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GRUPO ESPÍRITA MANOEL BENTO DIRETORIA DE ENSINO / DIRETORIA DE DOUTRINA C C U U R R S S O O D D E E P P A A S S S S E E São Paulo / 2009

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GGRRUUPPOO EESSPPÍÍRRIITTAA MMAANNOOEELL BBEENNTTOO

DIRETORIA DE ENSINO / DIRETORIA DE DOUTRINA

CCCUUURRRSSSOOO DDDEEE PPPAAASSSSSSEEE

São Paulo / 2009

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Curso de Passe

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SUMÁRIO 1ª AULA 03 I – O Passe Espírita 03 II – O Passista 03 III – O Assistido 03 IV – A Defesa do Assistido 04 V – Dúvidas dos Assistidos 04 VI – Dicas Gerais aos Passistas 04 2ª AULA 06 I – Dúvidas do Passista Durante o Passe 06 II – Necessidades dos passistas 10 III – O passista e a mediunidade 11 IV – Restrições na aplicação 13 3ª AULA 16 I – Magnetismo 16 II – Correntes magnéticas 17 4ª AULA 19 I – Duplo Etérico 19 II - Os centros vitais 21 III - Ação dos e nos centros vitais 29 IV - Rearmonização dos centros vitais 31 5ª AULA 33 I – Ação negativa dos fluidos 33 II – Ação dos passes em regiões ou situações localizadas 34 III – Antipatia, simpatia e empatia fluídica 36 IV – A duração do passe 36 V – Quantos passes aplicar 37 6ª Aula 39 I – Passe à distância – irradiação 39 II – Passes em pessoas inconscientes 40 III – Passe e as problemáticas do sexo e dos vícios 40 IV – Passe na desencarnação 42 Assistência 6 – A6 43 7ª Aula 48 I – O processo obsessivo na infância e a assistência espiritual 48 II – O passe na casa espírita 48 III – O auto passe 49 IV – A água fluidificada 49 Bibliografia 50

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1ª AULA I – O PASSE ESPÍRITA

O passe é uma transmissão conjunta, ou mista, de fluidos magnéticos, provenientes do encarnado e de

fluidos espirituais, oriundos dos Benfeitores Espirituais.

O passe é, essencialmente, transmitido pelas mãos, mas também pode ser feito pelo olhar, pelo sopro ou, à

distância, por intervenção das irradiações mentais.

O passe, portanto, é a transmissão ou manipulação de um fluido de uma energética curadora, de quem a

possui para quem a necessita. Esse fluido tanto pode ser humano (magnetismo animal), quanto espiritual

(magnetismo espiritual), ou misto, o mais comum em nosso meio humano.

II – O PASSISTA

O passista é quem aplica o passe.

O bom passista deve agregar fé, boa vontade, disposição e capacidade magnética, estudar os fluidos e

seus alcances e ter conhecimentos técnicos. Olhar seu próximo (assistido) com simpatia, empatia,

compaixão e amor.

O passista pode doar fluido magnético, fluido vital e ectoplasma. No passe misto, doa também o

magnetismo espiritual dos mentores, que é derramado sobre durante a transmissão.

O passista deve utilizar suas técnicas e recursos sem exibicionismo, como a gesticulação excessiva, ruídos,

respiração ofegante, bocejos e cacoetes diversos.

O passista deve ser “cadastrado” em sua equipe de trabalho, respeitando horário e fidelidade ao seu

compromisso. Não devemos menosprezar a Lei Divina que nos conclama a observar as linhas da lógica, da

organização e da obediência.

O passista deve participar das reuniões de estudo, que, em geral, antecedem as reuniões, ter o

compromisso com o corpo físico, evitando desgastes emocionais, mágoas e ressentimentos, e controlar de

forma satisfatória a saúde em geral.

III – O ASSISTIDO

O assistido é todo aquele que precisa de ajuda, independente de idade, cor, sexo, religião ou nacionalidade.

Também o passista (trabalhador) pode ser tornar o Assistido, seja por esgotamento ou congestão fluídica,

problema de ordem fisiológica, orgânica, mediúnica, emocional, moral, espiritual, perturbações

generalizadas etc.

Há assistido que nada recebe; as irradiações magnéticas não penetram o veículo orgânico, falta-lhe

confiança. Sem a fé é impossível reter qualquer auxílio espiritual.

Quando o assistido assimila os recursos vitais, retém os benefícios fluídicos na corrente sanguínea,

lembrando a relação entre os elementos do sangue e o sistema imunológico ou de defesa do organismo,

assim, quanto mais intensa for a adesão da vontade do assistido, maiores benefícios recolherá.

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IV – A DEFESA DO ASSISTIDO

Proteção não quer dizer supressão das responsabilidades dos envolvidos, notadamente do passista.

O assistido e o passista estão interagindo diretamente, num processo de vigorosas permutas magnéticas. O

bom passista deve, além de possuir, zelar por seu próprio fluido de exteriorização, mantendo íntimo contato

com o Mundo Espiritual Superior, para captar fluidos mais penetrantes e sutis, assim reforçando e

melhorando seu potencial e sua qualidade fluídica.

Nas “cabines” espíritas é muito comum observarmos os Espíritos literalmente isolando alguns médiuns e

passistas, tudo em função de defender os assistidos de eventuais desarmonias provocadas por fluidos mal

elaborados ou por impropriedades técnicas ou morais.

O assistido não deve se ausentar da Instituição enquanto não estiver se sentindo verdadeiramente bem.

Informar sempre ao responsável suas sensações e solicitar providências. O assistido deve aguardar fora da

cabine para ver se o próprio organismo reage e como reage, e, se necessário, deverá receber um passe

dispersivo.

Vigiai e orai, na verdade vigiar é estar atento e estar atento é estar de acordo com a natureza, moral e

fisicamente. Quanto melhor estivermos e quanto mais esforços empreendermos nesse sentido, melhores

defesas granjearemos. A oração é o veículo que nos transporta aos níveis mais elevados da mente, da

emoção, do ser.

Quando estamos assim mergulhados, as energias densas não nos atingem, ou, pelo menos, não com a

violência que ordinariamente atingiria.

V – DÚVIDAS DOS ASSISTIDOS

Usualmente, as Casas Espíritas dispõem do chamado “receituário mediúnico / exame espiritual / colegiado

de médiuns etc.”, ou “diálogo fraterno / DEPOE etc.”.

Através do primeiro, recebemos do Mundo Espiritual respostas às nossas indagações, bem como

indicações de tratamentos. No segundo, podemos ser ouvidos individual e reservadamente, desabafando,

colhendo informações gerais e tirando as dúvidas.

Não é de bom-tom que os médiuns “deem” consultas acerca dos problemas e dúvidas dos assistidos,

devendo encaminhá-los aos locais adequados e / ou aos Dirigentes responsáveis. As Casas Espíritas

devem possuir mecanismos administrativos para fazer chegar ao público as muitas e valiosas informações,

especialmente quando há indicações diretas e sugestivas de tratamento.

VI – DICAS GERAIS AOS PASSISTAS.

1- Boa vontade é o primeiro passo; os outros estão na oração, na fé, na determinação naquilo que faz,

na confiança nos Bons Espíritos, no equilíbrio interior, no estudo dos temas relacionados, no

exercício constante do bem, na observação criteriosa, no amor e na ausência e realização de maus

desejos. Lembre, entretanto, ser indispensável você saber o porquê e o para quê quer ser passista.

2- Procure vibrar pelo assistido todo o bem que você gostaria de receber. Sem amor não há cura real.

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3- Se você doa fluidos magnéticos humanos tem obrigação de conhecer as técnicas de magnetismo.

Operar sem conhecimento de causa é expor-se, e expor o assistido, a sérios riscos.

4- O passe dispersivo, como equilibrante e reordenador dos fluidos e centros vitais, é fundamental

para uma boa absorção fluídica pelo assistido e a manutenção da harmonia fluídica do passista.

5- Na aplicação de passes espirituais o mais importante são seus estados mental e espiritual

equilibrados. Dispense técnicas e vibre muito amor, fé e oração.

6- Os Espíritos são fundamentais nos passes, mas você não deve ser simples marionete em suas

mãos. Aprimore-se através do amor e da instrução.

7- Para os Espíritos transmitirem e manipularem seus fluidos não precisa haver “incorporações”. Basta

você incorporar a boa-vontade, o amor e conhecimento.

8- Fungados, sussurros e gesticulações exóticas e violentas normalmente demonstram ignorância

sobre mediunidade e magnetismo. Educação mediúnica, dentre outras coisas, exige educação.

9- Portanto doença contagiosa, fadiga fluídica, insuficiência cardíaca, tomando medicamentos

controlados (tarja preta) e/ou vivendo problemas mentais e espirituais, evite aplicar passes. Para

ajudar nessas condições, ore pelos assistidos e cuide-se, inclusive como assistido de passes.

10- Tanto quanto o abuso alimentar, o estômago vazio também é prejudicial a uma boa emissão

fluídica. Tanto quanto os vícios (álcool, fumo, drogas, etc.), o abuso do sexo é incompatível com

uma boa e eficiente doação fluídica.

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2ª AULA

I – DÚVIDAS DO PASSISTA DURANTE O PASSE

1. COMO SABER SE O PASSE A SER APLICADO NO PACIENTE DEVE SER MAGNÉTICO OU

ESPIRITUAL?

Normalmente, o assistido já chega ao tratamento com uma prescrição do tipo de passe necessário ao seu

caso.

Por outro lado, o passista atento a si mesmo e conhecedor de suas potencialidades magnéticas sabe

reconhecer quando suas “usinas” entram em processamento e quando os “canais” são utilizados pela

Espiritualidade para fazer passar seus fluidos em direção ao paciente. Para estes, é simples, pois o próprio

magnetismo o “avisa”. Daí chamarmos a atenção dos passistas para o estudo e a acuidade no sentido de

se reconhecerem.

Além das possibilidades decorrentes desse autoconhecimento, podemos concluir sobre que passes aplicar

mantendo-nos em profunda oração e atitude de muita fé e confiança em Deus, nos nossos próprios

esforços e potenciais e plenos de amor pelo paciente. Dessa forma, a ação magnética, seja humana, seja

espiritual, manifestar-se-á com muita evidência, bastando que estejamos atentos ao que nos ocorre. Se

sentirmos nossas usinas se movimentando, gerando fluidos, é sinal de que parte significativa do

magnetismo humano estará sendo veiculada; se, ao contrário, apenas sentimos suaves e agradáveis

sensações no alto da cabeça ou na nuca e depois essas mesmas sensações saírem percorrendo nossos

braços e mãos em direção ao paciente, enquanto em nosso mundo íntimo fica a sensação de estarmos

sendo atravessados por uma energia sutil, refinada e extremamente agradável, é muito provável que aí

estejamos sendo os canais dos Espíritos, veiculando fluidos espirituais.

2. COMO APLICAR UM PASSE EM UMA CRIANÇA NO COLO DE UM ADULTO E DEPOIS NO

ADULTO?

Primeiro, aplica-se o passe na criança, envolvendo-a com fluidos bastante sutis e evitando qualquer

concentração fluídica mais intensa. No início e ao final, fazer muitos dispersivos sobre ela, mesmo se os

passes forem espirituais – com isso evitamos as possibilidades de congestionamento tão comuns em

crianças.

Quando formos aplicar os passes no adulto, tomar cuidado para evitar aplicar as mãos sobre a criança, já

que, em havendo aí fluidos magnéticos, estes serão muito densos para aquela. Se for o caso de se fazer

um tratamento magnético no adulto, o ideal será pedir-lhe que entregue a criança a uma outra pessoa e que

ele tome seu passe sozinho.

3. COMO APLICAR O PASSE EM UMA GESTANTE?

Os cuidados são os mesmos e, exceto no caso de tratamento envolvendo diretamente o ser reencarnante

no ventre materno, ou ainda se a mãe estiver sendo tratada nos centros gástricos, esplênico e/ou genésico,

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devem ser evitados concentrados fluídicos naquela região. Havendo necessidade de tratamento localizado,

executar dispersivos com bastante eficiência, tanto calmantes como ativantes.

4. DEVE O PASSISTA, EM SUAS ORAÇÕES NA HORA DO PASSE, FICAR BALBUCIANDO PRECES

OU EMITINDO PALAVRAS PARA HARMONIZAR O PACIENTE?

A oração na hora do passe deve ser proferida preferencialmente em silêncio, de forma mental. O

direcionamento para que o paciente se harmonize deve ser feito antes dos passes propriamente ditos.

Várias Casas costumam contar com um dirigente de cabine de passes, o qual profere uma prece em voz

alta.

5. O PASSISTA DEVE FICAR DE OLHOS ABERTOS OU FECHADOS?

A postura ideal é de olhos semicerrados. Na verdade, a maioria dos passistas, quando aplicando passes,

fica numa espécie de semitranse, dentro do qual costuma pe5der um pouco dos sentidos espaciais e

temporais. Daí vermos tantos passistas pendulando ou girando em torno de si mesmos e, quando terminam

os passes, não sabem o que aconteceu, pois se encontram numa posição física estranha em relação ao

paciente. – ora inclinados, ora afastados em demasia, ora perto demais. Vemos também passistas

abismados com o tempo gasto no passe: quase sempre o tempo real é diferente do tempo percebido. Em

geral, com os olhos semicerrados ou abrindo-os de quando em vez, eliminamos ou atenuamos muito

desses “inconvenientes”. Por outro lado, ficar com os olhos totalmente abertos pode gerar incômodos no

paciente, além de, para um bom número dos passistas, dificultar a concentração.

Um outro fator pode ser levado em conta. Sabemos hoje que a GLÂNDULA PINEAL interfere, por meio das

substâncias químicas que produz, em vários setores do comportamento humano, especialmente aqueles

afetados pela melatonina – substância que se faz repercutir na reprodução dos mamíferos, na

caracterização dos órgãos sexuais externos e na pigmentação da pele, além de guardar relação direta com

doenças neurológicas que provocam epilepsia, insônia, depressão e distúrbios de movimento. Ora, está

praticamente demonstrado que a luz, atingindo a retina, interfere na função da pineal e, de certa

forma, parece inibir o funcionamento harmônico das energias vitais nas funções mediúnicas e

anímicas do ser. Como o alcance da pineal se dá pela retina, significa dizer que o simples fechar de olhos

já atenuaria grandemente o inconveniente da luz ambiente. Talvez aí esteja mais uma razão para que os

olhos não fiquem plenamente abertos.

6. QUANDO O PACIENTE “INCORPORA” NA HORA DO PASSE, O QUE DEVEMOS FAZER?

Sendo a cabine de passes um local destinado ao atendimento pelos passes e não pela desobsessão,

devemos evitar essas manifestações. Entretanto, existem casos e casos.

A primeira medida do passista é acionar o responsável pela direção dos trabalhos de assistência espiritual,

para o correto encaminhamento.

Entretanto, quando o paciente começa a exibir sinais de envolvimentos espirituais que possam redundar em

manifestações mais exuberantes ou descontroladas, passemos a aplicar passes dispersivos, com bastante

vigor, especialmente sobre os centros coronários (alto da cabeça), frontal (na altura dos olhos) e umeral (na

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nuca). Ao mesmo tempo, chame o paciente para não ceder ao envolvimento, pedindo-lhe que mantenha os

olhos abertos e a respiração o mais natural possível.

Se, apesar dos cuidados, ainda assim acontecer a “incorporação”, então atenda-se ao paciente e ao

manifestante, de forma clara, objetiva e breve, Magneticamente, deveremos estar em atitude de dispersão

fluídica o tempo todo e, quando terminar a “incorporação”, fazer bastante dispersos no paciente, a fim de

que ele não guarde sequelas nem sensações desconfortáveis do fenômeno.

Se o fenômeno acontece numa cabina coletiva, um passista fica atendendo ao paciente “incorporado”,

aplicando-lhe dispersivos, enquanto os demais atendem aos outros pacientes. Tão logo esses pacientes

são atendidos, indica-se-lhes a saída da sala e fica-se apenas com o paciente em “incorporação”,

prestando-se-lhe, então, o atendimento, conforme dito acima.

7. PODE O PASSISTA TOCAR OU NÃO O PACIENTE?

O Magnetismo diz que sim: Jesus diz que sim; Kardec diz que sim. Apesar disso, a regra mais comum é o

não. Por quê? Por vários motivos.

Magneticamente, já está mais do que evidenciado que quase tudo o que se consegue com o toque se

obtém com igual ou melhor eficiência sem o toque direto no corpo do paciente, apesar das exceções – que

são aquelas em que a relação magnética dos campos fluídicos do passista e do paciente se dá

praticamente na epiderme ou ainda naqueles casos que concentrados ativantes são requeridos em maior

intensidade.

Jesus usou o toque, mas a grande maioria dos seus grandes feitos fluídicos foi por imposição de sua

vontade associada à fé do paciente, sem qualquer outro recurso (por isso mesmo, é grande o número de

curas de Jesus à distância).

Kardec, quando estuda os Médiuns Curadores (O Livro dos Médiuns, item 175), fala sobre o toque,

deixando entrever que a cura por seu simples intermédio não pé dos casos mais comuns.

Na realidade, apesar da grande valia do toque, normalmente ele gera inconvenientes e pode ensejar que

não se trata de solução pelo passe em si, mas de sugestão pelo toque. Além disso, quando o paciente e

passista estão muito bem sintonizados para a permuta fluídica, o toque físico chega a irritar, já que a zona

onde o trânsito fluídico se dá com mais eficiência e sem registros desagradáveis é exatamente nos pontos

áuricos, onde ambos entram em relação magnética (zonas onde as auras fluídicas do passista e do

paciente melhor se combinam).

Um outro fator é que o toque físico solicita uma certa intimidade, nem sempre possível e permissível na

cabine de passes. Fica mais complicado ainda quando a cabine de passes é muito escura e o passista e o

paciente são de sexos opostos ou o paciente está muito tenso na cabine, literalmente com medo. Nesses

casos, o toque pode ensejar sustos, receios ou anseios, pelo que convém evitá-lo, embora não seja o

toque, em si mesmo, um erro ou um pecado.

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8. NÃO SE DEVE TOCAR NUNCA, ENTÃO?

Pode-se tocar o paciente sim, mas é preciso buscar e manter todas as conveniências, a fim de evitar que o

benefício se perca por descuido ou precipitação de nossa parte. Outrossim, quando terminamos de aplicar o

passe e o paciente está muito concentrado, podemos tocar-lhe no ombro, com educação e suavidade,

informando-o do término do passe (até porque alguns pacientes ficam em semitranse, o que lhes dificulta a

audição; tanto que é comum chamarmos várias vezes o paciente e ele não atender ao chamado, até que se

lhe toque o ombro, a mão...). O mais comum, todavia, em uma cabine de passes coletivos, é, ao término

das aplicações, o responsável dizer, em alta voz, algo como “Graças a Deus”, “Os passes estão concluídos,

sigamos com Jesus”....

9. SE O PASSISTA NÃO SIMPATIZA COM O PACIENTE, DEVE ELE APLICAR O PASSE, ASSIM

MESMO?

O passista deve aprender, em sua formação, que a vivência evangélica há de ser um esforço constante e

que, na hora da tarefa do passe, precisa estar completamente envolvido com os propósitos a que se

consagrou, procurando superar as questões peculiares à própria inferioridade. Conforme ensinou Jesus

(Mateus, 5 : 23 e 24), “Se quando fordes depor vossa oferenda no altar, vos lembrardes de que o vosso

irmão tem qualquer coisa contra vós, deixai a vossa dádiva junto ao altar e ide, antes, reconciliar-vos com o

vosso irmão; depois, então, voltai a oferecê-la”. Sabemos nem sempre ser fácil resolver nossas más-

querenças de chofre, mas o magnetismo nos permite usar alguns recursos técnicos para, mesmo entre

pessoas que se antipatizam, obtermos excelentes resultados fluídicos.

10. O PASSISTA PODE GARANTIR A CURA DO PACIENTE?

Quem, em sã consciência, pode garantir algo que não está integralmente em seu poder? A cura, como

sabemos, depende de muitos fatores, dos quais apenas uma parcela, relativamente restrita, está afeita ao

passista. Garantir a cura de alguém é atitude irresponsável, que pode gerar vários problemas e distúrbios,

inclusive para o próprio passista. O passista verdadeiramente experiente não se compromete com aquilo

que sabe não deter. Veja-se que até Jesus, em suas curas, apresentava importante condicionante: “a tua fé

te curou”.

11. QUANDO UM PASSISTA QUER DEIXAR DE SÊ-LO, COMO PROCEDER?

Se o passista está bem caracterizado como passista espiritual, ele não sofrerá as sequelas decorrentes da

parada de usinagens fluídicas, todavia “perderá” grande parte dos benefícios decorrentes do constante

perpassar de fluidos sutis e refazentes do Mundo Espiritual que dele se utilizava. E, diga-se de passagem,

isso em si é um prejuízo muito grande, pois não é fácil se abrir mão do convívio refazente de tão grande

bênção.

Agora, se o passista é magnetizador, onde suas usinas estão cadenciadas (pela regularidade e

periodicidade com que aplica o magnetismo) na elaboração de fluidos para exteriorização, surge o risco de

congestão fluídica de sérias proporções se não se tomar alguma providência no sentido de aproveitar os

fluidos usinados na espontaneidade do organismo ou de quebrar aquele condicionamento. Como fazer,

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então? Simples. Se o passista, por algum motivo, quer deixar de sê-lo, deve ir, sessão a sessão, diminuindo

a quantidade de passes aplicados e a quantidade de fluidos doados. Por exemplo: se ele aplica 10 passes

por sessão, nas próximas irá diminuindo um ou dois por vez, até, num prazo de 30 a 60 dias, zerar as

aplicações. Isso faz quebrar o condicionamento das usinagens. Outra forma seria: deixar de ser passista e

passar a receber passes dispersivos, no mínimo na mesma regularidade com que aplicava e, de

preferência, nos mesmos dias e horários. Isso porque as usinas trabalham dentro de certa cronicidade e se

eles tiverem “extraído” os fluidos que naturalmente foram usinados, estarão se livrando das possibilidades

de congestão.

12. UM PASSISTA COM POUCA OU BAIXA SENSIBILIDADE FLUÍDICA DIFICULTA NA TRANSMISSÃO

DO PASSE? SERÁ QUE ELE PODE DOAR FLUIDOS MAGNÉTICOS, ASSIM MESMO?

A baixa sensibilidade do passista não invalidará nem inibirá sua doação. Como o magnetismo atende

diretamente pela lei de afinidade fluídica, onde o campo, a molécula, o setor, a área, enfim, o que for que

estiver carente, atrairá os fluidos ou as providências para a própria recuperação, mesmo os menos

sensíveis perceberão uma espécie de “direcionamento” fluídico a intuir-lhes ou atrair-lhes os pólos

emissores. Entretanto, os passistas menos sensíveis devem ser mais atentos ainda às necessidades do uso

de dispersivos, especialmente nos finais dos passes, a fim de evitar os males decorrentes das fluidificações

mais intensas.

II – NECESSIDADES DOS PASSISTAS

1. UM PASSISTA PRECISA RECEBER PASSES?

Com certeza. Quando ele estiver desarmonizado, doente, sofrendo influências das quais não tem podido

ausentar-se por si só ou quando algum fator o determinar, deverá recorrer ao passe, assim como um

médico, ao adoecer, procura outro facultativo.

2. É NECESSÁRIO RECEBER PASSES TODA VEZ QUE FOR APLICAR PASSES?

Não. O passe não deve ser simples obrigatoriedade, um ritual, nem usado para atendimento à nossa

acomodação. Se o passista, num determinado dia ou momento, não está se sentindo no melhor de suas

condições, deve, antes de iniciar suas tarefas, fazer uma meditação, uma oração, uma boa leitura ou

participar de uma evangelização. Não surtindo o efeito esperado, pode pedir a ajuda de um outro

companheiro passista. O ideal, entretanto, é que o passista esteja sempre vigilante para não sair de uma

sintonia elevada nem perder a harmonia e o equilíbrio requeridos.

3. PARA OS MEMBROS DE UMA REUNIÃO MEDIÚNICA, HÁ A NECESSIDADE DE PASSES PARA

TODOS ANTES E DEPOIS DA MESMA?

Como regra geral, não. Apesar de muitos justificarem tal procedimento alegando uma maior harmonia entre

os participantes da reunião ou mesmo a eliminação de eventuais cargas fluídicas desarmônicas, a

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responsabilidade maior deve ser de cada membro. Agora, se há um incômodo muito forte ou uma situação

insustentável, melhor recorrer ao passe antes do início dos trabalhos.

Quanto aos passes no final da reunião, também deveriam ser prestados apenas àqueles que estejam

descompensados em virtude dos trabalhos realizados. É comum alguns espíritos deixarem sensações

desagradáveis nos médiuns pelos quais se fizeram presentes ou envolveram. Em tais casos, recomenda-se

muitos passes dispersivos e um pouco de água fluidificada.

4. DEVEMOS TOMAR PASSES TODAS AS VEZES QUE VAMOS AO CENTRO ESPÍRITA?

De forma alguma. O passe não é ritual nem obrigação; é um recurso do qual se faz uso quando se verifica

sua necessidade, e essa necessidade se faz sentir quando se está em desarmonia – física, psíquica e/ou

espiritual.

Com relação aos frequentadores que se transformam em verdadeiros “papa-passes”, devemos abordar o

assunto diretamente, de forma pública e aberta. Explicar nas reuniões espíritas o que é o passe, para que

serve, como deve ser recebido e os inconvenientes da repetitividade por tomá-lo de forma desnecessária.

Que seja explica a imperiosa necessidade de o paciente ser parte ativa no processo de cura, diminuindo a

ideia de que o passe, por si só, tudo resolverá e que ao paciente só cabe recebê-lo e pronto. Outra coisa é

que o paciente saiba que não será a repetitividade dos passes, pura e simples, que o fortalecerá ou o

isentará dos males a que estará naturalmente exposto.

5. PRECISA O PASSISTA ORAR ANTES E AO TERMINAR AS APLICAÇÕES DOS PASSES?

Se bem que não deva ser entendido como uma regra pura e simples, não há porque não fazê-lo. É muito

apropriado o uso da oração, de alma e coração, antes de iniciarmos as atividades – convidando os Espíritos

para nos auxiliarem – e ao término das mesmas – quando agradecemos as bênçãos recebidas e

distribuídas. Se os passes forem realizados em equipe, que todos participantes estejam presentes também

nesses momentos de prece.

III – O PASSISTA E A MEDIUNIDADE

1. COMO O PASSISTA DEVE ESTAR PARA A APLICAÇÃO DO PASSE?

O doador deve estar consciente de suas responsabilidades. Para tanto, precisa conhecer para fazer bem

feito. Antecedendo a isso, a motivação fundamenta-se na boa vontade, na disposição interior não sói de dar

passes, mas de “doar-se dando o passe”. Depois, a mente deve estar a mais harmonizada possível e, no

geral, deve manter um clima de paz, oração e atenção a tudo o que estiver fazendo. Deve ainda ligar-se,

mental e emocionalmente, aos bons Espíritos. Afinal, ali estará agindo em nome do Bem.

2. PARA SER PASSISTA EXIGE-SE A MEDIUNIDADE?

Não necessariamente. Até porque o magnetismo humano é uma disposição anímica, isto é, da própria alma

e, portanto, peculiar ao ser humano. No melhor sentido da palavra, pode-se ser magnetizador sem que para

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tal se disponha de qualquer mediunidade – o que não significa dizer que o Mundo Espiritual esteja ausente.

Na realidade, o que não se dispensa ao passista é o respeito a si mesmo, o respeito para com o paciente e

– para o espírita em particular – o respeito para com a Espiritualidade. Só assim poderá dar-se conta de que

tudo esteja em ordem.

3. HAVENDO MEDIUNIDADE NO PASSISTA, ISSO MELHORA OU ATRAPALHA?

A mediunidade é qualificada sobretudo pelo uso que se lhe dá. Boa mediunidade é a bem aplicada, a que

produz nobres e harmônicos resultados; a mediunidade ruim é a utilizada de forma indevida ou equivocada.

Partindo deste princípio, o uso devido e correto da mediunidade só tem a melhorar a prática do passe.

4. É RECOMENDÁVEL UM MÉDIUM PSICOFÔNICO DAR PASSES?

Um médium psicofônico pode ser passista, pode ser um muito bom passista e pode ser um passista

ineficiente. Uma coisa não guarda muita relação com a outra. A questão mesmo é se devemos ou não

operar psicofonicamente (incorporados) durante a aplicação do passe. Não é conveniente que o passista

incorpore na hora do passe, a não ser em casos especiais, como, por exemplo, em algumas reuniões

mediúnicas bem embasadas e com fins sérios. Os inconvenientes oriundos da prática do passe com

incorporação dizem muito respeito às possibilidades do passista “incorporar” um Espírito obsessor ou

brincalhão, quando então o atendimento ficaria severamente comprometido.

5. ENTÃO, EXISTEM OS PASSISTAS E OS MÉDIUNS PASSISTAS?

Exato. Os passistas em geral seriam aqueles que não dispõem de uma mediunidade ostensiva, mas que

servem de “canal” para a Espiritualidade no trânsito dos fluidos espirituais para o meio terreno ou ainda

seriam os magnetizadores propriamente ditos, os quais encontram em si mesmos as usinas geradoras dos

fluidos. Os médiuns passistas seriam aqueles que, possuidores de mediunidade, percebem, registram e

atuam conjunta e sabidamente com os Espíritos.

6. QUAL A DIFERENÇA ENTRE MÉDIUNS PASSISTAS E MÉDIUNS DE CURA?

Os passistas, médiuns ou não, trabalham com fluidos, fazendo-os circular a partir dos seus centros vitais.

Os médiuns de cura – tal como hoje os entendemos – permitem que os Espíritos operadores atuem

diretamente tanto sobre seus perispíritos como sobre seus organismos. São métodos diferentes. Os passes,

por estarem diretamente ligados ao magnetismo, têm regras bem claras e definidas para nós, enquanto a

atuação espiritual foge aos nossos padrões de controle e observação mais acurada, pelo que “ainda” não

podemos perceber com total claridade os caminhos e mecanismos por eles usados para chegarem aos

objetivos almejados. Sem correr o risco de professar uma estranheza, pode-se afirmar que passista é uma

coisa e médium de cura é outra; guardam relação, mas são diferentes.

Ao tempo de Kardec, médiuns de cura tanto eram aqueles hoje classificados como tal como os chamados

passistas espirituais. Convém, portanto, observar essa diferença quando recorrermos aos textos do

codificador. É o que, por exemplo, fica claro em suas colocações: “Entre o magnetizador e o médium de

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cura há, pois, esta diferença capital, que o primeiro magnetiza com o seu próprio fluido, e o segundo com o

fluido depurado dos Espíritos. De onde se segue que estes últimos dão o seu concurso a quem querem e

quando querem; que podem recusá-lo e, consequentemente, tirar a faculdade daquele que dela abusasse

ou a desviasse de seu fim humanitário e caridoso, para dela fazer comércio. Quando Jesus disse aos

apóstolos: “Ide! Expulsai os demônios, curai os doentes”, acrescentou: “Daí de graça o que de graça

recebestes.” (Revista Espírita, jan-1864, p.5).

IV – RESTRIÇÕES NA APLICAÇÃO

1. EXISTEM RESTRIÇÕES QUANTO AO SE APLICAR O PASSE? POR EXEMPLO, QUEM ESTÁ

DOENTE PODE OU NÃO APLICAR O PASSE?

Dependendo da doença, é conveniente o passista evitar sua prática. Especialmente em se tratando de

doenças infectocontagiosas, daquelas que deixam o passista extremamente combalido ou fragilizado, e das

doenças ou desvios da psique. Quem esteja acometido de alguma doença que o impossibilite de realizar

tarefas que exijam esforço, também deve estar muito atento. Insuficiências cardíacas, pulmonares e

degenerativas do sistema nervoso, bem como estados depressivos, usualmente são desabonadores da

aplicação.

2. QUAIS OUTRAS RESTRIÇÕES EXISTEM AO SE APLICAR O PASSE?

Crianças e adolescentes devem evitar fazer o uso de suas energias vitais para exteriorização,

principalmente de forma regular e constante. Pessoas muito idosas, notadamente se em esgotamento

fluídico ou se estiverem querendo iniciar suas práticas já depois de idosos, não são indicadas para a

prática, em especial do magnetismo humano. O motivo, tanto para crianças como adolescentes e idosos, é

porque a doação desses fluidos lhes fará falta; para os primeiros, na própria organogênese, para os últimos,

na manutenção do tônus vital.

Também fica seguramente desaconselhável para criaturas sob violentos envolvimentos espirituais (as

obsidiadas), pessoas viciosas, pessoas maledicentes, indivíduos fazendo uso de medicamentos controlados

(especialmente os de tarja preta e/ou que atuem no sistema nervoso central) ou com conduta alimentar

imprópria (muito carnívoras, muito gordurosas e/ou condimentadas, em quantidades excessivas ou que

provoquem dificuldades digestivas), pessoas em fadiga fluídica, quem esteja sob tratamento químio e/ou

radioterápico, e também para quem se encontra em jejum.

Ainda existe restrição para mulheres grávidas, especialmente no caso dos passes magnéticos. Há que se

considerar a gestante como uma pessoa que está magnética e fluidicamente alimentando um outro ser,

vinte e quatro horas ao dia, ininterruptamente – o futuro bebê. E esses fluidos doados são fluidos vitais.

Assim, a gestante deverá afastar-se da aplicação dos passes, salvo se tiver certeza de que não exterioriza

fluidos magnéticos ou que domina essa doação de forma a não descompensar as necessidades do

reencarnante alojado em seu ventre. Significa dizer que uma passista espiritual gestante não teria prejuízos

em aplicar passes, a não ser se se tratasse de passes alimentados por fluidos espirituais de baixo padrão

vibratório, o que, em tese, não acontece na Casa Espírita.

Há que se considerar a questão da menstruação. Por se tratar de função normal e natural na organização

feminina, a menstruação não haverá de provocar graves descompensações fluídicas, se bem que algumas

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passistas façam referência a uma maior incidência de fadiga fluídica quando estão em período menstrual. O

problema maior tem sido o decorrente das dores e mal-estares provocados pelas chamadas tensões

comuns ao período. Nesses casos, a mulher se absterá de doar o passe, não por problemas fluídicos, mas

por conta dos desconfortos e dores reinantes.

3. UM ADOLESCENTE, ENTÃO, NUNCA DEVE APLICAR PASSES?

Regularmente, o dispêndio de fluido vital pelo adolescente não é conveniente, posto que poderá lhe fazer

falta na própria economia psico-orgânica. Embora esta seja uma regra geral, é claro que pode haver

exceções. Se o jovem tem segurança de que os fluidos que estão sendo empregados no passe por seu

intermédio são essencialmente do mundo espiritual, com certeza não há maiores inconvenientes nesse

exercício. Convém lembrar, entretanto, que o conhecimento, os cuidados e as responsabilidades deverão

sempre ser preservados. Quanto ao estudo da matéria, não só o jovem como o adulto, não apenas o

passista, mas igualmente o paciente, devemos todos fazê-lo. A instrução que os Espíritos nos

recomendaram inclui o estudo, especialmente no que diz respeito às leis dos fluidos, do perispírito e da

mediunidade em geral.

4. O PASSE ESPÍRITA PRESSUPÕE A OBRIGATORIEDADE DA ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA?

Não. Deve-se reconhecer, entretanto, que a alimentação animal é quase sempre muito densa e tóxica,

gerando eventuais desarmonias ou dificuldades nos campos fluídicos e que, por isso mesmo, solicita

reflexão e cuidado. A alimentação animal reduz a qualidade radiante dos fluidos.

A digestão se utiliza e/ou repercute também do centro vital gástrico quando está processando os alimentos

ingeridos. Se a digestão é dificultada por excessos alimentares, tanto quantitativos quanto qualitativos,

elementos fluídicos densos serão transferidos para o centro vital gástrico, que é um dos maiores

responsáveis pela “usinagem” de fluidos vitais de exteriorização (doação) magnética. Assim “contaminado”,

o passe fica menos eficiente – por perder qualidades radiantes. Com segurança podemos dizer que os

fluidos de um passista que tenha se alimentado muito ou inconvenientemente, são densos e turvos, com

pouca irradiação.

O passista que se educa e, portanto, priva-se voluntariamente de alimentações inadequadas ante trabalhos

fluídicos, em benefício do próximo, está sendo credor de maiores méritos, traduzidos na própria qualificação

de seus fluidos.

Aplicar passes de estômago vazio também não é prática das mais recomendáveis. Quando é iniciada a

aplicação do passe, na maioria dos passistas magnéticos o centro vital gástrico entra em usinagem fluídica.

Por consequência, o aparelho digestivo, não sabendo “interpretar ou decodificar” o que ocorre naquele

centro, “deduz” que tenha havido uma ingestão de alimentos. Assim, o corpo inicia um processo orgânico de

digestão, sem que nada de sólido tenha sido ingerido para ser digerido. O aparelho digestivo passa, então,

a produzir o suco gástrico, o qual, não encontrando nenhum alimento para “dissolver”, pode favorecer a que

se dêem desarmonias na qualidade dos fluidos usinados, sem falar nas implicações orgânicas diretas, em

consequência dos acúmulos ácidos no aparelho digestivo que, ao longo do tempo, podem vir a gerar

gastrites, úlceras e outros comprometimentos localizados.

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5. É CERTO RECOMENDAR-SE A RETIRADA DE OBJETOS METÁLICOS TANTO DOS PASSISTAS

COMO DOS PACIENTES, COM A ALEGAÇÃO DE QUE A PRESENÇA DESTES OBJETOS PODE

INTERFERIR NO MAGNETISMO DO PASSE?

De há muito está evidenciado que não tem fundamento tal proposta. Os magnetismos (campos fluídicos

propriamente ditos) humano, misto e espiritual não sofrem influências ou repercussões consideráveis devido

ao magnetismo mineral de objetos, campos ou magnetos.

O magnetismo mineral, o decorrente de campos magnéticos criados por magnetos ou ainda os originados

por ação das correntes elétricas, influenciam as estruturas eletrônicas, enquanto o magnetismo (dos fluidos)

de que tratamos atua no que chamamos, por falta de um termo próprio, de campos PSI, tanto dos

elementos como das criaturas. As repercussões desse magnetismo (o dos passes) nesses campos PSI, em

uma grande percentagem de vezes, se fazem sentir através de alterações nas estruturas dos átomos em

análise, o que pode gerar interpretação com direcionamento correto, mas de sentido inverso, ou seja: as

evidências constatam a ação do magnetismo, por observação das consequências, e não de onde e para

onde se dirigiram as ações dos fluidos.

Apesar de parecer complexo, podemos entender o que se passa de forma muito simples. Existem remédios

que, em vez de atacarem o mal, fortalecem o paciente para, por moto-próprio, resolver suas doenças ou

desarmonias. Quando alguém pergunta o que ele tomou para ficar bom, naturalmente aponta o remédio. Só

que este não foi o responsável direto pela cura, senão o veículo que possibilitou o “disparo” da ação

restabelecedora. Com regular frequência, é assim que ocorre com o magnetismo em relação às curas a que

dá azo bem como às alterações moleculares e/ou celulares que são percebidas, medidas e registradas nos

pacientes. Ele atua nos campos PSI que, por sua vez, repercutem nas células e/ou moléculas, alterando-

lhes a “apresentação”. Só que tal mudança se deu por consequência da ação no campo PSI e não da forma

direta como usualmente se quer deduzir.

Em vista disso, pode-se concluir que os objetos não interferem no magnetismo.

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3ª AULA I – MAGNETISMO 1 – HÁ RELAÇÃO ENTRE O MAGNETISMO E O ESPIRITISMO?

Há, e não são poucas, especialmente no campo prático dessas ciências.

Allan Kardec (Magnetismo e Espiritismo, em Revista Espírita, março de 1858, p. 95) teceu ponderações a

respeito:

“O magnetismo preparou o caminho do Espiritismo e os rápidos progressos desta última doutrina são

incontestavelmente devidos à vulgarização das idéias sobre a primeira;...Se tivermos que ficar fora da

Ciência do magnetismo, nosso quadro ficará incompleto e poderemos ser comparados a um professor de

Física que se abstivesse de falar da luz.”

É importante ressaltar que na obra de Allan Kardec vamos encontrar inúmeras vezes o termo magnetizador

no sentido do que hodiernamente chamamos de passista ou médium passista.

2 – PODER-SE-IA DIZER, ENTÃO, QUE TODO MAGNETIZADOR É TAMBÉM ESPÍRITA?

Não. Muitos magnetizadores sequer acreditam nos Espíritos e nem por isso deixam de ser por eles

observados e ajudados. Agora, ser magnetizador e crer, de forma ativa e positiva, nos Espíritos,

potencializa sobremaneira as práticas magnéticas, chegando à realização de verdadeiros milagres.

3 – OS MAGNETIZADORES CLÁSSICOS ERAM PESSOAS MORALMENTE EQUILIBRADAS?

Sim, abstração feita às exceções de toda regra.

Deleuze, considerado como o ressurgidor do magnetismo com sua obra História Critica do Magnetismo, de

1813, assim enunciava como indispensável algumas das condições morais do magnetizador. “Vontade

ativa pelo bem; crença firme em seu poder; e confiança inteira em seu emprego”.

4 – OS MAGNETIZADORES PRECISAM CONTAR COM OS ESPÍRITOS?

Vou buscar Allan Kardec (Revista Espírita, jan- 1864):

“... Para curar pela ação fluídica, os fluidos mais depurados são os mais saudáveis; desde que esses fluidos

benéficos são dos Espíritos Superiores, então é o concurso deles que é preciso obter. Por isto, a prece e a

invocação são necessárias. Mas para orar e, sobretudo, orar com fervor, é preciso fé. Para que a prece seja

escutada, é preciso que seja feita com humildade e dilatada por um real sentimento de benevolência e de

caridade. Ora, não há verdadeira caridade sem devotamento, nem devotamento sem desinteresse. Sem

estas condições o magnetizador, privado da assistência dos bons Espíritos, fica reduzido às suas próprias

forças, por vezes insuficientes, ao passo que com o concurso deles, elas podem ser centuplicadas em

poder e em eficácia.”

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II – CORRENTES MAGNÉTICAS

1 – O QUE SÃO “CORRENTES MAGNÉTICAS”?

Há quem restrinja o entendimento de correntes magnéticas ao fato de médiuns e/ou passistas darem-se as

mãos, formando uma “cadeia”, no fito de obterem um incremento no potencial mediúnico e/ou magnético.

Contudo, mais coerente é crermos que o conceito de “correntes magnéticas”, seja o referente ao conjunto

de fluidos e/ou “energias” de várias mentes e/ou usinas fluídicas, direcionadas a um mesmo objetivo.

2 – EXISTE O FATOR PSICOLÓGICO POR TRÁS DISSO TUDO, INFLUENCIANDO OS RESULTADOS

OBTIDOS?

Além de o fator psicológico, que induz alguns participantes a agirem com mais segurança e

desprendimento, assim como leva o paciente a se crer melhor assistido e protegido, há também o fato de

que, havendo maior variedade de fluidos – já que cada doador tem seu tônus fluídico próprio – o paciente

terá melhores condições de proceder uma assimilação fluídica mais consentânea com suas reais

necessidades.

3 – O QUE ALLAN KARDEC DIZ A RESPEITO?

Em O ESE. (cap. 28, itens 4 e 5):

“Onde quer que se encontrem duas ou três pessoas reunidas em meu nome, eu com elas estarei. (S.

Mateus, cap. XVIII, v. 20)

Estarem reunidas, em nome de Jesus, duas, três ou mais pessoas, não quer dizer que basta se achem

materialmente juntas. É preciso que o estejam espiritualmente, em comunhão de intentos e de idéias, para

o bem.

(...) Dizendo as palavras acima transcritas, quis Jesus revelar o efeito da união e da fraternidade. O que o

atrai não é o maior ou menor número de pessoas que se reúnam, mas o sentimento de caridade que

reciprocamente as anime.

Em O Livro dos Médiuns (cap. 2, item 62):

“(...) Quando, numa reunião, se quer experimentar, devem todos, muito simplesmente, sentar-se ao

derredor da mesa e colocar-lhe em cima, espalmadas, as mãos, sem pressão, nem esforço muscular. A

princípio, como se ignorassem as causas do fenômeno, recomendavam muitas precauções, que depois se

verificou serem absolutamente inúteis. Tal, por exemplo, a alternação dos sexos; tal, também, o contato

entre os dedos mínimos das diferentes pessoas, de modo a formar uma cadeia ininterrupta. Esta última

precaução parecia necessária, quando se acreditava na ação de uma espécie de corrente elétrica. Depois,

a experiência lhe demonstrou a inutilidade. A única prescrição de rigor obrigatório é o recolhimento,

absoluto silencio, e sobretudo, a paciência, caso o efeito se faça esperar.

Do mesmo livro (cap. 25, item 282, pergunta 15):

“Será conveniente a precaução de se formar cadeia, dando-se todos as mãos, alguns minutos antes de

começar a reunião?

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“...A cadeia é um meio material.... mais conveniente do que isso é unirem-se todos por um pensamento

comum.”

Em A Gênese (cap. 15, item 11):

“Estas palavras: conhecendo em si mesmo a virtude que dele saíra, são significativas. Exprimem o

movimento fluídico que se operara de Jesus para a doente; ambos experimentam a ação que acabara de

produzir-se. (...) Bastou a irradiação fluídica normal para realizar a cura.

“Considerado como matéria terapêutica, o fluido tem que atingir a matéria orgânica, a fim de repará-la; pode

então ser dirigido sobre o mal pela vontade do curador, ou atraído pelo desejo ardente, pela

confiança, numa palavra: pela fé do doente. (...) Algumas vezes, é necessária a simultaneidade das

duas ações; doutras, basta uma só.

“Razão, pois, tinha Jesus para dizer: “Tua fé te salvou”. Compreende-se que a fé a que ele se referia não é

uma virtude mística, qual a entendem, muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que

aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva. (...) que paralisa a ação. Assim

sendo, também, se compreende que, apresentando-se ao curador dois doentes da mesma enfermidade,

possa um ser curado e outro não”.

4 – COMO FUNCIONA A CORRENTE?

O passista, estando em relação magnética com o paciente e sentindo as necessidades do mesmo e, por

outro lado, sintonizado com os demais companheiros presentes e participantes da atuação fluídica,

estará habilitado não só a usinar seus potenciais como a captar, dos companheiros, os fluidos que

melhor se combinarão com as necessidades do paciente.

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4ª AULA I - DUPLO ETÉRICO

Considerando-se toda célula em ação por unidade viva, qual motor microscópico, em conexão com a usina

mental, é claramente compreensível que todas as agregações celulares emitam radiações e que essas

radiações se articulem, constituindo-se “tecidos de forças" (André Luiz, em Evolução em Dois Mundos)

Todos os seres vivos se revestem de um “halo energético” que lhes correspondem à natureza. No homem

essa projeção surge enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo que modelam, em

derredor da personalidade, o conhecido “corpo vital ou duplo etérico”. (André Luiz – Evolução em dois

mundos)

O duplo etérico é um corpo fluídico, que se apresenta como uma duplicata energética do indivíduo,

interpenetrando o seu corpo físico, ao mesmo tempo em que parece dele emergir.

O duplo etérico emite uma emanação energética que se apresenta em forma de raias ou estrias que partem

de toda a sua superfície.

Ao conjunto dessas raias é que, geralmente, se denomina “aura interna”.

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O duplo etérico é a parte do perispírito mais grosseira e próxima do corpo. Reservatório de vitalidade,

necessário, durante a vida física, à reposição de energias gastas ou perdidas. Com a desencarnação, essa

estrutura se desintegra com a própria organização física. (Jorge Andréa - Psicologia Espírita Vol II )

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II – OS CENTROS VITAIS Na superfície do “Duplo Etérico” podem ser observadas certas regiões características bem singulares. Elas

são geralmente descritas como tendo a aparência de redemoinhos. São os chamados “Centros Vitais”.

Seus diâmetros variam de caso a caso, mas de um modo geral medem de um a cinco centímetros.

Apresentam, em sua superfície, altos e baixos, como uma onda. Lembram uma flor, sendo que o número de

“pétalas” parece ser uma característica de cada centro. Os Centros Vitais são também conhecidos como

“Centros de Força”, “Centros Energéticos” e no oriente como “Chakras” que significa “Roda Luminosa”. Isso

significa que eles não são estáticos e giram constantemente na captação de energias.

Os Centros Vitais - Vista de perfil

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Existem, também, no perispírito, estruturas semelhantes às do “Duplo Etérico”. Entre cada centro do duplo

etérico e o seu correspondente no perispírito observa-se a existência de laços fluido-magnéticos

permanentes que os interligam e que só se desligam com a morte do corpo físico. São esses laços que,

juntos, formam o geralmente denominado cordão fluídico ou cordão prateado. O cordão fluídico é o elo

entre o corpo físico e o perispírito.

Cordão fluídico ou cordão prateado

Plexos Nervosos

É importante observar que existem, no corpo físico, plexos nervosos importantes nas regiões

correspondentes aos centros vitais, exceção feita ao centro coronário e ao centro frontal.

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Para o aplicador Para o aplicador de passes é muito importante ter sempre em mente que os centros vitais

captam energias, transferindo-as ao corpo físico e também que todos eles encontram-se em constante

permuta energética entre si, fazendo com que qualquer desequilíbrio em um deles reflita-se

automaticamente em todo o conjunto e, por conseqüência, em todo o corpo físico.

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1 – DESCRIÇÃO DOS CENTROS VITAIS

Centro Coronário

Localizado na parte superior da cabeça, mantém relação com os órgãos situados no interior do crânio,

principalmente com glândula epífise.

Dele emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e a

alimentação das células do pensamento.

É o grande assimilador das energias solares e dos estímulos provenientes do

plano espiritual. Coordena o funcionamento dos demais centros sendo o

responsável pelos recursos eletromagnéticos indispensáveis a estabilidade

de todo o metabolismo orgânico.

É ainda o mais significativo dos pontos de conexão entre o corpo físico e o

perispírito. No campo mediúnico é o centro que propicia a sintonia, a

aproximação e o contato com os espíritos.

Quando em ação, costuma ser percebido através de uma suave e sutil

refrigeração no alto da cabeça ou um rocio também muito sutil.

Na Manutenção e uso, são prejudiciais:

Excesso de preocupação ; estafa mental; sono insuficiente ou excessivo; retenção mental de magoas, ódios

e rancores; auto-compaixão; egoísmo; negativismo; vibrações no mal e desejo de vingança.

Na manutenção e uso, são providenciais:

Equilíbrio das emoções; repouso e refazimento naturais; praticar o bem; a compaixão; altruísmo, piedade;

otimismo e oração frequente.

Centro Frontal

Localizado na parte frontal da cabeça, coordena as percepções da visão, audição, olfato e os processos da

inteligência a respeito da palavra, cultura, arte e saber.

É nesse centro que possuímos o comando do núcleo endócrino referente aos

poderes psíquicos. Governa e administra o sistema nervoso central.

No campo mediúnico é ativado nos fenômenos de vidência, audição e

intuição, além de exercer a função de exteriorização de fluidos ectoplasmicos

para os efeitos físicos. Também responde pelo controle das gesticulações do

médium.

No magnetismo, tem forte presença nos processos hipnóticos e nos

processos de regressão de memória. Por ele é que se estabelece a relação

de domínio ou a quebra de vinculo exercido por outrem.

Quando em ação, costuma ser percebido através de sua “pulsação”, como

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se fosse um coração.

Na Manutenção e uso, são negativos:

Ter olhos maus; fofocas e mexericos; inveja e orgulho; descontroles físicos e emocionais; pessimismo;

hipocondria; malícia; maldade e leituras nocivas.

Na manutenção e uso, são positivos:

Ver positivamente; falar bem das coisas e pessoas; não ser preconceituoso; equilíbrio nas atividades

físicas; agir sem vaidade e orgulho; boas leituras e divertir-se sadiamente e sem excessos.

Centro Laríngeo

Localizado na região anterior do pescoço é ele que regula a respiração, a fonação, o processo digestivo

inicial e a pressão arterial. Administra o sistema esquelético e a calcificação.

Exerce significativo papel de filtragem dos fluidos anímicos quando em

direção aos fluidos e campos espirituais. É o centro da criatividade e também

conhecido como centro da vontade.

No campo mediúnico tem presença marcante nos fenômenos de psicofonia e

de indução. Também exterioriza ectoplasma.No magnetismo, responde

diretamente pelas insuflações (sopros magnéticos) e interfere nos campos da

indução magnética. Quando em ação, é percebido como uma “coceira” ou

uma leve irritação na garganta ou nas cordas vocais.

Na Manutenção e uso, são negativos:

Fazer fofocas e mexericos; dar maus conselhos; alimentar mono idéias;

fechar-se em seus próprios sentimentos; desdenhar e ridicularizar o próximo e vícios em geral.

Na manutenção e uso, são positivos:

Falar bem das coisas e pessoas; dar bons conselhos; alimentar-se de bons estudos e boas conversas;

abrir-se a diálogos construtivos, extrair sempre o lado positivo das pessoas e abstenção dos vícios em

geral.

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Centro Cardíaco

Localizado na região do coração, dirige a emotividade e a distribuição das energias vitalizantes no

organismo. É o centro do sentimento e dos campos emocionais.

Relaciona-se com o sistema circulatório e com o sistema nervoso

parassimpático (nervo vago) e corresponde-se com o timo.

No campo mediúnico atua na assimilação dos campos emocionais dos

comunicantes. No magnético, usina fluidos sutis. Nos processos de cura atua

como atenuador das vibrações dos fluidos mais densos (materiais) e como

condensador em relação aos fluidos espirituais.

A capacidade de alguém fornecer fluidos vitais de qualidade está diretamente

relacionada com a “qualidade” desenvolvida pela “porção amorosa” desse

centro vital.

Quando em ação, é comum ser percebida uma brusca mudança no ritmo

cardíaco.

(Esta mudança se dá apenas no nível dos centros vitais do perispírito e não será constatada em uma

medição do pulso orgânico).

Na Manutenção e uso, são perniciosos:

Emoções fortes; viciações que mexam com os sentimentos; preguiça; comodismo; rancor; mágoa; ódio;

sentimento de vingança; violência; impaciência e irritabilidade.

Na manutenção e uso, são saudáveis:

Busca do autoconhecimento; domínio de si mesmo; ausência de vícios; atividades físicas e intelectuais

compatíveis; amizade; compreensão; humildade; perdão; esquecimento do mal; tranqüilidade; amor e

altruísmo.

Centro Esplênico

Localizado na região anterior esquerda do organismo, onde se localiza a última costela, ele controla o

equilíbrio hemático, sendo o principal elemento de captação das energias do

plano espiritual, principalmente do fluido cósmico universal, daí sua grande

influência sobre a vitalidade do indivíduo. É grande usinador de fluidos.

É o centro do equilíbrio, sua interferência se faz mais direta sobre as funções

biliares, renais e de excreção.

No campo mediúnico responde pelas atividades de doação fluídica a

espíritos muito fragilizados ou com graves descontinuidades perispirituais.

No magnético, usina muitos fluidos vitais para recomposição orgânica,

especialmente na recomposição de órgãos, ossos, etc.

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Quando em ação, costuma ser percebido por pontadas no baço ou no fígado. Por vezes a pontada é tão

forte que o magnetizador chega a envergar o corpo em direção à fonte da dor como quem quer

encontrar uma posição acomodada.

Na Manutenção e uso, são infelizes:

Pouca ingestão de líquidos; alimentação condimentada; exercícios físicos excessivos; mágoas não

resolvidas e irritabilidade.

Na manutenção e uso, são felizes:

Ingestão de muita água; alimentação com o mínimo de condimentos; exercícios físicos regulares e nos

limites individuais; paciência; superação de mágoas e bondade.

Centro Gástrico

Também conhecido como solar, está localizado um pouco acima do umbigo. Age fundamentalmente sobre

os órgãos da digestão, responsabilizando-se pela penetração de alimentos e

fluidos em nossa organização.

É a mais ativa usina de fluidos vitais para exteriorização. É o centro vital por

excelência, atuando vigorosamente sobre o estomago.

No campo mediúnico fornece energias de atração a espíritos sofredores e de

densa vibração.

No magnético, usina a maior quantidade de fluido vital para recomposição

que o organismo normalmente produz para auto-manutenção, doação e

exteriorização.

Quando em ação, é muito característica a sensação de giro no alto do

estomago, ou algo tipo: uma pressão forte, uma sucção firme, uma pontada

fina e penetrante. Algo como se estivesse estufando o estomago ou contraindo-o até as costelas. Tudo isso

nas imediações do aparelho digestivo, especialmente no alto do estomago.

Na Manutenção e uso, são ruins:

A gula; alimentos de difícil digestão, jejum continuado; vícios; disfunção digestiva; descontrole emocional;

hipocondria e elevados níveis de açúcar.

Na manutenção e uso, são bons:

Educação alimentar; alimentação regular, natural e equilibrada; digestão normal e total ausência de vícios.

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Centro Genésico

Também conhecido como sagrado, está localizado na região do baixo ventre. Suas energias agem sobre os

órgãos ligados à reprodução, às atividades sexuais e ainda sobre os

estímulos referentes ao trabalho intelectual e associação entre as almas.

Elabora densos campos fluídicos que, quando bem canalizados, propiciam

vigorosos potenciais energéticos no campo do amor e da criatividade.

No campo mediúnico libera fluidos de poderosa atração magnética. No

magnético, é grande usinador de fluidos densos.

Centro Umeral

Não há muito consenso sobre a existência deste centro vital, que é considerado o oitavo centro vital

principal ou o primeiro dos centros vitais na linha dos secundários.

Fica situado sobre a parte alta da espinha dorsal, na região compreendida

entre a nuca e as omoplatas.

Exerce e/ou recebe preponderante força magnética sobre a ação espiritual,

especialmente aqueles em que os comunicantes são espíritos inferiores ou

sofredores. Em reuniões mediúnicas ou no tratamento de influências

psíquicas ele é muito percebido e utilizado.

Usando-se as técnicas convenientes, a aplicação de magnetismo sobre o

umeral tem facilitado o trabalho de aproximação e afastamento de entidades

espirituais.

2 – CENTROS VITAIS SECUNDÁRIOS

Existem vários centros vitais secundários, mas vamos tratar apenas de dois dos mais significativos: os que

estão localizados nas mãos e nos pés.

Os centros secundários localizados nas mãos (palmas e pontas dos dedos) são excelentes doadores e

exteriorizadores fluídicos que tanto podem ser usados como expelidores ou direcionadores dos jatos

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fluídicos usinados pelo passista quanto, no paciente, costumam permitir a “liberação” de concentrados

fluídicos.

Quando são aplicados dispersivos nos pacientes, é comum observar-se a “passagem” de movimento

fluídico por suas mãos.

Os centros secundários localizados nos pés, (por razões óbvias) são muito pouco utilizados pelos passistas,

mas no paciente toma feições semelhantes às indicadas para as mãos, principalmente quando são tratados

“congestionados fluídicos” nos chamados centos inferiores.

III - AÇÃO DOS E NOS CENTROS VITAIS Apesar dos Centros Vitais possuírem atribuições próprias e relações diretas com determinados órgãos,

plexos, campos, zonas e glândulas, para que funcionem em harmonia eles precisam estar em constante e

íntima interação. Os canais por onde circulam os campos energéticos gerados, recebidos, absorvidos,

condensados ou expandidos pelos centros vitais são os chamados "nádis".

Muitas vezes os “nádis” entre determinados Centros Vitais estão congestionados ou obstruídos, resultando

em dificuldades para a harmonia do ser como um todo.

Além das atividades fluídicas decorrentes de um bom comportamento orgânico (boa alimentação, bom

relaxamento, boa carga de exercícios e bom metabolismo), os “nádis” dependem enormemente de ações

psíquicas, como oração, meditação, boas vibrações e idéias felizes, tudo isso para não serem obstruídos ou

congestionados.

Como se pode facilmente deduzir, comportamento moral equilibrado não é tarefa para conquista de um céu

distante nem tão só espiritual; é a busca e a permanência num céu real, aqui mesmo na Terra, aqui e agora.

1 – CONGESTÃO FLUÍDICA

Quando um Centro Vital recebe ou capta um campo energético ou fluídico, especialmente no caso dos

passes, ele pode reter em si mesmo esse campo ou transferi-lo para o corpo físico. Dependendo da

afinidade magnética aí estabelecida, tanto pode ficar na estrutura do perispírito, como pode ser somatizado

integral ou parcialmente.

Se ficar no perispírito, corre-se o risco de haver um acúmulo excessivo e localizado de fluidos,

principalmente quando lidamos com fluidos animalizados, humanos. E quando tal ocorre, pode suceder-se

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uma congestão fluídica ou uma total desarmonia no funcionamento do(s) centro(s) vital(is). Verificada essa

hipótese, o paciente passará a sentir desconfortos e, a depender do tempo em que tal situação perdure,

pode chegar a adoecer fisicamente.

A mente exerce um papel fundamental no equilíbrio orgânico e energético do ser. Uma postura mental

equilibrada é sempre importante ferramenta para se evitar transtornos fluídicos. Além disso, uma postura

mental equilibrada funciona como dispersivo ou atenuador desses campos fluídicos, assim contribuindo

para a sua dissipação, distribuição ou mesmo transformação.

Uma mente desorganizada ou extremamente materializada dificultará a sutilização dos fluidos e

conseqüentemente deixará o paciente mais sujeito às congestões fluídicas.

Na captação em si, supondo que todos os fluidos absorvidos sejam necessários para o corpo orgânico do

captador, a captação e a transferência de um meio (fluídico) para o outro (orgânico) nem sempre se dá

instantaneamente.

Apesar de, ao longo do tempo, ter sido disseminado que essa transferência é instantânea, a simples

observação atenta do fenômeno indica não ser essa a regra predominante. Se os fluidos em operação

forem extremamente sutis (como os fluidos espirituais), aí teremos um caso de transferência normalmente

muito rápido, nalguns casos chegando à instantaneidade, todavia a maioria dos fluidos humanos são

densos e, por isso mesmo, precisam de um certo tempo para a somatização integral (absorção pelo

organismo do paciente).

Mesmo sem um aferimento físico preciso, podemos deduzir, a partir da observação e da experiência, que

em média a velocidade de captação (pelo centro vital) é de cinco a dez vezes maior do que a de

transferência entre ele e o corpo orgânico (somatização), ou seja: o centro vital capta numa velocidade

(rápida), mas a real absorção orgânica se dá noutro padrão (bem mais lento).

Isto, inclusive, é uma das explicações para o fato de tantos pacientes sentirem-se desconfortáveis logo após

o passe e, demandado um intervalo que geralmente vai de meia hora a duas horas, eles naturalmente

adquirirem ou retomarem suas sensações de bem estar.

Devido a esta grande diferença entre a captação e a somatização dos fluidos, fica exposto o paciente a

eventuais complicações, como a congestão fluídica. Daí a importância do estudo do magnetismo que nos

orienta o uso dos passes dispersivos, que dentre as várias funções, caracteriza-se por acelerar esse

processo de transferência fluídica, potencializando os benefícios do passe e retirando do paciente grande

parte dos riscos decorrentes desses acúmulos.

Por isso é importante entender que as longas e, principalmente, as densas concentrações fluídicas, de

origem humana, requisitarão prudência e competência em suas aplicações. Os riscos maiores são

facilmente resolvidos com a intercalação dos “concentradores” com os “dispersivos”, os quais termina

terminarão por reduzir as aparentes necessidades de grandes concentrações fluídicas.

2 – USINAGEM FLUÍDICA

É importante entender que todo centro vital é uma "usina”, e a depender do operador, cada centro terá

especificidade e potencialidade própria.

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A exemplo de uma usina de açúcar, que extrai da cana todos os subprodutos que lhe são peculiares, o

corpo humano é tal qual, extraindo de suas entranhas elementos densos e sutis de e para sua manutenção

e/ou exteriorização.

No passe, é possível “usinar fluidos”, que é a capacidade do magnetizador transformar elementos orgânicos

em compostos fluídicos, potenciais vitais em bioenergia, magnetismo, "energias de cura” .

Não é por menos que o passista e o médium não devem estar em jejum em suas tarefas nem com o

estômago pesado. Uma alimentação diversificada e equilibrada tende a fornecer melhores elementos para

uma “boa usinagem”.

Diante do até aqui exposto, fica evidente a importância do estudo dos centros vitais e sua relação direta

com os passes e as ações anímicas do ser. O passista consciente de suas responsabilidades deve pelo

menos entender o funcionamento básico dos centros vitais, inclusive para auxiliar aos Espíritos quando

estes quiserem indicar certas regiões e tipos localizados de tratamento. Depois, conhecendo como eles

funcionam e se relacionam deixamos de tratar desse assunto como se fosse algo misterioso e impreciso; ao

contrário, dotamos nosso magnetismo de um maior e mais eficiente poder de solucionar problemas.

IV - REARMONIZAÇÃO DOS CENTROS VITAIS Quando alguém tem seus centros vitais desarmonizados (desalinhados, desestruturados, desorganizados,

etc.), há como rearmonizá-los. Porém, não se trata de uma coisa mágica ou de ação isolada sobre um

determinado centro. Alguns pensam que para resolver questões dessa ordem basta o balbuciar de uma

prece; outros acreditam que a simples ação do magnetismo (passe) resolve; alguns ainda crêem que um

exercício de respiração ou uma meditação mais recolhida seria suficiente. Mas, a experiência indica que,

embora tudo isso seja válido e muito precioso, dificilmente será suficiente se não houver a disposição para a

realização de mudanças interiores.

Em termos de magnetismo existem técnicas que desempe-nham eficazmente a função de realinhamento,

desconges-tionamento e rearmonização dos centros vitais. Pelo menos no campo fluídico propriamente dito.

Porém, devemos entender que o magnetismo, embora resolvendo a questão do "realinhamento dos centros

vitais", não dispensa a participação ativa do paciente. E essa participação diz respeito diretamente com as

necessidades de mudanças interiores do paciente em direção à saúde real.

Uma das técnicas mais efetivas para a rearmonização dos Centros Vitais é a conjugação de imposições

com dispersi-vos. Faz-se imposição com uma mão no coronário e com a outra faz-se dispersivo geral

(envolvendo os demais centros vitais). Em seguida, dispersa-se sobre o coronário e depois, com as duas

mãos, dispersa-se todos os centros. Uma outra técnica é o uso dos perpendiculares tanto nas estruturas

dos ativantes como dos calmantes.

É comum que, depois de rearmonizado, o paciente ainda se sinta incomodado. Isso ocorre porque além da

rearmoniza-ção magnética, propriamente dita, é necessário fazer o paciente "sentir-se" rearmonizado. É

necessário trabalhar a psi-sensibilidade do paciente também. Caso o paciente não se sinta bem ou

confortável após a rearmonização, psicolo-gicamente ele tenderá a buscar a sensação que registrava

anteriormente, assim prejudicando sensivelmente os efeitos da ação magnética desenvolvida em seu favor.

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É sabido que todo aquele que comete atos moralmente comprometedores (aborto por exemplo), desarranja

seus Centros Vitais e prejudica sua estrutura perispiritual. Porém, isso não significa que estas pessoas não

possam aplicar passes, pois Deus não quer a condenação eterna do pecador, mas sua remissão.

Entretanto, a medida do bom senso recomenda que essas criaturas primeiramente passem por tratamentos

fluídico-magnéticos para recompensarem seus "campos fluídicos" para conquistarem melhores recursos

para a prática do bem e do amor reparadores. Mais do que nunca, a necessidade de uma postura moral

equilibrada e decidida será requerida para que a produção dos fluidos não venha a ser onerada pelas

vibrações desarmônicas.

Para ilustrar esta questão, vejam um caso ocorrido com Chico Xavier:

"Um senhor foi visitar Chico Xavier e lá tomou um passe com um homem hemiplégico (parte do corpo

paralisada), Ato contínuo, foi reclamar ao Chico:

- Chico, como você permite? Veio um hemiplégico me dar um passe!

- O Chico lhe respondeu: Como você quer que ele sare?

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5ª AULA

I - AÇÃO NEGATIVA DOS FLUIDOS

1 – HÁ ALGUMA CONSEQUÊNCIA FÍSICA AO DESRESPEITARMOS “TRABALHOS” OU

“DESPACHOS” FEITOS POR OUTRAS CORRENTES ESPIRITUALISTAS, TAIS COMO: ZOMBAR,

CHUTAR OU RECOLHER OBJETOS ALI DEIXADOS?

Costumamos ouvir dizer que “despacho não pega em quem não deve”. E quem, neste mundo de meu Deus,

não deve alguma coisa, principalmente no campo moral?”

É certo que todos contamos com inúmeros meios e mecanismos de proteção, tanto orgânicos como

psíquicos e espirituais, além das vibrações dos amigos, familiares e protetores espirituais, mas é igualmente

certo que trazemos nossas fragilidades e descuidos muito à flor da pele.

Por nossa estrutura perispiritual, estamos muito sujeitos às influências fluídicas dos seres e ambientes que

nos circundam. O fator que propicia a atração dessas influências é, em principio, nossa posição mental,

emocional e até mesmo orgânica. A depender de nossa fragilidade moral e emocional, atrairemos

verdadeiros petardos ou concentrados fluídicos, os quais poderão nos desnortear, abalando-nos

sobremaneira.

De fato, os despachos são concentrados fluídicos de muito densa e nefasta vibração. Um despacho fluídico

é, bem o sabemos, tão ou mais potencialmente explosivo que certas minas, daí podermos, em

determinadas circunstâncias, absorver-lhes as cargas tóxicas e degradantes, contaminando-nos com seus

eflúvios.

Os Passes, conforme verificado, são extremamente eficazes nessas situações, desde que o passista saiba

como trabalhar os fluidos e o paciente, por sua vez, deve repensar seu comportamento moral.

Nada garante que quem faça uso dos pertences dos despachos não esteja se contaminando, de forma

funesta, de sorte que nalgum momento não venha a se queixar de problemas ou doenças que mais não

sejam do que as somatizações dessas cargas negativas concentradas.

O risco é sempre muito grande, pois Espíritos inferiores podem se sentir “roubados” em suas reservas e

partirem para a perseguição.

“Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem e caluniam”. “Vigiai e orai, para que

não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”. (Mateus, cap.5

– v.44 e cap.26 – v.41)

2 – PODE UM PASSE FAZER MAL?

Lamentavelmente, pode.

Por incompatibilidade fluídica entre passista e paciente – o passista tem obrigação de saber resolver essa

antipatia fluídica para evitar os transtornos daí decorrentes;

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Por contaminação fluídica – passistas que fazem uso de tóxicos em geral; ou ordinariamente vibram muito

negativamente;

Por desconhecimento de técnicas apropriadas;

Por longas exposições concentradoras de fluidos;

Pelo uso de deposição magnética em sentido inverso do correto – passes aplicados dos pés a cabeça ou no

sentido anti-horário;

Por densidade fluídica – o passista possui muitos fluidos muito densos e o paciente é muito sensível; como

é o caso de crianças e pré-adolescentes;

Por falta de confiança no que faz.

Pela assimilação de fluidos muito densos e impróprios, o passista também pode vir a se contaminar com os

fluidos do paciente.

3 – QUANDO DETECTAMOS SENSAÇÕES DESAGRADÁVEIS EM CERTAS PESSOAS, QUE ISTO

SIGNIFICA?

Na maioria das vezes, o fato de nos sentirmos estranhos ante a presença – ou mesmo a lembrança – de

alguém, é um indicativo de que com ela temos estabelecido uma antipatia fluídica, que nada mais é do que

estarmos vibrando em padrões fluídicos diferentes e discrepantes entre si.

II – AÇÃO DOS PASSES EM REGIÕES OU SITUAÇÕES LOCALIZADAS

1 – O PASSE É ADEQUADO PARA PESSOAS QUE SERÃO SUBMETIDAS A CIRURGIAS MÉDICAS E

TAMBÉM PARA AS QUE SÃO TRATADAS COM RÁDIO E QUIMIOTERAPIA?

Com certeza. Atuando o magnetismo não apenas nas estruturas fisiológicas do individuo, mas penetrando-o

e interagindo desde o perispírito, através dos centros vitais.

Uma espécie de tratamento prévio por passes será sempre de grande valia. Hemorragias ficam mais

contidas, as rejeições são diminuídas, as cicatrizações acontecem mais rapidamente, a quantidade de

medicamentos e o tempo de restabelecimento são reduzidos e, muitas e muitas vezes, o mal “diminui de

tamanho”.

Um verdadeiro tratamento antes e depois de cirurgias é uma benção de que não deveríamos abrir mão.

Sabemos o quanto a rádio e a quimioterapia são devastadoras, sem contar o estado emocional no qual o

paciente se encontra; seria ideal que logo após o tratamento químico o paciente fosse submetido a um

atendimento magnético, pois através deste os campos vitais do paciente seriam reestabilizados e os efeitos

danosos daquelas terapias seriam drasticamente reduzidos.

Os resultados sobejamente indicam que os pacientes tratados por “imposições” recuperam-se mais

rapidamente, ficam com menos sequelas e sentem menos desconfortos do que os outros que apenas usam

os métodos convencionais.

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2 – PODE-SE DISPENSAR OS CUIDADOS MÉDICOS E REMÉDIOS QUANDO ESTAMOS EM

TRATAMENTO POR PASSES?

Não! Os tratamentos fluídicos não dispensam os cuidados médicos;

Temos visto uma espécie de benéfica aproximação entre as terapias alternativas e as ciências acadêmicas

convencionais; os médicos começam a indicar tratamentos complementares com terapias alternativas

(dentre as quais o passe, a oração e a meditação têm relevantes destaques).

3 – COMO APLICAR PASSES EM GESTANTES E CRIANÇAS?

Com cuidado e muito amor. Se o passe for Espiritual deixe que o Mundo Espiritual realize todo o processo.

No caso dos passes Magnéticos, evite-se toda e qualquer concentração magnética sobre o ventre, a fim de

não afetar o bebê de maneira prejudicial;

Nas crianças os passes devem ser muito refinados, sutilizados ao máximo, pois os centros vitais delas são

muito pequenos e pouco capacitados para grandes absorções fluídicas.

A maioria das pessoas que aplicam passes em crianças sente-se muito confortável após as aplicações. Isso

se dá exatamente pela “tonalidade” dos fluidos que são usinados para as crianças; por serem muito sutis,

finos e rarefeitos, deixam no usinador a agradável sensação de paz e harmonia.

4 – COMO ATENDER UMA PESSOA IDOSA, EXTREMAMENTE DEBILITADA?

O idoso não tem condições do “processar” os fluidos como os mais jovens, além da postura de muito amor,

fé e boa vontade, o passista deve possuir boa reserva de fluidos magnéticos, pois essa necessidade de

muitos fluidos por parte do paciente pode levar o passista à exaustão fluídica.

Como medida preventiva, use poucos concentrados fluídicos seguidos e sempre intercale muitos

dispersivos, a fim de evitar demoradas concentrações.

5 – E QUANTO APLICAR PASSES EM ROUPAS OU OBJETOS EM GERAL?

A lógica está no fato de que o magnetismo pode ser aplicado em tudo, mas daí a se imaginar que uma

roupa magnetizada irá substituir os esforços que uma pessoa tenha que desenvolver para sagrar-se

recuperada ou “abençoada”, vai uma larga distância. É verdade que nossa roupa “guarda” uma imagem

psicométrica de nossas vibrações, tanto quanto, à semelhança de odores, que se impregnam em nossa

pele e vestimenta, cargas fluídicas agregam-se a elas.

Mas muito mais poderoso é um pensamento positivo, uma oração sentida, uma fé ativa. Se o paciente quer

mesmo magnetizar alguma coisa, que traga a água.

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III – ANTIPATIA, SIMPATIA E EMPATIA FLUÍDICA

Quando os campos fluídicos de duas pessoas vibram em frequências diferentes e discrepantes entre si,

surge o que chamamos de “antipatia fluídica”. Essa antipatia não guarda relação com os sentimentos de

bem ou malquerer que se tenha em relação à pessoa com a qual a registramos.

No passe, é comum nos depararmos com pacientes com os quais, ao buscarmos entrar em relação ou

estabelecer a sintonia magnética, nos sentimos muito mal, percebendo uma sensação de desconforto muito

grande. Essa mesma sensação também é frequentemente registrada pelo paciente, especialmente se ele

tiver uma boa sensibilidade magnética.

Para gerar condições favoráveis no sentido de se superar essa antipatia, a oração e o espírito de devoção

do passista, aliados à fé e à oração do paciente, são de muita felicidade.

Por razão semelhante, quando estamos vibrando – passista e assistido – em frequências iguais ou dentro

de padrões que se consorciam, surge a “simpatia fluídica”, a qual também independe do grau de

relacionamento e afinidade entre ambos.

Para o passista que tenha diante de si um paciente simpático fluidicamente, aí está uma oportunidade das

mais agradáveis de realizar, com grande proveito, os benefícios da fluidoterapia.

Não é por outro motivo que muitos pacientes têm ojeriza a determinados passistas, enquanto outros têm

verdadeira afinidade por aqueles mesmos.

1 – O QUE VEM A SER EMPATIA FLUÍDICA?

É a tendência para sentir o que sentiria outra pessoa caso se estivesse na situação experimentada por ela.

Tratar o paciente empaticamente significa cultivar e manter um padrão interior de muito equilíbrio e

harmonia, impregnando o paciente com esse padrão. A chave para tal sucesso é o amor doação, a oração

sincera e o envolvimento pacificador entre ambos.

“A diversidade na maneira de sentir, nessas duas circunstâncias diferentes, resulta mesmo de uma

lei física: a da assimilação e da repulsão dos fluidos. O pensamento malévolo determina uma

corrente fluídica que impressiona penosamente. O pensamento benévolo nos envolve num

agradável eflúvio. Daí a diferença das sensações que se experimenta à aproximação de um amigo ou

de um inimigo”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap.12, item 3)

IV – A DURAÇÃO DO PASSE

Não há tempo estipulado para o passe. Estando este ligado a fatores variados e situações quase sempre

diferenciadas, caso a caso. Cabe ao passista usar o bom senso e obedecer à inspiração do momento;

também, devemos reconhecer a realidade das Instituições que aplicam os passes.

1 – O TEMPO DO PASSE ESPIRITUAL É IGUAL AO DO MAGNÉTICO?

Usualmente, o passe espiritual é de pouca duração, acontecendo em torno de um minuto. O magnético, ao

contrário, varia muito, podendo dar-se em um ou muitos minutos.

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O passe mais demorado acumula mais fluidos o que pode tornar-se irritante, especialmente no organismo

tenro das crianças.

Chico Xavier diz que o passe deve ter o tempo da oração do “Pai Nosso”; é até provável que o nosso Chico

tenha dito isso, mas não no sentido vulgar e restrito que a colocação tomou. De posse dessa afirmativa,

algumas pessoas saem desenfreada e aceleradamente repetindo o “Pai Nosso”, num verdadeiro

campeonato de velocidade, apenas para com isso terminarem o mais rápido possível o passe.

Se no tratamento coletivo, um assistido tiver a necessidade de ser atendido com passes mais

longos, isso deverá ser feito em lugar específico para tal procedimento (Anália Franco). O que não

pode, é negar auxilio devido. Cabe ao Dirigente encaminhar este assistido ao “Diálogo Fraterno –

DEPOE” para que seja orientado...

2 – POR QUANTO TEMPO PERDURAM, NO ASSISTIDO, OS EFEITOS DA AÇÃO MAGNÉTICA?

Normalmente, uma fluidificação bem realizada e bem absorvida pode demorar-se por até uma semana.

Cabe ao passista saber doar os fluidos com competência, induzindo uma espécie de “compactação

fluídica”, onde o assistido, por seu mecanismo magnético natural, aciona a descompactação dos fluidos

“arquivados” em seus centros vitais e, ao longo dos dias, vai se “alimentando” desses fluidos.

V – QUANTOS PASSES APLICAR

Se o passista apenas aplica passes espirituais (com fluidos do Mundo Espiritual), o limite será o limite de

seu cansaço físico.

Se o passe for magnético (com fluidos do próprio passista), até os limites superiores são relativamente

restritos, sob pena de se chegar às fadigas fluídicas. Para a média dos magnetizadores espíritas,

normalmente tem-se como confortável a média de 15 (quinze) por sessão, (num máximo de três sessões

por semana).

Se o médium, no desempenho de suas atividades mediúnicas, desprende muitos fluidos próprios, então

precisará considerar uma reunião mediúnica como uma sessão de doação, a fim de evitar os riscos das

fadigas fluídicas.

Cabe ao passista, mesmo reconhecendo ser um simples intermediário, poupar suas reservas energéticas

evitando excessos desnecessários ou mau uso, e buscará os meios naturais que o auxiliem na mais rápida

recuperação (oração, repouso, alimentação adequada etc.) Desse modo ajudará o esforço da

espiritualidade em seu favor.

Portanto, desde que haja imperiosa necessidade, o passista poderá aplicar tantos passes quantos forem

necessários, confiante no inesgotável manancial da infinita misericórdia de Deus.

Certo é, porém, que haverá sempre uma recompensa natural para quem se doa no passe. Dando,

recebemos; e geralmente bem mais do que damos, porque Deus é muito generoso.

(...) O passista, como mero instrumento que, através da prece, recebe para dar, não precisa “jamais

temer” a exaustão das forças magnéticas. (André Luiz – “Conduta Espírita”)

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1 - PODE-SE APLICAR PASSES EM DIAS E HORÁRIOS ALEATÓRIOS?

Pode, mas não é tão produtivo quanto os resultados obtidos quando se tem estabelecidos dia, horário e

local apropriado. Além das razões de ordem espiritual e de preparação mais adequada do próprio passista,

sabemos que nossas usinas magnéticas (centros vitais), com o tempo e a regularidade da prática, entram

em sistema de cronicidade, tornando-se, por isso mesmo, mais aptas a gerarem mais e melhores fluidos em

dias e horários habituais.

Agora, para descontrair:

(...) A aplicação do passe de modo indiscriminado tem dado origem à “passemania”, ou seja, alguns

dirigentes e passistas, praticamente obrigam os freqüentadores do Centro Espírita a tomar passe.

“Conta-se, que certa feita, um homem entrou em uma Casa Espírita e logo foi “empurrado” para a Câmara

de Passes. Sentou-se, tomou um passe e continuou sentado. Outra rodada e ele tomando passe. Na quarta

ou quinta rodada, uma passista disse-lhe:

- “Meu irmão, você está “carregado” mesmo, hein”? Quantos passes você vai tomar?

E ele respondeu:

-“Que passe, que nada, eu entrei aqui para entregar esta conta de luz; “empurraram-me” para esta sala e

aqui estou até agora.”

E PARA ENCERRAR:

Tenhamos, pois, perseverança, boa-vontade, amor e alegria ao nos colocarmos à disposição de

Jesus, agradecendo sempre, pela confiança que Ele depositou em nossas mãos e que essas sejam

instrumentos de luz a “esparramar” curas, benevolências e auxílio a todos que se cercarem de nós.

Que assim seja!

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6ª AULA

I – PASSE À DISTÂNCIA – IRRADIAÇÃO

O SERVO DO CENTURIÃO DE CAFARNAUM

Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, veio ter com ele um centurião, suplicando-lhe: "Senhor; tenho

em casa um servo que está enfermo com paralisia, sofrendo horrivelmente". Disse Jesus: "Irei curá-

lo". Ao que responde o centurião: 'Senhor eu não sou digno de que entreis em minha casa, mas dize

uma só palavra e meu servo será curado... " Ouvindo isto, Jesus admirou-se e disse aos que o

acompanhavam: "Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé ... " e

disse Jesus ao centurião: "Vai e, como creste, assim será feito". E naquela mesma hora o servo

ficou são" (Mateus, 8:5-13; Lucas, 7:1-10).

Verificando o milagre de Jesus, pensamos: “era Jesus”. Mas Ele disse que tudo o que fizesse, poderíamos

fazer também.

Logicamente, a cura do servo do Centurião se deu pela irradiação das virtudes do Cristo, ou seja, uma

emanação à distância.

Na verdade, conforme o próprio Cristo, o servo foi curado pela piedade e pela fé do Centurião, que se

entristecia por vê-lo naquele estado.

Assim devemos pensar, toda vez que alguém precisar do passe à distância, por estar impedido de vir à

Casa Espírita. O representante deve estar imbuído de fé, confiança, pensamento elevado e voltado para a

pessoa e o local onde esta se encontre, e então conduzir os fluidos até lá.

Segundo Edgard Armond, no Espiritismo não há, realmente, necessidade do emprego desses passes,

porque, ao invés de fazê-lo, basta que se formule uma prece em benefício do doente, dando sua

localização: com estes elementos, os Espíritos protetores tomarão a si a assistência do doente, esteja ele

onde estiver.

O passe à distância, entretanto, é praticado da seguinte maneira:

1º - Concentração e prece.

2º - Idealizar a figura material do doente no local indicado e ir até lá com o pensamento.

3º - Fazer sobre essa figura imaginada os passes indicados, encerrando com uma prece.

Seu efeito é muito positivo. São muitos os registros que pesquisadores ao redor do mundo têm comprovado

a eficácia dessas irradiações. Ma essas mesmas pesquisas sinalizam que, quando há um envolvimento

direto entre o doador e o receptor, a potencialização dos benefícios é substancialmente aumentada. Pode

ocorrer de a pessoa a quem dirigimos nossos fluidos não saber e nem chegar a perceber nossas emissões,

mas é comum o paciente, mesmo nesses casos, ter algum registro. Entretanto, o ideal é quando o paciente

tenha consciência da irradiação e se prepare para recebê-la.

Quanto a ser mais ou menos eficaz que o aplicado diretamente, varia de caso a caso. Na maioria dos

casos, pelo menos no terreno do magnetismo propriamente dito, o ideal é o passe aplicado diretamente no

paciente.

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“Tanto quanto do Espírito errante, a vontade é igualmente atributo do espírito encarnado; daí o poder do

magnetizador, poder que se sabe estar na razão direta da força de vontade. Podendo o Espírito encarnado

atuar sobre a matéria elementar, pode do mesmo modo mudar-lhes as propriedades, dentro de certos

limites. Assim se explica a faculdade que algumas pessoas possuem em grau mais ou menos elevado”

(Allan Kardec – O Livro dos Médiuns. Item 131).

O representante deve ter cautela quando se tratar de envolvimentos obsessivos graves, pois estará

trazendo para si as ligações espirituais. Deverá buscar o fortalecimento nas preces, o contato constante

com Deus, Jesus, pedindo proteção para si, para o obsedado e para aqueles que com ele se ligam,

demonstrando respeito, humildade, carinho e se possível o amor fraternal, que envolve e acalenta.

II – PASSE EM PESSOAS INCONSCIENTES

Pessoas em coma são tidas como inconscientes, mas ao retornarem, comprovam sua consciência viva e

ativa o tempo todo. A consciência está no espírito e não no físico.

O mesmo se dá com pessoas adormecidas ou portadores de deficiências cerebrais ou mentais, ao serem

chamadas, estando interessadas na própria cura, atenderão ao chamado e auxiliarão no tratamento.

Já os drogados apresentam uma questão complicada, pois os componentes dos tóxicos contaminam tanto o

organismo físico quanto o o campo fluídico do paciente.

Os elementos químicos dos tóxicos normalmente se demoram no campo orgânico e nas estruturas psi, na

circulação sanguínea, no metabolismo e nas células como um todo. Com isso o efeito do magnetismo fica

sensivelmente prejudicado, embora não anulando de todo.

Nas pessoas debilitadas, os órgãos a serem examinados com mais atenção devem ter relação mais direta

com a fraqueza localizada. Um médium bem preparado terá condições de identificar esses pontos.

No caso de não quererem receber o tratamento, podem ser criadas barreiras que impeçam a recepção dos

fluidos.

Criança adormecida em casa com os pais ou responsáveis orando em voz alta e como que conversando

com a criança, dá resultados espetaculares, principalmente quando há muitas dificuldades da criança em

sua adaptação à encarnação.

Na ocasião da oração, o passe, quase sempre de origem espiritual, surte um efeito muito vigoroso. Crianças

que não aceitavam os pais, passaram a amá-los. Outras que apresentavam dificuldades para dormir ou

alimentar-se, querer viver, superaram esses aspectos em pouco tempo.

III – PASSE E AS PROBLEMÁTICAS DO SEXO E DOS VÍCIOS

“Amai-vos e instrui-vos”

Amar-se envolve a aceitação do nosso semelhante como ele é, respeitando suas dificuldades e limitações.

Lembrando da passagem: “Que atire a primeira pedra, aquele que estiver sem pecado”.

Não nos cabem julgamentos às escolhas feitas pelos outros, devemos, no entanto, confiar que, como a nós

foi dada a oportunidade de estudos e conhecimento sobre a Doutrina dos Espíritos, a Lei de Amor e

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Caridade, todos aqueles que se propõem ao trabalho de doação, além da boa vontade, certamente, estão

também buscando sua melhora interior e, portanto, devem ter a chance de se conhecer, se modificar e

crescer espiritualmente através de estudos e trabalho na Seara do Amor ao próximo.

Todo trabalhador deve procurar melhorar-se cada vez mais, superando suas fraquezas e deficiências.

Lembrando que devemos combater qualquer força que possa nos arrastar à queda.

O fluido magnético ou vital é patrimônio de todos os seres. Transmitido no passe ou durante a cirurgia

espiritual, pode ser fator de bem-estar e de cura nas afecções e doenças diversas. (Marlene Nobre – O

passe como cura magnética).

“E estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome expelirão os demônios... imporão as

mãos sobre os enfermos e os curarão.” Depois de assim ter-lhes falado, o Senhor Jesus ascendeu ao Céu.

(Marcos 16:17-20).

O passista, no emprego de forças em favor dos enfermos, deve procurar equilibrar o campo das emoções..

Não pode haver doação, por exemplo, com sistema nervoso esgotado. Aquele que cultiva mágoa excessiva,

paixão desvairada, inquietação permanente, não transmite, nem faz circular as energias radiantes, porque

seu próprio sistema nervoso está comprometido, desgastado.

Vemos, assim, que o doador tem uma excelente oportunidade de auto-aprimoramento. Ele sabe que as

suas crises de cólera, revolta, maledicências, leviandade, desespero e intemperança são verdadeiras

tempestades magnéticas sobre seus próprios envoltórios, o perispírito e o corpo físico, por isso procura

evitá-los ao máximo, para não se desgastar.

Do mesmo modo, quando estão em curso moléstias do sangue, degenerativas, como anemias e câncer,

não é recomendável a doação fluídica. O excesso de alimentação também constitui impeditivo ao

desenvolvimento da capacidade de doação fluídica, porque a pessoa passa a produzir odores fétidos,

detectados, espiritualmente, pelos poros, bem como das saídas dos pulmões e do estômago, prejudicando

a circulação das faculdades radiantes.

Do mesmo modo o fumo, o álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios nos centros nervosos,

modificando certas funções psíquicas, anulando os melhores esforços na transmissão de elementos

regeneradores e salutares.

Os Benfeitores Espirituais afirmam que o passista, no mundo espiritual, obedece a um programa. Ele

procura ter:

Grande domínio sobre si mesmo.

Espontâneo equilíbrio de sentimentos.

Acendrado amor aos semelhantes.

Alta compreensão de vida.

Fé vigorosa.

Profunda confiança no Poder Divino.

Diante de um programa com requisitos tão abrangentes, o candidato a passista na lide humana poderia até

se sentir amedrontado ou mesmo incapacitado, sobretudo, quando tem consciência de suas próprias

fraquezas e dificuldades íntimas em relação à tarefa.

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Referindo-se a isso, Alexandre ameniza o rigor afirmando: “na esfera carnal, a boa vontade sincera, em

muitos casos, pode suprir essa ou aquela deficiência, o que se justifica, em virtude da assistência prestada

pelos benfeitores de nossos círculos de ação ao servidor humano, ainda incompleto no terreno das

qualidades desejáveis”. (Missionários da Luz – cap. 19 – págs. 320 e 321).

Deus deixou o sexo como forma de criação, mas para tornar atraente, tornou-o prazeroso e o homem

passou a explorá-lo mais no sentido do prazer do que para multiplicar-se. A partir daí, o prazer sexual

ganhou o primeiro lugar nas relações homem/mulher. Ele é colocado à frente do amor, do sentimento puro;

por isso, muitos relacionamentos fracassam, não começam com amor, respeito, mas sim com o sexo.

Quando o entusiasmo acaba, cria dificuldades e tristezas.

O passista deve ter a preocupação de se melhorar e através das instruções no estudo do Evangelho e

outras leituras edificantes, procurar manter-se afastado de práticas que possam levá-lo a sentimentos de

culpa ou autodesvalorização.

A preservação da saúde do físico, do espírito e mente fará com que ele esteja sempre apto a doar-se em

atividades voltadas ao bem, à cura do semelhante. É importante manter um nível de harmonia psíquica

libertando-se de tensões, pesadelos, fobias e outras variantes nada agradáveis nem de fácil suporte.

Essas informações servem também para o paciente que deve procurar manter-se com pensamentos e

planos elevados, procurando auxiliar na própria cura, através da mudança e reforma interior, na liberação

da verdade, na ligação a Deus. Agradecendo e pedindo sempre pela melhora de si, pela superação das

más inclinações, pela força e coragem para combater as fraquezas.

IV – PASSE NA DESENCARNAÇÃO

Não diríamos que existam técnicas específicas para ajudar no processo de desencarnação, até porque

cada desencarnação é sempre um caso especial e único, mas há disposições magnéticas que podem ser

utilizadas em beneficio do afrouxamento dos laços vitais de um moribundo. A depender dos vínculos vitais e

dos problemas que estão levando aquele corpo a óbito, certas regiões ou centros vitais solicitarão uma

maior atenção e cuidado, até porque devemos ter em mente que nosso propósito é o de gerar alívio e

favorecer a uma entrada mais harmoniosa e menos penosa do desencarnante no mundo espiritual.

Fique bem ressalvado que não estamos aqui ensinando a apressar processos desencarnatórios nem

induzindo à realização ou à aprovação da eutanásia, mas apenas refletindo sobre como ajudar pacientes

em situação catalogada como terminal. Em todo caso, existem situações desencarnatórias que são tratadas

magneticamente de forma bastante diferenciada. Daí, a boa intuição, a ampla acuidade pelo tato-magnético

e maior ejeção de amor e bondade são excelentes veículos para uma determinação mais precisa do que e

de como realizar esse tipo de processo magnético.

Mesmo em caso de morte violenta, sabemos que o processo de desencarnação não se dá de maneira

brusca nem os liames que unem o Espírito ao corpo são rompidos repentinamente, e sim “desatados

gradativamente”.

Além de orações e boas vibrações, à aplicação de passes no corpo de pessoas que desencarnaram por

morte violenta, é medida de pura caridade e efetiva contribuição para o despertar na nova morada. No

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geral, devemos mesmo é contar com as preces e as boas vibrações pedindo ajuda direta ao mundo

espiritual.

O ideal seria que o ser se libertasse desses liames ainda em vida. Na questão 257 de O livro dos Espíritos,

Kardec indica: “Dome suas paixões animais; não alimente ódio, nem inveja, nem ciúme, nem orgulho; não

se deixe dominar pelo egoísmo; purifique-se, nutrindo bons sentimentos; pratique o bem; não ligue às

coisas desse mundo importância que não merecem; e, então, embora revestido do invólucro corporal, já

estará depurado, já estará liberto do julgo da matéria e quando deixar esse invólucro, não mais lhe sofrerá a

influência. Nenhuma recordação dolorosa lhe advirá dos sentimentos físicos que haja padecido; nenhuma

impressão desagradável eles deixarão, porque apenas terão atingido o corpo e não a alma”. Portanto, o

desapego à matéria é fundamental para o espírito isentar-se dos fluxos e refluxos das cargas vitais do corpo

por ocasião da desencarnação.

ASSISTÊNCIA 6 - A6

Como em todos os tratamentos através do passe, a Assistência-6 oferece um “pacote” assistencial que

visa a reequilibrar aos que se enquadram com aquela patologia ou síndrome.

Tudo no mundo para se firmar / existir, deve se apoiar num tripé - em 3 posições ou fundamentos. Por

exemplo, nos tratamentos pelo passe: filosofia – ciência e dinâmica.

Filosofia : representa o motivo com o princípio

Ciência: a “mola” ou impulso

Dinâmica: a ação.

Assim também o ser humano se manifesta em três mundos que se interpenetram, quais sejam:

Mental

Emocional

Físico

Cada um deles representa um fundamento, uma base. Na A6 não poderia ser diferente, está apoiada em

três fundamentos: filosófico, científico e dinâmico.

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Filosófico como base da ciência é a razão, é o princípio, a causa ou distúrbio que se busca atingir,

reequilibrar ou re-significar

Como todos os males (doenças) psíquicos não são patologias, mas síndromes a caminho de uma patologia

ou a somatização dos desequilíbrios psíquicos.

O objetivo é devolver ao Ser o equilíbrio, a motivação para continuar sua trajetória rumo à perfeição; isso

implica sacrifício (sacro ofício), é a espada que Jesus nos trouxe (castigo=tornar casto... purificar).

Ciência é a mola, o movimento que se faz para a execução da tarefa, apoiada na observação que cientifica

o processo através de experimentos comprobatórios, científicos.

A ciência desse tratamento por passe A-6 se fundamenta no PE (Passe Espiritual) por ser o mais completo

dos “tratamentos”.

Para focar melhor temos que relembrar ou recapitular o PE no seu significado científico.

No PE objetivamos os pontos tradicionais ou “tomadas” onde se liga o Espírito à matéria.

A creação (termo usado por Rohden) é sétupla, e a manifestação é trina; significando que dos Sete Mundos

creados, o espírito encarnado está em manifestação nos Três Mundos mais densos, quais sejam:

• Mundo Mental - ligado ao chacra Frontal, nos fornece o corpo Mental, subdividido em Mental Abstrato

(sede do Eu Superior) e Mental Concreto (a Casa do Ego).

• Mundo Emocional, Astral ou de Desejos, que nos fornece o Corpo Astral – sede dos sentimentos,

sensações, instintos etc; liga-se ao nosso “terceiro cérebro”, ou seja ao Plexo Solar, especificamente ao

chacra gástrico.

• Corpo Físico - o terceiro e o mais denso dos veículos, se liga ao centro Básico, porta de entrada das

energias telúricas que fluem do centro do planeta, energizando todos os seres vivos

Divide-se em dois:

- O corpo químico constituído de átomos físicos da escala periódica de Medelejew

É a parte etérica composta por átomos prismáticos etéreos; cópia fiel do corpo denso, átomo por

átomo.É o painel de controle da máquina física que liga o mundo denso ao mundo espiritual através

dos centros de força que se situam em sua periferia, por exemplo: o ectoplasma é a própria matéria

etérea extraída do Duplo Etérico ou do Corpo Vital.

É nesses três pontos ou chacras (frontal – gástrico – básico) que o passe espiritual atua para liberar as

comunicações obstruídas pela nossa incúria.

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Na A-6 usamos esses princípios, focando os pontos onde os males psíquicos geram consequências

congestionantes, principalmente no Plexo Mesentérico ou centro Esplênico,

porta de entrada de toda a vitalidade.

O chacra Esplênico é o centro que alimenta todos os demais chacras e

quando em desequilíbrio fica envolto em uma massa miasmática, negra,

pegajosa, impossibilitando a plena atuação desse centro de força na

especialização da vitalidade prânica – solar.

Isso ocorre também com o centro Gástrico que sendo a “tomada” onde se

ligam os sentimentos, sensações e desejos do Espírito ao Corpo Físico, que

quando desajustado impossibilita ou dificulta os sentimentos elevados, só

permitindo a passagem de emoções e sensações de vibração inferior, da

própria natureza da matéria miasmática.

Se entendermos que os centros de força sejam “filtros” que ligam, através de correntes vibratórias, os

Mundos Superiores ao Mundo Físico, estando esses filtros “sujos”, entupidos, obliterados, então fica

impedido o pleno funcionamento do agregado espiritual em sua comunicação com a matéria, o mundo

físico; gerando assim, os distúrbios psíquicos que são mais sintomáticos que patológicos.

Na A-6, como nas demais assistências que utilizam o princípio do PE, porém potencializado e dinâmico, não

significando isso que se trate de ritualística os movimentos do passe, na verdade é ciência pura, formação

de campos magnéticos polarizados, em formação seriada ou paralela, segundo a natureza do objetivo a ser

atingido.

É como uma lanterna que necessita de várias pilhas para obter potência na iluminação; não significa que

quanto mais pilhas, mais se aumente a luminosidade – as pilhas devem obedecer uma ordem lógica para se

obter o efeito e devem estar “carregadas”.

As posições dos médiuns nas Assistências Potencializadas, também devem obedecer a uma determinada

ordem e a “carga” ou concentração sintomatizada no propósito a ser obtido.

Usando esses princípios todos na A-6 temos:

• Filosofia é a palestra que direcionada aos assistidos encaminhados pelo DEPOE, é ministrada por

psicólogos que visam esclarecer, orientar, motivar e elevar a auto-estima. Partimos do pressuposto que

todos os assistidos que chegam a Casa, já venceram o primeiro obstáculo que é assumir que não estão

bem e que querem ajuda.

Na sequência os assistidos são encaminhados a uma sala onde recebem um PE, pré-condição a todos os

tratamentos dentro da Doutrina Espírita, visa esse passe, realizar uma “limpeza”, qual seja, afrouxar os

laços de resistência predispondo-os ao tratamento propriamente dito.

• A parte científica e a dinâmica se completam e se misturam porque uma é a ação e a outra a razão, o

motivo da ação.

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� Começa aqui o tratamento propriamente dito, que se compõe de duas etapas:

1. Representada por um choque anímico, ou choque de amor, obedecendo a todos os princípios que

englobam esse tipo de passe ou seja:

- Monta-se um campo magnético potencializado, no nosso caso com no mínimo 4 passistas, sendo

1 polarizador, que se alternam a cada três correntes.

Esse campo magnético é de alta intensidade, organizado de maneira que cada trabalhador não se

posicione a uma distância maior que 60cm, ou seja, todos devem estar próximos menos de 60cm

entre cada um.

Como se trata de corrente aberta ou de alta intensidade e nosso campo magnético ou corpo

emocional, circundo o físico entre 30 e 35cm, devemos nos manter dentro dessa medida para que

se crie um único campo entre os 4 (mínimo) médiuns, formando assim uma corrente potente.

Todavia é imperioso lembrar que o assistido deve se posicionar a mais ou menos 1metro da

corrente, para que seja tocado apenas pelo polarizador – que é o médium que estará, naquela

corrente, ministrando o choque de amor – isso não é ritual, é ciência.

Vale lembrar ainda que os passistas participantes da corrente não estão apenas aguardando a sua

vez de polarizar mas fazem parte integrante de um todo que é o “Campo Magnético Potencializado”

e devem vibrar amor a cada corrente.

O tempo de duração é de mais ou menos 20 segundos (tempo de uma prece de Pai Nosso)

A atuação desse passe – o choque anímico é fundamentalmente um choque de amor, ativa-se o

campo energético do assistido – seu corpo astral – que vai desligar amorosamente qualquer

envolvimento involuntário, ou seja, sem comprometimento cármico, apenas por afinidade vibratória,

entidades que envolvidas por esse campo amoroso adormecem e são conduzidas às colônias de

refazimento no espaço, para que o assistido chegue à última parte do tratamento, o mais isento

possível de influências externas.

2. A última etapa do tratamento, não é um “tratamento” mas sim uma higienização, uma profilaxia;

limpeza e desobstrução dos “filtros.

Segundo Jacob Mello, essa etapa é composta por 5 passistas, no mínimo, para não sobrecarregar

nenhum, formado por um campo magnético de alta vibração “corrente fechada”, induzindo o

polarizador. O assistido, sentado, fica defronte ao polarizador e fora do campo de potencialização.

A função do polarizador, bem como de todo o conjunto de profilaxia ou o campo magnético

potencializado é: desobstruir os centros de força que alimentam o físico e o emocional para que eles

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voltem a especializar as energias ou fluidos dos mundos correspondentes, ou seja, da “Matriz

Divina”.

Esses chacras situados na periferia do Duplo Etérico, ou seja, o Umbilical ou Gástrico: sede e porta

de entrada das energias emocionais ou de desejos, gerencia todas as sensações involuntárias do

ser e quando obliterado a pessoa fica apática desmotivada, insegura, medrosa; enquanto que o

Esplênico ou chacra do baço é a porta de entrada da vitalidade e juntamente com o Básico

gerencia a manutenção e vitalização do corpo físico. O Esplênico, além do corpo físico, alimenta

ainda todos os demais centros de força, com vitalidade. Quando obliterado o assistido fica

desvitalizado, depauperado, menosprezando a vida, não querendo existir.

Esse procedimento de higienização segue uma dinâmica calcada no PE como ciência, ou seja,

dispersão – extração e harmonização.

Esses movimentos e sequências são padronizados para todos os assistidos, a fim de não parecer

existir privilégios ou discriminação.

Findo esses procedimentos, o assistido sai da sala de passe e é recebido por um auxiliar que o encaminha

para uma “entrevista” – isso em sua 1a. e última vez - no decurso do tratamento, e quando houver

necessidade, também no decurso do tratamento, que ficou condicionado a uma carga de 12 semanas.

É solicitado a todos os assistidos trazer uma garrafa com água para ser fluidificada, o que na realidade é a

complementação e manutenção do tratamento durante a semana.

Findas as 12 semanas e após a última entrevista de avaliação, o assistido é encaminhado novamente ao

DEPOE..

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7ª aula

I - O PROCESSO OBSESSIVO NA INFÂNCIA E A ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL

O processo obsessivo na infância, em sua grande maioria, inicia-se pelo desequilíbrio do lar.

Portanto, os cônjuges devem observar com o máximo de atenção, respeito e carinho mútuos,

concentrando-se nas ameaças e perigos que possam colocar em risco a felicidade doméstica. A Prece e a

vigilância espiritual serão sempre as melhores defesas.

No lar, quando um dos cônjuges se transvia, a tarefa é de luta e lágrimas penosas; desequilibrando de

maneira marcante os filhos e toda a família.

A mãe cristã acende a verdadeira luz para o caminho dos filhos através da vida, lembrando sempre que os

filhos são de Deus, o que aumenta a responsabilidade e compromisso.

Devemos ensinar a criança a fugir do abismo da liberdade sem limite, mantendo a tolerância mais pura,

entretanto, não desdenhar da energia necessária no processo de educação.

Ensinar, ainda, que a dor merece respeito, que o trabalho é divino, que o desperdício é falta grave e que o

infortúnio, mesmo o alheio, faz parte de nossa evolução e deve ser respeitado.

Nos problemas da dor, do trabalho, da provação e das experiências, de maneira geral, não se deve dar

razão aos filhos sem exames desapaixonados e meticulosos e sempre levantar-lhes os sentimentos para

Deus, sem permitir que estacionem na futilidade ou nos prejuízos morais das situações transitórias do

mundo.

Todas as orientações recebidas até aqui, são prevenção e remédio para que a infância seja livre de

obsessão e floresça no rumo saudável para uma vida adulta de equilíbrio e paz.

Porém, depois de movimentar todos os processos de amor e de energia no trabalho de orientação

educativa dos filhos, é justo que os responsáveis pelo instituto familiar, sem descontinuidade da dedicação

e do sacrifício, esperem a manifestação da Providência Divina para o esclarecimento dos filhos incorrigíveis,

compreendendo que essa manifestação deve chegar através de dores e provas acerbas.

A Assistência Espiritual... (vide tratamento espiritual em nossa Casa Espírita).

II - O PASSE NA CASA ESPÍRITA

Todas as diversas modalidades (técnicas) de aplicação de passes que vêm do Magnetismo são

aconselhadas para serem empregadas nas Casas Espíritas?

Primeiro precisamos estudar todas as técnicas para entender seu funcionamento, melhor uso e praticidade.

Depois, avaliemos quais as propostas da Casa Espírita, o que ela pretende realizar com os tratamentos que

oferece ao seu público.

Por fim, quantos e quais trabalhadores ela conta para realizar os trabalhos, pois para agirem

magneticamente, precisam estudar e conhecer o assunto com segurança e relativa profundidade.

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O Passista (trabalhador) deve manter fidelidade à orientação da Casa em que trabalha, seguindo suas

diretrizes, caso contrário, não renderá convenientemente por falta de sintonia com o ambiente espiritual.

Para melhor compreender as regras que os Dirigentes estabelecem, o Passista deve levar em consideração

alguns fatores importantes. Edgard Armond diz que nas casas espírita de grande movimento, onde é

necessário atender um público numeroso, não é conveniente deixar o passista com inteira liberdade de

gestos, porque, então, poderiam surgir condutas inadequadas.

Portanto, sugere manter determinada uniformidade no atendimento, inclusive, quanto ao tempo de duração

do passe e quanto à norma de não tocar fisicamente os assistidos. A padronização dos passes vai

depender da escolha de cada Casa, além dos estudos orientativos de Luiz Pasteur (ver livro Assistência

Espiritual e Apostila do Passe da FEESP).

“O Passe poderá obedecer à fórmula que forneça maior porcentagem de confiança, não só a quem dá,

como a quem o recebe. Devemos esclarecer, todavia, que o passe é transmissão de uma força psíquica e

espiritual, dispensando qualquer contato físico na sua aplicação” Emmanuel – O Consolador, q.99.

III - O AUTOPASSE

O autopasse existe e é válido. Do ponto de vista espírita, o autopasse seria as orações, as boas meditações

e as ligações mentais e psíquicas com o Mais Alto.

Lembramos que um fluido desarmônico, em tese, não se rearmoniza sozinho pelo simples posicionamento

de mãos do próprio paciente/assistido em certos locais. Assim, o melhor autopasse é a oração fervorosa, a

meditação serena e profunda, o recolhimento com distanciamento do negativo.

O autopasse funciona, sim, mas dentro de prâmetros adequados, as restrições são aos que buscam o

recurso como que pretende possuir uma varinha mágica ou àquele que crê que simples gestos superficiais

irão resolver seu problemas de profundidade. O passista pode se auxiliar em muitas circunstâncias, mas a

ressalva da mente equilibrada, da oração e da busca de elevação de seu estado mental, emocional e

espiritual é fundamental.

IV - A ÁGUA FLUIDIFICADA

Água fluidificada ou magnetizada é a água potável que recebeu eflúvios sutis, tanto espirituais quanto

magnéticos humanos.

Fluidificar a água: espiritual - entrar em postura de oração e fé, pedindo aos Benfeitores a fluidificação.

Magnética - o magnetizador impõe as mãos sobre o vasilhame e projeta seus fluidos.

Toda água fluidificada sofre alteração molecular.

O tempo para fluidificação não é definido e nem existe padrão, porém são rápidas, necessitando de apenas

alguns segundos. Assim como não há tempo definido,ainda, para se saber até quando se mantém essa

fluidificação na água.

Os vasilhames devem se manter fechados para evitar contaminações por poeira, insetos, bactérias aéreas

etc. Os fluidos atravessam os vasilhames sem impedimento algum.

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A temperatura não a altera, desde que não a ferva para não provocar evaporação e não fazer gelo

pensando em usar com outras bebidas.

Enquanto estamos em tratamento com passes, devemos tomar a água fluidificada que servirá como

complemento das necessidades fluídicas, entre um passe e outro. A água fluidificada complementará as

carências com muita competência.

Ao sair da cabine de Passe, tomar a água fluidificada é medida que só favorece o assistido, pois a

assimilação dos fluidos da água é diferente dos fluidos dos passes e são processos complementares. (veja

anexo de indicação da água fluidificada).

BIBLIOGRAFIA

� “Cure e cure-se através dos passes” – Jacob Mello

� “O passe como cura magnética” – Dra. Marlene Nobre