apostila do curso de passe 2014

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GEFABEM – Grupo Espírita e Filantrópico Adolfo Bezerra de Menezes Apostila do Curso de Passe e Atendimento Fraterno Apostila 1 – Passe Edna Costa 2014

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Apostila do curso de passe 2014

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GEFABEM – Grupo Espírita e Filantrópico Adolfo Bezerra de Menezes

Apostila do Curso de Passe

e

Atendimento Fraterno

Apostila 1 – Passe

Edna Costa

2014

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Índice

Capítulo 1 - Introdução ao Estudo do Passe ................................................................................. 04

Capítulo 2 - Conceito, Objetivos, Tipos de Passe e de Pacientes ................................................. 08

Capítulo 3 – Condições para Doar e Receber Fluidos .................................................................. 13

Capítulo 4 – Quando e Onde Doar ................................................................................................ 20

Capítulo 5 – Conhecendo os Fluidos ............................................................................................. 24

Capítulo 6 – Noções de Anatomia Humana ................................................................................. 31

Capítulo 7 – Anatomia Energética ................................................................................................ 46

Capítulo 8 - Desarmonias dos Centros de Força ........................................................................... 59

Capítulo 9 – Técnicas de Passe ..................................................................................................... 61

Capítulo 10 – Aplicando o Passe .................................................................................................... 67

Capítulo 11 – Recomendações Gerais ........................................................................................... 76

Capítulo 12 – Água Fluidificada ..................................................................................................... 72

Referências Bibliográficas ............................................................................................................. 84

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Por que estudar?

O estudo do passe se faz necessário, pois como qualquer trabalho, este também requer conhecimentos, ainda que básicos, das suas técnicas, das suas aplicações.

“Nos ensina a lógica que quando um assunto afeta a tantos e comporta exames, análises, comprovações e experiências, imediatamente surgem os pesquisadores e divulgadores sérios (...) (Jacob Melo)

No entanto, existem dificuldades que necessitam ser eliminadas.

Listaremos algumas delas:

1 – Pouca literatura sobre o assunto ou de qualidade duvidosa.

2 – Acomodação:

“Foi fulano que me ensinou assim”

“Jesus só impunha as mãos e curava...”

“já faz tanto tempo que aplico o Passe assim e dá bons resultados...”

“Como a técnica é dos Espíritos, deixo que me utilizem e não atrapalho.”

“Na execução da tarefa que lhes está subordinada, não basta a boa vontade, como acontece em outros setores de nossa atuação. Precisam de certos conhecimentos especializados”. (Alexandre – Missionários da Luz).

A grande tarefa dos médiuns aplicadores de passe é auxiliar os Espíritos nesta tarefa sagrada de modo eficiente e sem comodismos.

“Ser médium é ser ajudante do Mundo Espiritual. E ser ajudante em determinado trabalho é ser alguém que auxilia espontaneamente, descansando a cabeça dos responsáveis” (Emmanuel – Livro Seara de Médiuns)

Breve Histórico sobre Magnetismo

Identificar as origens da terapia espírita conhecida como passes é realizar longa viagem aos tempos imemoriais, aos horizontes primitivos da pré-história, porquanto essa técnica de cura está presente em toda a história do homem. "Desde essa época remota, o homem e os animais já conviviam com o acidente e com a doença. Pesquisas destacam que os dinossauros eram afetados' por tumores na sua estrutura óssea; no homem do período paleolítico e da era neolítica há evidência de tuberculose da espinha e de crises epilépticas".

Introdução ao Estudo do Passe Capítulo 1

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"Herculano Pires diz que o passe nasceu nas civilizações antigas, como um ritual das crenças primitivas. A agilidade das mãos sugeria a existência de poderes misteriosos, praticamente comprovados pelas ações cotidianas da fricção que acalmava a dor. As bênçãos foram as primeiras manifestações típicas dos passes. O selvagem não teorizava, mas experimentava, instintivamente, e aprendia a fazer e a desfazer as ações, com o poder das mãos".

No Antigo Testamento, em II Reis, encontramos a expectativa de Naamã: "pensava eu que ele sairia a ter comigo, pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra, e restauraria o

leproso".

Na Caldéia e na Índia, os magos e brâmanes, respectivamente, curavam pela aplicação do olhar, estimulando a letargia e o sono. No Egito, no templo da deusa Isis, as multidões aí acorriam, procurando o alívio dos sofrimentos junto aos sacerdotes, que lhes aplicavam a imposição das mãos.

Dos egípcios, os gregos aprenderam a arte de curar. O historiador Heródoto destaca, em suas obras, os santuários que existiam nessa época para a realização das fricções magnéticas. Os papiros nos falam das avançadas ciências da civilização egípcia, e, através deles, podem os egiptólogos modernos reconhecer que os iniciados sabiam da existência do corpo espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas. Seus conhecimentos, a respeito das energias solares com relação ao magnetismo humano, eram muito superiores aos da atualidade. Desses conhecimentos nasceram os processos de mumificação dos corpos, cujas fórmulas se perderam na indiferença e na inquietação dos outros povos.

Em Roma, a saúde era recuperada através de operações magnéticas. Galeno, um dos pais da medicina moderna, devia sua experiência na supressão de certas doenças de seus pacientes à inspiração que recebia durante o sono. Hipócrates também vivenciou esses momentos transcendentais, bem como outros nomes famosos, como Avicena, Paracelso...

Baixos relevos descobertos na Caldéia e no Egito, apresentam sacerdotes e crentes em atitudes que sugerem a prática da hipnose nos templos antigos, com finalidades certamente terapêuticas.

"Com o passar dos tempos, curandeiros, bruxas, mágicos, faquires e, até mesmo, reis (Eduardo, O Confessor; Olavo, Santo Rei da Noruega e vários outros) utilizavam os toques reais".

Depreendemos, a partir desses breves registros, que a arte de curar através da influência magnética era prática normal desde os tempos antigos, sobretudo no tempo de Jesus, quando os seus seguidores exercitavam a técnica da cura fluídica através das mãos. Em o Novo Testamento vamos encontrar o momento histórico do próprio Mestre em ação: E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da lepra. "Os processos energéticos utilizados pelo Grande Mestre da Galiléia são ainda uma incógnita. O talita kume! (“menina levanta!”, em aramaico) ecoando através dos séculos, causa espanto e admiração. A uma ordem do Mestre, levanta-se a menina dada como morta, pranteada por parentes e amigos".

Todos esses fatos longínquos pertencem ao período anterior a Franz Anton Mesmer, nascido a 23.05.1733 em Weil, Áustria. Educado em colégio religioso, estudou Filosofia, Teologia, Direito e Medicina, dedicando-se também à Astrologia.

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Mesmer admitia a existência de uma força magnética que se manifestava através da atuação de um "fluido universalmente distribuído, que se insinuava na substância dos nervos e dava, ao corpo humano, propriedades análogas ao do imã. Esse fluido, sob controle, poderia ser usado como finalidade terapêutica".

Grande foi a repercussão da Doutrina de Mesmer, desde a publicação, em 1779, das suas proposições: A memória sobre a descoberta do Magnetismo Animal, passando, em seguida, a ser alvo de hostilidades e, em face das surpreendentes experiências práticas de terapia, conseguindo curas consideráveis, na época vistas como maravilhosas, transformar-se em tema de discussões e estudos.

"Em breve, formaram-se dois campos: os que negavam obstinadamente todos os fatos, e os que, pelo contrário, admitiam-nos com fé cega, levada, algumas vezes até à exageração".

O Magnetismo era tema principal de observação e estudos, sendo designadas Comissões para estudar a realidade das técnicas mesmerianas, atraindo a atenção de leigos e sábios. Em 1831, a Academia de Ciências de Paris, reestudando os fenômenos, reconhece os fluidos magnéticos como realidade científica. Em 1837, porém, retrata-se da decisão anterior, e nega a existência dos fluidos.

Os seguidores de Mesmer, entretanto, continuaram a pesquisar e a experimentar.

"O Marquês de Puységur descobre, à custa de sugestões tranquilizadoras aos magnetizados; o estado sonambúlico do hipnotismo; seguem os seus passos Du Potet e Charles Lafontaine".

O Magnetismo também atrairá a atenção do pedagogo, homem de ciências, Professor Hippolyte Léon Denizard Rivail.

Rivail integrava o grupo de pesquisadores formado pelo Barão Du Potet (1796-1881) até 1850, frequentando as sessões sonambúlicas, onde buscava solução para os casos de enfermidades a ele confiados, embora se considerasse modesto magnetizador.

Os vínculos, do futuro Codificador da Doutrina Espírita, com o Magnetismo, ficam evidenciados nas suas anotações íntimas, constantes de Obras Póstumas. Mais tarde, ao escrever a edição de março de 1858 da Revista Espírita, quase um ano após o lançamento de O Livro dos Espíritos em 18.04.1857, Kardec destacaria: " O Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo (...). Dos fenômenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas (...) sua conexão é tal que, por assim dizer, é impossível falar de um sem falar de outro". E conclui, no seu artigo: "Devíamos aos nossos leitores esta profissão de fé, que terminamos com uma justa homenagem aos homens de convicção que, enfrentando o ridículo, o sarcasmo e os dissabores, dedicaram-se corajosamente à defesa de uma causa tão humanitária”.

É o depoimento inconteste do valor e da profunda importância da terapia através dos passes, e, mais tarde, em 1868, ao escrever a quinta e última obra da Codificação, A Gênese, abordaria ele a "momentosa questão das curas através da ação fluídica", destacando que todas as curas desse gênero são variedades do Magnetismo, diferindo apenas pela potência e rapidez da ação. O princípio é sempre o mesmo: é o fluido que desempenha o papel de agente terapêutico, e o efeito está subordinado à sua qualidade e circunstâncias especiais.

Os passes têm percorrido um longo caminho desde as origens da humanidade, como prática terapêutica eficiente, e, modernamente, estão inseridos no universo das chamadas Terapêuticas Espiritualistas.

Tem sido exitosa, em muitos casos, a sua aplicação no tratamento das perturbações mentais e de origem patológica. Praticado, estudado, observado sob variáveis

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nomenclaturas, a exemplo de magnoterapia, fluidoterapia, bioenergia, imposição das mãos, tratamento magnético, transfusão de energia-psi, o passe vem notabilizando a sua qualidade terapêutica, destacando-se seus desdobramentos em Passe Espiritual (energias dos Espíritos), Passe Magnético (energias do médium) e Passe Misto ou Mediúnico (energias dos Espíritos e do médium), constituindo-se, na atualidade, em excelente terapia praticada largamente nas Instituições Espíritas.

Amparado por um suporte científico, graças, sobretudo, às experiências da Kirliangrafia ou efeito Kirlian, de que se têm ocupado investigadores da área da Parapsicologia, e às novas descobertas da Física no campo da energia, vem obtendo a aceitação e a prescrição de profissionais dos quadros da Medicina, sobretudo da psiquiátrica, confirmando a excelência do Espiritismo, que explica a etiologia das enfermidades mentais e oferece amplas possibilidades de cura desses distúrbios psíquicos, ampliando a ação terapêutica da Psicoterapia moderna.

Exercícios

1) Como você justifica a necessidade de estudar o Passe? 2) Cite algumas dificuldade ou oposições ao estudo do Passe. 3) Podemos considerar o magnetismo ou passe como procedimento novo? Justifique 4) Faça um resumo do desenvolvimento do Magnetismo, como Ciência. 5) Como podemos considerar o Magnetismo nos dias atuais? Comente

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Passe

Definição: O Magnetismo, Passe ou Fluidoterapia, possui várias definições.

”É a faculdade de curar pela influência fluídica e pode desenvolver-se por meio do exercício” (KARDEC, Allan. Curas. In “A Gênese”)

“(...) O magnetismo vem a ser a medicina dos humildes e dos crentes (...) de quantos sabem verdadeiramente amar” (DENNIS, Léon. A força psíquica. Os fluidos. O magnetismo. In “No Invisível” 2ª parte cap. XV p.182)

“Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o passe é uma transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório ilimitado das forças espirituais.” (Emmanuel: O Consolador, questão 98)

O “passe” é a transmissão de energias fisio-psíquicas, operação de boa vontade.” (Emmanuel: Segue-me, p. 99.)

“O passe não é unicamente transfusão de energias anímicas. É o equilibrante ideal da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos.” (André Luiz: Opinião Espírita)

Objetivos do Passe

Em primeiro lugar o Passe é direcionado para a pessoa ou para o espírito que carece e procura por esse notável "agente de cura", o socorro que lhe proporciona o reequilíbrio orgânico, psíquico, perispiritual e espiritual.

Em segundo lugar, apesar do socorro fluídico propiciar, quase sempre, o alívio dos males orgânicos e o reequilíbrio psíquico, com notáveis conquistas no campo físico e perispiritual, a cura de qualquer mal não será atingida se as causas desse mal não forem sanadas. Assim sendo, o assistido necessita de "evangelhoterapia", submetendo-se aos tratamentos espirituais que a Casa Espírita vai oferecer e, mais tarde, do estudo. Nesse sentido, a Fluidoterapia objetiva auxiliá-lo nessa conquista, na auto-cura, propiciando-lhe o reequilíbrio transitório, com base no tratamento das causas, até que ele, por si, tenha meios de combater os efeitos. Através do reequilíbrio energético, a pessoa aos poucos consegue ter modificada sua visão, enxergando as mesmas circunstâncias de maneira diversa. Dessa forma ela consegue modificar a sua vida, não com uma mudança das situações que o cercam mas com a mudança de sua ótica em relação a elas.

Jacob Melo, relaciona os objetivos do Passe, segundo:

a) Em Relação ao paciente O passe espírita objetiva o reequilíbrio orgânico (físico), psíquico, perispiritual e espiritual do paciente

Conceito, Objetivos, Tipos de Passe e de Pacientes Capítulo 2

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b) Em Relação ao médium

Além de proporcionar a cura ou a melhora do paciente, deve o médium se esforçar por melhorar-se moralmente, no intuito de cumprir sua tarefa dignamente e de melhor favorecer aos objetivos do Passe.

c) Em relação ao Centro Espírita

Cabe ao Centro Espírita não apenas utilizar-se de seus médiuns para os serviços do passe, mas igualmente renovar os conhecimentos dos mesmos através de estudos, simpósios e treinamentos, buscando formar equipes conscientes e responsáveis, se eximindo da limitação.

O Centro Espírita, "para bem atender às suas finalidades, deve ser núcleo de estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho, com base no Evangelho de Jesus, à luz da Doutrina Espírita". Desviá-lo dessa diretriz é comprometer a causa a que se pretende servir”. (Reformador de 1992, editorial)

A aplicação do passe deve, portanto, guardar coerência com as orientações doutrinárias, fundamentadas na Codificação Kardequiana.

Tipos de Passe

Podemos classificar o Passe:

A) Quanto à fonte do fluido

1 – Magnético - É o passe transmitido pelo médium, fornecendo somente os seus próprios fluidos, a sua própria força irradiante, porque é feito do corpo do médium diretamente para o corpo do enfermo, sem que os fluídos sofram interferência ou modificação. Nesse tipo de passe normalmente se recebe assistência espiritual. Isso acontece porque os espíritos superiores sempre ajudam aqueles que, imbuídos de boa vontade, atendem os mais necessitados. 2 – Espiritual - É o passe transmitido pelos espíritos, o que está fora do alcance de nossa vista material, a uma só pessoa ou a muitas ao mesmo tempo. No passe espiritual o necessitado não recebe fluídos magnéticos do médium, mas outros, mais finos e puros, trazidos dos planos superiores, pelo espírito que veio assisti-lo. Pelo fato de não estar misturado ao fluído animalizado, o passe espiritual é bem mais limitado que as outras modalidades de passe. Com isso, pode-se compreender que os resultados conseguidos nas reuniões públicas de Espiritismo, onde participam grande quantidade de encarnados e desencarnados, são bem maiores do que aqueles conseguidos em nossas residências, contando somente com a ajuda do nosso anjo guardião. 3 - Misto - É o passe onde se misturam os fluídos do passista com os da espiritualidade. A combinação é muito maior do que no passe puramente magnético e seus efeitos bem mais salutares. Este é o tipo de passe que é aplicado nos centros espíritas, contando com a ajuda de equipes espirituais que trabalham nessa área, para ajuda dos necessitados. Os benfeitores espirituais comparecem no momento do passe, atendendo aos encarnados e também ministrando eficiente socorro às entidades do plano espiritual. Eles agem aumentando, dirigindo e qualificando nossos fluídos.

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B) – Quanto ao Alcance do Fluido 1 – Magnético - Objetiva o atendimento de problemas orgânicos, físicos e/ou perispirituais, aí se incluindo os passe espirituais praticados pelos espíritos diretamente em desencarnados com o fim de recuperar deficiências ou limitações “físicas” naqueles. 2 - Passe Espiritual - Destinado ao atendimento de problemas de ordem espiritual, principalmente daqueles cujas matrizes são os processos obsessivos ou decorrentes de desvios morais. Para exemplificar, este passe é aplicado pelos médiuns nas reuniões de desobsessão. 3 - Passe Misto – É aquele onde o tratamento visa não uma mas todas as partes do ser, ou seja: Corpo, Perispírito e Espírito. Os fluidos aqui “manipulados” atuarão não apenas a nível perispiritual, mas atingirão as próprias células do corpo e alcançarão igualmente a intimidade do espírito, ainda que por via perispiritual.

C) Quanto à técnica 1 – Passe Magnético – entendido como o que é aplicado segundo as técnicas do magnetismo, não importando nem de onde venham os fluidos nem para que fins se destinam, nem quem o aplique. 2 – Passe Espiritual – é aquele onde o médium utiliza, como técnica, apenas a prece, a irradiação (a distância) ou, no máximo, a imposição de mãos sem movimentos e sobre a cabeça ou fronte do paciente. Este seria aquele em que o médium não necessitaria ter tantos conhecimentos de técnicas pois sua ação seria essencialmente mental. 3 – Passe Misto – é aquele que faz a utilização conjugada da prece com imposição de mãos seguido do uso de outras técnicas, ou então a aplicação de uma passe com técnicas variadas após uma radiação (que é um passe espiritual). Para reforço do entendimento, diríamos que tal passe é aquele onde se utiliza a dispersão fluídica antes e/ou após a imposição de mãos, intercalada por técnicas outras.

Outra classificação muito usada, diz respeito à forma de aplicação considerando o tamanho da equipe de médiuns e a quantidade de pacientes, desse modo o passe pode ser:

1 – Passe Individual – é aquele em que o paciente recebe o passe individualmente. Nesta modalidade, o médium pode utilizar as técnicas específicas de acordo com as necessidades de cada paciente, enquanto os Espíritos manipulam os fluidos com o mesmo objetivo.

2 - Passe Coletivo - Quando a equipe do passe magnético é de pequeno número face à multidão que o procura, sem qualquer prejuízo para os eventuais beneficiados, recorre-se ao passe coletivo. Uma vez que o principal neste processo de ajuda espiritual é a sintonia do candidato a receber o passe, os próprios espíritos passistas durante a palestra ministram bênçãos fluídicas a quem estiver nas condições necessárias para participar na ocorrência deste fenômeno enquanto beneficiado.

Tipos de Pacientes

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Primeiro, nos conscientizemos de que devemos dar ao paciente, além do passe, tudo o mais que é da maior importância: evangelho, orientação, desmistificação do tratamento e desmistificação dos ídolos, conclamando-os à reforma interior e à compreensão dos fatos para, pelo conhecimento, não ser levado a vícios e equívocos que, embora costumeiros, são injustificáveis.

Como homens, sabemos que a administração do patrimônio orgânico é tarefa pessoal e intransferível, estando não apenas sua manutenção sobre nossa responsabilidade, mas, igualmente sua conservação dentro dos padrões de equilíbrio que a própria natureza nos indica. Emmanuel em o Consolador salienta que: “Quando, porém, o homem espiritual dominar o homem físico, os elementos medicamentosos da Terra estarão transformados na excelência dos recursos psíquicos e essa grande oficina achar-se-á elevada a santuário de forças e possibilidades espirituais juntos das almas”.

As Casas Espíritas que possuem o trabalho de passe ou de tratamento pelo magnetismo, costumam ser muito procuradas por vários tipos de pacientes com os mais variados tipos de problemas, de modo que se torna necessário procurar entender a origem da problemática de cada um deles. É por este motivo que podemos classificar os pacientes que procuram este serviço. Jacob Melo classifica da seguinte maneira.

A) Pacientes com problemas físicos - Incluem os pacientes que apresentam problemas orgânicos, desprezando qualquer fator que não seja puramente físico. Subdividiremos este grupo de pacientes em três: 1 – Doenças contagiosas - O passista não deve negar atendimento a essa categoria por medo de contágio, todavia devemos ter o bom senso de não expor alguém que venha em busca de auxílio ao contágio de outro mal. Tal como não será cristão dispor o contagiante que igualmente busca ajuda, ao ridículo da execração de outrem. A prudência nos sugere discernimento e tato.

Certos cuidados devem ser observados no tocante aos pacientes portadores de doenças contagiosas. O atendimento deverá realizado em um ambiente separado dos demais pacientes, principalmente se houver no recinto crianças, gestantes ou idosos ou ainda pessoas com baixa imunidade.

“Interditar, sempre que necessário, a presença de enfermos portadores de moléstias contagiosas nas sessões de assistência em grupo, situando-os em regime de separação para o socorro prévio, pois a fé não exclui a previdência” (André Luiz)

2 – Doenças não contagiosas - O paciente aqui enquadrado não expõe outros a risos de contágio, seu atendimento poderá ser feito tanto de forma individualizada quanto em grupo, dependendo do tratamento e das técnicas a serem usadas. 3 – Doenças desconhecidas – Buscar informações via receituário da Casa Espírita bem como junto ao próprio paciente ou acompanhantes, ou ainda através da intuição espiritual e do tato magnético.

Também devemos informar aos pacientes que estiverem em tratamento médico que deverão continuar indo às consultas normalmente. Da mesma forma, se estiverem fazendo uso de qualquer medicamento, prescrito pelo seu médico, deverá ser mantido, pois jamais devemos sugerir, sob nenhuma hipótese, a suspensão de substâncias medicamentosas.

Se o doente estiver fazendo uso de medicação receitada por médico da Terra, esta não deverá ser suspensa, nem sob o pretexto de atrapalhar o tratamento espiritual. Uma atitude

dessas traz graves implicações (...) poderão comprometer quem a recomendou” (Suely Caldas Schubert)

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B) Pacientes com problemas espirituais

Origem perispiríticas - pela natureza pretérita da doença, fácil concluir que nem sempre ser possível grandes conquistas, inclusive com a fluidoterapia.

Origem obsessivas – a cura das obsessões , é de difícil curso e nem sempre rápida, estando a depender de múltiplos fatores especialmente da renovação, para melhor, do paciente, deve envidar esforços máximos para granjear a simpatia daquele que o persegue.

Desvios morais – como a ação fluídica tem na vontade seu motor e no pensamento seu veículo, fica evidente eu pacientes com tais problemas tornam-se, via de regra, extremamente refratários à fluidoterapia, porquanto tal decorrência tem matriz nas desarmonias que são geradas na instabilidade moral do paciente, o que por sua vez não lhe favorece uma mentalização equilibrada e constante no bem.

C) Pacientes com ambos problemas - Verificamos aqui, os pacientes com problemas

físicos (orgânicos) e psíquicos (espirituais)

Mais uma vez nos deparamos com a prudência em analisar e principalmente nunca, descartar o tratamento da medicina convencional para alguns casos.

Através do estudo, sempre conjugado à intuição espiritual, podemos avaliar a maior valência do problema do paciente para bem direcionar o tratamento.

A paciência também será grandioso instrumento para este tratamento, paciência esta, por parte do paciente e do passista.

EXERCÍCIOS

1) Qual a definição de Passe? 2) Cite os objetivos do passe. 3) O que é passe magnético? 4) Como podemos diferenciar o passe magnético do passe espiritual? 5) De onde vêm os fluidos transmitidos durante o passe misto? 6) É possível a aplicação de passe sem a presença de Espíritos? Justifique 7) Qual o passe mais eficiente? Explique 8) Qual a principal indicação do passe magnético, do espiritual e do misto. 9) Geralmente o passe coletivo é utilizado em quais circunstâncias? 10) Podemos considerar o passe coletivo com magnético ou espiritual? Justifique 11) Quais os tipos de pacientes que procuram o atendimento espiritual? 12) Quais os cuidados que devemos ter em relação às doenças contagiosas? 13) Que orientações devemos dar aos pacientes que estão em tratamento médico?

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Para os médiuns e pacientes

É importante considerar que todos podem aplicar passes e todos podem recebê-lo. No entanto, vale entender que nem sempre os resultados serão os mesmos em todos os pacientes e nem em relação ao mesmo médium.

Esta diversidade de resultados se deve a influencia de vários fatores que estão relacionados tanto ao médium quanto ao próprio paciente que procura a assistência espiritual.

Verificamos três importantes assuntos no campo do passe, que são também deveras preponderantes para que a ação fluídica transmitida ao enfermo possa gerar profundo restabelecimento.

1- Fé: Através dela é possível agir sobre os fluidos, modificar e direcionar. O poder da fé demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que, aquele que, a um grande poder fluídico normal, junta a FÉ, pode só pela força de sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de cura e outros mais, tidos antigamente por prodígios, milagres, mas que não passam de efeitos de uma lei natural, tal o motivo que levou a Jesus dizer a seus apóstolos: "Se não curastes, foi porque não tendes fé". (Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 7). Na verdade não há muito o que interpretar destas palavras de Kardec; apenas queremos aqui ressaltar a ponte existente entre a fé e a ação fluídica por obra da força de vontade. Torna-se desnecessário dizer, que na ausência da fé, por parte do passista, é a anulação prática de seu poder fluídico e, no paciente é a falta do catalisador fundamental do restabelecimento. Conforme Kardec nos assevera : "Entende-se por fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim." Tanto quem doa como também quem recebe esta fé deverá ser uma diretriz muito importante no resultado das atividades fluidoterápicas.

2- Merecimento: neste caso devemos considerar os aspectos cármicos e os atuais dos pacientes assistidos. Para podermos em profundidade entender o merecimento faz-se necessário recorrer à teoria da reencarnação. Como esse tema, por si só, comporta muitos volumes e não é o nosso objetivo nesse estudo, nos limitaremos a um raciocínio de Kardec, simples e por demais objetivo, o qual se não leva os descrentes a aceitar a reencarnação, pelo menos os induz a pensar e reconhecer, logicamente que sua possibilidade é mais racional e justa que sua negação pura e simples. "Por virtude do axioma segundo o qual todo efeito tem uma causa, tais misérias (doenças incuráveis

Condições para doar e receber fluidos Capítulo 3

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ou de nascença, mortes prematuras, reveses da fortuna, pobreza extrema, etc.) são efeitos que hão de ter uma causa e, desde que admita um Deus justo, essa causa também há de ser justa. Ora, ao efeito precedendo sempre a causa, se esta não se encontra na visa atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa existência precedente a esta." (Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 5). Isto posto, afiançamos que a questão do merecimento está diretamente ligada aos débitos do passado, tanto desta quanto de outras vidas, como aos esforços que vimos empreendendo para nos melhorarmos física, psíquica, moral e espiritualmente. Porventura, se na vida anterior envolvemos a nós mesmos em pesados delitos, tendo comprometido igualmente nosso perispírito, teremos que assumir também as consequências de tais mazelas. Sendo o nosso órgão espiritual comparado a uma esponja que a tudo absorve, seguramente transferirá ao novo corpo as deficiências localizadas, as quais, dependendo da extensão e gravidade das faltas, demorarão para se harmonizar, envolvendo-nos no aprendizado de valorização das reais finalidades orgânicas. Por outro lado, se temos qualquer problema, que tomamos aqui, o fumo, e devido a esse fumo temos problemas pulmonares e queremos nos tratar, mas não largamos o cigarro, por mais ingentes sejam os esforços fluídicos empregados para o restabelecimento, tudo redundará em falhas ou ineficiência, no mesmo caso acontece, com os problemas psíquicos (cármicos), e não nos esforçamos por melhorar nosso mundo mental, nosso padrão vibratório, nosso campo psíquico, dificilmente conseguiremos atingir nosso desiderato. Situações tais, vulgarmente chamadas de "ausência de merecimento", são fatores a serem considerados nos tratamentos fluidoterápicos. Como a situação da falta de merecimento está vinculada diretamente com nossa inferioridade, poucos são os que aceitam tal explicação com tranquilidade, pois, mesmo sendo quem somos, nos acreditamos melhores do que na realidade o somos e, por isso mesmo queremos "driblar" a espiritualidade fazendo rápidas e curtas e diria também sem sentimentos boas ações, com isso imaginando adquirir a "senha" do merecimento. E aí, verificamos algumas opiniões sobre os passistas, no sentido de que eles não são "bons", não estão "amparados pelos espíritos", que não "servem para tal", e outras mais, todavia costumeiramente nos esquecemos que às vezes existe maior merecimento em continuar enfermo do que saudável. Finalizando, diremos que não existe tratamento impossível, pitadas de altivez, animo, força de vontade, crescimento moral, fé são também disposições que permitimos a nós mesmo para uma futura melhoria física ou espiritual. E lembrando a máxima de Jesus que "a fé transporta montanhas".

3- Pensamento e vontade: a vontade sincera de ajudar, aliviar, de curar é capaz de agir sobre os fluidos, dando-lhes características específicas e direcionamento. “O Pensamento é criador. Não atua somente ao redor de nós, influenciando nossos semelhantes para o bem ou pra o mal.(...) (Léon Denis) “O Pensamento é o gerador dos Infra corpúsculos ou das linhas de força do mundo subatômico, criador de correntes de bem ou mal (...), segundo a vontade que o exterioriza e dirige.” (Emmanuel - Roteiro) “Por seu acúmulo, pode converter-se em fluido gravitante ou libertador, ácido ou balsâmico, doce ou amargo, alimentício ou esgotante, vivificante ou mortífero, segundo a força do sentimento que o tipifica e configura, nomeável à falta de terminologia equivalente, por “raio de emoção”. (André Luiz – Evolução em dois Mundos)

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" Sabe-se que papel capital desempenha a vontade em todos os fenômenos do magnetismo. Porém, como há de explicar a ação material de tão sutil agente? - A vontade é atributo essencial do espírito. Com o auxílio desse alavanca, ele atua sobre a matéria elementar e, por ação consecutiva, reage sobre seus compostos, cujas propriedades íntimas vêm assim a ficar transformadas. Tanto quanto do espírito errante, a vontade é igualmente atributo do espírito encarnado; daí o poder do magnetizador, poder que se sabe esta na razão direta da força de vontade. Podendo o espírito encarnado atuar sobre a matéria elementar, pode do mesmo modo mudar-lhe as propriedades, dentro de certos limites. (Livro dos Médiuns, cap. 8, item 131).

No entanto, outros pontos que dizem respeito aos médiuns devem ser observados;

1) Condições Físicas – é óbvio que para doar fluidos é necessário estar em boas condições de saúde. As pessoas com estejam se sentindo doentes, cansadas, estressadas ou que sejam portadoras de doenças graves, não deverão aplicar passes. Aquelas que tomem medicamentos com ação no Sistema Nervoso Central (SNC).

Vejamos como pensa Michaelus em seu Livro Magnetismo Espiritual: " Um corpo sem saúde não pode transmitir aquilo que não possui; a sua irradiação seria fraca, ineficaz e mais nociva do que útil, para si e para o doente". "Deve-se, entretanto, distinguir entre uma pessoa incessantemente doente da que é apenas atingida de uma doença local, um mal de estômago, dos rins, etc., embora de caráter crônico." (Michaelus, no mesmo livro, cap. 7). “Dependendo da doença, é conveniente o passista evitar a sua prática. Especialmente em se tratando de doenças infectocontagiosas, daquelas que deixam o passista extremamente combalido ou fragilizado, e das doenças ou desvios da psique. Quem esteja acometido de alguma doença que o impossibilite de realizar tarefas que exijam esforço, também deve estar muito atento. Insuficiências cardíacas, pulmonares e degenerativas do sistema nervoso, bem como estados depressivos, usualmente são desabonadores da aplicação. (...) Também fica seguramente desaconselhável para criaturas sob violentos envolvimentos espirituais (as obsidiadas), pessoas viciosas (quem fuma e bebe regularmente deve procurar superar os vícios ou abster-se de aplicá-los), indivíduos fazendo uso de medicamentos controlados (especial mente os de tarja preta e/ou que atuem no sistema nervoso central). Estas pessoas vibram negativamente.” (Jacob Melo). Dra. Marlene Nobre informa ainda que não pode haver doação com o sistema nervoso esgotado e que quando estão em curso moléstias do sangue ou degenerativas, como a anemia e o câncer, não é recomendável a doação fluídica, porque o próprio médium está necessitado de repor suas energias desgastadas. É preciso lembrar que o fluido vital circula no sangue e que o fluido magnético está diretamente implicado no sistema de defesa do corpo físico. No tocante ao uso de medicamentos controlados com ação no SNC, pode impedir a emissão ou causar uma contaminação dos fluidos, caso sejam emitidos. Esta situação é a mesma para outras drogas. “O fumo, o álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios nos centros nervosos, modificando certas funções psíquicas e anulando os melhores esforços na transmissão de elementos regeneradores e salutares”. (André Luiz nos diz em seu Livro Missionários da Luz, cap. 19)

1. a - Cuidados com a alimentação - Preocupamo-nos aqui, também com a alimentação, pois conforme André Luiz nos diz em seu Livro Missionários da Luz, cap. 19: "O excesso de alimentação produz odores fétidos, através dos poros, bem como das saídas

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dos pulmões e do estômago prejudicando as faculdades radiantes devido às desarmonias que geram no aparelho gastrointestinal.

1. b - Cuidado com os excessos - “O Espiritismo (...) aconselha que preservemos o nosso corpo dos elementos ou fatores que lhe diminuam a capacidade de resistência, e assim teremos que nos alimentar, sóbria, mas suficientemente; não podemos perder a noite em prazeres inúteis ou os dias em maus contubérnios e em vícios; não devemos entregar-nos à ociosidade; não usaremos vestes impróprias ao clima; não procuraremos exagerar o recato até o ridículo.(...)” (Carlos Imbassahy)

A saúde, como podemos verificar, é uma das condições primordiais para o trabalho do passe. Se o médium não tem uma saúde, ao menos, harmônica, como poderá transmiti-la? Os fluidos que saem através do passista é lógico que vão impregnados de saúde ou de mazelas segundo a situação de que o médium se encontre.

2) Condições Morais - Fazendo uso das palavras do Codificador em o Livro dos Médiuns, cap 20, compreenderemos de uma maneira mais alargada a função da moral em torno do passe:

"Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de um instrumento, exerce, todavia, influência muito grande, sob o aspecto moral. A alma exerce sobre o espírito livre uma espécie de atração, ou repulsão, conforme o grau da semelhança existente entre eles. As qualidades, que de preferência, atraem os bons espíritos são: a bondade, a benevolência, a simplicidade de coração, o amor do próximo, o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria. Além disso, a porta que os espíritos imperfeitos exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é a que a criatura menos confessa a si mesma. O orgulho tem perdido muitos médiuns dotados das mais belas faculdades".

Na Revista Espírita de Outubro de 1867, Kardec publicou uma mensagem do Abade Príncipe de Hohenlohe muito interessante:

"Conforme o estado de vossa alma e as aptidões do vosso organismo, podeis, se Deus vo-lo permitir, tanto curar as dores físicas quanto os sofrimentos morais, ou ambos. Duvidais de ser capaz de fazer uma ou outra coisa, porque conheceis as vossas imperfeições . Mas Deus não pede a perfeição, a pureza absoluta dos homens da terra. A esse título, ninguém entre vós seria digno de ser médium curador. Deus pede que vos melhoreis, que façais esforços constantes para vos purificar e vos leva em conta a vossa boa vontade. Melhorai-vos pela prece, pelo amor ao Senhor, de vossos irmãos e não duvideis que o Todo-Poderoso não vos dê as ocasiões frequentes de exercer vossa faculdade mediúnica. Até lá orai, progredi pela caridade moral, pela influência do exemplo".

Verificamos que o fluido emanado por nós será sempre mais depurado à medida que formos mais puros e desprendidos da matéria, à medida que darmos mais valor aos bens espirituais em detrimento das coisas materiais.

"As qualidades do fluido humano apresentam nuanças infinitas, conforme as qualidades físicas e morais do indivíduo. É evidente que o fluido emanado de um corpo malsão pode inocular princípios mórbidos ao magnetizado. As qualidades morais do magnetizador, isto é, a pureza de intenção e de sentimento, o desejo ardente e desinteressado de aliviar o seu semelhante, aliado à saúde do corpo, dão ao fluido um poder reparador que pode, em certos indivíduos, aproximar-se das qualidades do fluido espiritual". (Revista Espírita, Setembro de 1865).

Reflitamos no que nos diz o espírito Alexandre no Livro Missionários da Luz, cap 19:

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"O missionário do auxílio magnético, na Crosta terrestre ou aqui em nossa esfera, necessita ter grande domínio sobre si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos, acendrado amor aos semelhantes, alta compreensão da vida, fé vigorosa e profunda confiança no Poder Divino".

Não pensemos, todavia, que isso só se aplica aos espíritas. A moral é chave fundamental para todos os povos. "Os curandeiros, mesmo aqueles que não são vistos com os bons olhos da humanidade, inclusive uma grande parte espírita, são portadores de virtudes enobrecedoras e, sem dúvida, isso é fundamental para seus sucessos". (George W. Meek, em As Curas Paranormais ).

Através de todas estas análises, sentimos como o posicionamento moral do médium é muito importante para o sucesso de sua tarefa. Não esperemos, pois, que os pacientes sejam sempre "bonzinhos" e que os espíritos estejam sempre "na agulha" para agiram ao nosso "estalar de dedos", sem que sejamos nós os primeiros a estarmos prontos, física e sobretudo, moralmente para o trabalho. Não seria de se pensar diferente. A moral há de ter importância preponderante nos trabalhos fluídicos, já que o meio onde os fluidos são processados é basicamente mental (para não dizer espiritual). A mente determina a vibração fluídica a partir da vontade e esta libera os fluidos, tonificando-os pelo padrões psíquicos dos emissores; estes fluidos serão mais consistentes e harmonizados quanto mais equilíbrio tiver a moral dos doadores. Assim, deixando de lado as condições do receptor final (paciente), a emissão fluídica assume o cunho de pureza determinada pela moral em que vibram os emissores.

3) Condições Mentais (Psíquicas) – “Cumpre afastar, por todos os meios possíveis, as que apresentem sintomas, ainda, que mínimos, de excentricidade nas idéias, ou de enfraquecimento das faculdades mentais, porquanto, nessas pessoas, há predisposição, evidente para a loucura.” (Allan kardec – LM cap 18, item 222)

“Antes de tudo, é necessário equilibrar o campo das emoções. Não é possível fornecer forças construtivas a alguém, se fazemos sistemático desperdício das irradiações vitais. Um sistema nervoso, esgotado, oprimido, é um canal que não responde pelas interrupções havidas. A mágoa excessiva, a paixão desvairada, a inquietude obsidente constituem barreiras que impedem a passagem das energias auxiliadoras. (Espírito Alexandre, Missionários da Luz , cap. 19, pp. 322 a 324.)

A perturbação da mente pode produzir efeitos no corpo físico?

R.: Sim. Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, o organismo perispiritual pode absorver elementos de degradação que lhe corroem os centros de força, com reflexos sobre as células materiais. Se a mente da criatura encarnada ainda não atingiu a disciplina das emoções, se alimenta paixões que a desarmonizam com a realidade, pode, a qualquer momento, intoxicar-se com as emissões mentais daqueles com quem convive e que se encontrem no mesmo estado de desequilíbrio. Às vezes, semelhantes absorções constituem simples fenômenos sem maior importância; todavia, em muitos casos, são suscetíveis de ocasionar perigosos desastres orgânicos, o que se dá mormente quando os interessados não têm vida de oração, cuja influência benéfica pode anular inúmeros males. Toda perturbação mental é, pois, ascendente de graves processos patológicos. (Espírito Alexandre, Missionários da Luz, cap. 19, pp. 325 a 333.).

Os médiuns hão de desenvolver condições íntimas de fé e confiança, que se adquirem com muito labor. A alma exerce sobre o espírito livre uma espécie de atração ou repulsão, conforme o grau de atitudes cultivadas existentes entre eles. A mente esta presente como ponto de muita relevância nas manifestações mediúnicas, pois o cérebro é um aparelho emissor e receptor de ondas mentais; o pensamento é um fluxo energético do campo espiritual, ou seja, se não tentarmos manter-nos em um estado

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constante de reforma mental, na construção de pensamentos melhores, seguramente estaremos também prejudicando esta manifestação de amor através do passe. Pois atraímos a sintonia que cultivamos. O Cultivo da mente pura é nosso dever, ela é o filtro por onde passam as benesses que favorecerão nosso próximo e, por conseguinte, a nós mesmos.

As diferenças de efeitos fluídicos nos doentes se devem ao chamado

Potencial Fluídico

Allan Kardec nos informa:

“São extremamente variados os efeitos da ação fluídica sobre os doentes, de acordo com as circunstâncias. Algumas vezes é lenta e reclama tratamento prolongado, como no magnetismo ordinário; doutras vezes é rápida, como uma corrente elétrica”.

(A Gênese, Os fluidos, cap 14 item 32)

“Como quem doa tem, que ter o que doar ou saber o que, e onde conseguir para doá-lo”.

(Jacob Melo, O Passe- pag. 137)

Podemos considerar o potencial fluídico como sendo a capacidade que um fluido tem de agir de forma mais ou menos intensa e/ou rápida sobre um corpo. Alguns fatores influenciam no potencial fluídico, são eles:

1 - Afinidade Fluídica

- Afinidade X Potencial Fluídico – “A cura é devida às afinidades fluídicas, que se manifestam instantaneamente, como um choque elétrico, e que não podem ser pré-julgadas” (Jacob Zuavo – RE 1867)

2 - Receptividade do Paciente – Paciente deve sentir confiança no tratamento se colocando na condição de receptor dos fluidos.

3 – Moral

- Moral X Potencial Fluídico - “Tanto maior será a força do magnetizador quanto mais puro for o seu coração. Quanto mais o homem se elevar espiritualmente, tanto maior será o poder de sua irradiação”. (Michaelus – Magnetismo Espiritual)

“O que difere, em cada pessoa, é o problema de rumo.”

(Emmanuel – Seara de Médiuns)

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EXERCÍCIOS

Certo ou Errado?

1- Para ser magnetizado e sentir os efeitos do magnetismo, não é necessário nada além de comparecer ao centro nos dias do tratamento espiritual. ( )

2- A Fé é condição importante, mas apenas para o paciente. ( ) 3- Entre vários fatores para ser magnetizado, o merecimento deve ser considerado,

pois ele pode determinar o sucesso do tratamento. ( ) 4- O pensamento e a vontade são condições importantes para o médium, pois são

esses elementos que vão impulsionar e direcionar os fluidos. ( ) 5- A alimentação exagerada é prejudicial ao trabalho do magnetismo. Deve os médiuns

e pacientes se alimentar de maneira adequada e suficiente. ( ) Responda as perguntas;

6- Por que as condições morais poder influenciar no passe? 7- Por que as condições mentais também podem interferir no tratamento? 8- Em quais condições de saúde, o médium deve se abster de aplicar passe? 9- Faça um resumo das condições gerais que um médium magnetizador deve possuir

para realizar um bom trabalho de passe. 10- O que é potencial fluídico? 11- Explique quais os elementos que podem influenciar no potencial fluídico.

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“Nossa missão é de amparar os que erram e não fortalecer os erros.”

(Espírito Anacleto)

“Quando encontramos enfermos dessa condição, salvamo-los dos fluidos deletérios em que se encontram por deliberação própria, por dez vezes consecutivas, a título de benemerência espiritual. Todavia, se as dez oportunidades voam sem proveito para os interessados, temos instruções superiores para entregá-los à própria obra a fim de que aprendam consigo mesmos. Podemos aliviá-los, mas nunca libertá-los.”

(André Luiz – Missionários da Luz)

Em Relação ao Paciente

Podemos Aplicar o Passe Quando

1 - O paciente procura ou solicita tal serviço, se esforçando por consegui-lo.

2 - O paciente se encontra hipnotizado ou em estado sonambúlico, quer por força material, anímica, quer por força espiritual, quer de forma natural ou provocada e é necessário tirá-lo desse estado.

3 – Como recurso terapêutico total, complementar, reparatório ou preparatório.

4 – Receituário espiritual ou da casa espírita.

Não é Conveniente Aplicar o Passe Quando

1 – O paciente é refratário por decisão própria, provocando desgaste fluídico para os médiuns. Indicar: Evangelho, estudo, diálogo fraterno, nome para as irradiações.

2 – O paciente não quer tomar o passe

3 – A procura do passe é simples curiosidade, comodidade ou teste.

4 – O paciente se nega a seguir as orientações que lhe são dadas (assistir doutrinárias, evitar bebidas antes e depois do passe ou não ficar faltando sistematicamente ao tratamento, etc.)

Em Relação ao Médium

O Médium Pode Aplicar

1 – Quando estiver moral e emocionalmente equilibrado e se sentir em condições físicas.

Quando e Onde Doar? Capítulo 4

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2 – Quando for solicitado, em casos sérios ou urgentes

3 – Quando estiver ou for indicado para tal tarefa.

4 – Quando em condições ambientais e fluídicas propícias

5 – Quando dispuser de fluidos magnéticos próprios e suficientes para o trabalho

6 – Quando conhecer, ao menos, a dispersão fluídica, a concentração de fluidos e a imposição de mãos; tiver vontade firme e desinteressada e boa intuição e/ou tato magnético.

7 - Não portar doenças infecto-contagiosas.

O Médium Não Deve Aplicar Quando

1 – Não se sentir confiante.

2 – Estiver nutrindo sentimentos negativos e não conseguir superá-los.

3 – Tiver vícios como o uso regular de álcool, fumo, tóxicos, alimentar-se desregradamente ou usar de práticas que promovam desgastes físicos exaustivos e desnecessários.

4 – Estiver com o estômago muito cheio ou após ter se alimentado de maneira pesada.

5 – Estiver usando medicamentos controlados.

6 – Em idade avançada e com visível esgotamento fluídico e deficiências físicas.

7 – Quando se é criança ou adolescente.

8 – Estive estafado física e/ou mentalmente.

“Todo trabalho para expressar-se em eficiência e segurança reclama disciplina. A ordem preside o progresso e, por isto mesmo, não podemos perder a ordem de vista, sob pena de desequilibrar, embora sem querer, o nosso próprio trabalho.” (Jacob Melo).

Em Relação à Casa Espírita

O Passe deve ser aplicado

1 – Nos encarnados:

O passe destina-se ao tratamento e profilaxia de enfermidades físicas e espirituais junto aos necessitados que procuram o centro espírita. A equipe de passistas deve estar alinhada no mesmo pensamento de ajudar essas pessoas carentes de amparo.

O serviço de aplicação do passe requer critério, discernimento, responsabilidade e conhecimento doutrinário. É um complemento aos recursos de auto melhoramento e de reeducação espiritual, utilizados normalmente.

1.1 – No atendimento aos necessitados nas reuniões de assistência social e espiritual da casa espírita.

1. 2 – Após as reuniões doutrinárias.

1. 3 – Em horários previamente estabelecidos para tal serviço.

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2 – Nos desencarnados:

- Nas reuniões mediúnicas.

Com o Passe podemos mais facilmente alcançar-lhes o centro da emoção, transmitindo-lhes diretamente ao coração as vibrações do nosso afeto.

O Passe ajuda a dispersar/desintegrar os acessórios que costumam trazer, como armas, símbolos, vestimentas especiais, objetos, couraças, etc...

O Passe cura dores que julgam totalmente “físicas”, pois localizam-se muito realisticamente em pontos específicos de seus períspiritos.

Com o passe os adormecemos, para provocar fenômenos de regressão de memória ou projeções mentais, com as quais os mentores do grupo compõem os “quadros fluídicos”, tão necessários, às vezes, ao despertamento de Espíritos em estado de alienação. A moderação é necessária, para que, ao tentarmos acalmar um Espírito agitado, não o levemos a um estado de sonolência que dificulte a comunicação com ele, justamente o que mais se necessita para o diálogo, para ajudá-lo, é não entorpecê-lo ao ponto de levá-lo ao sono magnético. Sendo que às vezes é justamente necessário a utilização deste expediente, ou seja, é necessário adormecê-lo, a fim de que possa ser retirado pelos mentores, seja recolhido a instituições de repouso para tratamento mais adequado, ou trazido na sessão seguinte, em melhores condições de acesso.

Não Convém Aplicar

1 – Quando não houver médiuns preparados.

2 – Em casos de obsessões violentas e subjugações, principalmente fora do centro. Só aplicar contando com o apoio espiritual e material indispensável.

3 – No lar.

4 – Em lugares públicos. Só aplicar quando necessário, com a autorização da casa espírita e nunca ir sozinho, sempre em equipe.

5 – Quando o bom senso não recomendar e a prudência não o determinar.

Onde Aplicar o Passe na casa espírita

1- Cabine de Passes (Passes Individuais)

“Nesta sala se reúnem sublimadas emanações mentais da maioria de quantos se valem do socorro magnético, tomados de amor e confiança. Aqui possuímos uma espécie de altar interior formado pelos pensamentos, preces e aspirações de quantos nos procuram trazendo o melhor de si mesmos.” (Espíritp Áulus – Nos Domínios da Mediunidade)

2- No salão das reuniões doutrinárias (Passe Coletivo)

- Podem ocorrer quando o Centro Espírita não dispõe de um espaço reservado para o passe.

- Quando se aplica o passe nas crianças sentadas no colo da mão. Ou ainda em mães gestantes.

- Quando o Centro Espírita não dispõe de médiuns suficientes para o passe individual.

- Possui o inconveniente de que as técnicas não poderão variar para atender as diferentes necessidades dos pacientes.

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EXERCÍCIOS

1 – Quais as condições o médium pode aplicar o passe?

2 – Quando não é conveniente o médium aplicar o passe?

3 – Em relação ao paciente cite algumas condições nas quais podemos aplicar o passe e quando não podemos.

4 – Qual a importância do passe nos encarnados?

5 – Qual a utilidade do passe nos desencarnados?

6 – De que modo o passe costuma ser aplicado nas casas espíritas?

7 – Qual a diferença entre passe individual e coletivo?

8 – Em que situações podemos aplicar o passe coletivo?

PARA REFLETIR

* É necessário tomar passe todas as vezes em que vamos assistir as reuniões doutrinárias?

* O médium quando termina de aplicar passes precisa tomar passe com outro médium?

* Após uma comunicação mediúnica, o médium sempre precisa tomar passe?

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Os Fluidos e suas Diferenciações

Considerações

Um dos grandes mistérios que a Ciência humana procura esclarecer é o da existência de uma matéria básica universal, capaz de servir como ponto de partida para a origem dos elementos físicos conhecidos. Embora pesquisadores em todo o mundo tenham se empenhado no estudo da estrutura íntima dos átomos, ainda não se conseguiu encontrar esse elemento básico primitivo.

Acredita-se que o Universo, em seu lado material, tenha uma idade calculada aproximadamente entre 9 e 16 bilhões de anos. Estudos modernos afirmam que no princípio todos os elementos materiais estavam reunidos num só "ponto'', sob uma pressão incalculável. Num dado momento, esse ponto teria explodido, dispersando matéria pelo espaço, dando origem às nebulosas, aos sistemas estelares, aos planetas e aos astros.

O Universo, de acordo com a física moderna, continua a se expandir e não se sabe até quando continuará neste processo. A Ciência entende que, encontrando o elemento material primitivo, estaria frente à solução de muitos mistérios sobre a origem das coisas.

No século XIX, quando começaram as manifestações dos Espíritos, eles revelaram uma teoria onde explicavam de forma racional a origem das coisas materiais e espirituais. Diziam que havia por toda a Criação um elemento primitivo etéreo, denominado "fluido universal", e que todos os elementos materiais conhecidos seriam formas modificadas deste fluido.

Alguns cientistas no passado pesquisaram a matéria básica, também denominada "éter", mas não conseguiram convencer os meios científicos de sua existência. A Ciência não podia compreender a presença, no espaço, de uma matéria tão sutil que não fosse detectada pelos instrumentos existentes.

O Espiritismo, através dos fenômenos de efeitos físicos, demonstrou a existência do fluido universal, base de todos os elementos materiais.

O que são fluidos?

Os fluidos são o veículo do pensamento dos Espíritos, tanto encarnados quanto desencarnados. Todos estamos mergulhados no Fluido Cósmico Universal, substância básica da Criação, que varia da imponderabilidade até a ponderabilidade. Os fluidos espirituais estão impregnados dos pensamentos dos Espíritos, portanto varia de qualidade ao infinito. A atmosfera fluídica é formada pela qualidade dos pensamentos nela predominantes.

“Definimos o fluido, dessa ou daquela procedência, como sendo um corpo cujas moléculas cedem invariavelmente à mínima pressão, movendo-se entre si, quando retidas por um agente de contenção, ou separando-se, quando entregues a si mesmas.”

Conhecendo os Fluidos Capítulo 5

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(André Luiz – Evolução em Dois Mundos)

“A matéria, tornada invisível, imponderável, se encontra sob formas cada vez mais sutis, que denominamos “FLUIDOS”. À medida que se rarefaz, adquire novas propriedades e uma capacidade de irradiação sempre crescente; torna-se uma das formas de energia.” (Léon Denis – No Invisível)

“No plano espiritual o homem desencarnado vai lidar, mais diretamente, com um fluido vivo e multiforme, absorvido pela mente humana, em processo vitalista semelhante à respiração, pelo qual a criatura assimila a força emanente do Criador, esparsa em todo o Cosmo, transubstanciando-a, sob a própria responsabilidade, para influenciar na Criação, a partir de si mesma. Esse fluido é seu próprio pensamento contínuo, gerando potenciais energéticos.” (Espírito André Luiz – Evolução em dois mundos)

Origem dos Fluidos

“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.”

(LE – 1ª Parte, Cap.1 Q1)

Princípio Espiritual (Princípio Inteligente Universal) - “O Princípio Inteligente Universal é o elemento primitivo espiritual, cuja a natureza desconhecemos. É suscetível de elaboração e desenvolvimento evolutivo, para a formação de individualidades inteligentes, em união com a matéria”.

Princípio Inteligente - O Princípio Inteligente provém do Princípio Espiritual e sua individualização resulta na formação do espírito, que em contínuo processo evolutivo, virá a ser o Espírito Imortal.

Trindade Universal Fig. 1

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Princípio Material ou Fluido Universal (Primitivo, Elementar) - “Matéria elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da Natureza”.

Fluido Cósmico - O Fluido Cósmico é a primeira e maior decorrência do Fluido Universal, o qual, além de gerar todos os universos, macros e micros contém os demais campos que dão origem às matérias mais densas (Jacob Melo).

“O Fluido Cósmico Universal é a substância primitiva (matéria elementar) onde residem todas as forças e a partir do qual são feitas todas as coisas, pois é suscetível de inúmeras combinações.” (GE, VI- 7, 10 e 17).

“Há um fluido etéreo que preenche o espaço e que penetra os corpos; esse fluido é o éter ou matéria primitiva, geradora do mundo e dos seres.” (GE VI – 10)

O fluido cósmico universal é a matéria básica fundamental de todo o Universo material e espiritual, a matéria elementar primitiva. É altamente influenciável pelo pensamento (que é uma forma de energia), podendo se modificar, assumir formas e propriedades particulares.

A ação do Pensamento Divino sobre o fluido universal deu origem às nebulosas, aos sistemas estelares, aos planetas e astros. É nessa matéria fluídica que o Criador executa o plano existencial. O fluido universal preenche todo o espaço existente entre os mundos. Por meio dele viajam as ondas do pensamento, do mesmo modo que as ondas sonoras se projetam na camada atmosférica. Em torno dos planetas, o fluido universal apresenta-se modificado.

A presença da vida no orbe impõe-lhe características especiais, pois que é alterado pela atividade mental dos habitantes. Assim, nos mundos mais primitivos, o fluido universal que os circunda apresenta-se escuro e pesado. Nos mundos mais civilizados, a atmosfera espiritual é mais leve e luminosa.

Para melhor compreensão, pode-se dizer que esse princípio elementar tem dois estados distintos: o da imponderabilidade ou de eterização ,estado normal primitivo ( Fig 2), e o de ponderabilidade ou de materialização. Ao primeiro estado pertencem os fenômenos do mundo invisível e ao segundo os do mundo visível. Logicamente entre os dois pontos existem inúmeras formas intermediárias de transformação do fluido em matéria tangível.

No estudo deste importante assunto poderemos entender a origem de muitas afecções do ser humano e os fundamentos da fluidoterapia, largamente empregada nos centros espíritas, na profilaxia e tratamento das enfermidades físicas e espirituais.

"No estado de eterização, o fluido universal não é uniforme; sem cessar de ser etéreo, passa por modificações tão variadas em seu gênero, e mais numerosas talvez, do que no estado de matéria tangível. Tais modificações constituem fluidos distintos que, se bem sejam procedentes do mesmo princípio, são dotados de propriedades especiais, e dão lugar aos fenômenos particulares do mundo invisível. Uma vez que tudo é relativo, esses fluidos têm para os Espíritos, que em si mesmo são fluídicos, uma aparência material tanto quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados, e são para eles o que para nós são as substâncias do mundo terrestre; eles as elaboram, as combinam para produzir efeitos determinados como o fazem os homens com seus materiais, embora usando processos diferentes" - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 3).

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Origem e Diferenciação dos Fluidos

Fluido Vital (Magnético, Ectoplasma, Animal)

“É uma das diferenciações do Fluido Cósmico Universal. É responsável, quando combinado com o Fluido Cósmico ou com outras de suas derivações, através do agente chamado PRINCÍPIO VITAL segundo padrões muito especiais, pela vida.” (Fig. 3)

Ele é o responsável pela força motriz que movimenta os corpos vivos. Sem ele, a matéria é inerte. Podemos dizer que ele é responsável pela animalização da matéria, pois, segundo os Espíritos, a vida é resultado da ação de um agente sobre a matéria. Esse agente é o fluido vital. É ele que dá vida a todos os seres que o absorvem e assimilam. A matéria sem ele não tem vida assim como ele sem a matéria não é vida. Quando os seres orgânicos perdem a vitalidade, por ocasião da morte, a matéria se decompõe formando novos corpos e o fluido vital volta à massa, ao todo universal, para novas combinações e utilizações no Universo. Cada ser tem uma quantidade de fluido vital, de acordo com suas necessidades. As variações dependem de uma série de fatores. Allan Kardec nos instrui sobre o assunto em O Livro dos Espíritos, pergunta 70:

"A quantidade de fluido vital não é a mesma em todos os seres orgânicos: varia segundo as espécies e não é constante no mesmo indivíduo, nem nos vários indivíduos de uma mesma espécie. Há os que estão, por assim dizer, saturados de fluido vital, enquanto outros o possuem apenas em quantidade suficiente. É por isso que uns são mais ativos, mais enérgicos, e de certa maneira, de vida superabundante.

A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se incapaz de entreter a vida, se não for renovada pela absorção e assimilação de substâncias que o contêm. O fluido vital se

Fig. 2

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transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tem em maior quantidade pode dá-lo ao que tem menos e em certos casos fazer voltar uma vida prestes a extinguir-se".

Ativação dos Princípios Vitais e o Fluido vital

Princípio Vital – “É o “toque mágico” propiciador da vida, o “interruptor” vital que faz a interligação de um “campo” específico chamado “fluido vital” com elemento(s)

proveniente(s) de outro “campo” (Princípio Espiritual).”

(Jacob Melo)

“Quando o organismo vive, o Fluido Vital está ativado pelo Princípio Vital que dá àquele e a todas as suas partes “uma atividade” que as põe em comunicação entre si, nos casos de certas lesões, e normaliza as funções momentaneamente perturbadas. Mas, quando os elementos essenciais ao funcionamento dos órgãos estão destruídos, ou muito profundamente alterados, o fluido vital se torna impotente para lhes transmitir o movimento da vida, e o ser morre”.

Qual a diferença entre princípio vital e fluido vital?

R: De forma mais superficial, nenhuma. De forma mais específica, podemos dizer que o principio vital é o agente do fluido vital. Numa analogia, podemos dizer que o principio vital está para a carga elétrica de um elétron assim como o fluido vital está para a eletricidade. Ou seja, no principio vital existe a energia em potencial e no fluido vital esta energia está em ação (movimento).

Fig. 3

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Propriedades Físicas

1- Os fluidos possuem qualidade nula. 2- O fluido magnético, que se nos escapa continuamente, forma em torno do

nosso corpo uma atmosfera. 3- A quantidade de fluido vital não é absoluta em todos os seres orgânicos. 4- A quantidade de fluido vital se esgota. 5- O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. 6- O fluido penetra todos os corpos animados e inanimados. 7- Possui um odor e coloração, que varia segundo o estado de saúde física do

indivíduo, dos seus dotes morais e espirituais, e do seu grau de evolução e pureza.

8- É visto pelos sonâmbulos como um vapor luminoso, mais ou menos brilhante. 9- Se propagam a grandes distâncias, o que depende, entretanto, da qualidade

e da força do magnetizador, e igualmente da maior ou menor sensibilidade magnética do paciente.

10- O fluido está também sujeito às leis de atração, repulsão e afinidade. 11- Varia de indivíduo para indivíduo. 12- Os efeitos da ação fluídica variam sobre os doentes.

Atmosfera Fluídica

"Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável" - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).

Vimos que o pensamento exerce uma poderosa influência nos fluidos espirituais, modificando suas características básicas. Os pensamentos bons impõem-lhes luminosidade e vibrações elevadas que causam conforto e sensação de bem estar às pessoas sob sua influência. Os pensamentos maus provocam alterações vibratórias contrárias às citadas acima. Os fluidos ficam escuros e sua ação provoca mal estar físico e psíquico.

Pode-se concluir assim, que em torno de uma pessoa, de uma família, de uma cidade, de uma nação ou planeta, existe uma atmosfera espiritual fluídica, que varia vibratoriamente, segundo a natureza moral dos Espíritos envolvidos. À atmosfera fluídica associam-se seres desencarnados com tendências morais e vibratórias semelhantes. Por esta razão, os Espíritos superiores recomendam que nossa conduta, nas relações com a vida, seja a mais elevada possível. Uma criatura que vive entregue ao pessimismo e aos maus pensamentos, tem em volta de si uma atmosfera espiritual escura, da qual aproximam-se Espíritos doentios. A angústia, a tristeza e a desesperança aparecem, formando um quadro físico-psíquico deprimente, que pode ser modificado sob a orientação dos ensinos morais de Jesus.

"A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem consequências de importância direta e capital para os encarnados. Desde o instante em que tais fluidos são o veículo do pensamento, que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é evidente que eles devem estar impregnados das qualidades boas ou más, dos pensamentos que os colocam em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos" - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).

À medida que cresce através do conhecimento, o homem percebe que suas mazelas, tanto físicas quanto espirituais, são diretamente proporcionais ao seu grau evolutivo e que ele pode mudar esse estado de coisas, modificando-se moralmente. Aliando-se a boas companhias espirituais através de seus bons pensamentos, poderá estabelecer uma melhor atmosfera fluídica em torno de si e, consequentemente, do ambiente em que vive.

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Resumindo, todos somos responsáveis pelo estado de dificuldades morais em que vive o planeta atualmente.

"Melhorando-se, a humanidade verá depurar-se a atmosfera fluídica em cujo meio vive, porque não lhe enviará senão bons fluidos, e estes oporão uma barreira à invasão dos maus. Se um dia a Terra chegar a ser povoada senão por homens que, entre si, praticam as leis divinas do amor e da caridade, ninguém duvida que se encontrem condições de higiene física e moral completamente outras que as hoje existentes" - (Allan Kardec - Revista Espírita, Maio, 1867).

EXERCÍCIOS

1- Defina fluidos. 2- Qual a origem dos fluidos? 3- Como você explica a existência de diversos fluidos? 4- O que é Trindade Universal? 5- Diferencie o princípio espiritual do princípio material. O que cada um deles origina? 6- Explique o que é fluido cósmico e fluido vital. 7- Qual a importância do princípio vital? 8- Cite as propriedades dos fluidos.

Certo ou Errado?

A quantidade de fluido vital não é absoluta, a mesma em todos os seres orgânicos. Varia segundo as espécies e não é constante, quer em cada indivíduo, quer nos indivíduos de uma espécie. ( )

A vitalidade se acha em estado latente, quando o agente vital não está unido ao corpo. ( )

Em determinadas situações a vida pode existir mesmo sem a presença do princípio vital, desde que o fluido vital exista em abundância. ( )

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Conhecimentos Básicos aplicados ao estudo do Passe

O corpo humano é uma das mais belas criações de Deus, sem o qual não poderíamos habitar neste plano. Conhecer um pouco do seu funcionamento, observando o modo como todos os sistemas trabalham de forma harmônica, é com certeza uma tarefa interessante e necessária para todos aqueles que desejem trabalhar com o passe.

O corpo físico sendo o reflexo do períspirito, irá manifestar todas as alterações existentes, oriundas do campo emocional ou mental. Por isso, ao lidar com pacientes que relatam problemas físicos como dores, doenças ou enfermidades é necessário entender como essas alterações ocorrem para que possam ser tratadas por qualquer terapia. Este entendimento sempre começa pelos aspectos anatômicos e fisiológicos do corpo humano.

Com o estudo do passe não poderia ser diferente. Obviamente, iremos abordar dentro desse assunto apenas o necessário para o bom desenvolvimento do nosso trabalho.

Noções de Anatomia Humana

Fig. 4

Capítulo 6

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A cabeça compreende o crâneo e a face. No crânio está localizado o encéfalo (cérebro, cerebelo e bulbo), sendo a face a sede de alguns órgãos dos sentidos como os olhos, nariz, língua, e ouvido.

O tronco compreende o tórax e abdome. O diafragma, que é um músculo, é o responsável pela divisão interna entre o tórax e o abdome. No tórax, estão os pulmões que recebem o ar através da traquéia, o coração com seus vasos sanguíneos importantes e o esôfago que leva os alimentos ao estômago. No abdome estão o estômago, o fígado, o baço, o pâncreas, os intestinos, os rins e a bexiga. Na mulher encontramos ainda ovários, útero e trompas e no homem encontramos a próstata, localizados na porção inferior do abdome que é chamada de pelve.

Os membros são em número de quatro: dois superiores e dois inferiores. Fazem parte do membro superior ombro, braço, antebraço e mão. O quadril, a coxa, perna e pé compões o membro inferior.

Níveis de Organização

Existem vários níveis hierárquicos de organização entre os seres vivos, começando pelos átomos e terminando na biosfera. Cada um desses níveis é motivo de estudo para os biólogos. (Fig. 5)

1 - Átomos e moléculas - Os átomos formam toda a matéria existente. Eles se unem por meio de ligações químicas para formar as moléculas, desde as mais simples como a água (H2O), até moléculas complexas, como proteínas, que possuem de centenas a milhares de átomos. A matéria viva é formada principalmente pela união dos átomos (C) Carbono, (H) Hidrogênio, (O) Oxigênio e (N) Nitrogênio.

2 - Organelas e Células - As organelas são estruturas presentes no interior das células, que desempenham funções específicas. São formadas a partir da união de várias moléculas. A célula é a unidade básica da vida, sendo imprescindível para a existência dela. Existem vários tipos de células, cada uma com sua função específica.

3 - Tecidos - Os tecidos são formados pela união de células especializadas. Os tecidos estão presentes apenas em alguns organismos multicelulares como as plantas e animais. Um exemplo de tecido é o muscular, que tem a função de produzir os movimentos de um organismo; o tecido ósseo, formado pelas células ósseas, tem a função de sustentar o organismo.

4 - Órgãos - Os tecidos se organizam e se unem, formando os órgãos. Eles são formados de vários tipos de tecidos. Por exemplo, o coração é formado por tecido muscular, sanguíneo e tecido nervoso. Os ossos são formados por tecido ósseo, sanguíneo e nervoso.

5 - Sistemas - Os sistemas são formados pela união de vários órgãos, que se trabalham em conjunto para exercer uma determinada função corporal; por exemplo, o sistema digestório, que é formado por vários órgãos, como boca, estômago, intestinos, glândulas, etc.

6 - Organismo - A união de todos os sistemas forma o organismo, que pode ser uma pessoa, uma planta, um peixe, um cachorro, um pássaro, um verme, etc.

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Níveis de organização

Sistemas do Corpo Humano

O corpo humano pode ser subdividido em:

1 - Sistema circulatório: circulação do sangue como coração e vasos sanguíneos.

2 - Sistema digestório: processamento do alimento com a boca, estômago e intestinos.

3 - Sistema endócrino: comunicação interna do corpo através de hormônios.

4 - Sistema imunológico: defesa do corpo contra os agentes patogênicos.

5 - Sistema tegumentar: pele, cabelo e unhas.

6 - Sistema muscular: proporciona a força necessária ao movimento do corpo.

7 - Sistema nervoso: coleta, transfere e processa informação com o cérebro e nervos.

Fig. 5

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8 - Sistema reprodutor: os órgãos sexuais.

9 - Sistema respiratório: os órgãos usados para inspiração e o pulmão.

10 - Sistema esquelético: suporte estrutural e proteção através dos ossos. Junto com músculos e articulações proporciona mobilidade ao corpo

11 - Sistema urinário: os rins e estruturas envolvidas na produção e excreção da urina.

1 - Sistema Circulatório (cardiovascular)

É um conjunto de órgãos responsáveis por levar oxigênio e nutrientes para o corpo. O coração, os vasos sanguíneos e o sangue formam o sistema cardiovascular ou circulatório. A circulação do sangue permite o transporte e a distribuição de nutrientes, oxigênio e hormônios para as células de vários órgãos. O sangue também transporta resíduos do metabolismo para que possam ser eliminados do corpo.

Principais componentes:

1.1 - Coração: é o “motor” do sistema circulatório. Sua função é bombear o sangue, de forma que chegue a todo o corpo. Com isso, o sangue que contém oxigênio pode alimentar a células do corpo. Uma circulação completa inclui duas passagens pelo coração: uma em direção ao corpo e a outra em direção ao pulmão.

1.2 - Vasos Sanguíneos: são as veias, artérias e capilares. Sendo que as artérias são mais largas e flexíveis, as veias mais finas, mas igualmente resistentes. Os capilares são os menores vasos sanguíneos e servem de canal de transição das artérias para as veias.

1.3 - Sangue: material líquido que transporta os nutrientes e oxigenação para as células e tecidos do corpo. É bombeado pelo coração e é amplamente rico em nutrientes.

2 - Sistema Digestório

Os seres humanos, para manterem as atividades do organismo em bom funcionamento, precisam captar os nutrientes necessários para construir novos tecidos e fazer manutenção dos tecidos danificados, necessitam de extrair energias vindas da ingestão de alimentos. A transformação dos alimentos em compostos mais simples, utilizáveis e absorvíveis pelo organismo é denominado Digestão.

O Sistema Digestório nos seres humanos é constituído de: Boca, Faringe, Esôfago, Estômago, Intestino delgado, Intestino grosso, Ânus. (Fig. 6)

Anexos ao sistema existem os órgãos: glândulas salivares, pâncreas, fígado, vesícula biliar, dentes e língua.

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Fig. 6 - Sistema digestório

2.1 - Boca - É a porta de entrada dos alimentos e a primeira parte do processo digestivo. Ao ingerir alimentos, estes chegam à boca, onde serão mastigados pelos dentes e movimentados pela língua. Acontece a digestão química dos carboidratos, onde o amido é decomposto em moléculas de glicose e maltose.

2.2 - Glândulas Salivares - A saliva é composta por um líquido viscoso contendo 99% de água e mucina, que dá a saliva sua viscosidade. É constituída também pela ptialina ou amilase, que é uma enzima que inicia o processo da digestão do glicogênio.

2.3 - Faringe - É um tubo que conduz os alimentos até o esôfago.

2.4 - Esôfago - Continua o trabalho da Faringe, transportando os alimentos até o estômago, devido aos seus movimentos peristálticos (contrações involuntárias).

2.5 - Estômago - No estômago, órgão mais musculoso do canal alimentar, continua as contrações, misturando aos alimentos uma solução denominada suco gástrico, realizando a digestão dos alimentos protéicos. O suco gástrico é um líquido claro, transparente e bastante ácido produzido pelo estômago.

2.6 - Intestino Delgado – O intestino delgado é um órgão dividido em três partes: duodeno, jejuno e íleo. A primeira parte do intestino delgado é formada pelo duodeno que é a seção responsável por receber o bolo alimentar altamente ácido vindo do estômago, denominado quimo. Para auxiliar o duodeno no processo digestivo, o pâncreas e o fígado fornecem secreções antiácidas.

2.7 - O pâncreas produz e fornece ao intestino delgado, suco pancreático, constituído de íons bicarbonato, neutralizando assim, a acidez do quimo. O Fígado fornece a bile, que é secretada continuamente e armazenada em vesícula biliar.

Ao final deste processo no intestino, o bolo alimentar se transforma em um material escuro e pastoso denominado quilo, contendo os produtos finais da digestão de proteínas, carboidratos e lipídios.

As últimas partes do intestino delgado, jejuno e íleo, são formados por um canal longo onde são absorvidos os nutrientes. Apresentam em sua superfície interna, vilosidades que são vários dobramentos.

2.8 - Intestino Grosso - O intestino grosso é um órgão divido em três partes: ceco, cólon e reto, onde ocorre a reabsorção de água, absorção de eletrólitos (sódio e potássio), decomposição e fermentação dos restos alimentares, e formação e acúmulo das fezes.

2.9 - Ânus - A última e menor parte do intestino grosso é o reto, responsável por acumular as fezes, até que o ânus as libere, finalizando o processo da digestão. Durante

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todo esse processo, o muco é secretado pela mucosa do intestino para facilitar o percurso das fezes até sua eliminação.

3 - Sistema Endócrino

É conjunto de órgãos (glândulas) que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente sanguínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando no controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominados órgãos-alvo.

Glândulas

Alguns dos principais órgãos produtores de hormônios no homem são a hipófise, o hipotálamo, a tireóide, as paratireóides, as supra-renais, o pâncreas e as gônadas.

Glândulas endócrinas

3.1 -- Hipófise ou pituitária - A hipófise pode ser considerada a “glândula-mestre” do nosso corpo. Ela produz vários hormônios e muitos deles estimulam o funcionamento de outras glândulas, como a tireóide, as supra-renais e as glândulas-sexuais (ovários e testículos).

3.2 - Tireóide - Localiza-se no pescoço (fig. 8), estando apoiada sobre as cartilagens da laringe e da traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), aumentam a velocidade dos processos de oxidação e de liberação de energia nas células do corpo, elevando a taxa metabólica e a geração de calor. Estimulam ainda a produção de RNA e a síntese de proteínas, estando relacionados ao crescimento, maturação e desenvolvimento. A calcitonina, outro hormônio secretado pela tireóide, participa do controle da concentração sanguínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma sanguíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos.

Fig. 7

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Fig. 8 - Tireóide

3.3 - Paratireóides - São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro, localizadas na região posterior da tireóide. Elas produzem o paratormônio, hormônio que regula a quantidade de cálcio e fósforo no sangue.

3.4 - Adrenais ou supra-renais - São duas glândulas que se situam acima dos rins, produzem adrenalina, também conhecida como hormônio das “situações de emergência”. A adrenalina prepara o corpo para a ação, ou seja, em termos biológicos, para atacar ou fugir.

Os principais efeitos da adrenalina no organismo são:

a - Taquicardia (o coração dispara e impulsiona mais sangue para os braços e pernas, dando-nos capacidade de correr mais ou de nos exaltar mais em uma situação tensa, como uma briga);

b - Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue (isso permite que as células produzam mais energia);

c - Contração dos vasos sanguíneos da pele (o organismo envia mais sangue para os músculos esqueléticos) – por essa razão, ficamos pálidos de susto e também “gelados de medo”!

3.5 - Pâncreas - O pâncreas produz dois hormônios importantes na regulação da taxa de glicose (açúcar) no sangue: a insulina e o glucagon. A insulina facilita a entrada da glicose nas células (onde ela será utilizada para a produção de energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. Ela retira o excesso de glicose do sangue, mandando-o para dentro das células ou do fígado. Isso ocorre, logo após as refeições, quando a taxa de açúcar sobe no sangue. A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia).

Já o glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que dá a sensação de fraqueza, tontura, podendo até desmaiar. Quando ocorre a hipoglicemia o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando-o a “quebrar” o glicogênio em moléculas de glicose. A glicose é, então enviada para o sangue, normalizando a taxa de açúcar. Além de hormônios, o pâncreas produz também o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha um papel muito importante no processo digestivo.

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3.6 - Glândulas sexuais - As glândulas sexuais são os ovários (femininos) e os testículos (masculinos). Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos pela hipófise. Enquanto os ovários produzem estrogênio e progesterona, os testículos produzem testosterona.

4 -Sistema Imunológico

É uma rede de células, tecidos e órgãos que atuam na defesa do organismo contra o ataque de invasores externos. Estes invasores podem ser microrganismos (bactérias, fungos, protozoários ou vírus) ou agentes nocivos, como substâncias tóxicas (ex. veneno de animais peçonhentos).

Os principais componentes do sistema imunitário são a medula óssea, baço, timo, e nódulos linfáticos. (Fig. 9)

Os gânglios linfáticos também contêm linfa, o líquido claro que leva essas células para as diferentes partes do corpo. Quando o corpo está a lutar contra a infecção, os gânglios linfáticos podem alargar e sentir dor. O baço, que também faz parte dos sistema imunitário, sendo o maior órgão linfático do corpo, contém células brancas do sangue que combatem a infecção ou doença. O baço também ajuda a controlar a quantidade de sangue no corpo e dispõe de células sanguíneas velhas ou danificadas.

Outro componente do sistema imunitário é a medula, o tecido amarelo no centro dos ossos que produz células brancas do sangue, incluindo linfócitos. Estes pequenos glóbulos brancos desempenham um grande papel na defesa do organismo contra a doença. Os dois tipos de linfócitos são as células B, que produzem anticorpos que atacam as bactérias e toxinas, e as células-T, que ajudam a destruir as células infectadas ou cancerosas.

Fig. 9 - componentes do sistema imunitário

As células T assassinas são um subgrupo das células T, que matam as células que estão infectadas com vírus e outros patógenos, ou danificadas. As células T auxiliares ajudam a determinar quais as respostas imunológicas do corpo para um determinado patógeno. Outro órgão envolvido no sistema imunitário é o Timo, onde as células T amadurecem. Distúrbios no sistema imunitário podem resultar em doenças auto-imunes, ou doenças inflamatórias.

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5 -Sistema Tegumentar

O tegumento humano, mais conhecido como pele, é o maior órgão do corpo humano. A pele faz parte do sistema tegumentário, que compreende a pele, o cabelo e as unhas, que são apêndices da pele.

O sistema tegumentar é à prova de água e protege o corpo de infecções sendo também a defesa inicial do organismo contra bactérias, vírus e outros micróbios. Também excreta resíduos, regula a temperatura e evita a desidratação ao controlar o nível de transpiração. Ele também possui receptores sensoriais que detectam a sensação de dor e pressão.

É formado por três camadas distintas, firmemente unidas entre si: a epiderme, a derme e a hipoderme ou tecido subcutâneo.

5. 1 - Epiderme - é a camada superior da pele e não contém vasos sanguíneos.

5.2 - Derme - é a camada média da pele. Formada por duas camadas que fornecem elasticidade, permitindo o alongamento enquanto também combatem as rugas e a flacidez. A camada dérmica fornece um local para as terminações de vasos sanguíneos e nervos. As estruturas de cabelo em seres humanos estão nesta camada.

5.3 - Hipoderme - também chamada de tecido subcutâneo - é a camada mais profunda da pele. Isso ajuda a isolar o corpo e amortecer os órgãos internos. A hipoderme é composta por um tecido conjuntivo chamado tecido adiposo que armazena o excesso de energia na forma de gordura. Vasos sanguíneos, vasos linfáticos, nervos e folículos pilosos também correm nesta camada da pele.

6 - Sistema Muscular

Formado por 650 músculos este sistema não só apoiam o movimento - controlam o andar, falar, sentar, levantar, comer e outras funções diárias que realizamos conscientemente -, mas também ajudam a manter a postura e a circular o sangue e outras substâncias por todo o corpo, entre outras funções.

O sistema nervoso controla as ações dos músculos, embora alguns músculos, incluindo o músculo cardíaco, podem funcionar de forma autónoma. Os músculos são mais da metade do peso do corpo humano, e as pessoas que fazem musculação pesada, muitas vezes ganham peso porque o músculo é cerca de três vezes mais denso que a gordura.

O sistema muscular pode ser dividido em três tipos de músculos: esquelético, liso e cardíaco.

6.1 - Músculos esqueléticos –único tecido muscular voluntário no corpo humano e que controlam cada ação que uma pessoa conscientemente executa.

6.2 - Músculo visceral ou liso - é encontrado dentro de órgãos como o estômago, intestinos e vasos sanguíneos. Ele é chamado de músculo liso, porque ao contrário do músculo esquelético, não tem a aparência unida. Sendo o mais fraco de todos os tecidos musculares, os músculos viscerais enviam sinais para contrair de forma a mover substâncias através do órgão. É conhecido como músculo involuntário, uma vez que não pode ser controlado de forma consciente.

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6.3 - Músculo cardíaco - Encontrado apenas no coração, é responsável pelo bombeamento de sangue para todo o corpo. Assim como os músculos viscerais, o tecido muscular cardíaco é controlado involuntariamente.

7 - Sistema Nervoso

O sistema nervoso é responsável pela maioria das funções de controle em um organismo, coordenando e regulando as atividades corporais. O neurônio é a unidade funcional deste sistema. Os neurônios comunicam-se através de sinapses; por eles propagam-se os impulsos nervosos.

O sistema nervoso é divido em Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico.

7. 1 -Sistema Nervoso Central

Principais componentes do Sistema Nervoso Central: Medula espinhal, Cérebro, Encéfalo,

O cérebro está relacionado com a maioria das funções do organismo como a recepção de informações visuais nos vertebrados, movimentos do corpo que requerem coordenação de grande número de partes do corpo.

7.2 -Sistema Nervoso Periférico

Pode ser divido em voluntário e autônomo

7.2. a - Sistema Nervoso Voluntário

Está relacionado com os movimentos voluntários. Os neurônios levam a informação do SNC aos músculos esqueléticos, inervando-os diretamente. Pode haver movimentos involuntários.

7.2. b - Sistema Nervoso Autônomo

Está relacionado com os movimentos involuntários dos músculos como não-estriado e estriado cardíaco, sistema endócrino e respiratório.

É divido em simpático e parassimpático. Eles têm função antagônica sobre o outro. São controlados pelo SNC, principalmente pelo hipotálamo e atuam por meio da adrenalina e da acetilcolina.

8 - Sistema Reprodutor

8.1 - Sistema Reprodutor Feminino - O sistema reprodutor feminino é formado pelas gônadas (ovários) que produzem os óvulos, as tubas uterinas, que transportam os óvulos do ovário até o útero e os protege, o útero, onde o embrião irá se desenvolver caso haja fecundação, a vagina e a vulva. (Fig. 10)

8.1.a – Ovários - Nos ovários ocorre a produção de hormônios, como, por exemplo, os hormônios sexuais femininos (estrógenos e progesterona) e ovócitos secundários (células que se tornam óvulos, ou ovos, caso haja fertilização).

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8.1.b - Trompas de Falópio - Através da trompas de falópio, também conhecidas como tubas uterinas, o óvulo é coletado da cavidade abdominal, após ser expelido do ovário (ovulação), e, uma vez coletado, é conduzido em direção ao útero. Normalmente a fertilização ocorre ainda em seu interior.

8.1.c – Útero - É no útero que se fixará o óvulo fertilizado, ocorrendo, então, o desenvolvimento da gestação até seu final, quando ocorre o trabalho de parto.

8.1.d – Vagina - É através da vagina que os espermatozóides são introduzidos no sistema reprodutor feminino, além disso, é neste órgão que se localiza o canal de nascimento.

Fig. 10 – ap. reprodutor feminino

8.2 - Sistema Reprodutor Masculino - Os órgãos do sistema reprodutor masculino produzem os gametas por meio da gametogênese e são anatomicamente moldados para inserir estes gametas no sistema reprodutor feminino para que haja fecundação e continuidade da espécie. (Fig. 11)

8.2.a – Testículos - Nos testículos ocorre a produção de espermatozóides e também a produção de testosterona (hormônio sexual masculino).

8.2.b – Epidídimo - É no ducto epidídimo que ocorre a maturação dos espermatozóides, além disso, este ducto também armazena os espermatozóides e os conduzem ao ducto deferente através de movimentos peristálticos (contração muscular).

8.2.c - Ductos deferentes - Os ductos deferentes têm a função armazenar os espermatozóides e de transporta-los em direção à uretra, além disso, ela ainda é responsável por reabsorver aqueles espermatozóides que não foram expelidos.

8.2.d - Vesícula Seminal - As vesículas seminais são glândulas responsáveis por secretar um fluído que tem a função de neutralizar a acidez da uretra masculina e da vagina, para que, desta forma, os espermatozóides não sejam neutralizados.

8.2.e – Próstata - A próstata é uma glândula masculina de tamanho similar a uma bola de golfe. É através da próstata que é secretado um líquido leitoso que possui aproximadamente 25% de sêmen.

8.2.f – Pênis - É através do pênis (uretra) que o sêmen é expelido. Além de servir de canal para ejaculação, é através deste órgão que a urina também é expelida.

2.8.g – Uretra - Canal condutor que, no aspecto da reprodução, possui a função de conduzir e espelir o esperma durante o processo de ejaculação.

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Fig. 11 – ap. reprodutor masculino

9 - Sistema Respiratório

O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões. (Fig. 12)

9.1 - Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe.

9.2 - Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.

9.3 - Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe.

9.4 - Traquéia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões.

9.5 - Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos.

9.6 - Diafragma: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, um fino músculo que separa o tórax do abdômen (presente apenas em mamíferos) promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios.

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Fig. 12 Sistema respiratório

10 - Sistema Esquelético (de sustentação)

Além de dar sustentação ao corpo, o esqueleto protege os órgãos internos e fornece pontos de apoio para a fixação dos músculos. Ele constitui-se de peças ósseas (ao todo 208 ossos no indivíduo adulto) e cartilaginosas articuladas, que formam um sistema de alavancas movimentadas pelos músculos. (Fig.13)

Fig. 13 – sistema esquelético humano

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11 - Sistema Urinário

O sistema urinário é formado por um conjunto de órgãos que filtram o sangue, produzem e excretam a urina - o principal líquido de excreção do organismo. É constituído por um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra. (Fig.14)

Fig. 14 - Sistema urinário masculino e feminino

11. 1 - Rins - situam-se na parte dorsal do abdome, logo abaixo do diafragma, um de cada lado da coluna vertebral, nessa posição estão protegidos pelas últimas costelas e também por uma camada de gordura. Têm a forma de um grão de feijão enorme e possuem uma cápsula fibrosa, que protege o córtex - mais externo, e a medula - mais interna.

O néfron é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma das extremidades, uma expansão em forma de taça,.

11.2 - Ureter - os néfrons desembocam em dutos coletores, que se unem para formar canais cada vez mais grossos. A fusão dos dutos origina um canal único, denominado ureter, que deixa o rim em direção à bexiga urinária.

11.3 - Bexiga - A bexiga urinária é uma bolsa de parede elástica, dotada de musculatura lisa, cuja função é acumular a urina produzida nos rins. Quando cheia, a bexiga pode conter mais de ¼ de litro (250 ml) de urina, que é eliminada periodicamente através da uretra.

11.4 - Uretra - A uretra é um tubo que parte da bexiga e termina, na mulher, na região vulvar e, no homem, na extremidade do pênis. Sua comunicação com a bexiga mantém-se fechada por anéis musculares - chamados esfíncteres. Quando a musculatura desses anéis relaxa-se e a musculatura da parede da bexiga contrai-se, urinamos.

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Exercícios

1 – Qual a importância de estudar a anatomia humana durante o curso de passe?

2 – Como está dividido o corpo humano?

3 – Sobre os níveis de organização, assinale a sequência correta:

a) Átomos, tecidos, moléculas, órgãos, sistema, organismo

b) Átomos, moléculas, órgãos, sistema, organismo

c) Moléculas, células, tecidos, órgãos, sistema, organismo

d) Moléculas, tecidos, órgãos, sistema, organismo, espírito

e) Átomos, moléculas, sistema, órgãos, organismo, espírito

4 – Cite quais são os sistemas do corpo humano e quais os órgãos que fazem parte de cada um deles.

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Seus elementos e suas funções

O ser humano é composto de um corpo físico e um corpo energético (espiritual). De forma semelhante ao soma (corpo físico), o corpo espiritual é formado por estruturas e camadas que possuem funções específicas. O correto funcionamento destas estruturas, resultado da harmonia mental e emocional do espírito, determinará as condições da saúde orgânica.

1 . Perispírito

Definição: É o envoltório sutil do espírito que lhe serve de intermediário para atuar na matéria física ou no plano em que se encontre.

Quanto a sua natureza, na lição de André Luiz, transmitida por Francisco Cândido Xavier, o períspirito apresenta-se como uma “formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória, diante do sistema de permuta visceralmente renovado, distribuem-se mais ou menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta”. (Evolução em dois Mundos, cap II).

Tem-se, então, que o períspirito, designado pelos Espíritos como constituído de matéria sutil (semi matéria), assim se apresenta porque, necessariamente, vibra numa frequência mais elevada que a do corpo denso, apresentando, não obstante, células, tecidos e órgãos (a servirem, no processo de reencarnação, como matrizes dos correspondentes biológicos), em outra dimensão vibratória. Na verdade, cada tipo de célula do corpo físico é a imagem da respectiva célula do corpo espiritual”.

LE 135 – Há no homem alguma coisa além da alma e do corpo?

R: Há o laço que liga a alma ao corpo.

De que natureza é esse laço?

R: Semi-material, isto é, de natureza intermédia entre o Espírito e o corpo. É preciso que seja assim para que os dois se possam comunicar um com o outro. Por meio desse laço é que o Espírito atua sobre a matéria e reciprocamente.

Kardec ainda diz mais: “... corpo fluídico dos espíritos, é um dos mais importantes produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência ou alma”. ( A Gênese, cap. XIV , item 2)

“ “Não é imutável, depura-se e enobrece-se com a alma, segue-a através de suas inúmeras encarnações (...)”

(Léon Denis – Depois da Morte)

Anatomia Energética Capítulo 7

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“Retém todos os estados de consciência, de sensibilidade ou de vontade, reservatório de todos os conhecimentos. A alma tem memória integral quando se encontra no espaço.”

( Gabriel Delanne – Evolução Anímica)

Possui estrutura eletromagnética, formada de elétrons e fótons, iguais aos que integram o corpo físico, porém, “em outras características vibratórias”.

(André Luiz – Missionários da Luz)

“Esse organismo, constituído, embora, de elementos mais plásticos e sutis, ainda é edifício material de retenção a consciência.”

(Assistente Calderaro – No Mundo Maior)

Segundo Emmanuel no livro Roteiro, cap 6:

1- É ainda um corpo organizado, molde fundamental da existência para o homem.

2- Subsiste após a morte.

3- Formado por substâncias químicas, mas em outra faixa vibratória.

4- Modifica-se sob o comando do pensamento.

5- Submetido às leis de gravidade no plano em que está.

Origem do períspirito - “OS Espíritos retiram do meio os seus próprios perispíritos.

“O Espírito produz aí, o efeito reativo químico que atrai a si as moléculas que a sua natureza pode assimilar.” ( GE – cap. 14)

“ Resulta disso este fato capital: a constituição íntima do perispírito não é idêntica em todos os Espíritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra ou o espaço que a circunda.”

(Allan Kardec – GE)

1.1 - Propriedades do Perispírito

1) Plasticidade – É o espelho da alma, moldando-se de acordo com seu comando plasticizante, graças à porosidade que o caracteriza.

2) Densidade – Agente da alma, não deixa de ser matéria, ainda que de natureza quintessenciada. Como tal, apresenta uma certa densidade, que se relaciona com o grau e evolução da alma.

3) Ponderabilidade – Na dimensão espiritual, cada organização perispirítica tem o seu peso específico, que varia de acordo com a sua densidade.

4) Luminosidade – Como a densidade, desponta como uma característica muito pessoal do Espírito. Em mensagens coletadas por Kardec, lê-se; “Por sua natureza, possui o Espírito uma propriedade luminosa que se desenvolve sob o influxo da atividade e das qualidades da alma (...) A luz irradiada por um Espírito será tanto mais viva, quanto maior o seu adiantamento.” (O Céu e o Inferno, 2ª parte, cap IV)

5) Penetrabilidade – “Matéria nenhuma lhe opõe obstáculo” (Allan Kardec)

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6) Visibilidade – O períspirito é invisível aos olhos físicos. Não o é para os Espíritos. Pode ser percebido pelos médiuns videntes, no entanto torna-se necessário saber distingui-lo entre as projeções que formam a aura.

7) Corporeidade – É aglutinador de recursos da natureza terrestre, é o corpo sutil da alma, matriz que, de sua vez, molda o corpo físico. Assim, quando encarnado, o Espírito tem seu corpo físico e finalmente, quando desencarnado, o períspirito mostra um corpo de natureza quintessenciada, semimaterial que é o seu períspirito.

8) Tangibilidade – Com o suporte ectoplasmático que lhe dê expressão física, pode tornar-se materialmente tangível.

9) Sensibilidade Global – Quando encarnado, o Espírito recolhe impressões por meio de vias especializadas que compõem os órgãos dos sentidos. Desencarnado, o Espírito vê, ouve, sente com o seu corpo espiritual inteiro.

10) Sensibilidade Magnética – Apresenta-se, particularmente sensível á ação magnética. Graças a isso, o espírito torna-se suscetível às influências da energia ambiental que o envolve (psicosfera) e é essa propriedade que lhe permite absorver, assimilar e também transmitir a energia espiritual que capta ou recebe.

11) Expansibilidade – Pode conforme suas condições, ampliando o seu campo de sensibilidade e, pois, de percepção, viver, eventual e temporariamente, a realidade do mundo espiritual. Esta propriedade está na base de todos os processos mediúnicos.

12) Bicorporeidade – Termo criado por Kardec, se relaciona com o fenômeno de desdobramento, define-se particularmente, como notável faculdade do períspirito, que possibilita, em condições especiais, o seu desdobramento (fazer-se em dois).

13) Unicidade – A estrutura perispirítica, como reflexo da alma, é única como esta. Não há períspiritos iguais, como, a rigor, inexistem almas idênticas.

14) Perenidade – o corpo espiritual é indestrutível como a própria alma. (Gabriel Delanne).

15) Mutabilidade – O períspirito, no decorrer do processo evolutivo, se não é suscetível de modificar-se no que se refere á sua substância, o é com relação à sua estrutura e forma.

16) Capacidade Refletora – Reflete contínua e instantaneamente os estados mentais. O períspirito, nas palavras de André Luiz, é suscetível de refletir, “em virtude dos tecidos rarefeitos de que se constitui”, a “glória ou a viciação” da mente. Por isso, a atividade mental “nos marca o períspirito, identificando a nossa real posição evolutiva”. ( Libertação, cap IV)

17) Odor – Caracteriza-se também por odor particular, facilmente perceptível pelos espíritos.

18) Temperatura – No desenvolvimento mediúnico, há registros de percepções térmicas.

1.2 - Funções do Perispírito

1.2.a – Instrumental - A função primordial do perispírito é servir de instrumento à alma, em sua interação com os mundos espiritual e físico.

1.2.b – Individualizadora - Identificação e individualização da alma, assegurando-lhe a identidade exclusiva. Não se trata de uma identidade de características periféricas, refere-se à sua própria história, às suas particulares características evolutivas.

1.2.c – Organizadora - Aparece especialmente notável no processo de reencarnação, em que o ritmo morfogenético, obedecendo aos impulsos psicossômicos de crescimento,

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leva à formação de um novo corpo físico, que se estrutura rigorosamente de acordo com as características que marcam o corpo espiritual.

1.2.d – Sustentadora - Impregnando-se de energia vital (“neuropsíquica”) e transferindo-a paulatinamente, ao impulso da alma, para o veículo físico, sustenta-o desde a formação até o completo crescimento, conservando-o, depois, na vida adulta, durante o tempo necessário. A ação sustentadora (conservadora) surge bem patente no delicado e complexo processo da renovação celular. Todas as células físicas são substituídas a cada ciclo de 7 a 8 anos, sem que, entretanto, seja alterada qualquer parte do corpo, conservando a pessoa.

1.3 - Funções do Perispírito no Passe

Pela sua expansão põe-nos em relação mais direta com os Espíritos.

O períspirito assimila com facilidade os fluidos espirituais. A natureza do períspirito é idêntica a dos fluidos espirituais. (Allan Kardec – A Gênese)

É o intermediário da ação transmissão fluídica do passe. (Jacob Melo)

1.4 - Funções do Perispírito na Reencarnação

No momento da concepção, ocorre a ligação do laço fluídico com o gérmen.

O perispírito se liga molécula a molécula ao corpo físico. (Allan Kardec – A Gênese).

1.5 - Funções do Perispírito na Desencarnação

O períspirito se desprende molécula a molécula do corpo.

Mantém a individualidade o espírito após a morte.

1.6 - Funções do Perispírito na Memória

Retém todos os estados de consciência.

É o reservatório de todos os conhecimentos e idéias da alma. Nada se perde.

É o acervo imperecível do nosso passado pois nele reside a memória. (Gabriel Dellane – Evolução Anímica).

Elementos do Perispírito

1) Cordão de Prata - Substância semimaterial que liga e mantém o psicossoma ou perispírito ligado ao corpo físico ou soma.

2) Corpos Sutis (camadas) - Marlene Nobre nos informa que as informações confluem para o modelo composto de camadas, tipo “cebola” (Fig. 15). Neste seu modelo de cebola, ele engloba vários corpos, como o vital (também conhecido como duplo etérico), o astral e o causal. (O Passe como cura Magnética, cap 7 pag. 41).)

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Fig. 15 camadas do perispírito

2.1 – Corpo Vital ou Duplo Etéreo

Também denominado duplo etérico , constitui a parte mais periférica do perispírito ou corpo espiritual. Neste corpo é que circulam as forças radiantes também conhecidas como ectoplasma ou fluido magnético. (Marlene Nobre – O Passe como cura Magnética)

Campo energético entre o períspirito e o corpo físico. Seu campo energético se entrelaça nas irradiações do corpo físico. Isto explica as curas pelo passe magnético. (Jorge Andréa – Forças Sexuais da Alma))

É a ponte, a plataforma que dá passagem às intercomunicações dos dois mundos. (Antônio Freira - da Alma Humana)

É formado por emanações neuropsíquicas. (...) “Não consegue um grande afastamento do corpo”. (André Luiz – Nos Domínios da Mediunidade)

Funções:

1- Veículo e reserva de nossa energia vital (absorve o fluido vital e o distribui para o corpo)

2- Elaborar energias sutis e transferir para o períspirito. 3- Produção de ectoplasma. 4- Exteriorização de energia nos processos de irradiação, passes e similares. 5- Programação do tempo de vida 6- Fixação do corpo astral ao físico. 7- Vitalização das formas-pensamento (emanações mentais nossas ou de

desencarnados) possui vida vegetativa temporária. “De feito, segundo se compreende, é através do duplo etérico, com seus recursos vitais disponíveis, “emanações neuropsíquicas”, que os centros de força do perispírito, compondo um complexo sistema de redes de intercomunicação e interação energética, sustentam a organização somática, possibilitando que cada

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célula física receba da respectiva célula psicossômica, sua matriz anatômica e fisiológica, a energia necessária à sua sustentação.” (André Luiz – Nos Domínios da Mediunidade)

2.2 – Corpo Causal

No livro Nosso Lar (cap 12) aprendemos que o corpo causal é um dos constituintes do períspirito, formado da roupa imunda, tecida nossas mãos nas vidas anteriores . A esse respeito Elzio F. Souza comenta no livro Saúde e Espiritismo, em seu artigo Perispírito e Chacras: “verificamos que o corpo causal é o ponto de registro, o banco divino, onde se encontram os nossos débitos e os nossos créditos” e que se presentemente, é ainda uma roupa imunda, isso ocorre por desídia nossa, pois a tarefa reencarnatória se destina a “nos purificarmos pelo esforço da lavagem”, tarefa que, na maior parte das vezes, não empreendemos.

“Imagine, que cada um de nós renascendo no planeta, é portador de um fato sujo, para lavar no tanque da vida humana. Essa roupa é o corpo causal, tecido por nossas mãos nas experiências anteriores.”

(Lísias – Nosso Lar)

Os desequilíbrios circulam nesse envoltório e são responsáveis pelo aparecimento de doenças, segundo a lei de ação e reação.

2.3 – Aura

A alma encarnada ou desencarnada está envolvida na própria aura ou túnica de forças eletromagnéticas em cuja tecitura circulam as irradiações que lhe são peculiares.

A aura é o nosso cartão de visitas. Por ela somos visitados, conhecidos e examinados pelas inteligências superiores, do mesmo modo que somos sentidos e reconhecidos por nossos afins e temidos e hostilizados ou amados e auxiliados por irmãos que caminham em posição inferior ou superior à nossa.

André Luiz também tem importantes lições sobre o tema; “Assim é que o halo vital ou aura de cada criatura permanece tecido de correntes atômicas sutis dos pensamentos que lhe são próprios ou habituais, dentro de normas que correspondem à lei dos quanta de energia e aos princípios da mecânica ondulatória, que lhe imprimem frequência e cor peculiares”. (Mecanismos da Mediunidade - Matéria Mental cap. 4)

3 – Os Centros de Força

Definição - Praticamente em toda literatura que trata do assunto, nos depararemos com a ligação entre as terminologias: Centros de Força (também chamados de Centros Vitais por André Luiz) e chakras, sendo frisado que a palavra Chakra significa roda, em sânscrito.

Vejamos que apesar de haverem formas distintas de se definir os Centros de Força, há uma concordância quanto a sua condição energética. Segundo Leadbeater, os chakras ou centros de força, “são pontos de conexão ou enlace pelos quais flui a energia

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de um a outro veículo ou corpo do homem”; para Keith Sherwood, “funcionam como terminais, através dos quais a energia é transferida de planos superiores para o corpo físico”; Edgar Armond define os Centros de Força como “acumuladores e distribuidores de força espiritual, situados no corpo etérico, pelos quais transitam os fluidos energéticos”; para Harish Johari, “são centros psíquicos que estão sempre ativos no corpo, não importa se temos ou não consciência deles. A energia se move através dos chakras para produzir diferentes estados psíquicos”.

A Visão Espírita

Os Centros de Força não constituem parte intrínseca da estrutura do Espírito, pois, são instrumentos desenvolvidos no corpo espiritual com o fim de realizar as adequações devidas entre os aspectos exteriores e interiores da realidade espiritual do ser imortal.

Segundo Jorge Andréa, “Vários estudos têm demonstrado a existência, no perispírito, de discos energéticos (chakras), como verdadeiros controladores das correntes de energias, centrífugas (do Espírito para a matéria) ou centrípetas (da matéria para o Espírito), que aí se instalam como manifestações da própria vida. Esses discos energéticos comandariam, com as suas “super funções”, as diversas zonas nervosas e de modo particular o sistema neurovegetativo, convidando, através dos genes e código genético, ao trabalho ajustado e bem ordenado da arquitetura neuroendócrina”.

O Espírito Clarêncio nos diz que “... o nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força, eu se conjugam nas ramificações dos plexos que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado. Nossa posição mental determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, consequentemente, o “habitat” que lhe compete. Mero problema de padrão vibratório... Tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia no centro de força, que reage em nosso corpo a essa ou aquela classe de influxos mentais”.

Estabelecendo, em definitivo, o assunto, segundo a visão espírita, André Luiz nos diz que “Cada centro de força exigirá absoluta harmonia perante as Leis Divinas que nos regem, a fim de que possamos ascender no rumo do perfeito equilíbrio...”

Ratificando as palavras de André Luiz, Clarêncio afirma que “... nossos deslizes de ordem moral estabelecem a condensação de fluidos inferiores de natureza gravitante no campo eletromagnético de nossa organização, compelindo-nos a natural cativeiro em derredor das vidas iniciantes às quais nos imantamos”.

(Entre a Terra e o Céu)

Localização

Os Centros de Força têm seus correspondentes no corpo orgânico; partindo daí, podemos fazer uma localização geográfica, correspondendo-os aos plexos com que se relacionam (Fig. 16), desde que, atentemos para o fato de que os centros de força em si não se acham encerrados no corpo físico, mas no perispírito, pelo que eles podem se encontrar, como são registrados pelos estudos da aura, externos ao corpo orgânico, ainda que se afunilem, literalmente, pois, as informações existentes, sobre as formas de centros de força, são concordes em todas as Escolas, ou seja, como funis que giram

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num determinado sentido, formando, mini redemoinhos, com a boca desses funis direcionada ao espaço etéreo.

Estão situados à sua superfície, distando de 5 a 6 milímetros da periferia do corpo físico e se apresentam como espécie de vórtices, turbilhões ou redemoinhos, verdadeiros discos giratórios etéricos em alta velocidade, com movimento contínuo e acelerado. (Fig.16a)

Fig. 16 – Localização dos Chakras

Fig. 16a – visão do centro de força

Estudo dos Centros de Força

1. Coronário É o de mais alta frequência, vibra no sentido das energias espirituais. Segundo o Espírito Clarêncio, “(...) Nele assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência. Esse Centro recebe em primeiro lugar os estímulos do Espírito,

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comandando os demais, vibrando todavia com eles em justo regime de interdependência. (...)”. Localiza-se no alto da cabeça. É o centro da sabedoria. É o responsável pelas funções psicológicas, cerebrais e espirituais. Gerencia o processo de interação e intercâmbio entre os outros centros.

Relaciona-se: com a glândula pineal.

No campo mediúnico: propicia a sintonia, a aproximação e o contato com os Espíritos. No magnetismo: percebe e capta os fluidos espirituais e sutiliza os fluidos mais densos emitidos para o mundo espiritual.

Prejudicam-lhe a harmonia: os excessos de preocupação, a estafa mental, sono insuficiente ou em excesso, guardar ódios, mágoas e rancores, auto-compaixão, desejo e vibração do mal, egoísmo, idéias de vingança, negativismo.

Favorecem-lhe a harmonia: o equilíbrio das emoções, o repouso e refazimento naturais, praticar e desejar o bem, a compaixão, o altruísmo, piedade, oração frequente e o otimismo.

2. Frontal

Também de alta frequência, embora muito abaixo da frequência do coronário.

Ainda segundo Clarêncio, “... o Centro Cerebral, contíguo ao Centro Coronário, que ordena as percepções de variada espécie, percepções essas que, na vestimenta carnal, constituem a visão, a audição, o tato, e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à Palavra, à Cultura, à Arte, ao Saber. É no Centro Cerebral que possuímos o comando do núcleo endócrino, referente aos poderes psíquicos”.

Localiza-se entre os olhos. É conhecido como “terceiro olho”. É o centro da intuição. Responde sobre as funções da visão, audição, olfato e ainda administra e coordena o sistema nervoso central e atua sobre as glândulas.

Relaciona-se: com a glândula pituitária (hipófise)

No campo mediúnico: é o centro ativado nos fenômenos da vidência, audiência e intuição, além de ter a função de exteriorizar os fluidos ectoplásmicos para as materializações e efeitos físicos. Responde pelo controle e descontrole das gesticulações na incorporação.

No magnetismo: tem forte presença nos processos hipnóticos e, de regressão de memória. Por ele se estabelece a relação de domínio e a quebra de vínculo exercida por outrem.

São prejudicias: Ter olhos maus, importar-se e disseminar fofocas e mexericos, alimentar inveja e orgulho, descontroles físicos e emocionais, pessimismo, hipocondria, leituras nocivas.

São positivos: ver sempre positivamente, falar bem de coisas e pessoas, abolir preconceitos, equilibrar atividades físicas, acreditar-se bem e bom sem se envaidecer ou orgulhar-se, boas leituras e divertimentos sadios sem excessos.

3. Laríngeo

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Também considerado de grande frequência. Tem papel relevante na filtragem de fluidos anímicos em direção aos fluidos e campos espirituais. É o centro da criatividade.

“Em seguida, temos o Centro Laríngeo, que preside aos fenômenos vocais, inclusive às atividades do tino, da tireóide e das paratireóides, (...), controlando notadamente a respiração e a fonação” . (Clarêncio – Entre o Céu e a Terra )

Localiza-se sobre a laringe (garganta). Regula a fonia, o sistema respiratório, o processo digestivo inicial, a pressão arterial.

Corresponde-se: com as glândulas tireóide e paratiróide.

No campo mediúnico: tem presença marcante nos fenômenos de psicofonia e de indução e exteriorização de ectoplasma.

No magnetismo: responde pelas insuflações.

São negativos: falar mal, dar maus conselhos, alimentar mono-idéias, fechar-se sobre os próprios sentimentos, desdenhar, ridicularizar o próximo, vícios em geral.

São positivos: falar bem, dar bons conselhos, alimentar-se de bons estudos e boas conversas, ter diálogos construtivos, ver sempre o lado positivo das pessoas, ausência de vícios.

4. Cardíaco

De frequência mediana. É de fundamental importância na administração dos campos emocionais.

“Logo após, identificamos o Centro Cardíaco, que sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral (...)”, “(...) dirigindo a emotividade e a circulação das forças de base”. (Clarêncio)

Localiza-se sobre o músculo cardíaco. É o centro do sentimento. Relaciona-se com o sistema circulatório e o sistema nervoso parassimpático.

Corresponde-se: com a glândula timo.

No campo mediúnico: atua na assimilação dos campos emocionais dos comunicantes. No magnetismo: usina fluidos sutis e dota os fluidos espirituais de “cola psíquica”. Nos processos de cura, atua como atenuador das vibrações dos fluidos mais densos (materiais) e como condensador em relação aos fluidos espirituais.

São perniciosos: emoções fortes, vícios que mexam com sentimentos, preguiça, comodismo, rancor, mágoa, ódio, vingança, violência, impaciência, irritabilidade.

São saudáveis: A busca pelo auto-conhecimento, domínio de si mesmo, ausência de vícios, atividades físicas e intelectuais compatíveis, amizade, compreensão, humildade, perdão, esquecimento do mal, tranquilidade, vibração de amor pelas criaturas, altruísmo.

5. Esplênico

Ao contrário dos demais chakras, o esplênico é um centro secundário.Também de baixa frequência e grande usinador de fluidos vitais. É o centro do equilíbrio.

Clarêncio e André Luiz ainda nos afirma: “(...) Assinalamos o Centro Esplênico que, no corpo denso, está sediado no baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em todos os escaninhos do veículo de que nos servimos", “(...)

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determinando todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações de meio e volume sanguíneo”.

É também o mencionado centro “que se responsabiliza pelo labor da aparelhagem hemática, controlando o surgimento e morte das hemácias, volume e atividade, na manutenção da vida.” (Estudos espíritas – Joana de Ângelis pág. 43)

Localiza-se sobre o baço.

Interfere diretamente sobre as funções biliares, renais e de excreção... Atua diretamente no baço.

No campo mediúnico: responde pelas atividades de doação fluídica a Espíritos muito fragilizados ou com graves afecções perispirituais.

No magnético: usina muitos fluidos vitais para a recomposição orgânica, principalmente na reconstituição de órgãos e ossos.

São negativos: pouca ingestão de líquidos, alimentação muito condimentada, exercícios físicos excessivos, mágoas não resolvidas, irritabilidade.

São positivos: ingestão de muita água, alimentação natural com mínimo de condimentos, exercícios físicos regulares e dentro dos limites individuais, superação de mágoas, paciência e bondade.

6. Gástrico

De frequência baixa. É a mais ativa usina de fluidos vitais para exteriorização. É o centro vital por excelência. É também conhecido como plexo solar ou centro de cura.

“(...) Identificamos o Centro Gástrico, que se responsabiliza pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização”, e “pela digestão e absorção dos alimentos densos ou menos densos que, de qualquer modo, representam concentrados fluídicos penetrando-nos a organização”. (Clarêncio / André Luiz).

Localiza-se no alto do estômago:. É responsável pelos processos digestivos e grande parte do metabolismo, atuando vigorosamente sobre o estômago e regula o sistema nervoso simpático.

Corresponde-se: pâncreas.

No mediúnico: fornece campo de atração a Espíritos sofredores e de densa vibração. No magnético: usina a maior quantidade de fluido vital que o organismo normalmente produz para a auto-manutenção, doação e exteriorização.

São ruins: a gula, o aguçamento do apetite, alimentos de difícil digestão, jejum continuado, vícios, disfunções digestivas, descontroles emocionais; hipocondria, elevado índice de açucares.

São bons: educação alimentar, alimentação regular, natural e equilibrada, digestão normal, ausência de vícios.

7. Genésico

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De baixíssima frequência, elabora densos campos fluídicos que quando bem canalizados podem propiciar vigorosos potenciais energéticos no campo do amor e da criatividade. É o centro procriador.

Concluindo com os mesmos Espíritos – e na mesma sequência – que nos orientaram nos Centros anteriores: “(...) Por fim , temos o Centro Genésico, em que se localiza o santuário do sexo, como templo modelador de formas e estímulos” por isso mesmo “(...) guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas”.

Situa-se sobre a região genésica administrando os processos genéticos e de vida animal.

Corresponde-se: com as gônadas.

No campo mediúnico: libera fluidos de grande atração magnética.

No magnetismo: é grande usinador de fluidos densos.

São lamentáveis: abusos sexuais, uso de afrodisíacos, excitantes e estimuladores sexuais de qualquer ordem, fixação sexual, idéias criminosas, fumo, álcool, tóxicos.

São recomendados: controle e educação sexual, suas funções e usos adequados, idéias criativas, ausência de vícios.

9. Umeral: Embora pouco conhecido é um campo fluídico classificado de centro vital

secundário. Tem sido usado frequentemente em reuniões de desobsessão.

Localiza-se às costas, entre a nuca e as omoplatas. Tem influência acentuada nos

fenômenos de psicofonia (incorporação).

Relaciona-se: com a medula espinhal e exerce influência sobre as tensões musculares e na

estrutura óssea.

Quadro 1 - resumo dos centros de força, plexos, glândulas e referência

Centros Plexos Glândulas / órgãos Referência

Coronário Carotídeo Pineal / Epífise Sobre a cabeça

Frontal Cavernoso Hipófise / pituitária Glabela

Laringeo Gutural Tireóide / Paratireóide Garganta

Cardíaco Toráxico Timo / coração Coração

Esplênico Mesentérico Baço 10ª costela

Gástrico Solar Pâncreas Acima do umbigo

Genésico Coccígeo Gônadas (ovários e testículos) Base da coluna

Nadis (Meridianos)

São vasos energéticos que conduzem os fluidos, semelhante aos vasos sanguíneos

que conduzem o sangue por todo o corpo físico.

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Estes vasos são muito estudados pela medicina tradicional chinesa, principalmente pela

acupuntura, que considera as alterações na condução da energia como a causa das várias

doenças.

Os nadis fazem também a comunicação entre os centros de força, entre os centros e o

sistema nervoso e entre este e as glândulas (Fig 17).

Fig. 17 – Condução dos fluidos pelos nadis

Fig. 18 - Classificação dos Centros de Força

Exercícios

1) Quais os principais elementos da anatomia energética?

2) O que é períspirito?

3) Como está constituído?

4) Cite algumas propriedades do períspirito

5) Quais as funções do períspirito?

6) O que é o cordão de prata e qual a sua função?

7) Defina aura.

8) Liste os centros de força e com quais glândulas cada um deles está relacionado?

9) Um paciente procurou a casa espírita. Durante o atendimento fraterno relatou que

anda muito estressado, preocupado com trabalho. Tem dificuldade na digestão e

insônia, anda fumando e bebendo mais que de costume. Quais os centros de força

podem estar envolvidos? Justifique

10) Que são nadis?. Descreva o percurso dos fluidos após a captação pelo centro de

força.

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Desequilíbrio ou Desarmonias dos Centros de Força

Chamamos de desarmonia o estado de desequilíbrio funcional em que se encontra um

ou mais centros de força. Este estado é causado por excessos ou abusos de toda sorte que

praticamos no nosso cotidiano. Estes excessos, sejam físicos ou psíquicos causam um mal

funcionamento dos chakras que acabam por não assimilar ou absorver corretamente a

energia circundante. Esta situação ocasionará uma alteração no equilíbrio natural do centro

de força, o qual denominamos de desarmonia.

Para compreender como os centros de força estão envolvidos no processo

saúde/doença é preciso entender que eles são passíveis de serem desequilibrados

dependendo do teor de nossos pensamentos e sentimentos. Quando vivemos de forma

hedonista, apenas para obter prazer, hiperestimulando os centros de força fisiológicos em

detrimento dos espirituais, tornando-os congestionados. Da mesma forma quando

reprimimos os centros de força fisiológicos devido ao puritanismo criamos desequilíbrios nos

quais hipoestimulamos os centros de força, de modo que a energia se torne inibida.

Tipos de Desarmonias

1. Inibição – é o resultado de um processo de bloqueio das energias do corpo fluídico

que não são absorvidas corretamente. Leva a uma hipoatividade dos chacras, que repercute

nos órgãos e glândulas, gerando um estado de inércia, hipotonia, astenia e redução

energética que vão produzir no organismo físico hipoglicemia, hipotensão, hipotireoidismo,

cansaço, sonolência, desânimo, depressão, etc.

2. Congestão – ocorre quando há um acúmulo de energias nos centros de força,

fazendo com que elas não sejam utilizadas de forma adequada. Haverá uma hiperatividade

dos chakras, que irá produzir um congestionamento do corpo fluídico, em um processo

semelhante às inflamações que ocorrem no corpo físico. Vão produzir hiperatividade dos

órgãos ou glândulas do corpo físico, resultando em doenças como a hipertensão arterial,

hipersecreção de ácidos no sistema digestivo que, por sua vez, gera gastrites e úlceras

pépticas, hipertireoidismo, hiperglicemia, artrites, cefaleias, enfim, doenças geradas pela

excessiva estimulação dos órgãos.

Com relação ao funcionamento psíquico e emocional dos centros de força podem

acontecer a inibição e a congestão quando há um desequilíbrio das energias, gerando,

respectivamente a hipoatividade pelo, bloqueio e inibição das energias, e a hiperatividade,

pelo excesso de energia. (Fig 18)

Desarmonias dos centros de Força Capítulo 8

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Fig 18 – Desarmonias dos centros de força

Reequilíbrio ou Rearmonia dos Centros de Força

Desde que podemos assimilar a ação dos centros de força até mesmo por força das

ações orgânicas do corpo humano, de igual sorte podemos entender que sua desarmonia,

sua disfunção, repercutirá diretamente nos veículos somático e perispiritual, pelo que

importa tenhamo-los harmonizados, equilibrados, em perfeito funcionamento. Ou seja,

nosso agir e nosso pensar desequilibrados fazem surgir desarmonias nos centos de força

que, para se restabelecerem, carecem do restabelecimento de seu portador. E para isso, um

simples passe não resolverá; ou mesmo uma oração balbuciada pelo reflexo condicionado

de juntar palavras. O passe e a prece são veículos intercessórios poderosos e

indispensáveis, mas não são a base do reequilíbrio e da rearmonização, às quais se

estribam na reforma moral, pelo “carregar a própria cruz” sem blasfêmias, sem alvoroços e

sem temeridade.

Rearmonizar os centros de força, portanto, é reformar-se moralmente, agindo de

maneira cristã em todos os momentos da vida. Mas como isso não é comum às nossas

ampliadas comodidades, a nós, espíritos devedores e falíveis, nos cabe exercitar por

possuí-las pelo perdão, pela fraternidade e pela compreensão, ajudando, socorrendo e,

sobretudo, orando por nosso próximo. Dessa forma vibraremos em ondas de mais elevado

teor moral, fazendo valer nosso centro coronário como captador das boas energias

espirituais para distribuir o equilíbrio devido aos demais centros, assim espiritualizando

nossa matéria.

Exercícios

1) O que é desarmonia?

2) Cite os tipos básicos de desarmonias que podemos encontrar nos centros de força.

Diferencie um do outro.

3) Quais os distúrbios que cada desarmonia pode causar no corpo físico.

4) De que forma podemos rearmonizar os centros de força?

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As Técnicas

“O Passe poderá obedecer à fórmula que forneça maior porcentagem de confiança, não só a quem o dá, como a quem o recebe”- Emmanuel.

Desde o inicio da civilização até os dias atuais criamos mitos para nos sustentarmos e atender o comodismo arraigado que trazemos em nossa imperfeição. Quem não pensou um dia que remédio para ser bom é aquele que é amargo ? E quem não ouviu dizer que passe bom é aquele cujo passista sua, chia, estala e faz ahhh no final ? São verdadeiros mitos e equívocos.

O passe tem sim, algumas técnicas, não gesticulações exageradas e encenações que visam impressionar o paciente ou encobrir um falso saber.

Para Divaldo Pereira Franco algumas técnicas são válidas, mas não podem ser condições ultra necessárias onde se troca os valores do Espírito pelas preocupações das fórmulas; criamos rituais em que o sentimento cede lugar a aparência. A preocupação maior deve ser com nossa saúde moral para transmitirmos o que temos de melhor.

O Espírito Manoel Philomeno de Miranda nos brinda com seu raciocínio e conhecimento, dizendo-nos que “Conhecendo (...) o látego demorado da aflição, saiba que a primeira providência ante o desespero é a do socorro que restaura o equilíbrio, para depois auxiliar na técnica de remover-lhe a causa danosa ou, pelo menos, enfrentá-la”.

Daí inferirmos que, para o socorro imediato, de urgência, nada é tão superior quanto o atendimento emergencial, sem maiores ligações com as técnicas da especialização; todavia, os passos seguintes requerem-nas para tornar o atendimento completo. Por isso, revistamo-nos da humildade e analisemos o valor das técnicas com isenção de ânimos a fim de assumirmos, neste terreno, a parte que nos cabe : “Espíritas, instruí-vos.

1. Duas regras importantes:

a) 1ª regra : Os passes magnéticos que pela origem do fluido ou da técnica empregada, pedem seja observado o sentido das passagens das mãos sobre o corpo do paciente. Devem ser executados sempre de cima para baixo, da cabeça aos pés, dos órgãos que estiverem mais acima aos que estão mais abaixo. A ação contrária em vez de provocar uma desmagnetização, provoca uma congestão fluídica generalizada com graves consequências, inoportunas e prejudiciais. Sempre que houver movimentações

Técnicas de Passe Capítulo 9

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de mãos sobre o corpo do paciente, no final de cada percurso devemos afastá-las do mesmo, fechá-las sem fazer força (sem necessidade de contração muscular, nem ficar a sacudi-las) e voltar ao ponto onde vai ser reiniciado o percurso e só então, reabri-las para seguir novo caminho ou mudar de técnica.

Mesmo sabendo que é a mente, o pensamento que organiza, libera e orienta os fluidos, é pelas mãos que fluem sem parar, durante o trabalho do passe, os fluidos que estão sendo manipulados. O fechar a mão por reflexo fisiológico, interrompe a perda ou fuga fluídica. O retorno das mãos abertas, emitindo fluidos no sentido contrário ao fluxo natural cria bloqueios e/ou concentrações congestivas em vários setores dos centros de força que transmitidos ao corpo causam vários tipos de mal-estares e outras consequências.

Quanto à “congestão fluídica”, lembremos que os Centros de Força são estruturas do perispírito com a função de receberem e liberarem energia. Como os fluidos magnéticos (animais ou espirituais) são de origem externa ao paciente e seu ingresso se dá no sentido dos campos magnéticos criados pelos centros de força, isso nos faz concluir que a corrente magnética percorre o corpo de cima para baixo. Como as captações fluídicas por ocasião do passe se verifica no sentido cabeça/pés, o retorno das mãos abertas, emitindo fluidos no sentido contrário ao fluxo natural, congestiona os vários setores dos centros de força, transmitindo ao corpo desconforto e sensação incômodo ou mal estar. Para solução de problemas de congestão fluídica, temos os passes dispersivos que, na maioria das vezes, são suficientes para restabelecerem o fluxo natural dos fluidos e o campo energético dos pacientes.

b) 2ª regra: O Passista deve entrar em sintonia com o paciente (relação fluídica) pela oração e por uma imposição de mãos procura combinar suas vibrações fluídica, psíquica e mental com o mundo espiritual que o assiste para melhor absorver as energias daquele plano, ao mesmo tempo em que deve nutrir o desejo sincero e a vontade firme de ajudar o seu paciente. A empatia é muito importante neste relacionamento e muitas vezes, a grande responsável pela melhora do assistido.

A Imposição de Mãos

Esta é a técnica mais comum e universal de se aplicar um passe. É igualmente tão simples que não há muito o que se aprender: basta estender os braços para a frente do corpo, pondo as mãos sobre a cabeça do paciente, ou sobre outra parte que se deseja magnetizar, ficando as mãos espalmadas para baixo, sem contração ou enrijecimento muscular, sem se fazer força ou se posicionar tipo estátua. A partir daí, manter-se firmemente em oração, pedindo ao Senhor bênçãos para o paciente, acionando a vontade de ajudar, de transmitir bons fluidos, de favorecer à fluidificação espiritual e esquecer qualquer vaidade, orgulho, rancor ou problemas materiais. Existe também a imposição de mãos localizada, que é uma derivação das técnicas do magnetismo, é usada sobre órgãos afetados ou sobre os centros de força.

Como, via de regra, o paciente está com seu campo fluídico desequilibrado ou desarmonizado, quase sempre é conveniente fazer-se, antes, uma dispersão fluídica. Mesmo na imposição de mãos este recurso é muito válido, pois com a dispersão extraímos ou reordenamos os fluidos desequilibrantes ou desarmonizadores.

Passes Longitudinais

Como técnica, os passes longitudinais são aqueles feitos ao longo do corpo do paciente, da cabeça aos pés e de cima para baixo, com as mãos abertas e os braços

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estendidos normalmente, sem nenhuma contração, e com a necessária flexibilidade para executar os movimentos, de um mesmo lado do paciente (frente, costas ou lado). Pode ser feito com uma ou duas mãos.

Ao finalizar cada movimento as mãos se fecham e procede-se à sua descarga fluídica com movimentos vigorosos para baixo, abrindo e fechando as mãos como se quisessem livrá-las de algo que a elas tivesse aderido. Dedos unidos, voltar as mãos, com rapidez, à imposição inicial; recomeçar a aplicação do passe.

Quando aplicados lentamente (média de 30 segundos da cabeça aos pés) e a uma distância média de 5 a 15 cm, saturam o paciente de fluidos e, por isso mesmo, são muito ativos e excitantes; quando aplicados lentamente a uma distância de 15 cm até mais de 1 metro, se tornam calmantes.

Os passes longitudinais, também conhecidos como de grande corrente, quando feitos rapidamente (cerca de 5 segundos para o percurso cabeça/pés) e a uma distância de 15 cm a mais, tem notável poder dispersivo e sua ação também é calmante além de regularizar a circulação sanguínea.

Apesar dos longitudinais serem feitos, geralmente, da cabeça aos pés, também podem ser executados apenas em certas partes do corpo. Podemos, assim, usar os longitudinais só para as pernas, só para os braços ou tronco.

Passes Transversais

Técnica essencialmente dispersiva. Requer um jogo de mãos e braços mais rápidos e pede bastante espaço lateral para sua execução. Funciona com os braços estendidos paralelamente e as mãos voltados para o ponto que se deseja dispersar, abrindo-os em, seguida com rapidez e vigor. Depois dos braços abertos recomenda-se fechar as mãos voltando ao ponto onde se deseja fazer nova dispersão. É ação efetiva para dispersão de fluidos acumulados e interromper transes do paciente.

O transversal cruzado tem o mesmo procedimento; em vez dos braços ficarem estendidos paralelamente eles são cruzados à frente do paciente em forma de “X”, em direção ao ponto que se deseja dispersar.

Como a maioria das Casas Espíritas são pequenas e suas salas de passes apertadas, já aí temos um grande inconveniente; além do que, seria um risco ter-se outro passista por perto, pelo risco de impacto entre eles ou mesmo entre o passista e o paciente.

Passes Circulares (Palmares)

Estes passes são executados com a palma das mãos ou com os dedos, com movimentos rotatórios palmares e digitais lentamente, operando-se movimentos circulares no sentido horário, de maneira localizada e a uma altura (distância) de aproximadamente 10 a 15 cm. Quando aplicados com os dedos, estes deverão estar voltados ao ponto que se deseja magnetizar, sem rigidez ou contração muscular. São muito ativantes e, por isso mesmo, muito utilizados quando se pretende tratar ingurgitamentos, abcessos, obstruções, irritações intestinais, cólicas, supressões e males em geral do baixo ventre.

Uma variação desses passes, conforme nos observa Michaelus, são conhecidos como “fricções sem contato” ou “afloração”. A diferença entre estes e os circulares é que

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aqui fazemos uma espécie de massagem psíquica e não apenas rotações. Por isso estes podem ser palmares, digitais, longitudinais e rotatórios, e têm finalidades idênticas aos circulares propriamente ditos. No caso dessas fricções, as palmares são feitas com as palmas das mãos, em cheio, os dedos ligeiramente afastados, sem crispações e sem rigidez. As digitais, com a mão aberta, ficando os dedos ligeiramente afastados e um pouco curvados, evitando-se contração e rigidez, com o punho erguido. As longitudinais são executadas com a mão aberta, como nas fricções palmares, ou somente com as pontas dos dedos, como nas fricções digitais, ao longo dos membros do corpo, muito lenta e suavemente (cerca de um minuto da cabeça aos pés), e no sentido das correntes, isto é, do alto para baixo, seguindo o trajeto dos nervos e dos músculos. As rotatórias são feitas igualmente com as palmas das mãos ou com a ponta dos dedos, descrevendo círculos concêntricos no sentido dos ponteiros do relógio. Não devemos esquecer que, ao retornar as mãos ao ponto de partida, o operador a conservará fechada e afastada do corpo do paciente.

Passes de Dispersão Circular

Por serem muito excitantes e na maioria das vezes atuarem em regiões físicas muito restritas, normalmente, após a aplicação de quaisquer das variedades dos circulares, se verifica uma concentração fluídica localizada muito forte, requerendo, por isso mesmo, uma dispersão também localizada e muito ativa. Para tanto, uma dispersão muito própria existe: põe-se a mão sobre o ponto que se quer dispersar, à mesma distância que se usou para o passe ou até mais próximo, com a palma voltada ao ponto que quer dispersar, arcando-se os dedos para cima, inteiramente abertos, firmes e imóveis, como se se quisesse dobrá-los para trás. Nessa hora perceberá nitidamente os fluidos vindos do ponto observado como que penetrando no meio da palma da mão e a esvaírem-se por seus dedos, em direção ao espaço.

Além de dispersiva, esta técnica é excelente para fazer cessar dores localizadas, resolver tumores e inflamações.

Atentemos, porém, para a nossa posição mental, pois não é o simples arcar de dedos que fará fluir fluidos dispersáveis; nossa disposição e comando mentais nesse sentido são indispensáveis.

Passes Perpendiculares

Como os transversais, estes também são extremamente dispersivos. Devem ser aplicados a uma pequena distância do corpo do paciente – aproximadamente 5 centímetros -, com as palmas estendidas sobre a cabeça e descendo-as rapidamente,

sendo uma pela frente e a outra por trás do corpo do paciente, o que indica que o paciente deve ficar de lado para o passista. Lamentavelmente, como bem se percebe, oferece inconvenientes quando incorporados à prática do passe espírita, principalmente pelo fato de ficar mudando, o passista, de posição, e da conveniência de essa técnica requerer estejam, preferencialmente, os dois, passista e paciente, em pé.

O Sopro ( insuflações )

Essa técnica não é muito difundida nem estimulada pelas mesmas razões que nos levam a evitar que o passista toque no paciente e também pelo perigo de contágio com alguma doença, que por acaso o passista possua e que pode ser transmitida pelo sopro.

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a) Sopro quente:

Assopra-se de perto, com ar aquecido do estômago, como quem deseja aquecer a mão no inverso. Aproxima-se a boca da parte enferma, a regular distancia impróprio para certas localizações). Em caso de doença contagiosa, cobrir o local com flanela fina, branca. O ar soprado saturado de fluidos curadores. Descansar de seis em seis vezes.

b) Sopro Frio:

É feito com o ar dos pulmões. O passista se coloca na posição mais conveniente para o trabalho e depois de profunda inspiração, assopra sobre o doente, com força, como se fosse apagar uma vela à distância. Repetir a operação cinco ou seis vezes. O passista deve estar com boa saúde especialmente pulmão e coração.

A Importância do Dispersivo

Quando um paciente vai ser atendido por um médico em seu consultório, normalmente ele se prepara, se higieniza, seria o termo. Se o atendimento é de urgência, antes de qualquer outro cuidado, é providenciada a assepsia do enfermo para só depois iniciar o atendimento propriamente dito. Trazendo a imagem para o passe, sabemos que quando o paciente vai à Casa Espírita para receber tal recurso, se assemelha àquele que vai ao consultório, e que, por extensão, deve se preparar devidamente, ou seja: cuidar do seu comportamento moral, orgânico, e psíquico. Entretanto, mesmo que essas providências sejam tomadas, é comum restarem alguns fluidos nocivos nos campos fluídicos do paciente, tal como, apesar do asseio, aquele, antes de ser atendido no consultório, muitas vezes ainda precisa ser assepsiado.

No passe espírita, isso equivaleria à primeira necessidade de dispersão, notadamente quando se vai fazer a diagnose. Seguindo com o exemplo, os casos de emergência seriam similares no passe. Nesses casos, é indispensável que seja feita uma dispersão, à qual corresponderia à antissepsia hospitalar. Disso tudo ressalta-se que, quase sempre, antes da aplicação efetiva do passe, é necessário um dispersivo pois dessa forma se eliminará (ou se ordenará), no paciente, uma camada fluídica nociva que lhe está agregada, facilitando, assim, o acesso das energias renovadas do agente doador.

Entendido isto, o leitor deverá estar se perguntando sobre a recomendação de se aplicar dispersivo também ao final dos passes. Quando aplicamos passes em alguém, quase sempre fazemos transfusões de fluidos em grande quantidade e, como consequência, é comum haver sobras de fluidos no paciente, daí advindo certos mal-estares. Aplicando-se um dispersivo, esses excessos são eliminados, reestabilizados ou melhor distribuídos, pois, associado à vontade do paciente de se curar, propiciará para que ele retenha apenas o suficiente ou da maneira correta. O dispersivo propiciará o equilíbrio fluídico. Tão maior seja a prática do passista, maior domínio ele terá na distribuição dos fluidos, o que fará com que o dispersivo final seja mais restrito, mas nunca indispensável.

Segundo Michaelus, “Invariavelmente no fim de cada magnetização, há necessidade de dispersar os fluidos (...) acumulados”.

Os fluidos dispersados são desintegrados, redirecionados ou reestabilizados e não provocam prejuízos quando assim orientados.

Isto tudo é apenas um retrato da primeira imagem do dispersivo, ou seja: retirar, suprimir, espargir fluidos. Mas o dispersivo não se limita a apenas isto. Ao contrário, suas objetividades e funcionalidades excedem em muito tal atributo; exerce ele o papel

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de reordenador das camadas fluídicas do paciente, dando a elas a estabilidade devida; comportando-se como um eliminador de fluidos que, mesmo sem serem maus ou impuros, podem ser inconvenientes ao estado fluídico do paciente.

Distância e Velocidade

Em termos de prática e de técnicas, as condições de distâncias e velocidade com que são aplicados os passes repercutem, sensivelmente para os efeitos do alcance dos fluidos.

a) Quanto mais perto (dos imites da aura) passarmos as mãos, mais energizantes, mais ativantes serão os passes.

b) Quanto mais distantes, mais calmantes serão os efeitos c) Quanto mais lentos, mais concentradores de fluidos d) Quanto mais rápidos, mais dispersivos.

Para escolher a técnica mais apropriada a cada caso, portanto, é importante saber estabelecer a distância e a velocidade ideal do passe.

Desse modo teremos: Quanto à distância os passes podem ser: 1 – Ativantes 2 – Calmantes Quanto à velocidade: 1 – Dispersivos 2 – Concentradores Combinação entre eles 1- Dispersivos ativantes 2- Dispersivos calmantes 3- Concentrador ativante 4- Concentrador calmante

Exercícios

1) Quais são as técnicas mais usadas na aplicação do passe? 2) Segundo a velocidade, como podem ser os passes? 3) Segundo a distância, quais os tipos de passes? 4) O que são passes dispersivos e por que são importantes?

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Relação Fluídica

É uma das fases mais importantes do passe, seja ele espiritual, misto ou magnético, é a do estabelecimento de uma relação fluídica entre o passista e o paciente.

O princípio em que se baseia essa necessidade é para que trocas fluídicas harmoniosas e sem embaraços ocorram entre os campos fluídicos do médium e do paciente é necessário que esses tenham, no mínimo, zonas comuns de bom contato, de boa relação.

O passista, ao se aproximar do paciente, pode sentir forte repulsão, forte atração, indiferença, distância, ausência, inapetência de aplicar o passe, um bem-querer súbito, uma piedade filial, vontade de acariciar, além de reações estranhas como tremores, calafrios, arrepios generalizados, sudorese instantânea, ânsia de vômito, peso na cabeça, braços leves ou pesados, etc.

As causas dessas sensações têm várias explicações, mas uma delas é exatamente o choque fluídico que se dá entre campos com afinidades variáveis. Quando o passista insiste em aplicar o passe sem antes tentar superar essas situações – que variam de paciente para paciente – normalmente não se sente bem ao final do passe nem o paciente se restabelece, convenientemente, daquilo que o fez buscar o benefício – se é que não o leva a sentir-se mais desarmonizado ainda.

Para a superação dessas sensações desagradáveis é a criação de um bom estado psicológico e moral do passista, obtido principalmente por meio do exercício da boa vontade, da vibração positiva, do envolvimento fraterno e da pureza de sentimentos.

Quanto ao paciente, se ele estiver fortalecido pela fé, sintonizado com boas ideias e em oração sincera, muito contribuirá para uma troca fluídica mais efetiva, diminuindo consideravelmente as dificuldades de relacionamento fluídico.

Técnica

Vá impondo as mãos sobre algum centro vital superior ( de preferência o coronário ou o frontal), baixando-as ou levantando-as lentamente, a partir de uma distância aproximada de um metro do centro vital escolhido. Você perceberá que à medida em que as mãos se aproximam do centro vital, algo de muito sutil vai sendo percebido, até que a partir de determinado ponto você registrará mais nitidamente uma espécie de “barreira fluídica” muito tênue, como a definir uma diferenciada e mais determinante zona fluídica (sobre esse local, a sensação de falta de simpatia ou desarmonia será mais fortemente sentida).

Repita a operação, para ter certeza de que o ponto localizado é sempre o mesmo.

Aplicando o Passe Capítulo 10

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Tato Magnético (diagnose)

È uma capacidade natural que a grande maioria dos seres humanos possui, podendo ser desenvolvida, ampliada e apurada pelo exercício. Com ele e por ele podemos precisar locais em desarmonias (Fig.19) facilitando a aplicação de uma fluidificação mais objetiva, além de permitir ao passista condições de verificação do estado do paciente após o passe, evitando que ele saia da sala de passes ou do atendimento com deficiências, acúmulos, desarmonias ou descompensações que depois lhe provocarão mal-estares. Por fim, o tato magnético não descarta a intuição nem elimina a ação ou a presença espiritual.

Técnica

- Passemos as mãos lentamente sobre todo o corpo do paciente, conservando sempre a mesma distância e seguindo até o final do circuito vital (cabeça aos pés).

Fig. 19 – Aplicando o tato magnético

- Quando realizando o tato magnético, qualquer impulso de doação fluídica deve ser dominado.

- Aumentemos nossa atenção, percepção e acuidade para registrar os locais onde seja percebidas mudanças na camada fluídica sob nossas mãos.

- São várias as mudanças fluídicas sentidas pelos passistas. Em virtude da característica individual de cada passista, não se pode definir o que cada mudança ou sensação fluídica significa. Portanto, o tato magnético guarda muito da experiência e da percepção pessoal e individual, pelo que o estudo, a atenção e a prática é a chave mestra para a segurança da diagnose.

- Localizado(s) o(s) ponto(s) que esteja(m) em desarmonia com o todo, inicia-se o tratamento, sempre repetindo o tato magnético para perceber como está(ão) reagindo ao tratamento.

- Havendo uma desarmonia generalizada (Fig 19), ou de difícil percepção, é bom fazer uma série de dispersivos e, logo após, repetir o tato magnético. Normalmente, após essa dispersão, os pontos ou focos se sobressaem, pois momentaneamente, os dispersivos “apagam” as desarmonias induzidas em consequência dos focos. Pode acontecer também que, depois dos dispersivos, não seja percebida mais qualquer desarmonia. Isso ´-e

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indicativo de que o paciente, provavelmente, estava apenas com seu campo vital desarmonizado, sem causas mais consistentes, pelo que os dispersivos já trataram. Mas, veja-se bem, quando isso ocorre, nunca é demais fazer mais alguns dispersivos gerais – da cabeça aos pés – e repetir-se o tato magnético mais uma vez. Assim evita-se o “mascaramento” dos focos além de proceder à alocação da psi-sensibilidade.

Fig. 19 – Desarmonias dos campos fluídicos

Psi –sensibilidade

Geralmente, mesmo fazendo todo o procedimento fluídico da melhor maneira possível, tanto em termos de técnicas como de vibrações harmoniosas, ainda assim, algum paciente da sala de passe sentindo-se mal.

Quando um foco de desarmonia, localizado pelo tato magnético, é tratado via magnetismo, não significa dizer que os demais centros vitais estejam, automaticamente, reequilibrados. Se o tratamento não levar em consideração a necessidade de reequilíbrio dos demais centros, estes se demorarão a retornar aos seus pontos de equilíbrio, podendo, inclusive, por força disso, diminuir a eficiência do tratamento fluídico localizado.

Na grande maioria das vezes, isso pode ser evitado com passes dispersivos gerais ao final do tratamento.

Ocorre que o reequilíbrio obtido com poucos dispersivos, embora constatado pelo tato magnético, nem sempre é suficiente. È que ele guarda uma “lembrança psíquica” – (psi-sensibilidade) – das anteriores sensações de desequilíbrio dos centros vitais, as quais, a depender do tempo em que estes se demoraram desalinhados, favorecem a que haja uma aclimação àquela situação.

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“Cola psíquica”

É um incremento fluídico, doado pelos passistas durante o passe espiritual.

Isto ocorre porque alguns elementos fluídicos desempenham o papel de catalisadores dos fluidos como um todo, aprimorando e fazendo aprimorar seus ‘circuitos de vitalidade e também alguns componentes se apresentam como campos de “imantação”, os quais se responsabilizam pelo “aprisionamento” de determinadas cargas fluídicas que, sem esses campos, facilmente se desestabilizariam e se disseminariam aleatoriamente no cosmo orgânico-perispiritual, onde por não encontrar campos próprios e equivalentes para atender às leis das afinidades fluídicas, se perderiam.

O que se verifica é que os passistas, por sua disposição de doador e pela ação da doação e transferência magnética, esgarçam seus campos de “imantação” donde o poder de impregnância; o paciente, por sua posição passiva de recebedor, normalmente está carente desse poder, pelo que o trânsito das energias espirituais pelo passista dá ao fluido espiritual um incremento no seu campo de afinidade fluídica, favorecendo a estabilidade e a manutenção dos fluidos espirituais que lhe são doados.

Sentido da aplicação

A aplicação de passes necessita a observância correta do sentido de aplicação.

Como os fluidos que o paciente recebe são assimilados, transferidos e somatizados segundo o sentido dos centros vitais de maior fre quência para os de menor, os passes, por isso mesmo, quando aplicados ao longo de uma determinada região, devem ser feitos no sentido da cabeça para os pés.

No caso dos passes circulares, devemos lembrar que o sentido natural do giro dos centros vitais é o horário. Dessa forma, esse é o sentido que fará o centro acionar sua componente centrípeta (para dentro). Portanto, quando aplicados localizadamente de forma circular, o sentido da doação do passe é o horário.

O passe aplicado no sentido contrário aos indicados acima acarreta uma séria de mal-estares no paciente. Se o paciente for muito sensível à fluidificação, ele acusará o mal-estar tão logo o passe seja concluído, ou até antes, Sendo pouco sensível registrará os desconfortos horas depois, quando já não teremos como avaliar os resultados da “caridade” feita.

Por força da aplicação no sentido contrário ao correto, muitos pacientes “ganham” insônia, dores de cabeça, enjoos, sérios problemas digestivos, azia, cefaleia, ardor nos olhos, cansaço e moleza generalizada, dentre outros.

Todavia, tendo ocorrido inadvertidamente a aplicação no sentido contrário, a maneira correta de corrigir os malefícios é fazer bastante dispersivos (localizados) sobre a(s) região (ões) onde houve a aplicação e, depois, dispersivos gerais, ou seja, ao longo de todo o corpo do paciente. Isto elimina quase que totalmente os efeitos das desarmonias decorrentes do equívoco, já que tal ação repõe os centros vitais na inter-relação natural.

Fadiga Fluídica

Há passistas que dizem não se fatigarem nunca, por maior que seja o número de passes que apliquem, já outros passistas, em número consideravelmente alto, são mais do

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que explícitos quanto às suas limitações nesse mister. Para efeito de raciocínio e levando em conta apenas as origens dos fluidos espirituais e humanos, se considerarmos dois passistas em condições físicas semelhantes, mas que na veiculação do passe reajam cada um como numa das colocações acima propostas, restarão poucas hipóteses para explicar o fenômeno, são elas;

1- O que não se cansa está funcionando como “canal” de energias espirituais enquanto o segundo estará doando primordialmente o seu magnetismo.

2- O primeiro, mesmo quando doando energias próprias, o faz em pequenas dosagens enquanto o outro em larga escala.

3- Aquele que não se fatiga tem a capacidade de se recompor rapidamente, o outro não tem essa facilidade natural – diga-se de passagem, é muito raro esse poder de pronta recuperação fluídica organo-magnética.

4- Mesmo os dois doando em igualdade de condições, o primeiro deve ter um potencial fluídico muito maior que o segundo.

Analisando essas situações, podemos concluir:

Ratifica-se o que os Espíritos vêm ensinando: a doação ou a transmissão dos fluidos espirituais não cansam nem geram fadiga, em oposição ao que ocorre com a doação das energias anímicas, além disso, o ato de transmissão dos fluidos espirituais geralmente reconfortam fluidicamente os passistas.

Confirma-se que o desgaste é proporcional à quantidade de energia gasta, o que, inclusive é uma das leis da própria física – e que a doação de energias fluídicas anímicas é, literalmente alando, um efeito físico, não há como negar.

Nos deparamos com uma situação pouco comum: como o organismo físico é o grande responsável pela recuperação das energias anímicas consumidas, através de uma “usinagem” própria – e essa “usinagem” normalmente depende de condições temporais, alimentares e de respiração – torna-se pouco provável o reabastecimento energético em regime de imediatismo.

Voltamos a uma consideração semelhante a de número 2, mesmo doando muito, se se tem muita reserva fluídica, pouco se cansa, caso contrário, vem a fadiga.

Sintomas prováveis da fadiga

Para sabermos o quanto estamos doando de energias magnéticas (anímicas), como de ordinário, em tudo o que envolve a fluidoterapia, a observação é imprescindível. Mas, além do fator atenção acurada, dois bons sinalizadores, de ordem prática, se interpõem:

1- Se, após uma sessão de aplicação de passes e um comportamento alimentar e de repouso normal, no dia seguinte amanhecermos com uma sensação de “ressaca”, com ânsias, desgastes musculares, dores nas articulações, enxaquecas, câimbras, sonolência excessiva, falta de apetite e / ou outros sintomas correlatos, é provável que tenha havido um dispêndio de fluidos além do recomendado, tanto que o organismo não conseguiu se recompor (lembrar também que essas sensações também podem ser devidas a doações bastante concentradas sem os dispersivos correspondentes).

2- Mesmo não tendo esse registro mais imediato, se após algum período – semanas ou meses – de prática de passes, começar a sentir dores nas articulações e plexos, como se fossem dores reumáticas, ou cãibras e dores musculares que vão aumentando e aparecendo com uma frequência acima do normal, é forte indicativo de que está havendo um acúmulo de perdas fluídicas indevido, carecendo o passista, portanto, de um imediato refazimento.

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O controle da emissão fluídica se adquire com a prática. Para o neófito, entretanto, recomendo nunca se aventurar a aplicar mais que cinco passes por sessão durante um determinado período.

Recuperação Energética de passistas com fadiga fluídica

Pode ocorrer de diversas maneiras, sendo que em casos mais graves há de se conjugar esforços. Todos os casos têm na prece e na confiança no auxílio espiritual um pronto primordial para uma recuperação mais rápida.

Casos simples – são controlados por caminhadas ao ar livre, exercícios respiratórios, alimentação natural, repouso e meditação.

Casos moderados – devem contar, além dos elementos citados, com a ajuda de água fluidificada – especialmente ao levantar-se em jejum e ao deitar-se, sempre em “estado de oração”.

Casos mais graves – dosagens complementares de soro, sendo aí soba a orientação médica devida.

Para os não diabéticos, água de coco é um bom auxiliar na recuperação de fadigas fluídicas e para os pouco sensíveis à cafeína, o café também pode servir como tonificante fluídico.

Recomenda-se que quando o passista se sentir muito “sugado” pelo paciente, usar técnicas dispersivas em bastante profusão, pois isso tanto defende o paciente de eventuais mal-estares após o passe como literalmente protege o passista por predispô-lo a auto rearmonização à medida em que assim age.

Uma outra observação é de que passes para recuperar passista em fadiga fluídica devem ser apenas dispersivos porque, devido à fadiga, os centros vitais não conseguem absorver e introjetar os fluidos, os quais só vedariam ou “sufocariam” mais ainda os centros em deficiência. Quando já recuperados os centros de força, os passes concentradores serão aplicados em pequenas dosagens, sempre intercalados com dispersivos. O tato-magnético deve ser bem usado nesses casos para que se analise com segurança as reações ás doações fluídicas.

Os passistas e as dores do paciente

Sabemos, pela experiência e como fruto da observação, que um bom número de passistas, após o serviço dos passes, fica descompensado e, muitas vezes, sentindo as dores, os problemas e/ou as perturbações do paciente. A maioria das explicações dadas ao fato é ingênua: “é por causa de sua invigilância”, “é para testar sua perseverança no bem”,, “é porque o paciente estava muito carregado”, é porque você precisa” trabalhar mais”, etc.

A reflexão mais acurada permite perceber que três explicações sensatas existem:

1 – O passista “absorveu” e/ou serve reteve certa quantidade de emanações fluídicas advindas do paciente quando o correto seria tê-las dispersado por ocasião do passe.

2 - O passista doou fluidos em excesso

3 – Pelo semi transe, facultado na hora do passe, o passista assimilou partes do campo fluídico de alguma(s) Entidade(s) Espiritual(is) que acompanhava(m) o paciente. Pelo impacto fluídico percebido houve uma desarmonia em seu campo vital, ocasionando

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sensações desagradáveis que, por vezes, chegam a ser intensas e demoradas. Neste caso, a educação mediúnica deverá falar mais alto. Apesar de o fenômeno ter origem no fator mediúnico, o uso de dispersivos pelo passista no paciente que está trazendo aquela companhia minimiza e até elimina os efeitos desse “risco”.

A solução desse problema se encontra, em termos de técnicas, no uso que se faça dos dispersivos. No caso de grandes doações fluídicas a um mesmo paciente, o uso intercalado das técnicas – após pequenas concentrações, usar os dispersivos – é fundamental.

Aplicando Passes em Crianças

Nas crianças devem evitar concentrados fluídicos demorados para não congestioná-las. Isso porque as crianças tem campos vitais proporcionalmente reduzidos (Fig.20) , os quais, por esse fato, se “encharcam” com facilidade, entrando em congestão fluídica rapidamente ou chegando num verdadeiro colapso por falta de “respiração fluídica”. Não é outra a causa dos chamados “maus-olhados”, “quebrantos”, “olho gordo”, “espinhela caída”: congestões fluídicas advindas de concentrados fluídicos densos (não necessariamente maus).

Fica, portanto uma recomendação de alto valor a fim de se evitar transtornos para as crianças, qualquer que tenha sido a quantidade e/ou quantidade de fluidos que lhe foi depositada, terminar os passes com vários dispersivos.

Fig. 20 – centro de força infantil ainda em desenvolvimento

O centro vital da criança em formação ou amadurecimento. O campo da criança, inteiramente aberto, é vulnerável á atmosfera em que vive.

Aplicando Passe em idosos

Também solicitam atenção especial porque, via de regra, eles precisam de passes concentradores. Apesar disso, esses devem ser seguidos ou intercalados por repetidos dispersivos, para que lhes sejam facultados os processos de introjeção.

Aplicando Passe em Gestantes

Igualmente requisitam um cuidado todo especial. Além delas estarem precisando receber concentrados fluídicos para reforço da própria manutenção vital e do ciclo de alimentação fluídica ao filho em gestação, também precisam se desvencilhar de eventuais “desaguamentos fluídicos” (que provém de descargas perispirituais do reencarnante)

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oriundos do processo reencarnatório em desenvolvimento em seu ventre, desaguamentos esses que, geralmente, transmitem ao ambiente uterino e gástrico da mamão, cargas fluídicas desarmonizantes e, por vezes, incompatíveis com o clima fluídico desta – essa, inclusive, é uma das principais causas dos enjôos durante a gravidez. Assim ao aplicar passes em gestantes é de bom alvitre iniciar fazendo dispersivos sobre a região uterina, envolvendo o feto em suas vibrações de muita harmonia e carinho. Depois, envolve-se a mãe em longos dispersivos gerais para, só então, percebendo-se pelo tato-magnético as necessidades especificas, fazer os concentrados devidos.

As incorporações durante o passe

Devem ser evitadas. Os passistas, para fazerem transitar por seus organismos os fluidos do Mundo espiritual, não necessitam da incorporação, posto que a captação dos fluidos espirituais pelos passistas se dá por seus centros vitais principais superiores, notadamente o coronário e frontal. Além disso, há sempre o risco de manifestar-se, pelo passista, eventuais desafetos espirituais do paciente. E quando isso ocorre, quase sempre são lamentáveis as consequências. Se a incorporação começar a se dar no paciente, o passista deve usar das melhores técnicas dispersivas, ao tempo em que tentará demover o paciente da manifestação, chamando-o à consciência desperta, recomendando-lhe abrir os olhos, respirar naturalmente, evitar concentrar-se no que lhe ocorre e não contrair nem retesar os músculos. Se, apesar dos esforços, a manifestação acontecer, tratar evangelicamente o visitante, sempre fazendo dispersivos, pois essa técnica irá arrefecendo o campo de atração magnética e, dessa forma, mais rapidamente o Espírito comunicante se afastar é. Finda a manifestação, faz-se uma série de dispersivos gerais no paciente a fim de que ele não guarde resquícios fluídicos do envolvimento espiritual. Isso porque esses resquícios podem ser “movimentados” posteriormente pela própria Entidade comunicante, favorecendo a que nova imantação se estabeleça e o fenômeno se repita.

Passes à Distância

Mais conhecidos como irradiações, são emissões fluídicas feitas à distância, sem a presença física do paciente. Muita gente usa fazer relação de nomes de pessoas a serem atendidas e entrega, coloca ou a envia para que “os outros” façam as irradiações, assim desvencilhando-se de uma responsabilidade mais direta no processo de ajuda e permuta fluídica. A eficiência das irradiações nesse método é deveras questionável. O ideal é que o paciente saiba do atendimento à distância e que na hora marcada também esteja em sintonia, sobretudo, “queira receber” os fluidos, o atendimento, o passe à distância.

O auto-passe

É uma prática muito conhecida, mas que merece reflexões. Enquanto técnica geral de magnetismo, sua justificativa é questionável. Para ser magnetizador é necessário estar harmonizado, porém se necessita receber passes é porque está desarmonizado. Logo, um caso exclui o outro. Mais importante o uso de técnicas de auto-passe é a postura mental e até psico-fisiológica da pessoa, voltada ao equilíbrio e à harmonização de si mesmo.

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Exercícios

1) O que é relação fluídica e qual a finalidade?

2) Como entrar em relação fluídica?

3) Defina tato-magnético e sua finalidade.

4) Explique a psi-sensibilidade e como ela se manifesta no paciente.

5) O que é cola psíquica? Qual a sua importância?

6) Em relação ao sentido da aplicação, como deve ser o passe? Explique

7) O que fadiga fluídica? Qual a causa, seus sintomas e como tratá-la?

8) Às vezes o passista ao fim da aplicação do passe, fica com as dores do paciente. Por que isto

acontece? Como evitar e o que fazer para resolver tal situação?

9) Posso aplicar o passe em crianças, idosos e gestantes de forma igual aos demais pacientes?

Justifique sua resposta.

10) Caso aconteça a incorporação durante o passe, como devemos proceder?

11) Qual a importância do auto-passe?

12) O que são passes à distância? Em que condições são úteis?

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Algumas Recomendações Gerais

Nunca se esgotarão as dúvidas dos que realmente pesquisam, assim como nunca

deixarão de aprender os que se empenham na busca da verdade. Aqui colocaremos

algumas recomendações:

Para os pacientes

Explicar, de forma pública, sistemática e claramente, os benefícios do passe e os

tipos aplicados pela casa. Não temer recomendações que direcionem pacientes a

tratamentos em outras casas espíritas ou mesmo pela Medicina, pois em nada

desmerece o fato de uma casa não dispor de determinado tipo de atendimento, bem

como, o reconhecimento da necessidade da interferência da Medicina.

Sugerir boas leituras, reflexões morais e frequência a boas evangelizações,

esclarecendo que a preparação prévia não se limita à oração mental na sala de

passes, mas a uma postura mental equilibrada e fé interior constantes.

Não se deve estipular prazo para cura nem definir número absoluto de passes.

Por medida de cortesia, também pode-se facultar a idosos, portadores de

deficiências e dificuldades de locomoção, gestantes ou algum outro caso

excepcional, a oportunidade de serem atendidos em caráter de preferência.

Vontade de rir, chorar, correr, respirar ofegante, debater-se ou apavorar-se são

indícios de envolvimento espiritual. Orientar os pacientes portadores dessas

sensações sobre como proceder para evita-las na hora do passe.

Após o passe, sensação de tontura e/ou mal-estar deve ser informada ao setor

responsável, a fim de sejam tomadas as providências cabíveis. Normalmente, esses

mal-estares são resolvidos com aplicação de passes dispersivos, de preferência pelo

mesmo passista que aplicou o passe.

Mudanças muito bruscas como curas instantâneas ou agravamento repentino –

merecem acompanhamento e análise mais detida, Não convém interromper

tratamentos fluídicos só por motivo dessas evidências – As curas instantâneas por

vezes são traiçoeiras, já que é comum debelar-se sensações desagradáveis sem

que o foco tenha sido, de fato, resolvido.

A postura das mãos sobre as pernas (quando sentado) não é relevante.

Aos passistas

A alimentação deve ser leve, especialmente nos dias de atividades.

Vícios não combinam com passistas, mesmo aqueles chamados sociais.

Sexo antes do passe não é proibido, embora não seja recomendável. Quando há

uma excitação sexual, verifica-se uma ativação do centro vital genésico. Este centro

Recomendações Gerais Capítulo 11

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usina fluidos muito densos. Pela interdependência entre os centros vitais, a

exacerbação desse centro vital fará com que os demais busquem harmonizar-se

com ele, provocando uma densificação no tônus fluídico da pessoa. Por isso, a

aplicação de passes após relações sexuais tendem a diminuir a qualidade radiante

dos fluidos e a dificultar a usinagem dos elementos mais sutis dos mesmos.

Uso de medicamentos precisa se observado com atenção. Principalmente, para

quem faz doação de magnetismo humano, remédios controlados, notadamente os

que se destinam ao sistema nervoso, são inibidores de usinagens produtivas além

de, conforme comprova a experiência, ser comum a transferência de substâncias

dos medicamentes pelos fluidos exteriorizados no passe.

Pensamento do passista deve estar sempre voltado às boas idéias e grandes e

nobres ideais. Pensar bem e pensar no bem é dever constante do passista. Boas

leituras são excelentes coadjuvantes nesse preparo.

Exercícios de respiração são recomendados aos passistas, principalmente aos que

usinam seus próprios fluidos para exteriorização.

Pés descalços e gestos exóticos, sem fundamentação teórica ou racional, devem sr

evitados a fim de não desnaturar os passes.

Recomendações Gerais

Gravidez – Recomenda-se à grávidas que evitem aplicar passes magnéticos, já que,

por seus estados, são elas doadoras magnéticas 24 horas ao dia, durante todo o

período gestacional.

Menstruação – Em condições normais, a mulher menstruada não sofre restrições na

aplicação ou na recepção do passe. O que pode impedir a mulher de aplicar o passe

são os desconfortos que muitas sentem nesses períodos.

Idosos – Se o idoso já aplica passes há certo tempo, não será a idade que o

impedirá de continuar na prática e sim uma eventual perda de tônus vital. Essa

perda é verificada pela tendência a entrar em fadiga fluídica e pela necessidade de

largos períodos para recuperação após participação numa atividade de aplicação de

passes. Pra aqueles que até a terceira idade nunca fizeram doação de fluidos

magnéticos, convém não se iniciar na prática, até porque, nessa idade, o mais óbvio

é que a pessoa esteja carecendo de complementos fluídicos.

Crianças e adolescentes – Não é recomendável às crianças e aos adolescentes a

prática da doação fluídica regular, já que eles ainda estão assomando cargas

fluídicas perispirituais para sua própria estruturação fisio-psiquico-fluídica.

Impedimentos diversos – Além dos já considerados, problemas nas faculdades

mentais, severas, desarmonias psicológicas, doenças infecto-contagiosas,

insuficiências vitais, estados obsessivos, depressão e fadiga fluídica são causas

impeditivas. Pessoas em violentos estados de tensão ou sob o impacto de fortes

emoções, precisam antes entrar em harmonia para poderem exercer a contento as

funções de passista,

Comportamento – Tudo se pode estudar, tudo se pode aprender, tudo se pode

ouvir, tudo se pode debater. Sem dúvida, comportamento pesquisador, de análise e

de aprofundamento em questões são atitudes extremamente positivas para o

engrandecimento intelectual da criatura. A postura de vivência cristã, de

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fraternidade, humildade, compreensão, carinho e perdão, de auto-doação, de servir

e, sobretudo, de amar, é que é o mais importante de tudo.

Exercícios

1) Comente algumas recomendações que você acha importantes para os pacientes.

2) Algumas recomendações devem ser consideradas pelos passistas. Comente

algumas delas.

3) Quanto as recomendações gerais, cite e comente.

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“A água é o melhor e o mais poderoso condutor de fluidos de qualquer natureza”

(Espírito Lísias – Nosso Lar)

A água fluidificada, também chamada água magnetizada, de forma alguma pode ser

considerada como uma variante da água benta dos católicos e muito menos uma panaceia

que a tudo se aplica. Tomá-la pelo simples fato de “adquirir bênçãos” ou porque “ingerir

fluidos” faz bem, é não perceber a gravidade que o processo envolve nem como atuam as

trocas, renovações e estabilizações fluídicas por ele patrocinadas.

Via de regra, a água fluidificada tem sido empregada como complemento de terapias

fluídicas, psíquicas e/ou mediúnicas.

Como coadjuvante das terapias fluídicas, sua ação é de fundamental importância. Seja

pelo processo de assimilação pelos órgãos, de uma forma mais direta de suas cargas

fluídicas, seja pela manutenção ou complementação de cargas fluídicas entre os períodos

que intermedeiam os retornos aos passes, a ingestão da água fluidificada corrobora para

uma elevação bastante significativa nos níveis de melhora dos tratamentos em relação

àqueles outros que não a empregam.

No livro Nos Domínios da Mediunidade capítulo 12 que aborda o processo de

fluidificação da água, vemos a informação do Benfeitor espiritual Áulus; “O líquido simples

receberá recursos magnéticos de subido valor para o equilíbrio psicofísico dos

circunstantes”. (...) “por intermédio da água fluidificada – continuou Áulus -, precioso esforço

de medicação pode ser levado a efeito. Há lesões e deficiências no veículo espiritual a se

estamparem no corpo físico, que somente a intervenção magnética consegue aliviar, até

que os interessados se disponham à própria cura”.

A água absorverá toda a energia, conforme André Luiz descreve, tornando-se um

medicamento de alto potencial curativo, cujo objetivo é aliviar as lesões que produzimos em

nosso períspirito.

Tipos de Fluidificação

Temos duas grandes fontes de fluidificação de água;

1- Espiritual – os fluidos aí considerados são os que, predominantemente, vem ou

provém do Mundo Espiritual, com ou sem a intermediação de médium, magnetizador

ou passista.

Neste caso, o passista pouco tem a ofertar de si mesmo, a não ser as vibrações de

paz, amor e harmonia, todo um processo de oração favorável a uma boa fluidificação

e da cola-psíquica.

A Água Fluidificada Capítulo 12

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Ano livro O Consolador, de Emmanuel, questões 103 e 104, que abordam

especificamente sobre a água fluidificada:

103. No tratamento ministrado pelos Espíritos amigos, a água fluidificada, para um

doente, terá o mesmo efeito em outro enfermo?

- “A água pode ser fluidificada, de modo geral em benefício de todos; todavia, pode sê-lo em

caráter particular para determinado enfermo, e, neste caso, é conveniente que o uso seja

pessoal e exclusivo.”

104. Existem condições especiais para que os Espíritos amigos possam fluidificar a

água pura, como sejam as presenças de médiuns curadores, reuniões de vários elementos,

etc.?

- “A caridade não pode atender a situações especializadas, A presença de médiuns

curadores , bem como as reuniões especiais, de modo algum podem constituir o preço do

benefício aos doentes, porquanto os recursos dos guias espirituais, nessa esfera de ação,

podem independer do concurso medianímico, considerando o problema dos méritos

individuais.”

Emmanuel coloca muito claro que para fluidificar a água não há necessidade de

médiuns curadores, pois os Benfeitores espirituais, irão colocar os fluidos salutares na água

para que ela sirva de medicamento para as pessoas.

Basta que se coloque o(s) recipiente(s) com a água para fluidificar, em lugar

determinado para tal tarefa, e se solicite aos Espíritos, por prece sincera, que providenciem

a fluidificação da água ali depositada.

“Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, na solução de tuas

necessidades físico-psíquicas ou nos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros,

coloca o teu recipiente de água cristalina, à frente de tuas orações, espera e confia. O

orvalho do Plano Divino magnetizará o líquido, com raios de amor em forma de bênçãos e

estará, então, consagrando o sublime ensinamento de água pura, abençoado nos Céus.”

(Emmanuel – Segue-me, cap intitulado A Água Fluida)

2- Magnética (humana) – Aqui os fluidos são oriundos basicamente do(s)

magnetizador(es) ou passista(s). Também se incluem aqui o caso das fluidificações

mistas, até porque, por tudo que aprendemos no estudo atento à Codificação,

“quando operamos no sentido do bem, bons Espíritos nos secundam os esforções.”

Na fluidificação magnética, a participação do passista é bem mais efetiva que no caso

anterior. Ele usinará fluidos para exteriorização e perceberá, com muito maior nitidez, o fluir

desses fluidos por seus pólos de exteriorização, geralmente as mãos.

“O Espírito atuante é o do magnetizador, quase sempre assistido por outro Espírito. Ele opera uma transmutação por meio do fluido magnético que (...) é a substância que mais se aproxima da matéria cósmica, ou elemento universal. Ora desde que ele pode operar uma modificação nas propriedades da água, pode também produzir um fenômeno análogo com os fluidos do organismo, donde o efeito curativo da ação magnética, convenientemente dirigida”. (Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, cap 8, item 131).

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Objetivos dos Passes

1) Geral – é aquele que não tem uma particularidade a ser tendida que não seja a de renovar ou fortalecer o campo fluídico do paciente. A água fluidificada, segundo essa adjetivação, usualmente, pode ser sorvida, por qualquer pessoa fazendo melhor efeito naquela que absorver os fluidos ali contidos com mais fé e confiança no tratamento.

Recomendações

Tome-a com fé e em estado de oração.

Não abuse para que, de futuro, o descaso ou desrespeito ao benefício não o torne inócuo.

Havendo recomendação (posologia) de uso, siga-a corretamente, em não havendo, dê preferência a bebê-la pela manhã, ao despertar e à noite, ao deitar, sempre em oração.

Se a água faz parte de um tratamento, não convém desperdiça-la com quem não precisa desse importante elemento de terapia fluídica.

2) Específico – é aquele que tem destino e objetivos bem específicos, tanto em termos de paciente como para atendimento de determinados problemas. Na maioria das vezes, essa fluidificação é magnética, mas o Mundo Espiritual está sempre presente. A água fluidificada específica, salvo as exceções, não dever ser sorvida por quem não esteja diretamente indicado para tal. Esse cuidado é recomendado por não sabermos exatamente que substâncias ou psi-sensibilidades ali estão depositadas e, portanto, desconhecemos até que ponto o concentrado fluídico poderá ou não desaguar em desarranjos ou desarmonias de variada performance a quem, inadvertidamente, bebê-la.

Recomendações

Guardá-la de forma a não confundi-la com a contida em outros vasilhames.

Seguir. O mais rigorosamente possível, a posologia indicada.

Evitar que a água esteja ou venha a estar contaminada com impurezas.

Observações Complementares

As imposições sobre os vasilhames com água também atendem aos princípios da naturalidade de exteriorização fluídica do passista.

Não há necessidade de se fazer técnicas dispersivas em vasilhames com água fluidificadas.

Lembrar sempre de agradecer a Deus por todas as bênçãos recebidas, inclusive, pelos benefícios que serão auferidos pela ingestão daquela água.

No caso da fluidificação nos lares, por ocasião do culto do Evangelho no Lar, reconhecer que aos Espíritos não cabe a obrigação da fluidificação, por isso mesmo, devemos ter sempre a humildade de solicitar-lhes a interferência fluídica a nosso favor.

Não estranhar eventuais rações como enjôos ou tonturas, pois sendo consequência da água, rapidamente o organismo se adaptará ao novo estado fluídico. Caso permaneça, ir diminuindo as quantidades ingeridas. Persistindo os mal-estares, retornar ao Centro Espírita, onde deverá ser aplicados dispersivos. Outro vasilhame deverá ser fluidificado.

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É importantíssimo que o paciente tenha consciência dos efeitos da água fluidificada, até mesmo para que ele valorize mais seriamente o tratamento a que está submetido.

A água tanto será fluidificada em vasilhames de plástico como de vidro ou qualquer outro material; em recipientes claros ou escuros; com eles tampados ou abertos; com água fria, morna ou natural; pela manhã, tarde ou noite. O mais importante é que o vasilhame esteja livre de elementos de contaminação e que a água seja potável.

Pesquisas que comprovam as transformações da água

A prática do Espiritismo tem uma componente científica. Agora, são os cientistas não espíritas que o vêm comprovar. Vamos estudar algumas experiências científicas que provam a eficácia da fluidoterapia, prática comum nas associações espíritas, que engloba o passe espírita (transmissão do magnetismo humano mais energias espirituais para a pessoa necessitada) e a água magnetizada por essas mesmas energias.

A água é extremamente sensível a muitos tipos de radiações. O cientista americano de pesquisas industriais Robert N. Miller e o físico Prof. Philip B. Reinhart inventaram quatro instrumentos independentes, para demonstrar que um pouco de energia emanada das mãos de um curador pode dar início a uma alteração da ligação molecular entre o hidrogênio e o oxigênio das moléculas de água. Considerando que o corpo é composto de água na sua maior parte, e desde que descobrimos que a água é extraordinariamente sensível às irradiações de um amplo espectro de energias; considerando, ainda, que estamos a aumentar a nossa possibilidade para detectar e medir instrumentalmente o fluxo de várias energias que emanam do corpo do curador, podemos enxergar as inferências disso como sendo de grande projeção.

("As curas Paranormais", George Meek, Ed. Pensamento, 1995).

O Dr. Bernard Grad, bioquímico e pesquisador de geriatria no «McGill University's Allen Memorial Institute», no Canadá, fez experiências muito interessantes na Universidade de McGill, Montreal, Canadá na década de 1960. O trabalho do Dr. Grad a respeito da cura pelo toque das mãos foi reconhecido e Grad recebeu um prémio da Fundação CIBA, uma fundação científica fundada por um grande laboratório farmacêutico. Ele efectuou experiências com sementes de cevada, com ratos e análise da estrutura molecular da água.

1. Nas suas experiências com sementes de cevada, Grad fez o seguinte: substituiu humanos por plantas e animais, para evitar o efeito placebo. Colocou sementes de cevada de molho em água salgada (retarda o crescimento), com objetivo de criar plantas doentes. Pediu a um curador psíquico (um passista) que fizesse imposição das mãos sobre a água salgada (água tratada), num recipiente, que seria usada para a germinação das sementes. As sementes foram colocadas em água salgada (tratada pelo passista e não tratada). Foram colocadas de seguida numa estufa, onde o processo de germinação e crescimento foi acompanhado. Bernard Grad verificou que as sementes submetidas à água tratada pelo passista germinavam com maior frequência do que as outras. Depois de germinadas, as sementes foram colocadas em potes e mantidas em condições semelhantes de crescimento. Após várias semanas, e de acordo com uma análise estatística, as plantas regadas com a água tratada eram mais altas e tinham um maior conteúdo de clorofila. (Medicina Vibracional, Ed. Cultrix, Richard Gerber, 1997).

Bernard Grad efetuou outra experiência muito interessante:

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Grad lembrou-se de dar a água para pacientes psiquiátricos segurarem. Essa mesma água foi depois usada para tratar as sementes de cevada. A água energizada pelos pacientes que estavam seriamente deprimidos, produziu um efeito inverso ao da gua tratada pelo passista: ela diminuiu a taxa de crescimento das plantinhas novas (Jeanne P. Rindge in As Curas Paranormais, George W. Meek, Ed. Pensamento, 10ª edição, 1995, Cap. 13, pp. 158-159).

O passe espírita é uma transfusão de energias psíquicas e espirituais que alteram o campo celular, contribuindo assim para a saúde física e psíquica da pessoa necessitada.

Ainda numa outra experiência: G rad analisou a água quimicamente para verificar se a energização (através do passe pela imposição das mãos) havia provocado alguma alteração física mensurável. Análises por espectroscopia de infravermelho revelaram a ocorrência de significativas alterações na água tratada pelo passista... o ângulo de ligação atómica da água havia sido ligeiramente alterado... bem como diminuição na intensidade das ligações por pontes de hidrogénio entre as moléculas de água... e significativa diminuição na tensão superficial.» (Gerber, 1997).

Masaru Emoto, um pesquisador japonês publicou um livro importante, “A mensagem da água”, baseado em seus achados nas pesquisas que fez em todo o mundo.

Com o trabalho de Emoto, temos evidências factuais de que a energia humana vibracional, os pensamentos, as palavras, as idéias e a música afetam a estrutura molecular da água, a mesma água que compõe 70% do corpo humano maturo e cobre a mesma porcentagem do nosso planeta. A água é a fonte de toda a vida neste planeta e sua qualidade e integridade são vitalmente importantes para todas as formas de vida. O corpo é semelhante a uma esponja e é composto de trilhões de células que contém líquidos. A qualidade de nossa vida está diretamente ligada à qualidade da nossa água.

A água é uma substância muito maleável. Sua forma física se adapta facilmente a qualquer ambiente. Mas sua aparência física não é a única coisa que muda: sua forma molecular também se altera. A energia ou as vibrações do meio ambiente mudarão a forma molecular da água. Neste sentido, não somente a água tem a capacidade de refletir visualmente o meio ambiente, mas ela reflete este meio ambiente também a nível molecular.

Emoto tem documentado visualmente estas modificações moleculares através de suas técnicas fotográficas. Ele congela gotículas de água e as examina em fotomicroscópio de campo escuro. Seu trabalho demonstra claramente a diversidade da estrutura molecular da água e o efeito do ambiente nessa estrutura.

Exercícios

1) O que é água fluidificada?

2) O que torna a água tão importante na fluidoterapia espírita?

3) Quais os tipos de fluidificação? Defina cada um deles

4) Quais os objetivos do passe?

5) De acordo com o que você entendeu neste capítulo, como se faz a fluidificação

da água

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Referências Bibliográficas:

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Sites:

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www.infoescola.com