apostila passe esde

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Page 1: Apostila Passe Esde
Page 2: Apostila Passe Esde

2a edição

COMUNHÃO ESPÍRITA DE BRASÍLIAAvenida L2 Sul, Quadra 604, Lote 27 70200-640 – Brasília, DF – Brasil

Recepção: 61 3225-2083Geral: 61 3225-2563Livraria: 61 3225-2505FAX: 61 3225-2083

Elaboração: Allan Arruda de CastroRevisão: Arthur Carlos S. Buono

Maria Luiza Bezerra Lopes Julieta FeitosaMiriam Koshevnikoff ZambelliIolanda Nespoli

Setembro de 2010

Page 3: Apostila Passe Esde

PREFÁCIO

A apostila é um pequeno esforço do autor, Allan Arruda, secundado pelos seus revisores, no imenso acervo de conhecimentos que os Espíritas do Brasil e do mundo foram agraciados.

Tenho certeza de que o leitor amigo será o maior beneficiário da apreciação desse rico material doutrinário, que não deveria mesmo ficar apenas gravado para o deleite de alguns poucos privilegiados. Estão grafadas nesta apostila ponderações judiciosas de vários estudiosos. Graças à ampla generosidade do nosso autor, estamos na 29º edição do curso de passes, que tem como base esse estudo.

Não se pretende que com essa obra apresente soluções para todo o entendimento do mecanismo do passe. O que se deseja é cooperar para o despertamento, para a grande tarefa de iluminação interior, para que finalmente, cada um inicie a viagem para dentro de si mesmo, passando todos nós a nos conhecermos acelerando nossa evolução nas trajetórias ascendentes do amor e do conhecimento. A mensagem que o nosso Allan e o grupo revisor nos deixa nesse pequeno estudo está interessada em contribuir para todos os que desejam sair da dor ou que não encontraram, ainda, o roteiro seguro para libertar-se das malhas das vicissitudes. Assim, esta apostila é a mão amiga que renova esperanças. Enfim, um convite para que sejam despertados os sentimentos da alma.

Brasília, 20 de setembro de 2010.

Assina: Uma amiga em Cristo

Page 4: Apostila Passe Esde

SumárioPREFÁCIO ................................................................................................................................... 3

1 – INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 5

2. O QUE É O PASSE ESPÍRITA ............................................................................................... 6

3. ELEMENTOS DO PASSE ........................................................................................................ 7

4. CLASSIFICAÇÃO DO PASSE .............................................................................................. 23

5. FORMAS OU TÉCNICAS NA APLICAÇÃO DO PASSE ....................................................... 25

6. O AMBIENTE DO PASSE NA CASA ESPÍRITA ................................................................... 30

7. GRUPOS ................................................................................................................................ 31

8. RESULTADOS ESPERADOS .............................................................................................. 33

9. FONTES DE CONSULTA ...................................................................................................... 34

9. FONTES de CONSULTA 4 Apostila: Curso de Passe

Page 5: Apostila Passe Esde

1 – INTRODUÇÃO

O Curso de Passe é uma atividade promovida pela Diretoria de Estudos Doutrinários destinado aos trabalhadores da Comunhão e tem por objetivo maior rever e aperfeiçoar conhecimentos.

Trata de técnicas, funcionamento e aplicação prática. Assim, o conhecimento teórico/prático fornece ao médium passista a condição necessária a um bom desempenho de sua tarefa.

Dentro dos ditames orientados por Kardec e, à luz da Doutrina Espírita, os esforços dos médiuns serão secundados e complementados pela atuação dos Espíritos Superiores, sem necessidade de incorporação.

A eficiência do passe está associada à comunhão de esforços entre os dois planos de existência: o físico e o espiritual, em prol do bem estar daqueles que se façam receptivos a essa troca de energias.

Há que se observar, contudo, a sábia advertência de Jesus: “Que gênero de alianças com os espíritos de Deus quereis que engendre1 vossas alegrias se vós não a mereceis com o ardor e perseverança de vossas resoluções? – Que manifestações podeis esperar de Deus se entre vós não reinar a Concórdia e a Justiça?”.

Atendendo ainda ao espírito progressista da Doutrina, tenhamos em mente a orientação do Evangelho Segundo o Espiritismo:

“ESPÍRITAS, AMAI-VOS E INSTRUI-VOS”.

Que Jesus nos abençoe!

1 Engendrar = gerar, produzir, formar

9. FONTES de CONSULTA 5 Apostila: Curso de Passe

Page 6: Apostila Passe Esde

2. O QUE É O PASSE ESPÍRITA

O passe é uma transfusão de energias fisiopsíquicas e espirituais, alterando o corpo celular, isto é, a passagem de um para outro indivíduo de uma certa quantidade de energias fluídicas vitais, psíquicas e espirituais propriamente ditas.

Segundo Suely Caldas, no livro Obsessão e Desobsessão, o passe é um ato de amor em sua maior expressão, quando o médium doa ao assistido o que ele tem de melhor, enriquecido com os fluidos trazidos pelo Benfeitor Espiritual; quando ambos, médium e benfeitor formam uma única vontade e expressam o mesmo sentimento de amor.

Emmanuel define o passe como uma transfusão de energias fisiopsíquicas, como operação de boa vontade, onde o médium cede de si mesmo em benefício de outrem.

Divaldo Franco, no livro Diretrizes de Segurança, compara o passe a uma transfusão de sangue, onde a transfusão de energia age sobre o assistido como a transfusão sanguínea.

O passe aplicado nos Centros Espíritas decorre, pois, da sintonia entre o médium e os Espíritos Superiores. Para que tal união se estabeleça entre os fluidos desses dois planos, não há necessidade da incorporação mediúnica; contudo, o médium há que ter consciência da responsabilidade que lhe cabe no exercício do sacerdócio da mediunidade, preparando-se criteriosamente para essa sintonia com o mundo maior, de vez que, “ninguém coloca água pura num copo sujo”.

Há pessoas que têm maior capacidade de absorção e armazenamento das energias que emanam do Fluido Cósmico Universal – (onde estamos mergulhados). Tal requisito as coloca em condições de transmitirem esse potencial de energias a outras criaturas que eventualmente dele necessitem.

A aglutinação2 dessa força se faz automaticamente e também, atendendo aos apelos do passista (através da prece), o qual, municiado com esse aumento de energia, a transmite pela imposição das mãos sobre o assistido sem necessidade de tocar-lhe o corpo, porque a força se projeta de uma para outra aura, estabelecendo, pois, uma verdadeira ponte de ligação; assim sendo, podemos afirmar que a boa vontade, a fé e a verdadeira fraternidade são requisitos indispensáveis ao passista. Não sendo o fator mediúnico condição essencial do passe.

O passe, em última análise, é doação de si mesmo, com a ação facilitadora da espiritualidade que conduz o perfume das benções superiores. E quem se faz instrumento de perfume, assimilará por isso mesmo essa fragrância.

2 Aglutinar = juntar; unir; aderir.

9. FONTES de CONSULTA 6 Apostila: Curso de Passe

Page 7: Apostila Passe Esde

3. ELEMENTOS do PASSE

3.1. Os Fluidos

3.1.1. Conceitos Básicos

André Luiz nos fala do Fluido Cósmico Universal chamando-o de “plasma divino, hausto do Criador ou força do Todo-Sábio”. E continua: “nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres. Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas, a Ele agregadas em processo de comunhão indescritível. Na essência, toda matéria é energia tornada visível e toda energia, originalmente, é força divina de que todos nós nos apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos da criação”.

O Fluido Cósmico Universal é, como já foi demonstrada, a matéria elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da Natureza.

Como princípio elementar do Universo, ele assume dois estados distintos: o de eterização ou imponderabilidade, e o de materialização ou de ponderabilidade, que é, de certa maneira, consecutivo àquele. O ponto intermediário é o da transformação do fluido em matéria tangível. Mas, ainda aí, não há transição brusca, porquanto podem considerar-se os nossos fluidos imponderáveis como termos médios entre os dois estados. Cada um desses dois estados dá lugar, naturalmente, a fenômenos especiais: ao segundo, pertencem os do mundo visível e ao primeiro, os do mundo invisível. Uns, os chamados fenômenos materiais, são de alçada da ciência propriamente dita; os outros, são qualificados de fenômenos espirituais ou psíquicos porque se ligam de modo especial à existência dos Espíritos; estes cabem nas atribuições do Espiritismo. Como, porém, a vida espiritual e a vida corporal se acham incessantemente em contato, os fenômenos das duas categorias muitas vezes se produzem simultaneamente.

3.1.2. Propriedades

André Luiz chama a partícula do pensamento como “corpúsculo fluídico” que é uma unidade na essência, a subdividir-se em diferentes tipos, conforme a quantidade, qualidade, comportamento e trajetória dos componentes que a integram. Assim como o átomo é uma força viva e poderosa na própria contextura, entretanto passiva diante da inteligência que a mobiliza para o bem ou para o mal; a partícula de pensamento é igualmente passiva perante o sentimento que lhe dá forma e natureza, tanto para o bem, quanto para o mal. Converte-se, pois, por assimilação, em fluido gravitante ou libertador, ácido ou balsâmico, doce ou amargo, alimentício ou esgotante, vivificador ou mortífero, segundo a forma do sentimento que o tipifica, o configura; numerável, a falta de terminologia apropriada, como Raio da Emoção ou Raio do Desejo. Essa força é que lhe determina a diferenciação de massa e trajeto, impacto e estrutura.

Ensina-nos Allan Kardec, que os Espíritos atuam sobre os fluidos manipulando-os, não como os homens manipulam os gases, mas através do pensamento e vontade. Pelo pensamento imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção; os aglomeram ou dispersam, organizando com eles conjuntos que apresentam aparência, forma ou uma coloração determinada; mudam-lhes as propriedades tal como o químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os de conformidade com certas leis. Os fluidos não possuem qualidades específicas, porém, as adquirem nos meios em que são elaborados e se modificam pelas emanações desse meio.

9. FONTES de CONSULTA 7 Apostila: Curso de Passe

Page 8: Apostila Passe Esde

Os fluidos também carecem de denominações particulares; tal como os odores, eles são designados por suas propriedades, seus efeitos e tipos originais. Sob o ponto de vista moral, trazem o cunho dos sentimentos de ódio, inveja, ciúme, orgulho, egoísmo, violência, hipocrisia, bondade, benevolência, amor, caridade, doçura, etc.

Embora a conformação dos fluidos para nós encarnados, seja bastante restrita, Allan Kardec afirma que “esses fluidos, para os Espíritos, têm uma aparência tão material quanto à dos objetos tangíveis para os encarnados e são, para eles, o que para nós são as substâncias do mundo terrestre”. E conclui mais adiante: “ainda não conhecemos senão as fronteiras do mundo invisível; o porvir, sem dúvida, nos reserva o conhecimento de novas leis que nos permitirão compreender o que se nos conserva em mistério”.

3.1.3. Mecânica de Atuação

Como vimos – o Fluido Cósmico Universal – é o elemento primitivo do corpo carnal e do perispírito, do qual são transformações. Pela identidade de sua natureza, esse fluido, condensado no perispírito, pode fornecer ao corpo os princípios reparadores; o agente propulsor é o Espírito, encarnado ou desencarnado, que infiltra num corpo deteriorado uma parte da substância de seu envoltório fluídico.

A cura se opera pela substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. A potência curadora estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada; depende também, da energia da vontade a qual provoca uma emissão fluídica mais abundante e dá ao fluido uma força maior de penetração; depende ainda, das intenções que animam aquele que quer curar, quer seja homem ou espírito.

Os fluidos que emanam de uma fonte impura são como substância medicamentosa alterada. O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o do desencarnado e, se transmite de espírito a espírito pelas mesmas vias; conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes.

O perispírito dos encarnados, sendo de natureza idêntica a dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade como uma esponja se embebe de um líquido, dependente, é claro, da lei de sintonia e afinidade.

Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em contato molecular; se os eflúvios são de boa natureza, o corpo desfruta de uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se prolongados e enérgicos, os eflúvios maus podem causar desordens físicas; não sendo outra a causa de certas enfermidades.

Considerado como função terapêutica, o fluido tem que atingir a matéria orgânica a fim de repará-la; pode então ser dirigido sobre a parte afetada pela vontade do médium ou, atraído pelo desejo ardente, pela confiança, numa palavra, pela fé do paciente. Em relação à corrente fluídica, a vontade do médium age como uma bomba “injetora” e, a vontade do paciente, como uma bomba aspirante. Algumas vezes se faz necessária a ação conjugada de ambas as vontades. De outras, apenas uma só delas se faz necessária.

Um fluido mau não pode ser eliminado por outro igualmente mau. Para expeli-lo, necessário se faz o auxílio de outro fluido melhor. O poder terapêutico está na pureza da substância inoculada; mas, depende também da energia da vontade, a qual, quanto mais forte for, mais abundante emissão fluídica obterá e maior força de penetração alcançará.

Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta quanto maior for sua expansão e irradiação; de tal forma que o perispírito com eles se confunde.

No livro, “Nos Domínios da Mediunidade”, André Luiz nos diz que existem pessoas que possuem enormes forças magnéticas natural, independentes do fator moral, e que podem igualmente curar.

3.1.4. Os Centros de Força

Nosso corpo de matéria rarefeita é intimamente regido por sete Centros de Força principais (alguns autores consideram oito), os quais se conjugam nas ramificações dos plexos,

9. FONTES de CONSULTA 8 Apostila: Curso de Passe

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os quais, vibrando em sintonia uns com os outros ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem para nosso uso, um veículo de células elétricas, as quais conjugadas, formam um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado.

No perispírito, possuímos todo o equipamento de recursos automáticos que governam os bilhões de entidades microscópicas postas a serviço da inteligência nos círculos de ação em que estagiamos. Recursos esses, adquiridos paulatinamente pelo ser, através dos milênios vividos em esforços e recapitulações nos múltiplos setores de sua evolução anímica.

De conformidade com a atividade funcional dos órgãos relacionados à fisiologia terrena, nela identificamos os seguintes Centros de Força:

Centros de Força

Plexo Correspondente Localização

I. Coronário Coronário Alto da cabeça

II. Frontal Frontal (Carótico) Fronte (Lobo Frontal)

III. Laríngeo Laríngeo (Faríngeo) Na garganta

IV. Cardíaco Cardíaco Sobre o coração

V. Gástrico Gástrico (Solar) Sobre o estômago

VI. Esplênico Esplênico (Mesentério) Sobre o baço

VII. Genésico Coccígeo (Hipogástrico) Baixo ventre.

VIII. Básico Final da Coluna Vertebral

9. FONTES de CONSULTA 9 Apostila: Curso de Passe

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3.1.4.1. Localização dos Centros de ForçaNosso corpo físico é completamente insensível.

Nenhum dos cinco sentidos lhe pertence; são apenas portas, aberturas da matéria densa, através das quais se localizam as pontas dos nervos, aptos a captar as sensações que lhes afetam.

O perispírito é que possui sensibilidade e, através dos nervos, a transmite. Se extrairmos ou amortecermos os nervos, por meio da anestesia, por exemplo, nada sente no corpo que se torna, quanto à sensibilidade, quase cadáver.

O Sistema Nervoso é complexo e permeia todo o corpo físico denso em verdadeiro cipoal de linhas, pois, as células se interligam e os nervos formam cordões. Em certos pontos do corpo as células nervosas formam uma espécie de rede compacta, entrecruzando-se abundantemente em conglomerados complexos e emaranhados, à semelhança de uma linha embaralhada.

A medicina chama esses pontos de “Plexos Nervosos”. Existem muitos no corpo, mas alguns são considerados de maior importância não só pela localização quanto pelo trabalho que realizam.

Esses Plexos Nervosos do corpo físico apresentam uma contraparte no perispírito. Essas contrapartes são chamadas de Centros de Força (Chacras). Esses Centros servem de ligação e captação das vibrações e dos elementos fluídicos do plano espiritual.

Analisando a fisiologia do perispírito, classificamos os seus Centros de Força correspondentes às regiões mais importantes do corpo físico.E para uma melhor compreensão do assunto, abaixo um mapa dessa colocação e respectiva nomenclatura.

3.1.4.2. Funções dos Centros de Força

a) O Centro Coronário

O Centro Coronário que na Terra é considerado pela filosofia hindu como sendo o “lótus de mil pétalas”, é o mais significativo em razão do seu alto potencial de radiações, de vez que nele se localiza a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência.

Esse Centro recebendo em primeiro lugar os estímulos do espírito, comanda os demais, vibrando com eles em justo regime de interdependência.

Considerando os impositivos da simplicidade de nossas definições, devemos dizer que dele emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdivisões; é também o responsável pela alimentação dessas células do pensamento e o provedor de todos os recursos eletromagnéticos indispensáveis à estabilidade orgânica.

É, por isso, o grande assimilador das energias solares e dos raios da espiritualidade superior, capazes de fornecer sublimação à alma.

b) O Centro Cerebral (Frontal)

Contíguo ao Centro Coronário, o Centro Frontal ou Cerebral ordena as percepções de várias espécies; percepções essas que, na vestimenta carnal, constituem a visão, a audição, o tato e, a vasta rede de processos de inteligência que dizem respeito à palavra, à cultura, à arte e ao saber. É nesse Centro que possuímos o comando do núcleo endocrínico, que diz respeito aos poderes psíquicos.

c) O Centro Laríngeo

Preside aos fenômenos vocais; inclusive as atividades do timo, da tireóide e das paratireóides.

9. FONTES de CONSULTA 10 Apostila: Curso de Passe

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d) O Centro Cardíaco

Sustenta o serviço das emoções e a circulação das forças de base.

e) O Centro Gástrico (Solar)

Responsabiliza-se pela penetração de alimentos (digestão e absorção) e fluidos no corpo espiritual.

f) O Centro Esplênico (Mesentérico)

No corpo físico está situado no baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em todos os escaninhos do corpo espiritual.

g) O Centro Genésico (Hipogástrico)

Aí se localiza o santuário do sexo como templo modelador de formas e estabelecedor de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas.

Em síntese, podemos afirmar que, quando a nossa mente, por atos contrários às Leis Divinas, prejudicam a harmonia de qualquer um desses Centros de nossa alma, naturalmente nos escravizamos aos efeitos da ação desequilibrante, que nos obriga ao trabalho de reajuste.

NOTA: O oitavo Centro de Força considerado por alguns autores, denomina-se BÁSICO e localiza-se no final da coluna vertebral.

3.1.5. Atuação do passe nos Centros de Força

As energias radiantes emanadas do passe penetram a Aura dos doentes e, conseqüentemente, na organização perispiritual, elevando as energias mentais do doente, o que, por sua vez, se espraiam para os Centros de Força regularizando-lhes o comando de forma a refletir-se no Sistema Hepático, cujas funções abarcam a saúde e o vigor do organismo.

A obra assistencial dos Espíritos amigos, que interferem nos tecidos sutis da alma, é facilitada quando a criatura se desprende parcialmente da carne.

Atuando-se nos Centros de Força do perispírito, às vezes se efetuam alterações profundas na saúde dos pacientes, as quais se refletem no corpo somático, de forma gradativa. Desequilíbrios são assim corrigidos e renovações se realizam.

Quando o paciente exercita a prece e sua mente está enriquecida pela fé transformadora, fica facilitada a ação do passe pela passividade construtiva.

O corpo físico é mantido pelo corpo espiritual a cujos moldes se ajusta. Desse modo, a influência sobre o organismo sutil reflete-se decisivamente no envoltório de carne onde a mente se manifesta.

3.1.6. Aura

Quem já observou um pedaço de carvão em brasa por certo há de ter percebido ao seu redor certa luminosidade. Este talvez, o exemplo mais simples e correto do que seja Aura. Uma energia que extrapola o limite físico do corpo humano.

De autoria de I. Leonidov, a revista Unión Soviética publicou uma reportagem ilustrada acerca do Sr. Semion Kirlian, mecânico eletricista russo e sua esposa Valentina, que conseguiram fotografar o fluido emanado do corpo humano, o já consagrado bioplasma dos cientistas da antiga URSS.

De há muito, certos estudiosos dos assuntos psíquicos vinham assegurando que o nosso corpo físico é circundado por uma espécie de emanação fluídica, como uma luz ou fosforescência, predominantemente ao redor da cabeça e na extremidade dos dedos, apenas visível às pessoas sensitivas (médiuns).

9. FONTES de CONSULTA 11 Apostila: Curso de Passe

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Essa túnica, ou halo energético, foi batizada pelo Barão de Reichenbach, com o nome de “Od” e daí a expressão já consolidado na Metapsíquica de eflúvios ódicos.

Não é sem razão que, no nimbo ou aureola dos santos do catolicismo, há quem julgue encontrar uma representação simbólica da Aura.

Ao que se sabe, foi o comandante Darget, em 1882, o primeiro a tentar semelhante experimentação (o processo, como se vê, é bem antigo). Surgiram depois, as técnicas de Colomés, Dr. Luys, Adrien Majewski e Gabriel Delanne.

O Professor Walter Kilner, do Colégio Real dos Físicos de Londres, entre 1912 e 1920, divulgou um método inusitado para tornar visível a aura humana, o qual foi batizado de efluvioscopia; acerca deste método, escreve Ernani Guimarães Andrade, no livro Novos Rumos à Experimentação Espirítica: “O paciente cuja aura deve ser examinada é colocado despido e de pé contra um fundo negro. O observador, de costas para uma janela de iluminação, olha o paciente, através do anteparo colorido. Ao cabo de alguns minutos começará a distinguir em torno da pessoa observada uma luminescência de forma oval, rodeando-a totalmente”.

Não obstante a importância do método acima para seu tempo, a ciência já tem desenvolvido, atualmente, meios mais avançados, os quais conseguem fotografar a Aura dos seres animados e inanimados. Programas de computador também avaliam esse halo energético em movimento de tempo real, em cujo estudo, as cores e vibrações demonstram alterações luminosas constantes quando muda o agente (frio, calor, dor, alegria, êxtase, doenças, meditações, preces, vinganças, etc.)

Futuramente essa mesma ciência conseguirá avaliar e detectar, através da luminosidade, o que vai no coração humano (suas emoções), podendo assim, orientar um tratamento adequado para cada caso, proporcionando substanciais transformações no relacionamento social, com a erradicação da mentira, da hipocrisia e da falsidade.

O Conselho Britânico de Cores catalogou as cores da aura e descobriu: 1400 tons de azul; 1000 matizes de vermelho; mais de 1400 de marrom; mais de 80 tons de verde; 55 de laranja; 26 matizes de violeta e mais de 12 tons de branco.

É aceito entre os pesquisadores que têm estudado a aura, ter ela uma forma mais ou menos oval e seguir o perfil do corpo; ainda que haja variações.

Pessoas com maior vitalidade terão uma Aura mais forte e, conseqüentemente, ela se estenderá para além do corpo físico. Assim, a composição da Aura varia de pessoa para pessoa. A textura nivela o seu caráter enquanto a forma e a cor dimensionam sua saúde e condições emocionais.

Os tecidos doentes do corpo físico, sempre mostram uma Aura turva como nos casos dos tumores degenerativos; no caso do tecido sadio, este se apresenta sempre límpido.

Tem-se observado que nas pequenas modificações, manchas ou turvações na Aura de indivíduos considerados sadios, com o tempo, a doença se instala na zona física.

Conclui-se daí, que a maioria das doenças físicas têm origem na desestruturação do campo perispiritual e, o mais importante, podem ser percebidas antes de sua instalação nas células do corpo físico.

Para termos uma idéia a respeito, pesquisas feitas pela NASA, (Engenheiro Paul Hilde), concluíram que a maioria dos sensitivos possui uma irradiação em torno do corpo de até 2 centímetros; e a mesma NASA pesquisando a Aura de Chico Xavier, comprovou uma irradiação de cerca de 10 metros!

Sendo a ciência imparcial e ansiosa por verdades, sem o pressentir, os cientistas estão servindo à boa causa, embora a contragosto, comprovando a sobrevivência do espírito após a morte.

Espíritos que somos, envergando transitoriamente um traje de carne, podemos ser avaliados pela natureza de nossa Aura. Por isso os desencarnados nos conhecem tão bem.

Todos os corpos emitem ondulações, desde que sofram agitação ou que a produzam; e as ondas respectivas podem ser medidas pelo comprimento que lhes é característico, dependendo esse comprimento do emissor que as difunde.

9. FONTES de CONSULTA 12 Apostila: Curso de Passe

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Nosso espírito é um fulcro de criação mental incessante formando para si mesmo um halo de eflúvios eletromagnéticos com o teor de força gradativa que lhe diz respeito.

Sentindo e pensando, falando e agindo, ampliamos a nossa zona de influência, estabelecendo em torno de nós a sintonia com a miséria da Vida Inferior, ou a atração para o engrandecimento na Vida Superior; de acordo com nossas tendências para o bem ou para o mal. Em uma comparação didática, relatemos a produção de corrente contínua (energia). Para tanto, necessário se faz à existência de geradores e motores capazes de criar força eletromotriz e fornecer corrente, no caso de geradores, ou potência, no caso de motores.

Nesses equipamentos encontramos enrolamentos em tambor, que em sua maioria são auto-excitados, tais como as turbinas das usinas hidroelétricas.

Quando o induzido começa a girar, plasma, força eletromotriz decorrente do magnetismo residual sem função.

Se fecharmos o circuito, estaremos criando uma força magnetomotriz dilatando o fluxo daquele magnetismo residual com energias canalizadas e direcionadas, sem perda.

De modo análogo, encontramos no cérebro, um gerador também auto excitado, capaz de transformar, captar, assimilar e gerar energia mental.

As células do cérebro são verdadeiras usinas microscópicas sustentando os diversos departamentos do corpo.

É no cérebro, que a matéria mental, ao impulso do espírito, é manipulada em constante movimento, exteriorizando-se no espaço que, por isso mesmo, exprime a personalidade através de ações e reações permanentes.

Nas mentes ajustadas ao imperativo da experiência humana, os efeitos magnéticos da atividade espiritual encontram-se harmonizados, ou seja, nestas mentes, o campo magnético é reduzido; mas, quando o pensamento se encontra em verdadeira ebulição, as propriedades magnéticas possuem teor avançado. São os espíritos, que vivendo em planos mais elevados, aceitam missões de abnegação em planos inferiores como o nosso.

A mediunidade ou capacidade de sintonia existe em todas as pessoas. Porque todas possuem campo magnético; contudo, naquelas em que existe descompensação vibratória, o campo magnético se dilata o que favorece o intercâmbio.

O perispírito não se acha encerrado nos limites do corpo, como numa garrafa. Por sua natureza fluídica é expansível e irradia para o exterior formando em torno do corpo atmosfera própria, que o pensamento e força de vontade podem dilatar.

Possui, portanto, o espírito encarnado ou não, essa atmosfera fluídica que irradia em torno do corpo, a já referida “Aura”. Conforme já descrito, esses eflúvios são luminosos, coloridos, de tonalidades diferentes e formam em torno de nós, camadas concêntricas.

O perispírito de uma pessoa pode emitir emanações fluídicas mais fortes e orientadas numa dada direção, se ela o quiser e aplicar sua vontade nesse objetivo. Este é um dos fundamentos do passe.

Em O Livro dos Médiuns, os Espíritos explicam a Kardec que a força magnética reside no ser humano (magnetizador ou médium passista); contudo, será ampliada pela ação dos Espíritos que ele invoca em seu auxílio. Se magnetizarmos com o propósito de curar, por exemplo, e invocamos um bom espírito que se interesse por nós e pelo paciente, ele secundará nossa força e dirigirá nosso fluido dando-lhe as qualidades requeridas.

Assim, todos os seres vivos se revestem de um halo energético; entretanto, no homem, essa radiação eletromagnética é enriquecida e mudada pela força do pensamento.

A aura é, portanto, o nosso revestimento externo a se mesclar com as outras com as quais sintonizamos. É por ela e nela que as nossas atividades de intercâmbio espiritual se realizam. Ela nos identifica diante das Inteligências Superiores. Somos também por ela reconhecidos por nossos afins: pois, como adverte KARDEC: “Todos os espíritos que cercam o médium, o ajudam; tanto no bem, quanto no mal”.

No trabalho constante do passe, na persistência no bem e no esforço contínuo para dominarmos nossas más paixões, transformaremos nossa aura em foco luminescente a irradiar paz, saúde e alegria, atraindo para nós a companhia de espíritos mais elevados.

9. FONTES de CONSULTA 13 Apostila: Curso de Passe

Page 14: Apostila Passe Esde

3.2. Mente e Corpo

O Espírito é o elemento inteligente do Universo, isto é, ele cria e expressa pensamentos; logo, o pensamento com todos os seus recursos, é um atributo seu.

Segundo André Luiz, em Mecanismos da Mediunidade, “(...) o pensamento ainda é matéria e, mesmo se apresentando sob novo sentido, organiza-se com base nas mesmas leis de formação atômica, embora escape à percepção vulgar”.

A mente pode ser compreendida como a instância cuja atividade coordena, sintetiza, integra, orienta, manipula e direciona a energia do pensamento elaborado pelo Espírito. Sua proximidade com o Espírito permite dizer que ela é o manancial vivo de energias criadoras e também a “Casa do Espírito”.

No homem, a atividade mental caracteriza-se pelo modo de funcionamento denominado pensamento contínuo. Em outras palavras, a mente humana está em nível de atividade constante irradiando pensamento a todo o momento.

Esse funcionamento pode corresponder, em termos físicos, basicamente a três estados: de sustentação das funções vitais da individualidade, representado por ondas longas; de estados menos comuns da mente, como o da reflexão e da oração, representado por ondas médias; e os estados extraordinários da mente, como os que exigem elevada concentração de forças mentais, representados por ondas curtas.

Todos os estados são de significativa importância para o Espírito, contudo, deve-se evitar que ele cristalize suas atividades no primeiro, sem que busque a postura dos últimos, capazes, estes sim, de operar importantes transformações em sua evolução.

Há que se notar, também, que todo instante, em qualquer tarefa em que o indivíduo se empenhe, suas ondas mentais sintonizam-se com outras ondas semelhantes às suas, as quais se ajustam em seus gostos, tendências e inclinações; enfim, com seu modo de ser.

A mente, o perispírito e o cérebro são importantes canais no processo de transmissão dos impulsos provenientes do Espírito.

A mente é a área que capta e distribui por diferentes formas, estes impulsos. O perispírito atua basicamente no ajuste vibratório entre o Espírito e o físico. O cérebro é onde são elaboradas as determinações resultantes deste ajuste. A função vegetativa do corpo humano é uma dessas muitas atividades.

O pensamento contínuo é conquista evolutiva do Espírito; é atributo exclusivo do ser humano e reflete seu estágio evolutivo superior ao dos demais seres. Vê-se ampliado e enriquecido no funcionamento complexo da mente, com os tesouros da linguagem, do raciocínio, do sentimento, mas, principalmente, no livre-arbítrio e conseqüente responsabilidade diante das Leis Divinas. É por essa razão que a mente humana plasma no perispírito ou no ambiente que a cerca, as conseqüências felizes ou infelizes de sua conduta.

André Luiz, no livro No Mundo Maior, apresenta a seguinte divisão: “o subconsciente, o consciente e o superconsciente. O subconsciente pode ser considerado o porão da individualidade onde são guardados o instinto e o passado do Espírito e, de onde são gerados os impulsos automáticos do ser. O consciente refere-se ao presente, às conquistas atuais pelo esforço e pela vontade. O superconsciente é onde possuímos as noções superiores, os grandes ideais e metas que pretendemos atingir; refere-se de certa forma ao futuro”.

Deve-se lembrar que estas três instâncias cerebrais não se apresentam estanques e distanciadas entre si; convivem dinamicamente no dia a dia de cada um. Por isso, não convém esquecermos de uma para nos fixarmos em outra.

Quem quer que se fixe na região mais primitiva, a dos instintos, encontrará conseqüências negativas para seu progresso, além do desperdício de tempo e energia.

A fixação no presente, sem a aspiração superior, limita os horizontes do homem, mecanizando sua vida e destituindo-a de sentido.

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Voltar-se passivamente para os ideais superiores sem a disciplina das outras instâncias, resultará numa adoração vazia de sentido e distanciada do serviço edificante.

Dessa forma, é indispensável o equilíbrio para que o Espírito aprenda com seu passado, oriente sua conduta no presente e, ao mesmo tempo, sirva-se dos valores do ideal superior. Assim procedendo, mantém-se receptivo e sintonizado com o Plano Divino, ao tempo em que constrói, a partir do presente, um futuro de paz.

Segundo definição de abalizados cientistas, o cérebro humano é o mais complexo organismo existente no planeta. Sua quantidade, composta por células nervosas (ou neurônios) e células gliais, se compara ao número de estrelas de nossa galáxia, ou seja, na ordem de centenas de bilhões.

As células nervosas comandam a motricidade, a sensibilidade e a consciência; e, as células gliais sustentam e mantém vivos os neurônios. A atividade das células nervosas constrói um mundo interno que se molda à medida que interage com o ambiente externo, expressando-se através do canal de nossos sentidos, tais como, o tato, o olfato, a audição e a gustação. Alguns de nossos órgãos, por possuírem células especializadas, convertem as mensagens de luz, de som, de imagens, de cheiro, de sabor e de dor, em códigos direcionados ao cérebro, onde são registrados, manipulados e devolvidos adequadamente ambientados.

Da constante interação entre estes dois ambientes é que decorre o aproveitamento de nossas experiências, ensejando a sobrevivência e evolução de nosso mundo íntimo.

Toda experiência gera transformação. A interação de nosso universo interno com o externo ocasiona o remodelamento de ambos. Daí o imperativo de nossa reforma íntima; pois, reformulado positivamente nosso mundo interior, nossa atuação externa revelará a condição de nossa postura mental.

Sem esta remodelação, nossos esforços como médiuns passistas será efêmero e superficial; pois não chegará à raiz das causas aflitivas.

O médium moralizado instará também pela disciplina e esforço corretivo do paciente, para que os resultados alcançados sejam duradouros e positivos.

Ao espírita não basta agir em favor dos necessitados. Há que instar também pelo esforço próprio de cada qual em favor de si mesmo.

Sugerir boas leituras, melhores companhias, bons pensamentos, e engajamento em atividades assistenciais. Dentre estas, visitas a enfermos hospitalizados, creches, asilos, presídios, etc. Tais recomendações destinam-se também aos médiuns.

Significativa descoberta das neurociências aponta para mudanças no cérebro decorrente da diversidade cultural e ambiental. Em resposta à experiência e à aprendizagem, novos ramos de células são adicionados alcançando assim, regiões mais amplas do cérebro.

Estas novas células modificam também o comportamento humano em relação à adaptação ao meio externo, tanto quanto propiciam a evolução mental.

O somatório das experiências vividas nas diversas encarnações é que resulta na personalidade atual de cada um.

Assim, pois, somente através das sucessivas encarnações é que iremos aumentando o cabedal de aquisições na arca moral ou intelectual de nosso ser.

Como esclarece Emmanuel, “duas asas conduzirão o espírito humano à presença de Deus: uma chama-se amor; a outra sabedoria”.

No empreendimento de nossa reforma íntima, há que considerar os atavismos decorrentes de nossa própria natureza, bem como as muitas recapitulações decorrentes de ações erradas praticadas. E, que ainda hoje condicionam nossas ações e pensamentos.

Muitos procuram no passe, a cura para males inexplicáveis, problemas conjugais, financeiros ou profissionais, sem atentar para as causas originárias dessas situações. Sem alentá-los ou menosprezá-los, há que buscar o médium esclarecê-los, prudente e caridosamente.

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O passe é terapia complementar. A liberação definitiva dessas situações de desequilíbrio compete ao próprio interessado encontrá-la através de modificação de sua conduta.

Todo efeito tem uma causa. Assim como toda semeadura requer a colheita. O hoje é conseqüência do ontem; mudadas nossas posturas, hoje, nosso amanhã será melhor.

André Luiz, no livro No Mundo Maior, diz que o Espírito delinqüente será imperiosamente o médico de si mesmo.

3.3. Sintonia Mediúnica

A palavra sintonia tem origem grega e significa mesma tensão. Diante de um aparelho de rádio ou televisão, através do botão de sintonia, escolhemos a emissora que desejamos ouvir ou assistir. Para captarmos uma emissora de rádio, por exemplo, a freqüência da transmissão tanto quanto da recepção devem ser as mesmas. Se pretendermos ouvir outra emissora, há que mudar também a sintonia, pois, a cada emissora está associada uma freqüência.

O ser humano, já se disse, difere dos animais pelo seu pensamento contínuo. A mente humana atua tanto como órgão emissor quanto receptor, obedecendo a padrões de freqüência por ela própria ajustados. A mente, como fonte inesgotável de energia, através do pensamento, irradia externamente essa força.

No livro O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Léon Denis esclarece que nossos pensamentos se traduzem por ondas vibratórias, onde a mente, pela repetição dos mesmos, se transforma em poderoso centro gerador do bem ou do mal.

Emitindo uma idéia passamos a refletir as que se lhe assemelham; essa idéia corporificada de conformidade com a intensidade correspondente a nossa insistência em sustentá-la, liga-nos a todos os que vibrem na mesma onda de pensamento.

Emmanuel sintetiza em poucas linhas, todo o processo de sintonia mental:

“Desejando, sentes. Sentindo, pensas. Pensando, realizas. Realizando, atrais. Atraindo, refletes. E refletindo, estendes a própria influência, acrescida dos fatores de indução do grupo com que te afinas”. (Seara dos Médiuns)

Sabemos que os estímulos externos provocam nossos sentimentos. Nossos sentimentos são a origem dos pensamentos que antecedem as nossas palavras e ações.

É através dos sentimentos, pensamentos, palavras e ações que nos associamos aos outros que, conosco comungam das mesmas idéias. Naturalmente, os que conosco não se afinam, serão repelidos.

Importante notar que a força que enviamos aos nossos afins a nós retorna acrescida da força daqueles parceiros.

Em O livro dos Médiuns, o Espírito Erasto, respondendo a uma interrogação de Kardec compara a alma do médium a um imã que atrai ou repele o Espírito comunicante, de acordo com o grau de semelhança ou diferença entre eles. Logicamente os bons se associam aos bons e, os maus, aos maus. Conclusão, as qualidades morais do médium exercem influência fundamental sobre a natureza dos Espíritos que se comunicam por seu intermédio.

No livro, Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, faz uma abordagem científica da sintonia mediúnica. Vejamos as explicações do instrutor espiritual Aulus, no capítulo 5 daquela obra, quando é abordado um caso de assimilação de correntes mentais entre um encarnado e um desencarnado: “Para clareza de raciocínio, comparemos a organização de Silva, nosso companheiro encarnado, a um aparelho receptor, quais os que conhecemos na Terra, nos domínios da radiofonia. A emissão mental de Clementino, condensando-lhe o pensamento e a vontade, envolve Raul Silva em profusão de raios que lhe alcançam o campo interior, primeiramente pelos poros, que são miríades de antenas sobre as quais essa emissão adquire o aspecto de impressões fracas e indecisas. Essas impressões apóiam-se nos centros do corpo espiritual que funcionam à guisa de condensadores, atingem, de imediato, os cabos do sistema nervoso, a desempenharem o papel de preciosas bobinas de indução, acumulando-se aí num átimo e reconstituindo-se,

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automaticamente, no cérebro, onde possuímos centenas de centro motores, semelhante a milagroso teclado de eletroímãs, ligados uns aos outros, e em cujos fulcros dinâmicos se processam as ações e as reações mentais, que determinam vibrações criativas, através do pensamento ou da palavra, considerando-se o encéfalo como poderosa estação emissora e receptora, e a boca por valioso alto-falante. Tais estímulos se expressam ainda pelo mecanismo das mãos e dos pés ou pelas impressões dos sentidos e dos órgãos, que trabalham na feição de guindastes e condutores, transformadores e analistas, sob o comando direto da mente”.

3.4. Os Passistas

3.4.1. Quem são?

Como já é de nosso conhecimento, a responsabilidade básica dos trabalhos mediúnicos é do Plano Superior, mas devemos ressaltar que a equipe encarnada tem funções específicas e de muita responsabilidade.

Já no caso do trabalhador do plano material, o médium poderá iniciar a tarefa com base na boa vontade sincera e no desejo de prestar ajuda fraterna e, em muitos casos, poderá suprir essa ou aquela deficiência, graças à ajuda sempre presente dos benfeitores espirituais, que compreendem as imperfeições dos encarnados.

Entretanto, é imprescindível que o médium passista tenha interesse na aquisição das qualidades morais e espirituais acima de qualquer outra preocupação.

Deverá ser interessado na educação da própria faculdade mediúnica, burilando-a através do próprio esforço; assim como também fazer por merecer a ajuda superior.

Em suma, poderemos dizer que os requisitos imprescindíveis ao médium passista são: o estudo doutrinário e o desenvolvimento do processo de sua reforma íntima.

Todos, com maior ou menor intensidade, podem prestar concurso fraterno nesse sentido. Raros, porém, os companheiros que demonstram a vocação de servir. Alguns, não obstante sinceros e leais, aguardam o surgimento da mediunidade curadora como acontecimento miraculoso, uma graça divina, e não serviço do bem que pede do médium o esforço laborioso que é próprio da fase inicial de qualquer trabalho.

Na atividade de Assistência Espiritual, o passe representa uma tarefa das mais delicadas, exigindo critério, responsabilidade e boa vontade. Só os espíritos libertos da carne, evoluídos e iluminados, conhecem a realidade de cada paciente.

À frente do paciente, o médium passista será o canal receptor dos eflúvios espirituais destinados àquele. Entre médium e paciente deverá haver uma relação de confiança facilitando tal intercâmbio. No capítulo XIV de O Livro dos Médiuns, Kardec esclarece que a mediunidade curadora acontece pela simples imposição das mãos; ou de um gesto, ou de um olhar. Embora Kardec explicite a importância do magnetismo pessoal do médium, também reconhece a ação complementar espiritual.

A faculdade curadora é espontânea e, em muitos casos, o médium que a possui nada conhece de magnetismo.

A colaboração espiritual é facilitada quando o médium recorre à prece! O trabalho do passista requer moral cristã e padrão mental elevado.

O médium deverá utilizar-se do autopasse na limpeza psíquica de si mesmo e no reerguimento das próprias forças. Para o médium, como de resto para todos nós, a maior energia advém da prece.

Ao dirigente dos grupos de passe incumbe atender a tarefa que se impõe com a máxima seriedade de vez que, este trabalho, muitas vezes representa seu contato mais intimo com a espiritualidade. A ele cabe o maior esforço nas conquistas de elevação moral, pois, como nos alertam, ninguém consegue dar daquilo que não possui. Cabe-lhe, mais que aos demais, o estudo constante das obras doutrinárias. Porém, não basta à aquisição do conhecimento, pelo conhecimento! É necessário absorvê-lo não pela vaidade intelectual do saber, mas para que possamos externá-lo através de ações concretas e positivas; e com

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humildade. Pois, que, na falta de claridade que ainda não alcançamos para nossas almas, pelo menos possamos refletir onde estivermos, as luzes que nos chegam de mais alto.

Os espíritos, para ajudarem no socorro do passe, não necessitam se manifestar ostensivamente. Daí porque o passe deve ser sempre aplicado em estado de lucidez absoluta por parte do médium.

3.4.2. Condições Físicas

É fundamental ao passista o cuidado com a sua saúde física pois, para doar saúde, é necessário possuir. Um corpo sem saúde irradiaria fracamente, sendo mais nocivo do que útil tanto para si quanto ao paciente.

A alimentação será um fator importante tanto no equilíbrio físico quanto, principalmente, na preparação para os dias de trabalho. Nesses dias, deverá ser leve evitando-se os excessos que desarmonizam o aparelho gastrointestinal prejudicando as faculdades irradiantes. Alimentação pesada produz odores indesejáveis através dos poros bem como nas saídas dos pulmões e estômago. São aconselháveis pratos leves, em pequenas quantidades e inaceitável a ingestão de álcool ou uso de tóxicos. Estas substâncias operam distúrbios nos centros nervosos, alteram certas funções psíquicas e anulam os melhores esforços na transmissão de elementos sadios e regeneradores.

Aos usuários do fumo, da carne, do café ou de temperos excitantes, recomenda-se reduzir o seu consumo no dia das reuniões, quando não seja possível a abstinência total. Evitar, de um modo geral, tudo o que implica em desgaste ou perda de energia tais como excessos sexuais, trabalhos cansativos, alimentação imprópria.

A higiene corporal também é recomendada bem como aconselhável certo repouso antes dos trabalhos. Quanto ao vestuário, deve ser adequado à natureza dos trabalhos.

Embora sejamos médiuns em tempo integral, acentuam-se estes cuidados no dia das reuniões.

Nossa responsabilidade como médiuns é permanente, pois, nossa mediunidade não pode ser “desligada”. Tanto quanto não podemos dizer “de hoje em diante, deixo de saber ler ou de ser inteligente”, porque uma vez conquistada a inteligência ela se manifesta automaticamente em nossos raciocínios.

Da mesma forma que o perfume emana daquele que manipula flores, assim também os fluidos são emanados do passista.

As condições gerais do médium devem ser adequadas ao exercício de seu sacerdócio. Observe-se o caso de um cirurgião que só adentra um centro cirúrgico após os necessários cuidados com sua higiene pessoal.

A mesma gleba que produz o trigo dá vida ao espinho. Daí a responsabilidade do médium na produção dos efeitos atinentes ao passe. A diferença entre o remédio e o veneno pode estar na sua dosagem.

Se o médium não se sentir em condições físicas ou psíquicas nos dias de trabalho, melhor se abster. Que colabore no controle dos pacientes ou da porta da cabine, com anuência do dirigente.

3.4.3. Condições Espirituais

Quase todos levamos vida agitada: trabalho, família, amizades, compromissos sociais, entre outras responsabilidades. Estamos de contínuo envolvidos com o que nos cerca. Vivemos tanto externamente que necessário se faz a reserva de algum tempo dedicado a nós mesmos para o justo reequilíbrio das próprias forças. Todos necessitamos, eventualmente, buscar o nosso mundo interior, retomando o contato com nossa essência espiritual. Precisamos, por isso mesmo, reservar algum tempo de cada dia para um mergulho dentro de nós mesmos. Para nos conhecermos melhor. Para análise de nossa posição e conduta em face do universo que nos cerca.

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No livro O Pequeno Príncipe, Saint-Exupery registra: “Somente com o coração se pode ver de forma correta; o essencial é invisível aos olhos”.

Carl Jung conta que certa vez, em contato com Ochwiay Bianco, Chefe dos índios Pueblos, pediu-lhe para opinar sobre o homem branco. Eis a sua resposta: - “Não muita boa. O branco parece estar sempre perturbado e agitado, buscando sem saber o quê. Por isso vive de cenho franzido. Devem ser loucos, pois só os loucos pensam com a cabeça”. - Como você pensa? Indagou Jung. – “Naturalmente com o meu coração”, respondeu Bianco.

Procuremos, portanto, disciplinar nossos sentimentos oriundos do coração, para que nosso pensamento equilibrado seja a base de nosso preparo espiritual.

O cultivo de pensamentos elevados embalados por vibrações de paz é dever de todos aqueles que pretendam ser receptáculo do mais alto em benefício dos que carecem de amparo.

O espírito livre é atraído ou repelido pelas condições morais do encarnado.

O roteiro a ser seguido pelos trabalhadores da Seara Divina, está delineado no Evangelho de Jesus. Recapitulemos diariamente as lições do Mestre e procuremos praticá-las.

3.5. Os Assistidos

3.5.1. Quem são?

As primeiras organizações de assistência foram obras dos apóstolos de Jesus: Pedro e Tiago estabeleceram o primeiro núcleo em Jerusalém. Os demais discípulos também pregaram a Boa Nova, erguendo “Casas do Caminho” em muitas outras localidades.

Fiéis aos compromissos assumidos com Jesus, acolhiam aqueles que ninguém queria, dos quais todos se afastavam e aos quais ninguém cuidava: os enfermos e deserdados do mundo.

As Casas Espíritas continuam, nos dias atuais, esse trabalho de acolhimento aos mais necessitados. Nelas, os peregrinos cansados – como aves de arribação – renovam as forças, refazem as esperanças e retornam aos roteiros que lhes cabe palmilhar.

Os postulados doutrinários, quais dísticos luminosos, nos oferecem os seguintes esclarecimentos:

- a medicina terrestre é adequada ao tratamento do corpo físico;- devemos buscar restaurar a saúde do corpo, enquanto aprendemos preservá-lo

e defendê-lo, conservando a saúde da alma;- a Casa Espírita é local de ajuda moral e tratamento espiritual;- as doenças ditas “incuráveis” (cármicas), são roteiros de redenção;- o tratamento espiritual é sempre coadjuvante da medicina tradicional.Jesus, ao curar os enfermos que o procuravam, invariavelmente recomendava:

“Vá e não peques mais”. Neste ponto cabe um questionamento: O que seria esse pecado, referido por Jesus? O pecado é apenas uma conseqüência; o efeito de uma transgressão. Sanadas as causas, cessam os efeitos.

Aos transgressores da Lei dos Homens, cabem as prescrições contidas nos Códigos Legais. Aos transgressores da Lei Divina, cabem as conseqüências dos atos praticados.

3.5.2. Por que precisam?

Revendo conceitos já conhecidos, lembramos inicialmente que há no homem três componentes:

- alma – é o Espírito encarnado, que é imortal e que traz consigo todo o acervo milenar de sua evolução planetária;

- perispírito – é o laço que une o Espírito ao corpo físico;- corpo físico – é a matéria atomicamente agregada; a Casa do Espírito.

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Emmanuel, no livro O Consolador, faz a distinção do significado do termo saúde entre os dois planos: para os encarnados, é o perfeito equilíbrio dos órgãos do corpo físico; para os espíritos livres (desencarnados), é a perfeita harmonia da alma.

Para atingir essa harmonia, muitas vezes se faz necessário o concurso de doenças ou deficiências transitórias, num processo de retificação das causas cármicas.

As doenças são reflexos desarmônicos do aparelho físico que, por sua vez, reflete os desequilíbrios da alma. A toda ação corresponde um efeito; logo, todo efeito tem por base uma causa. O conhecimento da Lei de Causa e Efeito e o princípio da reencarnação facilitam o raciocínio em torno das vicissitudes de nossa existência planetária.

Se remontarmos os efeitos até as causas, podemos constatar que muitos dos males terrenos são conseqüências do caráter e das ações daqueles que os sofrem. Quantas doenças decorrem do excesso de todo gênero; quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição. Os males dessa natureza são responsáveis por grande número das aflições e doenças do homem.

Por outro lado, existem males nesta vida que, na aparência, nada tem a ver com o ser; parece que estes o atingem como por fatalidade, tais como: acidentes, doenças, enfermidades de nascença, deformidades físicas e mentais, etc. Os que assim são atingidos, certamente nada fizeram nesta vida para merecer tal sorte. Se a causa não está clara nesta existência, certamente estará em existência anterior. O retorno de nossas ações, como colheita de semeaduras anteriores, pode não ocorrer na mesma existência em que as ações foram cometidas, mas não ficam impunes, jamais! Pois é da lei: a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.

Concluindo: a causa primordial dos males físicos e mentais está nas lesões do perispírito; enquanto não houver mudança de conduta moral, essas lesões vão sendo transferidas para o corpo físico, o qual renascerá doente de muitas maneiras diferentes, mas sempre de acordo com as causas que os originaram.

As provações, quando bem suportadas, auxiliam a evolução do Espírito que se harmoniza com a Lei. A enfermidade, como desarmonia espiritual, sobrevive no perispírito. As moléstias conhecidas no mundo e outras tantas que ainda escapam ao conhecimento humano, por muito tempo persistirão nas esferas torturadas da alma, conduzindo ao reajuste necessário.

A dor é o grande e abençoado remédio. Reeduca-nos a atividade mental de que se vale nossa inteligência para desenvolver-se na jornada para a vida maior.

Há um plano Divino a direcionar-nos a rota evolutiva; e sempre que dele nos afastarmos a ele seremos compelidos a retornar.

Assim como nosso corpo físico, ao ingerir substâncias venenosas, tem os tecidos intoxicados, também o organismo perispiritual poderá absorver elementos de degradação. Esses elementos corroem os Centros de Força, com reflexos sobre as células materiais. Isto ocorre quando a mente não disciplinada se alimenta de paixões desorganizadoras da alma, facilitando-lhe absorção das emissões mentais daqueles a quem se liga.

3.5.3. Condições para receber

Na assistência magnética, os recursos espirituais se entrosam entre emissão e recepção. Desta forma, necessário se faz a fé para interligar o emissor e o receptor. Assim como a eletricidade se transmite através de fios condutores, o magnetismo de aura a aura, se realiza através da sintonia.

A descrença ou a simples dúvida dificultam ou tornam impossível a doação magnética. Como alerta Jesus: “o entusiasmo, assim como o calor, se perde sob a ação do frio”. Conveniente, pois, poupar esforços em determinadas situações. Certo que a um cavalo poderemos conduzir até à beira do rio; mas não poderemos obrigá-lo a beber. Assim, devemos evitar o oferecimento do passe quando o paciente se faz refratário ou procura o passe por simples curiosidade.

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3.6. Os Espíritos

No capítulo XIX do livro Missionários da Luz, André Luiz apresenta uma relação de requisitos indispensáveis aos trabalhadores do plano espiritual que atuam na área do passe. São eles:

- grande domínio sobre si mesmo; - espontâneo equilíbrio de sentimentos; - grande amor aos semelhantes; - alta compreensão da vida; - fé vigorosa e profunda confiança no poder divino. Não nos custa, também nós os encarnados, seguir este roteiro.

Na esfera espiritual os servidores da medicina penetram com mais segurança no histórico dos enfermos para estudar, com o êxito possível, os mecanismos da enfermidade que lhes são peculiares. Já distanciados dos prejuízos do orgulho ou vaidade terrestre, e aureolados pela luz do próprio espírito, atendem com dedicação amorosa aos encarnados necessitados. Fazem-se humildes trabalhadores do plano espiritual, exemplificando na dedicação fraterna a lição do bambu: “quanto mais alto cresce, mais baixo se curva”.

Quanto ao número de trabalhadores do mundo espiritual, diz André Luiz: “há verdadeiras legiões de trabalhadores de nossa especialidade amparando as criaturas que, através de elevadas aspirações, procuram o caminho certo nas instituições religiosas de todos os matizes”.

Os Espíritos encarregados do trabalho trazem do plano espiritual verdadeira parafernália constituída dos mais diversos recursos, que vão do psicoscópio às macas e estojos de primeiros socorros, para o atendimento de espíritos desencarnados que ali são conduzidos pela equipe socorrista. Resta esclarecer, aos não afeiçoados, que o psicoscópio é um equipamento que, colocado sobre a cabeça do paciente, apresenta numa tela, como numa imagem televisiva, as passagens principais da atual ou das vidas pregressas, revelando por esta forma os acontecimentos gravados na retina espiritual dos pacientes.

Essa parte da equipe normalmente chega à frente dos outros trabalhadores espirituais e antecede em muito a presença dos encarnados. Tem ela também a função de preparar o ambiente, fazendo a assepsia necessária na sala em que vão atuar, dela retirando os miasmas e fluidos impróprios para a realização dos trabalhos daquele dia.

Após a realização dos trabalhos e retirada dos encarnados, ainda assim, a equipe espiritual permanece a postos, atendendo aos espíritos como num pronto socorro. A visão que ali se apresenta é a de espíritos em macas, outros desarvorados, outros chorosos, alguns revoltados, outros cujos desencarne foi recente, seja por morte natural ou violenta.

A espiritualidade concentra seus esforços em grupos de espíritos com problemas parecidos, tais como: suicidas, acidentados, vítimas de disparo por armas de fogo, afogados ou queimados. Tal procedimento visa o aproveitamento integral dos fluidos manipulados bem como da medicação aplicada de forma eficiente.

Essa dedicação espiritual, cujos trabalhos antecedem nossa presença e prosseguem mesmo depois que nós nos retiramos, deve servir-nos de exemplo. Nossa presença se faz necessária pela doação possível de fluidos animalizados manipulados pelos espíritos no atendimento aos enfermos.

Quando determinado médium está ausente do Centro Espírita, em dias reservados aos trabalhos que ali se vão realizar, ele dificulta o atendimento de algum tratamento que requeria sua presença. Desta forma, os espíritos vêem-se obrigados a adiar um atendimento programado ou socorrem-se de algum outro médium, capaz de suprir a ausência.

3.7. A Prece

A prece é a elevação de nosso padrão vibratório capaz de nos colocar em contato com a divindade. É momento de fé e recolhimento.

As qualidades principais da prece são: ser clara, simples e concisa. Dessa forma, a prece deve partir do coração; não deve ser um exercício repetitivo de solicitações muitas

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vezes descabidas, nem tão pouco um exercício intelectual, mas, exteriorização de sentimento. Deve também ser uma expressão sincera de humildade da criatura que reconhece sua pequenez em face do Criador. Em nossas preces, temos a grande oportunidade de agradecer tudo aquilo que recebemos.

A respeito da prece afirma Emmanuel: “a oração é o divino movimento do espelho de nossas almas no rumo da esfera superior, para refletir-lhe a grandeza”.

No livro Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz narra como dois médiuns, Henrique e Clara, se preparavam para o trabalho de passes. Em prece eles estavam banhados de luz e pareciam quase desligados da matéria, mostrando-se espiritualmente mais livres, em contato mais perfeito com os benfeitores espirituais. No mesmo trecho, esclarece o instrutor “Aulus” que acompanhava André Luiz: “a prece é prodigioso banho de forças, tal a corrente mental que atrai. Por ela, Clara e Henrique expulsam do próprio mundo interior os sombrios remanescentes da atividade comum que trazem do cotidiano e sorvem do nosso plano as substâncias renovadoras de que se repletam, a fim de conseguirem operar, com eficiência, a favor do próximo”.

A prece é vibração, energia, poder. Não é movimento mecânico dos lábios, nem disco de fácil repetição no aparelho da mente.

A criatura que mobiliza as próprias forças realiza trabalhos de inexprimível significado. Semelhante estado psíquico descortina forças ignoradas, revela a nossa origem divina e coloca-nos em contato com as fontes superiores. Neste contexto, o Espírito emitirá raios de significativo poder.

3.8. O ambiente

As condições do meio serão tanto melhores, quanto mais homogeneidade houver para o bem; mais sentimentos puros e elevados; mais humildade.

No Templo Espírita os instrutores desencarnados conseguem localizar recursos avançados, existentes no plano espiritual, para a prestação de socorro tanto no auxílio do passe, quanto no atendimento aos obsessores presentes.

A Casa Espírita é, portanto, o lugar recomendado e melhor preparado para o exercício desse atendimento.

É desaconselhável a prática mediúnica em ambientes não adequados. Seria o mesmo que praticar cirurgia num consultório sem os requisitos de assepsia e instrumentais adequados.

Daí porque o ambiente deve possuir as características de tranqüilidade, recolhimento, e de uso exclusivo para o intercâmbio espiritual.

Para o atendimento de pacientes no próprio lar, há que se buscar alcançar condições adequadas para o feito, sem o que, o resultado alcançado estaria aquém das perspectivas.

Necessário ter em mente que assim como a fé não exclui a previdência, a caridade não dispensa a prudência.

Na cabine destinada ao passe não há impedimento maior ou menor em razão da luminosidade; tanto à noite, quanto de dia, o passe pode ser aplicado. A providência na diminuição da claridade se deve à necessidade de evitar a dispersão da atenção dos pacientes e facilitar a concentração; contudo, cumpre notar que certos elementos constitutivos dos ectoplasmas liberados pelos médiuns, sofrem processos de desagregação com a incidência da luz branca.

Por fim, destaca-se que o silêncio e o recolhimento são condições necessárias.

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4. CLASSIFICAÇÃO do PASSE

De conformidade com orientações espirituais, todos os passes são passes magnéticos. Os objetivos por ele alcançados é que variam de acordo com a finalidade da reunião: crianças, adultos, gestantes, desobsessão, etc.

André Luiz dá-nos uma visão do trabalho do passe visto do lado espiritual: “o trabalho de passes ministrado aos freqüentadores da Casa era assistido por seis entidades, envoltas em túnicas muito alvas, como enfermeiros vigilantes; falavam raramente e operavam com intensidade. Todas as pessoas que adentravam o recinto recebiam-lhes o toque salutar e, depois de atenderem aos encarnados, ministravam socorro eficiente às entidades infelizes do nosso Plano, principalmente às que se constituíam no séqüito familiar de nossos amigos da crosta”.

4.1. Quanto à origem

Magnético - São aqueles aplicados pelos operadores encarnados e constituem na transmissão de fluido animal do corpo físico do operador para o do assistido, depende da força e, principalmente, da qualidade do fluido

Espiritual - É aplicado diretamente pelos Espíritos do Auxílio Magnético, sendo dispensável, portanto, a presença do médium.

Misto - São os mais comuns nas Casas Espíritas, além do fluido magnético do médium, somam-se os fluidos e emanações do Mentor Espiritual.

4.2. Quanto ao número de receptores

Individual - O passista colocado à frente do assistido em distância adequada mantém o devido respeito, destituído de curiosidade, mantendo-se em prece silenciosa. Ao comando do dirigente do grupo, iniciará o trabalho de aplicação do passe, sintonizando convenientemente com os mentores espirituais que manipulam e distribuem as energias magnéticas onde se façam necessárias.

Coletivo - É o passe dado em uma assembléia onde os passistas direcionam suas mãos para os assistentes e a manipulação dos fluidos fica a cargo dos Espíritos.

4.3. Quanto ao destino

Presente - Quando o assistido se dirige a uma cabine mediúnica específica para o trabalho de passes e é atendido naquele local.

À Distância - É uma modalidade de irradiação bastante usada nas Casas Espíritas.

Destina-se ao atendimento de pacientes distanciados fisicamente. Para esta modalidade recomenda-se aviso prévio ao beneficiário acerca do dia e hora da mentalização, bem como, conhecimento antecipado pela Casa Espírita acerca dos dados pessoais referentes ao caso, tais como: nome, endereço, enfermidade, etc.

9. FONTES de CONSULTA 23 Apostila: Curso de Passe

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Esse mecanismo visa estabelecer sintonia mental adequada de vez que os Espíritos do Grupo irão junto ao paciente para o reconforto necessário. O ambiente familiar, no horário previsto, deve apresentar condições adequadas de respeito, silêncio e recolhimento.

Um local barulhento, desequilibrado e desrespeitoso não favorece à harmonização necessária a um bom resultado.

Auto Passe - É o passe aplicado em si mesmo. Em ambiente tranqüilo, concentra-se em prece, buscando sintonizar com as forças espirituais mais elevadas, possibilitando assim, um canal adequado à manifestação de forças que se ajustam e se complementam.

Isto feito, estende-se à frente do corpo, ambos os braços cruzados e com as palmas das mãos voltadas para si mesmo. Em seguida se distendem os braços e quando as mãos se cruzarem, fecham-se e voltam a se abrir quando completado o movimento de distensão.

Este passe (de dispersão) se realiza em três pontos:

a) na altura do Frontal (testa); b) na altura do Cardíaco (coração); c) na altura do Plexo Solar (estômago).Em seguida, colocam-se as mãos abertas sobre o Coronário (alto da cabeça) e

movimentam-se as mãos fazendo-as descer diante de si até o Genésico. Fecham-se as mãos e assim fechadas, novamente levadas ao Coronário. Com as mãos espalmadas, repete-se o movimento. Este é um passe longitudinal e movimenta as energias ao longo dos Centros de Força.

9. FONTES de CONSULTA 24 Apostila: Curso de Passe

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5. FORMAS ou TÉCNICAS na APLICAÇÃO do PASSE

Marlene Nobrelivro O Passe como cura magnética - cap. 18

"Se o gesto não é determinante, como o passista deve proceder em relação ao modo de aplicação do passe?

A maioria das instituições espíritas dá cursos, ensinando ritmos e regras quanto ao emprego do fluido magnético; algumas são favoráveis a gestos mais expansivos e elaborados, outras privilegiam menor gesticulação.

O passista deve decidir-se pelo tipo de doação que lhe dê maior confiança. Uma vez feita a escolha do templo onde prefere trabalhar, não se deve se esquecer de manter fidelidade à orientação da Casa, seguindo suas diretrizes, caso contrário, não renderá conveniente por falta de sintonia com o ambiente espiritual...

...Estou de acordo com Edgard Armond3 quando diz que, nas casas espíritas de grande movimento, onde é necessário atender um público numeroso, não é conveniente deixar os passistas com inteira liberdade de gestos, porque, então, poderiam surgir condutas inadequadas.

A tendência, nesses casos, é manter determinada uniformidade no atendimento, principalmente quanto ao tempo de duração do passe e à norma de não tocar fisicamente nos pacientes. Com relação aos passes em si, se serão padronizados ou não, vai depender da escolha dos dirigentes das instituições.”

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Todo e qualquer passe, como toda técnica espírita, se caracteriza pela elevação, pelo equilíbrio. Por ser um trabalho de paz, não se justificam desarmonias ou desequilíbrios comportamentais. Não é também ocasião de aconselhamentos mediúnicos.

Após a aplicação do passe não há necessidade de lavar as mãos.

O passe é imposição de mãos sem necessidade de gesticulações desnecessárias nem respirações ofegantes.

O médium que aplica o passe de forma agressiva pode ser considerado mal orientado, pois, nenhuma exterioridade excêntrica deve ser admitida nesse trabalho. Não são os exageros ou invencionices elementos capazes de acrescentar grandeza ou autenticidade ao fenômeno. No referente aos adornos (anéis, pulseiras, relógios, etc.) não há proibição taxativa sobre seu uso; contudo, deve-se evitá-los para que o “chocalhar” não interfira no silêncio e concentração requeridos.

Não se faz necessário o uso de vestimentas especiais ou de qualquer cor. Mais importante que os trajes, é a postura interior do médium. Recomendável, entretanto,

3 Livro Passes e radiações - cap. 9.

9. FONTES de CONSULTA 25 Apostila: Curso de Passe

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comedimento no modo de vestir-se evitando o uso de trajes inadequados tais como: bermudas, decotes excessivos, chinelos, mini-saias ou roupas transparentes.

Deve-se evitar o hábito de se tomar passe, logo após havê-lo dado. O passista consciente sabe que sua atuação recebe a complementação espiritual dos Espíritos atuantes no Grupo, sendo fortalecido na medida de sua doação energética.

Natural que o médium receba um passe quando, eventualmente, se sinta mal ou após uma manifestação deletéria.

Embora as radiações se propaguem de aura a aura, as mãos dos médiuns colocadas próximas ao corpo dos assistidos, fazem-se canais naturais de doação fluídico-magnética. Dirigidas às mãos à cabeça, sede da mente, esta ao influxo da energia radiante do passista, captar-lhe-á os recursos segundo as próprias condições de receptividade.

Em seguida são apresentadas algumas formas de passes as quais, sem serem rígidas, servem para o conhecimento da forma de atuação dos fluidos no campo perispiritual e a atuação correta do passista.

mais USADOS NA Comunhão5.1. Imposição de mãos

O passe está relacionado à aproximação das mãos do passista ao atendido. André Luiz , na Obra Os Mensageiros cita que... “das mãos de Clara e Henrique, irradiavam-se luminosas chispas, comunicando-lhes vigor e refazimento....o que sucede é que a energia mental transmitidas pelos amigos espirituais, circula primeiramente na cabeça dos médiuns, que conseguem a ligação com os Espíritos amigos, quando estejam com a idéia iluminada pela fé e pela vontade... estabelecida a corrente mental entre os Espíritos e o médium, a espargir-se através de sua organização perisipiritual, é por ela que se produz a irradiação magnética, propagando-se de aura a aura..... embora as irradiações magnéticas se propagam de aura a aura, as mãos do médium, colocadas próximo ao corpo do assistido, criam para eles um caminho mais curto, de mais fácil penetração e, portanto, de maior escoamento. Dirigindo as mãos para a cabeça, sede da mente, esta, ao influxo de energia radiante do passista, captar-lhe-á os recursos segundo as suas próprias condições dd receptividade, qual circuito de antena de um receptor de rádio,alteando-se e passando a emitir comandos para a própria organização fisiopsicosomática que revigorar-se-á”...

...”e Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários”. Que também as nossas mãos carregadas com o magnetismo da alegria e do amor, possam, através do passe, amparar os tristes e estropiados, levantar os caídos; alimentar a esperança e o bom ânimo nos corações desfalecidos. E veremos que as nossas mãos mesmo ligadas ao nosso corpo não são apenas nossas, são também de Deus e de Jesus, que através delas operam maravilhas.

9. FONTES de CONSULTA 26 Apostila: Curso de Passe

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5.2. Longitudinais

Passe longitudinal é aquele feito ao longo do corpo, de cima para baixo. A base fundamental desta aplicação é a formação de uma corrente de fluidos que, partindo do passista e veiculado pelas suas mãos, transmite-se ao corpo do paciente em todo o seu campo vibratório.

Movimentam os fluidos. São feitos ao longo do corpo, da cabeça aos pés e de cima para baixo, com as mãos abertas e os braços estendidos, normalmente sem nenhuma contração, com pequenas pausas em cada centro de força.

Inicialmente, impor as mãos sobre a cabeça. Depois de breve período, para que os fluidos se manifestem, descer as mãos suavemente, em movimentos, nem muito lentos, nem muito apressados, até o ponto terminal do passe.

5.3. Transversais

Como função, estes passes são essencialmente dispersivos.

5.3.1. Transversal Simples

Estender os braços para frente, as mãos abertas, com a palma e os polegares para baixo. Nesta posição, abrem-se os braços, rapidamente e com muita energia, no sentido horizontal e depois se volta com vivacidade à posição primitiva para recomeçar logo a seguir da mesma forma.

9. FONTES de CONSULTA 27 Apostila: Curso de Passe

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5.3.2. Transversal Cruzado

A técnica e a finalidade são idênticas ao transversal simples. Só diferenciam-se pela posição dos braços que, neste caso, se cruzam à frente do paciente. Desta forma, em vez de o passista ter os braços simplesmente estendidos, estarão eles sobrepostos um ao outro em forma de “X”. Os demais procedimentos são idênticos.

5.4. Rotatórios Ou Circulares

Impor as mãos sobre o local inicial. Em seguida, as mãos começam a fazer movimentos concêntricos no mesmo lugar, durante breve período. Também pode ser feito com as pontas dos dedos reunidas, o que tem uma ação mais profunda no organismo.

5.5. Seqüências na aplicação do Passe

Dispersivo (limpeza) ⇒ Reposição de Energia ⇒ Reforço ⇒ Imposição das mãos

Observação 1: - Os passes longitudinais movimentam os fluidos. - Os passes transversais os dispersam. - Os passes circulares (sentido horário) dispersam os fluidos.

Observação 3: - Na imposição das mãos, ao final do passe, as mesmas ficam espalmadas sobre o Coronário com os dedos entreabertos.

Observação 4: - Na imposição das mãos, quando intuído de alguma doença, a mão esquerda sobre o Plexo Solar e a direita na parte afetada.

9. FONTES de CONSULTA 28 Apostila: Curso de Passe

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menos USADOS NA Comunhão5.6. Os Passes Perpendiculares

Como os transversais, estes também são extremamente dispersivos. Devem ser aplicados a uma pequena distância do corpo do paciente – aproximadamente 5 centímetros –, com as palmas estendidas sobre a cabeça e descendo-as rapidamente, sendo uma pela frente e a outra por trás do corpo do paciente. O que indica deva ficar o paciente de lado para o passista.

Esta técnica requer que o passista e o paciente estejam preferencialmente em pé. Por questão de ordem prática e de sua própria execução. Jacob Melo, em seu livro O Passe, faz restrição ao uso desta técnica.

9. FONTES de CONSULTA 29 Apostila: Curso de Passe

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6. O AMBIENTE do PASSE na CASA ESPÍRITA

Cabine ou câmara de passe, local utilizado pela Casa Espírita para a tarefa do passe, mas existe Casa que dão esses nomes a determinadas salas ou ambientes ( quase sempre privados e isolado) onde a pessoa entra, se recolhe, fica em oração e/ ou meditação.

O passe deve ser realizado em câmara para isso destinada, evitando-se o inconveniente de aplicá-lo em público, porque, além de perder em grande parte seu potencial pela vã curiosidade dos presentes e pela falta de harmonização do ambiente, foge também à ética e à discrição cristãs. A câmara de passes fica constantemente saturada de elementos fluídico-espirituais, permitindo um melhor atendimento aos necessitados e eliminando fatores de dispersão de fluídos que geralmente ocorre no "passe em público".

9. FONTES de CONSULTA 30 Apostila: Curso de Passe

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7. GRUPOS

7.1.Formação e Funcionamento

Conforme definido no Regimento Interno da Comunhão Espírita de Brasília, a sua Diretoria de Assistência Espiritual – DAE tem por finalidade proporcionar o atendimento espiritual aos freqüentadores com orientação específica e tratamento por intermédio de passes.Os Grupos de Passes são criados de acordo com as necessidades espirituais e disponibilidade de espaço físico, e formados por uma equipe de aproximadamente 15 a 20 médiuns, sob a coordenação de um dirigente e dois ou três dirigentes auxiliares, que são responsáveis pela preparação dos trabalhos no plano material e pela condução dos médiuns e do grupo como um todo.

Cada grupo funciona, uma vez por semana, em dia, horário e local pré-estabelecidos, dentro das normas de orientação da Comunhão.

Palestras e PassesAs Palestras, abordam, à luz da Doutrina Espírita, questões cotidianas e

ensinamentos do Evangelho de Jesus. Permitem aos ouvintes fundamentação da lei divina visando a reforma íntima e auxiliam na preparação energética adequada para a recepção dos passes após as palestras.

O passe é a transmissão de energias fluídicas vitais, psíquicas e espirituais de um indivíduo para outro, enriquecidas com os fluidos trazidos pelo benfeitor espiritual.

O passe torna-se mais eficiente, desde que a pessoa receptora esteja sintonizada e plena à recepção

IMPORTANTE! Têm prioridade no atendimento: criança, gestantes, idosos e pessoas com dificuldades de locomoção

O Dirigente deve designar um ou dois médiuns para realizar o controle da fila de assistidos, de forma a manter respeito e pensamento elevado durante a espera pelo atendimento. Esses médiuns também devem controlar o número de assistidos, as doações, as atividades assistenciais do grupo e freqüência dos médiuns.

Caso algum assistido leve água para ser fluidificada, esta deve estar preferencialmente junto à pessoa. Também é de responsabilidade do Dirigente orientar quanto à correta ingestão da água. A água fluidificada, ou magnetizada, tem grande valor terapêutico: sendo uma substância simples, a água recebe eficientemente energias magnéticas, fluídicas, e pode reequilibrar o metabolismo desajustado, conforme exposto no livro “Diretrizes de Segurança”, de Divaldo Franco e Raul Teixeira.

A leitura de mensagens iniciais, o comentário do Evangelho, o estudo de alguma obra, e a prece de abertura, não são um ritualismo. Este é um hábito salutar ao grupo e deve ser estimulado.

As sessões devem ter hora de início e término, podendo ser tolerados somente pequenos atrasos, decorrente do atendimento urgente de pessoas.

Tratando-se de passe individual e tendo o grupo número de médiuns suficiente, é recomendado um passista para cada assistido, podendo um passista atender a dois ou três assistidos “dependendo da necessidade”, mas sempre um de cada vez.

Se for utilizada música, deve-se fazer em volume bem baixo, melodiosa e suave, pois a música tem atração magnética e pode produzir linhas de forças curativas.

9. FONTES de CONSULTA 31 Apostila: Curso de Passe

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7.2. Controle

Para se ter uma atividade espiritual elevada é necessário disciplina, tão apregoada por Emmanuel. O trabalho dos grupos de passes, como um tipo de atividade espiritual, não deve se afastar deste princípio.

A indicação do nome do candidato ao trabalho de passes pode ocorrer por:

- transferência de médium, oriundo de outro Centro Espírita; - transferência entre grupos; - encaminhamento espiritual daqueles que completam a fase de educação

mediúnica; - término da fase 2B , do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita ( ESDE)

Obs.: A condição válida para todos os encaminhamentos é ter concluído o “Curso de Passes”.

Cada médium passista possui uma ficha de identificação que é preenchida ao ingressar no grupo contendo dados pessoais e de formação doutrinária e em quais grupos atua na Comunhão. Esta ficha encontra-se disponível na Divisão de Tratamento Espiritual, DAE, para as atualizações necessárias. Estas atualizações são de responsabilidade dos dirigentes dos grupos.

No Plano Espiritual, os colaboradores desencarnados integram um quadro de auxiliares, sendo que todos os colaboradores são devidamente identificados, de acordo com a organização estabelecida pelos mentores das esferas superiores, como nos informa André Luiz, no livro Nos Domínios da Mediunidade.

7.3. Mentores

Cada grupo possui um Mentor Espiritual específico que trabalha em conjunto com uma numerosa equipe de Espíritos designados para aquele fim. Esses Mentores são previamente selecionados pela Casa observando-se a especificidade dos trabalhos e seus objetivos, bem como a afinidade do possível e futuro Dirigente.

Os Mentores, se necessário aos trabalhos, podem emitir comunicações psicofônicas de orientações, correções e agradecimentos ao grupo. No entanto, na atividade do passe, tais comunicações não são uma regra.

Exigir a manifestação do Mentor é inverter a ordem do trabalho. Quem somos nós para exigir alguma coisa dos mentores? Quando o trabalho está efetivamente orientado, são os Mentores que, espontaneamente, quando conveniente, se apressam a dar instruções iniciais, objetivando maior aproveitamento da experiência mediúnica.

Ocorre que, se condicionarmos o início dos trabalhos a incorporações dos chamados Espíritos Guias, estará se criando um estado de animismo nos médiuns, os quais, enquanto não ouvirem as palavras orientadoras, não se sentirão inclinados a uma equilibrada atividade.

Caso ocorra a manifestação do Mentor, e o Dirigente discorde ou duvide dos conceitos emitidos, deverá dentro do respeito e consideração necessários, questionar livremente o Mentor. Os Espíritos Superiores funcionam como pedagogos, como mestres, com o objetivo de ensinar-nos, de iluminar-nos e esclarecer-nos. Têm eles o maior prazer em elucidar quaisquer dúvidas, porque, às vezes, nas filtragens, ocorrem registros falsos deturpando a tese. Se não buscarmos o esclarecimento, estaremos nos baseando em idéias equivocadas, por terem ocorrido falhas no processo de recepção.

O pedido de esclarecimento aos Bons Espíritos, é sempre bem recebido por eles e mesmo notando nossas dúvidas não se sentem magoados nem pretendem impor-se; pois seu interesse é esclarecer e ajudar.

9. FONTES de CONSULTA 32 Apostila: Curso de Passe

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8. RESULTADOS ESPERADOS

O processo de socorro pelo passe é tanto mais eficiente quanto mais intensa se faça à adesão daquele que lhe recolhe os benefícios, de vez que, a vontade do paciente conjugada à do passista, determina a sintonia necessária, potencializando a cura.

Os efeitos da ação fluídica sobre os doentes são extremamente variados, segundo as circunstâncias; às vezes é lento o resultado reclamando um tratamento continuado, como no magnetismo comum; outras vezes se faz rápida como uma corrente elétrica.

Há pessoas dotadas de tal poder que ocasionam sobre certos doentes, curas instantâneas. Isto ocorre por uma só imposição de mãos ou mesmo por um ato de vontade. Entre estes dois pólos extremos desta faculdade, há infinitas variações. Todas as curas desse gênero são variedades do magnetismo e não diferem senão pela potência e rapidez da ação.

O princípio é sempre o mesmo: é o fluido que desempenha o papel de agente terapêutico e cujo efeito é subordinado à sua qualidade e à circunstancias especiais.

Pelo tratamento do passe se espera não só o alívio das dores físicas e o reequilíbrio moral do paciente, mas a reforma moral do indivíduo, para que se insira no contexto tantas vezes recomendado por Jesus: “Vá e não peques mais!”

9. FONTES de CONSULTA 33 Apostila: Curso de Passe

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9. FONTES de CONSULTA

10.1. Obras Básicas

KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo.

________. A Gênese.

________. O Livro dos Espíritos.

________. Obras Póstumas.

________. O Livro dos Médiuns..

10.2. Obras Complementares

ARMOND, Edgard. Passes e Radiações. (transversal)

CURTI, Rino. O Passe.

DENIS, Léon. No Invisível.

________. O Problema do Ser, do Destino e da Dor.

EMMANUEL. O Consolador.

________. Pensamento e vida.

________. A Seara dos Médiuns.

FRANCO, Divaldo Pereira e TEIXEIRA, Raul. Diretrizes de segurança.

GUIMARÃES, Hernani. Espírito, Perispírito e Alma

GURGEL, Luiz Carlos de M., O Passe Espírita.

JACINTO, Roque. Passe e Passista.

LYSEI JUNIOR, Eugênio. O Passe – Respostas às Perguntas mais Frequentes – janeiro de 1998. (www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/passe/o-passe-respostas.html)

LUIZ, André. Desobsessão. (principalmente os cap. 45 a 49)

________. Entre a Terra e o Céu. (principalmente o cap. Conflitos da Alma).

________. Evolução em Dois Mundos.

________. Mecanismos da Mediunidade. (principalmente os cap. 1 e 11)

________. Os Mensageiros. ( Sopro)

________. Missionários da Luz. (principalmente os cap.: Passes e A oração e rotatório e longitudinal).

________. No mundo maior.

________. Nos domínios da Mediunidade.

MELO, Jacob. O Passe, seu Estudo, suas Técnicas, sua Prática.

( a importância do dispersivo, imposição de mãos)MICHAELUS. Magnetismo Espiritual.

MIRANDA, Manoel Philomeno. Terapia pelos Passes.

9. FONTES de CONSULTA 34 Apostila: Curso de Passe

Page 35: Apostila Passe Esde

NOBRE, Marlene. O Passe como cura magnética. (cap. 18)

PASTORINO, C. Torres. Técnica da Mediunidade. (Chakras).

PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade.

________. O Pensamento de Emmanuel. 5.ed. Rio de Janeiro:FEB, 1994.

PEREIRA, Yvonne A. Recordações da Mediunidade. (cap. 4)

SÉRGIO, Luiz. O Mundo que Encontrei. (Cap.: A aura).

WENEFREDO,Toledo. Passes e Curas Espirituais.

APOSTILA - site www.larchicoxavier.com.br/chico.htm

9. FONTES de CONSULTA 35 Apostila: Curso de Passe