apostila sobre passe (grupo de estudo allan kardec)

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apostila sobre passes

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  • APOSTILA SOBRE PASSE

    http://grupoallankardec.blogspot.com

  • SADE E DOENA LUZ DO ESPIRITISMO

    "Sendo o perisprito dos encarnados de natureza idntica dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um lquido. Esses fluidos exercem sobre o perisprito uma ao tanto mais direta, quanto, por sua expanso e sua irradiao, o perisprito com eles se confunde.""Atuando esses fluidos sobre o perisprito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em contato molecular. Se os eflvios so de boa natureza, o corpo ressente uma impresso salutar; se so maus, a impresso penosa. Se so permanentes e enrgicos, os eflvios maus podem ocasionar desordens fsicas; no outra a causa de certas enfermidades." Allan Kardec

    A Organizao Mundial de Sade diz que:- sade completo bem estar fsico, mental e social;- doena a falta ou a perturbao desse estado.Sem desprezar nem contrariar as afirmativas da Cincia quanto aos fatores por ela conhecidos que asseguram a sade ou levam enfermidade, o Espiritismo levanta o aspecto espiritual da questo, trazendo esclarecimentos importantes a respeito, tais como.

    1. A doena no acontece por acaso, ela tem uma origem espiritual.

    De fato, no podemos atribuir ao acaso a doena que nos atinja, pois no existe acaso no Universo, que inteiramente regido por leis divinas, naturais, perfeitas e imutveis.A origem espiritual da doena explica-se assim:a) a ao insuficiente ou desequilibrada do esprito (do prprio enfermo ou por influncia de

    outrem, como na obsesso) poder prejudicar o perisprito, desarmonizando-o, deixando-o em carncia vibratria;

    b) como o perisprito influi sobre o corpo fsico, com o qual est em ntima e constante relao, transmitir a ele essa desarmonia ou carncia vibratria;

    c) o corpo, por sua vez, ficando prejudicado, apresentar a doena, ou permitir a ecloso daquela que j trazia em estado potencial, ou no conseguir evitar que se instale a que lhe vier do exterior.

    Portanto, ainda que no tenha causa evidente ou parea ser somente um problema fsico, a doena sempre tem, basicamente, uma origem espiritual, sendo que a causa poder ter se dado na existncia atual ou em encarnao anterior.Jesus afirmava haver relao esprito-corpo nas enfermidades quando, ao curar algum, lhe dizia: "os teus pecados esto perdoados." Por "pecados" entendemos "desequilbrios espirituais", cujos efeitos Jesus sanava.

    2. A doena guarda relao com o estado evolutivo do ser.

    devido ao nosso atual estgio de evoluo que:a) nascemos na Terra, mundo em que a matria grosseira e h doenas. Ex.: gripe, catapora, etc.;b) aproveitamos para reencarnar em determinada famlia em que a hereditariedade causa certa

    doena ou a ela predispe, para ressarcir dbitos (a no ser que tenhamos condies espirituais para super-las, podendo nos tornar auxiliares de nossos familiares). Ex.: cegueira;

    c) trazemos, em nosso perisprito, determinao ou predisposio para alguma doena, como conseqncia da ao espiritual por ns exercida em vidas anteriores. Ex: quem lesou o pulmo com o cigarro, estar predisposto a doenas relacionadas com o pulmo, como asma, bronquite, tuberculose, etc.;

    d) habitamos obrigatoriamente determinado meio ambiente, que favorvel ou no a enfermidades;e) sabemos ou no como cuidar do corpo, prevenir enfermidades, e a isso nos aplicamos ou no.

  • Kardec: "As doenas fazem parte das provas e vicissitudes da vida terrena so inerentes grosseria da nossa natureza material e inferioridade do mundo que habitamos. As paixes e excessos de toda ordem semeiam em ns grmens malsos, s vezes hereditrios."

    , ainda, conforme nossa evoluo espiritual que:a) exercemos efeitos fludicos bons ou maus sobre o nosso perisprito, que repercutem no corpo

    fsico;b) atramos bons espritos, que nos influenciam com seus fluidos benficos, ou espritos maus,

    sofredores, de fluidos malficos ou enfermios.Para ns, espritos encarnados na Terra, as doenas ainda continuaro a ser fato inevitvel, porque inerentes ao nosso presente estado evolutivo, por enquanto necessrias ao nosso desenvolvimento intelecto-moral.O Espiritismo no s nos informa sobre a origem espiritual das doenas.Revela-nos, tambm, os meios espirituais de as prevenir, superar ou suportar.

    Quando que a enfermidade tende a aparecer?

    Quando nos perturbamos ou desequilibramos fsica ou espiritualmente, de modo intenso e demorado (por ns mesmos ou sob influncia alheia), pois com o desgaste fludico ou a assimilao de fluidos maus (de outros ou do ambiente) a resistncia natural quebrada, ficando o organismo mais exposto ecloso de enfermidade ou a contra-las do exterior.

    Como evitar enfermidades

    Para nos prevenirmos espiritualmente das enfermidades, alm de cuidar do corpo, cultivemos os bons pensamentos e sentimentos, e pratiquemos somente o bem e nunca o mal.Se, apesar de nossos cuidados, a enfermidade aparecer:a) Encaremo-la como um alerta ou uma advertncia quanto nossa conduta atual, ou, como

    conseqncia do passado exigindo reajuste para voltarmos ao equilbrio; b) No compliquemos mais a situao com tristeza e desnimo, revolta ou agressividade;c) Busquemos na Medicina e nos recursos espirituais o alvio possvel e, quem sabe, at mesmo a

    cura;"Se Deus no houvesse querido que os sofrimentos corporais se dissipassem ou abrandassem em certos casos, no teria posto ao nosso alcance meios de cura.""A esse respeito, a sua solicitude, em conformidade com o instinto de conservao, indica que dever nosso procurar esses meios e aplic-los."". . . faamos o que de ns depende para melhorarmos as nossas condies atuais."d) Procuremos nos conscientizar quanto ao que causou a enfermidade e modifiquemos para melhor

    o nosso comportamento (a fim de evitar o prosseguimento do mal e sem instalao mais profunda); apliquemo-nos no bom emprego de nossas possibilidades de ao, apesar das limitaes que a enfermidade nos imponha (a fim de compensar o desequilbrio j causado, manter o equilbrio nas reas no comprometidas e adquirir merecimento para ser socorrido espiritualmente.

    "No peques mais, para que no te suceda algo pior." - Jesus

  • A CURA PELA AO FLUDICA

    possvel curar pela ao fludica?Sim, pois so de natureza fludica tanto o perisprito como o corpo fsico e o esprito pode agir sobre os fluidos. por ao fludica que se d a "cura espiritual", quer seja obtida por via medinica, ou atravs de passes, gua fluidificada, irradiaes ou, mesmo, de uma simples orao."A orao da f salvar o enfermo", diz Tiago (5:15) e Kardec explica:"A prece, que um pensamento, quando fervorosa, ardente, feita com f, produz o efeito de uma magnetizao, no s chamando o concurso dos bons Espritos, mas dirigindo ao doente uma salutar corrente fludica.""Curai os enfermos", dizia Jesus aos discpulos (Mt 10:8), conclamando-os a fazer curar por ao fludica. Numerosos so, no Evangelho, os relatos sobre Jesus e seus apstolos curando assim. Allan Kardec examina alguns deles no captulo XV; de "A Gnese", mostrando que Jesus no fazia milagres, mas curava pela ao fludica.

    O agente da cura pode ser um encarnado ou desencarnado pois todos os espritos tem no seu prprio perisprito um reservatrio de fluidos (bons ou maus) e os emanam podendo direcion-los a outros seres.Os fluidos bons podem servir como agente teraputico.

    muito comum a faculdade de curar por influncia fludica e pode desenvolver-se por meio do exerccio.Quem estiver saudvel e equilibrado pode beneficiar fluidicamente os enfermos (com passes, irradiaes, gua fluidificada, etc.)Aprendendo e executando, desenvolver seu potencial de ao sobre os fluidos.A mediunidade de cura, porm, bem mais rara, espontnea e se caracteriza "pela energia e instantaneidade da ao."O mdium de cura age "pelo simples contato, pela imposio das mos, pelo olhar, por um gesto, mesmo sem o concurso de qualquer medicamento."

    O poder curativo estar na razo direta:1. da pureza dos fluidos produzidos (o que depende das qualidades morais, pureza das intenes,

    etc.)2. da energia da vontade (o desejo ardente de ajudar provoca maior emisso fludica e d ao fluido

    maior fora de penetrao)3. da ao do pensamento (dirigindo os fluidos na sua aplicao).

    Para que a cura se d:1. o fluido, como matria teraputica, tem de atingir a matria orgnica a fim de repar-la;2. a corrente fludica pode ser dirigida para o local enfermo pela vontade do curador (que age como

    bomba calcante);3. ou pode ser atrada pelo desejo ardente e confiana do enfermo (que age como bomba aspirante);4. s vezes, necessria a simultaneidade das duas aes e, doutras, basta uma s.

    A f uma fora atrativa; quem no a possui, ope corrente fludica uma fora repulsiva ou, pelo menos de inrcia, que paralisa ou dificulta a ao fludica.Podemos entender, agora, porque Jesus, ao curar algum, dizia: "Se tiverdes f" ou "A tua f te salvou."

  • Os efeitos curadores

    Na cura por efeitos fsicos, a alterao no corpo, visvel de imediato, passvel de constatao pelos sentidos fsicos ou aparelhamento material.Obs.: A produo de efeito fsico requer ectoplasma, que s o encarnado emana; ele mesmo o emprega na cura ou serve de fonte para que um esprito realize o efeito fsico curador.Na ao sobre o perisprito, a cura s poder ser avaliada depois, pelos efeitos que vierem a ocorrer no corpo fsico, posteriormente.

    Obs.: Ectoplasma: o nome que, em linguagem esprita, se d a uma substncia que se exterioriza do ser humano. Acredita-se que seja fora nervosa (plasma exteriorizado, matria neuro-orgnica-etrica). Todos a possumos (em menor quantidade) e quem a exterioriza abundantemente denominado ectoplasta ou mdium de efeitos fsicos. Sai do corpo do mdium (atravs dos poros) mas, principalmente, pelos orifcios naturais (boca, narinas, ouvidos, rgos genitais) e das extremidades do corpo (alto da cabea e pontas dos dedos), sendo mais freqente da boca (palato, gengivas e bochechas).

    A ao fludica cura qualquer doena?

    "Fundada em leis naturais", a faculdade de curar "tem limites traados pelas mesmas." A ao fludica pode: "dar sensibilidade a um rgo existente, fazer dissolver e desaparecer um obstculo ao movimento e percepo, cicatrizar uma ferida, porque ento o fluido se torna um verdadeiro agente teraputico; mas evidente que no pode remediar a ausncia ou a destruio de um rgo." "H, pois, doenas fundamentalmente incurveis, e seria iluso crer que a mediunidade curadora v livrar a humanidade de todas as suas enfermidades."

    Um mesmo mdium cura todos os tipos de doenas?

    "no h curadores universais", porque: os fluidos refletem as qualidades do mdium e os fluidos de cada mdium podero servir para esta ou aquela afeco orgnica mas no para todas.

    Todas as pessoas podem ser curadas?

    lcito buscar a cura. Mas no se pode exigi-la, porque depender:a) das condies de atrao e fixao dos fluidos curadores por quem os ir receber (f, afinidade

    fludica); b) do merecimento ou necessidade espiritual do enfermo.Quando uma pessoa tem merecimento, ou sua existncia precisa continuar, ou as tarefas a seu cargo exigem boa sade, a cura poder ocorrer em qualquer tempo e lugar e, at , mesmo, sem intermedirios (aparentemente, porque ajuda espiritual sempre ter havido).Mas, s vezes, o bem do doente est em continuar sofrendo aquela dor ou limitao que o reajusta e equilibra espiritualmente; ento, pensamos que, nossa prece no foi ouvida; mas a prece sempre ter produzido algum benefcio (alvio, conforto, calma, coragem).A doena uma teraputica da alma, dentro do mecanismo da evoluo humana. a filtragem, no corpo, dos efeitos prejudiciais dos desequilbrios espirituais. Funciona, tambm, como processo que induz reflexo e disciplina. Enquanto no produziu seus efeitos benficos, no deve ser suprimida.De todos os enfermos que o procuravam, Jesus curou somente aqueles em quem os efeitos purificadores da enfermidades j haviam atingido seu objetivo reequilibrante, ou aqueles que j apresentavam condies para receberem esse auxlio no corpo fsico.

  • Se no formos curados

    "Se, porm, mau grado aos nossos esforos, no o conseguirmos (ficar curados), devemos suportar com resignao os nossos passageiros males." (ESE)"Lembremo-nos de que leses e chagas, frustraes e defeitos em nossa forma externa so remdios da alma que ns mesmos pedimos farmcia de Deus." (Emmanuel)

    Quando curados, sejamos gratos

    Jesus curou um grupo de 10 leprosos e apenas um retornou para agradecer. O Mestre indagou:- No foram dez os limpos? Onde esto os outros nove? (Lc 17:17)Jesus no fazia questo do agradecimento pessoal. Mas quis ensinar:a) A cura sempre representa uma concesso da misericrdia divina, que permitiu recebssemos de

    outrem recursos para nos refazermos e sairmos da situao dolorosa e prejudicial em que estvamos.

    b) Quem curado precisa reconhecer isso e ser grato a Deus e a quem se fez intermedirio dessa bno. No ser grato pela cura revela que a pessoa no entendeu quanto lhe foi concedido e, provavelmente, no saber valorizar nem conservar a bno recebida. A falta de gratido ante a cura fsica revela que a pessoa ainda no alcanou a cura mais importante e definitiva: a do esprito.

    Para no haver recada

    Encontrando no Templo ao paraltico que havia curado no tanque em Betesda, Jesus lhe diz:- Olha que j ests curado; no peques mais para que no te suceda alguma coisa pior. (Jo 5:14).Restabelecido o equilbrio fludico, preciso que a pessoa o mantenha pelos bons pensamentos, sentimentos e atos. Seno, poder gerar novas leses orgnicas ou predisposio para enfermidades.A cura do corpo s se consolidar e ter um carter mais duradouro se corrigirmos nossas atuais condies materiais e espirituais, que geraram a enfermidade.Mesmo assim, ser uma cura temporria, porque o corpo no dura para sempre e, um dia, todos iremos desencarnar.

    Cura verdadeira e definitiva a do esprito

    "Curai os enfermos", pedia Jesus aos seus discpulos, mas completava:"Anunciai-lhes: A vs outros est prximo o reino de Deus." (Lc 10:9)Que no apenas curassem corpos mas orientassem os enfermos para o entendimento e cumprimento das leis de Deus.Porque a verdadeira cura, a do esprito, no se d apenas pela eliminao dos sintomas da doena fsica, a qual to somente uma conseqncia.A verdadeira sade o equilbrio e a paz que, em esprito, soubermos manter onde, quando, como e com quem estivermos. E s depende de nosso ajuste espiritual s leis divinas.Reforma ntima, esforo para o bem, com o cultivo da f, do estudo, da orao e da fraternidade, so o maior preventivo de enfermidades e o melhor fator de segurana para o nosso bem estar.

    Empenhemo-nos em curar males fsicos, se possvel. Lembremos, porm, que o Espiritismo "cura sobretudo as molstias morais." No queiramos dar maior importncia cura de corpos do que ao fim principal do Espiritismo, que "tornar melhores aqueles que o compreendem" (RE 1859, pg. 183)Com a cura fsica, talvez a pessoa se afirme na f e desperte para o bem. s vezes, porm, assim que se v curada, se atira de novo ao desregramento, voltando a se prejudicar.

  • Mas quem aprende que precisa se aprimorar espiritualmente e nisso se empenha, quer alcance ou no a cura do corpo, encontrar o caminho para a cura verdadeira e duradoura, a manuteno do equilbrio em seu esprito, o seu "eu" imortal.

    Diz Divaldo P.Franco: "Muitas vezes Jesus aplicou a terapia para diminuir as mazelas humanas, contudo, sempre dizendo aos recm-curados: vai e no voltes a pecar . . . isto , no se comprometa moral e emocionalmente, para que no lhe acontea algo pior. S existe doenas porque h doentes. No instante em que se renove interiormente, o indivduo no ter mais doenas. Libertamo-nos de uma doena, sendo acometidos por outra, em virtude dos fenmenos crmicos, por nossas dvidas. O Espiritismo tem sido mais um consultrio para atender corpos do que uma Doutrina de psicoterapia para libertar almas: no que isso seja negativo, mas no fundamental. O mdium curador um indivduo que possui uma energia tpica podendo trabalhar nas clulas, fazendo com que a pessoa recupere o equilbrio momentaneamente perdido. Poder atuar no campo da degenerescncia celular, contribuir na rea psicolgica, psiquitrica, tendo como fundamento essencial trabalhar o ser como indivduo integral, para, em se transformando, no ter necessidade de depurar-se atravs da dor e, ao contrrio de sofrer, amar. As dvidas que tenha, resgatar pelo bem que realize e, no, pelas lgrimas que verta."

    GUA FLUIDIFICADA

    "A gua dos corpos mais simples e receptivos da Terra." (Emmanuel)Ela pode adquirir qualidades poderosas e eficientes sob a ao do fluido espiritual ou magntico ao qual ela serve de veculo ou, se quiserem, de reservatrio. (Allan Kardec, final do item 25, cap. XV, "A Gnese").Em Espiritismo, denomina-se de gua fluidificada aquela que recebeu ao magntica (de encarnado) ou espiritual (de desencarnado), adquirindo propriedades especiais,de forma a beneficiar a quem a utilize.

    Como age

    Condensa linhas de fora magntica e princpios eltricos que aliviam e sustentam, ajudam e curam. (Emmanuel)Ao ser ingerida (uso interno) metabolizada pelo organismo que absorve as quintessncias que vo atuar no perisprito semelhana de medicamento homeoptico.

    Indicaes

    Aplica-se sempre que se pressupe grande evaso de energias na pessoa.Ex.: nos estados nervosos ou de dores, na debilidade causada por enfermidade fsica, nos desgastes causados por processos obsessivos, quando h leses nos tecidos de rgos internos. Fluidificada para uso de muitos, ter ao reconfortadora e tonificante em geral. Fluidificada para determinada pessoa, s por ela deve ser usada, pois adquire propriedades especiais nem sempre aplicveis a outrem.Em certos casos, serve como um complemento ao passe. ". . . o seu uso externo no menos eficiente. Assim, pode ela ser aplicada com os melhores resultados nas doenas da pele, com feridas, erisipelas, dartros, queimaduras, etc., como tambm nas molstias dos olhos."(Magnetismo Espiritual, de Michaelus, edio FEB)

    Sendo como um remdio, no devemos abusar de sua utilizao, nem empreg-la indiscriminada e automaticamente.

  • Como fluidificar a gua

    Muito receptiva ao magnetismo humano ou espiritual, a gua pode ser facilmente fluidificada.Pela vontade, o Esprito (encarnado ou no) pode influir sobre a gua, mudando as suas propriedades(cor, sabor, etc.). em alguns casos, ela vista efervescer.Os Espritos do Bem atuam sobre a gua diretamente ou atravs de mdium. Prescindem (dispensam) de reunies especiais ou da presena do mdium curador. Mas este facilita a ao e, se estiver presente, ser utilizado.

    No meio esprita, porm, recomenda-se apenas:

    1. Procure, se possvel, local e horrio apropriado prece (isto , em que haja silncio, no interrupo, etc.).

    2. Coloque sua frente um copo ou uma jarra com gua potvel. O vasilhame poder estar tampado ou no.3- Em preces, impondo ou no as mos acima do vasilhame, suplique o benefcio de que deseja

    fique a gua impregnada, para beneficiar a si prprio ou a outrem.Ao orar, estamos agindo com o pensamento e a vontade; exteriorizamos poderes, emanamos fluidos bons; e a gua recebe essa influncia. Assim, pode ficar fluidificada por ns mesmos. Mas tambm atramos com a orao os bons espritos, que nos ajudam na fluidificao, ento mais profunda e benfica.4- Ao final, agradea a Deus a bno recebida.

    A fluidificao da gua na casa esprita

    Geralmente feita apenas para casos de maior necessidade. Fluidifica-se em pequenas pores e destinada a ser ingerida.As demais pessoas que procuram o Centro Esprita, em geral, no precisam tomar gua fluidificada, pois nele recebem suficiente assistncia fludica, atravs do passe, das vibraes ou, simplesmente, por usufrurem do seu ambiente espiritual.Assim, a fluidificao da gua na casa esprita no deve ser uma prtica usual e rotineira, nem se destinar a todos de modo geral.Se for dessa maneira, poder ocasionar muitos inconvenientes, tais como:1. criar, nos assistidos, uma dependncia por esse recurso fludico;2. que, ao verem a gua sendo fluidificada ou distribuda, queiram recebe-la mesmo os que no a

    necessitem;3. comearem os assistidos a trazer grande nmero de vasilhames para fluidificao;4. acarretar trabalho para manter a higiene dos copos de vidro ou gastos com copinhos de papel (se

    a gua for distribuda);5. provocar muita movimentao e gasto de tempo dos colaboradores e assistidos nessa atividade

    desnecessria;6. fazer supor que se esteja ministrando beberagens, podendo alguns atriburem, indevidamente,

    gua fluidificada que receberam no Centro, a indisposio que venham eventualmente a experimentar posteriormente, em virtude de outras causas, suas, particulares.

    Aos que necessitarem da gua fluidificada (os muitos enfermos ou os desgastados por ao de obsessores) mas no puderem vir ao Centro, orientemos: onde estiver (no seu lar, no hospital, etc.) coloque gua num copo e rogue com fervor a Deus para que seja fluidificada em seu benefcio.No tendo o assistido condies para fazer isso por si mesmo, um familiar ou amigo poder faz-lo em seu favor.

  • TIPOS DE FLUIDIFICAO DA GUA

    Fluidificao Magntica: aquela em que fluidos medicamentosos so adicionados na gua por ao magntica da pessoa (encarnada) que coloca suas mos sobre o recipiente com gua e projeta seus prprios fluidos.

    Fluidificao Espiritual: aquela em que os Espritos aplicam fluidos (sem intermedirios) diretamente sobre os frascos com gua. Na Fluidificao Espiritual a gua no recebe fluidos magnticos do indivduo encarnado, mas somente os trazidos pelos Espritos. A Fluidificao Espiritual a mais comumente utilizada nos Centros Espritas.

    Fluidificao Mista: uma modalidade de fluidificao onde se misturam os fluidos do indivduo encarnado com os fluidos trazidos pelos Espritos.

    Como vimos, o processo de fluidificao da gua independe da presena de mdiuns curadores, pois os Espritos podem aplicar os fluidos sem intermedirios, diretamente sobre os frascos com gua, alm disso, qualquer pessoa pode fluidificar a gua, basta ter f e concentrar-se naquilo que estiver fazendo, projetando assim os seus prprios fluidos e recebendo o auxlio da Espiritualidade amiga, sempre presente.

  • O PASSE

    "A quantidade de fluido no absoluta em todos os seres orgnicos.""alguns h que se acham, por assim dizer, saturados desse fluido, enquanto outros o possuem em quantidade apenas suficiente. Da, para alguns, vida mais ativa, mais tenaz, e de certo modo, superabundante.""O fluido vital se transmite de um indivduo a outro. Aquele que tiver em maior poro pode d-lo a um que o tenha de menos . . ." Allan Kardec

    Que O passe uma transfuso de fluidos de um ser para outro.Emmanuel o define como uma "transfuso de energias fisiopsquicas".Beneficia a quem o recebe, porque oferece novo contingente de fluidos bons e modifica para melhor os fluidos j existentes (saneia, fortalece).Emmanuel o considera "equilibrante ideal da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos" e compara sua ao do antibitico e da assepsia, que servem ao corpo, frustando instalao de doenas.

    Seu mecanismoConstantemente, estamos irradiando e recebendo fluidos do meio que habitamos e dos seres (encarnados ou no) com que convivemos, numa transmisso natural e automtica.O passe, porm, uma transfuso feita com inteno e propsito. Quem o aplica, atua deliberadamente.Para que o passe alcance seu melhor resultado, necessrio:1) que o passista use o pensamento e a vontade, a fim de captar os fluidos, emiti-los e faze-los

    convergir para o assistido;2) que haja um clima de confiana entre o socorrista e o necessitado, a fim de se formar um elo de

    fora entre eles pelo qual "verte auxlio da Esfera Superior, na medida dos crditos de um e de outro";

    3) que o paciente esteja receptivo, para que sua mente adira idia de trabalho restaurativo e comece a sugeri-lo a todas as clulas do corpo fsico; ento, ir assimilando os recursos vitais que estiver recebendo e, pelas vrias funes do sangue, o reter na prpria constituio fisiopsicossomtica. (Cap. XXII, Mediunidade Curativa do livro "Mecanismos da Mediunidade", de Andr Luiz)

    O Passe ao longo da HistriaO passe no surgiu com o Espiritismo, no uma criao da Doutrina Esprita.Esse meio de socorrer os enfermos do corpo e da alma j era conhecido e empregado na Antigidade.Jesus o utilizou, "impondo as mos" sobre os enfermos e os perturbados espiritualmente, para benefici-los. E ensinou essa prtica aos seus discpulos e apstolos, que tambm a empregaram, largamente, como vemos em "Atos dos Apstolos."Ao longo dos tempos, o passe continuou a ser usado sob vrias denominaes e formas, em todo o mundo, ligado ou no a prticas religiosas.No sculo anterior a Kardec, tudo o que ento se conhecia sobre fluidos e como empreg-los estava consubstanciado no Magnetismo, de que o mdico austraco Mesmer foi o grande expoente, beneficiando muitos enfermos. Mas, havia, ainda, muita ignorncia sobre o que fossem os fluidos e a forma de sua transmisso.A Codificao dos Espritos, por Allan Kardec, permitiu entendermos melhor o processo pelo qual o ser humano influencia e influenciado fluidicamente, tanto no plano material como no espiritual.Na atualidade, o passe continua a ser empregado por outras religies, que o apresentam sob nomes e aparncias diversas (bno, uno, benzedura, etc.). Pessoas sem qualquer relao com movimentos religiosos tambm o empregam.

  • no meio esprita, porm, que o passe se encontra melhor compreendido e mais largamente difundido e utilizado. Nele, o passe que Jesus ensinou e exemplificou veio a se tornar uma das principais prticas de ao fludica. Nada mais natural, pois o Espiritismo a revivescncia do puro Cristianismo.

    Tipos de Passes

    Em relao ao seu agente, o passe pode ser classificado em:

    1) ANMICO OU MAGNTICO - quando ministrado somente com os recursos fludicos do prprio passista (magnetismo humano).

    2) MEDIUNICO OU ESPIRITUAL - quando ministrado pelos Espritos unicamente com seus prprios fluidos (magnetismo espiritual), sem o concurso de intermedirio (mdium passista). O fluido dos bons Espritos "passando atravs do encarnado, pode alterar-se um pouco" (como gua lmpida passando por um vaso impuro) "Da, para todo verdadeiro mdium curador, a necessidade absoluta de trabalhar a sua depurao." (RE set./ 1865 "Da Mediunidade Curadora"). Os Espritos agem com observncia da sintonia e considerando os mritos ou necessidade do paciente (que, s vezes, nem percebe ter sido beneficiado). Para receber um passe espiritual basta orar e colocar-se em estado receptivo.

    3) MISTO (humano-espiritual) - quando os Espritos combinam seus fluidos com os do passista, dando-lhes caractersticas especiais (Magnetismo misto ou humano-espiritual). "O fluido humano est sempre mais ou menos impregnado de impurezas fsicas e morais do encarnado; o dos bons Espritos necessariamente mais puro e, por isto mesmo, tem propriedades mais ativas, que acarretam uma cura mais pronta." (RE set./1865 "Da Mediunidade Curadora"). O concurso dos Espritos poder ser espontneo ou provocado pelo passista, com uma prece ou simplesmente num propsito (que equivale a apelo ntimo). Essa assistncia espiritual sempre desejvel.

    ATENO: No aconselhvel que o passista esteja mediunizado. O passe no o momento adequado para as manifestaes medinicas. Quem mdium alm de passista, tem as reunies apropriadas para dar passividade aos espritos comunicantes.

  • Diz J. Herculano Pires no livro "Obsesso - O Passe - A Doutrinao": "O passe esprita simplesmente a imposio das mos, usada e ensinada por Jesus como se v nos Evangelhos . . . O passe esprita no comporta as encenaes e gesticulaes em que envolvem alguns tericos improvisados, geralmente ligados a antigas correntes espiritualistas de origem mgica ou feiticista. Todo o poder e toda a eficcia do passe esprita dependem do esprito e no da matria, da assistncia espiritual do mdium passista e no dele mesmo. Os passes padronizados e classificados derivam de teorias e prticas mesmricas, magnticas e hipnticas de um passado j h muito superado. Os espritos realmente elevados no aprovam nem ensinam essas coisas, mas prece e imposio das mos. Toda a beleza espiritual do passe esprita, que provm da f racional no poder espiritual, desaparece ante as ginsticas pretensiosas e ridculas gesticulaes . . . Todas essas tolices decorrem essencialmente do apego humano s formas de atividades materiais. Julgamo-nos capazes de fazer o que no nos cabe fazer. Queremos dirigir, orientar os fluidos espirituais como se fossem correntes eltricas e manipul-los como se a sua aplicao dependesse de ns. O passista esprita consciente, conhecedor da doutrina e suficientemente humilde para compreender que ele pouco sabe a respeito dos fluidos espirituais - e o que pensa saber simples pretenso orgulhosa - limita-se funo medinica de intermedirio. Muitas vezes os Espritos recomendam que no se faam movimentos com as mos e os braos para no atrapalhar os passes. Ou confiamos na ao dos Espritos ou no confiamos e neste caso melhor no os incomodarmos com os nossos pedidos. . ."

    QUEM PODE APLICAR PASSES?

    Em princpio, qualquer pessoa saudvel e de boa vontade em auxiliar pode aplicar passes. No lhe faltar ajuda espiritual, porque, na falta de elemento mais eficiente, os espritos utilizam toda aquele que, tendo sade e razovel equilbrio, se dispuser ao passe.Mas, para servir bem neste campo, de modo mais efetivo, preciso que se cultive e mantenha algumas condies bsicas, a saber:

    1)Fisicamente - ter sade e boa disposio. indispensvel que o passista cuide do fsico, porque no passe h contribuio magntica pessoal, e do seu estado de sade dependero: a quantidade e qualidade dos fluidos que doar.Devem abster-se de dar passes s pessoas com doenas graves, infecciosas, debilitantes, pois no est em condies de doar fluidos e os que esto enfermios. Mas no so impedimentos para que se aplique passes as indisposies ligeiras ou estados crnicos no debilitantes nem contagiosos (Ex. dor de cabea,bronquite, alergia).Os cuidados do passista com o fsico visaro principalmente:

    * Higiene, para assegurar a prpria sade e a dos assistidos;* Alimentao, que ser sem excessos, adequada ao organismo, com alimentos que ofeream maior concentrao energtica; * Abolir vcios, tais como o lcool, fumo, txicos, pois prejudicam o rendimento do passista, impregnam maleficamente os fluidos e servem de atrao aos maus espritos;* Evitar atividades esgotantes e excessos desnecessrios a fim de manter suas reservas de energia vital em condies de servir.

    2) Espiritualmente - cultivar as virtudes e manter conduta crist. indispensvel que o passista se cuide espiritualmente, para que produza fludos bons e no altere prejudicialmente os que recebem dos bons Espritos.Os cuidados do passista, quanto ao esprito, visaro, principalmente:

  • * O sentimento fraterno, o sincero desejo de ajudar ao prximo;* A f, em si mesmo, na ajuda e poder divinos, na possibilidade de beneficiar com o passe;* A reforma ntima, buscando sempre se aperfeioar moralmente* O equilbrio emocional, para no se desgastar nem perturbar por mgoas excessivas, paixes, ressentimentos, inquietudes, temores, nervosismo...* Abster-se de aplicar passes, quando em desequilbrio espiritual acentuado. Entretanto, no impedem que apliquemos passes quelas alteraes de nimo que so comuns aos problemas e aflies da vida, porque isso tudo nos cumpre superar na orao e no desejo de servir;* A perseverana no trabalho, para que os amigos espirituais possam confiar e contar com a pessoa para a tarefa.Procure o passista manter conduta crist sempre, porque a necessidade de aplicar passe em algum pode surgir a qualquer momento e dever estar preparado.3) Intelectualmente: ter conhecimentos especficos sobre o passe.

    Portanto, no ficar s aguardando que lhe surja a qualidade de passista, como se ela fosse um acontecimento miraculoso e no um servio do bem, que pede do candidato o esforo voluntrio e laborioso do comeo.Convm procurar conhecer com o que est lidando e para qu e tambm para poder oferecer maiores condies ao esprito magnetizador que quiser nos assistir, inclusive recebendo melhor as sugestes. aconselhvel aos passistas fazer estudos relacionados aos passes, curas e radiaes espirituais, inclusive sobre centros de fora, a tcnica de aplicao do passe, preparo do ambiente e do assistido.Ausncia de estudo significa estagnao, em qualquer setor de trabalho.

    PREPARANDO - SE PARA O PASSE

    Para o melhor resultado da emisso e recepo dos fluidos, passita e receptor precisam estar convenientemente preparados.O Preparo do receptorPelo seu estado mental e emotivo. o receptor enfermo ou sofredor poder ter, em relao ao passe, um estado receptivo, repulsivo ou neutro.O ideal que esteja receptivo, pois o passe ser tanto mais eficiente quanto mais intensa a adeso da vontade do paciente ao influxo recebido.Por isso, o passista, antes de aplicar o passe, deve procurar estabelecer com o receptor a simpatia possvel, animando-o e interessando-o nas coisas espirituais.Orientar, em sntese, sobre o seguinte:- os fluidos existem e as leis divinas permitem que trabalhemos com eles para aliviar e curar os nossos males;- preciso ter f, no como mera atitude mstica, mas sim como fora atrativa e fixadora das energias benficas ;f + recolhimento + respeito = receptividade; ironia + descrena + dureza de corao = refratariedade- deve orar, silenciosamente, enquanto recebe o passe, para acolher e assimilar bem as energias que lhe forem transmitidas;- o passe sempre beneficia, mas o grau dos resultados se far de acordo com a f, merecimento ou necessidade.O preparo de quem vai receber o passe um pouco diferente no Centro e nos Lares, no Centro, onde so muitas as pessoas a serem assistidas, as informaes costumam ser dadas de modo coletivo e o passista no conversa antes com o receptor.Vide orientao nas aulas; "Passes no Centro e fora dele".O preparo do passista ser feito atravs de:1)Concentrao

  • Para tudo que vamos fazer, precisamos primeiro nos concentrar, centralizar a ateno no que vamos fazer.No caso do passe, quem o vai transmitir deve firmar o pensamento na atividade espiritual que ir desenvolver, no bem que deseja fazer ao assistido e no campo que pretende obter do Mundo Maior para essa realizao. 2) OraoA orao prodigioso banho de foras, tal a vigorosa corrente mental que atrai. (Andr Luiz, Cap.17 Servio de Passes, "Nos Domnios da Mediunidade") Orando, o passista consegue:* Expulsar do prprio mundo interior os sombrios remanescentes da atividade comum da luta diria;* Sorver do plano espiritual superior as substncias renovadoras para, depois, operar com eficincia em favor do prximo;* Atrair a simpatia de venerveis magnetizadores do plano espiritual. Andr Luiz, no Cap. XVII, Servio de Passes, em Nos Domnios da Mediunidade, mostra-nos Clara e Henrique meditando e orando para, em seguida, aplicarem passes nos necessitados.Fica evidente, pois, que no h necessidade alguma de o passista receber passe antes do trabalho a fim de estar em condies de aplicar passes.Isto se no houver relegado seus deveres a esfera secundria, porque:* A orao precipitada, com que muitos tentam atrair vibraes salutares, no ato da assistncia, raramente consegue criar um clima psquico no agente ou no assistido que seja favorvel ao xito do empreendimento;* A simples imposio de mos, com o conseqente apelo s Potncias Sublimes, no quer significar condio preponderante.

    A Posio do Receptor e do Passista

    O receptor fica sentado por ser para ele uma posio confortvel e segura. O passista geralmente fica de p, para ter maior facilidade de movimentos, durante a aplicao do passe; mas, tambm poder estar sentado.O passista estar frente ao assistido desde o momento em que se concentra e se aproximar dele no momento exato da efetiva aplicao do passe.

    OBSERVAES

    Deve - se ou no cruzar braos e pernas?Wenefledo de Toledo em "Passes e Curas Espirituais", diz que ao nos concentrarmos ou nos colocarmos em "estado receptivo" no devemos cruzar pernas ou braos porque isso interrompe a marcha das correntes fludicas. De nossa parte, porm, o que podemos dizer que o corpo fica mais bem acomodado e a circulao se faz livre e perfeitamente, sem os braos e pernas cruzados. preciso retirar certos objetos que o assistido ou passista portem?No h necessidade de passistas ou assistidos retirem sapatos, relgio, aliana, nqueis ou outros objetos metlicos que tragam consigo, a no ser que possam incomodar ou distrair a ateno durante o trabalho (ex: pulseiras ou colares que fiquem tilintando ou que atrapalhem os movimentos).Tambm no necessrio tirar o mao de cigarros do bolso ou da bolsa, pois o problema no, e a presena do cigarro, mas a presena do vcio e a responsabilidade do que causa sade do passista, e na impregnao de seus fluidos e na atrao das companhias espirituais.

  • O COMEO DA APLICAO DO PASSE

    O passe, propriamente dito, comea com o estabelecimento do contato espiritual do passista com o receptor e a imposio das mos.1) O Contato Espiritual com o ReceptorContato espiritual o processo pelo qual o passista estabelece ligao mental e fludica com o receptor, seja com este presente ou a distncia.s vezes, isso conseguido em poucos instantes de concentrao contnua, de outras vezes e por causas que nem sempre podemos conhecer, leva mais tempo.Sinais que denunciam o contato estabelecido.No so obrigatrios e nem sempre se apresentam, mas podem ser assim.

    NO PASSISTA

    Impresso fsica causada pelos fluidos que comeam a envolv-lo, por qualquer parte do corpo (pernas, braos, cabea, face, laterais do corpo).Sinais materiais, como formigamento da pele, dos ps, mos; ondas de calor ou ento palidez, por causa de alteraes na circulao sangunea devido a possvel influenciao dos espritos.Nada disso, porm, se ocorrer, causar qualquer mal efetivo a um passista bem preparado, que sabe reagir adequadamente ao que ocorre.

    NO RECEPTOROs mesmos sintomas podem ocorrer e ainda crises de choro por estarem bastante emocionados com o ambiente que os recebe.O passista dever estar habilitado a reconhecer esses estados e, prontamente, evitar conseqncias desagradveis.Desde que se aproxima do receptor para o passe o passista comea a penetrar no ambiente espiritual do assistido. Mas ao impor as mos que esse contato perispiritual se acentua.2) A Imposio das Mos o ato de o passista colocar as mos acima da cabea do assistido.Geralmente feito com as mos espalmadas, dedo levemente separado uns dos outros, sem contrao muscular. nesse movimento e postura que os fluidos sero conduzidos e dispensados.O fluido vital (por ser elemento de natureza mais material do que espiritual) circula como uma verdadeira fora nervosa por todo o nosso sistema nervoso e se escapa pelas extremidades das mos, especialmente.Fora de natureza eletromagntica, ele modifica o campo vibratrio do assistido, transmitindo-lhe novas energias.

    DURANTE A APLICAO DO PASSE

    Enquanto aplica o passe, o passista deve manter a seguinte disposio e atitude:1) IntimamenteConfiana e desejo de ajudar, tudo condicionada vontade de Deus. Ou seja: F, AMOR e HUMILDADE.Para uma disposio ntima assim, o "amparo divino seguro e imediato".Serenidade, para poder registrar, atravs da intuio, a orientao espiritual para o passe que estiver aplicando.Mentalizao de recuperao do assistido que est sob a ao dos mensageiros do Alto; porque receber, transmitir e fixar energias so funes exclusivas da mente.Substituir a curiosidade (que alguma enfermidade fsica ou espiritual possa causar) pelo amor fraternal,

  • ou no haver xito. 2) Externamente a frmula do passe no importa. Poder obedecer frmula que maior confiana oferea a quem o aplica como a quem o recebe(Pergunta 99 do "O Consolador" de Emmanuel).Mas o passe dever sempre ser ministrado de modo silencioso, com simplicidade e naturalidade.(item 54, Cap. VI de "Obras Pstumas" de Allan Kardec)."Lembrar-se de que na aplicao do passe no se faz preciso a gesticulao violenta, a respirao ofegante ou o bocejo contnuo, e de que no h necessidade de tocar o assistido. A transmisso do passe dispensa qualquer recurso espetacular". (Andr Luiz, Cap. 28 de "Conduta Esprita").Evitar, portanto, gestos cabalsticos, esfregar as mos, estalar os dedos, mmicas, tremores, suspiros, assopros, gemido.Quanto ao toque no assistido, normalmente o passe esprita feito sem tocar o enfermo. No Centro Esprita, especialmente, deve-se evitar tocar o assistidos, porque, alm do toque ser desnecessrio, na quase totalidade dos casos que atendemos:

    _ muitos desconhecem o Espiritismo e assistidos ou acompanhantes vem com estranheza e suspeita o toque pessoal;_ somos criaturas ainda imperfeitas e o toque fsico pode desviar-nos da elevao de pensamento necessria ao passe. Portanto, prevenindo males maiores e salvaguardando o trabalhador do passe e a casa esprita de quaisquer prejuzos ou suspeita, recomenda-se a aplicao do passe sem qualquer toque no receptor.

    ReflexosNa execuo de sua tarefa, o passista pode, algumas vezes, experimentar sensaes relacionadas com o problema do assistido.

    Como est imbudo do desejo de ajudar o semelhante, compreensvel que se sintonize com ele, a ponto de experimentar reflexos dos seus padecimentos. Toda tarefa de assistncia pede abnegao. Mas o passista dispe de recursos para eliminar os reflexos e poder abreviar tal providncia, tendo a mente voltada para a prece e a perseverana no bem.

    Nos passes em pessoas sob a atuao de espritos em desequilbrio, o passista poder registrar reflexos negativos desde a hora em que se dispe a ajudar, podendo perdurar ainda depois do passe. compreensvel que os espritos envolvidos na trama obsessiva, conhecendo-lhe a disposio de colaborar, pretendam arrefecer-lhe o nimo, afastando-o do caminho do enfermo. F, perseverana no trabalho so a melhor medida para a superao desses obstculos. E no nos esqueamos de que a proteo espiritual constante.

    Exausto

    O passista, como mero instrumento que, atravs da prece, recebe para dar, no precisa "jamais temer a exausto das foras magnticas" (Andr Luiz, Cap. 28 de "Conduta Esprita").

    Portanto, desde que haja imperiosa necessidade, o passista poder aplicar tantos passes

  • quantos forem precisos, confiante no inesgotvel manancial da infinita misericrdia de Deus.

    Mas poder sentir cansao fsico ou mental por estar aplicando passes em muitas pessoas e por muito tempo.

    Cabe ao passista, mesmo reconhecendo ser um simples intermedirio, poupar suas reservas energticas evitando excessos desnecessrios ou mau uso, e buscar os meios naturais que o auxiliem na mais rpida recuperao (orao, repouso, alimentao).Desse modo ajudar o esforo da espiritualidade em seu favor.

    FINALIZANDO O PASSE

    Resultados do Passe

    No obstante a ajuda dos bons Espritos, o resultado do passe depender das condies do passista e do receptor.

    Tendo recebido o passe, alguns enfermos se sentem curados, outros acusam melhoras, outros permanecem impermeveis ao servio de auxlio.Classificando o resultado do passe, daremos que ele pode ser: Benfico, quando:

    # o passista est em condies fsicas e espirituais para transmiti-lo.

    # e quem recebe est receptivo.

    So sempre benficos os resultados de um passe alicerado na orao e na sinceridade de propsitos.

    Porm, podem parecer mais ou menos expressivos, porque h a considerar as necessidades evolutivas e provacionais do assistido. s vezes, a ajuda do passe pode se traduzir em melhor disposio mental, em confiana e resignao. Mesmo bom, o resultado do passe ser passageiro, no se fixar em definitivo, se a pessoa no mantiver conduta crist aconselhvel.

    Malfico, quando:

    # o passista est despreparado fsica e espiritualmente e emite fludos grosseiros/perturbadores em direo ao assistido

    # o assistido, tambm despreparado, no sabe ou no pode fazer frente carga fludica que recebe do passista.

    No sofrer prejuzo o assistido que:

    # acionar seu prprio potencial fludico para repelir, neutralizar ou modificar os maus fluidos que lhe foram endereados

    # merecer a interferncia de bons Espritos em seu favor.

    * Nulo, quando o assistido, embora receba boa ajuda do passista, se mantm impermevel (descrena, leviandade, averso). Neste caso, as energias no absorvidas pelo assistido se

  • combinam com os fluidos ambientes e ficam, assim, de patrimnio geral, at serem canalizadas ou atradas para quem lhes oferea receptividade.

    Atitude do Passista diante bons resultados alcanados no passe:

    Qualquer que seja a sua modalidade, o passe, em ltima anlise, procede de Deus, sendo o passista um instrumento de Sua vontade.

    Como intermedirio dessa vontade, entregue o passista ao Plano Superior a conduo do seu trabalho, com naturalidade e humildade evitando

    # "contemplar" excessivamente os bons resultados alcanados - porta aberta vaidade# falar sempre dos benefcios que tem proporcionado com seus passes - ostentao orgulhosa

    # ficar curioso ou aflito por resultados nos passes - semeamos o bem, mas a germinao, desenvolvimento, flor e fruto dele pertencem a Deus.

    Certo , porm, que haver sempre uma recompensa natural para quem se doa no passe. Dando, recebemos; e geralmente recebemos bem mais do que damos, porque Deus muito generoso.PRECE FINAL Quer tenham sido amplos ou reduzidos os resultados do passe, nele tivemos a oportunidade de servir, em nome de Jesus, com a permisso divina e a ajuda dos bons espritos. Cumpre-nos, pois, agradecer numa orao, pelo que nos foi dado realizar.

    Divaldo P. Franco e J. Raul Teixeira respondem sobre o passe.

    O que passe?Divaldo: O passe significa, no captulo da troca de energias, o que a transfuso de sangue representa para a permuta das hemcias, ajudando o aparelho circulatrio. O passe a doao de energias que ns colocamos ao alcance dos que se encontram com deficincias, de modo que eles possam ter seus centros vitais (chacras) reestimulados e, em conseqncia disso, recobrem o equilbrio ou a sade, se for o caso.

    Para ministrar o passe a pessoa deve estar mediunizada?Divaldo: O passe deve ser sempre dado em estado de lucidez e absoluta tranqilidade, no qual o passista se encontre com sade e com perfeito tirocnio, a fim de que possa atuar na condio de agente, no como paciente. Ento, acreditamos que os passes praticados sob a ao de uma "incorporao" propiciam resultados menos valiosos, porque, enquanto o mdium est em transe, ele sofre um desgaste. Aplicando passe, ele sofre outro desgaste, ento experimenta uma despesa dupla. Os espritos, para ajudarem, principalmente no socorro pelo passe, no necessitam, compulsoriamente, de retirar o fluido do mdium. Podem manipular, extrair energia, sem o desgastar, no sendo, pois, necessrio o transe.

    Por que costuma diminuir a claridade dos ambientes, onde se processam servios de aplicao de passes?

    Raul: A princpio, no h nenhuma necessidade essencial, da diminuio da luminosidade, para a aplicao dos recursos dos passes. Poderemos oper-los tanto a noite, quanto com o dia claro. A providncia de diminuir a claridade tem por objetivo evitar a disperso da ateno das pessoas, alm

  • de facilitar a concentrao, ao mesmo tempo em que temos que levar em conta que certos elementos constitutivos dos ectoplasmas, que costumam ser liberados pelos mdiuns em quantidades as mais diversas, sofrem um processo de desagregao com a incidncia da luz branca.

    Para a aplicao do passe, o mdium deve resfolegar, gemer, estalar os dedos, soprar ruidosamente, dar conselhos?

    Divaldo: Todo e qualquer passe, como toda tcnica esprita, se caracteriza pela elevao, pelo equilbrio. Se uma pessoa corts se esfora para ser gentil, na vida normal, porque, na hora das questes transcendentais, dever permitir-se desequilbrios? Se um labor de paz, no h razo para que ocorram desarmonias ou se dem conselhos medinicos. Se se trata, porm, de aconselhamento, no se justificar que haja o passe. necessrio situar as coisas nos seus devidos lugares. A hora do passe especial. Se se pretende adentrar em conselhos e orientaes, tome-se de um bom livro e leia-se, porque no pode haver melhores diretrizes do que as que esto exaradas em O Evangelho Segundo o Espiritismo e nas obras subsidirias da Doutrina Esprita.

    necessrio lavar as mos, aps a aplicao de passes?Raul: No. No h qualquer necessidade de que se lave as mos depois da prtica dos passes. Pelos passes no h. Entretanto, os mdiuns aplicadores de passes podem ter vontade de lavar as mos por lavar, e, neste caso, nada h que os impea.

    H necessidade do mdium tocar ou encostar as mos na pessoa que recebe o passe?Divaldo: Desde que se trata de permuta de energias, deve-se, mesmo, por medida de cautela e de zelo ao prprio bom nome, e ao do Espiritismo, evitar tudo aquilo que possa comprometer, como toques fsicos, abraos, etc.

    Por que muitos mdiuns ficam ofegantes, enquanto aplicam passes?Raul: Isso se deve deficiente orientao recebida pelo mdium. No sabe ele que a respirao nada tem a ver com a aplicao dos passes. So companheiros que imaginam sejam os exageros e invencionices os elementos capazes de assegurar grandeza e autenticidade do fenmeno. Nos momentos dos passes, todo o recolhimento importante. O silncio para a orao profunda. Silncio do aplicador e silncio por parte de quem recebe, facilitando a penetrao nas ondas de harmonia que o passe propicia. Evitando os gestos bruscos, totalmente desnecessrios, e exercendo um controle sobre si mesmos, os aplicadores de passes observaro a necessidade do relax e da sintonia positiva e boa com os espritos que supervisionam tais atividades.

    Os estalidos dos dedos ajudam, de algum modo, na aplicao dos passes?Raul: No. Tudo isso faz parte dos hbitos incorporados pelas pessoas que passam a admitir que seus trejeitos e tiques so parte da tarefa dos passes ou da mediunidade. Os estalidos e outros maneirismos com as mos, indicando fora ou energia, so perfeitamente dispensveis, devendo o mdium educar-se, procurando aperfeioar suas possibilidades de trabalho. Nenhum estalo, nenhuma fungao, nenhum toque corporal ou puxadas de dedos, de braos, de cabelos, tem quaisquer utilidades na prtica dos passes. Deveremos, assim, evit-los.

    Na aplicao dos passes, h necessidade de que os mdiuns passistas retirem de seus braos, de suas mos os adornos, como pulseiras, relgios, anis? Isso tem alguma implicao magntica ou apenas para evitar rudos e dar-lhes maior liberdade de ao?

    Divaldo: em nossa forma de ver, a eliminao dos adornos no tem uma implicao direta no efeito positivo ou negativo do passe. Devem ser retirados porque mais cmodo e o seu chocalhar produz disperso, comprometendo a concentrao nos benefcios do momento.

  • Muitos que aplicam passes, logo aps, sentam-se para recebe-los de outros, a fim de se reabastecerem. Que pensar de tal prtica?

    Raul: Tal prtica apenas indica o pouco entendimento que tem as pessoas com relao ao que fazem. Quando aplicamos passes, antes de atirarmos as energias sobre o paciente, nos movimentos ritmados das mos, ficamos envolvidos por essas energias, por essas vibraes, que nos chegam dos Amigos Espirituais envolvidos nessa atividade, o que indica que, antes de atendermos aos outros, somos ns, a princpio, beneficiados e auxiliados para que possamos auxiliar, por nossa vez. Tal prtica incorre numa situao no mnimo estranha: o fato de que aquele que aplicar o passe por ltimo estaria desfalcado, sem condies de ser atendido por outra pessoa . . .

    Quando admissvel fazerem-se passes fora do Centro Esprita, isto , fazerem-se passes a domiclio? Quais as conseqncias dessa prtica para o mdium?

    Divaldo: Somente se devem aplicar passes a domicilio, quando o paciente, de maneira nenhuma, pode ir ao local reservado para o mister, que so: o hospital esprita, ou a escola esprita, ou o prprio Centro Esprita. As conseqncias de um mdium andar daqui para ali aplicando passes so muito graves, porque ele no pode pretender estar armado de defesas para se acautelar das influncias que o aguardam em lugares onde a palavra superior no ventilada, onde as regras de moral no so preservadas, e onde o bom comportamento no mantido. Devemos, sim, atender a uma solicitao, vez que outra. Mas, se um paciente tem um problema orgnico muito grave, chama o mdico e este faz o exame local, encaminhando-o ao hospital para os eletrocardiogramas, eletroencefalogramas, e outros, o paciente vai, e por que? Porque acredita no mdico. Se, porm, no vai ao Centro Esprita porque no acredita, por desprezo ou preconceito. Cr mais na falsa pudiccia do que na necessidade legtima.

    Por que algumas pessoas bocejam quando aplicam passe?Baccelli: um sem-nmero de vezes, porque esto com sono ou porque, antes do passe, se alimentaram excessivamente, tendo ingerido algo de difcil digesto. Algumas vezes, porque o mdium, na transmisso do passe, igualmente funciona como catalisador dos fluidos e das energias nocivas que esto impregnadas naquele que est sendo espiritualmente assistido.Ainda pode ser (e este caso no to raro assim) que o mdium passista, na ao do passe, sofra a influncia de algum esprito infeliz que esteja vampirizando o irmo amparado pelas foras que lhe esto sendo transfundidas.Em qualquer caso, porm, o mdium carece controlar-se, evitando bocejos e gesticulaes excessivas que, inclusive, podem causar negativa impresso. Finalizando, precisamos considerar que o chamado hbito do bocejo no mdium passista pode tambm ser um indcio revelador da natureza dos pensamentos com os quais ele prprio tem-se intoxicado, ocorrendo ento, naquele momento, a "queima" das formas-pensamentos criadas e sustentadas por sua invigilncia.

    O uso de alguma bebida alcolica costuma trazer inconvenientes para os mdiuns?Raul: Todo indivduo que se encontra engajado nos labores medinicos, seja qual for a ocupao, deveria abdicar do uso dos alcolicos em seu regime alimentar. Isto porque o lcool traz mltiplos inconvenientes para a estrutura da mente equilibrada, considerando-se sua toxidez e a rpida digesto de que alvo, facilitando grandemente que o lcool entre na corrente sangnea do indivduo, de modo fcil, fazendo seu efeito caracterstico. Mesmo os inocentes aperitivos devem ser evitados, tendo-se em mente que o mdium mdium as vinte e quatro horas do dia, todos os dias, desconhecendo o momento em que o Mundo Espiritual necessitar da sua cooperao. Alm do mais, quando se ingere uma poro alcolica, cerca de 30% so rapidamente eliminados pela sudorese e pela dejeo, mas cerca de 70% persistem por muito tempo no organismo, fazendo com que algum que, por exemplo, haja-se utilizado de um aperitivo na hora do almoo, hora da

  • atividade doutrinria noturna no esteja embriagado, no sentido comum do termo, entretanto, estar alcoolizado por aquela porcentagem do produto que no foi liberada do seu organismo.

    Para sermos mdiuns, temos que ser bons? Baccelli: Para sermos bons mdiuns, temos, sim, que ser bons, e isto pelo princpio de que "semelhante atrai semelhante".A faculdade medinica em si independe do carter; mas a sua utilizao est diretamente relacionada formao moral do mdium. O mdium interessado acaba por viciar as suas faculdades, permitindo-se vampirizar pelas entidades que, depois de se servirem dele, o abandonam feito um cadver com as vsceras expostas aos vermes . . .O medianeiro devotado causa do Bem, embora naturalmente em luta contra as prprias deficincias, conta com o amparo incondicional dos seareiros desencarnados que se afinizam com o seu ideal de servir.A evangelizao do mdium a garantia de equilbrio de suas faculdades; diramos que a prtica medinica saudvel se subordina prtica evanglica, ou seja: o medianeiro, paralelamente ao seu desenvolvimento medinico, deve colocar em primeiro plano o seu desenvolvimento como pessoa.

    RADIAES OU VIBRAES

    O que so?

    Radiao ou vibrao (em linguagem esprita) o ato de emitir e direcionar energias, usando para isso o pensamento e o sentimento. tambm conhecido como passe a distncia.

    Para que servem?

    Com essas radiaes, podemos influir sobre pessoas e ambientes, beneficiando-os. E tambm nos beneficiando, porque quem abre o pensamento e o corao para doar, imediatamente:- renova, tambm, o seu prprio ser (pensamentos, sentimentos e fluidos); e- torna-se canal e zona atrativa para foras benficas (" dando que se recebe").

    Sua eficincia e alcance

    A eficincia das radiaes depende da capacidade de amar e sentir, bem como da vontade de sentir energias e dirigir o pensamento.Somente pode dar alguma coisa boa aquele que possui. Os bons sentimentos, os bons pensamentos, os bons atos vo plasmando na "atmosfera espiritual" da pessoa uma tonalidade vibratria e uma quantidade de fluidos agradveis e salutares que podero ser mobilizados, atravs da vontade dirigida.Para obtermos elementos fludicos de boa qualidade para transmitir aos necessitados precisamos: estar bem de sade (no debilitado) e em equilbrio espiritual; frugalidade na alimentao, abster-se dos vcios (lcool, fumo, etc.); evitar a m conversao; dominar os sentimentos passionais e instintivos; procurar comportamento cristo. De incio, somente conseguimos emitir radiaes ao nosso redor. Mas com boa vontade e perseverana, poderemos exercitar essa capacidade e atingir distncias maiores.

    Como realiz-las?

  • 1) concentrar-se; isto , desligar os sentidos do ambiente externo, orientar a mente para o mundo ntimo e fixar o pensamento num ponto superior de interesse;

    2) orar para obter assistncia dos bons espritos; 3) focalizar com o pensamento o objeto de sua irradiao (pessoa, coletividade, local); 4) pela vontade, procurar emitir o que deseja transmitir (sade, paz, conforto, coragem, equilbrio,

    calma, etc.).

    A vibrao coletiva

    As radiaes podem ser feitas por um grupo de pessoas. Ento, so mais fortes porque representam a soma das energias de todos que esto participando.Nas radiaes coletivas, se cada participante ficar egoisticamente interessado em vibrar s para si mesmo ou os seus, no haver doao verdadeira de ningum e, consequentemente, ningum ter o que receber.Mas, se todos doarem fluidos, generosa e desinteressadamente, os bons espritos tero condies de trabalhar com esses fluidos, combinando-os e redistribuindo-os entre os presentes e outras pessoas (encarnadas ou no).Dessa forma, cada um dar o que pode e todos recebero o que mais precisam, dentro dos recursos fludicos existentes.

    Sua direo

    Nas radiaes coletivas, algum precisa usar a palavra para ir conduzindo o pensamento e sentimento de todos, a fim de se unirem e agirem a um tempo s e para um mesmo fim.Quem dirige a vibrao deve falar:- em tom de voz que seja alto apenas o suficiente para todos poderem escutar;- com clareza e objetividade, para que todos entendam sobre o que se vai vibrar;- pouco, s o necessrio para lhes orientar o pensamento e o sentimento;- com sincera emoo, para estimular o sentimento em quem ouve.Aps dizer o objetivo de cada vibrao, deve deixar alguns instantes de silncio, durante os quais todos ficaro vibrando no sentido indicado. A durao de cada vibrao depender da capacidade de concentrao e emisso dos participantes, variando ao redor de 20 segundos.

  • O PASSE ESPRITA CURA?

    Sim. Quando ministrado e recebido com f, o passe capaz de produzir verdadeiros prodgios. Ele tm como objetivo o reequilbrio do corpo fsico e espiritual. Mas preciso esclarecer que a cura no acontece em todos os casos. s vezes, o bem do doente est em continuar sofrendo. Por isso devemos explicar, segundo a viso esprita, porque ficamos doentes, porque uns conseguem curar-se e outros no, etc. Para que os que no alcanarem a cura, no saiam decepcionados achando que o Espiritismo uma religio de charlates. Andr Luiz em Opinio Esprita, cap. 55 explica que: (...) OS CENTROS ESPRITAS PRECISAM, AO LADO DO TRABALHO DE PASSE, PROPICIAR OS MEIOS PARA QUE FREQUENTADORES CONHEAM A DOUTRINA E SE EXERCITEM NUM TRABALHO NTIMO DE EVANGELIZAO, PARA A CONQUISTA DA SADE DEFINITIVA. Porque com a cura fsica, muitas pessoas se atiram de novo ao desregramento, voltando a se prejudicarem. Mas quem aprende que precisa se aprimorar espiritualmente na prtica do Bem e nisso se empenha, quer alcance ou no a cura do corpo, encontrar o caminho para a cura verdadeira e duradoura, a manuteno do equilbrio em seu esprito imortal. Portanto, empenhemo-nos em curar males fsicos, se possvel. Mas lembremos, porm, que o Espiritismo cura sobretudo as molstias morais. No queiramos dar maior importncia cura de corpos do que ao fim principal do Espiritismo, que tornar melhores aqueles que o compreendem.CADA CENTRO ESPRITA TEM UM MTODO DE APLICAR O PASSE? Alguns sim, mas o movimento esprita, como todo movimento conduzido por humanos, cada qual num grau de evoluo, conseqentemente, a interpretao ser conforme seu entendimento. Mas, Jos Herculano Pires no livro Obsesso, O Passe e a Doutrinao explica que: o passe esprita no comporta as encenaes e gesticulaes que hoje envolvem alguns tericos improvisados, geralmente ligados a antigas correntes espiritualistas de origem mgica ou feiticista. Os espritos realmente elevados no aprovam nem ensinam essas coisas, mas prece e a imposio das mos.MAS, ANDR LUIZ NARRA EM VRIOS LIVROS, COMO POR EXEMPLO NOS DOMNIOS DA MEDIUNIDADE CAP. 17, A APLICAO DE PASSES LONGITUDINAIS. POR QUE NO FAZER O MESMO? Precisamos compreender que o ngulo de observao de Andr Luiz do plano espiritual. Quando ele se refere a outro tipo de passe, os passistas so sempre espritos desencarnados, que podem ver o funcionamento de nossos

  • rgos, o que para ns, encarnados, no possvel. Alm do mais, como disse J. Herculano Pires:a tcnica do passe no pertence a ns, mas exclusivamente aos Espritos Superiores. S eles conhecem a situao real do paciente, as possibilidades de ajud-lo em face de seus compromissos nas provas, a natureza dos fluidos de que o paciente necessita e assim por diante. Por exemplo: quando tomamos um comprimido para dor de cabea, este no precisa ir para a cabea para agir. Assim o PASSE, que aplicado no alto da cabea (coronrio), e os espritos se encarregam em levar os fluidos ao local do corpo necessitado.O PASSE ESPRITA UTILIZA MACA? No. Este mtodo utilizado na terapia holstica chamada Reiki. Os adeptos desta terapia acham as filas de espera do passe esprita muito impessoal. Por isso, utilizam maca, onde o paciente recebe energia com hora marcada, msica relaxante e essncias aromticas.O PASSE REIKI TAMBM CURA? Sim, tambm faz os doentes sarem fsica e mentalmente recuperados. Deus no beneficia s os espritas ou os freqentadores da casa esprita. Cabe a ns, espritas, respeitarmos as mais diversas modalidades e formas de cura. So meios teis de minimizar o sofrimento alheio.SE BOM, POR QUE O ESPIRITISMO NO ADOTA TAL MTODO? Porque o passe esprita tambm bom e para ser bom aprendemos que no precisa de recursos materiais. Os espritas precisam ajudar a renovao das idias religiosas e no conseguiro isso, se ocultar o que j conhecem e se cederem sempre aos atuais costumes ou novidades. Alm do que, o esprita tem o dever de no ficar preso s frmulas religiosas que nada mais lhe significam como: maca, lmpadas coloridas, etc., que fazem funo de amuletos. Divaldo numa entrevista dada ao Correio Esprita disse: deve-se evitar, quanto possvel, a exposio de lmpadas coloridas, no pressuposto de realizar-se ao cromoteraputica. Vejamos o que disse Jos Herculano Pires, no mesmo livro acima citado: Todas essas tolices decorrem essencialmente do apego humano s formas de atividades materiais. O passista consciente, conhecedor da doutrina e suficientemente humilde compreende que ele pouco sabe a respeito dos fluidos espirituais, e o que pensa saber simples pretenso orgulhosa, limite-se funo medinica de intermedirio. Muitas vezes os Espritos recomendam que no faam movimentos com as mos e os braos para no atrapalhar os passes.Ultimamente estamos encontrando muitas novidades no meio esprita. H, por exemplo, quem acredite que a desobsesso e o passe esprita pararam no tempo, conseqentemente, precisam de ajuda. Perguntemos: ALLAN KARDEC EST ULTRAPASSADO? J. Herculano Pires responde: O Kardec superado, dos espritas pretensiosos dos nossos dias est sempre na dianteira das conquistas atuais. O Espiritismo a Cincia e acima de tudo a Cincia que antecipou e deu nascimento a todas as Cincias do Paranormal, desde as mais esquecidas tentativas cientficas do passado at a Metapsquica de Richet e a Parapsicologia atual de Rhine e McDougal. Qualquer descoberta nova e vlida dessas Cincias tem as suas razes no O Livro dos Espritos. Todos os acessrios ligados prtica tradicional do passe devem ser banidos dos Centros Espritas srios. O que nos cabe fazer nessa hora de transio da Civilizao Terrena no inventar novidades doutrinrias, mas penetrar no conhecimento real da doutrina, com o devido respeito ao homem (Kardec) de cincias e cientista eminente que a elaborou, na mais perfeita sintonia com o pensamento dos Espritos Superiores.).Ento, queremos esclarecer, que no somos contra mtodos, tcnicas, rituais, etc., adotados por outras seitas, religies, terapias holsticas ou alternativas. A Doutrina nunca diz ser contra alguma coisa, no mximo no favorvel. Ela nunca diz no pode, no mximo diz no deve. Pregamos o livre arbtrio, portanto, temos obrigao de exerc-lo. Mas, no por respeitarmos que as adotaremos. No queremos impor aquilo que acreditamos a ningum, mas no queremos que nos imponham o que no aceitamos. No gostaramos de ver implantado na Casa Esprita o que no pertence a ela. Mas aquele que acredita ser certo o que pratica, no deve se melindrar com opinio contrria, a cada um segundo sua conscincia. Portanto, gostaramos que todos compreendessem que no escrevemos para criticar, ofender, brigar, at porque este no o intuito da Doutrina Esprita. Escrever textos espritas e omitir o que o Espiritismo prega para no desagradar este ou aquele, seria covardia da nossa parte e falta de caridade com o Espiritismo. Apenas utilizamos este meio de comunicao para tirarmos dvidas e divulgarmos a Doutrina dos Espritos como ela aos

  • espritas, no-espritas, simpatizantes e at no-simpatizantes. A maior caridade que podemos fazer ao Espiritismo sua divulgao, disse Emmanuel. Portanto, a pratiquemos com respeito e responsabilidade.

    COMPILAO DE RUDYMARA

    O PASSE E SUA ORIGEM

    Identificar as origens da terapia esprita conhecida como passes realizar longa viagem aos tempos imemoriais, aos horizontes primitivos da pr-histria, porquanto essa tcnica de cura est presente em toda a histria do homem. "Desde essa poca remota, o homem e os animais j conviviam com o acidente e com a doena. Pesquisas destacam que os dinossauros eram afetados' por tumores na sua estrutura ssea; no homem do perodo paleoltico e da era neoltica h evidncia de tuberculose da espinha e de crises epilpticas".

    "Herculano Pires diz que o passe nasceu nas civilizaes antigas, como um ritual das crenas primitivas. A agilidade das mos sugeria a existncia de poderes misteriosos, praticamente comprovados pelas aes cotidianas da frico que acalmava a dor. As bnos foram as primeiras manifestaes tpicas dos passes. O selvagem no teorizava, mas experimentava, instintivamente, e aprendia a fazer e a desfazer as aes, com o poder das mos".

    No Antigo Testamento, em II Reis, encontramos a expectativa de Naam: "pensava eu que ele sairia a ter comigo, por-se-ia de p, invocaria o nome do Senhor seu Deus, moveria a mo sobre o lugar da lepra, e restauraria o leproso".

  • Na Caldia e na ndia, os magos e brmanes, respectivamente, curavam pela aplicao do olhar, estimulando a letargia e o sono. No Egito, no templo da deusa Isis, as multides a acorriam, procurando o alvio dos sofrimentos junto aos sacerdotes, que lhes aplicavam a imposio das mos.

    Dos egpcios, os gregos aprenderam a arte de curar. O historiador Herdoto destaca, em suas obras, os santurios que existiam nessa poca para a realizao das frices magnticas.

    Em Roma, a sade era recuperada atravs de operaes magnticas. Galeno, um dos pais da medicina moderna, devia sua experincia na supresso de certas doenas de seus pacientes inspirao que recebia durante o sono. Hipcrates tambm vivenciou esses momentos transcendentais, bem como outros nomes famosos, como Avicena, Paracelso...

    Baixos relevos descobertos na Caldia e no Egito, apresentam sacerdotes e crentes em atitudes que sugerem a prtica da hipnose nos templos antigos, com finalidades certamente teraputicas.

    "Com o passar dos tempos, curandeiros, bruxas, mgicos, faquires e, at mesmo, reis (Eduardo, O Confessor; Olavo, Santo Rei da Noruega e vrios outros) utilizavam os toques reais".

    Depreendemos, a partir desses breves registros, que a arte de curar atravs da influncia magntica era prtica normal desde os tempos antigos, sobretudo no tempo de Jesus, quando os seus seguidores exercitavam a tcnica da cura fludica atravs das mos. Em o Novo Testamento vamos encontrar o momento histrico do prprio Mestre em ao: E Jesus, estendendo a mo, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da lepra. "Os processos energticos utilizados pelo Grande Mestre da Galilia so ainda uma incgnita. O talita kume! ecoando atravs dos sculos, causa espanto e admirao. A uma ordem do Mestre, levanta-se a menina dada como morta, pranteada por parentes e amigos".

    Todos esses fatos longnquos pertencem ao perodo anterior a Franz Anton Mesmer, nascido a 23.05.1733 em Weil, ustria. Educado em colgio religioso, estudou Filosofia, Teologia, Direito e Medicina, dedicando-se tambm Astrologia.

    "No sculo XVIII, Mesmer, aps estudar a cura mineral magntica do astrnomo jesuta Maximiliano Hell, professor da Universidade de Viena, bem como os trabalhos de cura magntica de J.J. Gassner, divulgou uma srie de tcnicas relativas utilizao do magnetismo humano, instrumentalizado pela imposio das mos. Tais estudos levaram-no a elaborar a sua tese de

  • doutorado - De Planetarium Inflexu, em 1766 - de cujos princpios jamais se afastou. Mais tarde, assumiram destaque as experincias do Baro de Reichenbach e do Coronel Alberto de Rochas".

    Mesmer admitia a existncia de uma fora magntica que se manifestava atravs da atuao de um "fluido universalmente distribudo, que se insinuava na substncia dos nervos e dava, ao corpo humano, propriedades anlogas ao do im. Esse fluido, sob controle, poderia ser usado como finalidade teraputica".

    Grande foi a repercusso da Doutrina de Mesmer, desde a publicao, em 1779, das suas proposies: A memria 50bre a descoberta do Magnetismo Animal, passando, em seguida, a ser alvo de hostilidades e, em face das surpreendentes experincias prticas de terapia, conseguindo curas considerveis, na poca vistas como maravilhosas, transformar-se em tema de discusses e estudos.

    "Em breve, formaram-se dois campos: os que negavam obstinadamente todos os fatos, e os que, pelo contrrio, admitiam-nos com f cega, levada, algumas vezes at exagerao".

    Enquanto a Faculdade de Medicina de Paris "proibia qualquer mdico declarar-se partidrio do Magnetismo Animal, sob pena de ser excludo do quadro dos doutores da poca", um movimento favorvel s idias de Mesmer levava formao das Sociedades Magnticas, sob a denominao de Sociedades de Harmonia, que tinham por fim o tratamento das molstias.

    Em Frana, por toda a parte, curava-se pelo novo mtodo. "Nunca, diria Du Potet, a medicina ordinria ofereceu ao pblico o exemplo de tantas garantias", em face dos relatrios confirmando as curas, que eram impressos e distribudos em grande quantidade para esclarecimento do povo.

    Como destacamos, o Magnetismo era tema principal de observao e estudos, sendo designadas Comisses para estudar a realidade das tcnicas mesmerianas, atraindo a ateno de leigos e sbios. Em 1831, a Academia de Cincias de Paris, reestudando os fenmenos, reconhece os fluidos magnticos como realidade cientfica. Em 1837, porm, retrata-se da deciso anterior, e nega a existncia dos fluidos.

    Deduz-se que essa atitude dos relatores teria sido provocada pela forma adotada pelos magnetizadores para tornar popular a novel Doutrina: explorando o que se chamou A Magia do Magnetismo, utilizando pacientes sonamblicos, teatralizando a srie de fenmenos que ocorriam durante as sesses, e as encenaes ruidosas, que ficaram conhecidas como a Cmara das

  • Crises ou O Inferno das Convulses, tendo como destaque central a Tina de Mesmer - uma grande caixa redonda feita de carvalho, cheia de gua, vidro modo e limalha de ferro, em torno da qual os doentes, em silncio, davam-se as mos, e apoiavam as hastes de ferro, que saiam pela tampa perfurada, sobre a parte do corpo que causava a dor. Todos eram rodeados por uma corda comprida que partia do reservatrio, formando a corrente magntica.

    Todo esse aparato, porm, no era apropriado para convencer os observadores do efeito eficaz e positivo das imposies e dos passes.

    Ipso facto, as Comisses se inclinaram pela condenao do Magnetismo, considerando que as virtudes do tratamento ficavam ocultas, enquanto os processos empregados estimulavam desconfiana e descrdito.

    Os seguidores de Mesmer, entretanto, continuaram a pesquisar e a experimentar.

    "O Marqus de Puysgur descobre, custa de sugestes tranquilizadoras aos magnetizados; o estado sonamblico do hipnotismo; seguem os seus passos Du Potet e Charles Lafontaine".

    No sul da Alemanha, o padre Gassner leva os seus pacientes ao estado catalptico, usando frmulas e rituais, admitindo a influncia espiritual.

    Em 1841, um mdico ingls, o Dr.James Braid, de Manchester, surpreendeu-se com a singularidade dos resultados produzidos pelo conhecido magnetizador Lafontaine, assistindo uma de suas sesses pblicas, ao agir sobre os seus pacientes, fixando-lhes os olhos e segurando-lhes os polegares.

    Braid, em seus trabalhos e escritos cientficos, procurou explicar o estado psquico especial, que era comum nos fenmenos ditos magnticos, sonamblicos e sugestivos. Em seus derradeiros trabalhos passou a admitir a hiptese de dois fenmenos de efeitos semelhantes: um hipntico, normal, devido a causas conhecidas e um magntico, paranormal, a exemplo da viso a distncia e a previso do futuro.

    Outros pesquisadores seguiram-no: Charcot, Janet, Myers, Ochorowicz, Binet e outros.

    Em 1875, Charles Richet, ento ainda estudante, busca provar a autenticidade cientfica do estado hipntico, que segundo ele, mais no era que um estado fisiolgico normal, no qual a inteligncia se encontrava, apenas, exaltada.

    Antes, porm, em Paris, o Magnetismo tambm atrair a ateno do pedagogo, homem de cincias, Professor Hippolyte Lon Denizard Rivail. Consoante o

  • Prof. Canuto Abreu, em sua clebre obra O Livro dos Espritos e sua Tradio Histrica e Lendria, Rivail integrava o grupo de pesquisadores formado pelo Baro Du Potet (1796-1881), adepto de Mesmer, editor do Journal du Magntisme e dirigente da Sociedade Mesmeriana. pgina 139 dessa elucidativa obra, depreende-se que o Prof. Rivail freqentava, at 1850, sesses sonamblicas, onde buscava soluo para os casos de enfermidades a ele confiados, embora se considerasse modesto magnetizador.

    Os vnculos, do futuro Codificador da Doutrina Esprita, com o Magnetismo, ficam evidenciados nas suas anotaes intimas, constantes de Obras Pstumas, relatando a sua iniciao no Espiritismo, quando em 1854 interessa-se pelas informaes que lhe so transmitidas pelo magnetizador Fortier, sobre as mesas girantes, que lhe diz: "parece que j no so somente as pessoas que se podem magnetizar"..., sentindo-se vontade nesse dilogo com o ento pedagogista Rivail. So dois magnetizadores, ou passistas, que se encontram e abordam questes do seu ntimo e imediato interesse.

    Mais tarde, ao escrever a edio de maro de 1858 da Revista Esprita, quase um ano aps o lanamento de O Livro dos Espritos em 18.04.1857, Kardec destacaria: " O Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo(...). Dos fenmenos magnticos, do sonambulismo e do xtase s manifestaes espritas(...) sua conexo tal que, por assim dizer, impossvel falar de um sem falar de outro". E conclui, no seu artigo: "Devamos aos nossos leitores esta profisso de f, que terminamos com uma justa homenagem aos homens de convico que, enfrentando o ridculo, o sarcasmo e os dissabores, dedicaram-se corajosamente defesa de uma causa to humanitria.

    o depoimento inconteste do valor e da profunda importncia da terapia atravs dos passes, e, mais tarde, em 1868, ao escrever a quinta e ltima obra da Codificao, A Gnese, abordaria ele a "momentosa questo das curas atravs da ao fludica", destacando que todas as curas desse gnero so variedades do Magnetismo, diferindo apenas pela potncia e rapidez da ao. O princpio sempre o mesmo: o fluido que desempenha o papel de agente teraputico, e o efeito est subordinado sua qualidade e circunstncias especiais.

    Os passes tm percorrido um longo caminho desde as origens da humanidade, como prtica teraputica eficiente, e, modernamente, esto inseridos no universo das chamadas Teraputicas Espiritualistas.

    Tem sido exitosa, em muitos casos, a sua aplicao no tratamento das perturbaes mentais e de origem patolgica. Praticado, estudado, observado sob variveis nomenclaturas, a exemplo de magnoterapia, fluidoterapia, bioenergia, imposio das mos, tratamento magntico, transfuso de energia-

  • psi, o passe vem notabilizando a sua qualidade teraputica, destacando-se seus desdobramentos em Passe Espiritual (energias dos Espritos), Passe Magntico (energias do mdium) e Passe Medinico (energias dos Espritos e do mdium), constituindo-se, na atualidade, em excelente terapia praticada largamente nas Instituies Espritas.

    Amparado por um suporte cientfico, graas, sobretudo, s experincias da Kirliangrafia ou efeito Kirlian, de que se tm ocupado investigadores da rea da Parapsicologia, e s novas descobertas da Fsica no campo da energia, vem obtendo a aceitao e a prescrio de profissionais dos quadros da Medicina, sobretudo da psiquitrica, confirmando a excelncia do Espiritismo, que explica a etiologia das enfermidades mentais e oferece amplas possibilidades de cura desses distrbios psquicos, ampliando a ao teraputica da Psicoterapia moderna.

    BIBLIOGRAFIA

    1 - O Tnel e a Luz, Carlos Bernardo Loureiro2 - A Gnese, Allan Kardec3 - Obras Pstumas, Allan Kardec4 - As Mesas Girantes e o Espiritismo, Zeus Wantuil5 - O Espiritismo Perante a Cincia, Gabriel Delanne6 - Parapsicologia Didtica, Raul Marinuzzi7 - Curas Espirituais, George W. Meek8 - Magnetismo Curativo, Alphonse Bu