situação dos refugiados no Brasil e na Europa.

(dicas: guiadoestudante)

A questão da União Europeia

Pensar na forma como o plebiscito que ocorreu no Reino Unido e

aprovou a separação da região da União Europeia pode dialogar com

a crise dos Refugiados. O plebiscito oferece oportunidade dos

examinadores elaborarem uma questão relacionando a separação do

Reino Unido da UE, a xenofobia existente na região, a crise dos

refugiados e a Primavera Árabe.

(QUESTÃO 1) Desde março de 2011, estima-se que o conflito na Síria tenha causado a morte de 100 mil pessoas, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Estima-se que 6,8 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária urgente. Há mais de 2 milhões de refugiados sírios nos países vizinhos e no Norte da África. Cerca de 1,2 milhão de famílias tiveram suas casas atingidas (ONU Brasil).

Sobre o conflito na Síria, assinale a alternativa CORRETA.

a) Trata-se de um conflito entre Israel e o governo de Bashar Al-Assad que disputam o controle e a influência sobre o território vizinho do Líbano.

b) Trata-se de um conflito entre árabes e curdos. Bashar Al-Assad é um governante curdo que vem sendo pressionado a deixar o poder pela maioria árabe.

c) Os curdos, entre os quais está Bashar Al-Assad, correspondem a 70% da população síria, portanto, garantem amplo apoio ao seu governo democrático.

d) Os principais aliados do governo de Bashar Al-Assad são os governos dos Estados Unidos e da Rússia que juntos conseguem dar suporte ao ditador e evitar que grupos de adversários como o Hezbollah dominem o território sírio.

e) O conflito na Síria surgiu em seguida aos movimentos da Primavera Árabe na Tunísia e no Egito. A reação violenta do governo, aos protestos populares, resultou em aumento das tensões. Os rebeldes, em sua maioria muçulmanos sunitas, sofrem forte repressão de Bashar Al-Assad que pertence à minoria alauíta.

(QUESTÃO 1) Desde março de 2011, estima-se que o conflito na Síria tenha causado a morte de 100 mil pessoas, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Estima-se que 6,8 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária urgente. Há mais de 2 milhões de refugiados sírios nos países vizinhos e no Norte da África. Cerca de 1,2 milhão de famílias tiveram suas casas atingidas (ONU Brasil).

Sobre o conflito na Síria, assinale a alternativa CORRETA.

a) Trata-se de um conflito entre Israel e o governo de Bashar Al-Assad que disputam o controle e a influência sobre o território vizinho do Líbano.

b) Trata-se de um conflito entre árabes e curdos. Bashar Al-Assad é um governante curdo que vem sendo pressionado a deixar o poder pela maioria árabe.

c) Os curdos, entre os quais está Bashar Al-Assad, correspondem a 70% da população síria, portanto, garantem amplo apoio ao seu governo democrático.

d) Os principais aliados do governo de Bashar Al-Assad são os governos dos Estados Unidos e da Rússia que juntos conseguem dar suporte ao ditador e evitar que grupos de adversários como o Hezbollah dominem o território sírio.

e) O conflito na Síria surgiu em seguida aos movimentos da Primavera Árabe na Tunísia e no Egito. A reação violenta do governo, aos protestos populares, resultou em aumento das tensões. Os rebeldes, em sua maioria muçulmanos sunitas, sofrem forte repressão de Bashar Al-Assad que pertence à minoria alauíta.

(QUESTÃO 2) A charge acima, de Carlos Latuff, indica um “efeito dominó” propiciado pela Primavera Árabe e a consequente derrubada do ditador Hosni Mubarak no Egito. Esse efeito em cadeia que marcou a onda de protestos nos países árabes iniciou-se:

a) na Tunísia, com a derrubada de Zine El Abidine Ben Ali.

b) na Lígia, com a morte de Muammar al-Gaddafi.

c) em Israel, com a independência da Palestina.

d) Na Síria, na guerra civil contra Bashar al-Assad

e) No Iêmen, com a renúncia de All Abdullah Saleh

(QUESTÃO 2) A charge acima, de Carlos Latuff, indica um “efeito dominó” propiciado pela Primavera Árabe e a consequente derrubada do ditador Hosni Mubarak no Egito. Esse efeito em cadeia que marcou a onda de protestos nos países árabes iniciou-se:

a) na Tunísia, com a derrubada de Zine El Abidine Ben Ali.

b) na Lígia, com a morte de Muammar al-Gaddafi.

c) em Israel, com a independência da Palestina.

d) Na Síria, na guerra civil contra Bashar al-Assad

e) No Iêmen, com a renúncia de All Abdullah Saleh

(QUESTÃO 3) No mundo árabe, países governados há décadas por regimes políticos centralizadores contabilizam metade da população com menos de 30 anos; desses, 56% têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da estagnação da economia, esses jovens incubam vírus sedentos por modernidade e democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série de manifestações eclode na Tunísia e, como uma epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos países vizinhos, derrubando em seguida o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais – como o Facebook e o Twitter - ajudaram a mobilizar manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico.

Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o acesso à internet permitiu aos jovens árabes

a) reforçar a atuação dos regimes políticos existentes.

b) tomar conhecimento dos fatos sem se envolver.

c) manter o distanciamento necessário à sua segurança.

d) disseminar vírus capazes de destruir programas dos computadores.

e) difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população.

(QUESTÃO 3) No mundo árabe, países governados há décadas por regimes políticos centralizadores contabilizam metade da população com menos de 30 anos; desses, 56% têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da estagnação da economia, esses jovens incubam vírus sedentos por modernidade e democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série de manifestações eclode na Tunísia e, como uma epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos países vizinhos, derrubando em seguida o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais – como o Facebook e o Twitter - ajudaram a mobilizar manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico.

Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o acesso à internet permitiu aos jovens árabes

a) reforçar a atuação dos regimes políticos existentes.

b) tomar conhecimento dos fatos sem se envolver.

c) manter o distanciamento necessário à sua segurança.

d) disseminar vírus capazes de destruir programas dos computadores.

e) difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população.

(QUESTÃO 4) Sobre o fenômeno migratório, leia as afirmativas abaixo:

I. Os movimentos migratórios podem ser espontâneos ou forçados; um exemplo deste último tipo de migração é a dos refugiados de guerra.

II. Pode-se chamar de refugiados ambientais aos migrantes que deixam lugares por problemas ambientais que dificultam as condições de vida, como a seca, a desertificação, enchentes, etc

III. O fator trabalho é uma das razões centrais para os movimentos migratórios. É motivo, por exemplo, para a emigração de brasileiros para os EUA.

IV. A Europa foi um importante foco de imigração a partir do século XV até aproximadamente a metade do século XX, recebendo imigrantes das colônias e ex-colônias, que buscavam as boas condições de vida nas cidades européias. Atualmente, este continente transformou-se em área de emigração, com pessoas que se dirigem em busca de novas oportunidades em outros continentes, como o americano, o africano e o asiático.

V. O Brasil, no século XIX, foi área de atração de imigrantes que buscavam novas oportunidades, sendo o maior grupo o de origem latino-americana (paraguaios, argentinos, bolivianos, etc.).

Assinale a opção que contem as afirmações corretas.

a) I, II e III.

b) II, III e IV.

c) III, IV e V.

d) IV e V.

e) V e I.

(QUESTÃO 4) Sobre o fenômeno migratório, leia as afirmativas abaixo:

I. Os movimentos migratórios podem ser espontâneos ou forçados; um exemplo deste último tipo de migração é a dos refugiados de guerra.

II. Pode-se chamar de refugiados ambientais aos migrantes que deixam lugares por problemas ambientais que dificultam as condições de vida, como a seca, a desertificação, enchentes, etc

III. O fator trabalho é uma das razões centrais para os movimentos migratórios. É motivo, por exemplo, para a emigração de brasileiros para os EUA.

IV. A Europa foi um importante foco de imigração a partir do século XV até aproximadamente a metade do século XX, recebendo imigrantes das colônias e ex-colônias, que buscavam as boas condições de vida nas cidades européias. Atualmente, este continente transformou-se em área de emigração, com pessoas que se dirigem em busca de novas oportunidades em outros continentes, como o americano, o africano e o asiático.

V. O Brasil, no século XIX, foi área de atração de imigrantes que buscavam novas oportunidades, sendo o maior grupo o de origem latino-americana (paraguaios, argentinos, bolivianos, etc.).

Assinale a opção que contem as afirmações corretas.

a) I, II e III.

b) II, III e IV.

c) III, IV e V.

d) IV e V.

e) V e I.