apostila ea 2 - tjbs e aops

218
Volume 2 Transistores de Junção Bipolar Amplificadores Operacionais Teoria, Problemas e Exercícios Guias de Aulas Práticas V in + - V out V CC -V CC V comp V cc -V cc V comp V in V out Campus Varginha Curso Técnico de MECATRÔNICA Eletrônica Analógica e de Potência E E L L E E T T R R Ô Ô N N I I C C A A A A N N A A L L Ó Ó G G I I C C A A Fundamentos Ensino Técnico André Barros de Mello Oliveira Varginha - 2013

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Page 1: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

1 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Volume 2

Transistores de Junção Bipolar

Amplificadores Operacionais

Teoria, Problemas e Exercícios

Guias de Aulas Práticas

Vin

+

-Vout

VCC

-VCC

Vcomp

Vcc

-Vcc

Vcomp

Vin

Vout

Campus Varginha

Curso Técnico de MECATRÔNICA

Eletrônica Analógica e de Potência

EELLEETTRRÔÔNNIICCAA AANNAALLÓÓGGIICCAA Fundamentos – Ensino Técnico

André Barros de Mello Oliveira

Varginha - 2013

Page 2: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

2 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Campus Varginha

Av. dos Imigrantes, 1000. Bairro Vargem. Varginha – MG. CEP: 37.022-560.

Telefone: (35) 3690 4200. Homepage: http://www.varginha.cefetmg.br

Page 3: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

3 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Lista de alguns termos e siglas da área Eletroeletrônica

A - Abbreviation for "ampere" a unit of electrical current.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Órgão responsável pela normalização técnica no Brasil,

fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. Trata-se de uma entidade privada e sem

fins lucrativos e de utilidade pública, fundada em 1940.

AC/DC - Equipment that will operate on either an AC or DC power source.

AC generator - Device used to transform mechanical energy into AC electrical power.

AC voltage - A voltage in which the polarity alternates.

AC – Alternating Current. Polarity current moving from positive to negative.

Amplitude - the strength of an electronic signal.

AOP ou Amp-Op – Amplificador Operacional.

ANSI – American National Standards Institute, Instituto de normas dos Estados Unidos que publica recomendações

e normas em praticamente todas as áreas técnicas.

AWG - Abbreviation for "American wire gauge". A gauge that assigns a number value to the diameter of a wire.

Beta - (b) The ratio of collector current to base current in a bipolar junction transistor (BJT).

Bipolar junction transistor - (BJT), A three terminal device in which emitter to collector current is controlled by base

current.

BJT – Bipolar Junction Transistor.

CA – Corrente Alternada.

CAD - Abbreviation for "computer aided design"

Center TAP - Midway connection between the two ends of a winding.

Center tapped rectifier - Circuit that make use of a center tapped transformer and two diodes to provide full wave

rectification.

Center tapped transformer - A transformer with a connection at the electrical center of a winding.

CC – Corrente Contínua.

DC – Direct Current (corrente contínua).

Direct Current / DC - consistent current that moves in one direction.

Earth - a source that grounds the rest of the electronics.

Farad - a unit of measurement used with capacitance.

GND – de Ground (terra). Potencial de referência de um circuito elétrico, tomado como nível zero (0 V).

IEEE – Institute of Electrical and Electronics Engineers (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos)

LCD – Liquid Cristal Display (Tela de Cristal Líquido)

LDR – Light Dependent Resistor

LED - Light Emitting Diode (diodo emissor de luz)

MOSFET – Metal Oxide Semiconductor Field Effect Transistor.

- Rendimento.

Op-Amp – Operational amplifier.

RMS – Root Mean Square (valor médio quadrático).

RPM (ou rpm) – Rotações por minuto.

TJB - transistor (ou transistor) de junção bipolar.

VCC – Tensão Contínua (o mesmo que VDC).

RMS - acronym meaning Root Mean Squared.

Volt - unit measuring electromotive force.

Watt - unit measuring power.

Fontes:

1) Glossary / Dictionary of Electronics Terms, em http://www.hobbyprojects.com/dictionary/a.html

2) Glossary of Electronic Terms - http://www.datarecoverylabs.com/electronic-glossary.html

3) Electronic Engineering Electronic - http://www.interfacebus.com/Glossary-of-Terms.html

INTERESSANTE!

Dicionário Inglês-Português online: http://www.linguee.com.br/ingles-portugues/traducao/

Page 4: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

4 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Campus Varginha

Av. dos Imigrantes, 1000. Bairro Vargem. Varginha – MG. CEP: 37.022-560.

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5 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Alfabeto Grego

Maiúsculas Minúsculas Nome

Clássico Prefixos SI

*

A Alfa

Fator Prefixo Símbolo

10-3

mili m

10-6

micro

10-9

nano n

10-12

pico p

103 quilo k

106 mega M

109 giga G

1012

tera T

* SI: Sistema Internacional de Unidades, é um conjunto sistematizado e padronizado de

definições para unidades de medida, utilizado em quase todo o mundo moderno, que visa a uniformizar e facilitar as medições e as relações internacionais daí decorrentes.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Internacional_de_Unidades

Fonte: http://itp.nyu.edu/physcomp/uploads/arduino_bb_pot_transistor_motor_diode.png

B Beta

Gamma

Delta

E Epsilon

Z Zeta

H Eta

Theta

I Iota

K Kappa

Lambda

M Mu

N Nu

Xi (ksi)

O Omicrón

Pi

P Rho

Sigma

T Tau

Y Upsilón

Phi

X Chi

Psi

Ômega

O primeiro transistor. Shockley, Bardeen e Brattain ganharam o Prêmio Nobel de Física em 1956,

por suas pesquisas sobre semicondutores e sua descoberta do efeito transistor.

Page 6: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

6 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Campus Varginha

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Page 7: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

7 CEFET-MG – MECATRÔNICA

S u m á r i o

Capítulo 2 - Transistor de Junção Bipolar (TJB): operação, características e aplicações ...................................... 9

2.1 – Construção e operação básica do Transistor .................................................................................................... 9 2.1.1 – Introdução: antes do transistor, a válvula .................................................................................................. 9 2.1.3 - Polarizando as junções do TJB ................................................................................................................. 14

2.2 – Configuração Base Comum (BC) do TJB........................................................................................................ 15 2.2.1 - Operação Básica do Transistor em função da Polarização (conexão BC) ................................................ 16

2.2.2 - O parâmetro (alfa) do TJB .................................................................................................................... 18 2.2.3 – Polarização do TJB na configuração BC ................................................................................................. 19

2.3 – Configuração Emissor Comum (EC) do TJB .................................................................................................. 20

2.3.1 – O Fator de amplificação de corrente do TJB () ..................................................................................... 24

2.4 – Configuração coletor-comum (CC) ................................................................................................................. 27 2.4.1 – Ganhos de corrente e de tensão na configuração CC ............................................................................... 28

2.5 – Limites de operação e Folha de Dados do TJB ............................................................................................... 29

2.6 – Teste do Transistor .......................................................................................................................................... 30 2.6.1 – Identificação dos Terminais ..................................................................................................................... 31 2.6.2 – Identificação do tipo do Transistor (NPN ou PNP) com o Ohmímetro ................................................... 33 2.6.3 – Medição do Ganho de Corrente (hFE) do Transistor ................................................................................ 33

2.7 – Polarização do TJB – configurações básicas e análise de estabilidade ......................................................... 33 2.7.1 – Polarização Fixa pela Base (corrente IB constante) ................................................................................. 35 2.7.2 – Saturação do Transistor e Reta de Carga ................................................................................................. 38 2.7.3 – Deslocando o ponto de operação na Reta de Carga ................................................................................. 41 2.7.4 – Polarização Estável do Emissor ............................................................................................................... 43 2.7.5 – Polarização por Divisor de Tensão .......................................................................................................... 46 2.7.6 – Estabilidade do Ponto Quiescente com Relação ao Tipo de Polarização do TJB .................................... 50 2.7.7 – Polarização de Transistores PNP ............................................................................................................. 53

2.8 – Transistores como Chave – Projeto ................................................................................................................ 53 2.8.1 – Circuitos de chaveamento com TJB ........................................................................................................ 54 2.8.2 – Intervalos de Tempo no Chaveamento de TJBs ...................................................................................... 58

2.9 – Aplicações Básicas do TJB .............................................................................................................................. 59 2.9.1 – Conexão Darlington e em Par Realimentado ........................................................................................... 59 2.9.2 – O Uso do TJB como Fonte de Corrente ................................................................................................... 62 2.9.3 – Ponte H – Acionamento de Motor DC e Inversor em Ponte .................................................................... 63 2.9.4 – Regulação de Tensão por Transistor ........................................................................................................ 66 2.9.5 – Regulação de Tensão com Circuitos Integrados – Introdução ................................................................. 71

Capítulo 3 – Amplificadores Operacionais (AOPs): princípios e aplicações ......................................................... 79

3.1 – Amplificadores operacionais: constituição e características .......................................................................... 79

3.1.1 - Características do Amplificador Operacional .............................................................................................. 80

3.2 – Amplificadores inversor, não inversor, somador e subtrator .......................................................................... 88 3.2.1 – O AOP Inversor ....................................................................................................................................... 88 3.2.2 – O AOP Não-Inversor ............................................................................................................................... 89 3.2.3 – O AOP como Buffer (seguidor de tensão) ............................................................................................... 90 3.2.4 – O AOP Somador ...................................................................................................................................... 91 3.2.5 – O AOP Subtrator (ou diferencial) ............................................................................................................ 95

Page 8: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

8 Eletrônica Analógica – Vol. 2

3.3 – Comparador de Tensão ................................................................................................................................... 97 3.3.1 – Introdução ................................................................................................................................................ 97 3.3.2 – Tensão de Saturação (± Vsat) .................................................................................................................... 97 3.3.4 – O Comparador Quádruplo – Circuito Integrado LM 339 ...................................................................... 101 3.3.5 – O Comparador de Janela ........................................................................................................................ 105

3.4 – O circuito integrado 555 (timer ou temporizador) ........................................................................................ 108 3.4.1 - Modos de Operação ................................................................................................................................ 109

3.5 – Comparador com Histerese ........................................................................................................................... 118 3.5.1 – Aplicação da Histerese com o AOP Comparador Regenerativo ............................................................ 119

3.6 – Integradores e Diferenciadores com AOPs ................................................................................................... 130 3.6.1 – AOP Integrador ..................................................................................................................................... 130 3.6.2 – AOP Diferenciador ................................................................................................................................ 136

Apêndice 1 – Listas de Exercícios e Problemas (LEPs) ......................................................................................... 139

Apêndice I – Guias de Aulas Práticas .................................................................................................................... 162

Aula Prática 8 – Transistor de Junção Bipolar: polarização fixa e operação como chave ................................. 163

Aula Prática 9 – O TJB como chave acionando um Relé Eletrônico. Uso do Optoacoplador 4N25. ................. 171

Aula Prática 10 – O TJB como chave no acionamento de cargas através de relés eletrônicos ........................... 176

Aula Prática 11 – Regulador de Tensão com Transistor (tipo Série) ................................................................... 182

Aula Prática 12 – Regulador de Tensão 7812. Relé Temporizado acionado por TJB......................................... 186

Aula Prática 13 – Amplificador Operacional (AOP): Inversor e Não Inversor .................................................. 189

Aula Prática 14 – Amplificador Operacional (AOP) como Somador e Subtrator .............................................. 192

Aula Prática 15 – AOP como Comparador e como Detector de Nível ................................................................. 195

Aula Prática 16 – Temporizador 555 e Aplicações nos modos Monoestável e Astável ....................................... 198

Aula Prática 17 – Temporizador 555 como Gerador de Rampa (simulação) ...................................................... 202

Aula Prática 18 – AOP Comparador Regenerativo (Schmitt Trigger) ................................................................ 203

Anexo I – Códigos de Cores de Resistores – 4 e 5 Faixas ....................................................................................... 209

Anexo II – Tutorial básico para uso do Osciloscópio Digital ................................................................................ 210

Referências Bibliográficas ........................................................................................................................................ 217

Page 9: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

9 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Capítulo 2 - Transistor de Junção Bipolar (TJB): operação, características e aplicações

Capítulo

2

TRANSISTOR DE JUNÇÃO BIPOLAR (TJB):

OPERAÇÃO, CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES

2.1 – Construção e operação básica do Transistor. 2.2 – Configuração base-comum (BC). Ação amplificadora do TJB. 2.3 – Configurações

emissor-comum (EC) e coletor-comum (CC). 2.4 – Limites de operação e folha de dados do TJB. 2.5 – Teste de transistores. Identificação do tipo

(NPN ou PNP) e dos terminais. 2.6 – Polarização do TJB – configurações e análise de estabilidade. 2.7 – Transistores como Chave – Projeto. 2.8 – Aplicações práticas do TJB: acionador de relé, fonte de corrente constante e em fontes de tensão reguladas.

2.1 – Construção e operação básica do Transistor

2.1.1 – Introdução: antes do transistor, a válvula

Em 1951, na Bell Laboratories, surgiu o primeiro transistor, pelas mãos dos cientistas William

Schockey, John Bardeen e Walter H. Brattain, que receberam, pelo invento, o prêmio Nobel de 1956

(BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004). Antes disso, o dispositivo eletrônico de maior interesse e

desenvolvimento era a válvula (1904 - 1947). Em 1904 surge o Diodo a Válvula, por J. A. Fleming.

As válvulas, embora excelentes amplificadoras,

apresentam uma série de desvantagens:

- possuem um filamento interno ou aquecedor, que requer

cerca de 1 W ou mais de potência;

- a sua vida útil é limitada (alguns milhares de horas apenas);

- ocupa muito espaço;

- o aquecimento necessário para o seu funcionamento aumenta

a temperatura interna dos equipamentos eletrônicos que fazem

seu uso.

A válvula é um componente eletrônico composto de

uma grade e um filamento condutor de alta resistência,

fechados à vácuo numa cápsula de vidro prevenindo a queima

dos compostos (veja a Figura 1).

Figura 1 – Aspecto de uma válvula.

Quando aquecido, o cátodo (o qual é eletricamente negativo) emite elétrons que saem em direção

à lâmina (ou grade) de metal, a qual é eletricamente positiva. A grade serve para controlar o fluxo, agindo

como uma válvula de controle. Qualquer variação na tensão de grade (VG) provoca uma pequena variação

na corrente IG, o que causa uma grande variação em IA. A relação entre estas duas correntes é um fator de

amplificação da válvula. A Figura 2 apresenta o seu aspecto.

Figura 2 – Aspecto da válvula eletrônica.

Disponível em: <http://www.123rf.com/photo_12507311_group-of-electronic-valves-isolated-on-white-background.html>.

RG

Grade

VG

Anodo

IK

IA

IG

Filamento

VF

Catodo

Page 10: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

10 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Uma Curiosidade...

Desde a criação dos amplificadores transistorizados até os dias atuais existe um conjunto de audiófilos que

consideram o som de amplificadores valvulados como superiores em qualidade sonora (veja a Figura 3). Consultar

as fontes de pesquisa na internet sobre este assunto:

1) http://www.eletronica.com/conhecendo-as-valvula-eletronicas

2) http://www.ufrgs.br/tecnologiacomciencia/banners/tubos-raios-catodicos-09.pdf

Figura 3 – Aspecto de um amplificador valvulado, Marshall JCM 800

série 2203 Kerry King Signature.Válvulas EL34 (IGLESIAS, 2012).

2.1.2 - O Transistor de Junção Bipolar, TJB

O TJB faz parte da classe de dispositivos amplificadores (que possibilitam o aumento da tensão,

corrente ou nível de potência), de no mínimo três terminais, onde um deles controla o fluxo de sinal entre

os outros dois. O termo bipolar utilizado refere-se ao fato que ambos os portadores de carga (lacunas e

elétrons) participam do processo de operação do dispositivo.

As vantagens do transistor são:

- não possui filamento ou aquecedor, requerendo uma potência muito menor para o seu

funcionamento e, portanto, dissipa menos calor;

- a sua vida útil é maior do que a da válvula;

- pequenas dimensões (veja a Figura 4);

- requer menores tensões de alimentação.

Figura 4 – TJB: comparação em dimensão com um CI

(circuito integrado) e uma válvula (PIROPO, 2012).

Page 11: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

11 CEFET-MG – MECATRÔNICA

O Transistor possibilitou a invenção de vários outros dispositivos, como p. ex. o Circuito Integrado

(CI), o qual deu origem aos modernos computadores digitais e outros equipamentos (MALVINO, 1997).

Na Figura 5 são apresentados alguns tipos de encapsulamento para o transistor.

Figura 5 – Alguns exemplos de encapsulamentos para o TJB (PIROPO, 2012).

Aplicações

do Transistor

- Amplificador de Sinais, como mostra o sistema da Figura 6.

Figura 6 – Diagrama de blocos de um sistema amplificador de sinais (criado pelo autor).

- Operação como chave (chaveamento de sinais)

- Armazenamento de informações (circuitos de memórias e microprocessadores).

O Pentium 4 (quinta geração de microprocessadores com arquitetura x86 fabricados pela Intel), lançado em

janeiro de 2002, trabalha com frequências de 1300 a 4000 MHz, com 55 milhões de transistores CMOS 130 nm. A

série de chips Radeon 2000, por exemplo, atinge os 500 milhões de transistores, chegando à casa dos 40 nm.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Trans%C3%ADstor.

Como o transistor é formado?

O TJB é formado a partir de duas junções de materiais semicondutores opostos. A Figura 7 mostra

o aspecto construtivo (quanto ao material semicondutor utilizado) e o símbolo para os transistores NPN

(a) e PNP (b). Note-se que há uma inversão no sentido das correntes (sentido convencional).

A difusão de elétrons livres de cada junção produz duas camadas de depleção, como visto na

Figura 8. Cada camada possuirá uma barreira de diferença de potencial de 0,7 V (para material

semicondutor de Silício) em 25o C.

Signal

sourceAmplifier Load

Device: CD ou Speakers

MP3 player

DC voltage

source

DC power

Low

Signal

power

High

Signal

power

Page 12: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

12 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 7 – Aspecto construtivo e símbolo do TJB. (a) Configuração NPN. (b) Configuração PNP.

Figura 8 – TJB: junções BE e BC.

Quanto às dimensões e dopagem, as camadas mais externas do TJB são materiais semicondutores

mais fortemente dopados, com largura muito maior que a camada interna n ou p, como ilustra a Figura 9.

Figura 9 – Desenvolvimento de um TJB npn. (a) Diodos ligados em anodo-comum.

(b) Junções equivalentes PN. (c) Estrutura de um TJB npn. (d) Símbolo de um TJB npn.

(a) (b) (c) (d)

No TJB, as camadas mais externas apresentam uma dopagem

consideravelmente maior do que a interna (tipicamente da ordem de

10 vezes). A razão entre a largura total do TJB e a largura da camada

central é tipicamente de 150:1, como se vê na Figura 10. O menor

nível de dopagem desta camada reduz a condutividade (aumentando

a resistência) do seu material semicondutor, diminuindo então o

número de portadores livres. Resumindo:

Emissor material fortemente dopado.

Base material levemente dopado (resistência alta), com largura

150 vezes menor do que a largura do transistor.

Coletor material moderadamente dopado.

Figura 10 – Dimensões típicas entre

as camadas de um TJB. Nota: 1

polegada (in) = 2,54 cm.

E C

B

N P N

E C

B

P N P

IB

IC

IE

IC

IEIB

E C

B

Regiões de

depleção

E C

B

n p n

VEE VCC

+ -+ -

0,150 in

0,001 in

(a)

(b)

Page 13: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

13 CEFET-MG – MECATRÔNICA

COMO É FORMADO O EMISSOR?

O emissor do transistor é formado de um material fortemente dopado e sua função é injetar

portadores de carga na base (Figura 11).

Figura 11 – O TJB npn. Fluxo de corrente (ANDREY, 1999).

A base é mais fina e menos dopada permitindo que a maior parte dos portadores injetados seja

transferida ao coletor. O nível de dopagem do coletor é intermediário entre a base e o emissor. O coletor

é a região mais extensa porque ele tem que dissipar a maior parte da potência do transistor.

A Figura 12 mostra o fluxo de elétrons e o fluxo de lacunas em um TJB. Adota-se o fluxo de

corrente convencional que tem o mesmo sentido do fluxo de lacunas indicado na figura.

Figura 12 – Transistor npn: fluxos de elétrons e de lacunas (NAJMABADI, 2006).

- Diante do que foi exposto anteriormente, responda: é possível construir um TJB a partir de dois

diodos discretos, como mostra a Figura 13?

Figura 13 – TJB: (a) Diodos em contra-posição. (b) Junções pn equivalentes. (c) Estrutura de um TJB npn.

Terminal do

Emissor (E)

Terminal

da Base (B)

Terminal do

Coletor (C)

Corrente do

Coletor (IC)

Região do coletor

Região da base

Região do emissorCorrente da

base (IB)

n

p

n

C C

B

B

EE

Coletor

Base

Emissor

V2

V1

IC

IB

IE

IB

IE

n

n

p

Vs

LEGENDA: Electron flow, fluxo de elétrons. Hole flow, fluxo de lacunas

C C C

(b) (c)(a)

E E E

B B B

n

p

p

n

n

p

n

Page 14: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

14 Eletrônica Analógica – Vol. 2

2.1.3 - Polarizando as junções do TJB

Seja um TJB pnp polarizado somente na junção base-emissor (Figura 14). Com polarização direta,

o que ocorre? Devido à tensão aplicada (VEE), ocorre a diminuição da região de depleção (esta junção é

um diodo!). Resulta então um fluxo de portadores majoritários do material tipo p para o material tipo n.

Figura 14 – TJB pnp com a junção pn (VEB) polarizada diretamente (Boylestad e Nashelsky, 2004).

Removendo a bateria de polarização direta entre emissor e base e aplicando a tensão VCC na junção

entre os terminais base e coletor, esta fica reversamente polarizada, como mostra a Figura 15. Nesta situação ocorre um fluxo de portadores minoritários (corrente de fuga nos diodos), que

depende também da temperatura.

Figura 15 – TJB pnp com a junção pn (VCB) polarizada reversamente (Boylestad e Nashelsky, 2004).

Com ambos os potenciais aplicados, tem-se a situação da Figura 16. Então uma junção p-n está

diretamente polarizada (base-emissor) e outra junção, p-n, está reversamente polarizada (base-coletor).

Figura 16 – Portadores majoritários e minoritários em um TJB tipo pnp (Boylestad e Nashelsky, 2004).

O material interno, n, muito fino, apresenta baixa condutividade e apenas uma pequena parcela dos

portadores majoritários conseguirá fluir pelo mesmo (corrente de base IB, da ordem de A).

+ Majority carriers

Depletion region

E

B

C

VEE

Type p

Type n

VCC

Depletion region

E C

B

VCC

Type pType n

Minority carriers

ICIE

IB

Majority carriers Minority carriers

Depletion regions

Page 15: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

15 CEFET-MG – MECATRÔNICA

E a outra junção?

O material tipo p à direita, conectado ao terminal COLETOR, recebe uma injeção da maior parte

dos portadores majoritários, que atravessam a junção pn reversamente polarizada.

A facilidade com que estes portadores majoritários conseguem atravessar esta junção se deve ao

fato de que para o diodo reversamente polarizado, os portadores majoritários se comportam como

minoritários no material tipo n da base. Estes portadores atravessarão a junção reversa do segundo diodo,

formando a corrente de coletor, IC, da ordem de mA.

Aplicando-se a LKC, obtém-se:

E C BI = I + I (1)

IC = IC majoritário + ICO minoritário

Em (1), a corrente ICO é uma corrente de fuga, corrente de coletor com o terminal de emissor aberto

(veja a Figura 17). Esta corrente, assim como a corrente Is do diodo (corrente de saturação reversa), é

sensível à temperatura da junção (em altas temperaturas o funcionamento do TJB pode ser afetado).

Novas tecnologias de fabricação têm amenizado o efeito de temperatura no TJB.

Figura 17 – Significado da corrente de fuga, ICBO, em um TJB tipo npn (Boylestad e Nashelsky, 2004).

2.2 – Configuração Base Comum (BC) do TJB

A terminologia desta configuração, base comum, se deve ao fato de que o terminal da base é

comum à entrada e à saída do circuito - Figura 18a e Figura 18b.

Figura 18 – Configuração base comum do TJB – (a) configuração npn e (b) configuração pnp.

Fluxo convencional Fluxo convencional

(a) (b)

Os sentidos de corrente adotados se referem ao fluxo convencional (corrente de buracos ou

lacunas), do maior potencial elétrico para o menor (adotado nos estudos de eletricidade).

Collector to base

E C

B

IE = 0

ICBO = ICO

Emitter

open

E C

B

p n p

+ - + -

IE IC

IB

VEE VCC

E C

B

n p n

IE IC

IB

VEE VCC

+ -+ -

ICIE

IB

E C

B

ICIE

IB

E C

B

E C

B

p n p

+ - + -

IE IC

IB

VEE VCC

E C

B

n p n

IE IC

IB

VEE VCC

+ -+ -

ICIE

IB

E C

B

ICIE

IB

E C

B

E C

B

p n p

+ - + -

IE IC

IB

VEE VCC

E C

B

n p n

IE IC

IB

VEE VCC

+ -+ -

ICIE

IB

E C

B

ICIE

IB

E C

B

E C

B

p n p

+ - + -

IE IC

IB

VEE VCC

E C

B

n p n

IE IC

IB

VEE VCC

+ -+ -

ICIE

IB

E C

B

ICIE

IB

E C

B

Page 16: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

16 Eletrônica Analógica – Vol. 2

As fontes de tensão VEE e VCC estão ligadas de tal forma que as suas polaridades impõem,

respectivamente, os sentidos das correntes de emissor e de coletor (malhas 1 e 2, Figura 18a e Figura 18b).

2.2.1 - Operação Básica do Transistor em função da Polarização (conexão BC)

CASO 1, Figura 19 – Região de Corte

Não há circulação de corrente, pois as duas junções estão reversamente polarizadas, deixando o

dispositivo em situação de corte. Nesta situação o TJB é uma chave aberta e então IC = IE = 0.

Figura 19 – TJB em situação de corte.

CASO 2, Figura 20 – Região de Saturação

Com as duas junções diretamente polarizadas, circula corrente em ambas. O dispositivo está em

situação de saturação, operando então como uma chave fechada, onde a corrente de coletor é máxima.

CASO 3, Figura 21 – Região Ativa

Uma junção está diretamente polarizada e a outra reversamente polarizada. Circula corrente por

ambas as junções, apesar da polarização reversa, pois aqui, ocorre o fenômeno denominado de efeito

transistor.

Figura 20 – TJB em situação de saturação. Figura 21 – TJB na região ativa.

Curva característica de entrada: IE x VBE

O estudo do comportamento do TJB é feito através das suas curvas características de entrada e de

saída. A Figura 22 representa o comportamento da corrente de entrada (IE) em função da tensão de

entrada entre base e emissor (VBE), para diferentes valores da tensão de saída, entre coletor e base (VCB).

Pelas curvas IE x VBE:

- à medida que ocorre um aumento na tensão VBE, ocorre também um aumento na corrente de

emissor (comportamento da curva característica ID x VD do diodo, junção pn (veja a Figura 23a);

- as variações na tensão VCB têm pouca influência sobre a inclinação da curva característica,

podendo ser ignoradas. O resultado é a linearização da curva característica (Figura 23a até a Figura

23c). Assim, para a análise DC de circuitos com TJBs nesta configuração, o modelo da Figura 23c será

adotado. Com o TJB ligado (ou ATIVO), a tensão VBE será (BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004):

0,7 BEV V (2)

E C

B

n p n

VEE VCC

+ -

+ -

E C

B

n p n

VEE VCC

+ -

+ -

E C

B

n p n

VEE VCC

+ -+ -

Page 17: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

17 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 22 (Boylestad e Nashelsky, 2004) – (a) Curva característica de entrada do TJB, na configuração BC (b).

(a) (b)

Figura 23 (Boylestad e Nashelsky, 2004) – Linearização da curva característica IE x VBE do TJB.

(a) (b) (c)

Esta consideração, portanto, vale para o transistor operando na região ativa e na região de

saturação, onde VBE = 0,7 V (para um material semicondutor de Silício) – curva característica de saída e

regiões de operação do TJB (BC), Figura 24.

Como a corrente de base é muito pequena (da ordem de A), quando comparada a IC (da ordem de

mA), pode ser desprezada, em algumas análises de circuito com TJB.

Na curva característica de saída da Figura 24 são apresentadas as curvas de corrente de coletor (e

de emissor) x tensão VCB. Notar que as curvas de corrente são paralelas ao eixo de VCB.

Para cada valor da corrente de entrada (IE), com a variação da tensão de saída (VCB), obtém-se o

correspondente valor a corrente de saída (IC).

A região de corte é definida para IC = 0 e a região de saturação (onde o TJB é uma chave fechada),

para VCB = 0.

E C

B

p n p

+ - + -

IE IC

IB

VEE VCC

E C

B

n p n

IE IC

IB

VEE VCC

+ -+ -

ICIE

IB

E C

B

ICIE

IB

E C

B

Linearização

Page 18: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

18 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 24 – Curva característica de saída do TJB npn em base-comum (Boylestad e Nashelsky, 2004).

Exemplo 1 – Sejam as curvas características do TJB da Figura 24 (BOYLESTAD e NASHELSKY,

2004). Pede-se:

a) determinar a corrente de coletor para IE = 3 mA e VCB = 10 V.

Pela curva característica verifica-se clara e facilmente que IC = IE = 3 mA.

b) determinar novamente IC se IE permanece fixa em 3 mA e mas VCB é reduzido para o valor de 2 V.

É desprezível o efeito de variação na tensão VCB. Então IC = IE = 3 mA.

c) determinar a tensão VBE se IC = 4 mA e se VCB = 20 V pelas curvas da Figura 23a e da Figura 24.

Para IE = IC = 4 mA, VBE 0,75 V.

2.2.2 - O parâmetro (alfa) do TJB

Para a análise DC e AC do TJB, os valores das correntes de coletor e de emissor se relacionam

através de um parâmetro, aproximadamente unitário. Em regime DC:

C E = I I 1dc (3)

Dessa relação resulta (3):

C EI = Idc (4)

Na prática, têm-se uma variação em nos dispositivos TJB na faixa de 0,90 a 0,998.

Como este parâmetro é definido para portadores majoritários exclusivamente, tem-se que:

C E CBOI I I (5)

Aplicando esta equação à curva característica do TJB da Figura 24, tem-se que com IE = 0 mA, a

corrente de coletor será igual a ICBO, valor tão baixo que não é detectável graficamente.

Para a grande maioria dos casos, considera-se dc = ac para o TJB.

Regiões de operação do TJB

Região de

Saturação

Região

de Corte

Região

Ativa ou Linear

IC I

E

IC (mA)

VCB (V)

Região ativa (onde ocorre

amplificação de sinais)

O TJB é uma chave fechada

7 mA

5 mA

IE = 1 mA

IE = 0 mA

0 5 10 15 20

.

O T

JB

é u

ma

ch

ave

ab

ert

a

7

6

5

4

3

2

1

0- 1

Page 19: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

19 CEFET-MG – MECATRÔNICA

2.2.3 – Polarização do TJB na configuração BC

Para polarizar corretamente o TJB na configuração BC, dentro da região ativa, utiliza-se a

aproximação IE IC e considera-se IB 0 mA. O circuito equivalente para esta aproximação é mostrado

na Figura 25, para um TJB pnp. O diodo pn emissor-base do transistor está diretamente polarizado e então

o dispositivo é ligado.

Figura 25 – Polarização do TJB pnp na configuração BC (Boylestad e Nashelsky, 2004).

Exemplo 2 – O TJB na configuração BC como Amplificador CA

Como visto anteriormente na Figura 24, na região ativa o TJB opera como amplificador linear,

onde IC = .IB. A Figura 26 mostra um exemplo básico de circuito amplificador a transistor, na

configuração BC. Obviamente a polarização DC do dispositivo não é mostrada, já que o único fenômeno

que se quer verificar é a amplificação de sinais AC.

Figura 26 – Ação básica de amplificação de tensão do TJB, em BC (Boylestad e Nashelsky, 2004).

- Parâmetros Ri e Ro (impedâncias de entrada e saída, respectivamente):

O parâmetro Ri é baixo devido ao diodo EB estar diretamente polarizado e Ro é alto pelo diodo CB

reversamente polarizado.

Corrente de entrada: 200

10 20

i

mVI mA

A relação entre as correntes de coletor e de emissor é dada pelo ganho, alfa ().

Para o domínio AC, assumindo ac = 1 (IC = IE), tem-se: . 10 mAII iL

Daí, L Lv R.I 5 kΩ 10 mA 50 V.

Encontrados os valores de entrada e saída do circuito, calcula-se os ganhos de tensão e corrente:

E C

BIB = 0 A

IE IC IE

VEE VCC

Page 20: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

20 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Ganho de Tensão, Av : 2502,0

50

i

LV

v

vA

Ganho de Corrente, Ai : 1E

C

i

Li

I

I

I

IA

O TJB como amplificador em BC não apresenta ganho de corrente, já que a relação entre as

correntes de entrada e de saída é o parâmetro alfa (), aproximadamente unitário.

O transistor bipolar foi denominado transistor como uma forma contraída dos termos “resistor de

transferência” (tradução do inglês, TRANSfer reSISTOR). Como este dispositivo opera com elétrons e

lacunas como portadores de carga elétrica, recebeu o nome de transistor bipolar (SHIGUE, 2008).

Em outras palavras, do exemplo 2 foi verificado que a operação de amplificação de sinais foi

efetuada com a transferência de uma corrente de um circuito de baixa resistência (circuito de entrada)

para um circuito de alta resistência, circuito de saída (BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004).

2.3 – Configuração Emissor Comum (EC) do TJB

A configuração EC para o TJB é, de longe, a mais utilizada. O emissor (E) é o terminal comum

com relação aos terminais de entrada e saída. Na Figura 27 vê-se o esquema de um TJB npn (notação e

símbolo), com as fontes VBB e VCC polarizando-o para a operação na região ativa (amplificação linear).

Para a análise da polarização do TJB considera-se o sentido da corrente real (de elétrons). Nos

cálculos do circuito, porém, considera-se a corrente convencional. Pela LKT, E C BI = I + I .

Figura 27 – (a) TJB npn e (b) TJB pnp na configuração EC (Boylestad e Nashelsky, 2004).

(a) (b)

Para uma análise passo-a-passo, seja a Figura 28 (MALVINO, 1997).

A tensão VBB polariza diretamente o diodo emissor, que é fortemente dopado. A sua função é

injetar elétrons livres no terminal da base (etapa 1).

Pelo fato de que a base é muito estreita e fracamente dopada, a maior parte dos elétrons irá para o

terminal de coletor. Este possui um nível de dopagem também forte, entre a dopagem da base e do

emissor. Logo:

Dopagem (emissor) > dopagem (coletor) > dopagem (base).

Transferência

+ resistor

Transistor

Page 21: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

21 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Análise da Figura 28 – Etapa 1:

- A fonte contínua VBB polariza diretamente a

junção pn dos terminais B e E (diodo

emissor);

- No instante em que o diodo emissor recebe a

polarização direta, os elétrons livres do

material n do emissor ainda não entraram no

material p da base.

Figura 28 – O TJB polarizado (EC) – tipo npn.

Etapa 2, Figura 29:

- Com VBB > VF (tensão direta da junção pn

base-emissor), ocorre a entrada dos elétrons

do emissor na região da base;

- Tais elétrons podem circular em direção ao

terminal da base (passando por RB e pela fonte

VBB) ou em direção ao coletor (C);

- A base é fracamente dopada e muito

estreita... Então, o que ocorre?

Figura 29 – Elétrons injetados na base.

A maioria dos elétrons irá para o terminal do coletor, devido à sua maior dopagem em relação à

base. O coletor recebe este nome devido ao fato de que coleta ou captura a maior parte dos elétrons

livres vindos do emissor.

Etapa 3 – Elétrons no Coletor (Figura 30):

- Os elétrons livres, atraídos pelo terminal positivo da contínua VCC, circulam através do resistor RC (que

limitam a corrente de coletor, praticamente igual à corrente de emissor, pelo fator alfa);

- Em resumo, na maioria dos TJBs mais de 95% dos elétrons vindos do emissor migram para o coletor e

menos que 5 % circulam pelo terminal externo da base (MALVINO, 1997).

Figura 30 – O TJB polarizado (EC) – elétrons entrando na região n (em direção ao coletor).

VBB

RB

+

+VCC

VBE

+

_

+

_

VCE

Etapa 1n

p

n

RC

B

E

C

VBB

RB

+

+VCC

VBE

+

_

+

_

VCE

Etapa 2n

p

n

RC

B

E

C

VBB

RB

B

E

C

+

+VCC

VBE

+

_

+

_

VCE

Etapa 3n

p

n

RC

Page 22: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

22 Eletrônica Analógica – Vol. 2

As curvas características de saída e de entrada para a configuração Emissor Comum do TJB são

apresentadas na Figura 31a e Figura 31b.

Figura 31 – TJB EC. (a) Curva de saída: IC x VCE. (b) Curva de entrada: IB x VBE (Boylestad e Nashelsky, 2004).

Na configuração EC, a região de corte é diferente da apresentada na configuração BC. Em BC,

com a corrente de emissor nula, tem-se a corrente de coletor aproximadamente nula também. Verificando:

C E CBOI I I Com IE = 0, .(0)C CBOI I C CBOI I (desprezível)

Veja esta situação novamente a seguir nas curvas IC x VCB, da configuração BC. Repare que a

curva IE = 0 está sobre o eixo VCB, ou seja, as curvas de IE são paralelas ao eixo VCB, devido à

proximidade entre IE e IC (pelo ganho alfa).

Para a configuração EC, pela manipulação da equação de IC e tendo que IE = IC + IB, tem-se:

Regiões de operação do TJB

Região de

Saturação

Região

de Corte

Região

Ativa ou Linear

IC I

E

IC (mA)

VCB (V)

Região ativa (onde ocorre

amplificação de sinais)

O TJB é uma chave fechada

7 mA

5 mA

IE = 1 mA

IE = 0 mA

0 5 10 15 20

.

O T

JB

é u

ma

ch

ave

ab

ert

a

7

6

5

4

3

2

1

0- 1

(a) (b)

Curva IE = 0

Page 23: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

23 CEFET-MG – MECATRÔNICA

C E CBO C B CBO C C B CBOI I I I I I I I I I

Isolando a corrente de coletor:

1 1

CBOBC

III

(6)

Adotando os valores IB = 0 e = 0,996: 0

250.1 0,996 1 0,996 0,004

CBO CBOC CBO

I II I

Se ICBO = 1 A, tem-se IC = 250 (1 A) = 0,25 mA (verifique na Figura 31a).

A corrente de saturação reversa, na configuração EC pode ser definida por (7). Graficamente esta

corrente está representada pela Figura 32.

AI

CBOCEO

B

II

01 (7)

Figura 32 – Corrente de saturação reversa (ICEO) do TJB EC, que ocorre sem sinal de corrente na base.

Exercícios de Fixação

EF 1 – Exercício de Fixação 1. Um TJB apresenta um valor de = 0,997. Com IC = 4,0 mA,

encontrar os valores de IE e IB sendo ICBO = 0,85 A.

EF 2 – Se em um TJB a corrente de base é 200 vezes menor que a de coletor e ICBO = 0,95 A

(fornecido pelo fabricante), qual é o valor do ganho alfa ()? Dado: 1 1

CBOBC

III

B

C

E

IB = 0ICEO

Base aberta

(Open)

Coletor para Emissor

Page 24: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

24 Eletrônica Analógica – Vol. 2

2.3.1 – O Fator de amplificação de corrente do TJB ()

O fator representa a relação entre as correntes IC e IB, nos domínios CC e CA. Na análise da

operação do TJB em DC, tem-se, pela equação (8):

Cdc

B

I

I (8)

Sendo as correntes IC e IB válidas para um ponto fixo da curva característica do TJB.

Nas folhas de dados de fabricantes (datasheets), dc é identificado como hFE, onde h vem de híbrido

(de circuito equivalente ac híbrido) e as letras FE designam, respectivamente, amplificação de corrente

direta (forward) e configuração emissor-comum (BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004).

Os valores nominais de dc se situam entre 50 e 400. A Tabela 1 apresenta o valor de para alguns

tipos de transistores.

Para transistores de baixa potência o valor de oscila entre 100 a 300 e para os transistores de

potência, é compreendido entre 20 e 100.

Tabela 1 – Valores de para alguns transistores.

Transistor Aspecto Físico hFE (ganho ou ganho de corrente DC)

Mínimo Máximo

BC 547 Baixa potência, uso geral (áudio e CC)

110 800

TIP 31 - Fontes de alimentação, amplificadores;

- controle de motores de passo, motores comuns e solenóides, dimmers de corrente contínua, relés.

10 50

2N2222 Baixa potência, como amplificador e comutador

100 300

2N3055

NPN Power Transistor

20 70

Para a análise do TJB em CA, é definido um ganho ac, cujo nome técnico é fator de amplificação

de corrente direta em emissor comum. O termo amplificação é apropriado uma vez que IC é geralmente a

corrente de saída e IB a de entrada. Para o cálculo de ac é utilizada a equação (9).

CEV =constante

Cac

B

I

I

(9)

Considerando que dc e ac têm valores muito próximos, pode-se escrever (8):

. C BI I (10)

Page 25: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

25 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Exemplo 3 – Determinar o parâmetro ac para um TJB que possui a curva característica da Figura 33.

Pela região da curva compreendida entre IB1 e IB2, com VCE constante (7,5 V), tem-se as variações nas

correntes de coletor e de base.

Calcula-se então o fator ac: 2 1

2 1 constante

3,2 2,2 100

30 20 CE

C C Cac

B B BV

I I I mA mA

I I I A A

No regime DC é calculado através do ponto Q (ponto quiescente):

2,7 108

25

Cdc

B

I mA

I A

Vê-se que os parâmetros ac e dc são muito próximos. Sendo conhecido o valor de ac, pode se

adotar o mesmo valor para o ganho dc.

Figura 33 – Determinação dos ganhos ac e dc das curvas de coletor do TJB EC.

Exemplo 4 – Ainda com relação à curva do TJB da Figura 33, pede-se:

a) encontrar a variação na corrente de coletor para a corrente de base IB = 40 A (constante), na faixa em

que VCE varia entre 2,5 e 15 V.

Para VCE = 2,5 V e IB = 40 A IC = 3,8 mA. Para VCE = 15 V e IB = 40 A IC = 4,4 mA.

Logo, IC = (4,4 – 3,8) mA = 0,6 mA.

b) encontrar graficamente IC, para IB = 90 A e VCE = 7,5 V. Qual é o fator nesta situação?

IC = 7,8 mA. Então 7,8 90 86,67.dc C BI I mA A

Page 26: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

26 Eletrônica Analógica – Vol. 2

2.3.2 – A relação entre os ganhos e

Na equação IE = IC + IB, substituindo que

IE = IC / e IB =IC/:

11

1

11

C

CC I

II

Isolando o fator alfa, relação entre as correntes de coletor e de emissor, obtém-se:

1

(11)

1 (12)

Exemplo 5 – Da relação entre os fatores e , descubra o valor de para um TJB cujo = 250.

Para = 250 996,0251

250

1250

250

Exemplo 6 – A Figura 34 mostra o TJB EC como amplificador de sinais, uma de suas aplicações.

Nesta configuração, o sinal de saída está sempre invertido em relação ao sinal de entrada. Na

configuração EC ocorrem amplificações de corrente (ganho elevado) e de tensão (ganho moderado, um

pouco maior que a unidade).

Figura 34 – Transistor como amplificador de sinais CA (Boylestad e Nashelsky, 2004).

Nesta configuração, uma pequena variação na corrente de base provoca uma grande variação na

corrente de coletor do transistor, como se vê claramente na Figura 35.

vs(t)

Rs

C1

C2

RB

RC

+ VCC

RE

vi(t)

vo(t)

(CH1)

t

t

vivo

(CH2)

CH1

CH2

Page 27: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

27 CEFET-MG – MECATRÔNICA

EF 3 – Um TJB apresenta um valor de = 180. Com IC = 2,0 mA, encontrar os valores de IE e IB.

Figura 35 – Curvas IC x VCE do TJB (EC) - variações nas correntes IC e IB (VERBELEN e TOUHAF, 2010).

2.4 – Configuração coletor-comum (CC)

Este tipo de configuração é indicado para o casamento de impedâncias, uma vez que apresenta uma

alta impedância de entrada e uma baixa impedância de saída, situação diferente das configurações BC e

EC (BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004).

A Figura 36 apresenta a notação do TJB em CC, onde se vê que o terminal de coletor é comum à

entrada e à saída do circuito. Os símbolos para as configurações pnp e npn são mostrados respectivamente

na Figura 37.

Figura 36 – Notação para a configuração CC (coletor comum).

Fonte: BOYLESTAD & NASHELSKY, 2004.

.

VCE (V)

IC (mA)

VCE min.

VCE max.

IC min.

IC max.

Fam

ília

de

curv

as d

e I B

10 A

20 A

.

.

.

IB máx.

Q-pointIB = 45 A

100 A

DC Load line

0VCE Q

ICQ

Page 28: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

28 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 37 - Símbolos para a configuração CC (coletor comum): (a) pnp e (b) npn.

(a) (b)

Na prática, as curvas características de saída para a configuração CC são iguais às que ocorrem na

configuração EC, sendo representadas por IE x VEC. Note-se que IE IC ( 1).

A corrente de entrada é a mesma que a da configuração EC (IB).

Para o circuito de entrada da configuração CC, as curvas levantadas para a base do EC são

suficientes para se obter as informações necessárias.

2.4.1 – Ganhos de corrente e de tensão na configuração CC

O Ganho de Corrente (Ai = Io/Iin ) é determinado com base no circuito da Figura 38, onde:

Figura 38 – TJB amplificador na configuração CC.

Iin = corrente de entrada = corrente de base, IB.

Io = corrente de saída = corrente de emissor, IE.

Assim sendo, de IE = IC + IB 1 1C B CEi i

B B B

I I IIA A

I I I

Pode-se considerar o ganho de corrente igual ao fator do transistor utilizado.

Ganho de Tensão: v out inA v v

O ganho de tensão na configuração CC é muito próximo da unidade e o sinal de saída se apresenta

em fase com o sinal de entrada (não ocorre deslocamento de fase de 180 graus). O TJB nesta

configuração é chamado de seguidor de tensão, pois a tensão de saída segue a tensão de entrada.

Rin

vin

IC

IE

IBVCC

RL vout

VBB

E

C

B

~

Page 29: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

29 CEFET-MG – MECATRÔNICA

2.5 – Limites de operação e Folha de Dados do TJB

Nos equipamentos eletrônicos modernos, os transistores discretos são utilizados em aplicações

onde somente poucos (ou um apenas) dispositivos são necessários e onde ocorre uma dissipação de

potência maior (transistores de potências em inversores, fontes chaveadas etc.). Hoje em dia os

transistores são utilizados em CIs (circuitos integrados).

No uso de transistores discretos é importante conhecer as suas especificações nominais (corrente,

tensão, potência e ganho, p. ex.), bem como o seu encapsulamento e a função/localização de seus

terminais. Uma ideia muito clara para um projetista que utilize um componente eletrônico seja o

transistor, o diodo, o circuito integrado, é:

Folha de Especificações (ou folha de dados) Elo entre o FABRICANTE e o USUÁRIO.

As Folhas de Dados fornecem, basicamente, três informações sobre um dispositivo (Figura 39).

Figura 39 – Informações básicas fornecidas por uma Folha de Dados de um componente.

Fonte: criação do autor. 2013.

Os parâmetros com valores máximos fornecidos pelos fabricantes de transistores são:

- Tensão máxima de coletor, VCE max

- Corrente máxima de coletor, IC max

- Potência máxima de coletor, PCE max

- Tensão de ruptura das junções (VBR = breakdown voltage).

Para a configuração BC (MARQUES, JÚNIOR e CRUZ, 1996):

max max maxC CB CP V I (13)

E para as configurações EC e CC:

max max maxC CE CP V I (14)

A Figura 40 mostra as regiões de operação do TJB, onde são apresentados os valores máximos

citados anteriormente. A curva de PCmax é denominada de curva de potência constante, é uma hipérbole.

Para esta curva, qualquer ponto apresenta uma potência máxima de 172,5 mW.

A respeito da área limitada pela curva de potência e pelos valores limites de corrente de coletor e

de tensão entre coletor e emissor, esta recebe o nome de ÁREA DE OPERAÇÃO SEGURA. Qualquer

ponto de operação do TJB dentro desta área garante o componente operando em boas condições.

TO-66TO-92

TO-220

Page 30: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

30 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 40 – Regiões de operação do TJB (Boylestad e Nashelsky, 2004).

Exemplo 7 – Com base no gráfico da Figura 40 pode ser efetuado um cálculo da potência dissipada no

TJB para os pontos X e Y, através da equação (14). Com valores de corrente de coletor obtidos por leitura

aproximada:

Ponto X: max max maxC CE CP V I VCE = 15 V e IC = 11,5 mA.

max 15 11,5 172,5 .CP V mA mW

Efetue o cálculo para o ponto Y e verifique:

PY = _______ x _______ = ________ mW.

A Tabela 2 mostra valores nominais para alguns tipos de transistores. Através da equação (14)

encontra-se o valor de PCmax (W).

Tabela 2 – Parâmetros Nominais de alguns transistores (MARQUES, JÚNIOR e CRUZ, 1996).

Tipo Polaridade VCEmax(V) ICmax (mA) PCEmax (W)

BC548 npn 45 100 4,5

2N2222 npn 30 800 24

TIP31A npn 60 3000 180

2N3055 npn 80 15000 1200

2.6 – Teste do Transistor

Etapas:

1) Identificação dos Terminais.

2) Verificação do dispositivo (bom estado ou com defeito).

VCE Sat

IC max

VCE max (Corte)

Na curva característica

de saída IC x VCE, a área

delimitada pelos valores

indicados é denominada

de Área de Operação

Segura (AOS) ou Safe

Operating Area (SOA).

PC max = VCE.IC

Curva onde P = PC max

VCEmax

VCE (V)VCE sat Cutoff

IC (mA)

X

Y

11,5 mA

17,25 mA

SOA

Page 31: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

31 CEFET-MG – MECATRÔNICA

2.6.1 – Identificação dos Terminais

Tendo em mãos o TJB, pode-se efetuar o teste pelo multímetro digital – veja a Figura 41a. Pode

ser utilizado também um multímetro analógico, mas os procedimentos são um pouco diferentes.

Figura 41 – (a) Esquema de teste de um TJB com multímetro digital.

(b) Escala de teste para encontrar a tensão direta (VF) das junções PN do TJB.

(a) (b)

Fonte: criação do autor.

No multímetro, colocar o cursor na escala de testes de semicondutores (aquela que possui um

diodo desenhado), como mostra a Figura 41b.

Na Figura 42 mostra-se a fixação do TJB em um protoboard, para facilitar o seu manuseio

durante as medições com o multímetro.

Figura 42 – TJB sob teste: modo de fixação em um protoboard.

Fonte: criação do autor.

Os transistores podem ser testados utilizando-se o mesmo procedimento para os diodos, medindo-

se as junções base-coletor (VBC) e base-emissor (VBE). O primeiro passo é encontrar a base (B) do TJB. A

partir daí se identifica os dois diodos do componente.

Se, com a ponta vermelha (+) em um terminal e a ponta preta (-) em um dos outros dois, se mediu

um valor próximo de + 0,7 V, já se encontrou um diodo do TJB (Figura 43, modelo de um TJB NPN com

dois diodos – duas junções PN).

Figura 43 – TJB npn. (a) Diodos ligados em anodo-comum. (b) Estrutura de um TJB npn. (c) Símbolo.

(a) (b) (c)

Transistor sob teste

Multímetro

Ponta de prova Escala de teste de semicondutores (junção PN)

Page 32: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

32 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Mudando a ponta (-) do multímetro para o outro terminal, encontra-se o outro diodo, com uma

tensão também próxima de + 0,7 V. Neste caso o TJB será do tipo npn – veja a Figura 44). A base então

está no pino onde foi fixada a ponta vermelha (+).

Figura 44 – Símbolos do TJB npn e pnp.

(a) (b)

A Figura 45 mostra os pinos de um TJB no encapsulamento TO - 92.

Figura 45 – Vistas de um TJB com o encapsulamento TO – 92.

Fonte: Catálogo de Fabricante. Disponível em: www.datasheetcatalog.org/datasheet/vishay/85113.pdf.

O próximo passo é identificar, continuando do TJB NPN, os terminais E e C. Como se sabe da

construção do TJB, o emissor é mais dopado, portanto, possui mais portadores livres. Logo, a sua junção

com a base terá um potencial de depleção ligeiramente maior que a da junção base-coletor, BC: VBE > VBC (Figura 46). Com estas medições identificam-se os terminais emissor (E) e coletor (C)

do transistor bipolar.

Figura 46 – Medindo as d.d.p. entre base e emissor e entre base e coletor. Resultado: VBE > VBC.

Disponível em: http://www.burgoseletronica.net/instrumento_multimetrodig/transistormitterdigital.jpg.

A análise do TJB pnp segue a mesma metodologia.

Para a verificação da situação do componente (em bom estado ou danificado), se as junções

(diodos) apresentarem um potencial em torno de 0,7 V indica bom estado.

Page 33: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

33 CEFET-MG – MECATRÔNICA

DIAGNÓSTICO:

Se for marcado um valor baixo, igual ou próximo a 0 V, existe um "curto" ou

se não houver indicação no display, o transistor está "aberto" (indicação 1, ou OL, overload).

2.6.2 – Identificação do tipo do Transistor (NPN ou PNP) com o Ohmímetro

Se, utilizando a escala de resistências, com a ponta de prova (+) do multímetro na base e a ponta de

prova (-) no emissor, houver indicação de baixa resistência: o TJB é do tipo NPN (junção PN diretamente

polarizada, Figura 47). Uma leitura de alta resistência entre a base e o outro terminal indica uma junção

PN reversamente polarizada (identificação dos terminais base e coletor, Figura 48).

É evidente que este método só pode ser utilizado se já conhecidos os terminais do TJB, restando

determinar se o mesmo é NPN ou PNP.

Figura 47 – Checando uma polarização direta: tensão VBE no transistor NPN.

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

Figura 48 – Junção PN reversamente polarizada no transistor npn: terminais base e coletor.

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

2.6.3 – Medição do Ganho de Corrente (hFE) do Transistor

Alguns multímetros possuem soquetes ou slots onde é possível encaixar os terminais do transistor.

O procedimento é simples: basta posicionar a chave rotativa em hFE e, ciente do tipo de transistor (NPN

ou PNP), conectar os seus terminais emissor, base e coletor aos pontos do slot do multímetro (como

ilustra a Figura 49).

2.7 – Polarização do TJB – configurações básicas e análise de estabilidade

O que significa polarizar um transistor? Significa fazê-lo operar em um ponto fixo em CC dentro

de suas curvas características, através do cálculo das correntes e tensões mais adequadas ao seu circuito.

A polarização do TJB é também conhecida como polarização DC.

High R

Page 34: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

34 Eletrônica Analógica – Vol. 2

A análise ou projeto de um amplificador transistorizado, por exemplo, exige o conhecimento dos

sinais e respostas DC e AC do sistema. Os parâmetros DC influenciam na resposta AC e vice-versa.

Para o projetista, é preciso definir bem o ponto de operação (ponto Q, quiescente) do transistor, ou

seja, se o transistor vai operar na região ativa, de corte ou de saturação – Figura 50 –, respeitando os seus

valores nominais.

Figura 49 – Esquema de um multímetro com slots para medição do parâmetro hFE do transistor bipolar.

Fonte: catálogo de fabricante. Multímetro Digital ET-2082C Minipa.

Figura 50 – Curvas características de saída do TJB.

Fonte: Transistor as a Switch, 2012.

C B E B C

Cut-off Region(transistor “fully OFF”)

Q-point(active region)

IC (mA)

maxCI

VCEsat

VCE (V)

When IC = 0VCE = VCC

Saturation Region (transistor “fully ON”)

Page 35: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

35 CEFET-MG – MECATRÔNICA

A polarização correta do TJB é importante também devido às influências sobre o ganho de corrente

() do transistor, advindas de: variação de temperatura, tolerâncias de fabricação, tipo de configuração do

circuito etc. O objetivo é atingir uma estabilidade para o tipo de configuração DC adotada, a fim de que o

TJB fique insensível a variações paramétricas (tolerância e temperatura) e do ganho .

Por que o ganho de corrente () pode apresentar variações? Citando pelos menos dois motivos:

1) variações devido às tolerâncias de fabricação. Exemplo: a folha de dados de um TJB 2N3904 fornece

um hFE variando de 100 a 300 para IC = 10 mA;

2) influência da temperatura (Figura 51): quanto maior a temperatura da junção de um TJB, maior é o

ganho de corrente.

As equações básicas para o projeto do ponto quiescente de operação do TJB são:

SilíciodeTJBBE VV

7,0 (15)

BC II . (16)

EC II . (17)

CBE III )1( (18)

Figura 51 - Variação de em função da temperatura e da corrente IC no transistor 2N3904.

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

2.7.1 – Polarização Fixa pela Base (corrente IB constante)

A Figura 52a mostra um circuito com polarização fixa pela base. As equações desenvolvidas para

este circuito são válidas igualmente para um transistor pnp.

Na Figura 52b tem-se o mesmo circuito isolado dos sinais AC, para a análise DC somente. Os

capacitores C1 e C2 foram substituídos por circuitos abertos e a fonte VCC foi separada em duas, uma para

o circuito de entrada e outra para o circuito de saída.

Page 36: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

36 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 52 – (a) TJB com polarização fixa: sinais AC e DC. (b) Circuito equivalente DC de (a).

(a) (b)

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

- Malha de entrada: polarização direta base-emissor

Aplicando-se a LKT (Lei de Kirchhoff das Tensões) para a malha de entrada da Figura 52b:

0CC B B BEV I R V

Isolando-se a corrente de base, obtém-se (19):

CC BEB

B

V VI

R

(19)

- Malha de saída: malha coletor-emissor

Através do ganho de corrente se obtém a relação IC = IB.

Percorrendo, pela LKT, a malha de saída no sentido de + VCC em direção ao terra, tem-se:

0CC C C CEV I R V

Isolando-se a tensão coletor-emissor, obtém-se (20):

CE CC C CV V I R (20)

O ponto quiescente do transistor com polarização fixa pela base é identificado na Figura 53 (reta de

carga). As equações para este ponto são dadas por:

ACinputsignal

ACoutputsignal

vi

gnd

RB RC

+ VCC

IB

IC

IE

C

E

B

CC BEBQ

B

V VI

R

Page 37: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

37 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 53 – Ponto quiescente do TJB – curva IC x VCE.

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

A Figura 54 mostra como medir as tensões de coletor e a de coletor-emissor.

Figura 54 – Como medir as tensões VCE e VC.

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

Exemplo 8 – Seja o circuito de polarização fixa do TJB apresentado na Figura 55. Pede-se determinar:

a) as correntes quiescentes de base e de coletor.

b) calcular a tensão quiescente de saída, VCEQ.

12 2,35 . 2,2 6,83 .CEQV mA k V

BQCQ II

CEQ CC CQ CV V I R

CC

C

V

R

Ponto Quiescente

Q

( )CI mA

(V)CEVCCV0

BQI

0847

240

)7,012(A ,

k

VIBQ

6. 50.47,08 10 2,35 CQ BQI I mA

0847

240

)7,012(A ,

k

VIBQ

6. 50.47,08 10 2,35 CQ BQI I mA

Page 38: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

38 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 55 – Esquema de um TJB com polarização fixa, onde = 50.

b) Calcular as tensões VB, VC e VBC.

EF 4 (MARQUES, JÚNIOR e CRUZ, 1996) – Um TJB é alimentado por uma fonte contínua de

12 V. Encontrar os resistores de polarização RB e RC (polarização fixa pela base) para o ponto quiescente:

(VCC/2; 15 mA) e VBEQ = 0,7 V. Observação: = 200.

Resp.: RC (comercial) = 470 , ¼ W. RB (comercial) = 150 k, 1/8 W.

A respeito do uso de valores comerciais para os resistores calculados no EF 4, MARQUES et al.

(1996) esclarecem que

(...) impõe-se um pequeno deslocamento no ponto quiescente. Porém este erro não é

relevante, dado que todos os parâmetros do transistor são, também, valores estimados

pelos fabricantes, sem contar a tolerância dos resistores de polarização.

2.7.2 – Saturação do Transistor e Reta de Carga

O termo saturação é aplicável a qualquer sistema onde os níveis tenham alcançado seus valores

máximos. Para o transistor, a saturação indica que a sua corrente é máxima e o mesmo opera como uma

chave fechada, idealmente.

Assim, para um TJB operando na configuração EC, tem-se, aproximadamente:

VCE = 0 V

IC = IC Max = IC sat

Esta situação é apresentada na Figura 56. O modelo do TJB como chave fechada é ilustrado na

Figura 57a, e a resistência entre coletor e emissor é nula.

gnd

RB

240 kRC

2,2 k

+ VCC 12 V

IB

IC

IE

C

E

B = 50

VB = VBE = 0,7 V e VC = VCE = 6,83 V VBC = VB – VC = 0,7 – 6,83 = - 6,13 V.

Page 39: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

39 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 56 – Região de saturação do TJB (BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004).

O termo corte, (Figura 57b) indica o TJB operando como uma chave aberta, onde os parâmetros de

coletor são: RCE e, portanto; IC = 0 (corrente ICEO).

Figura 57 – (a) TJB (ON): chave aberta. (b) TJB (OFF): chave fechada (Boylestad e Nashelsky, 2004).

(a) (b)

Para o TJB como chave fechada (ON), a sua corrente máxima é obtida da equação (21):

CE CC C CV V I R Com VCE = 0 0 CC C CV I R

0 CE

CCC sat

C V V

VI

R

(21)

Para o TJB como chave aberta (OFF), tem-se IC = 0.

Ocorre então a máxima tensão sobre o componente, dada por VCE corte.

(0)CE CC C C CE CC CV V I R V V R

corte 0 CCE CC I mA

V V

(22)

Os parâmetros ICsat e VCE corte definem uma reta no gráfico IC x VCE, denominada de RETA DE

CARGA (load line).

A Figura 58 mostra a Reta de Carga do TJB, com as regiões de saturação e de corte em destaque.

IC

IC sat

VCE satVCE

Resistência coletor-emissor:

00 CE

CE

C C sat

VR

I I

Page 40: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

40 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 58 – Reta de carga do TJB (BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004).

É evidente que o valor de IC(Sat) não deve ultrapassar o valor máximo de IC do fabricante.

Para o TJB BC547:

IC max = 100 mA e VCE(sat) = 200 mV (valor típico).

O seu datasheet está disponível em:

http://www.clubedaeletronica.com.br/Datasheet/Transistores/BC547.pdf

Exemplo 9 – Para um TJB em polarização fixa pela base e tendo os valores indicados pela reta de

carta da Figura 59, pede-se encontrar VCC, RC e RB.

Solução:

Tensão da fonte: com o TJB em corte,

corte 0 20

CCE CC I mA

V V V

Para o ponto de saturação:

0

20 2

10 CE

CC CCC sat C

C C satV V

V VI R k

R I mA

Resistor RB (com IB = 25 A):

20 0,7 772

25

CC BE CC BEB B

B B

V V V VI R k

R I A

Page 41: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

41 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 59 – Reta de carga de um TJB – Exemplo 9 (BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004).

EF 5 – Um dado transistor, com = 250 e com polarização DC fixa pela base apresenta:

1) as fontes VBB (malha base-emissor) e VCC (malha coletor-emissor) são fixas em 5 V e em 12 Volts,

respectivamente;

2) os componentes passivos são: RB = 470 k e RC = 1 k.

a) Calcular o ponto quiescente do circuito (ponto de operação, ICQ e VCEQ).

b) Desenhar no gráfico da Figura 60 a reta de carga e localizar aí o ponto quiescente do item (a).

Figura 60 - Curva IC x VCE do TJB do EF 6.

2.7.3 – Deslocando o ponto de operação na Reta de Carga

Existem três modos de se deslocar o ponto quiescente do TJB:

1) Alteração somente da corrente de base ou da fonte VBB (Figura 61);

2) Fazendo alteração somente no resistor RC, o que muda o valor de ICmax (Figura 62a) e

3) Ajustando somente o valor da fonte CC (Figura 62b).

IC

0 VCE

Page 42: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

42 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 61 – Alteração do valor de IB - malha de entrada (BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004).

Para obter diferentes níveis de IB, pode ser utilizado no circuito de polarização um potenciômetro

(para uma variação contínua nas curvas de IB) ou então valores discretos de resistores.

Outro modo é variar a fonte VCC. Estas possibilidades estão descritas em (23).

BE

BE

V constante

V constante

ouCC BEB

B

CC BEB

B

V VI

R

V VI

R

(23)

Figura 62 – (a) Deslocamento do ponto Q através do ajuste de RC (com VCC e IB fixos).

(b) Deslocamento do ponto Q, através do ajuste de VCC, com RC e IB fixos.

(a) (b)

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

Page 43: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

43 CEFET-MG – MECATRÔNICA

2.7.4 – Polarização Estável do Emissor

Como visto no item anterior, o ponto quiescente ou de operação de um TJB pode ser deslocado ao

longo da reta de carga, através de alterações de parâmetros do circuito (tensão de alimentação e

resistores).

Outro tipo de alteração no ponto quiescente ocorre devido a variações no ganho do transistor (), o

que pode ocorrer devido à: temperatura de operação e variações paramétricas (erros de tolerância e

diferenças de um transistor para outro equivalente, com relação ao fabricante).

A polarização estável de emissor apresenta o acréscimo de um resistor RE conectado entre o

emissor do TJB e o terra, como visto na Figura 63. Tal procedimento melhora a estabilidade do ponto Q,

ou seja, torna-o menos sensível às variações de , como será demonstrado mais adiante.

Figura 63 – Circuito de polarização do TJB com resistor de emissor.

- Malha Base-Emissor:

O circuito de polarização estável de emissor da Figura 64a (equivalente DC) tem a malha de

entrada redesenhada na Figura 64b.

Figura 64 – (a) Circuito equivalente DC do circuito da Figura 63.

(b) Circuito equivalente para a malha de entrada (base-emissor).

(a) (b)

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

RB RC

+ VCC

IB

IC

IE

C

E

B+

C1

C2

+ vo

vi

RB RC

+ VCC

IB

IC

IE

C

E

B

Page 44: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

44 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Aplicando a LKT no sentido horário para a Figura 64b, obtém-se:

0CC B B BE E EV I R V I R (24)

Da relação entre as correntes do TJB:

( 1).E C B B B E BI I I I I I I

Substituindo-se o valor de IE na equação (24):

0.).1( EBBEBBCC RIVRIV

Isolando-se o valor da corrente de base, obtém-se:

( 1).

CC BEB

B E

V VI

R R

(25)

Comparado a equação (25) com a equação de IB para o circuito de polarização fixa, vê-se que o

único termo diferente é o que aparece no denominador, ( +1)RE. Este termo denominado de resistência

refletida ao circuito de entrada, como aparece na

Impedância RE refletida: Ri

O resistor de emissor do TJB, que também faz parte da malha de saída coletor-emissor, é refletido

para o circuito de entrada por um fator (+1), de acordo com a equação (26) e a Figura 65.

( 1).i ER R (26)

Figura 65 – (a) Circuito que representa a equação (25). (b) Valor da impedância refletida.

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

Malha de Saída (Coletor-Emissor)

Aplicando-se a LKT (ver circuito da Figura 66) e percorrendo a malha no sentido horário, tem-se:

0 . . 0E E CE C C CCv I R V I R V

IB

VCC

RB

VBE

(+1)RE

++

Ri =(+1)RE RE

β

Page 45: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

45 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 66 – Circuito da malha de saída (malha coletor-emissor).

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

Considerando-se IC IE e agrupando os termos, obtém-se a tensão quiescente VCE:

.( )CE CC C C EV V I R R (27)

Como nesta configuração o emissor não é aterrado,

E E EV I R (28)

A tensão de coletor pode ser determinada de duas maneiras:

(1) a partir de VCE = VC – VE

C CE EV V V (29)

(2) pela LKT, a partir da fonte até o coletor.

-C CC C CV V I R (30)

Exemplo 10 – Seja o TJB da Figura 67, com polarização estável de emissor.

a) Encontrar o ponto de operação para = 50.

b) Calcular as tensões VC, VE, VB e VBC.

Figura 67 – Exemplo 10 (BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004).

Page 46: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

46 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Solução:

a) Ponto quiescente:

b) Tensões VC, VE, VB e VBC.

2.7.5 – Polarização por Divisor de Tensão

A Figura 68a mostra a topologia do circuito, onde R1 e R2 fixam a tensão na base do TJB.

Figura 68 – (a) Polarização do TJB por divisor de tensão. (b) Circuito equivalente de Thévenin da malha base-emissor.

(a) (b)

Para o modelamento dos circuitos de entrada e saída desta configuração, serão utilizados os

seguintes métodos:

- Análise Exata, que pode ser aplicado a qualquer divisor de tensão e

- Análise Aproximada, que só pode ser utilizado sob certas condições.

R1 RC

+ VCC

IB

IC

IE

C

E

B+

C1

C2

+

vi

R2RE

R1

VCC

Thévenin

B

R2 RE

Page 47: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

47 CEFET-MG – MECATRÔNICA

- MÉTODO DE ANÁLISE EXATA

O circuito de entrada da Figura 68a pode ser redesenhado como mostra a Figura 68b, para a análise

DC, constituindo um circuito equivalente de Thévenin.

Os parâmetros RTh e VTh são determinados com base nos esquemas da Figura 69.

Figura 69 – (a) RTh do circuito da Figura 69b. (b) Tensão VTh (BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004).

(a)

(b)

- Resistência RTh e Tensão VTh: com base na Figura 68b, a resistência RTh é vista dos terminais da base

com a fonte VCC desativada, o que gera o circuito da Figura 69a. Daí, RTh é o paralelo de R1 e R2,

determinado por (31).

1 2

1 2

Th

R RR

R R

(31)

Do teorema de Thévenin, a tensão VTh é a tensão de circuito aberto vista dos terminais de interesse.

No presente caso, VTh é a tensão nos terminais da base, igual a VR2 (32), Figura 70b.

O circuito equivalente de Thévenin é então obtido, como mostra a Figura 70c.

2 2

1 2

CCTh R

VV V R

R R

(32)

Figura 70 – Determinação da Tensão de Thévenin. (a) Malha base-emissor. (b) Tensão VTh (determinação).

(c) Circuito de Thévenin da malha base-emissor (BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004).

(a) (b) (c)

RTh

VTh

R1

VCC

Thévenin

B

R2 RE

VThVR2

R1

R2VCC

VTh

Thévenin

Page 48: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

48 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Através da LKT, obtém-se na malha base-emissor:

0Th B Th BE E EV I R V I R (33)

Substituindo-se IE = (+1).IB em (33) e solucionando para IB, tem-se:

1

Th BEB

Th E

V VI

R R

(34)

- Determinação do Ponto Quiescente:

Conhecida a corrente IB, os outros parâmetros do circuito são facilmente determinados (IC e VCE).

.( )

CQ BQ

CEQ CC CQ C E

I I e

V V I R R

Exemplo 11

Seja um TJB, com polarização por divisor de tensão (Figura 68a). Os parâmetros do circuito são:

VCC = 22 V, R1 = 39 k, R2 = 3k9 , RC = 10 k, RE = 1k5 e = 140.

a) Calcular os parâmetros de Thévenin do circuito e IBQ.

b) Calcular os valores de ICQ e VCEQ.

c) Plotar a reta de carga deste circuito, indicando o ponto quiescente. Ver o gráfico a seguir.

Page 49: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

49 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 71 – Reta de carga para o TJB do Exemplo 12 (BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004).

- MÉTODO DE ANÁLISE APROXIMADA

O circuito de entrada da configuração por divisor de tensão pode ser redesenhado como mostra a

Figura 72, para a análise DC, onde Ri é a resistência RE, refletida à malha de entrada.

Figura 72 – Malha de entrada do circuito de polarização por divisor de tensão (método aproximado).

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

O uso deste método impõe uma condição: o resistor Ri deverá ser muito maior do que R2, a fim de

que se tenha: IB 0 e I2 I1 (o que permite utilizar a regra do divisor de tensão para determinar VB).

Assim, a tensão na base será encontrada por (35).

2

1 2

ccB

VV R

R R

(35)

Tendo Ri = (+1).RE RE, a condição que determina a validade do método aproximado é:

2 10ER R (36)

12,22 V22 V

0,85 mA

~~

ICsat

Page 50: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

50 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Satisfeita a condição (36), este método pode ser aplicado com um alto grau de precisão.

Uma vez determinado VB, o valor de VE será dado por:

E B BEV V V (37)

Correntes IE e IC : e EQC

E

EE II

R

VI

Tensão VCE Q: .( )CE CC C C EV V I R R

Exemplo 12 – Utilizando o método de análise aproximada, repita os cálculos do ponto quiescente para

o circuito do exemplo anterior.

Tensão coletor-emissor:

2.7.6 – Estabilidade do Ponto Quiescente com Relação ao Tipo de Polarização do TJB

A estabilidade do ponto quiescente pode ser alterada através da variação do ganho de corrente,

como vimos anteriormente (influência de temperatura e variações paramétricas). Será verificada esta

estabilidade nos circuitos de polarização até aqui estudados. Existem muitas topologias, mas estas são as

mais utilizadas, sendo a mais estável a polarização por divisor de tensão.

As variações percentuais em IC e em VCE são encontradas por:

f i

%

i

100Q Q

Q

Q

C C

C

C

I II

I

(38)

f i

%

i

100Q Q

Q

Q

CE CE

CE

CE

V VV

V

(39)

1 2

3

Page 51: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

51 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Polarização Fixa pela Base

Este tipo de polarização é bastante vulnerável com relação à alterações de temperatura e de

tolerância, inerentes ao ganho β.

A Tabela 3 apresenta na primeira linha os dados do exemplo 8, para β = 50 e na 2ª linha, para β =

100. Houve redução na tensão coletor-emissor e aumento da corrente de coletor. Verifique com cálculos

os dados da 2ª linha (β = 100).

Tabela 3 – Alterações no ponto quiescente do TJB com a variação do ganho β. β IB (µA) IC (mA) VCE (V) IB % IC % VCE %

50 47,08 2,35 6,83 X 100 % 76 %

100 47,08 4,71 1,64

Exemplo 13 – Seja a Figura 73, que mostra os resultados de simulação de um circuito de polarização

fixa para um TJB. Foram utilizados dois transistores diferentes.

a) A variação em nesta simulação foi por temperatura ou paramétrica?

b) Com base nos valores de IC e VCE apresentados na Figura 73a e na Figura 73b, qual é o valor de e a

variação percentual do ponto quiescente para cada caso?

Figura 73 – Variação nos parâmetros de corrente e tensão para dois TJBs diferentes.

(a) (b)

Polarização Estável de Emissor

Com o acréscimo de RE, o circuito de polarização do TJB em EC ganha uma melhoria na

estabilidade.

Assim, mesmo ocorrendo modificações nas condições externas (temperatura, Beta do TJB), as

correntes e tensões DC permanecem próximas aos valores previamente estabelecidos.

Page 52: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

52 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Exemplo 14 – Repetir os cálculos do ponto quiescente para o circuito do exemplo 10, adotando agora

um TJB com um ganho igual a 100. Colocar os resultados em uma tabela.

Solução: após efetuar os cálculos para os valores de interesse, se obtém a Tabela 4.

Tabela 4 – Variação no ponto de operação do TJB.

IB(A) IC(mA) VCE(V)

50 40,1 2,01 13,97

100 36,3 3,63 9,11

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

Da análise desta tabela conclui-se que, com o aumento de 100 % em IB:

1) a corrente de coletor aumenta cerca de 81 %;

2) a tensão VCE diminui aproximadamente 35 %:

f i

%

i

100

9,11 13,97 100 34,79%

13,97

Q Q

Q

Q

CE CE

CE

CE

V VV

V

Polarização por Divisor de Tensão

O circuito de polarização do TJB por divisor de tensão melhora a estabilidade do ponto Q em

relação às configurações anteriormente estudadas (polarização fixa e polarização estável do emissor),

propiciando o aumento da estabilidade térmica e da imunidade a dispersões paramétricas de .

Exemplo 15 – Pelo método de análise aproximada, encontre a variação percentual no ponto quiescente

para um TJB polarizado por divisor de tensão, circuito do exemplo 11. Variação em : de 140 para 70.

Solução:

Com os novos valores do ponto quiescente, preenche-se a 2ª linha da Tabela 5 e a seguir se efetua o

cálculo de sua variação percentual, que é muito pequena. Isto comprova a sua grande estabilidade.

Tabela 5 – Alterações no ponto quiescente do TJB com a variação do ganho β: pol. por divisor de tensão.

β IB (µA) IC (mA) VCE (V) IB % IC % VCE %

140 6,05 0,85 12,22 48,77 % 2,41 % 1,93 %

70 11,81 0,83 12,46

Este tipo de polarização se mostrou muito estável.

Page 53: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

53 CEFET-MG – MECATRÔNICA

A ideia da estabilidade pode então ser assim resumida:

- mesmo ocorrendo modificações nas condições externas (temperatura, Beta do TJB), as correntes e

tensões DC permanecem próximas aos valores previamente estabelecidos;

- isto garante a operação do transistor em uma região projetada (saturação, corte ou região ativa);

- para o TJB operando na região ativa (onde ocorre uma operação de amplificação de sinais) esta

estabilidade é uma situação muito desejada, principalmente em aplicações de áudio. Isto garante um sinal

de saída do amplificador sem distorções.

2.7.7 – Polarização de Transistores PNP

A polarização do transistor PNP é o oposto do NPN (lógica negativa), mas o padrão de

determinação dos parâmetros é o mesmo. Na figura abaixo, nota-se a inversão no sentido de circulação

das correntes. Pelas polaridades indicadas no circuito, as tensões VCE e VBE serão negativas.

Malha de entrada:

0 . . ( ) 0E E BE B B CCv I R V I R V

1

CC BEB

B E

V VI

R R

Malha de saída:

. . 0

.

E E CE C C CC

CE CC C C E

I R V I R V

V V I R R

2.8 – Transistores como Chave – Projeto

Um transistor pode trabalhar como chave eletrônica, para isto é preciso efetuar a sua polarização de

forma apropriada: corte ou saturação. Operando como chave o TJB possui diversas aplicações, desde o

chaveamento de uma carga conectada a uma fonte CA, através dos contatos de um relé, até o emprego em

circuitos digitais.

EM RESUMO: operando na região de saturação e de corte, o TJB é um elemento de controle ON-OFF

(liga-desliga), conduzindo corrente ou não (MARQUES, 1996). Quando saturado o TJB conduz uma

corrente máxima (veja a Figura 74), especificada em catálogo como corrente máxima de coletor.

Figura 74 – O transistor como chave (SANTOS, 2012).

Page 54: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

54 Eletrônica Analógica – Vol. 2

2.8.1 – Circuitos de chaveamento com TJB

Através de um projeto apropriado, o TJB pode ser utilizado como chave em diversas aplicações.

O circuito da Figura 75 representa um INVERSOR, onde o ponto Q chaveia do corte para a

saturação, ao longo da reta de carga, como mostra a Figura 76.

Figura 75 – Circuito de chaveamento do TJB (Boylestad e Nashelsky, 2004).

(a) (b) (c)

Figura 76 – Reta de carga do TJB: operação em saturação e em corte.

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

Condições de projeto:

Nível de saturação do TJB: C

CCCsat

R

VI

O valor de IB na região ativa, um pouco abaixo do valor de Icsat é: .max CsatB II

Para garantir o nível de saturação, a seguinte situação é suficiente:

Para o pior caso de temperatura e corrente, a maioria dos transistores de silício de pequeno sinal

apresenta um beta maior que 10. Daí, uma regra prática de projeto sustenta que se adote a regra de 10:1

para circuitos de chaveamento com TJBs, ou seja, tem-se IB > (IC / 10) – equação (40).

CsatB

II

(40)

Saturation

Cutoff

IC saturation

IC cutoff

VCE saturation VCE cutoff

Page 55: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

55 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Portanto, para garantir o valor máximo de IB, o valor de deve ser mínimo (disponível nos

datasheets como ganho de corrente DC hFE min).

Exemplo 16 – Determinar RB e RC para o TJB inversor da figura a seguir, sendo dado IC sat = 10 mA.

Para a saturação, aplica-se CC

C sat

C

VI

R

1010 = 1 k .C

C

mA RR

C B

10 40

250

satsat

dc

I mAI A

Escolhendo = 60 µA para assegurar a saturação, encontra-

se o valor de RB através de:

B 6

B

10 0,7 155

60 10

i BE i BEB

B

V V V VI R k

R I

Para RB = 150 ohms (valor comercial),

B

10 0,762

150

i BE

B

V VI A

R k

Deve-se verificar se a condição BCsat

dc

II

é satisfeita

para se assegurar a saturação do TJB.

Prova: C 10

62 62 250

62 40

sat

dc

I mAA A

A A

Figura 77.

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

Exemplo 17 – TJB chaveando um relé de 12 V, como mostra o circuito da Figura 78. Com sinal de

corrente na base suficiente para saturar o TJB, este é fechado e a bobina do relé é alimentada em +12 V

(alimentação do relé, que pode ser também de 6 V, um valor bem usual). Operação: ver a Figura 79.

Figura 78 – Chaveamento de um relé eletrônico via TJB.

NO

COM

NC

Relay contacts

Relay

coil

+ 12 V

Transistor Input

Protection

diode

0 V

RB

Page 56: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

56 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Com VAB = 0 V, o TJB corta e IC = 0 mA. O relé não opera e L2 é ativada através do contato NF,

indicando este estado.

Com VAB = + 5 V, o TJB satura e IC = IC Sat. O relé então opera e L1 é ativada através do contato

NA e o circuito de potência é fechado (fonte CA e, 127 V e lâmpada).

Figura 79 – Operação do Relé acionado por TJB. (a) TJB no corte. (b) TJB saturado.

(a)

(b)

Exemplo 18 (MARQUES, 1996) – No circuito da Figura 80, o LED é acionado quando a chave está

na posição ON e desacionado quando a mesma está na posição OFF.

Para o cálculo dos resistores de polarização do TJB na região de SATURAÇÃO (chave S1 na

posição ON) é preciso o conhecimento dos parâmetros nominais do transistor e do LED.

Figura 80.

Parâmetros do TJB BC 548:

VBE Sat = 0,7 V

VCE Sat = 0,3 V

Sat = 20

ICmax = 200 mA

VCEmax = 80 V

Parâmetros do LED:

VD = 1,5 V e ID = 25 mA

Para dimensionar os componentes do TJB operando como chave aplica-se a LKT nas malhas de

entrada e de saída. Para a malha de saída, leva-se em conta que a corrente de saturação de coletor está

limitada à máxima corrente do diodo, ou seja, ICsat = ID.

S1

Page 57: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

57 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Cálculo dos resistores de coletor (RC) e de base (RB):

RC CC CE sat D C C sat CC CE sat DV V V V R I V V V

9 0,3 1,5288

25

CC CE sat DC

C sat

V V VR

I mA

Valor comercial sugerido: 270 .

Potência dissipada em RC: PRC = RC.(ICsat)2

= 270 (0,025)2 = 168,75 mW (aprox. 1/4 de W).

Para a malha de entrada:

C s

25 1,25

20B sat at Sat

mAI I mA

9 0,76,64

1,25

sat

sat

sat

RB i BE

i BE

B

B

V V V

V VR k

I mA

Valor comercial sugerido: 6k8 .

Potência dissipada em RB:

PRB = RB.(IBsat)2

= 6800 (1,25 10-3

)2

= 10,63 mW aprox. 1/8 de W).

Finalizando este exemplo, com a chave S1 na posição OFF a entrada é ligada ao terra e então tem-

se a situação de corte (IB = 0). Daí o TJB não satura e o LED é apagado.

Exemplo 19 – O circuito da Figura 81a foi simulado no software PSpice, onde foi utilizado para o

TJB o modelo QbreakN (npn). Para o diodo foi utilizado o modelo D1N4148 (diodo rápido). Os

parâmetros da fonte de entrada (vBB, modelo VPULSE) são mostrados na janela apresentada na Figura

81b (PartName: VPULSE). O sinal vBB é uma onda quadrada de 500 Hz.

Figura 81 – Circuito do TJB simulado no PSpice.

(a) (b)

A Figura 82 mostra o circuito com diferentes sinais de entrada: sem sinal (corte), com um sinal

contínuo de 5 V (saturação) e com um sinal de onda quadrada (inversor), respectivamente.

Figura 82 – Etapas de funcionamento, de acordo com o sinal de entrada aplicado.

(a) (b) (c)

Page 58: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

58 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Na Figura 83 estão as formas de onda de entrada, no diodo e de saída (tensão no coletor do TJB).

Figura 83 – Formas de onda do circuito da Figura 81.

2.8.2 – Intervalos de Tempo no Chaveamento de TJBs

Os parâmetros de tempo envolvidos em um sinal de chaveamento (Figura 84) de um TJB são:

tr = tempo de subida, ou rise time. tf = tempo de descida, ou fall time.

ton = td + tr (onde td é o tempo de atraso) toff = ts + tf (onde ts é o tempo de armazenamento)

Figura 84 - Intervalos de tempo de um pulso em um TJB utilizado em circuitos de chaveamento.

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

Os transistores apresentam estes tempos de subida e descida devido às capacitâncias presentes entre

as suas junções (base/emissor e base/coletor), responsáveis pelos atrasos nas transições entre nível alto e

nível baixo.

td

tr

ton

toff

ts

tf

t

IC

t(s) 0

s 2m

s 4m

s 6m

s 8m

s 10m

s 12m

s 14m

s 16m

s 18m

s 20m

s V(D9:2

)

0

V

2.5

V

5.0

V

SEL>

>

V(RC:2,D9:2

)

0

V

0.5

V

1.0

V

V(RB:1

)

0

V

2.5

V

5.0

V

v BB

V CE

( ma

x )

= 4,9

9

V

v c

v D v D(on

) = 676,869

mV

Page 59: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

59 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Os transistores que operam em alta frequência são denominados de chaveamento, pois apresentam

uma grande velocidade de comutação (de nível baixo para nível alto e vice-versa).

PERDAS de comutação no transistor

Um aspecto interessante a ser considerado na operação de um transistor como chave se relaciona

com as perdas que ocorrem durante o chaveamento, que pode ser dividida em (MEHL, 2011):

1) dissipação de ligação (turn-on loss);

2) dissipação de condução (conduction loss) e

3) dissipação de desligamento (turn-off loss).

Estas perdas podem ser vistas por etapa na Figura 85. Em (a) são apresentadas as formas de onda

de corrente e de tensão no interruptor e em (b) a forma de onda da potência dissipada.

Figura 85 (MEHL, 2011) – (a) Formas de onda de corrente e de tensão em um transistor operando

como interruptor eletrônico, com o respectivo produto referente à potência dissipada (b).

No estado desligado (OFF): a corrente é nula a potência é nulo, visto que p(t) = v(t) x i(t).

No estado ligado (ON):

1) assim que ocorre o sinal de comando, a corrente na chave cresce de zero até um valor

determinado, e a tensão na mesma diminui. Assim acontece um “pico” no produto v(t) x

i(t), denominado de dissipação de ligação (turn-on loss).

2) a dissipação de condução (conduction loss)

3) dissipação de desligamento (turn-off loss).

2.9 – Aplicações Básicas do TJB

2.9.1 – Conexão Darlington e em Par Realimentado

O transistor Darlington é um dispositivo semicondutor que combina dois transístores bipolares no

mesmo encapsulamento (às vezes denominado par Darlington). Esta conexão pode ser formada por dois

transistores do mesmo tipo – Figura 86a (tipo NPN) ou de tipos diferentes, PNP e NPN, Figura 86b.

É utilizada basicamente em aplicações onde é necessário o controle de correntes elevadas, a partir

de correntes de entrada pequenas (no caso, a corrente de base).

(a)

(b)

Page 60: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

60 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Configuração Par Realimentado (quasi Darlington)

Para o caso onde a conexão é feita com um transistor PNP e o outro NPN, tem-se a conexão par

realimentado, como ilustra a Figura 86b. Quando a conexão dos dois transistores é integrada, o símbolo

da mesma é visto na Figura 86c.

Figura 86 - Conexão Darlington: configuração interna e símbolo (para o dispositivo integrado).

(a) (b) (c)

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

EF 6 – O ganho resultante da conexão Darlington é obtido pela análise matemática do seu

esquema, visto na Figura 87. Logo, D = 2. DEMONSTRAR O CÁLCULO DESTE GANHO.

Figura 87 – Obtendo o ganho resultante da conexão Darlington.

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

Exemplo 20 – Polarização de uma conexão par realimentado (Figura 86b). Encontre as expressões

das correntes de base e de coletor para cada transistor. Mostrar que a corrente de coletor da conexão é

aproximadamente igual à corrente de coletor do segundo transistor.

Malha base-emissor: Figura 88.

1 1 0CC C C EB B BV I R V I R 1 2 1 1 1 0CC B C EB B BV I R V I R

IB1

1.IB1

2.1.IB1

Com 2 = 1

2.IB1

D = 1.2

Page 61: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

61 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 88 - Polarização da conexão Darlington (par realimentado).

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

Corrente de base: 1

1

1 2

CC EBB

B C

V VI

R R

Corrente de coletor em Q1 e em Q2: 1 1 1 2C B BI I I e 2 2 2 2C B EI I I .

Corrente de coletor da conexão par realimentado: 1 2 1 2 2C E C C C CI I I I I I .

Exemplo 21 – Mostrar que o ganho de corrente da conexão Darlington, mostrada na Figura

89Figura 89, é dada por IC = D.IB, onde D = 12.

Figura 89 – Conexão Darlington.

Solução:

A corrente de coletor da conexão mostrada é a soma das correntes de coletor dos transistores

individuais, IC1 e IC2.

Tendo:

(1) IC1 = 1.IB, (2) IC2 = 2.IB2 e (3) IB2 = IC1, tem-se:

2 1 2 2 1 2 1 1

2 1 1

1 2 1 2

1

C C C B B C B

B B

B C B

I I I I I I I

I I

I I I

Page 62: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

62 Eletrônica Analógica – Vol. 2

2.9.2 – O Uso do TJB como Fonte de Corrente

2.9.2.1 – Fonte de Corrente Constante

Sejam os circuitos da Figura 90, topologias (a) e (b), polarizados com tensões positivas nas malhas

de entrada (+ VBB ) e de saída (+ VCC ).

Figura 90 – TJB como (a) fonte de corrente constante e (b) como chave.

(a) (b)

O circuito da Figura 90a apresenta uma corrente de emissor fixa – fonte de corrente constante.

No circuito da Figura 90b a ação do TJB é diferente, visto que este opera como chave, com a

corrente de base fixa por RB e VBB, em um nível que garante uma saturação forte. Além disso, em um TJB

como chave, o emissor sempre é aterrado, o que garante a tensão VCE próxima de zero – transistor ligado.

Fonte de Corrente Constante (Figura 90a) – Equação da Corrente de Emissor

Ao longo da malha de entrada tem-se:

0BB BE E EV V I R

Daí obtém-se (41):

BB BEE

E

V VI

R

(41)

Num circuito real, apenas VBE irá sofrer uma variação com a temperatura (bem pequena).

* Assim, IE constante (independe de ) – veja novamente a equação (41).

* Quanto maior RE, mais estável serão IC e IE !

Ainda do circuito da Figura 90a: a tensão de emissor (VE) é dada por: E BB BEV = V V .

* O valor de VBE é fixo em 0,7 V. Daí, a tensão VE segue as variações da fonte VBB.

Por exemplo:

Se VBB variar de 1 para 9 V VE varia de 0,3 para 8,3 V.

Tal ação é denominada de bootstrapping (amarração), ou seja, um transistor operando como fonte

de corrente apresenta a tensão de emissor amarrada à tensão de entrada (a diferença entre estes sinais será

sempre de 0,7 V).

+

_

VBE

VCC

RC

RE

VBB

VBE

RB RC

+

+ +

+VBB

VCC

+

_

VBE

VCC

RC

RE

VBB

VBE

RB RC

+

+ +

+VBB

VCC

Page 63: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

63 CEFET-MG – MECATRÔNICA

2.9.3 – Ponte H – Acionamento de Motor DC e Inversor em Ponte

Este circuito, cuja principal aplicação é o acionamento de motores DC, é construído com quatro

"chaves" (S1-S4) - Figura 91. O nome ponte H se justifica pelo formato que assume o circuito, as chaves

juntamente com a carga conectada aos terminas A e B.

Figura 91 – (a) Aspecto de uma ponte H e (b) operação em dois sentidos de rotação.

Fonte: PATSKO, 2006.

Estas chaves são acionadas de forma alternada (S1 e S4 ou S2 e S3), de modo que (PATSKO, 2006):

- o motor gire no sentido horário, com S1 e S4 ligadas, ou anti-horário (S2 e S3 ligadas). Logo, para

cada par de chaves ligadas o motor gira em um sentido. As chaves S1 e S3 bem como as

chaves S2 e S4 não podem ser acionadas simultaneamente, pois se provoca curto-circuito no barramento

de tensão contínua.

A ponte H pode ser implementada com qualquer tipo de dispositivo semicondutor que opere como

uma chave liga-desliga: transistores, relés, MOSFETs etc. Estes dispositivos podem ser comandados por

um microcontrolador. A Figura 92 mostra um exemplo de circuito de ponte H com transistores, que pode

ser simulado no software Proteus.

Figura 92 – Ponte H com transistores (esquema no software PROTEUS).

Page 64: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

64 Eletrônica Analógica – Vol. 2

A Figura 93a mostra outro esquema para o acionamento de uma ponte H, com o uso de transistores

de junção bipolar: dois PNP e dois NPN (PATSKO, 2006). Na Figura 93b é apresentado o projeto da

placa de circuito impresso (PCB, printed circuit board) para este esquema.

Figura 93 – (a) Esquema para acionamento de uma ponte H. (b) PCB correspondente ao esquema de (a).

(a)

(b)

Fonte: PATSKO, 2006.

Uma observação importante: é necessário utilizar circuitos digitais, pois os sinais de saída dos

microcontroladores não são suficientes para acionar o motor. Os sinais digitais são entregues à base de cada

transistor, que amplifica os sinais de corrente a um nível suficiente para alimentar o motor DC.

Segundo PATSKO,

No caso dos transistores NPN, a condução da corrente se dará do Coletor para

o emissor, enquanto que nos transistores PNP, a corrente será conduzida do Emissor

para o Coletor.

Os transistores NPN (do qual o modelo BC548 é um exemplo) conduzem a

corrente quando há um nível lógico alto na base. Os transistores PNP (por exemplo o

BC558) conduzem a corrente quando há um nível lógico baixo em sua Base.

O uso de transistores também é recomendável devido às características dos

sinais das saídas digitais, cujo nível de tensão é de 3,3 V e a corrente máxima e de

aproximadamente 20 mA. Para que o microcontrolador seja capaz de acionar o motor,

é necessário que esse sinal seja amplificado, até que seja capaz de suprir o consumo do

motor. Como um motor DC comum consome uma corrente de aproximadamente 500

mA, é necessário que o sinal de controle proveniente da saída digital seja capaz de

acioná-lo. Para isso, utiliza-se o transistor também como um amplificador. Sabe-se que

os modelos BC548 e 558 possuem um ganho de aproximadamente 100 vezes. Com o

ganho de 100, a corrente que polarizará a base do transistor será então de 5 mA. Daí,

deve-se calcular então o valor do resistor em sua base (PATSKO, 2006).

Circuito da base

3,3 0,7 0,005

3,3 0,7520

0,005

V R A

R

Page 65: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

65 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Na Figura 94 é visto um esquema de uma ponte H acionada por um microcontrolador Atmel

AVR/Plataforma Arduino.

Figura 94 – Acionamento de uma ponte H com o microcontrolador Arduino.

Para o acionamento de motores com demanda de maior corrente, utiliza-se como chave o transistor

de potência ou o MOSFET de potência (veja um exemplo de esquema para esta finalidade na Figura 95).

Figura 95 – Esquema de acionamento de uma ponte H com o uso de MOSFETs de potência.

Disponível em http://www.hvlabs.com/hbridge.html

http://fritzing.org/projects/reverse-dc-motor-with-4-transistors

Page 66: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

66 Eletrônica Analógica – Vol. 2

2.9.4 – Regulação de Tensão por Transistor

O objetivo de se utilizar um circuito regulador de tensão é fornecer uma tensão de saída DC

regulada ou fixa em um certo valor definido, mesmo com a variação da tensão de entrada ou da carga

conectada aos seus terminais (BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004). Há dois tipos de reguladores de

tensão a transistor: série e paralelo.

Na prática, esta regulação só ocorre dentro de uma faixa de valores de corrente na saída

(MARQUES, JÚNIOR e CRUZ, 1996).

A Figura 96 sintetiza a função de uma regulação de tensão.

Figura 96 – Regulação de tensão (diagrama de blocos).

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

2.9.4.1 – Circuito com TJB Regulador Tipo Série

O regulador de tensão a transistor tipo série tem a sua topologia apresentada na Figura 97. Este

circuito é uma fonte de tensão CC mais sofisticada, quando comparado às fontes CC que utilizam o diodo

zener, item já estudado.

Figura 97 – Circuito regulador do tipo série.

Neste circuito utiliza-se o TJB npn (configuração BC) para tensão de saída positiva. Principais

características:

a) o transistor Q1 é o elemento de controle;

b) R é um resistor limitador de corrente para o diodo zener;

c) a tensão Vi pode ser constante ou vir da associação retificador + filtro capacitivo;

d) o diodo Zener DZ fornece a tensão de referência.

Page 67: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

67 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Operação do regulador: pela análise do circuito, as suas equações fundamentais são:

o Z BEV V V (42)

CE i oV V V (43)

RI i ZV V

R

(44)

Análise:

Se Vo (diminui), então VBE aumenta, pois, pela equação (42), a tensão zener é constante, dada por

VZ = Vo + VBE

O TJB conduz mais e Vo volta a crescer.

Se Vo , de modo análogo ocorre o oposto.

Exemplo 22 – Circuito regulador de tensão com TJB, tipo série (simulação no PSpice): Figura 98. São

apresentadas as formas de onda da tensão na carga (0,7 V menor VZ) e as correntes IB e IE do TJB.

Figura 98 – Regulador de tensão com TJB, tipo série (simulação).

Time

0s 5ms 10ms 15ms 20ms 25ms 30ms 35ms 40ms 45ms 50ms 55ms 60ms

IB(Q1)

0A

50uA

100uA

-IE(Q1)

0A

0.5mA

1.0mA

V(RL:2)- V(RL:1) V(D2:2)

0V

2.5V

5.0V

SEL>>

VZ

VL

IE

IB

Page 68: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

68 Eletrônica Analógica – Vol. 2

EF 7 – Determinar, para o regulador de tensão tipo série:

a) a tensão de saída.

b) a corrente no Zener.

São dados:

Vi = 20 V, R = 220 ohms, VZ = 12 V, = 50 e RL = 1 k.

Resp.: R Z11,3 ; 8,7 ; I 36,4 I 36 . o CEV V V V mA e mA

EF 8 – Comparação entre um regulador de tensão com diodo zener e um regulador de tensão com

fonte de tensão constante, a transistor (KLEINKE, 2000).

A Figura 99a mostra um tipo de fonte bastante precária, construída somente com um circuito

retificador, que fornece a tensão VCC, e o diodo zener, com a sua resistência de proteção R1. Para o teste

deste tipo de regulador, podem-se utilizar diferentes níveis de tensão (para um diodo zener de 5,1 V): 8 V,

10 V, 12 V etc.

Figura 99. (a) Regulador de tensão com Zener. (b) Regulador de tensão com zener e transistor.

(a) (b)

Fonte: http://www.ifi.unicamp.br/~kleinke/f540/e_bjt2.htm

Material sugerido para teste deste circuito (simulação ou teste em bancada):

R1 = 470 , (1/2 W); R = 10 k, 1 k ou 100 (1/2 W); Zener de 5,1 V e diodo LED.

Roteiro de testes (construir uma tabela):

- Com VCC = 8 V medir a tensão na saída da fonte (catodo do zener), com a chave aberta e fechada;

- Variar a resistência de carga nos valores sugeridos;

- Repetir a medida da tensão de saída para outros valores de tensão de entrada: 10 V e 12 V.

- Explique a diferença na tensão medida com a chave aberta ou fechada.

O circuito da Figura 99b é um regulador de tensão com transistor, onde a referência de tensão é um

diodo zener. Material utilizado (sugestão para montagem): R1 = 470 , (1/2 W); R = 10 k, 1 k ou

100 (1/2 W); diodo Zener de 5,1 V, transistor BD 135 e diodo LED (vermelho).

Repetir o roteiro de testes anterior.

Comentários:

A junção entre a base e o emissor é uma juncão pn. Quando o transistor opera na região ativa, a

tensão de emissor é VE = VZ – 0,7 V.

Disto decorre que, pelo controle da tensão na base, controla-se o valor da tensão no emissor.

A tensão no emissor sobre a resistência irá impor uma corrente no circuito.

Page 69: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

69 CEFET-MG – MECATRÔNICA

2.9.4.2 – Circuito com TJB Regulador Tipo Série Aperfeiçoado

Este circuito regulador apresenta melhor performance do que o mostrado anteriormente. A sua

topologia é apresentada na Figura 100, com a utilização de dois TJBs npn.

Figura 100 – Topologia do circuito regulador de tensão a TJB tipo série aperfeiçoado.

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

Equacionamento: ver a Figura 101, com os sentidos das correntes indicados.

A tensão V2 fornecida por R1 e R2 deve igualar a soma de VBE2 e de VZ, ou seja:

2

22

1 2

. oBE Z

R VV V V

R R

Isolando o termo Vo (tensão de saída), obtém-se (45):

2

1 2

2

o BE Z

R RV V V

R

(45)

Figura 101 – Circuito regulador tipo série aperfeiçoado.

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

Operação: se Vo aumenta, a tensão V2 aumenta (pelo divisor de tensão formado por R1 e R2).

Isto faz com que a tensão VBE do transistor Q2 aumente também (VZ é constante), conforme mostra a

equação de V2 (46).

IB1

IE1

Io

IR4

IC2VZ

V2VBE2

Q1

Q1

Vi Vi

R1

R2

RL

R3

Page 70: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

70 Eletrônica Analógica – Vol. 2

(46)

Se VBE2 aumenta, o TJB Q2 conduz mais corrente, IC2 aumenta e IB1 diminui, visto que

IR4 = IC2 + IB1 IB1 = IR4 – IC2

Assim, a corrente IE1 diminui e também a corrente que passa por RL, o que reduz a tensão de saída

Vo até o seu valor constante pré-definido.

Transitório com diminuição da tensão de saída: por outro lado, se Vo diminui, o processo análogo

ocorre, com mais corrente sendo fornecido à RL , fazendo Vo subir de volta ao seu valor constante.

2.9.4.3 – Circuito com TJB Regulador Tipo PARALELO

Este circuito, cuja topologia se vê na Figura 102, se caracteriza pelo controle de Vo através do

desvio da corrente da carga (VL = Vo = RL.IL).

Há uma queda de tensão não-regulada em Rs, que depende da corrente IL. Tensão na carga:

o L BE ZV = V = V + V (47)

Figura 102 – Regulador de tensão tipo paralelo.

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

Se a tensão Vo aumentar, VBE aumenta, o TJB conduz mais e IC aumenta, o que desvia uma parte da

corrente da carga.

Daí, IL diminui e Vo volta a cair, retornando ao valor nominal. Se a tensão Vo diminuir, ocorre o

oposto, de modo análogo.

Em resumo: o TJB conduz mais e tendo que IT = IC + IL com o aumento de VBE, IB aumenta e

daí também aumenta a corrente IC. A corrente IT é praticamente constante, pois IRS = IT + IB.

2

22

1 2

. oBE Z

R VV V V

R R

voIT

Vo = VL = VBE + VZ

RS T BI I I i z BE

T B

S

V V VI I

R

0 0

Page 71: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

71 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Exemplo 23 – Para o regulador de tensão tipo paralelo, sendo dados Vi = 22 V, RS = 120 , VZ = 8,2

V, VBE = 0,7 V e RL = 100 , pede-se calcular a tensão regulada e as correntes do circuito.

Solução:

2.9.4.4 – Circuito com TJB Regulador Tipo Paralelo Aperfeiçoado

O circuito da Figura 103 mostra um regulador tipo paralelo que apresenta uma performance melhor

do que o apresentado pela Figura 102. O seu diodo zener fornece uma tensão de referência, de modo que

o resistor R1 apresenta uma variação da tensão de saída.

Quando Vo varia, a corrente desviada pelo TJB Q1 varia, o que faz voltar Vo para o valor de

referência (mantém a tensão de saída constante).

O TJB Q2 proporciona uma corrente de base maior para o TJB Q1 do que no caso do circuito da

Figura 102, o que faz com que o regulador da Figura 103 seja capaz de suprir a carga com uma corrente

de maior intensidade.

Figura 103 - Regulador tipo paralelo aperfeiçoado.

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

Tensão disponível na saída: 1 1 2o R Z BE BE ZV V V V V V

2.9.5 – Regulação de Tensão com Circuitos Integrados – Introdução

Os CIs reguladores de tensão são amplamente utilizados hoje em dia. Contém, em um só

encapsulamento, as funções de fonte de referência, amplificador comparador, dispositivo de controle e a

proteção contra sobrecarga (BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004).

Page 72: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

72 Eletrônica Analógica – Vol. 2

A Figura 104 apresenta a estrutura básica de um CI regulador de tensão de três terminais e a sua

ligação à carga.

Figura 104 – Regulação de tensão de três terminais (diagrama de blocos).

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

2.9.5.1 – Reguladores de Tensão Fixa

a) Circuitos Integrados Reguladores das Famílias 78XX e 79XX

Estes CIs são de baixo custo e fornecem uma tensão de saída regulada na faixa de 5 a 24 V. Na

nomenclatura destes integrados, XX representa a tensão de saída. Os CIs mais comuns são o 7805 (+ 5 V)

e o 7812 (+ 12 V). Existem também os CIs 7806, 7809, 7815 e 7824, mas com menor disponibilidade.

Para uma tensão de saída negativa, é indicado o uso de CIs da família 79XX.

A Figura 105 mostra a pinagem dos CIs 78XX e 79XX, onde há uma troca de funções nos dois

primeiros terminais.

Figura 105 – Pinagem dos CIs 78XX e 79XX.

Quanto à corrente de saída, estes CIs fornecem pelo menos 1A, mas alguns fabricantes informam

em seus datasheets uma corrente máxima de 1,5 A.

A popularidade destes integrados se explica, além de sua eficiência, pela simplicidade de sua

ligação, como mostra a Figura 106.

Terminais: input (entrada), common (comum) e output (saída).

Tensão de entrada: deve ser pelo menos 2,5 volts maior que a tensão nominal de saída.

A tensão máxima admitida nos terminais de entrada é de 35 volts.

Output

Ground (gnd)

Input

Output

Input

Ground (gnd)

Page 73: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

73 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 106 – Conexão de um CI78XX.

O esquema básico de ligação do CI 78XX é mostrado na Figura 107. A sua conexão em circuitos

retificadores com filtro capacitivo é apresentada na Figura 108.

Figura 107 – Conexão de um CI da série 78XX (no esquema, um CI 7812).

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

Figura 108 – (a) e (b) Fontes de alimentação de + 5 V.

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

A Tabela 6 apresenta a tensão de saída para os reguladores de tensão da série 78XX (saída positiva)

e 79XX (saída negativa).

A Tabela 7 mostra um resumo de suas características técnicas.

Page 74: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

74 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Tabela 6 – Opções de reguladores nas séries 78XX e 79XX.

Fonte: SGS Thomson Microelectronics.

Tabela 7 – Folha de dados dos CIs 78XX – resumo.

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

Exemplo 24 – Aspecto das formas de onda de entrada e de saída de um CI 78XX: Figura 109. Veja

que a tensão de saída não apresenta ondulações (ripple), devido à atuação do circuito regulador de tensão.

No caso deste exemplo, a saída está regulada em 12 V.

Para o CI 7812, a máxima tensão de entrada é de 35 V.

Características básicas (série 78XX): alto grau de precisão na tensão de saída, limitação de

corrente, proteção contra curto-circuito, desligamento automático por excesso de aquecimento e corrente

máxima de saída de um Ampère.

Page 75: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

75 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 109.

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

b) Circuitos Integrados Reguladores de Tensão Variável – Série LM

Estes CIs permitem o ajuste da tensão de saída para um dado valor, geralmente através de um

potenciômetro externo. Os mais conhecidos e utilizados são da série LM.

- Os CIs desta série são reguladores de positivos de tensão.

- Corrente de saída: até 1 A. Para correntes até 3 A: CIs da série LM350.

- Diferença máxima de tensão entre o terminal de entrada e o de saída: 40 V.

- Este CI pode ser empregado em fontes DC variando de 1,2 V até 37 V.

Na Figura 110 são mostrados um circuito básico de aplicação e a sua pinagem (o nó de saída do

circuito é o pino central do integrado).

Figura 110 – (a) Aplicação básica do CI LM317: regulador de tensão ajustável. (b) Pinagem.

Fonte: http://www.electronics-tutorials.ws/blog/variable-voltage-power-supply.html

Os resistores R1 e R2 (este ajustável, como mostra a Figura 111), formam um divisor de tensão,

determinando a tensão de saída para qualquer valor dentro da faixa de 1,2 a 37 V. O cálculo da tensão de

saída por ser obtido por (48):

22

1

1o ref ajustável

RV V I R

R

(48)

Onde Iadj = 100 A e Vref = 1,25 V (datasheet do fabricante)

Page 76: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

76 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 111 – Módulo regulador de tensão com o CI LM317. Detalhe em zoom para o trimpot de ajuste.

Exemplo 25 – Simulação no PSpice: regulador de tensão LM317T - Figura 112. Para o potenciômetro

R2 ajustado em 2,4 k, o valor calculado de Vo é de 13,99 V, de acordo com a equação (48) – Verifique!

Em t = 20 ms ocorre um transitório de carga, de 100 % (a carga varia de 10 k para 5 k).

Observa-se a atuação do regulador neste instante, corrigindo a tensão projetada (corrente I(U1:out)).

Figura 112 – Exemplo 23 (PSpice).

R2 (ajustável)

R2 (ajust.)

Time

0s 5ms 10ms 15ms 20ms 25ms 30ms 35ms 40ms 45ms 50ms 55ms 60ms

V(R1:2)

0V

5V

10V

15V

-I(U1:OUT)

-4.0mA

0A

4.0mA

8.0mA

SEL>>

20 ms

20 ms

Page 77: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

77 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Exemplo 26 – Seja o circuito de fonte de alimentação regulada com LM317 - Figura 113.

Fonte: http://www.projetostecnologicos.com/Componentes/Reguladores-Tensao/lm317/lm317.html

Em R1 é desenvolvida uma tensão de referência Vref no valor de 1,25V. O fabricante indica para R1

um valor de 240 Ohms (mas outros valores podem ser usados). O resistor R2 é calculado de forma a

satisfazer a tensão desejada na saída do circuito – equação (48).

Figura 113 – Regulador de tensão com proteção contra curto-circuito.

Os diodos D1 e D2 são diodos de proteção do CI, contra transientes provocados pelos capacitores

durante um curto-circuito na saída ou quando se energiza o circuito. Os capacitores C1 e C2 são

recomendados pelos fabricantes, sendo de preferência com isolantes de tântalo para alimentação em

circuitos de alta frequência.

Exemplo 27 – Circuito de fonte de alimentação usando circuito integrado regulador de tensão da

família 78xx - Figura 114.

Figura 114. Regulador de tensão postiva: (a) circuito. (b) PCB. (c) Aspecto da montagem.

O esquema de ligação está exibido ao lado. Os

capacitores C1 e C4 geralmente pertencem à

própria fonte de alimentação.

É recomendável a utilização dos capacitores

C2 e C3 o mais próximo possível do regulador de

tensão para que o desempenho do circuito seja

melhorado.

(b) (c)

Fonte: http://www.tonieletronica.xpg.com.br/fonte78xx.htm

(a)

Page 78: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

78 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Exemplo 28 – Fonte simétrica de tensão com as séries 78XX e 79XX - Figura 115. Fonte com níveis

discretos de tensão DC: de 5 a 18 V (Figura 116).

Figura 115.

Figura 116 – Uma fonte de múltiplas tensões DC através da série 78XX.

Fonte: http://eletronica-indice.blogspot.com.br/2012/05/fonte-de-multiplas-tensoes.html

Page 79: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

79 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Capítulo 3 – Amplificadores Operacionais (AOPs): princípios e aplicações

Capítulo

3

AMPLIFICADORES OPERACIONAIS (AOPS):

PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES

3.1 – Amplificadores operacionais: constituição e características. 3.2 – Amplificador inversor, não inversor, somador e subtrator.

3.3 – Comparador de tensão: inversor e não-inversor. Aplicações. 3.4 – O circuito integrado 555 (temporizador). 3.5 – O

comparador com histerese. 3.6 – Integradores e diferenciadores com amplificadores operacionais.

3.1 – Amplificadores operacionais: constituição e características

Os Amplificadores Operacionais (AOPs ou AmpOps ou ainda OpAmps) são dispositivos em

circuitos integrados (CI) com aplicações em diversas áreas da eletrônica, em circuitos lineares e não

lineares, filtros, áudio e TV, controle de processos e outros (ALBUQUERQUE e SEABRA, 2012).

Inicialmente foram utilizados em computadores analógicos para efetuar operações matemáticas

(somas, subtrações, integrais e derivadas).

O seu símbolo e a identificação de seus terminais são vistos na Figura 117 (exemplo: AOP 741).

Figura 117. (a) Aspecto do AOP 741. (b) e (c) Terminais: pinagem e funções.

1 – Entrada inversora

2 – Entrada não-inversora

3 – Saída

4 – Alimentação (+): 3 a 18 V, tipicamente.

5 – Alimentação (+): - 3 a - 18 V, tipicamente.

(a) (b) (c)

Na realidade o AOP possui pelo menos 8 terminais ou 8 pinos. A Figura 118a mostra a pinagem

do AOP A 741, válida também para o AOP LF 351. Os pinos 1 e 5 são destinados ao balanceamento do

AOP (ajuste da tensão de OFFSET, que é uma tensão de erro que aparece na saída, mesmo na ausência de

sinais nas entradas (+) e (-), ou seja, V2 = V3 = 0), como mostra a Figura 118b.

Figura 118. (a) Pinos e funções do AOP 741. (b) Etapa diferencial do AOP 741 (pinos 2 e 3).

Fonte: www.st-andrews.ac.uk/~www_pa/Scots_Guide/datasheets/Opamps/741.html

(a) (b)

Page 80: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

80 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Com os transistores Q1 e Q2 iguais, VBE1 = VBE2 e 1 = 2, daí a tensão em cada coletor seria a

mesma e Eo (saída) = 0. Isto se deve ao fato de os transistores do estágio diferencial de entrada do AOP

não serem idênticos, o que provoca um desbalanceamento interno.

Ocorre que na prática isto não é possível, ou seja, VBE1 VBE2 e 1 2. Assim, com a mesma

tensão presente nas bases de Q1 e Q2, existem correntes diferentes nos seus respectivos coletores,

provocando a tensão de erro, Eo. Tal tensão deve ser corrigida em aplicações onde o AOP amplifica

tensões muito pequenas (circuitos de instrumentação, por exemplo).

A Figura 119 mostra o ajuste da tensão de OFF-SET, através de um potenciômetro ligado aos pinos

1 e 5, para o AOP 741.

Figura 119. Tensão de Off-set (ajuste).

3.1.1 - Características do Amplificador Operacional

Um AOP é um amplificador com ganho muito elevado.

Possui dois terminais de entrada, um designado por terminal inversor (-) e o outro por terminal não

inversor (+), como mostra a Figura 120.

Figura 120. Ganho de malha aberta, Avo.

A tensão de saída é a diferença entre as entradas (+) e (-), multiplicado pelo ganho em malha

aberta (Avo) em (2):

.o vov v v A (2)

O ganho de malha aberta (Avo) apresenta um valor de 1 x 105 (AOP 741). Para uma d.d.p. entre as

entradas inversora e não-inversoras de 2 V, a tensão de saída seria:

Page 81: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

81 CEFET-MG – MECATRÔNICA

5. 2 100.000 2 10 !o vov v v A V

Obviamente, isto não seria possível, pois a máxima tensão em sua saída é dependente e limitada

pela sua tensão de alimentação. Assim, a saída do AOP apresenta um nível saturado, em 90 % do valor de

VCC (tensão de alimentação) - Figura 121. Esta figura é denominada de Curva Característica de

Transferência do AOP, relacionando a tensão de saída (es) com a tensão de entrada (eA – eB).

Saturação de tensão em um AOP: = 90 % de VCC

Para uma tensão de alimentação (simétrica) de 15 V, por exemplo, a tensão de saturação é:

Vsat = ± 0,90 × 15 = ± 13,5 V.

Figura 121 – Níveis de saturação de um AOP.

Um AOP apresenta uma faixa linear, finita e limitada à tensão de alimentação e às suas

características físicas (Figura 122).

Se um amplificador operacional é utilizado além da sua faixa de operação, podem ocorrer erros,

visto que ele não será capaz de amplificar corretamente o sinal (SANTOS, 2008).

Figura 122. Regiões de operação de um AOP.

Fonte: http://www.pgea.unb.br/~icaro/circuitos2/aula14-FiltrosAtivos.pdf

A tensão de alimentação para o AOP é simétrica (+ VCC e – VCC). Para o AOP 741, por exemplo, a

tensão de alimentação é compreendida entre – 18 e + 18 V.

Page 82: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

82 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Como obter uma fonte de tensão simétrica?

Este tipo de fonte pode ser obtido como mostram as Figuras 123, 124 e 125.

Em alguns casos somente a tensão positiva é aplicada e o terminal de tensão negativa é aterrado

(quando se quer obter uma tensão oscilando entre zero e o nível alto, por exemplo).

Figura 123. Fonte simétrica para o AOP.

Figura 124 – Aspecto da conexão de duas fontes DC.

Fonte: http://www.ezuim.com/montag.html

Figura 125 – Alimentação do AOP com fonte simétrica. (a) Montagem no protoboard. (b) Esquema interno

do CI 741 – pinos 4 e 7: alimentação CC. (c) Associação de duas pilhas para montagem da fonte simétrica.

Fonte: www.eletronica24h.com.br/eletronica24h/Amplificador Operacional e 555/aula01/experiencia01.htm

Esquema simplificado de um AmpOp

O AOP é um integrado, no interior do qual existem uma quantidade bastante grande (mais de 30)

componentes, envolvendo transistores, diodos, etc.

Entrada

inversora

Entrada não

inversora

Pinagem do CI 741

Page 83: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

83 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Uma visão simplificada do que existe no interior do operacional, segundo uma divulgação da Texas

Instruments é apresentada na Figura 126.

Definição clássica:

O amplificador operacional (AOP) é um amplificador CC multiestágio, com entrada

diferencial, cujas características se aproximam de um amplificador ideal.

Figura 126. Esquema interno simplificado de um AOP.

Fonte: www.ifi.unicamp.br/~kleinke/f540/e_amp1.htm

O modelo de uma fonte alimentando um amplificador, o qual, por sua vez, alimenta uma carga –

Figura 127 – conceitua claramente os conceitos de impedância de entrada e de saída de um AmpOp.

Figura 127. AOP: ligação entre a fonte de alimentação e a carga.

Fonte Amplificador Carga

O AOP deve ter uma resistência interna Ri grande o suficiente para que todo o sinal da fonte seja

aplicado em Ri e uma resistência de saída Ro nula, para que todo o sinal vo esteja em RL. O sinal vo tem

um ganho sobre o sinal vs.

Tensão sobre a impedância de entrada: Si

SiRi

RR

vRV

Com a impedância de entrada muito alta: SRii VVR

Page 84: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

84 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Para a malha de saída: L o

RL

o L

R vV

R R

Com 0 o RL oR V V , ou seja, toda a tensão amplificada será aplicada à carga.

Assim, o AOP apresenta iR e .0oR

Comentários:

1) O AOP ideal só amplifica a diferença dos sinais de entrada, nunca amplifica o sinal comum às duas

entradas. Portanto podemos dizer que o AOP ideal nunca satura.

2) O AOP ideal não consome e nem fornece corrente através de suas entradas, conseqüentemente a

impedância das entradas do AOP é infinita (Ri = )

3) O AOP ideal tem impedância de saída nula (Ro = 0). Isto significa que a saída é uma fonte de tensão

ideal independente da corrente drenada pela carga acoplada a saída.

Em resumo, as características ideais de um AOP são:

a) Resistência de entrada infinita;

b) Resistência de saída nula;

c) Ganho de tensão infinito (A, ganho de malha aberta);

d) Resposta de freqüência infinita;

e) Insensibilidade à temperatura (DRIFT nulo).

Comentários...

* Aproximadamente 1/3 dos CI’s lineares são AOPs. Isso decorre da sua fácil construção, controle e boa

qualidade.

* Os AmpOp trabalham com tensão contínua e alternada.

* Existem atualmente uma grande variedade de AmpOps, geralmente encerrados em um único chip

(pastilha), resultando em um custo muito baixo – veja a Figura 128, AOP LM339 - QUAD Operational

Amplifiers.

Figura 128 – CI LM339. (a) Conexões dos pinos. (b) Encapsulamentos disponíveis.

Fonte: http://www.onsemi.com/pub_link/Collateral/LM339-D.PDF

Page 85: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

85 CEFET-MG – MECATRÔNICA

AmpOp – Parâmetros de tensão e impedância

Variáveis de saída unilaterais – não influenciam as variáveis de entrada.

Impedância de entrada infinita (Zi > 1 M).

Impedância de saída nula (Zo < 100 ).

Ganho de tensão infinito (105

< Avo < 106) - Importante! (define a qualidade do AmpOp).

A Tabela 8 mostra os códigos adotados por diversos fabricantes para o CI 741.

Tabela 8– Códigos para o CI 741 para diversos fabricantes.

Fabricantes Códigos

Fairchild A741

National LM741

Motorola MC1741

RCA CA741

Texas SN741

Signetics SA741

Siemens TBA221 (741)

Encapsulamento Dual In Line (DIL)

A Figura 129 apresenta o encapsulamento DIL de 8 pinos para um AOP em CI, com duas opções: 1

operacional (a) e 2 operacionais (b).

Figura 129 – Configuração de 8 pinos com 1 AOP (a) e com 2 AOPs (b).

Slew-Rate (SR) de um AOP

Pode-se definir “SLEW-RATE” (SR) de um AOP como a máxima variação da tensão de saída por

unidade de tempo, dada em V/s.

O valor do SR dá a velocidade de resposta do AOP. Quanto maior o fator SR, melhor será o AOP

(PERTENCE, 1988).

Pela definição de SR: max

)(

dt

tdvSR o

Define-se também SR por taxa de subida e taxa de resposta (Figura 130).

Page 86: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

86 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 130 – Visualização da taxa SR de um AOP.

Alguns valores típicos são apresentados na Tabela 9.

Tabela 9 – Taxa SR de alguns modelos de AmpOps.

AOP (modelo) Slew Rate, SR (V/s)

LM741 0,5

LF 351 13 V/s

LM 318 70 V/s

Para aplicações em sinais de alta frequência (processamento de sinais e telecomunicações), são

utilizados operacionais com taxas bem mais altas de SR, como o LT1363, da Linear Technology®. O seu

valor de SR é de 1000 V/ /s, a 250 C.

Distorção no Sinal de saída de um AOP

A Figura 131 mostra uma distorção no sinal de saída de um AOP, devido à limitação do SR do

dispositivo. O sinal de entrada (vi) é senoidal.

Figura 131 – Sinal de saída (vo) distorcido na saída de um AOP.

Para o cálculo do SR de um sinal senoidal:

max

max

max

max 0

max

max max

( )( )

. .cos

. 2 . .

oo

t

dv tv t V sen t SR

dt

d V sen tSR V t

dt

SR V f V V s

Exemplo 29 – Um CI do tipo 741C possui um SR de 0,5 V/s, sendo alimentado por um sinal

senoidal. Calcule a máxima frequência de operação para que a tensão de saída seja de 10 V de pico, sem

distorção (MALVINO, 1997).

Page 87: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

87 CEFET-MG – MECATRÔNICA

max max. 2 . . SR V f V V s 0,5 V/s = 2..f.10 f = 7,96 kHz.

Obs.: se o sinal de entrada tiver a frequência aumentada em relação ao valor calculado, o sinal de saída irá

se apresentar distorcido, tendendo para um formato triangular.

Curto-circuito virtual e terra virtual

Pelo modelo simplificado do AOP (Figura 132), vê-se na sua entrada um alto valor de impedância

(Ri), que tende para infinito. Daí as correntes IB1 e IB2 tendem para zero. Este modelo apresenta uma

realimentação negativa, através do resistor R2.

Figura 132 – Modelo simplificado do AOP.

As correntes IB1 e IB2 são denominadas de correntes de polarização das entradas inversora (-) e não-

inversora (+), respectivamente, estando relacionadas com os transistores Q1 e Q2 do estágio diferencial de

entrada do AOP.

Nos manuais de fabricantes de AOPs, a média aritmética destas correntes é identificada por

“INPUT BIAS CURRENT”, IB.

AOP 741: IB 80 nA, para Ri da ordem de 2 M.

Este modelo inclui uma fonte de tensão controlada, dada por Avo.vd, onde vd é a tensão

diferencial de entrada.

.FTCT vov v v A

Pelo circuito anterior, pela LKC: I1 + I2 = 0 (Figura 133).

Figura 133 – Esquema interno do AOP.

Page 88: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

88 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Escrevendo a LKC em termos das tensões de nó (desprezando-se a impedância de saída Ro, que

idealmente tende para zero):

11 2

1 2

.0 0a vo d aV V A V V

I IR R

Tendo que Vd = Vb – Va e substituindo na expressão anterior obtém-se:

1 1 2 1 2

1

.( . ) ( )

.

a vo o ob

vo

V A R R R R V R RV

A R

Sabendo que idealmente o ganho Avo tende para infinito, calcula-se o valor da tensão vb para esta

situação, equação (49):

1

1

.( . )

.vo

a vob a

vo A

V A RV V

A R

(49)

Esta é uma situação de “curto-circuito virtual”.

TERRA VIRTUAL

Estando a entrada não inversora aterrada (vb = 0), tem-se a situação de “terra virtual” (caso

particular do curto-circuito virtual).

3.2 – Amplificadores inversor, não inversor, somador e subtrator

Circuitos Lineares Básicos com o AOP

Um AOP é linear quando opera como amplificador.

A análise será feita considerando o AOP ideal, aplicando-se teoremas já conhecidos na teoria de

circuitos elétricos, como Leis de Kirchhoff, Teorema de Thevenin e Norton, dentre outros.

3.2.1 – O AOP Inversor

Como o próprio nome já diz, o AOP inversor é aquele onde ocorre inversão de fase (180 graus) no

sinal de saída em relação ao de entrada. A Figura 134 mostra a sua topologia. O sinal de entrada é

aplicado ao terminal inversor (-) do AOP, via resistor R1.

Para o nó a do circuito, aplica-se a LKC.

Tomando o AOP em análise como ideal:

IB- = 0 e va = vb = 0 (terra virtual).

Daí, isolando os termos de interesse obtém-se (verifique):

1

1

0i a o af B

f

v v v vI I I

R R

Page 89: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

89 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 134 – AOP Inversor de tensão.

1 1

0 i o i o

f f

v v v v

R R R R

1

fovf

i

RvA

v R (50)

Exemplo 30 – O sinal de saída do AOP da Figura 135 é uma senóide de 10 Vrms. Qual é o valor de

pico do sinal de entrada, para R2 = 10 R1?

Figura 135 – AOP inversor do Exemplo 29.

Fonte: http://www.daeln.ct.utfpr.edu.br/arquivos/el07f_-_aula7_-_ampops.pdf

Solução:

12 1

1 2 1

10 2 1

10

o ovf i p

i

v R vR RA v V

v R R R

3.2.2 – O AOP Não-Inversor

O circuito do AOP na configuração não-inversora é apresentado na Figura 136. O cálculo do

ganho de tensão em malha fechada (Avf) é muito simples.

2

1

vf

RA

R

Page 90: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

90 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 136 – AOP não-inversor (topologia).

Aplicando-se a LKC (nó a do circuito): 1

1

0 0a o a

f Bf

v v vI I I

R R

va = vi (pelo curto-circuito virtual, já que Zi ).

Logo,

1

1fo

vf

i

RvA

v R

(51)

3.2.3 – O AOP como Buffer (seguidor de tensão)

Se, no circuito do AOP não-inversor R1 = e Rf = 0 (curto-circuito), obtém-se a seguinte

configuração (veja a Figura 137):

Figura 137 – AOP seguidor de tensão (buffer).

Este circuito apresenta ganho unitário, uma impedância de entrada muito alta e uma impedância de

saída muito baixa. Suas principais aplicações são:

1) isolador de estágios;

2) reforçador de corrente;

3) casador de impedância etc.

01 1o

vf vf

i

vA A

v

Page 91: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

91 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Exemplo 31 – Simulação do AOP Buffer no PSpice: Figura 138. Formas de onda: Figura 139.

Figura 138 – AOP Buffer (simulação no PSpice): circuito.

Figura 139 - AOP Buffer (simulação no PSpice): formas de onda.

3.2.4 – O AOP Somador

O AOP somador apresenta interessantes aplicações, como:

- misturador de sinais (mixer): som de uma guitarra com o som do microfone em um estúdio;

- operador matemático (soma de sinais analógicos);

- ferramenta para a instrumentação de sinais e

- conversor digital-analógico.

a) AOP Somador Inversor

A Figura 140 apresenta a topologia de um AOP somador inversor de 3 entradas. O ganho do

circuito é definido pela relação entre o resistor de realimentação Rf e o resistor de cada entrada.

Time

0s 5ms 10ms 15ms 20ms 25ms 30ms 35ms 40ms 45ms 50ms

V(Ro:2)

-5.0V

0V

5.0V

V(Vi:+)

-5.0V

0V

5.0V

SEL>>

Time

Page 92: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

92 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 140 – AOP somador inversor de 3 entradas.

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

Aplicando-se a LKC no ponto a e tendo va = 0 V:

0

0

0

3

3

2

2

1

1

321

f

Bf

R

v

R

v

R

v

R

v

IIIII

Obtém-se facilmente:

3

3

2

2

1

1

R

v

R

v

R

vRv fo (52)

b) AOP Somador Não-Inversor

Obter um AOP somador não-inversor é simples. A primeira solução seria colocar um AOP inversor

de ganho unitário após a saída do AOP Somador mostrado na figura anterior (esquema da Figura 141).

Assim, a soma resultante seria obtida sem a inversão dos sinais.

Figura 141 – AOP somador não inversor com 2 blocos de operacionais.

O resultado da associação em bloco dos 2 operacionais é, com Rf1 = Ri1:

1 31 21

1 1 2 3

31 21

1 2 3

(1)io o f

i

o f

R vv vv v R

R R R R

vv vv R

R R R

Page 93: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

93 CEFET-MG – MECATRÔNICA

2ª Opção: circuito da Figura 142 (WENDLING, 2010)

Figura 142 – AOP Somador não-inversor para n entradas.

A tensão de saída desta configuração é dada por (53). Demonstrar!

(53)

EF 9 – Calcular a tensão de saída do circuito da Figura 140, para as seguintes situações:

a) todos os resistores são iguais e V1 = 1 V, V2 = 2,5 V e V3 = 1,5 V.

b) R1 = R2 = R3 = 3Rf e as tensões são as mesmas do item (a).

EF 10 – Projetar um AOP somador de três entradas, as quais são conectadas à sua entrada não

inversora, conforme mostra o circuito da Figura 143.

Dados: v1 = 10 sen 377t [V]; v2 = 2,5 sen 377t [V] e V3 = 5 V. R1 = R2 = R3 = 2Rf e R = Rf.

Figura 143 – AOP somador não-inversor.

Page 94: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

94 Eletrônica Analógica – Vol. 2

EF 11 – Conversor Digital-Analógico de 4 Bits. Seja o Conversor D/A, montado a partir de um

AOP, como mostra a Figura 144 (1º. estágio, até a saída no resistor R6).

Figura 144 – Conversor D/A de 4 bits com AOP.

a) Montar o esquema deste circuito em um software simulador de circuitos eletrônicos (como sugestão,

pode ser utilizado o PSpice).

b) Alimentar o circuito com as entradas digitais e1, e2, e3 e e4. As formas de onda produzidas na

simulação deverão ser como as apresentadas na Figura 145.

Expressão de vs (saída do AOP U1): 1 2 3 4

1 2 3 4

o o o oS

R R R Rv e e e e

R R R R

Figura 145 – Formas de onda do circuito conversor D/A de 4 bits com AOP somador de 4 entradas.

Análise da simulação:

0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 Time (µs)

vRo1

1111

1110

1100

0000

0001

e1SDtoA

e2SDtoA

e3SDtoA

e4SDtoA

R 2R 4R 8R

Ro

VS

Ro1

Te4 = 0.5 µs

Te3 = 1.0 µs

Te2 = 2.0 µs

Te1 = 4.0 µs

Page 95: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

95 CEFET-MG – MECATRÔNICA

3.2.5 – O AOP Subtrator (ou diferencial)

O AOP subtrator fornece como sinal de saída a subtração dos sinais aplicados em suas entradas (+)

e (-); no caso da Figura 146, os sinais v2 e v1, respectivamente.

Figura 146 – AOP subtrator de sinais.

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

Assim, a tensão de saída, em função das entradas v1 e v2, é obtida a partir de (54):

)( 12

1

2 vvR

Rvo (54)

EF 12 – Demonstrar a equação (54), válida para o AOP subtrator.

Dica: o cálculo torna-se mais simples se for utilizado o teorema da superposição, levando em conta,

também, o que já foi calculado para os AOPs inversor e não inversor. Considerar o AOP ideal.

Teorema da Superposição: vo = f(v1, v2) = vo, v1 + vo, v2

-

+

Page 96: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

96 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Exemplo 32 – Simulando um Subtrator de Tensão (PSpice)

Um subtrator de tensão pode ser utilizado para verificar se um semicondutor acionado por tensão

(um MOSFET p. ex.) está sendo acionado corretamente.

No circuito da Figura 147, a saída do AOP acompanha o sinal aplicado ao MOSFET (componente

sbreak do PSpice), bem como o sinal de corrente (Idc).

Figura 147 – AOP subtrator de tensão: verificação do estado de um interruptor do tipo MOSFET e formas de onda.

Time

Análise da simulação:

Time

0s 10us 20us 30us 40us 50us 60us 70us 80us 90us 100us

V(Vo)

0V

200mV

400mV

SEL>>

-I(Vdc)

0A

2.5A

5.0A

V(v_gate)

0V

2.5V

5.0V

Page 97: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

97 CEFET-MG – MECATRÔNICA

3.3 – Comparador de Tensão

3.3.1 – Introdução

Frequentemente é necessário comparar uma tensão com outra para verificar qual delas é a maior, e o

sinal de saída é lógico, do tipo SIM/NÃO.

Um comparador é um circuito com duas tensões de entrada (não inversora e inversora), onde uma

delas é uma tensão de referência e uma tensão de saída. Este sinal de saída não é uma função linear do

sinal de entrada, estando sempre saturado em aproximadamente em Vsat, nível que equivale a

aproximadamente 90 % do valor de VCC.

Operando como comparador, o AOP não trabalha na região linear, não executando funções

matemáticas (analógicas), e sim funções lógicas, onde a saída deverá ser alta (high) ou baixa (low).

A tensão de saída do AOP operando em malha aberta é dada pela Equação (55), onde:

A = Avo é fornecido pelo fabricante (ganho de malha aberta) e

vd é a tensão entre as entradas V+ e V- do dispositivo.

. .[ ]o vo d vov A v A V V (55)

Exemplo 33 – Encontre a tensão de saída do AOP mostrado na Figura 148, onde o ganho Avo é de

100.000.

Figura 148.

Solução:

5. .[ ] 1 10 [4,75 4,8 ] 5 .o vo d vov A v A V V m m V

Assim, como o sinal da entrada (-) é maior do que a da entrada (+), o sinal

de saída é negativo.

3.3.2 – Tensão de Saturação (± Vsat)

Idealmente, o ganho de malha aberta de um AOP é infinito, mas na prática é limitado por um valor

fornecido pelo fabricante.

Na prática o que ocorre é que a tensão de saída é indexada ao da fonte de alimentação, chamado de

TENSÃO DE SATURAÇÃO, Vsat.

A tensão de saturação do AOP é da ordem de 90 % da tensão de alimentação, VCC (Figura 149).

Figura 149 – Níveis de saturação na saída de um AOP operando na região não-linear.

Fonte: (ARANDA, 2009).

Page 98: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

98 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Por exemplo, para Vcc = 15 V, tem-se os níveis de saída de 13,5 V. Logo, o AOP como

comparador é um circuito não linear, uma vez que a sua saída fica limitada a Vsat.

Outro aspecto a ser considerado é que as tensões de entrada do AOP não podem exceder a faixa

fixada pela tensão de alimentação simétrica: VCC = VCC – (– VCC) = 2 VCC.

A Figura 150 apresenta um AOP operando como comparador. O sinal de saída é uma onda

quadrada oscilando entre os níveis + Vsat e – Vsat.

Figura 150 – O AOP é alimentado com a tensão Vcc. Logo, o sinal de saída oscila entre Vsat.

3.3.3 – AOP Comparador – Circuitos Básicos

O AOP comparador não inversor tem o sinal a ser comparado aplicado na entrada não inversora e

o sinal de referência aplicada na entrada inversora (como visto na Figura 150). A mesma lógica vale para

o comparador inversor, onde o sinal de entrada é aplicado ao terminal (+) e o de referência ao terminal (-).

Um exemplo simples é o detector de nível zero, mostrado nas Figuras 151, 152 e 153a (a tensão

de referência é nula, ou seja, Vref = 0 V).

Figura 151 - AOP comparador não inversor, detector de nível zero.

Fonte: DeLorenzo, Sistemas Didáticos – Apostila de Eletrônica Analógica.

Figura 152 – AOP detector de nível zero. O sinal de entrada é uma senóide.

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

Page 99: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

99 CEFET-MG – MECATRÔNICA

A Figura 153 apresenta em (b) e (c), pontos de desengate ou de limiar diferentes de ZERO para um

AOP comparador não inversor (sinal de referência POSITIVO e NEGATIVO, respectivamente).

Figura 153 – (a) AOP comparador detector de nível zero. Em (b) e (c) o comparador com referência diferente de zero.

(a) (b) (c)

Exemplo 34 – Controle do nível de carga de um capacitor (detecção de dois níveis) - Figura 154.

Figura 154 – Circuito para monitorar a carga de um capacitor eletrolítico através de AOPs comparadores.

Exemplo 35 – O diodo LED do AOP comparador da Figura 155 é acionado quando a entrada Vi

(entrada não inversora) supera a tensão de referência de 6 V.

Figura 155 – AOP comparador não-inversor.

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

Page 100: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

100 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Exemplo 36 – AOP 741 como sensor de luz, Figura 156. Este exemplo pode ser estudado em um

vídeo no portal Youtube, cuja descrição está apresentada a seguir.

This is a Light sensor circuit. In the circuit diagram it is configured as a Shadow Detector, that

means the LED will turn on when LDR is bright.

We can change this circuit as Light Detector by simply swapping up the pins 2 & 3, and then LED

will turn on when LDR is dark. Pins no 1,5 & 8 are not connected

You can also hook up pin 6 to a transistor to turn on a relay, motor etc.

Figura 156 – O CI 741 em um circuito sensor de luz (esquema e montagem em protoboard).

Fonte: http://rookieelectronics.com/sensor-projects-light-sensor/

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

EF 13 (ALBUQUERQUE e SEABRA, 2012) – Qual é o valor a ser ajustado no resistor variável Rv

no circuito da Figura 157 para que o diodo LED seja acionado (saída do AOP em nível alto)?

Figura 157.

EF 14 – Aplicação como detector de nível, Figura 158.

a) Explicar a operação deste circuito operando como detector de nível (no caso, o nível de tensão no

capacitor C1, eletrolítico). Assumir a tensão inicial no capacitor nula.

b) Como este circuito poderia ser utilizado para medição de nível líquido (por exemplo, medição de água

em um tanque de 100 litros)?

Page 101: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

101 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 158. (a) Comparador LM324 como detector de 4 níveis. (b) Circuito de carga de

um capacitor eletrolítico. (c) Diagrama interno do CI LM324 (pinagem).

3.3.4 – O Comparador Quádruplo – Circuito Integrado LM 339

O CI 339 (Figura 159a, 14 pinos) faz parte da categoria de CIs comparadores, como são

também os CIs LM311 e NE529. Todos eles possuem um estágio de saída com o coletor aberto (open

collector), como mostra a Figura 159b (configuração em 8 pinos).

Figura 159. (a) CI comparador LM339, 14 pinos. (b) Diagrama interno, 8 pinos.

Circuito Integrado LM339 (14 pinos).

Fonte: Boylestad & Nashelsky, 2004.

(a) (b)

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

Este tipo de saída ocorre em muitos CIs. Na Figura 160 é apresentada esta situação para um dos

operacionais do CI LM339.

O CI com este recurso não emite um sinal da saída específico de tensão ou corrente. O sinal de

saída é aplicado à base de um transistor NPN interno, cujo coletor é disponível exteriormente (aberto) em

um dos pinos. O emissor do transistor, por sua vez, é conectado internamente ao pino terra (GND) ou

disponível para ser conectado ao terminal negativo da fonte simétrica (- VCC).

+ 2

12

5

V+

V-V+

12

3

4

CI 339 (OpAmp 1)

Page 102: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

102 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 160 – Diagrama interno para um comparador – CI LM339.

Resistor Externo (pull-up)

Para funcionar nessa configuração, é feita a conexão de um resistor externo ("pull-up") entre a

saída (coletor do transitor interno) e o sinal DC para que o circuito funcione (que pode ser, por

exemplo, um sinal digital de + 5 V). A Figura 161, em (a) e (b) mostra este resistor e a sua conexão

ao integrado. Caso não seja conectado este resistor, a saída fica no estado “flutuante”.

Figura 161 – CI Comparador com coletor aberto. Conexão do resistor de Pull-Up.

(a) (b)

Fontes: (a) http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Open_Collector_Pull_Up.png

(b) www.fceia.unr.edu.ar/eca2/Files/Apuntes/COMPARADORES%20%20_v-2010_.pdf

De acordo com a comparação entre os sinais das entradas V+ e V

-, obtém-se um determinado nível

na saída (vo), como mostra a Figura 162.

Figura 162 – Resultado da comparação entre os sinais de entrada em um AOP comparador LM339.

Input > Vref output open circuit

Input < Vref output = V – ou zero

Input < Vref output open circuit

Input > Vref output = V - ou zero

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

Page 103: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

103 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Exemplo 37 – Se o emissor do transistor com coletor aberto do integrado com este recurso for ligado

ao potencial - VCC, a saída apresentará a variação entre + VCC para o TJB no corte e – VEE, para o TJB

conduzindo (ver novamente a Figura 161b). Esta situação é apresentada no circuito da Figura 163.

Figura 163 - Zero Crossing Detector (Split Supplies).

Vin(min) ≈ 0.4 V peak for 1% phase distortion (∆Θ).

Fonte: http://www.onsemi.com/pub_link/Collateral/LM339-D.PDF

Exemplo 38 – A Figura 164a mostra um comparador montado com o CI 339, onde o sinal vi é uma

onda quadrada, variando de 0 a 10 V de pico. As formas de onda do circuito: Figura 164b.

Figura 164.

(a)

0s 1ms 2ms 3ms 4ms 5ms 6ms

(b)

Time

0s 1ms 2ms 3ms 4ms 5ms 6ms 7ms 8ms 9ms 10ms

V(vo)

0V

2.0V

4.0V

6.0V

SEL>>

V(Vi:+) V(Vref:+)

0V

5V

10V

Time

0s 1ms 2ms 3ms 4ms 5ms 6ms 7ms 8ms 9ms 10ms

V(vo)

0V

2.0V

4.0V

6.0V

SEL>>

V(Vi:+) V(Vref:+)

0V

5V

10V

Vref LM339

+ 5 V

(conexão do Rpull-up)

V(Vref:+)= 2 V

V(Vo)

10V

5V

0V

0V

6.0V

4.0V

2.0V

SEL>>

0V

V(Vi)

Page 104: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

104 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Análise do circuito (para o pino 12 aterrado):

1ª Etapa:

- Quando vi > vref vo1 em nível alto (saída do

AOP, antes da inversão lógica).

- Logo, vo1 = + Vsat

- Na base do TJB: o sinal alto vo1 é invertido,

estando em nível baixo. O TJB está em corte

(saída em coletor aberto). Para um resistor de

pull-up ligado do coletor ao potencial de + 5 V,

vo = + 5 V.

2ª Etapa:

- Com vi < vref vo1 = 0 V. Na base do TJB: o sinal baixo vo1 é invertido, saturando o TJB. vo = 0 V.

Exemplo 39 – Na Figura 165a é mostrado o acionamento de um relé pela atuação do CI comparador

LM339. Através do LDR (do inglês Light Dependent Resistor), em português, Resistor Dependente de

Luz, resistor cuja resistência varia com a intensidade da luz sobre ele. Logo, altera-se o potencial do

terminal (-) do AOP. Se a intensidade da luz aumenta, por exemplo, a sua resistência cai.

O relé estará ligado quando o LDR (R2) estiver coberto (alta resistência). Assim, V(+) < V(-) e o CI

tem saída alta (veja novamente o seu diagrama interno, saída em coletor aberto).

O transistor 2N3906 satura e o relé aciona a carga ligada aos seus terminais (uma lâmpada, um

motor DC etc.).

Figura 165 – (a) CI LM339 no acionamento de um relé eletrônico. (b) Curva característica de um LDR.

Solenoide Driver Output

Relay in on when the photocell is covered. Fonte: http://home.cogeco.ca/~rpaisley4/Comparators.html

(a) (b)

NOTA: um multímetro pode ser usado para a medição da resistência nos níveis de escuridão ou de luz

intensa sobre o LDR. Resultados esperados para um LDR:

- Escuridão: resistência máxima, em torno de M.

- Luz muito intensa: resistência mínima, aproximadamente dezenas de ohms.

10 V

2,5 V

Aspecto do LDR.

Page 105: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

105 CEFET-MG – MECATRÔNICA

3.3.5 – O Comparador de Janela

Também denominado detector de faixa, esta configuração indica quando a tensão de entrada está

situada entre dois limites. Existem diversas topologias de comparadores de janela. Neste espaço serão

mostrados dois exemplos.

Uma topologia muito simples e interessante é apresentada na Figura 166a, onde 2 AOPs , dois

diodos, 3 resistores formando um divisor de tensão e um resistor de carga são utilizados.

Figura 166. (a) AOP de janela: topologia com 2 AOPs. (b) Curva característica vo x vi.

(a) (b)

Análise:

- Considerando VCC = + 15 V vref1 = 5 V e vref2 = 10 V.

- Para vi > vref2 a saída do AOP 1 é igual a + Vsat e então o diodo D1 conduz.

A saída do AOP 2 é - Vsat. Logo o diodo D2 está aberto (reversamente polarizado).

Considerando-se os diodos ideais, vo = + Vsat.

- Para vi > vref1 < vi < vref2 a saída dos 2 AOPs será igual a - Vsat.

Daí, os dois diodos estarão abertos e a tensão de saída será nula. vo = 0 V.

- Para vi < vref1 a saída do AOP 2 é igual a + Vsat e então o diodo D2 conduz.

A saída do AOP 1 é - Vsat. Logo o diodo D1 está aberto (reversamente polarizado).

Considerando-se os diodos ideais, vo = + Vsat.

Comentários:

Pode-se associar às tensões vref1 e vref2 na prática, qualquer variável que possa ser disponível

eletricamente (ou via transdutor), como, por exemplo: pressão, temperatura, nível etc.

No caso da variável temperatura, por exemplo, pode-se projetar um forno para operar dentro de

uma faixa de 100 a 250 graus Celsius. Quando o medidor indicar temperatura mínima (100 0C) ou

máxima (250 0C), um alarme será acionado.

Page 106: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

106 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Exemplo 40 (BRAGA, 2013) – Outra configuração de comparador de janela se obtém com o uso de

dois comparadores de tensão, com o recurso de coletor aberto - Figura 167a. Esse circuito fornece uma

saída em nível alto quando a tensão de entrada está entre dois valores de referência, que podem ser

programados por uma rede divisora. Na Figura 167b: tensão de saída dos dois comparadores em nível alto

quando a tensão de entrada estiver entre os valores de referência 1 e 2.

Figura 167. (a) Comparador de Janela com ajuste de limites. (b) Tensão de saída.

(a) (b)

Fonte: http://www.sabereletronica.com.br/artigos/1464-aplicaes-para-comparadores-de-tenso

EF 15 – Seja o sistema detector de janela da Figura 168.

a) Com base na tabela de estados (tensão de entrada e tensões de saída), explicar a operação do circuito.

b) Por que este tipo de circuito dispensa os diodos nas saídas dos AOPs, como na Figura 166a?

Figura 168 – The Basic LM339 Limit Window Comparator Circuit Schema.

Fonte: http://www.ermicro.com/blog/?p=1578

Page 107: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

107 CEFET-MG – MECATRÔNICA

EF 16 – O detector de janela da Figura 169 tem uma função. Identifique-a. Operação: ajuste do

trimpont P1 para obter 4 V em seu cursor e do trimpot P2 para obter 8 V em seu cursor.

Figura 169.

Fonte: www.luizbertini.net/circuitosnovos/circuitos_eletronicos.pdf

LEITURA EXTRA:

Window Comparator

The following circuit (Figure 170) allows the output to be ON for a range of input voltages

between low and high reference voltages. The output will be OFF when the input voltage is below the low

reference voltage and above the high reference voltage.

Figura 170.

Vin = Input Voltage at Pin 3 of top 741 and Pin 2 of bottom 741.

Yellow LED D3 is ON when Vin is below the LOW reference voltage set by VR2 at Pin 3 of IC2.

The Green LED D3 is ON when Vin is below the LOW reference voltage set by Sensor/VR2 at Pins 3 (IC1) and

Pin 2 (IC2).

Red LED D3 is ON when Vin is above the HIGH reference voltage set by VR1 at Pin 2 of IC1.

Page 108: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

108 Eletrônica Analógica – Vol. 2

3.4 – O circuito integrado 555 (timer ou temporizador)

O CI (circuito integrado ou chip) 555 é utilizado em muitas aplicações, principalmente como

temporizador. Este dispositivo foi projetado em 1970 por Hans R. Camenzind, sendo comercializado pela

Signetics em 1971 (que mais tarde foi incorporada pela Philips).

Nomes comerciais: SE555 (invólucro metálico) e NE555 (invólucro DIP, 8 pinos). É também

apelidado "The IC Time Machine"1 ("A Máquina do Tempo num Chip"). A sua pinagem é representada

na Figura 171. A descrição dos pinos está na Tabela 10. A alimentação do CI, conectado em protoboard, é

apresentada na Figura 172 – Fixação do CI 555 em protoboard..

Figura 171 – CI 555: aspecto e pinagem (8 pinos).

Tabela 10 – Descrição dos pinos do integrado 555.

Pino Nome Função/aplicação

1 GND Terra ou massa (ground).

2 TRIG Gatilho (trigger) - Um valor de tensão baixo (< 1/3 Vcc) neste terminal ativa o biestável interno e a

saída.

3 OUT Durante um intervalo de tempo, a saída (out) permanece em +VCC.

4* RESET Um intervalo de temporização pode ser interrompido pela aplicação de um pulso de reset.

5 CV Tensão de controle (control voltage) - Permite acesso ao divisor interno de tensão (2/3 VCC).

6 THRES Limiar (threshold) - Um valor de tensão alto (> 2/3 Vcc) neste terminal desactiva o biestável interno e

a saída.

7 DISCH Descarga (discharge) - A sua função é descarregar o capacitor conectado a este terminal.

8 V+, VCC A tensão (voltage) positiva da fonte, que deve estar entre +5 e +15V.

* O pino 4 do integrado leva a saída (pino 3) ao nível baixo (LOW); deve ser acionado com uma tensão abaixo de 0,4 V. Equivale ao ___________

CLEAR .

Uso normal: em + VCC (para evitar a possibilidade de reinicializações indesejadas).

Figura 172 – Fixação do CI 555 em protoboard.

Fonte: http://img.f-alpha.net/electronics/integrated_circuits/timer_555/circuit_voltage_555_web.jpg

1 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/CI_555

5

6

7

8

4

3

2

1

Reciclagem ou RESET

Saída (vo)

Disparo

Terra

Tensão de controle

Sensor de nível

Descarga

Alimentação (+ VCC)

Page 109: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

109 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Pela sua simplicidade de uso, baixo custo e estabilidade, este CI continua sendo muito utilizado no

mundo inteiro. Para se ter ideia, a empresa SAMSUNG (Coreia) fabrica aproximadamente 1 bilhão de

unidades de CIs 555 por ano.

A Figura 173 mostra o seu diagrama de blocos, onde estão 3 resistores de 5 k (daí o nome 555),

destacados no diagrama interno, Figura 174. Tem-se, além disso, 2 AOPs, um FF (flip-flop) e 2

transistores. Mais à frente será apresentado o esquema simplificado.

Figura 173 – Diagrama de blocos do CI 555.

Fonte: BOYLESTAD e NASHELSKY, 2004.

Figura 174 – Diagrama interno do CI 555.

Fonte: http://www.doctronics.co.uk/pdf_files/555an.pdf.

3.4.1 - Modos de Operação

O CI 555 possui três modos de operação, de acordo com o pulso produzido em sua saída, como

mostra a Tabela 11.

Tabela 11 – Modos de operação do CI 555.

Modo Operação

1. Monoestável Temporizador

2. Astável Oscilador

3. Biestável Comutador

Page 110: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

110 Eletrônica Analógica – Vol. 2

3.4.1.1 - Operação Monoestável

Num circuito monoestável, a saída (pino 3) produz um pulso quando se aplica um sinal na entrada

de “trigger” (pino 2). Assim, a saída só é estável num estado como mostra a Figura 175.

Figura 175 – Operação Monoestável.

Exemplo 41 – Em operação MONOESTÁVEL, as conexões e a configuração dos componentes

externos do CI 555 são vistas na Figura 176. Nesta aplicação, o CI opera exclusivamente como um

temporizador.

- Descrição da operação (veja a Figura 177):

1) quando v2 (disparo, sinal de TRIGGER) é ligeiramente menor que + VCC/3, o comparador (1) tem saída

alta e reseta o FF (Q = 0), cortando o transistor.

2) Assim, o capacitor C se carrega via resistor R, até que vc atinge +2Vcc/3, o que leva o comparador (2) a

ter saída alta, setando o FF (Q = 1) e saturando o transistor.

3) O capacitor então se descarrega instantaneamente pelo transistor saturado.

Figura 176 – Modo de operação MONOESTÁVEL. Capacitor: estado inicial vc(0) = 0 V.

Largura do pulso de saída

O tempo de carga do capacitor depende da constante de tempo RC, a qual controla a largura do pulso

de saída. A Equação (49) fornece a largura deste pulso, em segundos (Figura 178):

1,1 RCW (56)

Impulso

de trigger

SaídaMonoestável

temporização

Page 111: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

111 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 177 – Formas de onda do CI 555 em operação monoestável.

Figura 178 – Aplicação do CI 555 no modo Monoestável.

Fonte: www.sabereletronica.com.br/artigos/2446-conhea-o-circuito-integrado-555.

Exemplo 42

Circuito monoestável prático com o CI 555 (Figura 179). O leiaute da montagem deste circuito em

matriz de contatos (probotoard) pode ser visto na Figura 180.

Figura 179.

Fonte: http://www.doctronics.co.uk/555.htm#inside

3CCV

+ VCCDisparador, pino 2 (trigger)

Limiar, pino 6

Saída, pino 3

0

0

2 3CCV

Page 112: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

112 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 180 – montagem de um CI 555 no modo monoestável.

Fonte: http://www.doctronics.co.uk/555.htm#inside.

3.4.1.2 - Operação Astável (percurso livre)

Neste modo, a saída nunca fica estável em nenhum dos dois estados possíveis. Logo, é produzido

um trem de pulsos com uma determinada frequência.

O sinal de clock gerado é apresentado na Figura 181.

Figura 181 – Operação Astável.

A Figura 182 mostra o diagrama interno do CI 555 para este modo de operação. O diagrama

simplificado para o modo astável é apresentado na Figura 183a.

Figura 182 – Operação no modo Astável.

Fonte: http://www.doctronics.co.uk/555.htm#inside

Impulso

de trigger

SaídaAstável

Não é necessário

Período T

Page 113: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

113 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 183 – (a) Diagrama interno simplificado e ligações em modo astável. (b) Formas de onda.

(a) (b)

Modo Astável - Operação

Com Q = 0 no FF (Fig. 17a): o TJB corta e o capacitor se carrega via (RA+RB) – Figura 183b.

A saída (pino 3) está então em nível alto, i. e., Q = 1 no FF.

O período em que o sinal de saída está em nível alto é dado por (57).

0,7 ( ) on high alto A BT T T R R C (57)

Quando a tensão no capacitor supera a tensão no pino 5 o comparador de cima tem saída em nível alto e

então seta o FF (Q = 1 e Qb = 0 no pino 3). O TJB satura e o capacitor se descarrega via RB (o pino 7 é

aterrado).

O intervalo de tempo em nível baixo pela expressão (58).

0,7 off low baixo BT T T R C (58)

O período total da forma de onda de saída é: on offT T T

A frequência deste sinal é dada por (59):

1 1 1,44

T 0,7( 2 ) ( 2 )

A B A B

fR R C R R C

(59)

Simulação – Software PSpice (modo astável)

O capacitor se

descarregaatravés de RB

O capacitor se

carrega atravésde (RA + RB)

Thigh Tlow

1

3CCV

2

3CCV

Page 114: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

114 Eletrônica Analógica – Vol. 2

A topologia do circuito é apresentada na Figura 184. Como a alimentação do CI é feita em 15 V, a

tensão no capacitor ligados aos pinos 2 e 6 do integrado deve oscilar entre 5 e 10 V.

Figura 184 – Topologia do CI 555 em modo Astável.

Frequência do sinal de saída: 1 1

320 Hz.T 0,7(7,5 2 7,5 )0,2

fk k

Formas de onda do capacitor ligado aos resistores RA e RB e da tensão de saída: Figura 195.

Figura 185 - Formas de onda: oscilação de vC1 entre 5 e 10 V.

Ciclo de Trabalho (duty cicle)- o ciclo de trabalho (D), ou duty cicle, é a relação entre a largura do pulso

e o período. Matematicamente:

on%

Largura do pulso (W ou T )D 100 %

Período (T)

on

on off

TW

T T T (60)

Pode-se também calcular o fator D levando em conta os resistores RA e RB.

%D 100 %2

A B

A B

R R

R R (61)

Time

0s 1ms 2ms 3ms 4ms 5ms 6ms 7ms 8ms 9ms 10ms 11ms 12ms 13ms 14ms 15ms

V(U3:OUTPUT) V(RB:2)

0V

5V

10V

15V

10 V

5 V

Time

Ton Toff

T = Ton + Toff

Page 115: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

115 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Na Figura 186 são apresentadas: uma topologia em modo astável (a) e as correspondentes formas

de onda medidas, na saída do CI e no capacitor (b).

Figura 186 – (a) Circuito Astável com o CI 555. (b) Formas de onda: vo e vc (capacitor).

(a)

(b)

Fonte: http://www.projetostecnologicos.com/Componentes/CIsAnalogicos/555/555.html

3.4.1.3 - Operação Biestável

Em modo BIESTÁVEL, a saída fica estável em um dos dois estados possíveis – Figura 187. A

mudança de estado ocorre na aplicação de um sinal na entrada de “trigger” ou de “RESET”.

Figura 187 – Operação Biestável.

A Figura 188 mostra o esquema simplificado do CI 555. O pino 4 leva a saída (pino 3) ao nível

baixo (LOW); deve ser acionado com uma tensão abaixo de 0,4 V. Equivale ao ___________

CLEAR .

Para o modo de operação Normal: ligar este pino em + Vcc (para evitar a possibilidade de

reinicializações indesejadas).

Entrada

de trigger

Entrada

de RESET

SaídaBiestável

temporização

Page 116: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

116 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 188 – Esquema interno do CI 555 (simplificado).

LECTURE: 555 TIMER

As well as the one shot 555 Monostable configuration, we can also produce a

Bistable (two stable states) device with the operation and output of the 555

Bistable being similar to the transistorised one we look at previously in the Bistable

Multivibrators tutorial.

The 555 Bistable is one of the simplest circuits we can build using the 555 timer

oscillator chip. This bistable configuration does not use any RC timing network to

produce an output waveform so no equations are required to calculate the time period of

the circuit. Consider the Bistable 555 Timer circuit in Figure 189.

Figura 189.

Fonte: http://www.electronics-tutorials.ws/waveforms/555_timer.html

Page 117: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

117 CEFET-MG – MECATRÔNICA

The switching of the output waveform is achieved by controlling the trigger and reset inputs of the 555 timer

which are held "HIGH" by the two pull-up resistors, R1 and R2. By taking the trigger input (pin 2) "LOW", switch

in set position, changes the output state into the "HIGH" state and by taking the reset input (pin 4) "LOW", switch in

reset position, changes the output into the "LOW" state. This 555 timer circuit will remain in either state indefinitely

and is therefore bistable. Then the Bistable 555 timer is stable in both states, "HIGH" and "LOW". The threshold

input (pin 6) is connected to ground to ensure that it cannot reset the bistable circuit as it would in a normal timing

application.

3.4.1.4 – O CI 555 como Gerador de Rampa

Se no CI 555, nos pinos 6 e 7 se substitui a parcela resistiva por um gerador de corrente constante,

se obtém uma resposta linear na carga do capacitor. Assim, o circuito oferece como sinal uma rampa.

Da teoria de Circuitos Elétricos é sabido que a curva de carga de um capacitor através de uma

resistência é uma onda exponencial.

A fonte de corrente utilizada será um transistor pnp polarizado por divisor de tensão, como mostra

o circuito modificado, apresentado na Figura 190 (componentes T1, R1, R2 e RE). O resistor Rd coloca o

pino 2 no nível VCC (durante o disparo).

Figura 190. CI 555 como gerador de rampa.

Fonte: http://www.projetostecnologicos.com/Circuitos/555/Rampa/Rampa.html

Corrente de carga do Capacitor: BECCE

E

ECCC VV

RR

RVonde

R

VVII

21

2 ,

2

1 2

10012 0,7 8,86

47 100E CC BE

R kV V V V

R R k k

Corrente constante: 12 8,86 2,7 1,16 CI k mA

Inclinação da Rampa

Assim que ocorre o disparo no pino 2 (modo monoestável), ocorre a circulação de corrente

constante de carga pelo capacitor C1.

A inclinação da rampa é dada por S = I/C, onde I é a corrente de coletor do TJB, dada por:

Rd

R1

R2

RE

1

2

3

4

8

7

6

5

VE

VCC

12 V

555

Page 118: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

118 Eletrônica Analógica – Vol. 2

C CC

dv dv II C S

dt dt C

1

1,16 3,51 V

330

CI mAs

C F

Figura 191.

A Figura 191 apresenta as formas de onda

medidas com osciloscópio, do circuito da

Figura 190.

No canal 1: o sinal de disparo (pino 2 do

CI). No canal 2: a rampa sobre o capacitor C1.

Operação em modo ASTÁVEL

Neste caso, deve-se conectar o pino 2

diretamente aos pinos 6 e 7 do integrado, como

visto na Figura 192a. Formas de onda: pino 3

(saída) e rampa, Figura 192b.

Figura 192 – (a) Gerador de Rampa em modo ASTÁVEL. (b) Formas de Onda.

(a) (b)

3.5 – Comparador com Histerese

Como já foi visto anteriormente, a tensão de saída de um AOP comparador pode apresentar os

níveis + Vsat e – Vsat (Figura 193).

Figura 193.

Page 119: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

119 CEFET-MG – MECATRÔNICA

O comparador com histerese se aplica quando o sinal a ser comparado com a tensão de referência

apresenta ruídos, o que pode gerar comutações indevidas e um sinal de saída instável (podendo danificar,

por exemplo, os contatos de um relé eletrônico). Na Figura 194: topologia, formas de onda e símbolo.

3.5.1 – Aplicação da Histerese com o AOP Comparador Regenerativo

Um comparador de tensão comum indica quando a tensão de entrada excede uma tensão de

referência ou de limiar. Haverá um chaveamento em cada um dos pontos de interseção, como mostra a

Figura 195 (casos (a) e (b)).

Figura 194.

Figura 195. Resposta de um AOP comparador convencional. (a) Vref positiva. (b) Vref negativa.

i ref o sat

i ref o sat

V V V VSe

V V V V

i ref o sat

i ref o sat

V V V VSe

V V V V

(a) (b)

O AOP detector de nível zero, para um sinal de entrada isento de ruídos, opera como está ilustrado

na Figura 196.

Resposta do circuito:

se Vi < 0, Vo = - Vsat ; se Vi > 0, Vo = + Vsat.

Configuração inversora:

R

R2

R1

vo

vi

Símbolo:

Outro nome:

Disparador Schmitt

Fator : fator de

realimentação

1

1 2

R

R R

+ Vsat

- Vsat

+ .Vsat- .Vsat

vo

vi

Page 120: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

120 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Se este circuito tiver um sinal de entrada com ruído, oscilando em torno do nível ZERO

(referência), a sua saída irá apresentar comutações indevidas, como se vê na Figura 197.

Figura 196. (a) Detector de nível zero. (b) Resposta de um AOP comparador convencional.

(a) (b)

Figura 197. Uso da histerese em um AOP comparador como um meio de rejeição a sinais com ruído.

Para contornar o problema visto na Figura 197 é utilizada uma importante propriedade nos projeto

de AOPs utilizados como comparadores: a HISTERESE, a qual significa ATRASO (do grego

Hysteresis).

Na figura acima, a histerese é uma faixa compreendida entre os pontos VDI e VDS, pontos de

desengate inferior e superior respectivamente. Matematicamente:

H DS DIV V V (62)

O comparador que utiliza o recurso de histerese para evitar o disparo indesejado próximo ao ponto

de comutação (de zero ou – Vsat para + Vsat e vice-versa) é denominado de SCHMITT TRIGGER.

Sinal com ruídos

(interferência)

Cruzamentos com

o nível zero

Sinal

limpo

Pontos de

interseção

VDS

VDI

vref = 0

Page 121: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

121 CEFET-MG – MECATRÔNICA

3.5.2 – O Disparador Schmitt ou Circuito Schmitt Trigger

A Figura 198 mostra a topologia do circuito Schmitt Trigger e a sua curva característica.

Figura 198. (a) Schmitt Trigger (circuito). (b) Curva característica vo x vi.

(a) (b)

Símbolo deste dispositivo:

A tensão de entrada (vi) é aplicada no terminal (-). O circuito trabalha com realimentação positiva

de tensão, em vez de negativa. Assim, ocorre uma soma da realimentação de tensão com a de entrada, em

vez de uma oposição (MALVINO, 1997).

Uma observação

importante: Disparador Schmitt AOP na config. Inversor

(Realimentação Positiva) (Realimentação Negativa)

Operação do Disparador Schmitt

Com Vo = + Vsat, tem-se, por divisor de tensão, na entrada (+):

1

1 2

ref sat sat

RV V V

R R

1

1 2

ref sat sat

RV V V

R R

Assim, tem-se dois pontos de desengate:

VDI = satV : tensão de desengate (ou de disparo) inferior = LTP2

VDS = satV : tensão de desengate superior = UTP

Fator β nas equações acima: é denominado de FATOR DE REALIMENTAÇÃO, dado por:

1

1 2

R

R R

2 LTP, do inglês Lower Trip Point, que significa ponto de desengate inferior, assim como UTP (Upper Trip Point, ponto de

desengate superior).

Figura 1.

Circuito na

configuração inversora:

Vref

Page 122: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

122 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Para exemplificar a atuação deste circuito, seja um sinal de entrada com presença de ruídos -

comutações indevidas na saída devida às interseções errôneas com os pontos de desengate, como mostra a

Figura 199, onde a tensão de referência do comparador (inversor) de tensão é positiva.

Figura 199. Comutações indevidas: sinal com ruído.

Fonte: http://pcbheaven.com/wikipages/The_Schmitt_Trigger/

A Figura 200 ilustra o uso da histerese em um AOP comparador (detector de nível zero) operando

como disparador Schmitt. Este oferece um meio de rejeição aos sinais com ruído, o qual ficará contido

dentro de uma faixa. Se a tensão de pico a pico do ruído for menor que a tensão VH, não haverá disparo

falso (o circuito é imune ao ruído).

Figura 200. Tensão de histerese em um disparador Schmitt. (a) Topologia

do circuito. (b) Formas de onda. (c) Janela de Histerese.

(a) (b) (c)

Fonte: http://pcbheaven.com/wikipages/The_Schmitt_Trigger/

(1) VDI = tensão de disparo inferior = - .Vsat (2) VDS = tensão de disparo superior = + .Vsat

Largura de Histerese: VH = VDS – VDI = 2 .Vsat

A rede de realimentação formada pelos resistores R1 e R2 faz com que a tensão de entrada e a

tensão de saída estejam em fase (mesma polaridade), o que mantém o estado da tensão de saída.

A curva de transferência vo x vi mostra que:

- para determinar o valor do sinal de saída de um circuito Schmitt Trigger não é suficiente

conhecer apenas o valor do sinal de entrada, mas também o seu valor anterior.

Pela análise da Figura 200c, o sinal de saída só comuta se a amplitude do sinal de ruído na entrada

for superior à janela de histerese projetada no circuito – um bom projeto deve visar que o ruído esteja

contido dentro desta janela.

Em RESUMO: o circuito Schmitt trigger é imune a ruídos ou disparos falsos se a tensão de

pico-a-pico do sinal de ruído for menor do que vH = 2 .Vsat.

A Figura 1Figura 201 mostra a diferença no sinal de saída para um AOP comparador simples e

com o uso de histerese, onde o sinal de entrada é apresentado com e sem ruído.

Page 123: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

123 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 201 - Histerese em um AOP comparador como um meio de rejeição a sinais com ruído.

Exemplo 43 – Seja um comparador renegerativo (Schmitt trigger) como o apresentado pelo circuito

da Figura 202. O sinal de entrada é uma senóide de 500 mV de pico, com frequência de 60 Hz.

a) Determinar os pontos de desengate do circuito.

Vref = Vsat 1

1 2

1(0,9 ) (0,9 15) 2,36 V.

1 4,7cc

R kV

R R k k

Figura 202.

Arquivo: AOP - Schmitt Trigger teste.sch

b) Alterando a largura de histerese. Fazendo R2 igual a 47 k, qual será a nova tensão de

referência?

3120,83 10

1 47

k

k k

0,9 15 281,25 mV.refv

Largura da histerese: VH = VDS – VDI = 2 .Vsat = 2 281,25 mV = 562,5 mV.

c) Desenhar a forma de onda do sinal de saída para a situação do item (b), para um sinal de entrada

dado por 1 , 1 iv sen t f kHz (desprezando os sinais de ruído).

O resultado está na Figura 203a.

Page 124: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

124 Eletrônica Analógica – Vol. 2

d) Plotar a curva característica vo x vi para verificação da janela de histerese.

O resultado está na Figura 203b.

Figura 203.

(a)

V(Ro:2) V(vi:+)

(b)

EF 17 – Efetuar a simulação do circuito disparador Schmitt da Figura 204a no PSpice. A chave S1

provoca um transitório com ruído e a chave S2 o interrompe. O ruído é um sinal senoidal, em alta

frequência (da ordem de kHz) e o sinal vi é uma onda senoidal de 1 Vpp (60 Hz).

Na Figura 204b: formas de onda para um ruído com amplitude de 500 mVp e f = 1,5 kHz.

O sinal de referência, vR1, apresenta 610,2 mVpp no simulador (tensão de histerese).

A amplitude de pico-a-pico do ruído ultrapassa este valor e então ocorrem comutações indevidas no

sinal de saída – zoom mostrado na Figura 204c.

Finalmente, na Figura 205: o sinal de ruído fora da faixa de histerese projetada.

Time

0s 5ms 10ms 15ms 20ms 25ms 30ms 35ms 40ms 45ms 50ms

V(Ro:2)

-20V

0V

20V

V(R1:2) V(Vi:+)

-500mV

0V

500mV

SEL>>

V(Vi:+)

-2.0V -1.5V -1.0V -0.5V 0V 0.5V 1.0V 1.5V 2.0V

V(Ro:2)

-20V

-10V

0V

10V

20V

Time

+ Vsat

- Vsat

+ Vsat

VDS = + 285,25 mV

- Vsat

VDI = - 285,25 mV

+ Vsat

- Vsat

Page 125: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

125 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 204.

(a)

(b)

(c)

Time

0s 5ms 10ms 15ms 20ms 25ms 30ms 35ms 40ms 45ms

V(U7A:OUT)

-20V

0V

20V

V(R1:2) V(SUM5:OUT)

-1.0V

0V

1.0V

SEL>>

Time

16.00ms 17.00ms 18.00ms 19.00ms 20.00ms 21.00ms 22.00ms 23.00ms 24.00ms 25.00ms 26.00ms 27.00ms15.29ms

V(U7A:OUT)

-10.0V

0V

10.0V

-19.3V

19.2V

V(R1:2) V(SUM5:OUT)

-0.5V

0V

0.5V

1.0V

SEL>>

Time

Time

Ruído Vref

Zoom

Arquivo: AOP - Schmitt Trigger - imune ruido.sch

Page 126: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

126 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 205. O sinal de ruído ocorre fora da faixa de histerese do circuito.

Na Figura 206a vêem-se as formas de onda para um ruído com amplitude de 600 mVp e f = 1,5

kHz. A amplitude de pico-a-pico do ruído está contido na janela de histerese e não ocorrem comutações

indevidas no sinal de saída. Na Figura 206b: formas de onda do sinal de ruído e da janela de histerese.

Figura 206.

(a)

V(R1:2) V(vruido:+)

(b)

Time

14.00ms 15.00ms 16.00ms 17.00ms 18.00ms 19.00ms 20.00ms 21.00ms 22.00ms 23.00ms13.38ms 23.93ms

V(R1:2) V1(R16)

-400mV

0V

400mV

-635mV

601mV

Time

0s 5ms 10ms 15ms 20ms 25ms 30ms 35ms 40ms 45ms

V(U7A:OUT)

-20V

0V

20V

V(R1:2) V(SUM5:OUT)

-1.0V

0V

1.0V

SEL>>

vi(t)

Time

0s 5ms 10ms 15ms 20ms 25ms 30ms 35ms 40ms 45ms

V(R1:2) V(Vruido:+)

-400mV

-200mV

0V

200mV

400mV

500mV

- Vsat

+ Vsat vi + vruído

vRo

vruído VHisterese

Ruído

Vref

Time

Time

Time

Page 127: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

127 CEFET-MG – MECATRÔNICA

3.5.3 – Alterando os pontos de desengate (histerese móvel)

Nos exemplos anteriores, foi apresentada a histerese em um AOP em torno do nível ZERO, como

mostra a Figura 207a.

A Figura 207b ilustra um circuito no qual se projeta o novo ponto central da janela de histerese.

Deslocam-se os pontos de desengate de um AOP comparador inversor com o acréscimo de um resistor R3

entre a entrada v(+) e a fonte + Vcc.

Figura 207. (a) Histerese em torno do nível zero. (b) Circuito para alteração da histerese.

(a) (b)

Este procedimento define o novo CENTRO do laço de histerese (MALVINO, 1997):

1

1 3

cen cc

RV V

R R

(63)

A realimentação positiva do AOP posiciona cada ponto de desengate em relação a este ponto

central. Pelo Teorema de Thévenin no circuito da Figura 207b, obtém-se o circuito da Figura 208, onde:

1

1 3

Th cen cc

RV V V

R R

1 3

1 3

Th

R RR

R R

Figura 208.

O novo fator de realimentação () será calculado por:

1 3

1 3 2

//

//

R R

R R R

(64)

vref

1 3//R R

1

1 3

cc

RV

R R

Page 128: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

128 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Quando a saída do AOP estiver saturada positivamente, vref na entrada (+), que é igual a UTP (de

Upper Trip Point, ou ponto de desengate superior, VDS) será, pelo Teorema da Superposição:

Seguindo o mesmo raciocínio, o ponto de desengate inferior, VDI ou LTP (do Inglês Lower Trip

Point), a qual ocorre quando a saída apresenta um sinal – Vsat , será encontrado por:

DI cen satV V V

A Figura 209 apresenta a curva característica de transferência para o AOP da Figura 208.

Figura 209. Alteração na Histerese – AOP comparador inversor.

Pontos de desengate (positivos):

DS cen satV V V e DI cen satV V V

Estes pontos podem ser encontrados também por:

1

2

DI cen

RV V

R e

1

2

DS cen

RV V

R

Cálculo da tensão de histerese:

2H DS DI cen sat cen sat satV V V V V V V V

Exemplo 44 – A Figura 210 mostra o esquema de um comparador com histerese, a partir do qual foi

efetuada uma simulação em computador (software PSpice).

Informações úteis:

- O sinal de entrada é um sinal “triangular”, oscilando de 0 a 10 V, com um período de 20 ms.

- A tensão de alimentação é de 15 V.

CENTRO do laço de histerese: 1

1 3

2( 15) 7,5 .

2 2cen cc

R kV V V

R R k k

A Figura 211 mostra os sinais de entrada, de referência e de saída. Quando vi > vref, vo = - Vsat.

DS cen satV V V

Contribuição do sinal de saída (+ Vsat)

Contribuição do sinal de + Vcc (via R3)

Page 129: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

129 CEFET-MG – MECATRÔNICA

A janela de histerese é apresentada na Figura 212.

Figura 210.

Figura 211. (a) Sinais de entrada (vi, triangular) e de referência (vref). (b) Sinais vi e de saída (vo).

(a) (b)

Figura 212. Janela de histerese do circuito (positiva).

V(vi:+)

Time

0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms 80ms 90ms 100ms

V(vi:+) V(R1:2)

0V

2V

4V

6V

8V

10V

Time

0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms 80ms 90ms 100ms

V(vi:+) V(U9A:OUT)

-15V

-10V

-5V

0V

5V

10V

15V

V(vi:+)

0V 1V 2V 3V 4V 5V 6V 7V 8V 9V 10V

V(U9A:OUT)

-15V

-10V

-5V

0V

5V

10V

15V

VHisterese

Vi Vo

Page 130: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

130 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Para uma janela de histerese com valores negativos, basta conectar o terminal da entrada não

inversora ao potencial negativo da fonte simétrica (- VCC), como mostra a Figura 213a. A janela de

histerese resultante é vista na Figura 213b.

Figura 213. (a) Disp. Schmitt com histerese móvel negativa. (b) Aspecto da janela de histerese do circuito.

(a)

V(vi:+)

(b)

3.6 – Integradores e Diferenciadores com AOPs

3.6.1 – AOP Integrador

O AOP integrador utiliza um capacitor no ramo de realimentação negativa (Figura 214).

Figura 214 – Correntes no AOP integrador.

V(vi:+)

-10V -9V -8V -7V -6V -5V -4V -3V -2V -1V 0V

V(U9A:OUT)

-20V

-10V

0V

10V

20V

Page 131: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

131 CEFET-MG – MECATRÔNICA

O AOP integrador realiza a operação matemática chamada integração, que permite encontrar o

valor instantâneo de uma função dentro de um intervalo de tempo.

Aplicação mais comum: a geração de uma rampa linear, dependente de um pulso de tensão aplicado

em sua entrada (Figura 215).

Figura 215 – AOP integrador.

A demonstração da equação da tensão de saída do AOP integrador é efetuada tomando como base o

circuito da Figura 214, aplicando-se a LKC no nó A. Pelo “terra virtual”, os potenciais dos pontos A e B

são iguais a zero. Daí:

( )0 0i A o A

i f B

v v d v vI I I C

R dt

0 0i oA B

v dvCom v v C

R dt

Pelas propriedades:

1

0 10

1

0 1

nn x

x dxn

xExemplo x dx x

, onde k = constante.k dx k dx kx

Obtém-se, passo-a-passo a tensão de saída:

Page 132: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

132 Eletrônica Analógica – Vol. 2

O AOP Integrador apresenta a tensão de saída vo igual ao produto da constante −1/(RC) pela

integração da tensão de entrada vi ao longo do tempo.

Para uma tensão de entrada do tipo DEGRAU (Figura 216), a resposta na saída é uma RAMPA, como

mostra o Exemplo 45.

Figura 216.

Exemplo 45 – O circuito integrador da Figura 217a apresenta, para vi (t) = 1 V, uma declinação em

sua tensão de saída, inversamente proporcional à constante de tempo do capacitor (BOYLESTAD, 2004).

A Figura 217b mostra, graficamente, a influência da constante de tempo RC do capacitor na inclinação da

tensão de saída.

Figura 217 - (a) Topologia do AOP integrador. (b) Alteração da constante de tempo.

(a) (b)

Fonte: BOYLESTAD E NASHELSKY, 2004.

0

1

ti

o i

vv v dt t

RC RC

io

vv t at

RC

Isso tem aplicação, por exemplo, em controles PID (proporcional-integral-derivativo), onde uma

variável de controle em forma de pulso é suavizada para uma rampa, a fim de melhor correspondência

com a inércia do sistema a controlar.

Exemplo 46 - No AOP integrador da Figura 217a foi alterada a constante de tempo RC, no instante t

= 2 segundos, quando a chave U2 no esquema se fecha e coloca o resistor R1 em paralelo com o resistor

R4, no ramo do pino 2.

vo

vi

t(s)

t(s)

Degrau

Page 133: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

133 CEFET-MG – MECATRÔNICA

A declinação em sua tensão de saída foi também alterada, como se vê na Figura 218b (formas de

onda obtidas via simulação com o software PSpice).

Figura 218. (a) AOP integrador: Alteração da constante de tempo. (b) Formas de onda (simulação).

(a)

(b)

EF 18 (PERTENCE, 2003) – Seja o circuito AOP integrador da Figura 219, com R = 50 k e C =

10 F. No terminal de entrada (-) é aplicado um pulso (ou degrau de tensão) com amplitude de 2 V,

durante um intervalo de 5 segundos. Considerando-se o capacitor inicialmente descarregado, pede-se:

a) qual é o valor da tensão de saída após 2 segundos, vo (2)?

b) encontrar o tempo que o AOP leva para alcançar a saturação (Vsat = 13,5 V);

c) esboçar a forma de onda de vo (t), no intervalo t = 5 segundos.

Figura 219 – AOP integrador de tensão com degrau na entrada.

Time

0s 1s 2s 3s 4s 5s 6s 7s 8s 9s 10s

V(C1:1,C1:2) V(RL:1) V(vi:+)

-20V

0V

20V

SEL>>

-I(RL)

14.00mA

14.25mA

14.50mA

14.75mA

15.00mA

vc

vo

vi

Page 134: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

134 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Exemplo 47 – O circuito integrador da Figura 220 apresenta um AOP integrador de tensão, em que

no terminal (-) foi aplicado uma onda quadrada de 0 a 5 V, em 500 Hz (T = 2 ms). A constante de tempo

do capacitor é de = RC = 2,2 ms. Este circuito foi simulado no PSpice

.

Figura 220.

Resultados de simulação:

Figura 221.

Tensão de saída:

3

0

1 5 2,27 10

2,2

ti

o i o

v Vv v dt t v t t

RC RC m s

AOP INTEGRADOR Prático – Considerações

O AOP Integrador na prática necessita de algumas modificações em seu circuito.

1) Tensão Inicial do Capacitor

Como foi visto na Figura 221, se houver tensão inicial no capacitor, esta deve ser somada ao

resultado da etapa posterior.

( )0

1

t

o i Co inicialv v dt vRC

Time

0s 0.5ms 1.0ms 1.5ms 2.0ms 2.5ms 3.0ms 3.5ms 4.0ms 4.5ms 5.0ms

V(C1:1,C1:2) V(vi:+) V(RL:1)

-4.0V

-2.0V

0V

2.0V

4.0V

6.0V

-5.0V

vc

vo

vi

Etapa 1Etapa 1

Etapa 1

Page 135: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

135 CEFET-MG – MECATRÔNICA

A primeira modificação prática aparece na Figura 222, onde uma chave do tipo push boton é

utilizada para efetuar a descarga do capacitor Cf.

Figura 222 – Chave para descarga do capacitor no AOP integrador.

2) Influência da frequência do sinal de entrada na resposta do AOP Integrador

O ganho de malha fechada do AOP integrador (com a chave S aberta) é dado pela razão entre duas

impedâncias, Z2 e Z1 (AOP na configuração inversora, Figura 223).

Figura 223.

O módulo de Avf é inversamente proporcional à

frequência do sinal de entrada.

2

1

1

12

2

Cvf vf

XZ fCA A

Z R R fRC

Para melhorar a estabilidade do ganho Avf faz-se uma pequena alteração no circuito do AOP

integrador, para alterar a sua impedância do ramo de realimentação (Figura 224).

Figura 224.

Com o circuito da Figura 224 é possível alcançar uma

estabilização do ganho de malha fechada na situação de um

sinal de baixa frequência aplicado no terminal não-inversor.

Cálculo do novo ganho Avf:

12

1 1

1

1

= 1 2 . . .

f

ff

vf vf

f

Rj C

RR RZ j C

A AZ R j f R C

O módulo de Avf é dado por:

1

2

1 2 . . .

f

vf

f

R RA

f R C

(65)

Z1

Z2

1

2vfA

fRC

Em baixas frequências: o ganho Avf cresce

consideravelmente, tendendo a infinito.

Em altas frequências, o ganho Avf tende a zero.

Page 136: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

136 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Na aplicação como integrador, os fabricantes recomendam conectar, do terminal (+) para o terra,

um resistor de equalização, Re, como mostra a Figura 225. Este resistor equivale à associação em paralelo

dos resistores R1 e Rf.

Figura 225.

Para frequência nula:

o ganho se estabiliza em um valor igual a Rf/R1 (operação

INVERSORA).

Em altas frequências:

operação como INTEGRADOR.

Regra de PROJETO: adotar Rf 10.R1.

3.6.2 – AOP Diferenciador

Nesta configuração (Figura 226), o AOP realiza a função inversa do integrador, ou seja, deriva o

sinal aplicado na entrada, produzindo na saída uma tensão proporcional à variação de vi(t) com o tempo.

Figura 226.

Tensão de saída:

io f

dvv R C

dt (66)

Prova: pela LKT, no nó A da Figura 227, e pelo terra virtual, onde va = vb = 0:

Figura 227.

Para a tensão de saída: 0 + = 0 i o ii f o

dv v dvI I C v RC

dt R dt

Saída proporcional à

variação de tensão de

entrada com o tempo

Page 137: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

137 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Exemplo 48 – Para um circuito diferenciador com AOP como o da Figura 228a, em que foi aplicada

em sua entrada inversora um sinal triangular simétrico (Figura 228b), pede-se:

a) encontrar a expressão dos sinais de pico de saída;

b) esboçar a forma de onda de vo(t).

Figura 228 – Aplicação do AOP como diferenciador, com onda de entrada triangular.

Solução:

a) Aplicando a expressão de vo(t) para o AOP diferenciador, teremos:

- Primeiro intervalo (de 0 a T/2, indicado na Figura 17):

Figura 229.

- Segundo intervalo (de T/2 a T, indicado na Figura 18): a inclinação da tensão de entrada é negativa,

mas devida à ação inversora, o sinal da tensão de saída é positivo.

Figura 230.

vi

t

+ vp

- vp

0

T/2 T

(a) (b)

vi

vo

t

t

+ vp

- vp

0

T/2 T

+ vop

- vop

0

T/2 T

( ( ))

2 0

2

io

p p

pp

o op

dvv RC

dt

v vRC

T

vv v RC

T

vi

vo

t

t

+ vp

- vp

0

T/2 T

+ vop

- vop

0

T/2 T

( ( ))

2 0

2

io

p p

pp

o op

dvv RC

dt

v vRC

T

vv v RC

T

( ( ))

2

2

io

p p

pp

op

dvv RC

dt

v vRC

T T

vv RC

T

Page 138: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

138 Eletrônica Analógica – Vol. 2

b) O sinal de saída completo do circuito diferenciador é visualizado na Figura 231.

Figura 231.

vi

vo

t

t

+ vp

- vp

0

T/2 T 3T/2 2T

+ vop

- vop

0

Page 139: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

139 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Apêndice 1 – Listas de Exercícios e Problemas (LEPs)

Apêndice 1 – Listas de Exercícios e Problemas (LEPs)

LLEEPP 55 LISTA DE EXERCÍCIOS E PROBLEMAS – 12 QUESTÕES

TJB – Características construtivas e parâmetros

Questão 1 – Como é formado o emissor de um TJB? Qual é a sua função? O coletor tem a mesma largura

que o emissor? Justifique.

Questão 2 – Em que situação de operação se encontra o TJB quando as junções BE e BC estão

reversamente polarizadas?

Questão 3 – Para um transistor npn, sendo ICBO uma componente da corrente de coletor, explicar esta

componente e o seu contexto.

Questão 4 – O quer caracteriza a região de saturação, para as curvas características de saída do TJB em

Base-Comum? E na configuração Emissor-Comum?

Questão 5 – Responda aos seguintes itens:

a) Por que o TJB na configuração BC não opera como amplificador de corrente? A tensão VCB tem

alguma influência nas curvas características de entrada (IE x VBE)?

b) Se a corrente de emissor de um TJB é de 8 mA e IB é 1/100 de IC, quais são os valores de IC e IB?

Figura 1 – Curvas características para o TJB na configuração Emissor Comum (EC).

(a) Curvas características de saída (IE x VCE). (b) Curvas características de entrada (IB x VBE).

Questão 6 – Defina os parâmetros ICBO e ICEO. Eles são diferentes? De que maneira se relacionam?

Questão 7 – Utilizando as curvas da Figura 1:

a) Determine o valor de IC correspondente a VBE = 0,75 V e VCE = 5 V. Em qual região está localizado

este ponto (corte-saturação-ativa)?

b) Determinar os valores de VBE e VCE correspondentes a IC = 3 mA e IB = 30 A.

Page 140: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

140 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Questão 8 – Qual é a equação que determina o máximo de dissipação de potência, tendo como base a

curva IC x VCE? Fazer um esboço desta curva, destacando os pontos limites de operação para o TJB.

Questão 9 – Explique as etapas 1 e 2 para o teste de um TJB utilizando um multímetro digital (veja a

Figura 2).

(a) Etapa 1 (b) Etapa 2

Figura 2 – Teste de um TJB através de um multímetro digital.

Questão 10 – A relação entre e . Demonstrar a seguinte equação:

1

Questão 11 – Identificar os terminais do transistor da Figura 3, com base nas medições.

Figura 3. Fonte: http://www.ibiblio.org/kuphaldt/socratic/output/bjt0.pdf

Questão 12 – Com base nas medidas indicadas na Figura 4, responda: o transistor é NPN ou PNP?

Figura 4. Fonte: http://www.ibiblio.org/kuphaldt/socratic/output/bjt0.pdf

Page 141: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

141 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Fonte: http://www.talkingelectronics.com/projects/200TrCcts/200TrCcts.html

Figura 3 – TJB BC548 no acionamento de um motor DC (circuito ponte H).

Fonte: http://www.electrosome.com/dc-motor-driving-using-h-bridge/

Mais informações sobre Ponte H: http://www.talkingelectronics.com/projects/H-Bridge/H-Bridge-1.html

Page 142: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

142 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Transistores de Média Potência

Fonte: http://www.talkingelectronics.com/projects/200TrCcts/200TrCcts.html

Fonte: http://www.ecs.umass.edu/ece/m5/tutorials/tip122_transistor_tutorial.html

Page 143: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

143 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Transistores: encapsulamentos (transistor casing types)

Fonte: http://www.talkingelectronics.com/projects/200TrCcts/200TrCcts.html

Fonte: http://www.applefritter.com/replica/appendixe http://www.tme.eu/u/produkt-tygodnia/8810_20X15_small.jpg

Page 144: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

144 Eletrônica Analógica – Vol. 2

LLEEPP 66 LISTA DE EXERCÍCIOS E PROBLEMAS – 8 QUESTÕES

TJB – Circuitos básicos de polarização.

Questão 1 – Quais são as condições para que um TJB opere na região linear ou ativa?

Questão 2 – No circuito da Figura 1 ( = 50) foi inserido um resistor de 47 k em série com RB.

a) A corrente de base fica inalterada? Justifique e calcule o seu novo valor.

b) Calcule também a tensão VCE, e a tensão no coletor, VC e no emissor, VE.

c) Construir a reta de carga no gráfico IC x VCE e representar o ponto de operação (quiescente).

d) Repita os cálculos anteriores (item (a) até o item (c)), para = 100.

Figura 1. Figura 2 - Ganho = 90.

Questão 3 – Calcular a variação do ponto quiescente para o TJB da questão 2, através do uso das

equações (1) e (2):

f i

%

i

100 (1)Q Q

Q

Q

C C

C

C

I II

I

f i

%

i

100 (2)Q Q

Q

Q

CE CE

CE

CE

V VV

V

Questão 4 – Para o TJB da Figura 2, pede-se calcular: o ponto quiescente (ICQ, vCEQ),VB, VC e VE.

Questão 5 – Para o TJB da Figura 3, pede-se calcular:

(a) os resistores; (b) ICQ e vCEQ.

Questão 6 – No circuito da Figura 4, calcular IC ,VCC (fonte DC), o ganho e RB.

Page 145: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

145 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Questão 7 – Seja o circuito da Figura 5.

a) Encontre o ponto quiescente para = 50 e para

o resistor RE = 0.

b) Refazer este cálculo para um ganho de corrente

de 100. Calcular a variação percentual de IC e

de VCE.

c) Para o resistor RE = 1 k, repita os cálculos dos

itens (a) e (b).

d) Comprove os resultados obtidos em (c) com os

dados da Tabela 1 (calcular IC % e de VCE %).

Figura 5.

Tabela 1.

e) Desenhar a reta de carga deste circuito (ver a

Figura 6) e localizar o ponto quiescente obtido nos

cálculos dos itens (a), (b), (c) e (d).

Figura 6.

Questão 8

a) Determinar o ponto de operação DC para o

circuito da Figura 7, considerando-se o ganho =

140, empregando a ANÁLISE EXATA

(empregando os parâmetros de Thévenin).

b) Repetir os cálculos do item anterior para um

ganho de corrente de 70. Calcular então IC % e de

VCE %.

Figura 7.

c) Conferir os resultados obtidos em (a) e (b) com

os apresentados pela Tabela 2.

Tabela 2.

d) Qual é o critério para o uso da polarização por

divisor de tensão pela análise aproximada? Este

método pode ser utilizado no circuito da Figura 2?

e) Se for possível utilizar a ANÁLISE

APROXIMADA para o circuito da Figura 2,

determinar a variação percentual no ponto

quiescente. Desenhar também a reta de carga.

Page 146: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

146 Eletrônica Analógica – Vol. 2

LLEEPP 77 LISTA DE EXERCÍCIOS E PROBLEMAS – 10 QUESTÕES

TJB – APLICAÇÕES COMO CHAVE E COMO REGULADOR DE TENSÃO.

Questão 1 – Seja o circuito de chaveamento com TJB, mostrado na Figura 1, onde VCC = 5 V, = 125, RC = 820

e RB = 68 k. Responder aos seguintes itens:

a) Por que este circuito é chamado de inversor?

b) Para que o TJB opere como inversor (chave), o que é necessário projetar para o ponto quiescente?

c) Qual é a corrente de saturação deste circuito?

d) Qual é a equação de IB que assegura a operação em saturação do TJB?

e) Explicar o modelo de resistor R de corte e de saturação entre os terminais C e E (veja a Figura 2).

Figura 1 – O TJB como chave (formas de onda).

(a)

(b)

Figura 2 – O TJB como chave fechada (a) e chave aberta (b).

Fonte: Boylestad & Naschelsky, 2004.

Questão 2 – Um TJB opera como chave (Figura 1), com um sinal de onda quadrada de 0 a 5 V (1 kHz) na base.

a) Calcular os valores de RB e RC, se ICsat = 10 mA e = 250. Para o cálculo de RB, considere um valor de IB 20 %

maior do que o calculado, para assegurar a saturação. Utilizar os valores comerciais de resistores (Figura 3).

b) Qual é o valor de nível alto na saída do transistor-inversor (no coletor)?

c) Desenhar a reta de carga deste TJB e indicar os seus extremos (corte e saturação).

Questão 3 – Complete o circuito da Figura 4, de modo que aos terminais COM e NO (ou NA) do relé seja

conectada uma lâmpada incandescente de 127 V, 40 W, alimentada por uma tensão monofásica de 127 Vrms, 60 Hz.

a) Como funciona este circuito?

b) Qual a função do diodo de proteção, em paralelo com a bobina do relé?

IC sat

VCE satR 0

ICEO

VCC

R

Page 147: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

147 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 4 – O TJB como chave acionando uma lâmpada incandescente através de um relé eletromecânico de 12 V.

Questão 4 – Ao circuito da Figura 4, inserir um motor CA universal, conectando-o ao terminal NC (ou NF,

normalmente fechado). Explicar o funcionamento do circuito.

Questão 5 – A Figura 5 mostra a placa de um circuito eletrônico onde o TJB é acionado pela luz, via LDR (resistor

dependente da luz ou do inglês light dependent resistor), um tipo de resistor cuja resistência varia conforme a

intensidade de radiação eletromagnética do espectro visível que incide sobre ele. Na Figura 6 o TJB é acionado por

um sinal digital de 5 V.

Figura 5 – Placa onde o TJB é

acionado pela luz via resistor

do tipo LDR. O diodo LED

está no circuito de saída, para

notificar o os estados do

transistor.

Figura 6 – Transistor acionado por um sinal digital de 5 V.

a) Desenhar um esquema aproximado para o circuito da Figura 5 e explicar a sua operação.

b) Para o circuito da Figura 6, explicar o acionamento da lâmpada L1 pelas chaves B0 (representando uma botoeira

para desligar) e B1 (botoeira para desligar).

c) Acrescentar outra porta AND ao circuito, de modo que um motor M1 do tipo universal (alimentado em 127 V)

opere em modo condicionado (ligue apenas se a lâmpada L1 for ligada). Desenhar o circuito eletrônico completo

para o acionamento de L1 e de M1.

Questão 6 – Um regulador de tensão utilizando um TJB,

configuração tipo série, é mostrado na Figura 7, onde a tensão de

referência é dada pelo diodo zener, 1N964, com VZ = 13 V e

potência nominal PZ max = 400 mW.

a) Qual é a corrente máxima no diodo zener?

b) Se o TJB utilizado possui um ganho = 60 (onde VBE = 0,7

V) e para o regulador de tensão são utilizados R = 470 ohms e

RL = 1 k , qual é o máximo valor da tensão Vi ? Figura 7 – TJB empregado em um

regulador de tensão tipo série.

Questão 7 – Ainda para o circuito da Figura 7, o que ocorre se a tensão de saída diminuir? Descreva todo o processo

e as variáveis envolvidas.

Page 148: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

148 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Questão 8 – (a) Encontre a tensão de saída do circuito da Figura 8, com os dados fornecidos pelo esquema.

Considerar a tensão base-emissor do transistor Q2 igual a 0,7 V. (b) Qual é a potência dissipada na carga?

Figura 8 – Regulador tipo série aperfeiçoado.

Questão 9 – A Figura 9 mostra um regulador de tensão

com TJB do tipo paralelo (shunt regulator), sendo

dados:

Vi = 15 V, Rs = 47 , VZ = 6,8 V,

VBE

= 0,7 V ( = 50) e RL = 120 .

a) Calcular a tensão de saída.

Figura 9 – TJB empregado em um regulador

de tensão tipo paralelo (shunt).

b) Mostrar que a corrente no resistor Rs é dada por ( 1)RS B RLI I I .

c) O que ocorre com o regulador se a resistência da carga (RL) aumentar? Calcule o valor da corrente de base para

RL = 120 e RL = 180 .

Questão 10 – É possível, considerando ainda o circuito da Figura 9 e tendo disponível outro diodo zener de 6,8 V,

obter uma tensão de saída de 14,3 V? Como o outro zener pode ser ligado no circuito? Que valor mínimo deve ter o

sinal de entrada?

Respostas de questões selecionadas:

Questão 1: (c) IC Sat = 6,1 mA.

Questão 2: (a) RC Com. = 470 ohms. RB Com. = 91 k.

Questão 6: (a) IZ Max = 30,77 mA. (b) Vi Max = 27,55 V.

Questão 8: (a) Vo = 26,75 V. (b) PRL = 357,78 mW.

Questão 9: (a) Vo = 7,5 V. (c) IB (RL = 120) = 1,9 mA. IB (RL = 180) = 2,31 mA.

Referências Bibliográficas

[1] BOYLESTAD, R. L. e NASHELSKY L. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos. 8ª ed. Pearson Prentice-Hall,

2004.

[2] CIPELLI, Antônio Marco V. et alli. Teoria e Desenvolvimento de Projetos de Circuitos Eletrônicos. 18a edição. São

Paulo: Érica, 2001.

[3] MARQUES, A. E. B. et al. Dispositivos Semicondutores: Diodos e Transistores. São Paulo: Érica, 1996.

[4] MALVINO, A. P. Eletrônica. Vol. I. 4ª. ed. São Paulo: Makron Books, 1997.

IT

Page 149: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

149 CEFET-MG – MECATRÔNICA

LEP 8 LISTA DE EXERCÍCIOS E PROBLEMAS – 10 QUESTÕES

AOPS – CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS E CIRCUITOS BÁSICOS.

PARTE I – 7 Questões

1 – Sobre o AOP, responda:

a) O que é tensão de OFFSET de um AOP? O que é o ganho de malha aberta?

b) Quais são as características ideais de um AOP?

c) O que é o “SLEW-RATE” (SR)? Calcular, para um AOP montado com o CI 741, a frequência máxima de um

sinal senoidal de 12 Vp. Observação: SR (741) = 0,5 V/s.

d) Repetir o item (c) com outro CI: LM 318, onde SR = 70 V/s.

Resp.: (a) fmax = 6,63 kHz. (b) fmax = 928,4 kHz.

2 – Faça uma pesquisa sobre as características do AOP a fim de definir curto-circuito virtual e terra virtual.

3 – Desenhar e projetar um amplificador inversor, com ganho igual a 100. Considerar Rf = 10 k e o sinal de

entrada igual a vi(t) = 200 mV sen t. Qual será o sinal de saída?

4 – Repetir o exercício 3 para um AOP não inversor, com o mesmo ganho. Considerar também Rf = 10 k e o

mesmo sinal de entrada.

5 – Qual é a faixa de ajuste do ganho de tensão para o circuito da Figura 1? Considerar P1 = 5 k, R1 = 10 k e Rf =

20 k. Resposta: Avo min = 1,33 e Avo max = 2.

6 – Para um sinal de saída de 5 V (contínuo), calcular o resistor Rf para o circuito somador da Figura 2. Considere os

resistores de entrada iguais, bem como os sinais de entrada, todos em 1 V. Resposta: Rf = 1,67.R.

Figura 1.

Figura 2.

Page 150: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

150 Eletrônica Analógica – Vol. 2

7 – Qual é o sinal de saída esperado no circuito da Figura 3? Resposta: Vo = - 7,5 V.

Figura 3.

PARTE II – 18 Questões

Questão 1 – Seja o AOP inversor da Figura 1, onde A é

o ganho de malha fechada. Se o sinal de saída é uma

senóide de 18 Vp e o sinal de entrada é uma senóide de

2 Vp, pede-se:

a) determinar o módulo do ganho A;

b) calcular o valor do resistor de realimentação, se R1 =

1 k.

c) Desenhar os oscilogramas das tensões de entrada e

de saída.

Figura 1.

Questão 2 – Para o AOP da configuração mostrada na Figura 2, pergunta-se:

a) o sinal de saída está em fase com o(s) sinal (is) de entrada? Justifique.

b) se o resistor de realimentação é de 10 k e em cada resistor de entrada (de 1 k) foi aplicado um sinal senoidal

de 100 mVp, calcular o ganho Af e o sinal de saída obtido.

Questão 3 – Para o AOP da Figura 3, qual é o sinal

obtido na saída (vout), se os resistores são iguais e vin é

um sinal de onda quadrada de 2 Vp, 10 kHz?

Figura 2.

Figura 3.

Questão 4 – Qual o maior sinal de saída sem distorção, do Amp-OP 741C, se a freqüência do sinal de entrada

(senoidal) for de 50 kHz? Use SR = 0,5/µs. Resposta: Vmax = 1,59 V.

Page 151: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

151 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Questão 5

Qual o módulo da tensão eficaz de saída

(pino 6 do CI LM741) do somador da Figura 4?

Os sinais de entrada são senoidais, com os

seguintes valores eficazes: v1 = 1 mV, v2 = 2 mV

e v3 = 4 mV.

Resistores:

R1 = 1 k, R2 = 2 k, R3 = 4 k e Rf = 8 k.

Resposta: vo rms = 24 mV.

Figura 4 – AOP somador de 3 entradas, onde os sinais

senoidais têm os seus valores eficazes indicados.

Questão 6

O AOP da Figura 5 possui o ganho ajustável.

Que faixa de tensão de saída é desenvolvida, se:

- a tensão de entrada, vi = 1 mV;

R1 = 500 e Rf é um potenciômetro de 10 k?

Resposta: Vo = zero a – 20 mV.

Figura 5 – AOP inversor com ganho ajustável.

Questão 7 – Qual é a corrente de saída para do AOP no circuito da Figura 6? São conhecidos os

componentes: R1 = 1 k, Rf = 4,7 k e RL = 200 . Resposta: Io = 29,5 mA.

Figura 6.

Questão 8 – Obter a expressão da tensão de saída do circuito subtrator da Figura 7. Qual é o

valor da tensão de saída, Vo? Dados: R1 = R2 = R3 = R4 = 1 k, V1 = 2 mV e V2 = 1 mV.

Figura 7.

Resposta: Vo = 1 mV.

Page 152: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

152 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Questão 9 – Para que variação do potenciômetro Rv no circuito da Figura 8, o LED na saída se acende?

Resposta: Rv < 15 k.

Figura 8.

Questão 10 - Quais são os sinais das entradas vI e vREF, no circuito da Figura 9a, para o sinal de saída

mostrado na Figura 9b? Justifique.

(a) (b)

Figura 9.

Questão 11 – Seja o circuito da Figura 10, AOP com Histerese.

a) Calcular os seus pontos de desengate (ou tensões de referência, VDI e VDS).

b) Desenhar a curva de histerese do circuito e calcular a largura da janela (fator VH).

Figura 10.

Page 153: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

153 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Questão 12 – Se o sinal de entrada do circuito da Figura 10 for substituído por uma onda triangular de

10 Vp, frequência de 1 kHz, construir os gráficos vi x t e vo x t. Dica: para isto, verificar o gráfico vo x vi

(verificação dos pontos de transição).

Questão 13

a) Explicar o termo open colector, que se utiliza para se identificar o estágio de saída de alguns CIs

comparadores, como o da Figura 11.

b) Desenhar o esquema elétrico onde um AOP deste tipo seja aplicado.

Figura 11.

Questão 14 – Desenhar e explicar o esquema de um detector de 4 níveis, utilizando o CI 339.

Questão 15 – Para o circuito da Figura 12, cujas ondas são apresentadas com suas amplitudes indicadas, pede-se

encontrar o período do sinal de saída e o ciclo de trabalho (duty cicle).

Figura 12 – Questão 15.

Questão 16 – Projetar um sistema (calcular os valores de R e C) onde o CI 555 seja utilizado na operação

monoestável, com largura do pulso para 2 horas (temporizador para manter uma carga ligada por um certo

tempo).

Page 154: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

154 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Questão 17 – Projetar um sistema que utilize o CI 555 para monitorar três cargas (uma TV, uma lâmpada

e um aparelho de som), operando por 2 horas cada um, em modo cíclico.

Questão 18 – Projetar um sistema utilizando o CI 555 operando de modo astável, onde o período do sinal

de saída seja de 10 segundos.

Informações Úteis:

Tabela 1 – Códigos de Fabricantes

de AOPs.

Valores Comerciais de Resistores

A tabela RETMA (ver Tabela 2) é adotada pelos fabricantes a fim de

padronizar os valores comerciais de componentes eletrônicos.

Por exemplo, para um valor calculado de 675 , deve-se utilizar um

valor comercial de 680 (10 x 68).

Tabela 2 – Valores-padrão para resistores (valor comercial).

10 12 15 18 22 27

33 39 47 56 68 82

Fonte:

http://www.coinfo.cefetpb.edu.br/professor/ilton/tron/res_cap_comerciais.htm

Características do CI 555

Faixa de Tensões de Alimentação: 4,5 a 18 V. Corrente máxima de saída: +/- 200 mA

Tensão de limiar típica com alimentação de 5 V: 3,3 V. Corrente de limiar típica: 30 nA

Nível de disparo típico com alimentação de 5 V: 1,67 V

Tensão de reset típica: 0,7 V. Dissipação máxima: 500 mW

Corrente típica de alimentação com 5 V: 3 mA. Corrente típica de alimentação com 15 V: 10 mA

Tensão típica de saída no nível alto com 5 V de alimentação (Io = 50 mA): 3,3 V

Tensão típica de saída no nível baixo com 5 V de alimentação (Io = 8 mA): 0,1 V

Referências Bibliográficas

[1] BOYLESTAD, R. L. e NASHELSKY L. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos. 8ª ed. Pearson

Prentice-Hall, 2004.

[2] CIPELLI, Antônio Marco V. et alli. Teoria e Desenvolvimento de Projetos de Circuitos Eletrônicos. 18a

edição. São Paulo: Érica, 2001.

[3] MARQUES, A. E. B. et al. Dispositivos Semicondutores: Diodos e Transistores. São Paulo: Érica, 1996.

[4] MALVINO, A. P. Eletrônica. Vol. I. 4ª. ed. São Paulo: Makron Books, 1997.

Page 155: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

155 CEFET-MG – MECATRÔNICA

LEP 9 LISTA DE EXERCÍCIOS E PROBLEMAS – 7 QUESTÕES

AOPS – CIRCUITOS BÁSICOS E APLICAÇÕES. O CI 555 (TIMER).

PARTE I – Circuito Integrado 555

Questão 1 – Explicar o modo de operação do CI 555, montado conforme o esquema da Figura 1.

Figura 1 – CI 555 operando como gerador de forma de onda quadrada.

Fonte: BOYLESTAD & NASHELSKY, 2004.

Questão 2 – Seja o circuito da Figura 2, a qual mostra uma

aplicação do CI 555 (verificar as conexões).

a) Em que modo este CI está operando?

b) Qual é a frequência do sinal de saída?

Figura 2 – Questão 1.

Page 156: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

156 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Questão 3 – Um circuito como o da Figura 3 pode ser utilizado para efetuar o teste do CI 555. Explique o seu

funcionamento. Fonte: http://www.sabereletronica.com.br/secoes/leitura/1596

Figura 3 – Esquema para a montagem de um circuito de teste para o integrado 555.

Questão 4 – Na Figura 4 é apresentada uma placa em circuito impresso (PCI) e a disposição na mesma dos

componentes do circuito da Figura 3 (teste para o CI 555, questão 3).

a) Encontre os possíveis erros cometidos pelo projetista ao desenhar esta PCI (Figura 4a).

b) Calcule a máxima frequência obtida no acionamento dos diodos LED 1 e 2.

Questão 5 – Para o circuito da Figura 5, responda:

a) Qual é a oscilação (valores de pico a pico) do sinal do capacitor no circuito da Figura 4?

b) Qual é a frequência do sinal de saída?

c) Qual é o ciclo de trabalho de vo(t)?

Page 157: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

157 CEFET-MG – MECATRÔNICA

(a) (b)

Figura 5 – Circuito oscilador com o CI 555. (a) Topologia. (b) Formas de onda.

Questão 6 – Um sistema de automação sequencial com o CI 555 pode ser construído como ilustrado na Figura 6,

onde 3 integrados são ligados em cascata, um alimentando o outro. Os tempos programáveis são independentes. No

exemplo, é acionado um semáforo. Veja a animação em:

http://files.engenharia-eletrica.com/200000187-

6e4366f3e3/126%20AUTOMA%C3%87%C3%83O%20SEQUENCIAL.swf

Explique o modo de operação deste sistema. Qual dos relés aciona o sinal VERMELHO?

Figura 6 – Sistema de Automação Sequencial com o CI 555.

Questão 7 – Qual é a diferença entre os dois circuitos da Figura 7?

Figura 7 – CI 555 como astável.

Fonte: http://www.talkingelectronics.com/projects/50%20-%20555%20Circuits/50%20-%20555%20Circuits.html#E

Page 158: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

158 Eletrônica Analógica – Vol. 2

LEP 10 LISTA DE EXERCÍCIOS E PROBLEMAS – 4 QUESTÕES

AOP: OPERAÇÃO COMO COMPARADOR E COMO SCHMITT TRIGGER.

Questão 1 – Seja o comparador regenerativo (Schmitt

Trigger, ou ainda, disparador Schmitt) da Figura 1, onde o

sinal de entrada é uma senóide de 5 V de pico (1 kHz).

a) Calcular os pontos de desengate superior e inferior.

Obs.: Vsat = 90 % de VCC (teórico)

b) Qual é o valor da tensão de histerese?

c) Se o resistor R1 for alterado para 22 k, qual será a

nova faixa de histerese do circuito?

d) De acordo com o cálculo efetuado em (c), qual será o

valor de pico-a-pico permitido para um eventual sinal

de ruído no sinal de entrada?

Figura 1 – Esquema de um AOP comparador

regenerativo (configuração inversora).

Questão 2 – Ainda para o circuito da Figura 1, pede-se:

a) Identificar no oscilograma da Figura 2 (simulação do circuito da Figura 1 no PSpice

, versão Student 9.1) os

sinais vi, vo e vref.

b) Qual é o valor aproximado da tensão de referência para as curvas apresentadas?

Figura 2 – Curvas de simulação para o circuito da Figura 1. Arquivo: LEP_10_q2.sch

Questão 3 – As formas de onda da Figura 3 mostram a influência de um sinal de ruído na resposta de um AOP

comparador, com a topologia apresentada na Figura 4 (comparador convencional). No instante 2 ms é inserido o

ruído de 1 Vp (senoidal) ao sinal de entrada, também senoidal, de 5 Vp.

Time

0s 0.5ms 1.0ms 1.5ms 2.0ms 2.5ms 3.0ms 3.5ms 4.0ms 4.5ms 5.0ms

V(U11A:OUT)

-20V

0V

20V

V(R:1) V(R2:2)

-5.0V

0V

5.0V

SEL>>

Page 159: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

159 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 3 – Resultados de simulação no PSpice para o circuito da Figura 4. Arquivo: LEP_10_q3.sch

Figura 4 – AOP convencional. Influência de um sinal de ruído na resposta de saída.

a) Identifique na Figura 3 as comutações indevidas.

b) Na Figura 5 é apresentado o uso de um comparador regenerativo.

Figura 5 – Disparador Schmitt. Influência de um sinal de ruído na resposta de saída.

Na Figura 6 são apresentadas as formas de onda (verifique na simulação). O ruído é um sinal senoidal de 10

volts de pico (10 kHz), aplicado no intervalo de 2 a 2,3 ms.

c) Projetar uma janela de histerese para que o ruído apresentado no item (b) não interfira no sinal de saída do AOP

comparador (circuito da Figura 5).

d) FAÇA UMA SIMULAÇÃO para verificar a solução.

Time

0s 0.5ms 1.0ms 1.5ms 2.0ms 2.5ms 3.0ms 3.5ms 4.0ms 4.5ms 5.0ms

V(Ro:2)

-20V

0V

20V

SEL>>

V(R3:1) V(U11A:+)

-10V

0V

10V

Vref

Page 160: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

160 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 6 – Resultados de simulação no PSpice para o circuito da Figura 5. Arquivo: LEP_10_q3b.sch

Questão 4 – O circuito da Figura 7 mostra um AOP

regenerativo, onde R1 e R2 formam a tensão de referência.

A Figura abaixo mostra um esboço para a janela de histerese

deste circuito.

Figura 7.

a) Calcular os pontos de desengate superior e inferior. Obs.: Vsat = 90 % de VCC (teórico).

b) Efetuar a simulação deste comparador. Arquivo: LEP_10_q4.sch.

c) Plotar a janela de histerese, vo x vi deste circuito. Ver as Figuras 8, 9 e 10.

Observação: no ambiente Probe, selecionar: PLOT > AXIS SETTINGS > AXIS VARIABLE > V(Vin:+)

Figura 8 Figura 9.

Time

0s 0.5ms 1.0ms 1.5ms 2.0ms 2.5ms 3.0ms 3.5ms 4.0ms 4.5ms 5.0ms

V(Ro:2)

-20V

0V

20V

SEL>>

V(R3:1) V(R2:2)

-10V

0V

10V

Page 161: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

161 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 10 – Selecionando a tensão de entrada,V(Vin:+).

A Figura 11 mostra o aspecto do sinal obtido, para a curva vo x vi (janela de histerese).

d) Altere a largura da janela de histerese, fazendo, para o circuito da Figura 7, R1 = 22 k. Simule

novamente no PSpice e verifique o que ocorre com a tensão vH.

A janela de histerese ____________________ (aumentou / diminuiu).

Figura 11.

V(Vin:+)

-4.0V -3.5V -3.0V -2.5V -2.0V -1.5V -1.0V -0.5V 0V 0.5V 1.0V 1.5V 2.0V 2.5V 3.0V 3.5V 4.0V

V(**Vout**)

-15V

-10V

-5V

0V

5V

10V

15V

Page 162: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

162 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Apêndice I – Guias de Aulas Práticas

Apêndice I - Guias de Aulas Práticas

Page 163: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

163 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Aula Prática 8 – Transistor de Junção Bipolar: polarização fixa e operação como chave Aula

8

TRANSISTOR DE JUNÇÃO BIPOLAR (TJB):

POLARIZAÇÃO FIXA E OPERAÇÃO COMO CHAVE

Grupo de trabalho (nome completo) Matrícula

1.

2.

3.

4.

5.

Turma: Modalidade: Data:

___/___/20___

Nota:

8.1 – Objetivos

- Teste do TJB com o multímetro, a fim de se identificar: 1) o tipo de transistor (npn ou pnp); 2) os seus

terminais: base (B), emissor (E) e coletor (C).

- Verificação da operação de um transistor de junção bipolar (TJB) operando como chave

(corte/saturação).

- Construção da reta de carga do TJB operando como chave (emissor comum): curva IC x VCE.

8.2 – Material Utilizado

Módulo universal 2000 – Fabricante: Datapool Placa de experiências CEB-02

Multímetro (digital) – com função de teste de diodos Transistores BC 547 e BC 558

8.3 – Procedimentos

8.3.1 – Teste e Identificação dos Transistores

De posse dos componentes BC 547 e BC 548, efetuar o teste dos mesmos pelo multímetro digital

(pode ser utilizado também um multímetro analógico, mas os procedimentos são um pouco diferentes).

No multímetro, colocar o cursor na escala de testes de semicondutores (aquela que possui um

diodo desenhado), como mostra a Fig. ___.

Colocar o TJB fixado no protoboard (um terminal em cada fileira vertical - veja a Figura 8.1).

Figura 8.1 – Exemplo de como fixar o TJB em um protoboard.

Page 164: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

164 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Os transistores podem ser testados utilizando-se o mesmo procedimento para os diodos, medindo-

se as junções base-coletor (VBC) e base-emissor (VBE).

O primeiro passo é encontrar a base (B) do TJB. A partir daí se identifica os dois diodos do

componente. Se, com a ponta vermelha (+) em um terminal e a ponta preta (-) em um dos outros dois, se

mediu um valor próximo de + 0,7 V, já se encontrou um diodo do TJB (Figura 8.2, modelo de um TJB

NPN com dois diodos – duas junções PN) .

Mudando a ponta (-) do multímetro para o outro terminal, encontra-se o outro diodo, com uma

tensão também próxima de + 0,7 V. Neste caso o TJB será do tipo npn (veja a Figura 8.3). A base então

está no pino onde foi fixada a ponta vermelha (+).

Figura 8.2 – Modelo a dois diodos de um TJB npn.

Figura 8.3 – Símbolos do TJB npn e pnp.

Identificação dos Teminais do TJB

O próximo passo é identificar, continuando o caso do TJB npn, os terminais E e C. Como se sabe

da construção do TJB, o emissor é mais dopado, possuindo mais portadores livres.

Logo, a sua junção com a base terá um potencial de depleção ligeiramente maior que a da junção

base-coletor, BC. Daí encontra-se e se comprova que VBE > VBC.

Transistor sob teste

Multímetro

Ponta de prova

Page 165: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

165 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Identificado o terminal da base, encontra-se o coletor seguindo o roteiro indicado pela Figura 8.4:

- Transistor NPN: com o terminal (+) do multímetro na base, medir as tensões da base para cada

um dos outros terminais. Onde a d.d.p. for maior, encontrou-se a tensão VBE.

Para a situação (1): VBE = 653 mV e VBC = 650 mV.

- O mesmo procedimento vale para o transistor PNP, mas devem-se inverter as pontas de prova no

multímetro: (-) na base e (+) nos outros terminais, como indica a situação (2) da Figura 8.4.

Figura 8.4 – Identificando os terminais do TJB (npn e pnp).

Fonte: www.burgoseletronica.net/instrumento_multimetrodig/transistormitterdigital.jpg.

Para a verificação da situação do componente (em bom estado ou danificado), se as junções

(diodos) apresentarem um potencial em torno de 0,7 V indica bom estado.

Se for marcado um valor baixo, igual ou próximo a 0 V, existe um "curto" ou se não houver

indicação no display, o transistor está "aberto" (indicação 1, ou OL, overload).

A Figura 8.5 mostra os pinos de um TJB no encapsulamento TO - 92.

Figura 8.5 – Vistas de topo e de perfil do TJB com o encapsulamento TO – 92.

Fonte: http://www.datasheetcatalog.org/datasheet/vishay/85113.pdf

(1) (2) (3)

Page 166: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

166 Eletrônica Analógica – Vol. 2

8.3.2 – Valores medidos e identificação dos TJBs

Anotar na Tabela 8.1 as medidas e observações.

Consultar a folha de dados (datasheet) dos transistores utilizados. Podem ser citadas como

referências na Internet:

TJB BC546 e BC547: http://www.datasheetcatalog.org/datasheet/philips/BC546_547_3.pdf

TJB BC556/57/58/59/60: http://www.datasheetcatalog.org/datasheet/fairchild/BC558.pdf

Tabela 8.1 – Transistores utilizados para teste e principais parâmetros.

Transistor

(vista de frente)

Tipo (NPN ou PNP) e

símbolo (desenho)

Valores caracteríticos: ganho (ou hFE, mínimo

e máximo), ICmax, VCEO, VCBO e PC (mW)

8.3.3 – Polarização do TJB pela base e medição do ganho de corrente (DC)

a) Desligar o módulo universal 2000 e instalar a placa CEB-02 no slot E ou F. Colocar as chaves S2, S3 e

S4 do dip switch localizado na placa na posição fechada (ON) e as demais na posição aberta, de modo que

se tenha o seguinte estado: S1S2S3S4S5S6S7S8 = 01110000. O circuito equivalente obtido na placa CEB-02

é ilustrado na Figura 8.6.

Os valores dos parâmetros deste circuito são:

RB = R4 = 560 k; RC = R2 = 1 k;

VBB = 12 V e VCC = 12 V.

O TJB utilizado no módulo (Q1): BC 548.

Os pontos de medida na placa CEB-02 são:

Base (B): PT1

Coletor (C): PT2

Emissor (E): PT3

Terra (GND): PT0.

Figura 8.6.

b) Ligar o módulo e efetuar as medidas (anotar): VBE = ____________ V e VCE = ____________ V.

Page 167: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

167 CEFET-MG – MECATRÔNICA

8.3.4 – Operação do TJB como Chave

Com a placa CEB-02 ainda instalada, mudar a posição das chaves do dip switch de maneira que

somente a chave S4 fique na posição fechada (ON).

Assim obtém-se o circuito equivalente da Figura 8.7, onde, no circuito de saída, está ligado um

LED em série com o resistor de coletor (R2).

Figura 8.7 – Circuito do TJB

operando como chave.

Procedimentos:

a) Fechar e abrir sucessivamente a chave Ch1 (ou S1). O que ocorre

com o diodo LED?

b) Medir o sinal VCE e anotar:

VCE = __________ V (chave fechada, saturação). VCE = __________ V (chave aberta, corte).

Informações Técnicas:

I. CÓDIGOS DOS TRANSISTORES

É o modo de se identificar um transistor. Tal código informa uma série de características do dispositivo, tais

como: a máxima corrente, máxima tensão, ganho, etc. Abaixo se tem alguns dos mais utilizados:

Baixa potência - BC548, BC558, BC337, BC327, BF494, BF422, BF423, 2SC1815, 2SA1015, 2N2222, etc.

Média potência - BD139, BD140, TIP41, TIP42, BUW84, BF459, 2SD401, 2SD1414, 2SB667, 2SB578, etc.

Alta potência - 2N3055, 2SC2365, 2SD1554, 2SD1877, 2SC4769, BU2508, BU208, etc.

Sistema europeu – começa com letras. Se a 1ª letra for A, a peça é de germânio e se for B, é de silício. A 2ª letra

indica o tipo e a função da peça da seguinte forma: A = diodo, B = diodo varicap, C = transistor de baixa frequência

e baixa potência, D = transistor de baixa frequência e média potência, E = diodo túnel, F = transistor de alta

frequência e baixa potência, L = transistor de alta frequência e alta potência, M = elemento hall (magnético), N =

fotoacoplador, P = elemento sensível a radiação, S = transistor de alta potencia para comutação, U = transistor de

alta potência para chaveamento, Y = diodo retificador, Z = diodo zener.

Exemplos: AC188 – Transistor de germânio (antigo) para baixa frequência e baixa potência

BD139 – Transistor de silício (moderno) para baixa frequência e média potência

Sistema americano – Pode começar com 1N se for diodo ou 2N se for transistor.

Exemplos - 1N4148: é diodo; 2N3055: é transistor.

Sistema Texas – TIP – Transistor de média ou alta potência; TIS – Transistor de baixa potência; TIC – Tiristor

(SCR ou TRIAC). Exemplo: TIP31 é um transistor de média potência.

Fonte: http://www.burgoseletronica.net/transistores_codigos.html

Page 168: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

168 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Relatório – AULA 8

Transistor de Junção Bipolar (TJB): polarização

fixa e operação como chave (corte e saturação)

a) Efetuar os cálculos de IB, IC e DC para o circuito da Figura 8.6 (polarização do TJB pela base).

Os valores dos parâmetros:

RB = R4 = 560 k;

RC = R2 = 1 k;

VBB = 12 V

VCC = 12 V.

b) Traçar a Reta de Carga do circuito da Figura 8.8 na curva característica do TJB (Figura 8.7). Indicar

todos os parâmetros e o ponto quiescente (Q) de operação do TJB.

Cálculos:

Figura 8.8 - Curva IC x VCE - TJB como chave (corte e saturação).

Page 169: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

169 CEFET-MG – MECATRÔNICA

c) Qual é a máxima corrente que circula pelo diodo LED no circuito da Figura 8.7?

d) Redesenhar o circuito da Figura 8.7 inserindo uma fonte com um sinal de onda quadrada, variando de 0

a 5 V, em uma frequência de 1 Hz, para alimentar a base do TJB. Explicar a operação do circuito.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Page 170: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

170 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Transistores: tipos de encapsulamentos

Page 171: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

171 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Aula Prática 9 – O TJB como chave acionando um Relé Eletrônico. Uso do Optoacoplador 4N25.

Aula

9 O TJB COMO CHAVE ACIONANDO UM RELÉ

ELETRÔNICO. USO DO OPTOACOPLADOR 4N25.

Grupo de trabalho (nome completo) Matrícula

1.

2.

3.

4.

5.

Turma: Modalidade: Data:

___/___/20___

Nota:

9.1 - Objetivos

- Comprovar o funcionamento do transistor bipolar como elemento chaveador acionando um relé;

- comprovar o funcionamento do circuito integrado 4N25 (optoacoplador) acionado por um sinal de onda

quadrada.

9.2 – Material Utilizado

01 resistor de 47

01 resistor de 100

01 resistor de 470

01 resistor de 1 k

01 diodo 1N4148

01 transistor BC 547 ou equivalente

01 diodo LED (vermelho)

01 acoplador óptico 4N25

01 relé 12 VCC

01 multímetro digital

01 fonte de tensão C.C. ajustável

01 gerador de funções

01 osciloscópio

02 tomadas adaptadoras (3 para 2 pinos)

Pontas de prova para os instrumentos de medição

9.3 – Introdução

9.3.1 – Relés Eletromecânicos – Aspectos Básicos

Os relés são dispositivos comutadores eletromecânicos. A estrutura simplificada de um relé é

mostrada na Figura 9.1 (BRAGA, 2005).

Nas proximidades de um eletroímã é instalada uma armadura móvel que tem por finalidade abrir

ou fechar um jogo de contatos. Quando a bobina é percorrida por uma corrente elétrica é criado um

campo magnético que atua sobre a armadura, atraindo-a. Nesta atração ocorre um movimento que ativa os

contatos, os quais podem ser abertos, fechados ou comutados. A aplicação mais imediata de um relé com

contato simples é no controle de um circuito externo ligando ou desligando-o, conforme mostra a Figura

9.2. Observe o símbolo usado para representar este componente.

Quando a chave S1 for ligada, a corrente do gerador E1 pode circular pela bobina do relé,

energizando-o. Com isso, os contatos do relé fecham, permitindo que a corrente do gerador E2 circule

pela carga, ou seja, o circuito controlado que pode ser uma lâmpada. Para desligar a carga basta

interromper a corrente que circula pela bobina do relé, abrindo para isso S1.

+ VCC

R

Saída

Entrada

Page 172: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

172 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 9.2 - Relé controlando um circuito

de potência (BRAGA, 2005).

Uma das características do relé é que ele

pode ser energizado com correntes muito

pequenas em relação à corrente que o circuito

controlado exige para funcionar. Figura 9.1 - Aspecto de um relé eletromecânico:

chaves e terminais (BRAGA, 2005).

Isso significa a possibilidade de controlarmos circuitos de altas correntes como motores,

lâmpadas e máquinas industriais, diretamente a partir de dispositivos eletrônicos com sinais baixos de

corrente, como por exemplo transistores, circuitos integrados, fotoresistores etc.

9.3.2 – Acopladores Ópticos

A respeito dos dispositivos optoacopladores ou acopladores ópticos, são componentes que

possibilitam a transferência de um sinal de controle ou mesmo de um sinal que carrega uma informação,

de um circuito para outro, sem a necessidade de acoplamento elétrico (BRAGA, 2005). O sinal é

transferido por um feixe de luz produzido por um emissor LED e recebido por um sensor, que pode ir

desde um foto-diodo até um foto-diac.

A entrada de sinal é feita por um LED, o qual deve ser convenientemente excitado para produzir

radiação em um nível que possa excitar o sensor. Assim, deve-se levar em conta a tensão mínima que

deve ser aplicada ao LED para sua condução, bem como a corrente mínima a fim de se obter a excitação

do sensor.

Em todo caso, deve haver um resistor limitador de corrente no circuito de entrada, e seu valor

pode ser calculado levando-se em conta a corrente máxima no LED.

Com relação à saída, as principais características que devem ser observadas no foto-transistor são

a corrente de coletor e a máxima tensão entre emissor e coletor.

Além dessas características estáticas do transistor, é importante considerar suas características

dinâmicas, uma vez que muitas aplicações de interfaceamento e controle a transferência de sinais ocorre a

taxas muito elevadas.

Assim, em qualquer projeto que envolva acopladores ópticos e que opere em alta velocidade, os

tempos de resposta do sensor e do próprio emissor devem ser levados em conta. Em geral, o foto-emissor

(LED) pode operar numa faixa que se estende até vários MHz, mas a resposta do transistor depende de

sua polarização. Quando se deseja aumentar a velocidade de resposta, pode-se simplesmente aumentar o

nível de corrente nesse componente. No entanto, tipicamente o foto-transistor não tem bom desempenho

trabalhando com freqüências acima de 600 Hz.

9.4 – Parte Prática

9.4.1 - O transistor bipolar acionando um relé eletromecânico de 12 V.

Na Figura 9.3 é ilustrado o esquema da montagem 1, onde um relé de 12 V é acionado por um

transistor bipolar operando como chave.

Page 173: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

173 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Observação: usar como V2 a fonte fixa de 5 V da fonte de tensão (bornes à direita).

Figura 9.3 - O transistor bipolar acionando uma carga através de um relé eletromecânico.

Tabela 9.1 - Medições a serem efetuadas para o circuito da Figura 9.3.

Situação 1 - Chave S1 fechada

VCE (V) IC (mA) VRL (V) IRL (mA)

Situação 2 - Chave S1 aberta

VCE (V) IC (mA) VRL (V) IRL (mA)

9.4.2 - Uso do acoplador óptico 4N25

A segunda montagem é apresentada pela Figura 9.4 – circuito para operação com pulsos. Notar a

identificação dos pinos do circuito integrado 4N25.

Sinais envolvidos:

Ponto A: sinal de entrada vi , onda quadrada de 0 a 10 Vp, obtida através do gerador de funções,

em 5 Hz (usar uma base de tempo de 50 ms no osciloscópio, para uma melhor visualização). Observação:

fazer o ajuste da tensão de 10 Vpp através do ajuste de off-set.

Ponto B: sinal de saída vo (t), a ser medido no pino 4 do circuito integrado do acoplador óptico

utilizado (4N25).

Figura 9.4 - Aplicação do acoplador óptico 4N25 com um sinal de onda quadrada na entrada (ponto A).

Medir, para o circuito da Figura 9.4, os sinais nos pontos A e B e plotar o seu aspecto na Figura 9.5.

Page 174: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

174 Eletrônica Analógica – Vol. 2

NOTA: aterrando o resistor de 470 ohms, o sinal de vB melhora (verifique).

Figura 9.5 – Formas de onda de entrada e de saída para o acoplador óptico 4N25 – circuito da Figura 9.4.

Page 175: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

175 CEFET-MG – MECATRÔNICA

INFORMAÇÕES ÚTEIS

Acionando um motor DC 5V com relé e transistor: Figura 9.10.

Figura 9.10. Fonte: http://labdegaragem.com/forum/topics/acionando-um-motor-dc-5v-com-rel-e-transistor

Figura 9.11. Esquema de um TJB acionando um relé eletrônico.

Fonte: http://labdegaragem.com/forum/topics/acionamento-de-rele-e-etc

Figura 9.12. Aspecto de um relé eletrônico. Fonte: http://www.mcuexamples.com/PIC-Relay.php

Page 176: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

176 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Aula Prática 10 – O TJB como chave no acionamento de cargas através de relés eletrônicos

Aula

10 O TJB como chave no acionamento

de cargas através de relés eletrônicos

Grupo de trabalho (nome completo) Matrícula

1.

2.

3.

4.

5.

Turma: Modalidade: Data:

___/___/20___

Nota:

10.1 – Objetivos

10.1 - Verificação da operação de um transistor de junção bipolar (TJB) operando como chave

(corte/saturação), sendo acionado por um sinal digital de 5 V.

10.2 - Montagem de circuitos eletrônicos (com o TJB como chave) similares aos diagramas de comandos

elétricos e comprovação do seu funcionamento.

10.2 – Procedimentos

Parte 1 – Comando de uma lâmpada incandescente de 127 V/ 60 W

Seja o diagrama de comando da Figura 10.1, utilizado na partida direta de cargas monofásicas ou

trifásicas. A lâmpada L1 é incandescente (127 V/ 60 W) e Q1 é uma chave disjuntora-seccionadora.

Figura 10.1.

Page 177: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

177 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Um circuito eletrônico pode ser implementado para desempenhar a mesma função do contator K1,

bastando, para isso, empregar um relé eletrônico (de 6 ou 12 V) acionado por um transistor operando

como chave.

Daí, um simples circuito digital representando a lógica de comando da Figura 10.1 é apresentado

na Figura 10.2, cuja função lógica é dada pela Equação (10.1).

___

1 o 1K = B .B (10.1)

Assim, a saída K1 só terá nível alto se Bo tiver nível 0 (não estiver acionada) e B1 tiver nível 1

(estiver acionada).

Figura 10.2 – Circuito digital para o acionamento de uma lâmpada.

Procedimentos:

a) Consultando os diagramas internos dos CIs 7404 (inversor lógico, Figura 10.3) e 7408 (porta AND,

Figura 10.4), montar o diagrama da Figura 10.2. Efetuar o teste através do diodo LED e, em seguida,

conectar o sinal de saída ao circuito do relé eletrônico, disponível no módulo.

Figura 10.3 – Pinagem do CI 7404. Figura 10.4 – Pinagem do CI 7408.

c) Conectar a lâmpada L1 aos terminais NA1 (normalmente aberto) do relé e ao neutro (N) da fonte CA.

O outro terminal do relé - C1 (comum) - deve ser ligado ao disjuntor Q1 e este à fase (F) da fonte CA,

fechando o circuito de carga. Efetuar o teste, atuando nas chaves Bo e B1 do circuito eletrônico.

Page 178: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

178 Eletrônica Analógica – Vol. 2

d) Descrever o funcionamento do sistema completo.

Parte 2 – Comando condicionado de duas cargas:

L1, lâmpada incandescente de 127 V/ 60 W e M1, motor elétrico universal, alimentado em 127 V.

A Figura 10.5 mostra o acionamento condicionado de duas cargas. Nesta situação, o contator K2

só é acionado se o contator K1 for acionado antes.

Figura 10.5 – Comando condicionado de duas cargas, acionadas pelos contatores K1 e K2.

Assim, pode-se montar um circuito eletrônico-lógico equivalente, onde as entradas serão o sinal

K1 e o sinal B2 (representando a botoeira B2 do diagrama de acionamento).

O circuito resultante fornece uma função lógica AND, dada por:

K2 = K1.B2 (10.2)

Tal função é facilmente implantada pelo circuito mostrado na Figura 10.6. O sinal de K1 é

obtido da saída da porta AND do circuito da Figura 10.2.

Page 179: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

179 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 10.6 – Circuito eletrônico equivalente ao comando condicionado da Figura 10.4.

A sua saída deverá ser conectada a um segundo relé eletrônico (para o acionamento do motor

universal M1).

O circuito com os sinais para os relés de acionamento das cargas L1 e M1 é mostrado na Figura

10.7, com as conexões dos relés 1 e 2 identificadas.

Verificar as ligações dos terminais dos relés!

Figura 10.7 – Circuito eletrônico equivalente – etapa de sinais de saída para os relés de L1 e de M1.

Roteiro:

a) Montar o circuito eletrônico equivalente ao diagrama de comando da Figura 10.5 e efetuar o teste

através dos diodos LEDs disponíveis no módulo. Em seguida, conectar o sinal de saída K2 ao circuito do

relé eletrônico, como mostra o diagrama da Figura 10.6. Explicar o funcionamento.

Page 180: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

180 Eletrônica Analógica – Vol. 2

b) Conectar a carga M1 e efetuar o teste do circuito. Comentar a sequência de operação.

c) Conectar o sinal do gerador de freqüência do módulo, com f = 0,1 Hz, no lugar de B2. O que ocorre

com a operação das cargas L1 e M1?

10.3 – Projeto – Projetar um comando lógico onde seja utilizado um circuito multiplex (MUX) 2x1, onde

a variável SEL (seleção) controla o funcionamento das cargas L1 e M1 (veja a Figura 10.7). Desenhar o

diagrama eletrônico e incluir os relés necessários para o acionamento independente das cargas.

Page 181: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

181 CEFET-MG – MECATRÔNICA

TECHNICAL READING

BASIC NPN TRANSISTOR SWITCHING CIRCUIT

The circuit resembles that of the Common Emitter circuit we looked at in the previous tutorials. The

difference this time is that to operate the transistor as a switch the transistor needs to be turned either fully

"OFF" (cut-off) or fully "ON" (saturated). An ideal transistor switch would have infinite circuit resistance

between the Collector and Emitter when turned "fully-OFF" resulting in zero current flowing through it

and zero resistance between the Collector and Emitter when turned "fully-ON", resulting in maximum

current flow.

In practice when the transistor is turned "OFF", small leakage currents flow through the transistor and

when fully "ON" the device has a low resistance value causing a small saturation voltage ( VCE ) across it.

Even though the transistor is not a perfect switch, in both the cut-off and saturation regions the power

dissipated by the transistor is at its minimum.

In order for the Base current to flow, the Base input terminal must be made more positive than the Emitter

by increasing it above the 0.7 volts needed for a silicon device. By varying this Base-Emitter voltage VBE,

the Base current is also altered and which in turn controls the amount of Collector current flowing

through the transistor as previously discussed. When maximum Collector current flows the transistor is

said to be Saturated. The value of the Base resistor determines how much input voltage is required and

corresponding Base current to switch the transistor fully "ON".

Figure 10.8 - Source: http://www.electronics-tutorials.ws/transistor/tran_4.html

Page 182: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

182 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Aula Prática 11 – Regulador de Tensão com Transistor (tipo Série) Aula

11 REGULADOR DE TENSÃO COM TRANSISTOR (TIPO SÉRIE)

Grupo de trabalho (nome completo) Matrícula

1.

2.

3.

4.

5.

Turma: Modalidade: Data:

___/___/20___

Nota:

11.1 – Objetivos

1) Conhecer e comprovar o funcionamento de uma fonte de alimentação em C.C. (corrente contínua) com

o transistor bipolar atuando como elemento regulador série; 2) verificar a dissipação de potência do

transistor neste tipo de operação, através da expressão PC max = VCE . IC e 3) verificar o princípio de

regulação de carga no circuito, através da variação do valor de RL e da medição de vi (tensão de entrada

não regulada), VL (tensão média na carga) e das principais correntes.

11.2 – Material Utilizado

RESISTORES: 560 (1 un.), 1k (1 un.), 3,3 k (1 un.), 10 k (2 un.), 33 k (1 un.), e 100 k (1 un.).

TRANSISTOR: 1 transistor TIP 31 A.

CAPACITOR: 1 capacitor eletrolítico de 47 F.

DIODOS: 1 diodo 1N 4001, 1 diodo zener 1N751 (5,1 V, 500 mW) e 1 diodo zener 1N758 (9 V, 500 mW).

TRANSFORMADOR: 1 transformador de 127V/9 + 9 V - 300 mA ou equivalente (com tensão próxima).

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO: 1 multímetro digital e 1 osciloscópio.

ACESSÓRIOS: pontas de prova para os instrumentos de medição.

11.3 – Introdução

O circuito da Figura 11.1 mostra um circuito regulador de tensão tipo série, onde o transistor Q1

atua como elemento regulador. A tensão de entrada CA é obtida no secundário de um transformador T1

127 V / 9 V + 9 V.

Figura 11.1 - Esquema do circuito regulador de tensão tipo série.

Na ocorrência de uma variação na tensão de entrada não-regulada vi ou na corrente de saída IL

(desde que dentro de valores limites), consegue-se uma tensão de saída praticamente constante.

Page 183: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

183 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Pela análise da malha de saída do circuito, verifica-se que a tensão de saída Vo (ou VL) é:

BEZo VVV (11.1)

Outras equações importantes são:

CE i oV V V (11.2) RSI i Z

S

V V

R

(11.3)

Como as tensões VZ e VBE são parâmetros do circuito praticamente constantes, conclui-se que a

tensão de saída Vo varia muito pouco. A Figura 11.2 mostra o esquema do circuito regulador da Figura

11.1 com o acréscimo de uma chave para efetuar o transitório de carga, em uma simulação através do

software PSpice

.

Figura 11.2 - Esquema do circuito regulador de tensão tipo série no software PSpice

.

Nesta simulação, a carga fica alterada, de 10 k para 5 k (foi escolhido o instante de 20 ms para

o fechamento da chave (U1, no esquema).

Se Vo (diminui), pela equação VZ = Vo + VBE, então VBE aumenta, e o TJB conduz mais (ocorre

aumento na corrente de base e nas correntes de coletor e de emissor). Daí Vo volta a crescer (). Isto pode

ser observado na Figura 11.3, que apresenta a corrente de emissor de Q1 (corrente na carga RL) e a tensão

de saída vo (t), que mantém o valor de 4 V (diferença entre a tensão de 4,7 V do diodo zener e a de 0,7 V

do diodo do TJB TIP 31, tensão VBE).

Figura 11.3 – Resultado de simulação do circuito da Figura 11.2 (software PSpice).

Time

0s 5ms 10ms 15ms 20ms 25ms 30ms 35ms 40ms 45ms 50ms 55ms 60ms

V(D2:2)

0V

2.5V

5.0V

-IE(Q1)

0A

0.5mA

1.0mA

SEL>>

Page 184: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

184 Eletrônica Analógica – Vol. 2

11.4 – Parte Prática

11.4.1 – Montar o circuito da Figura 11.1 e medir os parâmetros indicados na Tabela 11.1, utilizando o

diodo zener 1N 750 (4,7 V).

Figura 11.1 - Esquema do circuito regulador de tensão tipo série.

Tabela 11.1 – Parâmetros do circuito da Figura 11.1 com o diodo zener 1N758.

RL () IC (mA) IE (mA) IB (A) IR2 (mA) IZ (mA) VBE (V) VZ (V) VCE (V) Vo (V)

10 k

4,7 k

11.4.2 – Cálculo da potência dissipada no transistor, para RL = 4,7 k :

PC max = VCE . IC = _______________ = _________ mW.

11.4.3 – Gráfico Vo x RL – Regulação da Tensão de Carga e Resposta à Variação de Carga

a) Ainda com o diodo zener 1N750 (4,7 V), para uma variação em RL segundo os valores mostrados na

Tabela 11.2, medir a tensão de saída Vo para cada caso.

Tabela 11.2 - Parâmetros do circuito da Figura 11.1 com o diodo zener 1N751.

RL () 1 k 3k3 5 k 10 k 33 k

Vo (V)

O que ocorreu com os valores medidos de Vo?

Escreva uma equação que descreva este comportamento do regulador de tensão.

Page 185: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

185 CEFET-MG – MECATRÔNICA

b) Construir o gráfico Vo x RL utilizando o software Excel ou similar. Colar o mesmo na área indicada a

seguir. Fazer uma análise deste gráfico.

Gráfico Vo x RL

Regulador de Tensão

com TJB tipo Série

TECHNICAL READING: POWER SUPPLIES - FIXED

A simple power supply can be made with a component called a "3-pin regulator or 3-terminal

regulator" It will provide a very low ripple output (about 4mV to 10mV provided electrolytics are on the

input and output.

The diagram above shows how to connect a regulator to create a power supply. The 7805

regulators can handle 100mA, 500mA and 1 amp, and produce an output of 5v, as shown.

These regulators are called linear regulators and drop about 4v across them - minimum. If the

current flow is 1 amp, 4watts of heat must be dissipated via a large heatsink. If the output is 5v and input

12v, 7volts will be dropped across the regulator and 7watts must be dissipated.

Figure 11.2 – Source: http://www.talkingelectronics.com/projects/200TrCcts/101-200TrCcts.html

Page 186: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

186 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Aula Prática 12 – Regulador de Tensão 7812. Relé Temporizado acionado por TJB

Aula

12

REGULADOR DE TENSÃO 7812 (TENSÃO POSITIVA).

RELÉ TEMPORIZADO ACIONADO POR TRANSISTOR.

Grupo de trabalho (nome completo) Matrícula

1.

2.

3.

4.

5.

Turma: Modalidade: Data:

___/___/20___

Nota:

12.1 – Objetivos

Conhecer e comprovar o funcionamento de uma fonte de alimentação em C.C. (corrente

contínua) regulada, através do Regulador de Tensão 7812, da série 78XX;

implementar um circuito com relé temporizado, acionado por transistor bipolar e alimentado por

uma tensão de 12 V obtida pelo regulador de tensão 7812.

12.2 – Material Utilizado

RESISTORES 10 ohms (1 un.)

100 ohms (1 un.)

330 ohms (2 unidades)

10 k (1 un.)

POTENCIÔMETRO 4,7 k (1 un.)

CAPACITORES ELETROLÍTICOS 220 F (1 un.)

0,47 F (1 un.)

2200 F (1 un.).

DIODOS 1N 400X (1 un.) – diodo retificador

1N 4148 (1 un.) – diodo de sinal

LED vermelho (1 un.)

LED verde (1 un.)

TRANSISTOR BIPOLAR TIP 31 A (1 un.)

REGULADOR DE TENSÃO CI 7812 - encapsulamento TO-220 (1 un.)

TRANSFORMADOR Transformador de 127 V / 9 +9 V, 300 mA

RELÉ ELETROMECÂNICO Do tipo Schrack RP 420012, de 12 VCC (8A, 250 VCA), 1 un.

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO Multímetro digital (1 un.)

Osciloscópio (1 un.)

FONTE DE TENSÃO DE C.C. 01 fonte com um terminal fixo de 5 V e 1 terminal ajustável.

ACESSÓRIOS pontas de prova para os instrumentos de medição e para a fonte C.C.

12.3 – Introdução

Os circuitos integrados (CI) da série 78XX são reguladores projetados para tensões fixas e

positivas. Entretanto, através do acréscimo de alguns componentes externos, pode-se alterar a

configuração do circuito com este CI e se obter uma tensão de saída ajustável ou com um valor maior.

Page 187: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

187 CEFET-MG – MECATRÔNICA

12.4 – Parte Prática

12.4.1 - Montar o circuito da Figura 12.1. A pinagem do CI 7812 é indicada na sequência.

Figura 12.1.

PINAGEM - Encapsulamento TO - 220

1: Vi (tensão de entrada, não regulada)

2: terra (gnd)

3: Vo , tensão de saída, regulada.

Medir a tensão disponível no pino 3. Anotar: Vo = _________ V.

12.4.2 - Relé de Tempo Ajustável

a) Montar o circuito da Figura 12.2.

Figura 12.2 - Relé de tempo ajustável (esquema).

b) Fechar momentaneamente a chave S1 , aplicando um pulso da tensão de 12 VCC no capacitor. O que

ocorre?

Page 188: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

188 Eletrônica Analógica – Vol. 2

c) Monitorar a tensão VCE pelo canal 1 do osciloscópio e a tensão no capacitor, VC1 , pelo multímetro.

O que ocorre com VCE e com VC1 ?

d) Medir o tempo de atuação do relé (tempo de comutação do led vermelho para o led verde), com RB

mínimo = 10 k e com RB máximo = 14,7 k (com o ajuste do potenciômetro de 4k7 em seu valor

nominal). Anotar os valores aproximados do tempo:

Para RB mínimo = 10 k, o tempo de atuação do relé foi de: ________ s.

Para RB máximo = 14,7 k, o tempo de atuação do relé foi de: _______ s.

12.5 – Questões

a) Pelo esquema do circuito e do relé, qual das duas cargas tem o seu funcionamento temporizado?

b) Refazer o esquema deste circuito, usando apenas uma fonte de 5 V acionando as duas cargas.

c) A respeito dos contatos do relé, que medidas podem ser tomadas para a sua proteção e,

consequentemente, aumentar a sua vida útil?

Sugestão: verificar a homepage http://www.metaltex.com.br/tudosobrereles/tudo7.asp

CIRCUITOS PRÁTICOS – DRIVERS

Denomina-se drivers os circuitos que acionam relés a partir de correntes ou tensões muito

pequenas, não sendo possível fazer isto diretamente. Tais circuitos são empregados para:

1) maximizar a sensibilidade do relé, o que possibilita acionar relés de corrente contínua a partir de

sinais alternados;

2) modificar o tempo de resposta;

3) fazer com que os relés operem em determinadas faixas de tensões.

Fonte: http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/como-funciona/597-como-funcionam-os-reles?showall=&limitstart=

Desenhar 2 exemplos destes circuitos e explicar em poucas palavras o seu funcionamento.

Page 189: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

189 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Aula Prática 13 – Amplificador Operacional (AOP): Inversor e Não Inversor

Aula

13 AMPLIFICADOR OPERACIONAL (AOP):

INVERSOR E NÃO INVERSOR

Grupo de trabalho (nome completo) Matrícula

1.

2.

3.

4.

5.

Turma: Modalidade: Data:

___/___/20___

Nota:

13.1 – AOP – Aplicações como Inversor e não Inversor

13.1.1 – Configuração como Inversor de Tensão

O Amplificador Inversor – ver topologia ilustrada na Figura 13.1 -, como o próprio nome já diz,

fornece um sinal de saída defasado de 180o em relação ao sinal de entrada.

O sinal de entrada é aplicado à entrada inversora do AOP (pino 2, para o CI 741).

Figura 13.1 – AOP na configuração como inversor de tensão.

O fator de amplificação ou ganho de tensão é dado pela Equação (13.1). O sinal negativo

nesta equação explica a inversão de sinais que ocorre.

1

fovf

i

RvA

v R

(13.1)

O fator Avf da Equação (13.1) é denominado de ganho de malha fechada, onde o projetista como

critérios de ajuste os valores dos resistores Rf (de realimentação) e de R1 (de entrada).

Page 190: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

190 Eletrônica Analógica – Vol. 2

a) Para os resistores indicados no circuito inversor básico como o da Figura 1, qual será a tensão de saída

se a entrada é uma senóide de 300 mVp com freqüência de 1 kHz?

b) Qual é a função dos pinos 1 e 5 ao AOP uA 741?

c) Montar o circuito da Figura 13.1 em protoboard. Utilizar como sinal de entrada uma tensão senoidal de

1 Vpp, 1 kHz. A alimentação CC (pinos 7 e 4 do CI 741) é obtida no módulo, com + 12 V e – 12 V).

d) Conexão da fonte vi (t), senoidal, com freqüência variável – ligar através de um fio apropriado para o

protoboard o pino D2 do conector D da seção de comunicação analógica e DSP (saída do gerador de

funções), como indica graficamente a Figura 13.2.

Pino D2: sinal de vi(t)

Figura 13.2 – Obtendo a tensão senoidal do gerador de funções.

e) Medir com o osciloscópio os sinais de entrada (canal 1) e de saída (canal 2) e plotar um esboço dos

mesmos no oscilograma apresentado na Figura 13.3.

Figura 13.3 – Formas de onda dos sinais de entrada (a) e de saída (b) – circuito com AOP inversor de tensão.

13.1.2 – Configuração como Não Inversor de Tensão

O AOP configurado como não-inversor tem a topologia básica mostrada na Figura 13.4. É fácil

encontrar o ganho de tensão deste amplificador de tensão, dado pela Equação (13.2).

Page 191: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

191 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 13.4 – AOP na configuração como não-inversor.

1

1fo

vf

i

RvA

v R

(13.2)

a) Montar o circuito da Figura 13.4 em protoboard. Utilizar como sinal de entrada uma senóide de 500

mV de pico, 1 kHz.

b) Medir com o osciloscópio os sinais de entrada (canal 1) e de saída (canal 2) e plotar um esboço dos

mesmos nos oscilogramas apresentados na Figura 13.5.

CH1 Frequência

CH1 Pico a pico

CH1 Pico a pico

CH1 Máx.

CH1 Máx.

CH2 2,00 V/div

Figura 13.5 – Formas de onda dos sinais de entrada (CH1) e de saída (CH2) – circuito com AOP não-inversor.

13.1.3 – O AMPLIFICADOR OPERACIONAL 741 - Consulta ao DATASHEET (Folha de Dados)

Explique cada parâmetro abaixo e consulte na Folha de Dados do 741 os valores de:

- ri (impedância de entrada) = _____________ (ri ideal = _____ )

- ro (impedância de saída) = ______________ ( ro ideal = _____ )

- AVO (Tensão Offset de entrada) = ___________

- CMRR

- tr (Rise Time, Tempo de subida)

- SR (Slew-Rate, Tempo de subida)

Page 192: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

192 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Aula Prática 14 – Amplificador Operacional (AOP) como Somador e Subtrator

Aula

14 AMPLIFICADOR OPERACIONAL (AOP)

COMO SOMADOR E SUBTRATOR

Grupo de trabalho (nome completo) Matrícula

1.

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3.

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5.

Turma: Modalidade: Data:

___/___/20___

Nota:

14.1 – AOP como Somador de Tensão

O AMPLIFICADOR SOMADOR é uma variação do Amplificador Inversor, quando este recebe

mais de uma entrada simultaneamente. Na Figura 14.1 tem-se um circuito somador de três entradas, onde

o resistor de 1k é a carga (configuração como inversor de tensão).

Figura 14.1 – AOP Somador de 3 entradas.

O circuito somador apresenta uma tensão de saída v0 (no resistor RL) que é função das tensões de

entrada. Para a configuração da Figura 14.1, a tensão de saída é calculada através da Equação (14.1):

31 2

1 2 3

o f

vv vv R

R R R

(14.1)

Para um caso onde todos os resistores, exceto o da carga, são iguais:

R1 = R2 = R3 = Rf = 10 k

a tensão de saída vo será encontrada pela Equação (14.2).

v v v vo ( )1 2 3 (14.2)

Page 193: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

193 CEFET-MG – MECATRÔNICA

14.2 – AOP como Subtrator de Tensão

A topologia clássica de um AOP

configurado como subtrator de sinais é mostrada

na Figura 14.2.

A tensão de saída, vo, é encontrada pela

Equação (14.3):

vR

RV Vo 2

1

2 1 (14.3)

Se todos os resistores forem iguais, a tensão

de saída é, simplesmente:

o 2 1v = v - v (14.4)

Figura 14.2 – AOP Subtrator.

14.3 – Montagem e Verificação

a) Montar um circuito somador com AOP de três entradas, onde todos os resistores são iguais (adotar o

valor de 10 k). Alimentar o CI 741 com a tensão simétrica de 12 V, disponível no kit de

desenvolvimento.

Sinais de entrada: v1(t) = 2 V, v2(t) = 5 V e v3(t) = 3 V.

31 2

1 2 3

o f

vv vv R

R R R

Sinal de saída medido: Vo = ________.

b) Montar, a partir do sinal de saída do AOP Somador, um AOP inversor de ganho unitário, a fim de se

obter a soma sem o sinal negativo. Desenhar o circuito AOP inversor no espaço abaixo, onde o sinal de

entrada é o sinal de saída do AOP somador.

Esquema do AOP somador (novo esquema).

Page 194: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

194 Eletrônica Analógica – Vol. 2

c) Alterar o circuito da Figura 14.1, de modo que, somente com resistores de 10 k e de 1 k

disponíveis, seja medida em sua saída a média aritmética dos sinais v1 e v3, ou seja:

3 3 1 31 1

1 3

10 k20 k 20 k 2

o f

v v v vv vv R

R R

Novo diagrama esquemático:

Sinal de saída esperado (teórico): Vo = ________. Sinal de saída medido: Vo = ________.

d) Montar o AOP Subtrator da Figura 14.2, com todos os resistores iguais a 10 k.

Sinais de entrada: V1 = 3 V e V2 = 5 V.

Sinal de saída esperado (teórico): Vo = ________. Sinal de saída medido: Vo = ________.

14.4 - PROJETO

14.4.1 - Projetar um amplificador somador com três entradas (v1, v2 e v3) de tal modo que, com o resistor

Rf = 100 k, a tensão de saída seja:

vo = - (2v1 + 4v2 + 5v3)

14.4.2 - Em um amplificador subtrator de duas entradas (Figura 14.2), um dos sinais (em fase com o sinal

de saída, vo) tem o triplo da amplitude do outro, cujo valor é 4 sen t. O sinal de saída resultante é vo = 10

sen t. Adotando a Equação (14.3), projetar os resistores de entrada se R2 = 10 k. Desenhar os

oscilogramas das tensões de entrada (v1 e v2) e de vo.

Page 195: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

195 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Aula Prática 15 – AOP como Comparador e como Detector de Nível

Aula

15 AMPLIFICADOR OPERACIONAL (AOP)

COMO COMPARADOR E DETECTOR DE NÍVEL

Grupo de trabalho (nome completo) Matrícula

1.

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4.

5.

Turma: Modalidade: Data:

___/___/20___

Nota:

15.1 – Introdução

O circuito AOP comparador é uma configuração onde o mesmo fornece uma saída que não é uma

função linear do sinal de entrada. O sinal de saída estará sempre saturado em aproximadamente Vsat ,

que equivale a aproximadamente 90 % do valor de Vcc.

Assim, o AOP não trabalha na região linear, não executando funções matemáticas (analógicas), e

sim funções lógicas, onde a saída deverá ser alta (high) ou baixa (low).

15.1.1 – O AOP como Comparador

A Figura 15.1 apresenta diferentes pontos de desengate ou de limiar para um AOP comparador

não inversor, de acordo com o nível do sinal de referência.

O comparador básico não inversor como detector de ZERO (onde a tensão de referência Vref = 0

V) é apresentado na Figura 15.1a. Nas Figuras 15.1b e 15.1c são apresentados, respectivamente, os

comparadores com referência positiva e negativa.

0

0

i o sat

i o sat

V V VSe

V V V

i ref o sat

i ref o sat

V V V VSe

V V V V

i ref o sat

i ref o sat

V V V VSe

V V V V

(a) (b) (c)

Figura 15.1 – (a) AOP comparador como detector de nível zero. (b) e (c) AOP comparador com referência diferente de zero.

Page 196: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

196 Eletrônica Analógica – Vol. 2

15.2 – Parte Prática

15.2.1 – Montar o sistema da Figura 15.2, que monitora a carga de um capacitor eletrolítico. A tensão VCC

é de 12 V. Pelas tensões de referência dos AOPs 1 e 2 é possível detectar dois níveis de tensão do

capacitor, o que será indicado visualmente pelos LEDs 1 e 2.

Figura 15.2 – Circuito para monitorar a carga de um capacitor (detecta dois níveis).

a) Qual é a constante de tempo do capacitor C1?

= R1.C1 = __________ segundos.

O capacitor completa a sua carga em tc = 5 = __________ segundos.

b) Anotar na Tabela 15.1 as seguintes medidas:

Tabela 15.1

Vref 1 (V) Vo1 (V) (LED 1 acionado) Vref 2 (V) Vo2 (V) (LED 2 acionado)

c) Qual deverá ser a tensão de referência de um terceiro AOP (ou de um dos dois AOPs da Figura 15.2)

para que seja indicado um valor de 80 % de VCC para a tensão no capacitor eletrolítico? Projetar os

resistores do divisor de tensão.

Cálculos:

Page 197: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

197 CEFET-MG – MECATRÔNICA

15.3 – Exercícios

15.3.1 – Seja o circuito da Figura 15.3. Na entrada (+) foi aplicado um sinal senoidal de 4 Vp, em 1 kHz.

Fazer um esboço das formas de onda de vi e de vo no oscilograma da Figura 15.4.

Figura 15.3 – AOP compa-

rador, na configuração não-

inversor.

Figura 15.4.

Figura 15.5 - CI 741: pino 2 (-); pino 3 (+);

pino 4 (-Vcc); pino 7 (+Vcc); pino 6 (saída).

15.3.2 – Refazer o exercício anterior, se a tensão de referência é um sinal contínuo de 2 V. Desenhar o

esquema deste circuito (Figura 15.7).

Fig. 15.6 – Oscilograma para as tensões de entrada e de saída

para o AOP da Figura 14.4 com referência positiva de 2 V.

Figura 15.7 – Esquema do AOP comparador não-inversor, com

tensão de referência positiva de 2 V.

15.3.3 – Mostrar que, para o circuito detector de nível com AOP comparador, o valor da tensão de

referência indica o ângulo onde ocorre o cruzamento de vi(t), senoidal, com vref (contínua). Utilizar os

valores das tensões da questão 15.3.2.

Page 198: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

198 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Aula Prática 16 – Temporizador 555 e Aplicações nos modos Monoestável e Astável

Aula

16 TEMPORIZADOR 555 E APLICAÇÕES

NOS MODOS MONOESTÁVEL E ASTÁVEL

Grupo de trabalho (nome completo) Matrícula

1.

2.

3.

4.

5.

Turma: Modalidade: Data:

___/___/20___

Nota:

16.1 – Material Utilizado

- Resistores:

Valor Nominal Quantidade

100 1

330 1

1 k 1

4,7 k 2

10 k 1

47 k 1

- Circuito Integrado: NE555;

- Capacitores eletrolíticos: 220 F e 0,01F;

- Fios de ligação;

- Multímetro digital;

- Diodo LED;

- Chave do tipo push boton;

- Fonte de alimentação CC (12 V ou 15 V);

- Protoboard.

16.2 – Introdução

O circuito da Figura 16.1 mostra um diagrama do circuito integrado (CI) 555, que atua como

temporizador no modo MONOESTÁVEL. Nesta aplicação, é gerado um pulso de tensão na saída (pino

3), quando a entrada de trigger (pino 2) cai abaixo de Vcc/3. A Fig. 16.2 mostra a montagem deste circuito

em protoboard.

Figura 16.1 – O 555 em operação monoestável. Fonte: http://www.doctronics.co.uk/555.htm

Page 199: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

199 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Figura 16.2. Fonte: http://www.doctronics.co.uk/Images_swf/p555_monostable.swf

Pelo diagrama interno do CI, mostrado na Figura 16.2, compreende-se melhor a operação deste

temporizador. Através de um pulso de disparo aplicado no pino 2 (chave S1, pushbotton) reseta-se o FF

(flip-flop), levando a saída Q para nível baixo, o que corta o transistor Q1 (chave aberta). Daí começa a

carga do capacitor externo (C), via resistor R, o que proporciona o período de operação do circuito, dado

pela Equação (16.1). O período de carga do capacitor é dado pela Equação (16.1), de acordo com o

fabricante do CI.

T = 1,1 RC (16.1)

No instante em que a tensão do capacitor atinge (2/3) de Vcc, a saída do AOP 1 vai para para nível

alto, setando o FF e assim, Q vai para nível alto (e daí a saída do pino 3, para 0 V). O transistor satura e o

capacitor se descarrega muito rápido – ver as formas de onda na Figura 16.3.

Identificação e função dos pinos do circuito integrado 555: Pino 1: terra (GND); Pino 2: gatilho (trigger); Pino 3: saída (output); Pino 4:

Clear (inibir o FF); Pino 5: Controle; Pino 6: limiar (threshold); Pino 7: descarga do capacitor; Pino 8: alimentação (+ Vcc).

Figura 16.3 – Ligação do CI 555 para operação em modo monoestável.

Page 200: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

200 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Figura 16.4 – Formas de onda representativas do modo monoestável.

16.3 – Parte Prática – Montagem e Medições

16.3.1 – Aplicação como MONOESTÁVEL

a) Montar o circuito da Figura 16.1 – operação monoestável do CI 555. Adotar os elementos passivos

externos:

R = 47 k e C = 220 F.

b) Qual é o período do sinal de saída? T = 1,1 RC = ___________s.

c) Inibir o pino 4 do CI, levando, momentaneamente, o seu nível para 0 (zero volt), ligando o pino 4 ao

pino de terra (GND) do módulo. O que ocorre?

16.3.2 - APLICAÇÃO do CI 555 em Modo ASTÁVEL

a) Seja a Figura 16.5, aplicação do CI 555 em modo astável. Efetuar a montagem deste circuito –

esquema da Figura 16.6, mantendo a saída com resistor e diodo LED no pino 3.

Observação: C = 220 F e Cf = 0,01F.

Figura 16.5. Figura 16.6.

Page 201: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

201 CEFET-MG – MECATRÔNICA

b) Qual é o sinal de saída obtido, para RA = RB = 4,7 k?

c) Alterar o valor de RA para 10 k. O que ocorre?

16.4 – Projeto e Exercícios

16.4.1 – Redesenhar o circuito da Figura 16.1 (CI 555 em modo monoestável), acionando um motor CC

através de um relé eletrônico.

16.4.2 – Efetuar um projeto de um circuito temporizador em que três cargas (por exemplo TV, iluminação

e aparelho de som) são acionadas em modo sequencial por CIs 555. Desenhar o esquema deste circuito de

controle para um um tempo de 30 minutos de operação para cada carga.

Características do CI 555 (*)

Faixa de Tensões de Alimentação: 4,5 a 18 V.

Corrente máxima de saída: +/- 200 mA.

Tensão de limiar típica com alimentação de 5 V: 3,3 V.

Corrente de limiar típica: 30 nA.

Nível de disparo típico com alimentação de 5 V: 1,67 V.

Tensão de reset típica: 0,7 V.

Dissipação máxima: 500 mW.

Corrente típica de alimentação com 5 V: 3 mA.

Corrente típica de alimentação com 15 V: 10 mA.

Tensão típica de saída - nível alto, 5 V de alimentação (Io = 50 mA): 3,3 V.

Tensão típica de saída - nível baixo, 5 V de alimentação (Io = 8 mA): 0,1 V.

(*) As características dessa tabela são dadas para o NE555 da Texas Instruments, podendo variar levemente para CIs de outros

fabricantes ou ainda com eventuais sufixos indicando linhas especiais.

555: the function of each pin.

Page 202: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

202 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Aula Prática 17 – Temporizador 555 como Gerador de Rampa (simulação)

Aula

17 TEMPORIZADOR 555 COMO

GERADOR DE RAMPA (SIMULAÇÃO)

Grupo de trabalho (nome completo) Matrícula

1.

2.

3.

4.

5.

Turma: Modalidade: Data:

___/___/20___

Nota:

17.1 – Simulação com o software PSpice ou similar

a) Efetuar a simulação do circuito da Figura 17.1.

Figura 17.1 - Fonte: http://educypedia.karadimov.info/library/Lab%205%20-%202B.pdf

b) Verificar as formas de onda mais significativas e comentar sobre as medições obtidas.

Page 203: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

203 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Aula Prática 18 – AOP Comparador Regenerativo (Schmitt Trigger)

Aula

18 AOP COMPARADOR REGENERATIVO

(SCHMITT TRIGGER)

Grupo de trabalho (nome completo) Matrícula

1.

2.

3.

4.

5.

Turma: Modalidade: Data:

___/___/20___

Nota:

18.1 – Introdução

O comparador regenerativo ou Schmitt

Trigger, ou ainda, disparador Schmitt, é um AOP

configurado como comparador em que se tem

uma realimentação positiva do sinal de saída. Na

Figura 18.1, é apresentado um exemplo, onde a

tensão de referência, na entrada inversora, é dada

pela Equação (18.1). A saída do AOP obedece às

condições:

vi > vref vo = - Vsat

vi < vref vo = + Vsat

Figura 18.1 – Esquema de um AOP comparador

regenerativo (configuração inversora).

A tensão vref assume valores positivos e negativos em função do sinal de saída, este saturado em

90 % da tensão de alimentação (Vcc). A fração de realimentação é dada pela Equação 18.2.

2

1 2

sat

ref

R Vv

R R

(18.1)

2

1 2

R

R R

(18.2)

Quando a saída está saturada positivamente, vref = + .Vsat. Para uma tensão de saída saturada

negativamente, vref = - .Vsat . Estas tensões de referência, que são pontos de desengate do circuito, podem

ser identificadas por:

UTP3 = + . Vsat (ou VDS, tensão de desengate superior) e

3 UTP: Upper Trip Point, ponto de desengate superior e LTP: Lower Trip Point, ponto de desengate inferior.

Page 204: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

204 Eletrônica Analógica – Vol. 2

LTP = - .Vsat (ou VDI, tensão de desengate inferior).

Na Figura 18.2 são mostrados os sinais da simulação do circuito da Figura 18.1, obtidos através do

software PSpice

. Os sinais são:

vi(t), uma senóide de 5 Vp, em 1 kHz;

vref : tensão de referência ( 2,60 V), função de Vsat (que no software foi de 14,80 V);

vo: tensão de saída do AOP, oscilando entre 14,80 V e – 14,80 V.

Figura 18.2 – Formas de onda de um AOP comparador regenerativo (simulação).

A diferença entre os dois níveis de referência no circuito

da Figura 18.1 é denominada de HISTERESE, ou seja:

. .

2 . (18.3)

H DS DI sat sat

H sat

V V V V V

V V

A Figura 18.3 mostra o aspecto da histerese de um AOP.

Verificar as comutações no sinal de saída e conferir com as

formas de onda do circuito da Figura 18.1.

Figura 18.3 – Histerese em

um AOP comparador.

19.1.1 – Aplicação da Histerese no AOP Comparador Regenerativo

Um comparador comum indica quando a tensão de entrada excede uma tensão de referência ou

de limiar. Haverá um chaveamento em cada um dos pontos de interseção.

Mas um sinal de entrada com presença de ruídos poderá provocar comutações indevidas, já que

haverá interseções errôneas com os pontos de desengate, como mostra a Figura 18.4, onde a tensão de

referência é positiva.

Page 205: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

205 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Notar que a segunda comutação no sinal de saída (de + Vsat para - Vsat) ocorreu devido a um ruído

no sinal de entrada. O sinal de saída apresenta outras comutações indevidas devido ao ruído.

Figura 18.4 – Comutações indevidas em um sinal com ruído.

Fonte: http://pcbheaven.com/wikipages/The_Schmitt_Trigger/

Pela janela de histerese (Figura 18.3), verifica-se que a saída só comuta de estado quando o sinal de

entrada ultrapassa a tensão de histerese, VH.

Na Figura 18.5 é ilustrando o uso da histerese em um AOP comparador como um meio de rejeição

a sinais com ruído, o qual ficará contido dentro de uma faixa. Se a tensão de pico a pico do ruído for

menor que a tensão VH, não haverá disparo falso (o circuito é imune ao ruído).

Figura 18.5 – Tensão de histerese em um disparador Schmitt (configuração inversora).

18.2 – Parte Prática - Medições

a) Montar o circuito da Figura 19.1, onde o sinal de entrada é vi(t), uma senóide em 15 Hz.

b) Ajustar a amplitude de vi(t) para 1 Vp. Plotar na Figura 19.6 os sinais de vi(t), vref e de vo(t).

c) Aumentar a amplitude do sinal de entrada para 6 Vpp. Plotar na Figura 19.7 os sinais de vi(t), vref e de vo(t).

Figura 18.6 – Sinais de vi(t), vref

e de vo(t) para vi(t) = 1 sen t.

Figura 18.7 – Sinais de vi(t), vref

e de vo(t) para vi(t) = 6 sen t.

Page 206: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

206 Eletrônica Analógica – Vol. 2

d) Justificar no verso o resultado das formas de onda encontrados no item (b).

e) Verificar com o osciloscópio a histerese do circuito – curva característica de transferência, vo(t) x vi(t).

Plotar a mesma na Figura 18.8. Osciloscópio: botão DISPLAY menu DISPLAY formato XY.

Figura 18.8 – Histerese do circuito da Figura 18.1.

Page 207: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

207 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Apêndice II – A Matriz de Contatos (protoboard)

Apêndice II A Matriz de Contatos (protoboard)

Em nossas aulas práticas, as montagens experimentais serão feitas com facilidade e sem a

necessidade de se utilizar soldas, através de uma matriz de contatos, também conhecida como protoboard

- Figura 1.

Figura 1 - Protoboard típico de uma camada.

Nesta matriz, existem furos onde podem ser encaixados fios e componentes de modo que o contato

é feito de uma forma definida, possibilitando a montagem do circuito desejado.

No caso de um projeto, antes de se montar a placa de circuito impresso definitiva, é aconselhável

verificar o funcionamento do esquema desejado no protoboard, a fim de não se correr riscos

desnecessários.

As duas linhas horizontais (A e B) vistas na Figura 1 podem ser usadas para servir de linhas

positiva e negativa de alimentação para o circuito, respectivamente.

Os furos da parte central (C) estão interligados em grupos de 5, em posição vertical. É aí que serão

dispostos os componentes. Entre os dois grupos de 5 furos da parte central está uma faixa central (D),

prevista para a colocação de circuitos integrados.

Na Figura 2 tem-se um exemplo simples de montagem de acendimento de um diodo LED usando a

matriz. Observe que são usados pedaços de fios rígidos para algumas conexões, de modo a “fechar” o

circuito.

Figura 2 – Montagem para o acionamento de um diodo LED.

Page 208: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

208 Eletrônica Analógica – Vol. 2

A Figura 3 mostra o aspecto de um protoboard para a montagem de circuitos mais simples. Na Figura

4 são apresentados alguns exemplos de circuitos montados nesta estrutura matricial.

Deve-se conectar os dispositivos através de fios, de forma otimizada, procurando manter um bom

leiaute de modo a facilitar a medição de todos os pontos do circuito.

Figura 3 – Protoboard – aspecto de uma placa.

Figura 4 – Exemplos de circuitos simples montados em um protoboard.

Page 209: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

209 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Anexo I – Códigos de Cores de Resistores – 4 e 5 Faixas

Anexo I Códigos de Cores de Resistores – 4 e 5 Faixas

A extremidade com mais faixas deve apontar para a esquerda

Fonte: http://www.applefritter.com/replica/appendixe

Page 210: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

210 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Anexo II – Tutorial básico para uso do Osciloscópio Digital

Anexo II – Tutorial básico para uso do Osciloscópio Digital

USO DO OSCILOSCÓPIO DIGITAL – MODELO: TDS 2000 – FABRICANTE: TEKTRONIX

Fonte: http://courses.washington.edu/phys334/datasheets/Tek2kUserManual.pdf

Aspecto do Osciloscópio: modelo de 2 canais.

Page 211: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

211 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Page 212: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

212 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Oscilloscope control settings

Page 213: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

213 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Vertical and Horizontal Controls

Page 214: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

214 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Page 215: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

215 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Page 216: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

216 Eletrônica Analógica – Vol. 2

Page 217: Apostila EA 2 - TJBs e AOPs

217 CEFET-MG – MECATRÔNICA

Referências Bibliográficas

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