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Apostila para treinamento de diáconos Jurandir Moura

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Page 1: Apostila II para treinamento de diáconos

Apostila para treinamento de diáconosJurandir Moura

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Índice

CONHECENDO O MINISTÉRIO DIACONAL..........3

Significado..........................................................................3A origem do diaconato.......................................................4Exemplo de Jesus................................................................5Exemplo do samaritano......................................................6

O OFÍCIO DIACONAL..................................................8

O oficio do diácono............................................................8Funções do diácono..........................................................10

QUALIFICAÇÕES PARA O DIACONATO..............19

A ESCOLHA OU ELEIÇÃO........................................25

A escolha pela igreja........................................................26A escolha pelo sacerdote..................................................27A escolha por Deus...........................................................30

BIBLIOGRAFIA............................................................32

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Conhecendo o ministério diaconal

Significado

A palavra diácono vem do vocábulo grego diakonós e literalmente tem o significado de “servo, assistente ou ministro”. A palavra diakonós aparece trinta vezes no Novo Testamento com os seguintes sinônimos:

a. Servo Mt 20.26;22.13;Mc 9.35b. Garçom Jo 2.5,9c. Ministro Rm 13.4d. Auxiliar 2Co 6.4; Ef 6.21;Cl 1.23,25;1Tm 4.6e. Oficial Fp 1.1; 1Tm 3.8,12

Ainda segundo o Léxico Analítico do Novo Testamento Grego, de William D. Mounce, o verbo grego diakonéo significa “atender, cuidar, servir, ministrar, ajudar, dar assistência ou suplicar pelo indispensável à vida e providenciar os meios para se viver. Essa definição é bastante aceitável, pois se mostra satisfatória as necessidades da igreja.O nome diakonói, antes do evento de Atos 6 era sempre empregado no sentido de servo ou servidor, subsequentemente começou à ser usado para designar aqueles que se dedicavam às obras de misericórdia e caridade, e com o passar dos anos passou à ser usada exclusivamente nesse sentido. Pelas funções do diácono, apesar de em Atos 6 não constar a palavra diakonós, a única razão para vermos ali a nomeação bíblica dos diáconos são suas atribuições.Muito embora tenhamos o serviço diaconal como auxiliar ou servo de seus iguais, ou de seus irmãos espirituais, a dualidade do diácono o coloca também como um líder espiritual. Um diácono é um líder que é visto por toda a igreja e deve ser um exemplo à ser seguido. Em muitas

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congregações ele é tido como um auxiliar direto do pastor ou do presbítero.Em quase todas as religiões existe um cargo correlativo ao ofício de diácono. Existem denominações evangélicas que não tem em seu quadro administrativo o cargo de presbítero, tem o diácono imediatamente após o pastor, mostrando sua importância. Os mórmons tem o diácono fazendo parte do sacerdócio aaronico, na maçonaria os diáconos têm funções importantíssimas durante os rituais, entre os testemunhas de Jeová o diácono é chamado de servo ministerial e na igreja católica ele está imediatamente abaixo do padre.É de estrema importância que a igreja tenha seus diáconos e os trate com tantas considerações quanto as dispensadas ao próprio pastor ou presbítero. Em um documento do primeiro século, provavelmente redigido pelos doze apóstolos ou ditado por eles, chamado “DIDAQUÉ” e feito com o mesmo intuito do que chamamos hoje de “discipulado”, nos traz ordenanças de como ser um crente ou como tratar nossos líderes ministeriais. Essa é a parte que diz respeito à consideração da igreja ao diácono:

Não os despreze porque eles têm a mesma dignidade que os profetas e os mestres.

A origem do diaconato

O diaconato tem sua origem por volta do ano 35 d.C, época aproximada que aconteceu o ocorrido em Atos capítulo 6:Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a

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palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia; E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.

Podemos ver que no texto é apresentado uma divisão de dois grupos do ministério: o primeiro se refere aos ministros da palavra e da oração (nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra) e o segundo é o ministério das mesas e serviço (sirvamos às mesas). O primeiro grupo contempla não apenas a pregação e oração, mas também o ensino e todas as ações de educação cristã, enquanto ao segundo compreende as atividades relacionadas à ação social da igreja e ao exercício da misericórdia.

Exemplo de Jesus

Jesus Cristo era um diácono por excelência. Seu ministério como servo sofredor do Senhor (Is 42.1; 42.13; 53.1-8) foi realizado com grande êxito. São palavras do próprio Cristo que o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir, como podemos verificar em Mc 10.45. No verso 44 de Marcos 10 Ele diz que quem quiser ser o primeiro será escravo de todos. Seu estilo de servir foi incompreendido até mesmo por seus discípulos, pois neste verso Ele está

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dizendo que o líder, ou o mestre não é aquele que domina e quer ser o primeiro, mas sim o que serve a todos.No evangelho de João, que apresenta o Jesus como Deus, ha a imagem dEle como diácono, lavando os pés dos apóstolos (Jo 13:5) neste texto, o mestre está mostrando que a dignidade de servir está em fazer o bem ao próximo. Jesus sempre questionava o modo de vida dos judeus de então e essa foi uma forma de quebrar um pouco a arrogância e ostentação dos homens da época, pois, para os judeus, quem servia dessa forma desenvolvia atividades abaixo da linha da dignidade do ser humano. O mais próximo de um ministério diaconal, no judaísmo, é o papel daquele que entregava esmolas, mas nunca aquele que prestava serviço para outro.Assim, nos tempos do Antigo Testamento os diáconos eram simplesmente aqueles que serviam profissionalmente nas cortes. Porem esse termo para o serviço é encontrado no Novo Testamento com relação aos servos (Mt 22.13) e em especial, com referência à todos os cristãos que devem ser identificados como servos de Cristo (Jo 12.26), o qual nos deu exemplos servindo pessoalmente como diácono (Rm 13.4; 15.8; Gl 2.17). Portanto é requerido de todos nós o mesmo serviço (Mc 9.35; Mc 10.43; II Co 3.6; II Co 11.15 e 23; Cl 1.7).

Exemplo do samaritano

Cristo usou como exemplo uma parábola de um pobre judeu em apuros, socorrido por um bom samaritano. Este coitado caiu nas mãos de ladrões que o deixaram ferido e quase moribundo. Os que deveriam ser seus amigos o ignoraram, e foi atendido por um estrangeiro, um samaritano, da nação que os judeus mais desprezavam e detestavam, com os que não queriam ter relações de

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espécie nenhuma. É lamentável observar o quanto domina o egoísmo nestes níveis; quantas desculpas dão os homens para pouparem-se de problemas ou gastos em ajudar o próximo. O verdadeiro cristão tem escrita em seu coração a lei do amor. O Espírito de Cristo mora nele; a imagem de Cristo se renova em sua alma. A parábola é uma bela explicação da lei de amar ao próximo como a si mesmo, sem acepção de nação, partido, nem outra distinção. Também estabelece a bondade e o amor de Deus nosso Salvador para com os miseráveis pecadores. Nós éramos como este coitado viajante em apuros. Satanás, nosso inimigo, nos roubou e nos feriu: tal é o mal que nos faz o pecado. O bendito Jesus se compadeceu de nós. O crente considera que Jesus o amou e deu sua vida por ele quando éramos inimigos e rebeldes; e tendo mostrado misericórdia, o exorta a ir a fazer o mesmo. É o nosso dever, em nosso trabalho e segundo a nossa capacidade, socorrer, ajudar e aliviar a todos os que estejam em apertos e necessitados.Cristo, quando falava do samaritano ou do pastor que foi atrás da ovelha perdida, Ele falava de si mesmo, operando a obra de diácono ou daquele que cuida das feridas das ovelhas, de servo que liberta os cativos ou de líder que acolhe os necessitados.

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O ofício diaconal

O oficio do diácono

O oficio diaconal se dá em qualquer situação, onde se vê necessidade de alguém para ajudar em algo dentro e fora da congregação.Desde limpar o chão à pregar no púlpito, em qualquer momento que for solicitado um diácono ou diaconisa, este deve prontamente dizer – Eis-me aqui.Quando um membro é convidado ou eleito e aceita o oficio diaconal, deve estar ciente de que a honra de sua posição está em servir (Jo 13.14)Deve-se haver um preparo espiritual para o desenvolver da obra de Deus pois, ainda que todos vemos que a função do diácono, na maioria das vezes é puramente administrativa, não podemos negar que os critérios da obra para o qual foi chamado, o são. Foi por esse motivo que os sete primeiros selecionados, foram homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria.Muitas igrejas ou pastores, pra dizerem que suas igrejas têm homens sábios e qualificados, se não conseguem ver uma só pessoa qualificada vai e elege qualquer um. Estão seguindo uma filosofia administrativa como a que encontramos em Isaías 3:6 - Um homem agarrará seu irmão; um da família de seu pai, e lhe dirá: "Você pelo menos tem um manto, seja o nosso governante; assuma o poder sobre este monte de ruínas!”.Se ocorrer algo desse tipo, de não se encontrar alguém capaz para o ofício na congregação, deve-se escolher o candidato, mas com muita cautela e treina-lo, é isso que se diz quando o obreiro deve ser provado para depois servir se for irrepreensível. Ele deve aprender quais são suas funções e obrigações.

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Todos os membros são diáconos, ainda que não exerçam oficialmente a função, pois têm o dever de servirem uns aos outros. Febe (Rm 16.1) é muito conhecida como uma das diaconisas, embora esse ofício não existisse ainda, mas ela era uma serva de Deus extremamente útil ao trabalho da igreja.O oficio diaconal foi criado um pouco mais tarde. Começou em Atos dos Apóstolos, e foi se expandindo conforme a igreja crescia, tanto geograficamente quanto à passagem do tempo:

Em Jerusalém - 55 d. C - I Co. 12.28; Em Roma - 58-59 d.C - Rm. 12.7; Em Filipos - 64 d.C - Fp. 1.1); Em Éfeso - 66 d. C - I Tm. 3.8-13; Na Ásia Menor - 63-69 d. C - I Pe. 4.11; No tempo de Justino Mártir - 138-140 d. C -

Apologia, i.65,67. A literatura antiga não canônica reconhece uma

classe de diáconos sem especificar suas funções - I Clemente xlii; Inácio, Man. ii. 1; Trall, ii.3; vii.3;

A literatura posterior mostra os diáconos ocupando funções tais como atendimento aos doentes, deveres na Eucaristia, etc...

Existem denominações, assim como pastores e seminaristas que não atribuem importância ministerial aos diáconos, por suas funções dentro da igreja serem de manutenção e cuidado apenas. Mas quando buscamos o significado da palavra ministério, segundo o dicionário Priberian temos:

s. m.1. Conjunto dos ministros que regem a nação.2. Edifício onde estão as repartições de um ministro.3. Secretaria de Estado.

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4. Ofício, cargo, função, serviço.5. Ofício de cura de almas ou de ministro do Evangelho.6. ministério público: magistratura que, junto dos tribunais, vela pela execução das leis. (Geralmente com inicial maiúscula.)

Na quarta e quinta interpretação, temos tudo que diz respeito ao diaconato. Tudo que nos nomeia como ministros e participantes de um ministério, sendo o quarto significado exatamente a tradução de diaconia.

Funções do diácono

Ainda que não existam preceitos bíblicos quanto às tarefas do diácono durante a liturgia do culto, algumas funções foram-lhe atribuídas e nada o impede de, sendo um servo de Cristo e da igreja, tomar parte no bom andamento dos cultos e reuniões sendo ativo em todas as tarefas que lhe passarem. Vamos observar no Antigo Testamento as funções designadas para os filhos de Levi: Números 3.5-8E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: Faze chegar a tribo de Levi, e põe-na diante de Arão, o sacerdote, para que o sirvam, E tenham cuidado da sua guarda, e da guarda de toda a congregação, diante da tenda da congregação, para administrar o ministério do tabernáculo.E tenham cuidado de todos os utensílios da tenda da congregação, e da guarda dos filhos de Israel, para administrar o ministério do tabernáculo.Uma observação pertinente quanto aos escolhidos para o diaconato nós podemos ver no versículo 12 onde o Senhor Deus diz: – E os Levitas serão Meus.

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No primeiro livro de Crônicas, no capitulo vinte e três vemos o quanto o rei Davi dava importância á esse ministério, e quando foi passar o seu reinado para seu filho Salomão, reuniu todos os príncipes de Israel, os sacerdotes e os Levitas. Após o censo foram constatados trinta e oito mil homens (apenas os maiores de trinta anos foram contados) que foram divididos por tarefas dentro do templo: Vinte e quatro mil para promoverem a obra na casa de Deus; seis mil como oficiais e juízes; quatro mil porteiros; quatro mil músicos.Nesse texto, de Números Três, o Senhor Deus diz à Moisés para ordenar à tribo de Levi alguns cuidados que eles tinham que ter com a congregação e toda a administração do ministério do tabernáculo. Assim como eles receberam de Deus esse ofício, os diáconos hoje também são responsáveis pela parte administrativa da igreja e tanto como promoverem a palavra de Deus que é o evangelismo; serem oficiais e juízes junto com o pastor ou dirigente, ajudando-o em todas as coisas necessárias; porteiros que auxiliam os visitantes à tomar seus assentos e os músicos, que como um grupo de louvor devem levar a congregação à adoração e comunhão com o Pai Celeste.Em geral, as funções dos levitas naquele tempo era a de cuidar da obra de Deus, assim como de seu povo. Hoje nada mudou e isso é ordenado por Deus para que façamos o mesmo que era feito pela tribo de Levi.

Função para as reuniões do culto.

1 – Antes do culto na igreja: Verificar se tudo está em ordem no templo; Púlpito e cadeiras atrás do púlpito em número

suficiente; Agua para o pregador ou palestrante;

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Bancos ou cadeiras para os membros em ordem e numero suficiente;

Preparar os elementos para batismo ou ceia; Bíblias e hinários para os visitantes; Receber os visitantes e indicar-lhes lugares; Convidar os que têm o costume de esperar fora do

templo para entrarem.

2 – Durante o culto na igreja:

Observar os ventiladores ou ar condicionado; Atender à qualquer necessidade no púlpito; Ficar atento à porta e à todos os acontecimentos; Ajudar os membros que chegam atrasados para

entrarem com o mínimo de perturbação possível; Levar os visitantes à um banco desocupado; Evitar que crianças fiquem andando dentro do

templo; Resolver qualquer inconveniência dentro e fora do

templo; Estar atento aos veículos dos membros,

estacionados na rua ou no pátio da igreja.

3 – Depois do culto na igreja: Agradecer aos visitantes pela presença; Guardar os objetos do batismo ou ceia; Entregar as ofertas ao tesoureiro; Fechar o templo.

Função de assistência social.

1. Visitar aos carentes e enfermos, especialmente os membros da igreja;

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2. Cuidar, em especial, das viúvas e dos órfãos da igreja;

3. Arrecadar e levar alimento, remédio, roupa, etc.;4. Oração com/pelos enfermos e necessitados;5. Aconselhamento quando necessário e possível.

Função administrativa;

1. Levantar ofertas especiais para causas e necessidades específicas ( cesta básica, oferta, roupas);

2. Verificar as limpezas realizadas das dependências do templo;

3. Cuidar da manutenção dos utensílios do templo;-bancos quebrados;-Fechaduras que não funcionam;-Goteira;-Qualidade dos materiais usados;-Vidros quebrados;-Funcionamento das instalações elétricas; lâmpadas reservas.

É preciso observar que sempre que você trabalha com pessoas dos mais diferentes níveis, diferentes etnias, diferenças de idade ou sexo, devemos ter um feeling, saber um pouco sobre psicologia ajuda, pois as pessoas são diferentes e o tratamento com elas também deve ser diferenciado. A forma de abordar uma criança dentro do templo é diferente de como tratamos um adolescente. A forma que tratamos um irmão ou uma irmã dentro da igreja deve ser diferente da que tratamos fora, por exemplo, um irmão pode conversar com uma irmã dentro da igreja em particular, pois existem outros irmãos vendo que não há nada de errado na conversa, mas ela não deve

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ir à casa deste irmão e ficar sozinha com ele. É preciso um pouco de psicologia e bom senso. O diácono pode usar as estratégias que eram usadas pelo apóstolo Paulo que se fazia de louco para ganhar loucos e de sábio para ganhar os sábios. Faça-se de criança para com as crianças e jovem para com os jovens.

COMPROMISSO ESPIRITUAL

Ao ingressar no Ministério do Diaconato, o voluntário deve comprometer-se com Deus, bem como com o seu próprio Ministério, tendo a consciência de que se o compromisso espiritual não vier em primeiro lugar, de nada adiantará o restante. Não haverá frutos.Para que seja bem aventurado em sua caminhada é preciso tomar quatro atitudes, pelo menos:

1. ORAÇÃOPode vir acompanhada de rogo (pedir com insistência), súplicas (pedir com humildade), ou clamor (implorar, bradar, pedir em voz alta).Ex.: I Timóteo 2.1

2. MEDITAÇÕES DA PALAVRA DE DEUSÉ ela que nos dá a direção que devemos tomar para que tenhamos uma vida abundante desde agora.Ex.: Salmo 1.2

3. SANTIFICAÇÃOGuardar-se da corrupção do mundo, dedicar-se ás obras do reino de Deus.Ex.: Tiago 1.26,27

4. JEJUMO jejum é a abstinência parcial ou total de alimentos e demonstra a aflição da alma a Deus. Porém o verdadeiro jejum encontra-se em Isaías 58.

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COMPROMISSO FAMILIAR

Deus prioriza a família, porque ela foi instituída no início, através de Adão e Eva. É suficiente o que a I Timóteo 5.8 revela: “Mas, se alguém não cuida dos seus, principalmente os de sua família, negou a fé e é pior que o infiel”.

COMPROMISSO SOCIAL

O trabalho exemplar de um Diácono ou de uma Diaconisa será visto á medida em que se ofereça um bom testemunho aos que estão de fora (Colossenses 4.5).O apostolo Paulo ao escrever para Tito disse-lhe:-Torna-se, pessoalmente, padrão de boas obras.No dicionário nós vemos que padrão significa modelo, algo que serve como modelo ou base para avaliação de qualidade, algo que serve como inspiração. Temos, como diáconos da casa de Deus, que ser exemplo para todos os que nos rodeiam, todos os que nos veem nos lugares onde passamos e vivemos. Temos que ter um bom currículo com servos, e servos do Senhor. O diácono Felipe tinha um bom currículo, que podia ser apresentado em qualquer lugar como boas referências.“Partindo no dia seguinte, fomos à Cesaréia; e entrando em casa de Felipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. Tinha este quatro filhas virgens que profetizavam” (At. 21. 8-9).Já havia passado mais de vinte anos, desde que Felipe fora separado ao diaconato, até esta data. Ele como diácono pregador, foi que incendiou o reavivamento em Samaria (At 8.5). Era homem bem disposto (v 26-27), houve uma grande explosão de milagres e conversões naquela cidade (v 6-8). Felipe vivia na dependência do Espírito Santo (v

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29-39), nesse período ele se encontrou com o eunuco da Etiópia, quando esse regressava de Jerusalém, pelo caminho de Gaza, explicando assim o plano de salvação (v 35). O eunuco recebeu com tanta alegria a palavra que ali mesmo quis ser batizado. Após batizar o eunuco, Felipe já se encontra em Azoto, levado pelo Espírito de Deus (v40). Anunciava o evangelho de cidade em cidade até chegar a Cesaréia, onde habitava. As poucas informações que temos de Felipe são as melhores possíveis, que qualquer diácono deve ter de seu pastor.

COMPROMISSO MINISTERIAL

Ministério não é somente a ocupação de um cargo, mas sim o desenvolvimento de uma vida cristã. Não é também um serviço que se deva ser executado apenas para preenchimento de horas ou para auto satisfação, mas é a consciência de que o comprometimento faz parte da virtude do crente que realmente que servir ao próximo como ao Senhor.Quando o Diácono ou a Diaconisa experimentar cada nível dos compromissos acima verá que chegou muito perto de um ponto de equilíbrio. Não estará pendendo para os extremos, pois o domínio próprio faz parte do fruto do Espírito ( Gálatas 5.22).Estará sendo um bom exemplo, mesmo quando tudo parece urgente e importante, a partir do momento em que as prioridades forem colocadas em sequência:

1. Nossa relação com Deus vem em primeiro lugar. Não devemos confundir com o trabalho na casa Dele.

2. Nossa relação com a família vem em segundo lugar. Nosso tempo e dedicação tem qualidade.

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3. Nosso trabalho secular está antes do trabalho na casa de Deus, pois é dele que depende o nosso sustento.

Outro ponto muito importante que deve ser destacado é o caso do discipulado, que tem seus textos básicos sobre o plano de salvação, os quais são:Jo 1.12;Ap 3.20; Rm 10.9-10; I Jo 5.11-13; Jo 6.37.

Compromisso ministerial quer dizer fidelidade a Deus e ao pastor. E como qualquer um dos membros, o diácono deve ter consciência de que o pastor é o ungido de Deus (I Sm 26.8-9). Jamais levante sua mão contra ele, assim como palavras de ofensas, fofocas ou mentiras. Os pastores, assim como todos os irmãos, não são infalíveis, não estão livres de erros, mas cada um terá de dar conta à Deus pelo seu trabalho (Hb 13.17).O pastor, diferentemente do diácono, não tem uma igreja fixa, onde ele vai dirigir por toda a sua vida, seu ministério é quase nômade. Certa vez ouvi de um pastor a seguinte frase:“Toda igreja tem um pastor, mas nem todo pastor tem uma igreja”Seguindo esse ditado, nem sempre estaremos servindo com o mesmo pastor. Podemos ser ordenados diáconos hoje por um pastor e amanhã ele foi transferido para outra congregação e temos que servir junto com um novo pastor, que às vezes nem acha que deveríamos ter sido consagrados. A nós não cabe nenhum julgamento ou decisão. Somos servos de Deus e da igreja. Faz parte também da Função do diácono acolher o novo pastor, afinal ele não conhece direito a congregação e seus membros e deve o diácono fazer relatórios quando achar que o pastor precisa de ajuda. Partindo do princípio de que

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o diácono conhece muito bem a congregação, deve ser ele o braço direito do pastor, assim como o esquerdo, as pernas, os olhos e ouvidos. Deve se possível fazer visitas à residência do pastor para saber se ele precisa de algo ou se sua família está bem estalada. Pode mostrar a ele qual a distancia da casa dele para as de outros membros.Dentre as tarefas dos Levitas, havia uma que dizia respeito à todos eles que podemos ler no versículo trinta e dois do capítulo três de Números:- E para que tivessem cuidado da guarda da tenda da congregação, e da guarda do santuário, e da guarda dos filhos de Arão, seus irmãos, no ministério da casa do Senhor.Neste verso, o que me chama a atenção é que quem devia cuidar do sacerdote eram os levitas, assim como o pastor ou dirigente da congregação deve estar constantemente sob os cuidados (orações) espirituais do ministério diaconal da igreja. Não é puxa-saquismo o cuidado que o diácono deve ter para com o pastor. É ordenança bíblica. É tarefa reservada para um povo escolhido e separado para a função do cuidado do ministério da obra, incluindo orações e auxilio para o pastor. Muitas vezes encontramos pastores doentes e cansados, tristes e solitários. Não porque eles estarem fracos espiritualmente e Deus não os ajudar, mas o povo, a congregação os acha tão infalível que não intercede em seu favor, não tira nem um dia no ano para jejuar em seu favor. Deus disse “- E para que tivessem cuidado da guarda dos filhos de Arão, o sacerdote, no ministério da casa do Senhor”. Esta é uma função importantíssima para os obreiros e diáconos dos dias de hoje.

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QUALIFICAÇÕES PARA O DIACONATO

Em seu livro The Measure of a Man (A Medida de um Homem), Gene A. Getz apresenta as qualificações gerais para líderes espirituais. Estas exigências são aplicáveis aos pastores, presbíteros e diáconos:1. Irrepreensível (1 Tm 3.2). A ênfase aqui, como também em Tito 1.6,7 e Atos 6.3, está na reputação da pessoa. Os líderes espirituais devem ser indivíduos de quem se fala bem e com elevada consideração tanto pelos de dentro quanto pelos de fora.2. Marido de uma mulher (1 Tm 3.2). A cultura romana dos dias de Paulo estava corrompida pelo relaxamento moral tanto quanto está nossa cultura. Em certos casos, essa influência tinha adentrado a igreja de maneira incompreensível mesmo aos pagãos daqueles tempos. Contra esse cenário, Paulo requer o mais alto nível de fidelidade e devoção sincera à instituição do matrimônio. O líder espiritual tem de ser marido de uma só esposa e, poderíamos acrescentar estar vivendo com ela em tranquilidade, paz e honra.3.Vigilante (1 Tm 3.2). Essa palavra fala de equilíbrio e autocontrole, livre de comportamento indulgente. Essa qualidade, graciosamente demonstrada, aumentará o impacto de um líder espiritual em todo o exercício de sua liderança espiritual.4.Sóbrio (1 Tm 3 .2; temperante, Tt 1.8). O apóstolo Paulo usa a mesma palavra em Romanos 12.3, onde diz a cada crente que “não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança”. “Saber com temperança” é agir com “sobriedade”. Em outras palavras, os líderes espirituais são chamados a viver e servir com um senso de intencionalidade e deliberação. Conduta descuidada e decisões irrefletidas estão proibidas.

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5. Honesto (1 Tm 3.2). O termo se refere a uma vida bem ordenada e correta. Diz respeito aos assuntos práticos do asseio, capricho e aparência. O ponto é evidente: nossa aparência e o modo com o agimos dão credibilidade à liderança que mostramos. É uma maneira de amar e de se importar com as pessoas de forma a não sermos ignorados.6.Hospitaleiro (1 Tm 3.2; Tt 1.8). Graciosamente atender às necessidades práticas do Corpo de Cristo faz parte do que envolve liderança espiritual. Isso pode significar abrir sua casa aos outros, fornecer alimentação ou apenas providenciar transporte quando necessário. Embora os líderes espirituais nem sempre estejam disponíveis a tais atos de generosidade, a responsabilidade em prover esses cuidados mesmo assim repousa sobre eles.7. Apto para ensinar (1 Tm 3.2; Tt 1.9). O vocábulo usado aqui (ididaktikon) também foi usado por Paulo em 2 Timóteo 2.24, onde a força da palavra se estende à qualidade e modo de vida. O significado é poderoso. Líderes espirituais ensinam tanto pelo exemplo como pelo preceito.Capacidade de ensinar abrange tudo na vida. Tem a ver com indústria, integridade e atitude. Colocado em termos simples, quer dizer “praticar o que você prega”.8.Não dado ao vinho (1 Tm 3.3; Tt 1.7). A palavra traduzida aqui é paroinon, que significa “embebedar” ou “beber em excesso”. A sociedade moderna está infestada pelo alcoolismo. Responde por milhares de mortes, seja por acidente, seja por enfermidade. Sem mencionar o comportamento violento que ocorre nos lares. Os líderes espirituais têm de evitar todo comportamento ou prática que contribua para essa praga da sociedade moderna.9.Não soberbo (Tt 1.7). Aqui Paulo adverte contra designar indivíduo que seja absorto em si mesmo, cujo mundo gire em torno de si e que busque seus próprios

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interesses em vez de o bem-estar das pessoas. Trata-se de alguém determinado a fomentar os próprios interesses se a autopromover-se sempre que possível. Tal pessoa é indigna da liderança espiritual.10.Nem iracundo (Tt 1.7). A raiva desenfreada tem o poder de destruir a obra de Deus. Atos de ira, palavras lancinantes, crítica mordaz, mau humor e toda forma de hostilidade advinda do espírito de raiva. Lamentavelmente, como penas que o vento dispersa, é quase impossível reparar o dano causado por expressões de raiva. C om exatidão, o temperamento irritadiço desqualifica o crente a servir como líder espiritual. 11.Nem espancador (Tt 1.7). A referência diz respeito a uma expressão de raiva que passa da verbalização para a ação. Quando Caim matou seu irmão, quando Moisés assassinou o egípcio ou quando Pedro cortou a orelha de Malco, servo do sumo sacerdote, em todos esses casos tratava se de comportamento belicoso.12.Não contencioso (1 Tm 3.3). O vocábulo grego traduzido por “não contencioso” é amachon, que melhor traduzido seria “pacífico”. Todos já conhecemos indivíduos contenciosos. São pessoas que discutem sobre quase todo assunto, fazem de tudo para que as coisas sejam feitas a seu modo e ainda conseguem achar erros quando os outros só veem perfeição. Esse sórdido espírito de agitação, essa atitude de insatisfação e desassossego, mina a obra de Deus.13.Moderado (1 Tm 3.3). A palavra grega usada aqui é epieke, a qual descreve aquele desejável atributo de generosidade e paciência. Tem a força de uma reação amável e gentil diante da aspereza confrontante. Jesus é o exemplo supremo desse atributo tão necessário. No calor da controvérsia, esse é o tipo de líder que aplicará o óleo

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da generosidade e inspirará uma atitude de racionalidade e retidão.14.Não cobiçoso de torpe ganância (1 Tm 3.3). O termo grego traduzido aqui, aphilarguron, é palavra composta por três elementos: a (não), phii (amor) e arguron (prata, dinheiro). Jesus fez sérias advertências sobre o perigo de uma consideração errônea para com as riquezas. Com razão, os líderes espirituais devem buscar primeiro a obra do Reino e depois confiar que Deus acrescentará tudo o mais que for preciso. Dedicar afeto a coisas erradas neutraliza o impacto do líder espiritual.15.Que governe bem a sua própria casa (1 Tm 3.4). Os mais eficientes sermões pregados pelo líder espiritual são entregues pelos membros de sua família. Foi precisamente nesse ponto que Eli, o profeta, e Davi, o rei, falharam. O primeiro não conteve seus filhos libertinos, e o outro abandonou os filhos pelo trabalho do reino. As consequências em ambos os casos foram desastrosas. Deus encarrega os líderes espirituais de se dedicarem totalmente a alimentar e cuidar da família. Esse é o primeiro dever do ministério ao povo de Deus.16.Que tenha bom testemunho dos que estão de fora (1 Tm 3.7). A igreja é chamada para ser a vitrine do amor redentor de Deus em Cristo Jesus para o mundo. Como isso pode ser realidade se os líderes espirituais têm a reputação arruinada na própria comunidade em que a igreja está?Antes de separar um obreiro, talvez fosse boa idéia falar primeiro com os vizinhos e as pessoas com quem o candidato trabalha. O relatório dessas pessoas seria um tipo de julgamento sobre a aceitabilidade de um candidato para a liderança espiritual.17.Amigo do bem (Tt 1.8). Alguém que tem como objetivo o que é saudável, positivo, construtivo e bom.

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Outros têm como alvo o que é insalubre, negativo, destrutivo e ruim. A intenção, obviamente, é direcionada apenas para o objeto do seu interesse. Líderes espirituais devem ter uma treinada perspicácia interior em tudo o que é bom.18.Justo (Tt 1.8). A palavra “justo” (dikaios) abrange tanto o aspecto vertical quanto horizontal do viver e servir de modo “justo”. Isso quer dizer que o justo tem um relacionamento correto com Deus e com cada integrante da raça humana. Justiça e equidade tornam-se a tributos indispensáveis para líderes efetivos no Corpo de Cristo.19.Santo (Tt 1.8). Essa qualidade essencial para a liderança eficaz coloca em relevo o fato de ser a pessoa separada do mundo e entregue ao Senhor. Ser santo (hosios) significa ser consagrado ao serviço religioso tanto quanto a mobília do templo era usada no culto de adoração em Israel.Contudo, esse tipo de separação de nenhuma maneira sugere isolamento do mundo. Antes, trata-se de um afastamento do que é imediato e desta terra a fim de voltar ao mundo e levá-lo para Cristo.20.Não neófito (1 Tm 3 .6). O ponto de desta que aqui está na profundidade da maturidade demonstrada pela qualidade de vida. Assim o novo-convertido (neophutos) pode ser “cronologicamente novo”, mas bem avançado no crescimento e desenvolvimento espirituais. Claro que o crente pode ser “cronologicamente velho”, mas atrasado n a correspondente espiritualidade. A advertência de Paulo é óbvia. E loucura colocar na liderança alguém que ainda não tenha a compreensão e a maturidade necessárias para lidar com o trabalho complexo e exigente da igreja.É com justa razão que as Escrituras estabelecem alto padrão para líderes espirituais. Não há obra tão importante, tanto no tempo quanto na eternidade, como a

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obra do Reino. O pastor sábio insistirá que os escolhidos a servir como líderes espirituais venham a satisfazer as qualificações dispostas pelo apóstolo Paulo.

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A ESCOLHA OU ELEIÇÃO

O candidato ao diaconato deve seguir alguns requisitos, variando muito pouco de uma denominação à outra, mas sempre seguindo os ensinamentos bíblicos.

1. Ser membro efetivo da igreja;2. Se for casado, que a esposa seja também membro

da mesma igreja onde congrega;3. Ser batizado com o espírito santo;4. Ter bom testemunho, dos da fé e dos descrentes;5. Demonstrar interesse e amor pelas almas e zelo

pelos interesses materiais da igreja;6. Preencher os requisitos de Atos 6.3-5;7. Ser dizimista e ofertante;8. Saber ler e escrever (não com curso superior, mas

alfabetizado);

Normalmente, a escolha do diácono segue os seguintes padrões:

1. O dirigente da congregação escolhe o candidato, em conjunto e concordância com o pastor;

2. O candidato passa por um período de prova na função, de no mínimo um ano;

3. Terminado o período probatório, o conselho, se o aprovar, levá-lo-á para aprovação da congregação onde ele atua.

A consagração do diácono se dá em reunião solene, dirigida pelo pastor em conjunto com demais ministros da congregação.Todos os candidatos devem passar por uma ou varias reuniões de treinamento com o pastor ou outra pessoa que

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o mesmo indicar ( podendo ser inclusive um diácono que exerce a função há mais tempo) que dará um aval sobre o ano em que esteve sendo provado e passará para o candidato quais serão suas funções e obrigações.

A escolha pela igreja

Atos 6.

Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.

A igreja primitiva escolheu seus representantes e defensores quando escolheu os sete discípulos. A escolha dos diáconos pela igreja é similar às chamadas hoje de eleições de democracia. O povo analisa seus candidatos, procura saber quem são seus familiares, os lugares que eles frequentam, qual é sua religião, etc. Quando a igreja

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escolheu os seus diáconos foi feito exatamente desta forma. Eles analizaram suas qualificações segundo o conselho dos apóstolos e o propósito da igreja. Analisaram sua reputação moral e espiritual, seu conhecimento e aptidão para liderança.Nós devemos, hoje, fazer tambem nossas escolhas da mesma forma, temos que pensar muito quando vamos escolher nossos representantes espirituais. Eles farão o serviço de caridade e misericórdia entre nós, entre a comunidade da igreja. Assim como não podemos votar em qualquer um candidato quando votamos em nossos representantes políticos, espiritualmente é a mesma coisa. O pastor é o anjo da igreja, e o diácono é quem está entre o pastor e a igreja, entre o anjo e a congregação. Entre os nescessitados, viúvas e orfãos e o pastor. É grande a responsabilidade do diácono, pois tem em suas mãos a grande maioria da membresia. O pastor ou dirigente fica com a parte da palavra e da oração (aqui oração tambem quer dizer “direção do serviço das igrejas”) enquanto os componentes do ministério diaconal devem cuidar das pequenas coisas como portaria, limpeza do salão do culto, tesouraria, secretaria e tantos outros afazeres. Às vezes os irmãos não tem ainda o dircenimento para saber como escolher os componentes do corpo diaconal e pode ser que os diáconos mais antigos os aconselhem e os ajudem a tomar uma decisão. Afinal, isso tambem faz parte do serviço diaconal. A bíblia diz que eles deveriam ser mestres. Ensinando e exortando aqueles que precisavam de conselhos e de seus conhecimentos.

A escolha pelo sacerdote

Êxodo 18.13-25

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E aconteceu que, no outro dia, Moisés assentou-se para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até à tarde.Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto, que tu fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até à tarde?Então disse Moisés a seu sogro: É porque este povo vem a mim, para consultar a Deus;Quando tem algum negócio vem a mim, para que eu julgue entre um e outro e lhes declare os estatutos de Deus e as suas leis.O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes.Totalmente desfalecerás assim tu como este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer.Ouve agora minha voz, eu te aconselharei, e Deus será contigo. Sê tu pelo povo diante de Deus, e leva tu as causas a Deus;E declara-lhes os estatutos e as leis, e faze-lhes saber o caminho em que devem andar, e a obra que devem fazer.E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez;Para que julguem este povo em todo o tempo; e seja que todo o negócio grave tragam a ti, mas todo o negócio pequeno eles o julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo.Se isto fizeres, e Deus to mandar, poderás então subsistir; assim também todo este povo em paz irá ao seu lugar.

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E Moisés deu ouvidos à voz de seu sogro, e fez tudo quanto tinha dito;E escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os pôs por cabeças sobre o povo; maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta e maiorais de dez.

Muitos pastores hoje têm igrejas com vinte membros, mas existem tambem pastores com uma congregação de dez mil membros. Se o pastor, sozinho, quiser tomar conta de todas essas ovelhas ele vai, cedo ou tarde, começar a perder ovelhas para outras denominações ou, (misericórdia), para o mundo. O pastor precisa de obreiros. O diácono precisa ser o representante direto do pastor perante a igreja. Ele precisa tomar conta das ovelhas do pastor. Na parabola, que Jesus citou, da ovelha perdida, o pastor teve que deixar as ovelhas no aprisco para ir buscar uma que havia se desgarrado do rebanho. Se ele tivesse um diácono com ele, talvez não houvesse nescessidade. Era isso que Moisés estava fazendo quando seu sogro, que era o sacerdote da cidade, o aconselhou para que elegesse auxiliadores. Não podia ser qualquer um. Eles tinham que ser homens capazes, tementes a Deus, que não mentissem, e que não fossem avarentos. Para cada mil homens havia outros cento e cinquenta homens para auxiliarem como juízes e dividirem o peso do pastoreio com Moisés. O sacerdote Jethro não escolheu os servidores (diáconos), mas foi o responsável para que Moisés o fizesse.Muitas vezes o diácono é escolhido pelo pastor ou pelo líder do ministério diaconal. É bíblico essa escolha. É exatamente o que fez Moisés.

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A escolha por Deus

Êxodo 35.30-35/36.1

Depois disse Moisés aos filhos de Israel: Eis que o SENHOR tem chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá.E o Espírito de Deus o encheu de sabedoria, entendimento, ciência e em todo o lavor,E para criar invenções, para trabalhar em ouro, e em prata, e em cobre,E em lapidar de pedras para engastar, e em entalhar madeira, e para trabalhar em toda a obra esmerada.Também lhe dispôs o coração para ensinar a outros; a ele e a Aoliabe, o filho de Aisamaque, da tribo de Dã.Encheu-os de sabedoria do coração, para fazer toda a obra de mestre, até a mais engenhosa, e a do gravador, em azul, e em púrpura, em carmesim, e em linho fino, e do tecelão; fazendo toda a obra, e criando invenções.Assim trabalharam Bezalel e Aoliabe, e todo o homem sábio de coração, a quem o SENHOR dera sabedoria e inteligência, para saber como haviam de fazer toda a obra para o serviço do santuário, conforme a tudo o que o SENHOR tinha ordenado.

Moisés sentiu a unção do Espirito divino sobre a vida de alguns de seus jovens. Ouviu a voz do próprio Deus falando a ele para separar esses jovens para o ministério. Quando o Senhor os escolheu, Ele os capacitou e encheu de sabedoria e entendimento. Pois Deus os queria para serem mestres, Deus os deu um coração disposto à ensinar o povo. A obra do Senhor precisava ser feita e Deus

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escolheu aqueles jovens para fazerem a obra e ensinarem o povo à como procederem no serviço da obra.

Ainda nos nossos dias Deus escolhe seus diáconos. Deus coloca em seus corações o desejo e a capacidade para fazer a obra em sua casa, em seu santuário. Quando isso acontece, a liderança eclesiástica não consegue não notar o que essa pessoa tem à oferecer. É muito automático. Muitas vezes esse diácono que foi eleito pelo próprio Deus, só percebe de sua escolha tempos mais tarde, quando já está exercendo o ministério, ainda que não oficialmente. Abel foi escolhido por Deus para o sacerdócio e até hoje não se deu conta.

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.”

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Bibliografia

(livros, apostilas e sites).1. Didaquê – A instrução dos doze apóstolos2. Manual de procedimentos do diaconato da catedral

evangélica3. Manual do pastor Pentecostal - CPAD4. Teologia Pratica da diaconia -1ª Igreja

presbiteriana da Casa Caiada5. Manual do diácono da Assembléia de Deus do

Brás6. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia7. O diaconato – Pr. João Grigório8. http://www.cacp.org.br/o-diaconato/9. www.aditapevi.org.br/estudos_sermoes/

garcons.htm

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