passe mini curso basico

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PASSESumrioAtitudes que minam resistncias............................................................................................................. 3 Breve Histrico sobre Magnetismo ......................................................................................................... 5 Imposio de mos ............................................................................................................................... 10 Organizao dos Passes ........................................................................................................................ 13 Consideraes Sobre o Passe ................................................................................................................ 15 Foras psquicas no passe ..................................................................................................................... 18 O Passe ................................................................................................................................................. 20 O Passe - Respostas s Perguntas mais Frequentes ............................................................................... 22 INTRODUO .................................................................................................................................... 22 CONCEITOS RELATIVOS AO PASSE ..................................................................................................... 22 CENTROS VITAIS, AURAS E CORPOS ................................................................................................... 25 O PASSISTA E O PASSE ....................................................................................................................... 26 O PACIENTE E O PASSE ...................................................................................................................... 31 A CMARA DO PASSE ........................................................................................................................ 35 A TAREFA DO PASSE .......................................................................................................................... 36 O PASSISTA DURANTE A TAREFA ....................................................................................................... 39 O PACIENTE DURANTE A TAREFA....................................................................................................... 42 O PASSE ............................................................................................................................................ 44 PASSE E TCNICA............................................................................................................................... 47 O QUE FAZER QUANDO... .................................................................................................................. 50 Objetivos, Mecanismos de Ao e Resultados ....................................................................................... 51 Passes ................................................................................................................................................... 56 Na hora do passe............................................................................................................................... 59 Passes -Curso Bsico ............................................................................................................................. 61 IMPOSIO DAS MOS ..................................................................................................................... 61 Introduo ........................................................................................................................................ 62 Conceito ........................................................................................................................................... 63 Perisprito ......................................................................................................................................... 63 Breve Histrico.............................................................................................................................. 63 Classificao...................................................................................................................................... 64 1

Corpo Humano.................................................................................................................................. 65 SISTEMA CARDIO-VASCULAR ............................................................................................................. 66 SISTEMA DIGESTIVO .......................................................................................................................... 67 Chacras e Plexos................................................................................................................................ 68 O Perisprito e as Doenas ................................................................................................................. 69 Preparo do Passista e do Paciente ..................................................................................................... 69 O Fluido Magntico ........................................................................................................................... 71 Contato ............................................................................................................................................. 71 Passes Longitudinais ......................................................................................................................... 72 Passe diferente ..................................................................................................................................... 74 O impasse poder levar-nos a titubear. ............................................................................................. 74 O passe sempre o passe. ................................................................................................................ 75 O passista no possui poderes mgicos. ............................................................................................ 76 uma questo de afinidade. ................................................................................................................. 76

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Atitudes que minam resistnciasOctvio Camo Serrano Quando certo rgo fsico apresenta-se dolorido, fica identificado, com antecedncia, que um problema qualquer est surgindo e que preciso providncias. Assim so a dor de dente, a lcera, a cefaleias, uma articulao enrijecida, dores diversas. Vejam que no estamos falando em profilaxia, que consiste em examinar-se antes de sentir qualquer sintoma de doena, em inteligente trabalho de preveno. Estamos nos referindo aos quadros que j mostram a existncia de problemas. Os males do esprito tambm se identificam por meio de rgos enfermos. No h patologia fsica, mas apesar de o corpo ainda estar saudvel, o inquilino no est cuidando da casa como deveria. A est poluindo e no a mantm dentro dos princpios de higiene. Sujo o corpo, pelos desequilbrios, comeam os distrbios do esprito. Assim que rapidamente a pessoa comea a ficar insatisfeita com a sua vida. Nada do que ela tem lhe causa prazer. Chega a desagradar-se at do prprio nome, ainda que seja bonito. Olha a vida com culos negros e o colorido do mundo comea a dissipar-se. Sente-se um abandonado. Por essa razo, no podemos deixar que cresam em ns os maus pensamentos. Eles so a negao da f. Se ao rezar a orao do Pai Nosso concordamos que seja feita a vontade de Deus e no a nossa, temos que confirmar na prtica, ainda que essa vontade no coincida com o que esperamos. As doenas fsicas so o registro das enfermidades espirituais. Uma vez nascidas na mente, e no nos referimos ao crebro fsico, elas lesam os rgos do perisprito, os centros de foras, ou chacras como preferem alguns, atchegar aos tecidos e causar leses. comum certas pessoas se dirigirem ao mdico, em face de dores que as incomodam e, aps os exames e as radiografias, o doutor afirmar que elas no tm nada. Na verdade no tm, ainda. Os sintomas esto nas telas fludicas, duplo etreo, perisprito, ou em uma ou mais camadas sutis que formam o homem juntamente com o corpo de carne. As enfermidades j nasceram e esto se dirigindo para o corpo, mas seu trajeto pode ser interrompido. Esta a razo por que o passe aplicado no centro esprita, que se destina a fortalecer magneticamente o assistido ou equilibr-lo moral ou psiquicamente, tem sua eficincia. Funciona como um processo de reverso e a doena que j vinha caminhando em direo matria fsica comea a desintegrar-se no caminho at desaparecer. Por isso a medicina do futuro a psicossomtica. O mdico que no tratar da alma juntamente com o corpo, est condenado ao fracasso. A afirmativa de que no h doenas, mas doentes, cada dia melhor compreendida.3

Ningum espere sua obsesso ficar grande para correr no centro em busca de socorro. Observe-se, e toda vez que perceber algo estranho, v buscar ajuda nessas casas, que so todas filiais ou departamentos da mesma casa matriz de Jesus. E as sementes que fazem nascer as grandes rvores da obsesso, so a sonolncia sem razo, irritabilidade, incapacidade de dizer uma prece ou ler um livro edificante, desinteresse pela vida, preguia, cansao sem causa que justifique, mania de perfeio, avareza mesmo nas coisas mais midas, insistir em ser dono da verdade, queixas insistentes de dores reais ou imaginrias. Em uma anlise do que acima foi mencionado, todos argumentaro que se esses so os sintomas do desequilbrio espiritual, que nos levam aos processos obsessivos, ento a humanidade sofre de obsesso crnica e epidmica. E se nos perguntassem, responderamos que sim. Em razo dos valores que o mundo elegeu como bsicos, onde o egosmo ultrapassou os limites do suportvel para uma convivncia, no h esprito pisando o cho deste planeta que possa garantir-se sadio. Esta afirmativa em nada desmerece o homem da Terra, que aqui reencarnou por ser gmeo dela. Mas considerando-se a longevidade do esprito, no restrita aos poucos minutos espirituais de uma encarnao, o esforo de melhoramento deve fazer parte das nossas metas. Quem menosprezar as coisas midas, taxando-as de insignificantes e secundrias, srio candidato a perder-se no labirinto de suas prprias aflies. (Publicado no Jornal A Voz do Esprito -Edio 89: Janeiro -Fevereiro de 1998)

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Breve Histrico sobre MagnetismoAdilton Pugliese Identificar as origens da terapia esprita conhecida como passes realizar longa viagem aos tempos imemoriais, aos horizontes primitivos da pr-histria, porquanto essa tcnica de cura est presente em toda a histria do homem. "Desde essa poca remota, o homem e os animais j conviviam com o acidente e com a doena. Pesquisas destacam que os dinossauros eram afetados' por tumores na sua estrutura ssea; no homem do perodo paleoltico e da era neoltica h evidncia de tuberculose da espinha e de crises epilpticas". "Herculano Pires diz que o passe nasceu nas civilizaes antigas, como um ritual das crenas primitivas. A agilidade das mos sugeria a existncia de poderes misteriosos, praticamente comprovados pelas aes cotidianas da frico que acalmava a dor. As bnos foram as primeiras manifestaes tpicas dos passes. O selvagem no teorizava, mas experimentava, instintivamente, e aprendia a fazer e a desfazer as aes, com o poder das mos". No Antigo Testamento, em II Reis, encontramos a expectativa de Naam: "pensava eu que ele sairia a ter comigo, por-se-ia de p, invocaria o nome do Senhor seu Deus, moveria a mo sobre o lugar da lepra, e restauraria o leproso". Na Caldia e na ndia, os magos e brmanes, respectivamente, curavam pela aplicao do olhar, estimulando a letargia e o sono. No Egito, no templo da deusa Isis, as multides a acorriam, procurando o alvio dos sofrimentos junto aos sacerdotes, que lhes aplicavam a imposio das mos. Dos egpcios, os gregos aprenderam a arte de curar. O historiador Herdoto destaca, em suas obras, os santurios que existiam nessa poca para a realizao das frices magnticas. Em Roma, a sade era recuperada atravs de operaes magnticas. Galeno, um dos pais da medicina moderna, devia sua experincia na supresso de certas doenas de seus pacientes inspirao que recebia durante o sono. Hipcrates tambm vivenciou esses momentos transcendentais, bem como outros nomes famosos, como Avicena, Paracelso... Baixos relevos descobertos na Caldia e no Egito, apresentam sacerdotes e crentes em atitudes que sugerem a prtica da hipnose nos templos antigos, com finalidades certamente teraputicas. "Com o passar dos tempos, curandeiros, bruxas, mgicos, faquires e, at mesmo, reis (Eduardo, O Confessor; Olavo, Santo Rei da Noruega e vrios outros) utilizavam os toques reais". Depreendemos, a partir desses breves registros, que a arte de curar atravs da influncia magntica era prtica normal desde os tempos antigos, sobretudo no tempo de Jesus, quando os seus seguidores exercitavam a tcnica da cura fludica5

atravs das mos. Em o Novo Testamento vamos encontrar o momento histrico do prprio Mestre em ao: E Jesus, estendendo a mo, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da lepra. "Os processos energticos utilizados pelo Grande Mestre da Galilia so ainda uma incgnita. O talita kume! ecoando atravs dos sculos, causa espanto e admirao. A uma ordem do Mestre, levanta-se a menina dada como morta, pranteada por parentes e amigos". Todos esses fatos longnquos pertencem ao perodo anterior a Franz Anton Mesmer, nascido a 23.05.1733 em Weil, ustria. Educado em colgio religioso, estudou Filosofia, Teologia, Direito e Medicina, dedicando-se tambm Astrologia. "No sculo XVIII, Mesmer, aps estudar a cura mineral magntica do astrnomo jesuta Maximiliano Hell, professor da Universidade de Viena, bem como os trabalhos de cura magntica de J.J. Gassner, divulgou uma srie de tcnicas relativas utilizao do magnetismo humano, instrumentalizado pela imposio das mos. Tais estudos levaram-no a elaborar a sua tese de doutorado -De Planetarium Inflexu, em 1766 de cujos princpios jamais se afastou. Mais tarde, assumiram destaque as experincias do Baro de Reichenbach e do Coronel Alberto de Rochas". Mesmer admitia a existncia de uma fora magntica que se manifestava atravs da atuao de um "fluido universalmente distribudo, que se insinuava na substncia dos nervos e dava, ao corpo humano, propriedades anlogas ao do im. Esse fluido, sob controle, poderia ser usado como finalidade teraputica". Grande foi a repercusso da Doutrina de Mesmer, desde a publicao, em 1779, das suas proposies: A memria 50bre a descoberta do Magnetismo Animal, passando, em seguida, a ser alvo de hostilidades e, em face das surpreendentes experincias prticas de terapia, conseguindo curas considerveis, na poca vistas como maravilhosas, transformar-se em tema de discusses e estudos. "Em breve, formaram-se dois campos: os que negavam obstinadamente todos os fatos, e os que, pelo contrrio, admitiam-nos com f cega, levada, algumas vezes at exagerao". Enquanto a Faculdade de Medicina de Paris "proibia qualquer mdico declarar-se partidrio do Magnetismo Animal, sob pena de ser excludo do quadro dos doutores da poca", um movimento favorvel s idias de Mesmer levava formao das Sociedades Magnticas, sob a denominao de Sociedades de Harmonia, que tinham por fim o tratamento das molstias. Em Frana, por toda a parte, curava-se pelo novo mtodo. "Nunca, diria Du Potet, a medicina ordinria ofereceu ao pblico o exemplo de tantas garantias", em face dos relatrios confirmando as curas, que eram impressos e distribudos em grande quantidade para esclarecimento do povo.

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Como destacamos, o Magnetismo era tema principal de observao e estudos, sendo designadas Comisses para estudar a realidade das tcnicas mesmerianas, atraindo a ateno de leigos e sbios. Em 1831, a Academia de Cincias de Paris, reestudando os fenmenos, reconhece os fluidos magnticos como realidade cientfica. Em 1837, porm, retrata-se da deciso anterior, e nega a existncia dos fluidos. Deduz-se que essa atitude dos relatores teria sido provocada pela forma adotada pelos magnetizadores para tornar popular a novel Doutrina: explorando o que se chamou A Magia do Magnetismo, utilizando pacientes sonamblicos, teatralizando a srie de fenmenos que ocorriam durante as sesses, e as encenaes ruidosas, que ficaram conhecidas como a Cmara das Crises ou O Inferno das Convulses, tendo como destaque central a Tina de Mesmer -uma grande caixa redonda feita de carvalho, cheia de gua, vidro modo e limalha de ferro, em torno da qual os doentes, em silncio, davam-se as mos, e apoiavam as hastes de ferro, que saiam pela tampa perfurada, sobre a parte do corpo que causava a dor. Todos eram rodeados por uma corda comprida que partia do reservatrio, formando a corrente magntica. Todo esse aparato, porm, no era apropriado para convencer os observadores do efeito eficaz e positivo das imposies e dos passes. Ipso facto, as Comisses se inclinaram pela condenao do Magnetismo, considerando que as virtudes do tratamento ficavam ocultas, enquanto os processos empregados estimulavam desconfiana e descrdito. Os seguidores de Mesmer, entretanto, continuaram a pesquisar e a experimentar. "O Marqus de Puysgur descobre, custa de sugestes tranquilizadoras aos magnetizados; o estado sonamblico do hipnotismo; seguem os seus passos Du Potet e Charles Lafontaine". No sul da Alemanha, o padre Gassner leva os seus pacientes ao estado catalptico, usando frmulas e rituais, admitindo a influncia espiritual. Em 1841, um mdico ingls, o Dr.James Braid, de Manchester, surpreendeu-se com a singularidade dos resultados produzidos pelo conhecido magnetizador Lafontaine, assistindo uma de suas sesses pblicas, ao agir sobre os seus pacientes, fixando-lhes os olhos e segurando-lhes os polegares. Braid, em seus trabalhos e escritos cientficos, procurou explicar o estado psquico especial, que era comum nos fenmenos ditos magnticos, sonamblicos e sugestivos. Em seus derradeiros trabalhos passou a admitir a hiptese de dois fenmenos de efeitos semelhantes: um hipntico, normal, devido a causas conhecidas e um magntico, paranormal, a exemplo da viso a distncia e a previso do futuro. Outros pesquisadores seguiram-no: Charcot, Janet, Myers, Ochorowicz, Binet e outros.7

Em 1875, Charles Richet, ento ainda estudante, busca provar a autenticidade cientfica do estado hipntico, que segundo ele, mais no era que um estado fisiolgico normal, no qual a inteligncia se encontrava, apenas, exaltada". Antes, porm, em Paris, o Magnetismo tambm atrair a ateno do pedagogo, homem de cincias, Professor Hippolyte Lon Denizard Rivail. Consoante o Prof. Canuto Abreu, em sua clebre obra O Livro dos Espritos e sua Tradio Histrica e Lendria, Rivail integrava o grupo de pesquisadores formado pelo Baro Du Potet (1796-1881), adepto deMesmer, editor do Journal du Magntisme e dirigente da Sociedade Mesmeriana. pgina 139 dessa elucidativa obra, depreende-se que o Prof. Rivail freqentava, at 1850, sesses sonamblicas, onde buscava soluo para os casos de enfermidades a ele confiados, embora se considerasse modesto magnetizador. Os vnculos, do futuro Codificador da Doutrina Esprita, com o Magnetismo, ficam evidenciados nas suas anotaes intimas, constantes de Obras Pstumas, relatando a sua iniciao no Espiritismo, quando em 1854 interessa-se pelas informaes que lhe so transmitidas pelo magnetizador Fortier, sobre as mesas girantes, que lhe diz: "parece que j no so somente as pessoas que se podem magnetizar"..., sentindo-se vontade nesse dilogo com o ento pedagogista Rivail. So dois magnetizadores, ou passistas, que se encontram e abordam questes do seu ntimo e imediato interesse. Mais tarde, ao escrever a edio de maro de 1858 da Revista Esprita, quase um ano aps o lanamento de O Livro dos Espritos em 18.04.1857, Kardec destacaria: " O Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo(...). Dos fenmenos magnticos, do sonambulismo e do xtase s manifestaes espritas(...) sua conexo tal que, por assim dizer, impossvel falar de um sem falar de outro". E conclui, no seu artigo: "Devamos aos nossos leitores esta profisso de f, que terminamos com uma justa homenagem aos homens de convico que, enfrentando o ridculo, o sarcasmo e os dissabores, dedicaram-se corajosamente defesa de uma causa to humanitria o depoimento inconteste do valor e da profunda importncia da terapia atravs dos passes, e, mais tarde, em 1868, ao escrever a quinta e ltima obra da Codificao, A Gnese, abordaria ele a "momentosa questo das curas atravs da ao fludica", destacando que todas as curas desse gnero so variedades do Magnetismo, diferindo apenas pela potncia e rapidez da ao. O princpio sempre o mesmo: o fluido que desempenha o papel de agente teraputico, e o efeito est subordinado sua qualidade e circunstncias especiais. Os passes tm percorrido um longo caminho desde as origens da humanidade, como prtica teraputica eficiente, e, modernamente, esto inseridos no universo das chamadas Teraputicas Espiritualistas. Tem sido exitosa, em muitos casos, a sua aplicao no tratamento das perturbaes mentais e de origem patolgica. Praticado, estudado, observado sob variveis nomenclaturas, a exemplo de magnoterapia, fluidoterapia,8

bioenergia, imposio das mos, tratamento magntico, transfuso de energia-psi, o passe vem notabilizando a sua qualidade teraputica, destacando-se seus desdobramentos em Passe Espiritual (energias dos Espritos), Passe Magntico (energias do mdium) e Passe Medinico (energias dos Espritos e do mdium), constituindo-se, na atualidade, em excelente terapia praticada largamente nas Instituies Espritas. Amparado por um suporte cientfico, graas, sobretudo, s experincias da Kirliangrafia ou efeito Kirlian, de que se tm ocupado investigadores da rea da Parapsicologia, e s novas descobertas da Fsica no campo da energia, vem obtendo a aceitao e a prescrio de profissionais dos quadros da Medicina, sobretudo da psiquitrica, confirmando a excelncia do Espiritismo, que explica a etiologia das enfermidades mentais e oferece amplas possibilidades de cura desses distrbios psquicos, ampliando a ao teraputica da Psicoterapia moderna.BIBLIOGRAFIA

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O Tnel e a Luz, Carlos Bernardo Loureiro A Gnese, Allan Kardec Obras Pstumas, Allan Kardec As Mesas Girantes e o Espiritismo, Zeus Wantuil O Espiritismo Perante a Cincia, Gabriel Delanne Parapsicologia Didtica, Raul Marinuzzi Curas Espirituais, George W. Meek Magnetismo Curativo, Alphonse Bu Boletim Mdico Esprita, AME/SP -1985 O Passe, Jacob Melo Do Sistema Nervoso Mediunidade, Ary Lex Diretrizes de Segurana, Divaldo P. Franco e J. Raul Teixeira Luz do Espiritismo, Vianna de Carvalho/Divaldo P. Franco. Entre a Matria e O Esprito, A. Csar Perri de Carvalho e Osvaldo Magno Filho

(Terapia pelos Passes Projeto Manoel P. Miranda Editora Leal)

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Imposio de mosIvan Arantes Levenhagen Em muitos centros espritas, nos quais tivemos a oportunidade de realizar exposies ou participar de encontros fraternos, procuramos abordar a questo dos passes com os respectivos dirigentes, tendo como dupla finalidade conhecer e, posteriormente, comparar a forma adotada nos trabalhos com a que nos orientam as obras codificadas por Allan Kardec. Entre tantas observaes colhidas nestes dilogos informais alguns pontos nos chamaram mais a ateno, entre os quais podemos citar: a utilizao de luzes coloridas na sala de passes e a movimentao dos braos na aplicao dos mesmos. Neste artigo procurarei abordar este ltimo, deixando aquele para uma prxima oportunidade. Antes de afirmarmos alguma coisa, far-se- necessrio buscar a base doutrinria sobre a qual iremos construir nossa singela opinio, cabendo a cada um analis-la, buscando a justeza dos comentrios, ou descart-la. Em O Livro dos Mdiuns, cap. XIV, Kardec nos fala sobre a mediunidade curadora. O dilogo com os Espritos se inicia com a tentativa de estabelecer a diferena entre magnetizadores e mdiuns curadores. Na segunda pergunta do dilogo, do codificador com os Espritos, encontramos: Se magnetizas com o propsito de curar, por exemplo, e invocas um bom Esprito que se interessa por ti e pelo teu doente, ele aumenta a tua fora e a tua vontade, dirige o teu fluido e lhe d as qualidades necessrias." Inicialmente lembraremos que a invocao de que falam os espritos acontece mediante uma simples orao, uma prece, uma transmisso do pensamento do encarnado em direo ao desencarnado. Pois bem, respondendo o desencarnado invocao e estando presente ao momento em que ocorrer a transmisso de fluidos, o mesmo: 1) Aumenta a fora e a vontade do encarnado; 2) Dirige o fluido exteriorizado pelo encarnado; 3) D as qualidades necessrias a estes fluidos. Ora, se so os Espritos desencarnados que dirigem os fluidos e do aos mesmos as qualidades necessrias para aliviar, ou mesmo curar, determinada enfermidade, perguntamos: qual a necessidade da movimentao de mos na aplicao do passe? Ns, como encarnados, no temos a Cincia de manipulao dos fluidos, assim como muitos de ns no possumos a competncia necessria para trabalharmos com substncias qumicas com a devida cautela. Muitos podem replicar que so os guias que os intuem para direcionar as mos para determinada parte do corpo daquele que est recebendo os passes.10

Mas esta afirmao no faz sentido, pois os Espritos responsveis pelos trabalhos de passes direcionam e manipulam livremente os fluidos, independente se as mos do encarnado esto ou no direcionadas para este ou aquele rgo. O Esprito Andr Luiz elucida no livro Missionrios da Luz, captulo 19, que no basta somente a boa vontade para os tcnicos responsveis pela manipulao dos fluidos, mas que precisam deter qualidades de ordem superior e conhecimentos especializados. Acreditamos que uma das causas deste bailar de mos dos mdiuns passistas reside em uma leitura rpida e superficial das obras de Andr Luiz, trazendo para a prtica cotidiana das casas espritas tcnicas com as quais no sabemos lidar, em vista de no possuirmos conhecimentos especializados para agirmos de forma direta. Existe, portanto, uma grande diferena entre os passes aplicados por um Esprito desencarnado e por um Esprito encarnado, pois enquanto o primeiro sabe quando detm as qualidades e conhecimentos necessrios como atuar, o segundo dever proporcionar o equilbrio necessrio para que a exteriorizao dos seus prprios fluidos no prejudique o trabalho desenvolvido no plano espiritual pelas entidades responsveis. Tendo em vista o que acabamos de desenvolver, faz-se imprescindvel que os passes, como tcnicas, sejam substitudos pela simples imposio de mos, visto que os movimentos coordenados dos braos e mos ferem o bom-senso e a lgica, fundamentais para que haja coerncia doutrinria. Na Revista Esprita editada por Kardec, encontramos um artigo no ms de setembro de 1865, intitulado Cura pela Magnetizao Espiritual. Este artigo aborda um caso muito interessante de cura fsica, testemunhado pelo codificador. Eis como tudo se inicia: Na manh de 26 de maio ltimo, a Sra. Maurel, nossa mdium vidente e escrevente mecnico, deu uma queda desastrosa e quebrou o ante-brao, um pouco abaixo do cotovelo. A fratura complicada por distenses no punho e no cotovelo, estava bem caracterizada pela crepitao dos ossos e inchao, que so os sinais mais certos. Os pais da mdium estavam prontos para chamar um mdico quando a mesma tomou de um lpis e escreveu mediunicamente, com a mo esquerda: "No procureis um mdico; eu me encarrego disto. Demeure" [ver nota ao final]. s noites dos dias 26, 27, 28, 29 e 30 de maio de 1865, um grupo de pessoas eram convidadas casa da Sra. Maurel para acompanharem o tratamento, o qual tinha incio com a magnetizao da mdium, que entrava em transe sonamblico aguardando a atuao dos Espritos. Em determinado trecho do artigo, Kardec formula uma indagao e a responde logo em seguida: Qual o papel do mdium magnetizador durante esse trabalho? Aos nossos olhos parecia inativo; com a mo direita apoiada na espdua da sonmbula, contribua com sua parte para o fenmeno, pela emisso de fluidos necessrios sua realizao. Aqui interrompemos o nosso relato, solicitando aos interessados para lerem o artigo na ntegra, e voltamos ao objetivo a que nos propomos atingir, acrescentando que no dia 04 de maio de 1865, portanto oito dias aps o acidente,11

a mdium estava totalmente curada. A resposta de Kardec sua prpria indagao conclui de forma direta o que temos procurado demonstrar, ou seja, que os mdiuns passistas so doadores de fluidos, os quais so manipulados e dirigidos pelos Espritos. Terminando, finalmente, nossa breve reflexo, direcionamos o leitor interessado em um maior aprofundamento na questo ao estudo do captulo XIV Os Fluidos, do livro A Gnese, de Allan Kardec; indicamos, igualmente, a leitura do captulo O Passe, do livro A Obsesso, o Passe, a Doutrinao, de Jos Herculano Pires, que inicia seus apontamentos afirmando: O passe esprita simplesmente a imposio das mos, usada e ensinada por Jesus como se v nos Evangelhos. Nota -Demeure um Esprito que em sua vida como encarnado tinha sido mdico e, aps o desenlace, continuou a trabalhar no plano espiritual, inclusive dando conselhos ao codificador sobre os cuidados que o mesmo deveria ter com relao ao seu desgaste fsico, conforme lemos em Obras Pstumas, segunda parte Instrues para a sade do Sr. Allan Kardec.

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Organizao dos PassesAntnio Csar Perri de Carvalho A pratica do passe faz parte da tradio e rotina do Centro Esprita. Mesmo assim tema que suscita dvidas, estudos e debates. Deve ser aplicado indiscriminadamente? Deve ser mental, movimentado, classificado ou denominado? No Cristianismo primitivo j era uma atividade corrente e suscitava assertivas importantes como: ...imporo as mos nos enfermos e estes sararo( Marcos, 16:18), ou E curais os enfermos que nela houver e dizei-lhes: chegado a vs o reino de Deus. (Lucas,10:9). O Espiritismo, depois da fase que a cincia se abriu para o magnetismo, a sugesto e o hipnotismo, pode no apenas se valer dessas experincias como dispor das obras do codificador, de autores como Wenefredo de Toledo, Roque Jacintho e a famosa srie de Andr Luiz, da lavra medinica de Francisco Cndido Xavier. As citadas e muitas outras oferecem subsdios para se refletir e se discutir em torno da chamada "tcnica" do passe. No dia a dia do Centro Esprita, o passe magntico mais acessvel de ser praticado pelos colaboradores, possibilitando a formao de equipes preparadas para tal. Basta ter boa vontade, nimo de servir o prximo, sade fsica razovel e meta da moral elevada. A isso se acrescente as orientaes doutrinrias e at especficas sobre a concentrao, irradiao, prece, fluidos e a maneira de se aplicar o passe. A imposio das mos registrada por Marcos e/ou ligeiros movimentos longitudinais sobre o corpo do paciente, dispensam barulhos, toques diretos, exerccios complicados... Embora, em geral, o passe possa ser magntico, no dever se basear em regras e orientaes puras do magnetismo. Da a importncia do entendimento sobre a ao do pensamento, da transfuso energtica de perisprito e da interferncia espiritual. Fatores que se interagem facilitam a atuao dos espritos benfeitores. Com a conjuno da necessidade do paciente, oportunidade do passe e merecimento de ambos, no fcil se afirmar que o passe seja magntico ou magntico-espiritual (misto). Alis, esta definio dispensvel. Alm de se impor as mos, relevante seria o anncio do Reino de Deus anotado por Lucas. Fora os momentos emergenciais e excepcionais, o passe deve estar inserido num contexto de esclarecimento para os interessados. Chame-se isso de reunio doutrinria, fluidoterapia ou at de papoterapia... Num paralelo com doentes fsicos, o fato que muito importante no se recomendar apenas o analgsico, mas, principalmente, o medicamento que atua na causa da enfermidade.13

Nas reunies pblicas, o passe pode ser aplicado em cmaras ou no prprio ambiente do salo. Em ambas situaes, a leitura preparatria e a elevao dos sentimentos devem se somar s exposies doutrinrias. As orientaes espritas preparam o ambiente mental e espiritual dos assistentes. Os temas devem ser tratados de forma clara e objetiva, focalizando questes sobre a imortalidade da alma, reencarnao, lei de causa e efeito e o significado da dor e do sofrimento. Periodicamente, deve-se esclarecer sobre o passe e como a pessoa deve se comportar para um melhor aproveitamento desse recurso. O emprego de cmara de passe tem vantagens para o recolhimento de todos , cria condies mais discretas para a prtica e facilita a opo para aqueles que queiram ou no receber o passe. Do ponto de vista espiritual vem sendo considerada uma sala especfica e saturada fluidicamente. Todavia, a impossibilidade de se dispor dessa cmara, no invalida os passes aplicados no prprio salo de palestras. Deve-se cuidar para que a disposio e a distncia entre as cadeiras facilitem o deslocamento dos passistas, sem se incomodar os frequentadores. Quanto ao momento para a aplicao do passe nas reunies pblicas, podem ser ao longo da exposio doutrinria e, evidentemente que, nesse caso, indispensvel a utilizao da cmara de passes. A aplicao de passe no prprio salo ser possvel aps a palestra. As duas opes so vlidas e devem se adequar s condies fsicas e de equipe humana do Centro Esprita. O importante que o Centro Esprita no seja s o Pronto-Socorro, mas que se caracterize como escola que introduz as possibilidades da oficina de trabalho. Fica claro que para o passe esprita, os detalhes materiais so sobrepujados pela relevncia de todo o contexto doutrinrio em que os passes devem estar inseridos. (Revista Dirigente Esprita Set/Out de 1990)

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Consideraes Sobre o PasseCelso Martins H certos assuntos em torno dos quais vez por outra gosto de tecer consideraes, nem que seja em forma de crnica ligeira, para melhor esclarecimento dos nossos leitores em geral. No escrevo tais pginas (evidentemente?) pensando propositadamente em A ou em B; no endereo estas palavras a este ou quele esprita desta ou daquela cidade em particular. Apenas ressalto situaes encontradias em nosso meio brasileiro e que creio devam ser analisadas desapaixonadamente para melhor rendimento de nossas atividades espirituais. Se erro em meu proceder, conto com o perdo dos caros leitores. O passe est neste caso. Atravs dele, muitas bnos poderemos receber do Alto melhorando o fsico, revitalizando clulas cansadas, fortalecendo rgos doentes, tonificando o perisprito em descontrole, pacificando o estado psquico e mental de criaturas que se sentem em alguma dificuldade constrangedora... Como que tomamos uma potente "injeo" dando-nos alento para encarar a vida e lutar por vencer, por superar as dificuldades de cada dia. Eu mesmo j me vali vrias vezes do passe para refazimento geral. No entanto, para que o passe possa ento cumprir com as suas finalidades aliviando nossos sofrimentos fsicos e espirituais - preciso que cada um de ns faa por onde merecer de fato tudo quanto ele nos pode conceder de acordo com a nossa f e com onosso merecimento individual. Assim sendo, no basta pedir. necessrio saber-se colocar na posio de receber... Em primeiro lugar, atentemos bem para o que estamos esperando receber dos amigos da Espiritualidade... Quer dizer, toda ateno ser pouca sobre o contedo das nossas rogativas... H preces, como h tempos escreveu um trovador j desencarnado pelo lpis do Chico Xavier, h preces que no chegam sequer ao cu da bocal... De igual maneira, ao tomarmos um passe, com todo o fervor, com toda a devoo -muita ateno sobre os nossos pensamentos... Policiemos os propsitos que temos em nossa mente na forma de rogativa ao amigo que nos atende ao pedido?... H casos em que os propsitos indubitavelmente so os mais dignos... fora de dvida de que eles so os mais louvveis, admirveis at... Por exemplo quando, atravs do passe queremos sade para nosso organismo enfermo... Kardec fala a respeito dos passes tendo em vista a sade... Ler O Livro dos Mdiuns, capitulo 26. Mas... quantas vezes at mesmo nestes casos que respeito sinceramente de todo o corao -no somos impacientes e apressados querendo uma cura rpida, instantnea quase, para um mal antigo, para uma molstia quase crnica? Quantas vezes tomamos um remdio meses a fio, at mesmo durante anos, e no ficamos radicalmente curados? Mas na hora de tomar gua fluidificada,15

desejamos curar rgos como que num passe de mgica, num abrir-fechar de olhos, o que, evidentemente, no possvel na grande maioria das vezes... No h de ser assim pois milagre no existe Se sofremos -h uma razo para isso. Ningum sofre serra dever. O grande segredo saber esperar e dar tempo ao prprio tempo para que o passe ou a gua fluidificada, o remdio ou o tratamento possam reorganizar o corpo ou o perisprito que ns mesmos desorganizamos consciente ou inconscientemente. H ainda pessoas que, na hora de tornar o passe, esto de fato com o pensamento e o corao voltados para Deus, para Jesus, para os amigos da Espiritualidade no desejo mais forte e sincero de obter a graa. Entretanto, mal colocam o p na rua ou dentro de suas casas, voltam logo aos hbitos antigos, s vezes falando furiosamente mal da vida alheia, outras vezes por ninharias, por mseras bagatelas infernizando a vida de seus parentes, de seus filhos, de seus pais, de seus vizinhos, de seus chefes ou de seus subalternos, iludindo clientes e fregueses, desesperando os semelhantes em geral... Muitos companheiros nossos, embora compaream aos centros espritas, vidos de alvio para seus males, pouco depois vo tambm aos terreiros de Umbanda como quem diz assim com os seus botes: Por via das dvidas no me custa ter um olho na missa e outro no padre!... Evidentemente no estou com estas palavras menosprezando a Umbanda ou subestimando os nossos diletos irmos umbandistas. Longe de mim qualquer idia neste sentido A Doutrina Esprita nos ensina respeitar todas as religies existentes face da Terra pois cada uma delas corresponde ao estado ntimo de cada grupo de religiosos. A Doutrina Esprita nos ensina sobretudo a amar os fiis de todas as demais seitas do planeta em que vivemos. Assim, Umbanda os nossos respeitos... Aos umbandistas o nosso amor cristo. Mas isso no impede que venha a declarar eu, nesta crnica ligeira, devamos ser coerentes em questo de f. Ou somos espritas e procuramos seguir os postulados de Kardec ou somos umbandistas seguindo com dedicao e sinceridade tudo quanto se pratica com entusiasmo e respeito dentro dos terreiros de Umbanda... Os centros espritas realizam as atividades medinicas aps uma certa preleo evanglica, um certo estudo doutrinrio para esclarecer as criaturas no que diz respeito s finalidades do Espiritismo cristo. Sim, porque o Espiritismo no encara o mediunismo como a sua maior finalidade, no. Segundo a Doutrina Esprita. o mediunismo apenas um meio, um instrumento -para se atingir um objetivo muito maior que o esclarecimento da mente humana, que a redeno do esprito, que a sua reforma moral, que a sua renovao ntima. O passe -repito - apenas um dos instrumentos de que se valem os espritas para alcanar aquele fim... Pois bem, se voc chega sempre atrasado s para no escutar esta parte inicial de nossos trabalhos espirituais -sinceramente devo dizer-lhe que voc est perdendo o seu valioso tempo enganando-se apenas a si mesmo... De nada vale tomar o passe para curar uma dor de cabea hoje e uma clica amanh, se voc no procura curar antes de tudo o esprito de muitas mazelas que todos ns (eu tambm, todos ns) temos desde pocas passadas at agora? Mazelas que16

carregamos em nossos coraes como se fossem nossas prprias sombras. Aquela pregao inicial sobre um tema do Evangelho segundo o Espiritismo ou sobre um assunto do Livro dos Espritos realizada para iluminao das conscincias, para abrandamento dos coraes, aprimoramento de espritos volvendo-os para Deus.. Assim sendo, constituem a melhor prece feita aos cus... Transformam-se outrossim no melhor dos passes pois durante tais minutos o Plano Espiritual pode perfeitamente trazer at ao nosso fgado desarranjado, at ao nosso corao arrtmico, at ao nosso estmago dispptico, enfim, at ao nosso organismo enfermo eflvios necessrios para o seu refazimento integral. Valorizemos pois o passe para que possamos desfrutar assim das bnos que ele nos pode conceder por permisso de Deus... S assim que haver real proveito de nossas atividades nesse setor to importante que o da mediunidade curadora!... Meu amigo, .sei que esta crnica ligeira est sendo escrita de um modo muito incisivo. Mas preciso que assim seja... Mil vezes prefervel uma verdade amarga a uma mentira doce... Afirmou Jesus de um modo bem categrico de modo a no deixar qualquer dvida: Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertar. Libertemo-nos das iluses, dos enganos, das frioleiras que tanto nos tm feito sofrer na fileira de nossas passadas reencarnaes... O Semeador 07/1975

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Foras psquicas no passeManoel Philomeno de Miranda (esprito) " medida que se vulgarizam e recebem aceitao as terapias alternativas, objetivando a sade real, a tcnica do amor ganha prestgio, por constatar-se que o fulcro de irradiao do pensamento mantm estreito intercmbio com a emoo. Quanto mais expressiva a quota de amor, irradiando-se em forma de energia positiva, mais favorveis se fazem os resultados teraputicos nos tentames de auxlio ao prximo. O amor lcido carreia foras plenificadoras que robustecem as reas psquica, emocional e fsica daquele a quem dirigido. Sendo a chave simblica para a soluo do mais intrincados problemas, ele exterioriza simpatia em sucessivas ondas de renovao que penetram o paciente, revigorando-o para o prosseguimento dos compromissos assumidos. A canalizao do amor decorrncia do pensamento que se sensibiliza pela emoo, exteriorizando fora psquica complementadora, que se dirige no mesmo rumo da afetividade. Toda vez que Jesus foi convocado a curar, procurou despertar o suplicante para a responsabilidade da sade, para o compromisso com a vida. Invariavelmente, interrogava-o, se queria realmente curar-se, aps cuja anuncia, mediante o toque o amor, Ele recuperava os rgos afetados, restabelecendo a harmonia no ser, cuja preservao, a partir da, dependia do mesmo. Tocando o doente, suavemente, sem complexidades no gesto, desejando e emitindo o pensamento curador, alongando-se, psiquicamente at o necessitado onde estivesse, o seu amor reabilitava, recompunha, liberava, sarava, enfim. A incontestvel fora da mente ora demonstrada em inmeras experincias de laboratrio, decorre da sua educao e da canalizao que se lhe oferece, favorecendo alcanar o alvo ao qual se dirige. O sentimento de amor que o comanda complemento essencial para o logro da finalidade a que se destina. No obstante, na terapia atravs dos passes, alm da energia mental e do sentimento de afetividade, so inestimveis outros recursos que lhe formam e definem a qualidade superior. Referimo-nos s aspiraes ntimas, aos anseios emocionais que devem viger em todo aquele que se candidata ao labor da transfuso da bioenergia curadora. O pensamento exterioriza o somatrio das vibraes do psiquismo e, como natural, torna-se indispensvel que essas sejam constitudas de recursos positivos e saudveis, sem as pesadas cargas deletrias dos vcios e18

dependncias perturbadoras. Cada qual o que cultiva; exterioriza aquilo que elabora. No h milagre transformador de carter vicioso, num momento produzindo energias salutares, que no existem naquele que pretende improvis-las. Todo recurso resultado do esforo e a fora psquica se deriva dos contedos das aes realizadas. Quem, portanto, deseje contribuir na terapia socorrista mediante os passes, despreocupe-se das frmulas e das aparncias, perfeitamente dispensveis, para cuidar dos recursos morais, espirituais que devem ser desenvolvidos em si mesmo. Tabaco, alcolicos, drogas aditivas so grandemente perniciosos aos pacientes que lhes recebem as cargas de natureza txica. Igualmente, as emanaes do desregramento sexual, dos distrbios de comportamento emocional, da intriga, da maledicncia, do orgulho, do dio e seus famanazes, tornam-se de carter destrutivo, que iro agravar o quadro daqueles que se lhes submetem. Na terapia pelos passes, torna-se imprescindvel a sintonia do doador com o passivo, a receptividade do paciente em relao ao agente, sem o que, os resultados se tornam inquos, quando no decepcionantes. A pedra que no tem poros, aps milnios mergulhada no oceano, ao ser partida, apresenta-se seca no seu interior. Ame-se e cure-se, quem deseje participar da solidariedade humana, no ministrio do socorro aos enfermos, a fim de melhor ajudar. Exteriorize o amor e anele firmemente pela sade do prximo, deixando-se penetrar pela energia divina de que se far instrumento e, exteriorizando-a com a sua prpria vibrao, atenda os irmos enfraquecidos na luta, cados na jornada, desorganizados nas paisagens do equilbrio. A terapia pelos passes doao de amor e de sade pessoal, dispensando quejandos e aparatos mecnicos de sugesto exterior". Pgina psicografada pelo mdium Divaldo Pereira Franco, em 11/11/92, no Centro Esprita Caminho da Redeno, em Salvador -BA.

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O Passelvaro Vanucci O Passe Espiritual constitui-se em uma prtica importante no meio esprita, envolvendo o necessitado, o mdium passista (medianeiro e co-participante do processo) e o(s) esprito(s) assessor(es). Basicamente, o passe envolve uma troca de fluidos (geralmente do mdium e do plano espiritual para o enfermo), e no possui qualquer tipo de contra indicao, sendo sempre valioso nos diversos tipos de enfermidades e distrbios, podendo ser aplicado em qualquer pessoa e de qualquer idade. No entanto, todos ns sabemos que, para ser ministrado com a maior eficincia possvel, alguns requisitos bsicos devem ser satisfeitos. Do mdium passista, requer-se hbitos sadios e atitudes cotidianas exemplares, baseadas na simplicidade, humildade e controle emocional. Do enfermo, que se coloque em posio mental de querer efetivamente receber a ajuda de que veio em busca -".... foi tua f que te salvou", como sempre dizia Jesus. Mas as perguntas bsicas que podemos formular so: Por quais mecanismos se processa o passe? Por qu a necessidade da orao durante o passe? necessrio o uso de gestos especficos ou vestimentas especiais para se ministrar o passe? Respostas a estas e outras perguntas do gnero, podem ser encontradas no livro de Andr Lus, "Mecanismos da Mediunidade", psicografado pelo Chico Xavier. De acordo com Andr Lus, o crebro pode ser considerado como potente emissor e receptor de ondas mentais, ao mesmo tempo. A frequncia destas ondas mentais caracteriza o nvel moral/espiritual de cada criatura e tambm se reflete na sua aura. Basicamente, a aura corresponde a correntes atmicas sutis do pensamento, que possui frequncia e cor peculiares, e quanto mais nobres forem os ideais e mais correta a conduta moral, maior ser a frequncia das ondas emitidas. De forma geral, para que haja a perfeita interao (e consequente troca de pensamentos, fluidos e energia) entre duas criaturas, necessrio que elas estejam "sintonizadas" uma com a outra, isto , que seus estados ntimos, ao menos naquele instante, estejam vibrando na mesma faixa de frequncia. Durante uma manifestao medinica qualquer da qual participa um mensageiro das altas esferas, por exemplo, ele ir se esforar por diminuir o seu padro vibratrio ao mesmo tempo que solicitar ao mdium um certo esforo no sentido de elevar sua frequncia mental intrnseca, o que ser conseguido se ele se mantiver em concentrao e em orao fervorosa. Se o mdium possuir de fato o desejo de servir, ento ele conseguir, atravs da orao sincera, elevar seu padro vibratrio e o intercmbio transcorrer com facilidade e segurana. Caso o mdium no realize este esforo, a comunicao torna-se tanto mais difcil quanto maior for o grau de desateno do mdium. Nunca devemos nos esquecer que esta influenciao que recebemos das diversas entidades espirituais sempre determinada pela configurao do padro vibratrio que dispomos no momento, reflexo imediato dos pensamentos e/ou20

sentimentos que nos assenhoram o ntimo. Considerando que chegam at ns tanto os pensamentos elevados (emitidos por espritos protetores e mensageiros do bem) como tambm os pensamentos perniciosos (emitidos por entidades inconsequentes e zombeteiras), passaremos naturalmente a "dar ouvidos" (sintonizar) queles que possuem a mesma frequncia que os nossos. Da a atrao que se exerce sobre semelhantes. No fundo, ns que escolhemos os espritos que nos acompanham, segundo nosso modo de ser e pensar. Desta forma, durante o passe espiritual, fundamental que o mdium se coloque em condies de sintonia perfeita com o(s) esprito(s) benfeitor(es) que o acompanha na tarefa. Alm disto, o mdium e sua equipe devem procurar meios de incentivar aquele que est recebendo o passe a elevar, por sua vez, sua prpria condio vibratria, uma vez que processo de socorro pelo passe tanto mais eficiente quanto maior for a sintonia e confiana daquele que lhe recolhe os benefcios. Por exemplo, se tiver sido recebido anteriormente com gestos de ateno e carinho, o enfermo tende a acolher as sugestes emitidas, passando a emitir pensamentos relacionados com o bem estar que procura. Durante o passe em si, o mdium estar tambm projetando o seu prprio fluxo energtico sobre a epfise do necessitado, provocando nele o estado de ateno. Suas palavras de consolo tm, ento, forte poder indutivo sobre o enfermo, fazendo com que ele passe a emitir ondas mentais renovadas, de refazimento, e que passam a agir tanto quanto possvel sobre as clulas do veculo fisiopsicossomtico de forma restaurativa, inclusive as dos tecidos celulares afetados. Como vemos, a eficcia do passe depende quase que exclusivamente de processos mentais que envolvem trs partes: o esprito auxiliar, o mdium e o enfermo. Se qualquer um deles jaz desatento ao trabalho, com a mente voltada para objetivos estranhos tarefa em andamento, o intercmbio de fluidos torna-se difcil, com resultados aqum do desejvel. Em decorrncia desta anlise, conclumos que a utilizao de roupas especficas ou gesticulaes padronizadas, so totalmente dispensveis, j que so os sentimentos nobres e a vontade de servir que determinam o grau de sintonia com as esferas superiores e perfeito xito da tarefa. lvaro Vanucci Fsico, Professor e Membro do Conselho Deliberativo da ABRAPE

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O Passe - Respostas s Perguntas mais FrequentesEugnio Lysei Junior Casa do Caminho Sabar 1a. Edio Janeiro de 1998

INTRODUOCaro leitor, corao amigo sugeriu-nos, pelas vias da intuio, a compilao de algumas perguntas e respostas relativas fluidoterapia, tarefa comum de nossas casas espritas. Conforme temos observado e aprendido, a grande maioria dos passistas desanima do estudo justamente porque no encontra de incio abordagem mais simplificada, mais pragmtica. Se devemos respeitar o valor do estudo, no menos respeito deveremos ter por aqueles que no se animam a compulsar nossos excelentes e profundos livros sobre a matria, preferindo outrossim abordagem mais sinttica, e portanto, mais prtica. Nosso objetivo maior a simplicidade. O texto que voc tem em mos no constitui referncia a estudiosos do passe, mas sntese que atende tanto queles que no querem saber mais do que os aspectos superficiais, como queles que preferem uma abordagem progressiva de estudo, comeando do mais simples, em direo ao mais completo. Ao folhear as pginas dessa apostila, convidamos voc a refletir conosco: o conhecimento adquirido implica em responsabilidades no amparo ao prximo, pois como diria o compositor Milton Nascimento, h que se cuidar do broto, pra que a vida nos d flor e frutos. Os poetas sabem das coisas... Que Deus e Jesus nos abenoem os bons propsitos. Eugnio Lysei Junior Janeiro de 1998

CONCEITOS RELATIVOS AO PASSE1. O que energia? A energia de um corpo a capacidade que este tem de gerar qualquer ao. Como haverias formas de energia, pode haver vrias formas de ao possveis. energia calorfica, uma ao possvel seria o aquecimento. energia eltrica, uma ao possvel seria agerao de corrente. energia magntica, uma ao possvel seria a magnetizao de outro corpo. Em geral os corpos tm vrios tipos de energia, e, por conseguinte, podem atuar no meio no qual esto inseridos de vrias formas. Por exemplo: o corpo humano capaz de aquecer o ambiente nesse caso utilizada a energia calorfica; capaz de movimentar objetos nesse caso utilizada a energia mecnica; capaz realizar o processo da digesto nesse caso, dentre outras, utiliza a energia qumica; e assim por diante. No passe,22

os pensamentos do passista e da equipe de Espritos, reunidos, formam a energia espiritual que atua no paciente e diretamente nos fluidos, que so energia magntica, dando-lhe caractersticas necessrias ao paciente. Assim, podemos dizer que a energia relacionada ao passe capaz de atuar diretamente no paciente. (Veja questo 114) 2. O que fluido? Fluido substncia sutil, malevel, impondervel, energtica, que pode ser manipulada pelo pensamento de Espritos encarnados e desencarnados, que imprimem nele caractersticas positivas ou negativas, conforme o teor do pensamento. No passe, utiliza-se o pensamento do Esprito que coordena a tarefa, assim como do passista, de forma a impressionar positivamente os fluidos que sero doados ao paciente. O fluido, em sua mais simples expresso, chamado de fluido csmico universal, que representa a simplificao mxima da matria, que, manipulada pelo pensamento do Esprito, imprime-lhe variaes de onde se originam os diversos tipos de elementos hoje conhecidos. (Veja questes 4 e 5) 3. O que transubstanciao? Transubstanciao o efeito de se alterar uma ou mais qualidades que caracterizam determinada substncia. No passe, quando se altera diversas caractersticas dos fluidos, afim de do-los ao paciente, diz-se que os fluidos foram transubstanciados. (Veja questo 98) 4. O que fluido animal? Fluido animal ou magnetismo animal a parcela de energia vital doada pelo ser encarnado, passista, no momento do passe. Tal fluido inerente apenas a seres encarnados, sendo uma das razes pelas quais que companheiros encarnados participam de tarefas aparentemente de cunho apenas espiritual, tal como reunies de desobsesso. (Veja questes 2 e 114) 5. O que fluido vegetal? Fluido energtico exalado pelos seres vivos do reino vegetal. (Veja questo 2) 6. O que perisprito? o corpo intermedirio entre o corpo fsico e o Esprito, necessrio relao entre estes dois ltimos. o lao que liga o corpo ao Esprito. Nos processos de reencarnao, o molde determinante das caractersticas do corpo fsico do Esprito que renasce. (Veja questes 8 e 123) 7. O que duplo etrico? O duplo etrico pode ser considerado um corpo fsico menos denso, energtico, de onde dimanam as doaes fludicas animais (fluido animal) que o passista realiza durante a tarefa do passe. (Veja questes 14, 15, 25, 26 e 123)

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8. O que centro vital? Centro vital, ou centro de fora, um ponto de convergncia de energias captadas pelo perisprito, posteriormente redistribudas a todos os rgos deste, assim como aos corpos inferiores , tais como o fsico e o duplo. Em geral estuda-se sete centros vitais, que se vinculam, no corpo fsico, a sete importantes centros do organismo humano: centro gensico ou bsico, situado prximo regio gensica; centro gstrico, situado prximo ao estmago; centro esplnico, situado prximo ao bao; centro cardaco, situado prximo ao corao; centro larngeo, situado prximo laringe; centro frontal, situado entre os dois olhos e centro coronrio, situado prximo glndula pineal (ou epfise), no crebro. (Veja questes 16 a 24) 9. O que receiturio medinico? mensagem que um mdium recebe por via medinica, geralmente pela psicografia, direcionada ao solicitante. A grosso modo, tais mensagens contm orientaes para tratamento ou uso de remdios homeopticos. Recomenda-se que toda e qualquer receita medinica seja analisada racionalmente, pois submeter-se s orientaes recebidas deciso que s cabe ao paciente, sendo portanto dele quaisquer responsabilidades posteriores. (Veja questes 62, 64, 88 e 91) 10. O que passe? Passe transmisso de fluidos de uma pessoa (encarnada ou no) a outra, ou a objetos. O passista imprime aos fluidos doados, pelo pensamento, caractersticas positivas ou negativas conforme a sua vontade e o seu merecimento. (Veja questes 113 a 126) 11. O que a cmara do passe? Local utilizado pela casa esprita para a tarefa do passe. (Veja questes 68 a 73) 12. O que sugesto mental? Sugesto mental o ato de incutir-se determinada idia na mente de uma pessoa, que venha a se manifestar atravs de alteraes comportamentais ou mesmo orgnicas. Em geral, os processos de sugesto mental envolvem a influenciao de uma pessoa pelo conjunto de idias de outra. No entanto, observamos tambm a existncia da autossugesto, caso em que o prprio sugestionado cria idias para si, passando ento a se comportar como se tais idias fossem verdade absoluta. Os casos de falsa gravidez podem ser classificados como sendo de sugesto mental. (Veja questo 128) 13. O que placebo? Substncia sem efeito que uma pessoa absorve crendo que o efeito existe. comum encontrarmos, em hospitais, pacientes tomando gua pura pensando que esto tomando remdio. Neste caso, a gua est sendo usada como24

placebo. (Veja questo 118) 14. O que aura? De forma geral, todo corpo emite energias. A emisso de tais energias se chama radiao. Aura o conjunto das radiaes emitidas por determinado corpo, que o envolvem. A grosso modo, podemos dizer que h duas auras bem caractersticas em cada indivduo: a aura do perisprito, cuja composio varia em funo das aquisies milenrias do Esprito, e a aura do duplo etrico, tambm conhecida como aura da sade, cuja composio, forma e colorao apresentam considervel variao mesmo ao longo dos minutos, pois reflete, quase que imediatamente, as alteraes psquicas e orgnicas ocorridas no ser. (Veja questo 25) 15. O que fotografia Kirlian? Mtodo de sensibilizao de uma chapa fotogrfica atravs da radiao emitida pelo corpo duplo, ou duplo etrico. Muito utilizada para a realizao de diagnsticos de sade. (Veja questes 25 e 118)

CENTROS VITAIS, AURAS E CORPOS16. O que centro coronrio? Representado no corpo pela epfise. Supervisiona todos os demais centros de fora, pois ela que recebe, em primeiro lugar, os estmulos do Esprito encarnado. (Veja questo 135) 17. O que centro frontal? Relacionado com os lobos frontais do crebro e a hipfise. Exerce influncia decisiva sobre os demais centros de fora, sendo responsvel pelo funcionamento do Sistema Nervoso Central e dos centros superiores do processo intelectivo. (Veja questo 135) 18. O que centro larngeo? Relacionado ao plexo cervical. Regula os fenmenos vocais, bem como as funes do timo e da tireoide. 19. O que centro cardaco? Relacionado com o plexo cardaco, no corpo fsico; responsvel pelo funcionamento do aparelho circulatrio e pelo controle da emotividade. 20. O que centro esplnico? Relacionado com o plexo mesentrico e o bao. Regula a distribuio e a circulao dos recursos vitais, bem como a formao e a reposio das defesas orgnicas travs do sangue.25

21. O que centro gstrico? Relacionado com o plexo solar, responsvel pelo funcionamento do aparelho digestivo, pela assimilao de elementos nutritivos e reposio energtica no organismo. 22. O que centro gensico? Relacionado aos plexos hipogstrico e sacral. Responsvel pelo funcionamento dos rgos de reproduo, bem como das emoes sexuais e energias criativas. 23. Os centros vitais funcionam em conjunto? Sim. Da mesma forma que os rgos do corpo fsico funcionam em conjunto. 24. Para qu estudar os centros vitais? No passe misto, o pensamento do passista desempenha papel importante, qual seja o de imprimir as caractersticas que deseja aos fluidos que doa, em trabalho conjunto com a Espiritualidade. Pelo conhecimento do funcionamento dos centros vitais, o passista pode direcionar de forma mais adequada seus pensamentos, para que os fluidos atuem mais propriamente em um ou outro centro de fora do paciente, com base nas intuies que recebe. (Veja questo 47) 25. Temos vrias auras? Sim. Costuma-se encontrar na literatura esprita dois tipos distintos de aura, residentes no perisprito e no duplo etrico, respectivamente. A aura do duplo etrico, tambm conhecida como aura da sade, pode ser visualizada pela fotografia Kirlian, ou kirliangrafia, ao passo que a aura do perisprito, em situaes normais, pode ser visualizada pela faculdade de clarividncia. (Veja questo 15) 26. Temos vrios corpos? Sim. Os corpos mais amplamente tratados na literatura esprita so o fsico, o duplo etrico, e o perisprito. Os dois primeiros so ditos corpos materiais, pois so reciclados a cada reencarnao, ao passo que o perisprito, tambm dito corpo espiritual, classificado como semi-material, apresentando-se como corpo de transio entre o fsico e o Esprito, que, por no ter forma, no o consideramos como um corpo propriamente dito. Alm disso, encontramos raramente referncias a outros corpos, que necessitam de mais amplo estudo e entendimento, dentre os quais destaca-se o corpo mental. No entanto, para se abordar a problemtica do passe, cremos ser suficiente o conjunto de corpos fsico, duplo e espiritual, alm claro do Esprito. (Veja questo 123)

O PASSISTA E O PASSE

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27. A higiene pessoal influencia no passe? Sim. Podemos destacar duas razes bsicas: (1) os desequilbrios a que submetemos o corpo fsico so refletidos nos outros corpos do indivduo, contribuindo para a piora dos fluidos que formam tais corpos. Sendo esses fluidos doados no momento do passe, natural esperarmos que tal parcela deletria seja tambm transferida ao paciente. (2) Tanto o passista quanto o paciente necessitam de concentrao mental para que se alcance maior eficcia no passe. A falta de higiene provoca muitas vezes odores ftidos que desarticulam a capacidade de concentrao, afetando inclusive quem esteja localizado no mesmo ambiente fsico, prejudicando a todos. 28. O vesturio do passista influencia na tarefa? Sim. A grande maioria das pessoas encarnadas ainda enfrenta problemas relacionados rea sexual. Nesse sentido, muitas vezes o uso de roupas mais curtas e justas funciona como catalisador de pensamentos abusivos que destoam completamente da serenidade requerida na cmara do passe. Tendo em vista esse problema comum, no s o passista ou o paciente, mas qualquer um de ns dever observar com cautela o vesturio a ser utilizado no dia a dia, lembrando sempre que o equilbrio est no meio. (Veja questes 94 e 99) 29. Para ser passista preciso ser vegetariano? No. Conforme a questo 723 de O Livro dos Espritos, permitido ao homem alimentar-se de tudo o que lhe no prejudique a sade. (Veja questo 32) 29. O passista precisa fazer tratamento de desobsesso antes de ingressar na tarefa? No. Frequentemente a falta de trabalho em benefcio do semelhante o ponto de apoio de variada gama de processos obsessivos. Em relao ao passista, apenas os casos de subjugao (Livro dos Mdiuns, item 240, cap. 23) devero merecer tratamento antecipado. 30. Estou fazendo uso de remdios. Posso ser passista? Depende. H medicamentos que podem ser ditos simples, tais como remdios para dor de cabea, clica, azia, resfriado e coisas afins. Sabemos ser provvel que parcela sutilizada do remdio venha a se agrupar aos fluidos do passista, vindo parte desta ser posteriormente transferida para o paciente. H casos raros na literatura esprita relacionada aos passes que acusem esses fatos. No entanto, mesmo que a transferncia ocorra, cremos que para os remdios ditos simples a parcela transferida chega a ser desprezvel. O nico problema aqui encontrado a classificao exata de um remdio como sendo simples ou no. Na dvida, talvez o melhor seja abster-se de participar da tarefa pelo perodo de uso do remdio. No rol dos medicamentos impeditivos da participao na tarefa, caso o passista os use, esto enquadrados todos aqueles que afetem o Sistema Nervoso Central. (Veja questo 31)27

31. E se o passista estiver doente? Em geral um organismo adoentado apresenta maior dispndio de energia para sua manuteno e/ ou maior dificuldade em absoro desta. Excetuando-se os casos em que as observaes acima no se verifiquem, tal como ocorre em algumas doenas que acompanham o indivduo durante toda a vida, o passista dever se afastar da tarefa at o restabelecimento adequado. (Veja questo 30) 32. A ingesto de carne influencia na tarefa do passe? Sim. Embora o passista no deva ser obrigatoriamente vegetariano, encarando o passe como recurso teraputico fsico e espiritual, geralmente utilizado quando apresentamos indisposies de variada ordem, til abstermo-nos de alimentos mais pesados, tal qual fazemos quando em tratamentos mdicos convencionais. A alimentao do passista afeta os fluidos que este doar no momento do passe. Conforme aprendemos na questo 724 de O Livro dos Espritos, a abstinncia de carne ser meritria se a praticarmos em benefcio dos outros. Tendo em mente o benefcio do prximo, compre-nos preferir a alimentao vegetariana pelo menos no dia exato da tarefa. (Veja questo 33) 33. Posso dar passe de estmago cheio? Via de regra, quanto menor a atividade orgnica, melhor possibilidade de contato com o plano espiritual encontrar o Esprito. Tanto quanto possvel, apresentar-se-o tarefa, passista e paciente, apenas levemente alimentados. 34. Estou cheio de preocupaes. Posso dar o passe assim mesmo? Se o passista j aprendeu que amparar o semelhante a melhor forma de auxiliar a si mesmo, compreender que principalmente nesses casos sua presena se faz mais til. 35. Sou fumante. Posso ser passista? O ideal que ningum seja fumante. No entanto, o bom no poder ser inimigo do timo. Pessoas que ainda se utilizem do cigarro, mas estejam se esforando continuamente para abolir o vcio, encontraro na aquisio de responsabilidade como passistas maior motivao para absterem-se do fumo, desde que enquanto ainda fumem procurem no fazer uso do cigarro pelo menos 3 a 4 horas antes da tarefa. Aos companheiros que no esto interessados no combate s prprias deficincias, prefervel que se esforcem primeiramente por convencer a si mesmos do imperativo da mudana de hbito. 36. Fao uso de bebidas alcolicas. Posso ser passista? Relativamente s bebidas alcolicas, dever o passista esforar-se por discernir adequadamente entre o uso e o abuso. Em caso de abuso, recomenda-se que o passista no participe da tarefa do passe nos prximos 4 ou 5 dias, de forma a alijar o mximo possvel os fluidos deletrios contrados pelo excesso praticado.28

Em situaes normais, recomenda-se que particularmente no dia da tarefa o passista no faa uso de qualquer tipo de bebida alcolica. 37. Fao uso de txicos. Posso ser passista? No. O usurio de txicos no dever participar de tarefas de doao de fluidos. 38. Qual o nmero mximo de passes que posso dar em cada tarefa? Esta questo tem causado muita polmica. guisa de sugesto, vamos analisar as duas colocaes a seguir: (1) o passe misto, tambm chamado de passe esprita, praticado na maioria das casas espritas, leva em conta a doao de energia tanto por parte do Esprito responsvel pelo passe, como do passista. Assim, o desgaste energtico por parte do passista no pode ser desprezado. (2) sempre importante criarmos oportunidades de trabalho para os interessados, dentro da casa esprita. Assim, se h nmero de passistas maior que o recomendado para a tarefa, interessante que haja um rodzio destes, para que todos trabalhem. Com base nessas duas consideraes, cremos ser de responsabilidade do coordenador da tarefa dimensionar o nmero de passes por passista, de forma que todos participem igualmente, evitando a sobrecarga. Em casos excepcionais que requeiram a participao intensa do passista em uma ou outra oportunidade, devemos recordar a assertiva de Emmanuel: a necessidade est acima da razo, sem contudo utilizarmo-nos dessa frase para justificar qualquer tipo de abuso de nossa parte, mesmo em se tratando de auxlio ao semelhante. O passe misto, necessariamente, envolve gasto de energia por parte do passista. E gasto, obviamente, requer reposio. (Veja questes 39 e 41) 39. Quantas vezes por semana posso participar da tarefa do passe? Recomenda-se que o passista intercale um dia de atividade na tarefa de doao de fluidos com um dia de descanso para a reposio natural de fluidos. Nesse particular, as reunies medinicas so tambm considerados eventos de doao fludica. 40. Sou mdium ostensivo e participo de reunies medinicas. Posso dar passes? Sim, desde que observados os perodos de descanso para reposies fludicas. No entanto, como a tarefa do passe no exige qualquer tipo de mediunidade ostensiva, sempre um gesto de amor dar preferncia a tarefeiros que no apresentem os requisitos para o mediunato. (Veja questo 48) 41. Minha vida muito corrida e agitada. Posso ser passista? H muitas pessoas que, mesmo com propsitos nobres, abarcam mais responsabilidades do que podem dar conta. A tarefa do passe, como outras, exige presena assdua de seus colaboradores, assim como dedicao sempre que possvel aos estudos para melhoramento individual do passista. Normalmente prefervel no contar com um passista, do que contar com ele apenas raramente. A disciplina a alavanca do progresso. (Veja questo 38)29

42. Para ser passista, qual o sexo mais adequado? Para a tarefa do passe, no h diferenciao entre os sexos. 43. A vida sexual do passista influencia em seu desempenho na tarefa? Sim, principalmente a vida sexual a nvel mental, pois o pensamento atrai energias positivas ou no, conforme o que se pensa. Assim, o que gravita em nosso redor invariavelmente se combina com nossos fluidos com base na lei de afinidade. Esses mesmos fluidos so transferidos posteriormente ao paciente. A grosso modo, recomenda-se que principalmente no dia da tarefa o passista procure manter sua casa mental adequadamente limpa e organizada. (Veja questo 46) 44. Qual a conduta ideal do passista? medida que o passista avana na compreenso da importncia da tarefa do passe, ele percebe que o seu bem-estar fsico e espiritual no mais representa benefcio para si prprio, mas tambm para todos os companheiros que se utilizam desse recurso teraputico na casa esprita. Naturalmente, a conduta ideal de qualquer um de ns est descrita no Evangelho de Jesus, cuja interpretao cristalina encontramos atualmente na Doutrina Esprita. (Veja questes 45 e 100) 45. Quero ser passista. Preciso ser santo? No. O passe tarefa de amor, recurso teraputico para as almas. Assim como o lavrador o primeiro a recolher os benefcios da colheita, o passista pode ser encarado como o indivduo que mais recebe na tarefa. (Veja questo 44) 46. O passista precisa se preparar ao longo do dia para dar o passe? Podemos comparar o passista a um cirurgio. O cirurgio, antes do trabalho, dever apresentar-se o mais higienizado possvel para o desempenho adequado de sua tarefa sem a infeco do paciente. O passista dever higienizar sua casa mental para evitar a contaminao de seus prprios fluidos que sero transferidos ao paciente. Tal higienizao s poder ocorrer com o esforo de se evitar pensamentos incorretos de qualquer tipo, a leitura de publicaes inadequadas, a conversa de temas inferiores, e absoro de qualquer tipo de idia nociva aos princpios cristos. (Veja questo 43) 47. O passista deve estudar sempre? Sempre que possvel, o passista dever melhorar sua compreenso dos mecanismos do passe pelo estudo e observao. No entanto, o bom desempenho na tarefa do passe no se vincula exclusivamente ao aspecto intelectual, mas principalmente ao amor com que se participa da tarefa. (Veja questes 24 e 126) 48. O passista mdium? Nas casas espritas geralmente pratica-se o passe misto. Nesse tipo de passe, o30

passista atua como mediador entre o Esprito responsvel pelo passe e o paciente. Dessa forma, o passista pode ser considerado mdium, ou melhor, mdium passista. (Veja questo 40) 49. O passista absorve os fluidos negativos dos pacientes? Na tarefa de passe realizada dentro da casa esprita, com a observncia dos critrios de segurana e disciplina conhecidos, a coordenao da tarefa ocorre a nvel espiritual, embora se tenha sempre um coordenador encarnado. Assim, lcito pensar-se que a Espiritualidade procura sempre resguardar os tarefeiros durante o trabalho. (Veja questo 116) 50. Posso dar passe fora do centro esprita? H casas espritas que possuem equipes de passistas que vo casa do paciente ou a hospitais. Essas equipes sempre trabalham sob condies de disciplina e ordem para se garantir a segurana adequada ao desempenho da tarefa. O passista, sozinho, nunca dever assumir responsabilidades por qualquer tipo de trabalho fora do mbito da casa que freqenta, embora, a ttulo de beneficncia, em visita a companheiro adoentado, poder orar por ele o que na verdade tambm um passe -, chegando mesmo a aplicar-lhe um passe (com as gesticulaes tradicionais), somente nos casos em que o prprio doente manifeste o interesse pela aplicao. Mesmo nesses casos, dever o passista agir com extrema cautela afim de se evitar inconvenientes tais como manifestaes medinicas de qualquer parte. Atendimentos a companheiros vinculados a processos obsessivos que envolvam manifestao medinica e que se encontrem impossibilitados de se dirigir casa esprita nunca devero ser realizados pessoalmente por qualquer indivduo, mas apenas por equipe especializada da prpria casa esprita. (Veja questo 89)

O PACIENTE E O PASSE51. Estou cheio de preocupaes. Posso tomar o passe mesmo assim? O passe terapia que atinge tanto o fsico como o espiritual. Embora o passe no v resolver seus problemas, ele pode atuar como elemento motivador para a soluo. No momento do passe, o paciente est mais apto a receber impresses e intuies de seus benfeitores espirituais. O passe definitivamente no aconselhado para os casos em que a pessoa no apresenta qualquer tipo de problema. Tomar passe simplesmente por tomar, como se fosse uma mania, erro comum no qual incorre boa parte das pessoas. 52. O paciente que est em tratamento de desobsesso pode tomar passe? Sim, e muitas vezes at mesmo a Espiritualidade recomenda que tal pessoa receba passes durante um determinado perodo, embora no haja qualquer regra. H processos obsessivos em que o obsediado apresenta tamanho grau de afinidade com o obsessor (ou obsessores) que chega, algumas vezes, a perder31

momentaneamente o controle de si mesmo. Pacientes que possam ser enquadrados em tais casos, ditos de subjugao, devem necessariamente informar com discrio ao coordenador da tarefa, para que o passe seja aplicado com restries, de forma a se evitar o mximo possvel a manifestao medinica dentro da cmara de passes, ou mesmo seja aplicado em equipe, quando o coordenador julgar conveniente. 53. O paciente que est fazendo uso de remdios pode tomar passe? Sim. Pelo que temos observado e aprendido, a fluidoterapia um excelente coadjuvante para quaisquer tipos de tratamento pelos quais o paciente possa estar passando. 54. O paciente que est doente pode tomar passe? Sim. Alis, o objetivo principal do passe o auxlio s pessoas (Veja questes 51, 52 e 65) 55. O paciente pode comer carne no dia do passe? Muitas vezes durante tratamentos de sade convencionais o mdico ecomenda-nos utilizar alimentao mais leve, afim de no aumentar a carga de trabalho do organismo. Com o passe ocorre o mesmo. O problema de ingesto de carne no dia da tarefa do passe no tem qualquer aspecto mstico ou esotrico. O paciente necessita entender que a tarefa do passe tambm um tratamento, para o qual dever preparar seu organismo (fsico e espiritual) convenientemente para a recepo dos fluidos benficos que h de receber. Assim, recomenda-se que nesse dia, o paciente se esforce para no ingerir quantidades excessivas de carne, e caso no consiga abster-se totalmente da alimentao carnvora, pelo menos faa uso de alimentao mais leve, tal como carne de frango ou peixe. (Veja questo 63) 56. O paciente pode se alimentar antes de receber o passe? Sim. Porm o excesso de alimentao traz uma srie de inconvenientes que devem ser evitados para maior integrao do paciente tarefa, tais como a sonolncia, a falta de ar, gases intestinais, dentre outros. Um erro muito comum reside no fato de as pessoas acreditarem que a eficcia do passe depende apenas do passista. Naturalmente, em um tratamento mdico, se o paciente no seguir com disciplina as prescries do profissional de sade, por melhor que este seja, o tratamento no ter sucesso. Com o passe ocorre o mesmo. (Veja questo 63) 57. O paciente pode fumar no dia de receber o passe? Seja qual for a situao, a melhor opo no fumar. No entanto, at mesmo o desequilbrio pelo qual esteja passando determinado paciente faz com que este apele para o cigarro. De forma geral, recomenda-se que o paciente evite fumar o maior intervalo de tempo possvel, tanto antes quanto depois do passe. (Veja questo32

ecessitadas.

67) 58. O paciente pode usar bebidas alcolicas no dia de receber o passe? Da mesma forma que o fumo, recomenda-se que o paciente abstenha-se de usar o lcool o maior intervalo de tempo possvel, tanto antes quanto depois do passe. um erro acreditar-se que aps a tarefa o paciente poder fazer qualquer coisa. Seria o mesmo que comear a ingerir bebidas alcolicas aps a ingesto de um antibitico. Qualquer tipo de medicamento, aps ingerido, tem o seu tempo de ao no organismo. Com os fluidos recebidos durante o passe ocorre o mesmo. (Veja questo 67) 59. E se o paciente usar txicos? O paciente usurio de txicos, fora do estado de desequilbrio mental causado pelo uso, poder tambm se servir da teraputica de passes, se possvel, acompanhado de orientao moral e evanglica adequada. (Veja questo 67) 60. Gestante por tomar passe? Sim. No h qualquer tipo de impedimento neste caso. Conforme relatos espirituais, nestes casos mesmo a criana que vai renascer recebe os benefcios fludicos. Apenas, como em todos os casos, deve-se avaliar a necessidade do passe, que no deve ser ministrado simplesmente pelo fato de uma pessoa estar grvida. 61. Criana pode tomar passe? Naturalmente, como qualquer outra pessoa. Pelo que temos observado, muitas vezes a criana entra na cmara de passes amedrontada. H passistas que durante a tarefa, por questo pessoal, franzem a testa ou apresentam fisionomia fechada, extremamente sria, como se isso representasse algo de til. Geralmente conseguem apenas amedrontar mais ainda os pequeninos, fazendo com que estes bloqueiem sua capacidade de recepo. O bom passista dever se esforar, principalmente no caso das crianas, em expressar uma fisionomia mais risonha, ou que pelo menos no cause estranheza, afim de se conseguir maior abertura psquica do paciente e por conseguinte melhor desempenho. 62. Qual o nmero mximo de passes que o paciente dever tomar? No h regra. Em geral, deve-se analisar a orientao do receiturio medinico, caso exista, e com base na interpretao segura, seguir ou no suas diretrizes. O que no deve ocorrer o paciente submeter-se fluidoterapia apenas porque no tinha nada pra fazer antes de comear a reunio. Mesmo que a cmara de passes esteja vazia, tomar o passe simplesmente por tomar falta de caridade para com a equipe de passistas, pois estes estaro doando de si o que o paciente absolutamente no precisa. (Veja questes 9, 64 e 103)

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63. O paciente precisa se preparar para tomar o passe? Sim. Na verdade, conforme os ensinamentos do Cristo, devemos estar continuamente nos preparando, vigiando para que nossas deficincias estejam cada vez menos ativas, e orando para que possamos captar a influenciao benfica do Alto, orientando nossa vida para o bem. Embora tais diretivas sejam ideais, cumpre recordar que na maioria dos casos o paciente companheiro que encontra-se em dificuldade, e por isso mesmo, merecedor principal de nosso respeito e considerao. (Veja questes 55 e 56) 64. O paciente pode tomar passe mais de uma vez por semana? Exceto nos casos provenientes de receiturio medinico que foi devidamente analisado, a maioria das pessoas no tem necessidade de tomar mais de um passe por semana. Abusar da bondade dos irmos tarefeiros falta de caridade e desrespeito tarefa. (Veja questes 9 e 62) 65. Deve haver motivo para se tomar passe? Sim. Muitas vezes o indivduo chega casa esprita e sente necessidade de tomar um passe, pelas vias da intuio. Tal fato pode ocorrer e muito natural. O problema est em se tomar passes todas as vezes que se visite a casa esprita, deliberadamente. Para se tomar um passe, deve necessariamente haver uma causa que o justifique, da mesma forma que no se deve tomar remdios sem o conhecimento e o endosso de um mdico. (Veja questo 54) 66. Se o paciente for mdium ostensivo ele poder tomar o passe? Sim. Nos casos em que a mediunidade ainda no foi devidamente educada ou o processo educativo est em curso, o paciente dever informar tal fato ao coordenador da tarefa, antes de receber o passe, para que este tome as precaues necessrias, caso julgue conveniente. Sendo os fluidos a base do fenmeno medinico, companheiros que tenham mediunidade ostensiva sem capacidade de conteno tm boas chances de experimentar uma manifestao no momento da tarefa. O passista, desde que consciente da situao, pode fazer o mximo para evitar o acontecimento. (Veja questo 137) 66. A f do paciente na eficcia do passe importante? Sim. Simplificando, entendemos f como estado de receptividade aos fluidos. Caso um paciente tenha muita f na ao do passe, podemos dizer que ele est totalmente receptivo aos fluidos que receber. Caso o paciente no tenha f, certamente suas defesas psquicas atuam contra a invaso de qualquer tipo de fluido em seu cosmo orgnico. Se pudssemos fazer um paralelo, mesmo que irreal, apenas para ilustrao, diramos que a falta de f, em relao aos medicamentos comuns, representa uma substncia qualquer dentro do organismo do paciente que anula quase por completo o efeito do remdio. Deve-se ressaltar, mais uma vez, que tal exemplo apenas uma comparao. (Veja questo 105)34

67. Qual a conduta ideal do paciente? O paciente dever considerar a fluidoterapia como recurso sagrado, no ignorando os benefcios espirituais que recebe a cada passe, devendo portanto se esforar cada vez mais por apresentar conduta que o torne digno da continuidade do tratamento que recebe da Misericrdia Divina por intermdio dos colaboradores da casa esprita. O passe no cura, mas age como alvio e alimento da alma para que ela cure a si mesma. (Veja questes 57 a 59)

A CMARA DO PASSE68. Dever haver um local destinado exclusivamente ao passe na casa esprita? Sim. Dever haver local apropriado para a aplicao de passes na casa esprita. Esse espao, se possvel, dever servir apenas a esse fim, evitando-se ao mximo o trfego de pessoas ou o depsito de objetos no relacionados tarefa. A maioria das casas espritas no pode se servir de um local exclusivamente para tal fim. Neste caso, deve-se escolher o recinto que mais se aproxime das condies adequadas cmara do passe. (Veja questes 69 a 74) 69. Qual o tamanho ideal da cmara do passe? No h regra. Deve-se sim dimensionar o nmero de passistas trabalhando ao mesmo tempo em funo do tamanho da cmara. Para tanto, recomenda-se observar a distncia mnima de aproximadamente 50 centmetros entre cada assento ou posio destinada ao paciente, afim de evitar-se colises entre passistas e/ ou pacientes, assim como facilitar a ventilao do ambiente. (Veja questo 81) 70. Qual a luminosidade ideal da cmara do passe? Os fluidos doados durante o passe so afetados pela luz branca. Por esse motivo, recomenda-se que a cmara do passe no seja excessivamente clara, nem excessivamente escura. No primeiro caso, anular-se-ia boa parte dos fluidos doados pelo passista, e no segundo causar-se-ia mal estar no paciente, naturalmente receoso deadentrar em um local totalmente escuro. comum encontrarmos nas casas espritas cmaras fracamente iluminadas por lmpadas de 10 a 20 W (watts) nas cores azul ou vermelha. 71. Deve haver ventilao na cmara do passe? Sim. Deve-se evitar qualquer situao que provoque mal estar tanto no paciente quanto no passista. A falta de ventilao, em geral, um dos maiores causadores de indisposio, de forma que se deve, sempre que possvel, manter circulao de ar adequada na cmara do passe. Muitas cmaras apresentam janelas direcionadas para a rua, e que por esse motivo no devero permanecer abertas. Nesse caso, recomenda-se seja utilizado aparelho de ventilao o mais silencioso possvel, para que a concentrao de passistas e pacientes no seja perturbada.35

72. Podemos usar aparelhos eltricos na cmara do passe? Depende da finalidade. Aparelhos que utilizem perfumes ou incensos no devero ser utilizados, pelo simples fato de que no se deve admitir nas casas espritas a introduo de quaisquer hbitos que no estejam amparados pela Codificao. Os aparelhos mais comuns que encontramos so o circulador de ar, que deve ser usado dentro da necessidade, e desde que seja silencioso e o aparelho de som para a reproduo mecnica, em baixo volume, de msicas suaves e que remetam pacientes e passistas a temas espiritualizantes. (veja questes 71, 73 e 85) 73.Podemos usar perfumes ou incensos na cmara do passe? No. O Espiritismo no endossa em seu corpo doutrinrio quaisquer manifestaes de carter exterior ou mstico.

A TAREFA DO PASSE74. A tarefa do passe deve ter horrio fixo? Sim. Entre os encarnados, a tarefa do passe apenas uma pequena parte da tarefa que ocorre a nvel espiritual. Certamente os benfeitores espirituais tm tambm sua programao, que se vincula nossa. No raro, durante todo o dia, a Espiritualidade prepara o ambiente da casa esprita para o recebimento da vasta gama de espritos sofredores que vm receber o lenitivo do passe. Em todas as tarefas da casa esprita, a ordem e a disciplina presidem o progresso. (Veja questo 68) 75. A tarefa do passe precisa de um coordenador? O Espiritismo no endossa qualquer tipo de hierarquia. Pelo contrrio, sabe-se que de acordo com a Doutrina, o indivduo que est investido da maior autoridade necessariamente aquele que mais doa de si prprio. No entanto, a tarefa deve ter um coordenador, que represente para os passistas a fonte segura de orientao respaldada na experincia, e para os pacientes seja a fonte de referncia segura para o esclarecimento. Conforme temos aprendido, o coordenador ser o indivduo que controla a entrada de pessoas na cmara de passes, e que toma as decises cabveis nas eventualidades que venham a ocorrer. Alm disso, tambm tarefa do coordenador esclarecer os pacientes quanto importncia do passe e necessidade de empenho na reforma ntima de cada qual, como elemento nico para a cura definitiva do Esprito. 76. O grupo de passistas deve orar em conjunto antes do incio da tarefa? Sim. A prece em conjunto antes do incio da tarefa facilita a integrao de todos no propsito nico de servir ao prximo, alm de elevar o passista a estado mental mais prprio afinizao com os Espritos responsveis pelo passe.

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Os passistas devem fazer a prece final em conjunto? Sim, no sentido de agradecer a oportunidade de participarem de mais uma tarefa em nome do Cristo. Durante cada rodada de passes, algum dever fazer a prece em voz alta? No. Embora tal prtica seja utilizada por vrias casas espritas, recomenda-se que cada passista faa suas preces individualmente e em silncio, propiciando maior concentrao e maior integrao com o paciente ao qual est servindo. A prece em voz alta tende a atrapalhar pacientes e passistas que preferem fazer suas prprias preces, assim como muitas vezes faz com que paciente e passista pensem que no devem se concentrar mentalmente, pois algum j est fazendo isso por eles. 79. O passista precisa tomar passe antes da tarefa? No h necessidade. A prpria Espiritualidade, durante todo o dia, auxilia na preparao do passista para a tarefa. particularmente importante que, ao acordar, o passista no deixe de fazer suas preces, procurando desde cedo a sintonia mental com os benfeitores espirituais, e participe da prece de incio dos trabalhos, pela qual estabelece-se em definitivo a ligao Esprito-passista para a execuo da tarefa, ligao esta que deve ser mantida, por parte do passista, atravs da prece contnua durante toda a tarefa. 80. A tarefa do passe pode se desenvolver paralelamente exposio doutrinria? De forma ideal, a tarefa do passe deve ser realizada antes do incio ou aps o trmino da exposio doutrinria, para se evitar a quebra do raciocnio nos espectadores, atravs da interveno necessria para se tomar o passe. O mesmo acontece em relao aos passistas, que muitas vezes adentram a cmara do passe insatisfeitos por no poderem assistir palestra da ocasio. Atualmente, observamos que na maioria das casas espritas a administrao do passe antes da exposio doutrinria praticamente invivel, devido ao elevado nmero de pacientes, pois nmero considervel de pessoas acostumou-se erroneamente -a enxergar a tarefa do passe como um servio adicional que a casa esprita presta aos ouvintes da preleo da noite, e no como um servio especializado, cujo uso deve ser baseado na necessidade. (Veja questes 81 e 82) 81. Qual o nmero ideal de passistas trabalhando simultaneamente? Esse nmero depender de trs fatores: tamanho da cmara de passes, quantidade de trabalhadores disponveis e nmero de pacientes a serem atendidos. (Veja questo 69) 82. H necessidade de passista reserva?37

Sim. um fato comum eventualmente um dos passistas da equipe estar impossibilitado de comparecer tarefa. Para se evitar que o trabalho seja desestruturado em funo da ausncia de um companheiro, recomenda-se que a equipe de passe tenha pelo menos um passista reserva. O passista reserva tambm estar disponvel para substituir qualquer passista que apresente indisposio durante o tarefa ou para trabalhar juntamente com os outros caso no dia da tarefa o nmero de pacientes ultrapasse a quantidade costumeira, alm, claro, de proporcionar um rodzio dos tarefeiros, criando maiores facilidades para todos. (Veja