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O que é Tomografia Computadorizada? A tomografia computadorizada é um exame computadorizado de raio X. O aparelho produz imagens por computador da região do corpo a ser examinada, através das quais os médicos podem detectar alterações e doenças dentro do nosso corpo. A tomografia computadorizada (TC) tornou-se um elemento diagnóstico indispensável em um hospital moderno, sendo que muitos centros ambulatoriais dos EUA, Canadá, Europa e Japão já contam com seus recursos. A imagem da TC tem se tornado cada vez melhor. A velocidade de varredura (scanning) já chega a 1s em tomógrafos convencionais e a até 20ms em alguns tomógrafos ultra- rápidos. A tomografia computadorizada (TC) revolucionou a Neurologia mundial como um método não invasivo, rápido, fidedigno e de alta precisão diagnostica. Verbete: tomografia [De tom(o)- + -graf(o)- + -ia.]S. f. Med. 1. Processo especial de exame radiológico que demonstra, com minúcia, imagens de órgãos existentes num plano predeterminado, diminuindo ou eliminando pormenores de imagens presentes em outros planos; planigrafia, estratigrafia. Forma de tomografia baseada na detectação, mediante equipamento próprio, de raios X transmitidos através de uma seção do corpo, deslocando-se a fonte emissora desses raios X em segundo movimento circular, e permanecendo o eixo do feixe de raios X, sempre, no mesmo plano. Introduçã

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O que é Tomografia Computadorizada? A tomografia computadorizada é um exame computadorizado de raio X. O

aparelho produz imagens por computador da região do corpo a ser examinada, através das quais os médicos podem detectar alterações e doenças dentro do nosso corpo.

A tomografia computadorizada (TC) tornou-se um elemento diagnóstico indispensável em um hospital moderno, sendo que muitos centros ambulatoriais dos EUA, Canadá, Europa e Japão já contam com seus recursos.A imagem da TC tem se tornado cada vez melhor. A velocidade de varredura (scanning) já chega a 1s em tomógrafos convencionais e a até 20ms em alguns tomógrafos ultra-rápidos.

A tomografia computadorizada (TC) revolucionou a Neurologia mundial como um método não invasivo, rápido, fidedigno e de alta precisão diagnostica.

Verbete: tomografia [De tom(o)- + -graf(o)- + -ia.]S. f. Med.1. Processo especial de exame radiológico que demonstra, com minúcia, imagens de órgãos existentes num plano predeterminado, diminuindo ou eliminando pormenores de imagens presentes em outros planos; planigrafia, estratigrafia.

Forma de tomografia baseada na detectação, mediante equipamento próprio, de raios X transmitidos através de uma seção do corpo, deslocando-se a fonte emissora desses raios X em segundo movimento circular, e permanecendo o eixo do feixe de raios X, sempre, no mesmo plano.

O instrumental inclui um computador acoplado, que reconstrói a imagem topográfica com base nos dados transmitidos e segundo um programa previamente estabelecido, além de gravá-la na memória e transmiti-la para um sistema de televisão.

Tomografia Computadorizada é uma técnica radiográfica de obtenção de imagens atraves de "cortes" seccionais do tecido em varios angulos, por finos feixes de Raios X, após estes cortes o computador faz os calculos dos coeficientes de atunuação linear dos vários elementos presente na secção, e finalmente mostrando a imagem reconstruida numa tela de televisão com uma escala de cinza bem definida, diferenciando as varias estruturas presentes no "corte".

Introdução

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Conhecendo Tomografia Computadorizada

Diferente outras técnicas de imagenologia ( exceto a Ressonância Nuclear Magnética ), a TC permite a diferenciação radiografica entre os diversos tecidos, partes moles. A TC é tão sensivel que permite diferenciar tecidos com a diferença de apenas 1% entre suas densidades.

Para se ter uma comparação, a radiologia convencional requer uma diferença de densidade de pelo menos 5% ,entre as estruturas. Desta forma a TC, na cabeça, possa diferenciar entre vasos sanguineos, massa branca, massa cinzenta, fluidos cerebroespinhal, edema cerebral, e processos neoplásico. Os números na TC refletem a atenuação de um tecido específico relativo ao número da água, que foi arbitrariamente dado como número 0. O maior número da TC é o do osso; e o menor o do ar. O número de TC da gordura é menor que 0, enquanto os tecidos suaves, partes moles tem seus números maiores que 0.

O desenvolvimento da tecnologia nos equipamentos de tomografia computadorizada tem reduzido , e muito, o tempo necessário para se produzir uma imagem, o que permitiu uma avaliação de qualquer parte do corpo. Em alguns casos é necessário que seja feito uma radiografia convencional, para detecção de algum material de alta densidade que possa interferir diretamente na obtenção da imagens, (materiais metálicos, clips, bário, eletrodos). Uma imagem inicial com a relação dos "cortes" a serem realizados permitem uma visualização ideal entre as imagens e a posição correta em relação ao objeto estudado.

A injeção de contraste iodado endovenoso é parte integrante de diversos exames na TC. Fazendo-se uma aquisição de imagem logo após ou mesmo durante a administração do contraste, permite a diferenciação entre estruturas vasculares e estruturas não vasculares. A diferença entre o tempo de absorção e o grau de contraste das estruturas permite a detecção de processos neoplásicos ou infeccioso em uma estrutura normal.

Gordura tem o número de TC relativamente baixo, o que permite servir de contraste natural, delineando o parenquima dos órgãos. Em paciente com lesões malignas, a perda de gordura adjacente é indicativo de extenção de tumores. Para estudos abdominais, especialmente aqueles de pâncreas e retroperitonio, é frequentemente utilizado contraste oral para demonstrar a luz do trato gastrointestinal e permitir diferenciar as estruturas abdominais sólidas do intestino.

Este extraordinário sistema que permite visualização imediata das lesões intracranianas sem qualquer risco para o paciente e sem a necessidade de internação foi idealizado por Godfrey N. Hounsfield, engenheiro eletrônico inglês, cujo grande mérito foi a utilização do computador como elemento centralizador dos complexos mecanismos relacionados à tomografia computadorizada

A imagem da TC tem se tornado cada vez melhor. A velocidade de varredura (scanning) já chega a 1s em tomógrafos convencionais e a até 20ms em alguns tomógrafos ultra-rápidos.

A TC é um exame no plano axial, mas que permite a reprodução de imagens em qualquer plano. Tomógrafos mais novos, como os de napiol, permitem que sejam realizados cortes sem intervalos, o que possibilita a criação de imagens tridimensionais.

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Neste exame, um feixe de raios X do calibre de um lápis gira ao redor do paciente imageando uma "fatia" do mesmo. São formados pequenos blocos de tecidos (voxels), cada um com um determinado valor de absorção conforme as características do tecido imageado. Estas imagens são reconstruídas em um plano bidimensional (pixels) na tela do computador. Cada pixel é representado por um brilho, ou escala de cinza, correspondente que indica o coeficiente de atenuação linear média do tecido em questão. O coeficiente de atenuação linear média é baseado nos coeficientes da água, do ar e dos ossos, como está disposto na tabela abaixo.

Tabela :Tecido número CT (coeficiente Hounsfield)Ar -1000Pulmão -900 a –400Gordura -110 a –65Água 0Rim 30Sangue normal 35 a 55Sangue coagulado 80Músculo 40 a 60Fígado 50 a 85Ossos 130 a 250

Tab. 1 - nº CT de alguns elementos identifcados na TC

Utiliza-se a água como referência por que seu número CT é similar ao dos tecidos moles e também por ser de fácil obtenção para calibrar os aparelhos.Por convenção, altos valores de CT são imageados como branco e baixos como preto. Como é impossível ao olho humano distinguir os milhares de coeficientes, utilizamos a técnica de janelas (windowing) para visualizar os valores dentro de determinada faixa. Um exemplo é a janela de mediastino na TC de tórax, na qual usa-se um CT de 500, variando entre -211 e + 289 com intervalos de 39. Os pulmões ficam bastante escuros nesta janela, uma vez que seu CT é muito menor. Para observar os pulmões é necessário mudar o CT em uma janela para que os pulmões sejam melhor visualizados.

A TC ainda é um bom método diagnóstico para o exame do cérebro e da medula espinhal, sendo que ainda é o procedimento de escolha para o exame do tórax e do mediastino, bem como do abdome superior e da cavidade peritoneal. É muito útil na demonstração de tumores, abscessos, ruptura de órgãos e acúmulo de líquidos com alta precisão. Também é o melhor procedimento para guiar agulhas de biópsia e para introdução de tubos de drenagem para abscessos.

Na década de 70, o advento da Tomografia Computadorizada, também conhecida como CT ou TAC, revolucionou o diagnóstico. A combinação da capacidade de obtençao de imagens dos raios-x com o poder de processamento dos computadores permite obter imagens da anatomia interna do organismo sem necessidade de cirurgia.A Tomografia Computadorizada auxilia no diagnóstico de doenças do cérebro, coluna, abdomen, tórax, entre outras.

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Gerações da Tomografia

1º GERAÇÃO

QUE É UM SISTEMA HELICOIDAL DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Num sistema convencional de tomografia computadorizada o tubo de raio X gira ao redor do paciente o qual permanece fixo durante todo o período de uma rotação, necessário à aquisição correta das linhas de dados. Um série de cortes seqüenciais previamente programados realiza um exame completo. Por meio dos computadores especiais se obtém as imagens através dos monitores do console de operação sendo a partir daí radiografadas.

No sistema convencional, ainda, os dados são transmitidos aos computadores através de cabos fixos conectados aos detectores, sendo os outros cabos ligados ao tubo de raio X.

Esta tecnologia, por mais veloz que seja, limita a velocidade dos exames, face ao reposicionamento constante das partes que constituem o sistema e das limitações dos cabos. As paradas periódicas, mudanças de direção do movimento e reposicionamento do tubo e detectores dentro do grantry produzem uma demora de 5 a 10 segundos entre os cortes. Recentemente (1989), incorporou-se aos tomógrafos a tecnologia doa anéis deslizantes a qual permite a rotação contínua do conjunto tubo-detectores.

Esta tecnologia que pode ser considerada dos tomógrafos de quinta geração, não somente permitiu uma redução acentuada do ciclo de Scan, pois reduziu o tempo entre os cortes tomográficos, como também permitiu introdução da tomografia helicoidal capaz de fazer as aquisições volumétricas antes possível somente no sistema de ressonância magnética.

Na história da tomografia computadorizada, diferente tipos de tomógrafos têm sido criados. Os tomógrafos de primeira geração (EMI Mark I) foram criados por Sir. Godfrey Newbold Hounsfield em 1972 que por sua invenção recebeu o Prêmio Nobel de 1979.

O padrão de varredura destes tomógrafos de primeira geração (fig. 01) consistia de uma translação de tubo de raio X e do detector (um ou no máximo dois) em conjunto, seguida de uma pequena rotação. O procedimento era repetido até completar 180º.

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A tomografia helicoidal (sexta geração) introduz o movimento contínuo da mesa do paciente a uma velocidade fixa, enquanto o conjunto de tudo-detectores gira constantemente. Em conseqüência, se obtém uma projeção helicoidal de dados usualmente em um único período de contenção da respiração. Os tempos de varredura variam de 10 a 32 segundos e, tão logo se obtém os dados em projeção helicoidal, as imagens são reconstruídas em tempo real por meio de interpolação das projeções entre os passos contíguos das hélices e o exame se encerra.

As imagens obtidas podem corresponder a cortes convencionais (coronais, sagitais ou axiais), ou a imagens tridimensionais. Por permitir uma reconstrução volumétrica, este novo estilo de tomografia computadorizada demonstra melhor os vasos abdominais, torácicos e a relação deles com as demais estruturas regionais e tumores. Ele permite ainda, a realização de angiografia cerebral, tal qual na ressonância magnética.

O QUE É UM SISTEMA HELICOIDAL DE CORTES DUPLOS

Não obstante a todas as vantagens criadas pelos sistema helicoidal de tomografia computadorizada, a ELSCINT, firma especializada em aparelhos médicos, criou um novo tubo de raio X com duplo foco que associado a uma fila dupla de detectores é capaz de obter dois cortes tomográficos para cada rotação do grantry. Desta forma, com duplo passo de hélice se obtém o dobro de imagens, o dobro de volume, o dobro de resolução e o dobro de velocidade, em relação aos aparelhos helicoidais convencionais.

O CETAC que vem trabalhando no ramo da tomografia computadorizada há 18 anos e de ressonância magnética há 03 anos tem o prazer de anunciar aos médicos do Estado do Paraná, pacientes e convênios a aquisição e funcionamento do CT-TWIN (ELSCINT), modelo de aparelho helicoidal de tomografia computadorizada com cortes duplos que representa o que há de melhor em tomografia computadorizada no mundo atual, sendo já considerado tomógrafo de sétima geração. O CETAC investiu neste novo conceito de tomografia computadorizada para dar aos seus pacientes maior conforto e rapidez durante os exames, além de ampliar sua gama de possibilidades diagnósticas.

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O CT-TWIN oferece ainda outras possibilidades diagnósticas tais como: · Análise Mineral Óssea Este software possibilita a determinação do conteúdo mineral dos ossos da coluna. Utilizado para avaliação, diagnóstico e tratamento da osteoporose. · Denta-CT Software de altíssima resolução para obtenção de imagens panorâmicas instantâneas e com reconstrução nos três planos ortogonais e oblíquo para obtenção das exatas dimensões dos dentes e seus canais.

Atualmente, exame imprescindível nas técnicas de implante dentário. · Angio-CT Revolucionando as técnicas tomográficas, a AngioCT através de reconstrução em Máximum Intensity Projection (MIP) que permite a obtenção em "real time" dos planos axiais, sagitais e coronais, bem como a visualização do volume, obtém imagens das estruturas vasculares em condições semelhantes àquelas obtidas pela Ressonância Magnética, à exceção de que na Ressonância Magnética não se usa o contraste. A AngioCT tem suas aplicações na angiografia cerebral, das artérias renais, aorta e carótidas. Estudos estão sendo feitos para sua aplicação nas artérias coronárias. ·

Imagens tridimensionais Reconstrução rápida em 3D de até sete diferentes órgãos simultaneamente, através do software coloridos. · Planejamento Estereotaxia Software especial para facilitar o acesso às lesões cerebrais através da estereotaxia.

Godfrey N. Hounsfield, idealizador da Tomografia Computadorizada, Prêmio Nobel de Medicina (1979)

Seus pacientes freqüentemente submetidos às agruras das angiografias, pneumencefalografias e ventriculografias de resultados diagnósticos bastante relativos.

Seus pacientes freqüentemente submetidos às agruras das angiografias, pneumencefalografias e ventriculografias de resultados diagnósticos bastante relativos.

Do que se pode extrair da literatura, foi Oldendorf um dos grandes iniciadores teóricos da TC, cabendo, contudo, todo o mérito a Hounsfield, que teve a felicidade da introdução do computador ao sistema básico e sua aplicação prática. Hounsfield começou a idealizar uma forma de representar o conteúdo encefálico sem os inconvenientes desagradáveis das clássicas investigações neurológicas já em 1967.

Hounsfield era naquela época engenheiro eletrônico da "Electro Musical Industries" (EMI), um companhia inglesa famosa por sua participação no comércio de discos e aparelhos reprodutores de som.

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Do que se pode extrair da literatura, foi Oldendorf um dos grandes iniciadores teóricos da TC, cabendo, contudo, todo o mérito a Hounsfield, que teve a felicidade da introdução do computador ao sistema básico e sua aplicação prática. Hounsfield começou a idealizar uma forma de representar o conteúdo encefálico sem os inconvenientes desagradáveis das clássicas investigações neurológicas já em 1967. Hounsfield era naquela época engenheiro eletrônico da "Electro Musical Industries" (EMI), um companhia inglesa famosa por sua participação no comércio de discos e aparelhos reprodutores de som. Hounsfield, inicialmente, trabalhava na área de computação e eletrônica, sendo reduzido seu conhecimento de medicina até então.

Contudo, sua argúcia e perspicácia lhe fizeram crer que os problemas da investigação neurológica clássica poderiam ser superados. Os primeiros frutos de sua elucubração matemática foram entregues a um professor de engenharia que não conseguiu traduzir os anseios de Hounsfield e, mais tarde, as equações foram entregues a um professor de matemática para a devida sistematização e execução do projeto. O primeiro equipamento foi construído em um torno antigo e o objeto a ser examinado constituía-se de um conjunto de peças de plástico fixadas numa porção móvel que durante o teste girava a ângulos desejados.

Para irradiar originária desta fonte era avaliada por detectores de cristal de iodeto de sódio e os sinais obtidos pelos detectores eram transmitidos a um computador programado para reprodução bidimensional das peças examinadas. O processamento levou 9 dias para ser concluído, dada a baixa intensidade da fonte de irradiação. Em 1967 ocorreu o feliz encontro de Hounsfield com o radiologista J.Ambrose, do Atkinson-Moreley's Hospital de Londres. Ambrose vinha desde 1961 trabalhando com ultra-som na tentativa de construir um aparelho capaz de reproduzir uma imagem cerebral cm razoável detalhe, mas, após inteirar-lhes das teorias de Hounsfield, abandonou completamente a ultra-sonografia, dedicando-se

Primeiros usos experimentais com Raio X (1967).

Inteiramente ao trabalho conjunto com o físico inglês. Ainda em 1967, Hounsfield e Ambrose fizeram uma segunda experimentação, desta vez utilizando um tubo comercial de raio X para reprodução de uma peça cerebral retirada de um cadáver e colocada num recipiente de plástico. Havia um tumor no terceiro ventrículo que podia ser perfeitamente visualizado após reconstrução computadorizada da imagem. Em 1969, foi iniciada a construção do primeiro protótipo de um tomógrafo para utilização clínica.

O primeiro aparelho ficou pronto e instalado no Atkinson-Moreley's Hospital em outubro de 1971. A primeira tomografia computadorizada foi realizada em um paciente do sexo feminino, de 41 anos, com suspeita de um tumor no lobo frontal esquerdo, e o exame mostrou com perfeição a localização e as reais dimensões do tumor. Nesse primeiro aparelho foi adotada uma matriz de 80 x 80 e o processamento foi realizado por computador do tipo ICL 1905.

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A 19 de Abril de 1972, no Congresso Anual do Instituto Britânico de radiologia, Hounsfield e Ambrose apresentaram a primeira comunicação sobre o novo sistema diagnóstico e, em 1973, suas primeiras publicações apareceram no British Journal of Radiology.

Em outubro de 1973, o autor do presente artigo, Dr. Guilberto Minguetti, iniciou na residência em Neurologia no Queen Square, Instituto de Neurologia da Universidade de Londres, onde teve os primeiros contatos com o aparelho de TC ali instalado, tendo assim iniciado seu treinamento neste método diagnóstico que viria a revolucionar a medicina. Hounsfield recebeu da maioria dos países numerosos prêmios e comendas por sua invenção. No Brasil, foi agraciado com a Ordem do Cruzeiro do Sul durante o Congresso Internacional de Radiologia realizado no Rio de Janeiro em 1977 e, como é do conhecimento de todos, a 11 de outubro de 1979 foi indicado pela Academia Sueca para o prêmio Nobel da Medicina daquele ano.

2º GERAÇÃO

3º GERAÇÃO Na terceira geração de tomógrafos o movimento de translação foi eliminado,

mantendo-se apenas o movimento de rotação e o feixe de raio X foi ampliado graças às novas tecnologias do tubo de raio X e o grande aumento no número de detectores (fig. 03), mudando-se completamente a geometria de varredura.

O tempo de aquisição tornou-se bem mais rápido e a qualidade da imagem sofreu uma melhora bastante significativa.

Na segunda geração de tomógrafos, ao invés de um detector um conjunto de detectores colocava-se do outro lado do tubo de raio X, de forma que o feixe de raio X formava um leque e não apenas uma linha única de aquisição de dados (fig. 02).

O primeiro tomógrafo de segunda geração foi lançado em 1974 pela firma americana OHIO NUCLEAR e, depois destes, outros tomógrafos de segunda geração mais aperfeiçoados e com maior número de detectores foram lançados no mercado dando um impulso muito grande à TC de corpo inteiro, pois eram mais rápidos e diminuíam acentuadamente os artefatos de movimento.

O Cetac - Centro de Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética foi o segundo serviço de tomografia computadorizada do Brasil a ter aparelhos de segunda geração.

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4º GERAÇÃO Em abril de 1976 a firma AS&E introduziu o conceito de tomógrafo de

quarta geração que consistia num tubo de raio X, com movimento de rotação dentro de um conjunto fixo de detectores (fig. 04). Esses tomógrafos, contudo, devido a problemas de tecnologia dos computadores e dos detectores, matemática de reconstrução, processamento dos sinais e tubos de raio X só puderam entrar efetivamente em uso por volta de 1981.

Com toda esta evolução, contudo, grandes volumes corporais (tórax e abdômen) só podiam ser examinados através de cortes individuais (tomogramas) e, dependendo do número de cortes, os pacientes devem permanecer durante muito tempo na mesa de exame, ou seja, cerce de 30 a 45 minutos para um exame completo do tórax ou abdômen (antes e depois do contraste).

Felizmente, nova geração de tomógrafos surgiu e desta vez, com surpreendente tecnologia que conjuga novos computadores, novos softwares, novos tubos de raio X e novos sistemas de aquisição de dados - sistema helicoidal. Com ele é possível a aquisição de dados de grandes volumes (até um metro de extensão corporal) em apenas 32 segundos para obtenção de aproximadamente 100 cortes.

A terceira geração de tomógrafos foi desenvolvida em 1974 pela firma Artronix, mas só colocada em prática em 1975 pela GE.

Posteriormente em 1977 a Philips melhorou a terceira geração de tomógrafos introduzindo o princípio do "geometric enlargement" que contribuiu para o desenvolvimento das técnicas de alta resolução nos tomógrafos subseqüentes.

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Histórico e Funcionamento

No histórico da TC o nome W. K. Von Roentgen é seguido em importância pelo de J.Randon, matemático austríaco que em 1917 provou que um objeto tridimensional poderia ser reconstruído matematicamente a partir de um conjunto infinito de todas as projeções.

As teorias de Randon não tiveram aplicação na época talvez em virtude do flagelo da primeira grande guerra que o mundo experimentava. Por isso mesmo, a aplicação prática das mesmas só veio a ter êxito a partir de 1956 na radioastronomia: astrônomos interessados na emissão de microondas pelo Sol desejavam um mapeamento da superfície do mesmo relacionada a tais fenômenos, e isso foi conseguido por Bracewell e Riddle em 1967 que desenvolveram o método de "filtered back projection" - retroprojeção filtrada.

O mesmo tipo de problema surgiu na microscopia eletrônica de varredura e foi solucionado independentemente por De Rosier e Klug e Gordon e col. em 1968 e 1970, respectivamente. Em 1961, o neurologista Willian H. Oldendorf, hoje na Universidade da Califórnia, Los Angeles, abriu caminho para a TC descrevendo um sistema experimental que, em teoria, seria capaz de reproduzir as secções transversais de estruturas intracranianas de radiodensidades diferentes. Oldendorf dedicou-se a tal extenuante tarefa matemática e física movido pela necessidade imperiosa que ele mesmo sentia no manejo diário de CONSIDERAÇÕES SOBRE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA .

A tomografia computadorizada (TC) revolucionou a Neurologia mundial como um método não invasivo, rápido, fidedigno e de alta precisão diagnóstica. Este extraordinário sistema que permite visualização imediata das lesões intracranianas sem qualquer risco para o paciente e sem a necessidade de internação foi idealizado por Godfrey N. Hounsfield, engenheiro eletrônico inglês, cujo grande mérito foi a utilização do computador como elemento centralizador dos complexos mecanismos relacionados à tomografia computadorizada.

Corte tomográfico mostra com detalhes qualquer parte do corpo humano, incluindo ossos, músculos, gordura e orgão.Este método mede a atenuação dos raios x entrando no corpo humano de diferentes ângulos.Destas medidas o computador reconstroi os orgãos em cortes tomográficos.Esta técnica elimina o problema que existe em raios x convencional, onde as sombras se sobrepõem.Esta técnica também permite que tecidos como o fígado e rim possam ser claramente diferenciados um do outro quando reconstruídos pelo computador.

CT é a principal máquina na maioria dos departamentos radiológicos e centros de diagnósticos.Desde a invenção do CT ,observa-se grandes avanços de tecnologia e desempenho clínico.

Entre as várias técnicas como RM e raios X, CT é a unica que têm habilidade de demonstrar imagens de gordura, ossos e vasos sanguíneos.

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Por exemplo, raios x convencional da cabeça mostrará apenas a calota craniana.RM faz um execelente trabalho com tecidos menos densos e vasos sanguíneos mas não dá muito detalhe em estruturas ósseas.

Algumas pessoas podem estar cientes da quantia da radiação recebido durante um exame de CT.É verdade que a exposição aos raios x é um pouco maior que no raios x convencional.Entretanto, os benefícios de tal procedimento não se iguala ao raios x convencional.Então o paciente com suspeita de tumor deverá pesar os prós e contras do exame.

CT espiral é uma das mais novas inovações. Usam scaneamento contínuo para gerar cortes que possam gerar imagens tri dimensionais. CT espiral têm reduzido o tempo de produzir imagens tomográficos.

Os pacientes podem escutar o barulho do scanner rodando durante e o

estudo.Dependendo do tipo de exame e do modêlo de CT usados, este zumbido

pode ser quase imperceptível ou bastante evidente.A mesa moverá lentamente durante a aquisição de dados do CT.Dependendo do tipo do estudo realizado, a mesa poderá mudar aos poucos(alguns milímetros) como no CT de crânio ou num grande passo, por exemplo 20 a 30 cm para CT do pulmão.

O scanner do CT também poderá inclinar em qualquer direção para exames como o crânio, seios da face, ouvido e coluna.Estas variações da mesa é para permitir imagens melhores.

Os raios x absorvido pelo tecido do corpo é detectado pelo scanner e transmitido para o computador. O computador transforma a informação em imagem para o radiologista interpretar.

Como CT é realizado?Preparo requer retirada de artigos de roupas ou joías que possam degradara imagem, tais como cintos, soutiens,óculos,dentaduras, grampos ,zippers etc.

Paciente é posicionado pelo técnico na mesa da Tomografia Computatorizada.Assim que o scannercomeça a rodar em volta do paciente, um raios x de baixa dosagem atravessa o corpo em pequeno

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Algumas vêzes pode ser dado uma injeção de contraste iodado para melhor visualizar orgãos e vasos sanguíneos e melhor visaulizar anormalidades.

No exame abdominal, o paciente poderá tomar também uma solução de constraste muitas horas antes do procedimento. Esta solução melhora a visualização do intestino.

Técnico de radiologia estará sempre atento ao paciente e em constante comunicação.

O Exame Preparo do exame

Quando você marcar o exame, será informado de algum preparo especial, dependendo do tipo de exame que seu médico pediu. Por exemplo, você poderá ter que fazer o exame em jejum para poder tomar um tipo especial de contraste, dependendo da região que vai ser analisada. Siga as instruções corretamente da técnica e do médico que vão lhe atender antes e durante a realização do exame.Importante

Para sua segurança e para que o exame seja melhor aproveitado, você deverá informar ao médico: se tem alguma alergia; se tem algum problema renal; se você é diabético e toma medicamento para diabete; se pensa estar grávida; se você comeu ou bebeu antes do exame.

Durante o exame Se necessário, você será instruído para vestir uma roupa adequada (um

avental fornecido pela clínica). Dependendo do tipo de exame, pode ser aplicada uma injeção endovenosa de contraste, mas você será bem orientado pela técnica ou médico responsáveis pelo exame.

O aparelho possui uma plataforma onde você irá deitar e que deslizará para uma região cujos feixes de raio X irão permitir que se adquira imagens do seu corpo as quais serão enviadas para um computador especial e analisadas pelo médico responsável. O exame deve durar de 05 a 15 minutos, dependendo da região a ser examinada.

Após o exame

O médico, um neuroradiologista ou um radiologista vai examinar as imagens do seu exame e emitir um relatório para seu médico com os resultados radiografados. O CETAC é um dos poucos serviços do mundo que fornece o resultado completo do exame logo após o término do mesmo. Para um exame de tomografia computadorizada você deverá esperar de 15 a 20 minutos para ter o resultado em mãos. E para o exame de ressonância magnética o resultado será fornecido de 30 minutos a uma hora. Excepcionalmente, o resultado pode demorar algumas horas, dependendo da complexidade dos achados.

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Isso só é possível porque sempre para cada um dos aparelhos de tomografia ou de ressonância magnética do CETAC, existe uma técnica e um médico para sua segurança e para agilização de todos os procedimentos. Após o exame, você pode voltar a sua dieta e atividade normais. O contraste que eventualmente você tenha recebido será liberado de seu corpo no máximo em 02 horas e você não terá nenhum problema quanto a isso.

Dicas para tornar seu exame mais agradável

Exames mais solicitados ;

Sistema Nervoso Central

1. Trauma Craniano2. Mal Formação Congênita 3. Derrames 4. Doenças Inflamatórias e Infecciosas 5. Mal Formação Vascular 6. Tumores

Coluna Vertebral

1. Trauma Vertebral 2. Mal Formação Congênita 3. Doenças Inflamatórias e Infecciosas4. Tumores

Hérnias Discais

O exame de tomografia computadorizada é um dos mais completos na área de diagnóstico por imagem. Os riscos da pequena quantidade de radiação durante a realização do exame são mínimos. O exame é totalmente indolor! Portanto, tente relaxar. O aparelho é aberto em cima e embaixo. Você não estará fechado! Colaborando com as instruções da técnica, o seu exame será rápido e preciso!

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Ossos Articulações e partes moles

1. Trauma 2. Tumores 3. Processos Inflamatórios e Infecciosos 4. Necroses Pós Trauma ou Assépticas

Tórax

5. Doenças Inflamatórias e Infecciosas6. Tumores do Pulmão7. Derrames Pleurais8. Patologia da Aorta Torácica

Abdômem

1. Avaliação das Patologias do Fígado2. Avaliação das Patologias das Vias Biliares 3. Avaliação das Patologias da Visicula Biliar 4. Avaliação das Patologias do Pâncreas 5. Avaliação das Patologias das Supra Renais 6. Avaliação das Patologias dos Rins 7. Avaliação das Patologias do Útero e Ovários 8. Avaliação das Patologias da Próstata9. Avaliação das Patologias da Aorta Abdominal e Veia Cava Inferior

Video Printer

Imagem em 3D Pescoço 1. Patologia da Faringe 2. Patologia da Laringe 3. Patologia da Tereóide4. Patologia do Sistema Linfático

Sytec 3000 i -GE

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ROTINA PARA EXAMES DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADAROTINA PARA EXAMES DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM CT NORMALEM CT NORMAL

A) Abdome Adulto: filtro de partes moles espessura de 10 mm intervalo de 10 mm

Indicado o uso de contraste oral e venoso.- Contraste venoso (+-) 100 a 120 ml a 60%.- Contraste oral 1600 a 2000 ml a 2% (+-) 300 ml a cada 15 minutos. Na mesa de exames, um copo se houver necessidade de estudar a mucosa gástrica enchendo o estômago com água. Contra indicação com o uso de contraste venoso:

Alergia a contraste de iodo Insuficiência renal (ver programação da diálise) Mieloma múltiplo Insuficiência cardíaca congestiva Pancreatite aguda (relativa) Creatinina sérica maior que 2,5 a 3,0 mg %

Situações em que se deve fazer fígado sem contraste, ver pesquisa de nódulos hepáticos.

Tumores primários do fígado. Hiperplasia nodular focal. Hemangioma cavernoso. Linfoma.

Obs. Em caso de cólica renal, fazer rins antes e após a infusão de contraste.Como pesquisar Hemangioma cavernoso no fígado.

imagem única hiperecóica na ultra-sonografia sugestiva de Hemangioma cavernoso.

Fazer exame do fígado sem contraste venoso e localizar a lesão. Marcar a posição da lesão no fígado, e fazer injeção em bolo de contraste

(visualização da fase arterial do Hemangioma) - veremos a captação de contraste na periferia, as vezes modular na fase precoce da injeção de contraste.

Fazer novos cortes com 20 segundos, 1 minuto e após 3 minutos (veremos impregnação da centrípeta do meio de contraste). A densidade final da lesão e igual a da parênquima hepático ou ligeiramente maior. Pode ainda observar áreas de não impregnação.

Situações em que pode fazer o exame logo após a injeção de contraste. Abscessos hepáticos e subfrenicos

Tumores renais. Estadiamento da Linfoma. Pancreatite.

Estudo das glândulas supra-renais. Feocromocitoma ( ficar atento ao risco de taquicardia e pico hipertensivo de difícil

controle). Usar filtro de partes moles Espessura de 5mm. Intervalo de 5mm.

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Obs. - Patologias de bexiga que derem duvida, como por exemplo uma pequena lesão em parede anterior da bexiga - colocar em decúbito ventral ( interface do contraste com a lesão).- Patologias do reto ou da próstata com extensão para reto podem ser melhor avaliados com injeção de gás na ampola retal.

B) Abdome de Criança.- Filtro de partes moles.

Espessura de 5mm ou 10mm. Intervalo de 7mm.

Contraste venoso. 2ml por Kg de peso.

Contraste oral: ( diluição de 2%). Lembrar que a capacidade gástrica de recém-nascidos e de 30ml / Kg/hora

C) Tórax:Técnica I de exames com Contraste venoso:

Espessura de 10mm. Intervalo de 10mm. * Estudo do Mediastino: Estudar o mediastino iniciando os cortes na base do tórax. Quando atingir o hilo,

fazer a injeção de contraste ( +- 100ml a 60% ). Usar o braço esquerdo para opacificar bem a veia inominada.

* Estudo parênquima para nódulos e massas pulmonares: Espessura de 10mm. Intervalo de 10mm.

Obs.: Se necessário retornar na lesão e fazer cortes finos com técnica de alta resolução.

* Empiema Pleural e Abscessos Pulmonares: Espessura de 10mm. Intervalo de 10mm.

Obs.: Em caso de Empiema Pleural e Derrame Pleural septado, pode se fazer o exame em decúbito dorsal e após fazer alguns cortes em decúbito ventral ( verificar mobilidade do liquido Pleural).

* Tumores Mediastinais em geral ( Timoma,Teratoma, Tireóide, Lipoma, etc....). Espessura 10mm. Intervalo de 10mm. * Suspeita de lesões vasculares: Espessura de 10mm. Intervalo de 10mm.

Obs.:- Localizar o nódulo em imagens sem contraste e medir a densidade, após fazer a injeção de contraste medir novamente a densidade.- Densidade de nódulos pulmonares.

Maior que 164 HU tendem a ser benignos. Igual ou próximo a 164 HU indeterminado. Menor que 164 HU tendem a ser malignos.

Técnica II . Exames sem Contraste Venoso,

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CT de Alta resolução:1- KV: +- 120.2- MAS: +- 120 a 240.

3. Matriz: 512x512. 4. Tempo: Menor possível. 5. Usar filtro 01- Sharp. 6. Espessura de corte: 1a 3mm. 7. Exame deve ser copiado em filme 14/17 em apenas 06 imagens.

Indicações: Bronquiectasia. Enfisema pulmonar. Doenças interticiais difusas. Pneumonia de repetição.

Obs.: Exame para dissecção de aorta: Fazer injeção de contraste em bolo de +- 100 120ml a 60%. Iniciar os cortes ao nível da emergência dos vasos carotideos. Espessura 10mm Intervalo de 20 a 25mm Continuar os cortes ate terminar a dissecção.

D) CT PESCOÇO:Obs.: Usar contraste sempre ( +- 80 a 100ml a 60% venoso)

Espessura de 5mm. Intervalo de 7mm. Pode-se fazer cortes mais finos sobre as possíveis lesões ou nas cordas vocais. Iniciar o exame na base do pescoço e seguir em direção a orofaringe. Posicionar

o paciente em leve extensão da cabeça ( fazer cortes paralelos ao maior eixo da mandíbula- ramo horizontal).

E) SEIOS DA FACE: Espessura 2mm. Intervalo 4mm. Filtro de 0sso. * Exames sem contraste: Traumatismo. Mucocele. Sinusite Atresia de coanas. * Exames com contraste: Tumores. Processos infecciosos (celulites). Espessura de 2mm. Intervalo de 4mm. Filtro de partes moles.

Obs.: Fazer janela óssea, o exame dever ser realizado em Axial e Coronal.1. Para o exame em Axial usar como referência o Palato duro ( cortes paralelos ao

mesmo). 2. Para exame em Coronal iniciar os cortes posteriormente aos Seios Esfenoidais

e seguir anteriormente em direção a face ate os seios frontais.

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ATENÇÃO:- Para o exame em que pesquisa-se atresia de coanas, fazer o exame em axial com filtro de osso.

Quando as unidades osteomeatais não ficarem bem documentadas ( movimento do paciente por exemplo), retornar e fazer cortes intermediários na região.

F) MASTóIDE: Espessura de 2mm Intervalo de 1,5mm Fazer os exames inicialmente em coronal. Em caso de colesteatoma ou outras lesões, fazer o exame também em axial ( ver

seio timpânico e recesso facial ). Filtro de osso.

QUANDO INJETAR CONTRASTE: Lesões vasculares (glomus jugular, corótida aberrante, carcinomas, etc....) Quando injetar contraste, usar o filtro de partes moles ( fazer o exame inicial com

filtro ósseo, localizar a lesão, mudar o filtro para partes moles e injetar o contraste ).

G) SELA TÚRCICA: Filtro de partes moles. Espessura de 2mm. Intervalo de 1mm. Fazer o exame em coronal. Iniciar os cortes na clinóide posterior e continuar até a

clinóide anterior. RAZÕES PARA SE INICIAR OS CORTES POSTERIORES:

Ter certeza que irá pegar fase arterial do sistema porta hipofisório ( Infindíbulo ) contrastado.

Exames em axial e coronal: tumores selares com extensão supra selar.

H) ORBITA: Filtro partes moles. Espessura de 2mm. Intervalo de 4mm Fazer os cortes paralelos ao nervo óptico (+- 10 negativos em relação a linha

órbito-meatal ou plano esfernoidal ). Injetar contraste, exceto nos casos de trauma.

CRÂNIO: Fossa posterior. Espessura 5mm ou menos. Intervalo 5mm Iniciar os cortes acima do globo ocular passando pelo foramen magno. Adult Brain Espessura de 10mm Intervalo de 10mm Exames são realizados em axial. Nos tumores de base do crânio fazer os exames

em axial e coronal.

* Patologias sem contraste venoso: T.C.E ( lembrar de fazer janela óssea ).

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Alterações congenitais. Convulsões em que a criança nasceu e já iniciou as convulsões. Cefaléia ( relativo ). H.S.A.E. AUCI - AVCH. Hematomas subdural e extradural. * Patologias com contraste venoso: Epilepsia de difícil controle. Neurocisticercose. Mal formações vasculares. Aneurismas. Lesões inflamatórias. Meningite. Encefalite. Tumores ( glioma, medulablastomas, meningioma, astrocitomas ou outras lesões

expansivas ).

J) COLUNA CERVICAL: Espessura de 2mm. Intervalo de 3mm. Filtro de partes moles. Em caso de trauma usar filtro ósseo. Iniciar em C7 - T1 e ir até C3 - C4 em cortes contínuos o mais paralelo possível aos

espaços discais.

K) COLUNA LOMBAR: Rotina para pesquisa de hérnia é nos espaços L3-L4, L4-L5, L5-S1. Usar filtro de partes moles. Espessura de 5mm. Intervalo de 4mm.

Obs.:- Cortar do bordo superior do pedículo da vértebra inferior, até o bordo inferior do pedículo da vértebra superior.

Injetar contraste em patologias inflamatórias e tumores.

L) SACRO ILIACA: Decúbito dorsal. Filtro ósseo. Espessura de 2mm Intervalo de 4mm

Obs.: Iniciar os cortes em paralelo ao maior eixo do sacro.

M) ARTICULAÇÃO DE COXO FEMORAL: Filtro ósseo. Espessura de 2mm. Intervalo de 5mm.

Obs.: - Iniciar os cortes no bordo superior do acetábulo, cortar inferiormente até o pequeno trocanter.

Quando injetar contraste patologias inflamatórias e tumores. ( mudar o filtro para partes moles ).

N) JOELHO:

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* Menisco: Filtro de partes moles. Algoritmo Standard. Espessura de 2mm. Índex de 1mm. Size:120 W - 170

L - 70* Ligamentos: Dos condilos femorais até o sulco intercondilar. Filtro zero Algoritmo Standard. Espessura 2mm Índex 4mm W- 250

L - 50Obs.: Fazer três cortes.

* Patela: Espessura 2mm. Índex 5mm. (distancia entre os cortes) Filtro 1. Algoritmo Sharp. Tilt O (angulação) Size 120 W- 900 (tamanho do campo

L- 200O) TORNOZELO:

* Lesão do tendão de Aquiles. Fazer o exame comparativo. Filtro de partes moles Espessura de 2mm Intervalo de 5mm. Exame em axial. * Pesquisa de barra interossea. Fazer cortes coronais e axiais. Pode-se fazer também cortes sagitais. Filtro de osso. Espessura de 2mm Intervalo de 4mm.

P) TRAQUÉIA. Paciente em hiper-extensão. Cortes paralelos à vértebra. Reformentação em coronal e sagital. Espessura de 3mm Intervalo de 3mm.

EQUIPAMENTO

“Neste trabalho estaremos apresentando as características básicas oferecida pôr um aparelho vendido no mercado .”

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Este conceito único de potência fracionada permite ao TOMOSCAN EG utilizar um tubo de Raios-X menos potente além de um hardware de rotação do Gantry mais leve.

Através da rotação contínua e do deslocamento da mesa sincronizado, a aquisição volumétrica deste equipamento permite uma cobertura de até 70 segundos que podem ser realizados em até 5 programações na mesma seqüência de aquisição.

O sistema pesa menos que 800 kg, requer menos que 19 metros quadrados de espaço em plena operação e pode ser ligado na maior parte das tomadas convencionais.

Após muito investimento em pesquisa e tecnologia, a Philips oferece sua nova linha de tomografia computadorizada: CT Vision. Para atender de forma plena às necessidades das instituições de saúde. A linha CT Vision conta com 2 modelos de equipamentos, o AURA e o SECURA, que representam hoje os mais modernos equipamentos de Tomografia Computadorizada disponíveis no mercado.

Estes equipamentos foram desenvolvidos com base em 3 conceitos principais, que visam garantir uma excelente qualidade de imagem, fácil operação e tecnologia de ponta:

1 - Excelente qualidade de imagem: O primeiro conceito é o OutCome que visa alcançar uma excelência em qualidade, manipulação e apresentação das imagens (exame).

2 - Fácil operação e menor tempo de exame: O segundo, denominado WorkWise, foi aplicado com intuito de fazer com que estes equipamentos fossem os mais práticos na operação. Tais facilidades de operação englobam procedimentos desde o agendamento e planejamento dos exames, reconstruções 3D, até a impressão final do resultado.

Tomoscan EG O Tomoscan EG é um sistema de tomografia compacto, que abrange diversas aplicações clínicas a um baixo custo. O TOMOSCAN EG cria um novo padrão de performance em tomografia. Seu sistema geométrico único está baseado em engenharia inovadora que, aliada à alta tecnologia em Tomografia, resulta num sistema poderoso de fácil operação. Sua alta eficiência de mA produz scans de qualidade, utilizando apenas um terço do mAs requeridos por outros sistemas de Tomografia Computadorizada.

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3 - Alta tecnologia: O terceiro conceito é o mais importante e no qual os dois primeiros estão baseados. Trata-se do Foresight que engloba a alta tecnologia aplicada neste equipamento em todos seus elementos fundamentais:

detetores de estado sólido - Clear View - com a menor taxa de remanescência do mercado gerando imagens de excelente qualidade com menos dose de radiação para o paciente;

tubo de raios-X de alta capacidade térmica (a mais alta do mercado 7.7 MHU - MRC tubes, possibilitando aquisições volumétricas prolongadas com técnicas elevadas sem necessidade de tempo para resfriamento do tubo entre os exames;

reconstrutores de imagem sub-seconds - Rapid View - altamente velozes (0,7 segundos na nova linha contra 2 ou 3 segundos nos equipamentos top de linha da concorrência) que aumentam o fluxo de pacientes, melhorando o retorno de investimento dos hospitais;

estações multitarefas que realizam planejamento de exames, scan, visualização, reconstrução, manipulação das imagens, pós-processamento, protocolos de impressão inteligentes e outras ferramentas de software.

Todos esses conceitos fazem destes equipamentos os mais versáteis e de fácil operação do mercado.

Outro benefício muito importante dos novos produtos é o dispositivo DoseRight, que através de constantes controles de qualidade de imagem regula a dose de radiação necessária para cada região específica do corpo.

Considerações Financeiras e Horizontes na Radiologia

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O custo do equipamento radiológico é alto, de modo que os preços dos aparelhos modernos frequentemente extrapolam o orçamento da maioria dos hospitais. A título de informação, o preço de um tomógrafo oscila entre 600.000 e 1.500.000 dólares e o preço de um aparelho de ressonância varia entre 850.000 e 2.250.000 dólares.

A tabela a seguir estima o custo médio (nos EUA) de alguns procedimentos.Tabela 1 - Custos comuns de alguns procedimentos imagenológicos frequentemente utilizados.

Procedimento Técnica e profissionalRadiografia de tórax PA e perfil $135Enema baritado $319Seriografia Esôfago-estômago-duodeno $314Radiografia contrastada de intestino delgado $439

TC crânio sem contraste $756com contraste $841

TC abdome sem contraste $1004com contraste $1087

RMN de crânio, abdome ou pelve

1 sequência $9072 sequências $10543 sequências $1202+ de 3 sequências $1374

RMN de membros superiores ou inferiores

1 sequência $8402 sequências $9763 sequências $1112+ de 3 sequências $1248

Ultra-sonografiaPélvica $285Abdominal $314Transretal $220

No entanto, os procedimentos de imageamento podem significar hospitalizaç\ões mais curtas e em menor número, além de reduzir substancialmente a quantidade de cirurgias exploratórias. Além disso, quando o procedimento cirúrgico é inevitável, a imagem auxilia fornecendo um diagnóstico pré-operatório preciso, encurtando a duração e o número de complicações da cirurgia.

A imagem em nível ambulatorial auxilia aumentando a capacidade diagnóstica de centros ambulatoriais, reduzindo o número de internações.

Mais, o procedimento radiológico intervencionista é menos invasivo que o procedimento cirúrgico, o que reduz o número de complicações e o tempo de internação.

Com estes dados, podemos concluir que, apesar do alto preço dos métodos diagnósticos por imagem, a redução substancial de leitos hospitalares e do tempo de internação obtidos com a imagem reverte em uma enorme economia financeira para os hospitais.

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O contínuo avanço no desenvolvimento de técnicas de diagnóstico por imagem deve levar a uma redução gradual dos custos da imagenologia, combinada a uma maior versatilidade destes métodos.

Não é utopia ou futurismo prever que, em um tempo bem próximo ao nosso, teremos departamentos de radiologia totalmente computadorizados e integrados ao hospital, de modo que as imagens, bem como os laudos, estarão disponíveis nos monitores das enfermarias, junto aos dados clínicos e laboratoriais dos pacientes. Certamente estes sistemas serão caros, mas serão também atrativos na relação custo-benefício, economizando pessoal, comunicação e tempo de internação do paciente no hospital.