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Revista da Junta de Missões Nacionais da CBB

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Page 1: APPC 259

Capa_APPC259_fechado

quinta-feira, 23 de agosto de 2012 18:24:01

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Capa_APPC259_fechado

quinta-feira, 23 de agosto de 2012 18:24:02

Page 3: APPC 259

Cartas e e-mails ............................................................. 2

Editorial ......................................................................... 2

Mobilização

Conhecendo a campanha SEJA LUZ ........................................... 3

Especial MEGATRANS

Norte ......................................................................................... 7

Nordeste ................................................................................. 10

Centro-Oeste ........................................................................... 18

Sudeste .................................................................................... 20

Sul ............................................................................................ 26

Entrevista

MEGATRANS um marco na história dos batistas ....................... 29

A Grande Comissão

Um projeto de Deus ................................................................ 32

Uma publicação da Junta de Missões Nacionais da

Convenção Batista BrasileiraAno LXVII nº 259 Tiragem: 10.000 Setembro/2012

Direção ExecutivaPr. Fernando Brandão

Gerência Executiva de Soluções Estratégicas

Pr. Jeremias Nunes

RedaçãoJornalista Responsável

Marize Gomes Garcia – DRT 25.994/RJ

Ana Luiza Menezes Tiago Pinheiro Monteiro

RevisãoAdalberto Alves de Sousa

ArteOliverartelucas

Nossa Missão: Conquistar a Pátria para Cristo.

Nossa Visão: Ser uma agência missionária

dinâmica e criativa, com excelência na gestão

missionária, voltada para servir às igrejas da CBB no

cumprimento da sua missão.

Endereço da Sede:Rua Gonzaga Bastos, 300

Vila Isabel - 20541-015 Rio de Janeiro – RJ

Telefax: (21) 2107-1818

ÍNDICE

Page 4: APPC 259

EDITORIAL

Campanha JMN

“É preciso deixar a luz brilhar nos corações que ainda estão em trevas, seguindo o exemplo do Mestre.”

Jocimar Assis de SouzaPor e-mail

MEGATRANS

“É inexplicável o que passa em nosso coração quando nos entregamos ao Senhor para realizar a obra.”

Debora MunizPelo Facebook

“Belo trabalho do povo batista na propagação do evan-gelho. Deus abençoe todos os envolvidos!”

Ismaelita NascimentoPelo Facebook

Exemplo

“Algumas pessoas da cidade se admiraram com o tra-balho nas ruas, dizendo: ‘Os evangélicos são mais co-rajosos ao sair na rua para divulgar a religião deles e os outros não fazem isso’.”

Fernanda Carvalho AbreuSobre a MEGATRANS em

Santa Cruz das Palmeiras (SP)Por e-mail

Testemunho

“Antes mesmo que a transformação acontecesse nas vidas das pessoas, começou a transformar a minha vida. Muitos compreenderam que Jesus é o pão da vida, que desceu dos céus com a finalidade de morrer por nós e nos dar a vida eterna. Com a senhora Dora, tive uma experiência surreal. Angustiada pela perda do filho, ela escutava e entendia que Cristo é o nosso sustento; se emocionava com os estudos e percebia o quanto pre-cisava de Cristo.”

Tâmara Valéria de Moura Teixeira Voluntária em São Luís (MA)

Por e-mail

Neste espaço, publicamos opiniões, sugestões e comentários deixados em nossas redes sociais ou recebidos por cartas ou e-mails. Participe você também, enviando sua colaboração.

EscrEvEndo a história da EvangElização do Brasil

Certamente a MEGATRANS, re-alizada no último mês de julho, não ganhará apenas uma edição especial de nossa revista A Pátria Para Cristo, mas um capítulo na história da evan-gelização de nosso Brasil.

Em 105 anos de história dos batistas brasileiros esta foi a primeira grande

mobilização em torno de oração e evangelização. Foram 100 dias de oração em favor do Brasil e em favor deste grande impacto evangelístico. Muitos relatos chegaram à redação, falando como este fato fez com que os próprios membros das igrejas que eram bases da Trans se apresen-tassem para sair às ruas anunciando as Boas-Novas.

Pastor Valdeir Lima dos Santos, da Nona Igreja Batista de São Mateus, ES, desafiou sua igreja sobre a responsabi-lidade na evangelização de nosso Brasil. “Você deve estar pensando que seriam necessários uns 100 mil voluntários para alcançarmos esse imenso país. É, a Junta também pensou, e, confesso, eu também pensei assim. Até Gideão pensou! O nosso Deus pensa diferente de nós e de Gi-deão. Aleluia! Com Deus somos a maioria, com Ele, Gideão e os 300 homens venceram o exército midianita, também com o nosso Senhor e aqueles que Lhe aprouve escolher e separá-los para essa megaobra, evangelizaremos a nossa Nação Brasileira, em nome de Jesus. Então, meus irmãos da 9ª IB, eu e você, missionário voluntário, povo batista: ‘Pelo Senhor e pelo Brasil’, se com 100 mil, 32 mil ou com 300, em um Brasil em trevas, SEJA LUZ!”.

O coração do homem faz planos, mas Deus realiza segundo a sua vontade. E os resultados são líderes sur-presos com o envolvimento de suas igrejas, ovelhas que desejam continuar realizando Trans, ou seja, anunciando que só Jesus Transforma, em todo o tempo.

Reunimos nesta edição especial, principalmente, tes-temunhos de vidas transformadas pelo poder de Deus durante a ação missionária em todos os estados, tanto dos que foram alcançados pelo amor de Deus, como da-queles que saíram das quatro paredes para anunciar a mensagem de salvação e transformação de Jesus. Te-mos também uma entrevista com nosso diretor executi-vo, fazendo uma avaliação franca desta mobilização, que é um marco em nossa história.

Mas setembro é o mês de nossa Campanha Anual, que busca envolver todas as igrejas na obra missionária, reu-nindo recursos para que possamos continuar avançando cada vez mais na evangelização de nosso Brasil. Temos um alvo desafiador de 13 milhões de reais para esta cam-panha. Sendo assim, trazemos uma matéria com dicas para a mobilização e um resumo de algumas das ênfases do trabalho de Missões Nacionais.

Em um Brasil em trevas, seja luz. Vamos juntos conti-nuar avançando na conquista de nossa Pátria para Cristo.

Marize Gomes Garcia Gerente de Jornalismo Institucional

CARTAS E E-MAILS

Page 5: APPC 259

Conhecendo a campanha Seja Luz

Não é difícil enxergar o cenário obscuro em que se encontra

o povo brasileiro. A falta de co-nhecimento do verdadeiro Deus impede não só uma perspectiva de futuro no céu, mas o desenvol-vimento de uma sociedade mais justa, igualitária. Para mudar esse quadro, só com a força do evan-gelho chegando em cada lugar, como a luz de um grande holofote penetrando nas trevas.

Em setembro de 2012, Missões Nacionais continua desafiando você a ser luz. Com o tema “Em um Brasil em trevas, Seja Luz” e divisa baseada em Mateus 5.16 – “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que ve-jam as vossas boas obras e glori-fiquem a vosso Pai, que está nos céus” – queremos incentivá-lo(a) a mobilizar sua igreja para mis-sões. Contamos com você, pro-motor ou líder de Missões, para avançarmos nas seguintes ênfa-ses: Grupos Étnicos, Ministério Cristolândia, Plantação de Igre-jas Multiplicadoras, Povos Indí-genas e Projeto Amazônia.

3

MOBILIZAÇÃO

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Luz às etnias

Durante muitos anos negligencia-mos a presença de

estrangeiros em nos-so país. Mas é tempo

de mudar esse quadro, aprovei-tando a boa receptividade bra-sileira para alcançar essas vidas para Cristo, levando sua luz por intermédio de obreiros experien-tes e estrategicamente focados na conquista dos povos étnicos.

Hoje, mais de 220 etnias (es-trangeiros) estão representadas em nosso país. Para alcançar estas etnias, Missões Nacionais trabalha basicamente em duas ações. A primeira trata-se do mapeamen-to dos grupos e a capacitação de obreiros para a implantação de projetos; a segunda consiste em promover ações sociais focadas nas necessidades existentes em cada grupo estrangeiro represen-tado.

Atualmente, Missões Nacionais tem projetos iniciados entre afri-canos, árabes, chineses, ciganos, hispânicos e japoneses, envol-vendo 11 missionários. Mas é evi-dente a necessidade de ampliar-mos ainda mais este ministério e você é uma ferramenta valiosa nesse processo, sendo vocacio-nado, promotor ou alguém que irá apoiar em oração e financeira-mente um desses projetos.

Luz às cracolândias

Desde que chega-mos à cracolândia

de São Paulo, desco-

brimos uma grande oportunidade de mudar a realidade do país por meio do Ministério Cristolândia. A relevância desse projeto é imen-sa, mostrando que o acolhimento, pautado numa formação espiri-tual e execução de processo te-rapêutico são itens essenciais de um trabalho que virou referência nacional.

Atualmente contamos com Mis-são Batista Cristolândia em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambu-co, Espírito Santo, Distrito Federal e Belo Horizonte; cinco Centros de Formação Cristã (CFC) em São Paulo, sendo três para homens e dois para mulheres, e um CFC no Rio de Janeiro para homens. Nas Cristolândias, as vidas são transfor-madas na medida em que passam pelas seguintes fases: acolhimento e triagem (MISSÃO); diagnóstico psicossocial e regularização civil (CFC1); educação e profissionaliza-ção (CFC 2); reinserção social(CFC 3) e consolidação Cristã (IGREJA, FAMÍLIA E SOCIEDADE).

Parte do sucesso das Cristolân-dias vem do apoio de igrejas, que não apenas sustentam financeira-mente, mas ajudam no processo de reinserção das vidas que pas-sam pelo projeto. Com esse elo é possível continuar recuperando aqueles que estão jogados à bei-ra do caminho, marginalizados e sem perspectivas.

Luz a partir de uma vi-são multiplicadora

Para ser luz, é preciso ter visão. E nesse caso,

não há melhor visão do que a bí-blica, que nos faz reconhecer a au-toridade do Espírito Santo como ignição do processo de salvação de vidas, tendo como base Atos 1.8. Por meio de conferências e treinamentos, Missões Nacionais vem desafiando líderes a prioriza-rem o processo de multiplicação de discípulos como chave para a conquista da Pátria.

Uma igreja com visão multipli-cadora está fundamentada nos seis pilares que encontramos no Novo Testamento: Oração, Evan-gelização, Discipulado, Compai-xão, Treinamento de Líderes e a Multiplicação. Com isso o cresci-mento numérico e qualitativo dos cristãos impactou aquela comu-nidade e igrejas foram plantadas em outras cidades e países. Essa visão, por ser bíblica, pode ser aplicada em qualquer modelo de igreja existente, independente-mente da localização, nível edu-cacional ou cultura em que está inserida.

Temos a convicção de que Deus deseja que o coração de cada lí-der, pastor ou missionário seja to-mado pela visão de multiplicação para assim alcançarmos a Pátria para Cristo, nosso grande alvo como batistas brasileiros.

Luz aos indígenas

A história batista conta que a tarefa de evangelização de

indígenas começou na década de 20, quan-

do o missionário de Missões Na-

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cionais Zacarias Campelo iniciou os trabalhos com a comunidade Krahô, desenvolvendo também atividades entre os xerentes, no atual Tocantins. Hoje, a Junta de Missões Nacionais conta com 30 obreiros dedicados ao ministério indígena. São 17 diferentes etnias com trabalhos batistas já implan-tados. Mas, porque Cristo se pre-ocupa com os índios brasileiros, desejamos ampliar este número, contando também com a forma-ção de missionários autóctones.

Atualmente, existem 240 gru-pos indígenas no Brasil e um pou-co mais da metade foi alcança-da pelo evangelho. Somente na grande selva amazônica, existem 125 grupos étnicos que ainda pre-cisam ser alcançados e que estão em lugares de difícil acesso.

Você pode levar a luz de Cristo aos indígenas. Com seu apoio fi-nanceiro, podemos formar obrei-ros autóctones em várias etnias indígenas, facilitando o proces-so de evangelização. Se você se sentiu tocado para ir aos campos missionários, também poderá tor-nar-se aquele que estará na linha de frente da evangelização, como missionário de Missões Nacionais.

Luz aos ribeirinhos

Nossa visão é evangelizar e disci-pular cada pessoa

em solo brasileiro. Nessa perspectiva, vol-

tamos nossos olhos para a Ama-zônia a fim de anunciar Cristo às muitas comunidades ribeirinhas

que ali se encontram. Suas ne-cessidades espirituais, materiais e sociais são grandes, pois estas comunidades vivem praticamente isoladas. Há em toda a bacia ama-zônica aproximadamente 38 mil comunidades, aldeias e lugarejos perto dos rios. E cerca de 30 mil delas não têm sequer uma igreja evangélica.

A evangelização dos ribeirinhos se dá principalmente pela ação do projeto Radical Amazônia, que prepara voluntários e os envia com a missão de plantar igrejas, preparar liderança autóctone e ajudar no desenvolvimento co-munitário.

Missões Nacionais deseja enviar anualmente 40 radicais (solteiros ou casados sem filhos) para a re-gião, divididos em duas turmas (1º e 2º semestre). Se você é daque-les que gostam de desafios radi-cais, esse é o seu projeto.

Material de campanha

Esses e outros desafios fazem parte das revistas de campanha que já devem ter chegado a sua igreja. Elas, juntamente com o DVD, são elementos essenciais para o desenvolvimento de ações promocionais eficazes, já que tra-zem consigo informações deta-lhadas de cada ênfase, ideias para atividades de mobilização, bem como as diferentes formas de contribuir com Missões Nacionais.

Observar a Revista do Promo-tor é o primeiro passo a ser dado pelo líder de missões. Nela cons-tam a apresentação do conceito

da campanha, momentos missio-nários, desafios e metas, artigos, ordens de culto, partitura do Hino Oficial, entre outros. Folheie-a com atenção, organize sua equi-pe e veja a melhor maneira de im-plantar as propostas sugeridas.

Na Revista Infantil estão as ati-vidades para o desenvolvimento de uma consciência missionária em meninos e meninas com ida-des entre 8 e 12 anos. Histórias bíblicas com foco em missões e brincadeiras fazem parte desse rico instrumento.

Neste ano, o conteúdo desti-nado aos pastores será publi-cado na edição de setembro da revista Pregação e Pregadores, da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil. Essa parceria facilita o processo de distribuição, fazendo com que as propostas de sermões e editoriais para boletim cheguem diretamente às mãos de nossos líderes.

O Caderno de Gratidão não se-guirá na versão impressa. Em 2012 ele estará disponível apenas na versão digital, podendo ser bai-xado no site da campanha www.sejaluz.com . Essa estratégia aju-da a reduzir os custos de produ-ção. Se for o caso, com o arquivo disponibilizado sua igreja poderá imprimir o conteúdo completo ou apenas as páginas de interesse.

Se depender de você, podemos esperar uma grande campanha? Então seja luz, mobilizando sua igreja a prosseguir com sua mis-são em mais este ano. Vamos jun-tos conquistar a Pátria para Cris-to.

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ESPECIAL MEGATRANS

S egundo uma prévia levantada até a pri-meira quinzena de agosto, 44.134 mis-

sionários voluntários saíram às ruas para anunciar que Jesus Transforma, du-

rante a MEGATRANS de julho. A meta de termos 100.000 voluntá-

rios envolvidos, com o objetivo de evangelizar 2,5 milhões de

pessoas, não foi alcançada, mas até o momento temos

a informação de que mais de 1 mi-

lhão de pessoas foram evan-

gelizadas em um mês de trabalho.

A quanti-dade inferior

de voluntários esperados em cada

base gerou um movi-mento nas igrejas que

receberiam voluntários. E os membros se apre-

sentaram para completar o exército de amarelinhos

que saiu às ruas de todos os estados de nosso Brasil. Nesta

seção especial, registramos ex-periências vividas em cada um dos

estados. Ora daqueles que foram al-cançados pela mensagem de salvação,

ora por aqueles que romperam os limites territoriais de seus templos para ir em busca

daqueles que se encontravam em trevas.

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7

Acre

MeGATrANS reSulTou eM uMA GrANde colheiTA

“Foi maravilhoso participar da MEGATRANS Acre porque

participamos como Trans Local e para nós foi uma experiência nova e impactante”, de-clarou a missionária Sheyla Brito, de Rio Branco. De fato, as igrejas que aderi-ram à Trans Local, co-locando-se para serem luz na vi-z inhança , p u d e r a m contar como as bênçãos de Deus foram estendidas não somente aos não crentes que ouviram a Palavra como ao povo que se envolveu com a mobiliza-ção.

Baseados no bairro Rosa Linda III, a equipe da missionária Sheyla le-vou a boa semente para um grande número de pessoas e no fim con-tabilizou 72 conversões. Nada mal para uma modesta congregação que na última semana decidiu par-ticipar.

Segundo Sheyla, apesar dos de-safios, valeu a pena ter participado porque toda a equipe foi trans-formada pelo mover do Espírito Santo. “Estamos felizes com esse trabalho e dispostos a realizá-lo sempre. As igrejas devem parti-

cipar de uma Trans Local porque serão, com certeza, outras no fim do trabalho”. Entre as várias ex-periências marcantes que tiveram, eles destacaram o empenho de um rapaz que usa muletas e que não conseguia se sentar, mas, mesmo assim, participou dos estudos bí-blicos em pé e às vezes deitado, tamanha a sede por Cristo, e por fim, ele e sua esposa aceitaram Je-sus, cedendo também o próprio lar para a realização de cultos.

Grandes coisas fez o Senhor por meio de cada vida que se dispôs a

dedicar alguns dias para alcançar pessoas para

Cristo durante a M E G A T R A N S .

Em outras ci-dades do es-tado, como Acrelândia e Boca do Acre, pes-soas fo-ram trans-formadas , c h e g a n d o

a um total de 330 rendi-

dos ao Senhor, como informou o

irmão Areski Peni-che, da IB da Vila Ivo-

nete, em Rio Branco.

AMApá

experiêNciAS pArA TodA A vidA

Segundo a voluntária Viviane Fialho, da IB Vida Nova em

Laranjal do Jari, a experiência da MEGATRANS foi diferente de tudo o que ela tinha vivido. “Quão ma-ravilhoso foi ver as vidas se ren-dendo a esse amor incomparável. Orávamos pedindo a Deus que preparasse os corações e então

sabíamos que a colheita se-ria certa. Quantas v i d a s se ren-deram a o s p ran-t o s , r e c o -n h e -c e n d o que ne-cessitavam de Cristo e isso me fez ver o quanto eu preci-so me dispor a esse trabalho que considero importantíssimo para o reino de Deus: ganhar almas para Jesus.” Ela também destacou a comunhão da equipe como sendo um meio de aprendizado durante a mobilização: “Éramos um gru-po coeso, fraterno. Aprendi muito com todos eles. Saíamos para dar estudos e eu mais aprendi do que ensinei. Nossa equipe cumpriu a missão. Em meio a sorrisos e lágri-mas, colhemos muitos frutos para Jesus. Quantos testemunhos lin-dos pudemos ouvir, de pessoas as quais Deus levantou, sarou, liber-tou e salvou. Isso ficará marcado para sempre em minha memória”.

A voluntária Lidiane Alves Can-diano Ribeiro, da Segunda Igreja Batista de Cabo Frio (RJ), convo-cada por Deus para ir para Mara-baixo (AP), afirmou: “Para parti-cipar de uma Trans é preciso mais do que habilidades, conhecimen-tos ou títulos. É preciso ter amor pela obra de Deus, amor pelas almas perdidas que carecem do perdão e da graça transformado-ra que há em Jesus. A cada Trans que participo vivencio coisas no-vas. Foi maravilhoso ser luz no Amapá!”.

NorTe

Equipe do bairro Rosa

Linda

Voluntários que foram luz em

Marabaixo

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8

AMAzoNAS

MeGATrANS AlcANçou MAiS cidAdeS do iNTerior

do AMAzoNAS

O interior do Amazonas repre-senta o maior desafio para a

expansão do evangelho no estado. “As igrejas, em sua maioria, pre-cisam de revitalização e apoio”, disseram os missionários Jo-sias e Cristiane Lira, coorde-nadores re-gionais de M i s s õ e s Nacionais. Ainda de a c o r d o com eles, essa foi a p r i m e i r a vez que a mobilização contemplou os “interiores do estado”. “Em janeiro de 2012, teve em Codajás – cidade que só tem acesso por barco e tivemos a resposta de mais de 60 voluntários de vários lugares do Brasil”.

Já para a MEGATRANS de julho, surgiu o desafio de impactar Coarí, que é ainda mais distante. Mesmo assim, mais de 80 pessoas se en-volveram, sendo muitas delas de igrejas da própria cidade, como resultado do trabalho de incentivo dos missionários, Régis e Marisa, que têm atuado na cidade.

Também em Rio Preto da Eva (AM), o missionário Djalma Cabral, com sua família e alguns irmãos do Rio de Janeiro, semeou a boa se-mente. Irmãos desta cidade foram treinados e motivados a trabalhar durante a MEGATRANS junto com os voluntários, conseguindo bons resultados durante e depois da mo-bilização.

Vários outros municípios do Amazonas como Manacapuru, Ita-

piranga, Presidente Figueiredo, Ja-nauacá, Itapiranga e Itacotiara (que no Culto da Vitória reuniu 400 pes-soas em uma quadra da cidade) foram impactadas com a MEGA-TRANS. Em Novo Airão, o Ministé-rio de Arte da Segunda Igreja Ba-tista de Manaus ofereceu oficinas de teatro, culinária, serigrafia, além de aulas de inglês. O líder do grupo, Fábio Medeiros, afirmou que é re-compensador ver como essa estra-tégia abre portas para o evangelho.

 O sucesso do trabalho em cada um desses

lugares é resulta-do também das

orações de cada um que se compro-meteu a clamar a Deus pela salvação de vidas no Ama-zonas e

demais es-tados bra-

sileiros. Os miss ionár ios

atribuíram as vi-tórias alcançadas

ao fato de terem tido intercessores preocupa-

dos com o avanço do evangelho em cada canto deste solo. Teste-munhos de pessoas alcançadas comprovam a eficácia das orações, como quando uma senhora abor-dada pela voluntária Vanderlândia Barreto, da IB El Shadday em Ita-cotiara, afirmou que tinha sonhado que naquele dia alguém falaria de Cristo para ela. As almas estão se-dentas e vale a pena ir até elas.

pArá

vidAS reSTAurAdAS por criSTo

“Deus fez uma grande transfor-mação aqui na região da Asso-

ciação Xingu. Durante os 100 dias, oramos pedindo a Deus voluntários para a nossa região para alcançar-mos a extensão da associação de

apro-x i m a -d a m e n t e 600 km. Ti-vemos 250 inscritos e 23 locais foram evangelizados pelos ama-relinhos.” Segundo os missioná-rios Anderson e Eliade Barbosa a maioria dos irmãos nunca tinha participado de uma Trans e a rea-ção de cada voluntário ao retornar trazendo seus “feixes” era a mes-ma: “Não vou deixar de participar mais da mobilização Jesus Trans-forma”, contaram os missionários.

Na Trans Xingu, que teve como base o município de Altamira, o primeiro fruto surgiu logo no dia de abertura da mobilização. A cada vitória, os voluntários sen-tiam a confirmação de que es-tavam cumprindo a vontade do Senhor. Empenhados, alguns vo-luntários que aguardavam a libera-ção da Transamazônica, que tinha sido interditada para detonação de rochas, saíram do carro e co-meçaram a evangelizar motoristas e passageiros que também esta-vam na rodovia.

O que mais marcou os partici-pantes foi a carência que o povo tinha de ouvir a palavra de Deus. “As pessoas nos convidavam para entrar em suas casas como se nos conhecessem há muito tempo”, contou o Pr. Hélio Inácio, missio-nário de Missões Nacionais no es-tado. Como resultado, além das vidas alcançadas, muitos irmãos em Cristo sentiram-se renova-dos por Jesus durante a MEGA-TRANS.

Assim como muitos cristãos sen-tiram-se revigorados pelo Senhor, pessoas que necessitavam um

Culto em Janauacá

Oito batizados durante a

mobilização

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9

encontro com Cristo tiveram, fi-nalmente, a oportunidade de uma nova vida. Ainda durante a MEGA-TRANS, o Pr. Hélio Inácio batizou oito pessoas, entre elas um meni-no de 13 anos que se converteu no terceiro dia de Trans em Altamira. Os resultados provam que sempre vale a pena orar sem cessar e in-vestir no reino de Deus para que essa terra seja restaurada por Cris-to.

TocANTiNS

ofereceNdo o AliMeNTo MATeriAl e eSpiriTuAl

Em Aguiarnópolis, os voluntários encontraram um senhor, que

mora sozinho em um barraco, e de-cidiram ir até ele para compartilhar o amor de Cristo. “O encontramos sentado e, naquele momento, apre-sentei o plano de salvação. Para a glória de Deus, ele aceitou a Jesus e ficou muito emocionado”, contou o seminarista Antônio dos Santos Chaves.

Os voluntários realizaram o ter-ceiro estudo com ele e também levaram uma cesta básica, deixan-do-o muito feliz. Cristo deixou o exemplo da importância de levar o auxílio espiritual e físico para os necessitados e essa equipe cer-tamente foi um canal de bênçãos para aquele senhor.

roNdôNiA

vAle A peNA Ser voluNTário

Tendo participado pela primei-ra vez da mobilização Jesus

Transforma, a irmã Márcia de Fáti-ma Martins, da IB de Cacoal (RO), viajou para outra cidade de seu estado, sendo usa-da pelo Senhor para que vidas fossem alcançadas em Ji-Paraná.

Ela contou que ficou im-p r e s s i o n a d a com a carên-cia do campo em que atuou, o que fez com que os temores iniciais caíssem por terra: “No início estávamos receosos, temendo ser mal recebi-dos ou ignorados, mas para nossa surpresa as pessoas foram simpá-ticas”.

Em cada experiência que teve durante a MEGATRANS, Marcia sentiu que não apenas estava sen-do usada como também estava sendo visitada pelo Senhor. “Foi uma bênção não só para a minha vida, mas para toda a minha equi-pe. A cada fim de tarde ficávamos ansiosos pelo dia seguinte.”

Thais Oliveira, da IB Filadélfia em Porto Velho (RO), e Jorge Sarmen-to, da IB Deus é Fiel em Macapá (AP), atuaram em Porto Velho e ti-veram o privilégio de ser luz na vida de um menino, de 9 anos de idade que, devido a problemas familiares, vinha praticando furtos até dentro da própria casa, uma vez que con-vivia com pessoas envolvidas com tráfico de drogas. O menino gostou muito do grupo de voluntários e todos perceberam que seu antigo comportamento era resultado de uma carência afetiva.

“Passamos a aconselhá-lo e a entregar sua vida ao Senhor. Sa-bemos que mudanças não acon-

tecem de um dia para outro, porém uma pe-quena atitude mostrou que realmente Je-

sus estava tra-balhando nessa

vida: ele jamais havia admitido os

furtos praticados em sua própria casa, mas de-

pois já entendia que suas ati-tudes foram erradas e que ele não devia fazer isso.” Os voluntários também relataram que o menino foi até seu pai e pediu perdão por tudo o que tinha feito, explicou que estava indo para a igreja e prome-teu não mais roubar. “Essa peque-na atitude de um menino até en-tão rebelde nos mostrou o quanto Jesus pode transformar uma vida. Todos os dias que passamos sendo exemplo para essa criança surtiram efeito”, afirmou Thaís.

rorAiMA

MobilizAção Ajudou A reviTAlizAr iGrejA que

TiNhA fechAdo

As igrejas de Roraima se mobi-lizaram e impactaram a cida-

de de São João da Baliza, onde 54 pessoas aceitaram Jesus. Além das vidas alcançadas, uma igreja foi revitalizada. Segundo o Pr. Bar-tolomeu Almeida, da igreja Nova

Alimento espiritual e material

Thaís e o menino que melhorou o comportamento

após contato com voluntários

Estudo da Palavra em um lar de Ji-Paraná

Page 12: APPC 259

Comunidade Batista em Boa Vista, o templo esta-va fechado e graças ao apoio de igrejas como IB da Graça, IB Memorial e IB El Shadday, todas da capital do estado, ago-ra a obra se encontra reaberta, sob a liderança do Pr. Severino Alves de Melo.

Para continuar dando apoio, igrejas se comprome-teram a enviar equipes para um final de semana a cada um mês a fim de fortalecer o trabalho. Duas igrejas como IB Canaã e IB Monte Sinai, também da capital do esta-do, já asseguraram que irão ajudar e muitas outras já estão sendo con-tactadas.

Diante de tantas vitórias, apesar dos desafios, o Pr. Bartolomeu afir-mou que “a mobilização no estado foi uma experiência muito positi-

va”. Entre as atividades evange-lísticas como EBF e os cultos, os voluntários realizaram o chamado ‘Sopão’ – por meio do qual 53 pes-soas foram alimentadas. “É muito importante porque é uma forma de lembrar às pessoas de sair e ir aos campos. A Trans tem a função de

sacudir, animar e encora-jar os cristãos”, declarou o Pr. Bartolomeu, que também destacou as necessidades do esta-do: fortalecer as peque-nas igrejas já existentes e plantar uma igreja na zona nobre da capital,

onde não há igrejas batis-tas, além de mais duas no

interior em cidades que fa-zem fronteira com a Venezue-

la e Guiana Inglesa.

Interceda pela expansão mis-sionária em Roraima. O Pr. Barto-lomeu destacou que participar da Trans no estado é uma oportuni-dade única, já que é uma realidade bastante diferente dos demais es-tados brasileiros, com vilas e malo-cas onde estão indígenas que ne-cessitam ouvir a palavra de Cristo. “Quem veio ficou muito feliz. Vale a pena ter uma nova experiência de evangelização aqui.”

NORDESTE

ALAGOAS

preGANdo pArA oS ciGANoS de

peNedo

Se g u n d o i n f o r -

mações da voluntária R o a n n e A n d r a d e , a equipe composta

por dez pessoas, encontrou uma grande quantidade de ciganos, que vive na cidade. “Os ciganos recebe-ram a equipe com muita atenção, declararam aceitar Jesus, porém sua cultura não permite que eles vão à igreja.” Oremos para que seja iniciado um novo trabalho com ciganos em Penedo e que futura-mente tenhamos uma igreja em tenda ali, a exemplo de São Paulo.

SAlvAção eM TAquArANA

Os missionários voluntários impactaram a cidade com o

nome de Jesus e, já no primeiro dia de trabalho, vidas aceitaram a Jesus. Testemunhos fortes foram contados e um dos mais impactan-tes foi o de uma família que havia perdido um filho a pouco tempo,

devido a proble-mas no cora-ção e pelo fato de ser alcoólatra. Antes de falecer, ele havia pe-dido para ser levado a uma igreja evangél ica. Foi, aceitou a Jesus e logo após o culto, teve um infarto e faleceu. A família estava sem consolo e de-sesperada, mas a equipe da Trans foi até essa casa, falou de Jesus e a respeito do plano de salvação. “Foi então que todos abriram os olhos para a verdade, trazendo uma nova

Mostrando disposição e amor pelas almas, voluntários impactaram vidas e reabriram

um trabalho

Par te da equipe de Penedo, AL

Evangelismo em Taquarana, AL

Page 13: APPC 259

esperança e mostrando a alegria de viver”, declarou Antônio Mar-cos Alves da Silva.

BAhiA

Alvoroço eM GuAjeru

Para honra e glória de Deus, defini-tivamente, Guajeru já pode cons-

tatar a seguinte realidade: “Estes que têm alvoraçado o mundo che-garam também aqui” (Atos 17.6b). Os batistas,  em pleno andamento do Projeto Jesus Transforma, com equipe formada por voluntários da 1ª IB em Jânio Quadros, IB Inde-pendência e Vida e 2ª IB de Vitória da Conquista, anunciaram de casa em casa o maravilhoso amor de Deus revelado em Jesus, colhendo os primeiros frutos de muitos que só a eternidade nos possibilitará conhecer.

Na noite de 14 de julho, foi oficial-mente inaugurada a Missão Batista em Guajeru, que será liderada pelos missionários Edilson e Mírian Trin-dade. Parabenizamos a JMN pela iniciativa da MEGATRANS. Que outras edições aconteçam nos pró-ximos anos e muitas outras igrejas nasçam como resultado do traba-lho árduo dos batistas brasileiros. Que o Senhor seja para todo o sempre engrandecido em nós e por nosso intermédio em cada canto do nosso país. Que Guajeru se ren-da ao Senhor Jesus a quem sejam a honra, a glória, o poder e a força desde agora e para todo o sempre.

Pr. Vagner Trindade da Silva1ª IB em Jânio Quadros

ArrepeNdiMeNTo No Kid’S GAMeS

Em Barra da Estiva, o missioná-rio Renato Fagundes conseguiu

fechar um acordo com a direção de uma escola para realização do Kid´s Games com diversas turmas do colégio. Apenas em dois dias, já tinham atingido mais de 300 crian-ças e glorificavam a Deus por isso.

Uma das experiências relatadas foi a de um menino, ao ouvir so-

bre o plano de salvação por meio da ilustração do cloro e do iodo. Segundo o missionário, ele se arre-pendeu, aos prantos, reconhecen-do o erro de ter dado um tapa na mãe a um mês atrás e disse que, por causa disso, seu coração esta-va sujo. “Nós apresentamos a ele o perdão de Jesus e ele está bem”, compartilhou pastor Renato, feliz por poder fazer a obra de Deus, juntamente com a equipe.

luz AoS SurdoS

A dupla de voluntários do Alcan-ce Surdos em Camaçari, Geral-

da e Jarbas, ao visitar uma casa, deparou-se com uma triste reali-dade na qual vivem muitos surdos. A família, que não consegue se co-municar com a filha surda, faz com que ela viva à margem não apenas da sociedade, mas de sua família.

Quando a dupla começou a se comunicar com a jovem de 23 anos, ela se apresentava tímida e aos poucos foi demonstrando in-teresse, deixando a mãe feliz por ver a filha se comunicando com alguém. Ao longo da visita, a dupla conheceu a história da jovem surda. Anos atrás a jovem passou tempos na casa da avó no inte-rior, onde sofreu abu-so, engravidou e hoje tem um filho de seis anos. A mãe pede ajuda para sua filha, pois sem a comuni-cação com a mãe, que não sabe Li-bras, a jovem passa os dias deitada no sofá e muitas vezes se torna agressiva por não ser compre-endida.

A jovem foi evangelizada, acei-tou Jesus. Oremos pela continui-dade do trabalho que os missio-nários surdos da JMN, Josivaldo e Valdelina Beda, farão com a jovem e pela plantação de uma igreja em libras da qual os missionários es-tarão à frente. “Ao sairmos para o campo é que vemos a verdadeira carência da Palavra de Deus. Esse projeto é muito importante e en-corajador e tem despertado almas sedentas para o reino de Cristo”, concluiu a irmã Geralda.

SedeNToS NA porTA do bAr

“A MEGATRANS é muito além do que eu imaginava. Como

é bom ver as vidas sendo trans-formadas pelo poder do nome de Jesus. Uma das experiências que me chamou mais a atenção foi quando estávamos passando em frente a um bar e algumas pesso-as, sentadas na porta, nos chama-ram para perguntar o que está-vamos fazendo, porque nos viram com a camisa Jesus Transforma. Começamos a explicar e eles questionaram quando pergunta-mos sobre a certeza da salvação. Enquanto uma das componentes estava evangelizando, estávamos orando e em pouco tempo todos se calaram e reconheceram que

Crianças foram alcançadas por meio

das atividades

Equipe que levou Cristo aos surdos de

Camaçari

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estavam errados. Marcamos alguns estudos com aque-las pessoas e este fato nos mostrou ainda mais que o nome de Jesus tem po-der em qualquer lugar”, compartilhou a voluntária Naiane Pereira, que atuou em Jaguaquara, base IB Nova Jerusalém.

Seu parceiro de evange-lização, Frances Mile Araú-jo, contou o que aconteceu na sequência desta abordagem na porta do bar. “Ao chegarmos na casa de uma das três pessoas que quiseram fazer estudo, logo perce-bemos o quanto ela estava abatida e com ela estava uma mulher com-pletamente bêbada.” Cabisbaixa a senhora quis adiar o estudo, pois o telhado de sua casa estava todo destruído, pois ladrões haviam ten-tado invadir sua casa, mas como não conseguiram, atiraram pedras e tijolos sobre o telhado.

Enquanto falavam do amor de Deus e a senhora se acalmava, a que estava alcoolizada começou a conversar, mudando de assunto. Naiane começou a interceder pela vida dela. Neste momento a alcoo-lizada colocou a mão sobre a cabe-ça da dona da casa e um demônio começou a se manifestar. “Imedia-tamente o expulsamos no santo nome de Jesus, tiramos a mão da bêbada da cabeça dela e tudo vol-tou ao normal. Conversamos com ela e ficamos de voltar outro dia para fazer o estudo. A mulher bê-bada também se acalmou e parou de atrapalhar a conversa. Para mim essa foi uma oportunidade incrível de ver o poder do nome de Jesus. Recomendo a todos que partici-pem da Trans. Essa foi a minha ter-ceira, mas assim como na primeira tenho certeza de que vou sair com mais sede ainda de levar a Palavra de Deus aos sedentos”.

CEARá

GrANde colheiTA

Na base de José Walter, Fortale-za, o trabalho realizado resultou

em 380 estudos bíblicos realiza-dos, alcançando 400 pessoas e 123 conversões, demonstrando sinais de um novo nascimento. Os coor-denadores da base, irmãos Rui e Kílvia Freitas, declararam: “Louva-mos a Deus por escolher nos usar para realizar o milagre da salvação na vida das pessoas. São muitos os testemunhos! Para nós foi uma ex-periência fantástica, mais uma con-firmação do chamado que temos! Nosso maior desejo é viver sonhos de Deus pra nós.”

ApreNdizAdo

Adenílson Oliveira, membro da Igreja Batista de Henrique Jor-

ge, Embaixador-Chefe da Embai-xada Bill Wallace (Organização Embaixadores do Rei), foi um vo-luntário da MEGATRANS na base Maraponga, bairro de Fortaleza. O jovem aca-bou de completar 18 anos e, apesar de ser bastante envolvi-do no trabalho da organização Em-baixadores do Rei e nas ativi-dades da igreja local, participou de seu primeiro projeto missio-nário. Em uma breve conver-sa com Renato Manso do Minis-tério de Comunica-ção da IB Henrique

Jorge, expôs sua alegria de poder ser útil no ser-viço da obra do Senhor. “Nunca havia participado de um projeto. Imaginei mil coisas e achei que fossem acontecer coisas simples, rotineiras. Quan-do cheguei e vi pessoas

de diferentes tipos, fossem mendigos, ricos, drogados,

macumbeiros, etc., carentes do amor de Cristo achei que

não fosse ser capaz de falar, de ser usado. Mas é incrível perceber a ação do Espírito Santo em nossas vidas e perceber que quando nos colocamos à disposição de Deus, Ele nos usa de uma maneira tão grande a ponto de nos dar autori-dade pra levar sua Palavra a cada uma daquelas vidas, seja qual for a situação dela. Aprendi que todos precisam do amor de Cristo e que eu sou ferramenta pra que elas co-nheçam este amor!”

jeSuS TrANSforMA pArAcuru

Em Paracuru, numa comunida-de chamada Nova Esperança, os voluntários se depararam com a triste realidade socioeconômica e espiritual de seus moradores. Sem oportunidades de educação, esporte, lazer e trabalho, Paracu-

O povo glorificou a Deus pelo resultado

no fim da MEGATRANS em José Walter

Voluntários da base em Maraponga

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ru entrega suas crianças, jovens e pais de família ao ócio, às drogas, à prostituição, à exploração se-xual (crianças e adolescentes en-tregam seus pequeninos e frágeis corpos em troca de dinheiro para sobreviver) e, pasmem, ao suicí-dio, mais de um por mês, segun-do compartilhou Jailma de Sousa Rodrigues, coordenadora de Ação Social da Convenção das Igrejas Batistas Unidas do Ceará e coor-denadora da base de Paracuru. “Este antro de perdição e idolatria foi nosso campo de trabalho du-rante a Trans.”

Para dar conta do trabalho, con-taram com a dedicação de 12 jo-vens em tempo integral e mais cinco que aproveitavam o tempo que lhes restava do trabalho para somar forças ao grupo. “Um povo dedicado e com vontade de fazer. Aprendemos muito com o teste-munho de vida um do outro. O trabalho foi uma bênção, aliás, não tinha como ser diferente.”

Irismar Nobre de Sousa, da Igreja Batista Nova Vida, Palmeiras, com-partilhou sobre sua participação: “Estar nos campos é, sem dúvida, uma tarefa desafiadora. No início senti-me meio receosa com a rea-lidade de cada lugar por onde pas-sei, mas pouco a pouco fui deixan-do-me envolver pelas pessoas com as quais me deparava. Assim fui liberando todo meu amor por cada uma e tendo sempre em mente as palavras de Jesus: ‘Amai-vos uns aos outros’. Foi impactante tudo que vi. E poder participar da gran-de colheita da Trans foi irrecusável. Grandioso foi para mim o trabalho realizado ali em Paracuru e locali-dades vizinhas. O pior foi ver a in-justiça social, no que fazem vista grossa a essa triste e lamentável degradação humana.

“Ficamos impressionados tam-bém com aqueles que se encontra-vam abertos para a mensagem da cruz, muitos diziam estar vivendo em grande desesperança e pertur-bação. Ou seja, os campos estão brancos, prontos para a colheita e cabe a nós, discípulos de Jesus, fazermos a diferença. Precisamos, com urgência, levar a luz de Cristo aos perdidos”.

SeNhorA de 109 ANoS Se coNverTe

Em Pindoretama, o missio-nário Enox Souza Dantas

compartilhou as bênçãos do trabalho realizado, entre as quais oito vidas salvas no evangelismo realizado no pre-sídio municipal. Também nesta cidade uma conversão chamou a atenção da equipe – D. Maria, de 109 anos. A princípio sua famí-lia havia dito que ela ouvia mal e que não tinha muito entendimento satisfatório daquilo que falavam a ela. Mas para surpresa da equipe, ela demonstrou compreender per-feitamente o estudo, respondendo às questões que eram apresenta-das. Ao término do estudo ela fez a sua decisão e comentou que nunca haviam explicado tão claramente a Bíblia para ela.

“Foi muito gratificante vermos o agir de Deus em muitas vidas, portas se abrindo para receber o evangelho e pessoas se rendendo a Cristo. Louvamos a Deus pelas conversões, pelas vidas que se dis-puseram a estar conosco, coope-rando para a expansão do reino de Deus em Pindoretama e pela vida daqueles que oraram e se empe-nharam para que a MEGATRANS fosse a bênção que foi”, declarou Enox.

MARANhãO

iNTrépidoS AMAreliNhoS Por: Marize Gomes Garcia

Permitam-me deixar as re-gras do jornalismo de

lado e compartilhar as ex-periências vividas no Ma-ranhão por uma dupla de minha Igreja Batista Missionária do Mara-canã (IBMM), Rio de Janeiro (RJ). Pastor Alexandre Aló e Jana-ína Melo, seminarista, representaram nossa igreja nas terras por onde, quando semi-

narista, o pastor Aló atuou como missionário. A base foi a cidade de Lima Campos, onde a IBMM apoia a obra missionária. Convoquei o pas-tor para ser meu correspondente e ele cumpriu à risca a missão recebi-da. Diariamente chegavam os tor-pedos compartilhando cada passo.

Um deles me fez lembrar de Jai-ro, quando busca Jesus para so-correr sua filha enferma. A equipe caminhava pelas ruas, quando um homem chamou para que orassem pela filha, uma jovem senhora, pro-fessora. Fraca, mal conseguindo se manter de pé, pedia orações. En-quanto explicava a situação pela qual passava nos últimos 15 dias, desmaiou. Recobrava os sentidos e novamente desmaiava. A equipe certificou-se de não ser espiritual e sugeriu ao pai que a levassem ao médico. Como não conseguiram ambulância, pois o motorista havia sumido, conduziram a jovem no carro do pastor Rosemilton (Con-gregação de Lima Campos). No

D. Maria - aos 109 anos recebe Jesus

Voluntários levam a luz de Jesus a Lima Campos

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hospital, o médico disse que ela não tinha nada e por isso nada po-deria fazer. Preocupados, equipe e pastor local resolveram conduzi-la ao hospital mais próximo, em São Luís (a 258 km). A família ficou feliz com a atenção recebida e o testemunho já circulava nas ruas da cidade: “Os irmãos amarelinhos socorreram aquela mulher doen-te”.

Mas nem sempre foram bem recebidos. Certo dia a equipe ba-teu em uma casa, onde a mulher os viu, entrou e os deixou em pé parados na porta, mas, como Deus não desperdiça suas sementes, a vizinha viu e recebeu não só a equipe, mas Jesus como Senhor e Salvador.

Outro torpedo que me fez sor-rir e me admirar da intrepidez foi este: “Janaína entrou na funerária Luz Eterna. Pregou como tema: Jesus, a Luz Eterna. Fez a pergunta apontando para um caixão: ‘Você está pronto para entrar nele?’. Fez o apelo e Antônio se converteu”. Fiquei imaginando aquela jovem franzina e tímida agindo neste campo nada convencional. Segun-do meu correspondente, também em uma quadra de esportes, a se-minarista chamou um grupo de jo-vens, explicou o plano da salvação e seis deles aceitaram Jesus. “Es-tamos cientes de que alguns po-dem ser solos rochosos, mas cer-tamente isto trouxe muito ânimo ao nosso coração. Amanhã duas duplas vão até os endereços para aplicar o discipulado. Ela está mui-to feliz.”

SeNdo uSAdo por deuS

Participar da MEGATRANS foi ótimo porque consegui apren-

der mais sobre as pessoas que residem no bairro Angelim. Me chamou atenção ver famílias de diferentes padrões econômicos passando por dificuldades no que diz respeito às drogas. Poder fa-lar diretamente com dependen-tes químicos e alcoólatras e ver a carência espiritual de um povo muitas vezes esquecido, conhecer um jovem de 16 anos que estava

desviado, era usuário de drogas e já é pai de 2 filhos foi um acon-tecimento muito importante para mim. Quando chegamos à sua casa, fomos recebidos com as palavras: “Podem entrar porque estou precisando”. Logo fizemos o recenseamento, evangelizamos e o convidamos para o culto que ocorreria à noite. Ele foi ao culto e sentou-se ao meu lado. Come-çamos a conversar e ele passou a me falar dos seus problemas – e eu falando de Jesus. Então, perguntei se ele queria fazer sua decisão de aceitar a Jesus e ele não respon-deu nada. Pedi para orar por ele e quando comecei a orar, ele come-çou a chorar e não parava. Termi-nei a oração e perguntei novamen-te se ele queria tomar a decisão de caminhar com Cristo. Ele respon-deu que sim, e o levei à frente. O pastor Isaías Pereira Lima fez uma oração com ele e toda a igreja foi cumprimentá-lo.

Thalyson André Lopes SousaVoluntário na IB Manancial no

Angelim, em São Luís (MA)

PARAíBA

voluNTárioS eScolhidoS

Em São José de Piranhas (PB), a missionária Rozélia Araújo rece-

beu nove voluntários, sendo seis de outras cidades e três de Cajazeiras, da igreja-mãe de seu projeto. O grupo fez apresentações na pra-ça principal da cidade, alcançando muitas vidas. “Foi um tempo de mi-lagres aqui, onde o povo vive opri-mido pela depressão que leva ao suicídio, mas a mensagem do Se-nhor Jesus foi anunciada mais uma vez na cidade”.

Rozelia confessa que apesar das dificuldades iniciais, que muitas ve-zes levam ao desânimo, essa Trans foi a melhor de todas de que ela já participou. “Os voluntários que vieram para cá foram escolhidos a dedo pelo Senhor para abençoar nossas vidas”, acrescentando que o que mais alegrou seu coração foi o envolvimento da igreja nos traba-

lhos de e v a n -g e l i s -m o . Pesso-as que n u n c a h a v i a m evangeli-zado tive-ram o privi-légio de fazê-lo nesta Trans. “Tive-mos muitas programa-ções especiais na praça principal da cidade, com cultos, teatros e pi-rofagia; foi simplesmente tremen-do”. Entre as decisões, a de uma jovem que confessou Jesus como Salvador em praça pública, mesmo com todas as suas amigas aconse-lhando que ela não o confessasse, tocou o coração da missionária.

pArA Não hAver dúvidAS

Q uem trabalha com crianças sempre é surpreendido por

suas falas e ações. Depois de apre-sentarem a peça Livro da Vida, du-rante a escola bíblica, a equipe de Jardim Paulistano foi surpreendida pelo pedido das crianças.

Entendendo a necessidade de confessar Cristo como Senhor de suas vidas, fizeram questão que ti-rassem foto, registrando o dia, mês e ano para que, quando chegassem ao céu, o anjo não tivesse dúvidas de que o fato tinha acontecido.

Crianças alcançadas em Jardim Paulistano

Programação na praça da cidade

alcançou muitas vidas

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Brasília, em Cariacica, ES, que participou da Trans como voluntária. Ainda segundo a voluntária, no retorno levava mais que saudades, mas a experiência de viver intensamente o evan-gelho que transforma e faz o povo de fora se perguntar: “Que amor é esse?”.

luz pArA oS SurdoS do recife

De 15 a 29 de julho, aconteceu o Alcance Surdos no Recife, em

parceria com a Igreja Batista da Capunga, com a participação de 49 voluntários de seis estados di-ferentes. A equipe visitou mais de 21 bairros, nas cidades de Olinda e Paulista, além do Recife, realizando atividades, como cultos nas escolas estaduais e municipais, discipulado, estudos bíblicos, recenseamento de casas, curso de libras, impacto evangelístico nas ruas, praças e shopping, palestra na Associação de Surdos de Pernambuco, exibi-ção do filme Jesus em libras, pales-tras e Tarde Social entre outras.

“O ide de Jesus é para alcançar todos, sem distinção de qualquer pessoa. O que estamos fazendo para alcançar aquele que não vê, que não ouve, que fala uma língua que não conhecemos, que tem uma cultura totalmente diferente da nossa? Precisamos revelar a to-dos”, convocou Rafaela Costa, mis-sionária em formação.

Um dos voluntários chamou a atenção de todos. Segundo relato da missionária Marília Moraes Ma-nhães, coordenadora do Ministério com Surdos de Missões Nacionais, Dayvison (da 1ª IB Recife) é ca-deirante, cego de um olho e sur-do, mas não mediu esforços para pregar o evangelho aos surdos, demonstrando muito amor pelas almas perdidas. “Não quero ficar parado, quero ir às ruas, os surdos precisam de Jesus.”

viTóriA eM cAbo

No dia 28 de julho, aconteceu o culto da vitória na 1ª IB Cabo,

uma das bases da MEGATRANS na cidade de Cabo de Santo Agosti-nho. A equipe foi formada por 74 voluntários de quatro igrejas da re-gião. No culto, o pastor da igreja, Sandro Rosendo, coordenador de base operacional da Trans, apre-sentou um relatório parcial com 1.555 pessoas evangelizadas, 165 decisões e 28 reconciliações. Se-gundo informou o pastor Maurício Manoel da Silva, coordenador re-gional de missões no estado, a igre-ja foi desafiada pelo próprio pastor Sandro a pensar em uma Trans mensal na região, demonstrando a bênção que foi o projeto naquela cidade.  

PERNAMBUCO

TrANS crAcolâNdiA

Entre os dias 30 julho e 04 de agosto, aconteceu a Trans Cra-

colândia em Recife, com a parti-cipação de 40 voluntários, tendo como objetivo retirar das ruas, pelo menos, 70 dependentes químicos.

Pastor Eliu Rodrigues, coor-denador da Cristolândia Recife,

juntamente com sua equipe, aplicou o

tre inamento, que contou

com a pre-sença do p a s t o r H u m -ber to M a -c h a -d o , c o -o rde-n a d o r

g e r a l das Cris-

tolândias no Brasil.

Segundo o pastor Eliu, as

igrejas locais estão abraçando o trabalho da Cristolân-dia e até corais e bandas das igre-jas participaram, como foi o caso da banda El Shadai, ministério mu-sical e evangelístico da Primeira Igreja Batista do Recife.

Um dos pontos de ação da equipe foi o Cais Santa Rita, local de pros-tituição e venda de drogas na cida-de. Na tarde do dia 03, foi realizada a Caminhada pela Vida nas redon-dezas da Praça do Diário, atraindo a atenção da população local. “Nós, os cristãos, queremos muito mais do que só ficar entre quatro pa-redes; nós queremos obedecer ao ‘ame o próximo como a ti mesmo’. Quando a IGREJA é igreja, a cidade percebe e é abençoada e as coisas começam a mudar, mas é preciso que nós saiamos da zona de con-forto pra zona de guerra”, declarou Karoline Flegler de Souza, membro da Igreja Batista Central em Nova

Ação em prol de vidas libertas por Cristo

Culto da Vitória na 1ª IB Cabo

Surdo cadeirante e cego de uma vista

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na de crianças, que demonstraram muita sede do evangelho e aproxi-madamente 50 fizeram uma deci-são por Cristo. Cremos que muitas pessoas farão suas decisões por Jesus no desenvolver dos estudos bíblicos que foram iniciados, mais de uma centena.

Louvamos a Deus pela equipe, que não mediu esforços nesse pe-ríodo, dando o máximo de si no testemunho pessoal e estudos bí-blicos nos lares. Nenhuma dificul-dade, pois o grupo demonstrou muita maturidade, responsabilida-de e garra no trabalho. Louvado seja Deus!

Pr. Cirino Refosco Voluntário e Líder da equipe

Rio Grande do Norte

uNião eM NATAl

A zona norte de Natal recebeu cinco bases da MEGATRANS

2012, sob a coordenação do pastor Isaías Herculano da Silva. E houve cooperação das igrejas e pessoas com o projeto. Segundo o pastor Isaías, as igrejas que não foram base, auxiliaram com a alimenta-ção das bases, levaram equipes de apoio para atividades específi-cas e ofertaram financeiramente e em oração. “Somos gratos a Deus porque pessoas e igrejas confiaram no Projeto e já contemplamos as maravilhas que o Senhor tem feito no meio de seu povo; são muitas bênçãos e experiências que te-mos vivenciado”.

Um relato co-mum a muitas equipes foi a participa-ção de ado-lescentes e pessoas que não tinham experiência na evange-lização. Não foi diferente na equipe da Igreja Batista Potiguar, for-mada por 29 inscritos e 17 vo-

luntários no apoio, cuja maioria era de adolescentes, que não tinham experiência, mas por intermédio deles a igreja foi despertada para avançar na obra missionária. O grupo viveu fortes emoções. Cho-ro, quando não eram recebidos, e muita alegria quando alguém acei-tava o estudo ou recebia Jesus como Salvador.

A equipe da 1ª IB em Jardim Pro-gresso contou com 14 voluntários inscritos e 17 para o apoio, tendo como coordenador o irmão Mar-cones José de Lira, segundo o qual houve um despertamento da igreja para a obra missionária. Na comu-nidade onde atuaram, era comum ouvir: “Os amarelinhos estão na rua falando de Jesus”. Uma das pes-soas que ouviu do evangelho foi o traficante do bairro, que pediu aju-da para se internar e um de seus colegas entregou a vida a Cristo. “Há um desafio para os batistas potiguares – a construção de uma casa de recuperação para depen-dentes químicos”, declarou pastor Isaías, mostrando que o problema das drogas é nacional.

No bairro de Golandi, São Gonça-lo do Amarante, a equipe da Igreja Batista Água Viva trabalhou numa comunidade carente, onde predo-mina a violência e envolvimento com o candomblé. Certo dia, ao

PiAUí

uMA cidAde AberTA pArA o evANGelho

Voluntários das igrejas batistas de Avelino Lopes, Curimatá,

Corrente, Bom Jesus e Cristino Castro foram recepcionados e hos-pedados pelo casal Clemilson e sua

esposa, Raquel, que também partici-

pou do tra-balho de

evange-lização na ci-d a d e d e Júl io B o r -g e s . C l e -m i l -

son e Raquel

são mis-s ionár ios

na congre-gação na co-

munidade Piripiri, e ele é funcionário dos Correios. Pouco antes da equipe chegou à cidade o casal de obreiros pastor Rondinelli e sua esposa, Adriana, que continuarão como missioná-rios da nova igreja (ele é natural de Paranaguá [PR] e ela de Tere-sina [PI]). No sábado 14/07 houve treinamento da equipe e no dia seguinte deu-se início ao trabalho com caminhadas de oração pelas ruas e visitas às famílias, e duran-te a semana foi realizado recen-seamento e estudos bíblicos nos lares, tendo às noites projeção do filme Jesus e cultos evangelísticos em lugares estratégicos. A recep-ção foi excelente e muitas pessoas abriram seus lares para o estudo da Bíblia, demonstrando grande in-teresse pelo evangelho. Durante o período da Trans não tivemos uma rejeição sequer da equipe e com boa vontade fomos atendidos pela diretora do colégio onde foi reali-zada EBF com mais de uma cente-

Amarelinhos em Júlio Borges

Uma das equipes de

Natal

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amanhecer, os voluntários encon-traram em frente à igreja uma ga-linha preta com os pés cortados, mas nada que tirasse o ânimo dos amarelinhos em proclamar as Bo-as-Novas. “Somos gratos a Deus, porque o Senhor cobriu com pro-teção os amarelinhos, pois em 15 dias não houve mortes no bairro”, relatou o pastor Marcos Aurélio. A ação maligna também foi vista pela equipe da IB Jardim Brasil. Para o coordenador, pastor Manoel Mes-sias, que tirou 15 dias de férias para participar da MEGATRANS, o que mais marcou foi verificar o número de pessoas que se declaram evan-gélicas, e não têm certeza da sal-vação, e a ação maligna em várias casas visitadas. “Em uma das ca-sas, o cachorro se soltou e mordeu um dos voluntários. Quando foi repreendido em nome de Jesus, o cachorro saiu da sala e ficou ron-dando onde eles estavam, mas se formou um paredão que o cachor-ro não chegou mais perto”.

Segundo Carina Macedo, os vo-luntários da equipe da Igreja Batista em Vale Dourado tiveram um exem-plo vivo de que Jesus transforma vi-das. O irmão Beto passou anos de sua vida no vício da bebida e, dois meses antes da Trans, conheceu Je-sus e foi liberto do vício. “Antes des-prezado e jogado nas calçadas, hoje transformado e restaurado, pôde compartilhar por meio da sua vida o que Jesus faz. Onde passamos as pessoas são verdadeiramente transformadas por Jesus”.

“A zona norte da Cidade de Na-tal continua avançando rua por rua, casa por casa, e a próxima meta é a realização da cruzada, no mês de novembro deste ano, com o tema: LUZ PARA NATAL”, afirmou ani-mado pastor Isaias.

MiNhA TrANS vAi coNTiNuAr

Esta é minha primeira Trans e an-tes de chegar aqui eu achava

que já fazia o suficiente pra Deus e para o próximo e achava que era bom. Mas aqui descobri que Deus quer mais de mim... Então eu tomei coragem, decidi que vou obede-

cer ao que Deus nos manda fazer: botar o pé na estrada e anunciar a mensagem de salvação a este povo e conquistá-lo para Jesus.

...Estou muito feliz, realizada mesmo, não serei mais a mesma pessoa quando sair da Trans. Mi-nha Trans vai continuar, pois vou continuar anunciando Jesus e mos-trando às pessoas que Jesus trans-forma. Antes da Trans eu gostava de missões, agora eu amo missões, me apaixonei pelas almas perdidas, vou continuar avançando.

Raimunda Djaiane Carvalho da SilvaMutamba, Vale do Açu, RN

focAdoS NA MiSSão

“Presenciamos o trabalhar de Deus por intermédio dos jo-

vens de nossas frentes missioná-rias”, afirmou o missionário Adão Ribeiro, que atua em Parelhas. A equipe realizou culto na praça prin-cipal da cidade e cerca de 300 pes-soas assistiram.

Além disso, os irmãos realiza-ram uma mega-ação social na qual atenderam 340 pessoas. “Pedimos suas orações para que o foco de cada batista brasileiro esteja vol-tado para a evangelização do Bra-sil”, conclamou o missionário, lem-brando que só há  três coisas que você pode fazer por missões: ficar olhando; criticar os que estão fa-zendo algo pela causa; ou se envol-ver. “Como? Orando; se doando; e contribuindo. Prefiro ser usado por Deus me envolvendo”.

reSpoNSAbilidAde criSTã

Eu moro há alguns anos na comu-nidade de Mutamba da Caeira

(Vale do Açu) e há dois entreguei minha vida a Jesus. Aprendi com minha missionária que precisamos avançar e multiplicar, no entanto não tinha despertado para a di-mensão da minha responsabilidade como cristã.

Quando cheguei ao local de hospe-dagem da Trans, quis desistir de tudo e ir embora, mas Deus me chamou a atenção e percebi que Jesus me escolheu pra falar do seu amor para

ou-t r a s pessoas. Assim como alguém compartilhou comigo um dia, essa é uma oportunidade sin-gular que Deus me proporcionou de participar como voluntária da Trans na minha comunidade. Quando saí-mos para as visitas, as abordagens, os estudos e todas as atividades, tanto com adultos como com crian-ças, percebi o quanto o meu povo precisa de Jesus, como eles são sem paz sem esperança... Fui impactada por esta realidade que estava diante do meu nariz e eu não via porque es-tava fechada em mim.

Esta experiência fez com que eu rompesse comigo pra servir a Deus por meio da minha comunidade tão sedenta de Deus. Percebi que é por meu intermédio, principalmen-te, que Deus quer abençoar meu povo, então me dispus e disse para o Senhor Jesus: Eis-me aqui e me usa para que tu salves e transforme minha comunidade.

Damiana Daiane

SERGiPE

SeMeAdurA eM SerGipe

Nesta edição da Trans, cerca de 150 voluntários se espalharam

por 21 localidades do estado a fim de levar a mensagem do Deus que liberta o homem do pecado. Três bases gerenciaram o trabalho das equipes: Aracaju, Japaratuba e La-garto. E foi nestas três cidades que aconteceram os cultos de comis-sionamento dos voluntários. Com momentos alegres de louvor a Deus, comunhão, preparo espiritual

Apesar dos desafios, o evangelho foi

proclamado na cidade

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e crescimento na Palavra, os mis-sionários voluntários consagraram suas vidas em uma noite de festa na capital, e também em municí-pios no norte e no sul do estado, engajando-se, assim, no trabalho que começou já no dia seguinte.

Precedendo o trabalho, as equi-pes dedicaram-se à oração, indo às ruas e clamando por salvação de vidas nos locais onde atuariam. Em Albano Franco, já no segun-do culto ao ar livre, a equipe viu a glória de Deus agir no meio do seu povo. Ao exibirem o filme ‘O Evan-gelho de Deus’, três adultos e qua-tro crianças aceitaram Jesus como o Senhor de suas vidas e testemu-nharam, em praça pública, o quan-to precisam de Deus. No outro dia, mesmo depois de atividades cansativas de recenseamento e estudos bíblicos nos lares, os vo-luntários tiveram forças para fazer outro culto, e mais quatro pessoas entregaram suas vidas a Cristo. “O Senhor tem dado a vitória”, decla-

rou Anilton Santos, líder da equi-pe. Outra bênção compartilhada por Anilton foi a conversão de um rapaz cuja família estava partici-pando de um estudo bíblico.

Em Japotã, onde crianças e ci-ganos foram alcançados, os traba-lhos da Trans impactaram vidas e provocaram mudanças importan-tes para muitas famílias da cida-de, uma vez que muitas pessoas aceitaram a Jesus como Salvador. Cerca de 50 crianças que mora-vam perto da igreja participaram de um culto especial, no qual ou-viram a mensagem do evangelho. E também foi realizado um culto na comunidade cigana porque al-guns deles se converteram e pas-saram a fazer parte da igreja. “Na oportunidade, oramos por três ci-ganas que aceitaram Jesus e junto com eles tivemos uma noite espe-cial para todos, tanto nós ‘Jurom’ (nome dado a nós) quanto ‘Calum’ (nome aplicado a eles)”, disse o voluntário Ronalson dos Santos.

As experiências de evangelismo fizeram com que os voluntários estivessem diante de situações que evidenciaram o chamado de Deus para suas vidas. “Ao evangelizar um adolescen-te, de 13 anos, que estava preso nas armadilhas do inimigo, usava drogas, roubava, já tinha sido pre-so e não sabia o que fazer para mudar, percebi que Deus tem um propósito na minha vida”, afirmou Marlon Alves, voluntário em Brejo Grande.

Culto de comissionamento

em Lagar to

ceNTro-oeSTe

GOiáS

GrANdeS reSulTAdoS obTidoS coM o AlcANce

SurdoS

Foram dias de muito trabalho, mas também de muitas vitórias

para todos os envolvidos com o Al-cance Surdos que foi realizado em Goiânia durante a MEGATRANS. Um grupo formado por 17 surdos e 27 ouvintes dedicou 15 dias de suas vidas para localizar e evangelizar surdos não somente em Goiânia Método específico

para alcançar as crianças

mas no entrono da cidade. Como resultado, houve 20 reconciliações, 180 ouvintes se converteram e mais de 200 surdos aceitaram a Cristo após ouvirem o plano de salvação.

Entre os surdos alcançados, es-tava um senhor de 60 anos de idade que foi alcançado ao lhe ser apresentado o cubo evangelístico. Contente por ter conhecido Jesus, ele pediu à voluntária Alessandra Gonçalves, da 1ª IB em Goiânia, que voltasse à sua casa para que fizes-se o estudo da Palavra de Deus. No dia seguinte, ele convidou amigos e vizinhos para o estudo e após o discipulado 9 pessoas entregaram suas vidas a Cristo.

Além do evangelismo, Kid’s Ga-mes e outras atividades, a equipe promoveu ação social durante dois dias, alcançando adultos e crianças com serviços c o m o

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atendimento odontológico e psi-cológico. As palestras sobre temas atuais como homossexualismo, drogas, relacionamento familiar de surdos e ouvintes, doenças sexual-mente transmissíveis, entre outros, comprovaram a relevância da igreja perante a comunidade em que está inserida.

“O Alcance Surdos, com seu cunho evange-

lístico, mostrou--se também um

projeto de in-clusão social, não apenas para os que foram alcan-çados, que de repente encontraram

um grupo de pessoas in-

teressadas em suas vidas e com

quem podiam se co-municar sem a barreira da

língua, mas também para os que trabalharam no projeto e tiveram a oportunidade de crescimento cris-tão pela prática da evangelização e da comunhão”, afirmou Christiana Silveira Silva, da 1ª IB em Goiânia.

Gratos a Deus, todos os partici-pantes chegaram ao fim do proje-to satisfeitos pelas conquistas que superaram os alvos estabelecidos antes do projeto e certos de que a igreja local, 1ª IB em Goiânia, con-tinuará dando o apoio necessário para que os frutos permaneçam. Afinal, vidas preciosas foram res-gatadas e agora precisam ser cui-dadas, discipuladas, amadas e in-cluídas no corpo de Cristo.

MATO GROSSO DO SUL

TrAbAlhAr NA TrANS é edificANTe

Em Coxim, o plano de salvação foi apresentado para muitas pesso-

as e vidas se renderam ao senho-rio de Jesus Cristo. Um grupo de voluntários oriundos de cidades como Curitiba (PR), Itapeva (SP), Apiaí (SP) e Campo Grande (MS)

Pregando o evangelho em libras

trabalhou na Igreja Batista Manan-cial, congregação que é “filha” da 1ª IB de Coxim, mostrando com-promisso com o avanço da obra na cidade.

“Os dias em Coxim foram maravi-lhosos. Mais uma vez, vi a manifes-tação de Deus por intermédio da vida de pessoas dispostas apenas a servir”, declarou a voluntária Esthe-fani Guimarães Uchôa, da 1ª IB em Campo Grande. No fim do trabalho, Esthefani resumiu sua participação e a de cada voluntário da seguin-te maneira: “Quando vamos para o campo missionário com a intenção de ensinar e servir, os primeiros a serem ensinados somos nós, com lições de vida com as quais nos deparamos em cada casa visitada, em cada contato com pessoas que não conhecem Jesus. E é tão bom saber que o pouco que temos Deus usa de maneira grandiosa, salvan-do pessoas que estavam perdidas e fadadas ao inferno”.

Neste ano, Mato Grosso do Sul contou com mais de 600 voluntá-rios de igrejas locais para atuar em 51 frentes durante a MEGATRANS. As igrejas que se envolveram tive-ram total apoio de seus membros que se mobilizaram para que o rei-no de Deus avançasse no estado. De acordo com o site da Conven-ção Batista Sul-Mato-Grossense, a Trans agora faz parte do calendário como uma atividade permanente.

MATO GROSSO

fruToS SurGeM quANdo o povo Se MobilizA

Trabalhando como coordena-dor da MEGATRANS em Mato

Grosso, o pastor Rubens de Souza

Esthefani compartilhando o amor de Cristo

Equipe de São José do Povo, MT

Moreira, que também é missioná-rio de Missões Nacionais, passou por várias cidades e em cada uma pôde perceber que a ale-gria e disposição de cada volun-tário fizeram a diferença para que a obra fosse bem-feita, gerando frutos visíveis em cada conversão e estudo bíblico.

Em Rondonópolis, cidade com cerca de 200 mil habitantes, fo-ram montadas cinco bases em frentes missionárias, que funcio-naram a todo o vapor após re-ceberem aproximadamente 10 pessoas por equipe. Vidas se en-tregaram a Cristo, cultos e estu-dos bíblicos foram realizados em lares que finalmente abriram suas portas para o evangelho e a luz de Cristo pôde ser vista em cada voluntário.

Também em São José do Povo, o entusiasmo e a dedicação da equipe resultaram em decisões antes mesmo dos primeiros es-tudos bíblicos. Em cada base, os relatos de frutos colhidos duran-te a mobilização confirmaram em cada participante que vale a pena se dedicar à obra.

De Lucas do Rio Verde, os mis-sionários pastor Roosevelt e Ivana Lima também testemunharam so-bre os resultados da Trans Local promovida na cidade durante o período de 7 dias. “Para a nossa surpresa e para a glória de Cris-to, em um período de 1 hora e 40 minutos, agendamos 14 estudos bíblicos, que foram iniciados du-rante um dia. Vimos na-q u e l e m o -

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20

SUDESTE

RiO DE JANEiRO

MeGATrANS colhe fruToS eNTre oS SurdoS

Os missionários Marco Au-rélio e Gláucia Margare-

th da Silva estão plantando a igreja em Libras em Nova Iguaçu (RJ). Durante a ME-GATRANS, com a partici-pação de 31 voluntários, foi formada uma ‘força tarefa’, que possibilitou que 215 sur-dos ouvissem a Palavra du-rante os 15 dias de mobiliza-

ção em vários bairros, chegando até Belford Roxo – município vizinho.

Segundo a missionária Margare-th, foram realizados vários even-tos, como Dia de Ação Social com dentistas, médicos, teatro, palestras e Kid’s Games. O grupo também vi-sitou a Associação Fluminense de

Evangelismo nas ruas

Surdos, onde o evangelho foi com-partilhado com muitas pessoas, e visitou uma fábrica, onde muitos surdos da região trabalham. Como resultado da mobilização, 36 surdos aceitaram Jesus.

“Louvamos ao Senhor pelas vidas alcançadas e agradecemos a todos que nos ajudaram com doações e principalmente com suas orações”, declarou a missionária, que agora conta com as orações do povo de

Deus por essa obra, na qual ainda há muito a ser feito.

O projeto Alcance Surdos esteve integrado à MEGA-TRANS e também em Cabo Frio, onde muitos surdos fo-ram evangelizados. Durante a mobilização, a equipe pre-cisou mapear os surdos para saber onde vivem, estudam e com quem se relacionam.

A tarefa não foi simples, mas

DiSTRiTO FEDERAL

A luz de criSTo brilhou No vAle do AMANhecer

Para que a MEGATRANS fos-se realizada no Vale do Ama-

nhecer, sem retaliação por parte da seita dominante na região, os missionários traçaram um plano que envolveu propaganda expli-cando o que aconteceria duran-te a mobilização; diálogo com os vizinhos e com a liderança da comunidade para obter autoriza-ção para o evento, parceria com as autoridades constituídas tor-nando legal cada ação proposta na Trans; caminhada de oração; ação social intensa, entre outras táticas que facilitaram o processo de realização da Trans.

Apesar dos desa-fios, a mobilização foi uma bên-ção e rendeu vidas alcançadas, além de confirmar a relevância social da igreja no local. “A Trans no Vale do Amanhecer foi instru-mento da glória de Cristo e os re-sultados provam isso”, afirmaram os missionários. Inseridos em uma área mística, eles necessitam das orações do povo de Deus para que a obra continue frutificando e para que somente Cristo seja adorado naquele local.

mento, o quão carentes do amor de Jesus as pessoas estão e é apenas necessário que o povo de Deus se deixe ser usado para pro-clamar o evangelho.”

Com trabalhos abertos em vá-rios bairros da cidade, como Luiz Carlos Tessele Júnior, onde ini-ciaram, e expandindo para ou-tros, como Cerrado e Rio Verde, os missionários contaram sobre a alegria de ter, agora, estudos bí-blicos em mais bairros. Com isso, “muitas outras vidas serão alcan-çadas pela mensagem salvado-ra do evangelho”, afirmaram os missionários certos também de que mais missões batistas serão inauguradas. “E é este sonho que o Senhor tem confirmado em nos-sos corações, de que por intermé-dio de cada nova missão planta-da veremos o município de Lucas do Rio Verde rendido aos pés de Cristo”.

Equipe marchando

em direção ao Vale

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SUDESTE

Limites superados para levar esperança ao

Complexo do Alemão

Equipe impactou o próprio bairro

a equipe considerou que a partir de um surdo encontrado uma porta poderia ser aberta para o resgate de outros. Os esforços não foram em vão, pois o obje-tivo foi alcançado e a colheita foi abundante.

Os voluntários visitaram uma escola no centro de Cabo Frio e falaram de Cristo para os surdos e seus familiares. O missionário sur-do Esdras dos Santos Paixão tem acompanhado alguns casos, dis-cipulando com uma metodologia própria que também foi ensinada aos voluntários no treinamento da mobilização.

proclAMANdo pAz eM áreA de GuerrA

A MEGATRANS alcançou diver-sos bairros da cidade do Rio de

Janeiro e a comunidade do Com-plexo do Alemão não poderia ficar de fora. “Esse local ficou conhecido em 2010 após a invasão da polícia, que deu início à fuga de traficantes numa cena marcante transmitida pela TV”, exemplificou Jaqueline Carvalho Hora Santos, missionária que coordena o programa de evan-gelização de crianças de Missões Nacionais e que atuou como volun-tária durante a mobilização no Rio.

Recebendo voluntários de São Paulo, Paraná, Distrito Federal, en-tre outros, além do próprio estado, igrejas como IB Nova Esperança, IB Bom Samaritano e 2ª IB de Inhaú-ma impactaram o Complexo do Alemão, onde muitas vidas se ren-deram ao Príncipe da Paz – Jesus.

“Com cerca de 80 nomes na lista enviada pela JMN, nossa expecta-tiva aumentava com a chegada de cada irmão e irmã que confir-mava sua inscrição, recebia sua bolsa e vestia sua camisa. De uma hora para outra, as depen-dências da igreja-base ficaram todas ‘amareladas’, pois com muito orgulho anunciávamos no peito que Jesus transforma e nas costas ‘Seja Luz’ com a camiseta da campanha”, disse o Pr. David Curty, da 2ª IB Inhaúma.

“Ficamos imensamente felizes

em ver que, apesar da carência do local – uma favela, as crianças nos recebiam com muito interesse e desejavam saber o que estávamos fazendo”, contou a missionária Ja-queline. Ainda de acordo com ela, um menino de 8 anos de idade, encontrado por sua equipe na rua, após ter ouvido sobre Jesus, pediu que os voluntários fossem à sua casa para conversar também com sua mãe. Como resultado, a família está participando de estudos mi-nistrados pela igreja local.

Um testemunho que impactou a todos ocorreu quando uma jovem de 17 anos, que tinha tentado suicí-dio 4 vezes, aceitou Jesus. Ela tinha os braços marcados por cortes pro-fundos e precisava do amor de Deus.

bêNçãoS NA TrANS locAl

Ao irem até um colégio da re-gião para agendar uma EBF na

semana da mobilização, os irmãos da IB Memorial em Cristo em Cabo

Frio foram orientados pela diretora para que visitas-sem uma família que ne-cessitava de Jesus porque passava por um momento delicado após a mãe ter abandonado seu marido e

filhos. O chefe daquela fa-mília recebeu o grupo com

muita educação e emociona-do ao ouvir sobre o amor de

Deus, ele deixou as portas de sua casa abertas para outras visitas.

De acordo com a irmã Neila Rodrigues, o impacto da MEGA-TRANS pôde ser visto não apenas nas pessoas que foram alcançadas, mas também na vida de cada irmão da igreja que foi grandemente usa-do por Deus. “A igreja não se inti-midou para fazer a obra do Senhor. Destacou Rosa Cândida de Jesus, uma de nossas irmãs, que apesar de ter 67 anos trabalhou todos os dias – e, às vezes, até as 22h.”

deuS cApAciTA oS SeuS

Quando a MEGATRANS se ini-ciou, a gente ficou um pouco

acanhado para fazer o primeiro re-censeamento. Mas logo vimos que as coisas ocorrem de acordo com que pedimos em oração: terreno fértil para que a semente da verda-de sobre Jesus Cristo fosse plan-tada. A maioria das pessoas nos recebeu bem e o nervosismo logo passou – a partir daí, você se sente motivado e feliz por falar de Jesus para as pessoas. Quando voltáva-mos para a igreja para almoçar, sentíamos vontade de voltar a visi-tar mais casas, pregar o evangelho e marcar estudos bíblicos. Durante

a semana quando nos reuníamos na igreja, para conversar sobre

como tinha sido um estudo bí-blico ou a abordagem na rua, e a dupla (ou trio) nos dava a notícia que uma pessoa tinha aceitado Jesus Cristo como Senhor e Salvador da vida, nós comemorávamos com júbilo e animação. E isso nos movia: ganhar al-

mas pra Cristo. Aprendi mui-ta coisa sobre a Bíblia nos es-

tudos bíblicos realizados com

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as pessoas. Passei a orar mais e de forma bem natural num diálogo simples e sincero com Deus todos os dias. Recebi respostas de ora-ção durante a MEGATRANS, cresci na fé e senti minha vida mais edifi-cada após esse projeto. Muitas pes-soas, assim como eu, abriram mão de muita coisa para participar e chegamos ao fim agradecidos pela experiência ali vivida, porque foi maravilhoso. Não se preocupe se você não sabe pregar ou simples-mente falar de Jesus para alguém, porque o Espírito Santo capacitou e nos capacita na obra. Basta dizer-mos: “Eis-me aqui”.

Gelson José de LemosMembro da Igreja Batista Central

em Cachoeiras de Macacu (RJ)

ESPíRiTO SANTO

luz NA SerrA

Segundo o pastor Valdir Stepha-nini, da PIB da Serra, a maioria

dos missionários voluntários era composta de adolescentes e jo-vens que, vestindo a cami-sa “Jesus Transforma”, testemunharam o amor de Deus, sem medo ou v e r g o n h a na hora de abordar as p e s s o a s . Ele afirmou que eles foram “ins-trumentos nas mãos de Deus para

levar a mensagem do evan-gelho a outros jovens, mui-tos dos quais mergulhados no mundo das drogas e da criminalidade”. Alcançando também pessoas de outras

faixas etárias, o grupo visitou uma mulher que tinha perdi-

do o esposo, assassinado uma semana antes da Trans. Sensibili-zada, ela pediu oração e solicitou estudos bíblicos.

Segundo a missionária de Mis-sões Nacionais, Aline Scardini, que esteve na região como voluntária, durante as abordagens nas ruas, uma equipe encontrou uma menina que estava com o braço enfaixado. Fazendo uma dobradura (como forma de evangelização criativa), um dos voluntários começou a contar a história de uma criança que passou por diversos proble-mas, andando por caminhos erra-dos com um grande vazio no peito e chegando ao fundo do abismo com uso de drogas e tentativas de suicídio. O voluntário também ex-plicou que, certo dia, alguém falou de Jesus para aquela criança e que no momento em que tentava sui-cídio ela lembrou-se que Jesus po-deria preencher seu coração. En-tão, ele disse à menina: “Eu não sei o que se passa na sua vida, mas sei que Jesus Cristo pode preencher o vazio que você está sentindo nesse momento porque um dia meu co-ração esteve vazio”. Ele também contou rapidamente o testemunho de sua vida, sobre seu envolvimen-to com drogas e como estava sua vida com Cristo, e à noite a menina visitou a igreja onde confessou que tinha tentado se matar e por isso

estava com o braço enfaixa-do. “Contou ainda que

antes de sua casa ser abordada

pelos missio-nários volun-

tários, ela estava de-sespera-da, pen-s a n d o em pedir ajuda a alguém”, r e l a t o u

Aline.

MiNAS GERAiS

vidAS AlcANçAdAS eM Ação SociAl

Na MEGATRANS realizada na 1ª IB de Justinópolis, em Ribeirão

das Neves, além da ajuda espiritual foram oferecidos serviços que be-neficiaram a população no lado so-cial. Durante dois dias houve aten-dimento médico e odontológico gratuito para mais de 150 pessoas. Também foram realizadas pales-tras antidrogas e EBF.

A missionária de Missões Nacio-nais Regina Refosco – que ajudou no projeto como médica, compar-tilhou que algumas pessoas que foram atendidas por ela aceitaram Jesus. Com uma das mães que le-varam os filhos para a consulta, Regina assumiu o compromisso de ajudar em oração para que aque-la mãe conseguisse abandonar o cigarro, uma vez que se dispôs a seguir a Cristo. “Em meu ‘a sós com Deus’, no cul-to domés-tico e no culto de o r a ç ã o na sede da JMN c o m os fun-c i o n á -rios já estamos o r a n d o diariamente e ela será li-berta, em nome de Jesus.”

SãO PAULO

dAS TrevAS pArA A luz

Ao passarem por uma rua em Ipeúna, dois voluntários foram

avisados pelos próprios morado-res que em uma das casas eles não deveriam bater, pois ali morava um homem temido por toda a cidade.

Grupo que atuou na IB Central de Cachoeiras

de Macacu

Conversão durante consulta

Foi grande o número de voluntários em Serra

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Quando passaram em fren-te àque-la casa,

o homem perguntou a

eles o que fa-ziam na cidade

usando aquelas camisetas amarelas.

Então, a dupla de voluntários disse que estavam falando de Jesus e ele os convidou para entrar em sua casa. Eles entraram, compartilharam o amor de Cristo e o homem tão temido por todos aceitou a Cristo como Senhor e Salvador de sua vida.

No dia seguinte, toda a equipe de voluntários de Ipeúna foi visitar aquele homem, que afirmou que agora tinha luz em sua casa porque até então era uma casa escura. Ele participou do estudo do Evange-lho de João e também cantou um cântico chamado ‘Céu é um lugar maravilhoso’.

“Damos graças a Deus porque a luz de Jesus entrou naquela casa e agora ele afirma que vai para o céu. Aquele que estava perdido foi achado; estava morto e reviveu”, disse o coordenador regional de Missões no interior de São Paulo,Pr. Sandro F. Pereira.

AléM do que peNSAMoS

A Igreja Batista Jesus é a Vida, em Osasco, pela graça e mise-

ricórdia do Senhor, pôde testemu-nhar que Deus tem manifestado sua salvação entre nós. Realiza-mos uma Trans Infanto-juvenil, nos dias 11 a 15 de julho, com o objeti-

vo de alcançarmos 100 crianças e adolescentes com a pregação da Palavra de Deus. Oramos e Deus preparou uma equipe muito es-pecial para trabalhar e alcançar este objetivo. Com muito zelo, pensando em cada detalhe... In-vestindo tempo e recursos, fomos sendo abençoados!

Deus fez maravilhas! Além, muito além do que pedimos ou pensamos. E este foi só o início... O número de crianças, adolescentes e adultos al-cançados com estes cinco dias de pregação da Palavra ultrapassou os números que almejávamos e o Espírito Santo foi colocando estra-tégias, e fomos realizando confor-me recebíamos suas instruções.

Deus é santo e maravilhoso; a alegria em realizar sua obra não tem preço; é maravilhoso demais viver o que sonhamos, ver o fim de meses de preparação espiritual resultando em salvação abundante de vidas. No domingo 15 de julho, na escola bíblica, estávamos todos os presentes ajoelhados dizendo a Deus que renovávamos a nossa aliança com Ele e muitos entrega-ram-se completamente a Deus e iniciamos o discipulado.

Sonhamos, planejamos, depen-demos totalmente do Senhor e estamos colhendo frutos eternos! Deus está curando, transformando e salvando muita gente em nosso Brasil! Obrigada a cada um que está envolvido com este grande projeto divino! MEGATRANS = Sal-vação de vidas em todo o Brasil.

Maria Lêda Camilo de OliveiraMissionária em Osasco

AMAreliNhoS AGiTAM pirASSuNuNGA

A Segunda Igreja Batista de Pi-rassununga viveu momentos

de desafio e realização durante a MEGATRANS. Desde novembro de 2011, quando foram convidados a participar da Trans, estavam se pre-parando para tal. O convite foi rece-bido já como resposta de Deus, pois clamavam por um projeto evange-lístico na cidade. Foram meses ar-recadando recursos para a realiza-

ção d o t r a b a -lho. A equipe da recepção da igreja havia prepa-rado lembrancinhas para cada um dos 15 voluntários previstos para Pirassununga e na semana anterior chegou a confirmação de que não havia voluntários para aquela base.

Irmã Laís Vicentina Ferreira So-maruga Risi, educadora religiosa, esposa do pastor titular, e respon-sável pela Trans, ficou preocupa-da com a possibilidade de a igreja desanimar, pois ela e o pastor ha-viam decidido que fariam a Trans mesmo sem voluntários. Depois de orar a Deus e comunicar à igreja a situação, todos se deram conta de que os voluntários estavam ali mesmo. “Deus nos deu a bênção de contar com 40 irmãos para a Trans. Louvado seja Deus, pois Ele usa quem ele quer”. Pastor Sandro Pereira, coordenador regional de Missões na região, destaca que a igreja tem 66 membros. “Fui à igre-ja para tentar animá-los e saí mais motivado por eles para seguir a vi-sita às outras bases no interior de São Paulo.”

Nos dias da Trans, propriamente ditos, irmã Laís compartilhou so-bre o envolvimento de cada um na obra, fosse indo de porta em porta, dando estudos bíblicos ou servin-do na cozinha. “A igreja está sendo chamada no bairro de os amareli-nhos.  Pois nunca viram uma agi-tação tão grande como essa”, de-clarou, referindo-se ao movimento das ações evangelísticas e traba-lhos com as crianças. “No trabalho de evangelização cada irmão veio contando como foi maravilhoso pregar o evangelho e ver vidas se-rem salvas.”

Igreja se mobilizou para ser luz na própria

cidade

Voluntários e o inesperado fruto

Trabalho com crianças em Osasco

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GrATidão A deuS

No fim da TRANS na Associa-ção Batista Leste da Capital,

no período de 21 a 29 de julho, ficou o sentimento de alegria e gra-tidão a Deus pela dedicação, envol-vimento e comprometimento do povo batista da nossa Associação. Foi gratificantever as igrejas envol-vidas e auxiliando umas às outras na conquista de almas para Cristo, uma vez que, pela falta de voluntários de outras cidades, as igrejas locais efe-tivamente realizaram a obra. Só nos resta louvar a Deus pela dedicação e empenho de todos!

Pr. Marcelo Longo e Pr. Carlos Herrera

Coordenadores da Base Operacional Leste

NA horA cerTA

Os voluntários da cidade de Ca-tanduva caminhavam pelas

ruas da cidade e chegaram à casa em que um rapaz atendeu o grupo e pediu que entrassem. Emociona-do e muito alegre por encontrá-los, compartilhou sua angústia e que havia tentado tirar sua própria vida com uma faca. “Falamos do amor de Deus e ele juntamente com sua mãe aceitaram a Jesus em suas vi-das e pediram estudos”. A equipe convidou o pastor Anderson e ora-ram dentro do lar do rapaz, pois ele não conseguia dormir dentro

do seu quarto porque via vultos. “Oramos, cantamos louvores e sentimos a pre-sença do Espírito Santo de Deus trazendo paz àquele lugar.”

O rapaz usava drogas e não entendia por que não havia conseguido pôr fim à sua vida, pois a faca que ha-via usado parou no braço dele antes de chegar ao peito. Jus-to no dia em que estava em casa bravo com a mãe, pensando e buscando uma resposta e por uma mudança na sua vida, alguém to-cou na porta dele falando do amor de Deus por sua vida.

AcolhidA por jeSuS

Estávamos evangelizando Clau-dete e sua neta em frente à sua

casa quando se aproximou uma amiga sua, chamada Josefa. An-gustiada por ter sido trocada por seu marido, observava a explana-ção do evangelho que estava to-cando em seu coração. À medida que a Palavra a confrontava, ela rapidamente fugia do local, mas o Espírito Santo a trazia de volta. Isto ocorreu várias vezes. Na úl-tima vez, ela foi embora olhando para trás e, esbravejando, disse a nós: “Leiam Gálatas 6.1”. De re-pente, ela bateu em três carrinhos de mão que estavam encostados em uma loja na calçada íngreme, e os três carrinhos rolaram para a rua. Desesperada, Josefa tam-bém foi gritando e correndo jun-

tamente com eles. Falei ao meu companheiro de dupla: “Solta a

prancheta e vá correndo so-corrê-la”. Ele o fez. Resul-tado: Josefa volta, só que desta vez, as fortalezas e a cegueira espiritual foram quebradas, e o Espírito Santo a tornou humilde. Ela reconhe-ceu sua condição de pecadora, crendo em Jesus. Ao me despedir, ela disse: “Deus colocou você na minha vida hoje

para que eu conhecesse Jesus, muito obrigada” e

começou a cantar uma música de adoração a Deus. Abracei-a e fiz um dueto.

Maria Inês Turatti Madke, da Congregação Batista Vitória

em Indaiatuba

Voluntária em Ribeirão Preto

bATAlhA eSpiriTuAl

Monte Aprazível é uma cidade com 22 mil habitantes, onde

percebemos ao chegar uma opres-são estabelecida. Interessante que Deus já havia dito a uma de nossas voluntárias que saiu de Salvador que Ele a levaria para uma cida-de opressa para evangelizar: “Dias antes da minha vinda para Trans alguns irmãos de minha igreja fize-ram um culto de oração e comis-sionamento, e uma irmã enquanto orava por mim, dizia que eu não deveria temer. Deus estava me le-vando para uma cidade opressa, porém Ele estava comigo.” Tudo veio a se confirmar quando o pas-tor local compartilhou a apatia es-piritual na cidade.

Não tivemos dúvidas como a Trans iria iniciar seu trabalho, com a Caminhada de Oração. Que gran-de experiência! Saímos pelas ruas da cidade, em pontos estratégi-cos, pedindo a Deus que abrisse os corações para a proclamação da verdade e que toda potesta-de dominante fosse destronada. Que tamanha alegria ver nossos voluntários da Trans empenhados na oração e ousadia sendo luz em

Voluntária e a senhora que foi alcançada para

Cristo

Compartilhando o amor de Cristo

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cada esquina de Monte Aprazível, em cada ponto crucial da cidade, em cada caminho por nós percor-rido. Jovens como Ruanito, que disse: “Essa caminhada foi muito edificante para minha vida. Me deu a convicção que podemos lutar contra o inferno por intermédio da oração, intercedendo pela minha cidade (...) creio na ação de Deus derrubando a idolatria, corrupção e outros fatores que atrapalham o crescimento espiritual desta cida-de. Estou contente com isso”.

Sem dúvida alguma, o trabalho missionário se inicia com oração. É a nossa maior estratégia, que abre caminhos, corações e casas para o testemunho da nossa fé em Jesus.

Simone Santos Missionária em São José do Rio

Preto

vidA TrANSforMAdA

Enquanto realizavam o recensea-mento, voluntários que atuaram

no bairro Jardim Aeroporto III, em Franca, encontraram um homem que vendia algodão doce e que perguntou para eles o que estavam fazendo. Eles explicaram sobre o projeto Jesus Transforma e o ho-mem então pediu que eles fossem até a casa de uma amiga sua que estava com problemas conjugais.

Ao chegarem à residência indi-cada, eles ouviram gritos que da-vam indícios de uma discussão e decidiram que voltariam outro dia. Durante a reunião do grupo, à noite, a líder Zul-mira Fragoso comparti-lhou com todos o que tinha acontecido e eles entenderam que de-veriam voltar ao lo-cal no dia seguinte para orar por aque-la casa. Bem cedo, no dia seguinte, os voluntários foram até a casa levando também um convi-te para a EBF, uma vez que souberam que crianças também faziam parte daquela família.

“Ao batermos na casa, ela pron-tamente atendeu e entregamos o convite da EBF. Ela logo nos iden-tificou como sendo de uma igreja e foi logo dizendo os problemas que enfrentava e que precisava de oração. Estávamos aconse-lhando aquela mulher quando ela também nos pediu para orar por ela e sua família, o que fizemos”, relatou o voluntário Luiz Hirata.

Após falarem de Cristo, dei-xando palavras de consolo para aquela mulher, os voluntários fo-ram embora. Porém, permaneceu no coração de cada um o desejo de voltar àquela casa. Então, a lí-der do grupo, Zulmira, e o pastor Marcelo Vasconcelos Babeto, da 1ª IB de Franca (SP), foram até aquela casa e encontram também o marido daquela mulher. Eles compartilharam o plano de salva-ção para ele, que aceitou a Cristo.

“Pudemos ver o agir de Deus desde o princípio, enviando o ho-mem que vendia algodão doce para falar com nossa equipe e de-pois colocando em nós o desejo de voltar e orar por aquela casa. Esse testemunho não é o mais difícil ou o mais bonito, tampou-co o mais desafiador, mas sim o que melhor demonstrou o agir de Deus em nosso trabalho”, afirmou Hirata.

pArA TodAS AS idAdeS

A MEGATRANS foi marcante para mim. A Neusa, que é uma

senhora, e eu, 13 anos de idade, fomos à rua para evangelizar e encontramos dois garotos: Lu-cas e Rafael. Nós os chamamos e apresentamos o plano de salva-ção para eles, por meio das cores da “pulseirinha”.

Comecei explicando sobre a cor amarela e fiz uma pergunta: “Por que o céu não está representado pela cor azul, uma vez que vemos o céu assim?”. Continuei explican-do para eles que era amarelo por-que representa as ruas de ouro e a glória de Jesus, que ilumina a sua morada. Expliquei ainda que havia uma coisa que nos afasta de Deus: o pecado. Na pulseira ele é representado pela cor escura, que simboliza as trevas.

Disse que há apenas uma coisa que nos livra do mal, das trevas do pecado: o sangue de Cristo derramado na cruz para nos sal-var. Citei para eles o versículo de João 3.16 e expliquei a cor verme-lha. Neusa e eu falamos para eles que a cor branca da pulseira sig-nifica que o coração que era sujo por causa do pecado, após o der-ramamento do sangue de Cristo e depois que o aceitamos como salvador, fica puro e branco como a neve.

Também conversamos so-bre crescimento espiritu-

al, representado pela cor verde, que toda pessoa

que entende, se arre-pende e ora aceitan-do a Jesus continua crescendo e irá mo-rar no céu. Aqueles garotos, que ouvi-ram muito interes-sados tudo o que dissemos, fizeram a oração aceitando ao Senhor Jesus!

Vagner B. Alves Jr. Voluntário no bair-

ro Jardim Itamaraty, em São Carlos (SP)

Voluntários venceram resistência através da oração

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SUL

PARANá

bêNçãoS e TeSTeMuNhoS MArcArAM A MobilizAção

No eSTAdo

O povo clamou e vidas foram impactas durante a MEGA-

TRANS realizada nas cidades paranaenses. “Jesus Transforma, realmente foi o que vivi partici-pando da equipe MEGATRANS em Tagaçaba. Jesus não trans-formou apenas a igreja ou as pes-soas que visitamos, mas transfor-mou a minha vida e para sempre”, afirmou a voluntária Rosângela Cola dos Santos, da IB Novo Mun-do em Curitiba. Ela também disse que essa experiência fez com que ela despertasse para sua respon-sabilidade de falar de Cristo a to-dos e o tempo todo, deixando o Espírito Santo dirigir suas ações e atitudes.

Tendo também atuado em Ta-gaçaba, o jovem Eliabe Ferreira Nunes, da IB Fazenda Rio Grande em Curitiba, voltou da Trans com testemunhos marcantes, que im-pactaram a sua vida. Um deles foi o encontro que teve com um ra-paz que após um acidente tinha passado a usar cadeira de rodas. “Ele e a esposa estavam desviados da igreja desde antes do acidente e alguns irmãos nos pediram que os visitássemos. Li a parábola do filho pródigo e falamos que Deus o estava chamando de volta. Eles fizeram a oração conosco e vi que para este casal só faltava ir alguém ao seu encontro para mostrar que Deus se importava com eles e que estava de braços abertos para re-cebê-los”.

O irmão Alexandre de Meira Pa-dilha, IB da Barreirinha em Curiti-ba, relatou que a repercussão dos ‘amarelinhos’ na cidade de Enge-nheiro Beltrão foi tão grande que um jornal local publicou uma ma-téria sobre o que eles estavam fa-zendo na cidade. “Mais uma vez, vi como Deus usa as nossas vidas quando nos colocamos à disposi-ção para servir. Apoiamos a frente missionária do Pr. Eliel Castanho. Como Deus usou a vida dos volun-tários que trabalharam ali! A igre-

ja ficou conhecida. Agradeço a Deus por toda a programação

feita e que as sementes que plantamos ali possam ger-

minar e dar frutos.”

Durante 100 dias, batistas de várias ci-dades brasileiras esti-veram intercedendo pela MEGATRANS. Continuar orando pela consolidação do que foi feito, a fim de que os frutos permaneçam é vital para que vidas conti-

nuem experimentando a transformação que há

em Cristo.Voluntários em Tagaçaba

foto

: Ela

ine

Chris

tian

Nilton (à dir.) e sua equipe

SANTA CATARiNA

diSpoSição doS voluNTárioS fez TodA A

difereNçA

Diversas cidades catarinen-ses receberam equipes para

a realização da MEGATRANS e, com isso, foram grandemente abençoadas. Segundo o pas-tor Júlio Cesar Rocha de Souza, coordenador de bases opera-cionais, uma das maiores expe-riências de sua equipe ocorreu quando passaram pelo circo que estava perto da Congregação Batista em Biguaçu: “Ouvimos o anúncio do circo, então fomos até lá. Conversamos com uma pessoa que trabalhava lá e dis-semos que voltaríamos à noite. Voltamos com toda a equipe e quando tudo acabou, começa-mos a abordar as pessoas. De-pois que todos do público foram para suas casas, pedimos para conversar com os trabalhadores do circo. Fizemos a abordagem com eles e 5 pessoas con-fessaram a Jesus como Senhor de suas vi-das. Deus trans-formou até as e s t r a t é g i a s mais inu-s i t a d a s em opor-t u n i d a -des para anunciar-mos o seu plano de salva-ção”.

Em São José, por meio do testemunho do irmão Nil-

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SULton Bento dos Santos, da Igreja Batista Bíblica de Pouso Alegre (MG), muitas pessoas receberam a Cristo. Sua história serviu para fortalecer a equipe e desafiar a igreja local, já que ele é cego. Sem que isso representasse qual-quer empecilho para realizar a obra de Deus, ele declarou: “Eu poderia estar agora trancado no meu quarto, no auge de uma de-pressão. Mas eu permiti que Je-sus transformasse a minha vida e hoje sou a pessoa mais feliz desse mundo”.

O Pr. Walter Caetano, missio-nário de Missões Nacionais em Garuva, destacou a participação dos jovens durante a Trans em sua cidade. “Vidas foram impactadas pelo poder do evangelho, mas não apenas aquelas que pela primeira vez ouviram a mensagem transfor-madora de Jesus Cristo. Os volun-tários também testemunharam do quanto Deus falou de forma bem particular a cada um. Que Deus nos abençoe e ajude a cada um de nós, povo batista brasileiro, a con-quistar a nossa Pátria para Cristo, tendo a plena consciência de que servir a Jesus é um privilégio.”

Também em Garuva, Siloni Alves de Sousa Neta, da PIB de Blume-nau, teve grandes experiências ao demonstrar o amor de Cristo. Ele contou que por meio de uma simples atitude sua, uma senho-

ra aceitou a Jesus. Ao ver uma mulher saindo para capi-

nar, ela logo pensou em se oferecer para aju-

dar. “Eu disse que isso era apenas o

amor de Jesus pela vida dela e que não que-ria nada em troca. Aque-la mulher foi tão impacta-da que com certeza nun-ca tinha vis-to o amor de Deus através

de uma ação. É isso que as pes-

soas querem: ser amadas”.

RiO GRANDE DO SUL

pArA que o evANGelho AvANce No cAMpo

GAúcho

Dispostos a mudar os ín-dices que apontam o Rio

Grande do Sul como um dos maiores desafios missioná-rios, voluntários de vários estados brasileiros viajaram para cidades como Novo Ham-burgo, Pelotas, Rosário do Sul, Torres, Viamão, Barra do Ribeiro e Canoas, onde duas bases foram montadas. Sem temer a ameaça da gripe H1N1 – muito divulgada pela mídia no período da MEGA-TRANS, e os desafios que o cam-po apresenta, os ‘amarelinhos’ foram usados pelo Senhor como canal de bênçãos, podendo ver o milagre da salvação manifesto em muitas vidas.

Em Barra do Ribeiro, uma famí-lia inteira se converteu e ao ouvir que ganharia uma bíblia, o chefe daquele lar chegou a chorar de emoção. “Apliquei o plano de sal-vação e depois de explanar bem, com o folheto ‘Como ter a vida eterna’, li alguns textos e fiz algu-mas perguntas. O marido chegou a falar que era bom e que por isso iria para o céu, mas acabou sendo o primeiro a aceitar, seguido pela mulher e filhos”, contou a volun-tária Otítila Ferreira, IB Betel, em São João de Meriti (RJ). Para o Pr. Jacson Santiago, da IB em Barra do Ribeiro, os resultados repre-sentam respostas de oração. “Há muito tempo temos orado para Deus enviar mais obreiros para esta seara e, com a equipe da Trans, sentimos que Deus nos res-pondeu.”

Apesar de a maioria dos volun-tários vir de outros estados, gaú-chos também colocaram as mãos no arado durante a mobilização. “Essa foi a minha quarta Trans. Sempre amei evangelismo e dis-cipulado e, como promotor de missões, tenho procurado levar a igreja a ver a necessidade do per-

dido de e n c o n -trar Jesus. Fa-rei tudo o que eu puder para ver o reino de Deus avançar”, disse Alexandre Wierzynski, da 1ª IB de Sapucaia do Sul (RS). Durante o projeto, ele foi voluntário da IB de Niterói, em Canoas, e encon-trou muitas pessoas que o abor-daram pedindo oração. Um rapaz que estava desviado encontrou seu grupo evangelizando nas ruas e pediu que orassem por ele ali mesmo onde estavam. “Nunca ninguém tinha parado a gente no meio da rua, mas oramos com ele junto com o outro rapaz que esta-va sendo evangelizado por outro voluntário.”

A gaúcha Aline Harter, da 1ª IB de Ijuí, também dedicou suas fé-rias para ser luz no próprio esta-do. Tendo atuado com a equipe da IB Central de Canoas, Pr. Ivo Zils, ela contou que viu muitas pessoas envolvidas com ocul-tismo. “No bairro em que fiquei para evangelizar, de cada três ca-sas em que a gente batia, tinha 1 ocultista. Vi muitas grutas, muitas imagens, cartomantes, umbanda. Na primeira casa em que a gente bateu, um senhor que estava de saída disse que não aceitaria nem um folheto porque era de ‘saravá’ (sic).”

Equipe da IB de Niterói em Canoas contagiava a todos

com o amor de Cristo

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Foi ao saber sobre o baixo índice de igrejas no estado que o jovem Davi de Souza, da 2ª IB em Areia Branca (RJ), dedicou as duas úl-timas semanas do mês de julho para participar da MEGATRANS em duas cidades gaúchas: Novo Hamburgo e Viamão. Ele, na ver-dade, dedicou todo o seu mês de férias para participar da mobiliza-ção, tendo já atuado nas primeiras semanas em um estado da região sudeste. Ao explicar sobre sua mo-tivação para evangelizar no sul, ele afirmou: “Há uns 4 anos, eu ouvi dizer que esta é a região que mais precisa porque tem menos igre-jas e muitos centros de umban-da.” Relatos sobre a opressão que perceberam em Viamão também foram compartilhados por outros dois voluntários que estiveram na cidade. “Dava para sentir um am-biente pesado e opressivo. Não sabíamos que Viamão é a segun-da cidade do Brasil com mais alto índice de pessoas praticantes do candomblé e espiritismo, segundo o IBGE”, contou Ada Moraes, do Curso de Formação Missionária de Missões Nacionais em Osório (RS). Eles também testemunharam so-bre a conversão de uma jovem e seu irmão que estava envolvido com drogas, mas que tendo sido ajudado durante a Trans, foi envia-do para uma casa de recuperação em Porto Alegre.

Missões Nacionais tem promo-vido cada vez mais projetos para que a Palavra continue impactan-

do o Rio Grande do Sul. “Estamos nessa terra querida que, como todos sabem, foi consagrada a sa-tanás. Mas, em nome de Jesus, resgatare-mos todos quantos pudermos das garras

do inimigo, sem me-dir esforços”, enfatizou

o Pr. Walter Azevedo, coordenador regional de

missões no estado.

Em Pelotas, “muitos espíritas kardecistas e católicos aceitaram

a Jesus”, como relataram os mis-sionários Pr. Fernando e Dagmar Oliveira. O voluntário Lucas San-tos, da IB de Rio Grande, resumiu bem como é possível transpor bar-reiras para a evangelização do sul: “Muita oração, muito poder. Nos-so grupo começou a orar e vimos o agir de Deus”. Prova disso foi o testemunho da irmã Glades San-tos, também da IB de Rio Grande, sobre um dos alcançados de Pelo-tas: “Chegamos em uma oficina e encontramos alguns homens. Um deles nos ouviu atentamente e ou-tro nos escutou cabisbaixo. Apre-sentamos o plano de salvação e perguntei se eles queriam aceitar a Jesus, mas a resposta foi: ‘Hoje não’. No outro dia, fomos aborda-dos por uma mãe aflita nos pedin-do que fossemos à sua casa orar por seu filho. Para nossa sur-presa era o rapaz da ofici-na e falei novamente de Jesus àquele moço, que chorou e acei-tou a Jesus como Salvador.”

Em Canoas, um homem que reconhe-ceu que ne-cessitava de Cristo mos-trou sede pela Palavra ao se dispor a aprender sobre Deus com os vo-luntários da IB de Niterói. “Nós o encon-

tramos quando paramos em um supermercado. Ele contou sobre a vida dele e se propôs fazer o estudo no dia seguinte, e veio apesar da chuva e do frio. A gen-te se surpreendeu”, contou o vo-luntário Anderson Fernandes da Luz, da IB Boas Novas em Cara-zinho (RS). ‘Seu José’, como os voluntários o chamavam, foi mui-to bem recebido na igreja e acer-tou todas as perguntas logo no primeiro estudo. “Essa gurizada é legal. Estou aprendendo muito com eles. Agora entendi sobre a santíssima trindade, sobre Deus, sobre Jesus e sei que ele está aqui entre nós. Eu posso disponi-bilizar duas horas para aprender algo que vai servir para a vida toda”, disse ele, que apresentan-do transformação em sua vida, continua sendo acompanhado pelo Pr. Eliseu da Cunha, da IB de Niterói.

Cada conquista, compartilhada pelos voluntários, provou que é possível ampliar o alcance do evan-gelho no Rio Grande do Sul. “Mas tem que ser do jeito certo e com as pessoas que Deus seleciona. Foi isso que sentimos até o final da Trans. O impacto foi forte e as orações pelo Brasil e pelas igrejas no sul foram importantes para esta colheita far-ta”, ressaltou o Pr. Eliseu.

Compartilhando Cristo em Pelotas

Voluntários de Barra do Ribeiro vivenciaram

milagres

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Nesta edição especial sobre a MEGATRANS, entrevistamos o diretor executivo de Missões Nacionais, durante uma reunião com sua liderança, em que um dos assuntos tratados foi justamente o balanço da maior mobilização evangelística em nossa Pátria e planejamento para o próximo ano. Confira.

MEGATRANSum marco na história dos batistas

ENTREVISTA

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A reunião de tão grande número de batistas em

oração e numa ação evangelística é inédita. Deus está despertando sua igreja

para um novo tempo?

Acredito que vivemos no Brasil hoje um novo tempo da igreja do Senhor Jesus. O Brasil está pron-to para a colheita e Deus está le-vantando nosso país para evan-gelizar o mundo. Então há um grande despertamento na igreja tanto para oração quanto para evangelização. E esse não é um movimento apenas estanque, de uma campanha, mas um movi-mento contínuo, perene, que não vai parar, porque este desperta-mento das pessoas com oração e com a evangelização tem de-monstrado que o povo está num processo de avivamento, de des-pertamento para esta obra.

Qual é o sentimento ao contemplar esse grande mover, em seu 5º ano à

frente da JMN?

Sinto-me muito feliz por poder fazer parte desta história. Da his-tória de Missões Nacionais, uma agência missionária com uma trajetória tão linda, com mais de 100 anos, com pessoas extraor-dinárias tendo passado por esta agência missionária. Esses cinco anos na Junta foram intensos, de muito trabalho, de muitos desafios, muitas vitórias. Sinto--me privilegiado em viver este tempo de despertamento em oração, evangelização, momento de avanço missionário em nos-so país. Realmente é uma honra e meu sentimento é de alegria, motivação, ânimo. Estou mais motivado que quando cheguei à JMN, mais animado, mais deter-minado a avançar do que a cinco

anos atrás. É como se eu estives-se começando em Missões Na-cionais hoje.

Qual a sua avaliação da MEGATRANS 2012?

Foi pra nós um grande apren-dizado. E a primeira conclusão a que chego é que nós podemos evangelizar o Brasil nesta ge-ração. A segunda é que há um exército adormecido dentro de nossas igrejas e que se nós qui-sermos, podemos evangelizar o Brasil. O povo batista ama a evangelização e quer evangeli-zar. Ver milhares de pessoas nas ruas em todo o Brasil é uma de-monstração de um povo que ama a obra do Senhor, que ama fazer a obra. Aprendemos muito com a realização da MEGATRANS. Aprendemos que temos um po-tencial para fazermos muito mais do que imaginamos, muito mais do que vínhamos fazendo e que nós não podemos recuar, não podemos parar.

Outro aprendizado nesta ME-GATRANS é que na nossa equipe de Missões Nacionais temos pes-soas extraordinárias, gerentes regionais, missionários, equipe da sede também. Importante re-gistrar que temos pessoas com-prometidas com a obra de evan-gelização do Brasil. E as igrejas, pastores, testemunhos, coisa lin-da da grande mobilização que foi a MEGATRANS.

Os problemas logísticos enfrentados atrapalharam o

resultado final?

Tivemos vários problemas na área logística. Primeiro pela di-mensão do evento, com muitos fornecedores envolvidos. Não dimensionamos tão precisamen-

te os problemas que poderíamos enfrentar para deslocar material num país continental. Todas es-sas dificuldades logísticas im-pactaram a realização do evento. Entretanto não comprometeram o resultado, pois Deus estava no controle. Naquilo que nós fa-lhamos, Deus consertou. Mesmo com todas as dificuldades, pro-blemas que tivemos, os resulta-dos não foram comprometidos. Tivemos despertamento de vo-cações; conversões; pessoas al-cançadas; o despertamento nas igrejas que agora não querem mais parar de fazer Trans; igrejas querem fazê-la agora no segun-do semestre; outras estão dando continuidade às Trans. Quer di-zer, os resultados foram extra-ordinários. Números, ainda par-ciais, apontam mais de 1 milhão de pessoas evangelizadas. É um número extraordinário, 1 milhão de pessoas ouviram falar de Je-sus em nosso país em um mês.

O senhor disse que onde erramos, Deus consertou. Quanto aos voluntários, que saíram das próprias

igrejas, crê que tenha sido uma estratégia de Deus para que os crentes rompessem a barreira que os tem mantido dentro das quatro paredes

de seus templos?

Creio que sim. Onde não con-seguimos levar voluntários, Deus despertou o coração dos pasto-res e das igrejas para levantar voluntários. Em São Paulo, pas-tor Salovi Jr. me disse: “espera-va 13 voluntários na minha igreja e não vieram, mas sabe quantos tivemos lá? 89, porque 89 mem-bros de nossa igreja se dispuse-ram e se inscreveram para que ti-véssemos voluntários”. Creio que Deus está no controle de tudo, a estratégia é d’Ele, a obra é d’Ele,

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o reino é d’Ele, as coisas acon-tecem segundo a sua vontade. E nós oramos, o Brasil batista orou pedindo a Deus que dirigisse a MEGATRANS, nós pedimos para Deus: voluntários; pedimos que Ele abençoasse a MEGATRANS; que Ele dirigisse a MEGATRANS. Então o que aconteceu, nós en-tendemos que Deus estava agin-do.

O fato de não termos envolvido 100 mil voluntários

de maneira nenhuma gera frustração?

Não nos gera frustração, mas continuo sonhando com isso, porque nós, batistas, podemos ter 100 mil voluntários evange-lizando todos os anos e não de vez em quando. Aprendemos que podemos ter isso. Alcança-mos em torno de 50% disso, o que já é um número significati-vo, mas nós não vamos desistir. Vamos continuar perseguindo isto e os problemas que tivemos, como, por exemplo, não termos alcançado a meta dos voluntá-rios, não nos trouxe frustração, pelo contrário, nos trouxe mo-tivação, porque nós não vamos recuar, não vamos desistir. Eu assumo todas as falhas da Trans e isso tudo serviu de aprendiza-do para nós. Nós estamos no ca-minho certo e não vamos desistir disso, e vamos continuar colo-cando metas desafiadoras, por-que o nosso Deus é o Deus que vai além daquilo que pedimos ou pensamos.

Em que falhamos na realização da MEGATRANS?

A logística de distribuição de material e o prazo da contrata-ção na compra dos materiais.

Nós ficamos até o último mo-mento, tendo em vista que preci-sávamos saber o número de vo-luntários para podermos adquirir o material. Caso contrário, farí-amos um investimento sem ter certeza daquilo que iríamos usar, então corríamos todo este ris-co e nos responsabilizamos por esta decisão. A estratégia que adotamos para a distribuição do material não foi boa, porque os materiais chegavam a alguns lugares e a outros não. Lugares em que a Trans ia começar mais tarde foram os que receberam mais rápido. A gente não consi-derou o sistema de distribuição logística de nosso país, pois não é como a gente pensa. Isso com-prometeu a chegada de material aos lugares. Com relação à mo-bilização dos voluntários, nós trabalhamos muito, colocamos programa de televisão, fizemos trabalho intenso na internet, nas igrejas, enfim, mas poderí-amos ter trabalhado um pouco mais na mobilização; e também ter trabalhado mais na estraté-gia da Trans local, para que a igreja mobilizasse os seus vo-luntários. Então na mobilização nós falhamos em ter criado uma expectativa na igreja de que ela ia receber voluntários de outros lugares. Mas todo mundo estava fazendo Trans, logo todo mun-do precisava de voluntários. Na nossa história sempre espera-mos que os americanos viessem investir os dólares, construir as coisas e deixá-las para a gente, que viessem fazer a obra. Agora não temos que ficar esperando, nós é que temos que fazer. Per-mitimos que as igrejas ficassem esperando chegar os voluntá-rios, mas nós não temos uma fá-brica de voluntários em Missões Nacionais. Os voluntários estão nas igrejas, então falhamos em não ter alertado as igrejas de que elas precisariam mobilizar voluntários entre os seus mem-bros. Mantivemos a mesma es-tratégia anterior de mobilização, mesmos parâmetros, mesmos

princípios, e agora estávamos fa-zendo Trans simultâneas em to-dos os estados. O Rio de Janeiro, por exemplo, que é um dos esta-dos que mais enviam voluntários também estava fazendo Trans e assim sucessivamente.

O que esperar para 2013?

Em 2013 nós vamos continu-ar avançando. Vamos continuar trabalhando na evangelização do Brasil, orando e proclamando a Palavra de Deus. Proclamando que Jesus transforma.

O que mais o marcou neste período?

Ver milhares de pessoas evan-gelizando em todo o Brasil. Também estou impressionado e quero aproveitar esta entrevis-ta para registrar a minha grati-dão a toda a equipe de Missões Nacionais. Fizemos uma reunião de avaliação e eu imaginei que a equipe ia estar cansada, preocu-pada, tendo em vista o trabalho intenso que foi o mês de julho, mas encontrei a equipe muito motivada, já olhando para o futu-ro e dizendo: “vamos ter MEGA-TRANS 2013, não vamos recuar”. Quero registrar também minha gratidão às igrejas batistas, aos pastores, aos coordenadores de bases operacionais, à Convenção Batista Brasileira, à diretoria da CBB, que nos deu todo o apoio. E também uma gratidão muito especial, um abraço bem missio-nário a cada voluntário que este-ve conosco neste grande evento. Gente especial que veio de longe ou atuou no próprio local, pesso-as que dedicaram dias, semanas para proclamar o evangelho do Senhor Jesus. Um abraço e uma gratidão muito especial a esta turma.

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A GRANDE COMISSÃO

Um projeto de DeusPastor Arialdo Luiz da Silva

Igreja Batista da Fé em Ribeirão Preto (SP)

Trans, um projeto de Deus que tomou forma nos corações dos seus obedientes servos. Atentos ao Seu chamado, solícitos ao “IDE” de Jesus Cristo conforme está escrito em Mateus 28.19. Nessa obediên-cia, Missões Nacionais neste tempo tem nos motivado, aproximando e unindo todas as igrejas batistas nos quatro cantos do Brasil. Isto, fazen-do de um modo amoroso, imbuída e exercendo a palavra forte que o Senhor Jesus expressa no versí-culo 18 do capítulo de Mateus 28, que diz: “Foi-me dada toda autori-dade...” A palavra “autoridade” vem do seu sentido original, exousia, que traz a consciência de poder. E que esse poder espiritual deve ser exercido com nossa capacida-de mental, física e pessoal. Missões Nacionais tem influenciado todos nós em unidade a exercitarmos esse poder em nossa capacidade em prol do evangelho de Cristo. O maior e o mais esplêndido negócio que qualquer indivíduo pode de-sejar. Já mencionei em outro texto o que a Trans nos proporcionou e está ainda proporcionando. É de uma imensa gratidão a Deus, o que ocorreu em nossa igreja e em nos-sas vidas. O espírito de união, com-prometimento e cooperação rea-cendeu nos membros de tal forma que hoje isso ainda prevalece. O investimento e o envolvimento que tivemos com a mobilização JESUS TRANSFORMA foi por demais rele-vante, porquanto aos olhos huma-nos não dispúnhamos de recursos materiais e até mesmo humanos. O que nos preocupava foi tremen-damente suprido pelo Deus sobe-rano. Porque estávamos confian-tes que o dono desse negócio era e será sempre Deus. E vimos isso

acontecer com o Culto de Abertu-ra dos 100 Dias de Oração, no dia 22 de abril, transmitido ao vivo da Primeira Igreja Batista em Curitiba (PR). O envolvimento dos irmãos nos cultos domésticos por conta dos 100 dias causou uma revolução tremenda. Deus moveu o coração de todos os membros de uma for-ma tão poderosa que até os que congregam que ainda não são batizados doaram-se de uma for-ma prestativa e contribuindo com toda a força dentro das suas pos-sibilidades. Vi uma igreja com um pequeno número de membros, mas com um coração tão nobre e unido renascer. Uma igreja que se tornou grande não pelo volume de mem-bros, mas com o coração. Deus nos supriu de todas as formas. Até mesmo quando esperávamos 16 voluntários, e só vieram quatro, os quais faço questão de mencionar: Pastor Camilo, que bênção, a amá-vel irmã Dagmar e os dois jovens Alex e Renato que, pela graça inau-dita de Deus, interagiram com os jovens da nossa igreja de tal forma que, quando olhávamos, pensáva-mos que eram membros da nossa igreja. O agir de Deus nessa Trans também nos rendeu muitos fru-tos: famílias aceitaram os estudos, muitas fizeram decisões por Jesus, estão fazendo estudos e estão ale-gres frequentando os cultos nor-mais no templo. É gratificante tam-bém ver como as portas abriram-se para o trabalho da igreja em uma escola. Não tínhamos espaço físico para a realização do Kid’s Games, fomos até a Coordenação de uma escola, e lá fomos muito bem aten-didos pela coordenadora, Glaura, que ficou encantada com o nosso projeto. Participou do Kid’s Games

e no fim nos propôs uma parceria para realizarmos um projeto per-manente na escola no período nor-mal de aulas, bem como nos fins de semana com os alunos e as famílias deles.

Não é um Projeto de Deus? Isso só foi possível em virtude de ter-mos abraçado pela fé a Trans, sem qualquer recurso, mas sabendo que o Senhor é o provedor de to-das as coisas. E provê muito mais daquilo que pensamos e falamos. São muito grandes as coisas que Deus tem para os seus filhos e fi-lhas. O que precisamos fazer é nos despir de uma indumentária que soberbamente nos faz fechar nos-sos olhos espirituais e desviar de exercer e experimentar as grande-zas de Deus para este tempo bem como para o futuro eterno com Ele.

A reflexão que faço em relação à Trans, ou melhor, à MEGATRANS em nossa região e, particularmen-te, em nossa igreja é que com o pouco que víamos, Deus transfor-mou em grandes coisas que não víamos. Então eu pergunto: o que Ele fará para os que têm muito a olhos nus? Se verdadeiramente todos os chamados cristãos, ricos, pobres, igreja grande ou pequena deste tempo portarem-se como verdadeiros cidadãos do reino da Luz, o inferno soltaria os que hão de ser salvos. Isso estreitaria cada vez mais as trevas que, até então, imperam de uma forma sagaz em muitos lares, bairros, cidades e pa-íses. Penso que a Trans deveria ser uma constante em nossos dias até que Jesus Cristo venha.

Graça e Paz!

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