apostila pesca e aquicultura

Upload: sergio-tatisantalves

Post on 08-Jul-2015

354 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

GOVERNO DO ESTADO DO PARAN

SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO SEABDEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL DIVISO DE CONJUNTURA AGROPECURIA DCA

PESCA E AQUICULTURA

Mdico Veterinrio Guilherme Oscar Richter

2000

INDICE

PRINCIPAIS REAS DE PESCA NO MUNDO................................................................4 PRODUO E PRINCIPAIS PASES PRODUTORES ...................................................7 PRINCIPAIS GRUPOS DE ESPCIES CAPTURADAS NO MUNDO............................9 DESTINO E UTILIZAO DA PRODUO PESQUEIRA NACIONAL......................11 COMRCIO INTERNACIONAL DE PESCADOS..........................................................12 PRODUO DA PESCA E AQUICULTURA NO BRASIL...........................................15 COMPLEXO INDUSTRIAL DE PESCADO NO BRASIL..............................................22 EXPORTAO E IMPORTAO BRASILEIRA DE PESCADO ...............................23 PISCICULTURA NACIONAL EM CRESCIMENTO......................................................24 PISCICULTURA PARANAENSE EM EXPANSO.......................................................26 COMERCIALIZAO E ASPECTOS DO MERCADO.................................................29 FLUXO DE COMERCIALIZAO DA PISCICULTURA PARANAENSE..................32 CONTROLE E PROFILAXIA DAS ENFERMIDADES DOS PEIXES NO PARAN...........................................................................................................................33 PESCA MARTMA NO PARAN-SEGMENTO ESTAGNADO....................................34 VALOR BRUTO DA PRODUO PARANAENSE DE PESCA E AQUICULTURA...............................................................................................................36 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.....................................................................................40

PESCA E AQUICULTURA2

Med.Vet. Guilherme Oscar Richter

PRINCIPAIS REAS DE PESCA NO MUNDO

Para fins de levantamento estatstico da produo de organismos aquticos no mundo, considera-se atualmente a existncia de vinte e sete principais reas de pesca. Estas, dividem-se em oito reas continentais, referentes s guas de cada um dos oitos continentes e em outras dezenove reas de pesca martima que esto distribudas nos oceanos: Atlntico, Indico, Pacfico e mares Austrais, assi m como em seus mares adjacentes. Os limites de cada uma destas regies ou reas encontram-se discriminados na carta mundial, conforme mapa 1 (FAO,1998).

Considerando-se o total da rea martima existente, igual a 361 milhes de km2, o oceano Pacfico participa com 46,6%, o Atlntico com 25,0%, e o Indico com 16,6%. Os mares Antrtico e rtico tem uma participao, respectivamente, de 9,8% e 2,0% do total mundial.

TABELA 01 PESCA MUNDO - PRINCIPAIS REAS MARTIMAS - 1996REAS MARTIMAS Atlntico Pacfico ndico Mar rtico Mar Antrtico TotalFonte: FAOElaborao: SEAB/DERAL

km2 (mil) 89.934 168.502 59.980 7.336 35.308 361.060

% 25,0 46,6 16,6 2,0 9,8 100,0

O tamanho e a participao percentual, de cada uma destas 27 principais reas de pesca no mundo, encontra-se na tabela 02. Observa-se que para as oito reas continentais definidas no esto disponveis as informaes do tamanho, constando apenas o nmero do cdigo, de forma a facilitar a identificao das mesmas no mapa 1.

TABELA 02 PESCA MUNDO - PRINCIPAIS REAS Cdigo 01 02 03 REAS frica Amrica do Norte Amrica do Sul km2 (mil) N.D N.D N.D % ------3

04 05 06 07 08 reas martimas 18 21 27 33 34 37 41 47 48 51 57 58 61 67 71 77 81 87 88FONTE: F.A.O N.D: No Determinado

sia Europa Oceania Ex - URSS Antrtida Total de 361.060 - com 100,0% Mar rtico Atlntico Noroeste Atlntico Noroeste Atlntico , Centro Ocidental Atlntico , Centro Oriental Mediterrneo e Mar Negro Atlntico Sudoeste Atlntico Sudeste Atlntico Antrtico Indico Ocidental Indico Oriental Indico Antrtico Pacifico Noroeste Pacifico Noroeste Pacifico Centro Ocidental Pacifico Centro Oriental Pacifico Sudoeste Pacifico Sudeste Pacifico AntrticoELABORAO: SEAB/DERAL

N.D N.D N.D N.D N.D 7.336 5.207 16.877 14.681 13.979 2.980 17.616 18.594 12.298 30.198 29.782 12.624 20.476 7.503 33.233 48.899 28.375 30.016 10.386

----------2,0 1,4 4,7 4,1 3,9 0,8 4,9 5,2 3,4 8,4 8,2 3,5 5,6 2,1 9,2 13,5 7,9 8,3 2,9

Segundo a FAO (1998), o total de capturas de organismos aquticos ocorridas no mundo, em 1996, foi igual a 94,6 milhes de toneladas. A produo oriunda de guas continentais representou 8,0% deste total, equivalentes a 7,55 milhes de toneladas, sendo o maior volume de guas martimas, totalizando 87,07 milhes de toneladas, equivalentes a 92,0% da produo mundial . O oceano Pacfico caracterizou-se como a principal rea de captura, participando com 59,0% do total mundial, vindo a seguir o Pacfico Norte, que concentrou 29,0% das capturas realizadas .

TABELA 03 ORGANISMOS AQUTICOS MUNDO - QUANTIDADE TOTAL DE CAPTURAS POR REA DE PESCA - 1996TABELA 03 QUANTIDADE TOTAL DE CAPTURAS, POR REA DE PESCA-1996REA GUAS CONTINENTAIS GUAS MARTIMAS Oceano Atlntico - Atlntico Norte - Atlntico Central QUANTIDADE (mil ton) 7.583 87.072 23.152 13.081 6.565 % 8,0 92,0 24,5 13,8 6,9 4

- Atlntico Sul Oceano Pacfico - Pacifico Norte - Pacifico Central - Pacifico Sul Oceano Indico Mares Austrais TOTAL MUNDIALTOTAL MUNDIALFONTE: F.A.O , 1988

3.612 55.921 27.847 10.407 17.667 7.888 111 94.625

3,8 59,1 29,4 11,1 18,7 8,3 0,1 100,0

ELABORAO:SEAB/DERAL

PRODUO E PRINCIPAIS PRODUTORES NO MUNDO

A produo mundial de organismos aquticos, considerando-se as principais espcies de peixes, crustceos, moluscos e outros, originrios tanto de gua doce como salgada, apresentou-se em elevao durante toda a dcada de 80, alcanando uma produo mxima em 1989, quando foram capturados 89,31 milhes de toneladas (F.A.O, 1998). No perodo de 90/91 foi decrescente, voltando, no entanto, a apresentar um crescimento partir de 1992. Em 1996, a produo total foi estimada em 94,62 milhes de toneladas, registrando um aumento de 11,2% nos ltimos 5 anos. Na tabela 04 esto relacionados os principais pases produtores, com a China apresentando a maior participao, igual a 15,0 % do total mundial. Destacam-se tambm, como grandes pases produtores, o Peru ( 10,1% ), Chile ( 7,1% ), Japo ( 6,3% ) e os Estados Unidos ( 5,3% ). O Brasil situa-se na 25? posi o, participando com apenas 0,8 % da produo mundial. Considerando-se os cinco principais pases produtores, em 1996, apenas a China apresentou aumento crescente de produo na ltima dcada. O Japo, que foi o maior produtor da dcada de 80, registrou uma reduo de 47,0% nos ltimos 10 anos, passando de 11,2 milhes de toneladas em 1987 para 5,96 milhes de toneladas em 1996 .

TABELA 04 ORGANISMOS AQUTICOS - MUNDO PRODUO DOS PRINCIPAIS PASES - 1987 ; 1991 - 1996 (TONELADAS )

5

PASESPASES CHINA PERU CHILE JAPO EUA RSSIA FED. INDONSIA NDIA TAILNDIA NORUEGA COR.DO NORTE IRLANDA FILIPINAS COR.POPULAR DINAMARCA MXICO ARGENTINA MALSIA ESPANHA TAIWAN CANADA BANGLADESH INGLATERRA VIETN MYAMAR BRASILBRASIL

1987 5.378.872 4.583.412 4.809.602 11.118.530 5.612.090 N.D. 2.207.147 2.133.575 2.631.986 1.893.115 2.399.248 1.632.064 1.648.587 1.654.252 1.681.973 1.352.757 559.427 859.751 1.253.360 936.641 1.556.577 666.788 916.513 731.804 680.371 934.852

1991 7.372.199 6.898.106 5.958.878 8.497.748 5.126.791 6.895.699 2.834.356 2.824.733 2.618.746 2.012.110 2.170.647 1.047.395 1.903.023 1.670.100 1.751.154 1.392.333 640.145 913.391 1.047.013 1.023.959 1.458.230 714.807 790.604 845.000 743.203 776.690

1992 8.322.552 7.502.066 6.433.314 7.683.899 5.190.717 5.507.465 2.889.044 2.844.102 2.875.456 2.430.611 2.320.560 1.574.682 1.881.935 1.699.100 1.953.834 1.188.012 704.425 1.025.289 1.084.022 1.063.947 1.291.999 736.630 813.083 895.279 748.124 760.290

1993 1994 1995 1996 9.351.437 10.866.836 12.562.706 14.222.306 9.003.509 11.999.217 8.937.342 9.515.048 5.948.451 7.720.578 7.433.864 6.692.653 7.247.828 6.617.308 5.967.290 5.964.090 5.522.917 5.535.349 5.224.567 5.000.799 4.370.009 3.705.082 4.311.809 4.675.731 3.085.045 3.319.629 3.509.427 3.729.810 3.118.815 3.209.969 3.219.583 3.491.998 2.927.868 3.012.503 3.202.350 3.138.244 2.415.118 2.333.100 2.525.078 2.638.464 2.257.193 2.357.745 2.319.928 2.413.769 1.715.581 1.556.962 1.612.548 2.060.168 1.834.692 1.852.439 1.861.927 1.790.385 1.701.000 1.719.500 1.764.550 1.725.000 1.613.906 1.873.335 1.999.033 1.681.517 1.146.857 1.190.392 1.288.849 1.422.768 931.551 948.745 1.147.315 1.237.822 1.049.321 1.067.650 1.112.375 1.130.689 1.092.831 1.129.960 1.143.820 1.055.314 1.133.676 967.209 1.010.021 967.483 1.131.484 1.022.747 868.086 900.806 793.954 821.050 851.362 874.347 860.200 877.931 909.902 867.773 910.000 951.500 888.600 811.000 771.799 750.820 758.214 804.830 749.740 789.235 770.780 798.719

SUB-TOTALSUB- 54.221.204 64.800.269 66.229.720 67.161.865 72.661.442 71.976.759 74.610.734 TOTAL TOTAL 84.968.400 85.088.400 86.208.800 87.278.800 92.682.900 93.001.100 94.628.400 MUNDIALTOTA L MUNDIAL

FONTE: FAO

Elaborao: SEAB/DERAL

PRINCIPAIS GRUPOS DE ESPCIES CAPTURADOS NO MUNDO

Durante o ano de 1996, do total de espcies ou grupos de espcies capturados, aqueles oriundos de reas continentais, de gua doce, representaram cerca de 6,9 % do total produzido mundialmente. O aumento de produo destas espcies, no perodo de 1990 a 1996, situou-se em 18,6 %. Considerando-se os grandes grupos de espcies de peixes, destas reas continentais, as Carpas e outros ciprinos, apresentaram significativo aumento no perodo (11,6 %), participando com 12,7% do total produzido.

6

TABELA 05 ORGANISMOS AQUTICOS MUNDO - PRODUO POR GRUPO DE ESPCIES DE GUA DOCE 1990 e 1996 (TONELADAS)GRUPOS DE ESPCIES DE GUA DOCEGRUPOS DE ESPCIES DE GUA DOCE PEIXE DIVERSOS CARPAS MOLUSCOS TILAPIAS E OUTROS CRUSTACEOS DIVERSOS RS E OUTROS ANFIBIOS SUB - TOTALSUB - TOTAL TOTAL MUNDIAL (1)TOTAL MUNDIAL (1)FONTE:FAO Elaborao: SEAB/DERAL

1990 3.793.704 748.398 358.504 471.519 165.981 3.363 5.541.466 85.880.200

1996 4.180.960 835.519 560.120 517.390 475.073 4.080 6.573.142 94.628.400

% 1996 4,42 0,90 0,60 0,55 0,50 0,01 6,95 100,00

(1) gua doce e martima

Das espcies martimas capturadas, o grupo dos Arenques, Sardinhas e Anchovas situam-se na primeira posio. O volume total pescado, destas espcies, estimado em 22,3 milhes de toneladas, em 1996, vm apresentando produo estvel nos ltimos 5 anos.

TABELA 06 ORGANISMOS AQUTICOS MUNDO - PRODUO POR GRUPO DE ESPCIES DE GUAS MARTIMAS - 1990 e 1996 (TONELADAS)

7

GRUPOS DE ESPCIES DE GUAS MARTIMASGRUPOS DE ESPCIES DE GUAS MARTIMAS ANCHOVAS,SARDINHAS,ARENQUES PEIXES MARINHOS DIVERSOS BACALHAU,MERLUSAS PEIXE GALO, CONGRIOS CAVALAS, P. SERRA, P. ESPADA ATUNS, BONITOS, AGULHAS LULAS,POLVOS CAMARES CARANGUEJOS, ARANHA DO MAR CRUSTACEOS MARINHOS MOLUSCOS MARINHOS SALMES , TRUTAS PEIXES PLANOS, LINGUADOS TUBARES, RAIAS SAVEL INVERTEBRADOS DIVERSOS VIEIRAS PEIXES DICONOS DIVERSOS LAGOSTAS MEXILHES OSTRAS OURIO DO MAR E OUTROS EQUINODERMOS ORELHAS DO MAR,BIGAROS KRILL, CRUSTACEOS PLANCTNICAS TARTARUGAS OUTROS SUB TOTAL TOTAL MUNDIAL (1)FONTE: FAO Elaborao: SEAB/DERAL

1990

1996

% 1996

22.322.452 10.040.615 11.583.222 5.728.805 3.550.999 4.401.736 2.355.487 1.968.664 875.448 464.688 663.428 911.198 1.215.100 687.353 657.498 150.981 532.507 412.227 212.646 256.611 129.715 95.033 77.241 374.856 1.837 1.080.383 80.338.734 85.880.200

22.323.319 11993.093 10.711.761 6.605.014 5.136.599 4.584.501 3.037.882 2.470.669 1.219.470 1.093.186 1.045.415 1.029.703 920.694 758.793 723.404 520.704 462.647 407.713 208.481 203.443 156.511 117.915 103.618 101.212 875 980.109 88.048.178 94.628.400

23,59 12,67 11,32 6,98 5,43 4,84 3,21 2,61 1,29 1,15 1,10 1,09 0,97 0,80 0,76 0,55 0,50 0,43 0,22 0,21 0,17 0,12 0,11 0,10 1,04 93,05 100,00

(1) gua doce e martima

Quando analisa-se a produo mundial, por espcie capturada, a Anchova ( Engraulis ningens ) situa-se como a principal, com uma produo total, em 1996, igual a 8,86 milhes de toneladas. Seguem-se as espcies Theragra chalcogramma (Abadejo do Alasca) e Trachurus murphyl ( Xixarro ), com volume mdio anual igual a 4,5 milhes de toneladas cada uma. Entre as principais espcies capturadas, o grupo das Sardinhas foi o que apresentou, nos ltimos 4 anos, a mais significativa queda, passando de 7,9 milhes de toneladas em 1992 para 4,4 milhes de toneladas em 1996, reduo de 44,0% no perodo.

TABELA 07 PESCADO MUNDO - PRINCIPAIS ESPCIES CAPTURADAS 1992 e 1996 (TONELADAS)ESPCIE NOME COMUM 1992 1996 % 96/92

8

Engraulis ningens Theragra chalcogramma Trachurus murphyi Clupea harengus Scomber japonicus Mallotus villosus Sardinops sagax Katsuwonus pelamis Gadus marhua Trichiuris lepturis Engraulis japonicus Sardina pilchardus Thunnus albacaresFONTE: F.A.O, 1998

Anchova Abadejo do Alasca Xixarro Arenque Cavala Capelin Sardinha Bonito Bacalhau Peixe Espada Anchova Sardinha AtumElaborao: SEAB/DERAL

6.157.269 4.986.664 3.376.607 1.546.460 963.302 2.115.140 3.052.212 1.428.882 1.180.043 829.880 662.540 1.158.570 1.133.804

8.644.576 4.533.222 4.378.843 2.330.528 2.167.885 1.527.068 1.493.936 1.479.907 1.329.177 1.275.150 1.254.487 989.228 985.460

40,4 -9,1 29,7 50,7 125,0 -27,8 -51,0 3,6 12,6 53,6 89,3 -14,6 -13,1

DESTINO E UTILIZAO DA PRODUO PESQUEIRA MUNDIAL

Considerando-se a produo mundial de organismos aquticos, incluindo a aquicultura (cultivada) e excetuando-se os mamferos (baleias, focas, etc) e plantas aquticas, o volume alcanado em 1996 chega a 121,0 milhes de toneladas, sendo 3,2% superior em relao produo de 1995. Na ultima dcada, o aumento da produo situou-se em 26,6%, pois, em 1987, foram produzidos cerca de 95,6 milhes de toneladas. Do total produzido em 1996, aproximadamente 75,0% foi direcionado para consumo humano, sendo destinado a venda nas formas: fresca, congelada, curada e em conserva, e o restante utilizado para outros fins, principalmente para a incorporao de produtos industrializados. As vendas do produto fresco predominam, participando com 32,0% do total comercializado, vindo a seguir o produto congelado, equivalentes a 22,8% do total.

Na tabela 8, observa-se que nos ltimos anos houve um aumento das vendas do produto fresco, com reduo do produto congelado. Enquanto que, em 1987, as vendas de produto fresco e congelados eram, respectivamente de 24,5 e 23,7%, em 1996 esta relao passou para 32,3% (fresco) e 22,8% (congelado).

TABELA 08 PESCADO MUNDO - UTILIZAO DA PRODUO 1987 ; 1995 e 1996 (MIL TONELADAS)UTILIZAO 1987 1995 1996 (%) 19 96 (%) 96/87

9

CONSUMO HUMANO Fresco Congelado Curado Conserva OUTROS FINS TOTAL MUNDIALFONTE: FAO, 1998

67.633 23.018 22.646 10.203 11.766 27.970 95.603

86.494 34.648 27.286 11.761 12.795 30.784 117.278

90.616 39.035 27.532 11.621 12.428 30.394 121.010

74,9 32,3 22,8 9,6 10,3 25,1 100,0

34,0 69,6 21,6 13,9 5,6 8,7 26,6

Elaborao: SEAB/DERAL

COMRCIO INTERNACIONAL DE PESCADOS ENCONTRA-SE ESTABILIZADO

A quantidade de pescados atualmente comercializada no mundo, representa 36,6% do total produzido. Em 1996 as exportaes internacionais foram de 44,3 milhes de toneladas, contra 44,5 milhes registradas em 1995. A melhor performance ocorreu em 1994, quando foram comercializados 46,1 milhes de toneladas mbito mundial.

TABELA 09 PESCADOS MUNDO - EVOLUO DAS EXPORTAES 1987 ; 1995 e 1996 (MIL TONELADAS)ITENS EXPORTAES % Em relao Produo TotalFONTE: FAO, 1998

1987 31.069 32,5

1995 44.504 37,9

1996 44.252 36,6

96/95 ? % 0,6 -

96/87 ? % 42,4 -

Elaborao: SEAB/DERAL

Em valor, o comrcio internacional de pescado foi equivalente a US$ 56,9 bilhes, em 1996, sendo o Japo o maior importador, participando com aproximadamente 30,0% do total importado mundialmente. Os Estados Unidos, Frana, Espanha e Itlia situam-se, da mesma forma, como importantes importadores. TABELA 10 - PESCADO MUNDO - EVOLUO DAS IMPORTAES, PRINCIPAIS PASES 1994 1996 (US$ 1.000) PASES 1994 1995 1996 % 96

10

JAPO EUA FRANA ESPANHA ITLIA ALEMANHA INGLATERRA HONG KONG DINAMARCA CHINA CANAD HOLANDA BRASIL (21) TOTAL MUNDIALFONTE: FAO, 1998

16.140.465 7.043.431 2.796.719 2.638.737 2.257.462 2.316.449 1.880.350 1.647.106 1.415.239 855.706 913.404 1.017.635 261.453 51.070.935Elaborao:SEAB/DERAL

17.853.487 7.141.428 3.221.298 3.105.684 2.281.316 2.478.817 1.910.091 1.831.511 1.573.732 941.293 1.034.070 1.191.857 397.574 56.045.224

.17.023.945 7.080.411 3.194.133 3.134..893 2.590.985 2.542.957 2.065.021 1.928.143 1.618.669 1.184.170 1.158.864 1.141.647 481.552 56.863.709

29,9 12,5 5,6 5,5 4,6 4,5 3,6 3,4 2,8 2,1 2,0 2,0 0,8 100,0

No tocante aos principais pases exportadores, a Tailndia situa-se na primeira posio, participando com 7,9% do total mundial. A seguir aparecem a Noruega (6,5%), Estados Unidos (6,0%), China (5,4%), Dinamarca (5,1%) e Canad (4,4%), como principais exportadores.

TABELA 11 - PESCADO MUNDO - PRINCIPAIS PASES EXPORTADORES - 1994 - 1996 - (US$ 1.000) PASES TAILNDIA NORUEGA EUA CHINA DINAMARCA CANAD TAIWAN CHILE RSSIA INDONSIA TOTAL MUNDIALFONTE: FAO, 1998

1994 4.190.036 2.735.485 3.229.585 2.320.125 2.359.034 2.182.078 1.804.050 1.303.974 1.720.459 1.583.416 47.205.280Elaborao: SEAB/DERAL

1995 4.449.457 3.122.602 3.383.585 2.835.021 2.459.629 2.314.413 1.698.227 1.704.260 1.635.145 1.666.752 51.474.671

1996 4.117.865 3.415.696 3.147.858 2.856.986 2.698.976 2.291.261 1.810.033 1.697.258 1.686.162 1.678.222 52.452.015

% 1996 7,9 6,5 6,0 5,4 5,1 4,4 3,5 3,2 3,1 3,0 100,0

Na tabela 12, encontra-se discriminado as importaes mundiais em 1996, considerando-se as principais espcies, de acordo com a forma de comercializao. Ressalta-se o valor mdio por tonelada do peixe Agulha, tanto na forma viva como fresca ou refrigerada, bem como a significativa cotao mdia recebida pela tonelada do Linguado fresco.

TABELA 12 - PESCADO MUNDO - IMPORTAES POR ESPCIES 1996 11

PRODUTOS VIVOS . Agulha . Trutas . Carpas . Outros Peixes FRESCOS OU REFRIGERADOS . Agulhas . Trutas . Salmo OUTRAS . Peixe da gua doce . Linguado . Peixes Planos . Bacalhau . Sardinhas . Outros . Bonitos . Atum branco . Outros atuns . Cavalas . Cao . Pescados em fil . Outros diversos ENLATADOS . Peixes diversos . Agulhas . Trutas . Salmo do Atlntico . Sola Europia . Linguados . Outros Peixes Planos . Bacalhau . Merluza . Outros Gadiformes

QUANTIDADE (Toneladas) 26.089 11.030 27.753 76.618 1.386 10.256 428.528 19.493 10.499 15.074 77.294 225.314 28.664 38.635 3.534 3.193 105.170 156.412 16.521 196.243 798.606 1.313.750 6.848 51.747 35.539 5.628 9.288 155.849 463.161 160.276 19.041

VALOR (US$ 1.000) 352.067 34.790 47.557 488.292 22.109 38.827 1.846.706 51.743 46.440 151.835 329.252 86.231 29.174 67.001 7.204 12.255 687.597 123.350 46.452 986.606 1.763.586 1.824.836 34.750 209.332 145.019 8.583 40.169 308.809 531.530 251.445 19.951

US$/Tonelada

13.495 3.154 1.715 6.373 15.952 3.786 4.309 2.654 4.423 10.073 4.260 541 878 1.734 2.038 3.612 6.538 789 2.812 5.027 2.208 1.389 5.074 4.045 4.081 1.528 4.325 1.981 1.148 1.569 1.048

PRODUTOS

QUANTIDADE (Toneladas)

VALOR (US$ 1.000)

US$/Tonelada

12

. Meros . Galos e Congrios . Arenques . Sardinhas . Outros Clupeodeos . Listados e Bonitos . Atum branco . Outros Atuns . Cavala . Cao . Pescado em fil . Outros pescados OUTROS PRODUTOS . Farinha de PescadoFONTE: FAO,1998

8.937 24.240 509.277 84.033 124.014 441.706 99.157 323.088 767.407 36.387 1.438.551 1.239.255 5.653Elaborao: SEAB/DERAL

44.922 569.639 377.376 55.466 73.750 432.452 229.817 1.146.144 615.682 95.047 4.350.391 2.113.574 -

5.027 2.789 741 660 595 975 2.318 3.547 802 2.612 3.204 1.706

PRODUO DA PESCA E AQUICULTURA NO BRASIL A produo brasileira oriunda, tanto da pesca extrativa como de cultivo do mar e de gua doce, considerando-se as ltimas quatro dcadas, apresentou, anualmente, contnuo crescimento at 1985, intercalando perodos de grandes saltos na quantidade produzida com outros, praticamente de estagnao. Segundo Neiva (1990), o primeiro impulso observado na produo de pescado, ocorreu aps a promulgao do Decreto Lei n. 221 (21/02/67) e relacionava-se concesso de incentivos fiscais. Essa poltica fez surgir um parque industrial e de processamento de pescado, permitindo a ocupao de novas reas de captura, possibilitando inclusive excedentes para exportao. Do final da dcada de 60 at o incio da dcada de 80, foi concedido atividade pesqueira nacional, atravs de incentivos fiscais, um volume mdio de R$ 68,5 milhes anuais. Outro fator importante, no incio da dcada de 80, foi a restrio importao de diversos produtos pelo pas, incluindo o pescado, levando, consequentemente, a um aumento da quantidade capturada nesse perodo.

Segundo alguns pesquisadores, essas medidas de incentivo levaram reduo dos estoques pesqueiros da costa martima brasileira, devido a sobre-pesca ocorrida no perodo. (Neiva, 1990; Paez, 1993 e Assunpo, 1995). Neste particular, as guas martimas brasileiras caracterizam-se por uma grande variedade de espcies de peixes, apresentando-se, no entanto, deficientes em nutrientes, alm do fato de suas correntes martimas apresentarem temperaturas e salinidades elevadas, fatores esses que acabam por limitar suas potencialidades pesqueiras ( Tremel, 1993). Na tabela 13, encontra-se a evoluo da produo brasileira de pescado, nas ltimas quatro dcadas. TABELA 13 - PESCA E AQUICULTURA BRASIL - EVOLUO DA PRODUO - 1960 ; 1970 ; 1980 - 1996 (TONELADAS)

13

ANO 1960 1970 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

GUAS CONTINENTAIS 54.845 103.477 186.712 197.353 206.423 205.625 211.513 211.085 207.175 219.669 205.175 219.487 204.877 203.766 200.491 204.068 203.589 233.824 262.509 256.366

% 19,5 19,7 22,7 23,7 24,8 23,3 22,1 21,7 22,0 23,5 24,7 27,5 32,0 30,3 29,9 30,2 29,0 35,8 37,9 35,0

GUAS MARTIMAS 220.566 421.981 635.965 635.811 627.510 675.344 747.395 760.452 734.573 715.183 627.987 579.151 435.418 467.744 469.842 472.373 479.662 419.086 430.663 475.894

% 78,4 80,2 77,3 76,3 75,2 76,7 77,9 78,3 78,0 76,5 75,3 72,5 68,0 69,7 70,1 69,8 68,4 64,2 62,1 65,0

TOTAL 281.512 526.292 822.677 833.164 833.933 880.969 958.508 971.537 941.712 934.852 830.102 798.638 640.295 671.510 670.333 676.441 701.251 652.910 693.172 732.259

% 86,9 56,3 1,3 0,1 5,6 8,8 1,3 -3,1 -0,7 -11,1 -3,8 -19,8 4,9 -0,2 1,0 3,7 -6,9 6,2 5,6

FONTE: IBAMA;FAO

Elaborao: SEAB/DERAL

Observa-se que a produo mxima de pescado ocorreu em 1985, quando foram produzidas 971,5 mil toneladas, sendo que, a partir deste ano registrou-se constantes quedas, at 1991, quando a quantidade total capturada alcanou o patamar de 671.510 toneladas; apresentando uma tendncia de crescimento nos prximos anos.

Considerando-se a produo mdia dos ltimos 10 anos, o produto oriundo de guas continentais (rios, lagos, etc) correspondeu a 31,2% do total, sendo que o pescado de reas martimas participou com 68,8% do total.

Em 1997, observou-se um incremento de 5,6% no total da produo em relao ao ano anterior, determinado, principalmente, pelo desempenho da pesca extrativa martima.

Ressalta-se que algumas espcies, cujo volume de desembarque muito significativo, tm clara influncia na oscilao observada. Cabe destaque, no caso Sardinha e ao Bonito listrado, cujos vol mes u de produo em 1997 cresceram em 17,5% e 30,7%, respectivamente. interessante registrar, tambm, que o direcionamento de grande parcela de seus desembarques, consolidou a posio de Itaja, em Santa Catarina, como principal porto pesqueiro do Pas.

Os cultivos, marinho e de gua doce, mantiveram a tendncia de crescimento expressivo, observada 14

nos ltimos anos.

Em contrapartida, alteraes climticas que interferiram, significativamente, no regime de chuvas, principalmente nas regies Norte e Nordeste, respondem pelo desempenho inferior da pesca extrativa de gua doce.

Cumpre salientar, ainda, que dados da pesca amadora e de subsistncia no constam no volume total estimado, face s naturais dificuldades para seu recolhimento. Este um trabalho de abrangncia geral, nos moldes da Estatstica de Pesca do IBGE, capaz de orientar, na medida do seu gradativo aprimoramento, formulao e aplicao de polticas essenciais ao conjunto da pesca, nos seus diversos segmentos.

A pesca extrativa martima nacional totalizou, em 1997, cerca de 465,7 mil toneladas, destacandose como principais estados produtores Santa Catarina, Rio de Janeiro, So Paulo, Bahia, Maranho e Rio Grande do Sul.

TABELA 14 - PESCA EXTRATIVA MARTIMA BRASIL PRODUO ESTIMADA DE PEIXES, CRUSTCEOS E MOLUSCOS - 1997 REGIES E UNIDADES DA FEDERAO BRASIL NORTE PAR AMAP NORDESTE MARANHO PIAU CEAR RIO GDE NORTE PARABA PERNANBUCO ALAGOAS SERGIPE BAHIA SUDESTE ESPRITO SANTO RIO DE JANEIRO SO PAULO SUL PEIXES (TONELADAS ) 398.960,5 32.631,0 29.365,0 3.266,0 94.923,5 29.161,5 846,0 14.627,5 8.657,0 5.607,5 4.253,0 4.255,5 839,5 26.676,0 118.595,0 8.082,5 71.680,5 38.832,0 152.811,0 CRUSTCEOS (TONELADAS) 61.166,5 5.572,5 5.226,5 346,0 35.669,5 10.842,5 1.386,0 4.392,5 1.560,0 1.465,5 951,0 2.000,5 2.403,0 10.668,5 6.054,0 774,5 1.873,0 3.406,5 13.870,5 MOLUSCOS TOTA L

(TONELADAS) (TONELADAS) 5.587,0 465.714,0 0 38.203,5 0 34.591,5 0 3.612,0 3.410,0 134.003,0 454,5 40.458,5 0 2.232,0 3,5 19.023,5 85,5 10.302,5 2,0 7.075,0 49,5 5.253,5 399,5 6.655,5 162,0 3.404,5 2.253,5 39.598,0 1.260,5 125.909,5 1,0 8.082,0 891,0 74.444,5 368,5 42.607,0 916,5 167.598,0 15

PARAN SANTA CATARINA RIO GDE DO SUL CENTRO OESTEFONTE: IBAMA

167,5 119.583,5 33.060,0 0Elaborao: SEAB/DERAL

1.206,5 6.850,0 5.814,0 0

1,5 890,5 24,5 0

1.375,5 127.324,0 38.898,5 0

A pesca extrativa de gua doce, no mesmo ano, foi estimada em 178,9 mil toneladas, destacando-se os estados de Amazonas e Par como principais produtores.

TABELA 15 - PESCA EXTRATIVA DE AGUA DOCE BRASIL PRODUO ESTIMADA DE PEIXES E CRUSTCEOS - 1997 REGIES E UNIDADES DA FEDERAO BRASIL NORTE RONDONIA ACRE AMAZONAS RORAIMA PAR AMAP TOCANTINS NORDESTE MARANHO PIAU CEAR RIO GDE NORTE PARABA PERNANBUCO ALAGOAS SERGIPE BAHIA SUDESTE MINAS GERAIS ESPRITO SANTO RIO DE JANEIRO PEIXES ( CRUSTCEOS ( TOTAL TONELADAS ) TONELADAS ) (TONELADAS) 176.714,0 2.157,0 178.871,0 97.405,5 559,0 97.964,5 4.450,0 0,0 4.450,0 1.314,0 0,0 1.314,0 48.270,0 0,0 48.270,0 119,0 0,0 119,0 36.026,0 459,0 36.485,0 5.552,0 100,0 5.652,0 1.674,5 0,0 1.674,5 44.878,0 1526,0 46.404,0 17.280,5 432,5 17.713,0 1.741,5 51,0 1.792,5 7.802,5 556,0 8.358,5 2.915,0 70,5 2.985,5 1.544,0 142,5 1.687,0 2.660,0 70,0 2.730,0 356,5 60,5 417,0 310,0 143,0 453,0 10.267,5 0,0 10.267,5 19.695,5 72,0 19.767,5 7.363,0 0,0 7.363,0 496,5 72,0 568,5 1.087,0 0,0 1087,0 16

SO PAULO SUL PARAN SANTA CATARINA RIO GDE DO SUL CENTRO OESTE MATO GROSSO SUL MATO GROSSO GOIS DISTRITO FEDERALFONTE:IBAMA

10.749,0 3.656,0 1.494,0 48,5 2.113,5 11.079,0 4.096,0 5.456,0 1.300,0 227,0Elaborao: SEAB/DERAL

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

10.749,0 3.656,0 1.494,0 48,5 2.113,5 11.079,0 4.096,0 5.456,0 1.300,0 227,0

Considerando-se a aquicultura brasileira, tanto martima como de gua doce, a produo estimada totalizou, respectivamente, 10,2 mil toneladas e 77,5 mil toneladas em 1997. No segmento do cultivo martimo, destaca-se o estado de Santa Catarina como maior produtor, responsvel por 64,6% do total nacional, situando-se tambm como importantes estados cultivadores a Bahia e o Rio Grande do Norte.

TABELA 16 - AQUICULTURA MARTIMA BRASIL PRODUO ESTIMADA DE PEIXES, CRUSTCEOS E MOLUSCOS - 1997REGIES E UNIDADES DA FEDERAO PEIXES ( TONELADAS ) CRUSTCEOS ( TONELADAS ) MOLUSCOS (TONELADAS) TOTAL (TONELADAS)

BRASIL NORTE PAR NORDESTE MARANHO PIAU CEAR RIO GDE NORTE PARABA PERNANBUCO SERGIPE BAHIA SUDESTE ESPRITO SANTO SO PAULO SUL PARAN SANTA CATARINA RIO GDE DO SUL CENTRO OESTEFONTE: IBAMA

2,5 0,0 0,0 2,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Elaborao: SEAB/DERAL

3.613,0 30,0 30,0 3.520,0 120,0 244,0 262,0 1.152,0 227,0 63,0 2,0 1.450,0 21,0 0,0 21,0 42,0 30,0 12,0 0,0 0,0

6.564,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 33,5 5,0 28,5 6.531,0 0,0 5.631,0 0,0 0,0

10.180,0 30,0 30,0 3.522,5 120,0 244,0 262,0 1.152,0 227.0 63,0 4,5 1.450,0 54,5 5,0 49,5 6.573,0 30,0 6.543,0 0,0 0,0

17

A aquicultura de gua doce, aparece como de grande expresso nos estados da regio Sul, sendo que no ano de 1997 o maior produtor foi o Rio Grande do Sul, vindo a seguir os estados do Paran e Santa Catarina. O estado de So Paulo destaca-se da mesma forma como importante produtor, situando-se na quarta posio no ranking nacional.

TABELA 17 - CULTIVO DE AGUA DOCE BRASIL PRODUO ESTIMADA DE PEIXES, CRUSTCEOS E ANFBIOS - 1997 REGIES E UNIDADES DA FEDERAO BRASIL NORTE RONDONIA ACRE AMAZONAS PAR AMAP TOCANTINS NORDESTE MARANHO PIAU CEAR RIO GDE NORTE PARABA PERNANBUCO ALAGOAS SERGIPE BAHIA SUDESTE MINAS GERAIS ESPRITO SANTO RIO DE JANEIRO SO PAULO SUL PARAN SANTA CATARINA RIO GDE DO SUL CENTRO OESTE MATO GROSSO SUL MATO GROSSO GOIS DISTRITO FEDERALFONTE: IBAMA

PEIXES CRUSTCEOS ANFBIOS TOTAL (TONELADAS) (TONELADAS) (TONELADAS) (TONELADAS) 76.525,5 445,5 522,5 77.493,5 3.443,0 3,0 1,0 3.447,0 1.356,0 0,0 0,0 1.356,0 480,0 0,0 0,0 480,0 240,0 0,0 0,0 240,0 750,0 0,0 0,0 750,0 17,0 0,0 0,0 17,0 600,0 3,0 1,0 604,0 3.808,0 283,0 3,0 4.094,0 280,0 0,0 0,0 280,0 324,0 0,0 0,0 324,0 245,0 15,0 3,0 263,0 30,0 0,0 0,0 30,0 60,0 0,0 0,0 60,0 377,0 57,0 0,0 434,0 226,5 211,0 0,0 437,5 105,5 0,0 0,0 105,5 2.160,0 0,0 0,0 2.160,0 16.620,5 147,0 386,5 17.154,0 5.000,0 0,0 63,0 5.063,0 930,0 120,0 8,5 1.058,5 765,5 27,0 95,0 887,5 9.925,0 0,0 220,0 10.145,0 43.473,0 2,5 14,5 43.490,0 13.661,0 0,0 0,0 13.661,0 12.369,0 2,5 14,5 12.386,0 17.443,0 0,0 0,0 17.445,0 9.181,0 10,0 117,5 9.308,5 610,5 0,0 0,0 610,5 6.465,0 0,0 0,0 6.465,0 1.951,0 10,0 75,0 2.036,0 154,5 0,0 42,5 197,0Elaborao: SEAB/DERAL

18

COMPLEXO INDUSTRIAL DE PESCADO NO BRASIL

As primeiras indstrias de pescado no Brasil instalaram-se na regio sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ocorrendo uma predominncia em relao a produtos congelados e salgados. O fator importante para esta maior participao da regio sul, deve-se ao fato de que a produo de pescado de guas martimas localizadas prximas aos plos, ocorre em maiores quantidades de indivduos por cardume, elevando assim a produtividade e a rentabilidade da atividade nestas regies. Por outro lado, as reas mais prximas ao equador, possuem menor bio-diversidade de espcies, mas reduzido nmero por espcie (cardumes menores). O estado de Santa Catarina lidera em nmero de estabelecimentos industriais, participando com aproximadamente 20,0% do total nacional, na segunda posio encontra-se So Paulo, 18,0% do total nacional, tendo quase o dobro de estabelecimentos em relao ao terceiro maior produtor que o Rio grande do Sul. Os seis maiores estados produtores respondem por 72,0% dos estabelecimentos inspecionados .

TABELA 18 INDSTRIAS ESTABELECIMENTOS - 1995ESTADOS SANTA CATARINA SO PAULO RIO GRANDE DO SUL RIO DE JANEIRO PAR CEAR OUTROS TOTALFONTE: MAA; BNDES

DE

PESCADO

BRASIL - NMERO

DE

N INDSTRIAS 55 49 27 26 24 19 77 277Elaborao: SEAB/DERAL

PARTICIPAO % 19,9 17,7 9,7 9,4 8,7 6,9 24,7 100,0

O nmero de indstrias de pescado no Brasil, vem apresentando decrscimo, nos ltimos dez anos, ocorrendo maior reduo nas fbricas de conserva e barcos- fbrica (Tabela 13). Na dcada de 80, predominava a industrializao de pescados inteiros e frescos, com baixo nvel de elevao e agregao de valor dos produtos, tendo a indstria de conservas, principalmente das sardinhas, papel fundamental. Atualmente, com a reduo da oferta desta espcie no total capturado, vem ocorrendo maior diversificao com outras espcies mais abundantes, destacando-se o atum e o camaro.

Os subprodutos no comestveis, como farinha, iscas e resduos, representam 13,0% da produo total inspecionada, sendo q ue, a farinha de pescado, responde por apenas 5,0%, devido a pouca relevncia deste produto, no mbito nacional, na elaborao de rao animal, com predominncia da 19

utilizao do farelo de soja, como componente protico.

TABELA 19 - INDSTRIA DE PESCADOS E DERIVADOS BRASIL -EVOLUO DO NMERO DE EMPRESAS, COM INSPEO FEDERAL - 1982 -1986 e 1995INDSTRIAS Entreposto de pescado Fbrica de conserva Produtos no comestveis Barcos - fbrica TOTALFONTE: MAA.

1982 193 103 9 15 320

1983 199 104 5 18 326

1984 211 104 4 14 333

1985 216 105 4 18 343

1986 215 101 4 18 338

1995 199 66 4 12 281

% 95/86 -7 -35 -33 -18

Elaborao: SEAB/DERAL

EXPORTAES E IMPORTAES BRASILEIRAS DE PESCADO No Brasil, o comportamento da balana comercial de pescado caracterizou-se por um supervit, at 1988, quando comeou a apresentar dficit sucessivos.

Segundo Faveret e Siqueira (1996), uma das principais causas, desta inverso na balana, foi a abertura econmica brasileira, pois, com o baixo nvel de oferta nacional, associado a liberdade de importao, as indstrias passaram a preferir o produto de outros pases. As importaes brasileiras concentram-se principalmente nos produtos: fil de Merluza que vem apresentando significativo crescimento nos ltimo anos, face ao preo acessvel e regularidade de oferta ao longo do ano; o grupo das Sardinhas, principalmente na forma de enlatados, diminuindo o produto congelado para as indstrias locais; destaca-se tambm a importao de pescados secos (Bacalhau) e, ultimamente, vm apresentando significativo crescimento a importao de Salmo, originrio do Chile. O principal pas fornecedor para o Brasil de pescados a Argentina, respondendo por aproximadamente 68,0% do total importado. As exportaes brasileiras destinam-se principalmente para os Estados Unidos e Unio Europia, destacando-se os produtos: Camaro, Lagosta, Fil de pescado, Pargo e Piramutaba. ( Faveret e Siqueira, 1996).

Segundo dados do BNDES, a cadeia da pesca, participou com menos de 2% do total de recursos disponibilizados para o setor agropecurio, no perodo 1990/96. Em 1996, do total de US$ 726 milhes aplicados no segmento agropecurio, cerca de 16 milhes destinaram-se ao segmento de pesca e aquicultura, sendo que destes; 81,0% foram canalizados para o setor de aquicultura e 19,0% para a industria de pescado. O setor de captura (aquisio de embarcaes) foi pouco beneficiado, principalmente em funo da crise que o setor atravessa nos ltimos anos, associado a incompatibilidade entre o custo financeiro e o retorno da atividade e conseqente retrao dos agentes financeiros. TABELA 20 - PESCA E AQUICULTURA BRASIL - EVOLUO DOS RECURSOS APLICADOS PELO BNDES 1990 1996 (US$ 1000) ITEM 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996

20

Aquicultura Indstria Captura

120 2.268 0

1.211 876 0

6.562 4.036 0

1.404 1.504 0

1.869 1.312 0

4.306 2.834 136

13.028 3.106 94

SUBTOTAL (A) Agropecurio (B) % (A/B)FONTE: BNDES

2.388 130.143 1,8

2.087 227.729 0,9

10.598 473.249 2,2

2.908 595.411 5,5

3.182 1.094.039 0,3

7.277 799.633 0,9

16.228 726.305 2,2

Elaborao: SEAB/DERAL

PISCICULTURA NACIONAL EM CRESCIMENTO

Em razo da sobre explorao do recurso pesqueiro martimo, principalmente em relao s espcies de peixes de maior valor comercial, associado a maior competitividade do produto importado e a falta de uma poltica efetiva para o setor de pesca extrativa marinha, o segmento de piscicultura de gua doce vm apresentando significativo crescimento nos ltimos anos. A produo total de peixes cultivados no Brasil, das diferentes espcies, atingiu o patamar de 76,5 mil toneladas em 1997. O estado do Rio Grande do Sul, at o ano de 1997, situava-se como o maior produtor nacional (18,3%), vindo a seguir o Paran (14,3%) e Santa Catarina (13,0%), caracterizando a regio sul como o maior polo da piscicultura de gua doce do pas. Em 1998, o Paran passou a ocupar a primeira posio no ranking nacional, ultrapassando portanto o Rio Grande do Sul, sendo produzidos 16.417 toneladas de peixes cultivados.

A produo total nacional, em 1998, est estimada em 88,5 mil toneladas de peixes cultivados, representando um crescimento de 15,0% em relao ao ano anterior. TABELA 21 PISCICULTURA BRASIL - EVOLUO DA PRODUO 1997/98 1998/99 (TONELADAS) PRINCIPAIS ESTADOS 1997/98 1998/99 (1)

Rio Grande do Sul Paran Santa Catarina So Paulo Mato Grosso Minas Gerais Bahia GoisBRASILFONTE: IBAMA; EMATER/PR;; EPAGRI/SC; EMATER/RS.

17.443 13.661 12.370 9.925 6.465 5.000 2.160 1.95176.525

15.057 16.417 14.400 11.500 7.200 5.580 2.888 2.45088.500Elaborao :SEAB/DERAL

(1) Estimativa Considerando-se as principais espcies cultivadas no pas, em 1997, as Carpas aparecem na primeira posio representando 45,7% do total. A seguir situa-se a Tilpia (27,3%) e o Pac (9,5%), 21

destacando-se tambm o Tambaqui e o Bagre Africano.

TABELA 22 - PISCICULTURA BRASIL - PRINCIPAIS ESPCIES CUL TIVADAS - 1997ESTADOS RIO GRANDE DO SUL PARAN SANTA CATARINA SO PAULO MATO GROSSO MINAS GERAIS BRASIL % CARPA 15.699 2.117 6.560 4.720 1.845 35.013 45,7 TILPIA 698 8.866 2.768 4.420 2.670 20.877 27,3 PAC 1.440 233 235 4.300 145 7.253 9,5 TAMBAQU BAGRE I AFRICANO 560 22 1.300 1.250 140 4.045 5,3 3.966 5,2 OUTROS 1.048 678 1.487 550 915 200 5.372 7,0 TOTAL 17.443 13.661 12.370 9.925 6.465 5.000 76.526 100,00

FONTE: IBAMA; EMATER/PR

Elaborao: SEAB/DERAL

Segundo BORGHETI et al.(1996), a produtividade mdia da piscicultura no Brasil situa-se em 810 Kg/ha/ano, enquanto que em pases onde a atividade est consolidada, a produtividade mdia chega a 10.000 Kg/ha/ano. A proposta do Plano Diretor da Aquicultura Nacional, de aumentar a produo brasileira para cerca de 200 mil toneladas, nos prximos 5 anos.Com a organizao da Cadeia Produtiva do Setor Aqucola, espera-se uma evoluo da receita para R$ 566 milhes/ano em 2.001, contra R$ 100 milhes estimados em 1996. Atualmente, a expanso da aquicultura nacional vem ocorrendo de forma desarticulada, sem o devido respaldo de profissionais ligados produo, industrializao e comercializao de produtos aqucolas.

PISCICULTURA PARANAENSE EM EXPANSO

No Paran a piscicultura foi efetivamente implantada na dcada de 80, atravs da construo do Centro de Pesquisa em Aquicultura CPA, no municpio de Toledo, pela Superintendncia de Recursos Hdricos e Meio Ambiente - SURHEMA, atualmente Instituto Ambiental do Paran IAP.

No mesmo perodo, foram criadas, pela SUDEPE/IBAMA, estaes de alevinagem nos municpios de Francisco Beltro, Paranava e Loanda, sendo que em Jaguariaiva, a Companhia de Desenvolvimento do Paran CODAPAR foi responsvel pela criao da estao (SUGAI, 1996). A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paran, instituiu, em 1987, o Programa de Pesca e A quicultura, objetivando a organizao e profissionalizao dos produtores, como forma de incrementar a produo agrcola tanto em quantidade como qualidade. 22

Segundo MUELHMANN (1999), no Paran o nmero de piscicultores no Paran atingiu o total de 22.046, em 1998, utilizando uma rea de lmina dagua igual a 8.103 ha, o equivalente a 3.675 m2 por produtor.

TABELA 23 - PISCICULTURA PARAN - NMERO DE PISCICULTORES, REA TOTAL DE LMINA DGUA E REA MDIA POR PRODUTOR 1997/98N TOTAL PRODUTORES RURAIS N DE PISCICULTORES PRODUTORES COM PISCICULTURA (%) REA TOTAL DOS TANQUES (ha) REA MDIA POR PRODUTOR (M )

REGIO

PARANAGU CURITIBA UNIO DA VITRIA PONTA GROSSA GUARAPUAVA IVAIPOR IRATI LAPA UMUARAMA PARANAVA MARING LONDRINA CORNLIO PROCPIO STO ANTNIO DA PLATINA PATO BRANCO FRANCISCO BELTRO CASCAVEL TOLEDO CAMPO MOURO APUCARANA

TOTALFONTE: EMATER/PR

4.713 28.166 12.901 26.191 37.141 29.068 17.883 11.746 29.926 11.251 15.413 11.531 13.283 23.578 18.637 29.328 31.938 27.901 24.796 9.410 414.501

138 1.544 1.537 1.464 1.005 878 1.253 1.017 322 78 298 167 528 772 2.409 2.974 2.970 1.731 840 121 22.046

2,93 5,48 11,91 5,59 2,71 3,02 7,01 8,66 1,09 0,69 1,93 1,45 3,98 3,27 12,93 10,14 9,30 6,20 3,39 1,29 5,32

146 568 431 338 186 281 133 162 201 79 220 130 549 346 801 527 883 1.449 615 59 8.103

10.580 3.679 2.804 2.309 1.851 3.200 1.061 1.593 6.242 10.128 7.383 7.784 10.398 4.482 3.325 1.772 2.973 8.371 7.321 4.876 3.675

Elaborao: SEAB/DERAL

A regio Oeste destaca-se como a maior rea de cultivo concentrando 3.660 ha de lmina dagua, com uma produo efetiva de 8.883 toneladas de peixes, representando, desta forma, 54,0% da produo 23

estadual. A regio Norte situa-se como o segundo maior polo produtor, cuja rea de cultivo totaliza 2.480 ha, para uma produo efetiva de 6.083 toneladas, o equivalente a 37,0% da produo paranaense de peixes cultivados. A produtividade mdia do estado, em 1998, foi de 2.026 kg/ha, apresentando nos dois principais plos pisccolas, uma mdia de 2.400 kg/h, bem acima da mdia nacional.

TABELA 24 - PISCICULTURA PARAN - PRODUO, REA DE CULTIVO E PRODUTIVIDADE MDIA, POR REGIO 1998 POLOS REGIONAIS LITORAL SUL NORTE OESTE ESTADOFONTE: EMATER/PR

PRODUO (toneladas) 227 1.243 6.083 8.883 16.417

REA DE CULTIVO (ha) 146 1.868 2.480 3.660 8.103

PRODUTIVIDADE ESTIMADA (kg/ha) 1.555 665 2.453 2.427 2.026

Elaborao: SEAB/DERAL

Considerando-se a produo estadual de peixes cultivados, o grupo das Tilpias participou com 64,9 %, vindo a seguir as Carpas, representando 15,5 % do total. Destaca-se, tambm, o CatFish com participao de 4,1 % .

TABELA 25 - PISCICULTURA PARAN - VOLUME DE PEIXES COMERCIALIZADOS E PRINCIPAIS ESPCIES PRODUZIDAS - 1998 NCLEOS REGIONAIS VOLUME COMERCIALIZADO (Toneladas/ano) CARPAS ESPCIES (%) TILPIAS CATFISH NATIVOS E OUTROS

24

PARANAGU CURITIBA UNIO DA VITRIA PONTA GROSSA GUARAPUAVA IVAIPOR IRATI LAPA UMUARAMA PARANAVA MARING LONDRINA CORNLIO PROCPIO STO ANTONIO DA PLATINA PATO BRANCO FRANCISCO BELTRO CASCAVEL TOLEDO CAMPO MOURO APUCARANA TOTALFONTE: EMATER/PR

227 371 205 220 169 330 116 166 638 152 557 437 2.318 889 573 432 2.052 5.826 582 180 16.417

7,7 46,9 75,0 36,3 26,8 28,7 24,5 80,4 14,5 14,3 12,8 23,4 9,5 19,4 34,0 31,4 13,3 6,7 19,0 14,0 15,5

14,0 30,1 4,3 34,0 46,5 58,1 37,8 11,4 70,6 56,3 56,4 54,1 39,8 35,2 47,4 55,5 73,7 90,3 52,8 69,8 64,9

45,7 10,0 18,1 3,3 19,1 0,3 20,4 7,6 2,0 6,3 0,7 2,8 7,1 1,2 9,3 3,7 1,4 5,9 3,9 4,1

32,6 13,0 2,6 26,5 7,6 12,8 17,3 0,6 12,9 29,5 24,6 21,8 47,8 38,3 17,4 3,7 9,3 1,6 22,4 12,3 15,5

Elaborao: SEAB/DERAL

No tocante ao segmento de produo de alevinos, em 1998 o estado possua 97 produtores, responsveis por um volume total comercializado de 168,9 milhes de unidades. A regio de Toledo, destacou-se como maior centro produtor, responsvel por 70,0% da quantidade comercializada naquele ano.

TABELA 26 - ALEVINOS PARAN - NMERO DE PRODUTORES, REA DE TANQUES E VOLUME COMERCIALIZADO 1998 REGIO NMERO DE PRODUTORES REA DE TANQUES (ha) VOLUME COMERCIA LIZADO (Mil Unidades)

25

PARANAGU CURITIBA UNIO DA VITRIA PONTA GROSSA GUARAPUAVA IVAIPOR IRATI LAPA UMUARAMA PARANAVA MARING LONDRINA CORNLIO PROCPIO STO ANTONIO DA PLATINA PATO BRANCO FRANCISCO BELTRO CASCAVEL TOLEDO CAMPO MOURO APUCARANA TOTALFONTE: EMATER/PR

3 6 2 1 2 4 2 1 3 2 6 4 4 4 3 7 37 4 2 97

22 4 8 1 4 9 7 15 4 5 29 13 3 9 4 18 115 5 5 281

7.300 345 250 70 350 590 1.000 370 2.800 18.650 6.800 110 2.880 600 5.745 119.896 925 270 168.951

Elaborao :SEAB/DERAL

COMERCIALIZAO ASPECTOS DO MERCADO

Segundo SUGAI (1996), o maior volume da produo cultivada de peixe do Paran comercializado junto empresas rurais de esporte e lazer (PesquePague), localizados no prprio estado, bem como em So Paulo, principalmente. O acentuado crescimento da explorao deste nicho de mercado, tem sido o principal fator na determinao e formao do preo mdio da produo oriunda da piscicultura. Pois, a cotao , considerando-se a mdia dos preos recebidos pelo piscicultores, 45,0% superior quela praticada pelo segmento industrial, ou seja, R$ 1,60/kg pagos pela empresas de pesque pague, contra, R$ 1,10/kg pagos pelas indstrias de filetagem.

TABELA 27 - PISCICULTURA PARAN - DESTINO DA PRODUO 1997DESTINO PESQUE PAGUE INDSTRIA VAREJO E OUTROS TOTALFONTE: EMATER/PR

QUANTIDADE (toneladas) 7.513 956 5.192 13.661Elaborao: SEAB/DERAL

% 55,0 7,0 38,05 100,0

Esta situao de mercado tem dificultado a alavancagem do segmento industrial no Paran, pois, as indstrias se limitam atualmente produo de fils de Tilpia, cujo processamento gera um aproveitamento, em relao ao peso inicial, de apenas 35,0%, no havendo uma utilizao do restante do pescado, elevando, desta forma, o preo final ao consumidor (SUGAI, 1996). Atualmente, poucas indstrias de filetagem encontram-se em operao no estado, sendo as principais a FRIGOPEIXE em Toledo, a PATOPEIXE em Pato Branco e a PISCES no municpio de Bragantina. Segundo informaes do setor, a capacidade ociosa atual encontra-se em 60,0%, devido, principalmente, a escassez de matriaprima, a preos compatveis, para a viabilizao deste segmento. 26

TABELA 28 - PESCADO CULTIVADO PARAN - PRINCIPAIS INDSTRIAS 1999 EMPRESA PATOPEIXE PASTAMEC IVAIR ECRETZ PISCES FRIGOPEIXE GOOD LIFE PEIXES PESCADOS GARBOSAFONTE: SEAB/DERAL

MUNICPIO Pato Branco Pato Branco Itapejara Bragantina Toledo Dois Vizinhos Dois VizinhosElaborao: SEAB/DERAL

CAPACIDADE INSTALADA (Toneladas/ano) 650 300 100 800 950 150 150

O segmento de pesque-pague caracteriza-se, portanto, como o maior comprador da produo paranaense e, devido ao crescimento ocorrido nos ltimos anos, tem sido o determinante da rentabilidade favorvel do setor. No entanto, a tendncia de estabilizao deste importante canal de comercializao, tendo ocorrido j uma seleo devido a aspectos de demanda e competitividade.

Na tabela 29, observa-se a evoluo do nmero de pesque-pague no Paran. Em 1997, o aumento deste setor, em relao ao ano anterior, chegou a 88,0%, sendo que no ano de 1998 o crescimento foi de apenas 9,0%, quando comparado a 1997. TABELA 29 1995 - 1998 - PESQUE-PAGUE - PARAN - EVOLUO DO NMERO DE ESTABELECIMENTOS -

REGIO PARANAGU CURITIBA UNIO DA VITRIA PONTA GROSSA GUARAPUAVA IVAIPOR IRATI LAPA UMUARAMA PARANAVA MARING LONDRINA CORNLIO PROCPIO S. ANTONIO DA PLATINA PATO BRANCO FRANCISCO BELTRO CASCAVEL TOLEDO CAMPO MOURO APUCARANA TOTAL

1995 9 21 1 1 4 1 9 9 8 7 3 5 9 6 6 9 11 5 124

1996 8 34 3 13 6 11 11 8 34 14 16 20 8 30 40 29 15 300

1997 15 90 9 29 14 18 12 14 36 15 42 29 19 37 15 18 50 36 44 23 565

1998 13 112 7 35 19 18 14 18 39 15 51 37 20 41 13 23 49 34 36 24 618

27

Estimativa de volume comercializado (t/ano)

1.126

2.257Elaborao: SEAB/DERAL

4.029

4.535

FONTE: EMATER/PR1998; SEAB/DEPEC-1995

As principais regies do estado, onde se concentrou o maior nmero de estabelecimentos de pesque- pague e, consequentemente, as maiores reas de tanques e volumes comercializados, no ano de 1998, foram: Curitiba, Maring, Santo Antonio da Platina e Cascavel , sendo, juntos, responsveis por 53,0% do total comercializado por este segmento do mercado.

TABELA 30 - PESQUE-PAGUE PARAN NMERO, REA ALAGADA E VOLUME DE PEIXES COMERCIALIZADOS - 1998REGIO PARANAGU CURITIBA UNIO DA VITRIA PONTA GROSSA GUARAPUAVA IVAIPOR IRATI LAPA UMUARAMA PARANAVA MARING LONDRINA CORNLIO PROCPIO STO ANTONIO DA PLATINA PATO BRANCO FRANCISCO BELTRO CASCAVEL TOLEDO CAMPO MOURO APUCARANA TOTALFONTE: EMATER/PR

NMERO 13 112 7 35 19 18 14 18 39 15 51 37 20 41 13 23 49 34 36 24 618

REA DOS TANQUES (ha) 14,40 94,90 16,50 39,20 16,28 16,80 17,20 26,90 23,77 16,00 70,35 31,40 20,50 35,98 12,50 25,85 66,88 51,60 49,80 16,60 653,40

VOLUME COMERCIA LIZADO (toneladas) 42 813 7 173 98 117 85 94 280 82 621 350 160 509 121 118 430 215 304 139 4.535

Elaborao: SEAB/DERAL

FLUXO DE COMERCIALIZAO DA PISCICULTURA NO PARAN

Segundo levantamento preliminar, efetuado pela SEAB/DEFIS/DDSA e considerando-se o primeiro quadrimestre de 1999, o Paran caracteriza-se como importante exportador no segmento de 28

piscicultura. De janeiro a abril deste ano foram comercializados para outros estados, cerca de 1.028 toneladas de peixes, sendo 84,0% para a finalidade de abate. O estado de So Paulo situa-se como o principal destino do produto paranaense (89,0%), vindo em segundo lugar o Rio Grande do Sul, participando com 5,6% do total de peixes comercializados. No item alevinos, no mesmo perodo foram vendidos 1,34 milhes de unidades, com So Paulo adquirindo 52,3% do total, vindo a seguir Minas Gerais (14,7%), Santa Catarina (13,9%), Rio Grande do Sul (13,8%) e Mato Grosso do Sul (8,4%), conforme demonstrado na tabela 31.

TABELA 31 - PEIXES E ALEVINOS PARAN - EXPORTAO POR DESTINO JANEIRO a ABRIL - 1999 DESTINO SO PAULO MINAS GERAIS SANTA CATARINA RIO GRANDE DO SUL MATO GROSSO DO SUL RIO DE JANEIRO MATO GROSSO GOIS TOTALFONTE: SEAB/DEFIS/DDSA

PEIXE ABATE (kg) 832.494 21.265 4.200 800 6.900 1.200 866.859

PEIXE CRIA/ENGORDA (kg) 86.988 6.600 9.840 52.440 5.000 280 160.868

ALEVINOS (unidades) 701.300 197.000 187.200 143.285 112.700 1.341.485

Elaborao: SEAB/DERAL

Pelo lado das importaes, de janeiro a abril, foram internalizadas no estado cerca de 19 toneladas de peixes, direcionados para cria e engorda. O maior fornecedor foi o Mato Grosso do Sul, respondendo por 72,0% do total, aparecendo Santa Catarina na segunda posio, com 19,0%. No tocante a alevinos, o Paran importou, no mesmo perodo, 98,5 mil unidades, sendo So Paulo o maior fornecedor (71,8%),e o Mato Grosso do Sul, fornecendo os 28,2% restantes.

TABELA 32 - PEIXES E ALEVINOS PARAN - IMPORTAO POR ORIGEM JANEIRO a ABRIL 1999 ORIGEM SO PAULO MATO GROSSO DO SUL SANTA CATARINA RIO GRANDE DO SULFONTE: SEAB/DEFIS/DDSA

PEIXE CRIA/ENGORDA (kg) 1.500 13.000 3.600 260Elaborao: SEAB/DERAL

ALEVINOS (unidade) 70.740 27.800 -

CONTROLE E PROFILAXIA DAS ENFERMIDADES DOS PEIXES NO PARAN 29

O Programa Estadual de Controle e Profilaxia das Enfermidades dos Peixes foi criado pela Lei n 11.504, de 06/08/96 e regulamentado pelo Decreto n 2.792, em 27/12/96, cabendo ao DEFIS/DDSA normatiza-lo por meio de Resoluo do Secretrio de Estado, sendo que este documento preliminar est em fase de anlise, naquela Diviso. O Programa Estadual define que a Defesa Sanitria Animal tem sua atuao, prioritariamente, dirigida ao segmento de produo de alevinos, qualificando a condio sanitria destes estabelecimentos em preparao uma Certificao Sanitria. Esta atividade teve incio no 1 semestre de 1999, com a aplicao do Laudo de Inspeo Inicial para Propriedades Produtoras de Alevinos, e servir de base para se estabelecer padres mnimos nestas propriedades, que afetem ou que estejam relacionados sanidade dos alevinos. Atualmente executado por 2 tcnicos de campo lotados nos Ncleos Regionais de Toledo e Cornlio Procpio, atendendo alm destes, as regies de Cascavel, Umuarama, Campo Mouro, Jacarezinho, Londrina, Apucarana e Maring. Estes tcnicos fazem a vigilncia sanitria, atravs das visitas nas propriedades, realizando coleta e remessa de material ao Centro de Diagnstico Marcos Enrietti, em Curitiba; cadastram os estabelecimentos com piscicultura comercial; orientam o manejo visando a preservao da sanidade da criao e mantm uma permanente integrao com os demais componentes da cadeia produtiva da piscicultura. O transporte de peixes inter e intra- estadual, normatizado pela Resoluo 002/99, de 05/01/99, deve ser feito com a respectiva GTA Guia de Trnsito Animal, emitida de acordo com a finalidade dos animais transportados e subdivididos nos grupos: ovos, larvas, alevinos, peixes e peixes ornamentais. A efetiva implantao e normatizao do Programa Estadual de Controle e Profilaxia, de fundamental importncia, permitindo, entre outras aes, que o diagnstico clnico de enfermidades dos peixes seja confirmado por meio do diagnstico laboratorial. Definindo, desta forma, os nveis de ocorrncia de cada doena, subsidiando o servio de Defesa Sanitria Animal no estabelecimento das normas e meios para o controle das enfermidades, conforme o interesse do setor produtivo, em apoio implantao de atividades economicamente viveis e auto sustentveis no Paran.

PESCA MARTIMA NO PARAN SEGMENTO ESTAGNADO

A pesca extrativa, no Paran, apesar de sua costa martima estar sobre a influncia da corrente das Malvinas, que traz, principalmente no inverno, cardumes volumosos, no se consolidou como uma importante atividade econmica para o estado. As empresas localizadas na orla paranaense, no contexto da crise do setor pesqueiro nacional nesta dcada, apresentam reduo e/ou paralisao da atividade. As principais caractersticas desta crise, segundo representantes do setor, residem na diminuio significativa (30,0%) da produo de pescado, quando comparado produo da dcada passada; ao incremento das quantidades importadas de matria-prima para o abastecimento da indstria nacional (baixa competitividade do produto nacional), associado ao crdito facilitado (juros e prazos facilitados) para a importao de pescado; a falta de uma poltica de desenvolvimento da pesca, como reduo da carga tributria e existncia de linhas de crdito, tanto para investimento como para custeio.

Pelo ltimo levantamento elaborado pela EMATER/PR, em 1998, o total de pescadores dos seis municpios da orla paranaense era de 4.078, com o municpio de Guaraqueaba tendo o maior nmero. As 30

embarcaes cadastradas totalizaram 2.047, destacando o municpio de Paranagu com a maior frota. Considerando-se o total de capturas das principais espcies, naquele ano foram embarcadas 4.904 toneladas de camaro e 1.363 toneladas de pescado, volume que atesta o baixo desempenho do segmento em relao s potencialidades da atividade, no Atlntico Sul. Observa-se que este grande potencial esta sendo bem explorado pelos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Regio Sul), bem como So Paulo e Rio de Janeiro (Regio Sudeste), conforme demonstrado anteriormente.

TABELA 33 - PESCA MARTIMA PARAN - CARACTERSTICAS DO SETOR 1998 MUNICPIO NMERO DE PESCADORES 1.040 1.097 540 156 1.005 240 4.078Elaborao: SEAB/DERAL

NMERO DE EMBARCAES 350 572 350 60 625 90 2.047

ANTONINA GUARAQUEABA GUARATUBA MATINHOS PARANAGU PONTAL DO PARAN TOTALFONTE: EMATER/PR

PRODUO DE PRODUO DE CAMARO PESCADO (toneladas) (toneladas) 89 93 585 280 3.400 400 210 190 520 300 100 100 4.904 1.363

As principais empresas e indstrias que comercializam a produo paranaense de pescado martimo, concentram-se nos municpios de Paranagu e Guaratuba e totalizam uma capacidade instalada de armazenagem igual a 99,3 mil toneladas anuais .

TABELA 34 PESCA MARTIMA PARAN CAPACIDADE DE ESTOCAGEM INSTALADA 1999 EMPRESA MUNICPIO

-

PRINCIPAIS EMPRESAS

E

CAPACIDADE INSTALADA (Toneladas/ano)31

HOSHIMA E CIA LTDA. IMPESCAL LTDA. GUARAPESCA PESCADOS DULCE PESCADOS PONTA DO SUL PESCADOS CHICO PESCADOS PEREZ PESCADOS J.SATIRO PESCADOS V. FERNANDEs TOTAL DO PARANFONTE: SEAB/DERAL

Paranagu Guaratuba Guaratuba Guaratuba Pontal do Paran Guaratuba Guaratuba Guaratuba Guaratuba -

20.000 36.500 11.000 400 3.650 7.300 7.300 11.000 3.150 99.300

VALOR BRUTO DA PRODUO PARANAENSE DE PESCA E AQUICULTURA

Considerando-se todas as atividades e produtos de pesca e aquicultura, no Paran, em 1997 atingiu-se um Valor Bruto de Produo equivalente a R$ 79,8 milhes, destacando-se a piscicultura, que respondeu por 58,5% deste total. A segunda atividade economicamente relevante foi a captura de camaro, respondendo por 14,4% daquele total estadual.

No ltimo levantamento realizado em 1998, o Valor Bruto de Produo foi de R$ 75,7 milhes, apresentando uma reduo de 5,0% em relao ao ano anterior.

TABELA 35 -PESCA E AQUICULTURA PARAN EVOLUO DA PRODUO- 96/97- 97/98PRODUTO PRODUO 1996/97 R$ 1997/98 R$

%

PRODUO

%

32

GUA DOCE Pescado de captura (kg) Pescado Cultivado (kg) Camaro cultivado (kg) OUTROS Alevinos (unidade) Girino r (unidade) R (kg) Escargot (kg) Peixes Ornamentais (unidade) GUA SALGADA Pescado de captura (kg) Camaro de captura (kg) Camaro ps larva (unidade) Mexilho (kg) Ostra (dz) TOTALFONTE: SEAB/DERAL/DEB

3.408.100 20.126.658 164.500 196.839.787 500.000 50.000 7.404 1.656.000 4.587.000 330.000 -

7.531.901 46.693.847 822.500 9.841.989 10.000 537.500 37.020 2.649.600 11.467.500 33.000 79.828.933

9,4 58,5 1,0 12,6 0,01 0,9 0,05 3,3 14,4 0,04 100,0

5.360.650 21.315.681 66.597 220.044.690 336.000 37.400 7.100 111.200 1.363.000 4.904.000 1.000 19.915 -

12.168.675 36.938.905 332.985 11.002.234 6.720 408.050 49.700 88.960 2.180.800 12.358.080 2.000 39.830 75.741.655

16,1 48,47 0,5 14,5 0,01 0,80 0,07 0,12 2,9 16,3 0,05 0,05 100,0

Para o levantamento do Valor Bruto de Produo, utilizou-se a mdia dos preos recebidos pelo produtores e pescadores, no perodo compreendido entre janeiro e maio de 1998, considerando-se as diferentes regies do estado. Dentre as principais espcies de peixes cultivados, destaca-se o preo mdio pago para o Pac e o Cat-Fish, respectivamente de R$ 2,67/kg e R$ 2,13/kg. A Carpa, principal espcie cultivada, apresentou a terceira melhor cotao no perodo, igual a R$ 1,82/kg.

TABELA 36 - PESCA E PISCICULTURA PARAN - PREOS MDIOS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES/PESCADORES - JANEIRO a MAIO - 1998 ( R$/Kg)NUCLEOS. REGIONAIS CARPA TILAPIA PAC BAGRE CAT- PESCADO DE U FISH GUA DOCE (CAPTURA) 1,72 1,28 1,53 2,00 2,10 1,12 1,76 1,92 1,94 1,30 1,53 1,90 2,10 1,12 1,66 1,83 3,54 2,20 1,57 2,30 2,67 2,50 2,50 2,18 1,12 1,30 1,29 2,10 1,04 1,96 1,48 1,60 2,50 2,10 2,40 2,08 1,52 1,00 1,64 PESCADO DE GUA SALGADA (CAPTURA) CAMARO MARINHO

APUCARANA C.MOURO CASCAVEL C. PROCPIO CURITIBA F. BELTRO GUARAPUAVA IRATI

-

33

IVAIPOR JACAREZINHO LONDRINA MARING PARANAGU PARANAVA PATO BRANCO PONTA GROSSA UMUARAMA U. DA VITRIA MDIA ESTADUAL

2,00 2,58 1,69 1,72 2,66 1,10 1,50 1,80 2,50 1,82

2,50 3,00 2,08 1,82 1,48 2,52 1,00 1,70 1,46 2,00 1,78

3,60 4,00 2,72 2,52 2,16 3,24 1,80 2,80 2,60 2,67

1,78 1,34 2,26 1,10 1,00 1,50 1,53

2,16 3,60 1,10 2,25 1,50 2,13

2,64 2,05 1,77

1,81 1,81

2,72 2,72

FONTE: SEAB/DERAL/DEB

Na tabela 37, esto registrados os preos mdios praticados no estado, para efeito de levantamento do Valor Bruto de Produo (VBP), considerando-se os diferentes anos safra, partir de 95/96, dos diversos produtos aqucolas cultivados e/ou capturados no estado do Paran.

TABELA 37 - PESCA E AQUICULTURA PARAN - PREOS MDIOS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES/PESCADORES - 95/96 97/98 (EM R$)PRODUTOS CAMARO MARINHO (DE CAPTURA) Kg CAMARO DE GUA DOCE (CULTIVO/ENGORDA) Kg CAMARO (PS- LARVA PARA RECRIA) Kg ALEVINOS Unid. CAT- FISH Kg PESCADO MARINHO (DE CAPTURA) Kg BAGRE Kg CARPAS Kg PACU Kg TILAPIA Kg PESCADO DE GUA DOCE (DE CAPTURA) Kg PESCADO DE GUA DOCE (CULTIVO/ENGORDA) Kg PEIXES ORNAMENTAIS Unid. TAMBACU Kg CURIMBA Kg TRUTA Kg PIAUU Kg OSTRAS Dz 95/96 3,50 5,00 0,10 0,06 1,60 1,56 1,83 96/97 2,50 5,00 0,10 0,05 1,60 2,21 2,32 -97/98 2,52 5,00 0,10 0,05 1,85 1,60 1,56 1,74 2,49 1,61 2,27 0,80 1,90 2,00 3,75 2,50 2,00 34

MEXILHOFONTE: SEAB/DERAL/DEB

Kg

-

-

2,00

O Paran, apesar de situar-se como um dos principais estados na produo aqucola, notadamente em piscicultura como primeiro produtor nacional, necessita de significativos avanos e conjugao de esforos para a resoluo de alguns entraves no setor, como: capacidade ociosa da indstria de filetagem; estabilizao da demanda do segmento de pesque pague; efetiva implantao do Programa Estadual de Controle e Profilaxia de Enfermidades; desenvolvimento de programa de melhoramento gentico e pesquisa aplicada; formao de especialistas e profissionalizao dos produtores, principalme nte. Na ultima dcada, devido a reduo dos estoques pesqueiros martimos e consequente aumento do esforo de pesca e custos, a aquicultura situa-se como importante atividade viabilizadora da oferta de organismos aquticos e geradora de renda e empregos. Neste contexto, e considerando-se a implementao de aes facilitadoras, a aquicultura paranaense destaca-se como relevante atividade, num primeiro momento, complementadora de renda da agricultura familiar, contribuindo para a reduo da excluso de produtores do meio rural, evoluindo para sistemas intensivos de alta tecnologia, levando ao aumento da produo e produtividade, viabilizando desta forma o crescimento do segmento industrial, a mdio e longo prazo, e consequente oferta de produtos aqucolas a preos acessveis e competitivos, tanto para o mercado interno como externo.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ASSUNPO, R. Crise e propostas para a produo pesqueira nacional. IEA: So Paulo, 1995. BORGHETTI, J R Aquicultura no Brasil: diagnstico, perspectivas e aes para seu desenvolvimento. In: Relatrio do Grupo de Trabalho da Aquicultura/Grupo Executivo do Setor Pesqueiro. Braslia, 1996. F. A O. Fishery statistics. Rome: F A O, Vol. 82, 1998. FAVERET, P. & SIQUEIRA, S H. G. Panorama da pesca martima no mundo e no Brasil. BNDES: Rio de Janeiro, 1996. MUELHMANN, L.D. Realidade da piscicultura no estado do Paran. EMATER/PR: Curitiba, 1999. NEIVA, G. S. Subsdios para a poltica pesqueira nacional. Terminal Martimo: Santos, 1990. PAEZ, M. L. D. Explorao de recursos pesqueiros no Brasil. Revista de Administrao: So Paulo, 1993. SUGAI, M. Aquicultura no estado do Paran. SEAB: Curitiba, 1996. TREMEL, E. Pesca, Novos Rumos. Florianpolis, 1993.

35

1