apostila do curso de passe

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  • CENTRO ESPRITA UNIDO NA F

    APOSTILA

    CURSO DE PASSE ESPRITA

    (Organizado por Luiz Antonio Santos Ribeiro)

    Centro Esprita Unidos na F Rua Sabino Jos da Silva, 09 - Centro Campo do Brito Se CEP 49520-000 Telefone: 3443-1622 E-mail - [email protected]

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    NDICE

    Relato histrico sobre o magnetismo ............................................................................... 04 06 O Centro Esprita .............................................................................................................. 09 Trabalhadores .................................................................................................................. 10 Estudar a respeito do passe ............................................................................................. 11 Por que os Espritos se utilizam dos passistas? .............................................................. 11 O que o Passe? .......................................................................................................... 12 Objetivos ........................................................................................................................ 13 Objetivo do passe em relao ao paciente ...................................................................... 13 Objetivos do Passe em relao ao Passista ................................................................... 14 Objetivos do Passe em relao ao Centro Esprita ......................................................... 14 Importncia do passe ....................................................................................................... 15 Recomendaes aos Passistas ....................................................................................... 16 Requisitos bsicos ........................................................................................................... 16 Requisito fsico ................................................................................................................. 16 Requisito morais ............................................................................................................... 16 Requisito mentais ............................................................................................................. 17 Compromisso e responsabilidade .................................................................................... 18 Deus, Esprito e Matria .................................................................................................. 18 Deus............................................................................................................................... 18 Esprito ............................................................................................................................. 18 Matria ............................................................................................................................ 18 Fluido .............................................................................................................................. 18 Fluido Csmico Universal ................................................................................................ 18 Lembretes sobre os Fluidos ............................................................................................ 18 Perisprito ......................................................................................................................... 19 Curas .............................................................................................................................. 19 Corpo Humano ................................................................................................................ 21 Clula ............................................................................................................................... 21 Funes da membrana e do Citoplasma ......................................................................... 21 Os ncleos nas clulas humanas .................................................................................... 22 Sistema Respiratrio ...................................................................................................... 22 Sistema Digestivo ......................................................................................................... 23 Boca ................................................................................................................................ 24 Faringe e esfago ......................................................................................................... 24 Intestino Delgado ........................................................................................................... 24 Intestino Grosso .............................................................................................................. 24 rgos Anexos ................................................................................................................ 25 Glndulas salivares ......................................................................................................... 25 Fgado ............................................................................................................................. 25 Pncreas ......................................................................................................................... 25 Sistema Circulatrio ......................................................................................................... 26 Corao ............................................................................................................................ 26 Sistema Nervoso ............................................................................................................ 27 O estudo da anatomia humana e suas ligaes com os centros de fora ....................... 29 Sistema nervoso ............................................................................................................. 29 A memria ........................................................................................................................ 29 Glndulas ......................................................................................................................... 29 Histrico Sobre a Cura e as Doenas .............................................................................. 30 Curas operadas por Jesus na Bblia ................................................................................ 30 Curas operadas por Jesus em A Gnese Allan Kardec ................................................ 31 Magnetismo Mesmerismo ............................................................................................. 31 Passe pela primeira vez no Brasil .................................................................................... 31 Doutrina Esprita Luz e Esclarecimento ........................................................................ 32 Fluidoterapia ..................................................................................................................... 32 O Fluido Csmico Universal ............................................................................................. 32 Plasma Divino .................................................................................................................. 32 Fluidos .............................................................................................................................. 33 Fluido Vital ou Energia Vital ............................................................................................. 34 Princpio Vital ou Fluido Magntico .................................................................................. 34 Qualificao dos Fluidos .................................................................................................. 34 Perisprito ......................................................................................................................... 35 Propriedades do Perisprito .............................................................................................. 35 Substncia do Perisprito ................................................................................................. 36

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    Perisprito em A Gnese Allan Kardec .......................................................................... 36 Perisprito em O Livro dos Mdiuns Allan Kardec ......................................................... 36 O que entendemos por Magnetismo? .............................................................................. 37 Magnetismo - Livro dos Mdiuns ..................................................................................... 37 Energia radiante do Passe ............................................................................................... 37 O Passe ............................................................................................................................ 38 Passe Esprita .................................................................................................................. 38 Passe Magntico .............................................................................................................. 38 Diferenas entre o Passe Magntico e o Passe Espiritual ............................................... 39 Como se da atuao direta do Passe? ......................................................................... 39 O Passe, paciente e energias fludicas ............................................................................ 39 Pensamento e Vontade .................................................................................................... 39 Alavanca da Vontade ....................................................................................................... 39 Centros de Foras ou Chacras ........................................................................................ 40 Conhecendo os Centros de Fora ou Plexos, ou Chacras .............................................. 41 Aplicador .......................................................................................................................... 42 A Prece ............................................................................................................................. 42 Amparo espiritual na aplicao do passe ......................................................................... 42 Oferecendo o Passe na Casa Esprita ............................................................................. 43 Fatores morais e espirituais que prejudicam a aplicao do passe ............................... 43 Preparando-se para a tarefa ........................................................................................... 43 Alimentao ...................................................................................................................... 43 Leitura .............................................................................................................................. 43 Prece ................................................................................................................................ 43 Aplicando o Passe ......................................................................................................... 44 Sem rituais ....................................................................................................................... 44 Corrente de Orao ......................................................................................................... 44 Questo de organizao e conhecimento ........................................................................ 44 Objetivos do Passe sero atingidos se for possvel ........................................................ 45 Planto de Passes ........................................................................................................... 45 Aplicao do Passe fora da Casa Esprita ....................................................................... 45 Rejeio por receber o Passe ....................................................................................... 46 Higienizao do Ambiente do Passe ................................................................................ 46 Cuidados na equipe de Aplicadores do Passe ................................................................. 46 Quando e porque do Passe Espiritual Coletivo? .............................................................. 47 Reciclando Trabalhadores para o Passe ......................................................................... 47 gua Fluidificada, o que ? .............................................................................................. 47 Oferecendo a gua Fluidificada ..................................................................................... 47 Pesquisa Dr. Masaru Emoto ............................................................................................ 48 Diretrizes de Segurana, com Divaldo Franco e Raul Teixeira ........................................ 48 Centros de Fora .............................................................................................................. 53 Centros de Fora / Glndulas ......................................................................................... 53 Centro de Fora Coronrio .............................................................................................. 53 Centro de Fora Frontal / Plexo Carotdeo e Cavernoso ................................................. 54 Centro de Fora Larngeo / Plexo Cervical e Larngeo ................................................... 55 Centro de Fora Cardaco / Plexo Cardaco ................................................................... 56 Centro de Fora Gstrico / Plexo Epigstrico ou Solar .................................................... 58 Centro de Fora Esplnico / Plexo Lombar ..................................................................... 59 Centro de Fora Gensico / Plexo Sacro ........................................................................ 59 Centro de Fora Umeral / Plexo Braquial ....................................................................... 61 Centro de Fora Bsico .................................................................................................. 62 O Passe .......................................................................................................................... 62 Tipos de passe segundo a fonte do fluido ........................................................................ 62 Passe distncia ............................................................................................................. 63 Auto passe ....................................................................................................................... 63 Passe a domiclio ............................................................................................................. 64 Passe individual ............................................................................................................... 65 Passe coletivo .................................................................................................................. 65 Tcnicas do passe ........................................................................................................... 65 Relao Magntica com o paciente ................................................................................. 65 Tato Magntico ................................................................................................................. 66 Intuies ........................................................................................................................... 67 As tcnicas ...................................................................................................................... 68 Passes calmantes e ativantes .......................................................................................... 68 Passe concentrador e passe dispersivo ........................................................................... 69 Consideraes sobre os passes dispersivos ................................................................... 69 As tcnicas abaixo foram extradas do livro cure-se e cure pelos passes Jacob Melo 71

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    As Imposies .................................................................................................................. 71 Os Longitudinais ............................................................................................................... 72 Os Transversais ............................................................................................................... 73 Os Circulares .................................................................................................................... 73 Disperso Circular ............................................................................................................ 74 Os Perpendiculares ......................................................................................................... 74 Os Sopros e Insuflaes ................................................................................................. 75 Sopros Frios ..................................................................................................................... 75 Sopros Quentes ............................................................................................................... 76 Outros aspectos do passe ................................................................................................ 76 Fadiga Fludica ................................................................................................................. 77 Congesto Fludica ......................................................................................................... 78 Roteiro padro para aplicao do passe .......................................................................... 79 O passe na reunio medinica ......................................................................................... 79 Passes para auxiliar o Mdium ........................................................................................ 79 Passes para auxiliar o Esprito ........................................................................................ 80 Complementaes.......... ................................................................................................. 81 gua fluidificada ............................................................................................................... 81 Aspectos material e espiritual da Sala de Passes ........................................................... 82 Manifestaes de Espritos na Sala de Passes ............................................................... 83 O passista precisa de passe? ......................................................................................... 83 O toque fsico no paciente ............................................................................................... 84 Gesticulaes e Barulhos durante o passe ..................................................................... 84 Roupas e objetos especiais ............................................................................................ 85 Durao e quantidade de passes .................................................................................... 86 Anexo ............................................................................................................................... 87 Questes a serem estudadas .......................................................................................... 88 Bibliografia Consultada .................................................................................................... 89

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    RELATO HISTRICO SOBRE O MAGNETISMO

    Identificar as origens da terapia esprita conhecida como passes realizar longa viagem aos tempos imemoriais, aos horizontes primitivos da pr-histria, porquanto essa tcnica de cura est presente em toda a histria do homem. "Desde essa poca remota, o homem e os animais j conviviam com o acidente e com a doena. Pesquisas destacam que os dinossauros eram afetados por tumores na sua estrutura ssea; no homem do perodo paleoltico e da era neoltica h evidncia de tuberculose da espinha e de crises epilpticas".

    "Herculano Pires diz que o passe nasceu nas civilizaes antigas, como um ritual das crenas primitivas. A agilidade das mos sugeria a existncia de poderes misteriosos, praticamente comprovados pelas aes cotidianas da frico que acalmava a dor. As bnos foram s primeiras manifestaes tpicas dos passes. O selvagem no teorizava, mas experimentava, instintivamente, e aprendia a fazer e a desfazer as aes, com o poder das mos".

    No Antigo Testamento, em II Reis, encontramos a expectativa de Naam: "pensava eu que ele sairia a ter comigo, pr-se-ia de p, invocaria o nome do Senhor seu Deus, moveria a mo sobre o lugar da lepra, e restauraria o leproso".

    Na Caldia e na ndia, os magos e brmanes, respectivamente, curavam pela aplicao do olhar, estimulando a letargia e o sono. No Egito, no templo da deusa Isis, as multides a acorriam, procurando o alvio dos sofrimentos junto aos sacerdotes, que lhes aplicavam a imposio das mos.

    Dos egpcios, os gregos aprenderam a arte de curar. O historiador Herdoto destaca, em suas obras, os santurios que existiam nessa poca para a realizao das frices magnticas.

    Em Roma, a sade era recuperada atravs de operaes magnticas. Galeno, um dos pais da medicina moderna, devia sua experincia na supresso de certas doenas de seus pacientes inspirao que recebia durante o sono. Hipcrates tambm vivenciou esses momentos transcendentais, bem como outros nomes famosos, como Avicena, Paracelso...

    Baixos relevos descobertos na Caldia e no Egito apresentam sacerdotes e crentes em atitudes que sugerem a prtica da hipnose nos templos antigos, com finalidades certamente teraputicas.

    "Com o passar dos tempos, curandeiros, bruxas, mgicos, faquires e, at mesmo, reis (Eduardo, O Confessor; Olavo, Santo Rei da Noruega e vrios outros) utilizavam os toques reais".

    Depreendemos, a partir desses breves registros, que a arte de curar atravs da influncia magntica era prtica normal desde os tempos antigos, sobretudo no tempo de Jesus, quando os seus seguidores exercitavam a tcnica da cura fludica atravs das mos. Em o Novo Testamento vamos encontrar o momento histrico do prprio Mestre em ao: E Jesus, estendendo a mo, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da lepra. "Os processos energticos utilizados pelo Grande Mestre da Galileia so ainda uma incgnita. O Talita kume! ecoando atravs dos sculos, causa espanto e admirao. A uma ordem do Mestre, levanta-se a menina dada como morta, pranteada por parentes e amigos".

    Todos esses fatos longnquos pertencem ao perodo anterior a Franz Anton Mesmer, nascido a 23.05.1733 em Weil, ustria. Educado em colgio religioso, estudou Filosofia, Teologia, Direito e Medicina, dedicando-se tambm Astrologia.

    "No sculo XVIII, Mesmer, aps estudar a cura mineral magntica do astrnomo jesuta Maximiliano Hell, professor da Universidade de Viena, bem como os trabalhos de cura magntica de J.J. Gassner, divulgou uma srie de tcnicas relativas utilizao do magnetismo humano, instrumentalizado pela imposio das mos. Tais estudos levaram-no a elaborar a sua tese de doutorado - De Planetarium Inflexu, em 1766 - de cujos princpios jamais se afastou. Mais tarde, assumiram destaque as experincias do Baro de Reichenbach e do Coronel Alberto de Rochas".

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    Mesmer admitia a existncia de uma fora magntica que se manifestava atravs da atuao de um "fluido universalmente distribudo, que se insinuava na substncia dos nervos e dava, ao corpo humano, propriedades anlogas ao do im. Esse fluido, sob controle poderia ser usado como finalidade teraputica".

    Grande foi repercusso da Doutrina de Mesmer, desde a publicao, em 1779, das suas proposies: A memria sobre a descoberta do Magnetismo Animal, passando, em seguida, a ser alvo de hostilidades e, em face das surpreendentes experincias prticas de terapia, conseguindo curas considerveis, na poca vistas como maravilhosas, transformar-se em tema de discusses e estudos.

    "Em breve, formaram-se dois campos: os que negavam obstinadamente todos os fatos, e os que, pelo contrrio, admitiam-nos com f cega, levada, algumas vezes at a exagerao".

    Enquanto a Faculdade de Medicina de Paris "proibia qualquer mdico declarar-se partidrio do Magnetismo Animal, sob pena de ser excludo do quadro dos doutores da poca", um movimento favorvel s ideias de Mesmer levava formao das Sociedades Magnticas, sob a denominao de Sociedades de Harmonia, que tinham por fim o tratamento das molstias.

    Em Frana, por toda a parte, curava-se pelo novo mtodo. "Nunca, diria Du Potet, a medicina ordinria ofereceu ao pblico o exemplo de tantas garantias", em face dos relatrios confirmando as curas, que eram impressos e distribudos em grande quantidade para esclarecimento do povo.

    Como destacamos, o Magnetismo era tema principal de observao e estudos, sendo designadas Comisses para estudar a realidade das tcnicas mesmerianas, atraindo a ateno de leigos e sbios. Em 1831, a Academia de Cincias de Paris, reestudando os fenmenos, reconhece os fluidos magnticos como realidade cientfica. Em 1837, porm, retrata-se da deciso anterior, e nega a existncia dos fluidos.

    Deduz-se que essa atitude dos relatores teria sido provocada pela forma adotada pelos magnetizadores para tornar popular a novel Doutrina: explorando o que se chamou A Magia do Magnetismo, utilizando pacientes sonamblicos, teatralizando a srie de fenmenos que ocorriam durante as sesses, e as encenaes ruidosas, que ficaram conhecidas como a Cmara das Crises ou O Inferno das Convulses, tendo como destaque central a Tina de Mesmer - uma grande caixa redonda feita de carvalho, cheia de gua, vidro modo e limalha de ferro, em torno da qual os doentes, em silncio, davam-se as mos, e apoiavam as hastes de ferro, que saiam pela tampa perfurada, sobre a parte do corpo que causava a dor. Todos eram rodeados por uma corda comprida que partia do reservatrio, formando a corrente magntica.

    Todo esse aparato, porm, no era apropriado para convencer os observadores do efeito eficaz e positivo das imposies e dos passes.

    Ipso facto, as Comisses se inclinaram pela condenao do Magnetismo, considerando que as virtudes do tratamento ficavam ocultas, enquanto os processos empregados estimulavam desconfiana e descrdito.

    Os seguidores de Mesmer, entretanto, continuaram a pesquisar e a experimentar. "O Marqus de Puysgur descobre, custa de sugestes tranquilizadoras aos

    magnetizados; o estado sonamblico do hipnotismo; seguem os seus passos Du Potet e Charles Lafontaine".

    No sul da Alemanha, o padre Gassner leva os seus pacientes ao estado catalptico, usando frmulas e rituais, admitindo a influncia espiritual.

    Em 1841, um mdico ingls, o Dr. James Braid, de Manchester, surpreendeu-se com a singularidade dos resultados produzidos pelo conhecido magnetizador Lafontaine, assistindo uma de suas sesses pblicas, ao agir sobre os seus pacientes, fixando-lhes os olhos e segurando-lhes os polegares.

    Braid, em seus trabalhos e escritos cientficos, procurou explicar o estado psquico especial, que era comum nos fenmenos ditos magnticos, sonamblicos e sugestivos. Em seus derradeiros trabalhos passou a admitir a hiptese de dois fenmenos de efeitos semelhantes: um hipntico, normal, devido a causas conhecidas e um magntico, paranormal, a exemplo da viso distncia e a previso do futuro.

    Outros pesquisadores seguiram-no: Charcot, Janet, Myers, Ochorowicz, Binet e outros.

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    Em 1875, Charles Richet, ento ainda estudante, busca provar a autenticidade cientfica do estado hipntico, que segundo ele, mais no era que um estado fisiolgico normal, no qual a inteligncia se encontrava, apenas, exaltada.

    Antes, porm, em Paris, o Magnetismo tambm atrair a ateno do pedagogo, homem de cincias, Professor Hippolyte Lon Denizard Rivail. Consoante o Prof. Canuto Abreu, em sua clebre obra O Livro dos Espritos e sua Tradio Histrica e Lendria, Rivail integrava o grupo de pesquisadores formado pelo Baro Du Potet (1796-1881), adepto de Mesmer, editor do Journal du Magntisme e dirigente da Sociedade Mesmeriana. pgina 139 dessa elucidativa obra, depreende-se que o Prof. Rivail frequentava, at 1850, sesses sonamblicas, onde buscava soluo para os casos de enfermidades a ele confiados, embora se considerasse modesto magnetizador.

    Os vnculos, do futuro Codificador da Doutrina Esprita, com o Magnetismo, ficam evidenciados nas suas anotaes intimas constantes de Obras Pstumas, relatando a sua iniciao no Espiritismo, quando em 1854 interessa-se pelas informaes que lhe so transmitidas pelo magnetizador Fortier, sobre as mesas girantes, que lhe diz: "parece que j no so somente as pessoas que se podem magnetizar"..., sentindo-se vontade nesse dilogo com o ento pedagogo Rivail. So dois magnetizadores, ou passistas, que se encontram e abordam questes do seu ntimo e imediato interesse.

    Mais tarde, ao escrever a edio de maro de 1858 da Revista Esprita, quase um ano aps o lanamento de O Livro dos Espritos em 18.04.1857, Kardec destacaria: O Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo(...). Dos fenmenos magnticos, do sonambulismo e do xtase s manifestaes espritas(...) sua conexo tal que, por assim dizer, impossvel falar de um sem falar de outro". E conclui, no seu artigo: "Devamos aos nossos leitores esta profisso de f, que terminamos com uma justa homenagem aos homens de convico que, enfrentando o ridculo, o sarcasmo e os dissabores, dedicaram-se corajosamente defesa de uma causa to humanitria

    o depoimento inconteste do valor e da profunda importncia da terapia atravs dos passes, e, mais tarde, em 1868, ao escrever a quinta e ltima obra da Codificao, A Gnese, abordaria ele a "momentosa questo das curas atravs da ao fludica", destacando que todas as curas desse gnero so variedades do Magnetismo, diferindo apenas pela potncia e rapidez da ao. O princpio sempre o mesmo: o fluido que desempenha o papel de agente teraputico, e o efeito est subordinado sua qualidade e circunstncias especiais.

    Os passes tm percorrido um longo caminho desde as origens da humanidade, como prticas teraputicas eficiente, e, modernamente, esto inseridas no universo das chamadas Teraputicas Espiritualistas.

    Tem sido exitosa, em muitos casos, a sua aplicao no tratamento das perturbaes mentais e de origem patolgica. Praticado, estudado, observado sob variveis nomenclaturas, a exemplo de magnoterapia, fluidoterapia, bioenergia, imposio das mos, tratamento magntico, transfuso de energia-psi, o passe vem notabilizando a sua qualidade teraputica, destacando-se seus desdobramentos em Passe Espiritual (energias dos Espritos), Passe Magntico (energias do mdium) e Passe Medinico (energias dos Espritos e do mdium), constituindo-se, na atualidade, em excelente terapia praticada largamente nas Instituies Espritas.

    Amparado por um suporte cientfico, graas, sobretudo, s experincias da Kirliangrafia ou efeito Kirlian, de que se tm ocupado investigadores da rea da Parapsicologia, e s novas descobertas da Fsica no campo da energia, vem obtendo a aceitao e a prescrio de profissionais dos quadros da Medicina, sobretudo da psiquitrica, confirmando a excelncia do Espiritismo, que explica a etiologia das enfermidades mentais e oferece amplas possibilidades de cura desses distrbios psquicos, ampliando a ao teraputica da Psicoterapia moderna.

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    O CENTRO ESPRITA

    CENTRO ESPRITA: um sistema de aprimoramento espiritual, intelectual e social que transforma as pessoas, utilizando-se de vrios processos, a fim de melhorar os recursos humanos disponveis.

    ESTRUTURA LEGAL: exigncias da lei humana, a saber:

    - Estatuto: forma jurdica de existncia, devidamente registrado em Cartrio de Ttulos e Documentos.

    - Inscrio: Federal (CGC), Municipal (CCM), INSS, FEESE etc.

    - Atas de assembleias extraordinrias (para eleio da Diretoria Executiva, aprovao de contas etc.)

    - Atas de assembleias ordinrias (para resolver problemas comuns dos departamentos)

    - Diretoria: eleita, a cada trs anos, atravs de assembleia extraordinria.

    ESTRUTURA ESPIRITUAL: a soma do fluxo energtico dos Espritos protetores, dos Diretores, dos Colaboradores, dos Frequentadores e das suas respectivas companhias espirituais.

    BUSCA DE RESULTADOS: o valor de um Centro Esprita se mede pelos resultados obtidos. No sistema, esses resultados so expressos pela capacidade de produo dos colaboradores. Assim sendo, um Centro Esprita ter um resultado melhor ou pior em funo das qualidades (boas ou ms) de seus colaboradores. O crescimento moral e material de um Centro Esprita est diretamente ligado aos resultados eficazes que for capaz de produzir.

    Esses resultados podem ser expressos direta e indiretamente pelos seguintes fatores:

    - Curas psicolgicas;

    - Equilbrio mental e espiritual;

    - Desenvolvimento moral dos assistidos;

    - Qualidade dos trabalhos espirituais;

    - Competncia da Diretoria Executiva, dos Dirigentes e dos Colaboradores.

    OBJETIVO DE UM CENTRO ESPRITA: a prestao de servios, que satisfaa s necessidades de seus frequentadores. Neste sentido, nenhum colaborador existe isoladamente, nem trabalha para si, mas para o conjunto da organizao.

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    TRABALHADORES

    PERFIL DO MDIUM PASSISTA: para atuar no setor de passes espritas deve o colaborador ter as seguintes caractersticas:

    1. Possuir a faculdade radiante, ou seja, a capacidade de transmitir aos outros parte de seu magnetismo pessoal;

    2. O mdium passista, antes de tudo, um mdium e deve estar sempre se aperfeioando doutrinariamente;

    3. Estar em equilbrio no campo das emoes. "Um sistema nervoso esgotado, oprimido, um canal que no responde pelas interrupes havidas;

    4. Disciplina no campo da alimentao. O excesso de alimentao, o lcool e outras substncias txicas operam distrbios nos centros nervosos, modificando certas funes psquicas e anulando os melhores esforos na transmisso de elementos regeneradores;

    5. Ter conscincia do mecanismo do passe para fugir mecanizao do mesmo.

    MAGNETIZAO E PADRONIZAO: observa-se que a magnetizao do paciente, mesmo a estimulada, independe da "tcnica" ou da "gesticulao" do operador. Depende essencialmente da forma pela qual o cliente se condiciona, se entrega ao transe, se deixa sugestionar. A padronizao do Unidos na F foi criada de acordo com conhecimentos cientficos do corpo fsico e do corpo espiritual, para proporcionar maior vantagem e melhor aproveitamento de tempo e espao, alm da necessidade de atender a um nmero cada vez mais elevado de pessoas.

    ATUANDO COMO MDIUM PASSISTA: este colaborador deve ter conscincia que estar transmitindo parte de seu magnetismo. Sendo assim, deve cuidar para que este magnetismo seja salutar. Sempre que possvel, chegar 15 minutos antes do incio dos trabalhos (pelo menos), permanecendo em prece, a fim de melhor captar as energias dos mentores espirituais. Evitar barulho, as discusses acaloradas, os excessos de trabalho e de alimentao. Isto auxilia o bem-estar fsico e emocional.

    CURA ESPIRITUAL: embora o plano espiritual nos fornea os lenitivos do passe para a mitigao de nossa dor material, lembremo-nos de que a verdadeira cura est em nosso modo de pensar, ou mais precisamente, na evoluo espiritual que podemos alcanar: mudanas do comportamento menos digno.

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    ESTUDAR A RESPEITO DO PASSE POR QUE ESTUDAR A RESPEITO DO PASSE? Allan Kardec na questo 459 de O Livro dos Espritos, perguntando aos Espritos

    Superiores a respeito da influncia dos Espritos na nossa vida, recebeu como resposta: "... a sua influncia maior do que supondes, por que muito frequentemente so eles que vos dirigem."

    Desta forma, como se infere de inumerveis obras espritas, em qualquer ao do bem sempre teremos aqueles seres espirituais juntando esforos conosco para a realizao do tentame (Ensaio).

    Nas tarefas espritas, como a do passe, sendo a inteno do passista ajudar, ele contar com a presena e ajuda de entidades espirituais a lhe orientar, fortalecer, amparar, intuir e at potencializar as energias magnticas do passista para um melhor atendimento. o que encontramos no item 176 de O Livro dos Mdiuns na questo n. 2: o Esprito "... aumenta a tua fora e a tua vontade, dirige os teus fluidos e lhes d as qualidades necessrias."

    Sabemos, pelas obras espritas e pela experincia dos mdiuns, que a influncia dos Espritos se faz muito clara, inclusive intuindo com relao s necessidades do paciente, direcionando a mo do passista para o local do corpo fsico onde h uma necessidade energtica.

    Ento, porque deveramos estudar? Vamos citar a opinio de alguns autores.

    "Na execuo da tarefa que lhes est subordinada (o passe), no basta a boa vontade, como acontece em outros setores de atuao. Precisam revelar determinadas qualidades de ordem superior e certos conhecimentos especializados." - Andr Luiz em Missionrios da Luz cap. 19, referindo-se ao trabalho dos tcnicos do passe no Mundo Espiritual.

    "Em qualquer tempo e situao, o esforo individual imprescindvel. ... Nossos tcnicos do assunto no se formaram de pronto. Exercitaram-se longamente, adquiriram experincias a preo alto. Em tudo h uma cincia de comear." - Andr Luiz em Os Mensageiros cap. 19, referindo-se aos tcnicos espirituais da soproterapia.

    "O estudo e a fixao do ensino esprita coloca-nos em condies de mais amplo discernimento da vida, dos homens e dos Espritos." - Martins Peralva em Mediunidade e Evoluo, cap. 7.

    Podemos citar ainda a frase genrica do Esprito de Verdade: espritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instru-vos, eis o segundo.

    Jacob Melo, estudioso e pesquisador esprita, especialista neste assunto, cita alguns

    motivos que se relacionam para que se evite o estudo relacionado tarefa do passe: "Foi fulano que me ensinou assim" "Jesus s impunha as mos e curava" "J faz tanto tempo que fao assim e d bons resultados" "Como a tcnica dos Espritos, deixo que me utilizem e no atrapalho". Vimos algumas opinies a respeito dos trabalhadores do passe desencarnados. A partir

    da, ns podemos deduzir o mesmo para os encarnados que se propuserem a trabalhar com o passe. Os tcnicos espirituais no se comprazem na falta de conhecimento e procuram por todas as formas aprender e se exercitar para a boa execuo das tarefas a que se propem.

    Com relao lista que fez Jacob Melo, poderamos dizer que na maioria das vezes estas frases servem de desculpa para o menor esforo.

    bem verdade que aprendemos muito com as outras pessoas mas ser que, com relao ao passe, j paramos para analisar aquilo que "fulano" nos ensinou? Ser que ele nos ensinou tudo? Nos ensinou corretamente? Ser que no podemos nos dedicar um pouco mais para nos tornarmos melhores instrumentos do bem?

    Acreditamos que Jesus sabia muito bem o que estava fazendo quando operou as suas curas. No impunha simplesmente as mos: curava distncia, curava com a imposio das

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    mos, curava com a simples ordenao da sua palavra, curava sem gesto nenhum, curou at com o uso de sua saliva misturada com terra.

    Para cada caso ele aplicava o mtodo mais apropriado para curar. A questo do tempo de conhecimento da Doutrina Esprita relativo e por isso no

    podemos invocar que j estamos h muito tempo na Doutrina e por isso "sabemos o que estamos fazendo". s vezes camos no comodismo e no queremos continuar a buscar a melhoria de ns mesmos, seja no campo da moral ou do conhecimento. Sempre tempo para mudar para melhor. Estamos longe de saber tudo e imprescindvel que a evoluo se faa continuada seja no plano material ou espiritual. Se a nossa tcnica d bons resultados, j testamos outra para ver se os resultados no sero melhores ainda?

    No podemos deixar na mo dos Espritos todo o trabalho. Os tcnicos do passe no mundo espiritual tm maiores conhecimentos, mais experincia e maior vivncia do que ns. Mas existe a parcela de trabalho que nos compete. Sobrecarreg-los com a parte que nos cabe por falta de esforo para tornar-se um melhor instrumento nas mos deles, no correto.

    Por que haveramos de esperar a nossa chegada ao Mundo dos Espritos para comearmos a estudar a respeito do passe? E quando l chegarmos e formos convidados a continuar a tarefa, como faremos sem nenhum conhecimento? Somente l que aprendemos e evolumos? Por que no podemos aprender enquanto encarnados?

    sabido que entre dois mdiuns da mesma moral, os Espritos preferiro utilizar-se das faculdades daquele que possuir maior conhecimento.

    Portanto, vamos comear a refletir. No basta apenas a boa vontade. O que acharamos se um mdico no estudasse contando apenas com a sua boa vontade em ajudar? E se temos boa vontade, por que no iramos nos esforar para aprender mais a respeito da tarefa que nos cumpre, para sermos melhores instrumentos do amor na Terra?

    Finalizamos, citando Jacob Melo em Cure-se e Cure pelos Passes, cap. 9.: (...) o no estudo, na maioria dos casos, atrasa e diminui os alcances esperados dos benefcios, pelo que inferimos fazer falta o estudo e o conhecimento para muitas dessas pessoas (pessoas de boa vontade). Com o potencial fludico, a boa vontade, a f e o amor que possuem, se a eles juntassem o conhecimento, com certeza os milagres seriam mais abundantes e abrangentes.

    POR QUE OS ESPRITOS SE UTILIZAM DOS PASSISTAS?

    Permitindo a nossa participao os Espritos nos do a oportunidade de algo fazer o que vai nos proporcionar a caminhada da evoluo; sem a presena deles ao nosso lado nossa evoluo se daria de forma muito mais lenta e penosa.

    Como encarnados necessitamos de fluidos animalizados e grosseiros, os quais so compatveis com a nossa evoluo. Estes fluidos so manipulados pelos Espritos transformando-se no remdio que precisamos. No possuindo eles este tipo de fluidos, encontram-nos em nossos irmos encarnados.

    Os Espritos trabalhadores so na realidade os nossos professores permitindo que ns participemos da tarefa para que possamos desenvolver as nossas habilidades e potencialidades que eles fiscalizam e orientam.

    O QUE O PASSE? De forma geral, diz Jacob Melo: o passe uma transfuso objetiva de fluidos de um ser

    para outro ou ainda a interferncia intencional do campo fludico de algum sobre idntico campo de outro algum, tanto em termos fsicos como espirituais.

    Mas diversos autores encarnados e desencarnados deram as suas definies a respeito do passe:

    " uma transfuso de energias psquicas..." - (Emmanuel - O Consolador - questo 99). " uma transfuso de energias regeneradoras..." - (Marco Prisco - Ementrio Esprita). "No unicamente transfuso de energias anmicas. o equilibrante ideal da mente,

    apoio eficaz de todos os tratamentos" - (Andr Luiz - Opinio Esprita - Captulo 55).

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    "...O passe transfuso de energias fisio-psquicas, operao de boa vontade, dentro da qual o companheiro do bem cede de si mesmo em teu benefcio" - (Emmanuel - Segue-me - Captulo O Passe).

    "O passe , antes de tudo, uma transfuso de amor" - (Divaldo P. Franco - Dilogo com Dirigentes e Trabalhadores Espritas, cap. O Passe).

    " O passe um ato de amor na sua expresso mais sublimada" - (Suely Caldas Schubert - Obsesso e Desobsesso, cap. 10).

    "No uma tcnica. um ato de amor. No foi inventado pelo Espiritismo, mas foi estudado por ele. Jesus utilizava-o.

    "Quando duas mentes se sintonizam, uma passivamente e outra ativamente, estabelece-se entre ambas uma corrente mental, cujo efeito o de plasmar condies pelas quais o "ativo" exerce influncia sobre o "passivo". A esse fenmeno denominamos magnetizao. Assim, magnetismo o processo pelo qual o homem, emitindo energia do seu perisprito (corpo espiritual), age sobre outro homem, bem como sobre todos os corpos animados ou inanimados. Temos, portanto, que o passe uma transfuso de energia do passista e/ou esprito para o paciente.

    "As energias doadas atravs dos passes, so foras magnticas de variado teor. Podem ser colhidas dos reinos da Natureza: mineral, vegetal, animal, hominal e de fluidos do plano espiritual.

    "O passista projeta correntes de fluidos finos e poderosos que agem provocando transformaes nos agrupamentos celulares, seja no corpo denso, seja no Perisprito." - extrado do roteiro do Curso de Passes do Lar Espiritual Chico Xavier.

    "Pela identidade de sua natureza, este fluido (fluido universal), condensado no perisprito, pode fornecer ao corpo os princpios reparadores; o agente propulsor o Esprito, encarnado ou desencarnado, que infiltra num corpo deteriorado uma parte da substncia de seu envoltrio fludico. A cura se opera pela substituio de uma molcula s a uma molcula mals (grifo original)." - Allan Kardec em A Gnese, cap. XIV, item 31, Curas).

    OBJETIVOS "O passe esprita objetiva o reequilbrio orgnico (fsico), psquico, perispiritual e

    espiritual do paciente." - Jacob Melo em O Passe. O passe foi includo nas prticas do Espiritismo como um auxiliar dos recursos

    teraputicos ordinrios. , portanto, um meio e no a finalidade do Espiritismo. No entanto, muitas pessoas procuram o centro esprita em busca somente da cura ou melhora de seus males fsicos, psicolgicos e dos distrbios ditos "espirituais".

    Geralmente, as pessoas que assim procedem so nossos irmos que desconhecem os fundamentos do Espiritismo. Muitos veem no Espiritismo mais uma religio, criada por Kardec. Outros o ligam somente mediunidade, temendo sua prtica, que envolveria o relacionamento com "almas do outro mundo". Ainda outros o associam as curas, e mesmo s frmulas msticas para a soluo de problemas financeiros, conjugais, etc.

    "H aqueles que, sem nada conhecer, tomam passes frequentemente, por hbito, mesmo sem estarem necessitando. Isso tudo resulta do desconhecimento doutrinrio, de interpretaes pessoais, da disseminao de conceitos errneos. dever do centro esprita, por meio do seu corpo de trabalhadores, esclarecer os que o procuram acerca dos objetivos maiores do Espiritismo, que gravitam em torno da libertao da criatura das amarras da ignorncia das leis divinas, alando-a a perfeio." extrado do roteiro do Curso de Passes do Centro Esprita Chico Xavier.

    Abusar das energias do passe falta de caridade para com os passistas e para com os Espritos que esto doando as suas energias. Estas podem ser melhor aproveitadas por aquelas pessoas que estejam realmente necessitando.

    OBJETIVOS DO PASSE EM RELAO AO PACIENTE Algum pode procurar o passe "... toda vez que se sinta esgotado e que o repouso

    natural no lhe confira sua volta normalidade; quando, por motivos diversos, sinta-se com dificuldade em fazer uma prece, de concentrar-se numa boa leitura, de voltar sua ateno para

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    coisas srias e nobres; se seu organismo, apesar dos cuidados devidos a ele prestados, no estiver tendo o comportamento normalmente esperado; quando ideias obsessivas se assenhorearem de seus pensamentos com frequncia e obstinao; quando, apesar de ingentes esforos para melhorar-se, pensar que tudo lhe sai sempre errado; quando ideias negativas e depressivas tornarem-se costumeiras no seu mundo interior; quando, por fim, sentir-se sob envolvimento espiritual de nvel inferior e no se encontrar com foras para, por si s, sair da situao." - Jacob Melo em O Passe.

    Os motivos so vrios e de vrias ordens mas devemos sempre que oportuno, esclarecer o paciente de que no basta tomar o passe para resolver seus problemas. S o passe no resolve. Necessita ele de um preparo tendo confiana, recolhimento na prece, atitude de respeito diante da ajuda que ir receber.

    "Renovemos o pensamento e tudo se modificar conosco. Na assistncia magntica, os recursos espirituais se entrosam entre a emisso e a recepo, ajudando a criatura necessitada para que ela ajude a si mesma. A mente reanimada reergue as vidas microscpicas que a servem, no templo do corpo, edificando valiosas reconstrues. O passe, como reconhecemos, importante contribuio para quem saiba receb-lo, com o respeito e a confiana que o valorizam." - Andr Luiz em Nos Domnios da Mediunidade, cap. 17.

    OBJETIVOS DO PASSE EM RELAO AO PASSISTA Lembremos Kardec quando nos informa que "A faculdade de curar pela imposio das

    mos deriva evidentemente de uma fora excepcional de expanso, mas diversas causas concorrem para aument-la, entre as quais so de colocar-se, na primeira linha: a pureza dos sentimentos, o desinteresse, a benevolncia, o desejo ardente de proporcionar alvio, a prece fervorosa e a confiana em Deus; numa palavra... todas as qualidades morais" ou seja: alm de proporcionar a cura ou a melhora do paciente, deve o mdium passista se esforar por melhorar-se moralmente, no fito de cumprir sua tarefa dignamente e de melhor favorecer aos objetivos do passe.

    Como mdiuns, devemos ser conscientes de que temos no passe uma oportunidade sagrada de praticar a caridade sem mesclas, desde que imbudos do verdadeiro esprito cristo, sem falar na bno de podermos estar em companhia de bons Espritos que, com carinho, diligncia, amor, compreenso e humildade se utilizam de nossas ainda limitadas potencialidades energticas em beneficio do prximo e de ns mesmos.

    Ademais, no olvidemos que somos, em maioria, iniciantes na jornada da evoluo, pelo que vale a advertncia de Emmanuel nos recordando que "Seria audcia por parte dos discpulos novos a expectativa de resultados to sublimes quanto os obtidos por Jesus junto aos paralticos, perturbados e agonizantes. O Mestre sabe, enquanto ns outros estamos aprendendo a conhecer. E necessrio, contudo, no desprezar lhe a lio, continuando, por nossa vez, a obra de amor, atravs das mos fraternas".

    Pelo fato de ser simples, no se deve doar o passe a esmo, nem, tampouco, a fim de "dar aparncias graves" aos mesmos, alimentar ideias errneas que induzam ao misticismo ou que venham a criar mistrios a seu respeito. Por isso mesmo nos convida Andr Luiz... "Espritas e mdiuns espritas, cultivemos o passe, no veculo da orao, com o respeito que se deve a um dos mais legtimos complementos da teraputica usual", induzindo-nos, assim, responsabilidade que devemos ter como mdiuns passistas espritas. - extrado do roteiro do Curso de Passes do Centro Esprita Chico Xavier.

    OBJETIVOS DO PASSE EM RELAO AO CENTRO ESPRITA "Cabe ao Centro Esprita no apenas utilizar-se de seus mdiuns para os servios do

    passe mas igualmente renovar os conhecimentos dos mesmos atravs de estudos, simpsios e treinamentos, buscando formar equipes conscientes e responsveis e se eximindo da limitao to perniciosa de se ter apenas um mdium dito "especial", ou, o que no menos grave, contar com pessoas portadoras apenas de boa vontade ao servio mas sem nenhum interesse em estudar, aprender ou reciclar conhecimentos, limitadas, quase sempre, s prticas do "j faz tanto tempo que ajo assim" ou "meu guia quem me guia e ele no falha nunca".

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    Afinal, j sabemos que tempo de prtica, considerado isoladamente, no confere

    respeitabilidade ao passe, assim como a tarefa, no campo da individualidade, do mdium e no de guias que o isente de participao e responsabilidade.

    "Conscientizemos nossos passistas de suas imensas e intransferveis responsabilidades, pois se em todas atividades de nossas vidas somos ns, direta e insubstituivelmente, responsveis por nossos atos, que se h de pensar daquela vinculada a to nobilitante tarefa!" - Jacob Melo em O Passe.

    IMPORTNCIA DO PASSE "Os acmulos de bnos que os Cus incessantemente nos concedem se fazem bem

    patentes quando somos atendidos pela fluidoterapia; quer no alvio de uma simples dor de cabea, quer fazendo minorar sofrimentos mais atrozes; tanto nos clareando a mente em vias de estressar-se quanto nos eximindo das ligaes espirituais mais violentas e tenazes. Outrossim, Espritos endividados qual somos, no conseguiramos pr muito em prtica a caridade sem o exerccio da ajuda aos mais necessitados; e neste campo, a prtica do passe de um valor inestimvel.

    "O passe nos essencial pelo muito que nos pode oferecer tanto em bnos quanto em oportunidades de servio, o que tambm uma bno. Mas comum, na prtica, deturpar-se um pouco esta concluso; enquanto alguns julgam serem imunes necessidade dele para si mesmos, outros caem no "vcio" de tom-lo quantas vezes sejam possveis e no apenas quantas necessrias." - Jacob Melo em O Passe.

    Infelizmente, criou-se no Movimento Esprita a "cultura do passe" onde muitos acham que obrigatrio tomar passe a vida toda, enquanto outros acham que o passe como uma varinha mgica retirando dele os problemas que ele devia enfrentar e resolver com o potencial de boa vontade e sabedoria que Deus dotou a cada um de ns.

    Seria um grave erro querer instituir o benefcio numa Casa Esprita com o interesse de atrair pessoas. Isto seria ser conivente com a ignorncia. Devemos combater este pensamento errneo divulgando o mximo possvel e esclarecendo as pessoas o verdadeiro objetivo do passe e da Doutrina Esprita.

    O Espiritismo veio para elaborar a transformao moral da Humanidade, atravs da renovao de cada um.

    O passe um instrumento que os passistas e os Centros Espritas podero se utilizar como sendo mais um recurso de alvio para os nossos semelhantes que necessitem, bem como para ns mesmos.

    Entendido assim, o passe ser o complemento do tratamento, pois a cura real a da alma libertando-se dos grilhes da ignorncia, do egosmo e do orgulho.

    Do ponto de vista terreno, a mxima: Buscai e achareis anloga a esta outra: Ajuda-te a ti mesmo, que o Cu te ajudar. o princpio da lei do trabalho e, por conseguinte, da lei do progresso (...)

    (...) No, os Espritos no vm isentar o homem da lei do trabalho: vm unicamente mostrar-lhe a meta que lhe cumpre atingir e o caminho que a ela conduz, dizendo-lhe: Anda e chegars. Topars com pedras; olha-as e afasta-as tu mesmo. Ns te daremos a fora necessria, se a quiseres empregar Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 25.

    Nem sempre a cura acontece ou no acontece como gostaramos e isto decorre de uma questo de merecimento. Vejamos abaixo algumas citaes de autores abalizados.

    ... a questo do merecimento est diretamente vinculada aos dbitos do passado, tanto desta quanto de outras vidas, como aos esforos que vimos empreendendo para nos melhorarmos fsica, psquica, moral e espiritualmente.

    Se na vida anterior sujeitamos nosso corpo a pesados e indevidos desgastes, no s o teremos comprometido como igualmente nosso perisprito ter assimilado as consequncias de tais mazelas. Em decorrncia, nosso rgo perispiritual transferir ao novo corpo as deficincias localizadas, as quais, dependendo da extenso e gravidade dos delitos, se

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    demoraro para normalizar, ensejando-nos o aprendizado da valorizao das reais finalidades orgnicas. Jacob Melo em O Passe.

    Em todo lugar onde haja merecimento nos que sofrem e boa vontade nos que auxiliam, podemos ministrar o benefcio espiritual com relativa eficincia. Andr Luiz em Missionrios da Luz, cap. 19.

    No terreno das vantagens espirituais, imprescindvel que o candidato apresente uma certa tenso favorvel. Essa tenso decorre da f. Andr Luiz em Nos Domnios da Mediunidade, cap. 17.

    O Apstolo Pedro disse: o amor cobre a multido de pecados, da o esforo constante no bem faz, muitas vezes, com que alcancemos um abrandamento das penas que selecionamos para fazer parte do cortejo doloroso desta encarnao.

    Se faz necessrio a compreenso deste quesito para que no incorramos no erro de prometer curas a fulano ou a beltrano pois o bom resultado do trabalho do passista estar sempre subordinado s leis amorosas e sbias de Deus, apesar de que o mau resultado do seu trabalho est muitas vezes vinculado ao mau uso das tcnicas ou falta de preparao moral do passista.

    RECOMENDAES AOS PASSISTAS Requisitos bsicos Extramos do roteiro do Curso de Passes do Centro Esprita Chico Xavier as seguintes

    anotaes sobre os requisitos necessrios de serem seguidos pelo passista para o bom xito do trabalho de passe. Fizemos alguns acrscimos da nossa parte, os quais se encontram em destaque alm da opinio de alguns autores.

    Preparo fsico - fundamental ao mdium passista o cuidado com a sua sade fsica,

    pois ningum consegue dar o que no possui. Um corpo sem sade teria irradiao fraca, mais nociva do que til, para si e para o paciente.

    Apesar de s vezes pessoas debilitadas aplicarem o passe com resultados mais positivos do que o passe aplicado por algum saudvel. Mas isto no a regra geral.

    A alimentao um assunto muito importante para o mdium passista. Durante as horas que antecedem ao servio, a alimentao dever ser leve, evitando-se os excessos, que provocam desarmonias no aparelho gastrintestinal e que prejudicam as faculdades radiantes.

    So aconselhveis pratos leves, em pequenas quantidades, sendo inaceitvel a ingesto de lcool e o uso de txicos.

    Aos que usam o fumo, a carne, o caf ou os temperos excitantes, recomenda-se reduzir o seu consumo no dia da reunio, quando no for possvel a absteno total.

    Evitar de um modo geral tudo o que implica desgaste ou perda de energia: excessos sexuais, trabalhos demasiados, alimentao imprpria.

    A higiene corporal, tambm, no deve ser esquecida. sempre aconselhvel um certo repouso antes dos trabalhos.

    Requisitos morais - Esclarece Kardec, em O Livro dos Mdiuns, que as qualidades

    que atraem os bons Espritos so: a bondade, a benevolncia, a simplicidade de corao, o amor ao prximo e o desprendimento das coisas materiais. E que os defeitos que os afastam so: orgulho, egosmo, inveja, cime, dio, sensualidade e todas as paixes que escravizam o homem matria.

    ainda Kardec quem diz: "o fluido espiritual ser tanto mais depurado e benfazejo quanto mais o Esprito que fornece for puro e desprendido da matria. Por isso, o fluido humano apresenta propriedades diversas, de acordo com as qualidades fsicas e morais do indivduo".

    A moral daqueles que compem o grupo definir o xito ou o fracasso do trabalho. O missionrio do auxlio magntico, na Crosta ou aqui em nossa esfera, necessita ter

    grande domnio sobre si mesmo, espontneo equilbrio de sentimentos, acendrado amor aos

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    semelhantes, alta compreenso da vida, f vigorosa e profunda confiana no Poder Divino. Andr Luiz em Missionrios da Luz, cap. 19.

    Um magnetizador ou um passista que no tenha f no consegue movimentar positivamente seus potenciais magnticos nem dot-los da fora curativa, peculiar aos seres determinados em realizar suas propostas no campo do bem.

    A f e o merecimento so como os interruptores que fazem circular a energia pelo circuito eltrico...

    Alm disto... a boa vontade imperiosa para o sucesso do passe. Com ela consubstanciamos a vontade propriamente dita, fortalecendo-a . E a fora de vontade definitiva no magnetismo. Vejamos o Allan Kardec disse a respeito (O Livro dos Mdiuns, 2. parte, cap. 8, item 131): Tanto quanto do Esprito errante, a vontade igualmente atributo do Esprito encarnado; da o poder do magnetizador, poder que se sabe estar na razo direta da fora de vontade. extrado de Cure-se e Cure pelos Passes, cap. 9, de Jacob Melo.

    Com relao necessidade da humildade no passista, vejamos o que disse o esprito Mesmer: (...) Agindo s no pode obter seno o que a sua fora, sozinha, pode produzir; ao passo que os mdiuns curadores comeam por elevar sua alma a Deus, e a reconhecer que, por si mesmos, nada podem. Fazem, por isto mesmo, um ato de humildade, de abnegao. Ento, confessando-se fracos por si mesmos, em sua solicitude, Deus lhes envia poderosos socorros, que o primeiro no pode obter, por se julgar suficiente para o empreendimento. extrado de Cure-se e Cure pelos Passes de Jacob Melo.

    O amor o mais importante de tudo e em tudo. No poderia ser diferente no passe. Afinal, o passe, na melhor acepo do termo, uma transferncia de amor. (...) Quando estamos cheios de amor, nosso passe se diviniza, nossos fluidos adquirem maior penetrabilidade, estabilidade e mais alcance. Nosso potencial magntico se amplia tanto em termos materiais como espirituais, pois com o amor vibrando forte e harmnico em nosso mundo ntimo at o acesso dos Espritos superiores fica facilitado e melhora sobremaneira nosso intercmbio feliz.

    Se amarmos o paciente nossa frente de verdade, nosso amor qualificar extraordinariamente nossos passes. No tenhamos dvidas, com o amor em ao operaremos os mais eloquentes milagres. Jacob Melo em Cure-se e Cure pelos Passes.

    Requisitos Mentais - No devemos forar a prtica medinica em pessoas dbeis,

    pois a perda de fluidos pode lhes ser danosa. ... seguindo com Kardec, desse exerccio Cumpre afastar, por todos os meios

    possveis, as que apresentem sintomas, ainda que mnimos, de excentricidade nas ideias, ou de enfraquecimento das faculdades mentais, porquanto, nessas pessoas, h predisposio evidente para a loucura, que se pode manifestar por efeito de qualquer sobre-excitao.

    Antes de tudo necessrio equilibrar o campo das emoes. No possvel fornecer energias construtivas a algum (...) se fazemos sistemtico desperdcio das irradiaes vitais. Um sistema nervoso esgotado, oprimido, um canal que no responde pelas interrupes havidas. A mgoa excessiva, a paixo desvairada, a inquietude obsidente, constituem barreiras que impedem a passagem das energias auxiliadoras. extrado de O Passe de Jacob Melo.

    E Martins Peralva quem cita alguns "requisitos no menos importantes para os que

    operam no setor de passes em instituies. So os seguintes: a) Horrio b) Confiana c) Harmonia interior d) Respeito. A prece, especialmente, representa elemento indispensvel para que a alma do

    passista estabelea comunho direta com as foras do Bem, favorecendo, assim, a canalizao, atravs da mente, dos recursos magnticos das esferas elevadas.

    Por ela, consegue o passista duas coisas importantes e que asseguram o xito de sua tarefa:

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    a) Expulsar do prprio mundo interior os sombrios pensamentos remanescentes da atividade comum, durante o dia de lutas materiais;

    b) Sorver do plano espiritual "as substncias renovadoras" de que se repleta, "a fim de conseguir operar com eficincia, a favor do prximo". - Estudando a Mediunidade, cap. XXVI, de Martins Peralva.

    a prece o elo que liga o passista aos benfeitores espirituais, facilitando a canalizao, atravs da mente, dos recursos magnticos das esferas superiores.

    No livro Nos Domnios da Mediunidade, Andr Luiz narra como dois mdiuns, Clara e Henrique, se preparavam para o trabalho de passes. Eles, em prece, estavam banhados de luz e pareciam quase desligados da matria, mostrando-se espiritualmente mais livres, em contato mais perfeito com os benfeitores espirituais.

    No mesmo trecho, diz o instrutor Aulus que "a prece prodigioso banho de foras, tal a corrente mental que atrai. Por ela, Clara e Henrique expulsam do prprio mundo interior os sombrios remanescentes da atividade comum que trazem do cotidiano e sorvem do nosso plano as substncias renovadoras de que se repleta a fim de conseguirem operar, com eficincia, a favor do prximo". extrado do roteiro do Curso de Passes do Centro Esprita Chico Xavier.

    COMPROMISSO E RESPONSABILIDADE Falamos acima de f, merecimento, boa vontade. Tudo isto se faz necessrio para

    recebermos o amparo do Alto. Um trabalho sem continuidade, sem responsabilidade, revela uma pessoa descompromissada com a tarefa.

    O trabalho de passes exige dos Espritos Trabalhadores uma grande soma de energias e de tempo na sua preparao para um amparo eficiente e adequado aos pacientes encarnados ou desencarnados. preciso que os passistas se mostrem em condio de servir altura do que lhe esperado, logicamente, dentro das suas possibilidades reais.

    Seria importante, antes de comear a tarefa, perguntar: Por que eu quero trabalhar com o passe? Quais so os meus motivos? O que me levou a procurar este tipo de tarefa? Se a resposta for: o desejo de servir a quem necessita, estaremos no caminho correto pois o faremos de boa vontade, com amor e dedicao.

    Coisas como assiduidade, pontualidade, recolhimento, prece e meditao, so fundamentais para este trabalho. A Espiritualidade amiga sempre estar a nos esperar, nos dando a concesso de participar com eles de trabalho to nobre, mas isto requer esforo prprio.

    O dia de aplicar o passe um dia em que devemos estar em nossa melhor forma, em todos os sentidos: fsica, mental, emocional, espiritual e moral. Apesar de que esta uma condio que devemos buscar em todos os dias e instantes, conforme nos assevera o Projeto Manoel Philomeno de Miranda no livro Reunies Medinicas, cap. Normas e procedimentos, item 11 quando falamos em disciplinas preparatrias no estamos nos referindo providncias de ocasio, cuidados to somente para o dia da reunio. Nos referimos a conquistas intelecto-moral, incorporao de hbitos de vida saudveis a fim de que o trabalhador esteja sempre pronto para o trabalho."

    A falta ao trabalho justificada quando o motivo que a proporcionou seja mais elevado ou urgente. Para fazermos a distino entre um e outro, reflitamos neste exemplo: algum bate nossa porta pedindo um socorro que somente ns podemos lhe fornecer. Se o mandarmos embora afirmando que no podemos por que temos que ir a uma festa, ou a um aniversrio, estaremos corretos? Se o despedirmos por que estamos sentindo uma dorzinha de cabea ou por que o futebol est passando na televiso, estaremos agindo com sentimento cristo?

    Assim, tendo em conta a frase do Esprito de Verdade, contida no Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XVII, de Allan Kardec de que reconhece-se o verdadeiro esprita pela sua transformao moral, e pelos esforos que faz para dominar suas ms inclinaes no podemos esperar a perfeio para comearmos a fazer o bem. Ao mesmo tempo, entendemos que se faz necessrio nos esforcemos para modificar a nossa maneira de ser e de agir, transformando as nossas ms inclinaes para que, cada vez melhor, possamos pautar a

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    nossa existncia dentro dos padres do Evangelho. Estaremos atendendo cada vez melhor ao programa que foi traado para a nossa existncia e correspondendo melhor com as expectativas dos Espritos que esperam de ns o melhor esforo.

    DEUS, ESPRITO E MATRIA

    DEUS O que DEUS? (LE QUESTO 1)

    Inteligncia suprema, causa primria de todas a coisas. ESPRITO

    O Esprito o princpio inteligente do Universo, criado por DEUS, simples e ignorante. Deus lhe concedeu o livre-arbtrio, a escolha entre o bem e o mal. Ofereceu-lhe tambm a fonte inesgotvel da inteligncia universal, para se abastecer vagarosamente.

    Convivendo com o fluido csmico universal, atravs de bilhes de anos, dele soube manipular o fluido vitalizante (magnetismo), que atua nos seres orgnicos. Pode, assim, dominar a matria e trabalhar na modelao de seu corpo fsico, nas diversas encarnaes. MATRIA

    a condensao do Fluido csmico universal FLUIDO

    CONCEITO: designao genrica de gases e lquidos (Slido-lquido-gasoso) (Constituio da matria-tomo-eletrons-neutros-protons-Leptons-quarks-top quarks, Bosons, Neutrinos...) FLUIDO CSMICO UNIVERSAL: a matria elementar primitiva.

    Pode apresentar-se: a. Eterilizado, impondervel; b. Estado intermedirio, no qual ocorrem fenmenos psquicos; c. Materializado, fenmenos materiais.

    LEMBRETES SOBRE OS FLUIDOS:

    Todo universo constitudo desse fluido; O fluido csmico universal energia condensada em estado muito sutil; Em todos os estgios, os fluidos sofrem modificaes, as mais variveis; O perisprito reveste o Esprito; constitudo de fluido csmico universal, retirado da

    matria do planeta onde o Esprito vive; So a atmosfera dos seres espirituais;

    So o veculo do pensamento, assim como o ar o veculo do som;

    So modificados pela vontade e pelo pensamento;

    Determinam as vestes e aparncias dos Espritos (transfigurao);

    Os pensamentos manipulam os fluidos, produzindo formas-pensamento, as quais se refletem no corpo espiritual e deste para o corpo material do homem;

    Maus pensamentos corrompem os fluidos;

    Bons pensamentos purificam os fluidos;

    Perisprito - fluido condensado - plasticidade - (lobo, ovoide e transfigurao);

    Esprito - foco inteligente;

    Pensamento - matria que pode ser vista por Espritos evoludos;

    Jesus via criaes fludicas dos pensamentos;

    Vrias combinaes resultam em energia eltrica, magntica, princpio vital e fluido vital. (Gnese, cap.14)

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    PERISPRITO Revestimento de proteo do ESPRITO, constitudo

    de matria sutil (quintessenciada) prpria do mundo em que vai atuar. Ao deixar o corpo fsico, o Esprito continua com seu perisprito, que o arquivo de suas existncias.

    CURAS A manipulao do Fluido Csmico Universal elemento reparador do corpo

    perispiritual e do corpo carnal substitui a molcula doente por uma s, infiltrando elementos reparadores e processando a cura.

    A potncia curadora depende: a. Pureza da substituio inoculada; b. Energia da vontade - fora de penetrao; c. Inteno Efeitos: a. Lento - tratamento continuado; b. Rpido - cura instantnea. Os fluidos podem ser originrios de: a. Encarnado magnetismo humano; b. Esprito magnetismo espiritual - atua diretamente e sem intermedirio; c. Misto - magnetismo misto interliga-se o fluido humano e o espiritual.

    A FACULDADE DE CURAR, ATRAVS DOS FLUIDOS, COMUM. PODE SER

    DESENVOLVIDA PELO EXERCCIO; A DE CURAR ESPONTANEAMENTE RARA E

    EXCEPCIONAL.

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    CORPO HUMANO

    CLULA: a menor partcula do ser humano. QUANTO FORMA: existem seres vivos formados por clulas praticamente todas iguais, e outros que apresentam poucos tipos de clulas. A maioria dos seres vivos tem, no entanto, o corpo formado por clulas de vrias formas. Este o caso do homem. No corpo humano, existem clulas redondas, fusiformes, cbicas, cilndricas, estreladas etc. - Redondas (sangue);

    - Fusiformes (tecidos musculares); - Cilndricas (epiderme); - Cbicas (ossos); - Estreladas (sistema nervoso).

    A clula formada de vrios elementos. Os principais so:

    Ncleo

    Citoplasma

    Membrana do ncleo FUNES DA MEMBRANA E DO CITOPLASMA:

    A membrana separa a clula do meio em que ela vive. Dessa forma, a membrana protege a clula. Alm disso, a membrana permite a entrada de alimentos na clula e a sada de escrias.

    Pelo processo de reproduo, a clula divide-se, formando novas clulas. Pelo processo de nutrio, incorporado material ao citoplasma, que pode crescer e tambm utilizar o material incorporado para realizar as funes da clula.

    Lembre-se: as funes de reproduo e de nutrio celular so controladas pelo ncleo. Observe o que acontece com uma clula quando ela cortada em dois pedaos (com

    ncleo e sem ncleo): a parte que ficou com o ncleo continua viva e se reproduziu, formando duas clulas; a parte que ficou sem o ncleo, morreu.

  • 22

    OS NCLEOS NAS CLULAS HUMANAS No corpo humano, a maioria das clulas possui apenas um ncleo. Existem, no entanto,

    clulas sem ncleo e clulas com mais de um ncleo. As hemcias, que so as clulas vermelhas do sangue, no possuem ncleo. Assim,

    elas no se nutrem nem se reproduzem: duram algumas semanas e depois morrem. O nmero de hemcias no sangue humano permanece constante porque o organismo

    produz continuamente novas hemcias.

    As clulas formam os rgos e os sistemas.

    SISTEMA RESPIRATRIO

    A respirao um processo que se realiza dentro de todas as clulas vivas do organismo e se caracteriza pela liberao de energia, a partir do alimento e do oxignio.

    Sangue o lquido encarregado de levar o alimento e o oxignio para as clulas. O alimento cedido ao sangue pelo sistema digestivo, e o oxignio cedido pelo sistema respiratrio.

    O sangue, rico em alimentos e oxignio, chega s clulas. Os alimentos e o oxignio passam do sangue para as clulas,

    atravs da linfa. Nas clulas, ocorre uma reao entre os alimentos e o

    oxignio: a respirao propriamente dita. Em consequncia dessa reao, a clula liberta energia e gs

    carbnico. A energia utilizada pela clula e o gs carbnico passa para o sangue, atravs da

    linfa. O gs carbnico levado pelo sangue at o sistema respiratrio.

    O sistema respiratrio consta de:

    Vias areas: fossas nasais, faringe, laringe, traqueia e brnquios;

    Pulmes: em nmero de dois, situados um em cada lado do trax.

    Esse sistema encarregado de retirar o oxignio do ar e pass-lo ao sangue; posteriormente, de receber o gs carbnico do sangue e liber-lo para o ar.

    A entrada do ar denomina-se INSPIRAO.

  • 23

    A sada denomina-se EXPIRAO atravs dos ALVELOS que se processa a troca entre o oxignio e o gs carbnico.

    Um dos maiores inimigos desse sistema so as substncias do cigarro, bloqueando suas trocas. O organismo possui elementos de defesa, e a noite toda trabalha para expulsar o inimigo, mas com o tempo se cansa, dando origem s doenas pulmonares.

    SISTEMA DIGESTIVO

  • 24

    - BOCA

    A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo a boca. A encontram-se os dentes e a lngua, que preparam o alimento para a digesto, por meio da mastigao. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaos, misturando-os saliva, o que ir facilitar a futura ao das enzimas.

    - FARINGE E ESFAGO

    A faringe, situada no final da cavidade bucal, um canal comum aos sistemas digestrio e respiratrio: por ela passam o alimento, que se dirige ao esfago, e o ar, que se dirige laringe.

    O esfago, canal que liga a faringe ao estmago, localiza-se entre os pulmes, atrs do corao, e atravessa o msculo diafragma, que separa o trax do abdmen. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorr-lo.

    - INTESTINO DELGADO

    O intestino delgado um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de dimetro e pode ser dividido em trs regies: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e leo (cerca de 1,5 cm). A poro superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro, esfncter muscular da parte inferior do estmago pela qual este esvazia seu contedo no intestino.

    A digesto do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras pores do jejuno. No duodeno atua tambm o suco pancretico, produzido pelo pncreas, que contm diversas enzimas digestivas. Outra secreo que atua no duodeno a bile, produzida no fgado e armazenada na vescula biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares tm ao detergente, emulsificando ou emulsionando as gorduras (fragmentando suas

    gotas em milhares de microgotculas). O suco pancretico, produzido pelo pncreas, contm gua, enzimas e grandes quantidades de bicarbonato de sdio. O pH do suco pancretico oscila entre 8,5 e 9. Sua secreo digestiva responsvel pela hidrlise da maioria das molculas de alimento, como carboidratos, protenas, gorduras e cidos nuclicos. A amilase pancretica fragmenta o amido em molculas de maltose; a lpase pancretica hidrolisa as molculas de um tipo de gordura os triacilgliceris, originando glicerol e lcool; as nucleasses atuam sobre os cidos nuclicos, separando seus nucleotdeos.

    - INTESTINO GROSSO

    o local de absoro de gua, tanto a ingerida quanto a das secrees digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de lquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de gua das secrees. Glndulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trnsito e eliminao pelo nus. Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, clon ascendente, clon transverso, clon descendente, clon sigmoide e reto. A sada do reto chama-se nus e fechada por um msculo que o rodeia, o esfncter anal.

    Numerosas bactrias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em dissolver os restos alimentcios no assimilveis, reforar o movimento intestinal e proteger o organismo contra bactrias estranhas, geradoras de enfermidades.

  • 25

    As fibras vegetais, principalmente a celulose, no so digeridas nem absorvidas, contribuindo com porcentagem significativa da massa fecal. Como retm gua, sua presena torna as fezes macias e fceis de serem eliminadas.

    O intestino grosso no possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente s absorve gua, em quantidade bastante considerveis. Como o intestino grosso absorve muita gua, o contedo intestinal se condensa at formar detritos inteis, que so evacuados.

    - RGOS ANEXOS - GLNDULAS SALIVARES FGADO - PNCREAS

    - GLNDULAS SALIVARES

    - FGADO

    - PNCREAS

    O pncreas uma glndula digestiva de secreo interna e externa, de mais ou menos 15 cm de

    comprimento e de formato triangular, localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdome, na ala formada pelo duodeno, sob o estmago. O pncreas formado por uma cabea que se encaixa no quadro duodenal, de um corpo e de uma cauda afilada. A secreo externa dele dirigida para o duodeno pelos canais de Wirsung e de Santorini. O canal de Wirsung desemboca ao lado do canal coldoco na ampola de Vater. O pncreas comporta dois rgo estreitamente imbricados: pncreas excrino e o endcrino. O pncreas excrino produz enzimas digestivas, em estruturas reunidas denominadas cinos. Os cinos

    pancreticos esto ligados atravs de finos condutos, por onde sua secreo levada at um condutor maior, que desemboca no duodeno, durante a digesto.

    O pncreas endcrino secreta os hormnios insulina e glucagon, j trabalhados no sistema endcrino.

    o maior rgo interno, e ainda um dos mais importantes. a mais volumosa de todas as vsceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem cor arroxeada, superfcie lisa e recoberta por uma cpsula prpria. Est situado no quadrante superior direito da cavidade abdominal.

  • 26

    SISTEMA CIRCULATRIO

  • 27

    - Corao

    - Vasos sanguneos

    Corao bombeia o sangue para o corpo; O sangue circula entre as artrias e as veias; As artrias conduzem o sangue do corao para o corpo; As veias so vasos que conduzem o sangue do corpo para o corao.

    Existe nesse sistema a PEQUENA e GRANDE CIRCULAO.

    A Pequena Circulao compreende a circulao que se realiza entre o corao e os pulmes.

    A Grande Circulao compreende a circulao que se realiza entre o corao e os outros rgos.

    SISTEMA NERVOSO

    O sistema nervoso formado por rgos que so constitudos por tecido nervoso.

    O tecido nervoso formado por clulas denominadas neurnios, que possuem trs partes:

    Corpo celular: que contm o ncleo da clula; Dendritos: prolongamentos, geralmente pequenos e numerosos, que partem do corpo

    celular; Axnio: prolongamento nico e geralmente comprido, que parte do corpo celular e

    termina em ramificaes menores.

    Lembre-se de que os axnios so protegidos por bainhas e formam as fibras nervosas. Um feixe de fibras nervosas forma o que chamamos nervo.

  • 28

    Os nervos so encarregados de transmitir as mensagens entre os diversos rgos do corpo e os centros nervosos. Podem ser de trs tipos:

    Nervos sensitivos - possuem apenas fibras sensitivas e por isso transmitem mensagens dos rgos para os centros nervosos;

    Nervos motores - possuem apenas fibras motoras e por isso somente transmitem mensagens dos centros nervosos para os rgos;

    Nervos mistos - possuem fibras sensitivas e fibras motoras e por isso transmitem dos rgos para os centros nervosos e vice-versa.

    O sistema nervoso por ser divido em:

    Sistema nervoso cefalorraquidiano, subdividido em:

    o Sistema nervoso central - formado pelo encfalo e pela medula; o Sistema nervoso perifrico - formado pelos nervos cranianos (12 pares) e pelos

    nervos raquidianos (31 pares).

    Sistema nervoso autnomo, subdividido em:

    o Sistema nervoso simptico - formado pelos cordes nervosos, gnglios centrais e nervos simpticos;

    o Sistema nervoso parassimptico - formado pelos nervos parassimpticos.

    O encfalo formado pelos rgos: crebro, cerebelo e bulbo

    O crebro o maior rgo do encfalo, e nele se situam a memria, o raciocnio e a conscincia. ainda o receptor interno de todos os sentidos.

    O cerebelo controla a atividade muscular e o equilbrio do corpo. O bulbo controla as funes da digesto, circulao e respirao. A medula inicia-se no bulbo e se prolonga at a poro inferior do trax. Funciona como centro nervoso de atos reflexos. O sistema nervoso central protegido por trs membranas, denominadas meninges. O sistema simptico estabelece ligao entre a medula e os rgos de nutrio. So

    dois cordes nervosos, que possuem vrios gnglios. Os gnglios comunicam-se com os rgos de nutrio atravs dos nervos simpticos. O sistema parassimptico estabelece ligao entre centros nervosos da medula e o

    encfalo com os rgos de nutrio. formado por nervos parassimpticos, cujas fibras partem dos centros nervosos e se dirigem para os rgos de nutrio, sem passarem pelos gnglios do sistema simptico.

    O sistema simptico e o parassimptico atuam sobre os rgos de nutrio e funcionam como inibidores entre si. A funo, que estimulada pelo simptico, freada pelo parassimptico, e vice-versa.

  • 29

    O estudo da Anatomia Humana e suas ligaes com os Centros de Fora.

    Sistema Nervoso. um conjunto de estruturas complexas que elaboram e presidem todas as atividades do

    corpo. Forma sobre o corpo uma rede de fios tranados, que se alongam, tornando-se cada vez mais finos na proporo que avanam formando gnglios e plexos.

    Gnglios: espcie de n que resulta do entrelaamento de vasos ou filetes nervosos. Plexos: rede formada por filetes nervosos, vasculares e musculares. O Sistema Nervoso divide-se de acordo com a: I - Localizao: SNC (sistema nervoso central), constitudo pelo: Encfalo (crebro, cerebelo e tronco cerebral). Medula espinhal. SNP (sistema nervoso perifrico), constitudo pelos: Nervos cranianos e espinhais. Gnglios. II - Funo: SNS (sistema nervoso somtico): Controla as funes de relao, ou seja, os

    movimentos voluntrios e conscientes. SNN (sistema nervoso neurovegetativo): Controla as funes de vida vegetativa, ou

    seja, os movimentos involuntrios. O SNC e SNP possuem componentes, tanto somticos quanto vegetativos, que so

    constitudos por duas vias, respectivamente: Via aferente: que leva as ordens elaboradas no encfalo para os rgos que vo

    execut-las. Via eferente: que traz de qualquer parte do corpo, informaes para o encfalo,

    tambm chamado por sistema nervoso autnomo (SNA). O SNP considerado, por excelncia, um sistema medinico. Por ele so formados os

    plexos que tm grande influncia nas relaes com as enfermidades fsicas ou espirituais.

    A memria. O diencfalo uma poro do encfalo onde encontramos: Tlamo (importante centro de correlao sensitiva). Corpo pineal. Hipotlamo (hipfise). A regio do hipocampo fundamental para o arquivamento de novos dados na memria

    e no processo de aprendizagem. Atravs do giro do cngulo e de suas conexes com as regies do crtex cerebral, a regio do hipocampo recebe todos os tipos de informao. No momento em que importante memorizar detalhes especficos de uma informao, o hipocampo emite sinais que possibilitam que estes detalhes sejam repetidos, at que sejam permanentemente armazenados nas reas do crtex destinadas memria a longo prazo.

    Hipocampo, o crtex e hipfise so estruturas do lobo temporal intimamente relacionadas com o processamento da memria.

    Glndulas: As glndulas endcrinas so hipfise, corpo pineal, tireoide, paratireoides, adrenais

    (suprarrenais). Tm por funo a produo de hormnios.

  • 30

    Hipfise: localiza-se na base do crnio. Divide-se em neurohipfise e adenohipfise. Produz os seguintes hormnios gonadotrofinas, tireotrfico, prolactina, de crescimento e antidiurtico.

    Tireoide: localiza-se na base do pescoo. Produz os seguintes hormnios tiroxina (T4), triiodotironina (T3). Estes hormnios aceleram o metabolismo, influem no crescimento fsico, amadurecimento sexual e desenvolvimento mental.

    Paratireoides: localiza-se na face posterior da tireoide. Secretam o paratormnio que regula os nveis de clcio e fosfato no sangue.

    Adrenais: localizam-se acima dos rins, objetivam equilibrar o organismo diante dos mais variados estmulos: tenso emocional, jejum, variao de temperatura, exerccio muscular, infeces. Ex.: adrenalina.

    Corpo pineal: tambm chamada de epfise (Ler missionrios da Luz Andr Luiz). Glndulas Excrinas: so sudorparas (suor), sebceas (gorduras), salivares (saliva),

    gstricas (suco gstrico). Glndulas Mistas: so o pncreas, gnadas (testculos e ovrios) e o fgado. Corpo Pineal: Est localizado abaixo do esplnio do corpo caloso e coberto por uma lmina da tela

    coroide do 3 ventrculo. Pesa de 140 a 200 mg. reas calcificadas so encontradas no corpo pineal no adulto (RX). O corpo pineal consiste principalmente de clulas parenquimatosas e neuroglia. A significao do rgo obscura. Anatomia Humana Gardner. Corpo pineal: a glndula da vida mental (espiritual) do homem. Relaciona-se com os laos divinos da natureza, na sequncia de lutas, pelo

    aprimoramento da alma. Ativada na puberdade (14 anos), relaciona-se com as sensaes e impresses na esfera

    emocional. Na qualidade de controladora do mundo emotivo, sua posio na experincia sexual

    bsica e absoluta. Responsvel pela recapitulao da sexualidade, examina o inventrio de paixes vividas

    noutra poca, que reaparecem sob fortes impulsos. As glndulas genitais segregam os hormnios do sexo, mas a glndula pineal segrega

    hormnios psquicos ou unidade de foras que vo atuar, de maneira positiva, nas energias geradoras.

    Est ligada mente atravs de princpios eletromagnticos do campo vital, comanda as foras subconscientes sob a determinao direta da vontade.

    Missionrios da Luz Andr Luiz.

    Histria Sobre a Cura e as Doenas. Em toda a Histria da Humanidade, sempre aconteceram curas, os chamados

    milagres. (Curas na Bblia em o livro A Gnese - Allan Kardec, etc.) A OMS Organizao Mundial de Sade na Constituio de 1948, enuncia a definio

    que se tornou um clssico nos crculos da sade: Sade um completo estado de bem-estar fsico, mental e social, e no a meramente ausncia de doena. Dubos (1965) define sade como: ... Sade o resultado do equilbrio dinmico entre o indivduo e o seu meio ambiente...

    Pela Doutrina Esprita podemos definir a sade como sendo o equilbrio entre o indivduo no seu aspecto fsico, psquico, espiritual, secundado pelas leis de Causa e Efeito.

    CURAS OPERADAS POR JESUS NA BBLIA As curas especiais na Bblia incluam todos os tipos de molstias. Jesus e os apstolos

    podiam curar qualquer pessoa de qualquer doena ou enfermidade (Atos 5:15-16; Marcos 1:32-34; Mateus 4:23-24; 9:35). Cegos de nascena recebiam a viso imediatamente; coxos de

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    nascena comeavam a andar. Todos os que buscavam a cura e dela eram merecedores, ficavam curados diante dos que observavam (Atos 3:1-10; 4:22; Joo 9; Marcos 3:1-6; Mateus 8:1-4; Lucas 22:50-51).

    CURAS OPERADAS POR JESUS DESCRITAS EM A GNESE - ALLAN KARDEC Dado o poder fludico que ele possua nada de espantoso h em que esse fluido

    vivificante, acionado por uma vontade forte, haja reanimado os sentidos em torpor; que haja mesmo feito voltar ao corpo o Esprito, prestes a abandon-lo, uma vez que o lao perispirtico ainda se no rompera definitivamente.... (A Gnese, cap. XV, item 39)

    Jesus ia por toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todos os langores e todas as enfermidades no meio do povo. - Tendo-se a sua reputao espalhado por toda a Sria; traziam-lhe os que estavam doentes e afligidos por dores e males diversos, os possessos, os lunticos, os paralticos e ele a todos curava. - Acompanhava-o grande multido de povo da Galileia, de Decpolis, de Jerusalm, da Judia e de alm Jordo. (S. Mateus, cap. IV, vv. 23, 24, 25.)

    Ao lermos o Captulo das Curas em o Livro A Gnese, nos deparamos com as curas feitas por Jesus e seus discpulos, que se valiam da imposio de mos, da gua magnetizada, e da orao para efetuarem os chamados milagres, as curas das doenas fsicas e espirituais (obsesses).

    MAGNETISMO - MESMERISMO Franz Anton Mesmer (1734/1814) mdico de Viena, iniciou seu trabalho clnico com

    magnetismo por volta de 1774, quando tornou-se moda usarem-se ms como teraputica para as doenas d