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Proteção e Higiene das Radiações [email protected] | Prof.: Jorge Alan LS ESCOLA TÉCNICA PROTEÇÃO E HIGIENE DAS RADIAÇÕES I

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Proteção e Higiene das Radiações

[email protected] | Prof.: Jorge Alan

LS ESCOLA

TÉCNICA PROTEÇÃO E HIGIENE DAS RADIAÇÕES I

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1. INTRODUÇÃO A PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

No final do século passado, com a descoberta da radioatividade e dos

raios X, houve um uso indiscriminado das radiações ionizantes. Uma série de

fatos chamou a atenção dos cientistas de que havia necessidade de estudos mais

meticulosos dos efeitos biológicos destas radiações nos seres humanos. Observações iniciais como danos

na pele, queda de cabelos em pacientes irradiados e efeitos nos descendentes após a irradiação do tecido

germinativo de plantas e animais, foram constatados. No entanto, os benefícios advindos do uso das

radiações ionizantes são incontáveis, sendo as principais a cura de tumores através da terapia, e a detecção

precoce de doenças através do diagnóstico.

Nos anos que se seguiram às descobertas da radiação X e da desintegração nuclear, vários foram os

relatos de danos biológicos em pesquisadores e profissionais que trabalhavam com essas radiações. Esses

danos ocorreram porque as radiações X, α, β e γ possuem energia suficiente para provocar ionizações nos

átomos constituintes das células animais e vegetais. Com o objetivo de fornecer procedimentos

padronizados de proteção para o indivíduo sem limitar as práticas benéficas que utilizam exposição à

radiação, foi estabelecida, em 1928, a Comissão Internacional de Proteção Radiológica: ICRP

(International Commission on Radiological Protection).

A ICRP é mantida por um número de organizações internacionais e por muitos governos, seu

campo de atuação envolve aspectos de proteção contra radiação ionizante em todas as áreas que utilizam

esta radiação. A ICRP estabelece recomendações em proteção radiológica que formam a base para

programas e regulamentações mais detalhadas emitidas por outras organizações internacionais e por

autoridades regionais e nacionais. A ICRP publicou seu primeiro relatório em 1928. Este primeiro

relatório, denominado Publicação 1, continha recomendações que foram adotadas em Setembro de 1958.

Recomendações subsequentes foram publicadas em 1964, em 1966 e em 1977. A Publicação 26, de 1977,

ampliada em 1978, foi aprimorada nos anos de 1980 e 1987. As recomendações foram completamente

revisadas e publicadas em 1991 como Publicação 60. A publicações da ICRP tem como objetivo ajudar

tanto os responsáveis pela proteção radiológica quanto os indivíduos, como por exemplo, os radiologistas,

Ola pessoal! Meu nome é Fóton e estou aqui para

auxiliá-lo durante o percurso do seu estudo da Proteção

contra as radiações ionizantes. Lembre-se: Não devemos

temer a radiação, mas sim respeitá-la.

Bons Estudos!!!

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na tomada de decisões sobre proteção no uso de radiação ionizante. O estabelecimento de um padrão

apropriado de proteção, considerando a melhor relação entre custos e benefícios, não pode ser obtido

apenas com base em conceitos científicos, mas deve considerar todos os diferentes tipos de riscos de

importância significativa e fazer um balanço entre os riscos e os benefícios associados.

Visando o estabelecimento de um padrão apropriado de proteção foram definidas grandezas que fornecem

valores permitidos de radiação aos indivíduos que utilizam radiação ionizante.

A grandeza dose absorvida mede a energia cedida pela radiação por unidade de massa do corpo

irradiado. É medida em joule por quilograma, unidade chamada de gray (Gy). Multiplicando a dose

absorvida por fatores de ponderação da radiação, w R, que variam com o tipo da radiação, se obtém a dose

equivalente em um órgão ou tecido. Multiplicando a dose equivalente em cada órgão ou tecido pelo fator

de ponderação do tecido, que reflete a radiosensibilidade do tecido à radiação, se obtém a dose efetiva.

Para radiação X e gama as doses absorvidas e doses equivalentes são numericamente iguais, uma

vez que o fator de ponderação para a radiação eletromagnética é numericamente igual a um (w R = 1). A

dose efetiva é definida como a soma das doses equivalentes nos principais tecidos e órgãos do corpo,

multiplicadas pelo respectivo fator de ponderação do tecido, wT. Estes fatores de ponderação consideram a

probabilidade de desenvolvimento de um câncer fatal e não fatal bem como sua severidade e a redução do

tempo de vida devido à indução do câncer. Consideram também a contribuição para o desenvolvimento de

doenças hereditárias.

Em proteção radiológica usualmente se utiliza a dose efetiva para comparação com os limites de

dose e para a determinação dos riscos. Tanto a dose equivalente quanto a dose efetiva são medidas em

joule por quilograma, mas nestes casos, a unidade é chamada de sievert (Sv).

Para o caso de contaminação interna, quando as fontes estão no interior do corpo, a quantidade

relevante é a atividade do material radioativo incorporado no corpo. Este material causa uma distribuição

contínua de doses equivalentes dentro do organismo. A dose equivalente resultante no indivíduo é

denominada de dose equivalente comprometida. Para o cálculo da dose equivalente comprometida, se

considera um tempo de 50 anos para um adulto e um tempo de 70 anos para crianças a partir do momento

da incorporação. A grandeza dose coletiva reflete a dose e o número de pessoas expostas à radiação. A

dose coletiva pode ser utilizada algumas vezes como uma medida do potencial esperado de dano coletivo.

No Brasil, a Autoridade Regulatória na área nuclear é a Comissão Nacional de Energia Nuclear: CNEN.

A CNEN , criada em 1956, como uma unidade do Ministério da Ciência e Tecnologia, MCT, é

responsável pela segurança no uso da energia nuclear em território nacional. É referência nas áreas de

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radioproteção e enriquecimento de urânio e responsável pela publicação das normas que regulamentam a

utilização da radiação ionizante no Brasil.

A norma de radioproteção, CNEN – NN 3.01, estabelece os princípios básicos de radioproteção, os

limites de dose e as grandezas utilizadas em radioproteção. A norma CNEN-NN 3.01 pode ser obtida

gratuitamente pela internet no endereço: http://www.cnen.gov.br.

Fontes:

http://www.icrp.org/prod03.asp

http://www.nuclep.gov.br/institucional_noticias.php?id=7

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2. CLASSIFICAÇÃO DAS RADIAÇÕES

As radiações são classificadas em duas categorias: radiações ionizantes e radiações não ionizantes.

São consideradas radiações ionizantes aquelas com energia suficiente para ionizar a matéria, ou seja,

arrancar elétrons dos átomos. Como exemplos podemos citar as radiações alfa, beta, gama, raios-x e

nêutrons. As radiações não-ionizantes correspondem àquelas com menor energia, portanto, incapazes de

ionizar átomos, entre as quais podemos citar as ondas eletromagnéticas de luz , rádio (AM ou FM), TV,

microondas, etc.

As radiações ionizantes podem ser classificadas como corpusculares (alfa, beta e nêutrons) ou

eletromagnéticas (raios gama e raios-x).

2.1 Fontes Naturais e Artificiais

As radiações ionizantes podem ainda ser classificadas quanto a sua origem, como artificiais

(equipamentos de raios-x) ou naturais (núcleos radioativos).

As radiações naturais são decorrentes de um processo denominado de radioatividade. A

radioatividade é observada em alguns elementos químicos que se encontram instáveis e pode ser definida

como a busca do elemento químico pela sua estabilidade. Um núcleo muito energético, por ter excesso de

partículas ou de carga elétrica, tende a estabilizar-se, emitindo algumas partículas, ou seja, o núcleo

atômico se encontra instável (com excesso de energia) e através de processos nucleares elimina este

excesso de energia através da emissão de: partículas alfa, partículas beta e radiação gama.

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a) Partícula alfa (α)

A partícula alfa é emitida por núcleos instáveis de elevada massa atômica. Esta partícula é formada

por dois prótons e dois nêutrons, sendo caracterizada por sua carga positiva (2+), devido aos dois prótons; e

por um alto valor de massa (é uma partícula pesada!), pois nêutrons e prótons constituem as partículas

atômicas de maior massa.

Figura 1. Ilustração da emissão da radiação alfa.

b) Radiação beta ()

Esta partícula pode ser negativa (-) ou positiva (+). A partícula negativa é o beta menos, ou

simplesmente beta, e a positiva é a beta mais ou pósitron, conforme ilustra a Figura 2.

Figura 2: Ilustração da emissão da radiação beta.

A partícula beta menos consiste de um elétron (mesma massa e carga elétrica) e a beta mais de um

pósitron. O pósitron é chamado muitas vezes de elétrons negativo, mas na verdade ele é uma partícula que

possui massa igual a do elétron e carga positiva. É importante notar que as partículas beta (negativa e

positiva) são originadas a partir de transformações nucleares. Elas não existem no interior do núcleo

atômico, elas são criadas por processos nucleares e são imediatamente expulsas do núcleo, dando origem às

emissões beta menos e beta mais.

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c) Radiação gama ()

Quando o núcleo atômico emite uma partícula alfa ou uma beta ele sai de um estado de maior

energia para um estado de menor energia, mas se mesmo após a emissão destas partículas o núcleo ainda se

encontrar em um estado “excitado”, ocorre a emissão de uma radiação gama. Esta radiação não possui

nem massa nem carga, pois consiste em uma onda eletromagnética.

Figura 3: Ilustração da emissão da radiação gama.

PARTÍCULA ALFA ( ):

1- As partículas alfa são núcleos de

hélio. Consistem em dois prótons e dois

nêutrons.

2- O núcleo do rádio, no qual prótons e

nêutrons se unem para formar uma

partícula alfa.

3- A partícula alfa é emitida pelo núcleo.

4 - Partícula pesada.

5 - Baixo poder de penetração.

6 - Constituída de 2 prótons e 2 nêutrons,

que se comportam como uma partícula

única.

1- As partículas beta são elétrons em alta velocidade emitidos por

certos átomos radioativos.

2- Os elétrons negativos formam-se pela desintegração de um

nêutron. Os elétrons positivos formam-se pela desintegração de um

próton.

3- A partícula beta é arremessada no instante em que se forma. Um

neutrino, uma partícula quase sem peso, também é emitido.

4 -

5 - Maior poder de penetração e danificação do que a alfa.

6 - Constituída por cargas negativas e, praticamente, em massa.

1- Os raios gama são partículas, ou fótons,

de energia eletromagnética.

2- Núcleo do radio.

3- Os raios gama são liberados quando um

núcleo, após uma desintegração radioativa,

fica num estado de alta energia.

4 - Ondas eletromagnéticas.

5 - Velocidade próxima à da luz.

6 - É a mais perigosa e ofensiva das três.

Pode causar danos irreparáveis aos seres

humanos.

Representação:

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3. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA

A interação das radiações ionizantes com a matéria é um processo que se passa em nível atômico.

Ao atravessarem um material, estas radiações transferem energia para as partículas que forem encontradas

em sua trajetória. Caso a energia transferida seja superior a energia de ligação do elétron, este é ejetado de

sua órbita. O átomo é momentaneamente transformado em um íon positivo. O elétron arrancado (íon

negativo) desloca-se no meio, impulsionado pela energia cinética adquirida neste processo. Esta energia é

dissipada através da interação do elétron com elétrons e núcleos de outros átomos, eventualmente

encontrados em sua trajetória. Novos íons podem, assim, serem introduzidos na matéria. O processo é

interrompido quando, tendo sua energia dissipada em interações (choques), os elétrons (e suas cargas

negativas) acabam capturados por moléculas do meio. A introdução de pares de íons (positivo e negativo)

na matéria recebe o nome de ionização. A interação das radiações ionizantes com a matéria consiste na

transferência de energia da radiação para o meio irradiado.

Podemos classificar as radiações de acordo com dois parâmetros definidos a partir dos processos de

interação da radiação com a matéria: poder de ionização – quantidade de ionizações que a radiação é capaz

de provocar em um meio; poder de penetração – alcance da radiação no meio. Quanto maior o poder de

ionização menor será o poder de penetração da radiação, pois ao ionizar ela perde energia e se torna cada

vez menos penetrante.

È importante lembrarmos que as partículas alfa, beta e as radiações gama e x provocam ionizações e

excitações no meio, cada uma delas de forma específica de acordo com suas características.

3.1 Radiações Corpusculares (alfa e beta)

Partícula alfa () quando uma partícula alfa passa próximo a um átomo, ele interage com um

elétron da camada mais externa (fracamente ligado ou elétron livre) devido à força de atração que existe

entre as cargas opostas (partícula alfa – positiva e elétron – negativo). O elétron é arrancado do átomo

como mostra a Figura 8.

Figura 4: Interação da radiação alfa com a matéria.

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Quando o elétron é arrancado dizemos que o átomo foi ionizado, pois perdeu uma carga negativa

tornando-se um íon positivo. A cada interação a partícula alfa perde um pouco de sua energia e após muitas

interações (já mais lenta) ela irá “capturar” dois elétrons se transformado num átomo neutro, do elemento

químico hélio e não terá mais poder de ionização!! Como a interação da carga positiva da partícula alfa

com os elétrons do meio acontece muito rapidamente, diz-se que as partículas alfa possuem grande poder

de ionização, o que resulta no seu rápido desaparecimento. Por esse motivo, o alcance da partícula alfa é

muito pequeno e o seu poder de penetração também! Sua penetração no ar é de poucos centímetros e no

alumínio (por exemplo) é de apenas 0,004 cm (4x10-3 cm).

Muitos radionuclídeos naturais como, urânio, tório, bismuto e radônio emitem várias partículas alfa,

em suas transições nucleares. Para exposições externas são inofensivas, pois não conseguem atravessar as

primeiras camadas epiteliais. Porém, quando os radionuclídeos são ingeridos ou inalados, por mecanismos

de contaminação natural ou acidental, as radiações alfa, quando em grande quantidade podem causar danos

significativos na mucosa que protege o sistema respiratório e gastrintestinal e nas células dos tecidos

adjacentes.

Partícula beta (-) Quando uma partícula beta passa próximo a um átomo, ele interage com um

elétron da camada mais externa (fracamente ligado ou elétron livre) devido à força de repulsão que existe

entre as cargas iguais. O elétron é ejetado do átomo como mostra a Figura 5.

Seu poder de penetração é pequeno e depende de sua energia. Para o tecido humano, consegue

atravessar espessura de alguns milímetros. Esta propriedade permite aplicações médicas em superfícies da

pele ou na aceleração da cicatrização de cirurgias plásticas ou do globo ocular.

Figura 5: Interação da radiação beta com a matéria.

Como a partícula beta é muito mais leve que a partícula alfa, pois sua massa é desprezível,

ela possui uma velocidade muito maior. Como passa muito rápido, nem sempre a partícula beta consegue

interagir com os elétrons do meio (não dá tempo) e podem viajar por muitos metros antes que a alguma

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interação ocorra, por isso diz-se que seu poder de ionização é menor. Vale ainda ressaltar que uma

partícula beta pode interagir por diversas vezes antes de perder sua energia e seu poder de ionização.

Em virtude de sua pequena massa, as partículas beta sofrem frequentes espalhamentos (colisões)

com pouca perda de energia, e consequentemente, sua trajetória na matéria é muito tortuosa. Apesar disso,

para uma mesma energia, o alcance da partícula beta é muito maior que o da partícula alfa, e o seu poder

de penetração também! Sua penetração no ar é da ordem de metros.

Por interagir diretamente com o elétron do átomo, as radiações corpusculares são conhecidas

como radiações diretamente ionizantes.

3.2 Radiações eletromagnéticas (Raios-x e Raios gama ( ) )

A interação das radiações x e com a matéria é diferente do que ocorre com partículas carregadas

( e ). A capacidade de penetração dos raios x e é muito maior que a das radiações corpusculares

devido ao fato de não possuírem massa (corpo) e o seu poder de ionização é inferior ao poder de ionização

das radiações corpusculares.

Há vários processos que caracterizam a interação da radiação x e com a matéria. Esses processos

dependem da energia da radiação e do meio material que ela atravessa. Quando o fóton (x e ) interage com

a matéria, sua energia pode ser transferida para esta por uma variedade de mecanismos alternativos, sendo

que os três mais importantes são: Efeito Fotoelétrico, Espalhamento Compton, Produção de pares.

À medida que a energia da radiação varia a probabilidade de ocorrência destes mecanismos

muda. Para baixas energias o Efeito Fotoelétrico é mais importante; energias intermediárias ocorre a

predominância de interação por Espalhamento Compton; e para altas energias observa-se a maior

ocorrência de Produção de Pares

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a) Efeito fotoelétrico (EFE).

É caracterizado pela transferência total da energia da radiação x ou (que desaparece) a um único

elétron, que então é expulso (ejetado) do átomo (ionização). A representação deste efeito está representada

na Erro! Fonte de referência não encontrada..

Figura 6: Ilustração do efeito fotoelétrico.

Quando este efeito ocorre, uma parte da energia do fóton é usada para superar a energia de ligação

do elétron e o excesso é transformado em energia cinética (de movimento) deste elétron. Vale observar que

quando o EFE ocorre e um elétron da camada mais interna é ejetado, tem lugar a produção da radiação

característica.

b) Efeito Compton (EC).

O fóton de radiação X ou gama, interage com um elétron do átomo cedendo uma parte de sua

energia para o elétron, que então é expulso (ejetado) do átomo (ionização). Como o fóton de radiação perde

apenas uma parte de sua energia, após a interação o fóton ainda possui energia. Esta energia é menor do

que a energia inicial, assim diz-se que a radiação foi espalhada. Este fóton de menor energia recebe o nome

de radiação espalhada ou secundária. A representação do efeito Compton está apresentada na Erro! Fonte de

referência não encontrada.

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Figura 7: Ilustração do Efeito Compton

c) Produção de Pares (PP).

É uma das formas mais importantes da radiação eletromagnética de alta energia ser absorvida pela

matéria. A produção de pares ocorre somente quando fótons de energia igual ou superior a 1,02 MeV

passam próximos a núcleos de elevado número atômico. Nesse caso, o radiação x ou interage com o

núcleo e desaparece, dando origem a um par elétron-pósitron, conforme mostra a Figura 12.

Figura 8: Ilustração da produção de pares.

Este efeito é importante na área de radioterapia onde são utilizados feixes com energias superiores a

1,02MeV. Para procedimentos radiológicos convencionais, tais como: raios-X convencional, fluoroscopia,

tomografia e densitometria, não é observada a presença de interação por Produção de Pares.

Essas radiações são chamadas de radiações indiretamente ionizantes porque interagem com

a matéria dando lugar a radiações secundárias, que também são ionizantes e perdem energia

por colisão com elétrons ou mesmo com o núcleo de outros átomos.

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4. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

Conceitos da Radioproteção

“O objetivo primeiro da radioproteção é prover um padrão apropriado de proteção para o homem,

sem limitar os benefícios criados pelas aplicações das radiações ionizantes. as práticas benéficas”.

Comentários

Todos os assuntos concernentes a proteção radiológica necessitam de julgamentos sobre

a importância relativa de diferentes tipos de riscos e sobre o balanço entre riscos e

benefícios. Nesse aspecto, os conceitos não diferem das outras atividades que envolvem

controle dos danos decorrentes.

O objetivo básico da proteção radiológica é o de garantir o uso das radiações

ionizantes com o menor dano ao ser humano. Os fatores básicos de proteção radiológica para exposição à

radiação ionizante são: o tempo de exposição, a distância da fonte e a blindagem. Assim, Para minimizar a

exposição à radiação, é necessário: minimizar o tempo de exposição; maximizar a distância à fonte de

radiação e maximizar a blindagem.

PRINCÍPIOS DA PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

Princípio da Justificação: Nenhuma prática deve ser adotada a menos que sua

introdução produza um benefício positivo para a sociedade;

Princípio da Otimização: Toda exposição deve ser mantida tão baixa quanto

razoavelmente possível levando-se em conta fatores econômicos e sociais;

Princípio da Limitação de Dose (ALARA): As doses equivalentes para os

indivíduos do público não devem exceder os limites recomendados para as

circunstâncias apropriadas.

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4.1 TEMPO DE EXPOSIÇÃO

A dose total de radiação para um indivíduo está diretamente relacionada com o tempo de irradiação

e a taxa de dose. A taxa de dose representa a dose por unidade de tempo, conforme veremos mais adiante.

4.2 DISTÂNCIA

Uma maneira mais eficiente de minimizar a exposição à radiação é maximizar a distância à fonte.

Quando a distância da fonte radioativa aumenta, a dose ou taxa de dose diminui com o quadrado da

distância. Se a distância dobra, a exposição é reduzida quatro vezes. Se a distância triplica, a exposição é

reduzida 9 vezes.

A seguinte equação poderá ser utilizada:

2

1 2

2

2 1

( )

( )

I d

I d

onde, I1 é a dose ou taxa de dose à distância d1 e I2 é a dose ou taxa de dose à distância d2.

Como a dose varia com o inverso do quadrado da distância, é melhor dobrar a distância entre o

indivíduo e a fonte do que diminuir à metade o tempo de exposição.

4.3 BLINDAGEM

4.3.1 ATENUAÇÃO DA RADIAÇÃO

Ao interagir com a matéria, as radiações são atenuadas, ou seja, são parcialmente ou totalmente absorvidas

pela matéria. Esta atenuação depende:

1- Da densidade do material absorvedor;

2- Da energia da radiação incidente.

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Existem dois processos pelos quais a radiação sofre atenuação ao interagir com a matéria: a absorção e o

espalhamento. A Figura 9 ilustra o processo de atenuação.

Figura 9: Esquema da atenuação da radiação.

Onde,

I0 – é a intensidade inicial da radiação (antes de incidir sobre o absorvedor);

I – é a intensidade final da radiação (após atravessar o absorvedor);

x = a espessura do material

A atenuação da intensidade do feixe de radiação após sua interação com o meio material ocorre de maneira

exponencial (e) sendo dada por: 0

2n

II

Onde: x

nCSR

, com x = a espessura do material e CSR é a Camada Semi Redutora.

4.3.2 CAMADA SEMI-REDUTORA (CSR)

É um conceito muito útil em Proteção Radiológica. Por definição, a Camada Semi-Redutora (CSR) é a

espessura necessária de um certo material capaz de reduzir a intensidade do feixe incidente de radiação à metade do

valor inicial (Figura 10).

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Figura 10: Camada semi-redutora.

Colocar uma blindagem (um absorvedor) entre a fonte e o ponto onde permanece o trabalhador diminui a

dose absorvida no trabalhador para um nível adequado. A intensidade final de um feixe de raios-x está relacionada

com a intensidade inicial através das equações apresentadas acima.

5. GRANDEZAS USADAS EM PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

Desde que Roentgen descobriu os raios-X, em 1895, e após alguns anos de sua utilização, percebeu-se a

necessidade de tomar certas precauções na utilização da radiação ionizante. Nesse sentido foram criadas grandezas a

fim de mensurar a radiação e seus efeitos. Todas estas grandezas estimam os “danos” deixados pela radiação em um

determinado meio.

5.1 EXPOSIÇÃO (X)

Em 1928, foi definida a primeira grandeza da “proteção radiológica”, a exposição. Esta é válida apenas para

raios-X e gama interagindo com o ar e pode ser definida tomando com base o fato de que Raios-X e gama, ao

interagirem em um determinado meio, produzem ionizações (elétrons livres mais átomos carregados positivamente),

assim medindo a quantidade de carga elétrica produzida pela radiação no ar é possível estimar a Exposição pela

seguinte equação:

Onde, Q é o valor da carga total coletada no ar em um volume de ar com massa m.

No Sistema Internacional (SI), a carga tem unidade Coulomb (C) e a massa tem unidade kilograma (kg),

assim a unidade de exposição é o C/kg. A unidade antiga de Exposição é o Roentgen (R), sendo: 1R = 2,58 x 10-4

C/kg

QX

m

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5.2 DOSE ABSORVIDA

As mudanças químicas e biológicas estão mais diretamente associadas com a quantidade de energia

absorvida pelo tecido. Então, em 1950, foi introduzida a grandeza dose absorvida, definida como a energia média

cedida à matéria por unidade de massa da matéria. Ou seja:

Onde, E é a energia cedida pela radiação e m é a massa do corpo.

Essa grandeza é definida para qualquer tipo de radiação, partículas (alfa, beta ou nêutrons), bem como fótons

(raios-X e gama) em qualquer meio de interação.

A unidade de Dose Absorvida é o Joule / kg, que recebe o nome especial de Gray (Gy).

Uma ferramenta importante na estimativa da dose recebida por um meio em função do tempo de exposição, é

a taxa de dose absorvida, ou seja, a quantidade de dose absorvida por unidade de tempo, calculada através da relação:

Onde, t é o tempo. A unidade no SI é dada em Gy/s.

A definição de taxa pode ser aplicada a qualquer grandeza, para tal basta

simplesmente dividir a grandeza pelo tempo.

A Dose absorvida não leva em consideração nem o tipo de radiação e nem o tecido exposto à radiação

ionizante assim, para efeito de limitação da dose trabalhador, a International Commission on Radiological Protection

(ICRP) criou duas grandezas: a dose equivalente e a dose efetiva.

5.3 DOSE EQUIVALENTE

Os efeitos químicos e biológicos em um meio exposto à radiação dependem do tipo de radiação incidente,

seja alfa, beta, nêutrons ou raios-x. Por exemplo, para uma mesma dose absorvida, uma partícula alfa, se estiver

ED

m

DTaxa

t

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interna ao corpo humano, provoca 20 vezes mais dano biológico que um fóton de raios-x. Para se levar em

consideração esses fatos, foi introduzida a grandeza dose equivalente (H), que é definida como:

H D Q

onde, H é a dose equivalente, D é a dose absorvida e Q é o fator de qualidade da radiação

(veja Tabela 1).

Tabela 1. Fatores de qualidade das radiações.

Tipo de Radiação Fator de Qualidade Q

Raios-X, gama e beta 1

Nêutrons, prótons 10

Partículas alfa 20

A unidade adotada para a Dose Equivalente é o Sievert (Sv). A dose equivalente anual a que uma pessoa está

submetida, devido a radiação ambiental é da ordem de 1 mSv (0,001 Sv).

Quando um indivíduo é submetido a mais de um tipo de radiação, devemos calcular individualmente para

cada tipo de radiação e depois somar os resultados.

5.4 DOSE EFETIVA

O dano biológico das radiações ionizantes depende de que órgãos do corpo são irradiados. Por exemplo, um

indivíduo que recebe uma dose absorvida em um órgão como o pulmão terá um risco de danos biológicos diferente

que um submetido à mesma dose, porém localizada na mão.

Para levar em conta o fato de diferentes órgãos resultam em diferentes riscos ao indivíduo, foi introduzido o

conceito de dose efetiva. A dose efetiva é definida como:

onde, wT são os fatores de peso dados na Tabela 2 e H é a dose equivalente. Observe, nesta tabela, que a soma dos

pesos wT é igual a 1. Logo, em uma exposição de corpo inteiro a dose efetiva será numericamente igual a dose

equivalente.

A unidade de dose efetiva é também o Sievert (Sv), igual à dose equivalente. Para obter a dose efetiva em

um trabalhador, as doses efetivas deverão ser calculadas para cada órgão e depois somadas.

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Tabela 2. Valores dos pesos para os diferentes órgãos.

Órgão wT

Gônadas 0,25

Medula óssea 0,12

Pulmão 0,12

Mama 0,15

Tireóide 0,03

Osso (superfície) 0,03

Outros tecidos ou órgãos 0,03

6. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES

6.1 Irradiação versus Contaminação

É importante esclarecer a diferença entre contaminação radioativa e irradiação.

A irradiação é originada por algum tipo de procedimento com raios X (em radiodiagnóstico) ou com feixes de elétrons

-se "radioativo" e portanto não há nenhum perigo de "contaminar"

outras pessoas ou o meio ambiente. Irradiações severas podem acontecer no caso de explosões de usinas nucleares ou bombas

atômicas. Nestas situações, as pessoas não ficam radioativas.

A contaminação é o fato de estar em contato com fontes não seladas (sem invólucro). Este é, por exemplo o caso dos

pacientes que fazem uso de procedimentos de Medicina Nuclear. Neste caso, os radiofármacos são injetados no paciente ficando

o mesmo "radioativo". Dependendo da dose a que foi submetido, poderá ter que ser isolado a fim de não contaminar outras

pessoas ou o meio ambiente. Nesta situação, a fonte radioativa (radiofármaco) incorporou-se ao corpo do paciente que continua

emitindo radiação. Os seres humanos podem ainda contaminar-se em acidentes como foi o caso de Goiânia em 1987. Neste

acidente o Cs 137 foi ingerido e passado sobre a pele de pessoas que ficaram contaminadas.

6.2 Ação da Radiação nas Células

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Ao arrancarem, aleatoriamente, elétrons das camadas eletrônicas de átomos, as radiações ionizantes

contribuem para romper, mesmo que momentaneamente, o equilíbrio entre as cargas positivas e negativas do átomo.

À introdução, de cargas elétricas livres em um meio irradiado, segue-se um rearranjo eletrônico que pode envolver

elétrons de outros átomos e moléculas. Este rearranjo de elétrons tem como conseqüência o restabelecimento do

equilíbrio perdido.

Quando um átomo é ionizado (perde elétrons) toda a estrutura molecular pode ficar comprometida pelo

rearranjo instantâneo de elétrons na busca de uma configuração mais estável. Esta busca pode resultar numa perda de

identidade química para a molécula envolvida e na geração, no sistema irradiado, de moléculas estranhas a ele.

A ionização consiste na formação de pares de íons, um positivo e outro negativo. Estes duram somente um

tempo curto (o,ooooooooo1 segundos) e rapidamente se dissociam para formar radicais livres, estes por sua vez, são

extremamente reativos, isto é, combinam-se imediatamente com outras substâncias existentes na célula. Desta

combinação resultam novas substâncias que são nocivas às células, modificando suas funções.

A molécula de água é a mais abundante em um organismo biológico (aproximadamente 80% do componente

celular). A água participa praticamente de todas as reações metabólicas em um organismo. Na espécie humana, são

cerca de 2 x 1025

moléculas de água por quilograma, assim em caso de exposição às radiações ionizantes, as

moléculas atingidas em maior número serão as moléculas de água. Após a ionização da água segue-se um rearranjo

eletrônico dos átomos que formam a molécula de água, acarretando na possibilidade de produção de radicais livres.

Os radicais livres formados na água são os íons OH- e H

+. Estes íons reagem entre si produzindo H2, H2O2.

Admite-se que seja a forte ação oxidante da H2O2 (água oxigenada) que produz alterações físico-químicas na célula.

Os efeitos das radiações ionizantes são mais intensos nas células que estão dividindo-se ativamente (células

embrionárias, germinativas e tumorais). Assim, o tecido hematopoiético, isto é, o tecido que produz as células

sangüíneas, localizado na medula de alguns ossos; as células germinativas localizadas nos testículos e nos ovários

são muito sensíveis aos efeitos da radiação.

Os fenômenos associados à interação da radiação com a matéria são absolutamente gerais no que diz respeito

aos elementos químicos que formam o material irradiado, seja biológico ou não. Destas interações surgem os efeitos

biológicos das radiações, que são as conseqüências posteriores à exposição.

O efeito das radiações ionizantes em um indivíduo depende basicamente da dose absorvida (alta/baixa), da

taxa de exposição e da forma da exposição (corpo inteiro/localizada). Qualquer dose absorvida, inclusive das doses

provenientes de radiação natural, pode induzir câncer ou matar células. A questão é de probabilidade de dano,

probabilidade de mutações precursoras de câncer e número de células mortas. Quanto maiores as taxas de dose e as

doses absorvidas, maiores as probabilidades de dano, de mutações precursoras de câncer e de morte celular. Danos

podem ser reparados. A questão passa a envolver o número de células destruídas, o momento em que a morte celular

ocorre, considerado o estágio de desenvolvimento do ser (célula-ovo, embrião, feto, criança, adolescente, adulto,

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velhice), e o sexo do indivíduo irradiado. Assim, os efeitos biológicos da radiação podem ser classificados em duas

categorias:

a) Efeitos estocásticos (probabilísticos), ex.: câncer e doenças genéticas (anomalias)

b) Efeitos determinísticos, ex.: morte celular (síndromes agudas), eritemas, vômito, etc.

6.3 EFEITOS ESTOCÁSTICOS

Os efeitos estocásticos são aqueles que ocorrem ao acaso; ocorrem nos indivíduos não expostos e expostos à

radiação. Em proteção radiológica, efeitos estocásticos significam câncer (carcinogênese) e efeitos genéticos

(mutagênese).

Características dos efeitos estocásticos:

a) O resultado de uma exposição à radiação significa um aumento da probabilidade do efeito

b) Quanto maior a dose, não aumenta a severidade do dano, maior será a probabilidade da ocorrência do efeito.

c) Não existe uma dose mínima para a ocorrência do efeito

Por ser responsável pela codificação da estrutura molecular de todas as enzimas das células, o DNA passa a

ser a molécula chave no processo de estabelecimento de danos biológicos. Ao sofrer ação direta das radiações

(ionização) ou indireta (através do ataque de radicais livres) a molécula de DNA expõe basicamente dois tipos de

danos: mutações gênicas e quebras.

Mutações gênicas: correspondem a alterações introduzidas na molécula de DNA que resultam na perda ou na

transformação de informações codificadas na forma de genes.

Quebras da molécula: resultam na perda da integridade física do material genético (quebra da molécula). as partes

que foram quebradas tornam-se “grudentas” e podem se reatar com qualquer outra parte quebrada. Existem várias

possibilidades, entre elas:

1. As quebras se juntam novamente e não há nenhum efeito na próxima divisão celular.

2. As quebras não se juntam e são deletadas na próxima divisão celular, levando na maioria dos casos na morte

da célula.

3. As quebras se juntam com outros pedaços e ficam distorcidas.

Figura 11: Estrutura do DNA.

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A introdução de mutações no genoma de uma célula é considerada indispensável para a indução de um

câncer por ação das radiações. No entanto, mutações radioinduzidas não evoluem obrigatoriamente para câncer. O

que se observa é que a probabilidade de cancerização a partir de células irradiadas é superior à probabilidade de

ocorrência deste processo a partir de células não irradiadas. Mutações seria o primeiro passo do processo de

cancerização. Diversos outros parecem contribuir para o processo, o que faz com que o período entre o momento em

que ocorrem mutações no genoma de uma célula e a eventual manifestação do câncer possa ser de vários anos, senão

de décadas. Quanto maior a quantidade de energia absorvida por um indivíduo (dose absorvida), maior a

probabilidade de que venha a desenvolver a doença, o que faz do câncer um efeito estocástico da radiação.

Os efeitos estocásticos, portanto, causam uma alteração aleatória no DNA de uma única célula que, no

entanto, continua a reproduzir-se. Levam à transformação celular. A severidade é determinada pelo tipo e localização

do tumor ou pela anomalia resultante. No entanto, o organismo apresenta mecanismos de defesa muito eficientes.

Os seres vivos, em geral, e o Homem, em particular dispõem de mecanismos biológicos que lhes confere capacidade,

dentro de limites ainda por estabelecer, de convívio com radiações ionizantes. Assim, a maioria das transformações

neoplásicas não evolui para câncer.

Quando o mecanismo de defesa falha, após um longo período de latência, o câncer então, aparece. A

leucemia ~ 5-7 anos e os tumores sólidos ~ 20 anos. Os efeitos são cumulativos: quanto maior a dose, maior a

probabilidade de ocorrência. Quando o dano ocorre em célula germinativa, efeitos hereditários podem ocorrer.

6.4 EFEITOS DETERMINÍSTICOS

Os efeitos determinísticos apresentam as seguintes características:

a) Uma dose mínima deve ser atingida antes que se observe um efeito.

b) O tamanho do efeito aumenta com o aumento da dose, isto é, é proporcional à dose.

c) Existe uma relação clara entre a exposição à radiação e o efeito observado.

Por exemplo, uma pessoa deverá ingerir uma certa quantidade de álcool antes que sejam observados os

efeitos da bebida. Depois disso, a gravidade do efeito da bebida depende de quanto ela ingeriu. Finalmente, o efeito

“indivíduo bêbado” pode ser claramente relacionado como o resultado da ingestão da bebida.

Os efeitos determinísticos começam a ser observados através de exames sanguíneos a partir de uma dose de

250mGy. Sintomas clínicos com vômitos e diarréias só aparecem para doses superiores a 1Gy que é conhecida como

dose infra-clínica, abaixo desta dose tem-se a ausência de sintomatologia na maioria dos indivíduos.

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O limite anual para o trabalhador é de uma dose efetiva de 50mSv, o que corresponde à

uma dose absorvida de 50mGy de radiação X de corpo inteiro, portanto, longe de

qualquer sintomatologia!

Comentário: Atualmente os efeitos não estocásticos são definidos como efeitos

determinístico (ICRP – 1991)

EFEITOS BIOLÓGICOS – Outra Classificação

Somáticos – Aqueles efeitos que aparecem no indivíduo exposto à radiação.

Efeitos Genéticos – Aqueles que aparecem nos descendentes dos indivíduos expostos.

Comentários: Os efeitos somáticos surgem do dano nas células do corpo, e

depende da dose total absorvida, da taxa de absorção da radiação, da região e área do

corpo, e aparecem geralmente depois que a dose absorvida ultrapassa um valor

limiar. Apresentam mais perigos a medida que a área irradiada aumenta

ESQUEMAS PARA RADIOPROTEÇÃO

Comentário 2:

Como as exposições podem ser atribuídas a fonte naturais e artificiais, a proteção radiológica deve

abranger alguns tipos de planos dos quais possa operar. O ICRP (International Commission on

Radiological Protection) tem formulado recomendações sobre todos os aspectos básicos e práticos

da proteção radiológica. Essas recomendações constituem as bases de regulamentos que são

adotados por organismos nacionais e internacionais. Devido a essas circunstancias, padrões

uniformes para a proteção radiológica são adotados em todo mundo.

EFEITO ESTOCÁSTICO

EFEITO DETERMINÍSTICO

A probabilidade depende da dose

A gravidade depende da dose

EFEITO

HEREDITÁRIO Ex.: anormalidades hereditárias

------------------------------------

EFEITO

SOMÁTICO Ex.: cânceres, leucemia

Ex.: anemia, esterilidade, catarata

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6.4.1 Síndromes Agudas

Síndromes de irradiação aguda correspondem a um conjunto de manifestações clínicas apresentadas por indivíduos

submetidos a exposições envolvendo altas taxas de dose, altas doses e exposição de área importante do corpo (corpo

inteiro).

Diferentes tecidos reagem de diferentes formas às radiações. Alguns tecidos são mais sensíveis que outros

(lembre: dose efetiva!), como os do sistema linfático e hematopoiético (medula óssea) e do epitélio intestinal, que

são fortemente afetados quando irradiados, enquanto outros, como os musculares e neuronais, possuem baixa

sensibilidade às radiações. Os efeitos agudos da radiação são divididos em três etapas crescentes de severidade.

a) Síndrome hematopoiética

b) Gastrintestinal

c) Sistema nervoso central

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A tabela abaixo mostra os sintomas observados em adultos, para dose de absorvida (Gy) de corpo inteiro

a) Síndrome hematopoiética (2 Gy – 6 Gy)

Síndrome caracterizada por efeitos produzidos nos tecidos que fabricam o sangue. A síndrome

hematopoiética aparece quando o indivíduo recebe uma dose de radiação gama de corpo inteiro maior que 2Gy,

resultando num dano reversível ou irreversível na medula óssea, dependendo da dose. No entanto, mudanças na

contagem das plaquetas aparecem geralmente quando os indivíduos recebem uma dose de corpo inteiro entre 250 e

500 mGy.

b) Síndrome Gastrointestinal (6 - 7 Gy)

A síndrome gastrointestinal sucede de uma dose de corpo inteiro de cerca de 6 Gy ou maior, como

consequência ocorre a destruição do epitélio intestinal além da destruição da medula óssea. Todos os sintomas da

síndrome hematopoiética são observados, porém a náusea, vômito e diarreia começam logo depois da exposição.

Caso o indivíduo não receba tratamento, a morte em algumas semanas é certa.

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c) Sistema nervoso central (≥10 Gy)

Uma dose maior que 10 Gy danifica o sistema nervoso central, além de todos os outros sistemas do corpo.

Em alguns minutos a vítima fica inconsciente e a morte em algumas horas ou dias.

6.4.2 OUTROS EFEITOS DETERMINÍSTICOS DA RADIAÇÃO

Pela sua localização, a pele está sujeita a uma maior dose de radiação que outros tecidos. Uma dose

absorvida de 2,6 Gy na entrada da pele produz um eritema (vermelho). Doses mais altas estão associadas à queda de

cabelo, necrose, bolhas e ulcerações. Uma dose de 300 mGy nos testículos do homem, e 3 Gy nos ovários em

mulheres, resulta em esterilidade temporária. Doses mais elevadas aumentam o tempo da esterilidade. Uma dose nos

olhos de alguns grays pode resultar em conjuntivite aguda.

Figura 12: Ulceração resultante de sobre-exposição por fluoroscopia.

Figura 13. Queimadura por radiação de uma fonte de Cs-137 em Goiana, Brasil.

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Dose Sintomas

> 4 Gy Epilação temporária

16 a 20 Gy Epilação definitiva

6 a 12 Gy Radiodermite eritematosa que se manifesta 8 dias após a

exposição por dor e pigmentação acentua

16 a 20 Gy Radiodermite exudativa (bolhas e lesões) que regride em 5 a 6

semanas

25 Gy Radiodermite e radionecrose que se manifesta por um eritema

precoce, dor e exudação; evolui para uma ulceração do tecido

2 Gy Catarata: quando maior a dose, maior a velocidade do

estabelecimento do processo; conjuntivite aguda de pouca

gravidade

0,3 Gy Esterilidade temporária do homem

5 Gy Esterilidade definitiva do homem

3 Gy Esterilidade temporária da mulher

6 a 8 Gy Esterilidade definitiva da mulher

6.4.3 DOSE LETAL

A dose letal é um efeito determinístico. Se tivermos uma certa população de indivíduos expostos a uma certa

dose radiação. Após 30 dias, observa-se que a metade (50%) dos indivíduos faleceram. A essa dose, chama-se a

“dose letal 50-30dias”, ou seja, a dose na qual 50% dos indivíduos morrem em 30 dias e é representada por: LD50/30-

dias. A LD50/30-dias para o homem de radiação gama é cerca de 4 Gy, mas para outros animais pode ser bem diferente,

conforme mostra a seguinte tabela:

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Espécie LD50/30 Gy

Porco 2,5

Cachorro 2,75

Macaco 4,25

Rato 6,2

Peixe 7

Coelho 7,25

Tartaruga 15

6.4.4 EFEITO DAS RADIAÇÕES IONIZANTES NO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

Os efeitos da exposição pré-natal são altamente dependes do período de gestação. Alguns exemplos são:

entre 0-3 semanas, o efeito mais importante é a falha de fixação do embrião e sua consequente morte. De 3 semanas

em diante, pode apresentar má formação no órgão que estiver se desenvolvendo na época da exposição. Existem

também efeitos de aumento na probabilidade de ocorrência de câncer no recém-nascido e redução do QI. Estudos

advindos dos acidentes nucleares de Hiroshima e Nagasaki demonstraram que se a exposição ocorrer entre 8-15

semanas há uma redução de 30 pontos de QI/Sv. Se a exposição for no período entre 16-25 semanas, esta redução é

menor que 30 pontos de QI/Sv. Pode ainda ocorrer retardo mental severo. Exposição durante qualquer período da

gravidez, tem uma chance de 1/50.000 de causar câncer infantil.

Época da Gestação

Efeito mais provável

0-3 semanas • falha de fixação do embrião, morte

3 semanas em diante • má formação no órgão que estiver se desenvolvendo na

época da exposição.

• má formação no órgão que estiver se desenvolvendo na

época da exposição.

• má formação no órgão que estiver se desenvolvendo na

época da exposição

8-15 semanas • redução de 30 pontos de QI/Sv.

• retardo mental severo.

16-25 semanas • redução < que 30 pontos de QI/Sv.

• retardo mental severo.

Toda a gravidez • câncer infantil (1/50.000).

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6.4.5 TRATAMENTOS

O tratamento médico da sobre-exposição está direcionado ao alívio dos sintomas. Pacientes com baixa de

glóbulos brancos são tratados com antibióticos. A anemia aparece somente após 1 a 2 semanas, devido a maior vida

das hemácias. Uma das primeiras medidas para combater a síndrome hematopoiética é a transfusão de sangue.

Nos casos de mãos e pés expostos, algumas complicações aparecem quando os eritemas parecem estar

curados. Ao invés de regenerar células suficientes para reparar as paredes dos vasos com a espessura adequada, as

paredes continuam a engrossar até cortar o suprimento de sangue, desenvolvendo uma gangrena. Nestes casos é

necessário amputar as partes afetadas. Os tratamentos médicos são eficazes até a síndrome hematopoiética. Para

doses na faixa da síndrome gastrointestinal, não há tratamento que impeça a morte.

A radiação pode danificar a córnea, íris ou lente dos olhos. No caso da lente, a radiação danifica células na

parte anterior do olho, desintegrando as fibras e formando uma área opaca. Quando a área é grande o suficiente para

interferir na visão, é chamada catarata. A dose no olho deve ser da ordem de 2 Gy de radiação beta ou gama para

produzir catarata.

A figura abaixo ilustra de forma resumida como estão divididos os efeitos biológicos da radiação

7. A PORTARIA 453 DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Os princípios básicos em radiologia diagnóstica estão estabelecidos na Portaria 453 do Ministério da Saúde.

São eles:

Justificação da prática e das exposições médicas individuais;

Otimização da proteção radiológica;

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Limitação de doses individuais.

7.1 JUSTIFICAÇÃO

A justificação é o princípio básico de proteção radiológica que estabelece que “nenhuma prática ou fonte

restrita a uma prática deve ser autorizada a menos que produza suficiente benefício para o indivíduo exposto ou para

a sociedade, de modo a compensar o detrimento que possa ser causado”.

O princípio da justificação em medicina e odontologia deve ser aplicado considerando:

i) Que a exposição médica deve resultar em um benefício real para a saúde do indivíduo e/ou para sociedade,

tendo em conta a totalidade dos benefícios potenciais em matéria de diagnóstico ou terapêutica que dela

decorram, em comparação com o detrimento que possa ser causado pela radiação ao indivíduo.

ii) A eficácia, os benefícios e riscos de técnicas alternativas disponíveis com o mesmo objetivo, mas que

envolvam menos ou nenhuma exposição a radiações ionizantes.

A portaria 453 proíbe toda exposição que não possa ser justificada, incluindo:

a) exposição deliberada com o objetivo único de demonstração, treinamento ou outros fins que contrariem o

princípio da justificação.

b) Exames radiológicos para fins empregatícios ou periciais, exceto quando as informações a serem obtidas

possam ser úteis à saúde do indivíduo examinado, ou para melhorar o estado de saúde da população.

c) Exames de rotina de tórax para fins de internação hospitalar, exceto quando houver justificativa no

contexto clínico, considerando-se os métodos alternativos.

d) Exames radiológicos para rastreamento em massa de grupos populacionais, exceto quando o Ministério da

Saúde julgar que as vantagens esperadas para os indivíduos examinados e para a população são

suficientes para compensar o custo econômico e social, incluindo o detrimento radiológico. Deve-se levar

em conta, também, o potencial de detecção de doenças e a probabilidade de tratamento efetivo dos casos

detectados.

7.2 OTIMIZAÇÃO DA PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

O princípio de otimização estabelece que as instalações e as práticas devem ser planejadas, implantadas e

executadas de modo que a magnitude das doses individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de

exposições acidentais sejam tão baixos quanto razoavelmente possíveis, levando-se em conta fatores sociais e

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econômicos, além das restrições de dose aplicáveis. Este princípio decorre da sigla em inglês ALARA que em

português significa “TÃO BAIXO QUANTO RAZOAVELMENTE POSSÍVEL”

A otimização da proteção deve ser aplicada em dois níveis, nos projetos e construções de equipamentos e

instalações, e nos procedimentos de trabalho.

No emprego das radiações em medicina e odontologia, deve-se dar ênfase à otimização da proteção nos

procedimentos de trabalho, por possuir uma influência direta na qualidade e segurança da assistência aos pacientes.

As exposições médicas de pacientes devem ser otimizadas ao valor mínimo necessário para obtenção do

objetivo radiológico (diagnóstico e terapêutico), compatível com os padrões aceitáveis de qualidade de imagem. Para

tanto, no processo de otimização de exposições médicas deve-se considerar:

a) A seleção adequada do equipamento e acessórios.

b) Os procedimentos de trabalho.

c) A garantia da qualidade.

d) Os níveis de referência da dose em radiodiagnóstico para pacientes.

7.3 LIMITAÇÃO DE DOSES INDIVIDUAIS

Os limites de doses individuais são valores de dose efetiva ou de dose equivalente, estabelecidos para exposição

ocupacional e exposição do público decorrentes de práticas controladas, cujas magnitudes não devem ser excedidas

(ver Tabela 3). Os limites de dose:

a) Incidem sobre o indivíduo, considerando a totalidade das exposições decorrentes de todas as práticas a que

ele possa estar exposto.

b) Não se aplicam às exposições médicas, ou seja, de pessoa como parte de um tratamento ou diagnóstico, de

indivíduos ajudando a conter ou amparar um paciente ou de voluntários participantes de pesquisa científica.

Não há limite de dose, esta é determinada pela necessidade médica, no entanto recomenda-se o uso de níveis

de referência.

Tabela 3. Limites primários anuais de dose equivalente e efetiva.

Trabalhador

Indivíduo

do

Público

Dose Efetiva média anual 50 mSv 1 mSv

Dose Equivalente para um órgão ou tecido 500 mSv 1 mSv

Dose Equivalente para a pele 500 mSv 50 mSv

Dose Equivalente para o cristalino 150 mSv 50 mSv

Dose Equivalente para as extremidades 500 mSv 50 mSv

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Nestes cálculos, 1 mês possui 20 dias de trabalho e 1 ano possui 10 meses. Logo, o limite mensal

para trabalhadores será 50/10 = 5 mSv / mês. O limite de dose efetiva diário será 5/20 = 0,25

mSv/dia.

a) Exposições Ocupacionais

As exposições ocupacionais normais de cada indivíduo, ou seja, aquela ocorrida no ambiente de trabalho,

decorrentes de todas as práticas, devem ser controladas de modo que os valores dos limites estabelecidos não sejam

excedidos. O controle deve ser realizado da seguinte forma:

1) a dose efetiva média anual não deve exceder 20 mSv em qualquer período de 5 anos consecutivos, não

podendo exceder 50 mSv em nenhum ano. Equivale dizer que a dose efetiva em cinco anos dever ser inferior

a 100 mSv.

2) a dose equivalente anual não deve exceder 500 mSv para extremidades e 150 mSv para o cristalino (olhos).

b) Gestantes

Para mulheres grávidas devem ser observados os seguintes requisitos adicionais, de modo a proteger o

embrião ou feto:

1) A gravidez deve ser notificada ao titular do serviço tão logo seja constatada;

2) As condições de trabalho devem ser revistas para garantir que a dose na superfície do abdômen não exceda 2

mSv durante todo o período restante da gravidez, tornando pouco provável que a dose adicional no embrião

ou feto exceda cerca de 1 mSv neste período.

A gravidez deve ser notificada ao titular do serviço tão logo seja constatada

c) Estudantes

Menores de 18 anos não podem trabalhar com raios-x diagnósticos, exceto em treinamentos. Para estudantes

com idade entre 16 e 18 anos, em estágio de treinamento profissional, as exposições devem ser controladas de modo

que os seguintes valores não sejam excedidos:

1) dose efetiva anual de 6 mSv;

2) dose equivalente anual de 150 mSv para extremidades e 50 mSv para o cristalino.

É proibida a exposição ocupacional de menores de 18 anos.

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d) Público

As exposições normais de indivíduos do público decorrentes de todas as práticas devem ser restringidas de

modo que a dose efetiva anual não exceda 1 mSv.

e) Nível de Registro

O nível de registro para a monitoração individual é de 5 mSv/ano, ou 0,5 mSv/mês (1 ano tem 10 meses). O

registro médico e radiológico o trabalhador é guardado por 30 anos após o término da sua ocupação, mesmo que já

tenha falecido.

f) Nível de Investigação

O nível de investigação é 15 mSv/ano, ou 1,5 mSv/mês. Em níveis acima, a instalação deverá ser

investigada para otimizar a proteção.

g) Pacientes

Não há limites de dose para pacientes uma vez que haverá o benefício líquido. No entanto, deve-se observar

a otimização dos procedimentos.

Os exames de radiodiagnóstico devem ser realizados de modo a considerar os níveis de referência de

radiodiagnóstico apresentados na Tabela 4. Os níveis de referência adotados pela Portaria 453 são mostrados na

Tabela 4. Os níveis de referência mostrados não são um limite de dose para pacientes, mas sim valores de dose na

posição da entrada da pele comumente encontrados para cada procedimento.

Os níveis de referência de radiodiagnóstico devem ser utilizados de modo a permitir a revisão e adequação

dos procedimentos e técnicas quando as doses excederem os valores especificados (como parte do programa de

otimização).

Tabela 4. Níveis de referência de radiodiagnóstico por radiografia para paciente adulto típico.

EXAME Dose na Entrada da Pele (mGy)

Coluna lombar

AP

LAT

JLS

10

30

40

Abdômen, urografia e colecistografia AP 10

Pelve AP 10

Bacia AP 10

Tórax PA 0,4

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LAT 1,5

Coluna Torácica

AP

LAT

7

20

Odontológico

Periapical

AP

3,5

5

Crânio

AP

LAT

5

3

Mama

CC com grade

CC sem grade

10

4

h) Acompanhantes

A presença de acompanhantes durante os procedimentos radiológicos somente é permitida quando sua

participação for imprescindível para conter, confortar ou ajudar pacientes.

(i) Esta atividade deve ser exercida apenas em caráter voluntário e fora do contexto da atividade

profissional do acompanhante;

(ii) É proibido a um mesmo indivíduo desenvolver regularmente esta atividade;

(iii) Durante as exposições, é obrigatória, aos acompanhantes, a utilização de vestimenta de proteção

individual compatível com o tipo de procedimento radiológico e que possua, pelo menos, o equivalente a

0,25 mm de chumbo;

O conceito de limite de dose não se aplica para estes acompanhantes; entretanto, as exposições a

que forem submetidos devem ser otimizadas com a condição de que a dose efetiva não exceda 5

mSv durante o procedimento.

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RESUMO GERAL DA LIMITAÇÃO DE DOSES

[a] Para fins de controle administrativo efetuado pela CNEN, o term o dose anual deve ser considerado com o dose no ano calendário, isto é, no período decorrente de janeiro a dezem bro de cada ano.

[b] M édia ponderada em 5 anos consecutivos, desde que não exceda 50 m Sv em qualquer ano.

[c] Em circunstâncias especiais, a CNEN poderá autorizar um valor de dose efetiva de até 5 m Sv em um ano, desde que a dose efetiva m édia em um período de 5 anos consecutivos, não exceda a 1 mSv por ano.

[d] Valor m édio em 1 cm 2 de área, na região m ais irradiada.

Os valores de dose efetiva se aplicam à soma das doses efetivas, causadas por exposições externas, com as

doses efetivas comprometidas (integradas em 50 anos para adultos e até a idade de 70 anos para crianças),

causadas por incorporações ocorridas no mesmo ano.

1. Para mulheres grávidas ocupacionalmente expostas, suas tarefas devem ser controladas de maneira que

seja improvável que, a partir da notificação da gravidez, o feto receba dose efetiva superior a 1 mSv

durante o resto do per íodo de gestação.

2. Indivíduos com idade inferior a 18 anos não podem estar sujeitos a exposições ocupacionais.

3. Os limites de dose estabelecidos não se aplicam a exposições médicas de acompanhantes e voluntários que

eventualmente assistem pacientes. As doses devem ser restritas de forma que seja improvável que algum

desses acompanhantes ou voluntários receba mais de 5 mSv durante o per íodo de exame diagnóstico ou

tratamento do paciente. A dose para crianças em visita a pacientes em que foram administrados materiais

radioativos deve ser restrita de forma que seja improvável exceder a 1 mSv.

DEFINIÇÕES DE ÁREAS

Os ambientes de serviço devem ser delimitados e classificados em áreas livres ou em áreas controladas; As salas

onde se realizam os procedimentos radiológicos e a sala de comando devem ser classificadas como áreas

controladas;

Limites de Dose Anuais [a]

Grandeza

Órgão

Indivíduo ocupacionalmente

exposto

Indivíduo do público

Dose efetiva

Corpo inteiro

20 mSv [b]

1 mSv [c]

Dose equivalente

Cristalino

150 mSv

15 mSv

Pele [d]

500 mSv

50 mSv

Mãos e pés

500 mSv

---

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Área Livre: área isenta de regras especiais de segurança onde as doses equivalentes anuais não ultrapassam os

limites para os indivíduos do público.

Área Controlada: estas áreas devem possuir barreiras físicas com blindagem suficiente para garantir a manutenção

de níveis de dose tão baixos quanto razoavelmente exeqüíveis. Dispor de restrição de acesso e de sinalização

adequada. Ser exclusivas aos profissionais necessários à realização do procedimento radiológico e ao paciente

submetido ao procedimento.

As áreas controladas devem sinalizadas com o símbolo internacional da radiação (ver Figura 14), assim como todas

as embalagens ou blindagens de fontes e com o acesso somente às pessoas autorizadas.

Figura 14. Símbolo internacional da radiação.

REDUÇÃO DA EXPOSIÇÃO DO PACIENTE

Ao realizar uma radiografia, o paciente recebe uma dose de radiação necessária à realização do exame. No

entanto, os técnicos e outros trabalhadores do local estão recebendo uma dose de radiação (muito menor) resultado

da fuga da radiação através da blindagem do cabeçote como também proveniente do espalhamento da radiação no

paciente.

O técnico de raios-X pode fazer muitas coisas para minimizar a exposição desnecessária dos pacientes, assim

como dos funcionários e colegas de trabalho. A maioria dessas medidas não requer nenhum equipamento sofisticado

nem treinamento rigoroso, mas sim uma atitude consciente e de sua ética profissional. Os princípios básicos que

minimizam a exposição dos pacientes e trabalhadores são:

Entender e aplicar os princípios de tempo, distância e blindagem;

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Entender e aplicar os princípios de justificação da prática, otimização (tão baixa quanto razoavelmente

possível) e limitação da dose individual do trabalhador;

Nunca ficar na frente do feixe de radiação primário;

Colimar (restringir o tamanho) o feixe de radiação para que resulte no menor campo possível, mas

apropriado à realização do exame;

Usar sempre luvas e aventais plumbíferos, caso não esteja atrás de uma barreira de proteção;

Usar o monitor individual de dose sobre o avental de chumbo, no colarinho;

Nunca segurar o paciente durante um exame. Usar aparato próprio ou usar amigos ou parentes;

Fornecer luvas e avental para a pessoa usada para segurar o paciente;

Somente realizar exames pélvicos e baixo abdômen em mulheres nos dias após a menstruação. Durante a

gravidez, salvo os casos de vida ou morte, os exames devem ser adiados até o final da gravidez ou pelo

menos até a metade.

AVENTAL PLUMBÍFERO

Durante a utilização de avental plumbífero, o dosímetro individual deve ser colocado sobre o

avental, aplicando-se um fator de correção de 1/10 para estimar a dose efetiva. Em casos em que as

extremidades possam estar sujeitas a doses significativamente altas, deve-se fazer uso adicional de

dosímetro de extremidade.

8. DETECTORES DE RADIAÇÃO

Os detectores de radiação podem ser classificados em detectores de leitura direta ou de leitura indireta. Os

detectores de leitura direta são aqueles que apresentam circuitos eletrônicos capazes de apresentar a resposta do

detector no mesmo instante da incidência da radiação. Já os de leitura indireta, apresentam a resposta devido à

interação com a radiação, após sofrerem determinados tratamentos, isto é, não apresentam a resposta de forma

imediata como nos de leitura direta.

Os detectores de leitura indireta possuem a propriedade de acumular efeitos fisico-químicos proporcionais à

quantidade de exposição às radiações recebida, num intervalo de tempo. Assim, portanto, estes detectores possuem a

finalidade de registrar as doses recebidas por trabalhadores, durante um período de tempo.

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DETECTORES GASOSOS

São detectores de leitura direta são constituídos basicamente de um tubo fechado (câmara) contendo um gás

ou uma mistura de gases e de dois eletrodos: um fio central que recebe tensão positiva e a parede do tubo que recebe

tensão negativa, conforme apresentado na figura abaixo. Os detectores gasosos podem ser do tipo Geiger-Muller,

Câmara de Ionização ou Contadores Proporcionais.

Figura 15: Detector gasoso

Como sabemos, quando a radiação interagindo com o gás irá produzir íons negativos e íons positivos. Os

íons negativos (elétrons) são coletados pelo eletrodo positivo e dão origem a uma corrente elétrica. Esta corrente,

após sofrer uma amplificação por circuitos especiais, é convertida em um sinal e registrada no display (mostrador) do

aparelho. Desta forma, os valores apresentados no display dom aparelho apresentam uma relação com a intensidade

da radiação.

Portanto, a detecção é efetuada no detector, porém associado a um sistema de registro eletrônico, capaz de

“contar” cada sinal (ionização) provocado pela passagem da radiação pela câmara. Logo, o detector é um dispositivo

capaz de transformar a energia depositada pela radiação em impulsos elétricos mensuráveis.

Quando este detector é colocado num campo de radiação superior à capacidade de medição, ocorre a

saturação do detector (excesso de ionização no interior da câmara), de modo que o sistema eletrônico fica inoperante.

Detetores Geiger-Muller ou GM

Descritos pela primeira vez por H.Geiger e W. Muller em 1928, constituem de uma câmara contendo mistura

gasosa geralmente álcool etílico e halogênios, com volume variando conforme sua aplicação e cuja principal

característica é a produção de pulsos elétricos com amplitudes constantes, independentes da energia ou do tipo de

radiação que iniciou o processo de ionização no interior da câmara.

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O detector G.M é o mais importante para fins de utilização em proteção radiológica, dado suas características

de robustez, estabilidade, portabilidade, leituras com precisão aceitável e independente de pressão e temperatura.

São exemplos de aparelhos detectores de radiação que utilizam o G.M:

a) Monitor de área

b) Medidor de nível

c) Detector sonoro (Bip)

d) Detector de superfície

Figura 17: Detector de superfície.

Câmaras de Ionização

São detectores usados para medir radiação de baixa intensidade. As principais características das câmaras de

ionização são:

a) Variação da tensão na câmara de ionização, pressão ou temperatura, acarreta variações nas leituras do

aparelho.

b) O sinal proveniente da câmara devido a ionização produzida pela passagem da radiação é de pequena

intensidade e proporcional a energia das radiações absorvidas no meio gasoso da câmara de ionização.

c) O material que constitui fisicamente as paredes da câmara influencia a performance da mesma, podendo ser

classificadas como: equivalente-ar, construídas com baquelite; equivalente-tecido, construídas em nylon com

polietireno, carbono, fluoreto de cálcio e sílica.

Quanto ao volume da câmara, esta se relaciona com a sensibilidade desejada.

Figura 16:Câmara detectora do detector GM

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Um exemplo de detector de radiação que utilizam a câmara de ionização são os dosímetros de bolso ou canetas

dosimétricas, conforme apresentado na figura abaixo.

Figura 18: Esquema de uma caneta dosimétrica

DETECTORES DO TIPO FILME

Figura 19: Detector do tipo filme.

DETECTORES DO TIPO TERMOLUMINESCENTES (TLD)

São detectores de leitura indireta, já que contém um cristal, geralmente fluoreto de lítio, que armazena uma

energia proporcional à quantidade de radiação recebida. Quando aquecido na faixa de temperatura de 200ºC, libera

proporcionalmente esta resposta na forma de fluorescência (luz). A intensidade da luz é, portanto, proporcional à

dose absorvida no detector.

São detectores de leitura indireta, uma vez que,

consiste em um filme radiográfico similar aos

utilizados pelos dentistas, que enegrecem

proporcionalmente à quantidade de radiação

recebida. O grau de enegrecimento ou densidade

ótica do filme é proporcional à dose absorvida

pelo filme.

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OUTROS TIPOS DE DECTORES

Com o desenvolvimento da tecnologia digital, hoje dispomos de dosímetros eletrônicos diminutos capazes de

registrar doses desde da ordem da radiação de fundo até altas doses, com absoluta precisão e com informações

informatizadas capaz de registrar a distribuição da dose no tempo decorrido, com até meses de integração. É o caso

dos dosímetros eletrônicos pessoais, nas dimensões de um cartão de crédito, que contém um minúsculo detector no

estado sólido ligado a um circuito especial de contagem microprocessada com uma memória não volátil, e ainda um

display de cristal líquido para leitura de funções e da dose integrada.

Pode ser ajustado para indicar doses acumuladas de 1 mSv até 10 Sv ou ainda taxa de dose desde 1 mSv/h

até 1 Sv/h. Fornece um histórico detalhado das doses recebidas, tais como: os valores das doses diárias nos últimos 3

meses; ou mensais dos últimos 5 anos, ou outros ajustes que o usuário pode necessitar, por um leitor especial

conectado a um computador.

Figura 20: Detector do tipo eletrônico.

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LESÕES POR RADIAÇÃO IONIZANTES

Lesões por Radiação Ionizantes

São lesões tissulares causadas pela exposição à radiação.

Em geral, a radiação refere-se a ondas ou partículas de alta energia emitidas por fontes

naturais ou artificiais (produzidos pelo homem). A lesão tissular pode ser causada pela breve

exposição a níveis elevados de radiação ou pela exposição prolongada a níveis baixos. Alguns

efeitos adversos da radiação duram apenas pouco tempo; outros causam doenças crônicas. Os

efeitos iniciais de doses altas de radiação tornam-se evidentes minutos ou dias após a exposição.

Os efeitos tardios podem tornar-se evidentes apenas semanas, meses ou mesmo anos mais tarde. As mutações

do material genético celular dos órgãos sexuais podem tornar-se evidentes somente quando uma pessoa exposta à

radiação tiver filhos com defeitos genéticos.

TABELA DEMONSTRANDO NÍVEIS DE SENSIBILIDADE DE ACORDO COM AS ÁREAS DO CORPO

Causas

No passado, as fontes nocivas de radiação eram os raios X e os materiais radioativos naturais (p.ex., urânio e

radônio). Atualmente, os raios X utilizados em exames diagnósticos produzem muito menos efeitos radioativos que

os utilizados no passado.

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As fontes mais comuns de exposição a altos níveis de radiação são os materiais radioativos produzidos pelo

homem utilizados em muitos tratamentos médicos, em laboratórios científicos, na indústria e em reatores de

energia nuclear.

Ocorreram grandes vazamentos acidentais de reatores nucleares, como na usina de Three Mile Island, na

Pensilvânia em 1979 e na usina de Chernobyl, na Ucrânia em 1986. O acidente de Three Mile Island não provocou

uma grande exposição radioativa. De fato, as pessoas que viviam em um raio de 1,5 km da usina receberam uma

quantidade de radiação um pouco menor que a quantidade de raios X que uma pessoa recebe, em média, em 1 ano.

No entanto, as pessoas que viviam perto de Chernobyl foram expostas a uma quantidade

consideravelmente maior de radiação. Mais de 30 pessoas morreram e muitas outras sofreram lesões. A radiação

desse acidente chegou até a Europa, a Ásia e os Estados Unidos.

No total, a exposição à radiação gerada por reatores nos primeiros 40 anos de uso da energia nuclear,

excluindo Chernobyl, provocou 35 exposições graves com 10 mortes, mas nenhum caso foi associado às usinas de

energia.

Nos Estados Unidos, os reatores de energia nuclear devem cumprir padrões federais rigorosos que limitam a

quantidade de material radioativo liberado a níveis extremamente baixos. A radiação é medida em várias unidades

diferentes.

O roentgen (R) mede a quantidade de radiação no ar.

O gray (Gy) é a quantidade de energia que realmente é absorvida por qualquer tecido ou

substância após uma exposição à radiação.

Como alguns tipos de radiação podem afetar uns organismos biológicos mais que

outros, o sievert (Sv) é utilizado para descrever a intensidade dos efeitos que a radiação

produz sobre o corpo para quantidades equivalentes de energia absorvida.

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Os efeitos

Os efeitos prejudiciais da radiação dependem da quantidade (dose), da duração da exposição e do grau de

exposição. Uma única dose rápida de radiação pode ser fatal, mas a mesma dose total aplicada ao longo de semanas

ou meses pode produzir efeitos mínimos. A dose total e o grau de exposição determinam os efeitos imediatos sobre o

material genético das células.

A dose é a quantidade de radiação que uma pessoa é exposta durante um determinado período de tempo. A

dose da radiação ambiental que é inevitável é baixa, em torno de 1 a 2 miligrays (1 miligray é igual a 1/1.000 gray)

por ano e não produz efeitos detectáveis sobre o organismo. Os efeitos da radiação são cumulativos, isto é, cada

exposição é adicionada às anteriores para determinar a dose total e seus possíveis efeitos sobre o organismo. À

medida que a dose ou a dose total aumenta, a probabilidade de efeitos detectáveis também aumenta.

Os efeitos da radiação também dependem da porcentagem do corpo que é exposta. Por exemplo, uma

radiação maior que 6 grays geralmente pode causar a morte da pessoa exposta quando a radiação é distribuída

por toda a superfície corpórea. No entanto, quando ela é limitada a uma área pequena, como no tratamento contra o

câncer (radioterapia), essa quantidade pode ser aplicada 3 a 4 vezes sem que sejam produzidos lesões graves no

organismo. A distribuição da radiação no organismo também é importante. As partes do corpo em que as

células se multiplicam rapidamente (p.ex.intestinos e medula óssea) são lesadas mais facilmente pela radiação que as

partes em que as células se multiplicam mais lentamente (p.ex., músculos e tendões). Durante a radioterapia

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contra o câncer, é feito o máximo possível para se proteger as partes mais vulneráveis do corpo, de modo que

doses altas possam ser utilizadas.

Sintomas

A exposição à radiação produz dois tipos de lesão: a lesão aguda (imediata) e a lesão crônica (tardia). As

síndromes de radiação aguda podem afetar diferentes órgãos.

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Sindrome cerebral

Síndrome cerebral ocorre quando a dose total de radiação é extremamente alta (mais de 30 grays). É sempre

fatal. Os primeiros sintomas, náusea e vômito, são seguidos por agitação, sonolência e, algumas vezes, coma. É

muito provável que esses sintomas sejam causados pela inflamação cerebral. Em poucas horas,

ocorrem tremores, convulsões, incapacidade de andar e a morte.

Sindrome Gastrintestinal

A síndrome gastrintestinal ocorre devido a doses totais menores, mas ainda elevadas, de radiação (4

grays ou mais). Os sintomas são a náusea, o vômito e a diarreia graves, acarretando uma desidratação intensa.

Inicialmente, a síndrome é causada pela morte de células que revestem o trato gastrointestinal. Os sintomas são

perpetuados pela destruição progressiva das células que revestem o trato e por infecções bacterianas. Finalmente,

as células que absorvem os nutrientes são completamente destruídas e ocorre um extravasamento

frequentemente intenso de sangue para o interior dos intestinos. Novas células podem crescer, em geral, quatro a

seis dias depois da exposição à radiação. Mas mesmo se ocorrer esse desenvolvimento celular, é provável que

as pessoas com essa síndrome venham a morrer de falência da medula óssea, que habitualmente ocorre duas

ou três semanas mais tarde.

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Sindrome Hematopoiética

A síndrome hematopoiética afeta a medula óssea, o baço e os linfonodos (os principais locais de

hematopoiese [produção de células do sangue]). A síndrome ocorre após a exposição de 2 a 10 grays de radiação,

começando com anorexia (perda de apetite), apatia, náusea e vômito. Esses sintomas são mais graves 6 a 12 horas

após a exposição,podendo desaparecer por completo, aproximadamente de 24 a 36 horas após a exposição. Durante

esse período assintomático, as células produtoras de sangue (células hematopoiéticas) dos linfonodos, do baço e

da medula óssea começam a morrer, acarretando uma diminuição acentuada de eritrócitos e leucócitos. A falta de

leucócitos, que combatem as infecções, frequentemente resulta em infecções graves.

Quando a dose total da radiação é superior a 6 grays, as disfunções hematopoiéticas e

gastrointestinais geralmente são fatais.

A doença aguda da radiação ocorre em uma pequena porcentagem de pacientes após um

tratamento radioterápico, especialmente do abdômen. Os sintomas incluem a:

Náusea, Vômito, Diarreia, Inapetência, Cefaléia.

Mal-estar generalizado

Aumento da frequência cardíaca.

Os sintomas geralmente desaparecem em algumas horas ou dias. A sua causa permanece desconhecida.

A exposição prolongada ou repetida a baixas doses de radiação de implantes radioativos ou fontes externas

pode causar amenorreia (interrupção da menstruação), redução da fertilidade em homens e mulheres, diminuição da

libido (impulso sexual) nas mulheres, catarata e anemia (redução da quantidade de eritrócitos), leucopenia (redução

da quantidade de leucócitos) e trombocitopenia (redução da quantidade de plaquetas).

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Doses muito elevadas em áreas limitadas do corpo causam perda de cabelo, descamação da pele e

formação de úlceras, calos, aranhas vasculares (pequenas áreas avermelhadas constituídas por vasos

sanguíneos dilatados localizados imediatamente abaixo da superfície cutânea). Com o passar do tempo, essa

exposição pode causar câncer de pele (carcinoma epidermóide). Pode ocorrer a formação de tumores ósseos anos

após a ingestão de determinados compostos radioativos (p.ex., sais de rádio). Ocasionalmente, ocorrem lesões

graves de órgãos expostos à radiação muito tempo após o término da radioterapia contra o câncer. A função renal

pode diminuir após um período de latência de 6 meses a 1 ano depois da pessoa receber doses extremamente

elevadas de radiação.

A anemia e a hipertensão arterial também podem ocorrer. Grandes doses acumuladas nos músculos podem

causar um quadro doloroso caracterizado pela atrofia muscular e depósitos de cálcio no músculo irradiado. Muito

raramente, essas alterações acarretam um tumor muscular maligno.

A radiação de tumores pulmonares pode causar pneumonite por radiação (uma inflamação pulmonar) e doses

elevadas podem provocar uma fibrose (cicatrizes) grave do tecido pulmonar, a qual pode ser fatal.

O coração e o pericárdio (saco que envolve o coração) podem inflamar após uma aplicação intensa de

radiação sobre o esterno e o tórax. Grandes doses acumuladas de radiação na medula espinhal podem causar uma

lesão catastrófica, acarretando a paralisia. A radiação intensa sobre o abdômen (para tratar cânceres dos linfonodos,

dos testículos ou dos ovários) pode acarretar a formação de úlceras crônicas, cicatrizes e perfuração intestinal.

A radiação altera o material genético das células que se multiplicam. Nas células que não pertencem ao

sistema reprodutivo, essas alterações podem causar anomalias do crescimento celular (p.ex., câncer ou catarata).

Quando os ovários e os testículos são expostos à radiação, a chance dos filhos apresentarem anomalias genéticas

(mutações) aumenta em animais de laboratório, mas este efeito não foi comprovado no ser humano. Alguns

pesquisadores acreditam que a radiação não é nociva abaixo de uma certa dose (limiar), enquanto outros acham que

qualquer radiação sobre os ovários e os testículos pode ser nociva.

Como não existem dados definitivos a respeito, a maioria dos especialistas recomenda que qualquer

exposição à radiação médica e ocupacional seja mantida abaixo de um determinado nível.

Em qualquer caso, estima-se que a chance de apresentar uma doença relacionada à radiação ou à mutação

genética seja de 1 em 100 para cada gray de exposição e cada pessoa recebe em média apenas aproximadamente

0,002 gray de radiação em um ano.

Diagnóstico e Prognóstico

Suspeita-se de lesão causada pela radiação quando uma pessoa adoece após ser submetida à radioterapia ou

após ser exposta à radiação em um acidente.

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Não existem exames específicos para diagnosticar a condição, embora possam ser utilizados muitos exames

diferentes para detectar um edema ou uma disfunção orgânica. O prognóstico depende da dose, da quantidade de

radiação e da distribuição no corpo. Os exames de sangue e da medula óssea podem fornecer informações adicionais

sobre a gravidade da lesão.

Quando uma pessoa apresenta a síndrome cerebral ou gastrointestinal, o diagnóstico é evidente e o

prognóstico é muito ruim. A síndrome cerebral pode ser fatal em algumas horas ou poucos dias e a síndrome

gastrointestinal geralmente é fatal em 3 a 10 dias, embora algumas pessoas sobrevivam algumas semanas.

Frequentemente, a síndrome hematopoiética causa a morte em 8 a 50 dias. A morte pode ser decorrente de

uma infecção avassaladora em 2 a 4 semanas ou por uma hemorragia intensa em 3 a 6 semanas após a exposição à

radiação.

O diagnóstico de lesões crônicas causados pela radiação é difícil ou impossível quando a exposição é

desconhecida ou passa desapercebida.

Quando o médico suspeita de uma lesão causada pela radiação, ele investiga possíveis exposições

ocupacionais, podendo consultar os arquivos de instituições estatais ou federais que mantêm registros das exposições

radioativas. O médico também pode examinar periodicamente os cromossomos, que contêm o material genético

celular, em busca de determinadas anomalias que podem ocorrer após uma exposição significativa à radiação. No

entanto, os resultados desses exames podem ser inconclusivos.

Quando os olhos são expostos à radiação, eles devem ser examinados periodicamente em busca de cataratas.

A pele contaminada por materiais radioativos deve ser lavada imediatamente com grandes quantidades de

água e com uma solução destinada a essa finalidade, quando disponível. Os pequenos ferimentos puntiformes

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devem ser limpos vigorosamente para que sejam removidas todas as partículas radioativas, apesar do processo de

escovação poder causar dor. Quando uma pessoa ingeriu material radioativo recentemente, deve ser feita a indução

ao vômito.

As pessoas que foram expostas a radiação excessiva podem ser controladas com exames do ar

expirado e de urina em busca de sinais de radioatividade. Como a síndrome cerebral aguda é sempre fatal, o

tratamento visa evitar o sofrimento, aliviando a dor, a ansiedade e a dificuldade respiratória.

Também são administrados sedativos para controlar as convulsões. Os sintomas da doença da radiação,

causados pela radioterapia sobre o abdômen, podem ser reduzidos através da administração de medicamentos

antieméticos (que combatem a náusea e o vômito) antes da radioterapia.

A síndrome gastrointestinal pode ser aliviada com antieméticos, sedativos e uma dieta leve. Os líquidos são

repostos de acordo com a necessidade. São administradas várias transfusões de sangue e antibióticos para ajudar a

manter a pessoa viva durante 4 a 6 dias posteriores à exposição à radiação, até que novas células comecem a crescer

no trato gastrointestinal.

Para a síndrome hematopoiética, as células sanguíneas são repostas por meio de transfusões. As medidas

para prevenir a infecção incluem a antibioticoterapia e o isolamento para manter a pessoa afastada de pessoas

que possam ter microorganismos patogênicos (que causam doenças). Algumas vezes, é realizado um transplante de

medula óssea, mas a taxa de sucesso é baixa, exceto quando existe um gêmeo fraterno como doador. No tratamento

dos efeitos tardios da exposição crônica, o primeiro passo consiste na remoção da fonte de radiação.

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ROTINA OPERACIONAL DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

1. Usar o dosímetro do início ao final de suas atividades diárias;

2. O dosímetro deve ser fixado no jaleco, de modo que não haja qualquer tipo de objeto na

frente ou atrás do dosímetro;

3. Quando se usa o avental pumblífero, o dosímetro deve estar SOBRE o avental;

4. Durante a ausência do usuário, o dosímetro deve ser mantido, junto ao dosímetro padrão,

no local designado;

5. Em caso de exposição acidental pessoal ou do dosímetro, o supervisor deve ser

comunicado imediatamente;

6. Todos os profissionais devem manter-se dentro da cabine de comando, ou protegidos

pelo biombo pumblífero, durante a realização de exames, e observar o paciente durante a

realização de exames;

7. As portas de acesso à sala de raios x devem permanecer fechadas durante as exposições;

8. Durante a realização dos procedimentos radiológicos, só poderão permanecer na sala o

paciente, o técnico e o médico. Excepcionalmente, poderá ser requerida a permanência de

outra pessoa, caso seja necessário conter o paciente, e essa pessoa deverá estar

devidamente protegida com vestimentas pumblíferas;

9. Quando houver necessidade de contenção de pacientes, os profissionais devem aplicar as

vestimentas de proteção no acompanhante;

10. Identificar o paciente, de preferência pedindo que ele fale seu nome completo;

11. Ler atentamente a prescrição do exame; em caso de dúvida ou incorreções, consultar o

solicitante ou médico responsável;

12. Efetuar o preparo e o posicionamento do paciente, objetivando sempre evitar exposições

desnecessárias.

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LEITURA COMPLEMNTAR

Seguro é fazer até cinco raios-X por ano, afirmam médicos

Por: Iara Biderman - SP

Quantos exames radiológicos uma pessoa pode fazer por ano com segurança?

Os médicos relutam em estabelecer um número, porque muitas vezes os benefícios superam os riscos da

exposição à radiação.

Mas especialistas dão uma ideia do que seria uma margem segura, considerando exames feitos com

equipamento bem calibrado e profissionais capacitados.

"Uma pessoa que faz até cinco radiografias por ano certamente não corre o risco de radiação excessiva", diz

Giovanni Cerri, diretor do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo).

O número serve para adultos e crianças. A máquina é ajustada conforme peso e idade da criança, e a

intensidade da radiação é menor.

Uma média de cinco exames significa, por exemplo, duas radiografias nos dentes, uma no tórax, uma

tomografia no rosto e a mamografia. É suficiente para procedimentos de rotina.

Em algumas doenças, pode ser necessário aumentar muito esse número. Não há limite para a quantidade de

radiografias e tomografias que podem ser feitas. Os médicos podem calcular o custo/benefício de submeter o

paciente a mais radiação.

"A preocupação é não realizar exames radiológicos se não for necessário. A radiação é cumulativa, ou seja,

uma dose soma-se à outra, inclusive com as de outras fontes, como a radiação solar", diz Cerri.

Márcio Garcia, coordenador do Centro de Diagnóstico do Hospital Infantil Sabará, concorda que até cinco

radiografias por ano é um número totalmente seguro. "Mas isso não quer dizer que, quando é preciso fazer mais

exames, a pessoa está em risco", ressalta.

O problema é que, atualmente, são feitos muitos exames desnecessários.

"Muitos médicos praticam uma medicina defensiva: para evitar possíveis queixas futuras sobre falhas do

diagnóstico, já pedem tudo quanto é exame de uma vez", diz Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade

Brasileira de Clínica Médica.

Para Sebastião Tramontin, presidente do Colégio Brasileiro de Radiologia, é uma questão de seguir critérios

para indicar o exame.

"Em casos de sinusite, só pedimos uma radiografia da face se não foi possível fechar o diagnóstico após um

bom exame clínico, por exemplo. Mas se chega uma criança com suspeita de infecção pulmonar, vamos fazer os

raios-X", explica Garcia.

Nos problemas ortopédicos, também é difícil prescindir da radiografia. "Mas a tomografia, que emite mais

radiação, deve ser reservada só para os casos mais complicados", diz o médico.

A ressonância magnética, que não emite radiação, pode ser usada em algumas situações. Mas o exame é

bem mais caro e, muitas vezes, exige sedação, especialmente em

crianças.

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PERGUNTAS E RESPOSTAS

1. Quantos exames posso fazer por ano?

Não há um limite estabelecido. O exame deve ser feito sempre que o médico avaliar que o benefício é superior ao

risco.

2. O aparelho deve ser ajustado para crianças?

Sim, sempre. Crianças são dez vezes mais sensíveis à radiação do que os adultos. Exames como a tomografia devem

usar dose mínima de radiação para evitar a possibilidade de efeitos tardios, como o câncer.

3. O que pode acontecer se houver dose excessiva?

Efeitos biológicos da radiação foram constatados em casos de alta exposição -por exemplo, após explosão de bomba

atômica. Mas não há estudos populacionais dizendo que quem fez mais tomografias tem mais chances de câncer.

4. Quais são os efeitos imediatos de uma overdose?

Perda de cabelo, leucopenia, lesões na pele, anemia e catarata podem acontecer quando a pessoa é exposta a doses

muitos elevadas de radiação, o que é pouco provável em exames. Só ocorrem se o aparelho estiver muito

descalibrado ou o funcionário não seguir protocolos de segurança.

5. O que o paciente pode fazer na hora de se submeter a um exame radiológico?

Observar se há certificado ou selo de qualidade garantindo que o aparelho está calibrado. Exigir por escrito a dose de

radiação a que foi submetido.

Folha.com - http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/796673-seguro-e-fazer-ate-cinco-raios-x-por-ano-

afirmam-medicos.shtml

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EXERCICIOS GERAIS

1. Correlacione às colunas em relação aos efeitos estocásticos e determinísticos

E. Estocástico D. Determinístico

( ) Transformação celular.

( ) Morte celular.

( ) Não apresenta limiar de dose. Dano pode ser causado por uma dose mínima de radiação (sendo acumulada ao

longo do tempo).

( ) Efeitos genéticos ou hereditários

( ) Probabilidade de ocorrência e a gravidade do dano estão diretamente relacionadas com o aumento da dose.

( ) Probabilidade de ocorrência em função da dose com longo período de latência.

( ) Câncer e leucemia

( ) Anemia, esterelidade e catarata

(A) D – E – D – E – E – D – E – D.

(B) E – E – D – E – E – E – D – D.

(C) D – D – D – E – E – E – E – D.

(D) E – D – D – E – E – D – D – E.

(E) E – D – E – E – D – E – E – D.

2. Quando a exposição à radiação atinge determinado valor limiar, os efeitos biológicos relacionados são conhecidos

como:

(A) randômicos;

(B) determinísticos;

(C) estocásticos;

(D) equivalentes;

(E) aleatórios.

3. "A exposição médica deve resultar em um benefício real para a saúde do indivíduo e/ou para sociedade, tendo em

conta a totalidade dos benefícios potenciais em matéria de diagnóstico ou terapêutica que dela decorram, em

comparação com o detrimento que possa ser causado pela radiação ao indivíduo".

Esta descrição representa um dos princípios fundamentais de radioproteção, denominado de princípio da

A) limitação de doses individuais. B) otimização da proteção radiológica.

C) exposição linear heterogênea D) justificação. E) exposição nuclear total.

4. Com relação à proteção radiológica, tem-se que é proibida a exposição ocupacional de

A) maiores de dezoito anos e menores de vinte e um anos de idade.

B) maiores de dezoito anos e menores de vinte e cinco anos de idade.

C) menores de dezesseis anos de idade.

D) menores de quinze anos de idade.

E) menores de quatorze anos de idade.

5. Com relação à proteção radiológica e à limitação de doses individuais, tem-se que as exposições normais de

indivíduos do público decorrentes de todas as práticas devem ser restringidas, de modo que a dose efetiva

anual não exceda

A) 1000 (mil) mSv. B) 500 (quinhentos) mSv. D) 10 (dez) mSv.

C) 100 (cem) mSv. E) 1 (um) mSv.

6. Dentre as medidas de proteção radiológica, assinale a alternativa INCORRETA.

a) O cabo disparador deve ter comprimento mínimo de 2m nos equipamentos de RX portáteis.

b) O dosímetro individual deve ser colocado por cima do avental de chumbo.

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c) Uso de cortina ou saiote plumbífero para proteção do operador contra a radiação espalhada pelo paciente.

d) Uso de grade antidifusora, que reduz a dose de radiação no paciente.

e) Colimação do tamanho do campo.

7. A posição correta do dosímetro individual com a utilização de avental plumbífero é

(A) na cintura, por dentro do avental.

(B) na lapela, por fora do avental.

(C) na região dorsal, atrás do avental.

(D) sobre o tórax, por dentro do avental.

(E) sobre as mãos.

8. Os efeitos associados com o limiar da dose de radiação, abaixo do qual eles nunca ocorrem, e os efeitos

caracterizados por uma relação probabilística entre dose e efeito, em que o grau de severidade do efeito independe da

dose recebida, são, respectivamente:

(A) determinísticos e somáticos.

(B) determinísticos e induzidos.

(C) somáticos e estocásticos.

(D) estocásticos e determinísticos.

(E) induzidos e teratogênicos.

9. Qual, entre os métodos de imagem, apresentados a seguir, NÃO causa efeitos determinísticos?

(A) Mamografia

(B) Hemodinâmica

(C) Ressonância magnética

(D) Radiologia contrastada

(E) Tomografia computadorizada

10. De acordo com as normas nacionais de radioproteção, sempre que ocorrer alteração no projeto da sala ou

alteração no equipamento de raio X, deve-se,

(A) realizar novas aferições.

(B) realizar teste de exposição a cada 02 meses.

(C) realizar teste de colimação a cada 03 meses.

(D) realizar teste de verificação do kVp a cada 04 meses.

(E) realizar somente o teste da camada semirredutora.

11. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) regula por meio da Portaria n.º 453, a proteção

radiológica em exames médicos e odontológicos. Com relação a essa portaria e aos princípios de Radioproteção,

julgue os itens a seguir.

1. ( ) É possível, para fins educacionais, a realização de demonstrações de equipamentos radiológicos utilizando-

se pessoas como voluntárias.

2. ( ) A referida norma prevê que, quando, por necessidade médica, o próprio tecnólogo em radiologia for

submetido a exame de tomografia computadorizada, ele deverá usar o seu dosímetro durante o exame.

3. ( ) É proibida a exposição radiológica ocupacional de menores de 16 anos.

4. ( ) O responsável técnico por um serviço de radiodiagnóstico deve ser, necessariamente, um médico.

5. ( ) A unidade de exposição à radiação denominada roentgen é a unidade usada no sistema internacional.

6. ( ) O dosímetro deve ser usado sob o avental de chumbo de forma a medir a quantidade de radiação que

realmente atinge

7. ( ) Os princípios de radioproteção denominados ALARA determinam que a exposição ocupacional deve ser

tão baixa quanto razoavelmente possível.

8. ( ) A dose efetiva leva em consideração o risco relativo dos órgãos de cada parte do corpo humano

desenvolverem câncer ou, no caso das gônadas, o risco do aparecimento de doenças genéticas.

9. ( ) A redução da colimação resulta em redução da exposição à radiação.

10. ( ) Protetores de sombra são dispositivos acoplados ao colimador.

11. ( ) As áreas consideradas mais importantes a serem protegidas são as das gônadas.

12. ( ) A proteção de áreas específicas do corpo evita a utilização de colimação

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13. ( )O princípio de radioproteção denominado ALARA recomenda o uso do menor regime possível para

obtenção de exames de qualidade.

14. ( ) O dosímetro deve ser utilizado sempre por baixo do avental de proteção, de forma a avaliar a radiação

efetivamente recebida pelo corpo.

15. ( ) O dosímetro tem como principal finalidade reduzir a dose recebida pelo técnico.

16. ( ) Quando se está realizando exames em pacientes jovens do sexo feminino é recomendado que haja um

acompanhante na sala de exame.

17. ( ) Ao realizar exames radiológicos no leito do paciente, o técnico deve portar avental plumbífero e

permanecer o mais distante possível dele.

18. ( ) O descuido no posicionamento do paciente pode implicar em aumento da exposição.

19. ( )A menor colimação implica em redução da radiação primária,mas não afeta a radiação secundária.

20. ( ) A regra dos dez dias recomenda a realização de radiografias de mulheres em idade fértil nos dez últimos

dias do ciclo menstrual.

21. ( ) O bário pode ser melhor proteção radiológica que o chumbo.

22. ( ) O dosímetro deve ser usado por baixo do avental, para medir a radiação efetivamente recebida.

23. ( ) Regimes errados acarretam aumento da dose a que o paciente é submetido.

24. ( ) As radiografias realizadas no leito acarretam maior exposição que um exame fluoroscópico.

25. ( ) Qualquer pessoa que acompanhe exames radiológicos deve usar o dosímetro.

26. ( ) O técnico em radiologia deve, sempre que estiver trabalhando, usar avental plumbífero.

27. ( ) Exames radiológicos de gestantes demandam utilização de dosímetro pela paciente.

28. ( ) Na realização de exames no leito do paciente, a distância de oito metros do aparelho de radiografia

garante a segurança do técnico de radiologia.

29. ( ) Na realização de radiografias dos seios da face, devido à baixa exposição a radiação, a porta da sala de

exames pode permanecer aberta.

30. ( ) Vidros plumbíferos com mais de15 mm de espessura evitam a passagem de radiação secundária.

31. ( ) O dosímetro deve ser usado por baixo do avental plumbífero para registrar a real exposição do corpo do

profissional à radiação ionizante.

32. ( ) Não é necessária a utilização de dosímetro ao se operar aparelho de ressonância magnética.

33. ( ) A utilização da maior colimação possível implica a redução da radiação secundária.

34. ( ) Em radiografias de recém-nascidos, é recomendável que um dos pais ou um acompanhante faça a

imobilização do paciente.

35. ( ) Ao substituir o colega em um plantão, o técnico deve usar o dosímetro do profissional efetivamente

escalado para o serviço.

36. ( ) Acompanhantes do paciente nunca devem adentrar a sala de exame. Se o paciente necessitar de

contenção, esta deverá ser feita por profissionais como auxiliares de enfermagem e padioleiros.

37. ( ) Quanto maior for a colimação, menor será a quantidade de radiação secundária.

38. ( ) O posicionamento incorreto do paciente determina aumento da exposição.

39. ( ) Em mulheres na idade fértil, o ideal é realizar radiografias da pelve nos últimos quinze dias do ciclo

menstrual.

12 - Os trabalhadores ocupacionalmente expostos devem ter todo o cuidado com a exposição a radiações ionizantes,

tanto em relação a si mesmos como com o público em geral. A respeito dos limites primários de dose efetiva (DE),

julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção correta.

I – Para um indivíduo ocupacionalmente exposto em um único ano, o limite não pode exceder a 50mSv.

II - Para um indivíduo ocupacionalmente exposto a dose efetiva média em 5 anos, o limite deve se manter inferior a

20mSv.

III – O limite de dose efetiva para indivíduo do público é de 50mSv.

A seqüência correta é:

(A) V, F, F.

(B) F, F, V.

(C) F, V, V.

(D) V, V, F.

13 - Radioisótopos podem ser definidos como:

(A) radiação que quebra moléculas e ioniza átomos formando elétrons;

(B) elementos estáveis e que encontram aplicações por serem detectados após a adsorção;

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(C) isótopos instáveis dos elementos utilizados em diagnóstico ou como fontes de energia na terapia;

(D) unidade básica de formação das moléculas sendo a menor estrutura que representa todas as propriedades físicas e

químicas dos elementos;

(E) elétrons arranjados em órbitas bem definidas em volta do núcleo.

14- Os isótopos são usados como traçadores ou marcadores devido às seguintes importantes propriedades:

(A) possuem comportamento químico idêntico ao de isótopos estáveis do mesmo elemento e apresentarem emissão

espontânea de radiação que pode ser detectada, indicando assim sua posição e quantidade;

(B) têm características semelhantes às de isótopos estáveis de outro elemento, apenas;

(C) o fóton interage com um elétron fracamente ligado à camada mais externa do átomo e suas características são

semelhantes às de isótopos instáveis de outro elemento;

(D) As características são semelhantes às de isótopos estáveis de outro elemento e o fóton interage com um elétron

fracamente ligado à camada mais externa do átomo;

(E) a diferença de energia do núcleo é transferida para o elétron na forma de energia cinética e, em conseqüência,

essa radiação é o modo dominante de interação com os tecidos moles.

15- São propriedades dos raios X:

(A) atravessam objetos tanto melhor quanto maior for o comprimento de onda. São absorvidos pelo objeto que

atravessam com deposição local no objeto irradiado;

(B) atravessam objetos tanto melhor quanto menor for o comprimento de onda. São absorvidos pelo objeto que

atravessam sendo tanto maior quanto maior for o número atômico que compõe o objeto;

(C) atravessam objetos tanto melhor quanto maior for o comprimento de onda. São absorvidos pelo objeto que

atravessam sendo tanto maior quanto menor for o número atômico que compõe o objeto

(D) atravessam objetos tanto melhor quanto maior for o comprimento de onda. Atravessam objetos independente do

número atômico.

(E) atravessam objetos com eficiência, independente da magnitude do comprimento de onda.

16 - Em relação aos efeitos biológicos das radiações ionizantes, é correto afirmar que o efeito

(A) estocástico leva à transformação celular, devido à alteração aleatória no DNA de uma única célula que continua a

se reproduzir.

(B) determinístico leva à morte celular, e a probabilidade de ocorrência e gravidade do dano está indiretamente

relacionada com o aumento da dose.

(C) determinístico não apresenta limiar de dose.

(D) estocástico não está relacionado à origem somática.

(E) determinístico causa anormalidades hereditárias freqüentemente.

17 - Os efeitos estocásticos da radiação

(A) dependem da radiação não ionizante.

(B) necessitam de uma dose limiar.

(C) dependem da radiação de fundo.

(D) não necessitam de uma dose limiar.

(E) apresentam curto período de latência.

18 - São vestimentas de proteção radiológica:

(A) protetor de tireóide e luvas de procedimento.

(B) bota e protetor de gônadas.

(C) dosímetro e protetor de tireóide.

(D) luvas de procedimento e dosímetro.

(E) luvas e aventais de chumbo.

19. Os principais efeitos biológicos dos raios-X no embrião e no feto são:

(A) efeitos letais, malformações e distúrbio do crescimento.

(B) aborto, morte e retenção fetal.

(C) gigantismo, aumento no QI.

(D) macroencefalia, menor probabilidade de câncer no recém-nascido.

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(E) esterilidade, infecções.

20 – Para reduzir a exposição à radiação em 95% é necessário utilizar chumbo padrão com espessura de pelo menos:

(A) 5mm;

(B) 4mm;

(C) 3mm;

(D) 2mm;

(E) 1mm

21 – Quando a exposição à radiação atinge determinado valor limiar, os efeitos biológicos relacionados são

conhecidos como:

(A) randômicos;

(B) determinísticos;

(C) estocásticos;

(D) equivalentes;

(E) aleatórios.

22 - Assinale a alternativa que não corresponda a um dos princípios básicos que regem o sistema de prevenção

radiológica.

a) Justificação da prática e das exposições médicas individuais.

b) Otimização da proteção radiológica.

c) Limitação coletiva das doses usuais.

d) Prevenção de acidentes.

23 - São ações das radiações ionizantes sobre as células, exceto:

a) Citoplasma.

b) Núcleo.

c) RNA e DNA.

d) Hemácias.

24 - As exposições ocupacionais normais de cada indivíduo, decorrentes de todas as práticas, devem ser controladas

de modo que os valores dos limites estabelecidos na Resolução CNEN nº 12/88 não sejam excedidos. Nas práticas

abrangidas por esse Regulamento, assinale a afirmativa INCORRETA:

a) A dose equivalente anual não deve exceder 150 msv para o cristalino.

b) A dose equivalente anual não deve exceder 500 msv para extremidades.

c) A dose efetiva média anual não deve exceder 20 msv em qualquer período de 5 anos consecutivos, não podendo

exceder 40 msv em nenhum ano.

d) Em gestantes, as condições de trabalho devem ser revistas, para garantir que a dose na superfície do abdômen não

exceda 2 msv durante todo o período restante da gravidez.

25 - Por efeitos somáticos da radiação entende-se:

a) São aqueles que afetam diretamente o indivíduo exposto à radiação e não são transmitidos à gerações futuras;

b) São aqueles que consistem de mutações nas células reprodutoras que afetam as gerações futuras;

c) São aqueles que afetam apenas os familiares do indivíduo contaminado;

d) São aqueles que afetam os espermatozóides e os óvulos do indivíduo contaminado.

26 - Das formas de radiação listadas abaixo, assinale aquela que produz maior número de ionizações por unidade de

comprimento ao longo de um meio.

(A) Fótons de raios-X.

(B) Radiação Beta.

(C) Radiação Gama.

(D) Radiação Alfa.

(E) Pósitrons.

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27 - Os fatores envolvidos na proteção pessoal e do paciente de radiações desnecessárias em radiodiagnóstico

incluem:

A) Fatores físicos.

B) Fatores técnicos.

C) Fatores procedimentais.

D) Todas as alternativas.

28 - As recomendações para o uso seguro da radiação são baseadas nos:

A) Problemas clínicos do paciente.

B) Fatores técnicos usados no exame.

C) Riscos de exposição à radiação.

D) Julgamento de valores do pessoal que conduz o exame.

29 - Em um modelo de dose-resposta não-limiar:

A) Nenhuma dose de radiação é segura.

B) Nenhum efeito é observado abaixo de uma certa dose de radiação chamada de dose limiar.

C) Um efeito biológico é observado quando o limiar é excedido.

D) Todas as alternativas.

30 - Qual das alternativas seguintes se refere aos efeitos somáticos da exposição à radiação?

A) Os efeitos aparecem na prole do indivíduo exposto.

B) Os efeitos aparecem nos genes das crianças da prole.

C) Não existe limiar de dose para efeitos somáticos.

D) Os efeitos aparecem no indivíduo exposto e existe um limiar de dose para tais efeitos.

31 - O esquema do ICRP para radioproteção tem a intenção de:

A) Prevenir aparecimento de efeitos determinísticos (efeitos não-estocásticos).

B) Manter as dose abaixo de limiares relevantes.

C) Minimizar as induções de efeitos estocásticos.

D) Todas as alternativas acima.

32 - Qual das seguintes alternativas se refere às exposições recebidas durante os exames diagnósticos e terapêuticos?

A) Exposição médica

B) Exposição ocupacional

C) Exposição pública

D) Todas as alternativas.

33 - Qual dos seguintes conceitos se refere à manutenção das exposições no limite mínimo?

A) Análise risco x benefício

B) ALARA

C) Dose limite

D) Justificativa

34 - Atualmente o limite de dose anual para técnicos em radiologia é de:

A) 50 Sv

B) 50 mSv

C) 20 mSv

D) 20 Sv

35 - Qual dos seguintes termos é atualmente usado para referir-se a um nível aceitável de radiação para o técnico

A) Dose eritema

B) Dose tolerância

C) Dose máxima permissível

D) Limite de Dose equivalente

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36 - A Lei do quadrado do inverso da distância afirma que a intensidade da radiação

A) Diminui inversamente com o quadrado da distância.

B) Está diretamente proporcional ao quadrado da distância.

C) Aumenta com o aumento da distância

D) Está diretamente proporcional ao mA.

37 - Os aspectos técnicos da radioproteção se referem a todas as alternativas seguintes, exceto:

A) A observação do paciente durante o exame.

B) O modelo do equipamento minimiza a exposição radiológica

C) Proteger os equipamentos a fim de poupar os trabalhadores e pacientes, entre outras pessoas, de receberem doses

desnecessárias.

D) Especificações do equipamento para controlar a exposição radiológica

38 - A unidade do SI para exposição é o:

A) Gray

B) Sievert

C) Coulomb por Kilograma (C/Kg)

D) Roentgen

39 - A dose absorvida é o:

A) A quantidade de radiação incidente sobre o paciente

B) A radiação recebida pelo profissional durante suas atividades de trabalho

C) A quantidade de energia absorvida por um indivíduo por unidade de massa de tecido

D) Todas as alternativas

40 - A unidade de dose absorvida:

A) C/kg

B) Gray

C) Sievert

D) rem

41 - A unidade de dose equivalente

A) C/Kg

B) gray

C) Sievert

D) rad

42 - Nos Estados Unidos, qual dos seguintes é o mais significativo no desenvolvimento de padrões de radioproteção?

A) ICRP

B) NCRP

C) NRPB

D) IRPA

43 - Qual das seguintes pertence à classe da radiação natural?

A) Raios-X

B) Poeira residual de testes nucleares

C) Radiação de marcapassos

D) Raios cósmicos

44 - Qual das seguintes alternativas tem a maior percentagem de contribuição para radioexposição para a

população?

A) Gás radônio

B) Raios cósmicos

C) Raios-X

D) Poeira radioativa

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45 - Fontes naturais de radiação incluem todas as seguintes exceto:

A) Raios cósmicos

B) Gás radônio

C) Radiação endógena

D) raios-X

46 - A maior percentagem de contribuição de radioexposição para a população advinda de fontes artificiais vem de:

A) Procedimentos de medicina nuclear

B) Procedimentos com raios-X diagnósticos

C) Produtos de consumo

D) Poeira nuclear.

47 - As seguintes são classificadas como radiações ionizantes, exceto:

A) Raios-X

B) Raios gama

C) Partículas betas

D) ultra-som

48 - Qual das seguintes técnicas usa radiação não-ionizante?

A) Procedimentos diagnósticos com raios-X

B) Imagens de ressonância magnética

C) Medicina nuclear

D) Planejamento de radioterapia

49 - Qual das seguintes se refere à exposição recebida durante o trabalho?

A) Exposição ocupacional

B) Exposição médica

C) Exposição pública

D) Todas acima

50 - Quando um indivíduo é exposto à radiação com finalidade diagnóstica ou terapêutica, esta é referida como

sendo uma exposição:

A) ocupacional

B) médica

C) Pública

D) Todas as alternativas

51 - A exposição de um paciente que está esperando no corredor imediatamente fora da sala de raios-X é classificada

como sendo:

A) médica

B) ocupacional

C) Pública

D) Todas as alternativas

52 - As seguintes alternativas são quantidades de radiação, exceto:

A) O campo de radiação

B) Exposição

C) Dose absorvida

D) Dose equivalente

53 - O NCRP definiu que nos EUA as unidades do SI seriam usadas exclusivamente após o ano de:

A) 1989

B) 1990

C) 1995

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D) 1996

54 - Qual das seguintes se refere à quantidade de radiação incidente sobre o paciente?

A) Dose absorvida

B) Exposição

C) Dose equivalente

D) Equivalente dose

55 - A energia absorvida por unidade de massa é chamada de:

A) Dose absorvida

B) exposição

C) Dose equivalente

D) Dose efetiva

56 - A unidade tradicional ou convencional para exposição o:

A) Sievert

B) Gray

C) Coulom por kilograma

D) Roentgen

57 - A unidade do SI para dose absorvida é o:

A) Coulomb por kilograma

B) Gray

C) Sievert

D) Rad

58 - A unidade do SI para dose equivalente é:

A) Coulob por kilograma

B) Gray

C) Sievert

D) Rad

59 - O termo equivalente dose foi substituído pelo termo:

A) exposição

B) Dose absorvida

C) Dose equivalente

D) Dose efetiva

60 - O termo usado para quantificar o risco de exposição parcial do corpo em relação a uma dose equivalente para o

corpo todo é:

A) Exposição

B) Dose absorvida

C) Dose equivalente

D) Dose efetiva

61 - A dose na pele é:

A) Dose de entrada na pele

B) Exposição `superfície de entrada da pele

C) Dose absorvida abaixo da superfície da pele

D) A e B estão corretos

62 - Qual das seguintes alternativas se refere à dose média absorvida por um órgão em particular?

A) Dose na pele

B) Dose média no órgão

C) Dose profunda

D) Dose integral

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63 - A quantidade total de energia absorvida por uma massa de tecido em particular é a:

A) Dose de entrada na pele

B) Dose média para o paciente

C) Dose profunda

D) Dose integral

64 - Qual das seguintes se refere a dose absorvida em algum ponto abaixo da superfície da pele?

A) Dose de entrada na pele

B) Dose profunda

C) Dose integral

D) Dose média do órgão

65 - Um efeito para o qual a severidade aumenta com o aumento da dose e para o qual há um limiar de dose é

conhecido como:

A) Um efeito estocástico

B) Um efeito não-estocástico

C) Um efeito determinístico

D) B e C estão corretas.

66 - Os seguintes exemplos são de efeitos determinísticos exceto:

A) Catarata

B) Alterações sangüíneas

C) Efeitos genéticos

D) Danos à fertilidade

67 - O objetivo da radioproteção é:

A) Prevenir a ocorrência de efeitos determinísticos

B) Manter a dose abaixo de limiares relevantes

C) Reduzir a indução de efeitos estocásticos

D) Todas estão corretas.

68 - Os padrões atuais de radioproteção estão baseados no(s) princípio(s) de:

A) Justificativa

B) Conceito ALARA

C) Limite de dose

D) Todas as alternativas

69 - Qual dos seguintes princípios de radioproteção se refere ao benefício líquido da exposição de indivíduos à

radiação?

A) Justificativa

B) ALARA

C) Limite dose

D) Todas as alternativas

70 - Qual dos seguintes princípios de radioproteção é baseado na manutenção da exposição ao mínimo sem

comprometer a qualidade das imagens?

A) Justificativa

B) ALARA

C) Limite de dose

D) Todas as alternativas

71 - O princípio de radioproteção que se refere a emissão de doses estabelecidas para os indivíduos anualmente é:

A) A justificativa

B) ALARA

C) O limite de dose

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D) Todas

72- Se o tempo de exposição para um exame com raios-X for reduzido a dose para o paciente:

A) Aumenta

B) Diminui

C) Permanece a mesma

D) A quantidade de dose recebida pelo paciente não tem relação com o tempo de exposição.

73 - A lei do inverso do quadrado diz que a intensidade da radiação:

A) È diretamente proporcional ao quadrado do tempo de exposição

B) É diretamente proporcional ao quadrado da distância

C) É inversamente proporcional ao quadrado da distância

D) É inversamente proporcional ao quadrado do tempo de exposição

74 - O NCRP recomenda que em exames com aparelhos móveis de radiografia, a extensão da área de exposição

deve ser de no mínimo:

A) 2m de comprimento

B) 3m

C) 5m

D) 1m

75 - O objetivo de um levantamento de radiação inclui todas as seguintes exceto:

A) Certificar-se que o equipamento está em boas condições de uso

B) Certificar-se da segurança dos indivíduos que trabalham no departamento de radiologia.

C) Determinar quais os técnicos que estão observando os princípios de radioproteção

D) Verificar a situação das práticas de radioproteção no departamento.

76 - Qual é a fase mais importante de um levantamento em radioproteção?

A) Inspeção

B) Investigação

C) Avaliação

D) Medidas

77 - O objetivo de um programa de radioproteção é proteger:

A) O pessoal que lida com a radiação

B) Os pacientes

C) Os membros do público

D) Todas

78 - Os elementos de um programa de radioproteção incluem todas exceto:

A) Um agente de radioproteção

B) Um comitê de radioproteção

C) Normas e recomendações

D) Técnicos com boas práticas em radioproteção

79 - O agente de radioproteção:

A) É um físico médico

B) È treinado em física radiológica, radiobiologia, dosimetria e modelos de blindagem.

C) Supervisiona diariamente o funcionamento do programa de radioproteção

D) Todas as alternativas

80 - Os registros de radioproteção são usados para as seguintes finalidades exceto:

A) Controle de segurança da radiação

B) Conformidade regulatória

C) Litígios

D) Manter-se atento sobre os técnicos que tem poucas práticas de radioproteção.

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81 - Por efeitos somáticos da radiação entende-se:

a) São aqueles que afetam diretamente o indivíduo exposto à radiação e não são transmitidos à gerações futuras;

b) São aqueles que consistem de mutações nas células reprodutoras que afetam as gerações futuras;

c) São aqueles que afetam apenas os familiares do indivíduo contaminado;

d) São aqueles que afetam os espermatozóides e os óvulos do indivíduo contaminado.

82 - Analise os itens:

I – ( ) Sistema gastrointestinal ( intestinos ) podem sofrer reações inflamatórias , descamação do epitélio , resultando

ulcerações no sistema. O limiar da síndrome no sistema gastrointestinal é aproximadamente 3 Gy , com período de

latência de 3 a 5 dias ,ocasionando sintomas como vômitos, diarréia , desidratação , anorexia.

II – ( ) No sistema reprodutor da mulher , os ovários são mais sensíveis às radiações , e podem provocar esterilidade

com doses da ordem de 1,7 Gy que aparece aos 90 dias , podendo

perdurar de 1 a 3 anos e doses acima de 3 Gy , esterilidade

permanente.

III - ( ) O gráfico ao lado permite concluir que os efeitos somáticos

devido a uma dose aguda de radiação, isto é, doses administradas

em pouco tempo ,ocorrem a partir de um limiar de 0,25 Gy. Os

efeitos genéticos podem ocorrer a partir de um valor limiar de dose

absorvida, variando deforma linear.

IV – ( ) Em situações de emergência, os níveis de intervenção pré-

estabelecidos devem ser reavaliados, no momento de sua

implementação, em função das condições existentes, desde que não

sejam excedidos os níveis de dose; neste caso, a intervenção deve

ocorrer em qualquer circunstância.

A seqüência correta é:

a. ( ) F, V, V, V

b. ( ) V, V, V, V

c. ( ) F, F, V, V

d. ( ) V, F, V, F

e. ( ) V, V, F, V

83 - Analise os itens a seguir:

I – ( ) Durante a utilização de avental plumbífero, o dosímetro individual deve ser colocado sobre o avental,

aplicando-se um fator de correção de 1/10 para estimar a dose efetiva. Em casos em que as extremidades possam

estar sujeitas a doses significativamente altas, deve-se fazer

uso adicional de dosímetro de extremidade.

II – ( ) O primeiro procedimento que deve ser adotado no

caso da contaminação é descontaminar a área afetada para só

então descontaminar o restante do corpo com a chuveirada.

III – ( ) Acidentes Nucleares refletem eventos cujo impacto

nuclear atinge a área externa da estação.

IV – ( ) Podemos concluir, com análise do gráfico ao lado,

que para um indivíduo exposto a uma dose de 5 Gy, sua fase

Prodrômica (sintomas iniciais) se inicia quase 15 minutos

após a exposição e desaparece em torno de 8 horas. Sua fase

crítica é esperada após 3,5 dias, devendo-se ter um cuidado

extremo com ele após 3 semanas, quando o indivíduo corre

sério risco de morrer.

A ordem correta é:

a. ( ) V, V, V, V

b. ( ) V, F, V, F

c. ( ) F, V, F, F

d. ( ) F, F, V, V

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e. ( ) V, V, V, F

84 - Um operador de raios-x apresentou-se ao médico da empresa onde trabalhava se queixando de vômitos,

diarréia, e tonturas. O médico logo desconfiou se tratar de efeitos produzidos por alta dose de radiação, pois o

funcionário apresentava os sintomas característicos de "doença da radiação", solicitando de imediato o exame de

sangue completo. Em sua opinião:

a.( ) o médico agiu corretamente, uma vez que todos os sintomas apresentados são característicos.

b.( ) o médico agiu corretamente, no entanto poderia se tratar de baixa dose de radiação ao redor de 0,25 Gy.

c. ( ) o médico não agiu corretamente, uma vez que tais sintomas podem ser devidos a uma série de outras doenças,

e a chamada "doença da radiação" é inexistente.

d.( ) o médico não agiu corretamente, pois deveria ter feito uma monitoração no funcionário para verificar possíveis

contaminações no indivíduo, e aguardado no mínimo 72 horas para solicitar o exame de sangue.

e. ( ) N.D.A

85 - Os dosímetros sofrem modificações em suas estruturas cristalinas quando irradiados. Quando aquecidos acima

de 200 graus C, os cristais liberam a energia armazenada na forma de luz visível, a qual é mensurada. Sobre as doses

máximas permissíveis para profissionais que lidam com radiação, assinale a alternativa correta:

a. ( ) Olhos: 5 mSv.

b. ( ) Olhos: 50 mSv.

c. ( ) Mãos ou pés: 500 mSv.

d. ( ) Corpo inteiro: 50 mSv.

e. ( ) Corpo inteiro: 500 mSv.

86 - A Proteção Radiológica tem por objetivo:

a. ( ) a prevenção e defesa do homem e de seu meio ambiente contra os possíveis efeitos deletérios causados pelas

radiações ionizantes provenientes de fontes produzidas pelo homem e de fontes naturais modificadas

tecnologicamente.

b. ( ) o licenciamento e a fiscalização dos serviços que realizam procedimentos radiológicos médicos e

odontológicos no Brasil.

c. ( ) a manutenção das condições adequadas de funcionamento e regulamentação das verificações de desempenho

nos serviços de radiologia.

87. Analise a figura

Após a análise da figura é possível classificar os efeitos das radiações, como os do exemplo acima, como:

a. ( ) Estocástico e imediato

b. ( ) Estocástico e tardio

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c. ( ) Determinístico e tardio

d. ( ) Determinístico e imediato

e. ( ) N.D.A

88.

Após a análise da figura acima e possível verificar que os efeitos da radiação, no caso descrito, causam uma alteração

aleatória no DNA de uma única célula que, no entanto, continua a reproduzir-se. Levam à transformação celular.

Podemos classificar os efeitos, nesse caso específico como:

a. ( ) Estocástico, hereditários e não apresentam limiar de dose

b. ( ) Estocástico, somático e não apresentam limiar de dose

c. ( ) Estocástico, hereditários e apresentam limiar de dose

d. ( ) Determinístico, hereditário e não apresentam limiar de dose

e. ( ) Determinístico, somático e apresentam limiar de dose

89.

A propriedade dos Sistemas Biológicos a que se refere a figura acima é:

a. ( ) Reversibilidade

b. ( ) Transmissividade

c. ( ) Irradiabilidade

d. ( ) Nocividade

e. ( ) NDA

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90 . De acordo com a Portaria 453 do Ministério da Saúde, o “princípio da justificação da prática e das exposições

médicas individuais” rege que:

a. ( )As práticas devem ser planejadas, implantadas e executadas, de modo que a magnitude das doses individuais, o

número de pessoas expostas e a probabilidade de exposições acidentais sejam tão baixos quanto razoavelmente

exequíveis, levando-se em conta fatores sociais e econômicos, além das restrições de dose aplicáveis.

b. ( )Deve-se desenvolver meios e implementar as ações necessárias para minimizar a contribuição de erros

humanos que levem à ocorrência de exposições não justificadas.

c. ( )Nenhuma prática ou fonte adscrita a uma prática deve ser autorizada, a menos que produza suficiente benefício

para o indivíduo exposto ou para a sociedade, de modo a compensar o detrimento que possa ser causado.

d. ( )Os limites de doses individuais são valores de dose efetiva ou de dose equivalente, estabelecidos para

exposição ocupacional e exposição do público decorrentes de práticas controladas, cujas magnitudes não devem ser

excedidas.

e. ( )As exposições médicas de pacientes devem ser otimizadas ao valor mínimo necessário para obtenção do

objetivo radiológico, compatível com os padrões aceitáveis de qualidade de imagem.

91. Em relação à portaria 453/1998, acerca das restrições de dose em exposições médicas, julgue as afirmativas.

I. A presença de acompanhantes durante os procedimentos radiológicos somente é permitida quando imprescindível

for para conter, confortar ou ajudar pacientes.

II. Durante as exposições, é obrigatória, aos acompanhantes, a utilização de vestimenta de proteção individual e que

possua, no mínimo, o equivalente a 0,5 mm de chumbo.

III. É proibido a um mesmo indivíduo desenvolver regularmente esta atividade.

IV. Esta atividade deve ser exercida em caráter obrigatório, dentro do contexto da atividade profissional de

acompanhante.

Com base no julgamento, assinale a alternativa correta.

a. ( ) Apenas I e II estão corretas.

b. ( ) Apenas I e IV estão corretas.

c. ( ) Apenas I, II e III estão corretas.

d. ( ) Apenas I e III estão corretas.

e. ( ) Todas estão corretas.

92. Existe uma preocupação crescente, tanto da população em geral quanto dos profissionais que lidam diretamente

com métodos que utilizam radiação ionizante, em relação à exposição desnecessária ou inadvertida. Em relação à

exposição à radiação e aos conceitos de proteção radiológica relacionados, julgue os itens que se seguem.

a. ( ) A dose efetiva anual esperada para técnicos de radiologia é de aproximadamente 10 mSv.

b. ( ) A dose total limite de radiação para indivíduos, em geral, é muito inferior à esperada na exposição

ocupacional, e é estimada em até 5 mSv/ano.

c. ( ) Uma distância foco-pele pequena aumenta a dose de entrada de radiação na pele, visto que a exposição do

paciente é inversamente proporcional à distância do foco.

d. ( ) As proteções de chumbo na sala de exame devem-se estender pelo menos por 1 m acima do nível do chão.

e. ( ) Os aventais de chumbo utilizados pelos profissionais que lidam com exposição à radiação devem ter espessura

de 0,1 mm.

Estão corretos:

a. ( )Somente um item

b. ( )Dois itens

c. ( )Três itens

d. ( )Quatro itens

e. ( )Nenhum item

93. O licenciamento dos estabelecimentos que empregam Raios X diagnósticos, assim como a fiscalização do

cumprimento da Portaria n° 453/98 do Ministério da Saúde sobre Radioproteção é de competência de quais órgãos

dos estados, Distrito Federal e dos municípios?

A) Vigilância Sanitária.

B) Secretaria de Saúde.

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C) Polícia Federal.

D) Polícia Militar.

E) Corpo de Bombeiros.

94. De acordo com a Portaria n° 453/98, como é denominado o princípio de proteção radiológica que estabelece que

as instalações e as práticas devem ser planejadas, implantadas e executadas de modo que a magnitude das doses

individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de exposições acidentais sejam tão baixos quanto

razoavelmente exequíveis?

A) Justificação. B) Otimização. C) Limitação. D) Prevenção. E) Irradiação.

95. De acordo com a Portaria n° 453/98, a presença de acompanhantes durante procedimentos radiológicos somente

é permitida quando sua participação for imprescindível para conter, confortar ou ajudar o paciente. Durante as

exposições, é obrigatório, ao acompanhante, o uso de vestimenta de proteção individual (compatível com o

procedimento radiológico) cujo equivalente de chumbo seja de, no mínimo:

A) 0,1mm

B) 0,15mm

C) 0,20mm

D) 0,25mm

E) 0,50mm

96. A principal função da grade antidifusora é:

A) Evitar que a radiação espalhada chegue ao filme

B) Apenas sustentar o chassi na posição correta

C) Limitar o campo radiográfico

D) Potencializar os raios X

E) Fixar o écran no interior do chassi

97. Segundo a Portaria 453/98 MS/SVS, no que se refere ao controle ocupacional e dosimetria, a grandeza

operacional para verificar a conformidade com os limites de dose em monitoração individual externa é o:

A) Quilovolt (Kv).

B) Miliampere (mA).

C) equivalente de dose pessoal, Hp(d).

D) Miliampere/segundo (mAs).

E) MiliSilvert (mSv).

98. Aportaria 453/98 MS/SVS determina que deva ser implementado pelos titulares dos serviços radiológicos um

programa de treinamento contemplando diversos tópicos referentes à proteção radiológica e operação dos

equipamentos.A periodicidade deste programa de treinamento deve ser:

A) bianual.

B) anual.

C) mensal.

D) trimestral.

E) semestral.

99. Segundo a portaria 453/98 MS/SVS, no controle de qualidade previsto no Programa de Garantia de Qualidade,

no que se refere à temperatura e sensitometria do sistema de processamento, devem ser feitos testes de constância,

com a frequência mínima:

A) anual.

B) semestral.

C) bimestral.

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D) semanal.

E) diária.

100. Sobre os fatores que minimizam a exposição à radiação, relacione as colunas a seguir:

1. Distância.

2. Tempo.

3. Blindagem

( ) É qualquer anteparo colocado entre o feixe e o indivíduo.

( ) A radiação ionizante decai com o inverso do quadrado da distância.

( ) A dose de radiação é diretamente proporcional ao tempo de exposição.

A sequência está correta em: A) 2, 1, 3 B) 3, 2, 1 C) 2, 3, 1 D) 3, 1, 2 E) 1, 2, 3

101. Os níveis de Radiação para os profissionais que não lidam com as mesma, é aproximadamente,

A) abaixo de 5 mSv/ano.

B) entre 10 e 20 mSv/ano.

C) entre 20 e 30 mSv/ano.

D) entre 40 e 50 mSv/ano.

E)acima de 50 mSv/ano.

102. Quais as células mais sensíveis aos efeitos das radiações ionizantes?

A) linfáticas.

B) ósseas.

C) musculares.

D) sanguíneas.

E) neuronais.

103. Mulher grávida, com 3 meses de gestação, leva seu filho de 1 ano de idade no colo, para a realização de radiografia de tórax. A criança chora e não fica quieta na sala. Qual sua conduta?

A) Não faz a radiografia e avisa o médico.

B) Coloca avental com proteção de chumbo na mãe.

C) Amarra a criança na posição adequada na mesa, com uso de fitas de esparadrapo sobre a boca,

Pernas e braços.

E) Dá a criança hidrato de cloral.

F) Chama outro familiar para segurar a criança.

104. Assinale a afirmativa que apresenta corretamente o conceito de raio X característico.

(A) Processo que envolve uma colisão entre o elétron incidente e um elétron orbital.

(B) Processo de produção da imagem em um aparelho de raio X.

(C) Processo que envolve um elétron passando bem próximo a um núcleo do material do alvo. (D) Processo que

envolve a conversão de um nêutron em próton.

(E) Processo que envolve a produção de um elétron positivo é ejetado do núcleo.

105. Assinale a afirmativa que descreve corretamente o efeito Compton.

(A) O feixe de radiação que emerge de um objeto irradiado.

(B) Interação de um fóton de raio X incidente e um elétron ligado a um átomo do absorvedor.

(C) Consiste de uma interação entre um fóton de raios X , e um elétron livre.

(D) A energia do fóton é convertida em dois elétrons, um positivo e outro negativo.

(E) A energia do raio X é transferida para um elétron orbital.

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106. Assinale a afirmativa que descreve os fatores que influenciam a radiação espalhada.

(A) Colimação, Quilovoltagem e espalhamento comptom

(B) Quilovoltagem, espessura do paciente e milliamperagem.

(C) Colimação, Espalhamento Comptom e milliamperagem.

(D) Quilovoltagem, tamanho do campo de radiação e espessura do paciente.

(E) Espessura do paciente, colimação, espalhamento comptom

107. Existem vários métodos de redução da radiação espalhada, entre eles, assinale a afirmativa que melhor descreve

a colimação.

(A) Redução de tamanho do campo.

(B) Folha de chumbo com um orifício no meio, presa ao cabeçote do tubo. O tamanho e forma deste orifício

determinam a forma e tamanho do campo de irradiação.

(C) Tubos de metal, de várias formas e tamanhos que limitam o campo de radiação.

(D) São constituídas de lâminas alternadas de chumbo e de material radiotransparente.

(E) Consiste em afastar o filme do paciente, criando um espaço de ar entre elas.

108. Assinale a afirmativa que apresente os tipos de radiações utilizadas em Medicina Nuclear.

(A) Alfa e Gama

(B) Alfa e Beta.

(C) Beta e Raio X

(D) Beta e Gama

(E) Alfa e pósitron

109. A terminologia em radiofarmácia pode gerar confusão. Quando um radioniclídeo se combina com uma

molécula química e tem propriedades de localização desejada, isto é referido como: (A) Radionuclídeo

(B) Radioisótopo

(C) Fármaco

(D) Radioquímico

(E) Radiofármaco

110. Assinale a afirmativa que apresenta a definição de contraste radográfico.

(A) Quando um feixe de raio X incide no objeto a ser radiografado ele é razoavelmente uniforme em número e em

energia de fótons.

(B) Refere-se ao gradiente da curva característica do filme e determina o contraste radiográfico final que será obtido

para um dado contraste objeto.

(C) Quando os fótons são usados para a formação da imagem radiográfica

(D) combinação do filme com a tela intensificadora.

(E) É dado pela diferença em enegrecimento entre porções distintas da radiografia.

111. Assinale a afirmativa que corresponde a um equipamento de Quilovoltagem.

(A) São aceleradores de partículas.

(B) É um equipamento no qual a fonte de radiação é colocada no interior ou próxima ao corpo do paciente

(C) É um equipamento onde a fonte radioativa é colocada a uma distancia que varia de 1 cm a 1m da região a ser

tratada

(D) São tubos convencionais de raios X.

(E) É somente uma unidade de intensidade de Raios X.

112. Com relação à radiobiologia, analise as afirmativas abaixo:

I. . As células estaminais são mais sensíveis do que as células diferenciadas. Quanto mais diferenciada é a célula,

maior é a radiorresistência.

II. Tecidos e órgãos jovens são mais radiossensíveis que os tecidos e órgãos mais velhos.

III. Quanto maior a atividade metabólica da célula, maior a radiossensibilidade. Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

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(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

113. Os limites de dose para o cristalino dos olhos por ano é de:

(A) 150mSv

(B) 500mSv

(C) 50mSv

(D) 5mSv

(E) 100mSv

114. Profissionais têm como responsabilidade proteger os pacientes e a si próprios e os companheiros de trabalho da

radiação excessiva. Quanto à proteção radiológica, a unidade de radiação utilizada correspondente à exposição à

radiação é:

(A) Roentgen

(B) Rad

(C) Rem

(D) Gray

(E) Seivert

115. Os conceitos e grandezas utilizadas em proteção radiológica descrevem o transporte de energia, tanto na forma

de ondas eletromagnéticas como de partículas subatômicas capazes de ionizar a matéria. Assinale a afirmativa que

melhor denomina o conceito acima.

(A) Irradiação interna

(B) Irradiação externa

(C) Ionização

(D) Radiação ionizante

(E) Radiação eletromagnética

116. Assinale a afirmativa que apresenta o princípio de justificação.

(A) Nenhuma prática envolvendo exposições à radiação pode ser adotada a menos que ela produza benefício

suficiente aos indivíduos expostos.

(B) A exposição de indivíduos resultante da combinação de todas as práticas relevantes deve está sujeita a limites de

dose ou no caos de exposições potenciais, sujeita a algum controle de risco.

(C) Nem todas as fontes são suscetíveis de controle através de ação na fonte, sendo necessário especificar as fontes a

serem incluídas como relevantes antes de selecionar um limite de dose.

(D) Em relação a uma determinada fonte dentro de uma prática, o valor das doses individuais, o número de pessoas

expostas e a probabilidade de ocorrência de exposições, devem ser mantidos tão baixo quanto razoavelmente

exeqüíveis, considerando os fatores econômicos e sociais.

(E) Procedimentos dentro da proteção radiológica devem exigir o uso de restrições nas doses individuais ou nos

riscos de exposições potenciais.

117. Dentro das práticas de proteção radiológica assinale a alternativa que define a exposição médica.

(A) Exposição à radiação de todas as pessoas.

(B) Exposição ocorrida como resultado do trabalho.

(C) Exposição do público que não esteja sujeita ao controle humano, como os raios cósmicos.

(D) Exposição acidental e não intencional.

(E) Exposição de pessoas como parte de seu tratamento ou diagnósticos.

118. Assinale a afirmativa que apresenta procedimentos de responsabilidade da direção.

(A) Executar o controle e a fiscalização do estabelecimento

(B) Instituir e reconhecer órgãos competentes.

(C) Participação da normatização e controle da produção.

(D) Manter o estabelecimento licenciado junto à autoridade sanitária local.

(E) vigilância sanitária e epidemiológica, promoção e proteção da saúde.

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119. Com relação aos elementos de política de segurança e proteção radiológica, analise as afirmativas a seguir:

I. A obtenção de um padrão apropriado de segurança e proteção radiológica depende criticamente da

infraestrutura regulatória governamental somente.

II. A responsabilidade principal pela obtenção e manutenção de um controle satisfatório das exposições à

radiação recai diretamente sobre a diretoria das instituições.

III. Cabe ao governo a responsabilidade de instituir ou reconhecer órgãos competentes para proporcionar uma

infraestrutura nacional de regulamentação em saúde e segurança, incluindo normas de proteção radiológica.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

120. Cabe ao empregador assegurar recursos materiais e humanos e a implementação de medidas necessárias para

garantir o cumprimento dos requisitos de proteção radiológica aplicáveis. Em radiodiagnóstico, conforme

determinado na sessão relativa aos requisitos de organização da portaria 453/98, os titulares dos estabelecimento que

utilizam os raios X diagnósticos devem:

I. Implementar uma estrutura organizacional comprometida com a proteção e segurança.

II. Nomear um supervisor de proteção radiológica de radiodiagnósticos.

III. Nomear um médico para responder pelos procedimentos radiológicos no âmbito do serviço, denominado

responsável técnico.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

121. Em relação à exposição médica, de acordo com a ICRP existem três níveis de justificação de uma prática em

medicina. Assinale a afirmativa que apresenta o conceito que é classificado como primeiro nível.

(A) Um procedimento específico com objetivo específico definido e justificado.

(B) O objetivo da justificação genérica é a de julgar, se na maioria dos casos o procedimento radiológico causa

melhoria no diagnóstico ou tratamento.

(C) A aplicação do procedimento para um paciente individual deve ser justificada.

(D) O paciente deve apresentar sintomas relevantes.

(E) O uso da radiação na medicina é aceito como produzindo mais benefícios do que dano.

122. Em relação às atividades da supervisão de proteção radiológica, assinale a afirmativa que apresenta as

características do programa de segurança e proteção radiológica para instalações de radiodiagnósticos.

(A) Procedimentos para os casos de exposições acidentais de pacientes, membros da equipe ou do público, incluindo

sistemática de notificação e registro.

(B) certificado de adequação da blindagem do cabeçote emitido pelo fabricante.

(C) Descrição das câmaras escuras. Incluindo sistema de processamento.

(D) relatório de levantamento radiométrico, emitido por especialista em física de radiodiagnósticos.

(E) Relação dos procedimentos radiológicos implementados.

123. Assinale a afirmativa que apresenta a atividade da supervisão de proteção radiológica que mais se identifica

com o texto a seguir. Em todas as instalações radiativas, o controle de áreas compreende a avaliação, classificação,

controle de acesso, balizamento, sinalização e monitoração. Periodicamente, devem ser confirmadas as classificações

das áreas, considerando eventuais modificações do uso da instalação.

(A) Teste de aceitação.

(B) Monitoração individual.

(C) Monitoração das áreas.

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(D) O paciente deve apresentar sintomas relevantes.

(E) O uso da radiação na medicina é aceito como produzindo mais benefícios do que dano.

124. Em relação às atividades da supervisão de proteção radiológica, assinale a afirmativa que apresenta as

características do programa de segurança e proteção radiológica para instalações de radiodiagnósticos.

(A) Procedimentos para os casos de exposições acidentais de pacientes, membros da equipe ou do público, incluindo

sistemática de notificação e registro.

(B) certificado de adequação da blindagem do cabeçote emitido pelo fabricante.

(C) Descrição das câmaras escuras. Incluindo sistema de processamento.

(D) relatório de levantamento radiométrico, emitido por especialista em física de radiodiagnósticos.

(E) Relação dos procedimentos radiológicos implementados.

125. Assinale a afirmativa que apresenta a atividade da supervisão de proteção radiológica que mais se identifica

com o texto a seguir. Em todas as instalações radiativas, o controle de áreas compreende a avaliação, classificação,

controle de acesso, balizamento, sinalização e monitoração. Periodicamente, devem ser confirmadas as classificações

das áreas, considerando eventuais modificações do uso da instalação.

(A) Teste de aceitação.

(B) Monitoração individual.

(C) Monitoração das áreas.

(D) Assentamentos.

(E) Garantia de qualidade

126. De acordo com a Portaria 453/98, o licenciamento de um serviço deve seguir a seguinte ordem:

(A) aprovação do projeto, autorização inicial de operação, renovação da autorização de operação.

(B) autorização inicial de operação, renovação da autorização de operação, aprovação do projeto.

(C) renovação da autorização de operação, aprovação do projeto, autorização inicial de operação.

(D) aprovação do projeto, renovação da autorização de operação, autorização inicial de operação.

(E) autorização inicial de operação, Aprovação do projeto, renovação da autorização de operação.

127. As bases de controle da exposição ocupacional para as mulheres são as mesmas para os homens, exceto quando

:

(A) estiver em período fértil.

(B) estiver grávida.

(C) estiver amamentando.

(D) estiver em período menstrual.

(E) não existe exceção.

128. Assinale a afirmativa que indica o objetivo da avaliação da dose individual.

(A) Aumento do conhecimento dos efeitos da radiação.

(B) Observar o tempo de permanência do material radioativo no organismo.

(C) Certificar que as exposições dos indivíduos estão sendo mantidas baixas.

(D) Garantir que as restrições de dose sejam ultrapassadas

(E) proteção do paciente, pois o dosímetro individual não permite que o paciente se exponha.

129. Em relação aos efeitos das radiações ionizantes, assinale a alternativa correta. A morte de um pequeno número

de células de um tecido, resultante da exposição à radiação, não traz normalmente consequência clínica observável.

(A) Efeitos determinísticos

(B) Efeitos estocásticos

(C) Efeitos estocásticos nos descendentes.

(D) Efeitos da exposição pré-natal

(E) Efeitos de exposição ocupacional.

130. As instalações são classificadas em três categorias. Assinale a alternativa que descreve a categoria II:

(A) São as instalações que apresentam atividade específica das substâncias radioativas sólidas naturais ou

concentradas superior a 500 Bq/g (0,014 Ci/ g) ou a dose a que possam estar submetidos os seus trabalhadores ou

indivíduos do público seja superior a 1,0 mSv por ano,acima do nível de radiação de fundo local.

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(B) São as instalações que apresentam atividade específica das substâncias radioativas sólidas naturais ou

concentradas compreendidas entre 500 Bq/g (0,014 Ci/g) e 10 Bq/g (0,27nCi/g).

(C) São as instalações que apresentam atividade específica das substâncias radioativas sólidas naturais ou

concentradas inferior a 10 Bq/g (0,27nCi/g) e a dose a que possam estar submetidos os seus trabalhadores seja

superior a 1,0 mSv por ano, acima do nível de radiação de fundo local.

(D) São as instalações que apresentam atividade específica das substâncias radioativas líquidas naturais ou

concentradas superior a 500 Bq/g (0,014 Ci/ g) ou a dose a que possam estar submetidos os seus trabalhadores ou

indivíduos do público seja superior a 5,0 mSv por ano, acima do nível de radiação de fundo local.

(E) São as instalações que apresentam atividade específica das substâncias radioativas líquidas artificiais ou

concentradas inferior a 10 Bq/g (0,27nCi/g) e a dose a que possam estar submetidos os seus trabalhadores seja

superior a 3,0 mSv por ano, acima do nível de radiação de fundo local

131. Em relação às informações preliminares do plano de proteção radiológica, a Operadora deverá encaminhar, para

avaliação inicial pela CNEN , informações aplicáveis. A esse respeito, assinale a afirmativa mais coerente.

(A) Teores medidos ou estimados de Urânio, Tório, Xenônio, e Radônio nos minérios, concentrados, estéreis,

rejeitos líquidos e sólidos, resíduos, efluentes, produtos.

(B) Fluxograma simplificado do processo operacional somente.

(C) Teores medidos ou estimados de urânio, tório, Xenônio, radônio nos minérios.

(D) Capacidade nominal da instalação e estoques máximos das matérias primas contendo, Xenônio, e Radônio e seus

descendentes;

(E) Descrição preliminar do ambiente circunvizinho à instalação, com apresentação de mapas, plantas ou desenhos,

em escalas adequadas, indicando a existência de corpos receptores (rios e lagos), suas vazões médias anuais, tipos de

lavouras desenvolvidas na área de influência da instalação com eventual uso de irrigação, criação de gado de corte ou

leiteiro, existência de aquíferos na área de influência da instalação.

132. O atendimento aos requisitos de segurança e proteção de instalações da Categoria I implicam na apresentação,

pela Operadora de informações consubstanciadas num Relatório de Análise de Segurança – RAS , onde devem ser

detalhados vários tópicos, dentre eles, o plano de treinamento do pessoal. A esse respeito assinale a afirmativa

correta.

(A) Especificação dos requisitos mínimos de qualificação somente do responsável técnico.

(B) Descrição dos controles administrativos da instalação relacionados com a segurança radiológica.

(C) Descrição do programa de treinamento e de atualização do pessoal, incluindo a sistemática adotada para

avaliação de sua eficácia com relação às condições de segurança radiológica da instalação e a documentação dos

programas.

(D) Descrição da estrutura organizacional para garantir a segurança das operações, o pessoal designado para a equipe

de segurança, seu modo de operação e responsabilidades.

(E) Descrição da estrutura organizacional da empresa;

133. Em relação ao programa de garantia da qualidade, o subitem dos processos e produtos da instalação e das

empresas prestadoras de serviço, marque a alternativa correta:

(A) Definição da estrutura organizacional para planejamento e implementação das atividades de garantia da

qualidade dos processos e produtos e das empresas contratadas, especificando precisamente a autoridade e a

responsabilidade das diversas pessoas e organizações envolvidas.

(B) Identificação dos serviços, procedimentos e itens relativos ao planejamento, especificando os respectivos

métodos ou níveis apropriados de controle e verificação.

(C) Apresentação do programa para retirada de material de área controlada, monitoração e ou descontaminação e

destino final do material.

(D) Manutenção atualizada de toda a documentação referente a dose de pessoal, controle ambiental, gerência de

rejeitos radioativos, gerência e controle de efluentes, proteção física, planejamento de emergência em áreas

controladas, manutenção de rotina e especial dos equipamentos de proteção radiológica , bem como definir os

responsáveis por essa documentação.

(E) Definição de uma programação para auditorias e inspeções internas e o responsável pela sua realização,

documentação e avaliação bem como o nível hierárquico que os aprovará; Definição da qualificação do pessoal

responsável pelas auditorias e sua independência dentro da empresa.

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134. Na área de diagnóstico por imagem, o uso de radiação ionizante é regulamentado pela Portaria Federal n. 453 de

02/06/98. Os prepostos das Vigilâncias Sanitárias, quando atuam inspecionando os serviços de radiodiagnósticos

buscam avaliar estrutura física e procedimentos no momento da realização do exame e rotinas que visam proteger a

saúde do trabalhador bem como do usuário e acompanhantes. Assinale a afirmativa que indica as normas que devem

ser seguidas durante a inspeção.

(A) Avaliação do equipamento (kvp, mAs) para que sejam produzidos raios γ de forma adequada para o exame a que

se propõe.

(B) Os dosímetros de corpo inteiro devem ser usados na altura da cintura somente pelos técnicos de radiologia,

devendo ser usado sobre o avental plumbífero, pois é a região mais exposta para que a dose aferida seja a mais

próxima da dose efetiva.

(C) Os dosímetros de extremidades são usados por todos os profissionais presentes no estabelecimento.

(D) Os dosímetros devem ser individuais e exclusivo do local onde está cadastrado, não podendo ser usado em outro,

ainda que seja no mesmo estabelecimento.

(E) Entende-se por monitoração, o uso de dispositivos que possam absorver a quantidade de radiação focal no local

do trabalho.

135. Com relação à portaria 453 analise as afirmativas abaixo:

I. Nenhuma instalação pode ser construída, modificada, operada ou desativada, nenhum equipamento de

radiodiagnóstico pode ser vendido, operado, transferido de local, modificado e nenhuma prática com raios-x

diagnósticos pode ser executada sem que estejam de acordo com os requisitos estabelecidos neste Regulamento.

II. Os fornecedores de equipamentos de raios-x diagnósticos devem informar mensalmente por escrito a cada

autoridade sanitária estadual, sobre cada equipamento comercializado a ser instalada no respectivo estado, incluindo

o seu número de série, de modo a permitir a rastreabilidade dos equipamentos instalados no país.

III. Projeto básico de arquitetura das instalações e áreas adjacentes, conforme Portaria 1884/94 do Ministério da

Saúde ou outra que venha a substituí-la, incluindo: e cortes relevantes apresentando o leiaute das salas de raios-x e

salas de controle, posicionamento dos equipamentos, painel de controle, visores, limites de deslocamento do tubo,

janelas, mesa de exame, "bucky" vertical e mobiliário relevante;

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

136. As salas onde se realizam os procedimentos radiológicos e a sala de comando devem ser classificadas como

áreas:

(A) supervisionadas

(B) livres

(C) controladas

(D) contaminadas

(E) de risco

137. Assinale a opção que não tem referência com tubo de raio X.

A) corpo de frenagem.

B) trajetória livre

C) retificador de tensão

D) fonte de elétrons

E) dispositivo focalizador

138. Com referência a aparelho de raio X, é correto afirmar que

A) kW indica a corrente elétrica.

B) kV indica a diferença de potencial.

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C) o ânodo é constituído por placa de cobre.

D) o cátodo é, normalmente, giratório.

E) o tubo de raios X é preenchido por ar.

139. Quanto à natureza e às propriedades dos raios-X, assinale a opção incorreta.

A) Os écrans reforçadores são feitos de tungstênio.

B) As radiações secundárias são produzidas pelo corpo do paciente.

C) A propagação é feita em linha reta.

D) O comprimento de onda é menor que 10!8 m.

E) Os raios X exercem efeito biológico.

140. No que se refere à obtenção de radiografias, assinale a opção incorreta.

A) Os raios duros têm kV alto.

B) A radiação difusa provoca redução do contraste.

C ) A grade antidifusora é composta de lâminas de material radiotransparente e de chumbo.

D) A redução do tempo de revelação acarreta perda de contraste.

E) A nitidez objetiva do filme depende da revelação.

141. Assinale a opção correta, com referência à obtenção de radiografias.

A) Quanto menor o foco, menor será a nitidez.

B) Quanto maior a distância filme-objeto, mais fidedignas são as dimensões obtidas na radiografia.

C) A distância foco-objeto deve ser, no mínimo, o quíntuplo da espessura do objeto.

D) A utilização de écrans reforçadores implica aumento do tempo de exposição.

E) A temperatura de processamento dos filmes radiográficos varia entre 50º C e 70º C.

QUEO 32

142. Com referência à tomografia computadorizada, é correto afirmar que pitch é a

A matriz dividida pelo campo de visão (FOV).

B velocidade da mesa dividida pela colimação.

C espessura dividida pelo tempo de revolução.

D velocidade da mesa dividida pela matriz.

E espessura dividida pela matriz.

QUEST

143. Assinale a opção que corresponde à tomografia computadorizada de tórax com técnica de alta resolução.

A matriz pequena, corte fino e filtro mole

B matriz grande, corte grosso e filtro intermediário

C matriz grande, corte grosso e filtro duro

D matriz grande, corte fino e filtro duro

E matriz pequena, corte fino e filtro duro

144. A monitorização da dose de radiação a que um técnico de radiologia é exposto é realizada por meio do dosímetro

individual de leitura indireta. Acerca da utilização desse dosímetro, assinale a opção correta.

A) O dosímetro deve ser utilizado pelo técnico que trabalha com raios X durante sua jornada de trabalho e

enquanto permanecer em área controlada. Esse tipo de dosímetro deve ser trocado anualmente.

B) Os dosímetros individuais devem ser utilizados na região menos exposta do corpo.

C) Durante a utilização do avental plumbífero, o dosímetro individual deve ser colocado sobre o avental.

D) O dosímetro é de uso coletivo em cada serviço de radiologia.

QUES

145. Alguns exames radiológicos requerem a presença de acompanhantes, em especial no auxílio a crianças ou

pacientes com necessidades especiais. Em relação à exposição dos acompanhantes à radiação, assinale a opção

incorreta.

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A) Durante os procedimentos radiológicos é permitida a participação do acompanhante quando for necessário

conter, confortar ou ajudar os pacientes.

B) A participação do acompanhante na atividade deverá ser exercida em caráter voluntário.

C) Durante as exposições, é opcional aos acompanhantes a utilização de vestimenta de proteção individual

compatível com o tipo de procedimento radiológico.

D) É proibido a um mesmo indivíduo acompanhar regularmente pacientes em exames radiológicos.

146. O controle da radiação no diagnóstico clínico é importante para a proteção do paciente, por meio da prática de

princípios como o da utilização da menor exposição possível à radiação, bem como para a proteção do

profissional. Considerando os procedimentos de proteção radiológica do técnico de radiologia, julgue os itens a

seguir.

I O técnico deve utilizar equipamento de proteção, como avental de chumbo, sempre que não estiver atrás de

barreiras protetoras.

II O técnico deve evitar conter os pacientes durante os exames radiográficos. Caso essa conduta seja necessária,

deve solicitar a ajuda dos acompanhantes, e fornecer a eles os aparatos de proteção.

III No caso de exames em crianças, o técnico não precisa se preocupar com a colimação, e sim em fazer o exame

o mais rápido possível.

Assinale a opção correta.

A) Apenas o item I está certo.

B) Apenas o item II está certo.

C) Apenas os itens I e II estão certos.

D) Todos os itens estão certos.

147. Alguns dispositivos simples e de fácil utilização estão disponíveis nos aparelhos de fluoroscopia e radiografia

simples para minimizar a exposição à radiação. Quanto a esses dispositivos, assinale a opção incorreta.

A) Os colimadores têm como finalidade restringir o feixe de raios X, para reduzir a radiação secundária e

poupar, assim, os tecidos adjacentes de exposição desnecessária.

B) As barreiras de proteção na sala de exame consistem de parede com chumbo, atrás da qual o profissional se

posiciona durante o exame.

C) Pacientes no primeiro trimestre de gestação não devem fazer exames radiográficos, a não ser sob indicação clínica

precisa, porém podem acompanhar seus filhos menores na sala de exame radiográfico como acompanhantes.

D) É importante confirmar a identificação do paciente ao realizar o exame a fim de evitar erros de registro.

UESTAO 25

148. Atualmente, existem muitos modelos de sistemas de raios X disponíveis no mercado. Entretanto, algumas

características são comuns a todos os aparelhos e precisam ser corretamente identificadas por seus operadores.

Quanto aos aspectos técnicos dos aparelhos de raios X, julgue os itens a seguir.

I Os sistemas de raios X usualmente operam com voltagens máximas que variam entre 25 kV a 150 kV e com

correntes de tubo entre 100 mA e 1.200 mA.

II Os sistemas de imagem são compostos pelo tubo de raios X, pela mesa de operação do aparelho e pelo gerador

de alta voltagem.

III O console de comando permite modificar os valores da voltagem, da corrente e do tempo de exposição.

A quantidade de itens certos é igual a

A) 0.

B) 1

C) 2

D) 3

26

149. O tubo de raios X, raramente visto pelo técnico de radiologia, está contido em um invólucro protetor. Assinale

a opção correta acerca da estrutura do tubo de raios X.

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A) O invólucro protetor tem como objetivo proteger mecanicamente o tubo e, por conter óleo, auxilia

também como barreira térmica, dissipando calor.

B) A ampola de raios X está contida em um invólucro de metal ou madeira.

C) O catodo corresponde ao terminal positivo do tubo de raios X.

D) O anodo, que é o terminal negativo do tubo de raios X, pode ser estacionário ou rotativo.

150. Considerando que a maioria dos aparelhos de raios X apresenta dois pontos focais, um grande e outro pequeno,

assinale a opção correta.

A) O ponto focal menor é utilizado quando se necessita de menor resolução espacial.

B) O ponto focal maior é utilizado quando partes menores do corpo são avaliadas.

C) A seleção do ponto focal pode ser realizada na mesa de comando do aparelho, independentemente dos valores

de voltagem e de corrente utilizados.

D) Na realização de radiografia de pequenas estruturas, como os quirodáctilos, está indicada a seleção de pontos

focais menores.

O 29

151. O espectro de emissão dos raios X pode ser afetado pela modificação de alguns fatores, o que influencia a

qualidade dos exames de rotina realizados. A partir dessa informação, julgue os itens subsequentes.

I Como regra, na faixa de radiação diagnóstica, um aumento de 15% na voltagem equivale a duplicar a corrente.

II O aumento da corrente resulta em menor quantidade de radiação emitida.

III O número atômico do material do alvo afeta o feixe de raios X em qualidade e quantidade.

IV O resultado da adição de filtros é negativo, por reduzir a qualidade do feixe de raios X e a quantidade de

radiação emitida.

Estão certos apenas os itens

A) I e II.

B) I e III.

C) II e III.

D) II e IV.

152. Considere que, durante as mamografias de rotina, que vinham sendo realizadas sem intercorrências, um dos

filmes revelados apresente perda no contraste da imagem. Sabendo que todos os demais filmes obtidos anteriormente

não apresentavam alterações, a provável fonte do insucesso desse exame foi:

I o disparo inefetivo do feixe de raios X, de ocorrência bastante comum em mamografia.

II o posicionamento incorreto do filme no chassi.

III a temperatura inadequada da revelação por alterações na processadora.

A quantidade de itens certos é igual a

A) 0. B) 1. C) 2. D) 3.

153. Acerca das aplicações práticas dos efeitos Compton, fotoelétrico e da radioproteção, julgue os próximos itens.

I O efeito Compton resulta na radiação espalhada que determina um embotamento difuso da imagem e perda

do contraste entre as estruturas, muitas vezes resultando na necessidade de nova exposição e, portanto, maior

irradiação do paciente.

II No efeito fotoelétrico, os raios X formados não fornecem informação útil para a formação da imagem, porém

determinam aumento da exposição desnecessária à radiação.

III No efeito Compton, a radiação espalhada secundária ao efeito é uma das fontes de maior exposição ocupacional

recebida pelos técnicos de radiologia.

Assinale a opção correta.

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A) Apenas o item I está certo.

B) Apenas o item II está certo.

C) Apenas os itens I e III estão certos.

D) Todos os itens estão certos.

154. Alguns fatores técnicos relacionados à exposição aos raios X são responsáveis pelo contraste radiográfico, e

devem ser conhecidos e trabalhados pelo técnico para a obtenção de imagens de ótima qualidade. Assinale a opção

que expressa a relação correta entre fatores técnicos e contraste na imagem.

A) aumento da quilovoltagem causa redução do contraste da imagem

B) aumento da razão de grade causa redução do contraste da imagem

C) aumento no tempo de revelação do filme acentua o contraste na imagem

D) aumento da corrente resulta em aumento no contraste da imagem

155. O processamento da imagem influencia a qualidade de arquivamento do exame. Acerca desse fato, assinale a

opção incorreta.

A) A boa qualidade do processamento evita deterioração da imagem, mesmo após longos períodos de obtenção.

B) A impregnação por prata (aparência amarelo-amarronzada ao filme) é causa rara de má qualidade de

arquivamento.

C) Os agentes fixadores retidos na emulsão combinam com a prata formando sulfeto de prata, que tem aparência

amarelo- amarronzada.

D) A lavagem insuficiente com água favorece filmes amarronzados, sem qualidade de armazenamento.

QUESTAO 34

156. A base original dos primeiros filmes radiográficos disponíveis era uma placa de vidro. À época da Primeira Guerra

Mundial, o vidro de alta qualidade começou a se tornar inacessível, enquanto as aplicações da radiologia diagnóstica

aumentavam rapidamente. Desde então, materiais substitutos como nitrato de celulose, triacetato de celulose e base

de poliéster foram desenvolvidos. A base de poliéster, introduzida na década de 60 do século passado, ainda hoje é a

base de escolha. A elevada diversidade de formatos e tipos de filmes disponíveis no mercado espelha os avanços no

campo do diagnóstico por imagem durante os anos mais recentes. Quanto aos filmes radiográficos, assinale a opção

incorreta.

A)Nos filmes de radiografia, a base é revestida de emulsão, em um ou em ambos os lados.

B) A emulsão é composta de gelatina e cristais de prata.

C) Filmes de alto contraste têm pequenos grãos de prata com tamanhos relativamente uniformes.

D) Os filmes com uma camada de emulsão são pelo menos duas vezes mais rápidos para fixar as imagens que os

filmes com duas camadas de emulsão.STAO 35

157. Os filmes e as telas intensificadoras (écrans) são considerados como um conjunto. Deve-se evitar características

muito diferentes entre ambos, para que não haja perda na qualidade da imagem. Com relação às telas, julgue os itens

a seguir.

I O uso da tela intensificadora aumenta o tempo de exposição aos raios X para que a absorção seja realizada

adequadamente e, portanto, aumenta também a dose absorvida pelo paciente.

II A função da tela é absorver a radiação transmitida pelo paciente e convertê-la em um padrão de luz que, por sua

vez, formará uma imagem latente no filme.

III As telas são formadas por uma base e três camadas: refletora, de fósforo e protetora. Assinale a opção correta.

A) Apenas o item I está certo.

B) Apenas o item II está certo.

C) Apenas os itens II e III estão certos.

D) Todos os itens estão certos.

158. Alguns fatores, conhecidos como fatores de exposição, influenciam na quantidade e qualidade de radiação a

que o paciente é submetido nos exames de radiologia geral, e são controlados pelo técnico em radiologia. Os quatro

fatores primários envolvidos são voltagem, corrente, tempo de exposição e distância. Em relação a esses fatores de

exposição, julgue os itens a seguir.

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I A voltagem controla o contraste radiográfico, e sua adequação para cada tipo de exame é fundamental para

permitir visualização adequada das estruturas de interesse.

II A voltagem pode ser considerada como determinante da qualidade da imagem e, portanto, da

penetrabilidade dos raios X.

III A corrente determina o número de raios X produzidos e, portanto, a quantidade de radiação a que o paciente é

exposto. Na medida do possível, o técnico deverá ajustar e reduzir a quantidade de radiação, desde que não

interfira na qualidade diagnóstica do exame.

A quantidade de itens certos é igual a

A 0

0. B 1. C 2. D 3.

159. Com relação ao tempo de exposição, em um exame de radiologia, julgue os seguintes itens.

I O tempo de exposição deve ser o mais curto possível.

II Quanto menor o tempo de exposição mais artefatos de movimento são gerados.

III Reduções no tempo de exposição implicam na redução proporcional da corrente para fornecer a

intensidade necessária de radiação.

Assinale a opção correta.

A Apenas o item I está certo.

B Apenas o item II está certo.

C Apenas os itens II e III estão certos.

D Todos os itens estão certos.ESTAO 41

160. Em relação à distância objeto-filme em um exame de radiologia, julgue os itens seguintes.

I A distância não tem efeito sobre a qualidade da radiação.

II Quanto maior a distância, menor a magnificação da imagem.

III Diminuindo-se a distância aumenta-se a resolução espacial.

A quantidade de itens certos é igual a

A) 0. B) 1. C) 2. D) 3.

161. Considere que, após a revelação de uma radiografia de tórax de rotina, o técnico identifica uma mancha no

pulmão direito do paciente. Ao ser liberado, o paciente pergunta ao técnico se há alguma alteração no exame. A

atitude eticamente mais correta a ser tomada pelo técnico é:

A) Não mentir para o paciente, explicando que há uma alteração grave e que ele deverá procurar socorro

médico imediato.

B) Solicitar a presença do médico para conversar com o paciente e prestar esclarecimentos técnicos.

C) Dizer que observou uma alteração no exame e que é grave, mas que ele não deve se preocupar e aguardar o

resultado tranquilamente em casa.

D) Comentar que há pneumonia no exame antecedente, e recomendar a utilização de antibióticos para o

tratamento precoce.

162. A cada ano aproximadamente 175.000 novos casos de câncer de mama são diagnosticados nos Estados Unidos.

O diagnóstico precoce, através da mamografia, auxilia na cura de considerável parcela desses pacientes. Acerca dos

aspectos técnicos da mamografia, assinale a opção correta.

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A) São necessários regimes de alta voltagem para que o diagnóstico seja confiável.

B) A corrente utilizada deverá ser a menor possível para que não haja irradiação desnecessária do tecido mamário.

C) As combinações de filtro/alvo mais amplamente comercializadas são molibdênio / m o l i b d ê n i o

, molibdênio/ródio e ródio/ródio, oferecendo feixes de radiação de alta intensidade e, portanto, contraste máximo

entre os tecidos.

D) A compressão mamária tem como finalidade imobilizar a mama, devendo ser realizada de forma o mais suave

possível para evitar que o parênquima mamário se espalhe.

163. Na mamografia, para produzir imagens de alta qualidade, deve-se utilizar doses baixas de radiação. Alguns

cuidados devem ser tomados quanto ao controle de qualidade dos exames. Com relação aos aspectos médicos,

técnicos e físicos desse exame, julgue os itens a seguir.

I As impressões digitais no filme de mamografia podem simular lesões. Por isso, o manuseio do filme deve ser

realizado de forma cautelosa.

II A câmara escura deve ser limpa diariamente, não sendo permitido fumar ou comer em seu interior.

III Deve-se checar diariamente a temperatura do revelador e os níveis de revelador e fixador.

IV Imagens com phantom devem ser realizadas mensalmente para certificar que as melhores imagens estão sendo

obtidas.

Estão certos apenas os itens

A) I, II e III.

B) I, II e IV.

C) I, III e IV.

D) II, III e IV.

164. Após exposição à radiação ionizante, o corpo humano responde de diversas formas. Alguns tecidos, entretanto,

apresentam maior suscetibilidade aos efeitos da radiação. É fundamental que os profissionais que lidam com

radiação tenham sólidas noções de proteção radiológica, para que possam evitar os efeitos indesejáveis da

exposição inadequada. Acerca desse assunto, assinale a opção incorreta.

A) Existe uma tendência em seguir o princípio ALARA, que significa fornecer as menores doses de radiação

possíveis, sem comprometer sua qualidade diagnóstica.

B) Exames de TC com multidetectores, em geral, determinam exposição a menores doses de radiação do que

filmes radiográficos simples.

C) Repetição desnecessária de exames radiográficos leva a exposição do paciente a maiores doses de radiação, e deve

ser evitada.

D) É importante atentar para a dose de radiação a que o paciente será submetido, uma vez que a freqüência de

exames radiológicos, de forma geral, tem sido crescente.

165. Na composição do chassi radiográfico, o lado que fica voltado para o tubo de raios X, durante a

exposição radiográfica, é caracterizado por ser:

a) Composto por uma fina lâmina de chumbo.

b) De material flexível e transparente a luz visível.

c) De material opaco e homogeneamente radiotransparente.

d) Frágil e possuir em sua superfície presilhas de fechamento do chassi.

e) Extremamente resistente e radiopaco.

166. Sobre as informações descritas abaixo, responda com V para verdadeira, e F para falsa:

( ) A primeira e mais básica forma de evitar radiação desnecessária é evitar a repetição desnecessária de

radiografias.

( ) A filtração do feixe primário de raios x reduz a exposição do paciente pela absorção da maioria daqueles

raios x inúteis de menor energia que expõe basicamente a pele e o tecido superficial do paciente.

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( ) A proteção radiológica nas gestantes é exigida somente do terceiro ao sexto mês de gestação, pois é neste

período que é formado o sistema neurológico e muscular do bebê.

( ) Nas técnicas radiográficas em odontologia, o técnico sempre pode segurar o filme da posição, pois a

dosagem de radiação é muito pequena.

a) V – V – V - V

b) V – V – V – F

c) F – V – V – V

d) V – V – F – F

e) V – F – F – F

167. Em relação à monitoração individual:

I. Se houver suspeita de exposição acidental, o dosímetro pessoal deve ser enviado para leitura em caráter de

urgência.

II. Durante a utilização de avental plumbífero o dosímetro pessoal deve ser colocado sobre o avental. Aplicando-

se um fator de correção de

1/10 par, a dose efetiva deve ser estimada

III. O dosímetro pessoal é de uso exclusivo do usuário do dosímetro no serviço para o qual foi designado.

IV. Os dosímetros individuais destinados a estimar a dose efetiva devem ser utilizados na região mais exposta do

tórax.

Dessas afirmativas, estão corretas

a) Apenas I, II e III. b) Apenas I, II e IV. c) Apenas I e II.

d) Apenas II, III e IV. e) I, II, III e IV.

168. Em relação às responsabilidades do supervisor de proteção radiológica, analise as afirmativas que seguem:

I. Assessorar e informar a direção da instalação sobre todos os assuntos relativos à proteção radiológica.

II. Zelar pelo cumprimento do plano de proteção radiológica aprovado pela CNEN.

III. Planejar, coordenar, implementar e supervisionar as atividades do serviço de proteção radiológica, de modo

a garantir o cumprimento dos requisitos básicos de proteção radiológica.

IV. Coordenar o treinamento, orientar e avaliar o desempenho dos IOE, sob o ponto de vista da proteção

radiológica.

Estão corretas as afirmativas:

a) Apenas I e II;

b) I, II, III e IV.

c) Apenas II, III e IV.

d) Apenas II.

e) Apenas I e III

169. Qual a função dos transformadores nos aparelhos de raios x?

a) Obtermos alta corrente.

b) Obtermos corrente direta. Obtermos. c) Obtermos baixa impedância.

d) Obtermos alta voltagem.

e) Obtermos voltagem contínua.

170. Quanto maior a distância entre objeto e filme, a imagem será:

a) Maior e mais definida.

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b) Menor e menos nítida.

c) De maior borrosidade geométrica.

d) Do mesmo tamanho, porém menos nítida. e) Sem alteração.

171. Em relação à portaria 453/1998, acerca das restrições de dose em exposições médicas, julgue as afirmativas.

I. A presença de acompanhantes durante os procedimentos radiológicos somente é permitida quando

imprescindível for para conter, confortar ou ajudar pacientes.

II. Durante as exposições, é obrigatória, aos acompanhantes, a utilização de vestimenta de proteção individual e

que possua, no mínimo, o equivalente a 0,5 mm de chumbo.

III. É proibido a um mesmo indivíduo desenvolver regularmente esta atividade de acompanhante.

IV. Esta atividade deve ser exercida em caráter obrigatório, dentro do contexto da atividade profissional de

acompanhante.

Com base no julgamento, assinale a alternativa correta.

a) Apenas I e II estão corretas.

b) Apenas I e IV estão corretas.

c) Apenas I, II e III estão corretas.

d) Apenas I e III estão corretas.

e) Todas estão corretas.

172. Seguindo as especificações da Portaria 453 do Ministério da Saúde, é de competência do técnico e dos

auxiliares, EXCETO:

a) Realizar apenas exposições médicas autorizadas por um médico do serviço, ou odontólogo, em se tratando de

radiologia odontológica.

b) Atuar no programa de garantia de qualidade, nas avaliações de doses em pacientes e nas avaliações do índice

de rejeição de radiografias.

c) Assentar os procedimentos radiográficos realizados.

d) Redigir e distribuir instruções e avisos sobre proteção radiológica aos pacientes e profissionais envolvidos.

e) Manter assentamento, em livro próprio, de qualquer ocorrência relevante sobre condições de operação e de

segurança de equipamentos, das manutenções e dos reparos.

173. No processo de otimização da radiação, não se deve considerar:

a) A seleção adequada do equipamento e acessórios

b) Os procedimentos de trabalho

c) A justificativa do tratamento

d) A garantia de qualidade

e) Os níveis de referência de radiodiagnóstico para pacientes

174. No que trata de conhecimentos radiológicos analise as assertivas seguintes e assinale com V a proposição

verdadeira e com F aquela que for falsa.

( ) Equipamentos com cátodo giratório têm durabilidade maior.

( ) Os raios X são radiações que se movem no vácuo.

( ) O filamento do tubo de raios X mais comum é feito de titânio

A sequência correta, de cima para baixo é:

A) V – F – V

B) F – F – V

C) F – F – F

D) F – V – F

E) V – V – F

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175. Analise as assertivas seguintes, todas referentes à radiologia e os raios-X.

I. A utilização de grades previne a incidência de radiação secundária sobre o paciente.

II. Os raios-X ionizam gases e enegrecem filmes fotográficos.

III. O técnico em radiologia deve, sempre, usar avental plumbífero, mas, nem sempre, é necessária a proteção

tiroidiana.

IV. A filtração do feixe primário de raios X visa remover os raios de baixa energia e, assim, reduzir a

exposição.

Assinale:

A) se I, III e IV são corretas, apenas.

B) se I, II e III são corretas, apenas

C) se II e IV são corretas, apenas

D) se I, II e IV são corretas, apenas.

E) se I e IV são corretas, apenas.

176. A película radiográfica:

A) tem 1 camada de haletos de prata em 1 face.

B) tem 2 camadas de haletos de prata em 1 face.

C) tem 2 camadas de haletos de prata em cada face.

D) tem 1 camada de haletos de prata em cada face.

E) não contém haletos de prata.

177. Para transportar materiais radioativos são usadas bandejas. Essas bandejas e as bancadas devem ser forradas

com

A) papel alumínio

B) tecido impermeável

C) toalhas absorventes de papel

D) plástico e papel absorvente descartáveis.

E) película de borracha.

178. Sobre a radiologia tradicional são postas as seguintes assertivas:

I. O trajeto dos elétrons acelerados ocorre no interior de um tubo a vácuo.

II. O cátodo consiste numa peça metálica que promove a desaceleração dos elétrons.

III. O ânodo consiste de uma peça metálica que promove a desaceleração dos elétrons.

IV. A energia associada à velocidade dos elétrons (energia cinética), quando acelerados no tubo de RX e atingem

um alvo metálico, converte-se 99% em energia calorífica.

Assinale:

A) se apenas I, III são corretas.

B) se apenas III e IV são corretas.

C) se apenas I e IV são corretas.

D) se I, II, III e IV são corretas.

E) se apenas I, III e IV são corretas.

179. A nitidez das imagens radiológicas dependem de alguns fatores, assinale a alternativa INCORRETA:

a. Quanto menor o tamanho do foco, melhor fica a radiografia.

b. Uma estrutura em contato com o filme radiográfico é mais nítida do que uma estrutura colocada a distância.

c. A umidade do ar influencia diretamente a penetração dos raios.

d. Focos pequenos não suportam potências elevadas.

180. No campo da radiologia, um importante aspecto a ser considerado é a exposição às radiações,

que em excesso podem ser prejudiciais às células do organismo exposto. Portanto, deve ser um aspecto

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sempre abordado pelo técnico em radiologia. Segundo as precauções tomadas para a redução da

irradiação, assinale a alternativa INCORRETA:

a. Desnecessária a proteção das gônadas dos raios primários com avental chumbado.

b. Reduzir ao mínimo o campo de irradiação, usando o diafragma no feixe de raios-X no órgão a ser examinado.

c. Reduzir, durante um exame, o número de filmes e em especial as incidências ou tomografias desnecessárias ao

diagnóstico.

d. Preferir realização de filmes no setor de radiologia à leito onde se encontra o paciente.

LISTA DE EXERCÍCIOS – CÁLCULOS

104. Um trabalhador é designado para uma área onde a taxa de dose é de 6 mGy/hora. Se o limite diário estabelecido

neste local é de 30 mGy, quanto tempo ele poderá permanecer?

105. Se o tempo de exposição for reduzido à metade, a dose absorvida total no indivíduo é reduzida à metade? Se o

tempo for dobrado, a dose absorvida total dobra?

106. Um levantamento radiométrico de uma sala de fluoroscopia mediu uma taxa de dose de 0,3 µGy/min, do lado

de fora da sala. Se a instituição deseja limitar a dose total em 50 µGy, quanto tempo o aparelho poderá funcionar?

107. Se a taxa de dose de uma fonte é de 5 mGy/min à 1m, então qual será a taxa de dose dessa fonte a 1,3m de

distância? E a 9 metros de distância?

108. Um tubo de raios-X produz uma exposição de 10,4 mR à 1,0m. Qual a exposição à 3,5m?

109. Calcular a intensidade de radiação transmitida (I), de uma fonte de Co-60, sabendo que a intensidade inicial (I0)

é de 40 mGy/min, através de:

a. 15 cm de concreto. (csr=6,6 cm)

b. 5 cm de aço. (csr=2,1 cm)

c. 2,5 mm de chumbo. (csr=12 mm)

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110. A taxa de dose de uma fonte de Cintos de Cs-137 é de 5 mGy/min. Se uma blindagem de chumbo (Pb) com 3

mm for colocada entre a fonte e este ponto de medida, qual será a taxa de dose? Dado: CSR do Pb é 7mm, nesta

energia.

111. Considerando que o feixe inicial é de 100%, após o uso de 3 camadas semi-redutoras qual o percentual o feixe

que foi transmitido?

112. Quantas camadas semi-redutoras são necessárias para reduzir o feixe inicial de 100% para 12,5%? E para

3,12%?

113. Considere dois feixes de radiação cada um com uma energia específica. Sabendo que a CSR do chumbo para

um material é de 1,2cm e que a CSR do chumbo para o outro material é de 0,7 cm, você é capaz de determinar

qual dos dois feixes tem a maior energia? Justifique sua resposta.

114. Um feixe de raios-X produz 24 nC (isto é: 24 nano coulombs, ou 24 x 10-9 C) em um volume de ar com massa

igual a 12 x 10-6 kg. Calcule a Exposição.

115. Uma partícula alfa deposita 0, 00032 J em uma massa de ar com 0,000016 kg. Qual a Dose Absorvida, em

grays?

116. Um equipamento de fluoroscopia fornece uma dose a um paciente de 10 mGy em 2 minutos de irradiação. Qual

foi a taxa de dose?

117. Um feixe de raios-X deve depositar uma Dose Absorvida de 1 Gy um tumor a uma taxa de 0,25 Gy por minuto.

Quantos minutos são necessários para depositar essa dose absorvida?

118. Uma pessoa foi irradiada com 0,2 mGy de radiação gama e 0,3 mGy de radiação de nêutrons. Calcule a dose

equivalente total.

119. Um trabalhador recebeu uma dose absorvida de 76 mGy devido a elétrons na tireóide e 10 de radiação X na

medula. Quais as doses equivalentes?

120. Um trabalhador recebeu uma dose absorvida de 6 mGy devido a elétrons na tireóide. Qual será Dose Efetiva?

121. Um trabalhador recebeu uma dose absorvida de 6 mGy devido a elétrons na tireóide mais 7 mGy de radiação

alfa na medula óssea. Qual será Dose Efetiva total?

122. Um trabalhador recebeu uma dose equivalente de 30 mSv na Medula Óssea. Qual a dose efetiva?

123. Qual a dose efetiva quando o trabalhador recebe uma dose equivalente de 4,2 mSv, de corpo inteiro? Qual será

dose efetiva?

124. Calcule a dose efetiva de um técnico de uma usina nuclear que recebeu uma dose absorvida de 50 mGy, de

corpo inteiro, de nêutrons.

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125. Calcule a dose efetiva de um trabalhador de uma usina nuclear que recebeu uma dose absorvida de 50 mGy de

corpo inteiro de radiação gama.

126. Nas duas questões anteriores, quem recebeu o maior dano?

127. Um técnico em medicina nuclear acidentalmente incorporou I-131. O físico da instituição calculou a dose na

tireóide como sendo 150 mGy devido à radiação beta e 10 mGy na medula óssea devido à radiação gama.

a. Calcule a dose equivalente na tireóide.

b. Calcule a dose equivalente na medula.

c. Calcule a dose efetiva deste trabalhador.

d. Um trabalhador deverá receber em um ano uma dose efetiva inferior a 50 mSv. Neste caso, a dose efetiva foi

menor?

128. Um equipamento de raios-X possui uma falha na blindagem de forma que produz uma dose efetiva no técnico

de 0,125 mSv a cada dia de trabalho.

a. Qual a dose efetiva no final do mês?

b. Esta dose efetiva é maior que o nível de registro? E o nível de investigação?

129. Uma secretária de uma clínica de raios-X encontra-se gestante. Se a dose equivalente mensal registrada na

superfície do abdômen é sempre de 0,12 mSv/mês, esta funcionária poderá trabalhar durante a gestação?

“A DOR É TEMPORÁRIA. O EMPREGO É PERMANENTE”

William Douglas