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 CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 1 www.pontodosconcursos.com.br AULA ZERO – LÍNGUA PORTUGUESA PARA CONCURSOS Bem-vindos à aula demonstrativa de Língua Portuguesa para Concursos. Por se tratar de uma turma teórica, como praticamente TODOS os concursos exigem essa disciplina (a exceção fica por conta de alguns certames jurídicos), nosso estudo não será dirigido a uma única banca, mas a maior parte delas, de modo que o aluno esteja preparado para prestar qualquer prova e obter um ótimo desempenho. Claro que isso vai depender, principalmente, de sua dedicação, acompanhando as aulas, resolvendo os exercícios de fixação e participando ativamente do fórum. Estaremos sempre à disposição para qualquer esclarecimento. Não tenha inibição em expor suas dúvidas, pois só as tem quem estuda, não é mesmo? Nos exercícios de fixação, o aluno será apresentado às questões de prova das principais bancas examinadoras do país (Cespe/UnB, ESAF, Fundação Carlos Chagas, Vunesp etc.) e terá a oportunidade de conhecer a forma como elas costumam explorar os conceitos da disciplina. A novidade deste curso teórico é a apresentação das novas regras ortográficas , e, em relação a isso, cabe o seguinte aviso. O Acordo já está em vigor e, por isso, nada impede que alguma banca examinadora exija do candidato conhecimento sobre o assunto. Além disso, as bancas já adaptaram suas provas à nova grafia. Assim, mais do que nunca, você que deseja a aprovação em um concurso público precisa estar atualizado. Para uma melhor fixação das regras, ao lado da forma “antiga”, será apresentada a nova ortografia. Há, também, na área aberta do sítio, alguns artigos que tratam dessas mudanças – vale a pena conferir. A adaptação será feita aos poucos – teremos até 2012 para adequar nosso jeito de escrever (só mudou a grafia – a pronúncia continua a mesma!) e até lá valem as duas (nova e antiga). Somente a partir de 2013, a “velha ortografia” deixará de existir e restará apenas uma vaga lembrança dela (...rs...). As questões apresentadas têm apenas a função de fixar o conceito ensinado. Por isso, decidimos manter a grafia original da prova (se aplicada antes de 2009, não sofrerá as alterações provenientes do Acordo Ortográfico). No comentário, citaremos o que porventura tenha sido alterado. Quem acha que estudar Português é “besteira”, que dá pra fazer a prova só com o que  já sabe, se esquece que, além do conhecimento, o que a banca busca no candidato é agilidade em resolver a prova. Recebo muitas mensagens com dúvidas sobre como se preparar para um concurso público, especialmente os da área fiscal. Minha resposta costuma ser a mesma. São dois os elementos fundamentais para a preparação de qualquer candidato a concursos públicos: DEDICAÇÃO e HUMILDADE. Normalmente, aquele que chega de “salto alto”, achando que não é preciso estudar a disciplina X ou Y, certamente terá dificuldades exatamente nessa matéria. Quem já está nessa estrada sabe que não são poucos os exemplos de candidato que, na hora da prova, não consegue tempo suficiente para resolver todas as questões e acaba tendo de contar com a sorte. Ou então, erra questões fáceis simplesmente porque perdeu tempo tentando resolver uma questão mais complicada.

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AULA ZERO – LÍ NGUA PORTUGUESA PARA CONCURSOS

Bem-vindos à aula demonstrativa de Língua Portuguesa para Concursos.Por se tratar de uma turma teórica, como praticamente TODOS os concursos exigemessa disciplina (a exceção fica por conta de alguns certames jurídicos), nosso estudonão será dirigido a uma única banca, mas a maior parte delas, de modo que o alunoesteja preparado para prestar qualquer prova e obter um ótimo desempenho. Claroque isso vai depender, principalmente, de sua dedicação, acompanhando as aulas,resolvendo os exercícios de fixação e participando ativamente do fórum.

Estaremos sempre à disposição para qualquer esclarecimento. Não tenha inibição emexpor suas dúvidas, pois só as tem quem estuda, não é mesmo?

Nos exercícios de fixação, o aluno será apresentado às questões de prova dasprincipais bancas examinadoras do país (Cespe/UnB, ESAF, Fundação Carlos Chagas,

Vunesp etc.) e terá a oportunidade de conhecer a forma como elas costumam exploraros conceitos da disciplina.

A novidade deste curso teórico é a apresentação das novas regras or t ográ f icas , e,em relação a isso, cabe o seguinte aviso. O Acordo já está em vigor e, por isso, nadaimpede que alguma banca examinadora exija do candidato conhecimento sobre oassunto. Além disso, as bancas já adaptaram suas provas à nova grafia. Assim, maisdo que nunca, você que deseja a aprovação em um concurso público precisa estaratualizado.

Para uma melhor fixação das regras, ao lado da forma “antiga”, será apresentada anova ortografia. Há, também, na área aberta do sítio, alguns artigos que tratamdessas mudanças – vale a pena conferir. A adaptação será feita aos poucos – teremosaté 2012 para adequar nosso jeito de escrever (só mudou a grafia – a pronúnciacontinua a mesma!) e até lá valem as duas (nova e antiga). Somente a partir de 2013,a “velha ortografia” deixará de existir e restará apenas uma vaga lembrança dela(...rs...).

As questões apresentadas têm apenas a função de fixar o conceito ensinado. Por isso,decidimos manter a grafia original da prova (se aplicada antes de 2009, não sofrerá asalterações provenientes do Acordo Ortográfico). No comentário, citaremos o queporventura tenha sido alterado.

Quem acha que estudar Português é “besteira”, que dá pra fazer a prova só com o que já sabe, se esquece que, além do conhecimento, o que a banca busca no candidato éagilidade em resolver a prova.

Recebo muitas mensagens com dúvidas sobre como se preparar para um concurso

público, especialmente os da área fiscal. Minha resposta costuma ser a mesma. Sãodois os elementos fundamentais para a preparação de qualquer candidato a concursospúblicos: DEDICAÇÃO e HUMILDADE.

Normalmente, aquele que chega de “salto alto”, achando que não é preciso estudar adisciplina X ou Y, certamente terá dificuldades exatamente nessa matéria.

Quem já está nessa estrada sabe que não são poucos os exemplos de candidato que,na hora da prova, não consegue tempo suficiente para resolver todas as questões eacaba tendo de contar com a sorte. Ou então, erra questões fáceis simplesmenteporque perdeu tempo tentando resolver uma questão mais complicada.

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Quando se trata de prova de Língua Portuguesa, então, textos longos e questões deinterpretação complexas são suficientes para arruinar qualquer cronograma de prova eaniquilar a estabilidade emocional do sujeito. A ESAF, por exemplo, procura eliminar ocandidato pelo cansaço, com textos longos e complexos. Já a Fundação Carlos Chagasaté há pouco tempo, seguia um padrão de prova constante, apresentando, comoprincipal dificuldade, a falta de indicação de linhas dos longos textos, o que acabavafazendo com que o candidato perdesse muito tempo brincando de “caça-palavras”, aoprocurar a passagem ou palavra mencionada na questão. Recentemente, vemmostrando que também sabe inovar. Vem apresentando questões que, de certa forma,seguem o “padrão-ESAF”, inclusive com indicação de linhas no texto.

Saber o conteúdo é fundamental, sem dúvida. Mas também o é saber fazer prova.Candidato bem preparado é o que conhece a banca que irá realizar a prova.

Assim, a preparação divide-se em três fases: (1) “reconhecimento do terreno”, em que

o aluno é apresentado às matérias e recolhe o material necessário ao estudo; (2) “fixação do conhecimento”, quando é fundamental fazer muitos exercícios, lercomentários de provas e identificar a metodologia da banca examinadora; (3) e,finalmente, “identificação das necessidades”, em que o candidato, a partir de seudesempenho na etapa anterior, percebe quais as disciplinas ou pontos do programaque necessitam de maior atenção. Nessa última fase, fazer simulados com questõesinéditas vai ajudá-lo na fixação do conhecimento e na administração do tempo, fatoresse decisivo para sua aprovação

Se o seu interesse for específico, ou seja, se estiver se preparando para umdeterminado concurso, é importantíssimo que faça provas anteriores da instituiçãoresponsável por esse certame.

Tudo isso, como se nota, envolve dedicação. Não são poucos os obstáculos. Quem,além de estudar, ainda “perde tempo” trabalhando, enfrenta o cansaço e o parcotempo de que dispõe para a família. O “concurseiro (ou concursando, como preferemalguns) profissional”, ou seja, o que se dedica exclusivamente aos estudos, enfrenta odesafio de se organizar, de não perder tempo estudando o que não interessa e,principalmente, de não cair na tentação da internet, da “Sessão da Tarde”, do telefone.Isso sem falar naquela vizinha fofoqueira que fica falando por aí que o sujeito é umvagabundo porque não trabalha...rs...

Nadar contra a maré não é fácil. Por isso, estudar em momentos como esses é tarefaárdua aos que se preparam para ocupar um cargo público, e é exatamente nessemomento que se define um(a) vencedor(a).

Tudo tem o seu tempo – há tempo de descansar (ninguém é de ferro e o repouso

ajuda no aproveitamento do estudo, sem dúvida!), mas também deve haver o tempode estudar – sem ele, não há material, curso ou professor que dê jeito. O diferencial,sem dúvida, é a dedicação do candidato em casa mesmo.

E onde entra a tal da humildade? Em saber identificar seus pontos fracos (faz parte da “fase de identificação das necessidades”) e ter a humildade de começar do zero.

Nosso objetivo é auxiliar os que aqui chegam na busca de um melhor desempenho emLíngua Portuguesa. Se alguns pontos iniciais do programa de Português parecerem “básicos demais”, lembre-se do que falei sobre h u m i l d a d e. Leia, estude, resolva osexercícios de fixação, ou seja, DEDIQUE-SE, mesmo que você ache que já sabe tudo.Pode ter certeza de que alguma coisinha você sempre acaba aproveitando. Maisadiante, esse conhecimento pode ser fundamental para aprender outro assunto.

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Por fim, vire um chato – corrija (mentalmente, se não quiser acumular inimigos) o queescuta e lê por aí, traga para o seu cotidiano as lições que veremos aqui, procureincorporar os conhecimentos de Português ao seu dia-a-dia. Afinal, não é assim que sefaz quando se aprende uma língua estrangeira?

Desarme-se, livre-se dos traumas que carrega até hoje e receba as lições de coraçãoaberto.

Em nosso encontro de hoje, daremos uma demonstração do que teremos a partir daprimeira aula – apresentação de conceitos e resolução de questões de prova parafixação do conteúdo.

Como sempre, começamos com ORTOGRAFIA, assunto que será abordado já napróxima aula.

ORTOGRAFI A E SEMÂN TI CA

Ortografia é a parte da gramática que estabelece normas para a correta grafia daspalavras.

Nas palavras de Pasquale Cipro Neto, “não há quem, vez ou outra, não depare com uma dúvida de grafia. É bem verdade que precisamos, em boa parte dos casos,conhecer a etimologia das palavras, mas existe um número considerável de situações em que há sistematização ”. O professor afirma também que “quanto mais se lê e quanto mais se escreve, mais se obtém familiaridade com as palavras e sua grafia ”.

É preciso, também, aceitar de peito aberto que não é demérito desconhecer a grafia devocábulos pouco usados. Nessas horas, basta consultar um dicionário.

Como primeira regra, devemos ter em mente que uma palavra derivada mantém agrafia da palavra primitiva, como acontece com a palavra moçada , derivada de moço ,e pr inces inha, derivada de pr incesa.

Parece simples, não é? Então, por que tanta gente tem dificuldade em escrever onome do profissional que cuida do cabelo das pessoas? Alguém arrisca um palpite aí?Vamos seguir o raciocínio de PALAVRA ORIGINÁRIA / PALAVRA DERIVADA. A partir dapalavra originária cabelo , formam-se as demais.

Por exemplo: o conjunto de cabelos da cabeça é chamado de cabe le i ra (CABEL + -EIRA, sufixo latino que indica, dentre outras coisas, o conjunto ou acúmulo deelementos).

Assim, o profissional que cuida da cabele i r a de alguém é cabe le i re i ro (CABELEIR + o

mesmo sufixo “EIRO”, desta vez indicando o praticante de certo ofício, profissão ouatividade). Agora, dê uma volta no seu bairro e perceba a quantidade de “cabelereiro” ou “cabeleleiro” que há por aí. Um profissional zeloso, na dúvida, escreve “salão debeleza”. Só não deve cometer o deslize de colocar na porta de seu estabelecimentouma placa com os seguintes dizeres (como já vi, eu juro!!!...rs...): “Corto cabelo epinto”. Esse texto possui uma ambiguidade capaz de afastar eventuais clientes.

Algumas regras ajudam a entender o processo de formação de algumas palavras, maso que ajuda mesmo a fixar a grafia é a memória visual. Quem tem filho pequeno jápercebeu como faz uma criança que acabou de ser alfabetizada: ela tem sede de lertudo o que passa na sua frente, de out-door  a embalagem de biscoito. Vai juntandosílaba por sílaba até identificar a palavra e a ela liga o significado. Com o tempo, nosacostumamos a ler “o conjunto”, a “figura” que a palavra forma. Identificamos a grafia

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de uma palavra em seu todo, não lemos mais letra por letra, sílaba por sílaba, a nãoser que a palavra seja totalmente desconhecida para nós.

Você é capaz de ler rapidamente as palavras que já conhece, ao passo que, as demais,precisa ler com mais cuidado. Agora, com as novas regras de ortografia, a dificuldadese tornou ainda maior, já que temos uma forte tendência a não reconhecer a palavraescrita de forma “diferente”. Para mim, a “pior” de todas é ide ia . Sem o acento,parece que fica faltando alguma coisa. Em breve, saberemos o que mudou, calma!

Mais um desafio: leia I NEXPUGNABI L I DADE. Confesse: você leu “de primeira” outeve de juntar as letrinhas? Mais outra: I N EXTI N G U I B I L I D AD E (essa tive de digitaraos poucos pra não errar... e você, ao ler, pronunciou ou não o u do dígrafo gu i ? Viualgum trema ali? Quando falarmos sobre TREMA, veremos se você leu certinho...).

Por que esse “blá-blá-blá” todo? Para que você não caia nas “pegadinhas” tradicionaisde algumas bancas. Elas omitem acentos (especialmente na letra “i”), trocam asletras, colocam uma palavra parecida ou até inventada, desde que com o mesmo som(“subexistir”, no lugar de “subsistir”, em uma questão da ESAF). Ao ler com pressa, océrebro identifica a palavra correta e seu significado, sem que perceba a alteração feitapelo examinador. Por isso, nas questões em que a banca pede para marcar o númerode erros de ortografia, é necessário ler diversas vezes o texto até identificar TODOS oserros.

Veja agora uma questão de prova que abordou esse assunto:

( ESAF/ AFC SFC/ 20 02 ) No texto abaixo, foram introduzidos erros. Para saná-los,foram propostas algumas substituições. Julgue as substituições e depois assinale aopção que contém a seqüência das alterações necessárias para adequar o texto aopadrão culto formal do idioma.

 “O conceito de tributo, face sua interpretação nos conformes à Constituição, tem essapeculiaridade: deve obedecer ao princípio da legalidade estrita. Cumpre ressaltar maisuma vez: não há possibilidade de discricionariedade na definição legislativa do tributo,mas só teremos tributo se o dever de pagar uma importância ao Estado for vinculado àprevisão de ter riqueza.” 

(Nina T. D. Rodrigues, com adaptações)

IV. substitu ir “ discricionariedade”(l .5 e 6) por “ discricionaridade” 

Item ERRADO.

Comentário.

Se houvesse dúvida com relação à grafia, o candidato poderia buscar uma outrapalavra parecida (ou seja, um paradigma) que tivesse passado pelo mesmo processo:

SÉRI O -> SERIEDADE

SOLIDÁRI O - > SOLIDARIEDADE

SÓCI O -> SOCIEDADE

SÓBRI O -> SOBRIEDADE 

DISCRICIONÁRI O -> DISCRICIONARIEDADE

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Como é bem maior a quantidade de vocábulos terminados por I O, em comparaçãocom os de terminação EO, pode ocorrer a “contaminação” e, por conseguinte, erro nagrafia de vocábulos como HOMOGÊNEO (confira como foi a questão 17 da prova paraAFRF 2003, mais adiante). Então, para dissipar dúvidas, vamos buscar um paradigma.O que acontece com essa palavra é o mesmo que ocorre com:

CORPÓREO -> CORPOREIDADE 

IDÔNEO -> IDONEIDADE 

CONTEMPORÂNEO -> CONTEMPORANEIDADE

INSTANTÂNEO -> INSTANTANEIDADE 

ESPONTÂNEO -> ESPONTANEIDADE 

Essa dica do paradigma vai também ajudar – e muito – em relação a conjugação

verbal.Mais um exemplo de como essa regra do paradigma nos ajuda a resolver questões deortografia.

( FCC/ I SS- SP/ Jane i r o 20 07  ) Está correta a grafia de todas as palavras na frase:

(A) Não constitui uma primasia dos animais a satisfação dos impulsos instintivos:também o homem regozija-se em atender a muitos deles.

(B) As situações de impunidade infligem sérios danos à organização das sociedadesque tenham a pretenção da exemplaridade.

(C) É difícil atingir uma relação de complementaridade entre a premênsia dos instintosnaturais e a força da razão.

(D) Se é impossível chegarmos à abstensão completa da satisfação dos instintos,devemos, ao menos, procurar constringir seu poder sobre nós.

(E) A dissuasão dos contraventores se faz pela exemplaridade das sanções, de modoque a cada delito corresponda uma justa punição.

Gabarito: E

Comentário.

A partir da regra do paradigma, a grafia de muitas das palavras “duvidosas” daquestão poderia ser identificada.

Na opção B, consta a palavra “pretenção”.Ora, vamos nos lembrar de uma palavra parecida com essa: COMPREENSÃO (ato deCOMPREENDER), que se escreve com “S”.

Se:

COMPREENDER COMPREENSÃO

Então:

PRETENDER PRETENSÃO (com “s” e não “ç”)

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Em (D), o candidato deparou-se com “abstensão”, que é o ato de ABSTER-SE. Nadúvida, deveria buscar um paradigma. Uma palavra mais comum em nossovocabulário é DETENÇÃO (ato de DETER).

Se:

DETER DETENÇÃO

Então:

ABSTER ABSTENÇÃO (com “ç” e não “s”)

Na opção C, também poderíamos empregar novamente a regra do paradigma, aoanalisarmos a grafia de “premênsia”.

Essa palavra tem relação com PREMENTE (adjetivo). Podemos usar, para comparação,a palavra URGENTE (seu sinônimo mais popular).

Se:

URGENTE URGÊNCIA

Então,

PREMENTE PREMÊNCIA (com “c” e não “s”)

Finalmente, os substantivos correspondentes ao que é PRIMAZ (“o que ocupa oprimeiro lugar”, escrito com a letra Z) apresentam duas formas: uma mantém a grafiada palavra primitiva: PRIMAZIA, também com Z; a outra, mais comum, sofre alteração– PRIMACIA (com “C” e sílaba tônica “CI”). Podemos compará-la com outras palavras:

-  CONTUMAZ CONTUMÁCIA

-  PERTINAZ PERTINÁCIA-  EFICAZ EFICÁCIA (a mais “famosa” de todas).

Em tempo: na opção (A), está correta a grafia do verbo REGOZIJAR (de “gozo”,também com “z”), e, na opção (B), foi usado adequadamente o verbo INFLIGIR, quesignifica “aplicar”. Mais sobre isso, veremos nas próximas aulas.

Por hoje é só.

Lembramos que esse curso é um relançamento e que as questões apresentadas,repito, têm a função de fixar o conceito. A única novidade está em incluir comentáriossobre as mudanças ortográficas, recentemente implantadas em nossa língua.

Até o próximo encontro.

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AULA 1 - ORTOGRAFI A E SEMÂNTI CA

Olá, pessoal,

Animados para o início do nosso curso?

Antes, porém, um aviso: nosso material já se encontra adaptado à nova ortografiaoficial, em vigor a partir de janeiro de 2009. Contudo, decidimos manter a grafiaoriginal das questões apresentadas, de modo a não modificar os gabaritos queporventura envolvessem ortografia vigente à época da prova. Assim, caso vocêencontre alguma palavra grafada de forma “antiga”, saiba que foi assimreproduzida propositalmente.

Além disso, estou travando um verdadeiro embate contra o corretor ortográfico doWord. Por isso, desculpo-me antecipadamente caso alguma palavra se encontrecom a grafia “antiga” fora das questões de prova – a culpa será do Bill Gates..rs...

Na aula passada, tecemos alguns comentários do que seria estudado em relação aORTOGRAFIA.

Hoje, vamos “colocar a mão na massa”.

Bem, o estudo da ORTOGRAFI A abrange:

1 - EMPREGO DE LETRAS (s/z; sc/sç/ss; j/g; izar/isar; etc);

2 - ACENTUAÇÃO GRÁFICA;

3 - USO DE OUTROS SINAIS DIACRÍTICOS (principalmente o HÍFEN e o TREMA).

EMPREGO DE LETRAS

O alfabeto da língua portuguesa compõe-se de 26 letras, já que, além das que já

existiam, incluíram-se K, W e Y a partir de janeiro de 2009 (fruto do AcordoOrtográfico mencionado na aula demonstrativa).

Essas três novas letras serão usadas:

a) Em antropônimos (nomes de pessoas) originários de outras línguas e seusderivados: Franklin, ftankliniano; Kant, kantistno; Darwin, darwinismo: Wagner,wagneriano, Byron, byroniano; Taylor, taylorista;

b) Em topônimos (nomes de lugares) originários de outras línguas e seusderivados: Kwanza; Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano;

c) Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medidade curso internacional: TWA, KLM; K-potássio (de kalium), W-oeste (West); kg--quilograma, km-quilómetro, kW-kilowatt, yd-jarda (yard); Watt.

A letra h é usada apenas:

a) no início, quando etimológico: he rb ívo ro (de r i vada de herba = e r va ) .

b) nos dígrafos CH, LH, NH: chave, m a l h a , m i n h a.

c) no final, em interjeições: ah ! i h !

d) quando o segundo elemento, iniciado por h , se une ao primeiro (prefixo) pormeio de hífen: an t i - h ig iên i co. Palavras com prefixo sem hífen perdem o h 

desonesto, desabitado, inábil.

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A seguir, vamos apresentar alguns empregos específicos de letras, que podemauxiliar o aluno na identificação da grafia correta.

O USO DO...

  - ê s/ - e sa e - e z/ - e za- ês/esa: vocábulo que indica naturalidade, procedência ou formam título denobreza. Exemplos: camponês, holandês, princesa, inglesa, calabresa (Calábria),milanesa (Milão)

- ez/eza: substantivos abstratos derivados de adjetivos. Exemplos: acidez (ácido),polidez (polido), moleza (mole).

Por isso, a partir de agora, escolha o restaurante a partir do cardápio. Se uma dasopções for “pizza CALABREZA”, você poderá ter uma indigestão vocabular!

  - i sa r / - i za r

Nesses casos, segue a regra da PALAVRA ORIGINÁRIA / PALAVRA DERIVADA. Se o

vocábulo já apresenta a letra “s”, essa letra é mantida no sufixo.-  isar: pesquisa/pesquisar; análise/analisar; paralisia/paralisar;

improviso/improvisar.

Se não havia a letra “s” na palavra originária, o sufixo recebe a letra “z”.

-  izar: ameno/amenizar; concreto/concretizar.

A exceção fica por conta da palavra:  ca tequ izar  , que é derivada de catequese.

  s:

a) nos sufixos nominais “-OSO(A)” (indicativo de “cheio de”, “relativo a” ou “que

provoca algo”) e “-ISA” (gênero feminino): gostoso, apetitoso, afetuoso, papisa,poetisa;

b) verbos formados de vocábulos terminados em s, em decorrência da regra “PALAVRA ORIGINÁRIA / PALAVRA DERIVADA”: pesquisa/pesquisar;análise/analisar.

c) após ditongo: coisa, deusa.

d) nos adjetivos pátrios terminados em ÊS: regra já mencionada no item “a”:inglês, francês.

e) nas flexões dos verbos PÔR e QUERER e seus derivados: quiser, pus, quis.

f) quando a um verbo com a letra d  no infinitivo corresponder um substantivo comsom de / z/ : iludir/ilusão; defender/defesa; aludir/alusão

  x :

a) depois de ditongo: feixe, peixe, frouxo.

b) geralmente depois da sílaba inicial EN (exceto nos casos em que se aplica aregra “PALAVRA ORIGINÁRIA / PALAVRA DERIVADA” – ver o próximo caso):enxugar, enxovalhar, enxoval, enxofre.

c) em palavras de origem indígena ou africana: abacaxi;

d) após sílaba inicial m e- ( exceção : m echa ) : mexerica, mexer.

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  ch : após sílaba inicial en -  + palavra iniciada por ch : encher (cheio),encharcado (charco)

  ç:a) substantivos e verbos relacionados a adjetivos e substantivos que têm “t o”   nofinal: direto /direção; exceto /exceção; correto /correção;

b) Substantivos e adjetivos relacionados ao verbo TER (e derivados): detenção(deter), retenção (reter), contenção (conter);

Esses dois últimos casos nos levam à apresentação da r eg ra do pa rad igm a (quefunciona na maior parte das vezes).

Na dúvida com relação à grafia de uma palavra que sofreu algum processo detransformação (substantivo derivado de verbo ou substantivo derivado de

adjetivo), busque a grafia de outra palavra conhecida sua (que servirá depa rad igma ), tomando o cuidado de observar se esta sofreu o mesmo processodaquela. Aquilo que aconteceu com uma irá acontecer com a outra também.

Veja os exemplos.

compreender -> compreensão / pretender -> pretensão

perm i t i r -> permissão / em i t i r -> emissão  

conceder -> concessão / retroceder -> retrocessão  

Cuidado !!! EXCEÇÃO é derivado de EXCETUAR – e não de EXCEDER. Deve seresse o motivo de tanta gente fazer confusão.

EMPREGO DO HÍ FEN

Muita coisa mudou em relação ao emprego do hífen com a entrada em vigor dasnovas regras ortográficas. Por enquanto, usa-se o hí fen :

1. nas palavras compostas em que os elementos da composição têm acentuaçãoprópria e formam uma unidade significativa: gua rda - roupa, be i j a - f l o r , b e m - t e -v i;

2. com a partícula denotativa eis seguida de pronome pessoal átono: e is -me, eis-v os, e is-nos, e i - lo (com a queda do s);

3. nos adjetivos compostos: s u r d o - m u d o, af ro -b ras i le i ro , s ino- luso-bras i le i ro ;

4. em vocábulos formados por prefixos, em alguns casos: p ré -h i s tó r i a, micro -ondas, an t i - i n f l ama tó r i o .

O Acordo Ortográfico de 1990 (data em que começaram as discussões, entrandoem vigor somente agora, em 2009) buscou simplificar o emprego do hífen.Basicamente, são duas as regras para emprego com prefixos:

-  quando o segundo elemento iniciar por H (anti-higiênico / super-homem);

-  quando houver coincidência de vogais ou consoantes entre o fim do prefixoe o início do segundo elemento, ou seja, se as letras forem iguais, usa-se ohífen para separá-las: anti-inflamatório (antes era junto) / micro-ondas(idem) / contra-almirante.

Há algumas situações especiais que serão vistas em separado. Fora isso, se oprefixo terminar com uma letra (consoante ou vogal) e o segundo elemento iniciar

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com outra, junta-se tudo e, se este começar por R ou S, será necessário dobrar aconsoante (contrarregra / minissaia / antiesportividade).

Com os prefixos “in” e “des” junto a palavras iniciadas por “h”, esta consoante “cai” 

e não se emprega hífen: INÁBIL / DESUMANO.Emprega-se hífen com os prefixos PRÉ / PÓS / PRÓ sempre que o segundoelemento conservar autonomia vocabular: PRÉ-HISTÓRICO / PÓS-MODERNO / PRÉ-DATADO

Caso contrário, ocorre a aglutinação: PREDETERMINAR / PREVER.

Nas formações com os prefixos CIRCUM e PAN, quando o segundo elementocomeçar por vogal, M, N ou H (este já mencionado na regra geral), usa-se hífen:PAN-AMERICANO / CIRCUM-ESCOLAR / PAN-NEGRISMO / CIRCUM-HOSPITALAR.

Prefixos que indicam procedência (indo, sino, franco, euro) dispensam o hífen

quando funcionam como adjetivos junto a elemento mórfico (EUROCOMUNISTA /LUSÓFONOS); quando se tratar da soma de duas ou mais identidades, usa-se osinal: ANGLO-AMERICANO / FRANCO-SUÍÇO.

Observações:

a) Com os advérbios BEM e MAL, emprega-se hífen quando estes formam com osegundo elemento nova unidade significativa e esse elemento começa por vogal ouH. No entanto, o advérbio BEM, ao contrário de MAL, pode não se aglutinar compalavras iniciadas por consoante.

Exemplos: BEM-AVENTURANÇA / BEM-AMADO / MAL-AMADO / BEM-HUMORADO /

MAL-HUMORADO / BEM-CRIADO (mas MALCRIADO) / BEM-ME-QUER (masMALMEQUER).

Em poucos vocábulos, ocorre a aglutinação de BEM com o segundo elemento(BENQUISTO / BENQUERENÇA / BENFEITOR).

Alguns adjetivos são formados a partir da contração do MAL/BEM com o adjetivo noparticípio. A união dos elementos, em alguns casos, é tão nítida que se emprega ohífen; em outros casos, não (bem-humorado, bem-nascido, bem vestido).

Em todos esses casos, se o adjetivo estiver precedido do advérbio “mais”, a normaculta não admite a transformação destes em “melhor” ou “pior”, mantendo-osseparados (“mais bem”, “mais mal”):

 “Ele é o m ais bem-ves t i do da seção.” 

 “Ronaldinho Gaúcho é o jogador m ais bem pago da atualidade.” 

 “Os candidatos mais ma l p repa rados são divertimento garantido no horárioeleitoral.” 

No uso coloquial, contudo, notam-se muitos registros dessa contração: “O time quefor melhor co locado na competição disputará a Libertadores da América.”.

O linguista Celso Pedro Luft distingue essas duas estruturas em:

(1)  mais + bem + particípio;

(2)  mais + [bem+particípio].

No primeiro caso, o advérbio MAIS modifica o advérbio BEM, que, junto com oprimeiro, pode modificar o adjetivo participial. Admitem-se, pois, as duas formas.Havendo a contração, os dois advérbios modificam o adjetivo (“casas melhor

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construídas”); mantendo-os separados, o advérbio “bem” modifica o adjetivo,enquanto que o advérbio “mais” modifica o outro advérbio (“bem”): “casas maisbem construídas”.

Já na segunda estrutura, o advérbio BEM forma uma unidade semântica com o

particípio, a ponto de, em alguns casos, estarem ligados por hífen. Neste caso, oadvérbio MAIS não pode se contrair com o outro advérbio, devendo permanecerfora da locução: “mais bem-humorado”.

Infelizmente o uso do hífen não é regular o bastante para nos trazer tranquilidade.

Parece que ouvi alguém gritando do outro lado do computador: “Soco r ro ,Claud ia ! ! ! O que eu d evo fazer n a hora da p rov a????” .

Na prova, todo cuidado é pouco. Primeiramente, observe se o enunciado fazmenção a “norma culta”, caso em que devemos manter os vocábulos separados(“mais bem”). Caso negativo, verifique se há outra opção que atenda de formamais adequada ao que se pede. Só em último caso, considere incorretasconstruções como “melhor colocado” ou “melhor preparado”.

Em 2005, a banca do Cespe, por sua vez, considerou ERRADA a seguinteafirmação:

De aco rdo com as no rmas g rama t i ca i s, a exp ressão “ m a is bem” ( R.5 ) [ “ . .. eque só poderão ser mais bem observadas no médio prazo. ...”] dever ia ser  subs t i tu ída pela fo rma ad je t i va m e lho r .

Ou seja, para o Cespe, não poderia ocorrer a contração de “mais” com “bem”,formando “melhor” antes de particípio com valor adjetivo.

Recentemente, a Fundação Carlos Chagas também abordou esse tópico (Prova deAnalista – MPU 2007). A questão se encontra em nossa lista de fixação, ao fim daaula de hoje.

Posteriormente, a ESAF apresentou uma questão seguindo o posicionamento denão contrair “mais” com “bem”. Contudo, no gabarito após os recursos, anulou aquestão, ou seja, considerou as duas formas corretas (mais bem preparados /melhor preparados).

Volto a afirmar: esse é um ponto polêmico que deve ser visto com bastanteatenção pelo candidato. Antes de assinalar “certo / errado”, veja as demais opções.

b) “Antigamente”, o prefixo co é seguido de hífen quando tinha o sentido de "a par"ou "juntamente" (ou seja, união) e o segundo elemento, vida autônoma.

Agora, em Nota Explicativa ao Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (5a edição), definiu-se que o prefixo “co-” não se enquadra na regra geral, ligando-sediretamente ainda que o segundo elemento inicie por H ou O (coerdeiro, coabitar,cooperar, coordenação, corredator, cossanguíneo).

c) Ainda nessa Nota Explicativa, ficou definido que os vocábulos quase e n ão , ainda que funcionem como prefixos, dispensam o hífen.

Exemplos: não conformismo, não pagamento.

d) Em palavras compostas, foi mantida a grafia das palavras compostas por justaposição cujos elementos constituem uma unidade sintagmática e semântica(em outras palavras, possuem um significado próprio, diferente daquele doselementos que lhe deram origem): BEIJA-FLOR / MÃO-DE-OBRA / CONTA-GOTAS.

Em alguns casos, por se ter perdido o sentido das palavras originárias, ocorre aaglutinação: PARAQUEDISMO / PARAQUEDAS (essas com novas grafias).

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Até o lançamento do novo VOLP, muita especulação foi feita, mas finalmentetivemos o posicionamento da ABL: a regra de retirada de hífen em relação àspalavras compostas por “para” (verbo parar) só se aplica a “paraquedas” ederivadas (paraquedismo / paraquedista). Não se aplica aos demais vocábulos

(para-brisas / para-choque / para-raios), ou seja, fez-se uma interpretação restrita,e não extensiva, como alguns queriam.

e) Emprega-se hífen nos compostos com os elementos AQUÉM, ALÉM, RECÉM,SEM: ALÉM-MAR / SEM-NÚMERO / RECÉM-CASADOS / SEM-VERGONHA.

f) Mantém-se o hífen das palavras compostas que designam espécies botânicas ezoológicas (em resumo, o Acordo não mexeu nem com as plantas nem com osbichos...rs...)

Exemplos: ARARA-AZUL / COUVE-FLOR / ERVA-DOCE / LOUVA-A-DEUS / BEM-TE-VI.

Em resumo, só não mexeram com as plantas e com os bichos – o resto épolêmico..rs...

Veja uma dessas polêmicas: antigamente “dia a dia” (sem hífen) significava “diariamente” (um advérbio) e “dia-a-dia” (com hífen) representava o substantivo “cotidiano”. Com a 5ª edição do VOLP, esse hífen foi retirado, ou seja, quer nafunção de advérbio, quer na de substantivo, a palavra é “dia a dia”.

A lacuna do Acordo Or t ográ f ico

O Acordo nada prevê sobre o emprego de hífen com os prefixos AB / OB / AD / SOB / SUB seguidos de consoante R. Em função disso, a Academia Brasileira de Letrasmanteve a grafia original, ou seja, com hífen: AB-ROGAR / AD-RENAL / SUB-RAÇA

Apesar de também não mencionada no Acordo, indicou-se a manutenção do hífenquando houver também encontro de consoantes com esses prefixos: SUB-BASE /AD-DIGITAL.

O novo quadro de hífen em formação de palavras por prefixação passou a ser:

Pr ime i ro e lem en to Segundo e lem en to i n i ci ado po r

aero, agro (terra), alfa, ante, anti,arqui, auto, bio, contra, entre,extra, foto, geo, hetero, hidro, hipo,homo, infra,intra, iso, lipo, macro,micro, mini, mono, multi, neo,paleo, pluri, poli, proto, pseudo,psico, retro, semi, sobre, supra,tele, tetra, ultra

- “h” 

- vogal igual à vogal final doprimeiro elemento

ad d, h, r

ab, ob, sob, sub b, h, r

Ob s.: O novo VOLP registra de duasformas o encontro de “sub” com

 “humano” (e derivados): subumano  e sub-humano  

co, pre(*), pro(*), re Configuram exceções à regra geral,ou seja, registram-se sem hífen

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ainda que o segundo elementoiniciar com a mesma vogalterminativa do prefixo ou com H(preencher, proótico, reeleição,

coordenar, coabitar, coerdeiro)circum - vogal

- h, m, n

(Obs.: Aceita algumas formasaglutinadas com adaptação doprimeiro elemento para “circu” ou

 “circun”)

hiper, super, inter h, r

pan - vogal

- h, m, n

pós, pré (*), pró (*) Sempre que se conservar aautonomia vocabular do segundoelemento

além,

aquém,

recém,

sem,sota,

soto,

vice,

ex(= anterioridade)

qualquer palavra (sempre comhífen)

(*) Os prefixos pré- e pró- podem empregar hífen quando o segundo elementomantiver a autonomia vocabular ou dispensá-lo, grafando-se de forma aglutinada.

ACENTUA ÇÃO GRÁFI CA

Enquanto que, nos primeiros pontos do estudo da Ortografia (“Emprego de Letras” e “Hífen”), nós não pudemos fugir muito da “decoreba”, agora, em “AcentuaçãoGráfica”, vamos dar o “pulo do gato”!

Será apresentado um esquema que ajuda (e muito!) a identificar qualquer erro naacentuação das palavras.

De uma maneira geral, a regra é ACENTUAR O MÍ NI MO DE PALAVRAS. Então,acentua-se o que há em menor número.

Se buscarmos nos dicionários, bem menor é a quantidade de proparoxítonas. Amaior parte das palavras da língua portuguesa é composta de paroxítonas e

oxítonas (neste último caso, por exemplo, classificam-se todos os verbos noinfinitivo impessoal – fazer, comer, estabelecer, etc.).

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Por isso, uma das regras de acentuação é: T O D A S A S P R O P A R O X Í T O N A SS Ã O A CE N T U A D A S (como são poucas, põe acento em todas elas).

Por sua vez, é pequeno o número de oxítonas que terminam em A / E / O / EM, eseus respectivos plurais. Por isso, essas serão acentuadas.

De acordo com essa regra, as oxítonas terminadas por R ficaram de fora e, comisso, todos os verbos no infinitivo impessoal.

Mas o que é, afinal, uma sílaba tônica??? É a sílaba da palavra pronunciada commaior intensidade, com mais força. Todas as palavras com duas ou mais sílabasapresentam sílaba tônica e outra(s) átona(s).

Já os monossílabos (uma sílaba) podem ser:

a) átonos: não possuem acentuação própria, isto é, são pronunciados com poucaintensidade. Normalmente, são pronomes oblíquos (quase todos os monossílabos),preposições e conjunções monossilábicas: o, e, se, a, de.

b) tônicos: possuem acentuação própria, isto é, são pronunciados com muitaintensidade: lá, pá, mim, pôs, tu, lã.

Os vocábulos átonos NUNCA são acentuados. Já os tônicos podem receber acentoou dispensá-los.

Vejamos, agora, os casos em que os vocábulos, sendo tônicos, são acentuados.Vou deixar por sua conta o preenchimento dessas lacunas. Ao fim do material,estão algumas sugestões.

a) Monossí labos tôn icos  - são acentuados os terminados em - A(S), - E(S), -O(S).

Exemplos:______________________________________.

b) Oxí tonos  - são acentuados os terminados em - A(S), - E(S), - O(S), - EM (-ENS).

Exemplos:_____________________________________.

c) Paroxí tonos -   acentuam-se os que NÃO terminam em -A(S), - E(S), - O(S), -EM (- ENS), AM - exceto ditongos crescentes e palavras terminadas em –ão .

Exemplos:______________________________________.

NOV O ACORDO ORTOGRÁFI COO acento circunflexo em “oo” deixará de existir: abençoo / perdoo / voo

d) Proparoxí tonos - todos são acentuados.

Exemplos:______________________________________.

e) Grupos vocál icos :

Hiatos - I e U, 2ª vogal t ôn i ca após hiato, sozinhos na sílaba ou com -S, desde quenão seguidos de -NH ou outra letra, na mesma sílaba, que não o s.

Exemplo:______________________________________.

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Se as vogais forem iguais, não haverá acento. ( essa eu quero ver se a lguém v a i  consegu i r l em bra r um exemp lo ! )

Exemplo:______________________________________.

NOV O ACORDO ORTOGRÁFI CONas palavras PAROXÍTONAS, quando a segunda vogal for “i” ou “u” APÓS UMDITONGO, não se coloca acento agudo: BAIUCA / FEIURA

Nada muda quando as vogais “i” ou “u” vierem após ditongo nas OXÍTONAS (Piauí,t u i u i ú  ) nem nos demais casos de “i” ou “u” como segunda vogal do hiato, sozinhona sílaba ou com a letra “s” (viúva, país etc.).

Di tongos   – nas palavras OXÍTONAS, são acentuados os orais abertos tônicos -ÉI, -ÉU, -ÓI:

Exemplo:______________________________________.

NOV O ACORDO ORTOGRÁFI CO

Com o advento das mudanças, perderão o acento as PAROXÍTONAS que possuam “éi” e “ói", passando a se grafar IDEIA, MOCREIA, HEROICO.

Contudo, nada muda em relação às palavras com o ditongo aberto “éu" (já que nãoexiste paroxítona com esse ditongo), nem com as OXÍTONAS que possuam osdemais: CÉU, CRÉU (olha a dança...rs...), HERÓI, DESTRÓI, PASTÉIS.

O acento circunflexo da 3ª pessoa do plural dos verbos LER, CRER, VER e DAR, eseus derivados (lêem, crêem, vêem, dêem), antes usado por clareza ortográfica,

deixou de existir com o Acordo Ortográfico. As conjugações verbais passaram a ser:l eem , veem, c reem, deem.

Ressalte-se que nada muda em relação à conjugação dos verbos TER e VIR, e seusderivados, conservando-se o acento da 3ª pessoa do plural do presente doindicativo: eles têm / eles vêm / eles contêm / eles provêm (do verbo PROVIR)

I MPORTANTE!  O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa inclui osmonossílabos na mesma regra dos oxítonos e os vocábulos terminados em ditongocrescente (série, tênue), na regra dos proparoxítonos.

Nesse ponto, algumas bancas, como a Fundação Carlos Chagas, já deixaram claro

seu posicionamento, a partir de questões de prova, como veremos nos exercíciosde fixação. Outras ainda não. Por isso, antes de afirmar que “Cláudia” é paroxítonaterminada em ditongo crescente ou é proparoxítona, o candidato deve verificar asdemais opções.

Para consulta sobre a grafia de qualquer palavra, acesse o sítio da AcademiaBrasileira de Letras (www.academia.org.br), Vocabulário Ortográfico – Sistema deBuscas. Nessa página, você poderá verificar a existência de qualquer vocábulo dalíngua portuguesa, sua grafia e a classe gramatical correspondente.

Essas l i ções podem ser resum idas no segu in t e esquema:

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SÃO ACENTUADOS:

Proparoxí ton os Parox í tonos Oxí tonos Monossílabostôn i cos

TODAS NÃO terminados em

A(S)

E(S)

O(S)

EM(ENS)

AM

Terminados em

A(S)

E(S)

O(S)

EM(ENS)

Terminados em

A(S)

E(S)

O(S)

E te rm inados em :

. ditongo crescente;

. -ão;

Encont ros vocá l icos:

- h ia to – as vogais “i” e “u”, como segunda vogal do hiato, sozinhas na sílaba ouacompanhadas da letra “s”, recebem acento agudo. Não são acentuadas essas vogaisem hiato quando seguidas de ditongo ou repetidas (ii / uu)

- d i tongo abe r to – éi , éu ou ó i – nas ox í tonas, recebem acento; nas pa rox í tonas,deixam de ser acentuadas (azaleia, assembleia, Andreia).

DI CA I MPORTANTÍ SSI MA Todas essas regras de acentuação devem ser aplicadas, inclusive, nas formasverbais, quando houver a colocação de pronomes oblíquos (ÊNCLISE OUMESÓCLISE, ou seja, o pronome oblíquo após o verbo ou no meio dele,respectivamente). A análise para a acentuação recai exclusivamente na formaverbal. Por exemplo: em “ana l isá - las-e i”,  como tonicidade recai na última sílabade “analisa”, há necessidade de ser acentuada a vogal para essa indicação(acentuamos as oxítonas terminadas em A(S), E(S), O(S), EM(ENS).). Outroexemplo mais “cabeludo”: cont rabandeá- las- íamos (= iríamos contrabandear as mercadorias ) - na primeira parte do vocábulo, acentua-se pela mesma regra doexemplo anterior (oxítona terminada em “A”); a segunda parte cai na regra dasproparoxítonas; mais dois exemplos, agora terminados em “i”:

1) pa r t i - l o – a sílaba tônica é “ti”. Não recebe acento, pois só acentuamos asoxítonas terminadas em A(S), E(S), O(S), EM(S);

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2) d is t r i bu í - l o – agora, apesar de também ser o caso de uma oxítona terminadaem “i” – como no exemplo 1 -, a regra de acentuação é outra: o “i” fica sozinho nasílaba e é a segunda vogal do hiato (bu-i). Por esse motivo, esse “i” deve seracentuado.

Fo i supr imido o acen to agudo das fo rmas tôn icas do U na con jugação ver bal de ARGUI R, AVERI GUAR e out ros – argui, averigue 

Agora, há duas maneiras de se conjugar verbos terminados em –GUAR:

a) com a pronúncia do “u”, sem acento: a-ve-ri-GU-e / en-xa-GU-e / de-lin-QU-em(com força no “u”, como se fosse escrita com “c”);

b) com acento (e pronúncia tônica) nas vogais “a” e “i” dos radicais: a-ve-rí-gue /en-xá-gue / de-lín-quem

ACENTOS DI FERENCI AI S- DE TI MBRE: vogal aberta ou fechada - pôde (pret.perf) / pode (pres.indicativo)

- DE I NTENSI DADE OU TONI CI DADE - pôr (verbo), para diferenciar de por(preposição)

Todos os demais acentos diferenciais de tonicidade foram abolidos (agora,escrevemos que “Ele para para ver a banda passar.” ou “O gato solta pelo pelosofá.”.

- DE NÚMERO - Alguns gramáticos classificam o acento circunflexo dos verbos t er  e v i r (e derivados) na 3ª pessoa do plural (têm, vêm, contêm, entretêm, detêm,retêm etc.) como ACENTO DIFERENCIAL DE NÚMERO.

As formas verbais singulares tem  e vem  são monossílabos tônicos e, por isso,dispensariam a acentuação (a regra é acentuar somente os monossílabos tônicosterminados em A / E / O).

A conjugação na 3ª pessoa do singular dos verbos derivados recebe acentuação(detém, contém, entretém  etc.) em atendimento à regra dos oxítonos terminadospor “EM”.

Esses gramáticos consideram, então, que o acento circunflexo (têm, vêm, detêm,

contêm, entretêm ) serve tão-somente para indicar que o verbo está no plural.

Dessa forma, a regra de acentuação, segundo eles, é:

têm (acento diferencial de número)

vêm (acento diferencial de número)

detém (oxítona term inada em EM)

detêm ( acento diferencial de núm ero c/ c oxítona term inada em EM).

Lem bramos que não h ouve m udança nenhum a em re lação à acen tuação dacon ju gação dos verbos VI R e TER.

NOV O ACORDO ORTOGRÁFI CO

Em relação às palavras “forma” e “fôrma”, admite-se FACULTATIVAMENTE o acentocircunflexo na acepção de “vasilha” (fôrma de bolo) para diferenciar-se dahomógrafa de timbre aberto equivalente a “formato” (forma física) ou relativa à

conjugação do verbo FORMAR (ele forma).

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A conjugação do verbo DAR no presente do subjuntivo da 1a pessoa do plural podeser g ra fada com acen to c i r cun f l exo ( uso facu l ta t i vo ) (“Eles esperam que nós DÊMOS  as mãos.” ) para diferenciar da conjugação do mesmo verbo no pretéritoperfeito do indicativo (“Ontem, nós d e m o s  a má notícia ao rapaz.” ).

TREMA

O trema deixou de existir, conservando-se apenas nas palavras derivadas denomes próprios que possuem este sinal: “mülleriano” (derivado de “Müller”). 

Cuidado, pois os verbos DISTINGUIR, EXTINGUIR, ADQUIRIR já não registravam apronúncia do U e por isso sempre foram (e serão) grafados sem trema.

Atente para o fato de que o que mudou foi a GRAFIA e não o som. Assim, aindaque não exista mais aqueles dois pontinhos sobre a letra U, você continuará apronunciar essa vogal de forma átona (do mesmo jeitinho que antigamente).

Exemplo:______________________________________.Antes de passarmos para os exercícios de fixação, vamos falar um pouco sobreSemântica, assunto que tem uma grande relação com Ortografia.

SEMÂNTI CA

É o estudo do sentido das palavras de uma língua. Estuda basicamente osseguintes aspectos: sinonímia, paronímia, antonímia, homonímia, polissemia,conotação e denotação.

Sinonímia

É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentamsignificados iguais ou semelhantes - SINÔNIMOS.

Ex.: Cômico - engraçado

Débil - fraco, frágil

Distante - afastado, remoto

An ton ím ia

É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentamsignificados diferentes, contrários - ANTÔNIMOS.

Ex.: economizar / gastar; bem / mal; bom / ruim

É nesse pon t o – HOMONÍ MI A E PARONÍ MI A – que ver i f i cam os aimpor tânc ia da o r togra f ia – a depender do s ign i f i cado , a g ra f ia da pa lavrapode ser a l te rada .

Ho m o n í m i a

É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significadosdiferentes, possuem a mesma estrutura fonológica - HOMÔNIMOS.

As homônimas podem ser:

Homógra fas he te ro fôn i cas (ou homógrafas) - são as palavras iguais na escrita ediferentes na pronúncia.

Ex.: gosto (substantivo) - gosto (1ª pess. sing. pres. ind. - verbo gostar)

Conserto (substantivo) – conserto (1ª pess. sing. pres. ind. - verbo consertar)

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Homófonas he te rog rá f i cas (ou homófonas) - são as palavras iguais na pronúnciae diferentes na escrita.

Ex.: cela (substantivo) - sela (verbo)

Cessão (substantivo) – sessão (substantivo)Cerrar (verbo) - serrar (verbo)

Homófonas hom ográ f i cas (ou homônimos perfeitos) - são as palavras iguais napronúncia e na escrita.

Ex.: cura (verbo) - cura (substantivo)

Verão (verbo) - verão (substantivo)

Cedo (verbo) - cedo (advérbio)

Paron ímia

É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem

significados diferentes, mas são muito parec idas na pronúncia e na escrita -PARÔNIMOS.

Ex.: cavaleiro - cavalheiro

Absolver - absorver

Comprimento cumprimento

Abaixo, apresentamos uma relação com alguns homônimos e parônimos,acompanhados de seus significados.

A nossa intenção, ao apresentar essa lista, é mostrar as diferentes formas degrafia, a depender do sentido do vocábulo. Não quero ver ninguém decorando alista na frente do espelho. O aluno deve ter ciência da existência dessas palavras e,

na medida do possível, incorporá-las ao seu próprio vocabulário. Esse é o melhormétodo de memorização.

ACENDER: iluminar; por fogo em;

ASCENDER: subir; elevar (daí: ASCENSÃO, ASCENSORISTA, ASCENDENTE).

ACI DENTE: ocorrência casual grave;

I NCI DENTE: episódio casual sem gravidade, sem importância.

AFERI R: conferir ("Ele aferiu o relógio de luz.");

AUFERI R: colher, obter ("Ele auferiu bons resultados").AMORAL: ausência de moral, que ignora um conjunto de princípios;

IMORAL: Que é contrário, que desobedece a um conjunto de princípios.

ÁREA: dimensão, espaço;

Á RI A: peça musical para uma só voz.

ARREAR: colocar arreios em;

ARRIAR: abaixar.

ACÉTI CO: relativo ao vinagre;

ASCÉTI CO: relativo ao Ascetismo; ASSÉPTI CO: relativo à assepsia.

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BROCHA: prego curto, de cabeça larga e chata;

BROXA: tipo de pincel.

CAÇAR: perseguir, capturar a caça;

CASSAR: anular.

CACHOLA: cabeça;

CAI XOLA: caixa pequena.

CEGAR: tirar a visão de;

SEGAR: ceifar, cortar.

CELA: aposento de religiosos ou de prisioneiros;

SELA: arreio de cavalo, 3ª p. s., pres. ind., v. selar.

CENSO: recenseamento;

SENSO: juízo claro.

CÉ( P)TI CO: que ou quem duvida;

SÉ( P)TI CO: que causa infecção.

CERRAR: fechar;

SERRAR: cortar.

CERVO: veado;

SERVO: servente, escravo.

CESTA: utensílio geralmente de palha para se guardar coisas;

SESTA: hora de descanso, normalmente após o almoço;

SEXTA: ordinal feminino de seis.

COMPRI DO: longo;

CUMPRI DO: particípio passado do verbo CUMPRIR.

COMPRI MENTO: uma das medidas de extensão (largura e altura);

CUMPRI MENTO: ato de cumprimentar alguém, saudação, ou de cumprir algo.

CONCERTAR: harmonizar, conciliar.

CONSERTAR: pôr em boa ordem; dar melhor disposição a; arrumar, arranjar".

CONCERTO: apresentação ou obra musical;

CONSERTO: ato ou efeito de consertar, reparar algo.

CORI NGA: tipo de vela que se coloca em algumas embarcações;

CURI NGA: carta de baralho.

COSER: costurar;

COZER: cozinhar.

DEFERI MENTO: concessão, atendimento;

DI FERI MENTO: adiamento; (Assim também: DEFERIR = CONCEDER; DIFERIR =

ADIAR, DIVERGIR)

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DELATAR: denunciar (delação);

DILATAR: retardar, adiar (dilação).

DESCRI ÇÃO: ato de descrever, tipo de redação, exposição;

DI SCRI ÇÃO: qualidade daquele que é discreto.

DESCRI MI NAR: inocentar, absolver (DESCRIMINAÇÃO);

DISCRIMINAR: distinguir, diferenciar, separar (DISCRIMINAÇÃO).

DESMITIFICAR: fazer cessar a mitificação, ou seja, a conversão em mito de algumacoisa ou alguém;

DESMI STI FI CAR: livrar ou tirar da mistificação, que significa burla, engano, abuso decredulidade.

DESPENSA: compartimento para se guardar alimentos;

DI SPENSA: demissão.DESTRATAR: insultar;

DI STRATAR: romper um trato, desfazer um contrato.

EMI NENTE: que se destaca, excelente, notável;

IM INENTE: que está prestes a ocorrer, pendente.

E M I T I R: expedir, emanar, enunciar, lançar fora de si;

I M I T I R: fazer entrar, investir.

EMPOÇAR: formar poça;

EMPOSSAR: dar posse a alguém.ESPECTADOR: aquele que vê, que assiste a alguma coisa;

EXPECTADOR: o que está na expectativa de, à espera de algo.

ESPI AR: espreitar, olhar;

EXPI AR: redimir-se, pagar uma culpa.

ESPREMI DO: particípio do verbo ESPREMER;

EXPRIMIDO: particípio do verbo EXPRIMIR (também EXPRESSO).

FLAGRANTE: evidente, fato que se observa no momento em que ocorre;

FRAGRANTE: que exala cheiro agradável, aromático (fragrância).FLUIR: correr (líquido), passar (tempo);

FRUI R: desfrutar, gozar.

INCIP IENTE: iniciante, inexperiente;

INSIP IENTE: ignorante.

I NFLAÇÃO: ato de inflar, aumento de preços;

I NFRAÇÃO: desobediência, violação, transgressão.

I NF L I G I R: aplicar ou determinar uma punição, um castigo;

I NF R I NG I R: desobedecer, violar, transgredir.

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MEAR: dividir ao meio;

M I A R: dar mios (voz dos gatos).

RATIFICAR: confirmar, corroborar;

RETI FI CAR: alterar, corrigir.

RUÇO: grisalho, desbotado (gíria: "difícil");

RUSSO: relativo à Rússia.

SEÇÃO ( ou SECÇÃO) : parte, divisão, departamento, ato de seccionar;

SESSÃO: espaço de tempo, programa;

CESSÃO: doação, ato de ceder.

SOAR: emitir determinado som;

SUAR: transpirar.

SORTI R: abastecer, prover;

SURTI R: ter como consequência, produzir, alcançar efeito.

TACHAR: censurar, acusar, botar defeito em; só pode ser empregado em ideiaspejorativas;

TAXAR: estabelecer um preço, um imposto, tributar; estipular o preço, o valor de algo- acaba, por analogia, significando também "avaliar, julgar". Pode, por isso, ser usadotanto para os atributos bons como para os ruins.

VESTIÁRIO: local para trocar de roupa em clubes, colégios, etc;

VESTUÁRI O: é o traje, a indumentária, as roupas que usamos.

VULTOSO: de grande vulto, nobre, volumoso;

VULTUOSO: sofre de inchaço, especialmente na face e nos lábios.

USUÁRI O: o que desfruta o direito de usar alguma coisa;

USURÁRI O: o que pratica a usura ou agiotagem.

Conot ação e Denot ação

Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do original, criado pelocontexto.

Ex.: Você tem um coração de pedra.Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original.

Ex.: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das rochas.

Pol issemia

É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados.

Ex.: Ele ocupa um alto pos to na empresa.

Abasteci meu carro no pos to da esquina.

Resolva, agora, as questões abaixo.

Elas servem tanto para fixar os conceitos como para você observar como as bancasexploram esses conhecimentos.

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Felizmente, há farto material sobre o assunto e pudemos selecionar muitasquestões. O mesmo pode não acontecer com determinados pontos do programa.

Nessa parte, você encontrará dois tipos de questão: as reproduzidas na íntegra,caso em que você deverá indicar a letra referente à opção correta; e as adaptadas,

em que apenas um ou alguns itens foram selecionados – nesses casos, você deveráanalisar a correção gramatical da passagem (item correto ou incorreto). Nestecaso, o item apresentado não necessariamente será o gabarito da questão. Elepode estar certo ou errado – você deve avaliar a sua correção.

O gabarito está no fim do material.

Assim como em todas as aulas, foi mantida a grafia original da prova em que foiaplicada a questão. Nos comentários, se houver alguma palavra porventuramodificada em função do advento das novas regras de ortografia, faremos acorrespondente citação.

Bons estudos e até a próxima.

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QUESTÕES DE FI XAÇÃO

1 - (Fundação Carlos Chagas / TRT 24ª Região – Analista Judiciário / 2004)

Todas as palavras estão corretamente grafadas na frase:

(A) A obsolecência das instituições constitue um dos grandes desafios doslegisladores, cuja função é reconhecer as solicitações de sua contemporaneidade.

(B) Ao se denigrirem as boas reputações, desmoralizam-se os bons valores quedevem reger uma sociedade.

(C) A banalisação dos atos anti-sociais é um sintoma da doença do nosso tempo,quando a barbárie dissimula-se em rotina.

(D) Quando, numa mesma ação, converjem defeitos e méritos, confundimo-nos, natentativa de discriminá-los.

(E) Os hábitos que medeiam as relações sociais são louváveis, quando eticamenteinstituídos, e odiosos, quando ensejam privilégios.

2 - (Fundação Carlos Chagas / Assisten te de Defesa Agropecuár ia MA / Março 2004)

Há palavras escritas de modo INCORRETO na frase:

(A) A expansão da fronteira agrícola no país mobiliza interesses conflitantes entre onecessário aumento da produção e a preservação dos recursos naturais.

(B) A crecente colaboração entre órgãos do governo e entidades privadas podegarantir o hêsito de ações diversas contra doenças na agricultura.

(C) Vários cientistas dedicam-se a pesquisar formas eficazes de controlar a

disseminação de pragas em lavouras espalhadas por todas as regiões.(D) É essencial, na busca de excelência do agronegócio, a transmissão deconhecimento ao homem do campo, além do uso intensivo de tecnologia.

(E) A explosão do contingente populacional em todo o planeta exige produção cadavez maior de alimentos, o que justifica investimentos e pesquisas.

3 - ( Fundação Carlos Chagas / TRT 8ª Região – Técnico Judiciár io / Dezembr o 2004)

Há palavras escritas de maneira INCORRETA na frase:

(A) Recursos científicos e tecnológicos devem oferecer possibilidade de inserção

social à população carente e desassistida das grandes cidades.(B) Um regime de crescente colaboração entre governo, instituições privadas esociedade garantirá o hêsito de diversos programas direcionados a adolecentesmais pobres.

(C) Ao atribuir excessivo valor ao consumo de bens supérfluos, a sociedade passa aexigir que as pessoas aparentem poder econômico, mesmo falso.

(D) Em várias regiões, o inchaço urbano, resultante do intenso êxodo rural, éresponsável pelo crescimento desmedido do número de favelados.

(E) Extensas áreas, em todo o mundo, encontram-se ocupadas por populações quevivem em situação de miséria, destituídas dos direitos básicos da cidadania.

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4 –  (Fundação Carlos Chagas / Analista TRT 23ª .Região / Outubro 2004 ) A mesmaregra que justifica a acentuação no vocábulo in íc io aplica-se em

(A) técnica.

(B) idéia.(C) possível.

(D) jurídica.

(E) vários.

5 - (Fundação Carlos Chagas / TRT 3ª Região – Técnico Judiciár io / Janeiro 2005)

As palavras do texto que recebem acento gráfico pela mesma razão que o justificanas palavras ofíc io e i dé ias, respectivamente, são

(A) único e história .

(B) salários e Níger .

(C) inteligências e notável .

(D) período e memória .

(E) agência e heróicas .

6 - (CESPE UnB / PCDF/ 1998)

Assinale a opção correta.

(a)  Uma mesma regra oriente a acentuação de “lá”, “Tamanduá”, “aí” e

 “através”.(b)  Os vocábulos “notaríamos”, “estirávamos” e “supúnhamos” recebem acento

gráfico por serem formas verbais na primeira pessoa do plural.

(c)  Uma única regra justifica o acento gráfico dos vocábulos “lençóis” e “róseo”.

(d)  O ditongo nasal /ãw/ pode ser escrito “am”, como em “perturbam”, ou “ão",como em “levarão”: com a primeira grafia escrevem-se sílabas átonas; coma segunda, sílabas tônicas ou átonas, a exemplo do que ocorre em “órfão”.

7 - (Fundação Getú lio Vargas SP/ Fiscal MS/ 2000)

Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente acentuadas.

(a) juízes, propôr, acórdão

(b) ávaro, deságua, caráter

(c) papéis, hífen, debênture

(d) polícia, gratuíto, saúva

8 - (ESAF / IPEA/ 2004 - adaptada)

Em relação ao texto, julgue a assertiva abaixo.

- A palavra “estereótipos” é acentuada pela mesma regra gramatical que exige

acento em “metáfora” e em “científica”.

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9 - (ESAF / TTN/ 1997 - adaptada)

Julgue a correção gramatical dos itens abaixo.

I - As palavras “genérica”, “públicos” e “excluídos” são acentuadas com base na

mesma regra gramatical.II - Acentuam-se as palavras “precários”, “previdenciárias”, “tributários” porque sãoparoxítonas terminadas em ditongo crescente.

III - Em “A perda de receita fiscal” ( .11), admite-se como língua padrão escritatambém a forma erudita “perca”.

Está (ão) correto(s):

a)  I e II, somente.

b)  II, somente.

c)  III, somente.

d)  II e III, somente.e)  todos os itens.

10 - (ESAF / TTN/ 1998 -adaptada)

1

 5

10

15

Na última terça-feira, fiscais da Receita Federal fizeram uma blitz no Porto de

Santos com resultados surpreendentes. Eles apreenderam 122 contêineres com uma

carga de 1500 toneladas de mercadoria importada de maneira fraudulenta. Num deles,

mochilas chinesas, dessas que a criançada usa na escola, por um preço declarado de 70

centavos de dólar a dúzia – ou 5 centavos a unidade, o que é um valor impraticável

mesmo na China. Em outro, que deveria carregar "peças diversas" segundo o

documento de importação, acharam uma perua van. No total, os produtos confiscadosvalem 41 milhões de reais. Essa foi a maior apreensão feita pela Receita Federal em

sua história e aponta para um problema que está crescendo à sombra da abertura

comercial. Na gíria dos fiscais, ele se chama "importabando". Nessa operação, o

importador malandro declara à Receita um valor muito menor do que realmente pagou

por aquilo que está trazendo. O objetivo é recolher menos impostos e concorrer em

posição de vantagem com o comerciante que importou de maneira legal.

Não há um cálculo oficial sobre o volume de contrabando, ou de importações com

documentação fraudada, que está ingressando no país, mas apenas uma estimativa feita

pela Confederação Nacional de Comércio. Ela calcula que, no ano passado, produtos

no valor de 15 bilhões de dólares foram importados irregularmente, causando uma

perda fiscal de 4 bilhões.

(Roger Ferreira e Leonel Rocha - Veja - 21/1/98, adaptado)

Analise a seguinte afirmação.

- "perca" é uma variante da palavra "perda" (l.18) na norma culta.

11 - (FUNDEC / TRT RJ / 2003)

Assim como os verbos amenizar (linha 3), sinalizar (linha 36) e protagonizar (linha12), escrevem-se com a letra Z todos os relacionados abaixo, porque são derivados

com o sufixo -izar. Numa das relações, entretanto, há um verbo com erro de grafia,

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pois pelas normas ortográficas deve ser escrito com S. Este verbo encontra-se naopção:

A) minimizar / politizar / pulverizar / catequizar;

B) amortizar / arborizar / hipnotizar / preconizar;C) avalizar / cotizar / indenizar / exorcizar;

D) enfatizar / polemizar / paralizar / arcaizar;

E) contemporizar / fiscalizar / sintonizar / entronizar.

12 - (Fundação Carlos Chagas / Procurador BACEN/ Janeiro 2006 - adaptada )

Julgue os itens:

(I) i n c ip ien te tem o mesmo significado da palavra análoga i n s ip ien te.

(II) ganhos mais vultosos – o adjetivo grifado admite a forma variante vu l tuosos.

13 - (VUNESP/ BACEN/ 1998)

Assinale a alternativa em que a palavra grifada escreve-se de acordo com osignificado expresso pelo contexto geral da frase.

(A)  Aqui por estas paragens encantadoras, os bons momentos fluem como aságuas cristalinas de um riacho.

(B)  Não me parece muito prudente a estadia das meninas, por muito tempo,naquele hotel mais do que suspeito.

(C)  Era fragrante sua intenção de disputar nas próximas eleições a presidência

do clube.(D)  Vultuosa soma de dinheiro dói desviada dos cofres públicos, na última

campanha municipal.

14 - (CESPE UnB /Câmara dos Deputados / 2002)

Julgue o item abaixo.

- Na língua portuguesa brasileira atual, a palavra estad ia tem seu emprego comouma opção correta para o contexto de estada , pois ambas se equivalemsemanticamente, assim como as formas m e l h o r a e melho r ia , m o r a d a e

m o r a d i a.

15 - (ESAF / AFRF / 2003) Indique o item em que todas as palavras estãocorretamente empregadas e grafadas.

a) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o poder de infringirpunições legais a cidadãos aparece livre de qualquer excesso e violência.

b) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exatamente nem juízes,nem professores, nem contramestres, nem suboficiais, nem “pais”, porém avocama si um pouco de tudo isso, num modo de intervenção específico.

c) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o poder técnico de

disciplinar, ilide o que possa haver de violento em um e de arbitrário no outro,atenuando os efeitos de revolta que ambos possam suscitar.

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d) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo poder do soberanoiminente que vingava sua autoridade sobre o corpo dos supliciados.

e) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um campo de práticasilegais, sob o qual se chega a exercer controle e aferir lucro ilícito, mas que se

torna manejável por sua organização em delinqüência.(I tens adaptados de Michel Foucault)

16 – (Fundação Carlos Chagas / Auditor Fiscal Paraíba / 2006)

Nas frases 

I. O mau julgamento político de suas ações não preocupa os deputadoscorruptos. Para eles, o mal está na mídia impressa ou televisiva.

II. Não há nenhum mau na utilização do Caixa 2. Os recursos nãocontabilizados não são um mau, porque todos os políticos o utilizam.

III. É mau apenas lamentar a atitude dos políticos. O povo poderá puni-loscom o voto nas eleições que se aproximam. Nesse momento, como diz oditado popular, eles estarão em mal lençóis.

o emprego dos termos m al  e m au  está correto APENAS em 

(A) I.

(B) I e II.

(C) II.

(D) III.

(E) I e III.

17 - (ESAF / AFRF / 2002- 1 - adapt ada)

Analise se ambos os períodos estão gramaticalmente corretos.

- O incitamento à discriminação não afasta a possibilidade de cometimento tambémde injúria, motivada pela discriminação ou qualquer outro crime contra a honra,previsto no CPB ou mesmo na Lei de Imprensa. / O incitamento à descriminaçãonão afasta a possibilidade de cometimento também de injúria, motivado peladescriminação ou quaisquer outro crime contra a honra, previsto no CPB ou mesmona Lei de Imprensa.

18 - (ESAF / AFC CGU 2003/ 2004)  

Assinale a opção que corresponde a palavra ou expressão do texto que contraria aprescrição gramatical.

No século XX, a arte cinematográfica introduziu um novo conceito de tempo. Nãomais o conceito linear, histórico, que perspassa(1) a Bíblia e, também, as pinturasde Fra Angelico ou o Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. No filme, predomina asimultaneidade(2). Suprimem-se(3) as barreiras entre tempo e espaço. O tempoadquire caráter espacial, e o espaço, caráter temporal. No filme, o olhar da câmarae do espectador(4) passa, com toda a liberdade, do presente para o passado e,desse, para o futuro. Não há continuidade ininterrupta(5).

(Adaptado de Frei Betto)

a) 1

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b) 2

c) 3

d) 4

e) 5

19 - (CESPE UnB / Câmara dos Deputados / 2002)

A maioria dos primeiros textos que foram escritos para descrever terra e homem danova região levam a assinatura de portugueses. Respondem às próprias perguntasque colocam, umas atrás das outras, em termos de violentas afirmaçõeseurocêntricas. A curiosidade dos primeiros colonizadores é menos uma instigaçãoao saber do que a repetição das regras de um jogo cujo resultado é previsível. Osnativos eram de carne-e-osso, mas não existiam como seres civilizados,assemelhavam-se a animais. Na Carta de Pero Vaz de Caminha, escrita a el-rei D.Manuel, observam-se melhor as obsessões dos portugueses, intrusos assustados evisitantes temerosos, que desembarcam de inusitadas casas flutuantes, do que aspreocupações dos indígenas, descritos como meros espectadores passivos dogrande feito e do grande evento que é a cerimônia religiosa da missa, realizada emterra. Não é, pois, por casualidade que a primeira metáfora para descrever acondição do indígena recém-visto é a “tábula rasa”, ou o “papel branco”. Eis umaboa descodificação das metáforas: eles não possuem valores culturais ou religiosospróprios e nós, europeus civilizados, os possuímos; não possuem escrita e eu,português que escrevo, possuo. Mas da tábula rasa e do papel branco trazia oselvagem, ainda dentro do raciocínio etnocêntrico, a inocência e a virtude

paradisíacas, indicando que, no futuro, aceitariam de bom grado a voz catequéticado missionário jesuíta que, ao impô-los em língua portuguesa, estaria ao mesmotempo impondo os muitos valores que nela circulam em transparência.

- A palavra “espectadores” (l.12), em relação à forma expectadores , exemplifica,em língua portuguesa, um dos casos em que há flutuação ortográfica, com formashomônimas que podem se alternar no mesmo contexto e com o mesmo significado.

20 - (ESAF / TCU / 2006 - adaptada)

Em relação ao texto, analise as assertivas abaixo.

As barreiras regulatórias vão da dificuldade burocrática de abrir umempreendimento ao custo tributário de mantê-lo em funcionamento. No Brasil,representam 11% da muralha antidesenvolvimento e resultam, na maioria dasvezes, da mão pesada do Estado – criador de labirintos burocráticos, de onerosa ecomplexa teia de impostos e de barreiras comerciais.

(Adaptado de Revista Veja, 7 de dezembro de 2005.)

I - A expressão “mão pesada” (l. 5) está sendo empregada em sentido conotativo.

II - A expressão “teia” (l. 6) está empregada em sentido denotativo.

21 - (VUNESP/ BACEN/ 1998)

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Assinale a alternativa que contém palavras empregadas cono ta t i vamen te .

(A)  A filosofia desce finalmente da torre de marfim em direção à praça pública.

(B)  Filosofia se diz de muitas maneiras: um livro de especialista, uma tese de

doutorado, um texto didático.(C)  Atitudes excêntricas do filósofo acabaram por popularizar suas idéias.

(D)  O sucesso de debates garante a manutenção dos programas de estudosfilosóficos.

(E)  Passagens dos escritos dos filósofos, apesar de arbitrários, são responsáveispelo entusiasmo dos debatedores.

22 - (NCE UFRJ/ ANAC – Analista / 2007)

TEXTO – MAQUI AGEMNesta época, no ano passado, começou a se constatar nas prateleiras dossupermercados uma “maquiagem” de produtos. Consistia, basicamente, em reduzira quantidade de mercadoria embalada, mantendo o preço de venda.

O assunto despertou celeuma entre associações de consumidores, fábricas eautoridades governamentais. O Ministério da Justiça acabou por reagir, multandoempresas que, segundo seu entendimento, haviam ludibriado a boa-fé dosconsumidores. Um ano depois, pode-se dizer que houve alguma melhora nasituação.

Houve alguma confusão acerca do que estava errado na prática da “maquiagem”.Uma empresa tem todo direito de diminuir, quando e quanto quiser, o volumecontido na embalagem de seus produtos. O que estava errado na prática da

 “maquiagem”, e que configura um desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor,

era que as empresas mudaram os seus produtos sem avisar clara eantecipadamente o consumidor do que estavam fazendo.

Nem todas as “maquiagens” foram desfeitas, mas o resultado daqueles embates,um ano depois, serviu para fortalecer ainda mais a cultura de que o cidadão,enquanto consumidor, tem uma série de direitos que têm de ser respeitados.

Folha de São Paulo, dezembro de 2002

O termo “maquiagem” aparece entre aspas, no primeiro período do texto, porque:

(A) se trata de um estrangeirismo de origem francesa;

(B) está empregado fora de seu sentido habitual;(C) tem valor irônico;

(D) representa uma grafia portuguesa de palavra estrangeira;

(E) é um arcaísmo, ou seja, palavra que caiu em desuso.

23 - (ESAF / IPEA/ 2004 - adaptada)

Depois da Independência, o Brasil e os demais países l a t i no -amer i canos setransformaram, no século XIX, nos primeiros estados nacionais nascidos fora daEuropa. Uma exceção notável, no momento e m q u e alguns países europeus

começavam su a segunda e veloz expansão colonial, na África e na Ásia.

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Naquele momento, entretanto, esses estados eram centros de poder muito frágeise não tinham capacidade de exercer suas soberanias, dentro e fora dos seusterritórios. Além disso, não d i spunham de economias ou mercados nacionais. Porisso, a América Latina ficou marginalizada dentro do sistema interestatal de

competição entre as Grandes Potências, e pôde ser transformada em umlaboratório de experimentação do "imperialismo de livre-comércio", de fend ido porAdam Smith, e praticado pela Inglaterra, na primeira metade do século XIX.

(Adaptado de José L. Fiori Brasil: I nserção Mundial e Desenvolv iment o)

Julgue a seguinte afirmação:

- Seria gramaticalmente correta, sem necessidade de outras alterações no texto, asubstituição de “latino-americanos” por l a t inoamer icanos.

24 - (ESAF/ Analista Comércio Exterior/ 2002)

Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando é, sem dúvida, umdos mais sérios, sobretudo porque dele decorrem inúmeros outros. Observa-se, nodia-a-dia, que o contrabando já faz parte da rotina das cidades, tanto nasatividades informais quanto no suprimento da rede formal de comércio, tomando olugar de produtos legalmente comercializados. Os altos lucros que essas atividadesilícitas proporcionam, aliados ao baixo risco a que estão sujeitas, favorecem eintensificam a formação de verdadeiras quadrilhas, até mesmo com participação deempresas estrangeiras. São organizações de caráter empresarial, estruturadas parapromover tais práticas nos mais variados ramos de atividade.(Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000)

Com base no texto acima, julgue a afirmação que segue.

- A expressão “dia-a-dia”(l.3) corresponde à idéia de “o viver cotidiano”, e d ia ad ia corresponde à idéia de passagem do tempo, ou seja, dia após dia.

25 - (ESAF / IPEA/ 2004)

Assinale a opção que apresenta erro de morfologia, grafia das palavras ou empregode vocabulário inadequado.

a) É possível gerar desenvolvimento em curto prazo. O ganho real de saláriosaumenta o consumo. Logo, o comércio cresce e gera empregos. A indústria,reativada, gera mais empregos. Os serviços aumentam e criam empregos.

b) Novos empregos geram consumo e, então, está formada a aspiraldesenvolvimentista do crescimento sustentado. O reverso da medalha é que oachatamento salarial representa uma queda brutal na economia do país.

c) Uma das estratégias do neoliberalismo é manter alto o nível de desemprego paraque os trabalhadores percam, entre outros, o poder de pressão e de negociação, ossalários baixem e o lucro das empresas aumente.

d) Achatar salários significa concentrar renda. O Brasil é hoje um dos países maisinjustos e de maior concentração de renda do mundo.

e) O achatamento salarial beneficia fortemente as corporações transnacionais. Elasconseguem pagar cada vez menores salários, lucrar cada vez mais e remeter mais

lucros para o exterior, empobrecendo o nosso País dia a dia.(Fernando Siqueira, Para Gerar Emprego e Desenvolvimento)

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26 - (ESAF /AFC /2002 - adaptada)

Julgue a correção gramatical do segmento abaixo.

- Nem os primeiros merecem inteiramente o epíteto de apocalípticos, pois não sãoem geral niilistas ou utópicos, nem os últimos fazem juz à designação deintegrados, posto que proclamam querer reagir contra o pior da "desordemestabelecida".

27 – (FCC / MPU Analista / 2007)

Julgue a assertiva abaixo.

- O emprego de melhor , em Não há exemplo melhor , está em conformidade com asnormas gramaticais, assim como o do segmento assinalado em “Foram osexemplos mais bem escolhidos”.

Agora que você reso lveu todas as questões (espero . . . ) , ve ja o gabar i to ele ia os comen tár ios .

Se houver dú v idas, esta r e i à d ispos ição no fó ru m .

Abraço , bons estudo s e a té a p róx im a.

Sugestão de exem plos:  

ACENTUA ÇÃO GRÁFI CA 

Monossí labos tôn icos te rminados em - A(S) , - E(S) , - O(S) : fé, pá, rés, pó,nós

Oxí tonos te rminados em - A(S) , - E(S) , - O(S) , - EM ( -ENS) : café, chaminé,Pará, dominó, freguês, vintém, também, reféns

Paroxí tonos  que NÃO te rm inam em - A( S) , - E( S) , - O( S) , - EM ( - ENS) , AM :fácil, caráter, tórax, órgão, bônus, táxi, ímã (note que foneticamente esse vocábulotermina com “am”, o que justifica a acentuação). Como a regra é acentuar o quefor em menor número, não se acentuam as paroxítonas terminadas em “am” porenglobarem TODOS os verbos de primeira conjugação (-AR) na 3ª pessoa do pluraldo presente do indicativo – cantam, pensam, brincam – e do pretérito perfeito doindicativo dos verbos de todas as conjugações (-AR, -ER, -IR): cantaram, beberam,

partiram. Mais sobre esse assunto, veremos no comentário à questão 6 destematerial.

Parox í tonos te rm inados em d i tongo c rescen te :   Cláudia, glória, imundície,história, congruência 

Parox í tonos te rm inados em ão :  bênção, ór fão 

Propa rox í tonos  – oxítona, Matemática, crítico 

Hia tos - I e U, 2ª voga l tôn ica após h ia to , soz inhos na s í laba ou com -S,  desde que não segu idos de –NH –   viúvo, raízes, veículo, baú, contraí-la, Itaú,faísca, campainha, Raul, ainda, r uim 

Hia tos  - I e U - se as voga is fo rem igua is , não há acen to   – sucuuba, xiita,

niilismo 

Di ton gos o ra is aber tos t ôn icos -ÉI , -ÉU, -ÓI   – chapéu, destróis, réus, cartéis.

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TREMA

Com o Acordo Or tográ f ico , o t rema fo i ABOLIDO  – cinquenta, linguiça,

averiguei, tranquilo, quinquelíngue, quiproquó 

GABARI TOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FI XAÇÃO 

1 –  E

Os erros de ortografia das demais opções são:

(A) obsolescência (com “sc”) e cons t i tu i (veremos na aula sobre verbos a formade conjugação verbal dos verbos terminados em ‘uir’).

(B) O vocábulo denegr i r é derivado da palavra neg ro , mantendo a grafia dooriginal, com a letra “e”.

(C) O que significa “banalizar”? Tornar algo bana l . Perceba que o adjetivo nãoapresenta a letra “s”, devendo o sufixo formador do verbo ser grafado com a letra “z” (“izar”). O substantivo correspondente guarda a mesma forma do verbo:banal ização. Na época, o vocábulo “anti-social” exigia hífen. Essa regra foialterada com o advento do Acordo Ortográfico. Agora, o hífen foi suprimido e sedobra a consoante “s”.

(D) O verbo converg i r , bem como seus derivados convergen te , convergênc ia ,são grafados com “g”. Essa consoante é mantida na conjugação antes das vogais

 “e” (convergem) e “i” (convergimos). A alteração gráfica só se dá nas formasirregulares, antes das vogais “a” (convirja) e “o” (convirjo), para que seja mantidoo fonema /j/, (como em  j ar r o).

2 – B 

Os erros estão presentes nos vocábulos: crescente (com “sc”) e ê x i t o.

Está correta a grafia de “agronegócio” (D), vocábulo formado a partir da união doradical agro   (equivalente a “agri”, de “agricultura”) com negócio , assim comoacontece em “agronomia, agroindústria, agroecologia”.

3 - B

Note como as questões se repetem. Mais uma vez, a Fundação Carlos Chagasapresentou erro na ortografia da palavra ê x i t o e omitiu o dígrafo deado lescen tes.

4 - E

Desta vez, a banca deixou claro que segue a mesma linha de classificação damaioria dos gramáticos - apresentou “início” e a ela associou o vocábulo “vários”,segundo o gabarito.

Se classificasse esses vocábulos na regra das palavras proparoxítonas (seguindo aposição do V.O.L.P.), a questão seria anulada, pois haveria três respostasigualmente válidas – além de “vários”, também “técnica” e “jurídica”, que,indubitavelmente, são proparoxítonas.

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Então, ATENÇÃO!!! A partir dessa questão, podemos identificar o posicionamentoda banca da FCC para esta polêmica – “início” e “vários” são paroxítonasterminadas em ditongo crescente.

Assim, se você estiver se preparando para algum concurso a ser realizado por essa

instituição, pode ficar tranquilo – pelo menos, essa resposta você poderá marcar deolhos fechados.

As demais palavras são acentuadas de acordo com as seguintes regras:

(A) “técnica” – proparoxítona;

(B) “idéia” – ditongo aberto (éi) – NOVO ACORDO ORTOGRÁFI CO: Este ace nt ofo i r e t i r ado;

(C) “possível” – paroxítona não terminada em a(s), e(s), o(s), em(ens), am;

(D) “jurídica” – proparoxítona.

5 - E

 “Ofício” segue a mesma regra de acentuação que “história” (A), “salários” (B), “inteligências” (C), “memória” (D) e “agência” (E).

Já “idéias” era acentuado por se tratar de um ditongo aberto (éu/ éi / ói), o mesmoocorrendo em “heróicas”. Por isso, a resposta é a letra E.

NOVO ACORDO ORTOGRÁFI CO: As palav ras I DEI A e HEROI CO são graf adassem acen to . 

As demais palavras são acentuadas de acordo com as seguintes regras:

- “único” e “período” – proparoxítonas;

- “Níger” e “notável” – paroxítonas não te rm inadas em a(s), e(s), o(s), em(ens),am.

6 - D

A opção que foi o gabarito da questão é uma verdadeira aula sobre acentuação.

Tanto “am” quanto “ão" formam o fonema /ãw/.

Os vocábulos terminados por “ão" são oxítonos (coração , paix ão), o mesmo nãoocorrendo com os que terminam por “am” (can tam, destrancaram). Os primeirossó deixam de ser oxítonos em virtude de acentuação, como ocorre em “ór fão”,

 “acór dão”, por exemplo.

Por isso, está correta a afirmação de que as sílabas que registram “am” são átonas(a tonicidade recai em outra sílaba), enquanto que as em que se apresenta a forma

 “ão" podem ser tônicas (regra) ou átonas (exceção – veja no quadro dasparoxítonas).

Alguns exemplos facilitam a compreensão deste conceito:

aco rdam (presente do indicativo do verbo acordar – sílaba tônica: “cor”)

acór dão (decisão de um colegiado – sílaba tônica: “cór” em virtude do acentoagudo, que, se não fosse empregado, formaria “acordão”, pronúncia parecida coma de “cordão”)

acordar ão (futuro do presente do indicativo do verbo acordar – sílaba tônica: “rão”)cordão (corrente que se leva no pescoço – sílaba tônica: “dão”)

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As incorreções das demais opções são:

(a) “lá” é monossílabo tônico; “tamanduá” e “através” são oxítonas terminadas ema(s), e(s), o(s) ou em(ens); “aí” recai na regra de acentuação do hiato – a letra “i”,como segunda vogal de um hiato, sozinha na sílaba ou acompanhada da letra “s” 

recebe acento agudo.Portanto, não há uma única regra para a acentuação gráfica desses vocábulos.

(b) não existe essa regra de acentuação (“formas verbais de primeira pessoa doplural”). Tais vocábulos são acentuados por serem proparoxítonos.

(c) “lençóis” recebe o acento agudo por ser um ditongo aberto; já “rósea” é um doscasos de paroxítona terminada em ditongo crescente (ou, segundo o V.O.L.P.,proparoxítona).

7 - C

Estão corretas as formas dos três vocábulos desta opção. “Papéis” recebe acento agudo em decorrência do ditongo aberto “éi”. Nada mudana gra f ia dessa pa lavra , por ser um a OXÍ TONA (a a l t e ração a fe ta apenasas PAROXÍ TONAS que possuem o d i ton go aber t o ÉI ) .

 “Hífen” termina com “en”, e não “em”, o que justifica o acento por ser umaparoxítona não terminada em a(s), e(s), o(s), em(ens), am. Já as duas formasplurais possíveis são: hífenes (proparoxítona) ou hifens (sem acento, por ser umaparoxítona terminada em “ens”).

Os erros das demais opções são:

a) O acento diferencial do verbo pôr não alcança as formas derivadas desse verbo.

Assim, está incorreto o emprego do acento circunflexo em p ropo r .Estão corretas as formas: juízes (regra do hiato) e acórdão (paroxítona terminadaem “ão”)

b) A palavra “av aro” é paroxítona, recaindo a sílaba tônica em “va”. A formaapresentada na questão constitui um erro de pronúncia, chamado “silabada”, comoocorre em formas diferentes de rub r ica  (r úbrica está errado!), catet er (cat éterestá errado!) e necropsia (não é necrópsia!!!).

Estão corretas: deságua (paroxítona terminada em ditongo crescente) e caráter(paroxítona não terminada em a(s)/e(s)/o(s)/em(ens)/am).

d) A palavra “gratuito” forma um ditongo em “ui”. A pronúncia dela se assemelha àde “muito”. Há, nesses casos, uma vogal (u) e uma semivogal (i). A força tônicarecai na vogal (gratu ito, mu ito). Por isso, não existe acento agudo na letra “i”.

Está correta a acentuação gráfica em: polícia (paroxítona terminada em ditongocrescente) e saúva (regra do hiato).

8 – I TEM CORRETO 

Alguém aí achou que não caía esse assunto nas provas da ESAF? Quem pensouassim está redondamente enganado.

Os três vocábulos são acentuados por serem proparoxítonas e, como vimos, todasas proparoxítonas recebem acento.

9 - B

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Somente a assertiva II está correta. Os erros dos demais itens são os seguintes:

I – Enquanto que “genérica” e “públicos” são proparoxítonas, “excluídos” éacentuado segundo a regra do hiato – letra “i”, como segunda vogal de um hiato,sozinha na sílaba ou acompanhada da letra “s” recebe acento.

III – Não há registro formal do substantivo “perca”. Essa forma só é admitida comoconjugação do verbo “perder” no modo subjuntivo (“Tomara que você percapontos.”).

10 – I TEM I NCORRETO

Como visto na questão anterior, não existe registro dessa forma como substantivoequivalente a “perda”.

11 - D

 “PARALISAR” deriva de “paralisia”, que já apresenta a letra “s”. As demais palavrasapresentam a seguinte origem ou formação:

A) minimizar (m í n i m o ) / politizar (po l í t i ca)/ pulverizar (A formação desse verboderiva da junção do radical latino pu lve r - , que significa “pó, poeira”, com o sufixo

 “izar”) / catequizar (ca tequese – vimos que é a exceção);

B) amortizar (que, por incrível que possa parecer, deriva de m o r t e) / arborizar(radical latino arbor(i) , relativo a árvore, que dá origem a palavras como “arbusto”,acrescido do sufixo “izar”) / hipnotizar (h ipnose) / preconizar (conserva a grafia daforma latina praeconizare );

A essa altura, você pode ter se perguntado: ué, hipnose possui “s”; por que, então,

que “hipnotizar” é com “z”?Falamos que a palavra derivada conserva a grafia da palavra primitiva. Pois bem. Apalavra “hipnose”  j á é u m a palav r a DERI VADA – a origem é HIPNO, elemento decomposição grego que significa “sonho”. Como “hipno” não possui “s”, o verbocorrespondente recebe a letra “z” = hipnotizar.

C) avalizar (ava l) / cotizar (co ta) / indenizar (i ndene, adjetivo que significa “o quenão sofreu prejuízo”, acrescido do sufixo “izar”) / exorcizar (equivalente aexo rc i smar , de exo rc i smo ou exo rc i s ta);

D) enfatizar (enfá t ico ) / polemizar (po lêm ica) / arcaizar (arcaico );

E) contemporizar (t e m p o) / fiscalizar (f isca l) / sintonizar (s in ton ia) / entronizar(t r o n o ).

12 – I TENS I NCORRETOS

O assunto a partir de agora é “homônimos e parônimos”. Enquanto que “incipiente” (com “c”) significa “iniciante” ou “principiante”, “insipiente” (com “s”) tem o sentidode “ignorante”, “não sapiente” (sapiência é sabedoria).

Uma boa dica para memorizar é lembrar que “incipiente” tem a letra “C” de “começo”.

A segunda “dupla de parônimos” é vu l toso , assim grafado por derivar de vulto, evu l tuoso (o que apresenta a face vermelha e os olhos salientes). Assim, não são

vocábulos equivalentes.

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13 - A

O verbo “f l u i r ” quer dizer “correr em estado fluido”, e é exatamente esse osignificado apropriado ao contexto. Seu parônimo “f r u i r” (com “r”) equivale a

 “gozar”, “desfrutar”, “tirar proveito” ou “possuir”.

(B) O registro formal de “estad ia” é de permanência de um navio em um porto. Odicionário Aurélio indica, como outra acepção, o mesmo sentido de “estada”,

 “permanência”, com o seguinte comentário: “Muitos condenam o uso,frequentíssimo, da palavra nesta última acepção”.

(C) O adjetivo “f r a g r a n t e” deriva de “fragrância” (perfume). No texto, deveria serempregado o vocábulo “f l ag ran te”, que, na acepção utilizada, significa “evidente,patente, manifesta”.

(D) Como se refere a uma soma de grande vulto, o adjetivo adequado seria “vu l toso”. O significado de “vu l tuoso ” já foi apresentado na questão anterior.

14 – I TEM CORRETO

A banca tomou o cuidado de deixar clara a referência à linguagem a tua lmen t e emv igo r , ou seja, a forma como se usa nos dias de hoje. Como vimos, é frequente ouso da palavra estad ia no sentido de estada .

Apresentamos essa questão para que você perceba como diferentes bancas podemadotar posicionamentos opostos em relação a um mesmo assunto, o que reforça anecessidade de se fazer provas anteriores da entidade responsável pelo concursopara o qual se prepara o candidato.

15 - B

Nessa questão, foi a vez da ESAF testar o conhecimento de alguns parônimos.Estão incorretas:

a) INFRINGIR – cometer infração / INFLIGIR (correto) – aplicar uma pena

c) Está incorreta a grafia da palavra HOMOGENEIZAR (HOMOGÊNEO + IZAR). Sobeesse processo de formação da palavra, reveja as observações iniciais deste ponto.

d) IMINENTE – prestes a acontecer / EMINENTE (correto) – importante

e) AFERIR – medir / AUFERIR (correto) – ganhar, obter.

16 - A

Mau – adjetivo antônimo de b om .

Mal – advérbio (“Eu dirijo mal”), substantivo (“Não há mal que sempre dure nembem que nunca se acabe.”) ou conjunção (“Mal botou os pés para fora da casa,começou a chover.”). Nos dois primeiros casos, é antônimo de b em .

I – “O mau julgamento político...” pode ser substituído por “O bom julgamentopolítico...” – é mesmo um adjetivo e está corretamente empregado. Na sequência,em “o mal está na mídia...”, está sendo usado o substantivo, tanto que oacompanha um artigo definido masculino.

II – As duas ocorrências de “mau” devem ser substituídas pelo substantivo “mal”.Note que em ambas as passagens, o vocábulo vem acompanhado de um

determinante – primeiramente um pronome indefinido (nenhum) e, adiante, porum artigo indefinido (um).

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III – A primeira oração está correta. Responda como ficaria melhor: “isso é bom” ou “isso é bem”? Acredito que você tenha escolhido a primeira forma. Logo, naordem direta, a oração é “lamentar a atitude dos políticos é MAU.”. Já nasequência, o vocábulo acompanha o substantivo “lençóis”, indicando se tratar de

um adjetivo. Assim, “eles estarão em m a u s lençóis.”.d) “Mandato” é a autorização que se concede a alguém para que este represente ooutorgante. Não é isso exatamente o que ocorre em uma eleição? Aurélio  definemandato como o “poder político outorgado pelo povo a um cidadão, por meio devoto, para que governe a nação, estado ou município, ou o represente nasrespectivas assembleias legislativas”. Mas também apresenta a acepção deprocuração, missão ou incumbência.

Já “mandado de segurança” você já viu em Direito Constitucional, não é mesmo?

17 – I TEM I NCORRETO

Enquanto que “discriminação”, no texto, significa o ato ou efeito de discriminar,distinguir ou segregar, “descriminação” é o ato ou efeito de “descriminar”, “excluira criminalidade”. Está correta somente a primeira construção. Além disso, nosegundo período o pronome “quaisquer”, que está no plural, acompanha outropronome e um substantivo no singular, causando prejuízo gramatical. Deve sersubstituído por “qua lquer ”. Curiosidade: qua lquer é a única palavra da línguaportuguesa que se flexiona no meio, e não no fim, em função de sua formação(qual + quer / quais + quer ).

18 - A 

Aurélio  define o verbo perpassar (olha a grafia), como transitivo direto, com o

sentido de “postergar, preterir”. Talvez, a intenção da banca tenha sido promoveruma “contaminação” desse verbo com outros mais comuns, com o t ranspassar  ,ou até com os substantivos perspect iva , persp icácia .

A grafia desse vocábulo foi objeto de questão da mesma banca na prova para oMPOG, em 2003.

Item (2) registra a forma correta do substantivo derivado de “simultâneo”.

Se houvesse dúvida com relação à sua grafia, o candidato poderia buscar umaoutra palavra parecida (ou seja, um paradigma) que tivesse passado pelo mesmoprocesso:

IDÔNEO -> IDONEIDADE

ESPONTÂNEO -> ESPONTANEIDADE

SIMULTÂNEO -> SIMULTANEIDADE

O item (3) explora conceitos de sintaxe de concordância, assunto a ser estudadoposteriormente. Por ora, vamos afirmar que essa construção está correta, uma vezque o sujeito da forma verbal é “as barreiras”. Só isso, está bem?

Item (4) - “Espectador ” é o que vê ou testemunha, enquanto que seu parônimoexpectador é o que está na expectativa. O uso daquele vocábulo está certinho deacordo com o contexto.

Por fim, está correta a forma “ininterrupta” (item 5), com o prefixo de negação “in” antecedendo o adjetivo correspondente a “interrupção”.

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19 – I TEM I NCORRETO.

Viu só? Novamente foi explorado o emprego dos parônimos expectador eespectador , dessa vez pela CESPE UnB.

Relembrando:- “expectador” é o que está em expectativa (esperança fundada em supostosdireitos, probabilidades ou promessas, segundo Aurélio ). A grafia é idêntica –ambas com a letra “x”.

- “espectador” é o que vê ou testemunha.

Ao contrário do que se afirma na opção, não podem se alternar sem que hajaprejuízo ao texto.

20 – I - I TEM CORRETO

II - I TEM I NCORRETO

Continuamos no campo da Semântica, agora falando sobre o sentido das palavras.

É bem fácil memorizar: DENOTATIVO, com D de Dicionário, é o sentido literal daspalavras. O outro, conotativo, é o sentido figurado. Guarde o significado doprimeiro e lembre o outro por lógica – é o oposto daquele.

O item I está CORRETO – sentido cono ta t i vo . Está sendo usada uma expressãofigurada, equivalente a afirmação de que Estado é rígido, extremamente exigenteno que se refere aos trâmites na regularização de empresas e manutenção de suasatividades.

Já o item II está ERRADO – “teia”, em sentido deno ta t i vo , ou seja, no sentido do “dicionário”, significa emaranhado de fios, trama. No texto, é equivalente a “conjunto”. Por isso, seu emprego também é cono ta t i vo .

21 - A

Outra banca (desta vez, a VUNESP) está a exigir o mesmo conhecimento. Jápercebeu como esse ponto é importante, não é?

O que se deseja afirmar com a frase da letra A é que a filosofia se tornou popular.Usou-se, assim, a linguagem figurada de “descer da torre de marfim” (privilégio dealguns) “em direção à praça pública” (domínio público).

22 - B

A palavra foi usada em seu sentido conotativo, figurado, e as aspas deixam issoclaro.

23 – I TEM I NCORRETO

Em l a t i no -amer i cano, há dois adjetivos que se unem formando um só. Contudo,houve a manutenção da unidade gráfica e fonética de cada um deles, a partir do

emprego do hífen.

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Nesse caso, como em qualquer adjetivo composto, somente o último elementovaria.

Uma característica dos adjetivos pátrios é que o menor deles deve iniciar aconstrução (anglo-hispânico, sino-coreano).

Nesses casos, somente o segundo elemento irá se flexionar em gênero e númerocom o substantivo correspondente (países latino-americanos / cidades latino-americanas).

Não houve mudança nenhuma em relação ao emprego de hífen em casos comoesse.

24 – I TEM CORRETO

 “Dia-a-dia”, com hífen, era um substantivo equivalente a cotidiano, enquanto que “dia a dia”, sem hífen, era uma locução adverbial que significa “diariamente”.

Percebia-se, assim, a alteração semântica em virtude do emprego desse sinaldiacrítico.

Essa pa lavra so f reu s ign i f i ca t iva mudança. A nova edição do VocabulárioOrtográfico da Língua Portuguesa (VOLP – 5ª edição), lançada após a entrada emvigor do Acordo Ortográfico, retirou o hífen de várias palavras compostas que nãoapresentariam ambiguidade. Foi isso o que aconteceu com “dia a dia” que, a partirde 2009, se registra apenas SEM HÍFEN, quer como substantivo, quer comoadvérbio.

25 - B

As últimas questões exploram um pouco de vocabulário e, consequentemente,ortografia.

Não existe o vocábulo “aspiral”, mas “espiral”, termo empregado conotativamenteno texto que, sob aspecto econômico, significa um processo cumulativo em quenovos empregos levam a um aumento de consumo, que, por sua vez, faz aumentaros preços e, consequentemente, uma demanda de reajuste salarial, realizando,assim, um processo sob a forma espiral.

26 – I TEM I NCORRETO 

O erro está na grafia do substantivo “jus”, proveniente do latim  jus , cujo significadoé “direito”. Assim, “fazer jus a algo” equivale a “ser merecedor de algo”.

Em tempo: n i i l i s ta significa o que tudo nega, detém descrença absoluta.

27 – I TEM CORRETO

 ‘Melhor’ é forma comparativa de superioridade tanto do adjetivo “bom” (usado naquestão) quanto do advérbio “bem” (ex. Ele dirige melhor que seu pai.). 

No entanto, antes de adjetivos de base participial, ou seja, adjetivos formados apartir do particípio de um verbo, o advérbio “mais” não se contrai com “bem” – “Ela foi a aluna  mais bem co locada  da turma.”. Esse assunto foi tratado no início daaula.

A assertiva está correta por ter afirmado que os dois empregos estão emconformidade com a norma culta gramatical.

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AULA 2 - ESTRUTURA, FORMAÇÃO E CLASSE DAS PALAVRAS

Olá, pessoal

Algumas questões de provas utilizam a expressão “análise morfossintática” em seusenunciados, o que leva muita gente ao desespero: “Nossa, eu não estudei isso!!!”.Calma, povo! Em nosso estudo de hoje, abordaremos esses conceitos e saberemosque, ao fim do curso, você terá sido apresentado aos elementos que possibilitamessa bendita análise.

A gramática se divide basicamente em: FONÉTICA, MORFOLOGIA, SINTAXE,SEMÂNTICA e ESTILÍSTICA.

Fonét ica estuda os sons e fonemas linguísticos. Neste ponto, estudam-se, inclusive,tonicidade, classificação da palavra segundo a sílaba tônica, encontros vocálicos ouconsonantais etc. Parte disso já foi objeto de comentário na aula anterior.Felizmente, não precisamos nos aprofundar, pois somente os aspectos relativos àortografia costumam fazer parte dos programas de concursos públicos.

Mor f o log ia estuda a palavra em si, quer em relação à forma, quer em relação àideia que ela encerra (classes das palavras, flexões, elementos mórficos, terminação,grafia). Esse é o assunto da aula de hoje.

Sin t axe é o estudo da palavra com relação às outras que se acham na mesmaoração (concordância, regência, colocação).

Semânt ica estuda os sentidos das palavras (já vimos na aula anterior) e Est i l ís t icainvestiga o sistema expressivo que o idioma apresenta (figuras de estilo, delinguagem etc.).

Assim, a aná l i se mor f o lóg i ca considera a palavra, sua formação, sua classe, apossibilidade de emprego, suas flexões, enquanto que a aná l ise s in tá t ica trata darelação dessa palavra com as demais numa estrutura oracional. Em suma, umaanálise morfossintática aborda todos estes aspectos – a palavra em si e sua relaçãocom as demais da oração. Viu como não é nenhum bicho de sete cabeças  (agora,sem hífen)???

Na Morfologia, um dos pontos a ser estudado é a es t r u t u r a das pa lav r as, isto é, asunidades que as compõem.

ESTRUTURA DA S PALAVRAS

Recentemente, esse ponto do programa vem sendo explorado em concursos

públicos, principalmente pela Fundação Getúlio Vargas.Para conhecer a estrutura das palavras, iremos “dissecá-las”, identificando cada umade suas pequenas partes.

As palavras são constituídas de m o r f e m a s , que são unidades mínimas indivisíveisda palavra (equivalem às células do corpo).

Esses morfemas apresentam significados, que podem ser de natureza lexical(conceitos e sentidos da língua; léxico é o conjunto de palavras de uma língua, ouseja, vocabulário) ou de natureza gramatical (gênero, número, modo, tempo).

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Vamos a um exemplo. Na palavra CÉUS, podemos distinguir dois morfemas – oprimeiro, que carrega a significação, forma, por si, um vocábulo: cé u ; o segundonão tem autonomia vocabular, serve para identificar o número: s . Ao primeiro, dá-seo nome de morfema lexical (significado), e, ao segundo, o nome de morfemagramatical (define o número).

Os morfemas podem ser divididos em:

- elementos básicos e significativos: raiz, radical e tema;

- elementos modificadores de significação: afixos, desinências e vogal temática;

Há, também, os elementos de ligação: vogais ou consoantes, também chamados deinfixos. Esses elementos não são considerados morfemas, como veremos adiante.

Raiz

É o elemento mínimo, primitivo, carregado do núcleo significativo que se conservaatravés do tempo, comum às palavras cognatas, ou seja, da mesma família. É objetode estudo da Etimologia, parte da gramática que estuda a origem das palavras.

A título de exemplo, as palavras es tar (em latim, s t a r e  ) e cons tar (em latim,cons ta re  ) possuem a mesma r a i z: “st ”.

Radical

É o elemento comum das palavras cognatas. É responsável pelo significado básico da

palavra. Ex.: Em terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, terrestre e aterrar, oradical comum a todos é t e r r -  .

Às vezes, pode sofrer alterações. Ex.: dormir, durmo; querer, quis

As palavras que possuem mais de um radical são chamadas de compostas. Ex.:passatempo

Ao radical, juntam-se os demais elementos, como desinências, sufixos, prefixos,infixos, vogais temáticas, de forma a compor novas palavras.

Nos verbos, o radical é o que resta após eliminar a terminação “AR”, “ER”, “IR”:

CANTAR = radical é CANT

BEBER = radical é BEBPARTIR = radical é PART

A partir da mesma raiz, formam-se vários vocábulos: são cognatos os vocábuloscoração, cardíaco, cordial, cardiologista .

Uma curiosidade: a expressão de cor , usada em “saber de cor”, é também cognatade “coração”. Isso porque os antigos consideravam o coração como sede não só dasensibilidade (amor), mas também da inteligência. Então “saber de cor” liga-se àideia de “saber de coração”.

Vamos ver alguns exemplos da formação das palavras cognatas.

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Ao radical CARDI (do grego kardia = coração) podem ligar-se:

a)  O (vogal de ligação) + LOG (logos = tratado) + I A (sufixo) = CARDIOLOGIAb)  O (vogal de ligação) + PAT  (path  é a raiz de páscho  = sofrer) + I A =

CARDIOPATIA

Af i xos

São partículas que se anexam ao radical para formar outras palavras. Existem doistipos de afixos:

Pref ixos : colocados antes do radical. Ex.: desleal, ilegal

Suf ixos : colocados depois do radical. Ex: felizmente, igualdade, confeitaria

I n f i x o sOs infixos, também chamados de voga is ou consoantes de l igação , não sãosignificativos e, por isso, não são considerados morfemas.

Entram na formação das palavras para facilitar a pronúncia.

Ex.: café (radical) + T + eira (sufixo) = cafet eira

capim(radical) + Z + al (sufixo) =capinzal

rod (radical) + O + via (radical) = rodovia

Voga l Tem át ica

Vogal Temática (VT) se junta ao radical para receber outros elementos.

Pode existir vogal temática tanto em verbos quanto em nomes. Ex.: beber, rosa,sala.

Nos nomes, as vogais temáticas podem ser a, e, o .

Nos verbos, também são três as vogais temáticas – a, e, i – e estas indicam aconjugação a que pertencem os verbos (1ª, 2ª ou 3ª conjugação, respectivamente).

Ex.: parti r (PART + I + R) - verbo de 3ª conjugação

sonhando (SONH + A + NDO) – verbo de 1ª.conjugação

Eu disse “pode existir” porque nem todas as palavras possuem vogal temática. Háformas verbais e nomes sem vogal temática. Isso pode ocorrer nos nomesterminados em consoante (rapaz, fác i l) ou em vogal tônica  (saci , fé) – casos em

que o radical se confunde com o t e m a (resultado da união do radical com a vogaltemática), ou em algumas conjugações verbais.

Em resumo, se um nome terminar por outra letra que não o “a”, “e” ou “o”, é chamado de a t emá t i co (sem tema).

CUIDADO: não confunda voga l temát ica com des inênc ia , que marca a f lexãoda pa lavra .

Em palavras que não se flexionam em gênero, esse “a”, “e” ou “o” finais são o tema,e a desinência de gênero é indicada pelo símbolo Ø:

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rad ica l VTdes inênc ia

gêne r o

des inênc ia

n ú m e r osala sal a

p i n t o pint o Ø

l i v r os livr o Ø s

es t udan t es estudant e Ø s

Quando o nome se flexiona, o “a” será desinência de gênero (feminino) e “o”, adesinência no masculino. Esse é o posicionamento de Celso Cunha e Lindley Cintra,em sua obra Nova Gramática do Português Contemporâneo (Ed.Nova Fronteira).

rad ica l des inênc iagêne r o des inênc ian ú m e r o

a luno alun o

be la bel a

a l g u m a s algum a s

m e n i n o menin o

m e n i n a s menin a s

OBSERVAÇÃO: Outros autores apontam como Ø a indicação do gênero masculino,considerando que o morfema “o” seria a vogal temática (menino = radical: m e n i n  + 

VT: o ). Em nosso material, adotamos o posicionamento de Cunha e Cintra, por sermajoritário. Acredito serem remotas as chances dessa classificação ser objeto deprova, mas, de qualquer forma, fica registrada a ressalva.

Lembramos mais uma vez que algumas formas verbais podem não apresentar vogaltemática. Por exemplo: eu m a t o (1ª.pessoa do singular do presente do indicativo doverbo matar) – “m at ” é o radical e “o” é uma desinência.

Tema 

É a união do radical com a vogal temática.

Ex.: cantaremos = cant (radical) + a (VT) = can t a (tema)

mala = mal (radical) + a (VT) = m a l a

Des inênc ias 

São morfemas colocados no fim das palavras para indicar flexões verbais ounominais. Podem ser:

1 ) N o m i n a i s: indicam gênero (feminino ou masculino) e número (singular ou plural)dos nomes (substantivos, adjetivos, alguns pronomes e numerais).

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GÊNERO masculino.............. ofeminino................ a

NÚMEROsingular................. Ø (ausência de desinência)

plural.................... s

2 ) Ve r ba is: existem dois tipos de desinências verbais: des inênc ia m odo- t em por a l(DMT) e des inênc ia número-pessoa l  ( D N P) .

Seus nomes já dizem tudo, não é?

DMT – indica o modo e o tempo (presente do indicativo, pretérito imperfeito dosubjuntivo)

DN P – indica o número e pessoa (1ª.pessoa do singular, 3ª.pessoa do plural)

- des inênc ia modo- t em por a l:

MODO INDICATIVO:  

presente: não há (qualquer desinência que exista será DNP)

pretérito perfeito: não há (qualquer desinência que exista será DNP)

pretérito imperfeito: va, ve (1ª conjugação); a, e (2ª e 3ª conjugação)

pretérito mais-que-perfeito (o que acabamos de ver): ra, re

futuro do presente: ra, re

futuro do pretérito: ria, rie

MODO SUBJUNTI VO 

presente: e (1ª conjugação); a (2ª e 3ª conjugações)

pretérito imperfeito: sse

futuro: r

 ________________________

- des inênc ia número-pessoa l:

MODO I NDI CATI VO 

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eu / tu / ele / nós / vós / eles

presente: o / s / - / mos / is / m

pretérito perfeito: i / ste / u / mos / stes / ram

pretérito imperfeito: - / s / - / mos / is / m

pretérito mais-que-perfeito: - / s / - / mos / is / m

futuro do presente: i / s / - / mos / is / o (do "rão", sendo "ra" DMT)

futuro do pretérito: - / s / - / mos / is / m

MODO SUBJUNTI VO 

presente: - / s / - / mos / is / m

pret.imperfeito: - / s / - / mos / is / m

futuro: - / es / - / mos / des / m

2 . 1 ) Ve r bo - nom ina is ( VN ) : indica as formas nominais dos verbos (infinitivo,gerúndio e particípio). Ex.: beber , corren do, partido

Exemplos TEMPO/ MODO/ 

FORMA NOMI NAL

TEMA

DMT DNP VNRADI CAL VT

CANTAVA Pret.Imp.Indicativo CANT A VA

CANTÁVAMOS Pret.Imp.Indicativo CANT A VA MOS

COMPRARÍ AMOS Fut.Presente Indic. COMPR A RÍA MOS

COMPRANDO Gerúndio COMPR A NDO

COMPRAS Presente Indicativo COMPR A S

AMASSE Pret.Imperf.Subj. AM A SSE

AMÁSSEMOS Pret.Imperf.Subj. AM Á SSE MOS

PROCESSOS DE FORMAÇÃO D E PALAV RAS

Já conhecemos as “partes” das palavras - morfemas. Agora, veremos a maneiracomo os morfemas se organizam para formar novas palavras.

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PRI MI T I VA DERI VADA

Carne Encarnar

Desencarnar

Desencarnado

Carn ívoro

Os principais processos de formação são: Der ivação, Compos ição, H ibr id ismo,Onomat ope ia , Sig la e Abrev iação . Os principais são os dois primeiros.

1. Der ivaçãoProcesso de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra chamada deprimitiva.

Os processos de derivação são:

Der ivação Pre f ixa l  

A derivação prefixal é um processo de formar palavras no qual um prefixo ou maissão acrescentados à palavra primitiva.

Ex.: pôr (primitiva) / compor (prefixo + primitiva) / recompor (dois prefixos +primitiva)

Der ivação Suf ix a l  

A derivação sufixal é um processo de formar palavras no qual um sufixo ou mais sãoacrescentados à palavra primitiva.

Ex.: real (primitiva) / realmente (primitiva + sufixo)

Der ivação Pre f ixa l e Su f ixa l  

A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo sãoacrescentados à palavra primitiva de forma independente, ou seja, sem a presençade um dos afixos a palavra continua tendo significado.

Ex.: des lea lmen t e (prefixo: des + sufixo: -mente) - também existem os vocábulos:des leal / lealm e n t e

Alguns autores, todavia, não aceitam essa classificação. Julgam que houve,primeiramente, um dos processos para, então, ocorrer o outro.

Por exemplo: graça d esgraça (prefixação) desgraçado (sufixação)

Der ivação Parassin té t ica  

A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo sãosimultaneamente acrescentados à palavra primitiva de forma dependente, ou seja,

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os dois afixos não podem se separar, devem ser usados ao mesmo tempo, pois semum deles a palavra não se reveste de nenhum significado.

Ex.: ano i tecer (prefixo: a + sufixo: -ecer) - não existem “anoite” nem “noitecer”.

desperd içar (prefixo: des + sufixo: -içar) – não existem “desperd(a)” nem “perdiçar”.

en gor da r (prefixo: en + sufixo: -ar) – não existem “engord(a)” nem “gordar”.

Maria Nazaré Laroca, no Manual de Morfologia do Português , observa que há umagrande produtividade deste processo de formação das palavras, sobretudo, combases substantivas:

PREFIXO “EN" + SUBSTANTI VO + SUFIXO “AR”   DERIVADA

en + caderno + ar  encadernar

en + t e r r a + ar  en t e r r a r

en + cabeça + ar  encabeçar

Der ivação Regress iva  

Normalmente, as palavras derivadas são maiores que as primitivas. No processo dederivação regressiva ocorre o inverso – a derivada é m e n o r que a primitiva. Ocorreperda vocabular.

SARAMPÃO SARAMPO

Chama-se deve r ba l quando, a partir desse processo, um verbo (geralmenteindicativo de ação) dá origem a um substantivo abstrato.

COMPRAR COMPRA

VENDER VENDA

ATACAR ATAQUE

SACAR SAQUE

COMBATER COMBATE

CASTI GAR CASTI GO

Der i vação I mpr óp r ia  

A derivação imprópria, também intitulada de “mudança de classe” ou “conversão”,ocorre quando palavra comumente usada como pertencente a uma classe é usada nafunção de outra, mantendo inalterada sua forma.

 “A cerveja que desce redondo.” (originalmente adjetivo, usado como advérbio).

Comício monstro (substantivo usado como adjetivo)

2. Composição

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Consiste na criação de uma nova palavra a partir da junção de dois ou mais radicais(palavra composta).

Pode ocorrer de duas formas:

- ag lu t inação - ocorre alteração na forma ou na acentuação dos radicais originários.

f i da lgo (filho + de +algo)

aguar den t e (água + ardente)

e m b o r a (em + boa + hora)

per na l t a (perna + alta)

 

-  j ust aposição – seu próprio nome já indica o processo. Os radicais são mantidos

da forma original, podendo ser ligados diretamente ou por hífen.be i j a - f l o r m a lmequer bem- m e- que r segunda- f e i r a

Cur ios idades : algumas palavras que, em português, apresentam forma simples, emsua origem eram compostas: a le lu ia    provém do hebraico hallelu Yah ( = louvai aoSenhor); oxa lá  deriva do árabe wa as llâh ( = e queira Deus). (Fonte: Cunha, C. e Cintra, L., op.cit., p.108 )

Existe um motivo para essa diferença entre BEM-ME-QUER e MALMEQUER.

A regra de emprego de hífen que se aplica ao advérbio BEM é diferente da regra quese aplica ao MAL.

- BEM exige hífen para formar uma palavra composta com outro vocábulo,

conservando cada um sua própria estrutura e acentuação: "bem-querer", "bem-aventurança", "bem-humorado", "bem-disposto";

- MAL se liga com hífen a palavras iniciadas por H ou vogal ("mal-acostumado","mal-acabado", "mal-humorado"), somente. Assim, se o outro vocábulo iniciar poroutra letra que não seja H ou vogal, escreve-se "tudo junto": "malfeitor","maltrapilho", "maltratar".

Isso justifica as formas: bem-me-quer, bem-comportado e malmequer,malcomportado.

Não posso deixar de observar que existem algumas formas aglutinadas do "bem",mas essas são raras e justificáveis por etimologia e processo de formação: benfeitor(do latim bene f ac t o r e  ), benfeitoria e benfazejo (palavras derivadas da primeira);

bendizer (do latim bened icere  ), bendito (derivada da anterior).

3 . H ib r id i sm o

Consiste na formação de palavras pela junção de radicais de línguas diferentes

auto/móvel (grego + latim) bio/dança (grego + português)

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4 . O nomat ope ia

Consiste na formação de palavras pela imitação de sons e ruídos.

pingue-pongue buá miau tique-taque zun-zum

5. Sig la

Consiste na redução de nomes ou expressões empregando a primeira letra ou sílabade cada palavra.

UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaUma vez “vulgarizada”, a sigla passa a ser considerada como primitiva, podendoformar derivadas: deputados petistas (PT), empregados celetistas (regidos pela CLT), pacientes aidéticos (portadores de AIDS).

6. Abrev iação ou redução

Consiste na redução de parte de palavras com objetivo de simplificação.

moto (motocicleta) gel (gelatina) cine (cinema) extra (extraordinária).

A segu i r , ind icamos, para o seu conhec imento , a lguns pre f ixos gregos e

la t inos .

ALGUN S PREFI XOS GREGOS 

PREFI XOS SI GNI FI CADO EXEMPLOS 

a-, an- negação, privação, falta analfabeto, ateu, anestesiaana- decomposição, inversão, repetição análise, anagrama, anáfora

anfi- ao redor de, duplicidade anfiteatro, anfíbio

anti- (ant-) oposição antídoto, antagonista

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apo- distância, afastamento apogeu, apóstolo

arqui-, arque-, arc-,arce-, arci-

superioridade, primazia arquipélago, arcanjo,arquimilionário, arcebispo

cata- movimento de cima para baixo catadupa, catarata

dia-, di- através de, duplicidade, afastamento diagonal, ditongo, diacronia

dis- dificuldade dispneia, disenteria

ec-, ex- movimento para fora eclipse, exorcista, êxodo

e-, en- posição interna encéfalo, emplasto

epi- posição superior, posterioridade epitáfio, epílogo

eu- bom, bem, perfeição, excelência,verdade

eucaristia, eufonia,evangélico

hemi- meio, metade hemisfério

hiper- posição superior, excesso hipérbole, hipertrofia,hipertensão

hipo- falso, por baixo de, posição inferior hipocrisia, hipotensão,hipotenusa

meta- transformação, movimento de umlugar para o outro, mudança

metamorfose, metáfora,metacarpo

para- proximidade, ao lado, paralelismo paradigma, parônimo,parágrafo

peri- em volta de, em torno de perímetro, perígrafe

poli- multiplicidade polissemia, polissílaba

pro- em frente, para frente, anterior progresso, prólogo,prognóstico

sin-, sim-, si- simultaneidade, reunião sinfonia, sintonia, síntese,

ALGUNS PREFI XOS LATI NOS 

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PREFI XOS SI GNI FI CADO EXEMPLOS 

a-, ab-, abs- afastamento, separação abstenção, abdicar, aversão

a-, ad-, ar-, as- aproximação, direção,tendência

adjunto, adjacente, admirar,assentir, arrendar

ambi- duplicidade (=“ambos”) ambidestro, ambíguo

ante- anterioridade anteontem, antepassado

aquém- do lado de cá aquém-mar

bis-, bi- repetição bípede, binário, bisnetocircum- em torno de, ao redor circunferência, circunscrito

cis- posição aquém cisandino, cisalpino

com- (con-), co- (cor-) companhia, combinação compor, coautor, cooperar,correligionário

contra- oposição contravenção, contradizer

de- movimento de cima para baixo decrescer, demolir, decair

des-, dis- separação, privação, negação deportar, descriminar, descrer,dissidência

e- ,em- ,em- , in- (im) introdução, superposição engarrafar, empilhar, imergir,ingerir

e-, es-, ex- movimento para fora,mudança de estado, separação

emergir, expelir, escorrer, extrair,exportar, esvaziar, esconder,explodir

extra- posição exterior, excesso extravagante, extraordinário,extravasar

intra- posição interior intramuscular, intravenenoso

i-, im-, in- negação, mudança imoral, impúbere, incinerar

intra-, intro-, in-, i- movimento para dentro imersão, impressão, inalar,intrapulmonar, introduzir

 justa- posição ao lado justaposição

o-, ob- posição em frente, oposição obstáculo, obstar, obsceno, opor

per- movimento através de perfurar, pernoite, perfumar

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pos- ação posterior, em seguida pospor, póstumo

pre- anterioridade, superioridade pré-natal, predomínio, prefixo

pro- movimento para frente,intensidade

projetar, propulsor, prolongar

re- repetição, para trás recomeço, regredir

retro- movimento mais para trás retrospectiva, retroagir

sub-, sus-, sob-, so- movimento de baixo paracima, posição inferior

suspender, subsolo, soerguer,supor

sobre-, super-, supra- acima, excesso sobrepor, supermercado,supracitado

trans- (tras-, tra-, tres) através de, além de, mudança transpor, trespassar, traduzir,transbordar

ultra- além de, excesso ultrapassado

vice-, vis- abaixo de, substituição visconde, vice-cônsul

CLASSES GRAMATI CAI SA Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) enumera em dez as classesgramaticais: subs t an t i vo , ad je t i vo , a r t i go , p r onome, numer a l , ve r bo ,advérb io , p repos ição, con junção e i n t e r j e i ção. Tomamos a liberdade de incluirmais uma, apresentada sem denominação na NGB, mas reconhecida por gramáticosconsagrados: pa lav r as deno t a t i vas .

Para fins didáticos, separamo-las em duas categorias: variáveis e invariáveis:

CLASSES DE PALAVRAS

VAR I ÁVEI S I N VAR I ÁVEI S

Subs t an t i vo Advé r b io

Ad je t i vo Palav r a D eno t a t i va

Ar t igo Prepos ição

Pr onome C on junção

N u m e r a l I n t e r j e i ç ã o

Verbo

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Cada uma delas será analisada isoladamente.

1. SUBSTANTI VO

Palav r a com qu e des ignam os ou nom eamos os ser es em ge r a l .

P r im i t i vos

Dão origem a outras palavras.

Ex.: terra, casa

D er i vados

São criados a partir de outras palavras.

Ex.: terreiro, aterrar; casebre, casinha

Simples

Formados por apenas um radical.

Ex.: cabra, tempo

C ompos t os 

Formados por mais de um radical.

Ex.: cabra-cega, passatempo

C omuns

Designação genérica, referente aqualquer ser de uma espécie.

Ex.: rua, praça, mulher

Obs. Os dias da semana, como os mesesdo ano ou as estações do ano, não sãonomes próprios – designam frações dotempo.

Pr óp r ios

Um ser específico da espécie.

Ex.: rua Rio de Janeiro, praça Duque deCaxias, Isabela

Concre tos

Nomeiam objetos, lugares, pessoas,animais, ou seja, coisas que têmsubsistência própria.

Entram nessa espécie os fictícios e coisas

hipoteticamente existentes.Ex.: Carmem, mesa, urso, fada, Júpiter 

Abs t r a t os

Nomeiam ações, estados, sentimentos,qualidades, noções, ou seja, coisas quesó existem em função de outras.

Ex.:alegria, tristeza, realização, modo,

viagem, colheita, delicadeza, rispidez.

Cole t ivos

Os substantivos coletivos transmitem a noção de plural, embora sejam grafados no

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singular. Nomeiam um agrupamento de seres da mesma espécie.

Ex.: matilha, multidão, rebanho, freguesia.

1 . 1 ) Flexão em nú m er o

Como vimos, os substantivos são palavras variáveis, alterando-se em função donúmero e do gênero.

a) Fo r mação do p lu r a l n os subst an t i vos s imp les

- Regra gera l : o plural é formado pelo acréscimo da desinência -s.

mapa mapas degrau degraus

- Subs t an t i vos t e r m inados em - ão : a regra é a forma plural -ões, mas tambémhá casos em que formam -ães ou -ãos. Todos os paroxítonos e alguns oxítonosterminados em –ão formam o plural –ãos.

questão questões capitão capitães

irmão irmãos órfão órfãos

Alguns substantivos apresentam mais de uma forma:

anão anões, anãos a ldeão aldeãos, aldeões, aldeães

char la tão charlatões, charlatães; etc.

- Subs t an t i vos t e r m inados em - r , - z : acréscimo de -es.

bar bares raiz raízes vez vezes júnior juniores

gravidez gravidezes (estranhou, por quê? Significa mais de uma gestação)

- Subs t an t i vos t e r m inados em - s : acréscimo de -es quando forem oxítonos;invariáveis quando não forem oxítonos.

país países lápis lápis ônibus ônibus

- Subs t an t i vos t e r m inados em - l : substitui-se o -l por –is; em alguns poucoscasos, acrescenta o –es.

anel anéis álcool álcoois mal males cônsul cônsules

- Subs t an t i vos d im inu t i vos : segundo a norma culta, o plural de diminutivosobedece à seguinte regra: do vocábulo original no plural, é retirada a letra “s”, queirá para o fim da palavra, após o sufixo que indica essa flexão em grau.

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faróis  faroizinhos  bares  barezinhos  flores  florezinhas

b) Fo r m ação do p lu r a l nos subs t an t i vos compos t os

A flexão de número dos substantivos compostos segue o quadro abaixo:

CondiçãoVar ia ( m) . .. . e lemen t o ( s )

Exemp loso 1 º ú l t i m o t o d o s n e n h u m

Substantivocomposto sem hífen X pontapés, planaltos,aguardentes,

vaivéns

Palavras repetidasou onomatopeias X tico-ticos,

reco-recos

Verbo ou palavrainvariável +substantivo ouadjetivo

X

sempre-vivas,vaga-lumes,para-choques,abaixo-assinadosguarda-roupas(ideia de “guardar”)

Dois substantivosou substantivo +adjetivo (qualquerordem)

Xguardas-noturnos,couves-flores,secretários-executivos

Substantivoscompostos ligadospor preposição

X Pés-de-moleque,copos-de-leite

Verbo + advérbio X Os fala-mansa

Verbos antônimos X Os leva-e-traz

Dois substantivos,quando o 2º.indicar f i na l i dade ou semelhança ,limitando o sentidodo 1º (flexãopredominante).Modernamente, jáse aceita a flexão

X (X )

Pombos-correio(s),carros-bomba(s),salários-família(s),navios-escola(s),peixes-boi(s)

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dos dois elementos.

1 . 2 ) F lexão em gêne r o

Quan t o ao gêne r o , os subst an t i vos podem se r :

a ) B i f o r mes: possuem duas formas, uma para o feminino e outra para o masculino.

Pombo – pomba príncipe – princesa ator – atriz pastor - pastora

b) U n i f o r mes : possuem apenas uma forma para os dois gêneros.

Os substantivos uniformes se subdividem em:

Epicenos:  uma só forma para os dois gêneros, a distinção é feita pelas palavrasmacho e fêmea.

a mosca a baleia o besouro a cobra o crocodilo (macho / fêmea)

Comuns de do is gêneros : uma só forma para os dois gêneros, a distinção éfeita pelo determinante (artigo, pronome, adjetivo...).

a pianista / o pianista belo colega/ bela colega o intérprete / a interprete

Sobr ecomuns:  uma só forma para os dois gêneros, não é possível fazer adistinção pelos determinantes. A distinção pode ser feita pela expressão: do sexomasculino/ do sexo feminino.

a pessoa a criança o cônjuge a testemunha o ídolo (não tem feminino)

* O gêne r o de a lguns subs t an t i vos podem causa r dúv ida :

a alface o champanha o dó (tanto compaixão como a nota musical)

E “personagem”, afinal? É masculino ou feminino? Modernamente, esse é um doscasos de “comum de dois”, ou seja, aceita o artigo feminino ou masculino:o/a personagem.

* Ce r t os subst an t i vos , ao mudar de gêne r o , mud am t ambém de s ign i f i cado :

A cabeça / o cabeça o caixa / a caixa o moral (autoestima)/ a moral (ética)

Para distrair : No filme “Carandiru”, em sua participação “especial”, Rita Caddilac(lembra-se da figura?) cantava uma música cujo refrão era : “É bom para o moral /É bom para o moral...”. Pelo menos, acertou no gênero... rs....

O mesmo acon t ece em r e lação ao núm er o de a lguns :

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Fér ia (renda) x f é r ias (dias de descanso, mesmo que seja só um)

Bem (benefício) x bens (riquezas, propriedades)

Haver (verbo) x have r es (riquezas, bens)

Cuidado com esses: Óculo (uma espécie de luneta – instrumento que permite boavisibilidade à distância) x ócu los (lentes encaixadas em uma armação)

Já ouvi muita gente boa falando “perdi o m e u óculos”...ui!! Nesse sentido, é sempreplural – “Perdi os meus óculos”.

Out r os são em pr egados apenas no p lu r a l :

pêsames núpcias víveres alvíssaras (prêmio ou recompensa)

1.3) Flexão em Grau

É a possibilidade de indicar o tamanho do ser que nomeia.

Os substantivos podem estar em três graus: n o r m a l , a u m e n t a t i v o e d i m i n u t i v o .

As variações de grau podem ser feitas de duas formas:

Anal í t i ca: acréscimo de um adjetivo: casa pequena/grande, pé pequeno/grande

Sin té t ica: acréscimo de um sufixo: casi n h a, casebr e, pez inho, pezão

2. ADJETI VO

Palavra variável modificadora de substantivo ou palavra substantivada, exprimindoqualidade, estado ou propriedade.

Pode também atribuir uma relação, como tempo (recebimento mensal), proveniência(vinho chileno) etc. A esses dá-se o nome de ad je t ivos re lac iona is.

Locução adjetiva é uma expressão que equivale a um adjetivo. Geralmente éconstituída de preposição e substantivo ou preposição e advérbio.

mesa de made i r a casa da f r en t eCuidado! Só podemos analisar e classificar os vocábulos a partir do contexto.

Por exemplo, domés t i ca, a princípio, seria um adjetivo. Contudo, em “Asdomésticas não têm muitos de seus direitos reconhecidos”, essa palavra é umsubstantivo.

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Aliás, é muito estreita a relação entre o substantivo e o adjetivo. Muitas vezes, aposição desses elementos na oração implica alteração de sua morfologia.

Por exemplo: n e g r o j o g a d o r / j o g a d o r n e g r o – no primeiro, “negro” é umsubstantivo e sua qualidade é “jogador” (assim como em “negro pintor” ou “negrolutador”). Isso se inverte no segundo exemplo, em que “negro” é uma característicado jogador. A palavra-núcleo é o substantivo, e o adjetivo o caracteriza.

Essa possibilidade de alteração morfológica e/ou semântica dos adjetivos, em funçãode sua colocação na frase vem sendo objeto de questões dos mais recentesconcursos públicos.

Como o adjetivo concorda sempre com o substantivo, sofrerá as mesmas flexões queele: gênero, número e grau.

2.1) Flexão de Gênero  

Os adjetivos podem ser:

a) B i f o r mes- possuem duas formas, uma para indicar cada gênero.

Que garoto b o n i t o! Que garota b o n i t a!

b ) U n i f o r m e s - possuem apenas uma forma para indicar os dois gêneros (femininoe masculino). Muitos deles terminam em ar / o r (exemplar, maior), z (audaz, feliz),os paroxítonos terminados em s (simples), l (fácil, infiel), m (comum, virgem) etc.

aluno ou aluna: in t e l igente , capaz, sim p les , am áve l , ím par , ru im

CURI OSI DADE: Alguns adjetivos terminados em “u”, “ês” e “or” não se flexionamem gênero.

a mulher h i n d u a menina co r t ês a remessa an t e r io r a p io r decisão

Nos adjetivos compostos, somente o gênero do último elemento varia.

intervenção méd ico-c i rú rg ica sandália azu l-c la ra literatura latino-amer i cana

Uma característica em relação aos adjetivos pátrios: o menor inicia a locução.

acordo n ipo - i t á l i co mercadoria s ino - japonesa

2 . 2 ) F lexão de N úm er o

Os adjetivos simples seguem as mesmas regras dos substantivos simples paraflexionarem em número.

útil úteis feroz ferozes

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Adjetivo composto formado por dois adjetivos: só o segundo elemento varia.

sapato marrom-escuro sapatos marrom-escuros

camisa azul-clara camisas azul-c la ras 

Exceção: azul-marinho e azul-celeste – todos os elementos são adjetivos, masesses adjetivos não se flexionam.

camisas azul-marinho / azul-celeste.

OBS: No adjetivo composto surdo-mudo, variam os dois elementos:

surdos-mudos / surda-muda

Em relação a esse ponto, veja a assertiva I NCORRETA presente em uma questão deprova da ESAF (AFC 2002):

“O plural do adjetivo composto “político-institucional” se faz adicionando a desinência de plural aos dois elementos.”.

É f a lsa essa afirmação, pois, como vimos, nesse caso, varia apenas o últimoelemento: po l í t i co - ins t i t uc iona is.

Adjetivo composto formado por um adjetivo e um substantivo: permaneceráinvariável.

Uniformes ve r de - o l i va sofás m a r r o m - c a f é.

Isso também acontece em adjetivos simples indicativos de cores que derivam desubstantivos.

Vestidos c inza bonés l a r an ja carros p r a t a anéis t u r quesa

Luiz Antônio Sacconi (em Gramática Básica ) destaca que o adjetivo i n f r ave r me lhoé variável (raios infravermelhos), enquanto que u l t r av io le t a é invariável (raiosu l t r av io le t a).

2.3) Flexão de Grau

A flexão de grau corresponde à variação em intensidade da qualidade expressa peloadjetivo.

a) G r au com par a t i vo

Indica que um ser possui uma qualidade igual, inferior ou superior a outro.

Este cão é t ão feroz quanto aquele.

Este cão é m e n o s feroz que aquele.

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Este cão é m a i s feroz que aquele.

Também, em relação ao mesmo ser, pode determinar se uma qualidade que elepossua é igual, inferior ou superior a outra.

Ele é t ão inteligente quanto bonito.

Ele é m a i s inteligente que bonito.

Ele é m e n o s inteligente que bonito.

b) Gr au supe r la t i vo

Abso lu t o – o ser apresenta elevado grau em certa qualidade

Sin té t ico – expresso em uma só palavra. Ex.: Este cão é f e roc íss imo.

Anal í t i co – formado com mais de uma palavra, normalmente umadvérbio (muito, bastante, imensamente) . Ex.: Este cão é m u i t o f e r o z.

Rela t ivo – o ser se sobressai em relação aos demais seres que possuem a mesmaqualidade.

Super io r idade . Ex.: Este cão é o m a i s feroz do bairro.

I n f e r i o r i d a d e. Ex.: Este cão é o m e n o s feroz do bairro

Alguns adjetivos possuem formas especiais para o comparativo e o superlativosintéticos.

Observe:

Ad je t i vo C ompar a t i voSuper la t i vo

abso lu t o r e la t i vo

bom melhor ótimo o melhor

mau pior péssimo o pior

grande maior máximo o maior

pequeno menor mínimo o menor

Quando se comparam duas qualidades, a proximidade dos adjetivos “bom”, “mau”, “grande” e “pequeno” com “mais” ou “menos” não os transforma em “melhor”, “pior”, “menor” ou “maior”.

Ele é mais bom do que bon i t o .

Ele é mais pequeno que gor do .

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3. ARTI GO

Classe variável que define ou indefine um substantivo. Gosto de brincar dizendo queo artigo é igual a arroz – só serve para acompanhar. Nunca vem isolado ou longe deum substantivo.

Pertencem à classe de palavras va r iáve is, flexionando-se em gênero e número.

Podem ser:

Def in idos: o/a, os/as

I n d e f i n i d o s : um/uma, uns/umas

Servem para:- substantivar uma palavra que geralmente é usada como pertencente a outraclasse.

calça ve r de (adjetivo) / o  ve r de (substantivo) da camisa

n ão quero (advérbio) / Deu u m  n ão (substantivo) como resposta.

- evidenciar o gênero do substantivo comum-de-dois.

o colega / a colega o personagem / a personagem o pianista / a pianista

4. PRONOMEÉ a palavra que acompanha (determina) ou substitui um nome.

Ana disse para su a irmã:

- Eu preciso do m eu livro de matemática. Você não o encontrou? El e estava aquiem cima da mesa.

1. su a acompanha “irmã” e se refere a Ana;

2. eu substitui "Ana";

3. m eu acompanha "livro de matemática";

4. o substitui " livro de matemática";

5. ele substitui " livro de matemática"

Ass im , os p r onom es podem se r :

ADJETI VOS – acompanham o nome, determinando-o – exemplos 1 e 3;

SUBSTANTI VOS – substituem o nome – exemplos 2, 4 e 5.

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Os pronomes também identificam as três pessoas do discurso:

- primeira pessoa: a que fala;

- segunda pessoa: com quem se fala;

- terceira pessoa: de quem se fala.

CLASSI FI CAÇÃO DOS PRONOMES

Os pronomes classificam-se em: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos,interrogativos e relativos.

Como o assunto é muito extenso, por ora apresentamos somente alguns conceitos,deixando para a aula específica o aprofundamento do assunto.

5. N UMERAL

Classe que expressa quantidade exata, ordem de sucessão, organização.

Os numerais podem ser:

5.1) Card ina is

Indicam uma quantidade exata. A m b o s, que substitui o cardinal os dois , é numerale se flexiona em gênero. Os cardinais u m , do is e as centenas a par t i r de

duzen t os também variam em gênero (uma, duas, trezentas). Já outros cardinais,inclusive o “mil”, são invariáveis.

5 . 2 ) O r d ina i s

Indicam uma posição exata e variam em gênero e número

segundo décimo primeiras

5 . 3 ) Mu l t i p l i ca t i vos

São invariáveis quando apresentam valor substantivo.

Ele tem o d o b r o da idade de sua mulher.

Empregados com valor adjetivo, flexionam-se em número e gênero.

5.4) Frac ionár ios

Concordam com os cardinais que indicam o número das partes.

um quarto dois décimos metade

I NFORMAÇÕES I MPORTANTES:

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- Mi lhão , b i l hão ( ou b i l i ão ) , t r i l hão comportam-se como substantivos e variamem número.

- Mi lhar pode ser precedido por um artigo de gênero mascu l i no: “os milhares decrianças que estiveram aqui...”.

6. V ERBO

Concei to

Palavra variável (pessoa, tempo, número e modo) que exprime uma ação, umestado, um fenômeno.

Sua importância no estudo da gramática é tão grande que teremos uma auladedicada exclusivamente a ele.

Passemos, agora , p ara as c lasses invar iáve is .

7. ADVÉRBI O

Classe invariável que expressa circunstâncias.

Os advérbios se ligam a verbos, adjetivos, outros advérbios ou até mesmo a oraçõesou enunciações inteiras.

Ele corre t a n t o . Ana Hickman é t ão alta!

Aquele piloto dirige m u i t o mal. I n f e l i z m e n t e , não poderei comparecer.

Ta l como foi demonstrado, o problema é grave.

São algumas circunstâncias expressas pelos advérbios:

Tempo (sempre, amanhã...)

Lugar (aqui, ali...)

Modo (amavelmente, rapidamente...)

I n t e n s i d a d e (tão, muito...)

Af i r mação (sim, realmente...)

Negação (nem, não...)

D úv ida (provavelmente, talvez...)

 

Uma característica dos advérbios chamados “nominais” é que eles podem se formara partir da forma feminina dos adjetivos (quando a possuem) com o acréscimo de “mente”:

r ap idamente co r r e t amente adequadamente

pr ov i so r iamente precar iamente ce r t amente

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Na enumeração de vários advérbios nominais em sequência, pode-se omitir o sufixo “mente”, mantendo apenas o do último vocábulo. Sua repetição causaria oindesejável efeito de eco:

Ele dançava l i nda , l eve, encan t ado r a e b r i l h a n t e m e n t e.

Locução adverb ia l - Duas ou mais palavras com valor de advérbio.

Rubens estava morrendo de medo. (loc.adverbial expressa a circunstância de causa)

A bela mulher apareceu na porta. (loc.adverbial expressa a circunstância de lugar)

As locuções adverbiais mais comuns são: com certeza, sem dúvida, de longe, de

perto, às vezes etc.Sobre o emprego dos advérbios b em e m al , acompanhados de bem e antes deadjetivos particípios, já falamos na aula de ortografia. Prefere-se a não-junção:

É um dos jogadores m ais bem pagos do mundo.

Não há necessidade (nem condição) de decorar listas de advérbios ou locuçõesadverbiais.

Você irá identificar a classe gramatical a partir da relação que a palavra estabelececom as demais.

Veja: a palavra m e i o pode ser advérbio, mas nem sempre o será. Vamos aosexemplos:

1 - "Estava m e i o atrasada."

2 - "Resolvi dar m e i a volta."

3 - "O m e i o universitário era favorável para a disseminação daquelas ideias."

Você notou que no exemplo 1, mesmo ao lado de um adjetivo feminino, o vocábulopermaneceu inalterado? Isso comprova que essa palavra é um advé r b io – éinvariável e modifica um adjetivo.

Já a segunda forma se flexionou em gênero, concordando com a palavra “volta” – éum numeral, classe de palavra variável.

No exemplo 3, o vocábulo está acompanhado de um artigo, o que o classifica como

um substantivo. Também poderia se flexionar: “Os m e i o s acadêmicos...”.

Também merecem destaque os advérbios interrogativos: onde, aonde, donde,como , que fazem parte de orações interrogativas e não devem ser confundidos comos pronomes relativos homógrafos. Estes possuem antecedentes aos quais sereferem, enquanto que os advérbios interrogativos são “independentes” e se referema circunstâncias como tempo, modo, causa ou lugar. Podem estar em construçãointerrogativa direta ou indireta.

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Não sei c o m o você aguenta esse homem!

Aonde você vai? (o verbo i r exige a preposição “a”, que a ele se liga: a + onde)

Quero saber onde você vai almoçar. (quando o verbo exigir a preposição “em”,basta o “onde”.)

D onde você veio? (o verbo v i r exige a preposição “de”, que se liga ao advérbio:de + onde)

8. PALAVRAS DENOTATI VAS

Na língua portuguesa, há algumas palavras e locuções não definidas pela N.G.B. em

qualquer das classes de palavras. São as pa lav r as deno t a t i vas, que apresentamcerta semelhança com os advérbios mas que, devido a algumas característicaspeculiares, com eles não se confundem.

A principal característica que as distinguem dos advérbios é o fato de estes sereferirem a certos vocábulos (verbos, adjetivos, advérbios), enquanto que aspalavras denotativas podem se referir a qualquer vocábulo ou até mesmo a nenhumdiretamente.

As palavras ou expressões denotativas mais comuns são:

- de exc lusão – exceto, salvo, apenas etc.

Todos, m e n o s Lula, sabiam do mensalão .

- de inc lusão – até, inclusive, mesmo, também etc.At é Deus duvida disso!

- de ex p l icação – isto é, ou melhor, ainda, por exemplo, a saber etc.

Este ato é arbitrário, ou se ja , não respeita leis ou regras.

- de re t i f i cação – isto é, ou melhor (a diferença entre esta e a anterior depende docontexto).

Eu preciso de dois laudos, o u m e l h or , de três.

- de rea lce – é que, lá, só, cá, mas etc.

Ele l á sabe alguma coisa sobre isso?- de des ignação – eis.

Ei s o vencedor da competição.

- de s i tuação – então, mas, afinal etc.

Mas, af ina l , o que você queria?

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9. PREPOSI ÇÃO

Classe invariável que liga termos de uma oração de tal modo que o significado doprimeiro (antecedente – termo regente) é explicado ou delimitado pelo segundo(consequente - termo regido).

Ex.: O professor gosta de trabalhos noturnos.

Não há necessidade de trabalharmos à noite.

São exemplos das preposições simples mais comuns, chamadas de essencia is:

a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem sob,sobre, trás

Algumas palavras, cujo sentido original é de outra classe gramatical, podem serusadas como preposições – são chamadas de prepos ições ac identa is( denom inação r e je i t ada po r N apo leão Mendes de A lme ida ) .

Eu a considero c o m o uma irmã. Você terá qu e fazer a prova amanhã.

As locuções prepositivas se caracterizam por apresentar, como último vocábulo, umapreposição essencial:

Abaixo de apesar de graças a por entre junto a embaixo de

10. CONJUNÇÃO

Classe invariável que liga orações, às vezes, liga termos coordenados de umaoração.

Ex.: Os pais viajaram e estudaram. (liga orações)

Os pais viajaram para Orlando e Paris. (liga termos dentro de uma oração)

As conjunções podem ser:

Coordenadas – relacionam elementos de mesma função gramatical.

Subord inadas – ligam duas orações, sendo que uma complementa,determina ou restringe o sentido de outra.

Locução con ju n t i va

Formada por mais de um vocábulo, sendo que, normalmente, o último é umaconjunção.

 já que se bem que a fim de que

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11 . I NTERJEI ÇÃO

Classe invariável que expressa emoções, sensações, sentimentos ou representa umchamamento.

al ív io (Ufa!) d or (Ai!) espan t o (Quê!) m e d o (Credo!)

sat is fação (Viva!) c h a m a m e n t o (Oxalá!) saudação (Alvíssaras!)

Locução interjeitiva é o conjunto de duas ou mais palavras com valor de interjeição.

Que horror! Queira Deus! Ai de mim!

Na escrita, a interjeição vem acompanhada do sinal de exclamação, com exceção do “Ó” de apelo (“Ó menino, não faça isso”), que não deve ser confundido com “Oh”, deadmiração.

Sobre “Vivam os campeões!”, nosso mestre Evanildo Bechara observa, em seu “Lições de Português pela Análise Sintática ”, que o emprego quase interjeitivo daoração e a proximidade com a interjeição (invariável, portanto) “Salve oscampeões!” levam à forma “Viva os campeões!”, com evidente erro deconcordância.

Contudo, ressalta o mestre: “Apesar de correr vitoriosa na linguagem coloquial, esta

concordância no singular deve ser cuidadosamente ev i t ada na língua padrão”.QUESTÕES DE FI XA ÇÃO

1 - (FGV / Ministério da Cultura / 2006)

Assinale a alternativa que n ão apresente a classificação correta de um doselementos mórficos do vocábulo deixasse 

(A) deix- = radical

(B) -e = desinência número-pessoal

(C) -a = vogal temática verbal

(D) deixa = tema

(E) -sse = desinência modo-temporal

2 - (FGV / I CMS MS - Fiscal de Rendas / 2006 )

Assinale a alternativa em que um dos elementos mórficos da palavra contribuiu (L.65) não esteja corretamente analisado.

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(A) con tribuiu = prefixo

(B) cont r i buiu = raiz

(C) contribuiu = desinência modo-temporal

(D) con t r i bu iu = tema

(E) contribuiu = vogal temática

3 - (CESGRANRI O / INSPETOR DE POLÍCIA / 200 1)

Inúmeros, ilícita, impropriedade têm em comum:

a) o prefixo negativo;

b) a classe gramatical;

c) o gênero;

d) o número;

e) a forma gráfica.

4 - (FUNDEC / TRT 1ª.Região / 2003)- Mant ida g r a f i a o r i g ina l da p r ova , an t e r i o r  a 2 0 0 9  . 

Os prefixos das palavras en t r essa f r a (linha 15) e i n t e r nac iona l são sinônimos.

Idêntica relação semântica pode ser depreendida entre os prefixos das palavras:A) anti-higiênico e suboficial;

B) co-redator e contra-regra;

C) arquiinimigo e hiper-humano;

D) vice-diretor e sobreloja;

E) ante-histórico e recém-chegado.

5 - (FGV / ALESP / 2002 )

Assinale a alternativa em que todas as palavras têm prefixo indicativo de negação:A. imoral - imprudente.

B. imoral - deslocar.

C. aderente - amoral.

D. aderente - subterrâneo.

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6 - (FGV / Ministério da Cultura / 2006)

Assinale a alternativa em que o prefixo tenha o mesmo sentido que o de imigrantes .

(A) imberbe

(B) imergir

(C) incréu

(D) iníquo

(E) inválido

7 - (FGV / ICMS MS /2 006)

Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processoque entrevejo .

(A) joalheria

(B) serenidade

(C) decodifica

(D) acompanhando

(E) perfumadas

8 - (FGV / ALESP / 2002 )

Assinale a alternativa que apresenta um prefixo indicando “posição superior”:

A. Transatlântico.

B. Perímetro.

C. Epiderme.

D. Sublocar.

9 - (FGV / BESC ADVOGADO/ 2004)

Assinale a alternativa em que o vocábulo NÃO seja formado pelo mesmo processoque "crescimento"

(A) financeiro

(B) rentabilidade

(C) falta

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(D) prancheta

(E) executáveis

10 - (FUNDEC / PRODERJ / 2002) Mant ida g ra f ia o r ig ina l da p rova , ap l icada an t es de 2009  . 

Os prefixos das palavras supercomputador e contra-informação são sinônimos,respectivamente, dos prefixos das palavras:

A) hiperinflação e megainvestidor;

B) politraumatizado e desnecessário;

C) ultraleve e hemisfério;

D) além-fronteira e endotérmico;

E) arquimilionário e antiinflacionário.

11 - (NCE UFRJ / TRE RJ Auxiliar Judiciário / 2001)

O vocábulo perdão , presente no texto, tem como plural perdões ; o item abaixo emque todos os vocábulos podem fazer o plural do mesmo modo é:

a) cidadão, vulcão, capelão;

b) escrivão, aldeão, razão;

c) capelão, situação, alazão;

d) corrimão, cidadão, escrivão;

e) vulcão, aldeão, alazão.

12 - (NCE UFRJ / Corregedoria Geral da Justiça RJ )

Hibernação  está para inverno , considerados os vários aspectos de sua formação,como:

(A) crescimento está para crescer ;

(B) diminuição está para diminuir ;

(C) mensal está para mês ;

(D) liberdade está para livre ;

(E) animação está para alma .

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13 - (NCE UFRJ / ARQUIVO NACIONAL/ 2006)

A alternativa que mostra inadequação entre cognatos é:

(A) terra / aterrorizar;

(B) lei / legalizar;

(C) acordo / acordar;

(D) temor / atemorizar;

(E) homem / humanizar.

14 - (NCE UFRJ / CVM / 2005)

A relação ERRADA entre verbo e substantivo é:

(A) ceder / cessão;

(B) estender / extensão;

(C) exceder / exceção;

(D) ascender / ascensão;

(E) pretender / pretensão.

15 - (NCE UFRJ / INPI - ANALISTA MARCAS / 2005)

Agrário  se refere a campo ; o vocábulo abaixo em que esse radical tem significadodiferente é:

(A) agricultor;

(B) agridoce;

(C) agrimensor;

(D) agreste;

(E) agrícola.

16 - (FGV / ICMS MS – TTI / 2006)

Assinale a alternativa em que o prefixo tenha valor distinto do de incompetentes.

(A) irrespondível

(B) agnósticos

(C) ateus

(D) incorrer

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(E) inafiançável

17 - (FGV / I CMS MS – Fiscal de Rendas / 2006)

Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processoque acompanhamos .

(A) rapidíssimos

(B) encanada

(C) utilizamos

(D) repressão(E) intermediárias

18 - (CESGRANRIO / BNDES – ADVOGADO / 2004)

No título do artigo “A tal da demanda social”, a classe de palavra de “tal” é:

(A) pronome.

(B) adjetivo.

(C) advérbio.

(D) substantivo.

(E) preposição.

19 - (FGV / I CMS MS - Fiscal de Rendas / 2 006)

Ta l como está organizada, a sociedade gira em torno do mercado, de acordo comum sistema que alguns chamam de "economia de mercado", e outros, de"capitalismo". Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz de fazer crescer aeconomia. As experiências feitas em nome do socialismo não manifestaram forçaprópria suficiente para competir, no plano do crescimento econômico, com ocapitalismo.

A palavra Tal  classifica-se como:

(A) adjetivo.(B) advérbio.

(C) conjunção.

(D) pronome demonstrativo.

(E) pronome relativo.

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20 - (CESGRANRIO / MPE RO / 2005)

Dentre os plurais dos nomes compostos, o único flexionado de modo adequado é:

(A) guarda-chuvas.

(B) olhos azuis-turquezas.

(C) escolas-modelos.

(D) surdo-mudos.

(E) pores-dos-sóis.

21 - (NCE UFRJ / INPI - ANALISTA MARCAS / 2005)

matérias-primas faz plural da mesma forma que:

(A) porta-voz;

(B) guarda-comida;

(C) bem-te-vi;

(D) aluno-mestre;

(E) pisca-pisca.

22 - (FGV / Pref.Araçatuba / 2002)O plural dos adjetivos compostos está correto em

A. Faltava sempre às segundas-feiras.B. Recebeu dois salários-famílias.C. Houve alguns quebras-quebras na cidade.D. Gostava de sopa de grão-de-bicos.

23 - (FGV / I CMS MS / 2006)

Out ras vezes  ela passa por mim na rua entre os camelôs.

Vezes ou t r as  a entrevejo no espelho de uma joalheria.

No trecho acima, a inversão das palavras grifadas não provocou alteração desentido. Assinale a alternativa em que a inversão dos termos provoca alteraçãogramatical e semântica.

(A) novos papéis / papéis novos

(B) várias idéias / idéias várias

(C) lúcidas lembranças / lembranças lúcidas

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(D) tristes dias / dias tristes

(E) poucas oportunidades / oportunidades poucas

24 - (UnB CESPE / Banco do Brasil / 2002)

Passa quase despercebido para o mercado que, na guerra dos bancos pela carteirados brasileiros, o Banco do Brasil S.A. (BB) está mais ativo do que nunca. Foi a casaque mais conquistou novos clientes em 2001, saltando de 10,5 milhões decorrentistas pessoa física para 12 milhões.

Na área das empresas, o crescimento também foi robusto. Com a criação de uma

divisão de corporate , sua carteira empresarial saltou de 767 mil para 900 milclientes.

O BB ainda tem um amplo terreno para conquistar clientes menos endinheirados porintermédio das concessões de crédito. A instituição, mesmo com 24,6% de todos osativos do sistema financeiro nacional, não tinha agilidade suficiente para fazer isso,por conta do estoque de créditos ruins que a ancora. Depois do ajuste patrimonial,ganhou fôlego.

QUESTÃO

Acerca de aspectos estruturais e das idéias do texto acima, julgue o seguinte item.No primeiro parágrafo do texto, as duas ocorrências do advérbio “mais” —

intensificando “ativo” (l.3) e “conquistou” (l.3) — comprovam que advérbios podemmodificar tanto verbos como adjetivos.

25 - (FGV / BESC ADVOGADO/ 2004)

Assinale a alternativa em que o termo grifado seja artigo definido.

(A) "...o que os  empurra a dar crédito para o setor privado e para as pessoasfísicas."

(B) "O que se faz?"

(C) "O que está ocorrendo é que os interesses que prevaleceram..."

(D) "...agora, o que se está fazendo é buscar "acalmar" os  que temem perder lucrosna fase de transição."

(E) "Ou seja, há uma possibilidade, não desprezível, de o  país perder, mais uma vez,uma janela de oportunidade."

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26 - (FCC / I NSS MEDI CO / 2006 ) 

Analise a proposição abaixo.

- Esses papeizinhos amarelos marcam as páginas mais importantes do relatório.

GABARI TOS COMENTADOS DA S QUESTÕES DE FI XAÇÃO 

1 – B - A forma verbal deixasse  não possui desinência número-pessoal:

TEMA DMT DNPRadica l Voga l tem .

DEIX A SSE Ø

2 – C - O morfema “u” é desinência número-pessoal.

PREFI XOTEMA

DMT DNPRadica l Voga l tem .

CON TRIBU I Ø U

À raiz t r i b   unem-se os prefixos que formam os radicais dos verbos: re t r i b  uir,con t r i b  uir.

O mesmo ocorre nos seguintes verbos:

•  (raiz = p r eend  ) com p r eend  er, a p r eend  er, re p r eend  er ; 

•  (raiz = ve r t  ) re ve r t  er, per ve r t  er, in ve r t  er, con ve r t  er ; 

•  (raiz = f er ) pr e f er ir, con f er ir, de f er ir, in f er ir, des f er ir ; 

Esse são alguns exemplos de verbos formados a partir da união de prefixos à raiz.

3 – A – Os três vocábulos apresentam prefixos negativos: inúmeros, i lícita,im propriedade.

4 –  Os prefixos latinos e n t r e e i n t e r designam “posição intermediária”. Os prefixosgregos da opção C também são sinônimos: ar qu i e h ipe r indicam superioridade.

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a) a n t i  - prefixo grego = oposição / su b  - prefixo latino = posição inferior

b) co  – latino = companhia ou contiguidade / con t r a  – latino = oposição

d) v ice  – latino = em lugar de / sob r e  – latino = posição superior

e) a n t e  – latino = anterioridade / recém – latino = recente

Decorrente do Acordo Ortográfico, haveria nova grafia em: “corredator”, “contrarregra” e “arqui-inimigo”.

5 – A  

b) i = negação / des  = separ ação

c) a em “a moral” = negação / a  em “ a der en t e ” = separ ação

d) a  em “ a der en t e ” = sepa r ação  / su b  = pos ição in f e r i o r

6 – B – O prefixo i em ‘i mergir’ indica o movimento para dentro (como em imigrar ).

7 – E - O vocábulo “entrevejo” passou pelo processo de derivação prefixal, com acolocação do prefixo entre   (posição intermediária). A esse mesmo processo sesubmeteu o vocábulo “per fumadas”, com o prefixo per  (movimento através)

a) derivação sufixal (joia + lh + eria) sofreu derivação sufixal com –eria ou –aria,que indicam “atividade de”, “ramo de negócio”, “ofício”.

b) derivação sufixal – o sufixo “-(i)dade” indica qualidade ou estado (sereno + idade)c) derivação prefixal e sufixal (prefixação) “de-” (prefixo latino = ação contrária)+ código + (sufixação) “-ficar” = decodificar

d) derivação parassintética - a + companh + (a)ndo (sufixo indicativo de gerúndio)

8 – C – O vocábulo ‘epi derme’ significa a camada mais superficial da pele (prefixogrego ep i  + radical grego derme = pele ) . Como o examinador busca o prefixo queindica “posição superior”, essa é a resposta.

Em relação às demais opções:

a) t r a n s  - latino = passar além de.b) pe r i  - grego = em torno de.

d) su b - latino = posição abaixo.

9 – C – O vocábulo “falta” é o próprio tema (radical falt + VT a) .

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a) financeiro – “finança” recebeu o sufixo “-eiro” indica, nesse caso, atividade.

b) rentabilidade – “renda” deu origem ao adjetivo “rentável” que, por sua vez,recebeu o sufixo “(i)lidade”, que significa qualidade ou estado.

d) “eta” é um sufixo de valor diminutivo.

e) “-vel” é um sufixo nominal que forma adjetivos, com o sentido de “digno de” ou “possível de certa ação”.

10 – E – Os prefixos super, extra, ultra (latinos), mega, hiper e arqui (gregos) sãoequivalentes e indicam superioridade. Já os prefixos contra-, ob-, o-, des- (latinos) e anti- e para- ( gregos) denotam oposição.

Os demais apresentam os seguintes significados:

- h e m i  – grego = metade;

- po l i  – grego = muitos;

- endo  – grego = posição interna;

- além  – elemento de composição latino = adiante, além de.

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Novas grafias para “contrainformação” e “anti-inflacionário”.

11 – E - vulcões; aldeões ou aldeães; alazões e alazães.

a) c idadãos; vulcões ; capelães.

b) escr ivães; aldeãos, aldeões ou aldeães; razões.

c) capelães; situações; alazões e alazães.

d) co r r imãos; c idadãos; escr ivães.

12 – E - Essa questão exigia bastante percepção do candidato. A dica parasolucioná-la estava na expressão “considerados os vários aspectos de sua formação”.Assim como “hibernação” buscou em sua origem latina a forma que significa

 “inverno” (hiber) , a palavra “animação” tem em sua raiz (änima) o sentido de alma. 

13 – A - A palavra “aterrorizar” tem relação com “terror” e não ‘terra’.

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14 –  C – O aluno que se lembrou da aula sobre Ortografia não errou essa questão.No material, mencionamos que “exceção” não deriva de EXCEDER, mas deEXCETUAR.

15 – B - O elemento de composição em “agridoce” é latino e significa “acre, ácido,azedo”. Já em “agricultura”, “agrimensor”, “agreste” e “agrícola” está presente oprefixo “agri”, também latino, que se refere a campo.

16 – D – O prefixo latino “in” em “incorrer” significa “movimento para dentro”. Osdemais têm valor de negação.

17 – B - O processo de acompanhamos  é o mesmo de encanada –  derivaçãoparassintética.

a) rapidíssimos - sufixação

c) utilizamos - sufixação

d) repressão - prefixação

e) intermediárias – prefixação e sufixação (mediar intermediar intermediária)

18 – A – Não nos cansamos de repetir – a análise morfológica de uma palavra só

pode ser feita de acordo com o contexto. Na oração “A tal da demanda social”, ovocábulo “tal” está sendo usado para indicar. Por isso, é um pronome demonstrativo.Esse pronome faz parte da expressão “O(a) tal de”, usado na linguagem comdesdém.Não confunda com “o tal”, substantivo coloquial brasileiro de dois gêneros usadopara designar a pessoa que julga ser mais importante do que é: “Ela se acha o tal”.Veja na próxima questão um outro emprego de “tal”.

19 – B - Muita gente boa, de cara, deve ter marcado "pronome demonstrativo" (D),e não foi à toa que essa questão está nesta posição.

Em “Tal como est á o r gan izada , a sociedade g i r a em t o r no do m er cado ”, esse

"tal" indica MODO - circunstância. Troque por "assim" ou "do modo" e continuaráfazendo sentido. Assim, notamos que não é pronome demonstrativo, mas ADVÉRBIO- opção B.

20 – A

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b) olhos azul-turquesa – note que “turquesa” (com “s”) é um mineral azul ouesverdeado. Como o segundo elemento do adjetivo composto é um substantivo,permanecerá invariável.

c) escolas-modelo(s) – atualmente, esta questão estaria sujeita a recursos, pois oenunciado não menciona a norma culta e modernamente já se aceita a flexão dosdois vocábulos, mesmo o segundo indicando finalidade.

d) surdos-mudos – os dois se flexionam.

e) pores-do-sol – só o primeiro elemento varia.

21 – D -  “Matéria-prima” é um substantivo composto formado por um substantivo eum adjetivo. No plural, os dois elementos variam. O mesmo acontece com “alunos-mestres”.

a) porta-voz porta-vozes (verbo + substantivo)

b) guarda-comida guarda-comidas (ideia de guardar – não varia)

c) bem-te-vi bem-te-vis

e) pisca-pisca pisca-piscas

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Algumas palavras compostas deixaram de receber ohífen. A justificativa seria a falta de ambiguidade em relação à forma sem hífen. Um

exemplo seria o substantivo “dia a dia” (agora, sem hífen), equivalente a “cotidiano”,que passa a ser grafado igual ao advérbio, que significa “diariamente”. Em relaçãoaos substantivos compostos dessa questão, não houve nenhuma modificação.

22 – A – Em “segunda-feira”, os dois elementos se flexionam: segundas-feiras(numeral e substantivo).

Da mesma forma que a questão 20, esta seria passível de anulação, em virtude dapossibilidade de se flexionar os dois elementos do item B – salários-família(s).Assim, haveria duas respostas igualmente válidas – A e B.

As demais opções, devidamente corrigidas, seriam:c) Houve alguns quebra-quebras na cidade.

d) Gostava de sopa de grãos-de-bico.

23 – B

Primeiramente, lembramos que a palavra “ideia” perdeu o acento agudo.

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A mudança da colocação do vocábulo “várias” altera seu aspecto semântico emorfológico. Em “várias idéias (* )”, é um pronome indefinido. Já em “idéias(* )  várias”, tem valor adjetivo com o sentido de “variadas”.

Não há alteração morfológica nem semântica entre os elementos das opções a, c e d(novos, lúcidas e tristes, que mantêm em qualquer das orações o sentido e aclassificação morfológica – adjetivo).

A "pegadinha" do enunciado em relação à opção E é a exigência de alteraçãoSEMÂNTICA E GRAMATICAL: poucas oportunidade (pronome indefinido) eoportunidades poucas (adjetivo)

Há alteração gramatical. O Dicionário Eletrônico Aurélio indica as seguintes acepçõesdo vocábulo "pouco":

“ A d j e t i v o  .1.Em pequena quantidade; escasso, reduzido. [ Superl. abs. sint.: pouquíssimo.] Pr onome inde f i n ido  .

2.Algo (coisa ou indivíduo) em quantidade ou em grau menor do que o habitual ou o esperado.” 

Contudo, mesmo que haja alteração gramatical (um é pronome indefinido e o outro,adjetivo), não há alteração semântica. Em qualquer das duas construções, a ideia éque são oportunidades em quantidade pequena ou menor do que o esperado. Porisso, não foi esse o gabarito. Pura maldade!

24 – I t e m c o r r e t o – Essa é uma ótima oportunidade de vermos o emprego doadvérbio. Com função de intensidade, modifica tanto um adjetivo (“o Banco do BrasilS.A. (BB) está m a i s a t i vo do que nunca”) quanto um verbo (“Foi a casa que m a i s conqu is t ou novos clientes em 2001”).

25 –  E – Como vimos, o artigo estará sempre acompanhando um nome. A únicaocorrência deste vocábulo é na opção E, em que acompanha o substantivo “país”.

a) "...o que os empurra ..." – pronome oblíquo

b) "O que se faz?” – pronome demonstrativo junto do pronome interrogativo “que”.

c) "O  que está ocorrendo..." - pronome demonstrativo junto do pronomeinterrogativo “que”.

d) "...agora, o que se está fazendo é buscar "acalmar" os  que temem ..." – pronomedemonstrativo (aqueles)

26 - I t em CORRETO.

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A formação do plural de PAPÉIS leva a letra “s” para o fim do vocábulo após ainclusão do sufixo indicador de diminutivo = PAPEIZINHOS.

Como houve deslocamento da sílaba tônica (agora, é a sílaba “zi”, e não “péis”), nãohá necessidade de colocação de acento agudo.

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AULA 3 - VERBOOlá, amigos

Hoje nossa aula vai tratar do “coração” da unidade oracional – o VERBO. Não é à toaque esse assunto vem logo após vermos os processos de formação das palavras e antesde qualquer outro.

O verbo também fará parte das próximas aulas – concordância (nominal e verbal),regência (nominal e verbal) e até mesmo crase.

Nesta aula, veremos a classificação dos verbos, sua forma de conjugação (que é um calopara muita gente), as flexões que o verbo pode sofrer (número, pessoa, tempo, modo evoz), a relação que os verbos têm em uma estrutura oracional e como manter essarelação harmônica, dentre tantas outras coisas.

Bem, essa palavrinha é muito especial. O verbo não tem sintaticamente uma função quelhe seja privativa, pois, como veremos, o substantivo e o adjetivo também podem sernúcleos do predicado (veremos no módulo sobre Termos da Oração).

Sua única função na estrutura oracional é a de participar do predicado.

CONSTRUÇÃO DOS VERBOS

Todas as formas do verbo se irmanam pelo RADICAL, a parte invariável que lhes dá abase comum de significação.

São aceitas as seguintes flexões: de n ú m e r o (singular e plural), pessoa (1ª, 2ª ou 3ª),m o d o , t e m p o ou vozes. Celso Cunha identifica uma outra flexão: aspec to, que, emsuas palavras, “manifesta o ponto de vista do qual o locutor considera a ação expressapelo verbo”, por exemplo: pontual (“acabo de chegar”) ou durativa (“f i co a esperar”),contínua (“vou andando pelas ruas”) ou descontínua (“vo l t e i a fumar”) etc.

Em relação ao processo de formação, como vimos, ao radical junta-se a terminação:vogal temática (define as três conjugações), desinências modo-temporal e número-pessoal.

Alguns conceitos são importantes:

Formas r izo tôn icas   – o elemento de composição grego r i z ( o ) -  significa “raiz”. Assim,nas formas RIZOTÔNICAS, a sílaba tônica (a que fomos apresentados em nosso primeiroencontro) recai no rad ica l .

verbo RECLAMAR radical RECLAM  eu reclamo

Como a sílaba tônica recai no radical, essa forma chama-se r izo tôn ica .

Formas ar r izo tôn icas  - quando a sílaba tônica recai f o r a do radical.

Verbo CONSERVAR radical CONSERV  nós conservar emos

Como a sílaba tônica recai fora do radical, essa forma chama-se ar r i zo t ôn ica .

CLASSI FI CAÇÃO DOS VERBOS

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Os verbos classificam-se em regu lares , i r regu lares , anômalos , de fec t ivos eabundan t es .

1. REGULARES - conservam o mesmo radical.

eu cant o, tu cant as, nós cantávamos, eles cant ariam, ele cant asse

2. I RREGULARES - apresentam variação no radical ou nas desinências.

SABER (eu sei, ele soube) PERDER (perco) FAZER (fiz, faço)

Alguns autores consideram que alteração exclusivamente gráfica (PROTEGER –PROTEJO), em função da ortografia, não poderia levar à indicação de irregularidadeverbal. Assim, segundo eles, são considerados i r r egu la r es somente os verbos queapresentam alteração GRÁFICA E FONÉTICA. Se não houver alteração fonética (como no

exemplo: g/j), não se classifica como verbo irregular, sendo chamado por algunsautores de “aparentemente irregular”.

3. ANÔMALO – são verbos irregulares que, por apresentarem profundas variações,recebem classificação autônoma. São só dois: SER e IR.

Cur ios idade: Esses dois verbos são idênticos na conjugação dos seguintes tempos:pretérito perfeito do indicativo (fui, foste, ...), pretérito mais-que-perfeito do indicativo(fora, foras...), pretérito imperfeito do subjuntivo (fosse, fosses...) e futuro dosubjuntivo (for, fores...). Só dá para identificar se está sendo usado um ou outro a partirdo contexto.

4. ABUNDANTE - apresentam duas ou três formas em certos tempos, modos, pessoasou particípio. Por exemplo, no imperativo afirmativo, os verbos terminados em –zer,

como o verbo fazer, na 2ª pessoa do singular, aceitam duas formas – faze e faz.5. DEFECTI VOS - apresentam defeito, ou seja, não se conjugam em todas as formas(tempo, pessoas, modos).

Sempre que se falar em defeito verbal, estamos nos referindo à conjugação doPRESENTE DO I NDI CATI VO e aos tempos dele derivados (Presente do Subjuntivo eImperativo). O “defeito” existe apenas no presente, não existe no passado nem nofuturo. Por isso, mesmo defectivo, o verbo poderá ser conjugado i n t e i r a m e n t e nosoutros tempos e modos verbais, como, por exemplo, no Pretérito do Perfeito doIndicativo, no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo, Futuro do Subjuntivo etc.

Há dois tipos de defeitos:

1º) o verbo não possui a 1ª pessoa do singular, apenas. (explodir, abolir, colorir,delinquir);

2º) o verbo só apresenta as conjugações da 1ª e 2ª pessoas do plural (adequar,reaver).

Alguns autores definem como defectivos também os verbos que, de acordo com o seuemprego, só podem ser conjugados nas terceiras pessoas, como URGIR (ter urgência),DOER (no sentido de “sentir dor” - alguma coisa dói) e os unipessoais, que representamvozes de animais ou fenômenos da natureza, quando utilizados no sentido original(sentido deno t a t i vo , com “d” de “dicionário”; seu oposto é o sentido cono t a t i vo ,também chamado de figurado, quando a palavra é usada em um significado diferente dooriginal).

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FLEXÕES DOS VERBOS

NÚMERO

Como as outras palavras variáveis, o verbo admite dois números: o singular e o plural.Dizemos que um verbo está no singular quando ele se refere a uma só pessoa ou coisae, no plural, quando tem por sujeito mais de uma pessoa ou coisa.

PESSOA

É a variação de forma que indica a pessoa do discurso a que se refere a ação verbal.

1ª pessoa - aquela que fala. Corresponde aos pronomes pessoais eu (singular) e nós(plural).

2ª pessoa - aquela a quem se fala. Corresponde aos pronomes pessoais tu (singular) evós (plural).

3ª pessoa - aquela de quem se fala. Corresponde aos pronomes pessoais ele/ela(singular) e eles/elas (plural).

MODO, TEMPO e VOZES

Essas modalidades de flexão merecem uma análise mais aprofundada.

MODOS E TEMPOS VERBAI S

A classificação dos verbos nos MODOS VERBAI S depende da relação que o falante temcom aquilo que enuncia – se constata um fato (indicativo); se apresenta uma hipótese,uma suposição (subjuntivo); se faz um pedido ou dá uma ordem (imperativo).

Em outras palavras, depende do m o d o com que enuncia a ação verbal (percebeu? “modo” verbal). São três modos verbais:

  I N D I C A T I V O - como sugere o nome, indica um fato rea l , que pode pertencer aopresente, ao passado ou ao futuro.

  SUBJUNTI VO - enuncia um fato hipotético, duvidoso, provável ou possível.  IMPERATIVO - expressa ideias de ordem, pedido, desejo, convite.

Enquanto que o modo INDICATIVO situa o fato no plano da rea l idade , da cer teza, oSUBJUNTIVO coloca o fato no plano do que é pr ováve l, h ipo t é t i co , possível , sem acerteza apresentada pelo modo indicativo. O modo SUBJUNTIVO também é bastanteusado com determinadas conjunções (embora, caso, que etc.)

Perceba a diferença entre as duas orações abaixo. O sujeito vai à farmácia e diz aobalconista:

Eu que r o u m r em éd io que acaba com a m inha do r d e cabeça .

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Eu que r o u m r em éd io que acabe com a m in ha do r de cabeça .Na primeira, o sujeito já sabe qual é o medicamento que vai pedir e produzir resultado.Já teve dor de cabeça outras vezes e sabe qual o remédio que surte efeito. O fato situa-se no plano da CERTEZA – modo INDICATIVO.

Na segunda, o sujeito não tem certeza de qual medicamento poderia surtir efeito.Certamente está pedindo uma indicação ao balconista. O resultado que o remédio trará(acabar com a dor de cabeça) ainda está no plano da hipótese. Por isso, está no modoSUBJUNTIVO.

IMPERATIVO

Sobre a conjugação no imperativo, em vez de memorizar várias regras, vamos guardarapenas a exceção.

A REGRA: Em se tratando de imperativo, emprega-se o presente do subjuntivo. Sãoconjugados pelo presente do subjuntivo os verbos em todas as pessoas (2ª do singular edo plural, 3ª do singular e do plural e 1ª do plural) no imperativo negativo, e nas 3ªpessoas (singular e plural) e 1ª pessoa do plural no imperativo afirmativo. Essa é aregra.

1 - Venha para a Caixa você também 3ª pessoa do singular (O comercial estavaerrado e você não vai nem acreditar: uma banca examinadora explorou exatamenteesse fato em prova!!! Veremos nos exercícios de fixação.).

2 - Não nos de ixe i s cair em tentação 2ª pessoa do plural (Ao se dirigir ao Pai, usa-se

vós.)Agora veremos a exceção, que deve ser memorizada por ser em menor número.

A exceção fica por conta das segundas pessoas (tu e vós) no imperativo afirmativo.Nessa conjugação, usa-se o presente do indicativo, sem o “s” final.

RESUMO: No imperativo afirmativo, as 2ªs pessoas (singular e plural) buscam aconjugação do presente do indicativo e tiram a letra ‘s’. Todo o restante tem origem nopresente do subjuntivo. Exemplo:

1 - “Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és.” - A forma “dize” é a reduçãodo presente do indicativo da 2ª pessoa do singular (dizes – [s] = dize). Esse verbo,aliás, é abundante. Aceita as formas “dize” e “diz”, no imperativo afirmativo.

2 – “Fazei de mim um instrumento de vossa paz.” – A forma “fazei” é a conjugação nopresente do indicativo da 2ª pessoa do plural (vós fazeis), sem o “s”.

Os quadros abaixo resumem as conjugações dos verbos no modo imperativo.

PRESENTE DOSUBJUNTI VO

IMPERATIVONEGATI VO

eu fale -

t u f a les não fales (tu)

e le fa le não fale (você) ( * )

nós f a lem os não falemos (nós)

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vós fa le is não faleis (vós)e les fa lem não falem (vocês) ( * )

PRESENTE DOI N C ATI VO

IMPERATIVOAFIRMATIVO

PRESENTE DOSUBJUNTI VO

eu falo - eu fale

t u f a las fala (tu) tu fales

ele fala fale (você) ( * ) e le fa le

nós falamos falemos (nós) nós f a lem os

vós fa la is falai (vós) vós faleis

eles falam falem (vocês) ( * )

e les fa lem( * ) Como o imperativo é o modo em que se determina ou pede algo à pessoa a quemse dirige (2ª pessoa), as terceiras pessoas se referem a “você / vocês”, e não a eles (3ªpessoa).

Os TEMPOS VERBAI S têm a função de indicar o momento em que são enunciados osfatos.No modo I N D I C A T I V O, os tempos são:

  PRESENTE

– f a t o oco r r e no mom en t o em qu e se f a la (Ouço ruídos na cozinha.);  

-  f a t o que é comum de ocor r e r (Eu morro de inveja dele. / Chove todos os dias 

em Belém.);  -  apr esen t a um p r inc í p io , um conce i t o ou um dado (Todos os anos, muitas crianças morrem de desnutrição no Brasil.)

  PRETÉRITO PERFEITO

– f a t o oco r r i do e pe r f e i t amen t e conc lu ído an t es do m omen t o em q ue se f a la  (Todos souberam do assassinato de Celso Daniel.)

  PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO

 – den ot a r ep et ição de u m at o ou su a con t in u idade, com in íc io n o passado,chegando ao momen t o p r esen t e , em que f a lamos (Eu tenho cometido muitos erros na escolha dos meus namorados. / Eu tenho lutado contra vários 

preconceitos.);   PRETÉRITO IMPERFEITO

– f a to rea l izado e não conc lu ído ou que apresent a cer t a duração (Ele buscava a perfeição antes de morrer./ O tempo corria sem que ninguém notasse.); 

– i nd i ca , en t r e ações s imu l t âneas , a que oco r r i a no momen t o em quesob r eve io a ou t r a (Ele andava pela rua quando foi abordado pelos ladrões.); 

– deno t a ação passada hab i t ua l ou r epe t ida (imperfeito frequentativo) (Sempre que eu chegava, ela saía do recint o.)

  PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO

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– f a t o r ea l i zado an t es de ou t r o f a t o t am bém n o passado (Antes de sua morte,ele pedira o perdão aos filhos.)

  PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO

– f o r ma ma is comum de exp r essa r o f a t o r ea l i zado an t es de ou t r o f a t ot am bém no passado (Antes de sua morte, ele tinha pedido perdão aos filhos.)

  FUTURO DO PRESENTE

– f a t o pos t e r io r ce r t o de oco r r e r no f u t u r o (Doarei todo o material de estudo após a minha aprovação.) ;

– af i rmação de va lo r ca tegór ico (De todas as mulheres do mundo, você será a mais bela  – o que se afirma é que “certamente você é a mais bela”).

  FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO– deno t a f u t u r a oco r r ênc ia de um f a t o que se i n i c iou no p r esen t e (Até o próxim o ano, terei acumulado quase um m ilhão de reais em dívidas.)

- i nd i ca uma ação f u t u r a que est a r á consum ada an t es de ou t r a t am bém n of u t u r o (Amanhã, quando você chegar, eu j á terei assinado o contrato.)

- denot a incer teza sobre fa tos passados (Terá João sabido da traição?)

  FUTURO DO PRETÉRITO

– f a t o pos t e r io r a um f a t o passado (Você me garantiu  [FATO PASSADO] que o nosso amor não m orreria  [FATO FUTURO EM RELAÇÃO AO FATO PASSADO].);

– f a to n ão chegou a se rea l izar (Eu iria à sua casa, m as tive um problema.) ;

– pode deno t a r i n ce r t eza (“ Acharam u m corpo que seria do chefe do tráfico.”)

– h ipó tese re lac ionada a uma cond ição (“Se você tivesse comprado o carro [CONDIÇÃO], não teria perdido o dinheiro no jogo [HIPÓTESE].” )

– po l i dez (“Você poderia me passar o sal? ”).

  FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO

–  o mesmo que o Fu t u r o do Pr e t é r i t o com r e lação aos t r ês p r ime i r osaspec tos .

I N D I C A T I V O

PRESENTE (só apresenta a formaSI MPLES)

Eu f a l o

PRETÉRI TOPERFEI TO

SI MPLES Eu fa le i

COMPOSTO Eu t enho fa l ado ( o aux i l i a r é con j ugado nop resen te do i nd i ca t i vo )

PRET.I MPERFEI TO (só apr esen ta a fo r m aSI MPLES)

Eu f a l ava

PRET.MAI S-QUE-PERFEI TO

SI MPLES Eu f a l a ra

COMPOSTO Eu t i nha fa l ado (o aux i l i a r é con j ugado nop re té r i t o i mpe r fe i to do i nd i ca t i vo )

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FUTURO DOPRESENTE SI MPLES Eu f a l a re iCOMPOSTO Eu t e re i f a l ado (o aux i l i a r é con j ugado no

m e s m o t e m p o v e r b a l )

FUTURO DOPRETÉRI TO

SI MPLES Eu f a l a r i a

COMPOSTO Eu t e r i a fa l ado (o aux i l i a r é con j ugado nom e s m o t e m p o v e r b a l )

SUBJUNTI VO

PRESENTE Eu f a l e

PRETÉRI TO PERFEI TO COMPOSTO Eu t enha fa l ado (o aux i l i a r é con j ugado n o p resen ted o s u b j u n t i v o )

PRETÉRI TO I MPERFEI TO Eu fa lasse

PRETÉRI TO MAI S-QUE-PERFEI TOCOMPOSTO

Eu t i vesse fa l ado (o aux i l i a r é con j ugado nop r e t é r i t o i m p e r f e i t o d o s u b j u n t i v o )

FUTURO SI MPLES Eu fa la r

FUTURO COMPOSTO Eu t i ve r fa l ado (aux i l i ar no mesmo t empo ve rba l )

Observe que:

1) tanto no indicativo quanto no subjuntivo, o PRESENTE e o PRETÉRITO IMPERFEITO sóapresentam as formas simples – NÃO HÁ FORMAS COMPOSTAS;

2) tanto no indicativo quanto no subjuntivo, o PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO e o

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO empregam o verbo auxiliar no tempoimediatamente anterior (pretérito perfeito auxiliar no pr esen t e  / pretérito mais-que-perfeito auxiliar no pr e t é r i t o imper f e i t o  );

3) no FUTURO (tanto do indicativo – os dois: futuro do presente e futuro do pretérito –quanto no subjuntivo), o auxiliar fica no mesmo tempo verbal.

CUI DADO!

Algumas bancas, como a Fundação Carlos Chagas, costumam apresentar umaoração e exigir que o candidato assinale a opção cujo verbo se encontre nomesmo tempo e modo.

Havendo locução verbal de tempo composto no PRETÉRITO (pretérito perfeito

composto, pretérito mais-que-perfeito composto, quer do i nd i ca t i vo, quer dos u b j u n t i v o),  não vacile: OS VERBOS AUXILIARES NÃO FICAM NO MESMOTEMPO VERBAL - buscam os tempos imediatamente anteriores (veja observaçãoacima).

Como devemos classificar o tempo verbal do CONJUNTO, ou seja, da LOCUÇÃOVERBAL, TODO CUI DAD O É POUCO NA I DENTI FI CAÇÃO DESSE TEMPO. 

Veja só.

No PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO, o verbo auxiliar fica no PRESENTE:

- NO INDICATIVO: TENHO FEI TO pr e t . pe r f e i t o compos t o do i nd i ca t i vo ;

- NO SUBJUNTIVO: TENHA FEI TO pr e t . pe r f e it o compos t o do sub jun t i vo .

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Já a locução verbal no PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO apresenta overbo auxiliar no PRETÉRITO IMPERFEITO:

- NO INDICATIVO: TI NHA FEI TO pr e t . ma is - que - pe r f e i t o comp. i nd i ca t i vo

- NO SUBJUNTIVO: TI VESSE FEI TO pr e t . ma is - que - pe r f e i t o com p. sub j .

Cuidado para não classificar a locução verbal considerando apenas a conjugaçãodo verbo auxiliar!!!

Veja como isso já caiu em prova:

(ESAF / SUSEP – Agent e Executiv o / 2006 )

Julgue o item a seguir:

e) O tempo em que está flexionado “escolhera” (l.15) indica que a ação de escolheracontece antes de outra também mencionada no período; corresponde, por isso, at i vera esco lh ido .

Item INCORRETO.

A descrição de emprego do pretérito mais-que-perfeito do indicativo está PERFEITA –ação ocorre antes de outra ação também passada. O problema é que o tempo compostocorrespondente seria TINHA ESCOLHIDO, com o verbo auxiliar no pr e t é r i t o imper f e i t o  do i nd i ca t i vo  , e não “tivera escolhido”.

LOCUÇÕES VERBAI S

Sempre que se fala “locução”, temos a ideia de “mais de uma palavra” formando umaunidade.

Assim, em locuções verbais, mais de um verbo (ligados ou não por uma preposição)formam um conjunto.

Formam-se locuções verbais em:

  t empos compos t os, com os verbos auxiliares TER e HAVER (acabamos de falarsobre isso);

  cons t ruções de voz pass iva , principalmente com os verbos auxiliares SER eESTAR;

  cons t r uções com aux i l i a r es moda is, que determinam com mais rigor o modocomo se realiza – ou deixa de se realizar - a ação verbal. Expressam circunstânciasde: in í c io ou f im (comecei a  estudar, acabei de acordar ), con t inu idade (vai andando ), obr igação (tive de entregar ), poss ib i l idade (posso escrever ), dúv ida  (parece gostar ), t e n t a t i v a (procura entender ) e outras tantas.

Como num escritório, onde quem manda é o chefe e quem trabalha é o empregado (ouvocê já viu algum chefe trabalhando???), na locução verbal, quem exerce a função de “chefe” é o verbo principal – ele fica “paradão”, só mandando, e o pobre do auxiliar seflexiona de acordo com as suas ordens. Mais sobre o assunto, falaremos na aula sobreCONCORÂNCIA.

TEMPO COMPOSTO

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É o tempo constituído por um verbo auxiliar flexionado, seguido do verbo principal noparticípio. Forma-se com os auxiliares TER e HAVER. Para simplificar, usamos nosexemplos somente o verbo auxiliar TER.

1 ) M o d o I n d i c a t iv o

TEMPO VERBAL EXEMPLO

presente f a l o bebo pa r t o  

pretérito

perfeitosimples f a l e i beb i pa r t i  

composto t enho f a lado t enho beb ido t enho pa r t i do  

imperfeito simples f a l av a beb ia pa r t i a  

mais-que-perfeito simples f a l a ra bebe ra pa r t i r a  

composto t i nha f a lado t i nha beb ido t i nha pa r t i do  

futuro

do presentesimples f a l a re i bebe re i pa r t i r e i  

composto t e re i f a l ado t e re i beb ido t e re i pa r t i do  

do pretéritosimples f a l a r i a bebe r ia pa r t i r i a  

composto t e r i a f a lado t e r i a beb ido t e r i a pa r t i do  

FORMAS NOMI NAI S

Denominam-se f o r m a s n o m i n a is as palavras, de origem verbal, que também podemser empregadas nas funções próprias de adjetivos, substantivos ou advérbios. São elas:INFINITIVO, GERÚNDIO E PARTICÍPIO.

I N F I N I T I V O:

Ele precisa pôr  os nomes nos livros . (ve r bo   )

O pôr -do-sol é lindo nessa época do ano . (subs t an t i vo  )

Causa-m e agonia o seu r ange r  de dentes . (subs t an t i vo   )

Precisamos colocar óleo na port a que está a  r ange r  .( ve r bo   )

O infinitivo divide-se em impessoal e pessoal.

O infinitivo impessoal não tem sujeito (pessoa) e, por isso, não se flexiona. É usado emsentido genérico (“o ato de”).

A m a r se aprende amando.

Já o infinitivo pessoal tem sujeito e pode flexionar-se ou não. Os casos em que oinfinitivo pode, deve ou não pode se flexionar será objeto de estudo na aula sobreCONCORDÂNCIA.

GERÚNDI O: 

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O presidente fica per s i s t i ndo  na argumentação de que nada sabia. ( ve r bo   )Pers is t indo os sintomas, o médico deverá ser consultado ( advérb io de cond ição = 

“ Caso persistam os sintom as...” )

PAR TI CÍ P I O:

Ele havia  lavado o chão da casa antes do temporal. ( ve r bo )

O uniform e lavado  ficou todo sujo após o vendaval. ( ad je t i vo   )

O particípio tem grande importância na construção de LOCUÇÕES VERBAI S.

Emprega-se com os auxiliares TER e HAVER para a formação de tempos compostos

(“Temos fe i to   grande progresso .”, “Nunca  hav ia v i s i t ado   este lugar antes .”), com overbo SER para formar os tempos da voz passiva de ação (“O trabalho  f o i f e i t o   por todos nós.” ) e com o verbo ESTAR nos tempos de voz passiva de estado (“Estou chocada com essa not ícia .”).

No par t ic íp io , a maior parte dos verbos só apresenta a forma regular (terminadas por “ado” / “ido”). Contudo, existem algumas exceções: alguns verbos apresentam mais deuma forma: a regular (“ado” / “ido”), usada com os verbos t er e have r (tempocomposto) e a irregular, ligada aos verbos ser e es tar (voz passiva).

Dentre os irregulares, estão:

  ACEITAR – (ter/haver) aceitado; (ser/estar) aceito

  ELEGER – (ter/haver) elegido; (ser/estar) eleito

  ENTREGAR - (ter/haver) entregado; (ser/estar) entregue

  IMPRIMIR - (ter/haver) imprimido; (ser/estar) impresso

  SALVAR – (ter/haver) salvado; (ser/estar) salvo

  SUSPENDIDO – (ter/haver) suspendido; (ser/estar) suspenso

Out ras cur ios idades :

•  Apresentam somente a forma i r r egu la r do particípio os verbos abrir (aber t o),cobrir (cobe r t o), dizer (d i t o), escrever (escr i to), fazer (f e i t o), pôr (pos t o), ver(v i s t o), vir (v i n d o) e seus derivados.

Observe que, neste último (vir), a forma participial é igual ao gerúndio, o mesmo

ocorrendo com os verbos dele derivados (intervir – intervindo). Essapeculiaridade costuma ser objeto de questões de prova.

  Alguns verbos aceitam ambas as formas (regular e irregular) para qualquer doisverbos auxiliares – ou seja, não t em como e r r a r - com qualquer verbo auxiliarpode-se usar qualquer forma participial. Segundo a maioria dos gramáticos, sãoquatro os verbos: pagar , pegar , ganhar e gas tar (para memorizá-las, imaginea seguinte situação: no dia do pagamento, você ganha o salário e, nosupermercado, pega o produto, paga por ele e gasta o dinheiro – gostou do método mnemônico ?).

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 O particípio do verbo CHEGAR é um só – o regular CHEGADO. A forma “chego” éa conjugação de 1ª pessoa do singular do presente do indicativo (“Eu chego”).Não existe a forma de particípio irregular para esse verbo. Então: “Eu tinhachegado ao escritório bem cedo.”.

C O N J U G A Ç Ã O V E R B A L

Para ajudar a resolver questões de conjugação verbal, uma boa dica é a técnica doPARADI GMA.

Como funciona isso? Na dúvida com relação à conjugação de determinado verbo r egu la r (geralmente o examinador busca um verbo pouco utilizado no seu dia-a-dia),basta observar a conjugação dos paradigmas clássicos (FALAR – 1ª conjugação, BEBER 

– 2ª conjugação, PARTI R – 3ª conjugação).Extraia o radical, que é o que sobra do verbo após retirar a terminação “ar”, “er” ou “ir” do infinitivo (exemplo: FAL(AR) = radical FAL-), e empregue as desinências, que sãoidênticas nos demais verbos regulares de mesma conjugação:

Por exem p lo :

CONSUMAR (verbo regular de 1ª conjug.):

Pr esen t e do I nd i ca t i vo : Eu consum.... (???)

Pr esen t e do Sub jun t i vo : (que) eu consum... (???)

CONSUMI R (verbo regular de 3ª conjug.):

Pr esen t e do I nd i ca t i vo : Eu consum.... (???)Pr esen t e do Sub jun t i vo : (que) eu consum... (???)

E aí, como você preencheu? Vamos buscar a desinência dos verbos “paradigmas”.

I n f i n i t i v o   Pr es . I nd i ca t i vo P r es . Sub jun t i vo

Falar  Eu falo (que) eu fale

Consumar  Eu consumo (que) eu consume

Partir  Eu parto (que) eu parta

Consumir  Eu consumo ( i gua l ) (que) eu consuma

Se o verbo for i r r egu la r , ou seja, apresenta alteração no radical em determinadasconjugações, procure outro verbo, também irregular, de mesma construção.

Por exem plo: COMPETI R (3ª conjugação) – Eu comp.... (???)

Esse verbo é irregular, ou seja, não mantém o radical nas conjugações. Normalmentenão conjugamos esse verbo (pelo menos, não com convicção) fora de uma locuçãoverbal. Mas usamos bastante outro verbo de idêntica estrutura. Já sabe qual é???REPETI R. Então, como fica a conjugação desse paradigma?

Eu repi t o Eu com p i t o

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E “ADERI R”? Como você conjugaria a primeira pessoa do singular do Presente doIndicativo? Está com dúvida? Busque um paradigma. Aceito sugestões.... Lembrou dealgum? Eu conheço um – FERI R. Como fica a conjugação do paradigma?

Eu f i r o Eu adi r o

A título de exemplo, observe o seguinte item de uma questão de prova da ESAF(TCU/2002):

O fato do patrimônio gerar empregos e receitas por meio do turismo não  abu le   o paradoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenômeno cultural tanto quanto pessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranças destituídas de familiaridade.

Essa opção está er r ada. Você percebeu qual é o erro? O que significa “abule”? Ocontexto indica tratar-se do verbo ABOLIR.

Se não tivermos certeza da conjugação desse verbo, vamos fazer o quê??? Buscamos oparadigma.

Um verbo que apresenta a mesma forma de conjugação é o verbo ENGOLI R. Napassagem, o verbo “abolir” está na terceira pessoa do singular, no presente doindicativo (“O fato ... não abule...”) . O verbo “engolir” ficaria “Ele engo le”. Logo, aconjugação correta é abo le (“O fato ... não abo le  . . . ” ).

I MPORTANTE: Guarde esse dica do PARADIGMA. Ela pode ser de grande valia em umaquestão de prova.

O quadr o a segu i r v isa fac i l i t a r a com preensão e mem or ização das con j ugaçõesdos verbos regu lares .

T r a t a - se de um quad r o r esumo com t odas as desinênc ias r egu la r es dos t emposs imples .

MODOS

T emposI NDI CATI VO SUBJUNTIVO

1 ª 2 ª 3ª 1 ª 2 ª 3 ª

Presen te

oasaa m o saisam

oesee m o seisem

oesei m o sisem

eesee m o seisem

aasaa m o saisam

aasaa m o sa isam

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Pre t .I m p e r f e i t o

av aavasav aá v a m o sáve isavam

iaiasiaíamosíeisiam

iaiasiaíamosíeisiam

asseassesasseássemosásseisassem

esseessesesseêssemosêsseisessem

isseissesisseíssemosísseisissem

Pre t .Pe r fe i to

e ias teoua m o sas tesa ram

ies teeue m o ses tese ram

ii s teiui m o si s tesi ram

* * * * * * * * * * * * * * *

P re t .ma i s -que -

pe r fe i to

ar a

arasar aá r a m o sáre isaram

er a

eraser aê r a m o sêre iseram

ir a

i rasi r aí ramosí re isi r am

* * * * * * * * * * * * * * *

Fu tu r o dop resen te

are ia rásar áa r e m o sare isarão

e re ie ráser áe r e m o sére ise rão

i re ii r ási r ái r e m o si re isi r ã

ara resara r m o sa rdesa rem

ereresere r m o se rdeserem

iri resi ri r m o si rdesi rem

Fu tu r o dop r e t é r i t o

ar iaar iasar iaa r íamosaríe isar iam

er i aer iase r i ae r íamoser íe ise r i am

i r i ai r i a si r i ai r í amosi r íe i si r i am

* * * * * * * * * * * * * * *

IMPERATIVO

AFI RMATI VO NEGATI VO

-aee m o sa iem

-eaa m o seiam

-eaa m o siam

-esee m o seisem

-asaa m o sa isam

-asaa m o sa isam

DERI VAÇÃO VERBAL

Você já deve ter se deparado com dúvidas como: em “quando eu ..... o professor,passarei o seu recado”, devemos usar “ver” ou “vir”?

Para compreendermos a conjugação de alguns verbos, principalmente dos irregulares, énecessário conhecer a formação de alguns tempos derivados.

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Abaixo, segue um quadro com a indicação das formas primitivas e das derivadas.Salvo algumas poucas exceções (como o verbo SER, SABER e outros), basta que semantenha o radical das formas primitivas e a ele se acrescentem as desinênciascorrespondentes.

FORMA PRI MI TI VA FORMAS DERI VADAS

VERBO VER

pr esen t e doind i ca t i vo1ª pessoa do

s ingu lar

eu v ej o

pr esen t ed os u b j u n t i v o

eu v ej atu vej asele v ej anós v ej amos

vós v ej aiseles v ej am

pr esen t e dos u b j u n t i v o

eu v ej atu vej asele v ej anós v ej amosvós v ej aiseles v ej am

i m p e r a t i v onega t i vo

-não v ej as (tu)não v ej a (você)não v ej amos (nós)não v ej ais (vós)não v ej am (vocês)

pr e t . pe r f e i t o do

ind i ca t i vo3ª pessoa dop lu r a l

eles v iram

p r e t é r i t oma is - que -pe r f e i t od oind i ca t i vo

eu v iratu v iras

ele v iranós v íramosvós v íreiseles v iram

p r e t é r i t oi m p e r f e i t od os u b j u n t i v o

eu v issetu v issesele v issenós v íssemosvós v ísseiseles v issem

pr e t . pe r f e i t o doind i ca t i vo3ª pessoa dop lu r a l  

f u t u r o d os u b j u n t i v o

eu v ir

tu v iresele v irnós v irmosvós v irdeseles v irem

VERBO CABER

I n f i n i t i v o caber Fu t u r o do caberei

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impessoa l p r esen t ed oind ica t i vo

caberáscaberácaberemoscabereiscaberão

Fu t u r o dop r e t é r i t od oind i ca t i vo

caberiacaberiascaberiacaberíamoscaberíeiscaberiam

I n f i n i t opessoal

CaberCaberesCaberCabermosCaberdescaberem

Gerúnd io cabendo

Par t í c ip io Cab ido (nos verbos de2ª.conjugação, a vogal temáticapassou de “e” para “i”, porinfluência da vogal temática da3ª.conjugação - IR)

Agora, experimente com outros verbos irregulares, como os verbos trazer, vir, fazer,pedir, caber e outros.

TRAZER – TRAG O  TRAGA

TROUXE RAM  TROUXERA /TROUXESSE /TROUXER

VIR - VENH O  VENHA

VI E RAM  VI ERA /VI ESSE / VI ER

FAZER - FA Ç O   FAÇA

FI ZE RAM  FIZERA / FIZESSE / FIZER

PEDIR - PEÇ O   PEÇA

PEDI RAM  PEDI RA / PEDI SSE / PEDI R

CABER - CAIB O   CAIBA

COUBE RAM   COUBERA / COUBESSE / COUBER

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CUI DAD O COM A CONJUGAÇÃO DE ALGUNS VERBOS!! !

VERBOS PERIGOSOS 

- REQUERER - não é derivado do QUERER. No presente do indicativo: r eque i r o ,requer es , requ er . .. e no presente do subjuntivo: reque i r a , reque i r as , reque i r a . ..

Os demais tempos seguem o modelo do paradigma BEBER.

- PRECAVER-SE - não é derivado do VER. É defectivo. No presente do indicativo, só seconjuga nas 1ª e 2ª pessoas do plural: precavemos, p recave is. Consequentemente,por não haver a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, não há presente dosubjuntivo. Os demais tempos seguem o modelo do paradigma BEBER.

- REAVER - É derivado do HAVER, mas só se conjuga quando houver a letra V naconjugação do “haver”. Assim, no presente do indicativo, só existem as formas da 1ª e2ª pessoas do plural: reavemos, reave is. Como não possui a 1ª pessoa do singular dopresente do indicativo, não apresenta presente do subjuntivo.

No pretérito perfeito, conjuga-se: r eouve , r eouves t e , r eouve , r eouvemos ,reouves tes , reouveram

- PROVER - Não é derivado do VER, apesar de coincidir na 1ª pessoa do singular dopresente do indicativo e do subjuntivo.

Pres.indicativo: prov e jo , p rov ês , p rov ê, .. .

Pres.subjuntivo: prove ja , p rove jas , p rove ja , . . .

Pret. perfeito: pr ov i , p r oves t e , p r oveu , p r ov emos , p r oves t es , p r ove r am- VI GER – É defectivo. Não possui, no pres.indicativo, a 1ª pessoa do singular. Logo,não há Pres.Subjuntivo nem Imperativo. Nas demais, conjuga-se como BEBER.

Vamos ana l isar ou t ras con ju gações especia is .

1 .   VERBOS TERMI NAD OS EM HI ATO:

 – UI R, exceto no caso dos defectivos (verbos que não possuem todas as formas deconjugação, como ruir ), os verbos terminados em –UIR apresentam duas formas deconjugação:

1 ª ) O paradigma será POSSUI R (o radical é possu ) – De acordo com esta regra,classificam-se praticamente todos os verbos com essa terminação. Nas 2ª e 3ª dosingular trocam a letra ‘e’ da conjugação regular (como em ‘partir’) pela letra ‘i’.Mantêm as demais conjugações inalteradas em relação à conjugação do verboparadigma ‘partir’: possuo, possuis, possui, possuímos, possuís, possuem.

Dessa forma, conjugam verbos como OBSTRUIR, AFLUIR, INFLUIR, ANUIR, ARGUIR(respeitada a acentuação), CONCLUIR, DISTRIBUIR, INCLUIR

2 ª )  CONSTRUI R (o radical é cons t r u) e DESTRUI R (o radical é des t r u)– São verbosabundantes. Além da forma regular de conjugação (igual à do verbo POSSUIR: construo,cons t r u i s, cons t r u i, construímos, construís, cons t r uem ), mais comum em Portugal,apresenta também a conjugação irregular, bastante usada no Brasil, em que as 2ª e 3ª

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pessoas do singular do Presente do Indicativo formam o ditongo aberto “ói": construo,cons t r ó i s, cons t r ó i, construimos, construís, cons t r oem , da mesma forma que osverbos terminados em -OER.

 – OER: As 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo formam o ditongoaberto ‘ói’. As demais pessoas, em todos os outros tempos verbais seguem o paradigma ‘beber’, respeitadas as devidas acentuações tônicas.

Na hora de escolher um exemplo, lembrem que DOER (sentir dor) e SOER (costumar,ter hábito de) são defectivos e só se conjugam nas terceiras pessoas.

Exemplos: MOER (o radical é MO-): môo, móis, mói, moemos, moeis, moem

 – EAR: recebem a letra ‘i’ nas formas rizotônicas (sílaba tônica no radical). Nas demais,segue o paradigma ‘falar’. Exemplo: pentear (radical PENTE-).

A sílaba tônica foi sublinhada.

Pres.indicativo - penteio, penteia, penteia, penteamos, penteais, penteiam

Pres.subjuntivo – penteie, penteies, penteie, penteemos, penteeis, penteiem

Pret.perfeito: penteei, penteaste, penteou, penteamos, penteastes, pentearam

 – I AR:  os verbos dessa terminação são regu lares, ou seja, seguem a conjugação doparadigma ‘falar’. Exemplos:

ADIAR (radical ADI-) – Pr es . I nd i ca t i vo : adio , adias, adia , adia m o s, adia is, adiam  

VARIAR (radical VARI-) - Pres . Ind ic . : vario , varias, varia, varia m o s, variais, variam

Dessa mesma forma, conjugam-se os verbos ARRIAR, MAQUIAR, VICIAR.

Por isso, nada de “VAREIA”, senão “VICEIA”!!! Como vimos, esses verbos sãoREGULARES.

Mas, então, por que será que tanta gente se engana? Porque ocorre uma “contaminação” com os verbos terminados em “EAR”, como “pentear”, apresentadoacima.

No entanto, há c inco verbos terminados em -IAR que recebem a letra ‘e’ nas formas

rizotônicas (formas em que a sílaba tônica recai no radical), como no presente doindicativo e presente do subjuntivo. Suas iniciais formam o anagrama M- A- R - I - O :

Med iar (e derivados, como i n t e r med ia r ), Ans iar , Remediar , I n c e n d i a r , Odiar

Pr es . I nd i ca t i vo : intermedeio, intermedeia, intermedeia, intermediamos, intermediais,intermedeiam

Para facilitar, lembre-se da conjugação do verbo O D I AR, o mais comum deles.

2 .   VERBOS “ DERI VADOS” DE ÁGUA ( DESAGUAR, ENXAGUAR)  E OUTROSTERMI NADOS EM –UAR ( APAZI GUAR, AVERI GUAR) E –UI R (DELI NQUI R)

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Com o Acordo Ortográfico, passaram a ser aceitas duas formas de conjugação dosverbos terminados em –UAR / -UIR:

a) com a pronúncia do “u”, sem acen t o: a-ve-ri-GU-e / en-xa-GU-e / de-lin-QU-em(com força no “u”, como se fosse escrita com “c”, no último caso);

b) com acen t o (e p r onúnc ia t ôn i ca) nas vogais “a” e “i” dos radicais: a-ve-rí-gue /en-xá-gue / de-lín-quem

Além disso, lembre-se de que o trema foi abolido, mas a pronúncia do “u” átono, quandofor o caso, permanece: “averígue" (güe).

Outra mudança foi a supressão do acento agudo em “averigúe” e “argúi”, que agorapassam a ser registrados como “averigue" e “argui” (com o “u” tônico).

VOZES DO VERBO

Voz at iv a

Sujeito pratica a ação expressa pelo verbo: sujeito agente (ativo).

O presidente decretou a reforma econômica.

Voz passiva

O verbo principal deve ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Sujeito recebe(sofre) a ação expressa pelo verbo: sujeito paciente (passivo). A voz passiva pode ser:

a) Anal í t i ca  : (análise é uma coisa demorada, longa, comprida...) É construída comverbo auxiliar (ser, estar) + particípio do verbo principal.

Por ser “longa” (analítica), possui locução verbal (que pode ser formada com dois ou atémesmo três verbos) e pode apresentar o agente da passiva, elemento que efetivamentepratica a ação verbal. Você notou como essa construção é grande?! Basta comparar coma seguinte – a voz passiva sintética.

A reforma econômica f o i decre tada pelo presidente.

b) Sin té t ica  : (síntese é uma coisa breve, resumida) É construída com verbo principal +SE (pronome apassivador ou partícula apassivadora).

Note que essa construção é tão resumida que emprega somente UM verbo e dispensa o

agente da passiva.Decre tou-se a reforma econômica.

Como veremos na aula de concordância, são muitas as questões de prova que explorama concordância verbal em voz passiva sintética.

Voz re f lex iv a

Construída com o verbo e um pronome reflexivo. O sujeito é agente e paciente aomesmo tempo.

A jovem vaidosa o lhava-se no espelho a todo momento.

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Voz recíproca  (destaque feito por Evanildo Bechara)Construída com verbo e um pronome recíproco. Os sujeitos são agentes e pacientes, aomesmo tempo.

Mãe e filho f i t avam- se carinhosamente.

TRANSPOSI ÇÃO DE VOZES VERBAI S

São muitas as questões de provas que abordam a transposição da voz ativa para apassiva, ou vice-versa.

Por isso, vamos verificar o procedimento necessário para essa transformação.

O termo que exercia a função sintática de ob je t o d i r e t o na voz a t i va será o su je i t oda voz pass iva.

No lugar de um verbo (ou uma locução verbal), teremos uma locução verbal com ideiade passividade (inclusão do verbo SER/ESTAR).

O elemento que exercia a função de su je i t o da voz a t i va será, na voz passiva analítica,o agente da pass iva .

Não há alteração nos demais complementos, como objeto indireto, predicativo do objetoou complementos adverbiais, que continuarão a exercer as mesmas funções.

Veja o esquema abaixo:

VOZ ATI VA

O p r o f esso r deu o l i v r o ao a luno .

SUJEI TO

(AGENTE)

VERBO OBJETO

DI RETO

OBJETO

I N D I R ETO

VOZPASSI VAAN ALÍ T I C A

O l iv ro fo i dado pe lo p ro f essor ao a luno .

SUJEI TO( PACI ENTE)

LOCUÇÃOVERBAL

AGENTE DAPASSI VA

OBJETOI N D I R ETO

VOZPASSI VA

SI NTÉTI CA

O l iv ro deu-se - ao a luno.

Na passiva sintética, normalmente o verbo antecede o sujeito,formando: Deu-se o l i v ro ao a luno.

Cu idados que devem se r t om ados na t r ansposição :

- identificar corretamente o objeto direto da voz ativa, elemento queexercerá a função de sujeito da voz passiva e com o qual o verbo iráconcordar;

- realizar a concordância verbal corretamente;

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- manter a conjugação do verbo auxiliar da locução passiva no mesmot e m p o e m o d o do verbo apresentado na voz ativa.

Veja, agora, uma questão de prova em que a ESAF explorou brilhantemente esseassunto:

(ESAF / ACE / 2002)Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando é, sem dúvida, um dos mais sérios, sobretudo porque dele decorrem inúm eros outros. Observa-se, no dia-a- dia,que o contrabando já faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no supriment o da rede formal de comércio, tomando o lugar de produt os legalmen te comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilícitas proporcionam ,

aliados ao baixo risco a que estão sujeitas, favorecem e intensificam a formação de verdadeiras quadrilhas, até mesmo com participação de empresas estrangeiras. São organizações de caráter empresarial, estruturadas para promover tais práticas nos mais variados ramos de atividade.

(Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000)

c) A estrut ura “ Observa-se”(l.2) corresponde, semant icament e, a Foi ob servado .

Este item estava I NCORRETO, pois o verbo originalmente, na voz passiva pronominal,apresentava-se no presente do indicativo (“Observa-se” ), e na voz passiva analítica foiempregado no pretérito perfeito do indicativo (“Fo i  observado” ). Erro na transposição davoz passiva sintética para a analítica, em virtude da alteração do tempo verbal.

DI FERENÇA ENTRE VERBOS REFLEXI VOS E VERBOS PRONOMI NA I S

Os verbos reflexivos indicam que o sujeito ao mesmo tempo pratica e sofre a açãoverbal. O pronome exerce a função sintática de complemento verbal (objeto direto ouindireto).

Eu m e co r t e i com a faca. Ele se ves te muito bem.

Esses verbos podem ser usados sem o valor reflexivo, com outro objeto que não opronome:

Eu cortei o braço com a faca. Ele ves te o seu f i lho muito bem.

Já os verbos pronominais apresentam o pronome como par t e i n t eg r an t e do ve r bo .

Esses verbos não adm i t em conjugação com outro objeto que não o pronome.Eu m e que ixe i do tratamento que recebi. Ele sempre se a r r epende do que faz.

Os pronomes que acompanham esses verbos não exercem nenhuma função sintática naoração.

C O R R E L A Ç Ã O V E R B A L

CORRELAÇÃO VERBA L consiste na articulação entre as formas verbais no período. Osverbos estabelecem, assim, uma correspondência entre si.

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Esse tipo de questão, normalmente, o candidato consegue acertar usando o “ouvido”.Observe que alguma coisa parece estar errada na construção: “Se você se acomodasse com a situação, ela se tornará efetiva .”. Isso acontece porque não houve correlaçãoentre a forma verbal da primeira oração (acomodasse ) – que indica hipótese,possibilidade - com a da segunda (tornará ) – que indica certeza.

A título de curiosidade (e somente com esse propósito – nada de ficar decorando listas),seguem alguns exemplos de construções corretas sob o aspecto de correlação verbal:

a) “Exijo  que me diga  a verdade.” - pr esen t e do i nd i ca t i vo + p r esen t e dos u b j u n t i v o

b) “Exigi  que me dissesse  a verdade.” – pr e t . pe r f . i nd i ca t i vo +p r e t . imper f . sub jun t i vo .

c) “Espero  que ele tenha feito  uma boa prova.” - presente ind ic .+p r e t . pe r f . comp . sub jun t i vo .

d) “Gostaria  que ele tivesse   vindo .”  – f u t . p r e t é r i t o . i nd . + p r e t . ma is - que -pe r f . comp . sub jun t i vo

e) “Se você quiser  o material, eu o trarei .” – f u t u r o d o s u b j u n t i v o + f u t . p r e s e n t eind i ca t i vo

f) “Se você quisesse  o livro, eu o traria .” - pr e t . imper f . sub j . + f u t . p r e t é r i t o doind i ca t i vo 

Mais um exemplo de correlação entre os verbos. Veremos na aula sobre concordância oscasos em que o verbo have r é impessoal. Um deles: indicação do tempo decorrido. Isso

significa que o verbo ficará na terceira pessoa do singular, qualquer que seja o seucomplemento (plural ou singular).

Esse verbo deve estar em harmonia temporal com os demais do período, isto é, se aestrutura oracional aponta para um fato passado, o verbo have r também deverá serconjugado no passado.

Na edição da revista Veja sobre a morte de Cássia Eller, a manchete foi:

 “A polícia suspeita que um coquetel de droga, álcool e remédios matou a cantora, que hav ia do is anos  lutava para se livrar da dependência de cocaína ” 

Na época, houve uma enxurrada de perguntas (inclusive para a redação da revista)sobre a correção dessa forma do verbo have r . Está CORRETÍSSIMA! Note que a

afirmação se refere a um fato passado (afinal, infelizmente ela já não estava mais vivanaquele momento). Assim, o tempo decorrido se encontrava concluído no passado, oque justifica o emprego de “hav ia”, da mesma forma que a forma “l u t ava”.

Se a afirmação se referisse a um fato ainda atual: “Fulano  h á  dois anos  l u t a   para se livrar das drogas.”, todos os verbos se conjugariam no mesmo tempo verbal – presentedo indicativo.

Lembre-se: se o fato ainda é atual, o verbo que indica o tempo decorrido permanece nopresente; se o fato já é passado, o verbo que indica o tempo decorrido também vai parao passado. Simples assim...

Vamos às questões de fixação. Mais uma vez, lembramos que são questões aplicadasnos mais diversos concursos públicos do país.

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Bons estudos a todos.

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QUESTÕES DE FI XA ÇÃO ( N CE U FRJ / AD MI N I STRAD OR PI AU Í / 2006 )

TEXTO - A SAÚDE E O FUTURO

Dráuzio Varella – Reflexões para o futuro 

Ficaremos sobrecarregados, pagando caro pela ignorância e irresponsabilidade dopassado. Acharemos inacreditável não havermos percebido em tempo, por exemplo, queo vírus da Aids, presente na seringa usada pelo adolescente da periferia para viajar aoparaíso por alguns instantes, infecta as mocinhas da favela, os travestis da cadeia, asgarotas da boate, o meninão esperto, a menininha ingênua, o senhor enrustido, a mãede família e se espalha para a multidão de gente pobre, sem instrução e higiene. Haverámilhões de pessoas com Aids, dependendo de tratamentos caros e assistênciapermanente. Seus sistemas imunológicos deprimidos se tornarão presas fáceis aosbacilos da tuberculose, que, por via aérea, irão parar nos pulmões dos que passarem porperto, fazendo ressurgir a tuberculose epidêmica do tempo dos nossos avós. Sífilis,hepatite B, herpes, papilomavírus e outras doenças sexualmente transmissíveis atacarãoos incautos e darão origem ao avesso da revolução sexual entre os sensatos.

No caldo urbano da miséria/sujeira/ignorância crescerão essas pragas modernas eoutras imergirão inesperadas. Estará claro, então, que o perigo será muito maisimprevisível do que aquele representado pelas antigas endemias rurais: doença deChagas, malária, esquistossomose, passíveis de controle com inseticidas, casas detijolos, água limpa e farta.

Assustada, a sociedade brasileira tomará, enfim, consciência do horror que será pôr

filhos em um mundo tão inóspito. Nessas condições é provável que se organize paraacabar com as causas dessas epidemias urbanas. Modernos hospitais sem finslucrativos, dirigidos por fundações privadas e mantidos com o esforço e a vigilância dascomunidades locais, poderão democratizar o atendimento público. Eficientes programasde prevenção, aplicados em parceria com instituições internacionais, diminuirão onúmero de pessoas doentes.

Então virá a fase em que surgirão novos rebeldes sonhadores, para enfrentar o desafiode estender a revolução dos genes para melhorar a qualidade de vida dos que moraremna periferia das grandes cidades ou na imensidão dos campos brasileiros.

1 - Como o texto tem um tom de profecia, a construção dessas previsões se apóiafundamentalmente:

(A) no emprego do futuro do presente;(B) na abordagem de temas ainda desconhecidos;

(C) na antevisão de um futuro sombrio;

(D) na condenação do atraso social e cultural;

(E) na utilização de expressões de dúvida.

2 - ( NCE UFRJ / I NPI - ANALI STA MARCAS / 200 5)

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 “... desses mesmos sentimentos que têm levado o Brasil à beira do abismo,...”; a formaverbal têm levado indica uma ação:

(A) que já terminou;

(B) anterior a outra ação passada;

(C) habitual no passado;

(D) iniciada no passado que continua no presente;

(E) iniciada no presente que continua no futuro.

3 - ( N C E U FR J / I nspe t o r de Po l íc ia / 2001 )

TEXTO - DROGAS: A MÍ DI A ESTÁ DENTRO

Eugênio Bucci

Há poucos dias, assistindo a um desses debates universitários que a gente pensa quenão vão dar em nada, ouvi um raciocínio que não me saiu mais da cabeça. Ouvi-o de umprofessor – um professor brilhante, é bom que se diga.

Ele se saía muito bem, tecendo considerações críticas sobre o provão. Aliás, o debateera sobre o provão, mas isso não vem ao caso. O que me interessou foi um comentáriomarginal que ele fez – e o exemplo que escolheu para ilustrar seu comentário. Primeiro,ele disse que a publicidade não pode tudo, ou melhor, que nem todas as atitudeshumanas são ditadas pela propaganda. Sim, a tese é óbvia, ninguém discorda disso,mas o mais interessante veio depois. Para corroborar sua constatação, o professorlembrou que muita gente cheira cocaína e, no entanto, não há propaganda de cocaínana TV. Qual a conclusão lógica? Isso mesmo: nem todo hábito de consumo é ditado pelapublicidade.

A favor da mesma tese, poderíamos dizer que, muitas vezes, a publicidade tenta e nãoconsegue mudar os hábitos do público. Inúmeros esforços publicitários não resultam emnada. Continuemos no campo das substâncias ilícitas. Existem insistentes campanhasantidrogas nos meios de comunicação, algumas um tanto soporíferas, outras maisterroristas, e todas fracassam. Moral da história? Nem que seja para consumir produtosquímicos ilegais, ainda somos minimamente livres diante do poder da mídia. Temosalguma autonomia para formar nossas decisões.

Tudo certo? Creio que não. Concordo que a mídia não pode tudo, concordo que aspessoas conseguem guardar alguma independência em sua relação com a publicidade,

mas acho que o professor cometeu duas impropriedades: anunciou uma tese fácildemais e, para demonstrá-la, escolheu um exemplo ingênuo demais.

Embora não vejamos um comercial promovendo explicitamente o consumo de cocaína,ou de maconha, ou de heroína, ou de crack, a verdade é que os meios de comunicaçãonos bombardeiam, durante 24 horas por dia, com a propaganda não de drogas, mas doefeito das drogas. A publicidade, nesse sentido, não refreia, mas reforça o desejo peloefeito das drogas. Por favor, não se pode culpar os publicitários por isso – eles, assimcomo todo mundo, não sabem o que fazem.

 “A favor da mesma tese, PODERÍAMOS dizer que...”; o uso do futuro do pretérito, nessesegmento, indica:

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a) uma hipótese;b) uma forma polida de presente;

c) uma possibilidade não realizada;

d) ação posterior ao tempo em que se fala;

e) incerteza sobre fatos passados.

4 - ( NCE UFRJ / MPE RJ / 200 1)

TEXTO - RACI SMO

O Globo, 13/7/01

A imprensa brasileira vem noticiando uma proposta milionária do Lazio da Itália, que

pretende adquirir o passe do zagueiro Juan por 10 milhões de dólares.Este é o time cuja torcida já agrediu o jogador brasileiro Antonio Carlos, do Roma, eperdeu o mando de campo por incitamento racista em pleno estádio.

Aqui fica uma sugestão a este jovem negro, atleta brasileiro de 22 anos, com umbrilhante futuro profissional: recuse o convite e não troque o Brasil pela Itália, poismoedas não resgatam a dignidade. Diga não aos xenófobos e racistas.

Considerando que a ação de agredir o jogador brasileiro Antonio Carlos ocorreu antes deo Lazio perder o mando do campo, ação também passada, o verbo agredir deveria estarno:

a) mais-que-perfeito do indicativo;b) imperfeito do indicativo;

c) futuro do pretérito;

d) imperfeito do subjuntivo;

e) presente do subjuntivo.

5 - ( NCE UFRJ / ARQUI VO NACI ONAL Agent e Adm . / 200 6)

TEXTO - Rac ismo, d isc r im inação, p reconce i to . . . Co locando o s p ing os nos “ is ”

Maria Aparecida da Silva

Recentemente assisti ao programa esportivo Cartão Verde, da TV Cultura, no qual se discutia, de maneira tímida, a discriminação racial que um jogador branco do Palmeiras (Paulo Nunes) teria praticado contra dois jogadores negros, Rincón (Corinthians) e Wagner (São Paulo), em momentos distintos. Havia controvérsias quanto à veracidade dos fatos, quanto à sinceridade dos protagonistas, quanto à oportunidade ou oportunismo das denúncias. Mas o que de fato despertou minha atenção foi a relativização do racismo presente no futebol brasileiro. Os cronistas utilizavam a todo tempo a expressão preconceito, quando as situações em foco constituíam, na verdade,práticas de discriminação racial.

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A autora não afirma com segurança, no primeiro parágrafo, que o jogador Paulo Nunescometeu um ato discriminatório; o meio lingüístico empregado para relativizar essaafirmação é:

(A) a adjetivação de “tímida”, dada à discussão;

(B) o emprego do futuro do pretérito composto “teria praticado”;

(C) o discurso indireto;

(D) a inversão dos termos da frase;

(E) a utilização dos parênteses.

6 - ( FUNDEC / PRODERJ / 200 2)

ESBOÇO DE UM A CASA

Casa fria, de apartamento. Paredes muito brancas, de uma aspereza em que não dágosto passar a mão. Aí moram quatro pessoas, com a criada, sendo que uma daspessoas passa o dia fora, é menina de colégio.

Plantas, só as que podem caber num interior tão longe da terra (estamos em um décimoandar), e apenas corrigem a aridez das janelas. Lá embaixo, a fita interminável deasfalto, onde deslizam automóveis e bicicletas. E ao longo da fita, uma coisa enorme eestranha, a que se convencionou dar o apelido de mar, naturalmente à falta deexpressão sintética para tudo o que há nele de salgado, de revoltoso, de boi triste, decadáveres, de reflexos e de palpitação submarina.

Do décimo andar à rua, seria a vertigem, se chegássemos muito à janela, se nosdebruçássemos.

Mas adquire-se o costume de olhar só para a frente ou mais para cima ainda. Entãoaparecem montanhas, uma estátua de pedra que é às vezes cortada pelo nevoeiro,casas absurdas dançando - ou imóveis, após a dança - sobre precipícios. Há também umcoqueiro irreal, sem nenhum coco, despojado e batido de vento (que se diria um ventobêbedo), no alto do morro, quase ao nível da casa.

(ANDRADE, C. Drummond de. Confissões de Minas. In Poesia e Prosa. 5 ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979, p. 959.)

Na correlação entre os dois verbos sublinhados no trecho “Do décimo andar à rua, seriaa vertigem, se chegássemos muito à janela...” (linhas 15-16), o enunciador manifestauma atitude de:

A) certeza, pois sabe que o fato não pode acontecer;

B) subjetividade, pois não sabe se o fato tem possibilidade de acontecer;

C) dúvida quanto à possibilidade de um fato acontecer, pois não há hipótese de o outrotambém acontecer;

D) certeza quanto à possibilidade de um fato acontecer, na condição de também o outroacontecer;

E) descrença sobre a realização do fato, pois está condicionado à realização de outrofato.

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7 - ( N C E U FR J / I N CRA / 2005 )A forma “envoltas”, em “envo l t as   num cambiante véu de nuvens ”, corresponde aoparticípio irregular do verbo “envolver”, que também possui a forma “envolvido”. Overbo abaixo que NÃO admite duplo particípio é:

(A) morrer;

(B) escrever;

(C) matar;

(D) pegar;

(E) eleger.

8 - (N CE UFRJ / MPE RJ / 200 1)

N ot i c iando é forma do gerúndio do verbo noticiar; a frase em que a forma verbaldestacada pode NÃO estar no gerúndio é:

a) As notícias estão chegando da Itália cada vez mais rapidamente;

b) Transformando-se o ódio em amor, acabam-se as guerras;

c) Vindo o resultado, os clientes começaram a protestar;

d) Os jogadores italianos estão reclamando dos estrangeiros;

e) O atleta viajou, completando sua missão.

9 - ( FGV/ PREF.ARAÇATUBA/ 200 1)

O emprego do particípio verbal está errado em

A. O menino tinha matado a fome.

B. O diretor havia suspendido alguns auxiliares.

C. O ônibus tinha chego atrasado.

D. As pessoas estavam salvas.

1 0 - ( CETRO / TCM SP / 200 6)

Milton Friedman, agora com 92 anos de idade, é um daqueles economistas que nãopode ser acusado de simpatias esquerdistas. Suas credenciais conservadoras incluem otítulo de papa do neoliberalismo, ferrenho defensor do mercado livre, republicano,membro do Instituto Hoover e o Prêmio Nobel de Economia de 1985. É com essasqualificações que Friedman tem defendido a polêmica proposta de legalização de todasas drogas.

Em entrevista exclusiva à Folha , o economista voltou a sustentar que, se há algo quedeve ser eliminado, não são as drogas, mas o programa antidrogas dos EUA. Com basenum estudo recém-divulgado pela Universidade Harvard, segundo o qual os EUA

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economizariam US$ 14 bilhões por ano se a maconha fosse legalizada (menos US$ 7,7bilhões de despesas com policiamento e mais US$ 6,2 bilhões com impostos),Friedman e outros 499 economistas enviaram a George W. Bush e ao Congresso norte-americano uma carta na qual pedem a liberação dessa droga.

Em termos filosóficos, a posição liberal do venerando economista é sustentável. Seacreditamos que a liberdade é um valor a respeitar e cultivar – e cremos nisso –, entãoa decisão sobre utilizar drogas, desde que tomada conscientemente, deveria serestritamente pessoal e intransferível. Se o Estado tem algum papel a exercer seria o deregulamentar o comércio e zelar para que as pessoas recebam toda a informaçãodisponível a respeito dos perigos do consumo.

(...)

Sobre o terceiro parágrafo do texto acima, levando-se em consideração asrecomendações da gramática normativa tradicional, JULGUE a afirmação que segue.

(A) no primeiro período, o termo “venerando” é forma verbal de gerúndio do verbo “venerar” e faz parte, no texto, de uma oração subordinada reduzida de gerúndio.

1 1 - ( ESAF/ AFC SFC/ 200 2)

Assinale a opção gramaticalmente correta.

a) Sob a ótica de um Estado em particular – a despeito de a “Guerra Fiscal” do ICMS serprejudicial à nação –, há ganhos a serem obtidos se ouvesse um aumento conjunturalde receita para o Estado.

b) Se todos os Estados parassem de conceder incentivos, todos ganhariam; mas se um

Estado se abstesse de tal política e os demais continuassem a praticá-la, esse perderia.c) Tendo em vista a análise histórica da “Guerra Fiscal”, alguns autores propuseram umadivisão de períodos que começam com a criação do ICM e chegam até a atualidade.

d) No primeiro período, o Governo Central tirou dos Estados a competência de instituir eaumentar alíquotas dos impostos, e ficou estabelecido que couberiam tais atribuiçõessomente ao Senado.

e) Pressionado pelas disputas inter-regionais, o Governo Federal interviu no incipientemecanismo de concessão de incentivos, e, por meio de lei complementar, criou oCONFAZ.

(Com base em artigo de André Eduardo da S. Fernandes & Nélio L. Wanderlei)

1 2 - ( NCE UFRJ / ELETROBRÁS - Ass is ten te Técn ico Adm in is t r a t ivo / 200 5)

 “E tantas vezes vim aqui...”; a frase abaixo que apresenta uma forma INADEQUADA doverbo VIR é:

(A) Hoje vimos aqui para visitar a velha casa;

(B) Amanhã virão outros a visitar a mesma casa antiga;

(C) Quando virem outros, a casa não será a mesma;

(D) Antigamente vinha muito a esta casa;

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(E) Eles não têm vindo a esta casa. 

1 3 - ( N CE U FR J / CVM / 2005 )

 “Se ele trabalhar, eu também trabalharei!”; a alternativa que tem uma frase com essamesma estrutura, mas com forma verbal EQUIVOCADA é:

(A) Se ele for, eu também irei;

(B) Se ele ver, eu também verei;

(C) Se ele quiser, eu também quererei;

(D) Se ele requerer, eu também requererei;

(E) Se ele couber, eu também caberei. 

1 4 – ( N C E U FRJ / CVM / 2005 )

 “Se ele lesse, eu também leria”; a alternativa que apresenta uma frase com essamesma estrutura, mas com forma verbal EQUIVOCADA é:

(A) Se ele trouxesse, eu também traria;

(B) Se ele aprovasse, eu também aprovaria;

(C) Se ele pusesse, eu também poria;

(D) Se ele viesse, eu também viria;

(E) Se ele mantesse, eu também manteria.

1 5 - ( N CE U FR J/ AN TT / 2005 )

Do segmento “onde havia estado anteriormente e morara algum tempo”, sequiséssemos substituir a primeira forma verbal sublinhada a fim de que tivesse a mesmaforma simples da segunda, deveríamos escrever:

(A) estava;

(B) estaria;

(C) esteve;

(D) estivera;(E) tinha estado.

1 6 - ( FCC / TRE AP - Técn ico Jud ic iá r io / 200 6)

Está corretamente flexionada a forma verbal sublinhada na frase:

(A) Se alguém propor medidas para economia de energia, que seja ouvido com atenção.

(B) Caso uma represa contenhe pouco volume de água, as turbinas da usina desligam-se.

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(C) Seria preciso que refizéssemos os cálculos da energia que estamos gastando.(D) Só damos valor às coisas quando elas já escasseiaram.

(E) Se não determos os desperdícios, pagaremos cada vez mais caro por eles.

1 7 - ( N CE U FR J / Guar da Mun ic ipal / 2002 )

 “E agora passemos a outro programa”; se nesta frase empregássemos o verboPASSEAR em lugar do verbo PASSAR, a forma equivalente seria:

a) passeiemos;

b) passeamos;

c) passeiamos;

d) passeemos;

e) passeiam.

1 8 - ( FGV/ PREF.ARAÇATUBA/ 200 1)

O verbo "despedir-se" apresenta erro gráfico em:

A. Despedir-se-ão após o jantar.

B. Pedem que se despessam logo.

C. Não nos despediriam nessas circunstâncias.

D. Despeço-me de todos amanhã.

1 9 - ( Fundação José Pelúc io Fe r r e i r a / I CMS R O / 2006 )

Há erro de conjugação verbal em:

a) Nas intervenções, sempre se apunham comentários maliciosos ao meu depoimento.

b) Trata-se de uma lei que vigiu na Primeira República e hoje revela-se anacrônica.

c) Encontrou-se ontem com a pessoa que delatara à polícia há dois meses.

d) Não se pode admitir que o Direito sobresteja o curso dos fatos sociais.

e) Disse-me ele que eu às vezes pretiro os limites do bom senso.

2 0 - ( CESGRANRI O / BNDES – ADVOGADO / 200 4)

Marque a opção em que a lacuna pode ser adequadamente preenchida com uma formasimples flexionada do verbo entre parênteses.

(A) É provável que muitas empresas _____ com as novas medidas econômicas. (falir)

(B) Atualmente, todos se _____ contra as oscilações decorrentes de planos malsucedidos. (precaver)

(C) Nós _____ todos os documentos e contrato perdidos durante a mudança, na semanapassada. (reaver)

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(D) É uma pena que o vice-presidente da empresa _____ por causa de pequenosproblemas. (explodir)

(E) Os funcionários ficarão mais bem dispostos caso a firma _____ as salas de coresclaras. (colorir)

2 1 - ( FU N DEC / TJ MG / 2002 )

Tendo em conta a flexão verbal, é CORRETO afirmar que as formas PROVÉM, PROVEM,PROVÊEM E PROVÊM referem-se, respectivamente, aos

seguintes verbos:

a) prover, provir, provar e provir

b) provir, provar, prover e provirc) provar, prover, provir e prover

d) provir, provar, provir e prover

2 2 - ( FU N DEC / TJ MG / 2002 )

Assinale a alternativa que complete CORRETAMENTE as lacunas das sentenças abaixo.

Caso haja qualquer irregularidade, __________ as eleições. (impugnar)

O condenado foi __________________ diante de uma multidão. (decapitar)

O governo quer que se _______________ as causas do acidente. (averiguar)

a) impúgno – decaptado – averigüe

b) impugno – decapitado – averigúem

c) impuguino – decapitado – averígüem

d) impugno – decaptado – averigüem.

2 3 – ( N C E U FR J / I N CRA / 2005 )

Na frase – Vem pra CAIXA você também – há um erro gramatical que já foi bastantecomentado; o desvio da norma culta, neste caso, está:

(A) no uso de “pra” em lugar de “para”;

(B) na grafia em maiúsculas do vocábulo CAIXA;(C) no tratamento íntimo “você” em lugar de “o senhor”;

(D) o uso do imperativo, com um tom inadequado de ordem;

(E) a mistura de tratamentos.

2 4 - ( FU ND EC / TRT 1 ª . R eg ião / 2003 )

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Considere a flexão do verbo sublinhado no trecho "Os trabalhadores se submetem aformas mais ou menos intensas de desvalorização da força de trabalho..." (linhas 12-14)e, em seguida, analise o mesmo verbo flexionado nas frases abaixo.

Pode-se afirmar que o referido verbo está flexionado de forma INCORRETA na opção:

A) Trabalhador, jamais te submeta a formas mais ou menos intensas de desvalorizaçãoda força de trabalho.

B) Trabalhadores, não se submetam a formas mais ou menos intensas de desvalorizaçãoda força de trabalho.

C) Não somos trabalhadores que nos submetamos a formas mais ou menos intensas dedesvalorização da força de trabalho.

D) Jamais como trabalhador se submetera a formas mais ou menos intensas dedesvalorização da força de trabalho.

E) Constantemente submetemo-nos a formas mais ou menos intensas de desvalorizaçãoda força de trabalho.

2 5 - ( FGV / I CMS MS - Fiscal de Rendas / 200 6)

Passando a fala "Adivinhe" para a forma de tratamento vós , obtém-se:

(A) Adivinhais.

(B) Adivinhai.

(C) Adivinheis.

(D) Adivinhei.

(E) Adivinde.

2 6 - ( NCE UFRJ / PCRJ / 200 2)

Se a forma verbal Tenha estivesse na forma negativa da mesma pessoa do imperativo,sua forma correta seria:

a) não tem;

b) não tenhas;

c) não tende;

d) não tenha;e) não tens.

2 7 - ( F GV / I CM S M S – T TI / 2 0 0 6 )

Aqui há plantas que dão duas, três safras por ano.

Substituindo-se a forma verbal do trecho acima por outra, só não se respeitou a normaculta em:

(A) Aqui existem plantas que dão duas, três safras por ano.

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(B) Aqui deve haver plantas que dão duas, três safras por ano.(C) Aqui podem existir plantas que dão duas, três safras por ano.

(D) Aqui há de existir plantas que dão duas, três safras por ano.

(E) Aqui pode haver plantas que dão duas, três safras por ano.

2 8 - ( ESAF / ACE / 1998  ) – Man t ida g r a f i a o r i g ina l da p r ova

A diplomacia econômica dos Estados Unidos consagrou a idéia de grandes mercadosemergentes (Big Emerging Markets ). Países como a China, o Brasil, a Índia, a Coréia doSul ou a Indonésia, os maiores entre os grandes, reuniram oportunidades e vantagensexcepcionais. Deveriam tornarem-se(A) alvos de uma diplomacia econômica ofensiva einsistente cujos(B) objetivos incluiriam a abertura comercial e o aumento doinvestimento estrangeiro. Entre os grandes, a Índia é dos maiores. Há previsões decrescimento populacional que colocam(C) os indianos à frente(D) dos chineses em umhorizonte(E) de 25 anos.

(Baseado em Gilson Schwartz, Folha de São Paulo, 8/03/1998)

a) A

b) B

c) C

d) D

e) E

2 9 - ( FCC / TRE AP - Técn ico Jud ic iá r io / 200 6)

Transpondo-se para a voz passiva a frase Ele gasta dinheiro que nem água , a formaverbal resultante será

(A) será gasta.

(B) foi gasta.

(C) está sendo gasto.

(D) será gasto.

(E) é gasto.

3 0 - ( FU ND EC / TRT 2 ª R eg ião / 2003 )

Passando-se para a voz ativa e mantendo-se o sentido original, a oração “Com verba doEstado, 18 composições já estão sendo reformadas” (linhas 5-6) deve ter a formaexpressa na opção:

A) Já estão reformando 18 composições com recursos do tesouro estadual.

B) O Estado, com recursos próprios, já está reformando 18 composições.

C) Já estão sendo reformadas pelo Estado, com recursos do tesouro, 18 composições.

D) 18 composições já estão sendo reformadas com recursos próprios do Estado.

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E) Através da verba do Estado estão reformando 18 composições. 

3 1 - ( FUNDAÇÃO JOÃO GOULART/ PGM RJ/ 20 04 )

 “O martelo de percussão é confundido com um instrumento ameaçador.” 

Em voz ativa, essa frase do texto seria escrita da seguinte maneira:

A) Confunde-se o martelo de percussão com um instrumento ameaçador.

B) Um instrumento ameaçador confundiu-se com o martelo de percussão.

C) Confundem o martelo de percussão com um instrumento ameaçador.

D) Um instrumento ameaçador é confundido com o martelo de percussão.

3 2 - ( N CE U FR J / I nspe t o r de Pol íc ia / 2001 )

 “nem todo hábito de consumo é ditado pela publicidade.”; colocando-se esse segmentodo texto na voz ativa, temos como forma adequada:

a) a publicidade não dita todo hábito de consumo;

b) a publicidade dita todo hábito de consumo;

c) o hábito de consumo dita a publicidade;

d) o hábito de consumo não dita a publicidade;

e) nem toda publicidade dita todo hábito de consumo.

3 3 - ( NCE UFRJ / TRE RJ Aux i l ia r Jud ic iá r io / 200 1)

Na voz passiva, a forma correta da frase “o lenhador quebrou o silêncio” é:

a) quebraram o silêncio;

b) quebrou-se o silêncio;

c) quebrou-se o silêncio pelo lenhador;

d) o silêncio foi quebrado pelo lenhador;

e) o silêncio era quebrado pelo lenhador.

3 4 - ( N CE U FRJ / I N CR A / 2005 )

 “Se você é assalariado... tem crédito”; a alternativa abaixo que mostra umaconcordância INADEQUADA entre os tempos verbais é:

(A) Se você fosse assalariado... teria crédito;

(B) Se você for assalariado... terá credito;

(C) Se você foi assalariado... teve crédito;

(D) Se você tivesse sido assalariado... teria tido crédito;

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(E) Se você seja assalariado... tem crédito.

3 5 - ( N CE U FR J / CVM / 2005 )

NÃO há a devida correlação temporal das formas verbais em:

(A) Seria conveniente que o time ficasse sem saber quem era o adversário;

(B) É conveniente que o time ficaria sem saber quem é o adversário;

(C) Era conveniente que o time ficasse sem saber quem foi o adversário;

(D) Será conveniente que o time fique sem saber quem é o adversário;

(E) Foi conveniente que o time ficasse sem saber quem era o adversário.

3 6 - (ESAF / AFC SFC / 200 0)  

Assinale a opção em que a correlação entre tempos e modos verbais constitui erro desintaxe.

a) Há pelo menos dois séculos, desde que Adam Smith inaugurou a profissão, oseconomistas consomem boa parte de seu tempo, enaltecendo os benefícios do livrecomércio e pregando a liberdade econômica.

b) O mundo perfeito, garantem, é aquele em que não há nenhum tipo de obstáculo aofluxo de mercadorias, pessoas e idéias.

c) Deixada sem amarras, a economia funcionaria de maneira harmoniosa, regida poruma mão invisível que a fazia viver sempre em equilíbrio.

d) Presa, seria como uma máquina com areia nas engrenagens, cujo atrito trariadesperdício de energia e empobreceria os cidadãos.

e) A virada do milênio reservou um paradoxo e tanto para os seguidores do economistaescocês. Nunca como agora o mundo aderiu com tanta garra a suas teses.

3 7 - ( ESA F/ A FT/ 2 0 0 6 )

No atual estágio da sociedade brasileira, se se deseja um regime democrático, não bastaabolir a necessidade de bens básicos. É necessário que o processo produtivo seja capazde continuar, com eficiência, a produção e a oferta de bens considerados supérfluos.

Em se tratando de um compromisso democrático, uma hierarquia de prioridades devecolocar o básico sobre o supérfluo. O que deve servir como incentivo para a proposta decasar democracia, fim da apartação e eficiência econômica em geral é o fato de que opotencial econômico do país permite otimismo quanto à possibilidade de atender todasessas necessidades, dentro de uma estratégia em que o tempo não será muito longo.

(Adaptado de Cristovam Buarque, Da m odernidade t écnica à modernidade ética, p.29)

Julgue o item a seguir.

- Substituir o conectivo de valor condicional “se” (l.1) por caso , resultando em: casose.

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3 8 - ( C ESPE U N B / AGU / 2002 )

A minha firme convicção é que, se não fizermos todos os dias novos e maiores esforçospara tornar o nosso solo perfeitamente livre, se não tivermos sempre presente a idéia deque a escravidão é a causa principal de todos os nossos vícios, defeitos, perigos efraquezas nacionais, o prazo que ainda tem de duração legal — calculadas todas asinfluências que lhe estão precipitando o desfecho — será assinalado por sintomascrescentes de dissolução social.

Joaquim Nabuco. O abolicionismo. In: Intérpretes do Brasil, v. I. Nova Aguilar, 2000, p.148-51 (com adaptações).

Julgue a assertiva abaixo.

- As estruturas condicionais “se não fizermos” (l.1) e “se não tivermos” (l.2) podem sersubstituídas, respectivamente, por caso não façamos e caso não t enhamos, semprejuízo para a correção gramatical do texto.

3 9 - ( NCE UFRJ / ANALISTA FI NEP / 200 6)

Na frase “O autor do texto pensa que a Terra se tornará inviável”, criada a partir dotema do texto, a correspondência de tempos verbais INADEQUADA correspondente,respectivamente, a pensa e se tornará é:

(A) pensou / se tornaria;

(B) tinha pensado / se tornaria;

(C) pensava / tornará;

(D) pensará / se tornará;

(E) teria pensado / se tornaria.

4 0 - ( NCE UFRJ / MPE RJ AUXI L I AR / 200 1)

 “Se houvesse uma lei que proibisse...”; se, em lugar de SE, escrevêssemos QUANDO, asformas verbais sublinhadas deveriam ser, respectivamente:

a) houver / proíba;

b) haver / proibisse;

c) haja / proibindo;

d) haver / proíba;

e) houver / proíbisse.

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GABARI TOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FI XAÇÃO 

1 – A

ACORDO ORTOGRÁFI CO: A palavra “apoia” não recebe mais acento agudo.

A expressão “um tom de profecia”, no enunciado, já dá a “deixa” para a resposta certa.A partir do título da matéria (“Reflexões sobre o futuro ”) se verifica que o autorapresentará fatos que poderão ocorrer no futuro. Por isso, o texto se constróibasicamente com verbos no futuro do presente do indicativo, apresentando um certo arde previsão.

2 – D

O pretérito perfeito composto (tem levado ) retrata fatos iniciados no passado queapresentam duração até o momento presente (o que justifica a conjugação do verboauxiliar nesse tempo verbal). Essa questão vem afirmar o conceito desse tempo verbalcomposto.

3 – B

Precisamos ler o texto para perceber o intuito no emprego do tempo verbal em questão.Em vez do futuro do pretérito, o verbo poderia se apresentar no presente do indicativo:“A favor da mesma tese, PODEMOS dizer que...”. Contudo, o autor optou por uma formamais educada, polida de se dirigir ao leitor: “PODERÍAMOS”.

Perceba que a banca explorou também algumas outras possibilidades de emprego dofuturo do pretérito (hipótese, incerteza sobre fatos passados), motivo pelo qual tornou-se necessária a transcrição do texto.

4 – A

O tempo que indica um fato passado ocorrido antes de outro fato também no passado éo pretérito mais-que-perfeito do indicativo. Uma possibilidade de construção do períodoé: “A torcida do Lazio já  agr ed i r a   (ou a forma composta  t i nha ag r ed ido   ) o j ogador brasileiro Antonio Carlos, do Roma, quando o time perdeu o mando de campo por incitamento r acista em pleno estádio ”.

5 – B

ACORDO ORTOGRÁFI CO: A pa lavr a “ l ingu íst ico” perdeu o t rem a.

Quando não se tem convicção acerca do que será pronunciado, pode-se usar o futuro dopretérito simples ou composto.

Essa foi a forma utilizada pela autora do texto ao empregar: “a discriminação racial que um jogador branco do Palmeiras (Paulo Nunes) t e r i a p r a t i cado   contra dois jogadores negros”.

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Note que essa incerteza é confirmada no período seguinte: “Havia controvérsias quanto à veracidade dos fatos, quanto à sinceridade dos protagonistas, quanto à oportunidade ou oport unismo das denúncias.”.  

Para não afirmar categoricamente a ocorrência de um crime, a autora usa a formaverbal do futuro do pretérito composto e se mantém à margem de qualquer acusação,apenas relatando os fatos.

6 – D

É sempre bem-vinda a oportunidade de ler Drummond.

Nessa questão, a banca foi extremamente inteligente ao jogar com as palavras “certeza” e “condição”.

Uma das possibilidades de emprego do futuro do pretérito do indicativo é estabeleceruma hipótese (certeza de ocorrência) relacionada a uma condição (incerteza deocorrência). Desse modo, estabelece-se a relação entre o modo indicativo e subjuntivo.A “indicação” apresentada no futuro do pretérito (modo indicativo) apresenta uma certaincerteza, haja vista necessidade de a condição se realizar (modo subjuntivo).

No trecho “Do décimo andar à rua, seria a vertigem , se chegássemos mu ito à j anela ...”,afirma-se que, se chegássemos junto à janela [CONDIÇÃO], teríamos vertigem[HIPÓTESE].

O que define como correta a afirmação do item D (e não a opção E) é a cer teza daocorrência do fato (ter vertigem) uma vez concretizada a condição (chegar junto à janela).

7 – B

Abordaremos, agora, as formas nominais.

Como vimos, alguns verbos possuem mais de uma forma válida para o particípio:regular e irregular. Dentre os verbos apresentados na questão, o único que possuisomente uma forma (irregular) é o verbo escrever . Aliás, fizemos menção a ele nanossa aula.

As formas participiais dos demais verbos são:

- MORRER – morrido (regular) e morto (irregular)

- MATAR – matado (regular) e morto (irregular)

[CURIOSIDADE: o particípio irregular m o r t o tanto pode se referir ao verbo m a t a r comoao verbo m o r r e r .]

- PEGAR – pegado (regular) e pego (irregular)

- ELEGER – elegido (regular) e eleito (irregular)

Lembrando que os particípios regulares são empregados nos tempos compostos com osverbos TER e HAVER, enquanto que os particípios irregulares são usados nas locuçõesverbais de voz passiva, com os verbos SER e ESTAR.

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Os únicos verbos que admitem emprego indistinto (auxiliares TER, HAVER, SER ouESTAR) de qualquer forma participial (regular ou irregular) são GANHAR, GASTAR,PEGAR E PAGAR (dois com P e dois com G).

8 – C

Como vimos em nossa aula, o verbo VIR (e seus derivados) apresentam uma únicaforma tanto para o gerúndio quanto para o particípio: VINDO (intervindo, convindo,advindo).

Por isso, a forma “Vindo  o resultado ” tanto pode estar no gerúndio como no particípio.

Note essa dupla possibilidade a partir da troca do verbo VIR por outro, como oRECEBER:

Recebido  o resultado, os clientes começaram a protestar. – oração reduzida departicípio

Recebendo  o resultado, os clientes começaram a protestar. –  oração reduzida degerúndio

As demais formas apresentam-se no gerúndio e possuem forma participial distinta:chegando  (chegado), transformando  (transformado), reclamando  (reclamado),completando (completado).

9 – C

Essa questão é para os que acharam um absurdo nosso comentário sobre a forma doparticípio do verbo CHEGAR. Não sei em relação às demais regiões do Brasil, mas no Suldo país é muito comum ouvir: “Ele não tinha chego ainda.”. Tanto isso deve ser comumque a banca da Fundação Getúlio Vargas, uma das melhores do país, explorou esseconceito.

Repetimos a lição: o verbo chegar apresenta uma ÚNICA forma de particípio: o regularCHEGADO.

Por isso, a forma correta da opção C seria: O ônibus tinha chegado atrasado .

10 – I TEM I NCORRETO

É verdade que a forma vene r ando é o gerúndio do verbo vene r a r . Contudo, no texto(que transcrevemos apenas parcialmente), esse vocábulo tem valor ad je t i vo ,equivalente a “venerável”, “respeitável”.

É por esse motivo que ger únd io , pa r t i c í p io e i n f i n i t i vo são chamadas FORMASNOMINAIS. Derivam de verbos, mas podem ser usadas como adjetivos, advérbios ousubstantivos.

11 – C

A partir de agora, nosso assunto passou a ser CONJUGAÇÃO VERBAL.

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Está correta a conjugação do verbo PROPOR em “alguns autores propuseram ”, pois esseverbo é derivado do verbo PÔR e se conjuga por ele: eles puseram / eles pr opuse r am .

Estão incorretas as formas verbais em:

a) “há ganhos a serem obtidos se ouvesse um aumento conjuntural ” - houvesse ,pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo HAVER.

b) “mas se um Estado se abstesse de tal política ” – o verbo ABSTER é derivado do verboTER e se conjuga como ele: “se t ivesse”  “ se abs t ivesse ” .

d) “ficou estabelecido que couberiam tais atribuições somente ao Senado”  – o verboCABER se conjuga, no futuro do pretérito do indicativo, caber iam .

Aliás, essa é a diferença entre o futuro do subjuntivo (couber) e o infinitivopessoal (caber): o primeiro deriva da 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito doindicativo (couberam), formando “quando eles couberem ” ;  já o segundo, derivado infinitivo impessoal: “para eles caberem ” .

Na maior parte das vezes, especialmente nos verbos regulares, essas formas sãografadas de modo idêntico: “quando eles chegarem” (fut.subjuntivo); “para eleschegarem”(infinitivo pessoal).

Em outras, as formas são diferentes: TRAZER (“quando eles trouxerem” / “para eles trazerem”) , VER (“quando eles virem” / “para eles verem”) , dentre tantasoutras.

Essa distinção é muito importante, pois muitas vezes, na linguagem do dia-a-dia,nos verbos irregulares, acaba-se trocando uma pela outra.

e) “o Governo Federal interviu ” – o verbo i n t e r v i r é derivado do v i r e se conjuga comoseu paradigma: ele veio / ele i n t e r ve io  .

12 – C

Dando sequência ao estudo das formas verbais primitivas e derivadas, vamos analisaroutra questão sobre o tópico. Está em foco, agora, o verbo VIR.

A forma verbal da opção C é o futuro do subjuntivo. Como revimos na questão anterior,esse tempo verbal deriva da 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo (eles v ie ram ).

Assim, a forma correta seria: “Quando v ie rem outros, a casa não será a mesma .”.

Em caso de dúvidas, reveja o quadro de formas primitivas / formas derivadas.

A opção “a”, que pode ter deixado muita gente em dúvida, apresenta a 1ª. pessoa dosingular do pr esen t e do indicativo: “nós vimos”, tempo indicado pelo advérbio “hoje”.Não confundam com o pr e t é r i t o pe r f e i t o desse verbo (viemos).

13 – B

O futuro do subjuntivo deriva da 3ª. pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo.Assim, no verbo VER, a forma primitiva será (eles) v i ram . Por isso, no futuro dosubjuntivo, a forma correta é “Se ele v ir, eu também verei.”.

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Veja como estão corretas as demais construções verbais:

VERBOFORMA PRI MI TI VA FORMA DERI VADA

3ª . pessoa p lu r a l – p r e t . pe r f e i t o f u t u r o do sub jun t i vo

IR ELES FORAM SE ELE FOR

QUERER ELES QUISERAM SE ELE QUISER

REQUERER ELES REQUERERAM SE ELE REQUERER

CABER ELES COUBERAM SE ELE COUBER

14 – EEssa questão é idêntica à anterior. A diferença está no tempo verbal a ser analisado.

Agora, será o pretérito imperfeito do subjuntivo. Como vimos, esse tempo tambémderiva da 3ª. pessoa do plural do pretérito perfeito, assim como o futuro do subjuntivo(visto anteriormente).

Então, vamos ao quadro.

VERBOFORMA PRI MI TI VA FORMA DERI VADA

3ª . pessoa p lu r a l – p r e t . pe r f e i t op r e t é r i t o imper f e i t o do

s u b j u n t i v o

TRAZER ELES TROUXERAM SE ELE TROUXESSE

APROVAR ELES APROVARAM SE ELE APROVASSE

PÔR ELES PUSERAM SE ELE PUSESSE

VIR ELES VIERAM SE ELE VIESSE

MANTER ELES MANTIVERAM SE ELE MANTI VESSE

15 - D

O tempo verbal da locução verbal “havia estado”  nada mais é do que o pretérito mais-que-perfeito composto, construção em que o verbo auxiliar se conjuga no pretéritoimperfeito. Assim, estão em perfeita correlação os verbos das duas orações. O que o

examinador sugere, em suma, é que se substitua a forma composta pela simples:es t i ve r a  .

16 – C

Para não errar questões de conjugação verbal, devemos ter em mente sempre a dica doPARADIGMA. Um verbo normalmente se conjuga como um outro parecido. Assim, nadúvida, busque outro verbo (mais comum ao seu linguajar) cuja conjugação vocêconheça e aplique a desinência no verbo desconhecido.

Vamos à prática:

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a) O verbo PROPOR se conjuga como o verbo PÔR. Assim: “se alguém puser  ” leva a “se alguém  pr opuse r  ”.

b) O verbo CONTER se conjuga como o verbo TER. Por isso: “caso uma represa t e n h a  ” leva a “caso uma represa con t enha  ”.

d) O verbo ESCASSEAR (que dificilmente usamos) se conjuga como o verbo PASSEAR.Lembre-se de que esses verbos terminados em –EAR só recebem a letra “i” nas formasrizotônicas, ou seja, quando a sílaba tônica recaia no radical. Bem, então: “elas jápassearam ”  leva a “elas já escassearam ”. Note que o radical do verbo ESCASSEAR éESCASSE-, e a sílaba tônica recai fora do radical (escasse a ram ), não devendo receber aletra ‘i’.

e) O verbo DETER se conjuga como o verbo TER (novamente). Assim: “se nãot i v e r m o s  ” leva a “se não d e t i v e r m o s  ”.

Viu só como essa regra do paradigma é uma “mão na roda”?

17 – D

Já falamos sobre a conjugação dos verbos terminados em –EAR na questão anterior,mas não custa nada repetir. Afinal, esses exercícios são de FIXAÇÃO.

As formas rizotônicas (sílaba tônica no radical) dos verbos terminados em –EAR recebema letra “i”. Por isso: eu passeio, tu passe ias, ele passeia, nós passeamos, vós passeais,eles passe iam.

Vimos também que o presente do subjuntivo é um tempo verbal que busca o radical da1ª.pessoa do singular do presente do indicativo.

Assim, o radical “passe” de “eu passeio” forma todo o presente do subjuntivo. Não seesqueça de que continua valendo a regra da letra “i” nas formas rizotônicas.

A conjugação do verbo PASSEAR no presente do subjuntivo será: passeie / passeie /passeie / passeemos / passeeis / passeiem

18 – B

Sabe aquela regrinha do paradigma? Veja só como ela ajuda em questões como essa,de conjugação verbal.

O verbo DESPEDIR lembra muito um outro verbo. Com certeza você já adivinhou... overbo PEDIR. Então, sua conjugação segue a do seu paradigma: “que peçam ” leva a

 “que  despeçam ” .E olha lá na opção D uma dica dessa forma: o presente do subjuntivo (despeçam ) derivade qual forma mesmo??? Deriva da 1ª pessoa do singular do presente do indicativo:DESPEÇO.

Bela ajuda que a banca deu para que você não errasse essa questão, não é?

19 – B

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Muita gente nunca deve ter ouvido falar dessa banca examinadora (eu, pelo menos, só aconheci agora). Ela foi a responsável pela prova para o ICMS de Rondônia,recentemente aplicada.

Essa questão é o nosso mote para começarmos a falar sobre VERBOS DEFECTIVOS.

Lembrando: esses verbos apresentam defeito, ou seja, não possuem todas as formas deconjugação. Esse defeito só aparece na conjugação do presente do indicativo e nasformas dele derivadas (presente do subjuntivo, imperativo).

Na opção B, há erro na conjugação do verbo “viger”, que é defectivo. Este verbo nãopossui a 1ª. pessoa do singular do presente do indicativo.

Nas demais formas, se conjuga como o verbo paradigma BEBER (ele bebeu / ele vigeu).

Assim, a forma correta seria: “Trata-se de uma lei que v igeu  ...”.

As demais formas, que estão CORRETAS, são:

a) o pretérito imperfeito do indicativo do verbo APOR, que é derivado do verbo PÔR: “sempre se punham ” leva a “sempre se  apunham ”. Provavelmente você achouHORROROSA essa forma ‘PUNHAM’, talvez até nunca a tenha usado. Mas está correta edeve fazer parte do seu cotidiano a partir de hoje. Afinal, não é assim que as criançasfazem? Quando elas aprendem uma palavrinha nova, ficam-na usando constantemente.Saia por aí falando “punham” pra lá, “apunham” pra cá...

c) A forma “delatara” é o pretérito mais-que-perfeito do verbo DELATAR.

d) O verbo “sobrestar”, que, no contexto, apresenta o sentido de “impedir”, “sustar”, “retardar”, é derivado do verbo ESTAR. Assim, “não se pode admitir que o Direito

es t e ja” leva a “não se pode admitir que o Direito sob r es t e ja”.e) Essa opção enganou muita gente. Os que se lembraram da dica do paradigmacertamente acertaram. A forma “pretiro”, que causou estranheza a muita gente, é aconjugação do verbo PRETERIR (deixar de lado), que se conjuga como seu paradigmaPREFERIR – eu pr e f i r o   eu p r e t i r o  .

20 – C

O verbo reaver é conjugado no presente do indicativo nas formas em que o verboHAVER apresenta a letra “v”.

Vejamos, inicialmente, a conjugação do verbo HAVER, no presente do indicativo:

Eu hei / tu hás / ele há / nós h a v e m o s / vós have is / eles hão.

Assim, o verbo HAVER só apresenta conjugação, no presente do indicativo, nas 1ª e 2ªpessoas do plural.

O emprego do pronome “nós” na opção C fez com que essa fosse a resposta correta. “Nós r eavemos  todos os document os e contrato perdidos durante a mudança...”.

Vamos analisar as demais opções:

a) O verbo f a l i r é defectivo e, assim como o verbo REAVER, no presente do indicativo,só se conjuga com os pronomes NÓS e VÓS (nós falimos / vós falis).

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b) O mesmo acontece com o verbo PRECAVER. Só existem as formas “nós nosprecavemos” e “vós vos precaveis”.

d) O verbo EXPLODIR não possui a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo.Consequentemente, não possui nenhuma das formas do presente do subjuntivo. Assim,não é possível preencher a lacuna dessa opção com a forma simples do verbo, pois serianecessário conjugá-lo no presente do subjuntivo. Para confirmar isso, vamos trocar overbo EXPLODIR por outro, como ABORRECER-SE: “É uma pena que o vice-presidente da empresa SE ABORREÇA por cauda de pequenos problemas ”.

e) O verbo COLORIR também é defectivo, não apresentando a 1ª pessoa do singular dopresente do indicativo. Por isso, não possui também o presente do subjuntivo, tempoem que seria conjugado na construção da opção “e”. Poderia ser substituído por seucorrespondente COLORAR, que é regular e apresenta todas as formas verbais, ou

mesmo pelo verbo PINTAR: “Os funcionários   ficarão mais bem dispostos caso a firma COLORE / PINTE as salas de cores claras”.

21 – B

Essa questão deve ter dado um nó na cabeça de muita gente boa. Isso porque explora aconjugação de verbos parecidos – PROVAR, PROVER e PROVIR.

Para solucionar essa questão, entra em jogo a maravilhosa dica do paradigma.

Vamos começar pelo verbo PROVAR, que é regular e se conjuga como o paradigmaFALAR.

O radical de FALAR é FAL-, e o de PROVAR é PROV-. A esses radicais, devemosacrescentar a terminação, que é comum nos dois verbos. “Que eles falem” leva a “queeles pr ovem .”, cuja sílaba tônica é “pro”. Assim, a segunda forma do enunciado é doverbo PROVAR. Com isso, já eliminamos as opções A e C (já temos 50% de chances deganhar o ponto).

Agora, vejamos a conjugação do verbo PROVER, cujo significado pode ser:

- “tomar providências, providenciar” (O síndico proverá tudo.);

- “nomear” (O governo proveu vários cargos.);

- “tomar providências”;

- a acepção mais comum, “abastecer” (Ele proveu a despensa com o que há de melhor.) .

Como vimos no tópico “Verbos Perigosos” e de acordo com os significados que esseverbo pode apresentar, vemos que ele não é de r i vado do verbo VER, apesar deapresentar algumas formas de conjugação idênticas: pr ove jo , p r ove jas , p r ove jas ,p r ove r á , p r ove r ia e t c .

Uma dessas formas em que a conjugação de PROVER segue à do VER é na 3ª pessoa doplural do presente do indicativo: PROVEEM.

A partir dessa resposta, vemos que está correta a opção B.

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O verbo PROVI R é derivado do verbo VIR e como este se conjuga. Por isso, apresentaduas das formas indicadas no enunciado: PROVÉM (3ª pessoa do singular no presentedo indicativo) e PROVÊM (3ª pessoa do plural do presente do indicativo).

A primeira pode ter causado surpresa, mas não se esqueça que as palavras oxítonasterminadas em A(s), E(s), O(s) e EM(ens) devem ser acentuadas. Exemplos: PROVÉM ,também, mantém, convém.

A conjugação do verbo VIR na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo nãorecebe acento por ser um monossílabo terminado em “EM”. Exemplos: VEM , tem, cem,sem, bem.

Já na 3ª pessoa do plural, a regra de acentuação do verbo PROVIR segue o que falamossobre o ACENTO DI FERENCI AL DE NÚMERO ( Aula 1 – Or t ogr af ia e Sem ânt ica).

Por ser uma palavra oxítona terminada em EM, deve receber acento tanto a forma da 3ªpessoa do singular como a do plural. O que diferencia o plural do singular é que esterecebe acento agudo (provém), enquanto aquele recebe o acento circunflexo (provêm).Por isso, o acento desta última costuma ser chamado de diferencial de número.

Considero esta uma excelente questão de prova. Parabéns para a banca examinadora.

Agora, com o Acordo Ortográfico, as formas “ee” e “oo” deixaram de ser acentuadas.Com isso, os verbos LER, VER, CRER e DAR, na 3ª pessoa do plural do presente doindicativo, passam a ser leem, veem, c reem  e d e e m . O mesmo se aplica aos verbosderivados daqueles.

Os verbos terminados em –OAR, como abençoar, perdoar e voar, passam, na 1ª pessoado singular do presente do indicativo, a ser grafados como “abençoo", “perdoo" e “voo”.

22 – B

1ª lacuna: O verbo i m p u g n a r é regular, devendo o “g” permanecer sempre mudo: eui m p u g n o , tu i m p u g n a s, ele i m p u g n a etc.

Como a forma “impugno” é uma paroxítona terminada em “o”, dispensa acentuação.

2ª lacuna: Primeiramente, cabe esclarecer que não há consoante muda em decap i ta r .Este verbo apresenta, em sua etimologia, a palavra capita , como na expressão ‘per 

capita’ , que grosso modo significa “por cabeça”. Assim, “decapitar” é literalmente “tirara cabeça”.

É um verbo regular e se conjuga pelo paradigma FALAR: eu decapito (Cuidado, não é “decapto”!!! É paroxítona, ou seja, a sílaba tônica recai no “pi”), tu decapitas, eledecapita etc.

Assim, o particípio é decapitado.

3ª lacuna: O verbo ave r igua r é um daqueles “perigosos”. Por isso, devemos semprelembrar as regras de formação dos verbos para não errar a conjugação verbal.

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Par a “ p io r a r ” , so f r eu m udanças com o Aco r do Or t og r á f i co .Antes, as formas do presente do subjuntivo de “eu”, “tu”, “ele” e “eles” recebiam acentoagudo (averigúe / averigúes / averigúe / averigúem) e as formas de “nós” e “vós” recebiam trema (averigüemos / averigüeis).

Agora, foram abolidos o acento agudo e o trema de todas essas conjugações.

Assim, a partir de 2009, passamos a conjugar da seguinte forma: (eu) averigue, (tu)averigues, ( ele) averigue, (nós) averiguem os, ( vós) averigueis, ( eles) averiguem .

O Acordo possibilitou outra forma de conjugação desse e de outros verbos, comodelinquir e os derivados de “aguar”. A sílaba tônica recairia nas vogais “i” e “a”,acentuando essas vogais: averígue / deságua / delínque. Nesse caso, as formas seriamclassificadas, para acentuação gráfica, como paroxítonas terminadas em ditongos

crescentes.

23 – E

O assunto agora é conjugação verbal no i m p e r a t i v o.

O objetivo de uma propaganda é se aproximar ao máximo de seu público-alvo. Assim, acomunicação deve ser direta e rápida. Muitas vezes, para se aproximar da linguagemcoloquial, passa por cima de certas normas gramaticais.

No comercial da Caixa Econômica Federal, houve uma mistura de tratamentos. Aomesmo tempo em que flexiona o verbo como ‘VEM’, indicando o tratamento de segundapessoa do singular (no imperativo tu vens – “s” = vem tu), usa o pronome VOCÊ, que

leva o verbo para a 3ª pessoa (no imperativo que ele venha = venha você).Ainda que se alegue uma impropriedade no uso de “pra” em lugar de “para”, essa forma já encontra registro nos mais consagrados dicionários. Além disso, como indica oenunciado, o que mais se comentou em relação ao texto do comercial não foi o uso do “pra”, mas o emprego incorreto do verbo no imperativo.

Por isso, a resposta foi letra E.

24 - A

Na opção a, houve o emprego do verbo ‘submeter’ no imperativo afirmativo. Como otratamento usado é de segunda pessoa (te), a regra indica que o verbo deve serconjugado pelo presente do indicativo, sem a letra “s” (pres.indicativo: tu te submetes

imperativo: submete [tu]). Assim, a forma correta seria: “Trabalhador, jamais te s u b m e t e  a formas ...”.

Certamente, alguém deve estar se perguntando: mas essa construção não está nonegativo, o que levaria o verbo para o imperativo negativo e, consequentemente, para aconjugação do presente do subjuntivo?

Essa foi uma maldade da banca: o advérbio  j am ais, ainda que apresente uma ideianegativa, é considerado um advé r b io de t empo , equivalente a “em tempo algum”,devendo o verbo ser conjugado no imperativo afirmativo.

b) Note que, nesta opção, emprega-se o tratamento de terceira pessoa (não sesubmetam). Ainda que o tratamento fosse de segunda pessoa, a conjugação do verbo

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seria no imperativo negativo, em virtude da presença do “não” e seguiria o presente dosubjuntivo (“Trabalhadores, não t e submetam a form as...”).

c) Está correto o emprego do verbo SUBMETER no presente do subjuntivo, já que indicauma situação hipotética (“Não somos tr abalhadores que nos submet amos...”) .

d) O verbo nessa opção está no pretérito mais-que-perfeito do indicativo, indicando aocorrência de um fato anterior a outro fato também passado.

e) Essa questão seria pass íve l d e anu lação em virtude de uma colocação pronominalindevida. Na aula apropriada (“Pronomes”), veremos que um advérbio antes do verbosem pausa (como uma vírgula) atrai o pronome. Nessa construção, para que estivessecorreta a colocação pronominal, deveria haver uma vírgula após “Constantemente ” (“Constantemente, submetemo-nos...”) ou o pronome deveria vir an t es do verbo(“Constantemente n os subm etemos ...”).

Como nosso assunto hoje é VERBO, vamos analisar a questão somente sob esteaspecto.

Quando os pronomes átonos n os e vos são empregados após uma forma verbalterminada em “s”, essa letra cai: s u b m e t e m o - n o s / s u b m e t e i- v o s. Por isso, emrelação à forma verbal, está correta a opção.

Contudo, Napoleão Mendes de Almeida (Gramática Metódica da Língua Portuguesa ) justifica essa opção pela eliminação do “s” como hábito ou facilidade da pronúncia,afirmando que não se pode considerar errada a forma “queixamos-nos”.

Aliás, vamos aproveitar para explorar um pouco mais esse assunto.

Quando os pronomes o, a, os, as são empregados após o verbo cuja terminação seja r ,s, z, ao pronome é agregada ao pronome a letra L ( lo , la , los, las) e o r , s, z ‘caem’.Exemplo: “Comprei o jornal para procurar empr ego.” =  par a p r ocu r á - lo  .

Em relação à acentuação, já comentamos na aula de ortografia que este verbo éentendido como um vocábulo independente, devendo obedecer às regras: pr ocu r á =oxítona terminada em “a”.´

Se o pronome dividir o verbo em duas partes, cada parte será analisada, para fins deacentuação, como se um único vocábulo formasse.

Exemplo: Nós  d is t r i bu i r í amos  o medicamento.

Em mesóclise: DISTRIBUIRÍAMOS + O = DISTRIBUIR + O + ÍAMOS

A letra “r” cai e o pronome “o” vira “lo” = distribuí-lo-íamos.

Agora, vamos à acentuação:

No “pedacinho” d is t r i bu i , a sílaba tônica recai no “i”. Como segunda vogal do hiato,deve ser acentuada = distribuí (com acento agudo no “i”)

O outro “pedaço” í amos recebe acento por ser uma proparoxítona.

Assim, a forma verbal correta é: d is t r i bu í - l o - í amos.

Quando o verbo termina de forma nasal (-m, -ão, -õe), aos pronomes o, a, os, as éacrescentada a letra “n”.

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Exemplo: “Nossos destinos tomaram caminhos diversos.” =   TOMARAM + OS =t o m a r a m - n o s  

 “Os caridosos dão o pão aos que têm fome .” – DÃO + O = dão- no  

“Tem calma e põe a tua cabeça no lugar” – PÕE + A = põe- na no luga r  

( O bse r ve , nesse ú l t imo exemp lo , o empr ego do imper a t i vo em cons t r ução desegunda p essoa – t u )

Mais sobre o assunto será objeto da aula sobre PRONOMES.

Vamos, agora, ver mais algumas questões que envolvem conjugação do imperativo pararelembrar as regras.

25 – B

No imperativo afirmativo, a regra é o emprego do presente do subjuntivo. As únicasexceções (que, por ser em menor número, devem ser memorizadas) ficam por conta dassegundas pessoas – TU e VÓS, que buscam a conjugação do presente do indicativo sema letra “s”.

Assim, o verbo ADIVINHAR, na 2ª pessoa do plural (vós) no presente do indicativo éad iv inha is. Sem a letra “s”, o imperativo é ad iv inha i .

26 – D

Agora, vamos relembrar a conjugação do imperativo negativo. Essa é mais fácil ainda.Todas seguem a con jugação do p r esen t e do sub ju n t i vo .

Por isso, o verbo TER, na 3ª pessoa do singular (Tenha), fica no imperativo negativo: “não tenha”. Não houve alteração pelo fato de o verbo, no imperativo afirmativo, serconjugado pelo presente do subjuntivo.

Só há diferença entre as formas afirmativa e negativa para as segundas pessoas (tu evós).

27 – D

Agora nosso assunto será locução verbal.

Em uma locução verbal, pode haver um ou mais verbos auxiliares e só um verboprincipal.

Quem manda é o principal, mas quem se flexiona é o primeiro (ou único) auxiliar, damaneira como o principal, se estivesse sozinho, faria.

Nessa questão, está em análise o verbo HAVER. No sentido de existência, esse verbo éIMPESSOAL, ou seja, não possui sujeito, por isso se mantém na 3ª pessoa do singular.

O mesmo não acontece com o seu “primo”, o verbo EXISTIR. Esse verbo possui sujeito ese flexiona.

Vamos analisar cada uma das opções para identificar a INCORRETA.

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A) O sujeito do verbo ex is t i r é “plantas”, motivo que levou o verbo a se flexionar noplural: existem. Está certa!

B) Agora, o verbo principal é o HAVER. Como ele indica existência, é impessoal e não seflexiona. Ele dá essa ordem ao seu auxiliar, que deve permanecer na 3ª pessoa dosingular: “Deve haver plantas”. Certíssima!

C) Dessa vez, o verbo principal é o EXISTIR. Então, o verbo auxiliar deverá se flexionar,da mesma forma que o fez o verbo principal na opção A: “Podem existir plantas”. Certa!

D) Em “há de existir” temos os dois verbos: HAVER e EXISTIR. Então teremos de verquem é que manda nessa oração. O verbo haver é auxiliar e só obedece ao verboEXISTIR. Este se flexiona quando está sozinho. Então é essa a ordem que dá ao seuauxiliar: flexione-se. Em “Aqui há de existir plantas”, há um erro de concordância (overbo auxiliar da locução está em desacordo com o sujeito “plantas”. A forma corretaseria: “Aqui hão de ex i s t i r plantas”. É essa a resposta.

Sobre esse ponto, costumo cantar uma linda canção de Gilberto Gil que exemplificamuito bem a flexão em verbos auxiliares. Chama-se “Estrelas”:

Há de surg i r  

Uma es t r e la no céu cada vez que ‘ocê sor r i r  

Há de apagar  

Uma es t r e la no céu cada vez que ‘ocê chorar  

Os verbos principais são “surgir” e “apagar”. “Uma estrela surgirá”, “Uma estrela seapagará”.

Como os verbos não estão “sozinhos”, mas acompanhados de um verbo auxiliarformando uma locução verbal, dão essa ordem para seus auxiliares.

Logo, “Uma estrela há de surgir” e “Uma estrela há de se apagar”.

Se o sujeito fosse para o plural, seria “Estrelas h ão de surgir” e “Estrelas h ão de seapagar”, assim como seria “Estrelas surgirão” e “Estrelas se apagarão”.

Quando uma locução apresenta mais de um verbo auxiliar (até dois), apenas o primeirose flexiona, devendo o segundo permanecer em uma forma nominal (normalmente oparticípio). Isso ocorre em construções de voz passiva que se originam de temposcompostos na voz ativa. O exemplo elucida a teoria.

VOZ ATIVA: Os usineiros têm explorado os trabalhadores. (tempo composto)

VOZ PASSIVA: Os trabalhadores têm sido explorados pelos usineiros.

E) O verbo principal HAVER faz com que o verbo auxiliar não se flexione: “Pode haverplantas”. Também está certa.

28 - A

ACORDO ORTOGRÁFI CO: As palavras “ideia” e “Coreia” não recebem mais acentoagudo.

Como vimos exaustivamente na questão anterior, em uma locução verbal, somente overbo auxiliar se flexiona, mantendo-se o principal inalterado na forma nominal.

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Assim, está incorreta a flexão de “tornarem-se”, pois ele é o verbo principal da locuçãoverbal.

A forma corrigida seria: “Deveriam  t o r na r - se  alvos de uma diplomacia...”.

29 – E

Falaremos, agora, sobre transposição de vozes verbais.

Primeiro cuidado:

Passando da v oz a t iva p ara a pass iva : identifique o objeto direto da voz ativa, queexercerá a função de sujeito na voz passiva;

Passando da voz pass iva para a a t iva : você deverá identificar o sujeito da vozpassiva e colocá-lo na posição de objeto direto da voz ativa; se não houver um agenteda passiva, não haverá sujeito na voz passiva, ou seja, será um caso de sujeitoindeterminado. O verbo ficará na terceira pessoa do plural, indefinindo o sujeito da açãoverbal.

Segundo cuidado: manter o verbo no mesmo tempo e modo verbais do original.

Nesta questão, a transposição será da voz ativa para a passiva.

O sujeito exercerá a função de agente da passiva.

O objeto direto será o sujeito da voz passiva.

O verbo se tornará uma locução verbal, respeitando-se o tempo e modo originais.Assim, a voz passiva será: “Dinheiro é gas to por ele que nem água.”.

30 – A

Agora, a transposição parte da voz passiva para a ativa. Note que não há agente dapassiva, o que indica que, na voz ativa, teremos um caso de sujeito indeterminado.

H á duas f o r mas de se cons t r u i r su j e i t o i nde t e r m inado :

1ª. qualquer que seja a transitividade do verbo, este fica na terceira pessoa do p lu r a l ;

2ª. verbos que n ã o t e n h a m o b j e t o d i r e t o (ou seja, verbos de ligação, intransitivos ou

transitivos indiretos),  o verbo fica na 3ª pessoa do singular acompanhado do pronome “se”.

Como, na voz passiva, o verbo TEM DE SER transitivo direto ou transitivo direto eindireto, ou seja, t e m d e t e r o b j e t o d i r e t o, não há possibilidade de se construir, navoz ativa, a segunda forma de sujeito indeterminado.

Assim, nos casos em que não há agente da passiva, na voz ativa o verbo ficará na 3ªpessoa do plural, formando o primeiro caso de sujeito indeterminado.

Vamos à questão.

 “Com a verba do Estado, 18 composições já estão sendo reformadas.” 

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1º PASSO: Identificar o sujeito da voz passiva. O sujeito paciente é 18 compos ições 

 este elemento será o objeto direto da voz ativa.

2º PASSO: Note que são t r ê s os verbos na voz passiva:

ESTÃO + SENDO + REFORMADAS – do is aux i l i a r es ( es t ão e sendo ) e um p r inc ipa l( r e f o r m a d a s ) .

Isso indica que, na voz ativa, haverá DOIS verbos (ESTAR + REFORMAR). O segundoverbo auxiliar (o “do meio”: SENDO) é retirado.

Como não há agente da passiva, não haverá um sujeito na voz ativa. O verbo ficará nat e rce i ra pessoa do p lu ra l . Como se trata de uma locução verbal, isso acontecerá como verbo auxiliar. Originalmente, o primeiro verbo auxiliar estava no presente doindicativo, forma em que continuará na voz ativa.

Feitas essas alterações, a voz ativa seria: “Es t ão r e f o r m ando 18 composições com averba do Estado.”.

31 – C

Mais uma vez, vamos treinar a transposição de voz passiva para a voz ativa.

VOZ PASSIVA – “O martelo de percussão é confundido com um instrumentoameaçador.” 

1º passo: identificar o sujeito paciente – “O martelo de percussão”  esse será o objeto

direto da voz ativa.2º passo: manter o verbo no mesmo tempo e modo originais: é con f und ido , o verboauxiliar está no presente do indicativo.

Como não há agente da passiva, na voz ativa, teremos um caso de sujeitoindeterminado, devendo o verbo permanecer na terceira pessoa do plural.

Assim, a forma na voz ativa será: C on f undem o mar t e lo de pe r cussão com umins t r um en t o ameaçador .

Alguém parece estar perguntando: e se eu resolvesse colocar o verbo na terceira pessoado singular acompanhado do pronome SE? Ainda assim não seria um caso de sujeitoindeterminado?

A resposta é n ão . Quando um verbo transitivo direto ou direto e indireto estáacompanhado do pronome SE, forma-se a voz passiva pronominal.

É isso o que ocorre na opção (A). Em “Confunde-se o martelo de percussão...”, foimantida a voz passiva, só que da forma pronominal. A expressão “o martelo depercussão” continua a exercer a função de sujeito paciente e o pronome “se” é chamadode pronome apassivador.

32 – A

Finalmente, um caso de construção de voz passiva com agente da passiva, para facilitara nossa vida!!!

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1º passo: identificar o sujeito paciente – “nem todo hábito de consumo” 

esteelemento será o objeto direto da voz ativa.

2º passo: manter o verbo no mesmo tempo e modo originais Em “é ditado”, o verboauxiliar está no presente do indicativo.

O agente da passiva é “pela publicidade”, elemento que será o sujeito da voz ativa.

Em virtude do valor negativo do “nem” no início da construção, a voz ativa assimpoderia ficar: “A pub l i c idade não d i t a t odo háb i t o de consumo .”.

33 – D

1º passo: identificar o objeto direto: “o silêncio”  este será o sujeito da voz passiva.

2º passo: manter o verbo no mesmo tempo e modo originais – “quebrou” está nopretérito perfeito do indicativo. Por isso, a forma correta será: f o i queb r ado .

O sujeito da voz ativa será o agente da voz passiva. Assim, a voz passiva analítica seria:

“ O s il ênc io f o i qu eb r ado pe lo l enhado r . ” .

Se se optasse pela voz passiva pronominal, sairia de cena o agente da passiva e entrariao pronome apassivador: “ Q uebr ou - se o s i l ênc io .” .

Voltaremos a falar sobre esse assunto nas aulas sobre “Concordância”.

34 – E 

Vamos encerrar nosso estudo com CORRELAÇÃO VERBAL.

Como dissemos, não há necessidade de se decorar listas e mais listas de relações.Muitas vezes, esse tipo de erro você identifica com o seu ouvido.

Veja só esta questão.

a)  Há uma clara relação entre “fosse” e “teria”. Estão os dois verbos no campo dasuposição.

b)  Agora, ainda no campo da suposição, os fatos se reportam ao futuro: “for” e “terá”.

c)  Nessa relação, o fato existiu e pertence ao passado. Por isso, os verbos estãorespectivamente no pretérito perfeito e pretérito imperfeito do indicativo.

d)  Agora, temos uma locução verbal em tempo composto na primeira oração e umtempo composto correspondente na segunda.

e)  Note que há alguma coisa errada em “Se você seja...”. Essa conjunção não leva overbo para o subjuntivo, ao contrário de sua “prima”, a conjunção “caso” (“Casovocê seja...”).

35 – B

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Estão em desarmonia os verbos do período. Enquanto que o primeiro situa o fato nocampo real (“É conveniente...”) , o segundo está no plano da hipótese (“o t ime ficaria...”).

36 - C

ACORDO ORTOGRÁFI CO: A palavra “ideia” não recebe mais acento agudo.

Estamos diante de uma correlação inadequada na opção C. A forma “ f unc iona r ia ”   figura no plano da hipótese. Assim, a forma verbal do verbo fazer deve manter essalinha de raciocínio do fato contido em “funcionaria”:“(...) a economia funcionaria de maneira harmoniosa, regida por uma mão invisível que a  f a r i a   viver sempre em equilíbrio ” 

A forma verbal empregada – f az ia   - transmite uma ideia de processo não concluído.Indica o que no passado era frequente ou contínuo, o que não encontra respaldo nocontexto.

37 – I TEM I NCORRETO

Muitas vezes, o modo subjuntivo é uma exigência da construção. Note que a conjunção “se” aceita que o verbo seja conjugado no presente do indicativo: “...se se deseja umregime democrático...”.

A partir do momento em que se sugere a troca da conjunção “se” por sua equivalente, aconjunção “caso”, há necessidade de se alterar a conjugação do verbo a ela ligado,levando-o para o presente do subjuntivo: “caso se dese je um regime democrático...”.

O que torna i nco r r e t a a assertiva é a omissão da necessidade de se alterar a formaverbal.

38 – I TEM CORRETO

ACORDO ORTOGRÁFI CO: A palavra “ideia” não recebe mais acento agudo.

Ao contrário da questão anterior, dessa vez a banca examinadora já apresenta não só atroca da conjunção, como também a nova forma verbal, do futuro do subjuntivo (se nãofizermos/tivermos) para o presente do subjuntivo (caso não façamos/tenhamos).

39 – C

Mais uma questão envolvendo correlação verbal.

Está incorreta a relação dos verbos da opção C.

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Enquanto o primeiro apresenta um fato no pretérito imperfeito, indicando um fato decerta duração no passado, o segundo situa-o no campo da realidade futura, como seesse fato fosse certo de acontecer: “O autor do texto pensava que a Terra se tornaráinviável”.

A forma mais apropriada seria empregar o segundo verbo no futuro do pretérito,alocando o fato no campo das possibilidades, hipóteses: “O autor do texto pensava quea Terra se t o r na r ia inviável”. Note que essa é a sugestão das opções a, b e e .

40 – A

Em “Se houvesse uma lei que proibisse...”, nota-se que essa lei não existe e não se temcerteza se ela existirá um dia. Assim, todos os fatos estão no campo da suposição.

Já na opção A, tanto o primeiro verbo (houver) como o segundo (proíba) situam os fatostambém como hipóteses, mas desta vez em relação ao futuro, entendendo-se que, noatual momento, tal lei efetivamente não existe, mas pode ser que ela venha a existir.

É por isso que está perfeita a relação entre esses dois verbos.

Não é possível a construção de “se haver”(b/d) e “se haja”(c).

Já a forma “proibisse”, além de apresentar erro de acentuação, não estabelece umarelação adequada com a forma “houver”, que se reporta ao futuro.

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AULA 4 - SI NTAXE DE CONCORDÂNCI A – PARTE 1

Hoje começaremos a tratar de um dos pontos mais importantes no estudo daLíngua Portuguesa de forma geral e especialmente para concursos públicos:

CONCORDÂNCIA.Infelizmente, há muitas regras nesse ponto do programa, motivo que nos leva adividi-lo em duas partes.

Sempre que possível, procuraremos facilitar a sua vida, com dicas e métodos dememorização.

CONCORDÂNCI A consiste no mecanismo que leva as palavras a adequarem-seumas às outras harmonicamente na construção frasal.

 “Concordar” significa “estar de acordo com”. Assim, na concordância, tanto nominalquanto verbal, os elementos que compõem a frase devem estar em consonânciauns com os outros.

Essa concordância poderá ser feita de duas formas:- gramatical ou lógica – segue os padrões gramaticais vigentes;

- atrativa ou ideológica – dá ênfase a apenas um dos vários elementos, com valorestilístico.

CONCORDÂNCI A VERBAL – variação do verbo, conformando-se ao número e àpessoa do sujeito.

CONCORDÂNCI A NOMI NAL – adequação entre o substantivo e os elementos quea ele se referem (artigo, pronome, adjetivo).

Como muitas questões abordam tanto concordância nominal quanto verbal,tornando-se impossível tratar cada uma delas de forma isolada, para tornar mais

didático o nosso estudo, deixamos para a próxima aula a apresentação de questõesde fixação.

Isso significa que nossa aula de hoje será teórica, com a apresentação de algumasquestões de prova somente a título exemplificativo.

Mas não se preocupe: na próxima semana, as questões envolverão todo oprograma (concordância nominal e verbal) e você poderá praticar bastante.

:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Para estudarmos concordância, devemos ter claros os conceitos e funções dealguns termos da oração.

De início, lembramos a distinção entre as CLASSES GRAMATICAIS e FUNÇÕESSINTÁTICAS.

Costumo dar o seguinte exemplo: JOÃO é uma única pessoa.

No entanto, JOÃO pode exercer uma infinidade de funções na sociedade. Em casa,JOÃO é um pai zeloso e marido exemplar. No condomínio em que mora, JOÃO é osíndico e vizinho atencioso. Em seu trabalho, JOÃO é chefe de setor. Na igreja, é oORGANI STA.

Assim funcionam as palavras. Em analogia a JOÃO, apresentamos umSUBSTANTI VO (classe gramatical, que não se modifica). Esse substantivo (classegramatical) pode exercer várias funções sintáticas. Pode ser o núcleo do sujeito, oobjeto direto, o objeto indireto, o predicativo do sujeito etc.

É como se a classe gramatical fosse JOÃO, e as funções sintáticas fossem “paizeloso”, “marido exemplar”, “síndico”, “chefe”, “organista”, ou seja, a palavra

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pertence a certa classe gramatical e a função sintática que exerce pode, algumasvezes, variar, a depender da estrutura oracional.

Vamos, agora, relembrar a tabela de classe das palavras variáveis e invariáveis,apresentada na Aula 2 .

CLASSES DE PALAVRA S

VARIÁVEIS INVARIÁVEIS

Subs tan t i vo Advé rb io

Ad je t i vo Pa lav ra Deno ta t i va

Ar t igo Prepos ição

Pronome Con junção

Numera l In te r j e i ção

VerboFUNÇÕES SI NTÁTI CAS

Trata-se de uma noção preliminar. O assunto será explorado na aula própria sobre “Termos da Oração”.

São termos essenciais da oração: SUJEI TO e PREDI CADO.

SUJEI TO:

- SIMPLES - possui apenas um núcleo

- COMPOSTO - apresenta mais de um núcleo.

- OCULTO - é identificado pela desinência verbal (Andei por estradas) ou por estarexpresso em oração precedente (O Brasil jogou mal e f o i e l im inado [o Brasil ] daCopa do Mundo pela França).

- INDETERMINADO - a ação verbal é atribuída a um ser que não é determinado, ouseja, “alguém” praticou a ação. Só não se pode (ou não se quer) designá-lo.

- ORAÇÃO SEM SUJEITO - não existe um ser a quem se possa atribuir a açãoverbal.

PREDI CADO:

- VERBAL - Apresenta um verbo que indica uma ação, podendo ser intransitivo,transitivo direto ou indireto.

- NOMINAL - Apresenta um verbo de ligação, que indica e possui predicativo dosujeito.

- VERBO-NOMINAL - é o predicado que, formado por um verbo intransitivo outransitivo, atribui uma ação ao sujeito e uma qualidade ao sujeito (Predicativo doSujeito) ou ao objeto (Predicativo do Objeto). Estão presentes nesse predicadotanto a ação (própria do predicado verbal) como o estado ou a qualidade (que podeser atribuído ao sujeito ou ao objeto).

ELEMENTOS COMPLEMENTARES AO VERBO:

- OBJETO DIRETO - é o complemento que se liga ao verbo sem preposiçãoobrigatória.

- OBJETO INDIRETO – é o complemento que se liga ao verbo por meio de umapreposição obrigatória.

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- PREDICATIVO DO SUJEITO - é o termo que, mesmo distante, se refere ao sujeito.Pode estar presente no predicado nominal ou no verbo-nominal.

- PREDICATIVO DO OBJETO - é o termo que indica uma qualidade ao objeto, diretoou indireto. Está presente no predicado verbo-nominal.

- AGENTE DA PASSIVA - é o complemento que, na voz passiva com auxiliar,designa o ser que pratica a ação sofrida ou recebida pelo sujeito paciente.

ELEMENTOS A CESSÓRI OS - Por ora, só nos interessa um deles.

ADJUNTO ADNOMINAL – os elementos vêm junto ao nome para definir ou restringirseu significado.

CONCORDÂNCI A NOMI NAL.

Regra ge ra l  

A regra geral define que os termos (pronomes, artigos, adjetivos e numerais) quedependem do nome (substantivo) com ele concordam em gêne ro e núm ero .

O que mais nos interessa estudar é a concordância entre ADJETIVOS eSUBSTANTIVOS, por constituírem vários casos de concordância.

Os nossos m édicos  descobriram a cura da doença.

Passamos b o n s m o m e n t o s   j untos.

Casos esp ecia is  

No entanto, alguns casos fogem à regra geral. Vejamos como o adjetivo secomporta em cada um dos casos especiais.

O adjetivo (CLASSE GRAMATICAL) pode exercer uma das seguintes funçõessintáticas: ADJUNTO ADNOMI NAL, PREDI CATI VO DO SUJEI TO ouPREDI CATI VO DO OBJETO.

CASO 1: ADJETI VO na fu nção de ADJUNTO ADNOMI NAL

O nome desta função sintática já ajuda a identificá-la: ADJUNTO ADNOMINALsignifica JUNTO AO NOME, ou seja, palavras que vêm junto ao nomecomplementando, designando ou restringindo o seu significado.

1.1 - ADJETI VO ANTEPOSTO A MAI S DE UM SUBSTANTI VO

Ad je t i vo an tepos to ao subs tan t i vo na função de ad jun to adnomina l

conco rda com o m a is p róx im o .B I Z U: Para lembrar, memorize que tudo começa com a letra A:

Adjetivo Anteposto na função de Adjunto Adnominal concordância Atrativa.

Observaram-se b oa  disciplina, estudo e t rabalho.

Desfrut ei de boas  horas e mom entos naquele lugar.  

OBSERVAÇÃO: Se p receder um substan t ivo como t í tu lo , p renome,paren t esco ou se re fe r i r a nom es própr ios , inc lus ive de pessoas i lus t res, éem preg ado SEMPRE no p lu ra l .

Os  i r m ã o s  Pedro e Paulo estiveram aqui.

Tivemos a presença dos i l us t res  Celso Cunha e Evanildo Bechara.

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Ele se refer iu aos senhores  Magalhães e Peixoto.

1.2 - ADJETI VO POSPOSTO A MAI S DE UM SUBSTANTI VO

O adjetivo pode ficar no singular (concorda com o mais próximo – CONCORDÂNCIAATRATIVA) ou no plural (concorda com todos os elementos – CONCORDÂNCIAGRAMATICAL).

A vontade e a inteligência h u m a n a ( s ) .

As conquist as e as descobert as por tuguesas .

Na norma gramatical, quando os substantivos tiverem gêneros diferentes(masculino e feminino), o masculino prevalece. Pode haver 200 substantivosfemininos e um masculino, e o adjetivo deverá ir para o masculino (viu como oPortuguês é machista???).

O carro, a motocicleta e a bicicleta e n v e n e n a d a ( o s ) .O trabalho e as realizações consegu idas (os ) .

Defeitos e virt udes ve rdade i ros (as ) .  

1.3 – DOI S OU MAI S ADJETI VOS COM UM SUBSTANTI VO: há trêspossibilidades.

Estudamos a c iv i l ização grega e romana.

Estudamos a c iv i l ização grega e a  romana.

Estudamos as c iv i l izações grega e romana. 

Esse conceito já foi objeto de prova da Cespe/UnB. Vejamos.

(UnB CESPE/ Banco do Brasil/2 002)

Julgue a assertiva abaixo.

- Seria igualmente correto substituir o trecho “As políticas fiscal e monetáriacontribuíram” (R.21-22) por A po l í t i ca f i sca l e monetár ia con t r ibu iu , Apo l í t i ca f i sca l e a monetár ia con t r ibu í ram ou As pol í t icas f isca is em one tá r i as con t r i bu íram .

Este item foi considerado CORRETO. Foram apresentadas as três possibilidades de

concordância entre um substantivo e mais de um adjetivo. Na primeira, os doisadjetivos se ligam ao substantivo e a concordância verbal se faz no singular. Nasegunda forma, individualizou-se cada uma das políticas, levando o verbo para oplural. Na terceira e última construção, apresentou-se o substantivo no plural,flexionando-se o verbo no mesmo número. Todas essas formas estariam corretas.

1.4 - O MESMO ADJETI VO EM RELAÇÃO A MAI S DE UM SUBSTANTI VO

- Se estes substantivos forem ou puderem ser considerados SI NÔNI MOS,ANTÔNIMOS ou formarem GRADAÇÃO das ideias enunciadas, o adjetivo só podepermanecer no SI NGULAR, concordando com o mais próximo, quer estejaanteposto ou posposto aos substantivos.

Ele sempre teve ideia e pensamento f i x o naquela mulher. (SINÔNIMOS)Naquele país, há frio e calor i n tenso . (ANTÔNIMOS)

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É preciso dedicação ao carinho, amor e paixão a lhe ia. (GRADAÇÃO)

- CUI DADO COM O SENTI DO: algumas vezes, o adjetivo só pode estar sereferindo a um dos substantivos, caso em que deverá concordar com ele.

Comprei no supermercado carne e legume  f resco  /  f rescos  . – A concordância éfacultativa, pois tanto os legumes quanto a carne podem estar frescos.

Comprei no supermercado carne e legume  ve rdes  . – Opa! Essa carne deve estarestragada. O adjetivo só pode se referir a “legume”, devendo permanecer nosingular: carne e legum e v e r d e  .

Observe, agora, uma ótima questão de prova, aplicada pela NCE/UFRJ(Corregedoria de Justiça do Rio de Janeiro): 

“ . . . resp i ração e c i rcu lação sangüínea ( * ) .” ; na Nova gramática do português contemporâneo , p. 265, o prof. Celso Cunha diz: “(Quando oadjetivo vem depois dos substantivos), se os substantivos são do mesmo

gênero e do singular, o adjetivo toma o gênero dos substantivos e, quanto aonúmero, vai: para o singular (concordância mais comum) ou para o plural(concordância mais rara).” Assim sendo:

(A) o adjetivo sangüínea(* ) poderia também aparecer com a formasangüíneas(* );

(B) o autor preferiu a concordância mais rara à mais comum;

(C) o autor do texto cometeu um erro de concordância;

(D) razões semânticas fazem que a única forma possível do adjetivo sejasangüínea(* );

(E) a única forma correta do adjetivo é sangüíneas(* ) .

O gabarito foi a letra D. Não há possibilidade de o adjetivo sanguíneas(* - nova grafia, sem o trema) se referir a respiração , por razões semânticas. Contudo,muitos candidatos, levados pelo enunciado, devem ter marcado a opção A,esquecendo-se do sentido das palavras.

1.5 - A lgu m as pa lavras espec ia is:

- M ESMO, PRÓPRI O, TAL – como PRONOMES DEMONSTRATIVOS, variam paraconcordar com o substantivo a que se referem (os pronomes são, regra geral,variáveis).

Elas m e s m a s  não sabiam o porquê.

O vocábulo MESMO não se flexiona quando apresentar valor adverb ia l (advérbiopertence à classe de palavras invariáveis), equivalente a r ea lmen te , de fa to ou àpalavra invariável at é.

Elas não sabem o que f azer m e s m o ( r e a lm e n t e) .

M e s m o  elas, que eram tão experientes, não sabiam o que f azer.

O vocábulo TA L também pode se apresentar na expressão TAL QUAL, caso emque cada elemento irá concordar com o substantivo ou pronome a que se referir.

Ela queria que sua filha fosse tal qua i s  as  p r i m a s  .

Eles se comport am tais qua i s  os  pais  .

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Eles se comport am tais q u a l  a m ãe .

Que ta l ve rm os um a questão de p rova sobre isso? Vamos lá .

(NCE UFRJ / INCRA / 2005)

Assinale a frase com ERRO de concordância da palav ra m esmo: 

(A) A Portu guesa, mesmo derrot ada, não cairá para a segunda divisão; 

(B) Ela mesma arrum ou toda a casa; 

(C) Joana é teim osa mesmo; 

(D) As folhas rasgaram- se por si mesmo; 

(E) Na mesma praça, no mesmo jardim.

Você achou o erro? O gabarito foi a letra D. O correto seria “as folhas rasgaram-sepor si m e s m a s”, já que o vocábulo é um pronome demonstrativo e, portanto,

variável.Nas demais ocorrências, a palavra “mesmo” é:

a) palavra denotativa (ainda que derrotada); logo, invariável.

b) um pronome demonstrativo corretamente flexionado, concordando com opronome pessoal reto.

c) esse “mesmo” tem valor adverbial (ela é realmente teimosa) e, por isso, nãovaria.

e) agora, esse pronome está em harmonia com o substantivo “jardim”.

- AN EXO, I NCLUSO, JUNTO, NENHUM, LESO, OBRI GADO, QUI TE: com valoradjetivo, se flexionam em gênero e número de acordo com o termo que modificam.

Observação: A locução adverbial e m a n e x o fica invariável.

Enviamos anexas  as  i n fo rmações   /  anexos  os  d o c u m e n t o s  .

M u l h e r es n e n h u m a s  o agradavam. / Eles não são n e n h u n s   san t i nhos  .

Estamos q u i t e s  com você./ Estou q u i t e  com v ocê.

Vinham  i nc lusas  na pasta a carta e a procuração.

Elas saem sempre  j u n t as.

Aqueles eram crimes de lesa -pátr ia / de leso -patriotismo /  lesas -razões.

Vamos bem, obrigados. (grat os, agradecidos)

A palavra JUNTO só fica invariável quando faz parte de uma locução prepositiva(preposição faz parte da classe de palavras invariáveis), como  j u n t o com / j u n t oa .

Por isso, nada de “nós vamos chegar junto”! O correto seria “nós vamos chegar juntos”.

Até porque você já deve estar meio “velhinho(a)” para usar gírias como “ela(e) nãochega junto” no sentido de “corresponder às expectativas” ou coisas afins...rs...

Essa expressão só é admissível na linguagem coloquial vulgar.

Nós saímos  j u n t os , almoçamos  j u n t os , m as ele não “chegou junt o”. ( rs...)

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Vamos ana l i sa r um a ques tão de p rova :

(FUNDEC / TJ MG / 2002 - adaptada) Julgue se a assertiva abaixo está de 

acordo com a norm a culta escrita.- Após um longo período de dificuldades, estou finalmente quites com todos os meus credores.

A construção apresenta erro de concordância nominal. O adjetivo “quite” deve seflexionar de acordo com o nome ou pronome a que se refere, no caso ao pronomepessoal reto eu , identificado a partir da desinência verbal (“estou” ), ficando nosingular: “...estou finalmente q u i t e  com t odos os meus credores” .

- SÓ, MEI O, BASTANTE, CARO, BARATO: concordam com o substantivo a que sereferem.

Se forem usados como advérbios ou palavras denotativas, ficam invariáveis.

Eles estavam  sós  no apartamento ( adjetivo - v ariável)

Ele só  quer o nosso bem ( = apenas – palavra denotativa - invariável)

Aquelas roupas estavam  b a r a t a s/ c ar a s .(adjetivos - variáveis)

Os gêneros alimentícios permanecem  c ar o s / b a r a t o s. (adjetivos – variáveis)

Os gêneros alimentícios custam  c ar o / b a r at o .(advérbios - inv ariáveis)

Ela estava m e i o  embr iagada pelo sucesso. (advérbio - invariável)

Suas ideias eram  b a s t a n t e  interessantes.(= mu ito – advérbio – invariável)

Compraram duas m eias en t r adas  para o espetáculo. (num eral)Enfrentamos bas tan tes p rob lemas  difíceis. (pr onome indefinido – variável)

A expressão a sós fica SEMPRE invariável, por ser uma locução adverbial.

Ela gosta de estar  a sós .

A expressão por s i só se flexiona com o substantivo ou pronome em referência.

As notícias , por s i sós  , não foram suficientes para acalmá- la.

Vamos ver outra questão de prova.

(FGV / ALESP / 2002)Assinale a alternativa cuja concordância NÃO está de acordo com os padrões cultos: A. Ela está m eio cansada.B. Eles estão m eio cansados.C. Eles estão meios cansados.D. Ele está m eio cansado.

Você deve ter considerado esta questão bem mais fácil que as demais. A palavraMEIO, com valor adverbial, permanece INVARIÁVEL. Na dúvida, tente trocar poroutro advérbio, como MUITO: “Ela está MUITO cansada”, “Eles estão MUITO cansados”. Viu só? Se não houve alteração com MUITO, também não haverá com

MEIO. 

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- M ENOS - fica SEMPRE invariável, qualquer que seja a sua classificação (pronome,advérbio).

Vieram  m e n o s  pessoas que o esperado.( pronom e indefinido)

Coma m e n o s  .(advérbio) - MONSTRO, ALERTA, PSEUDO – ficam INVARIÁVEIS. 

Os soldados estav am  a le r ta  .(advérbio)

Há no governo alguns pseudo-  intelectuais.( elemento de composição)

Eles eram criaturas m o n s t r o .(formado a partir de derivação imprópria, ou seja,originalmente era um substantivo e foi usado como adjetivo).

Já existe registro no Dicionário Eletrônico Aurélio da palavra a le r ta com valoradjetivo, caso em que se torna variável.

Nada lhes escapa, são homens a le r tas  .

Para treinarmos, que tal mais uma questão de prova? Vamos lá.

(FGV/PREF.ARAÇATUBA/2001)

A alternativa correta quanto à concordância nom inal é 

A.   A empregada mesmo viu tudo.

B.   Já fiz isso bastan te vezes.

C.  Passado a crise, voltaram.

D.   As frutas chegaram m eio estr agadas.

Vamos analisar cada uma das opções:

a) O pronome demonstrativo MESMO deve concordar com o nome EMPREGADA. Sevocê estiver achando estranho, troque o nome por um pronome: “Ela  m e s m a viutudo”.

b) Os vocábulos MUITO e BASTANTE tanto podem ser pronomes indefinidos comoadvérbios. A diferença está no emprego e na flexão. Os advérbios modificamadjetivos, verbos ou outros advérbios e permanecem invariáveis. Os pronomesindefinidos podem modificar substantivos, concordando com eles em gênero enúmero. Veja agora a que classe de palavra pertence o vocábulo modificado por

 “BASTANTE”: “Já fiz isso  bas tan te v ezes  ” . Está modificando o substantivo VEZES.Logo, só pode ser um pronome indefinido e deve se flexionar: bas tan tes vezes  ( m u i t a s v ez es ) . 

c) Pergunto a você: o que passou? Resposta: “a crise”. Então o particípio “passado” deve com este substantivo concordar: “Passada a crise”.

d) Como já vimos anteriormente, o vocábulo MEIO pode ter valor adverbial, assimcomo o MUITO. Na dúvida, troque um pelo outro para verificar se há flexão. Se nãohouver, confirma-se o emprego como advérbio, e não uma classe de palavrasvariável: “As frutas chegaram  m u i t o   estragadas”    “As frutas chegaram  m e i o   estragadas” . Está correta a oração da opção D.

1 .6 . Um e ou t r o / N em u m n e m o u t r o

Com essas construções, o subs tan t i vo permanece no s ingu la r , mas o ad je t i vo  

vai para o p lu ra l .

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B I Z U: Como os elementos são ligados por elementos aditivos (E, NEM), há apenasum substantivo se referindo a cada um deles (singular), mas o adjetivo se refere atodos (plural).

Houve um e outro h o m e m   esco lh idos  para o cargo.

O delegado não apurou nem um nem outro c r i m e   pra t i cados  .

Um e outro a l i m e n t o   n a t u r a i s  .

Se você estiver achando essa construção feia, espere até chegar a hora de falarmossobre a concordância verbal nesses casos !!!

1 .7

O( S) / A ( S)

m a is / m e n os

m e l h or ( e s) / p i or ( e s)

m a i or ( e s) / m e n o r ( es )

qua lque r ad je t i vo

possíve l (e is )

O adjetivo “possível” segue o que indica o artigo “o/a/os/as”.

Se estiver no plural (os/as), o adjetivo “possível” também se flexiona (possíveis).

Se ficar no singular (o/a), assim também fica o adjetivo (possível).

B I Z U: A expressão “o m a is possíve l” pode ser considerada uma locução adverbial(invariável), equivalente a “muito” ou “bastante”, enquanto que a expressão osmais possíve is poderia ser considerada uma locução adjetiva (variável),

equivalente a um superlativo.Conheci m ulheres o m a is encan tadoras poss íve l . (muito encantadoras)  

Havia mestres os mais in te l ig ent es poss íve is. (inteligentíssimos)

1.8 . A o lhos v is tos

Essa expressão pode ficar invariável (locução adverbial) ou a palavra v i s toconcordar com o substantivo a que se refere.

Ela tem piorado a o lhos v i s tos / a o l hos v i sta .

1.9 . Ha ja v is ta

Essa expressão está sempre certa quando invariável, equivalente a “Veja”.

Uma outra possibilidade de construção é com o substantivo v i s ta (INVARIÁVELSEMPRE!) e o verbo se flexionando de acordo com o substantivo que se segue.

Ha ja v i s ta  o resultado.

H a j a v i st a / H a j a m v i st a  os resultados.

H a j a v i st a / H a j a m v i st a  as dificuldades por que passamos.

Uma terceira forma, apresentada por alguns autores, é INVARIÁVEL com a

preposição “a” ou “de”.

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Ha ja v i s ta   ao  resultado.

Ha ja v i s ta do  resultado.

Não é possíve l nenhuma construção com “visto”, provavelmente resultante de

 “contaminação” das expressões “visto que” ou “visto como”. B I ZU: Uma boa m ane i ra de l em bra r as duas ú l t im as reg ras é : enquan to nocaso 1 .8 quem pode se f lex iona r é V I STO ( “ a o lhos v i s tos / v i s ta / v i s to /  v i s tas ) , no 1 .9 essa palav ra é I NFLEXÍ VEL ( “ ha ja / ha jam v i s ta ) .

Para encerrar esta parte, vamos resolver mais uma questão de prova.

(BESC ADVOGADO/ 2004)

Assinale a alternativa aceitável segundo a norma culta.

(A) Ela mesmo qu is se apresentar para a diretor ia.

(B) Há bastante coisas a serem feitas antes da chegada do nosso diretor.

(C) Aqueles funcionários são o mais capacitados possível.

(D) Eles pediram empr estado a caixa de document os.

(E) Anexo segue os documentos.

O gabarito foi a letra C. Note que o adjetivo “possível” segue a flexão do artigo “o” – tudo no singular.

Os erros das demais opções são:a) “Ela m e s m a quis se apresentar para a diretoria.” – o pronome demonstrativodeve concordar com o nome/pronome a que faz referência.

b) Agora, o vocábulo “bastante” é um pronome indefinido. Na dúvida, troque por “muito” e veja como ficaria: “Há muitas coisas...”  “Há bastantes coisas...”.

d) O adjetivo “emprestado” deve concordar com o objeto direto “caixa dedocumentos”, cujo núcleo é representado por ca ixa . Assim, a forma correta seria:

 “Eles pediram empres tada a caixa de documentos”. Esse é um dos casos deADJETIVO na função de PREDICATIVO DO OBJETO, a ser analisado no “Caso 3”,mais adiante.

e) O vocábulo “anexo” tem valor adjetivo, devendo concordar com o substantivocorrespondente. Além desse erro, houve também um de concordância verbal, jáque o sujeito é “os documentos”, mas esse é assunto para a próxima aula. A formacorreta seria: “Anexos seguem os documentos”.

Caso 2 - ADJETI VO na fu nção d e PREDI CATI VO DO SUJEI TO

Em predicados nominais, com verbos de ligação (Eles parecem preocupados. / Elas estão tristes.), ou em predicados verbo-nominais, com verbos indicativos de açãoassociados a adjetivos que se referem ao sujeito (Eles saíram do escritório preocupados. / Elas passaram a tarde tristes.), temos a função sintática dep red icat i vo do su je i to .

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Essa função, que pode ser exercida por um substantivo ou um adjetivo, mesmodistante, atribui ao sujeito um estado, condição, característica.

Nesses casos, o adjetivo não decide nada sozinho. Ele sempre vai seguir o caminhoque o verbo escolher.

2 .1 . Su je i to compos to an t eposto :

Quando o sujeito composto é apresentado antes do verbo, segue-se a r eg ra ge ra l – o v er bo e o ad j et iv o con cor dam com o su j e i t o .

O amor e a compreensão humanos estavam  m o r t o s  .

2 .2 . Su je i to compos to pospos to : ad je t i vo conco rda com o ve rbo .

Esta concordância nominal se reporta a uma regra da concordância verbal. Quandoo sujeito composto vem após o verbo, fora da ordem direta (ou seja, primeiro vemo predicado e depois o sujeito), o verbo pode concordar com o primeiro elemento

do sujeito composto (concordância atrativa) ou com todos eles (concordânciagramatical).

O adjetivo seguirá a decisão do verbo. Se o verbo for para o plural, assim seflexionará o adjetivo. Se o verbo realizar a concordância com o primeiro elemento,com ele o adjetivo concordará em gênero e número.

Estava m o r t o  o amor e a compreensão humana/humanos.

Estava m o r t a  a compreensão e o amor humano/humanos.

Estavam m o r t o s  o amor e a compreensão humana/humanos.

2 .3 . Su je i to não -de te rm inado : se o sujeito se mostra vago, genérico, o adjetivofica invariável em expressões com “é preciso”, “é bom”, “é necessário” eequivalentes.

É pr o ib ido  entrada de estranhos.

Cerveja preta é bom  para as lactantes..

2 .4 . Su je i to de te rm inado : a flexão do adjetivo se torna possível quando, nessasconstruções, o sujeito está acompanhado de um determinante (numeral, artigo,pronome).

É pro ib i da a en t r ada  de estranhos.Esta cerve j a  é b oa  para as lactantes.

Caso 3 : ADJETI VO na fu nção d e PREDI CATI VO DO OBJETO:

Os verbos que permitem esse tipo de construção são os chamados v e r b o s  t r a n s o b j e t i v o s  . Além de serem transitivos diretos, deles se exige mais algumainformação, trazida pelo elemento que exerce a função de p red ica t i vo do ob j e to( t r a n so b j e t i v o = v a i al ém d o o b j e t o p red i ca t i vo do ob j e to ) .

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São verbos como  j ulgar , considerar , cham ar , encon t rar  e outros. Não se podedispensar a informação trazida pelo predicativo do objeto, sob risco de seprejudicar a coerência oracional.

O júri considerou o réu. ...  

Você percebeu que ficou faltando alguma coisa? Aquilo que se diz a respeito do réu(o que foi considerado a seu respeito) é o elemento que exerce essa função depredicativo do objeto.

Uma boa maneira de se distinguir o adjetivo que exerce a função de adjuntoadnominal daquele que exerce a função de predicativo do objeto é substituir osubstantivo (objeto direto) por um pronome átono correspondente. Exemplo:

a) Contexto: Havia muitos dias que meu cavalo de estimação morrera, mas seu corpo não havia sido encontrado. Até que, um dia, andando pelo campo...encon t r e i o cava lo mor t o   encon t re i - o.

Quando o adjetivo acompanha o substantivo e todos os dois – substantivo eadjetivo - são substituídos pelo pronome, o adjetivo estará exercendo a função dea d j u n t o a d n om i n al .

b) Contexto: Havia muitos dias que meu cavalo de estimação sumira. Ninguém sabia de seu paradeiro. Até que, um dia, andando pelo campo...   encont re i ocava lo mor t o   encon t re i - o mor to .

Neste caso, o adjetivo permanece na oração, mesmo após a troca do substantivopelo pronome. Isso significa que essa informação é necessária para a compreensãopelo leitor/ouvinte. A função exercida pelo adjetivo, neste caso, é a de p red ica t i vod o o b j e t o .

Agora que o significado da função de predicativo do objeto foi apresentado,voltaremos a falar sobre a concordância nominal com o adjetivo que exerce estafunção. É bem simples.

Se o adjetivo estiver na função de PREDI CATI VO DO OBJETO QUALQUER QUESEJA SUA POSIÇÃO EM RELAÇÃO AO SUBSTANTIVO (anteposto ou posposto), aúnica concordância admitida é a g rama t i ca l (com todos os elementos). Exemplo:Encontrei o cavalo e a vaca m ortos / Encontrei m ort os a vaca e o cavalo.

3.1 . Ob je t o s imp les: adjetivo concorda em gênero e número.

Encontrei  t r i s t o n h a  a mulher abandonada.

3 .2 . Ob je to compos to : adjetivo fica no plural, i ndependen temen te de es ta ran tepos to ou posposto . Como sempre, havendo gêneros diferentes, prevalece omasculino (é a vida, fazer o quê???).

Encontrei  t r i s t o n h o s  a mu lher e o rapaz.

Você ainda se lembra do comentário à questão de prova ao fim do item 1.9 (BESCADVOGADO/2004)? O mote era a expressão “pedir emprestado”. Então, vamosanalisar uma outra questão de prova, desta vez elaborada pela Fundação JoãoGoulart.

(PGM RJ/2004)Há má construção gram atical quanto à concordância em: 

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A) Os médicos consideravam inevitável nos pacientes pequenas alterações psicológicas.

B) As internações por si sós já causam certos distúrbios psicológicos aos pacientes.

C) Uma e outra alteração psicológica podem afetar os pacientes hospitalizados.

D) Distúrbios e alterações psicológicos são normais em pacientes hospitalares.

O gabarito foi a letra A. Observe um clássico caso de verbo transobjetivo –CONSIDERAR.

Eu con s idero aq ue le r apaz . .. .

Ficou faltando alguma coisa, não é? O que faltou foi o predicativo do objeto, ou

seja, o que se refere àquele rapaz, a consideração que fazemos dele.Na construção “Os médicos consideravam inevitável nos pacientes pequenasalterações psicológicas”, pergunta-se: o que era inevitável?

Resposta: “pequenas alterações psicológicas”.

Como o núcleo do objeto direto é a l te rações, o adjetivo, na função de predicativodo objeto, deve se flexionar em número plural: “Os médicos consideravam i nev i t áve i s  nos pacientes pequ enas a l te rações ps ico lóg icas  .”.

Caso 4: DI STI NÇÃO ENTRE MI L, MI LHÃO E MI LHARES.

4 . 1 ) M I L – Quando você preenche um cheque no valor de R$ 1 .000 ,00 , tenhocerteza de que coloca o “um” antes de “mil”, acertei? Certamente, coloca até a letraH antes desse “um”... acertei novamente?

Tudo bem que você faça isso para evitar fraudes, mas, na hora da prova, esqueçaesse hábito. Neste caso, o numeral vem sozinho (mil reais). A partir de “dois”, onumeral concorda com o substantivo: duas mil mulheres / dois mil homens.

4 .2 ) M I LHÃO - O numeral m i l h ã o, como os demais numerais, pertence à classedas palavras variáveis. Assim, deverá concordar com a parte inteira do numeralcardinal a ele relacionado.

Aquela em presa investiu 1 ,5  m i l h ã o  de reais em novos equipamentos.

O artigo e o numeral que o antecederem devem concordar com ele, no masculino:Os doi s m ilhões de árvores plantadas agora recobrem toda a área.

Veja agora uma questão da prova da ESAF sobre o assunto (AFC STN/2002 -adaptada).

Um emprego novo na indústria siderúrgica custa 1,4 milhão de reais. No varejo, um único emprego exige o dispêndio de algo em torno de 30.000 reais: o custo do espaço na loja, do balcão e do estoque de mercadorias.

Julgue a asserção abaixo em seus aspectos gramaticais.

- À linha 1 seria também correto escrever-se 1 ,4 m i l hões de rea i s  .

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Estaria i n co r re ta a concordância em “1,4 milhões de reais”. Como a parte inteira érepresentada pelo algarismo ‘1’, o numeral m i l h ã o deverá ficar no singular: “1,4m i l h ã o de reais”.

4.3) MI LHARES – Pode ser classificado como numeral ou substantivo. De qualquer

forma, é MASCULI NO, devendo permanecer neste gênero qualquer que seja o seucomplemento.

Mui tos dos m i l ha res  de batidas de trânsito são fruto da im prudência.

Como esse assunto já caiu em prova? Vejamos uma questão elaborada pela ESAF.

(TCE RN/2000) Nas questões seguintes, marque o item sublinhado que apresenta erro gramatical ou de ortografia.

Acredito que a maior parte dos senhores sabe(A) que a Secretaria de Educação é gigantesca; por isso(B) se tem muita dificuldade de gerencia- mento. É composta(C) por 1,3 milhões(D) de alunos. Esta quantidade de alunos é maior do que (E) a população de muitas capitais no Brasil.

a) A

b) B 

c) C 

d) D 

e) E 

O gabarito foi a letra D. Como a parte inteira é representado pelo algarismo ‘1’, o

numeral m i l h ã o, que pertence à classe das palavras variáveis, deverá concordarcom ele, ficando no singular – “1,3 m i l h ã o de alunos”.

Na próx ima au la , es tudaremos os casos de concordânc ia verba l e te remosum a ba te r ia de questões de p rova para a f i xação .

Até lá .

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AULA 5 - SI NTAXE DE CONCORDÂNCI A – PARTE 2

Hoje, daremos continuidade ao estudo da sintaxe de concordância, desta vezanalisando os casos de concordânc ia verba l .

Segundo a regra gera l  , o verbo concorda com o núcleo do sujeito em número epessoa. Em uma linguagem mais simples, o núcleo do sujeito manda no verbo, masé a partir do verbo que conseguimos identificar o sujeito.

O técnico escalou o time.

Os técnicos escalaram  os times.

Para isso, perguntamos ao verbo quem/o que é o seu sujeito: quem escalou otime? O técnico / os técnicos.

As construções dos exemplos acima apresentam sujeito simples (um único núcleo)e dispõem os elementos da oração na ordem direta, ou seja, SUJEITO + VERBO +COMPLEMENTOS.

Em frases como essas, fica bem fácil identificar o sujeito e seu núcleo e perceberqualquer erro de concordância. Veja como isso caiu em uma das mais recentesprovas da ESAF:

(ESAF/AFT/2006) Os trechos abaixo constituem um texto. Assinale a opção que apresenta erro.

a) A Primeira Revolução Industrial pode ser entendida como uma guinada de todos os indicadores econômicos ingleses, sobretudo nas duas últimas décadas do século XVII I .

b) Tal avanço dos indicadores econômicos tiveram várias razões: a intensificação do Comércio Internacional desde o século XVI, a Revolução 

Agrícola (e a expulsão de vastos contingentes de campesinos para as cidades), o surgimento de um a indústria t êxtil inglesa etc.

c) Esses acontecimentos propiciaram o que o historiador Eric Hobsbawm chama de a “partida para o crescimento  au to -sus ten táve l  ”. Por “crescimento  au to -sus ten táve l  ” entende-se: o poder produtivo das sociedades humanas, até então sujeito a variáveis climáticas ou demográficas, tornou-se crescente e constante – livre de epidemias, fomes,pestes ou intempéries, que regularmente ceifavam grandes contingentes de mão-de -ob ra  em quase toda a Europa.

d) Contraposto à Idade Média, em que o problema crônico da produção era a falta de homens e mulheres nos campos (e não de terras), o período que 

se segue à Revolução Industrial é aquele em que o homem começa a tornar- se um pouco m ais supérfluo.

e) Como explicita Hobsbawm, trata-se de período em que, às grandes massas de desempregados e campesinos desapossados, juntou-se um sistema fabril mecanizado que produzia “em quantidades tão grandes e a um custo tão rapidamente decrescente a ponto de não mais depender da demanda existente, mas de criar o seu próprio mercado”.

(Raquel Veras Franco, Breve Histórico da Justiça e do Direito do Trabalho no Mundo.http://www.tst.gov.br/Srcar/Documentos/Historico)

Será que você acertou???

O gabarito deu como incorreta a construção da opção B. Note que o núcleo dosujeito é avanço (“Tal avanço dos indicadores econômicos...”) . Com este elemento,

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o verbo TER deve concordar. Os demais elementos (“tal”, “dos indicadoreseconômicos”) só vêm complementar o sentido do núcleo. Normalmente, devido àproximidade do verbo com vários elementos no plural, não notamos que ele devepermanecer no singular. Para evitar erros como esses (muito comuns nas provas

da ESAF), uma boa dica é assinalar o núcleo de alguma forma (sublinhando,envolvendo com um círculo etc).

A construção correta seria: “Tal avanço dos indicadores econômicos  t e v e   várias razões...”. Esse é um caso de construção na ordem direta (sujeito + verbo +complemento) com apenas um núcleo do sujeito (sujeito simples).

Se você achou essa questão complicada, prepare-se, pois pode piorar! Vida deconcursando não é essa maravilha aí, não... Normalmente, as construções vêm emordem invertida e/ou com o sujeito bem distante do verbo, o que dificulta aconstatação de um equívoco na concordância. Esse, aliás, é o estilo da ESAF. Entreo núcleo do sujeito e o verbo são dispostos vários elementos em número diverso doapresentado pelo sujeito. Resultado: sem que percebamos, acabamos

 “contaminados” e aceitamos uma concordância incorreta.

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Uma observação acerca das novas regras de ortografia:agora, devemos registrar “autossuntentável” (tudo junto, dobrando o “s”) e “mãode obra” (sem hífen).

Daquela mesma prova, tiramos este outro exemplo de erro de concordância, umpouco mais complicadinho. Resolva a questão e leia o comentário.

(ESAF/AFT/2006) Os trechos a seguir constituem um texto. Assinale a opção que apresenta erro de concordância.

a) As riquezas geradas eram, de fato, imensas e as condições de vida nas cidades costumavam ser horríveis. Para se ter idéia, alguns recenseamentos ingleses, da década de 1840, relatam que o homem do campo vivia, em média, 50 anos e o da cidade, 30 anos.

b) Talvez esses números sejam indicadores da dramaticidade das modificações ocasionadas, na vida de milhões de seres humanos, pela Revolução Industrial.

c) Essa dramaticidade que, muitas vezes, nos escapa, mas que podemos entrever, como nos informa Hobsbawm, se levarmos em conta que era comum, nas primeiras décadas dos oitocentos, encontrar trabalhadores citadinos vivendo de forma que seria absolutamente irreconhecível para seus avós ou mesmo para seus pais.

d) A fragmentação das sociedades campesinas tradicionais, que originou as grandes massas nas cidades, fazem com que, nas palavras de Hobsbawm,“nada se tornasse mais inevitável” do que o aparecimento dos movimentos operários.

e) Aqueles trabalhadores, que viviam em condições insuportáveis, não tinham quaisquer recursos legais, somente alguns rudimentos de proteção pública.

(Raquel Veras Franco, Breve Histórico da Justiça e do Direito do Trabalho no Mundo - htt p:/ / www.t st.gov.br/ Srcar/ Documentos/ Historico)

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Agora, a palavra é “ideia” (a), sem acento agudo.

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O gabarito é a letra d . Desta vez, o núcleo do sujeito (fragmentação – núcleo dosujeito na construção “A f r agmen tação   das sociedades campesinas tradicionais ”)está bem distante do verbo (fazer) e, entre eles, elementos no plural – e não sãopoucos: “das sociedades campesinas tradicionais, que originou as grandes massas

nas cidades”. Nada disso interessa! O núcleo do sujeito continua sendo o mesmo –f r agmen tação  – no singular, e com ele deve o verbo concordar: “a fragmentação (.. .) f az  com que...” .

LEMBRE-SE DA DI CA: em quest ões com o essa, MARQUE o n úcleo dosu je i to , pa ra não pe rdê- lo de v i s ta nem da m emór ia .

A seguir, apresentamos alguns casos especia is de concordância verbal   quedevem ser observados.

Caso 1 - Su je i to composto – No sujeito composto, há mais de um núcleo dosujeito.

Quando o sujeito composto estiver:1.a) antepost o ao v erbo ( SUJEI TO + VERBO) , o verbo vai para o plural, ouseja, obedece à concordânc ia g ramat ica l – o verbo concorda com os núcleos dosujeito. Como o sujeito (com todos os seus núcleos) já foi apresentado, não restaoutra saída a não ser concordar com t o d o s os elementos.

O técnico e os jogadores chegaram  ontem a São Paulo.

1.b) pospost o ao verb o ( VERBO + SUJEI TO) , o verbo pode concordar com osujeito mais próximo (concordância atrativa) ou ir para o plural, concordando comtodos eles (concordância gramatical). O raciocínio dessa concordância é este: como

o sujeito ainda não foi apresentado, o verbo pode “garantir” a concordância logocom o primeiro (concordância atrativa) ou “aguardar” a apresentação de todos ecom todos eles concordar (concordância gramatical).

Chegou (a ram) ontem o técnico e os jogadores.

Se houver ide ia de rec ip roc idade, obr iga to r iamente o verbo va i para op lu ra l ; a f in a l , por ser rec íp roca, a ação necess i ta de m a is de um agent e .

Agrediam -se mãe e f i lha .

1.c) Havendo pronomes pessoa is , fo rmado com pessoas d i fe ren tes : verbo

fica no plural da pessoa predominante (1ª, 2ª ou 3ª), obedecendo à seguinteordem de preferência:

PREVALECE A 1ª PESSOA – VERBO NA 1ª PESSOA DO PLURAL  

Eu, você e os alunos i r e m o s  ao museu.(NÓS)

NA A USÊNCI A DA 1 ª PESSOA, PREVALECE A 2 ª PESSOA – V ERBO NA 2 ª PESSOA DO PLURA L: 

Tu, ela e os peregrinos v is i ta re is  o santuário.(VÓS)  

Nesse segundo caso, modernamente vários autores (Rocha Lima, Sacconi, dentreoutros) já aceitam a conjugação na 3ª pessoa do plural, haja vista o desuso dassegundas pessoas na linguagem coloquial brasileira.

Tu, ela e os peregrinos v i s i ta rão  o santuário (VOCÊS).

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Se a oração estiver em ordem inversa (VERBO + SUJEITO COMPOSTO), pode havera concordância atrativa, ou seja, o verbo pode também concordar com o primeiroelemento:

I r á  ao museu ela  e eu (3ª p.sing.) /  I r e i  ao museu eu  e ela (1ª p.singular)

OU 

I r e m o s  ao museu e la e eu / eu e ela  (1ª p.plural)

1.d) Com núc leos em cor re lação   ( t an to . .. como ; como ; não só . . . bem com o)

POLÊMICA À VISTA! Vários autores registram o emprego do verbo concordandocom o primeiro.

O c ien t i s ta  assim como o médico pesqu isa  a causa do mal.

Esse é o posicionamento do mestre LUI Z ANTÔNI O SACCONI (em Gramática 

Básica ) – Os exemplos dados pelo professor apresentam o segundo elementoisolado por vírgulas, com a flexão somente com o p r im e i ro e lem en to :

Meus amigos  , assim como eu, gostam  de estudar Port uguês.

Eu , bem como meus amigos, gos to  de estudar Port uguês.

No entanto, também há registros de concordância com todos os elementos.

- CELSO CUNHA & LI NDLEY CI NTRA (em Nova Gramática do Português Contemporâneo ) - O posicionamento dos professores Celso Cunha e Lindley Cintraé que, se não houver pausa entre os sujeitos (ou seja, não houver vírgula), o verboirá para o plural:

 “Qualquer se persuadirá de que  não só a nação mas também o p r ínc ipe  esta r iam  pobres.” 

Os gramáticos ainda destacam o caso de sujeitos ligados por conjunçãocomparativa. Segundo eles, quando dois sujeitos estão unidos por uma dasconjunções comparativas como , ass im como , bem como   e equivalentes, aconcordância depende do valor que atribuímos ao conjunto. O verbo concordarácom o primeiro elemento se quisermos destacá-lo:

A ír is, como a impressão digital, é ún ica  em cada pessoa.

Nesse caso, a conjunção conserva seu valor comparativo, e o segundo termo vemenunciado entre pausas, indicadas na escrita pelas vírgulas.

Se os elementos se adicionam, se complementam, o verbo vai para o plural,seguindo o modelo apresentado nas estruturas correlativas não só . . . mas tam bém, tan to . .. com o  , visto acima.

- ROCHA LI MA (em Gramática Normativa da Língua Portuguesa )- O mestreregistra a dupla possibilidade de flexão, destacando como preferível a flexão noplural:

 “Se o sujeito é construído com a presença de uma fórmula correlativa , devepreferir-se o verbo no plural.

 ‘Assim Saul como Davi, debaixo do seu saial, eram  homens de tão grandesespíritos, como logo mostraram suas obras’ (ANTÔNIO VIEIRA)” 

Segundo o autor, é raro aparecer o verbo no singular:

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 ‘(...) tanto uma, como a outra, suplicava-lhe que esperasse até passar a maiorcorrenteza’.” 

- EVAN I LDO BECHARA (em Moderna Gramática Portuguesa )- Também merecemregistro as palavras do emérito professor Evanildo Bechara, que apresenta apossibilidade de construir no singular ou no plural, indistintamente:

 “Se o sujeito composto tem os seus núcleos ligados por  sér ie ad i t i va en fá t ica   (não só... mas, tanto...quanto, não só...como, etc.), o verbo concorda com o mais próximo ou vai ao plural (o que é mais comum quando o verbo vem antes do sujeito).

Vamos eliminar esse monstro que apareceu aí: sér ie ad i t i va en fá t ica . “Série” porque estamos diante, não de uma, mas de várias palavras (não só...mastambém, tanto...como, por exemplo). “Aditiva” por apresentar ideia de adição,equivalente à conjunção “e”. Finalmente, “enfática” por enfatizar cada um doselementos da construção, ou até mais um do que outro, ao contrário do que fariauma mera conjunção “e”, que coloca os dois elementos no mesmo patamar.Compare: “Eu e meu irmão vimos o acidente.” / “Não só eu como também meuirmão vimos o acidente.”. Percebeu a diferença?

Parece que ouvi alguém gritar: “Claud ia , o que eu faço na hor a da p r ova??? ”.

Resposta: vai depender da banca examinadora. Primeiramente, há as que indicambibliografia. Se isso acontecer, siga o que diz o gramático indicado. Em outroscasos (a maioria, infelizmente), devemos tomar todo cuidado. Vejamos como secomportou a ESAF:

(ESAF/ Assistente de Chancelaria/ 2002)

As viagens ao exterior e os encontros com figurões estrangeiros constituem,desde o reinado de Dom Pedro II, um trunfo na estratégia das liderançasbrasileiras. De fato, as críticas às viagens internacionais do Presidente daRepública ou de outros dirigentes parecem despropositadas. Tanto o governocomo a oposição devem reposicionar os interesses brasileiros num mundo emplena mutação. O problema que se coloca é de outra natureza e se resumenuma interrogação pouco formulada na campanha presidencial: quais devemser os rumos de nossa diplomacia?

(Luiz Felipe de Alencastro, Veja  , 10/04/2002, com adaptações)

d) o conectivo “Tanto...como”(l.4-5) for substituído por Não só . . . mast a m b é m , o verbo seguinte pode ser empregado no plural, “devem”(l.5), ouno singular, deve.

A banca considerou CORRETO este item, ou seja, a partir dessa questão,podemos afirmar que o entendimento da ESAF é que, em séries aditivasenfáticas, o sujeito poderá facultativamente se flexionar no singular ou no plural,com ou sem pausa (vírgula).

Precisaríamos analisar como se comportam as demais bancas, mas algumaspassam ao largo da discussão e não exploram questões como essa.

1.e) Ligado p or COM : verbo concorda com o antecedente do COM ou vai para oplural, entendendo que formam um sujeito composto.

O professor, com os alunos, reso lveu  o problema.

O maestro com a orquestra execu ta ram a peça clássica.

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A opção por uma ou outra flexão é livre, mas não indiferente. Vai depender daênfase que se queira dar. O plural destaca o conjunto dos elementos, com ideia de

 “cooperação”, enquanto que o singular enfatiza somente um deles.

Se a intenção for realçar apenas um dos núcleos, o verbo concorda com ele. Neste

caso, como nos ensina Rocha Lima, o segundo sujeito (ligado pela preposição com ) “é posto em plano tão inferior que se degrada à simples condição de um complemento adverbial de companhia ”. A vírgula, neste caso, é facultativa.

A ca r ta  com o documento foi ex t rav iada  .

1 . f ) L igado por OU : verbo no singular ou plural, dependendo do valor do OU. Sefor alternativo, com ideia de exclusão dos demais, o verbo fica no singular.

Valdir ou Leão será  o goleiro t itular.

Também permanece no singular se a conjunção “ou” exprimir equivalência, de tal

forma que o verbo possa se dirigir a qualquer dos elementos.Um cardeal, ou um papa, enquanto homem, não é mais do que uma pessoa”.

(MANUEL BERNARDES)

Se o valor da conjunção for ad i t i va , de modo que a ação possa abranger todos ossujeitos, indistintamente, o verbo vai para o plural.

Alegrias ou tristezas fazem  parte da vida.(tant o umas como outr as)

O mesmo acontece quando um dos elementos já se apresenta no plural.

O policial ou os populares poder iam  ter prendido  o perigoso assassino.

1.g) Ligado por NEM : segue o mesmo raciocínio que o caso 1 .f (sujeito composto ligado por OU ) – verbo pode ficar no plural ou no singular.

Nem Paulo nem Maria conqu is ta ram  a simpatia de Joana.(valor aditivo)

Nem Ciro nem Enéas será eleito presidente.(valor alternativo ou excludente)

Nesses dois últimos casos (1.f e 1.g - sujeito composto ligado por OU / NEM),havendo, entre os sujeitos, algum expresso por um pronome reto, devemos seguira regra 1 .c ( p r im az ia das pessoas – 1 ª . e 2 ª ) :

Nem meu primo, nem eu  f r equen tamos   tal sociedade.(1ª p.plural)

1 .h ) Resum ido com p ronom e inde f i n ido  : o verbo concorda com o pronome, queexerce a função de aposto resumitivo. Esse é um caso de concordância especial, emque o verbo concorda, não com o sujeito (todos os elementos), mas com o aposto(pronome indefinido). 

Jovens, adult os, crianças, ninguém  pod ia acred i ta r  no que acontecia.

1. i ) Modi f i cado pe lo p ronome CADA:    quando o pronome indefinido cada éseguido por substantivo ou pronome substantivo, o verbo fica na 3ª pessoa dosingular.

Cada homem , cada m ulher, cada criança ajudava os flagelados.

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Caso 2 - Su j e i to const i t u ído por :

2 .a) Um e o u t r o  . O verbo no singular ou plural, indiferentemente.

Um e outro m édico descobriu( ram) a cura do mal.

Nem um nem outro problema propostos foi(ram) resolvido(s).

Estude este ponto juntamente com o caso 1 .6 da Au la 4 (concordância nominalcom um e outro )

2.b) Um o u o u t r o . Em função da presença da conjunção ou , há nessa construçãoum valor excludente, que leva o verbo para o singular.

Um ou outro candidato será aprovado.

2.c) N em u m n em o u t r o  – POLÊMICA À VISTA.

A posição majoritária é no sentido de manter o verbo no SINGULAR, como ocorrecom “um ou outro”:

- EVANILDO BECHARA (em Lições de Português pela Análise Sintática ): “Com  n em u m n e m o u t r o  continua de rigor o singular para o substantivo e o verbo se porá no singular: Nem uma coisa nem outra é necessária”.

- CELSO CUNHA E LINDLEY CINTRA: “As expressões u m o u o ut r o  e n e m u m n e m  o u t r o  , em pregadas como pronome substantiv o ou como pronom e adjetivo, exigem normalm ente o verbo no singular: Nem um nem outr o havia idealizado previament e este encontro.” 

- ROCHA LIMA: “Também a expressão  n e m u m , n e m o u t r o  , seguida ou não de substantivo, exige o verbo no singular (só excepcionalmente se encontrará o verbo 

no plural): Nem um nem outro havia idealizado previamente esse encontro ” (podeparecer incrível, mas o mesmo exemplo de TASSO DE OLIVEIRA é apresentado nasduas obras citadas com divergência no emprego do pronome demonstrativo – este

 / esse).

Precisamos, contudo, registrar o posicionamento divergente de DOMINGOSPASCHOAL CEGALLA em Novíssima Gramática da Língua Portuguesa: “ Um e o u t r o   / Nem u m n em ou t r o  – o sujeito sendo representado por uma dessas expressões,o verbo concorda, de preferência, no plural. Exemplos: Depois nem um nem outro acharam novo motivo para diálogo (Fernando Namora)/ Nem uma nem outra foto prestavam (ou prestava).” 

Você pode estar se perguntando por que eu citei todas essas posições doutrinárias.A resposta é simples: como nosso curso é amplo, voltado para as diversas bancasexaminadoras do país, caberá ao candidato seguir o gramático mencionado nabibliografia. Em provas realizadas por bancas como a FCC, ESAF, que não oferecemindicação bibliográfica, deve seguir a posição majoritária, tomando sempre ocuidado de analisar todas as opções.

2.d) Exp ressões pa r t i t i vas ou quan t i t a t i vas (a m a io r i a de , g rande pa r te de ,g rande número de ) , segu idas de nome p lu ra l  : Em expressões que indicamuma parte de um todo (por isso chamadas de termos ou expressões partitivas), overbo pode concordar com o núcleo do sujeito (maioria, parte, metade), ficando nosingular, ou com o especificador (substantivo que se segue). Assim, pode-sedestacar o conjunto (singular) ou os elementos desse conjunto (plural). Neste

último caso, realiza-se a concordância ideológica (com a ideia).

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A maio r ia  dos cand ida tos conseguiu/conseguiram aprovação.

2.e) Cole t ivo gera l  : A ideia é que o substantivo coletivo já exerce a função

agregativa, ou seja, contém o valor de conjunto, deixando o verbo no singular.O povo escolherá seu governante em 15 de novembro.

2 . f ) Expressões que ind icam quant idade aprox imada (cerca de , per to de ,ma is de ) segu ida de numera l  : Nesses casos, o verbo concorda com o numeralque acompanha o substantivo.

Mais de um  jogador foi criticado pela crônica esportiva.

Cerca de dez  jogadores participaram da briga.

Esse é um dos casos em que o português se afasta completamente da lógica

(matemática). Quer ver?Enquanto a expressão “mais de um jogador” (que indica, no mínimo, do is) mantémo verbo no singular (“mais de um jogador foi criticado”), a expressão “menos dedois” levaria o verbo para o plural (“menos de dois jogadores foram criticados”),mesmo que indique ser UM JOGADOR!

Se houver ideia de reciprocidade ou a expressão for repetida, o verbo ficaobrigatoriamente no plural.

Mais de um torcedor ag red i ram - se. 

Mais de um candidato, mais de um fiscal  se que ixaram  da extensão da prova (exemplo de BECHARA em Lições de Português pela Análise Sintática ) 

Veja uma questão de prova que “brincou” com esse conceito.

(NCE UFRJ / BNDES/ 2005)

A língua portuguesa e os conhecimentos matemáticos nem sempre estão de acordo. A frase abaixo em que a concordância verbal contraria a lógica mat emática é: 

(A) 50% da torcida brasileira gostaram da seleção; 

(B) mais de tr ês jornalistas participaram da entrevista; 

(C) menos de dois turistas deixaram de participar do passeio; (D) são 16 de outubro; 

(E) participaram do congresso um e outro professor.

O gabarito foi letra C. Mesmo que o sujeito apresente a ideia de UM TURISTA(menos de dois só pode ser um!), por concordar com o numeral que acompanha aexpressão (“menos de dois turistas ”), o verbo deve ser flexionado no plural –

 “deixaram de participar ”.

Note que, na opção B, foi respeitada a ideia de plural (mais de três), caso em que overbo foi para o plural para concordar com o numeral (“três”).

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Em relação à opção E, vimos que, com a expressão “um e outro”, o verbo tantopode ir para o plural como ficar no singular (“participou/ participaram um e outro professor”).

Os demais casos de concordância serão vistos mais adiante (número percentual e

verbo ser).

2.g) Pronomes ( i nde f i n idos ou i n te r r oga t i vos )

- no s ingu la r , segu idos de p ronome  : verbo no singular, concordando com opronome.

Qual  de nós será escolhido? 

- no p lu ra l , segu idos de p ronome:  o verbo concorda com o pronome pessoal ouvai para a 3ª pessoa do plural.

Poucos dentre eles  serão chamados pelo Exército.

Alguns  de  n ós  se remos  /  serão  eleitos.

O que está em jogo é a intenção do autor em incluir, na ação, a figura representadapelo pronome. Compare:

Alguns  de nós sabem  o resultado do jogo.

Alguns de n ós  sabemos  o resultado do jogo.

Pergunta-se: em qual dos dois casos está clara a inclusão do autor da frase nogrupo de pessoas que sabe o resultado do jogo? Resposta: no segundo caso,indicada essa circunstância pela desinência verbal (sabemos).

2 .h ) Pronome QUEM : A concordância vai depender da classificação da palavraQUEM.

Se o verbo ficar na 3ª pessoa do singular, indica-se que a palavra é um p r o n o m e  i nde f i n ido.

Sou eu quem paga  o seu salário.  

Nas orações interrogativas iniciadas pelos pronomes QUEM, QUE, O QUE, o verboSER concorda com o nome ou pronome que vier depois (BECHARA, op.cit.).

Quem  são os cu lp ados ? 

Que  são os sonhos ? O que seremos nós sem fé? 

2. i ) Pronome re la t ivo QUE na função de su je i to  : verbo concorda com oantecedente.

Não fui a a luna  que chegou primeiro.

Dos sonhos que me a to rdoam , esse é o mais recorrente.

Pronome re la t i vo é assim chamado por fazer referência a algum outro termo(substantivo, pronome substantivo, oração substantiva) já mencionado

anteriormente (ANTECEDENTE).Nas duas passagens, o q u e é um pronome relativo.

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O pronome relativo dá início a uma oração que atribui a esse antecedente umacaracterística, estado ou condição. Por esse motivo, a oração iniciada pelo pronomerelativo é uma o ração subo rd inada ad je t i va . Assim, concluímos que SEMPRE UMPRONOME RELATIVO DÁ INÍCIO A UMA ORAÇÃO ADJETIVA.

Quando esse pronome relativo exerce a função sintática de sujeito da oraçãoadjetiva, para respeitar as regras de concordância, deve-se observar a qual termo opronome relativo está se referindo, e com ele será feita a concordância verbal.

Em outras palavras, é como se o pronome relativo fosse o “CHEFE SUBSTITUTO”.Na oração adjetiva, é o pronome que exerce a função de sujeito, mas aconcordância é feita com o elemento que ele substitui na oração (o “CHEFE” deverdade é o antecedente).

Assim, funciona como se o pronome relativo dissesse ao verbo: “Olha aqui, vocême respeita, pois aqui eu sou o sujeito. No entanto, só estou aqui substituindoaquele lá. Então, se você quiser saber o que fazer, se vai para o plural ou para osingular, vai perguntar para ele...”.

Veja como esse assunto foi tratado em uma questão de prova.

(FCC/ TRT 24 ª Reg ião / 2006 )

(B) As maravilhas da geologia, da fauna e da flora do Brasil Centralrepresenta um paraíso que não foram feitas para o turismo de massas devisitantes.

Este item foi considerado I NCORRETO.

Há, nessa passagem, dois erros de sintaxe de concordância.Primeiro erro: em “As maravilhas da geologia, da fauna e da flora do Brasil Central ” o núcleo do sujeito é marav i l has. O verbo deve, pois, concordar com ele e ir parao plural – represen tam (caso clássico).

Em seguida, o segundo erro: o pronome exerce a função de sujeito. Como seuantecedente é o substantivo “paraíso”, com ele devem o verbo e o adjetivo daoração adjetiva (foram feitas ) ficar em harmonia. Nota-se, aí, o deslize deconcordância: a forma correta seria no singular e, no caso do adjetivo, masculino:

 “As maravilhas da geologia, da fauna e da flora do Brasil Central  represen tam  um paraíso que não  f o i f e i to  para o turismo de massa de visitantes”. 

E, já que estamos falando em pronome relativo, vamos tratar de mais dois casos

que envolvem esse termo.

2 . j ) Um dos ( . . . ) que  : O verbo pode concordar com “um”, permanecendo nosingular, ou com o complemento, flexionando-se no plural. Essa faculdade permiteque se dê ênfase ao elemento individual (singular) ou aos elementos que compõemo grupo (plural).

Ele foi um  dos alunos desta classe que reso lveu   / resolveram o problema.

Seu filho foi u m  dos que chegou  / chegaram tarde.

2. l ) Com a exp ressão “ o que ” –   a concordância se faz com o pronome relativo qu e .

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O qu e  f a l ta  são recursos.

O sujeito, nesse caso, não é “recursos”, mas o pronome relativo “que” (a coisa quefalta). Já o verbo “ser” respeita as regras mais adiante expostas (caso 5 ).

Vejamos como foi abordado o assunto em prova:( FCC/ TCE SP/ 200 5)

O que se ...... (SEGUIR) à concentração de renda, do desemprego e da exclusão social são as manifestações violentas dos m aiores prej udicados.

A concordância do verbo da lacuna deve ser feita com “que” (pronome relativo).Assim, o verbo é conjugado na 3ª pessoa do singular, independentemente donúmero (singular ou plural) do elemento que vem após o verbo “ser” – “O que se segue  (. . .) são as man i fes tações v io len tas . . . ” . O verbo que preenche a lacunafica no singular, pois.

Além da concordância com a expressão “o que”, um dos casos de concordânciamais especiais, e que merece o nosso comentário, é com o verbo ser (“ . . . são as man i fes tações . . . ” ).

Mais adiante, trataremos da concordância com o verbo SER (caso 5 ).

2 . m ) Palavras s inôn imas : O verbo concorda com o mais próximo (preferência)ou fica no plural.

A Ética ou a Moral preocupa-se com o comportamento humano.

A música e a sonoridade sempre nos diz / dizem algo.

Observação: Expressando uma gradação, mantém-se o verbo no singular:

Um gesto, um olhar, um apert o de mão bastaria.

Deste modo, a ênfase recai no último elemento, que representa a série.

2 .n ) Ver bos n o in f in i t i v o su bst an t iv ado : verbo no singular.

Estudar e t rabalhar engradece o homem . ( O fato de...)

- Se v ie rem de te rm inados ou fo rem an tôn im os -  verbo no plural.

O falar e o escrever caracterizam um sábio.

Rir e chorar fazem parte da vida.

2.o) Número pe rcen tua l   - pode concordar com o numeral ou com o termoposposto.

8 0 % da  popu lação ac red i tam ( o i ten ta ) / acred i ta ( popu lação ) na moeda.

Dez  por cento das pessoas declaram  Imposto de Renda.(A única forma é plural – d ez  e pessoas  )

Se v ie r de te rm inado, va i para o p lu ra l .

Os 10%  mais ricos do Brasil possuem a maior part e da renda.

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Vol tando ao exemplo do caso 2 . f :  “50% da torcida brasileira gostaram da seleção”, o verbo poderia ir para o plural (como foi apresentado na opção,concordando com o numeral) ou ficar no singular, concordando com o complemento(torcida). 

Caso 3 - Verbo acomp anhado da pa lavra SE

Agora, iremos ver um dos casos mais recorrentes em questões de provas,especialmente da Fundação Carlos Chagas e ESAF – construção de voz passivapronominal.

3.a) SE = p ron om e apass ivador  : verbo concorda com o sujeito paciente.

Na aula sobre VERBOS (Aula 3), vimos que, na voz passiva pronominal (ousintética), o verbo TRANSITIVO DIRETO ou DIRETO E INDIRETO, quandoacompanhado do pronome SE, deve concordar com o sujeito paciente (que estásublinhado nos exemplos abaixo).

Viam -se ao longe as prim eiras casas.

Ofereceu -se um grande prêmio ao vencedor da corrida.

Assim, para confirmação dessa passividade, temos de fazer duas perguntas:

1 – O verbo é transitivo direto (TD) ou transitivo direto e indireto (TDI)?

2 – Existe uma ideia passiva na construção?

Se ambas as respostas forem SI M, estamos diante de uma construção de vozpassiva e, então, o verbo deverá se flexionar de acordo com o sujeito paciente(mais precisamente com o seu núcleo).

Ve ja um a ques tão de p rova que abo rdou o assun to .

(FCC / TCE SP / Dezembro 2005)

Analise a afirmação:

- Ainda que se vejam as fogueiras e se ouçam os gritos dos manifestantes,não há sinais de medidas que levem à solução da crise social que a tantosvitima.

Este item está CORRETO.

Logo no primeiro período, junto ao verbo v er (que é TRANSITIVO DIRETO), há opronome “se”.

Quando um verbo de t r ans i t i v i dade d i r e ta ou d i re ta e i nd i r e ta estiveracompanhado do pronome se , podemos estar diante de uma construção de vozpassiva.

Para confirmarmos essa passividade, teremos de fazer aquelas duas perguntinhas:

1 – Os verbos apresentam transitividade direta (TD) ou direta e indireta (TDI)?SI M (alguém vê / ouve alguma coisa). 

2 – Existe uma ideia passiva na construção? SI M, existe ideia passiva (as fogueirassão vistas e os gritos são ouvidos).

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Como ambas as respostas foram SI M, estamos diante de construções de v ozpass iva e, então, os verbos deverão se flexionar de acordo com os sujeitospacientes (mais precisamente com seus núcleos).

No primeiro caso, o sujeito está representado por “as fogueiras” , cujo núcleo está

no plural (fogueiras).Desse modo, o verbo deverá ficar no plural, como, aliás, se apresentou.

Em seguida, o núcleo é g r i t o s, também no plural, tendo sido apresentada a corretaflexão verbal.

Portanto, essa assertiva apresenta correção gramatical.

Temos nessa questão alguns outros exemplos de concordância: com o verbo HAVER(impessoal), a ser estudado a seguir, e, em duas passagens, com o pronomerelativo qu e, recentemente estudado.

O pronome relativo exerce a função de sujeito nas duas orações adjetivas (“que levem à solução da crise social”  e “que a tantos vitima” ). Na primeira, tem porantecedente o substantivo med idas (medidas que levem à solução ), o que justificaa flexão verbal no plural. Na segunda, o referente é a palavra cr ise, deixando overbo v i t i m a r no singular (crise social que a tantos vitima ). Perfeita está aconstrução.

Você precisa treinar bastante este tipo de questão (concordância com verbos emvoz passiva pronominal), pois, especialmente nas provas da FCC e da ESAF, essetópico é reiteradamente explorado.

Vamos, então, analisar um item de questão elaborada pela ESAF.

(TCE ES/2001 - adaptada )

Na rede esperam-se serviço nota 1000 - ou nada aquém disso.

Houve um erro de sintaxe de concordância.

O verbo esperar está acompanhado do pronome se. Devemos, então, analisar seforma voz passiva e se a concordância do verbo em relação ao sujeito foirespeitada.

Vamos “passo a passo”:

1 – o verbo esperar , na construção, é transitivo direto ou direto e indireto? SI M -o verbo esperar é transitivo direto (Alguém espera alguma coisa)

2 – Há ideia passiva na construção? SI M – O serviço nota 1000 é esperado peloconsumidor.

Podemos, então, concluir que se trata de uma construção de voz passivapronominal, devendo o verbo estar de acordo com o sujeito paciente (núcleo =serviço).

A construção correta, portanto, seria “Na rede, espera  -se serviço nota 1000” ). 

3.b) SE = índ ice de inde te rm inação do su j e i to  : verbo sempre na 3ª pessoa dosingular.

Usa-se construção de sujeito indeterminado quando não se sabe - ou não se quer

dizer – quem é o agente da ação verbal. Também é usado em orações de sentidogenérico, vago.

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São duas as formas de construção do sujeito indeterminado:

Forma 1 - o verbo (exceto transitivo direto ou direto e indireto) permanece na 3ªpessoa do singular acompanhado do pronome se (índice / partícula deindeterminação):

Necessitava-se, naqueles dias, de novas esperanças. (verbo transitivo indireto) 

Estava-se muito feliz com o resultado das provas. (verbo de ligação) 

Morria-se de tédio nas noites de inverno.(verbo intransitivo)

Forma 2 – o verbo (qualquer que seja sua transitividade na construção), sem opronome, fica na 3ª pessoa do plural:

Desviaram dinheiro dos cofres públicos.

Bateram na porta.

Falaram mal de você.

No primeiro caso, a exemplo do que ocorre na voz passiva, o verbo estáacompanhado do pronome SE. Você deverá saber se este pronome tem funçãoapassivadora ou indeterminadora do sujeito. A chave desse mistério está natransitividade do verbo.

Ana l ise , agora , uma opção de p rova , apresen tada pe la Fundação Car losChagas:

(TRE AP – Analista Judiciário / Janeiro 2006)

As "operações " a que se aludem nessa crônica referem-se à redução de umacabeça humana a proporções mínimas.

Um verbo acompanhado do pronome SE pode formar voz passiva (verbostransitivos diretos ou diretos e indiretos) ou construção de sujeito indeterminado.

Já em primeira análise, podemos constatar que o verbo “aludir” não poderia sesubmeter a uma construção passiva, pois é t r ans i t i vo i nd i r e to: Alguém alude aalguma coisa.

Diante dessa impossibilidade, concluímos que se trata de uma construção comsujeito indeterminado, devendo o verbo ficar na 3ª pessoa do singular (Forma 1 ):

 “As "operações" a que se a lude  nessa crônica .. .”.

Este item estava, pois, I NCORRETO.

As bancas adoram um verbo transitivo indireto para esse tipo de questão: t r a t a r -se de. Veja como recentemente já caiu em uma prova da ESAF:

(AFRF/ 2005) Assinale a opção que constituiria, de maneira coerente com a argumentação e gramaticalmente correta, uma possível resposta para a pergunta final do texto.

- Segundo alguns pensadores modernos, não se tratam de projeções utópicas os empreendimentos culturais e sociais que renovam valores modernistas, enriquecendo saberes especializados.

Observe que o verbo t r a t a r foi indevidamente flexionado. Ele é um verbo transitivoindireto, regendo a preposição DE. Por fazer parte de uma construção com su je i toinde te rm inado , o verbo deve ficar na 3ª pessoa do singular. A forma correta,portanto, seria “não se t r a t a  de projeções utópicas”. 

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Caso 4 - Verbos im pessoais

São IMPESSOAIS, ou seja, não possuem SUJEITO, os verbos que indicam

fenômenos da natureza (Chove lá fora.); verbo HAVER indicando existência (Há muitas pessoas na sala.) ou tempo (Há muito tempo não o vejo.); os verbosFAZER, I R, indicando tempo (Faz muito tempo que não o vejo ./ Vai pra dez anos que não o vejo .).

Como não possuem sujeito (casos de oração sem sujeito), os verbos ficam “neutros”, na 3ª pessoa do singular.

Durante o inverno, nevava  muito.

Ainda hav ia  muitos candidatos para a Universidade.

Ontem  f ez  dez anos que ela se foi.

Vai  para dez meses que tudo terminou.

Como vimos na aula sobre verbos, deve ser respeitada a correlação entre o verboimpessoal que denota tempo decorrido e o verbo principal da oraçãocorrespondente.

Há  muito tempo ele está  sem dormir. (Ele ainda permanece nesse estado)

Havia  muit o ele não v ia  seu pai. ( Tal situação não persiste pert ence ao passado.Por isso, ambas construções verbais são conjugadas no pretérito).

São inúmeras as questões de prova, especialmente de bancas como FCC,CESGRANRIO, UFRJ, que abordam a concordância com verbos impessoais.

Agora , verem os um a dessas questões.

(NCE UFRJ / ADMINI STRADOR PI AUÍ / 2006)

 “Haverá milhões de pessoas com Aids”; a alternativa abaixo em que asubstituição da forma do verbo haver está gramaticalmente INCORRETA é:

(A) deverá haver;

(B) poderá haver;

(C) poderá existir;(D) existirão;

(E) deverão existir.

Dessa vez, a banca explorou a diferença entre os verbos HAVER e EXISTIR, emlocuções verbais (quem adora fazer isso é a Fundação Carlos Chagas!).

Enquanto o verbo EXISTIR possui sujeito, o verbo HAVER é impessoal, e o que selhe segue exerce a função de complemento verbal. Assim, na oração “ Ha v e r á  m i lhões de pessoas com Aids”  , a expressão “milhões de pessoas com Aids” é oob je to d i r e to , devendo o verbo, por ser IMPESSOAL, permanecer inalterado na

3ª.pessoa do singular (“Haverá”). 

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As formas das opções (A) e (B) apresentam locuções verbais, em que o verboHAVER funciona como verbo principal. Essa lição fez parte de nossa aula 3. Nessescasos, o verbo auxiliar (respectivamente DEVER e PODER) devem “seguir” asordens do principal, mantendo-se inalterados na 3ª.pessoa do singular (deverá

haver / poderá haver).As opções (C), (D) e (E) trocam o verbo HAVER pelo verbo EXISTIR.

Apesar de semanticamente idênticos, o tratamento a ser dispensados aos verbos étotalmente diferente. O que exercia a função de complemento do verbo HAVERpassa a ser o sujeito do verbo EXISTIR. Como a expressão está no plural (“milhões de pessoas”) , o verbo EXISTIR irá também para o plural, conforme foi apresentadona opção (D): ex is t i r ão  . O mesmo ocorre em locuções verbais, em que o verboauxiliar deverá se flexionar: (C) poderão   ex i s t i r  e (E) deverão ex is t i r  . Nota-se,assim, a incorreção do item (C), apontado como gabarito da prova.

Caso 5 - Ver bo SER

Esse é um verbo bastante especial. Para começar, admite a concordância, não sócom o sujeito (regra geral), mas também com seu complemento (predicativo dosujeito).

Vejamos caso a caso.

5.a) Expressões que ind icam tempo , d is tânc ia , da tas, horas :  concorda com opredicativo.

Hoje é  dia três de outubro, pois ontem  f o ram  dois e o amanhã serão quatro.

Daqui até o centro são  dez quilômetros.

É uma hora e quinze minut os.

5.b) Com expressões é mu i to , é pouco , é bastan te , é ma is de -   quandodenotarem ideia de preço, quantidade, medida, o verbo fica no singular. Se vierdeterminado, irá se flexionar.

Dez feijoadas er a  muit o para ela.

Vinte milhões er a  muito por aquela casa.

As dezenas de famílias que pediam socorro e ram poucas  diante do universo de miseráveis.

5.c) Em pred icados nomina is -   Por estabelecer uma relação entre o sujeito e oseu predicativo, a concordância pode se dar tanto com o primeiro quanto com osegundo elemento. Há, contudo, algumas regras que prevalecem sobre essafaculdade. Algumas dessas regras já foram apresentadas no caso 1 .c ( p ronomespessoais) .

Qualquer que seja a sua função sintática (sujeito ou predicativo), prevalece aconcordância com o elemento que estiver representado por:

1ª – PRONOME PESSOAL RETO:

Todo eu  er a  olhos e coração. (Machado de Assis)

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2ª – PESSOA, em detrimento de outro que seja “COISA” (substantivo, pronomesubstantivo, oração substantiva):

Ovíd io é muitos poetas ao mesmo tempo, e todos excelentes. (A.F.Castilho).

Havendo elementos personativos em ambas as funções (PESSOA x PESSOA), aconcordância é facultativa com o sujeito ou com o predicado, a não ser que em umdeles haja um pronome pessoal, caso em que prevalece a concordância com esteelemento (recai na 1ª regra de prevalência).

O homem sempr e f o i  suas ideias. ( pessoa x coisa = PESSOA)

Santo Antônio er a  as esperanças da solteir ona. ( pessoa x coisa = PESSOA)

Ele er a  os meus sonhos. ( pronom e ret o x coisa = PRONOME RETO)

O professor sou  eu. (coisa x pronom e ret o = PRONOME RETO)

Quando os dois elementos (do sujeito e do predicativo) forem “COISAS” (substantivos, orações substantivas ou pronomes substantivos, como TUDO, NADA,ISSO, AQUILO), a concordância é facultativa, dando-se pre fe rênc ia à concordânciacom o elemento no plural, por questão de eufonia:

A casa er a  /  eram  ruínas.

O mundo é  /  são  ilusões.

O problema er a  /  eram  os móveis.

Hoje, tudo é  /  são  alegrias eternas.

Em resumo, na concordância verbal com o verbo ser , em predicados nominais:

•  entre PRONOME RETO x COISA/PESSOA – prevalece PRONOME RETO;

•  entre PESSOA x COISA – prevalece PESSOA;•  entre COISA x COISA – concordância facultativa, PREFERÊNCIA para o

termo no plural.

Voltemos, agora, ao exemplo apresentado no item 2. l :

( FCC/ TCE SP/ 200 5)

O que se ...... (SEGUIR) à concentração de renda, do desemprego e da exclusão social  são as man i fes tações v io len tas dos ma io res 

p re jud icados .

De um lado, temos uma oração (COISA): “O que se segue à concentração de renda, do desemprego e da exclusão social”.

De outro, também COISA: “as manifestações violentas dos maiores prejudicados” .

Nesse caso, a concordância é facultativa, dando-se PREFERÊNCIA ao elemento noplural. Essa é a justificativa para a flexão no plural do verbo “ser” na questão. Eleconcorda com o predicativo do sujeito por estar no plural – concordânciapreferencial.

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5.d) Com a exp ressão “ é que ” –  A expressão de realce “é que”, em que os doiselementos se apresentam juntos, é invariável, devendo o verbo concordar com osubstantivo ou pronome que a precede, pois são eles efetivamente o seu sujeito. 

Vamos transcrever a lição e o exemplo apresentados por Celso Cunha e Lindley

Cintra, em Nova Gramática do Português Contemporâneo :“A locução é que  é invariável e vem sempre colocada entre o sujeito da oração e o verbo a que ele se refere. Assim: ‘José  é que   trabalhou, mas os irmãos é que   se aproveitaram do seu esforço.’.” 

Por ter mera função de realce, pode ser retirada sem que acarrete prejuízo aoperíodo: “José trabalhou, mas os irmãos se aproveitaram do seu esforço .”.

E continuam os professores:

 “É uma construção fixa, que não deve ser confundida com outra semelhante, mas móvel, em que o verbo  ser  antecede o sujeito e passa, naturalmente, a concordar com ele e a harmonizar-se com o tempo dos outros verbos.

Compare-se, por exemplo, ao anterior o seguinte exemplo: 

‘José é que trabalhou, mas  f o ram  os irmãos  qu e  se aproveitaram do seu esforço.’ 

Ou este: 

‘ Fo i  José  qu e  trabalhou, mas os irmãos é que   se aproveitaram do seu esforço.’  

Assim, quando o “é que” estiver juntinho, não se modifica – é uma expressãodenotativa e, portanto, invariável (você ainda se lembra daquele quadro dasclasses de palavras? Pois estão lá do lado das INVARIÁVEIS as palavrasdenotativas).

Se a expressão se separar, ficando um dos elementos – o verbo, normalmente -antes do sujeito diretamente (ou seja, sem uma preposição, por exemplo), com eledeve o verbo SER concordar (Foi José que trabalhou).

Caso essa separação ocorra, mas entre o verbo e o nome haja uma preposição,prevalece a não flexão verbal (FOI  por a t i tudes ass im  QUE ele se separou da mulher.   Por atitudes assim, ele se separou da mulher.)

5.e) com p r onomes in t e r roga t i vos QUE/ QUEM/ O QUE - o verbo SER concordacom o nome/pronome que vem após.

Sei que este ponto já foi mencionado no caso 2 .i, mas por que não repeti-lo?

Quem  são  os culpados? Quem  és  tu? 

Caso 6 - Ver bo DAR

Verbo dar (bater e soar) + hora(s): segue a regra geral, concordando com osujeito.

Deram duas horas no relógio do campanário.(sujeito = duas horas; neste caso, o verbo é intransitivo)

Deu  duas horas o relógio da igreja.

(sujeito = o relógio da igreja; o verbo é transitivo direto, com “ duas horas” como complement o verbal)

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Caso 7 - Su je i to com nom e p róp r io p lu ra l

7 .a) Topôn imos   

Caso clássico de concordância verbal é com topônimos - nomes próprios queindicam lugares.

- com a r t i go s ingu la r ou sem a r t i go   

Caso o topônimo não exija o artigo, mesmo sendo representado por um nome noplural, ou esteja acompanhado de artigo no singular, indicando a omissão de umsubstantivo (rio, município), o verbo ficará na 3ª pessoa do singular.

Brux e las é  a capital da Bélgica.

Minas Gera is é o estado mais elevado do país, com 57% das terras acima dos 600 metros de altitude (você sabia???).

O Amazonas deságua no At lân t ico .Minas Gera is expor ta m inér ios .

- com a r t i go p lu ra l   

Os topônimos que estiverem acompanhados de artigos flexionam os verbos epronomes a ele correspondentes no plural.

 “Estados Unidos (da América)” é um exemplo de topônimo que SEMPRE vemprecedido de artigo definido masculino plural (Eu vou para os Estados Unidos. / Eu morei nos Estados Unidos .).

Por consequência, quando exerce a função de sujeito, obriga a flexão do verbo noplural. Isso acontece mesmo que esteja representado por sua sigla (EUA), motivo

que levou à anulação de uma questão de prova da ESAF (a próxima a sercomentada).

O mesmo acontece com qualquer outro nome precedido de artigo definido (“Os Emirados Árabes Un idos   cons is tem  de uma federação de sete emirados localizados no Golfo Pérsico .”).

Os Estados Un idos env ia ram t r opas à zona de con f l i to .

7.b) Obras  

O mesmo acontece com qualquer outro nome próprio precedido de artigo definido

Os Lusíadas nar ram as conqu is tas por t uguesas.Se o título da obra estiver entre aspas, o verbo fica no singular.

“ Grandes Ser t ões Veredas” é um c láss ico nac iona l .

(ESAF/AFC STN/2000) Assinale a opção que apresenta  e r ro   de morfologia ou de concordância verbal.

a) A diferença entre as taxas de crescimento dos Estados Unidos, do Japão e da Europa, no longo prazo, é um indício do descompasso da economia global. Apesar das alegações européias de que os mercados estão 

subestimando o euro, a moeda continua flutuando pouco acima de sua mais baixa cotação, 93 centavos de dólar.

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b) O iene está pouco abaixo de seu pico diante do dólar e permanece próximo de seu teto histórico ante o euro. Com resultados aquém dos desejados, Japão e Europa vêm a exuberância econômica dos Estados Unidos como uma ameaça - o que não é errado.

c) Em 98 e 99, a economia dos Estados Unidos cresceu cerca de 4% ao ano, enquanto as três principais economias da zona do euro - Alemanha,França e Itália - atingiram 2%, 3% e 2% ao ano, respectivamente, no período. O Fundo Monetário Internacional prevê que os três países cresçam cerca de 3% este ano.

d) Com esse resultado, a Europa não é m ais vista como causa de debilidade. Agora o ritmo do crescimento europeu é tão rápido que uma intervenção do Banco Central Europeu - elevando as taxas de juros - é apenas uma questão de tempo.

e) Isso deixa o principal fardo da remoção dos desequilíbrios econômicos aos cuidados do EUA, que precisam reduzir o ritmo de seu crescimento 

(hoje perto de 6% ao ano). A diferença entre os ciclos econômicos na Europa, Estados Unidos e Japão tr az o fantasma da crise m undial.

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Agora, registra-se “europeias” (sem acento agudo).

Inicialmente, a banca apresentou como gabarito a opção B.

Em “Japão e Europa vêm a exuberância econômica dos Estados Unidos como uma ameaça”, o que se registrou foi a 3ª pessoa do plural do verbo v i r : v êm . Contudo ocontexto indica ser, na verdade, o verbo v er (a exuberância é vista pelo Japão e Europa...) , cuja flexão apresenta a forma veem (ago ra , sem o acen toc i r cun f l exo ) .

O que levou à anulação da questão foi o erro no emprego do artigo definidomasculino singular antes da sigla EUA (Estados Unidos da América), na passagemda opção e: “Isso deixa o principal fardo da remoção dos desequilíbrios econômicos aos cuidados do EUA , . . .”.

Mesmo sob a forma de sigla, o artigo que deveria acompanhá-lo seria o masculinoplural ( os  EUA), já que, como vimos, esse topônimo não só exige a flexão dos seusadjuntos adnominais, como também da forma verbal que o tenha como núcleo dosujeito.

Havia, portanto, duas respostas válidas: B e E.

Na sequência, observe que foi respeitada a concordância verbal. O pronome

relativo qu e em : “... remoção dos desequilíbrios econômicos aos cuidados  d o EUA , que prec isam reduz i r   o ritmo de seu crescimento ...”  tem por antecedenteEUA (Estados Unidos da América), levando a locução verbal (“precisam reduzir” )para o plural.

Caso 8 – Su j e i to o r ac iona l

Todo cuidado é pouco em construções com sujeito oracional. Primeiramente, ésaber diferenciar SUJEITO ORACIONAL de LOCUÇÃO VERBAL.

Em locuções verbais, os dois verbos formam um conjunto, em que um deles é oprincipal (chefe) e o outro é auxilliar (pode até haver mais de um auxiliar, como

vimos na aula 3 - Verbos). O verbo auxiliar irá se flexionar, para concordar com osujeito, na forma que o verbo principal o faria.

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Quando for o caso de um sujeito oracional, o verbo correspondente deverápermanecer “neutro”, na 3ª pessoa do singular. Os verbos, nesse caso, pertencema estruturas sintáticas distintas – um é o sujeito (oracional) enquanto que o outrofaz parte do predicado.

A você compete estudar. 

Nesse exemplo, o sujeito do verbo COMPETIR (o que compete a você ?) é ESTUDAR.

Esse sujeito oracional pode se apresentar na forma reduzida (infinitivo) oudesenvolvida (acompanhado de uma conjunção integrante).

Parece que ele decidiu a data do casamento.

E agora: qual é o sujeito do verbo PARECER (o que parece?)? Resposta: “que ele decidiu a data do casamento”. Neste caso, o sujeito oracional vem precedido deuma conjunção, designando-se uma oração desenvolvida.

Vejamos alguns casos em que este ponto foi abordado. Essa questão é longa, mas

vale a pena comentá-la por apresentar diversas formas de sujeito oracional.( FCC / TRT 13 ª Reg ião / Dezembro 2 005 )

O verbo entre parênteses deverá ser flexionado, obrigatoriamente, numaforma do p lu ra l para preencher corretamente a lacuna da frase:

(A) Mesmo que não ...... (caber ) a vocês tomar a decisão final, gostaria quediscutissem bem esse assunto.

(B) Eles sabiam que ...... (u rg i r ) chegarem à pousada, mas não conseguiramevitar o atraso.

(C) A nenhum de vocês ...... (compe t i r ) decidir quem será o novo líder dogrupo.

(D) Tais decisões não ....... (va le r ) a pena tomar assim, de afogadilho.

(E) A apenas um dos candidatos ...... (res ta r ) ainda alguns minutos pararever a prova.

O gabarito é a letra E. Esse é um tipo muito comum de questão da Fundação CarlosChagas. A flexão exigida ora é no plural, ora é no singular.

Relembremos que o sujeito apresentado sob a forma oracional leva o verbocorrespondente para a 3ª pessoa do s ingu la r .

Então, vamos às opções:

(A)  Alguma coisa cabe a alguém. Vamos perguntar, então: o que cabe a vocês?Resposta: “Tomar a d ec isão f ina l ” cabe a vocês. Como o sujeito do verbo caberestá sob a forma de oração reduzida de infinitivo (“tomar”) , o verbo se conjuga na3ª pessoa do singular: “Mesmo que não  caiba  a vocês  tomar a dec isão f ina l  ,. . .” .(B)  Algo urge (é urgente). O que urge? “Chegarem à pousada”. O verbochegar foi flexionado por estar em correspondência com o pronome pessoal reto jáapresentado na oração principal “Eles sabiam”. Se esta oração reduzida do infinitivo(“Chegarem...”) fosse desenvolvida, ou seja, apresentada com uma conjunção,teríamos: “... urge que chegassem  à pousada ”, o que comprova a flexão do verbochegar no plural (eles).

Assim, também, fica mais evidente a relação do verbo u r g i r com a oração queexerce a função de sujeito (“chegarem à pousada / que chegassem à pousada ”).

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Novamente, por apresentar sujeito oracional, o verbo da lacuna deve ficar nosingular: “Eles sabiam que  u r g e   chegarem à pousada...” , equivalente a “Eles sabiam que i sso – chegarem à pousada – u rge  (era urgente)” .

(C)  O que não compete a nenhum de vocês? “Decid i r qu em será o novo l íder

do g rupo”. O sujeito oracional exige o verbo compe t i r na 3ª pessoa dosingular:“A nenhum de vocês c o m p e t e  decidir . . .” .

(D)  Note que, muitas vezes, devemos “ajeitar” a oração, colocando-a na ordemdireta, para realizar a análise. Para isso, devemos partir do verbo. Há dois: va le r et o m a r . A princípio, isso poderia causar confusão e levar a pensar que se trata deuma locução verbal. Mas, veja bem. Quem é o sujeito do primeiro verbo (valer): oque não vale a pena? Tomar ta is dec isões. Opa! O segundo verbo faz parte dosujeito do primeiro e, portanto, não forma com ele uma locução (cada macaco noseu galho...).

Assim, essa oração reduzida de infinitivo (“tomar tais decisões”) é o sujeito doverbo va le r :  “Tomar tais decisões não  va le   a pena.” . O verbo, portanto, fica no

singular (3ª. pessoa) por ter um sujeito oracional.(E)  Esse é o gabarito da questão. O que resta? Alguns m inu tos. Mais uma vez,o sujeito vem posposto ao verbo, o que poderia levar o candidato a pensar que, emvez de sujeito, seria esse elemento um objeto direto. Não!!! Partindo do verbo

 “restar”, colocamos a oração na ordem direta: “Alguns m inu tos . . . r es tam aapenas um dos cand ida tos.”. Todo cuidado é pouco em construções invertidascomo essa.

Caso 9 - Verb o PARECER + Verbo n o in f in i t ivo

Quando possui o significado de “dar a impressão”, seguido de infinitivo, permite

duas construções:1 ª – PARECER no p lu r a l e I NFI NI TI VO no s ingu la r – Nesse caso, estamosdiante de um simples caso de LOCUÇÃO VERBAL, em que o verbo auxiliar seflexiona e o principal se mantém em uma forma nominal (infinitivo).

Os c ien t is tas parec iam p rocurar g randes segredos. ( locução verba l )

2 ª – PARECER no s ingu la r e I NFI NI TI VO no p lu ra l – Agora, é o caso de sujeitooracional. Como vimos no tópico anterior, o verbo que possui um sujeito oracional(esteja desenvolvido ou reduzido de infinitivo) se mantém na 3ª pessoa dosingular.

Os c ien t is tas parec ia p rocurarem grandes segredos. ( su je i t o o rac iona l )

Fica estranho, não é? Mas nem sempre o que é esquisito está errado. Não confie noseu “bom senso”.

O que se afirma nessa construção é que “ALGO (os cientistas procurarem grandes segredos ) PARECIA”. Desenvolvida, essa construção seria: Parecia que os cientistas procuravam grandes segredos.

Para complicar a sua vida (que já não é nem um pouco fácil...rs...), a banca podedeslocar o sujeito da oração subordinada para antes do verbo PARECER:

Os meninos parecia que queriam sair.

Ai,... que coisa feia!!! Mas está CORRETO! Na verdade, o que está registrado aí é “Parecia que os meninos queriam sair”. A construção está certinha. Agora,

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sinceramente, atire a primeira pedra quem não teve vontade de colocar o verboPARECER no plural...

BIZU: Em qua lquer dos casos, somente um dos verbos se f lex iona – nuncaf l ex ione os do i s ao m esm o tem po .

Caso 10 - F lexão do in f in i t i v o

O infinitivo é uma das três formas nominais do verbo, junto com o gerúndio e oparticípio. Isso vimos na aula 3 – Verbos.

O infinitivo pode ser I MPESSOAL (não se flexiona em número ou pessoa) ouPESSOAL (possui sujeito e com ele pode concordar, havendo, nesse caso, flexãode número e pessoa).

O infinitivo PESSOAL pode se flexionar ou não, a depender da construção.

Flexionar quer dizer conjugar em todas as pessoas, por exemplo: vender , venderes ,

vender , vendermos , venderem .

10.a) casos em que o i n f i n i t i vo se f l ex iona ob r iga to r i amen te   – SUJEITOSDIFERENTES

1 . Quando o sujeito da forma nominal estiver claramente expresso,  ou seja, oinfinitivo estiver acompanhado de um pronome pessoal ou de um substantivo – é oúnico caso de f l e xão ob r iga tó r i a .

A eleição de 2010 será o momento de os eleitores dec id i rem  por um a renovação do Congresso Nacional.  

O sujeito do verbo SER é “A eleição de 2010” . Já o sujeito de DECIDIR é “os 

eleitores” . Como são sujeitos diferentes, a flexão do infinitivo é obrigatória.

2 . Quando se deseja indicar o sujeito não expresso a partir da desinência verbal:

Está na hora de irmos embora.

Observe que, se não houvesse a indicação pela desinência, não ficaria claro quemdeveria ir embora (Está na hora de ir embora... quem vai embora???? Eu, você ou todos nós? ). Nesse caso, a flexão passa a ser obrigatória para definir o sujeito daforma nominal. 

10 .b ) casos de f lexão facu l ta t iva do in f in i t i vo   – SUJEITO DO INFINITIVO É OMESMO DA ORAÇÃO ANTERIOR, OU SEJA, JÁ APARECEU.

Quando o sujeito do infinitivo já estiver expresso em outra oração, geralmente naoração principal, a flexão torna-se f acu l ta t i va.

Recomenda-se, inclusive, omitir a flexão para o texto mais enxuto e objetivo, a nãoser que exista o risco de ambiguidade, caso em que a flexão será necessária paradissipar qualquer dúvida (como vimos no item 2 acima).

De qualquer forma, a flexão do infinitivo, nesses casos, é opcional – pode-seflexionar ou não, a critério do autor.

As mulheres se reuniram para decidir/ decidirem a m elhor form a de conduta.

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As trabalhadoras discutiram uma forma de se proteger/protegerem dos abusos no ambiente de t rabalho.

O ministro convidou os índios para participar/participarem do debate.

Tomando o primeiro exemplo, quem se reuniu e quem iria decidir eram as mesmaspessoas: “as mulheres” . Assim, como o sujeito já se encontrava expresso na oraçãoanterior, a flexão do infinitivo tornou-se facultativa.

10.c) casos de f lexão do in f in i t i vo em voz pass iva  

Com relação à flexão do infinitivo passivo, no esquema PREPOSIÇÃO + SER(INFINITIVO) + PARTICÍPIO, há duas possibilidades:

1 - Quando os sujeitos das orações são distintos e o do infinitivo vem logo após apreposição, a flexão do infinitivo é FACULTATIVA, ou seja, as duas formas –flexionada ou não - estão certas, dando-se preferência à flexão verbal.

Essa preferência se dá em virtude da proximidade do particípio.

O objetivo é coletar  i n fo r m ações m a is p rec isas para   s er / s er e m  cruzadas com outr os bancos de dados.

Indique as  p rov idênc ias a ser / serem  t omadas .

Envio os documen tos pa ra se r / se rem ana l isados  .

2 - Prefere-se a não-flexão:

a)  quando o sujeito (plural) das duas orações for o mesmo :

Doenças desse tipo levam até cinco anos p a r a se r / s er e m t r a t a d as  .

Eles estão p a r a se r / s er e m e x p u l so s  .

Saíram sem ser / serem pe rceb idos. 

Os pedid os levaram dez dias pa ra ser / serem ana l isados .

b)  quando se tem um adjetivo antes da preposição:  

São obras d ignas de se r / se rem  imitadas.

Os alimentos estavam  p ron tos pa ra ser / serem  comercializados.

As presas pareciam  f ácei s de se r / se rem  apanhadas.

Apresentamos exercícios s imp les de ser / serem  feitos.

Observe que se trata de PREFERÊNCIA, a depender da ênfase que o autor queiradar. Não podemos tachar de certo ou errado. Ao não flexionar, valoriza-se a ação;com a flexão, dá-se ênfase ao sujeito que a pratica. Muitas vezes, a escolha é feitapor questão de eufonia ou de clareza textual.

Encerramos com as palavras de Pasquale Cipro Neto e Ulisses Infante (Gramática da Língua Portuguesa, Editora Scipione ) de que "o infinitivo constitui um dos casos 

mais discutidos da língua portuguesa ", e "estabelecer regras para o uso de sua 

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forma flexionada, por exemplo, é tarefa difícil ", e, "em muitos casos, a opção é meramente estilística ".

Vamos ver, agora, uma questão de prova da ESAF que tratou desse ponto doestudo.

(Auditor RN/2005) Marque a opção que não substitui corretamente o item sublinhado no texto, respeitando-se a ordem em que ocorrem .

Na medida em que a dinâmica da acumulação privada e a mobilidade dos capitais já não são controladas pelo Estado através da tributação, os direitos humanos, numa visão jurídico-positiva, encontram-se em fase regressiva. Eles podem até continuar existindo no plano legal,sobrevivendo, em termos formais, aos processos de tributação. Mas não têm mais condições de ser efetivamente implementados no plano real (se é 

que o foram, integralmente, um dia).

a) Considerando que b) por meio c) continuarem d) já não têm e) serem 

O erro está na opção C, pois, em uma locução verbal (“podem continuarexistindo”), não se admite a flexão do verbo “continuar”, o segundo verboauxiliar. O único verbo que se flexiona é o p r i m e i r o auxiliar (poder ).

Os demais (segundo auxiliar – CONTINUAR - e verbo principal - EXISTIR)permanecem em uma das formas nominais – infinitivo, gerúndio ou particípio.

O que nos interessa nessa questão é sugestão de troca do item e , que estáco r re ta .

 “Mas [os direitos humanos] não têm mais condições de ser efetivamente implementados no plano real .” 

A troca pelo infinitivo flexionado (serem) é válida, pelos motivos expostos no caso11.c / 2 / b acima. Como vimos, prefere-se a forma não flexionada, para nãotornar o texto repetitivo, mas isso não causaria erro de concordância. Estãocorretas, portanto, as duas formas: não têm mais condições de ser  implementados  

ou não têm mais condições de serem  implementados . 

10 .d ) Verbos Causat i vos / Sens it i vos + Pronomes Ob l íquos + I n f i n i t i vo   

Para começar, vamos entender o que são os verbos causativos e sensitivos.

CAUSATIVOS indicam causa/consequência (fazer, permitir, deixar, mandar ) eSENSITIVOS expressam sensações (ouvir, sentir, ver ).

Quando estes verbos (causativos e sensitivos) estiverem acompanhados dePRONOME PESSOAL OBLÍQUO ÁTONO (que exercem a função de su je i to doverbo no infinitivo que lhe segue – entendimento majoritário na doutrina), oinfinitivo, mesmo pessoal (ou seja, possuindo um sujeito) não deve ser

flexionado.

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Estou falando grego? Então, vamos a um exemplo para compreender.

Ouvi os meninos sai r / sa írem .

Mandei os m eninos s ai r / s aír e m  .

Quem vai sair? Resposta: os meninos.

Nesse tipo de construção, quando, no objeto direto do verbo causativo (mandei )ou sensitivo (ouvi ), houver um substantivo (nome) não há consenso entre osgramáticos: há autores que exigem a flexão obrigatória (saírem), outros queindicam uma faculdade (sair/saírem – tanto faz) e, por fim, os que se recusam aflexionar o infinitivo (sair).

Contudo, todos os gramáticos concordam em um aspecto: quando essesubstantivo (nome) é representado por um p r o n o m e   pessoa l ob l íquo á tono  (o/ os/ a/ as). Nesse caso, o infinitivo NÃO PODE se flexionar!

Ouvi-os sair  .

Mandei-os sair  .

Caso 11 - PODER/ DEVER + SE + I NFI NI TI VO + SUBSTANTI VO NOPLURAL

Na voz passiva, quando os verbos PODER/ DEVER estiverem acompanhados dopronome apassivador SE, de um verbo no infinitivo e, por fim, de um substantivono plural, há duas formas de análise e, consequentemente, de construção.

Pod...-se identificar duas formas de contágio.

1ª . POSSIB IL IDADE: o verbo PODER forma com o verbo IDENTIFICAR umalocução verbal, em que aquele atua como verbo auxiliar e este, principal. Comoacontece em qualquer locução verbal, quem se flexiona é o verbo auxiliar.Observamos, também, que existe um pronome SE acompanhando o verboauxiliar. Como o verbo principal é TRANSI TI VO DI RETO (Alguém identifica alguma coisa ), a locução faz parte de uma construção de voz passiva sintética.Quem, então, é o sujeito dessa oração (o que se pode identificar?)? Resposta:duas fo rmas de con tág io . O sujeito paciente (voz passiva) está no plural,levando o verbo auxiliar à mesma flexão. A construção correta seria: Podem-se  i den t i f i car du as fo rm as de con tág io  .

2 ª . POSSIBIL IDADE: Agora, o verbo PODER tem como sujeito uma oraçãoreduzida de infinitivo “identificar duas formas de contágio”. Equivale dizer: “É 

possível ident ificar duas form as de contágio = I SSO é possível” . Assim, mesmoem construção de voz passiva (o verbo PODER é transitivo direto e a construçãoapresenta ideia passiva), o verbo PODER permanece na 3ª pessoa do singular porapresentar um SUJEITO ORACIONAL (caso 8 ). A forma correta seria: Pode-se i den t i f i car du as fo rm as de con tág io .

Note que ambas as formas verbais (flexionada ou não) estão corretas, mas aanálise que se faz de uma é diferente da da outra.

Treine a análise com mais um exemplo:

1 - Devem -se manter os animais nas jaulas. – Os an ima is devem se r m an t idosnas jau las. – construção de voz passiva = verbo auxiliar concorda com o núcleodo sujeito: animais.

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2 – Deve -se manter os animais nas jaulas. – Deve-se [ m an te r os an ima is nas j au las] - sujeito oracional = verbo na 3ª pessoa do singular.

A ESAF adora questões como essa. Vejamos como o examinador abordou emuma de suas provas.

(TCE RN/2000 ) Marque o item em que um dos dois períodos estágramaticalmente incorreto:

c) No gênero das leis federativas, é possível discernir duas espécies bemvisíveis: leis federais intransitivas e transitivas. / No gênero das leisfederativas, podem-se discernir duas espécies bem visíveis: leis federaisintransitivas e transitivas.

Os dois períodos apresentados na opção C estavam CORRETOS.

O verbo PODER, no segundo período, está acompanhado do pronome se (“podem- se  discernir duas espécies bem visíveis ”). Vamos analisar a passividade dessaconstrução. Então, devemos fazer aquelas perguntas (como é, ainda se lembra???):

1- É verbo TD ou TDI?

Sim. Se considerarmos que os verbos formam uma locução verbal (“poderdiscernir”), a transitividade de d iscern i r (verbo principal) é DI RETA, pois significadiferenciar, distinguir, discriminar.

2 – Há ideia passiva?

Sim, duas espécies de leis federativas poderão ser discernidas, ou seja,diferenciadas.

Então, trata-se de voz passi va p ronom ina l (sintética) e o verbo auxiliar deveráse flexionar de acordo com o núcleo do sujeito paciente – espécies – e ir para oplural – podem -se d iscern i r .

A outra possibilidade de análise e construção seria: “pode-se discernir   duas espécies bem visíveis: leis federais intransitivas e transitivas.” 

Neste caso, o sujeito da forma verbal “pode-se” é a oração reduzida de infinitivo “discernir duas espécies...”. 

São formas igualmente válidas, cada uma com uma análise sintática diferente.

CUI DA DO COM CERTAS CONJUGAÇÕESVocê precisa tomar cuidado especial quando a questão de prova envolverconcordância com os verbos derivados dos verbos pôr , t er e v i r . Suas formasplurais não apresentam nenhuma distinção fonética em relação às formassingulares.

Vamos lá: para perceber essa coincidência, fale alto, não ligue se a sua vizinhapensar que você enlouqueceu – depois que você passar no concurso, ela vem puxaro seu saco...: DI SPÕE/ DI SPÕEM, MANTÉM/ MANTÊM, CONVÉM/ CONVÊM...

Viu só? Isso pode enganar o seu ouvido direitinho.

Por isso, sempre que surgir um verbo com esse tipo de “casca de banana”,

sublinhe, circule, desenhe uma caveira, faça qualquer coisa para perceber se aforma verbal está de acordo com o sujeito correspondente.

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Para encerrarmos nossa aula de hoje, veja só como pode ser maldosa uma questãoassim:

(ESAF/ TRF/ 2000) Assinale a opção em que há err o gramatical.

No Primeiro Reinado, as idéias de justiça fiscal e capacidade de contribuição,que pressupõe(A) que a cada cidadão deva ser cobrado o imposto de acordo com suas possibilidades, simplesmente não existiam, já que(B) não havia legislação coerente que garantisse a defesa desses princípios. Como o clero e os senhores rurais eram livres das obrigações fiscais, os privilégios subsis- tiam(C). Em face do(D) baixo grau de informação, da falta de instituições independentes e da ausência de liderança, era impossível qualquer manifestação que fosse contrária ao(E) sistema em vigor.

a) A

b) B 

c) C d) D 

e) E 

ACORDO ORTOGRÁFI CO: A palavra “ideia” perdeu o acento agudo.

Mais uma vez, temos de observar a qual palavra o pronome relativo qu e se refere(caso 2. i). Na passagem “que pressupõe ”, o relativo qu e tem como antecedente osubstantivo plural i de ias (“as  i d éi as ( * ) de justiça fiscal e capacidade de contribuição, que pressupõe...”). Por isso, o verbo PRESSUPOR deve com essesubstantivo no plural concordar – p ressupõem.

Olhe aí um desses verbos perigosos. Foneticamente, não há diferença entre aforma singular e a plural da conjugação verbal nas terceiras pessoas (pressupõe /  p ressupõem – notou alguma diferença?).

Por isso, todo cuidado é pouco na prova. Dificuldade maior reside quando a questãotranscreve um texto e apresenta em somente uma das opções a incorreçãogramatical (sem sublinhar, como nessa). Em meio a tantas possibilidades deincorreção, ainda mais com grande distância entre o verbo e o sujeitocorrespondente, um erro como esse (de concordância) pode passar despercebidoaos ouvidos e à retina.

Fe l i zmen te , chegamos ao f im de nosso encon t ro de ho je ( u fa ! ! ! ) , masnão sem an t es t r e ina rmos os conhecimen t os aqu i adqu i r i dos.

Ent ão , mãos à obr a . Reso lva as questões ext r a ídas de d iversos concursospara , só depo is , ve r o gabar i to e le r os comen tár ios .

Grande abraço .

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QUESTÕES DE FI XAÇÃO 

1 - ( NCE UFRJ / I NCRA / 2005 )

Text o 4 - PERI GO REAL E I MEDI ATO 

Vilma Gryzinski – Veja, 12/ 10/ 2005 

Desde que a era das fotografias espaciais começou, há quarenta anos, uma nova e prodigiosa imagem se formou no arquivo mental da humanidade sobre o que é o planeta no qual vivemos. Do nosso ponto de vista no universo,provavelmente não existe nada que se compare à beleza desta vívida esfera azul, brilhando na imensidão do espaço, água e terra entrelaçadas num abraço eterno, envoltas num cambiante v éu de nuvens.

(...)

As regras de concordância nominal dizem que o adjetivo posposto a doissubstantivos concorda com o mais próximo ou com o plural dos dois; no caso de

 “água e terra entrelaçadas”, a afirmativa correta, entre as que estão abaixo, é:(A) o adjetivo também poderia aparecer na forma “entrelaçada”;

(B) a forma “entrelaçados” do adjetivo também estaria correta;

(C) se anteposto, a única forma possível do adjetivo seria “entrelaçada”;

(D) por coerência lógica, a única forma possível do adjetivo é “entrelaçadas”;

(E) o adjetivo refere-se exclusivamente ao substantivo “água”.

2 - ( NCE UFRJ / ANALI STA FI NEP / 2006 )  

Assinale a alternativa em que a concordância nominal NÃO é adequada:

(A) A temperatura do Sol obrigava a cuidado e proteção obrigatória;

(B) A temperatura do Sol obrigava a cuidado e proteção obrigatórios;

(C) A temperatura do Sol obrigava a cuidado e proteção forçadas;

(D) A temperatura do Sol obrigava a obrigatório cuidado e proteção;

(E) A temperatura do Sol obrigava a obrigatória proteção e cuidado.

3 - ( NCE UFRJ / ANALI STA FI NEP / 2006 )  

 “A elevação da temperatura no terceiro planeta do sistema solar tornará inviável a

sobrevivência de qualquer criatura”; sobre os aspectos da concordância nominal everbal dessa frase, podemos dizer que:

(A) o adjetivo inviável concorda com criatura ;

(B) a forma verbal tornará concorda com o sujeito posposto;

(C) o pronome qualquer é invariável;

(D) o numeral terceiro não concorda com o substantivo planeta;

(E) no plural, quaisquer criaturas não modificaria a forma do adjetivo inviável .

4 - ( FUNDAÇÃO JOÃO GOULART/ PGM RJ/ 200 4)

Há má construção gramatical quanto à concordância em:

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A) Os médicos consideravam inevitável nos pacientes pequenas alteraçõespsicológicas.

B) As internações por si sós já causam certos distúrbios psicológicos aos pacientes.

C) Uma e outra alteração psicológica podem afetar os pacientes hospitalizados.D) Distúrbios e alterações psicológicos são normais em pacientes hospitalares.

5 - ( FGV/ PREF.ARAÇATUBA/ 200 1)

A alternativa correta quanto à concordância nominal é

A. A empregada mesmo viu tudo.

B. Já fiz isso bastante vezes.

C. Passado a crise, voltaram.

D. As frutas chegaram meio estragadas.

6 – ( ESAF / AFC STN / 200 0)  

Marque o segmento do texto que contém erro de estruturação sintática.

a) Se alguém tinha alguma dúvida quanto à retomada do crescimento econômico,os últimos dados divulgados pelo IBGE e pela Confederação Nacional da Indústriase encarregaram de sepultá-las.

b) Todos os indicadores disponíveis confirmam uma forte reação na produçãoindustrial brasileira, que começou ainda no ano passado, mas ganhou maior forçanos primeiros meses do ano 2000.

c) A produção em fevereiro cresceu 16% em comparação com o mesmo mês doano passado, enquanto as vendas cresceram 18%.

d) Em uma perspectiva mais longa, que analisa a produção nos últimos 12 meses,houve um crescimento de 1,4%, invertendo uma seqüência de resultados negativosque se arrastavam desde agosto de 1998.

e) Em fevereiro, foram criados 18.000 novos postos no mercado formal, segundodados do Ministério do Trabalho.

(André Lahóz, com adaptações)

7 - ( NCE UFRJ / Gua rda Mun ic ipa l / 2002 )

Assinale o item que está de acordo com as normas gramaticais.

a) O fato nada teve a haver com o assalto ocorrido a cerca de 10 dias;

b) O fato nada teve a ver com o assalto ocorrido há cerca de 10 dias;

c) O fato nada teve a haver com o assalto ocorrido há cerca de 10 dias;

d) O fato nada teve a haver com o assalto ocorrido acerca de 10 dias;

e) O fato nada teve a ver com o assalto ocorrido acerca de 10 dias.

8 - ( FGV/ PREF.ARAÇATUBA/ 200 1)

Assinale a alternativa errada quanto ao emprego de "acerca de", "há cerca de" e "acerca de".

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A. Ficou há cerca de dez passos da esquina.

B. Fez uma exposição acerca do impasse.

C. Viajou há cerca de uma semana.

D. Dirigiu-se a cerca de cem pessoas.

9 - (FCC / I CMS SP / 2006 )

Considere a seguinte frase:

A busca de distinção entre o que é “do bem” e o que é “do mal” traz consigo um dilema (...) .

O verbo t razer deverá flexionar-se numa forma do p lu ra l caso se substitua oelemento sublinhado por

(A) O fato de quase todas as pessoas oscilarem entre o bem e o mal (...).

(B) A dificuldade de eles distinguirem entre as boas e as más ações (...).

(C) Muitas pessoas sabem que tal alternativa, nas diferentes situações, (...).

(D) Essa divisão entre o bem e o mal, à medida que se acentua nos indivíduos,(...).

(E) As oscilações que todo indivíduo experimenta entre o bem e o mal (...).

1 0 - ( F GV / M PE A M / 2 0 0 2 )

Assinale a alternativa em que ocorre uma concordância verbal I NACEI TÁVEL emrelação à norma culta da língua.

(A) Pouco importavam ao cronista a crítica e o elogio.(B) Chegou à editora o texto e uma carta do cronista.(C) Agradava-lhe o ritmo e o estilo do cronista.(D) Obrigavam-me a amizade e o dever de criticar aquele seu texto.(E) Faltava-lhe, naquele dia, fatos para escrever sua crônica.

1 1 - ( CESGRANRI O / BNDES – ADVOGADO / 20 04)

Indique a opção em que a concordância NÃO está de acordo com as regras danorma culta.

(A) Gosto de viajar para lugares o mais exóticos possível.

(B) Compramos um sofá, uma poltrona e uma mesa antigos.

(C) A maioria das pessoas espera conseguir bons empregos.

(D) Um dos cientistas que estudam a memória chegou ao Brasil.

(E) Mais de um funcionário vão pedir promoção no mês que vem.

1 2 - (FGV / Agen te Tr i bu tá r i o Es tadua l / 2006 )

No trecho o prim eiro namorado ou o prim eiro marido não sabem (L.69-70), o verbofoi flexionado corretamente no plural, observando o caso de sujeito composto comnúcleos ligados por OU.

Assinale a alternativa em que, no mesmo caso, a flexão do verbo não seriapossível.

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(A) Esperávamos que ele ou o irmão viessem nos apanhar.

(B) Umidade intensa ou ressecamento excessivo não nos fazem bem.

(C) João Carlos ou Pedro se casariam com Marta.

(D) O jornal ou a revista podem apresentar detalhadamente a notícia.(E) Podem ser entregues o original do documento ou sua cópia.

1 3 - ( CESGRANRI O / SEAD AM / 200 5)

Aponte a opção em que se encontra um uso I NACEI TÁVEL de concordância.

(A) Uma e outra coisa merece nossa atenção.

(B) Nem um nem outro candidato conseguiram se destacar.

(C) O médico, com sua enfermeira, foi ao Congresso.

(D) No relatório da OMS, tinham vários erros de tabela.

(E) Os cientistas haviam tido muito cuidado nos experimentos.

1 4 - ( F GV / M i n is t é r io d a Cu l t u r a / 2 0 0 6 )

Lá, alunos ajudaram a criar um centro cultural ...

Assinale a alternativa em que, substituindo-se alunos  no trecho acima por outraexpressão, foi mantida a correção gramatical.

(A) Lá, 1,85% ajudaram a criar um centro cultural...

(B) Lá, 0,98% ajudou a criar um centro cultural...

(C) Lá, a maior parte ajudaram a criar um centro cultural...(D) Lá, tu e teus amigos ajudaram a criar um centro cultural...

(E) Lá, dois terços ajudou a criar um centro cultural...

1 5 - ( NCE UFRJ / PCRJ / 2002 )

Assinale o item que atende aos preceitos da norma culta da língua.

a) A maioria dos trabalhadores participaram da sessão de treinamento;

b) A maioria dos trabalhadores participou da seção de treinamento;

c) A maioria dos trabalhadores participou da cessão de treinamento;

d) A maioria dos trabalhadores participaram da secção de treinamento;

e) A maioria dos trabalhadores participaram da seção de treinamento.

1 6 - ( FCC / MPE PE/ 200 6)

Está clara e correta a redação do seguinte comentário sobre o texto:

(A) Nem mesmo o mais rigoroso dos dicionários são capazes de definir comprecisão o sentido que os homens desejam discernir entre os conceitosfundamentais.

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(B) Quando se divergem, a filosofia e o direito acabam por criar um espaço dehesitação para os conceitos, que seriam tão desejáveis estabelecer para a açãohumana.

(C)   Tanta dificuldade enfrentada na definição dos nossos valores essenciais

demonstra que não dispomos de convicções absolutas, de princípios realmenteduradouros.

(D) Tanto a felicidade como a justiça devem de ser discutidos sobre os parâmetrosinstáveis da nossa consciência, o que torna problemáticos tanto um quanto outro.

(E) Não se esperem que nossos valores essenciais possam ser definidos semcontrovérsias, pois as mesmas fazem parte da dinâmica que se rege o nossopensamento.

1 7 - ( FCC / ANEEL TÉCNI CO / 2006 )

Os trechos abaixo constituem um texto. Assinale a opção gramaticalmenteincorreta.

a) A desigualdade na repartição da renda, riqueza e poder é uma marca inalienáveldo Brasil.

b) De acordo com o “Atlas de exclusão social — Os ricos no Brasil” (Cortez, 2004),somente 5 mil famílias chegam a se apropriar de mais de 40% de toda a riquezanacional, embora o país registre mais de 51 milhões de famílias.

c) Se considerarmos somente a parcela da população que se concentram no décimomais rico, verificam-se que 75% de toda a riqueza contabilizada termina sendo porela absorvida.

d) Em outras palavras, restam 25% da riqueza nacional a ser apropriada por 90%

da população brasileira. Esse descalabro em relação à concentração sem limites dariqueza no País não é algo recente.

e) Pelo contrário, isso parece ser algo consolidado desde sempre no País, emboradesde 1980, com o abandono do projeto de industrialização nacional, tenhaavançado no país o ciclo da financeirização da riqueza, com retorno ao modeloprimário-exportador de matérias-primas e produtos agropecuários.

(Marcio Pochmann)

1 8 - (ESAF / ATE MS / 2001 )

Marque o item em que uma das sentenças está gramaticalmente mal formada:

É vedado à Administração Tributária:

a) exigir tributo não previsto neste Código / exigir tributo que não esteja previstoneste Código.

b) aumentar tributo sem que a lei o estabeleça / aumentar tributos sem que a leios estabeleçam.

c) cobrar tributos relativos a fatos geradores ocorridos antes do início deste Códigoou de outra lei que os instituir ou aumentar / cobrar tributos relativos a fatosgeradores ocorridos antes do início deste Código ou de outra lei que os institua ouaumente.

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d) cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a leique os instituiu ou aumentou / cobrar tributos no mesmo exercício financeiro emque tenha sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.

e) Estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em

razão de sua procedência ou destino / estabelecer diferença tributária entre bens eserviços de quaisquer naturezas, em razão de sua procedência ou destino.

1 9 – ( ESAF/ Fiscal de For t a leza/ 1998 )

Indique entre os itens sublinhados o que contém erro gramatical ou impropriedadevocabular.

Tudo parece indicar, a essa altura, que(A) as repercussões da crise dos paísesasiáticos sobre a América Latina serão bem menos acentuadas do que(B) seimaginava faz(C) poucos meses. Pouco a pouco, foram-se percebendo(D) que osproblemas daquela região são devidos à(E) desorganização de seus sistemasfinanceiros e a uma especulação imobiliária desenfreada.

(Gazeta Mercantil, 21 e 22/ 2/ 1998, adaptado)

a) A

b) B

c) C

d) D

e) E

2 0 - ( FGV/ PREF.ARAÇATUBA/ 20 01)A concordância verbal está correta em

A. Precisam-se de muitos técnicos.

B. Os Estados Unidos é contrário a essas medidas.

C. Neste mês, deve haver muitos feriados.

D. Tratavam-se de profissionais competentes.

2 1 - ( NCE UFRJ I NCRA/ 200 5)

Tex t o 1 - I nternet, telefone e mais de 39 mil t erminais de autoatendimento.

São muitas as opções para você movimentar a sua conta, efetuar pagamentos, obter crédito, receber benefícios, adquirir produtos e o que mais você precisar. É para isso que o Banco do Brasil investe tanto em tecnologia: para estar o tempo todo com você.

(O Globo, 06/10/2005)

Se transformarmos as cinco primeiras orações reduzidas de infinitivo em oraçõesdesenvolvidas na forma passiva pronominal (com o pronome SE), as formas verbaisadequadas serão, respectivamente:

(A) movimente – efetue – obtenha – receba – adquira;

(B) movimentem – efetuem – obtenham – recebam – adquiram;(C) movimente – efetuem – obtenha – recebam – adquiram;

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(D) movimentem – efetue – obtenham – receba – adquira;

(E) movimente – efetue – obtenha – receba – adquiram.

2 2 - ( FCC/ BANCO DO BRASI L / 2006 )

É preciso co r r i g i r a seguinte frase, na qual há um equívoco quanto àconcordância verbal:

(A) As maravilhas que se dizem a respeito de uma vida bucólica ou primitiva nãoparecem ter em nada animado o cronista.

(B) Não consta, entre as fobias declaradas pelo cronista, a de se sentir distante dealguém a quem o prendam laços afetivos.

(C) Não se ouvem apenas os cantos do mar, mas também os sons de insetos eanimais que podem representar uma séria ameaça.

(D)  Uma das convicções do bem-humorado cronista é a de que usar bermudaslongas constituem a maior de suas concessões à vida natural.

(E) Fica sugerido que livros, jornais e revistas são, para o cronista, artigos deprimeira necessidade, como o são fósforos ou aspirina.

2 3 - ( FCC / BANCO DO BRASIL / 2006 )

Está plenamente atendida a concordância verbal em:

(A) Para o amanuense, não teriam havido outras compensações, além das alegriasque lhe proporcionavam a elaboração da linguagem do diário.

(B) Entre um computador e um fax ainda existem, nas palavras do autor, muitoestímulo para as nossas paixões se manifestarem.

(C) As preocupações íntimas, que se costuma traduzir na linguagem pessoal de umdiário, pode suscitar o interesse de um grande número de leitores.

(D) Ninguém duvide de que possa estar na forma modesta de um diário pessoal asquestões subjetivas que a cada um de nós é capaz de afetar.

(E) É nas palavras de um diário que se formaliza a nossa subjetividade, é nelas quese espelham as faces profundas dos nossos desejos.

2 4 - ( FGV / I CM S PB / 2 0 0 6 )

De acordo com a norma culta, a concordância verbal está correta APENAS na frase:(A) O autor disse que existe comissões parlamentares válidas e competentes.

(B) Haviam perguntas que não foram respondidas durante o interrogatório.

(C) Em toda a parte do mundo podem haver políticos corruptos.

(D) É necessário reconhecer que algumas atitudes que fere os princípios éticosprecisam serem punidas.

(E) Já faz cinco sessões que os deputados não votam nenhuma proposta dogoverno.

2 5 - ( CESGRANRI O / I NSPETOR DE POLÍ CI A / 2001 )

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“...não se pode culpar os publicitários por isso – eles, assim como todo mundo, não sabem o que fazem.” 

Analise o comentário sobre os componentes desse segmento do texto é:

a) igualmente correta seria a forma podem culpar . 

2 6 - (TRT 15 ª Reg ião – Ana l i s ta Jud i c iá r i o / Se tembr o 2004  

 _______ __ as aparências enganosas de exat idão.

Preenche-se corretamente a lacuna por: 

(A) Deve ser evitado

(B) Deve serem evitadas

(C) Deve ser evitadas

(D) Devem ser evitado(E) Devem ser evitadas

2 7 - ( FCC / ANEEL TÉCNI CO / 2006 )

De fato, os jovens têm motivos para se sentirem inseguros. Começam a vida profissional assombrados pelos altos índices de desemprego. Quase a metade dos desempregados nos grandes centros no Brasil é jovem. Além da falta de experiência, há o despreparo mesmo. Grande parte tem baixa escolaridade. O mercado de trabalho ajuda a perpetuar a desigualdade. Muitos jovens deixam de estudar para trabalhar. Mas a disputa é acirrada também entre os mais bem-preparados. A grande oferta de  mão-de -ob ra   resulta em um processo cruel de avaliação, com testes de conhecimentos e de raciocínio lógico,redação, dinâmicas de grupo, entrevistas. E não é só. O jovem deve demonstrar habilidades que muitas vezes nem teve tempo de saber se possui ou de descobrir como adquiri-las. Como o conhecimento hoje fica obsoleto muito rápido, a qualificação e o potencial comportamental é que definem um bom candidato, e não só o preparo técnico.

(Adaptado de ISTOÉ 5/ 10/ 2005)

Julgue a assertiva abaixo.

c) Como a expressão “a metade” (l.2) pode ser considerada um sinônimo textualpara 5 0 % , a substituição daquela por esta preservaria a coerência textual e a

correção gramatical.

2 8 – ( ESAF/ TFC/ 1997  )

Assinale o item que apresenta concordância i n co r re ta .

a) As pessoas se agrupam em função de objetivos comuns em associações,federações, confederações, sindicatos, ONGs, colégios, empresas, sociedades,clubes, conselhos, fundações, institutos, etc.

b) Em qualquer uma dessas situações pressupõem-se que os grupos trabalhamunidos na defesa de um ideário consubstanciado em estatutos, normas eprocedimentos que determinam formas de atuação na sociedade.

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c) Entre os dez setores que mais geraram empregos no Brasil, em 1996, asentidades sem fins lucrativos despontaram em primeiro lugar.(...)

d) Além disso, possuem alto índice de trabalhadores voluntários quedisponibilizam seu tempo livre em benefício de toda a sociedade, algo nada

desprezível enquanto força mobilizadora.e) A questão é como usar esse poder. Talvez nunca como neste momento aconscientização da necessidade do envolvimento do empresariado na vida dacomunidade tenha sido tão importante.

(Maria Christina Andrade Vieira, Gazeta Mercantil -14 de agosto de 1997, com adaptações)

2 9 - ( FCC / ANEEL ANALI STA/ 200 6)

A pichação é uma das expressões mais visíveis da invisibilidade humana. São mais do que rabiscos. São uma forma de estabelecer uma relação de pertencimento com a comunidade – mesmo que por meio da agressão – e, ao mesmo t empo, de dar ao autor um sentido de auto-identidade.

(Gilberto Dimenstein, Folha de S. Paulo, 21/01/2006)

Sobre esse trecho, analise a assertiva abaixo.

II. Nos dois períodos iniciados pela forma verbal “São”, a concordância verbal se fazcom o predicativo do sujeito.

3 0 - ( FCC / ANEEL TÉCNI CO / 2006 )

Apesar das dificuldades, o Programa de Metas foi executado e seus resultados

manifestam-se na transformação da estrutura produtiva nacional. O governoJK, que soube mobilizar com maestria a herança de Vargas e elevar a auto-estima do povo brasileiro, realizou-se em condições democráticas, comliberdade de imprensa e tolerância política. A taxa de inflação, que em 1956foi de 12,5%, no final do governo JK, elevou-se para o patamar de 30,5%. ANação, por sua vez, obteve um crescimento econômico médio de 8,1% aoano. Apesar das pressões do Fundo Monetário Internacional (FMI), que jáadvogava o “equilíbrio fiscal” e o Estado mínimo para o Brasil, e de setoresconservadores da vida brasileira, JK conseguiu elevar o PIB nacional em cercade 143%. E tudo isto ocorreu em um contexto marcado por um déficit detransações correntes que atingiu 20% das exportações em 1957 e 37% em1960, o que ampliava a fragilidade externa e fazia declinar a condição desolvência da economia brasileira. No entanto, foi graças ao controle do câmbioe ao regime de incentivos criados que as importações de bens de consumoduráveis foram contidas.

(Rodrigo L. Medeiros, com adaptações)

c) Por se tratar de verbo expletivo, “foi” (l.13) pode ser retirado da oração semprejuízo do sentido e da sintaxe. CONCORDÂNCI A “ É QUE”

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GABARI TOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FI XAÇÃO 

1 – D

A questão já começa com a apresentação de um conceito de concordância

nominal. Contudo, por se tratar de caso de reciprocidade (a água e a terra estãolaçadas entre si = entrelaçadas), o verbo, necessariamente, irá para o plural.Essa informação é apresentada na opção D.

Em relação às demais opções:

a) por haver essa ideia de reciprocidade, o adjetivo não poderia ficar no singular;

b) os dois substantivos são femininos (água e terr a ), não havendo a possibilidadede flexionar o adjetivo no masculino;

c) por ser recíproco, mesmo anteposto, o adjetivo deverá se flexionar no plural;

e) o adjetivo se refere aos dois substantivos.

2 – C

Vimos que, quando na função de adjunto adnominal posposto aos nomes, existea faculdade de concordância do adjetivo com o nome mais próximo (concordânciaatrativa – opção A) ou com o conjunto de substantivos a que se refere(concordância gramatical – opção B) – caso 1 .2 d a Au la 4 .

A única forma incorreta é a da letra C. Se for realizada a concordância atrativa, oadjetivo fica no feminino singular para se harmonizar com o substantivopro teção .

Se a opção for pela concordância gramatical, por haver um elemento masculino

(cuidado), o adjetivo fica no masculino plural (fo rçados). Não há, pois,possibilidade de o adjetivo ser empregado no feminino plural (opção C).

Note que as opções D e E apresentam o adjetivo anteposto na função de adjuntoadnominal (caso 1 .1 da Au la 4 ). Neste caso, a única concordância possível é aatrativa (lembre-se da dica: tudo com a letra “a” – adjetivo anteposto na funçãode adjunto adnominal – concordância atrativa).

Na opção D, o adjetivo concorda com o substantivo cu idado , enquanto que naopção E, o faz com o substantivo pro teção .

3 – E 

Agora, o adjetivo está na função de PREDICATIVO DO OBJETO (caso 3 da Au la4 ).

O verbo t o r n a r é transobjetivo, ou seja, além do objeto direto, ele precisa dainformação trazida pelo predicativo do objeto.

Vamos analisar cada uma das opções:

(A) o adjetivo i n v iáve l se refere ao substantivo sobrev ivênc ia (a sobrevivênciase tornará inviável, e não a criatura).

(B) o sujeito de t o r n a r á  é “a elevação da temperatura”. Essa elevação tornará asobrevivência inviável. Por isso, está incorreta a informação de que o sujeito estáposposto. Na verdade, o sujeito está anteposto ao verbo, na ordem direta.

(C) O pronome qua lquer   é o único caso em que a flexão se realiza no meio dovocábulo, em virtude do processo de sua formação (pronome QUAL + verbo

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QUER pronome QUAIS + QUER = qua isquer  ). Assim, está incorreta talafirmação.

(D) O numeral t e r ce i r o   exerce a função sintática de adjunto adnominal aosubstantivo p lane ta  , devendo com ele concordar em gênero e número. Lembre-

se de que n u m e r a l é classe de palavra variável (nunca se esqueça da tabelinha,hem?).

(E) O objeto direto, que complementa o verbo t o r n a r  , é sobrev ivênc ia . É comeste substantivo que o adjetivo i n v iáve l   deve concordar em número. Aexpressão de qua lque r c r i a tu ra    exerce a função de complemento dosubstantivo sobrev ivênc ia  . Por isso, sua flexão não influencia a alteração doadjetivo – “A elevação da temperatura (...) tornará i nv iáve l  a sobrev ivênc ia  de quaisquer criaturas”. Está correta a assertiva.

4 – A

Citamos essa questão na Aula 4, mas não chegamos a avançar na análise. Essemomento chegou.

Mais uma vez, veremos a concordância do adjetivo na função de predicativo doobjeto (caso 3 ).

O verbo cons iderar também é transobjetivo. Seu objeto direto, na construção, épequenas a l te rações ps ico lóg icas (Os médicos consideravam pequenas alterações psicológicas... ) .

O adjetivo i nev i táve l, por se referir a a l te rações, deve concordar com essevocábulo, flexionando-se em número.

Assim, a forma correta seria: Os médicos consideravam  i nev i táve i s   nos 

pacientes pequenas a l t e rações ps ico lóg icas .Na opção B, foi empregado corretamente o adjetivo “sós”, no plural por seharmonizar com o substantivo i n te rnações .

Na opção C, temos um exemplo da concordância i n co r re ta com a expressão “uma e outra”. Como vimos, essa construção possibilita a flexão verbal tanto nosingular quanto no plural (caso 2.a da Aula 5 ). O verbo está corretamenteflexionado. Contudo, o adjetivo, segundo a norma culta, deveria se flexionarobrigatoriamente no plural, enquanto que o substantivo ficaria no singular (item1.6 da Au la 4 ). Assim, estaria correta a forma: “Uma e outra alteração psico lóg icas  p o de / p o de m  afetar os pacientes hospitalizados”. Por esse motivo,a questão seria passível de anulação.

5 – D

A palavra m eio , quando advérbio, se mantém invariável (olha a tabelinha aí,gente!!!). Exercerá a função sintática de adjunto adverbial, ou seja, vem junto deum adjetivo alterando ou delimitando o seu alcance.

Na opção A, o pronome demonstrativo m e s m o se refere ao substantivoempregada , devendo com ele concordar em gênero e número – A empregada mesma (Ela mesma) viu t udo.

Na opção B, o vocábulo bas tan te é um pronome indefinido adjetivo, devendo seflexionar de acordo com o vocábulo que acompanha, no caso, o substantivo

vezes. Na dúvida, troque bas tan te por m u i t o - Já fiz isso  mui tas vezes =   Já fiz isso bas tan tes  vezes. O pronome modifica um substantivo. Cuidado para não

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confundir com o advérbio bas tan te , que é invariável e modifica verbo, adjetivoou outro advérbio (Corremos bastante./ Eles são bastante altos./ Preciso que você fale bastante alto.)

Em relação à opção C, eu lhe pergunto: o que passou? Resposta: a crise. Por

isso, o particípio deve concordar com esse substantivo = Passada a crise,voltaram. 

6 - A

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Grafa-se, agora, a palavra “sequência” (d).

Eu pergunto: o que os últimos dados trataram de sepultar? Resposta: algumadúvida em relação à retomada do crescimento. Note que o pronome átono “as”,presente em “sepultá-las”, se refere à palavra “dúvida”, mencionada na primeiraoração. Assim, para que haja concordância entre os termos, o pronome deve estarno singular – “sepultá-la”.

Você percebeu que o estilo de prova da ESAF é diferente do das demais bancas jáanalisadas? Normalmente, as questões dessa banca que envolvem concordânciapedem que se assinale o item com erro de natureza gramatical, não indicando otipo de erro cometido. Assim, você deverá ler com cuidado e analisar todas asrelações sintáticas, ou seja, se os pronomes, adjetivos, verbos estão concordandouns com os outros.

7 – B

Primeiramente, vamos eliminar as opções que apresentam erro na expressão “ t e ra ve r ” . Assim como na outra expressão “não ter nada a ver com”, a preposição “a” 

pode ser substituída pela conjunção “que” – ter que ver / não ter nada que ver .Essas expressões indicam responsabilidade ou envolvimento em relação a um fato.Restam somente duas opções: b e e.

Em seguida, temos um mote para estabelecer a diferença entre três expressõesmuito parecidas: há cerca de / a cerca de / ace rca de .

Para isso, vamos partir do seguinte exemplo:

 “Eles saíram de casa há cerca de uma hora em direção à fazenda que fica a cerca de 30 km de São Paulo. Tenho minhas dúvidas acerca do tempo que levarão para chegar lá, j á que a estrada está em péssimas condições .” 

 “CERCA DE” significa “aproximadamente”. Ela consta das duas primeiras

expressões (há cerca de uma hora / fica a cerca de 30 km ), sendo que, naprimeira, percebe-se o emprego do verbo impessoal “haver” na indicação de tempodecorrido (há cerca de ). Com relação à segunda (a cerca de ), a preposição “a” precede a expressão por indicar distância (“A fazenda fica a 30 km de São Paulo .”).Já a expressão “acerca de” equivale a “sobre” (Tenho dúvidas  sob re   /  acerca   d o tempo). Não se pode confundi-las.

8 – A

Essa questão serve para fixar o conceito apresentado na anterior. Perceba que aconstrução da opção A se assemelha à do exemplo acima: Ficou a cerca de dez passos da esquina  equivale a dizer Ficou a dez passos da esquina . O “cerca de” 

indica aproximação. Neste caso, antes da expressão, é necessário colocar apreposição a , indicativa de local/distância.

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Nas demais passagens, houve correção.

Na opção B, usou-se adequadamente a locução prepositiva acerca de, quecorresponde a sobre .

Na assertiva C, como é indicado tempo decorrido, usa-se o verbo HAVER, associadoa “cerca de”, apresentando uma ideia aproximada de tempo: há cerca de uma semana.

Finalmente, na opção D, novamente a preposição a , exigida pelo verbo DIRIGIR-SE, se associa à expressão cerca de (aproximação).

9 – E

Esse é um caso clássico de concordância verbal. O verbo concorda com o núcleodo sujeito. Em “A busca de distinção entre o que é ‘do bem’ e o que é ‘do mal’ ( . . . ) ”  , o núcleo é o substantivo busca. Em torno dele, estão outros elementosque exercem a função de adjunto adnominal (junto ao nome). Pelo fato de onúcleo ser representado por um substantivo no singular, o verbo t r aze r  permaneceu no mesmo número.

A banca sugere uma série de trocas e pede que se identifique em qual delas overbo teria de ir para o plural.

Vamos analisar qual é o núcleo do sujeito em cada uma das opções. A respostadeverá apresentar um substantivo flexionado no plural.

(A)  O núcleo é f a t o (singular); 

(B)  O núcleo é d i f i cu ldade (singular); 

(C)  Dessa vez a banca procurou confundir, apresentando um outro

elemento no plural, mas não é “pessoas” o núcleo do sujeito do verbot r aze r – ele é o núcleo do verbo saber (Muitas pessoas sabem...). Onúcleo do sujeito é a l te rna t i va (...sabem que tal alternativa ...) –também singular;  

(D)  O núcleo é d iv isão (singular); 

(E)  Agora, sim! O núcleo é osci lações. Não foi à toa que a respostaestava na opção E – provavelmente, a banca esperava que o candidatoassinalasse a opção C por engano. 

10 – E

Agora, iremos ver casos de concordância verbal com sujeito posposto ao verbo(caso 1 .b da Au la 5 ).

Analisaremos cada uma das opções.

(A)  O sujeito do verbo i m p o r t a r é composto – a cr í t i ca e o e log io . Como osujeito veio após o verbo, haveria a possibilidade de se flexionar o verbono plural, concordando com todos os elementos do sujeito (concordânciagramatical) ou no singular, em harmonia apenas com o mais próximo(concordância atrativa). O autor escolheu a primeira opção.

(B)  Dessa vez, o autor escolheu a segunda opção – a concordância atrativa –e manteve o verbo no singular, concordando com t e x t o .

(C)  Novamente, a opção foi pela concordância com o termo mais próximo –r i t m o – mantendo o verbo no singular.

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(D) A flexão do verbo indica a opção pela concordância gramatical, ou seja,com todos os núcleos do sujeito (amizade  e dever ), enfatizando-se,assim, o conjunto.

(E)  O erro dessa opção foi que há apenas um núcleo (sujeito simples), que se

apresenta no plural (fatos) . Assim, não há para o autor a opção demanter o verbo no singular. Obrigatoriamente, o verbo deve concordarcom f a t o s e ir para o plural – Faltavam-lhe, naquele dia, fatos para escrever sua crônica. 

11 – E 

Vimos que a concordância com a expressão “mais de um” deve ser feita com onumeral (caso 2 . f da Au la 5 ). Assim, está incorreta a forma apresentada naopção E. O verbo deveria estar no singular: Mais de um funcionário vai pedir promoção no mês que vem, ainda que semanticamente isso indique ser dois oumais funcionários. Como vimos, nesse caso, a norma da Língua Portuguesacontraria a Lógica.

Em relação às demais opções, cabem os seguintes comentários.

(A)  Na expressão “o mais ... possível” (caso 1 .7 d a Au la 4 ), o adjetivo devese flexionar de acordo com o que fizer o artigo. Como se manteve nosingular, também assim deverá ficar o adjetivo. A outra construçãopossível seria: Gosto de v iajar para lugares os m ais exóticos possíveis.

(B)  O adjetivo posposto a mais de um substantivo, na função de adjuntoadnominal, pode realizar a concordância gramatical (com todos oselementos) ou a concordância atrativa (com o mais próximo). Assim, aforma apresentada está correta, pois há um elemento masculino, o queleva o adjetivo para o masculino plural na concordância com todos oselementos. Também estaria correta a forma: Compramos um sofá, uma 

poltrona e uma mesa antiga . Contudo, poderia haver um prejuízo desentido, levando a entender que somente a mesa seria antiga e osdemais, novos.

(C)  A concordância com termos partitivos (a maioria de, grande parte de –caso 2 .d d a Au la 5 ) aceita duas formas de construção – com o núcleo,mantendo-se no singular, ou com o complemento. Nesse caso, optou-sepela primeira forma. A segunda seria “A maioria das pessoas esperam conseguir bons empregos” .

(D) Todo cuidado com essa opção. Há duas análises a serem feitas.A primeira envolve a concordância com a expressão “um dos (...) que” (caso 2 . j da Au la 5 ). O verbo tanto pode ficar no singular (concordando

com “um”) ou no plural (concordando com “cientistas”). Nesse caso, overbo que aceita essa faculdade é o verbo ESTUDAR. O verbo CHEGAR envolve a segunda análise. Ele tem como sujeito “um”, devendo o verboficar no singular. Para melhor compreensão, essa construção equivale a:Dos cientistas que estudam a memória, um (dos cientistas) chegou ao Brasil .

12 – C

Ótima questão que envolve a concordância com sujeito composto ligado por OU(caso 1 . f da Au la 5 ). Não se pode flexionar o verbo no plural quando oselementos forem mutuamente excludentes, ou seja, a aceitação de um elimina o

outro. Nos demais casos, em que os dois elementos podem exercerconcomitantemente a ação, aceita-se a flexão verbal no plural.

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Vamos às opções:

(A)  Tanto ele quanto o irmão poderiam nos apanhar, não é? Então, essaconjunção pode ter valor aditivo, admitindo-se a flexão verbal no plural.

(B)  Os dois elementos (umidade intensa e ressecamento excessivo ) podemfazer mal, aceitando-se, assim, a forma plural do verbo.

(C)  Quantas pessoas poderiam se casar com Marta? Ao que me conste, noBrasil, somente uma. Por isso, o verbo só poderia ficar no singular, ouentão Marta seria presa por bigamia (rs...).

(D)  Quantos meios de comunicação poderiam apresentar a notícia emdetalhes? Tantos quantos existirem: jornal, revista, telejornal... Por isso,o verbo pode ir para o plural.

(E)  E se quisermos entregar o original e a cópia: isso é possível? Sim. Entãoo verbo também pode ir para o plural.

13 – D

Outra ótima questão para fixarmos os conceitos de concordância.

O erro está no emprego do verbo TER no sentido de existir. No uso coloquial, hávários registros desse uso, inclusive literários (Drummond: “No meio do caminho tinha um a pedra” ).

Contudo, apesar de não haver menção a norma culta no enunciado, em virtudeda correção das demais opções, só nos resta indicar esta como a i n co r re ta.

(A) A flexão verbal com a expressão “uma e outra” (caso 2.a da Aula 5 )permiteque o verbo fique no singular ou no plural.

(B) Apesar de polêmico, esse emprego do verbo no plural com a expressão “nemum nem outro” encontra respaldo na lição do mestre Domingos Paschoa lCegal la ( caso 2.c) .

(C) Optou-se por manter o verbo no singular, a exemplo do que vimos no caso1 .e.

(E) O verbo have r é um verbo auxiliar na locução “haviam tido”. O verboprincipal, que determina a flexão verbal a ser executada pelo auxiliar, é TER . Seestivesse sozinho na construção, esse verbo teria de se flexionar, para concordarcom o sujeito “cientistas” (“Os cientistas tinham muito cuidado...”) . Por isso, overbo haver , na locução verbal, deverá se flexionar no plural – h a v i am t i d o  .

14 – B

A única forma correta é a apresentada na opção B. Como não há um númerointeiro percentual (0,98%), associado ao fato de não haver complemento, overbo só poderá ficar no singular.

O que está errado nas demais opções?

(A) O número percentual inteiro é 1 (1 ,85%), e não há complemento. Assim, aúnica forma de concordância do verbo é no singular (Lá, 1,85%  a judou   a criar...).

(C) Cuidado com a casca de banana. A expressão “a maior parte” está

desacompanhada de complemento. Assim, mais uma vez, o verbo só poderiaficar no singular, concordando com o núcleo “p a r t e”.

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(D) Apesar de modernamente alguns autores aceitarem que o verbo se flexionena 3ª pessoa do plural (vocês), em função do desuso das segundas pessoas (tu evós), em função do erro gritante apresentado na opção B, vemos que a banca daFundação Getúlio Vargas segue as normas do padrão culto formal da língua,

exigindo que, nesse caso, o verbo se flexione na 2ª pessoa do plural – Lá, tu e teus amigos (v ós) a judas tes  a criar... 

(E) Em números fracionários, a concordância se realiza com o numerador (oraciocínio é parecido com o apresentado para números percentuais). Por isso,como no numerador temos “dois” (dois terços ), o verbo deveria ir para o plural:Lá, dois terços a juda ram  a criar...

15 – A 

Com a expressão partitiva “a maioria de”, acompanhada de complemento noplural, o verbo pode ficar no singular ou no plural. Por isso, todas as opçõesseriam válidas. Por isso, já poderíamos eliminar as opções b , d e e , pois todasapresentam a forma seção (ou sua variante secção) e, se uma delas estivessecerta, as demais também estariam, ocasionando a anulação por múltiplaspossibilidades de resposta (é assim que se faz prova, viu? Eliminando as opçõesinválidas e aumentando, assim, a possibilidade de acerto).

O erro, nessa questão, é mais de natureza ortográfica: a diferença entre cessão,sessão e seção.

Cessão é o ato de ceder (A cessão dos direitos autorais foi feita espontaneamente) .

Seção (antigamente indicada com o “c” mudo – secção – letra ainda mantida emalgumas formas, como “seccional”, que também apresenta a forma variante

 “secional”) – é o ato de cortar. Por isso, indica a parte de um todo, uma divisão,um segmento. Assim, em um departamento (conjunto), há diversas seções(divisões).

Sessão é o tempo de duração de algum espetáculo, trabalho, reunião ouassemelhados. No Brasil, usa-se também para indicar cada um dos espetáculosde teatro ou cinema.

De volta à questão, se o treinamento se realizou, houve uma sessão (tempo deduração) de treinamento.

16 – C

Como se busca o item co r re to , vamos analisar os erros das demais opções.(A) Tanto o verbo ser quanto o adjetivo capaz deverão permanecer no singular,para concordar com o núcleo do sujeito, representado pelo substantivo ocultod ic ionár io , indicado pela flexão do adjetivo r i go roso (no singular): “Nem mesmo o mais rigoroso dos dicionários é capaz de (...)” .

(B) Há problemas graves de estruturação sintática. Isso acaba causando umprejuízo na compreensão da oração. O que seria “desejável”? Acredito que

 “estabelecer (conceitos) para a ação humana”. Assim, a construção deveria ser,por exemplo: “Quando se divergem, a filosofia e o direito acabam por criar um espaço de hesitação para os conceitos, cujo estabelecimento para a ação hum ana seria tão desejável”. 

(D) Essa foi bastante capciosa. Os núcleos do sujeito estão ligados pelaexpressão “Tanto...como” (caso 1.d ). Mesmo que passássemos ao largo da

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polêmica apresentada em relação à flexão verbal, note que ambos os núcleosestão representados por substantivos f e m i n i n o s (felicidade e justiça). Assim, oadjetivo a eles correspondente só poderia ficar nesse gênero: Tanto a felicidade como a justiça devem ser  d iscu t idas ...

Em relação ao emprego da preposição DE na locução verbal (deve + ser),vejamos o que nos ensina Domingos Paschoal Cegalla, em seu Dicionário deDificuldades da Língua Portuguesa:

 “Para indicar probabilidade, pode-se inserir a preposição DE na locução formada por DEVER + I NFI NITI VO, conforme f aziam escrit ores clássicos:  O Congresso deve de ap rova r o p ro j e to do gove rno  . (...) Não cabe a preposição, quando a idéia(* ) é de obrigação, necessidade:  Moto r i s ta deve d i r i g i r com cu idado  .(...) A língua de hoje raramente faz esta distinção. Em geral se diz:  O guarda  dev ia es ta r do rm indo . / O cano deve es ta r en tup ido .” 

Assim, como se trata de uma obrigação (e não possibilidade), a preposição deveser retirada.

(E) Este é um caso de sujeito oracional. O verbo esperar está acompanhado dopronome SE (Não se esperem...). Como este é um verbo transitivo direto,estamos diante de uma construção de voz passiva. Ocorre que o sujeito pacienteestá representado por uma oração desenvolvida (“... que nossos valores essenciais possam ser definidos sem cont rovérsias... ” ). Por isso, o verbo esperar  deve ficar na 3ª pessoa do singular: “ Não se espere qu e.. .” . 

17 – C

Para começar, o pronome relativo que exerce a função de sujeito do verboCONCENTRAR tem como antecedente um termo no singular, seja ela entendida

como “parcela” ou como “população” ( “a parcela  da população” ), não justificando, assim, a flexão verbal no plural.

Além disso, o verbo ver i f i ca r está acompanhado de um pronome SE. Como esseverbo é transitivo direto (Alguém verifica alguma coisa) e apresenta ideiapassiva, trata-se de um pronome apassivador. O verbo, portanto, deve concordarcom o sujeito paciente. Contudo, esse sujeito é representado por uma oração:

 “que 75% de toda a riqueza...” . Assim, o verbo deverá ficar na 3ª pessoa dosingular: “ (. . .) ver i f i ca -se  que (...)” . Já na sequência, o verbo t e r m i n a r admitedupla flexão – no plural, concordando com o número percentual (75%) ou nosingular, concordando com o complemento (de toda a riqueza).

Em relação às demais opções, cabem os seguintes comentários.

a)  O núcleo do sujeito é des igua ldade, o que leva o verbo para o singular – “A desigualdade (.. .) é uma m arca...” .

b)  O verbo chegar está corretamente flexionado no plural, em harmoniacom famí l ias . O infinitivo ap rop r ia r , por apresentar o mesmo sujeito doverbo da oração anterior, optou por ficar no singular.

d)  O que resta? Resposta: 25% da riqueza nacional. O verbo se flexionou noplural para concordar com o número percentual (25%).

e)  O que avançou no país foi o cic lo de financeirização da riqueza. O verboauxiliar da locução t e r + a v an ç ad o está corretamente no singular.

18 - B

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O sujeito do verbo estabelecer na segunda passagem do item B é “lei”. Afinal, é alei que estabelece o aumento de tributos (aproveite para estudar Direito Tributário!Conheço um ótimo professor: Eduardo Corrêa).

Na ordem direta, a construção seria: sem que a lei estabeleça .

Aliás, o que a lei estabelece: o tributo ou o aumento do tributo? A partir docontexto, entende-se que o aumento do tributo. Por isso, o correto seria empregaro pronome “o”, no masculino singular, pois esse pronome tem valor demonstrativo(sem que a lei estabeleça isso – e o que é isso ? Aumentar tributo). Assim, há doiserros de concordância na passagem: um nominal (relação do pronome com onome) e outro verbal.

19 – D

Primeiramente, uma locução verbal (IR + PERCEBER) acompanhada de pronome ‘se’ requer análise:

1-  o verbo principal (perceber ) é TD ou TDI? Sim.

2-  Há ideia passiva? Sim – Algo foi sendo percebido.

Conclusão: a construção está na voz passiva.

Note, porém, que o sujeito não está expresso na forma de um nome (substantivo),mas de uma oração (subordinada) substantiva. Pergunta-se: o que foi sendopercebido?

Resposta: “que os problemas daquela região são...” – o sujeito da forma verbalestá representada por uma oração.

No caso de sujeito oracional, o verbo DEVE FICAR na 3ª pessoa do s ingu la r (“f o i -  

se percebendo que os problemas daquela região são...”).

Veja a correção da flexão verbal de um verbo impessoal no item C – o verbofazer , ao indicar tempo decorrido, age da mesma forma que o verbo have r – éimpessoal (não possui sujeito) e, por isso, fica na 3ª pessoa do singular: faz poucos meses. Está igualmente correta a correlação do verbo fazer com orestante da estrutura, situada no presente (Tudo parece indicar.. .).

Finalmente, cabe comentar a flexão do adjetivo dev ido em relação aosubstantivo a que se refere: p rob lemas – “Os problemas são devidos... ” .

Não confunda esse adjetivo (que rege a preposição a) com a locução prepositivadev ido a  , empregada em estruturas como ‘Devido às fortes chuvas, a festa não se realizou.’. Como é uma locução p repos i t i va, permanece invariável.

Aliás, essa locução teve origem justamente no adjetivo que apresenta baseparticipial (particípio do verbo dever ). Como é interessante a ligação que osvocábulos têm uns com os outros, não é?

20 – C

Agora, vamos tratar de sujeito indeterminado.

Os verbos acompanhados do pronome SE podem formar voz passiva (verbostransitivos d i re tos ou d i re tos e i nd i r e tos) ou construção de sujeito

indeterminado (verbos i n t r ans i t i vos, transitivos i nd i r e tos e verbos del igação ).

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a)  O verbo precisar é transitivo indireto e rege a preposição DE (Alguémprecisa de alguma coisa). Acompanhado do pronome, é caso de sujeitoindeterminado, devendo o verbo permanecer na 3ª pessoa do singular:Precisa-se de m uitos técnicos.

b)  Vimos que Estados Unidos é um topônimo que leva artigo, pronome,adjetivo e verbo para o plural. Assim, a forma correta seria: Os Estados Unidos são contrários a essas medidas.

c)  O verbo haver , no sentido de existência, é impessoa l (sem sujeito),devendo ficar na 3ª pessoa do singular. Assim, está correta a construção. 

d)  Como as bancas A-DO-RAM esse verbo. O verbo t r a t a r é transitivoindireto e rege a preposição DE. Está acompanhado do índice deindeterminação do sujeito, devendo ficar na 3ª pessoa do singular:Tratava-se de profissionais competentes.

21 – CEssa questão é quase um exame psicotécnico. Vamos aos poucos.

O que o examinador quer saber é se, acompanhados do pronome SE, em vozpassiva, os verbos devem ou não se flexionar.

Para começar, todos os verbos são transitivos diretos, o que possibilita atransposição para a voz passiva.

Veja, agora, como a questão era mais simples do que parecia inicialmente:

1ª o ração

Voz a t iva : movimentar a sua conta  Voz passiva: sujeito é o elemento que,

antes, exercia a função de objeto direto: con taComo o sujeito está no singular, o verbo também deve ficar no singular.

Voz passiva anal í t ica: a conta é movimentada

Voz pass i va s in té t i ca (p r onomina l ) = movimente-se a conta

Já podemos eliminar as opções B e D.

2ª o ração 

Voz a t iva : efetuar pagamentos   Voz passiva: sujeito é o elemento que,antes, exercia a função de objeto direto: pagamen tos

Como o sujeito está no plural, o verbo também deve ficar no plural.

Voz passiva anal í t ica: pagamentos são efetuados

Voz pass i va s in té t i ca (p r onomina l ) = efetuem-se pagamentos

A partir dessa resposta, você já poderia marcar o cartão-resposta. Mesmo assim,vamos analisar as demais orações.

3ª o ração

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Voz a t iva : obter crédito   Voz passiva: sujeito é o elemento que, antes,exercia a função de objeto direto: c réd i to

Como o sujeito está no singular, o verbo também deve ficar no singular.

Voz passiva anal í t ica: crédito é obtidoVoz pass i va s in té t i ca (p r onomina l ) = obtenha-se crédito

4ª o ração

Voz a t iva : receber benefícios  Voz passiva: sujeito é o elemento que, antes,exercia a função de objeto direto: benef íc ios

Como o sujeito está no plural, o verbo também deve ficar no plural.

Voz passiva anal í t ica: benefícios são recebidos

Voz pass i va s in té t i ca (p r onomina l ) = recebam-se benefícios

5ª o ração

Voz a t iva : adquirir produtos  Voz passiva: sujeito é o elemento que, antes,exercia a função de objeto direto: p r o d u t o s

Como o sujeito está no plural, o verbo também deve ficar no plural.

Voz passiva anal í t ica: produtos são adquiridos

Voz pass i va s in té t i ca (p r onomina l ) = adquiram-se produtos

22 - DO que constitui “a maior de suas concessões à vida natural”?  Resposta: usarbe rmu das l ongas. Como o sujeito é oracional (reduzido de infinitivo impessoal), overbo fica na 3ª pessoa do singular: “Uma das convicções do bem-humorado cronista é a de que usar bermudas longas cons t i tu i  a maior de suas concessões à vida natural” .

Estão corretas as demais opções. Comentaremos algumas das passagens quepodem ter sido objeto de dúvidas.

(A) O pronome relativo “que” refere-se a “maravilhas”. O verbo dizer é transitivodireto (Alguém diz alguma coisa). Acompanhado do pronome “se”, constrói voz

passiva, cujo sujeito é “maravilhas” (“maravilhas são ditas” ). Assim, está co r re ta aflexão verbal em “As maravilhas que se dizem a respeito de uma vida bucólica ou primitiva” . Em seguida, retomando o sujeito “as maravilhas”, a locução verbal seflexiona no plural: “não parecem  ter em nada animado o cronista” .

(B) A passagem “a quem o prendam laços afetivos”  equivale a “laços afetivos prendem-no [o cronista] a quem [alguém] ”. Como o sujeito do verbo p rende r él aços a fe t iv os, está correta a concordância verbal.

(C) Mais uma vez, temos ótimos exemplos de construção de voz passivapronominal. O verbo ouv i r é transitivo direto. Acompanhado do pronome “se” (apassivador), deve concordar com o sujeito paciente, quais sejam: “os cantos do mar” e “os sons de insetos e animais” , justificando, assim, a flexão verbal (“Não se 

ouvem” ). Em seguida, o pronome relativo “que” substitui o substantivo “sons” eleva o verbo “poder”, auxiliar da locução “podem representar”, para o plural.

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(E) Como o sujeito de “Fica sugerido” é uma oração, o verbo está corretamenteconjugado na 3ª pessoa do singular (concordância com sujeito oracional – verbo nosingular).

23 - E

(A) Em uma locução verbal, o verbo auxiliar realiza a flexão que o verbo principalfaria se estivesse sozinho. Na locução verbal “teriam havido” , o verbo “haver” (principal) é impessoal, pois apresenta o sentido de “existência”. Por isso, mantém-se na 3ª pessoa do singular.

Assim, essa flexão deve ser realizada pelo verbo auxiliar “ter”, mantendo nosingular – “... não teria havido outras compensações...” .

Vimos em nossas aulas que “outras compensações”  exerce a função de objetodireto da construção oracional, não interferindo na concordância verbal.

(B) Tanto o verbo have r quanto o verbo ex is t i r podem indicar existência. Adespeito de apresentarem o mesmo significado, possuem estruturas sintáticasdistintas. Enquanto que o verbo have r é impessoal (não tem sujeito) e, por issomesmo, se mantém na 3ª pessoa do singular (o que lhe segue é o complementoverbal), o verbo ex is t i r possui sujeito e com este deve realizar a concordância.

A partir dessa observação, note que o sujeito de “existir” na construção “Entre um computador e um fax ainda existem (...) muito estímulo”  é um elemento que estáno s ingu la r – “estímulo” . Por isso, o verbo deveria ser conjugado na 3ª pessoa dosingular – ex is te  .

(C) Nessa questão, verificamos uma técnica muito comuns em bancas

examinadoras para “enganar” o candidato em questões de concordância (a ESAF émestra nisso). Consiste em separar o sujeito do verbo por uma série de elementos,de preferência em um número diferente do que deverá figurar o verbo. Assim, ocandidato corre o risco de se esquecer qual era o núcleo do sujeito e não percebero deslize de correspondência entre o verbo e o sujeito.

Vamos sublinhar o que interessa para a análise:

 “As preocupações íntimas , que se costuma traduzir na linguagem pessoal de um diário, pode suscitar o interesse...” 

Opa! A locução verbal está no singular enquanto que o sujeito é plural. Questãoclássica. Na hora da prova, faça o que eu fiz – sublinhe o sujeito e compare com o

verbo. Não tem como errar fazendo isso.(D) Em “Ninguém duvide de que  possa estar   na forma modesta de um diário pessoal as questões subjetivas que a cada um de nós  é capaz de afetar? ”, notam-se DOIS erros de concordância. Para uma melhor análise, vamos mudar aestrutura oracional.

“Ninguém duvide de que...” – até aí, t udo bem...

O sujeito de “possa estar na forma modesta de um diário pessoal” é “as questões subjetivas” . Por isso, o verbo auxiliar da locução deveria ser flexionado no plural –“possam estar (. ..) as questões subjetivas...” . 

Por fim, o pronome relativo que inicia a oração adjetiva tem por referente “as

questões subjetivas”, levando todos os elementos do predicado para o plural: “as questões subjetivas que  são capazes  de afetar a cada um de nós” . O

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complemento do verbo afe ta r (transitivo direto) recebeu uma preposição (“afetar a cada um de nós”) para evitar a ambiguidade em relação ao elemento que seria osujeito dessa oração, o pronome relativo.

24 – E

O verbo fazer indica um lapso temporal de cinco sessões. Como estamos diantede um caso de verbo impessoal, este deve se manter na 3ª pessoa do singular. Omesmo iria ocorrer com o verbo haver : “Já há cinco sessões que os deputados não votam...” . Está correta, portanto, a estrutura apresentada.

Nas opções (A), (B) e (C), o examinador explora os verbos haver e ex is t i r .

(A) O que existe? Resposta: “comissões parlamentares válidas e competentes ”.Como o verbo ex is t i r possui sujeito (cujo núcleo é comissões ), deve seflexionar no plural: “O autor disse que ex is tem comissões parlamentares...” .

(B) Já o verbo haver , no sentido de existência, não possui sujeito – é impessoale deve se manter na 3ª pessoa do singular: “Havia perguntas que não foram respondidas durante o interrogatório.” .

(C) Agora, o verbo haver é o principal de uma locução verbal. A ordem para nãose flexionar (o que faria se estivesse sozinho) ele dá ao seu auxiliar (seu “pau-mandado”): o verbo pode r . Assim, a forma correta seria: “Em toda a parte do mundo pode haver  políticos corruptos ”.

(D) “É necessário reconhecer que...”  – até aqui estava tudo certo. O verbo ser  possui sujeito oracional: reconhecer. O problema surgiu mais adiante: “ . . .reconhecer que algumas atitudes que ...”  – este pronome relativo, que é o sujeitoda oração adjetiva que inicia, possui como referente o substantivo a t i tudes.Assim o verbo f e r i r deve com este substantivo concordar: “...algumas atitudes 

que  fe rem  os princípios éticos”. Por fim, um outro erro: essa atitudes (que feremos princípios éticos) prec isam ser pun idas. O verbo ser é o segundo auxiliar deuma locução verbal com três verbos – somente o primeiro verbo auxiliar(precisar  ) deve se flexionar. Os demais (segundo auxiliar e verbo principal)devem se manter em formas nominais (respectivamente infinitivo impessoal eparticípio).

25 – I t e m  CORRETO

Como vimos no caso 11 , o verbo PODER/DEVER + SE + INFINITIVO +SUBSTANTIVO PLURAL, possibilita duas formas de construção:

1 – não se pode culpar os publicitários –  é um caso de sujeito oracional (culparos publicitários não é possível)

2 – não se podem culpar os publicitários  - é um caso de locução verbal de vozpassiva: os pub l ic i tá r ios não podem ser cu lpados .

Ambas as construções estão corretas.

26 - E

Mencionamos anteriormente que uma das possibilidades de análise da construção “PODER/DEVER + SE + INFINITIVO” seria como locução verbal de voz passivapronominal (sintética). Se o sujeito paciente estiver no plural, o verbo auxiliar

deverá ser flexionado: Devem- se ev i t a r as aparênc ias enganosas de exa t idão  .

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Nessa questão, o que a banca propõe é a forma de voz passiva analítica em umaconstrução idêntica.

O sujeito, no caso, é “as aparênc ia enganosas de exa t idão ”.

O primeiro verbo auxiliar é “dever”. O segundo auxiliar, por ser voz passiva, seria overbo ser , no infinitivo impessoal.

Assim, na voz passiva analítica, a construção adequada seria: “Devem serev i tadas as aparênc ias enganosas de exa t idão .”.

27 – I tem I NCORRETO

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Agora, registra-se sem hífen a palavra “mão deobra”.

Essa questão pegou quem teve preguiça de voltar ao texto para analisar aproposta do examinador.

Realmente, tanto a expressão “a metade” quanto “50%” são termos partitivos(indicam a parte de um todo). Contudo, a concordância verbal vai dependertambém do complemento que foi apresentado em relação à primeira.

Vamos deixar a preguiça de lado e ler o segmento em análise:

Quase a metade dos desempregados nos grandes cent ros no Brasil é jov em.

No fragmento, o verbo ser poderia concordar com metade ( s ingu la r ) ou comdesempregados ( p lu ra l ) .

A partir do momento em que trocamos “metade” por “50%”, tanto o termopartitivo (50%) quanto o complemento (dos desempregados) levaria o verbopara o plural. Assim, não restaria ao verbo outra opção a não ser se flexionar:

“Quase 50% dos desempr egados (... ) são j ovens  ”.Dessa forma, como foi sugerida, a troca acarretaria i ncor reção g ramat ica l,com erro de concordância verbal.

28 - B 

Essa opção envolveu dois aspectos estudados: sujeito oracional e flexão de verbosperigosos.

Sujeito oracional mantém o verbo na 3ª pessoa do singular – “pressupõe-se que os grupos trabalham...” .

Com os verbos derivados de pô r , te r e v i r , o cuidado deve mesmo ser redobrado,para não confiar no ouvido, pois não há diferença fonética entre a forma singular ea plural.

Essa questão explorou o mesmo verbo da questão comentada no fim da aula, masde modo inverso.

29 – I t em  I NCORRETO

Para constatar a incorreção dessa assertiva, devemos analisar os três primeirosperíodos do texto.

A pichação é uma das expressões mais visíveis da invisibilidade humana. – o

sujeito é pichação . 

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São mais do que rabiscos. – o sujeito foi retomado – continua sendo pichação . Enão poderia ser “expressões”, pois, de acordo com o sentido, o que são rabiscosé a pichação, e não a expressão. Já no predicativo do sujeito, temos umsubstantivo no plural: rab iscos. Por isso, a flexão se deu, corretamente, no

plural: são ma is do qu e rab iscos .São uma forma de estabelecer uma relação de pertencimento com a comunidade ( . . . ) –  agora, tanto no sujeito (presente na primeira oração e oculto nas demais –pichação ), quanto no predicativo do sujeito (f o r m a  ), os núcleos sãosubstantivos no singular! Devido à aproximação com a oração anterior, houve odeslize de concordância, mantendo o verbo no plural, sem que houvesse

 justificativa para tal flexão: (a pichação) é  uma forma de estabelecer... 

Por isso, está incorreta a afirmação de que, nos dois períodos iniciados por ‘são’,a concordância se dá com o predicativo. Na terceira oração, o predicativo és ingu la r .

30 – I tem I NCORRETO

A passagem que nos interessa é “ No entanto, foi graças ao controle do câmbio e ao regime de incentivos criados que as importações de bens de consumo duráveis foram contidas.” .

Estamos diante de um dos casos da expressão de realce “é que”, que vimos nocaso 5.d.

O examinador sugere a retirada do verbo f o i , sob a alegação de que é meramenteexpletivo (ou seja, de realce). Contudo, se houver a retirada do verbo ser , devehaver também a retirada da conjunção q ue: “No entanto, ( f o i  ) graças ao con t role do câmbio e ao regime de incentivos criados ( q u e  ) as im portações de bens de 

consumo duráveis foram contidas.” .A retirada apenas de uma parte da expressão “é que” prejudicaria a coesão ecoerência textuais.

Grande abraço e até a p róx im a sem ana.

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AULA 6 - SI NTAXE DE REGÊNCI A

Hoje, trataremos do assunto em epígrafe – SINTAXE DE REGÊNCIA.

Há sempre nas orações elementos regentes e elementos regidos. Chamamos deregentes aos termos que pedem complemento e de regidos aos que complementamo sentido dos primeiros.

Regente Reg ido

COMPREI - UMA CASA

DEPENDO DE VOCÊ

CRENÇA EM DEUS

ÁVIDO DE CARINHO

INSISTO EM LUTARVEJO - O MAR

A sintaxe de regência estudará, portanto, as relações de subordinação oudependência entre os elementos da oração.

Em palavras mais simples: regência significa “uso ou não de preposição”. Veremoscasos em que determinada palavra (substantivo, adjetivo, advérbio ou verbo) exigecerta preposição ou tem o seu sentido modificado em virtude do emprego de algumadelas.

Os complementos servem a nomes (substantivos, adjetivos ou advérbios) e a verbos

– daí, a regência dividir-se em n o m i n a l e ve r ba l. REGÊNCI A NOMI NAL – estuda a relação entre um substantivo, um adjetivo ou umadvérbio com o termo que complementa o seu significado.

REGÊNCI A V ERBAL – analisa o emprego e o significado dos verbos de acordo coma preposição do seu complemento indireto (ou a ausência da preposição nocomplemento direto).

Nosso estudo terá por base, principalmente, as lições de Celso Pedro Luf t  presentes nas seguintes obras:

- Dic ionár io Prá t ico de Regênc ia Nom ina l - Editora Ática – 4ª edição - 2003;

- Dic ionár io Prá t ico d e Regênc ia Verba l – Editora Ática – 8ª edição – 2002.

REGÊNCI A NOMI NAL

Conforme visto anteriormente, a regência nominal estuda a relação entre os nomes(substantivos, adjetivos e advérbios) e os termos regidos por estes nomes. Essarelação é sempre regida por preposição.

Muitos nomes derivados apresentam o mesmo regime dos verbos de que derivam.Assim sendo, o conhecimento do regime de certos verbos permite que se conheça oregime dos nomes cognatos, como o substantivo "obediência", o adjetivo"obediente", e o advérbio "obedientemente", que regem a preposição a, exatamentecomo ocorre com o verbo "obedecer", que lhes deu origem.

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A título de exemplo, segue uma pequena relação de substantivos e adjetivosacompanhados das preposições mais usuais (segundo Celso Luft, op.cit.):

Subs t an t i vos  Admiração (a, de,

por, para (com),perante)

  Afeição (a, para(com), por)

  Aversão (a, por,em)

  Atentado (a,contra)

 Capacidade (de,para, em)

  Devoção (a, com,para com, por)

  Dúvida (acerca de,de, em, sobre) 

( OBS. A preposição pode ser omitida antes de oração desenvolvida – “Não há dúvida (de)que você é o melhor.”  )  

  Habilidade (de, em,para)

  Liberdade (a, para,

de)  Manutenção (de,

em)

  Medo (a, de)

( OBS.   Medo a   evita ambiguidades apresentadas por m e d o d e  : “medo do inimigo – o inimigo teme ou é t emido?”  )  

  Obediência (a, de,para com)

  Ojeriza (a, contra,

por)  Respeito (a, com,

de, com, para com,por)

Ad je t i vos  

  Acostumado (a,com)

  Agradável (a, para,

de)  Ansioso (de, para,

por)

( OBS. A preposição pode ser omitida antes de oração desenvolvida – “Estava ansioso que a aula acabasse.”  )

  Ávido (de, por)

  Capaz (de, para)

  Compatível (com,entre)

  Contemporâneo (a,de)

  Contíguo (a, com,entre)

  Contraditório (a,de, com, entre)

  Diferente (de,entre, por)

  Essencial (a, para,em)

  Fácil (a, para, em,

de)  Favorável (a, para)

  Hábil (em, para)

  Habituado (a, com)

( OBS.   H ab i t uado  com  deve ser imitação de  acos t umado com  “Estava habituado com o chão de estrelas ...”  )  

  Imbuído (de, em)

  Impróprio (a, de,para)

  Insensível (a, para,com, para com)

  Passível (de, a)

( OBS. Passível a  empregado como se fosse  su je i t o a  , talvez pela proximidade com pass ivo a)  

  Prestes (a, em,para)

  Próximo, junto (a,

de)  Relacionado (a,

com)

  Satisfeito (com, de,em, por)

  Semelhante (a, em)

  Sensível (a, para)

  Sito (em)

(OBS:   Os verbos que indicam permanência regem preposição  em : morar , res id i r , es ta r   – o mesmo ocorre com os adjetivos correspondentes:  s i t o  em ; a construção  s i t o  a  surgiu na língua escrita jornalística e de tabeliões, e não encontra abono na gramática normativa  ) .

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Advér b ios

Os advérbios terminados em m e n t e , via de regra, seguem o regime dos adjetivos deque derivam.

Exemplos: análogo (a) - analogamente (a); contrário (a) - contrariamente (a);contraditório (com) - contraditoriamente (com); diferente (de) - diferentemente(de); favorável (a) – favoravelmente (a); relativo (a) - relativamente (a).

Recentemente, uma prova da ESAF explorou, em uma mesma questão, por duasvezes o conhecimento acerca de regência nominal. Vejamos a questão.

(ESAF/ SEFAZ CE/ 200 7)

Foram introduzidos erros morfossintáticos, de pontu ação e/ ou de falta de paralelismo em artigos do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará. Assinale o único artigo int eiramente correto.

b) É dever de o funcionário levar, por escrito, ao conhecimento da autoridade superior irregularidades administrativas que tiver ciência em razão do cargo que ocupa, ou da função que exerça.c) Deve o funcionário guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de natureza reservada que tem conhecimento em razão do cargo que ocupa, ou da função que exerce.

Os dois itens estão INCORRETOS.

O substantivo “ciência”, presente na opção b, rege a preposição “de” (“Alguém temciência DE alguma coisa”).

Assim, se o termo regido estiver representado por um pronome relativo, apreposição antecede este pronome: “irregularidades administrativas DE QUE tiverciência ...”.

O mesmo erro volta a surgir na opção c. O substantivo “conhecimento” rege apreposição “de” ou “sobre” (“Alguém tem conhecimento DE/SOBRE alguma coisa”).

O pronome relativo “que” substitui os substantivos “documentação” e “assuntos” (“a documentação e os assuntos de natureza reservada que tem conhecimento em razão do cargo que ocupa...”   alguém tem conhecimento).

Note que a preposição “sobre” que se encontra no período é exigência da construção “guardar sigilo [sobre a documentação e os assuntos . . .]” e não “ter

conhecimento”, uma vez que, como vimos acima, a preposição deve ser empregadaANTES DO PRONOME RELATIVO QUE RETOMA O REFERENTE: “a documentação e osassuntos de natureza reservada DE QUE tem conhecimento em razão do cargo queocupa ...”.

REGÊNCI A VERBAL E TRANSI TI VI DADE

O conceito de REGÊNCIA VERBAL passa necessariamente pela definição daTRANSITIVIDADE DO VERBO.

Há verbos que bastam por si mesmos – são os verbos INTRANSITIVOS.

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Outros há que necessitam de informações suplementares, ou seja, do auxílio de umaexpressão subsidiária, que se apresenta sob a forma de COMPLEMENTO. Esses sãoos verbos TRANSITIVOS.

Aliás, essa denominação provém do conceito de TRANSITAR/TRÂNSITO. Se esse “trânsito” não encontra obstáculo algum, ele é DIRETO. O “obstáculo” é apreposição.

Assim, quando não há preposição necessária (obstáculo), o verbo é TRANSITIVODIRETO, ou seja, liga-se ao complemento diretamente (OBJETO DIRETO).

No caso de a preposição ser obrigatória, o verbo é classificado como TRANSITIVOINDIRETO e o complemento é antecedido de preposição (OBJETO INDIRETO).

Em todo momento, mencionamos “preposição necessária” ou “obrigatória”. Issoporque há casos em que, mesmo sendo dispensável, a preposição é utilizada comorecurso estilístico (exemplo 1 abaixo), como, por exemplo, para evitar ambiguidade,

ou obr iga t o r iamen t e quando o objeto direto vier sob a forma de um pronomeoblíquo tônico (exemplo 2). Nesses casos, o complemento é chamado de OBJETODIRETO PREPOSICIONADO.

Exemplo 1 – Matou o caçador  ao leão . – Sem a preposição, não saberíamos quemmatou quem.

Exemplo 2 – Nem ele entende  a m i m  , nem eu  a ele . – Os pronomes oblíquostônicos exigem sempre a preposição, mesmo que exerça a função de objeto direto.

Em determinadas construções, alguns verbos, mesmo acompanhados decomplemento direto (OBJETO DIRETO), podem requerer um outro complemento,precedido de preposição (OBJETO INDIRETO). Esses verbos são os chamadosTRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS ou BITRANSITIVOS, já estudados em aulas

anteriores.Por fim, há também os que necessitam de uma informação adicional que venha acomplementar o sentido ou alcance do objeto (direto ou indireto) já apresentado.Esses são os verbos TRANSOBJETIVOS, apresentados na Aula 3 - VERBOS. Essa “informação complementar” vem sob a forma de PREDICATIVO DO OBJETO.

O predicativo do objeto pode estar ligado diretamente ao verbo (O júri considerou o réu inocente ) ou por meio de uma preposição (Os médicos consideravam a doença como  incurável. )

Podem ser transobjetivos os verbos: chamar, considerar, julgar, reputar, supor,declarar, crer, estimar, tornar, designar, nomear, sagrar, coroar, encontrar, achar,deixar etc.

Como já ressaltamos antes, a transitividade de um verbo só pode ser definida naoração, de acordo com os elementos presentes na construção.

REGÊNCI A VERBAL E SI GNI FI CAÇÃO DOS VERBOS

Enquanto que os nomes (regência nominal) exigem uma e/ou outra preposição, nãotendo seu significado alterado, alguns verbos, a depender da acepção que se desejeapresentar, podem exigir determinada preposição, aceitar mais de uma ou atémesmo dispensá-la.

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Ou seja, os substantivos e adjetivos podem reger diversas preposições sem quetenham seu sentido alterado. Já os verbos apresentam sentidos diferentes adepender da preposição que for utilizada. Essa é a diferença significativa entreregência nominal e verbal e é por isso que o estudo da sintaxe de regência verbal ébem mais complexo do que o de regência nominal.

Em relação às provas de concursos públicos, o número de questões que envolvemaspectos de regência verbal é infinitamente maior que o de questões sobre regêncianominal. Isso você irá perceber nos exercícios de fixação.

Há verbos que admitem mais de uma regência sem ter seu sentido alterado.

Falar sob r e  o assunto. Falar do  assunt o. Falar acerca do assunto.

Ele não tarda em  chegar. Ele não tarda a  chegar.

Em algumas construções, a preposição é usada, mais do que para reger, paraacrescentar novos matizes de significação aos verbos.

Cum pri o dever. / Cum pri com o dever. – O verbo é originalmente transitivo direto(primeiro exemplo). A preposição serve para acentuar a ideia de cuidado, zelo.

Fiz que ele fosse aprovado./ Fiz com que ele fosse aprovado. – O verbo fazer étransitivo direto. A preposição emprega valor de dedicação, esforço.

Comi o bolo. / Comi do bolo. – Apenas um pedaço do bolo, e não todo ele, foicomido.

COMPLEMENTOS VERBAI S COM REGÊNCI AS D I FERENTES

Quando, em uma construção, surgirem dois ou mais verbos com regências diferentes

em relação a um mesmo elemento, o rigor gramatical exige que se apresentem osdois objetos distintos.

Entrei e saí do quarto  com extrem a rapidez.– CONSTRUÇÃO CONDENADA

O verbo en t r a r rege a preposição em ( e n t r e i n o q u a r t o  ) , enquanto que o verbosair exige a preposição d e  ( sa í do qua r t o ) . Assim, para que se observe a normagramatical, devemos colocar cada verbo acompanhado de seu complemento:

Entrei no quarto e saí dele com extrema rapidez.

Se a transitividade dos verbos for a mesma, seja direta, seja indireta com a mesmapreposição, pode-se apresentar somente um dos elementos.

O amigo que mu ito a d m i r o  e es t imo  veio aqui hoje.

O pronome relativo qu e retoma o substantivo a m i g o. Tanto o verbo a d m i r a r  quanto es t imar são transitivos diretos. Assim, não há preposição antes do pronomerelativo que exerce a função de objeto direto de ambos os verbos.

O amigo que mu ito a d m i r o  e m e p r eocupo  veio aqui hoje .

Essa construção está condenada. Enquanto o verbo a d m i t i r é transitivo direto, overbo preocupar -se exige o complemento regido pela preposição com (Eu mepreocupo com o am igo). Assim, para corrigi-la, devemos repetir o pronomerelativo, tomando o cuidado em usar, no segundo caso (com preposição), o relativoquem (assunto a ser tratado na aula sobre PRONOMES).

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O amigo que mu ito a d m i r o  e com quem  m e p r eocupo  veio aqui hoje.

Todavia, alguns autores, para empregar ao texto maior brevidade e concisão,

admitem a forma gramaticalmente inadequada.“Não se recorda ou não sabe que perdeu uma carta?” (Machado de Assis)

O verbo recordar é transitivo indireto, com a preposição de (alguém se recorda de  alguma coisa ), ao passo que o verbo saber apresenta emprego transitivo direto(alguém sabe alguma coisa ). No entanto, um único complemento (o direto) foiapresentado.

Note que essa “simplificação” ocorre também em outras construções:

Ele esteve com ela an t es  e d u r a n t e   o ve ló r i o  . (antes do velório)

Ele esteve com ela antes ,  dur an t e e depo is do ve ló r i o  . (durante o velório)

COMPLEMENTOS COMUN S A MA I S DE UM VERBO

Se, em uma série de verbos com a mesma regência, apresenta-se um mesmocomplemento expresso junto a um deles, pode-se repeti-lo (valorizando cada um dosverbos) ou omiti-lo (dando ênfase ao conjunto de ações).

Eu muito os  admiro e os  respeito.

Eu mu ito os  admiro e respeito.

Tanto o verbo a d m i r a r como o respe i ta r são transitivos diretos, o que possibilitaessa construção.

REGÊNCI A DE ALGUNS VERBOS

Agora, iremos analisar as possibilidades de sintaxe de regência de alguns verbos. Élógico que nosso objetivo não é esgotar (até porque isso seria impossível), massimplesmente apresentar.

Sempre que surgirem dúvidas, busque o auxílio de um bom dicionário de regência(como o indicado no início de nossa aula).

Em alguns verbos, destacaremos observações feitas por mestres consagrados, comoCelso Luft, Evanildo Bechara e outros.

Como tudo na língua, a sintaxe de regência também sofre mutações decorrentes douso. Por isso, serão registradas, também, algumas “inovações sintáticas” ocorridasem certos verbos e ressaltadas por Celso Luft em seu Dicionário Prático.

Agradar   

a) No sentido de acariciar, acarinhar, é transitivo direto.

Com as mãos calosas, agradav a o filho choroso.

b) No sentido de satisfazer, contentar, é transitivo i nd i r e t o .

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Suas palavras agradaram  ao  público que o ouvia.

Por analogia com con t en t a r (transitivo direto), também ocorre a transitividade

direta, não obstante impugnação dos puristas: “Essa regência (transitiva direta) se  just if ica nas acepções con tentar e afagar , m im ar .” (Celso Luf t ).

Esforça-se mas não consegue agradá- lo .  

E o que fazer na hor a da prova? Analisar as demais opções e procurar identificaro posicionamento da banca – se tradicional (transitividade indireta) ou moderna(direta). De qualquer forma, se houver menção a “norma culta”, segue-se a sintaxeoriginal (agradar a alguém ). 

Asp i ra r  

a) No sentido de respirar, sorver , é transitivo direto.

"Aspirava o cheiro das rosas abertas depois da chuva." (Rachel de Queiroz)

b)No sentido de desejar, pretender, buscar , é transitivo indireto (com preposição A).

"E quem mora no beco, só aspira ao beco." (Rachel de Queiroz)

Não se diz aspiro-lh e, e sim aspiro a e le (s ) , a e la (s ) .

Só encontra o amor quem  a e le  aspira.

Ass is t i r   

a) No sentido de ver, presenciar, estar presente , é transitivo indireto. Esse objetoindireto deve ser encabeçado pela preposição a, e se for expresso por pronome de3ª pessoa, exigirá a forma a e le (s ) , ou a e l a( s ) ( n u n c a l h e / l h e s) .

Todos assistiam ao espetáculo (a ele) .

Vimos em nossa aula de verbos que os verbos transitivos apenas indiretos não seconst r oem na voz pass i va porque só o objeto direto da ativa pode transformar-seno sujeito da passiva. Ainda se lembra disso? Pois é, agora a coisa vai complicar umpouquinho.

Na linguagem coloquial, dada sua proximidade com os verbos VER, PRESENCIAR,OBSERVAR (todos eles t r ans i t i vos d i r e t os), é usual o emprego do verbo ASSISTIR

(que, nessa acepção, é transitivo indireto) em voz passiva: A missa foi assistida por milhares de fiéis.

De qualquer forma, segundo a linguagem culta formal, deve-se abolir essaconstrução.

Para a prova, mais uma vez recomendamos cuidado: bancas tradicionais exigem osaspectos cultos da gramática, devendo ser respeitada a sintaxe original.

Outras mais modernas podem aceitar a forma passiva. O jeito é analisar as opções eagir com bom senso.

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b) No sentido de prestar assistência, confortar, ajudar, proteger, servir , é transitivodireto OU indireto (indiferentemente).

O médico assiste os doentes.Ele assistiu- lh e  (ao doente) na enferm idade.

Para lembrar: se for para prestar socorro, não importa a regência – assista o/aoacidentado de qualquer forma.

c) No sentido de caber, pertencer de direito ou razão , é transitivo indireto.

Não lhe assiste o direito de reclamar.

d) No sentido de morar , constrói-se com preposição EM, sendo TRANSITIVO

INDIRETO.“Assiste em Lisboa.” (Caldas Aulete, citado por Celso Luft )

QUESTÃO DE PROVA

(ESAF/AFC CGU / 2006)

Leia o seguinte texto para responder às questões 02 e 03.

O final do século XX assistiu a um processo sem precedentes de mudanças na história do pensamento e da técnica. Ao lado da aceleração avassaladora nas tecnologias da comunicação, de artes, de materiais e de genética, ocorreram mudanças 

paradigmáticas no modo de se pensar a sociedade e suas instituições. De modo geral,as críticas apontam para as raízes da maioria dos atuais conceitos sobre o homem e seus aspectos, constituídos no momento histórico iniciado no século XV e consolidado no século XVIII. A modernidade que surgira nesse período é agora criticada em seus pilares fundamentais, como a crença na verdade, alcançável pela razão, e na linearidade histórica rumo ao progresso. Para substituir esses dogmas, são propostos novos valores, menos fechados e categorizantes.

(http://pt.wikipdia.org (acessado em 14 de dezembro de 2005, com adaptações))

Julgue a assertiva abaixo.

a) A retirada da preposição  a  antes de “um processo” (l.1) preservaria a correção gramatical da oração, mas alteraria o sentido do verbo assistir e, conseqüentemente,prejudicaria a coerência textual. 

O item está CORRETO.

ACORDO ORTOGRÁFI CO : Houve a supressão do trema na palavra “consequentemente”.

Existe a possibilidade de o verbo ASSISTIR ser transitivo direto – na acepção deprestar socorro, assistência. A retirada da preposição antes de “um processo”,portanto, provocaria alteração de sentido e, consequentemente, prejuízo à coerênciado texto, mas não à correção gramatical.

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At ende r  

a) Quando o complemento for pessoa , é t r ans i t i vo d i r e t o ou i nd i r e t o

O diretor atendeu os/aos alunos.

Se a preferência for pelo pronome (e não o substantivo), usa-se somente de formadireta o, a, os, as (e não lhe/lhes):

O diretor os  atendeu.

b) Quando o complemento for coisa, é t r ans i t i vo i nd i r e t o . No entanto,modernamente é aceita também a forma direta para coisa.

O governo não atende as/às reivindicações dos grevistas.

Atenda o/ao t elefone, por favor.

Resumo: Modernamente, aceitam-se a sintaxe direta ou indireta, indistintamente. Seo complemento estiver expresso por um pronome, usa-se a forma direta (o,a, os,as).

Chamar  

a) No sentido de chamar a presença de alguém , é t r ans i t i vo d i r e t o :  

Eu chamei m eu filho e pedi um favor.

Ninguém o chamou aqui, seu m oço.

b) Na acepção de pedir auxílio ou atenção , é t r ans i t i vo i nd i r e t o  , com a preposição po r .

"Gurgel tornou à sala e disse a Capitu que a filha chamava por ela." (M. Assis)

c) Com o sentido de apelidar, dar nome, qualificar , admite as seguintes construções:

Chamaram -no covarde.

Chamaram -no de covarde.

Chamaram -lhe covarde.

Chamaram -lhe de covarde.

Nessa construção, é um verbo t r ansob je t i vo , apresentando o complemento verbal(objeto direto ou indireto) e o predicativo do objeto (que pode vir acompanhado depreposição ou não).

Esse é o único verbo transobjetivo que apresenta complemento indireto. Todos osdemais possuem apenas objetos diretos.

Custar  

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a) No sentido de ser custoso, difícil, tem como sujeito aquilo que é difícil, podendoapresentar-se sob a forma de uma oração reduzida de infinitivo, que pode virprecedida da preposição a.

Custa-me o seu silêncio. (O seu silêncio é custoso para mim.)

Custa-m e dizer que acendeu um cigarro.

Custou-m e muit o a brigar com Sabina.

Como vimos na aula sobre concordância verbal, quando o sujeito é representado poruma oração (sujeito oracional), o verbo permanece na 3ª pessoa do singular.

Na linguagem cotidiana, dada a sua proximidade com “demorar” ou “ser difícil”,houve alteração na construção, atribuindo-se valor à pessoa (Custei a entender essa lição , Ele custou a chegar aqu i.).

Essa inovação sintática, presente até em registros literários, segundo CEGALLA

(Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa), ainda não foi sancionada pelosgramáticos.

Para a prova, leve a sintaxe originária: Custou-lhe chegar aqui. Custou-m e entender a lição.

b) No sentido de causar, acarretar consequências , é transitivo direto e indireto.

A impru dência custou-lhe lágrim as amargas.

c) No sentido de indicar preço , é intransitivo.

Esta casa custou trinta mil dólares.

I n fo r m ar , Av isar , Com unicar , Cien t i f i car  

Agora, começamos a conhecer alguns verbos que admitem dupla regência, ou seja,indistintamente direta e indireta para coisa ou pessoa (serão chamados de flexíveis),e outros que apresentam somente uma forma para coisa e outra para pessoa(inflexíveis).

Parece que estou falando grego, não é? Vamos, então, partir para os exemplos.Assim, o conceito fica claro.

Dentre os verbos flexíveis, podemos destacar:

- I NFORMAR: Eu posso informar alguma coisa a alguém (direto para coisa e indireto

para pessoa) ou informar alguém de/sobre alguma coisa (direto para pessoa eindireto para coisa).

O ministro informou o povo sobre as nov idades na Econom ia  .

O ministro informou as novidades na Economia ao povo  .

- AV I SAR:

Avisei o amigo do acidente. / Avisei o acidente ao amigo.

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Por isso, em construções de voz passiva, tanto a pessoa como a coisa podem exercera função de sujeito paciente, porque qualquer desses elementos pode ser o objetodireto, indiferentemente:

O amigo foi avisado do acidente. O acidente foi avisado ao amigo.

Outros verbos não possuem essa “flexibilidade”. Vamos analisar alguns dessesverbos in f lex íve is

- COMUNI CAR: Como o sentido originário desse verbo é “TORNAR ALGO COMUM(enfa t iza-se a co isa em det r im ento da pessoa) .

Assim, esse verbo apresenta a sintaxe direta para coisa e indireta para pessoa =COMUNICAR ALGO A ALGUÉM.

Comunicamos ao diretor a decisão do grupo.

Por isso, segundo a norma culta, condena-se a construção de voz passiva em que apessoa se apresente como sujeito, uma vez que ela exercia a função de objetoi nd i r e t o da voz ativa. Somente a coisa pode ser o sujeito paciente:

A dec isão do gru po  foi comunicada ao diretor.

( e não : O diretor foi comunicado da decisão do grupo)

- CI ENTI FI CAR: O sentido de CIENTIFICAR é TORNAR ALGUÉM CIENTE ( en f a t i za -se a pessoa em det r im ento da co isa) .

Enquanto o verbo comun ica r apresenta construção direta para coisa e indireta parapessoa, o verbo c ien t i f i car é direto para pessoa e indireto para coisa (Eu cientifiqueio diretor da decisão do grupo.).

Agora, para uma melhor compreensão, vamos traçar um paralelo entre COMUNICARe CIENTIFICAR.

COMUNICAR ALGO A ALGUÉM ≠ CIENTIFICAR ALGUÉM DE ALGO

Celso Luf t observa que às vezes ocorre a inovação sintática c ien t i f i car a lgo a  a lguém , que atinge também verbos como informar, avisar, certificar . Contudo, emlinguagem culta forma, é preferível a sintaxe originária cientificá-lo de.

No decorrer dos exercícios de fixação, encontraremos mais alguns verbos de dupla

possibilidade de regência. 

Esquecer 

Admite três construções diferentes:

Esqueci o nom e dele.

Esqueci-me do nome dele.

Esqueceu-me o nome dele.

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Quando pronominal (esquecer-se), o verbo necessariamente é empregado comcomplemento indireto (esquecer-se d e algo).

Se este complemento for oracional, especialmente em orações desenvolvidas(iniciadas pela conjunção q u e ), admite-se a omissão da preposição DE: “Nunca me esquecerei que no m eio do caminho t inha uma pedra” (Drummond).

O que nas duas primeiras construções é o b j e t o (direto ou indireto) passa a su je i t ona terceira: "O nome dele esqueceu-me" significa que esse nome apagou-se damemória, saiu da lembrança. Essa sintaxe emprega à construção um valorinvoluntário da ação ocorrida (algo foi esquecido por mim).

"Nunca me esqueceu esse fenôm eno." (M. Assis)

=  O fenômeno (sujeito) nunca esqueceu a m i m (objeto indireto)

Tudo o que acontece com o verbo ESQUECER se repete com o verbo LEMBRAR.

Lembr a r   

a) Com o sentido de trazer à lem brança, evocar, r ecordar-se , é transitivo direto.

Seu penteado lembrava as divas de Hollywood.

b) Com sentido de vir à memória , aceita, à semelhança do que ocorre com o verboesquecer , três modelos de construção:

Lembr o o acontecimento.

Lembr o-m e do acontecimento.

Lembr a-m e o acontecimento 

I m p l i c a r  

a) No sentido de ter implicância com, mostrar má disposição para com alguém , étransitivo indireto.

Implicou com  os irmãos..

b) No sentido de comprometer-se, enredar-se, envolver-se em situações embaraçosas, é acompanhado de pronome reflexivo e de complemento introduzidopela preposição EM.

Atualmente não são poucos os políticos que se implicam em negociatas.

c) No sentido de trazer como consequência, acarretar , é transitivo direto.

"... um dever que implica desdouro para meu amigo, se eu me esquivar a cumpri- lo." (C. C. Branco)

"...sem que a investida do novo chefe implicasse a menor quebra no m ovimento político e social." (Latino Coelho)

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Celso Luf t :  “Implicar em algo  é inovação em relação a implicar algo  por influênciados sinônimos redundar, reverter, resultar, importar . Aparentemente brasileirismo.Plenamen t e consag r ado , adm i t i do a t é pe la Gr am át i ca N or ma t i va .

P.ex.: Tal procedimento implica (em) desdouro (Rocha Lima, Gramática Normativa da Língua Portuguesa, pg. 401)” 

Em relação a essa inovação, já vejamos uma questão de prova da ESAF:

(AFRF/2002.1) Julgue os períodos abaixo em relação à correção gramatical.

b) A prática do racismo é definida como crime na Lei nº 7.716/89, isto é, nessaLei estão definidas várias condutas que implicam tratamento discriminatório,motivado pelo preconceito racial. / A prática do racismo é definida como crimena Lei nº 7.716/89, isto é, nessa Lei estão definidas várias condutas queimplicam em tratamento discriminatório, motivado pelo preconceito racial.

Este item foi considerado CORRETO pela banca.

Na acepção de t razer como consequênc ia , acar re tar  , tradicionalmente o verboimp l i ca r é transitivo direto (“Seu silêncio implicava consentimento.”) . Contudo, provavelmente seguindo a doutrina recente, a construção com o verbo t r ans i t i voind i r e t o foi tida por correta em ambos os períodos – i m p l i c a m t r a t a m e n t o /  imp l i cam em  t r a t a m e n t o  .

Obedecer  

É um verbo transitivo indireto, que rege a preposição a.Em relação à possibilidade do emprego dos pronomes oblíquos l h e/ l h es no lugar dea e l e( s ) / e l a( s ) , a maioria esmagadora dos gramáticos se posiciona favoravelmenteà troca.

Ele não é capaz de obedecer  às orden s  de seu chefe.

Quem  lh e  desobedecer sofrerá sanções.

Mesmo sendo um verbo transitivo indireto, modernamente admite voz passiva,reminiscência do antigo regime transitivo direto. São diversos registros literáriosdessa possibilidade. Essa observação, inclusive, consta da Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, e é abonada por Celso

Luft (“A voz passiva é vista como normal - Alguém é obedecido.”) ."A Senhora manda, e é obedecida." (José de Alencar)

Em linguagem culta formal, contudo, ainda se recomenda a construção indireta.

Para a prova, tome muito cuidado. Algumas bancas são extremamente tradicionais eficam naquele “feijão com arroz”. Outras já preferem inovar e explorar novosconceitos. O candidato deve procurar identificar o posicionamento da banca e, seisso não for possível, analisar as demais opções antes de tachar a afirmação comocerta ou errada.

Idêntica é a construção do antônimo desobedecer  .

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Ele não podia mais desobedecer às von tades de Deus.

Vamos ver uma questão de prova:

(NCE UFRJ / INCRA / 2005)

25 - Sabemos que só os verbos transitivos diretos admitem a forma passiva; por isso, a alternat iva que m ostra um a form a adequada de passiva é: 

(A) O pai do candidato foi comunicado do ocorrido; 

(B) Os professores são muit o obedecidos pelos alunos; 

(C) O chefe foi substituído pelo novo funcionário; 

(D) O presidente Juscelino foi sucedido por Jânio Quadros; 

(E) A peça será acont ecida no dia 28 de agosto.

O gabarito foi a letra C. Note que a banca da UFRJ não aceitou a forma passiva doverbo OBEDECER (opção B), considerando-a i nadequada.

Em relação aos demais verbos:

a) o verbo COMUNICAR apresenta como objeto direto a COISA e i nd i r e t o aPESSOA . Por isso, estaria incorreta a forma passiva de pessoa como sujeito paciente(O pai foi comunicado ).

c) o verbo SUBSTITUIR é transitivo direto – Uma pessoa substitui outra . Assim, épossível a construção passiva: O chefe foi substit uído . Essa foi a resposta certa.

d) na acepção de “ser o sucessor”, o verbo SUCEDER constrói-se com o b j e t oind i r e t o : Ele sucedeu ao pai na gestão dos negócios. 

Contudo, há registros clássicos da transitividade direta do verbo (sintaxe emdesuso). Luft registra que “é compreensível certa inclinação por  sucedê- lo   na linguagem culta formal”, muito comum no português clássico, talvez por influênciado verbo subs t i t u i r  . Note que a banca não aceitou a forma direta, considerandoi nco r r e t a a construção de voz passiva O presidente Juscelino foi sucedido por Jânio Quadros .

e) O verbo ACONTECER pode ser INTRANSITIVO (algo acontece ) ou TRANSITIVOINDIRETO com a preposição a (algo acontece a alguém ). Não há, pois, objeto diretopara que se possa construir voz passiva.

Pedir   

Trata-se de um verbo transitivo direto (Pedir algo ) ou transitivo direto e indireto(Pedir algo a alguém ).

Somente aceita o complemento regido pela preposição par a quando houversubentendida, entre o verbo e a preposição, uma palavra como l icença,au tor ização, permissão.

Pedimos que sejam observadas as regras de convivência.

Os alunos pediram [ permissão] para sair.

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Perdoar - Pagar – Agradecer  

Na língua culta, constroem-se com objeto direto em relação à coisa e objeto indiretoem relação à pessoa.

Perdoai-lhes, Senhor, porque não sabem o que fazem! 

Agradeci-lhe os presentes.

Já paguei as cont as a meus credores.

Contudo, por influência de verbos do mesmo campo semântico – desculpar alguém / indenizar alguém–  surgiu uma nova estrutura: ob je t o d i r e t o pa r a a pessoa(perdoar alguém / pagar alguém ), o que levou à possibilidade de construção passiva:

Todos foram perdoados pelo rei (o rei perdoou todos  ) .

Neste mês, os empregados não serão pagos (a empresa não pagará os empregados  ) .

Prefer i r  

O verbo é t r ans i t i vo d i r e t o e i nd i r e t o  (Preferir um a coisa a  outra ).

"Capitu preferiu tudo ao seminário." (M. Assis)

Em virtude da proximidade semântica com quer e r , dese ja r ( um a co isa ma is doq u e o u t r a ) , passou a ser comum na linguagem coloquial a forma preferir um a coisa mais do que outra ou preferir muito mais , construções condenadas pelos gramáticos.

Para a prova, tenha sempre em mente a sintaxe original: PREFERIR ALGO A OUTRA

COISA.Não há impedimento algum para a construção com somente o complemento direto:

Prefiro os antigos moldes.

Proceder  

a) No sentido de ter fundamento é i n t r ans i t i vo .

Seu pedido não procede.

b) Como portar- se, conduzir-se , é i n t r ans i t i vo também, sempre seguido de adjuntoadverbial de modo.

Sua esposa procedia brilhantemente em público.

b) Na acepção de provir, originar-se, descender , usa-se com preposição d e.

A língua portuguesa procede do latim.

c) Usa-se com preposição a (transitivo indireto) no sentido de dar in ício, r ealizar .

Proceder-se-á ao início da sessão.

Responder   

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A regência primária apresenta complemento indireto, com a preposição a:

Responder às cartas, às perguntas, ao questionário.

Contudo, na língua vigente no Brasil, a sintaxe direta para coisa já está consagrada,ainda que repudiada pelos puristas.

O verbo, nesse caso, pede objeto direto para coisa e indireto para pessoa(Responder algo a alguém ). O objeto indireto pode se apresentar sob a forma depronome (lhe/lhes).

Não irei responder - l he  o pedido de casamento.

Respondo as suas cartas..

Essa construção possibilita a voz passiva:

As cartas foram respondidas.

Simpat izar  

O verbo simpatizar não é p r onom ina l . Pede objeto indireto regido da preposiçãocom .

Simpatizei com ela. (correto)

Simpatizei-m e com ela. (errado)

Não simpatizei com ele nem com suas ideias.

O verbo an t ipa t i za r apresenta o mesmo regime.A classe antipatizou com o novo professor.

Visar  

a) No sentido de dirigir a pontaria , apontar arma de fogo contra algo ou alguém , étransitivo direto.

Visei o alv o.

b) No sentido de pôr o visto em , é transitivo direto.

As autoridades visaram o passaporte.

c) Na acepção de ter em vista um fim, pretender , deve empregar-se de preferênciacom a preposição a, embora modernamente, devido à aproximação com verboscomo buscar , p r e t ende r , ob je t i va r ( t r ans i t i vos d i r e t os ) , se acumulem exemploscom objeto direto.

Nela visei, acima de tudo, ao bem da comunidade.

O verbo v isar já se constrói, nesse sentido, sem a preposição:

Essa sociedade não visa lucro.

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Essa inovação ocorre, principalmente, quando o complemento vem sob a formanominal de infinitivo.

Eles visam alcançar suas met as.

Vamos ver como a ESAF tratou do assunto:

(TCU/ 2006) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical.

A precariedade dos serviços públicos é responsável por  cerca de(1) 8% das barreiras ao crescimento do País. Esse impacto se deve  aos ( 2 ) efeitos em cascata que as deficiências no setor público causam à economia. No Brasil,esses problemas parecem tão arraigados à rotina nacional que aparentam ser imut áveis. Não são. O Reino Unido está im plementando um a reform a que visa o ( 3 ) aumento de produtividade e à melhoria da qualidade dos serviços 

públicos.O primeiro passo aconteceu com o estabelecimento de alguns princípios: 

• metas nacionais de desempenho, mensuráveis e disponíveis para comparação pelo público; 

• clara definição de responsabilidades entre as entidades públicas; 

• aumento de flexibilidade, p o r m e i o d a ( 4 ) simplificação de processos e da redução da burocracia; 

• oportunidade de escolha por parte do público em relação aos provedores de serviços.

A estim ativa é q u e ( 5 ) essas reformas aumentem o PIB do País em 16 bilhões 

de libras.(Adaptado de Rev ista Ve j a  , n. 49, p.154.)

a) 1

b) 2 

c) 3 

d) 4 

e) 5 

O gabarito foi a letra c – o verbo v isar , no sentido de objetivar, originalmente étransitivo indireto.

Assim, em “uma reforma que visa o a u m e n t o  de produtividade”, devemos inserir a preposição a : v i sa ao aumen t o de p r odu t i v idade .

Caso restasse alguma dúvida em relação à possibilidade de se construir sob a formadireta (modernamente aceita), a banca tratou de sepultá-la com a apresentação dooutro objeto indireto: “visa (...) à me lho r ia  da qualidade dos serviços públicos”.

É assim que se faz prova: diante de uma questão cujo tema é polêmico, você deveráanalisar com cuidado todas as possibilidades. Normalmente, bancas consagradas,como a ESAF, procurar fugir desse debate, indicando, de alguma forma, o seuposicionamento.

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VERBOS D E D ESLOCAMENTO X VERBOS D E PERMAN ÊNCI A

Verbos que indicam deslocamento  (chegar, ir, voltar, etc.) constroem-se com a

preposição a, opondo-se aos que indicam permanência (morar, residir, etc.), que seconstroem com a preposição em .

Ele chegou ao colégio mu ito cedo.

O presidente v eio a São Paulo de av ião.

Ele m ora na rua Virg ílio de Resende.

Ficarei em casa a noit e.

Se você ficou pensando naquela clássica expressão ENTREGAMOS À DOMICÍLIO,muito comum nos letreiros de pizzarias, farmácias e afins, vamos entender.

Para começar, como veremos na próxima aula, palavras masculinas não podem serprecedidas de “a” com acento grave, pois não apresentam um artigo definidof e m i n i n o antes de si (afinal de contas, elas são masculinas!!!). Então, não ocorrecrase.

Em relação à regência do verbo en t r ega r , eu lhe pergunto: a entrega por ser feita aalguém em algum lugar, não é? O complemento que indica a “pessoa que recebe aentrega” é regido da preposição A (Entreguei ao porteiro ). Mas “domicílio” não é umapessoa, e sim um local (expressão de valor adverbial). Por isso, a preposição queantecede esse vocábulo é EM – Entregamos  em  qualquer ponto do país (e não  a  qualquer ponto do país).

Por isso, a entrega é feita em dom ic íl i o ou no dom ic í li o , e nunca “à domicílio”.

E agora, consegui acabar com aquela confusão que a pizzaria causou?

Agora, até bateu uma fome. Ainda bem que nossa aula está chegando ao fim.O passo seguinte é resolver as questões de fixação, até mesmo para ver como asbancas examinadoras se posicionam, e estudar, estudar, estudar...

Em nossos próximos encontros, voltaremos a este assunto. Falaremos sobre CRASEe, em seguida, PRONOMES, estudando, inclusive, a relação entre sintaxe deregência e pronomes relativos.

Bons estudos e até lá.

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QUESTÕES DE FI XA ÇÃO 

0 1 - ( FGV/ ALESP/ 2002 )Assinale a alternativa cuja regência está de acordo com o padrão culto:A. Prefiro mais doce a salgado.B. Prefiro mais doce do que salgado.C. Prefiro doce do que salgado.D. Prefiro doce a salgado.

0 2 - ( F GV / P r ef .Gu a r u l h o s/ 2 0 0 1 )Assinale a alternativa em que há erro de regência verbal.A. Minha aparência não lhe agradou.B. Esta é a regra que você obedecerá.C. Assiste-lhe sempre esse direito.D. Essa foi a conclusão a que chegamos.

0 3 - ( F GV / I CM S M S – A TI / 2 0 0 6 )

Em Você se lembra do rosto dela naquele instante?, obedeceu-se às regras deregência verbal.

Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido.

(A) Prefiro questões de gramática do que de interpretação.

(B) Aspiraram à vaga de piloto da companhia aérea.

(C) Os médicos assistiram o paciente.

(D) Perdoamos-lhes as dívidas.

(E) Pagaram-lhe bem.

0 4 - ( BESC / AD VOGAD O/ 2004 )

Texto II

CAPÍ TULO I I I

D o Con t r a t o Est im a t ó r io

Ar t . 534 . Pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis aoconsignatário, que fica autorizado a vendê-los, pagando àquele o preçoajustado, salvo se preferir, no prazo estabelecido, restituir-lhe a coisaconsignada.

(Novo Código Civil )

Pela leitura do texto II, percebe-se a importância do uso correto dos pronomesoblíquos. Assinale a alternativa em que isso N ÃO tenha ocorrido.

(A) O chefe encontrou a secretária no corredor e pagou-a ali mesmo.

(B) Cabia-lhe o direito de reaver o documento.

(C) Os pacientes esperavam que o médico os assistisse com urgência.

(D) Ele não lhe perdoou a dívida.

(E) Ela lembrava-lhe a boa infância.

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0 5 - ( ESAF/ AFRF/ 2003 )  

Julgue a assertiva abaixo em relação aos aspectos gramaticais.e) Não nos esqueçamos que a construção do autoritarismo, que marcouprofundamente nossas estruturas sociais, configurou o sistema políticoimprescindível para a manutenção e reprodução dessa dependência.

0 6 - ( FU ND EC / TRT 2 ª R eg ião / 2003 )

Sobre a regência do verbo assistir na oração “a Região Metropolitana finalmenteassistia ao início de um capítulo bom da novela protagonizada por mais de 3 milhõesde pessoas” (linhas 10-13), pode-se afirmar que:

A) está correta, porque o verbo foi empregado como transitivo indireto, no sentido

de ser do direito;B) é semelhante à regência do verbo amar em frases como “Deve-se amar aopróximo”;

C) admite a construção passiva, que seria: “O início de um capítulo bom da novelaprotagonizada por mais de 3 milhões de pessoas era assistido finalmente pela RegiãoMetropolitana;

D) está consoante com a língua escrita padrão, mas divergente dos hábitos da línguafalada no Brasil;

0 7 - ( CESGRANRI O / PREF.MANAUS / 200 4)

Marque a opção em que a regência do verbo NÃO está adequada, conforme a normaculta.

(A) O pesquisador agregou-se ao grupo da universidade.

(B) O auxiliar inseriu os dados no computador.

(C) A criança agradeceu os primos o presente.

(D) A situação de crise influiu na decisão do conselho.

(E) Eu entreguei o requerimento ao advogado.

0 8 - ( N CE U FR J/ AN TT / 2005 )

Assinale a opção que corresponde à melhor redação, considerando correção, clarezae concisão. 

(A) A parada o autorizava à cobrar um novo preço;

(B) A parada lhe autorizava de cobrar um novo preço;

(C) A parada o autorizava de cobrar um novo preço;

(D) A parada o autorizava a cobrar um novo preço;

(E) A parada lhe autorizava a cobrar um novo preço.

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O c o n t e ú d o d e s t e c u r s o é d e u s o e x c l u s i v o d e A N D R E A M A R I A A M A R A L E S I L V A , C P F : 4 2 8 8 4 1 4 4 1 5 3 , v e d a d a , p o r        

q u a i s q u e r m e i o s e a q u a l q u e r t í t u l o , a s u a r e p r o d u ç ã o , c ó p i a , d i v u l g a ç ã o e d i s t r i b u i ç ã o , s u j e i t a n d o - s e o s      

i n f r a t o r e s à r e s p o n s a b i l i z a ç ã o c i v i l e c r i m i n a l .      

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0 9 - ( N CE U FRJ / I N CR A / 2005 )

A alternativa em que o pronome LHE está mal empregado é:

(A) Só lhe comuniquei de minha decisão ontem;(B) Não lhe desejo mal;

(C) Deste ator só lhe conhecia a foto;

(D) Vou apresentar-lhe meu amigo;

(E) Atribuímos-lhe uma atitude negativa.

1 0 - ( U nB CESPE/ I N SS/ 1998 )

Quanto à correção da substituição do trecho sublinhado pela forma apresentada emnegrito, julgue os itens abaixo.

1. “Já fez sua declaração de imposto de renda? / Já a fez?2. “Os decretos-leis (...) abanam o rabo negativamente” / Os decretos-leis (...)abanam- lhe negativamente

3. “Mas se tiveres alguma dúvida” / Mas se t i ver es e la.

4. “Os decretos-leis tentam barrar um senhor distinto” / Os decretos-leis t e n t a mbar r á - lo  

5. “Agora é só (...) encheres este formulário-sanfona” / Agora é só (...) o encheres 

1 1 - ( N CE U FR J / I N CR A / 2005 )

Muitos gramáticos condenam o uso de um mesmo complemento referido a verbos deregência diferente, o que ocorre em:

(A) entrar e sair de casa;

(B) contemplar e pintar a paisagem;

(C) ler e memorizar o telefone;

(D) conhecer e admirar a obra do artista;

(E) precisar e gostar de boas companhias.

1 2 - ( ESAF/ AFC STN/ 200 2 )

No passado, para garantir o sucesso de um filho ou de uma filha, bastavaconseguir que eles tirassem um diploma de curso superior. Uma vez formados,seriam automaticamente chamados de “doutor” e teriam um salário de classemédia para o resto da vida. De uns anos para cá, essa fórmula não funcionamais. Quem quiser garantir o futuro dos filhos, além do curso superior, terá delhes arrumar um capital inicial. Esse capital deverá ser suficiente para oinvestimento que gerará um emprego para seu filho.

Em relação aos aspectos textuais, julgue a asserção abaixo.

d) A regência do verbo chamar empregada no texto(l.3) é considerada coloquial. Agramática ortodoxa recomenda, como mais formal, o emprego desse verbo comotransitivo direto.

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1 3 - ( CESGRANRI O/ TRANSPETRO/ 20 06 )

Por m eio de um a carta, os funcionários __________ _____ aos superiores.

Com respeito à regência, a forma verbal que preenche adequadamente a lacunaacima é:

(A) chamaram.

(B) convidaram.

(C) cumprimentaram.

(D) pressionaram.

(E) responderam.

1 4 - ( FCC / I N SS MED I CO / 2006 )

Empregou-se de acordo com o padrão culto escrito a forma grifada em:(A) Estava tão atrapalhado, que enviou a carta justamente àquele que nunca poderiatê-la recebido.

(B) A atitude desequilibrada daquele jovem foi uma heresia aos idosos que aliestavam sendo homenageados.

(C) Informou-lhe de que deveria fechar o contrato até o fim do dia.

(D) Recuperou-lhe daquele distúrbio com a competência e dedicação que todos lhereconhecem.

(E) Ele foi investido com uma difícil tarefa de comando, da qual se desincumbiu comgrande habilidade.

1 5 - ( FUNDEC / PRODERJ / 200 2)

Como na frase “O nível de complexidade do Deep Fritz reside nas linhas de códigoque o constituem” (linhas 17-18), também as frases abaixo estão corretas quanto aoemprego do pronome o, menos em uma, em que o correto seria empregar opronome lhe. Esta frase está na opção:

A) Procurei um técnico para cientificá-lo de que havia um problema para resolver.

B) Embora o problema fosse de difícil solução, o computador o resolveu.

C) Vou procurar o técnico para certificá-lo que o problema já foi resolvido.

D) O cientista comentou que a empresa o contratou para resolver problemascomplexos.

E) A empresa que construiu o computador resolveu doá-lo para um museu.

1 6 - ( ESA F / A n al i st a I R B/ 2 0 0 4 )

Identifique a letra em que uma das frases apresenta erro de regência verbal.

a) Atender uma explicação.

Atender a um conselho.

b) O diretor atendeu aos interessados.

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O diretor atendeu-os no que foi possível.

c) Atender às condições do mercado.

Os requerentes foram atendidos pelo juiz.d) Atender o telefone.

Atender ao telefone.

e) Ninguém atendeu para os primeiros sintomas da doença.

Ninguém se atendeu aos primeiros alarmes de incêndio.

1 7 - ( UnB CESPE/ DEFENSOR/ 20 04 )

Anal ise a cor r eção da asser t iv a aba ixo .

Em “Por conseqüência, a morte de um idioma  imp l i ca  perda imensurável a um país e, inclusive, à humanidade, pois perde-se, além da forma básica de comunicação,uma cultura com todas as suas expressões, como folclore, história, musicalidade,religião etc.” , o emprego da preposição que antecede os termos “um país” e “humanidade” é exigido pelas regras de regência segundo as quais está empregadoo verbo implicar.

1 8 - ( U nB CESPE / AGU / 2002 )

A impunidade que daí deriva não está ligada, pois, a diferenças sociais que impliquem que nem todos sejam iguais perante a lei, mas tão-só a que todos se submetem a ela como se vestissem roupas muito maiores que as devidas. Asociedade moderna é democraticamente relaxada.

Com base no t recho ac ima, ju l gue a asser t iv a .

Em “a diferenças sociais” (l.1), “a que todos” (l.2) e “a ela” (l.3), as três ocorrênciasda preposição “a” devem-se à regência da palavra “ligada” (l.1).

1 9 - ( ESAF/ TFC SFC/ 20 00 )

Assinale a opção que corresponde a erro gramatical

Outro mito muito em voga(A) é de que(B) a globalização torna(C) a vida daspessoas muito mais instável. Isso é só parcialmente verdade. As economias estãomuito mais competitivas hoje em boa parte do mundo, o que(D) pode passar umasensação maior de instabilidade. Um recente estudo do Banco Mundial, no entanto,mostra que(E) não há nenhuma evidência de aumento da instabilidade em termosde crescimento de PIB e de consumo privado na América Latina.

(Adaptado de Exame, 1/ 11/ 2000, p.141)

a) A

b) B

c) C

d) D

e) E

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2 0 - ( E SA F/ TRF/ 2 0 0 3 )  

Assinale a opção em que o trecho do texto foi transcrito com erro de sintaxe.

a) As empresas do setor imobiliário que deixaram de prestar contas das transaçõesrealizadas em 2002 vão ser alvo de investigação da Receita Federal. Imobiliárias,construtoras e incorporadoras tinham prazo limitado para entregar a Declaração deInformação sobre Atividades Imobiliárias- Dimob.

b) A estimativa é de que metade das empresas não declarou, mas o coordenador-geral de Fiscalização da Receita acredita que muitas delas ainda vão cumprir aexigência. Até o prazo foram entregues 21.395 declarações, mas nos registros daReceita constam em cerca de 40 mil empresas que estariam obrigadas a declarar.

c) O coordenador diz que os dados da Dimob serão confrontados com as informaçõesda declaração das empresas e das pessoas físicas. O coordenador afirma ainda queas informações serão cruzadas com os dados da CPMF, que têm sido instrumento

indispensável ao trabalho de fiscalização do órgão.d) Na declaração, as imobiliárias só devem informar as operações realizadas no anopassado. As empresas que não tiveram atividades em 2002 estão desobrigadas deprestar contas. Quem deixou de entregar a declaração no prazo pagará multamínima de R$ 5 mil por mês-calendário. Em caso de omissão ou informação dedados incorretos ou incompletos, a multa será de 5% sobre o valor da transação.

e) Essa declaração foi criada em fevereiro de 2003 para identificar as operações devenda e aluguel de imóveis. A Receita quer saber, por exemplo, a data, o valor datransação e a comissão paga ao corretor. No ano passado, foram fiscalizadas 495empresas do setor, cujas autuações somaram R$ 1,2 bilhão.

(Adaptado de www.receita.fazenda.gov.br, 5/06/2003)

2 1 - ( U nB CESPE / AGU / 2002 )

Anal ise a asser t iva a segu i r .

A substituição do trecho “A minha firme convicção é que” (R.25) por A m i n h a f i r m econv icção é a de que estaria em desacordo com as exigências de formalidade danorma culta escrita.

2 2 - ( U nB CESPE/ Banco do Br asi l / 2002 )

Anal ise a propos ição aba ixo .

O verbo “conferem”, em “o BB adotou m edidas que conferem maior t ransparência às decisões internas e às movimentações da empresa no mercado bancário ” estáempregado no texto com a mesma regência e com sentido equivalente ao que estáempregado no seguinte exemplo: Os dados do relatório final do BB conferem comaqueles divulgados pela imprensa no decorrer da semana.

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2 3 - ( UnB CESPE/ CEF/ 200 6)

Ju lgue o i t em que se segue.

No trecho “que a família ensine a criança, desde pequena, a saber lidar com dinheiroe a se envolver com o controle dos gastos”, o verbo ens inar rege um complementocom preposição e um sem preposição.

2 4 - ( FCC/ TCE MA – Ana l i s t a / 2005 )

... os portos da Amazônia têm  um sistem a de braços flutuantes...

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está nafrase:

(A) ... choveu menos na Amazônia.(B) ... assim como acont eceu no início do século XX.

(C)  ... duplicando o impacto sobre o am biente.

(D) ... que se trata de variações médias ao longo de três décadas.

(E) ... a atual seca se torna mais relativa.

2 5 - ( FCC/ TRT 15ª Reg ião / 2004 )

O Conse lho Nac iona l de Jus t iça prec isará de segm ento s se tor ia is . ..

O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima está na frase:

(A) ... t ornando-a mais rápida...

(B) ... limita a liberdade dos juízes...

(C) ... e pode perm itir a influência do Executivo...

(D) ... se a aplicação for restrita a m atérias tributárias...

(E) ... mas valem apenas para os advogados privados...

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GABARI TOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FI XAÇÃO 

01 – D

Como vimos, o verbo pr e f e r i r , quando se apresenta b i t r ans i t i vo , ou seja, comcomplemento direto e indireto, emprega a preposição a junto a este último. Assim, ocerto é “prefiro doce a salgado”.

O paralelismo sintático deve ser observado. O que é isso? É a relação entreelementos de mesma função, no caso, complementos verbais. Se resolvermoscolocar o artigo antes do primeiro elemento, exceto em situações muito particulares,devemos repeti-lo nos demais. Assim, como não houve artigo antes do objeto direto(doce), também não haverá antes do objeto indireto (salgado).

Não vai se acostumando com essa molezinha aí, não... essa questão tranquila só foicolocada no início da bateria de exercícios para dar um refresco. Mais adiante, vamosver questões “de verdade”.

02 – B

O verbo obedecer é transitivo indireto, regendo a preposição a. Por isso, essapreposição deve anteceder o pronome relativo que substitui o objeto indireto(regra ): Esta é a regr a a  que você obedecerá .

Na opção a, temos o verbo agr ada r . A banca manteve o posicionamento originário eapresentou o verbo, na acepção de contentar , como transitivo indireto, usando opronome lh e . Supondo que o examinador apresentasse o verbo agradar  comcomplemento direto (agr adá - lo  ), o candidato deveria ler atentamente todas asopções antes de marcar a resposta. Na opção seguinte, a regência estava

inquestionavelmente incorreta.O verbo assis t i r , no sentido de caber razão ou direito , é transitivo indireto (opçãoc).

Finalmente, o verbo chegar, por indicar deslocamento, rege a preposição a. Quemdiz “chegar em ” não chega a lugar algum. Está correta a construção apresentada naopção e  (Nós chegam os a  uma conclusão   a conclusão a que  chegamos) .

03 – A

Essa deve ter sido barbada também. Como vimos na questão 01, a regência doverbo pr e f e r i r , quando bitransitivo, exige a preposição a. Assim, “prefiro questões de gramática a  de interpretação”.

O verbo asp i ra r , como dese jar , é transitivo indireto, com a preposição a. Estácorreta a opção b .  

O verbo assis t i r , no sentido de prestar assistência, pode ser construído com objetodireto ou indireto. O examinador apresentou a primeira forma.

Tanto o verbo per doa r (d ) quanto pagar (e ), segundo a norma culta, possuemobjeto direto de coisa e indireto de pessoa. Assim, também estão corretas as formas “Perdoam os-lhes as dívidas” e “Pagaram-lhe [a ele] bem” .

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04 – A

Conforme vimos na questão anterior, o verbo pagar , em relação à pessoa, é

indireto. Assim, o correto seria “pagou-lhe [ou a ela] ali m esmo” .Na opção b , o sujeito do verbo caber era “o direito de reaver o documento”. Issocabia a alguém. Foi corretamente empregado o pronome lh e  na indicação do objetoindireto de pessoa.

Em questões anteriores, já falamos sobre a regência dos verbos ass is t i r (no sentidode prestar assistência) e per doa r .

Resta-nos destacar o emprego do pronome pessoal oblíquo com valor possessivo naopção e. Em regra, os pronomes pessoais oblíquos são usados para representar umnome (substantivo), evitando, assim, sua repetição (mais sobre isso será tratado naaula específica sobre p r o n o m e s).

No entanto, o pronome oblíquo pode ser também usado com va lor possess ivo , ou

seja, no lugar do “seu/sua” ou “dele/a”. Esse emprego costuma causar muitaconfusão com a função de objeto indireto, uma vez que o pronome também pode seligar ao verbo por meio de hífen. Vejamos a diferença.

Em “Roubou-lhe a carteira” , o que se quer dizer é que “roubou a sua carteira” ou “roubou a carteira dela”. Esse pronome, na verdade, não está complementando overbo roubar, mas atribuindo ao substantivo ca r t e i r a uma característica – a suapropriedade. Assim, sua função não é a de objeto indireto (complemento verbal).

Na oração “Ela lembrava-lhe a boa infância ”, o complemento verbal (objeto direto) é“a boa infância” , atendendo à sintaxe de regência do verbo l embr a r (transitivodireto).

Mais uma vez, vemos que a função do pronome oblíquo lh e  não é completar o

sentido do verbo (como o faria um objeto indireto), mas modificar o substantivo “infância”, como o faria um pronome possessivo su a (Ela lembrava a sua boa infância) . Por isso, a função sintática do pronome oblíquo, com valor de possessivo,é a de a d j u n t o a d n o m i n a l (elemento que vem junto ao nome para definir, alterarou restringir o significado do nome). Está, portanto, correta a construção.

Essa opção deve ter suscitado inúmeras dúvidas, hem? Bem que lhe avisei que amoleza iria acabar...

Não se preocupe com esses conceitos sobre pronome. Voltaremos a falar sobre oassunto na aula própria.

05 - Item CORRETO

Já que falamos sobre o verbo l e m b r a r , vamos falar agora sobre o seu antônimo.

O verbo esquecer -se, como vimos, quando pronominal, é transitivo indireto,regendo a preposição d e (Não se esqueça de mim.) . Contudo, quando o seucomplemento indireto está sob a forma oracional (“que a construção do autoritarismo...”), é possível a elipse (omissão) da preposição.

06 – D

A banca “brincou” com a regência do verbo ass is t i r e o desuso da construçãoclássica. Na acepção de ver, presenciar , é transitivo indireto com a preposição a.

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Por isso, não admite voz passiva. No entanto, na linguagem coloquial, a do dia a dia,a do botequim, duvido que alguém tenha coragem de dizer: “Saia da minha frente,pois estou assis t indo ao jog o”. No mínimo, vão achar que é provocação.

07 – C

Ainda que você se lembrasse da polêmica do verbo agradecer (opção c ), a bancafacilitou a sua vida: apresentou do is complementos diretos. Segundo a normapadrão, a forma adequada seria: A criança agradeceu aos primos o presente  (indireto de pessoa, direto de coisa).

08 – D

Esse é mais um verbo que apresenta dupla possibilidade de regência: pode-seautorizar alguém a algo (direto de pessoa e indireto de coisa) ou autorizar algo a

alguém (direto de coisa e indireto de pessoa).De qualquer forma, a preposição é a , e não “de”. Eliminamos, assim, as opções b  ec .

Na opção e , a banca sugere dois complementos indiretos: lh e  e a cob r a r um novo  preço , enquanto que na opção a  coloca um acento grave antes de um verbo (quenão pode ser antecedido de artigo definido feminino – crase é o assunto da próximaaula).

Por isso, a única opção correta é mesmo a letra d  – “A parada o autorizava  ( d i r e t o  de p essoa) a cobrar um novo preço ( i nd i r e t o de co i sa ) ”.

09 – AO verbo comun ica r é transitivo direto para coisa e indireto para pessoa (Comunicar algo a alguém ). Assim, o erro não está necessariamente no emprego do pronomelh e , mas na colocação de uma preposição antes do objeto direto: Só lhe comuniquei minha decisão ontem . Não há abono, no Dicionário Prático de Regência Verbal, deCelso Pedro Luft, para a construção “Comunicar alguém de algo”, só “Comunicar algo a alguém”. 

Na opção c , há um excelente exemplo do pronome oblíquo com valor possessivo,mencionado na ques tão 4 : Só conhecia a foto do a t o r  = Só conhecia a su a  foto / a foto de le  = Só  lh e  conhecia a foto .

O pronome não está complementando o verbo, mas se referindo ao nome (foto).

Nas demais opções, também está correto o emprego do pronome oblíquo:

b) Não desejo mal a e le ;  

d) Vou apresentar m eu amigo a e le  ; 

e) Atribuímos a e le  uma atitude negativa. 

10 – C / E / E / C / C

Estão incorretas as substituições propostas nos itens 2 e 3:

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Item 2 – O verbo abanar é transitivo direto (abanam o rabo ). Assim, o pronome quedeve ser usado é “o”, e não o “lhe”.

Após verbos terminados de forma nasal (com –m, -õe ou –ão, como em abanam ), ospronomes oblíquos átonos (o, a, os, as) recebem a letra n : abanam- no  . Essa liçãoconsta do comentário à questão 24 da Aula 3 – Verbo. Se você já a tiver esquecido,volte a estudá-la.

Item 3 – Na aula sobre pronomes, iremos tratar do emprego dos pronomes oblíquos.Por ora, iremos nos ater a registrar que os pronomes ele, e la, e les, e las , quandooblíquos, devem estar necessariamente acompanhados de preposição. O corretoseria: Mas se a t i ver es  .

11 – A

Essa questão trata do emprego de verbos de regências diferentes em relação a um

mesmo complemento.Nesses casos, é recomendável a seguinte construção: entrar em casa e sair dela.  

As demais opções apresentam verbos de idêntica regência, podendo ser usadoapenas um complemento para ambos.

12 - Item I NCORRETO.

O verbo CHAMAR, na acepção apresentada, é um verbo transobjetivo , ou seja, alémdo objeto, exige um predicativo do objeto.

Ao contrário de todos os demais verbos transobjetivos, o verbo chamar , segundo a

norma culta, pode ser tanto t r ans i t i vo d i r e t o quanto i nd i r e t o , sem que o seusignificado seja alterado.

Em suma, com o sentido de ape l idar  , qua l i f i car , tachar  , o complemento verbal doverbo chamar tanto pode ser um objeto direto (Chamou  f u lano   de mesquinho / Chamou - o  de mesquinho ) quanto um objeto indireto, com a preposição a ou opronome lh e (Chamou a f u lano  de mesquinho / Chamou - l he  de mesquinho.).

Por sua vez, o termo “mesquinho”, que, no exemplo acima, se refere a “fulano” (objeto direto/indireto), exerce a função de pr ed icat i vo do ob j e t o (direto/indireto)e pode vir ou não precedido de preposição – Chamou fulano (de) mesquinho / Chamou a fulano (de) mesquinho.

Na construção de linha 3, o verbo chamar é transitivo direto e está construído emvoz passiva (“seriam automaticamente chamados de ‘doutor’...” ). Por isso, são doisos equívocos:

1.  afirmar que o verbo chamar , na construção, não seria transitivo direto - eleé t ran s i t i vo d i r e to , s im, e por isso poss ib i l i t a a voz passiva ;

2.  considerar que a norma culta recomenda apenas a forma direta (admitem-seas duas transitividades – direta ou indireta).

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13 – E

Agora, o verbo chamar (opção a) significa convocar, solicitar a presença, étransitivo direto. Também apresentam essa transitividade os verbos convidar,cumprimentar e pressionar .

Já o verbo r esponde r , como vimos, requer complemento indireto, com a preposiçãoa. Portanto, é o único que pode preencher a lacuna: Por meio da carta, os funcionários  r esponder am aos seus superiores. 

14 – A 

O verbo env ia r apresenta, na construção, bitransitividade: objeto direto (a carta ) eindireto (àquele ). Na aula sobre crase, veremos que o encontro da preposição a 

(exigida pelo verbo) com o pronome demonstrativo aquele  forma crase.Os erros das demais opções são:

b) o substantivo heres ia rege a preposição con t r a . Essa é uma das raras questõesde regência nominal.

c) o verbo i n f o r m a r apresenta dois complementos indiretos – um deles deve sermodificado. Há duas possibilidades: informou-o de que deveria fechar  ou informou- lhe que deveria fechar .

d) O verbo r ecupe r a r é pronominal com valor reflexivo: r ecupe r ou - se daque le  d i s t ú r b io  . Está correto o emprego do verbo reconhecer , na sequência: no sentidode assegurar, é transitivo direto e indireto – todos lhe reconhecem a competência e dedicação .

15 – C

O verbo cer t i f i car é mais um exemplo de dupla possibilidade de regência, assimcomo i n f o r mar , av i sa r : a sintaxe originária é certificar alguém de alguma coisa (direto para pessoa e indireto para coisa); contudo, acabou evoluindo para certificar algo a alguém  (direto para coisa e indireto para pessoa). A banca explorou esseconceito.

a) O objeto direto é relativo a pessoa (representado pelo pronome oblíquo o ),enquanto que o indireto, referente a coisa (de que hav ia um p r ob lem a  ).

b) O verbo reso lver é transitivo direto (o computador resolveu  o p r o b l e m a  ). Estácorreto o emprego do pronome oblíquo o  no lugar do nome.

c) Agora, ao contrário da opção a , o objeto direto do verbo cer t i f i car se referiu acoisa (que o problema j á foi resolvido ). Assim, referente a pessoa, deve-se empregaro pronome oblíquo l h e  (objeto indireto), e não o pronome o . Está i nco r r e t a aconstrução. Essa é a resposta.

d) O verbo con t r a t a r apresenta objeto direto de pessoa (contratar alguém) eindireto, regido pela preposição par a . Está correta a construção.

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e) O verbo doar apresenta transitividade direta (doar alguma coisa), sendo cabível opronome oblíquo o.

Em r e su m o – p a r a o b j e t o s d ir e t o s, u se o s p r o n om e s o / a / o s/ a s; p a r aob je t os i nd i r e t os , use os p r onom es lhe / l hes , sa l vo nos casos em que só sea ce i t am a s f o r m a s “ a e le ( s ) / a el a ( s ) ” . 

16 - E

Essa questão é praticamente uma aula de regência verbal do verbo a t ende r .

Todos os exemplos apresentados nas opções da questão foram retirados do livro deCelso Pedro Lu f t (obra citada no início da aula).

Sobre a regência do verbo a t ende r :

1. 

o verbo será facultativamente t r ans i t i vo d i r e t o ou t r ans i t i vo i nd i r e t o (nestecaso, regendo a preposição a) nas seguintes acepções:

-  no sentido de dar ou p r es t a r a t enção   – “Atender a um conselho” ( opção a),”Atender uma explicação” (opção a), “O diretor atendeu aos interessados” (opção b); Luft ressalta que, se o complemento for umpronome pessoal referente a PESSOA, só se empregam as formasobjetivas diretas – “O diretor atendeu os interessados ” ou “aos interessados”, mas somente “ O diretor atendeu-os.”. 

-  na acepção de t om ar em conside r ação , cons ide r a r , l eva r em con t a ,t e r e m v i s t a   –  “Atender às condições do mercado.” (opção c);  

-  com sentido de r esponde r  – “Atender ao / o telefone (opção d);

2.  na acepção de conceder uma aud iênc ia   , é transitivo direto e, por isso,possibilita a construção na voz passiva – “Os requerentes foram atendidos pelo 

 juiz ” (opção c );

3.  no sentido de aco lher , de fer i r , t om ar em cons ideração , é transitivo direto – “O diretor atendeu-os no que foi possível ” (opção  b ) ;

4.  no sentido de a t en t a r , r epa r a r  , é transitivo indireto, podendo reger aspreposições a, para, em – “Ninguém atendeu para os primeiros sintomas da doença ” (opção e ).

A única forma i nco r r e t a é “Ninguém se atendeu aos primeiros alarmes de incêndio .”. O sentido é o da letra e (a t en t a r , r epa r a r  ), que, por ser transitivoi nd i r e t o , não admite construção de voz passiva (“Ninguém se atendeu ...”).

17 – I tem I NCORRETO.

ACORDO ORTOGRÁFI CO: O trema deixou de existir, devendo-se, agora, registrar apalavra “consequência”.

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O verbo imp l i ca r , na acepção de acarretar , é transitivo direto, segundo a normaculta. Esta sintaxe foi respeitada no segmento em comento – “a mort e de um idioma implica perda...” .

As expressões “a um país”  e “à humanidade”  são regidos pelo substantivo per da  (“perda .. . a um país e, inclusive, à humanidade” ).

Portanto, a assertiva encontra-se I NCORRETA.

18 – I tem I NCORRETO.

Mais uma vez, a banca tenta confundir o candidato. Ainda que não tenha sido objetoda questão, merece destaque o emprego culto do verbo imp l i ca r , com atransitividade direta (“diferenças sociais que impliquem que...” ).

Afirma o examinador que os três elementos indicados (a diferenças sociais, a que todos, a ela ) estão sendo regidos pelo adjetivo l igada.

Em relação aos dois primeiros, isso é verdade (“não está ligada, pois, a diferenças sociais ..., mas tão-só [ligada] a que todos se submetem...”) . Em virtude de o termoregente ser um adjetivo, temos aí um caso de r egênc ia nom ina l.

Contudo, o terceiro elemento atua como complemento verbal de submet e r : “ . . .todos se submetem  a ela  [a impunidade] como se vestissem roupas muito maiores que as devidas.” . Ao contrário dos demais, esse é um caso de sintaxe de regênc iave r ba l.

Por esse motivo, está i nco r r e t a a assertiva.

19 - B

No período “Outro mito muito em voga é  |  de que a globalização torna a vida das pessoas muito mais instável ”, há duas orações, quais sejam:

•   “Outro mito muito em voga é de” – oração pr inc ipa l  

•   “que a globalização torna a vida das pessoas muito mais instável.” – oraçãosubo r d inada à p r inc ipa l 

A preposição “d e” (sublinhada acima), que antecede a conjunção “qu e”, é exigidapelo substantivo “m i t o ” (mito de alguma coisa ). Contudo, a ausência da repetiçãodesta palavra ou de sua substituição por um pronome acarretou a falha de coesãotextual, acabando por deixar a preposição sozinha, sem termo ao qual pudesse seligar.

Há duas possibilidades de correção e, consequentemente, de classificação da oraçãosubordinada:

1ª possibilidade:

- “Outro mito muito em voga é o  de que a globalização torna a vida das pessoasmuito mais instável.” 

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1ª o r ação - “Outro mito m uito em voga é o d e ”  - o ração pr inc ipa l (o pronome demonstrativo  “ o ”  representa o substantivo “ mit o” e passa a ser o t ermo regente da pr eposição d e ) 

2ª o r ação - “qu e  a globalização torna a vida das pessoas muito mais instável .” -or ação subo r d inada comp le t i va nom ina l (serve de complemento nominal aosubstantivo m i t o)

2ª possibilidade:

- “Outro mito muito em voga é que a globalização torna a vida das pessoas muitomais instável.” 

1ª o r ação - “Outro mito muito em voga é”  - o ração pr inc ipa l (em relação ao 

exemplo anterior, foram retirados o pronome demonstrativo o  e a pr eposição de  )2ª o r ação – “que a globalização torna a vida das pessoas muito mais instável .” - o r ação subo r d inada p r ed ica t i va do su je i t o (com a retirada da preposição,essa oração passa a exercer a função de predicativo do sujeito, em um predicado nominal )

A expressão “é de que”, apresentada na questão, constitui um er r o .

Nas duas próximas questões, teremos mais exemplos de construções como essa.

20 - B

A exemplo do que vimos na questão anterior, a passagem “A  es t ima t i va é de que   metade das empresas não declarou ” apresenta duas possibilidades de correção:

1 – A es t ima t i va é a de que  m e t ade das empr esas não decla r ou .

2 – A es t ima t i va é qu e m e t ade das empr esas não dec lar ou .

Outro erro foi na construção “nos registros da Receita constam em cerca de 40 mil empresas que estariam obrigadas a declarar ”. Não há justificativa para o empregoda preposição em . Na ordem direta, verificamos que “Cerca de 40 mil empresas que estariam obrigadas a declarar ” é o sujeito oracional de “constam nos registros da Receita ”. Há necessidade, portanto, de retirar a preposição em .

Volte, agora, àquela questão da última prova para o TCU, aplicada pela ESAF.

O item e apresenta uma estrutura idêntica à apresentada aqui:A estim ativa é q u e ( 5 ) essas reformas aumentem o PIB do País em 16 bilhões de libras.

A conjunção indicada pelo item (5) inicia uma oração que serve de predicativo dosujeito (que essas reform as aument em o PI B do País... ).

Para completar a série, veremos como o tema foi abordado por outra bancaexaminadora – UnB CESPE.

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21 – I tem I NCORRETO.

Afirma-se que constitui erro a troca de “A minha firme convicção é que”  por “A

minha firme convicção é a de que ”.

Como acabamos de ver, ambas as construções estariam co r r e t as. Na primeira, aoração iniciada pela conjunção q u e exerce a função de predicativo do sujeito (Aconvicção é ISSO ), ao passo que a segunda atua como complemento nominal dopronome demonstrativo (a ) que substitui a palavra conv icção.

Como o examinador afirma que a segunda estaria em desacordo, o item encontra-se i nco r r e t o . A segunda forma está de acordo com a norma culta padrão.

22 – I tem I NCORRETO.A regência de um verbo e seu significado estão interligados. O verbo confer i r podesignificar: 1. a t r i bu i r (A Câmara dos Vereadores conferiu o título de cidadão honorário ao artista.), 2. es tar de acordo (Sua versão para o acidente confere com os relatos das testemunhas.), 3. par t ic ipar de conferênc ia (O médico conferiu com seus colegas .), 4. i m p r i m i r , d a r (Os auditores conferiram um caráter s à investigação .), etc.

Na passagem do texto, o verbo apresenta a primeira acepção (atribuir), devendo sertransitivo direto (O BB adotou medidas que  c o n f e r e m [ a t r i b u e m ]   maior transparência às decisões internas...). Em seguida, o examinador afirma que essaforma verbal possui regência e sentido equivalentes ao verbo na segunda acepção(estar de acordo): Os dados ... con f e r em com  aqueles divulgados pela imprensa –

caso em que o verbo é transitivo indireto, com a preposição com .Está i nco r r e t a tal assertiva.

23 – I tem CORRETO.

Já afirmamos que a transitividade de um verbo só pode ser identificada a partir deseu emprego. Na passagem “que a família ensine a criança ... a saber lidar com dinheiro ”, o verbo ens inar é bitransitivo, ou seja, apresenta simultaneamente umcomplemento direto (a criança ) e outro indireto, antecedido da preposição a (a saber lidar com o dinheiro ).

Portanto, está correta a afirmação de que, no trecho em destaque, o verbo ensinar

rege um complemento com preposição (objeto indireto – a saber lidar com o dinheiro ) e outro sem (a criança ).

Esse verbo é daqueles que admitem dupla possibilidade de regência. A primeiraacabamos de ver: ENSINAR ALGUÉM A (VERBO NO INFINITIVO). A segunda forma éENSINAR ALGO A ALGUÉM. Ambas as construções estariam corretas.

24 - C

Temos, a partir dessas últimas questões, a oportunidade de ver como a FundaçãoCarlos Chagas explora esse ponto do programa.

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Os aspectos de regência passam, necessariamente, pela transitividade de um verbo.Isso você já se cansou de saber.

O verbo t er , na construção “os portos da Amazônia  t êm  um sistema de braços flutuantes” , é transitivo direto (objeto direto é “um sistem a de braços flutuantes ”).

O examinador busca nas opções um verbo que apresente o mesmo tipo decomplemento.

Vamos verificar a transitividade de cada um deles:

(A) i n t r ans i t i vo – Em “choveu menos na Amazônia”, a expressão “na Amazônia” apresenta valor circunstancial de lugar – é um advérbio e, portanto, exerce a funçãosintática de ad jun t o adve r b ia l (já estamos realizando a análise sintática: umadvérbio sempr e exerce a função de adjunto adverbial).

(B) i n t r ans i t i vo – O mesmo ocorre com a expressão adverbial “no início do séculoXX”, que apresenta um valor circunstancial de tempo/momento.

(C) t r ans i t i vo d i r e t o – O objeto direto é “o impacto sobre o ambiente”. ESSA É ARESPOSTA CERTA!

(D) t r ans i t i vo i nd i r e t o – Esse é um emprego clássico de sujeito indeterminado.Como vimos na aula sobre concordância, o sujeito indeterminado se constrói de duasformas: com verbos transitivos indiretos, intransitivos ou de ligação, na 3ª pessoa dosingular acompanhado do índice de indeterminação do sujeito “se”; com verbos dequalquer transitividade, na 3ª pessoa do plural (sem o pronome). Foi apresentada aprimeira forma: “qu e  se t r a t a de   variações médias ao longo de três décadas ” (oobjeto indireto está sublinhado).

(E) Essa foi a opção mais difícil. O verbo t o r n a r , na construção apresentada, alémdo objeto direto (representado pelo pronome “se”), exige também um outro

complemento – o predicativo do objeto direto: “mais relativa ”. Esse é um verbot r ansob je t i vo , que requer dois complementos – objeto direto e predicativo doobjeto direto. Por apresentar, além do objeto direto, um predicativo do objeto, aconstrução não é idêntica à do enunciado, que só possui o primeiro.

25 - E

O verbo em epígrafe é transitivo indireto (precisará de segmentos setoriais  ) . Aconstrução verbal que apresenta idêntica transitividade é a da letra (E) – valem para os advogados .

Vamos analisar a dos demais verbos:

(A) t r ansob je t i vo – objeto direto: “a”; predicativo do objeto direto: “mais rápida”;(B) t r ans i t i vo d i r e t o – objeto direto: “a liberdade dos juízes”;

(C) t r ans i t i vo d i r e t o – objeto direto: “a influência do Executivo”;

(D) verbo de l igação – predicativo do sujeito: “restrita”; complemento nominal(liga-se ao adjetivo “restrita”): “a matérias tributárias”. Este elemento é o termoregido de um adjetivo, sendo, portanto, caso de sintaxe de regênc ia  n o m i n a l .

Essa era a pegad inha da ques tão . Muita gente deve ter marcado essa opçãocomo correta imaginando que o elemento que exerce a função de complementonominal seria objeto indireto – ledo engano! Não foi à toa que a opção correta era aletra (E).

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Aula 7 - CRASE

 “Bom f i l ho _ __ casa t o r na ”

A partir desse adágio, iniciamos a aula sobre crase.

E aí, como você preencheu a lacuna? Com um “a”? Com dois? Um com acento grave?

Afinal, o que é crase? CRASE NÃ O É O ACENTO, CRASE É O FENÔMENO! 

Portanto, rejeitamos a forma “crasear” (arghh....), mesmo já tendo sido registrada nosmelhores dicionários e aceita por professores e gramáticos gabaritados.

Preferimos usar expressões como “colocar o acento grave, indicativo de crase” ou “ocorre crase (fusão)” - essa última você vai ler bastante no nosso encontro de hoje.

Dá-se o nome de crase ao encontro de duas vogais iguais e contíguas.

Na língua portuguesa, só se registram com o acento grave os encontros da preposiçãoa com outro a, que poderá ser um artigo definido feminino, um pronomedemonstrativo ou um pronome relativo.

Ao fim da aula, você verá que esse assunto não é nenhum bicho de sete cabeças.

Vamos seguir o nosso método da simplificação – se tivermos várias regras e uma ououtra exceção, o que fica mais fácil memorizar? O que há em menor número.

Então, vamos ao caso clássico de crase. Mais adiante, veremos alguns casos especiais.

COMO AN ALI SAR A OCORRÊNCI A D E CRASE?

Da mesma forma como você ensina uma criança a atravessar a rua. “Filhinho, você

deve olhar para os dois lados!”. Então aplicamos essa lição à análise de crase –devemos olhar para os dois lados.

TERMO REGENTE + TERMO REGI DO

De um lado, há um t e r m o r e g e n t e , que pode ou não exigir uma preposição (e, nestaaula, só nos interessa a preposição a).

Do outro lado, há um t e r mo r eg ido , que pode aceitar ou não um artigo definidofeminino. Nessa posição de “termo regido” também pode existir um pronomedemonstrativo a( s ) , aque le ( s ) , aque la ( s ) ou aqu i l o , um pronome relativo aq u a l / a s q u a i s.

Se houver o encontro da preposição a com o outro a, OCORRE A CRASE: os dois viramum só “a” e recebem o acento grave (`) para indicar essa fusão: à. 

Ve ja o qu adro ex p l ica t ivo d o caso cláss ico de c rase.

Preposição A +

ARTIGO DEFINIDO A / AS = à / às

PRONOMEDEMONSTRATIVO

A / AS = à / às 

AQUELE (S) = àque le ( s )

AQUELA (S) = àque la ( s )

AQUILO = aqu i l o

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2

PRONOME RELATIVOA QUAL / AS QUAIS = à qua l /  

às qua is

Voltando ao ditado que encabeça o nosso estudo de hoje, antes de qualquer coisa,ajuda (e muito!) construir a oração na ordem direta (SUJEITO + VERBO +COMPLEMENTOS): “Bom f i lho t o rn a . .. casa.”.

De um lado, o termo regente (verbo t o r n a r , que tem o mesmo sentido e regência doverbo r e t o r na r ) exige a preposição a (“ Alguém torna / retorna a algum lugar .”).

Do outro lado, o termo regido é “casa”, no sentido de lar, não recebe oacompanhamento do artigo.

Note que você costuma dizer “quando eu for para casa”, “saí de casa” ou “fiquei em

casa”, sempre sem o artigo antes da palavra “casa”. Esse vocábulo só aceita artigo quando identificado como a casa de alguém (“Nuncamais piso na casa da minha sogra!”), ou seja, quando a palavra casa estiverDETERMINADA. 

De volta à análise – de um lado, o termo regente exige a preposição. De outro, otermo regido não acei t a o a r t i go d e f i n ido .

Há, portanto, a ocorrência de apenas u m  “ a ” , que é a preposição exigida pelo termoregente, não ocorrendo crase. Por isso, a construção correta é “bom filho a casatorna”, sem acento grave.

Em resumo: só haverá crase (fusão) se houver dois “as”, isto é, SIMULTANEAMENTE otermo regente exigir a preposição a e o termo regido:

-  for o pronome demonstrativo a( s ) , aque le( s ) , aque la( s ) , aqu i l o ; 

-  for o pronome relativo a q u a l / a s qu a i s;  

-  admitir artigo definido feminino (singular ou plural): a ( s ) .

B I Z U: Para ter certeza de que a palavra admite o artigo definido feminino, construauma frase em que essa palavra seja o sujeito e verifique a possibilidade de colocar oartigo antes dela.

1 . Eu me dirijo ____ menina.

2 . Eu me dirijo ____ esta menina.

3 . Eu me dirijo ____ você

Resolução:

Em todas as orações, o termo regente é o verbo DIRIGIR-SE. Ele exige a preposição a( Alguém se dirige a  alguém). Por isso, nas três ocorrências, existe a preposição a .

Para que ocorra crase, é necessário haver outro a, que, neste caso, pode ser um artigodefinido feminino. Vamos verificar:

Exem p lo 1 : O termo regido é m e n i n a . Esta palavra pode, como sujeito, ser precedidade um artigo definido feminino (A m e n i n a  está linda). Assim, o termo regido a d m i t e  

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o artigo definido feminino antes de si. Como o termo regente exige preposição a e otermo regido admite o artigo definido feminino a , ocorre crase.

1 .   Eu me dirijo à m e n i n a  .

Exemp lo 2 : O termo regido, agora, vem precedido de um pronome demonstrativo:esta menina. Na função de sujeito, a expressão não adm i t e o a r t i go de f i n idof e m i n i n o. Você nunca diria “A es ta  menina está linda.”. Então, não podemos colocarum artigo definido feminino antes do termo regido. Em virtude disso, não ocorre crasee o “a” não recebe acento grave.

2 .   Eu me dirijo a est a m en ina  .

Exem p lo 3 : Desta vez, a palavra escolhida é “você”. Não seria possível usar o artigofeminino antes desse pronome de tratamento. Como sujeito, duvido que você dissesse “A você está linda hoje”. Como não há artigo, não ocorre crase antes de “você”.

3 .   Eu me dirijo a você .

A partir da compreensão desses conceitos, evitamos aquela “decoreba” de listas e maislistas de casos de ocorrência (ou, mais precisamente, de não ocorrência) de crase,como:

  an t es de pa lav r a mascu l i na - é lógico que não há crase, uma vez quepalavra masculina não admite artigo definido f e m i n i n o antes de si;

  an t es de ve r bo - um verbo não pode ser antecedido de artigo definidofeminino; mesmo quando substantivado, recebe o artigo mascu l i no e nãofeminino – “o ranger”, “o regressar”; por isso, não poderia ocorrer crase;

  an t es de p r onomes em ge r a l - com exceção dos pronomes possessivos (queveremos adiante, nos casos especiais) e de alguns poucos pronomes indefinidos(mesmas, outras), os p r onomes não adm i t em a r t i go de f i n ido f em in inoantes de s i – observe o caso do pronome demonstrativo “essa” no exemploapresentado;

  an t es de subs t an t i vos em sen t ido vago , gené r i co - por serem vagos,genéricos, como no exemplo do adágio, esses substantivos não admitem artigodefinido feminino;

  em expressões de pa lavras repet idas (cara a cara, d ia a d ia, boca a boca ) – nesses casos, há apenas uma preposição ligando dois substantivosgenéricos que formam uma expressão. Se faltar o artigo antes do primeiroelemento, também faltará antes do segundo.

CASOS ESPECI AI S DE EMPREGO DO A CENTO GRAVE

Existem alguns casos em que o “a” recebe o acento grave (à) mesmo não havendoesse encontro de dois “as”. Outros de “faculdade” da crase.

São os chamados casos especia is.

Há acento grave:

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  em locuções f em in inas, sejam elas adverbiais (à força, à vista), adjetivas (àfantasia, à toa), conjuntivas (à medida que, à proporção que) ou prepositivas (àespera de, à procura de).

Neste ponto, encontramos posições doutrinárias contrárias. Alguns gramáticosconsagrados só admitem o acento grave quando houver algum risco deambiguidade (Recebeu a bala ≠ Recebeu à bala, Ele cheira a gasolina = aspirao combustível  ≠ Ele cheira à gasolina = fede a combustível ), outrosdesaconselham em locuções adverbiais de instrumento (escrever a máquina).Contudo, em provas de concursos, já encontramos questões que exigiramacento grave em locuções adverbiais femininas. Por isso, nada melhor, na horada prova, do que bom senso. Veja todas as opções antes de indicar “certo ouerrado”; 

  d ian t e de m ascu l i no , em qu e est e ja suben t end ida a exp r essão “ à mod a

d e ” , “ à m a n e i r a d e” (“Ele escrevia à Machado de Assis.”, “O artilheiro fez umgol à Romário.”).

Cuidado: em “bife a cavalo” ou em “frango a passarinho”  não es t ásubentend ida essa expressão (não é à maneira do cavalo ou ao modo dopassarinho) e, por isso, não leva acento.

Não há acento grave: 

  pa lavras genér icas como casa, no sentido de lar (já mencionado no inícioda aula); terra, contrário de “a bordo”  (Tão logo o navio aportou, desci aterra.); ou indicação de distância não determinada. Esse último pontotambém é um pouco polêmico. Celso Luft, considerando tratar-se de umal ocução adve r b ia l f em in ina , aceita o acento grave mesmo sem indicação

da distância. Em prova, tenha em mente a posição majoritária (semacento), devendo verificar as demais opções.

Pode haver acento grave:

  e m t o p ô n i m o s (logicamente femininos), ou seja, nomes dos lugares, adepender do emprego do artigo antes deles. Na aula sobre concordância, jáfalamos sobre isso (caso 7.a da Aula 5 – Concordância parte 2). Se usamosartigo antes do nome, havendo preposição a antes dele, ocorrerá crase.Para ter certeza desse emprego do artigo, uma DICA é empregar otopônimo com o verbo m o r a r . Veja:

Bahia – esse lugar aceita artigo (Eu m ore i na Bah ia  ). Então, por exemplo,com o verbo i r , que rege a preposição a, ocorre crase: Ele fo i à Bah ia.

Brasí l ia – vamos ao teste: Eu more i em Bras í l ia  . Então, não usamosartigo antes desse topônimo: Ele fo i a Brasí l ia .

Quando determinado de alguma outra forma (adjetivo ou locução adjetiva),usa-se artigo e, necessariamente, haverá crase no encontro da preposiçãoa: Ele fo i à Bras íl ia do m ensa lão. 

Faça o teste agora e preencha a lacuna: Ele foi ___ Roma e não viu o Papa.

E aí? Como fica? Para desvendar esse mistério, use o verbo m o r a r : Elemorou em  Roma  não foi usado artigo definido. Então, não há crase: Elefoi a  Roma e não viu o Papa. 

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  com nomes p r óp r ios (femininos, é claro!)– o emprego do artigo antes denomes próprios depende de diversos fatores – regionalismo (em algunslugares, não se usa artigo antes de nomes das pessoas – Fui à casa d e Fulana), intimidade que se tem com a pessoa - por isso, em referência apessoas ilustres, não se emprega o acento, por não se usar artigo definido(Li o livro de Raquel de Queiroz – Eu me refiro a Raquel de Queiroz) 

Os dois próximos casos especiais são chamados por alguns de “emprego facultativo doacento grave”. Vamos analisá-los para compreender onde reside essa “faculdade”:

  pronomes possess ivos – esses pronomes admitem o artigo definido antesde si. Se estivesse na função de sujeito, poderíamos empregar o artigodefinido ou não: “Minha mesa   está suja” ou “A m i n h a m e sa   está suja”.Por isso, se o termo regente exigir a preposição a e se deseje empregar opronome possessivo com   ar t i go , haverá crase (preposição a + artigodefinido feminino + possessivo = à sua – “Refiro-me à sua professora.” );em se escolhendo não colocar o artigo antes do possessivo, haverá somentea preposição e, por isso, não haverá a ocorrência de crase (preposição a +possessivo = a sua - “Refiro-me a sua professora.” ). Não obstante algunsautores chamarem de “um caso facultativo de crase”, o que ocorre, naverdade, é o uso opcional do artigo definido feminino antes do pronomepossessivo;

N o en t an t o , oco r r endo a om issão do subs t an t i vo que acompanha opron om e possess ivo , a acentu ação é obr iga t ór ia !

Refiro a/à sua professora [facultativo], e não à m i n h a  [obrigatório].

Ele deu instruções a/à sua secretária [facultativo] e à m i n h a  [obrigatório]. 

Alguns gramáticos, como Cegalla e Sacconi, rejeitam o artigo antes denomes de parentesco precedidos de possessivos. Segundo eles, o corretoseria “Refiro-me a m i n h a   mãe”. No entanto, já houve questões de provaem que a banca examinadora não faz essa distinção, tratando os nomes deparentesco do mesmo modo que os demais casos de pronome possessivo –artigo definido facultativo e, consequentemente, crase facultativa. Umadessas questões será comentada em nosso material, ao fim da aula.

  com a l ocução p r eposi t i va “ a t é a ” (que é a junção das duas preposições:até + a). Havendo um termo regido que admita o artigo definido (“Aentrada de sua casa é ali.”), haverá crase (até a + a = até à – “Andei até àentrada de sua casa.” ). Essa locução prepositiva equivale à preposição “até”, que, quando usada na forma simples, não leva à fusão de dois ‘as’,pois só existe um – o artigo (até + a = até a - “Andei até a  entrada de suacasa.” ). Em resumo, no primeiro exemplo, havia a contração da locuçãoprepositiva a t e a com o artigo a ( a t é à ) ; no segundo, o encontro dapreposição at é com o artigo a ( a t é a ) . Por isso, alguns falamsimplesmente que, com a preposição “até”, a crase é facultativa. Naverdade, o que é facultativo é o uso da locução prepositiva “até a” ou dapreposição simples “até” – com a primeira, haverá crase (a t é à); comsegunda, não (até a).

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Você verá, nos exercícios de fixação, que a maior parte das questões de prova quetratam de crase envolvem o esquema “TERMO REGENTE + TERMO REGIDO” (casoclássico). Nesses casos, nunca se esqueça de olhar para os dois lados antes deresolver uma questão de crase! Você pode ser atropelado pela banca examinadora!(rs...)

Então, vamos às questões!

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QUESTÕES DE FI XA ÇÃO 

0 1 - ( N CE U FR J / Guar da Mun ic ipa l / 2002 )

Marque a opção que atende às normas gramaticais vigentes.

a) Encaminhei os documentos perdidos as autoridades competentes;

b) Encaminhei os documentos perdido as competentes autoridades;

c) Encaminhei os documentos perdidos às autoridades competentes;

d) Encaminhei os documentos perdidos as competentes autoridades;

e) Encaminhei os documentos perdidos a autoridades competente.

0 2 - ( NCE UFRJ / TRE RJ Aux i l ia r Jud ic iá r io / 200 1)....por que enviar à forca....; o acento grave indicativo da crase, nesse caso, marca:

a) a união do pronome demonstrativo A com o artigo definido A;

b) a contração de A regido pelo verbo com o artigo do substantivo seguinte;

c) a presença de um adjunto adverbial;

d) a presença de uma locução adverbial com palavra feminina;

e) a presença de uma locução prepositiva com palavra feminina.

0 3 - ( N CE U FR J/ AN TT / 2005 )

Assinale a opção que corresponde à melhor redação, considerando correção, clareza econcisão.

(A) A parada o autorizava à cobrar um novo preço;

(B) A parada lhe autorizava de cobrar um novo preço;

(C) A parada o autorizava de cobrar um novo preço;

(D) A parada o autorizava a cobrar um novo preço;

(E) A parada lhe autorizava a cobrar um novo preço.

0 4 - ( ESAF/ AFPS/ 2002  )Identifique o item sublinhado que contenha er r o de natureza ortográfica ougramatical, ou impropriedade vocabular.

Fala-se(A) com arroubo(B) sobre os inesgotáveis recursos de novas tecnologias, comoo vídeo ou a realidade virtual, mas qualquer reflexão à respeito do(C) invariavelmenteorbita(D) em torno da matéria-prima(E) desta página – o texto.

(Paul Saffo, com adaptações)

a) A

b) B

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c) C

d) De) E

0 5 - ( FCC / AFTE PB / 2006 )

Em relação aos aspectos gramaticais, julgue a assertiva abaixo:

•  Apenas 20% dos deputados estão dispostos à respeitar as conclusões dosrelatores dos processos.

0 6 - ( FCC / MPE PE – Técn ico / 200 6)

O acesso ...... mercados externos por boa parte dos produtores que passaram ......usar novas tecnologias, aconteceu devido também ...... qualidade das sementes.

As lacunas da frase apresentada estão corretamente preenchidas, respectivamente,por

(A) a - à - à

(B) a - a - à

(C) à - à - à

(D) a - a - a

(E) à - a - a

0 7 - ( FCC / TRE P I / 2002 )

Diga ...... ela que esteja aqui ...... uma hora para conversarmos ...... respeito doprojeto.

(A) a - a - à

(B) a - à - a

(C) à - a - à

(D) à - à - a

(E) à - à - à

0 8 - ( ESAF/ ACE/ 2002)

Marque o item sublinhado que represente impropriedade vocabular, erro gramatical ouortográfico.

A democracia, segundo Aristóteles, é forma de governo. Esse entendimento milenar(A)assim se conservou entre os publicistas(B) romanos e os teólogos da Idade Média. Nãodiscreparam(C) também do juízo aristotélico pensadores políticos do tomo(D) deMontesquieu e Rousseau, presos as heranças(E) clássicas.

(Baseado em Paulo Bonavides)

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a) A

b) Bc) C

d) D

e) E

0 9 - ( U nB CESPE/ Banco do Br asi l / 2002 )

O ano de 2001 caracterizou-se por grandes desafios para a economia brasileira,que levaram a mudanças substanciais na formação de expectativas quanto aodesempenho das principais variáveis econômicas.

Em relação ao trecho acima, julgue a assertiva.  O uso do sinal indicativo de crase em “levaram a mudanças” (R.2) é facultativo,

porque “mudanças” está no plural.

1 0 - ( U nB CESPE/ Banco do Br asi l / 2002 )

 A Venezuela, como a Argentina, ainda que de maneira distinta, recebe as duraslições de adaptações malsucedidas ao dilema entre a valorização do interno e aincorporação dos valores externos. A presidência de Hugo Chávez, nos últimosanos, expunha a fratura a que, estruturalmente, está submetida a AméricaLatina, inclusive o Brasil. A tensão entre a administração para os de dentro,especialmente aqueles menos favorecidos pelo modelo de inserção aberta e

liberal, e o agrado aos centros internacionais de poder, especialmente àque les   que hegemonizam as relações internacionais do presente, levou ao descompassosocial e político a que chegou a Venezuela.

Relativamente ao texto e ao assunto nele tratado, julgue o item seguinte.

•  O sinal indicativo de crase em “àqueles” indica que ocorre aí uma preposição, a,por exigência do substantivo “agrado”, segundo as regras de regência da normaculta.

1 1 - ( UNB CESPE/ CEF/ 200 2)

 As carteiras Hipotecária e de Cobrança e Pagamentos surgiram em 1934, durante

o governo Vargas, quando tiveram início as operações de crédito comercial econsignação. As loterias federais começaram a ser gerenciadas pela CAIXA em1961, representando um importante passo na execução dos programas sociais dogoverno, já que parte da arrecadação é destinada à seguridade social, ao FundoNacional de Cultura, ao Programa de Crédito Educativo e a entidades de práticaesportiva.

Considerando o texto acima, julgue o item que se segue.

•  Caso se reescrevesse o trecho "a entidades de prática esportiva" (1.10-11) como àen t idades de p r á t i ca despo r t i va, o período permaneceria de acordo com anorma culta da língua portuguesa.

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1 2 - ( FU N DEC / TR T 2 ª R eg ião / 2003 )No enunciado “os serviços essenciais à população” (linhas 41-42), é obrigatório oemprego do acento para marcar a crase. Nas alterações do enunciado feitas abaixodispensa-se o acento por não haver a crase. Numa das alterações, entretanto, pode-seusar o acento por se tratar de um caso de crase facultativa. Esta alteração está naopção:

A) os serviços essenciais a essa população;

B) os serviços essenciais a toda e qualquer população;

C) os serviços essenciais a uma população ansiosa por melhorias;

D) os serviços essenciais a quase toda a população;

E) os serviços essenciais a nossa população.

1 3 - ( N CE U FRJ / I N CR A / 2005 )

A alternativa em que o acento grave indicativo da crase é optativo é:

(A) Entreguei-o à minha mãe;

(B) Entreguei-o àquela mulher;

(C) Entreguei-o à elegante atriz;

(D) Entreguei-o à polícia;

(E) Entreguei-o à mesma funcionária.

1 4 - ( Fundação João Gou la r t / Engenhe i r o Civ i l / 2004 )

Dentre as frases abaixo, a que apresenta sinal indicador da crase i ndev ido é:

A) Estas teses sobre a ilusão, à primeira vista, nada acrescentam ao que já se lê nosestudos antigos.

B) À terapia convencional preferem os médicos novas condutas que combatam asilusões patológicas.

C) Minha experiência revela que à ilusão não se pode combater senão com otratamento psicológico.

D) A referência a doenças mentais ligadas às ilusões marcou o congresso de medicinado mês passado.

1 5 - ( U nB CESPE / Banco do Br as i l / 2003 )

Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante alei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade,votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não assegurama democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação doindivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo,

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à saúde, a uma velhice tranqüila. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais.

 Jaime Pinsky. História da cidadania. (Org. Contexto 2003).

Considerando o texto acima e a atualidade brasileira, julgue o item seguinte.

•  Constitui uma estrutura alternativa e também correta para o primeiro período dotexto o trecho Ser c idadão é te r d i re i to a v ida , l iberdade, p ropr iedade,igua ldade pe r an t e a l e i : é , em r esumo, t e r d i r e i t os c iv i s  .

1 6 - ( UnB CESPE/ DEFENSOR/ 20 04 )  

Não temos dado muita atenção a uma de nossas mais importantes riquezasnacionais. Trata-se de nosso patrimônio lingüístico. Exatamente as línguas ouidiomas e dialetos falados em nosso país. Qual é a situação atual e importância? Há proteção legal para eles? É o que tentaremos analisar.

A respeito da organização do texto acima, julgue o seguinte item.

•  Na linha 1, é gramaticalmente opcional o emprego do sinal indicativo de crase em “a”, mas seu uso tornaria o sentido de “atenção” menos genérico e maisespecificamente direcionado para “riquezas nacionais” (R.2).

1 7 - ( UnB CESPE/ SMF Maceió / 200 3)

FHC recua e t i ra “ superpod eres” da Rece i ta

O presidente Fernando Henrique Cardoso alterou ontem o decreto que facilitava oacesso da Receita Federal a dados bancários protegidos por sigilo e desobrigou os

bancos de informarem ao órgão as movimentações mensais superiores a R$ 5 mil, no caso de pessoas físicas, e a R$ 10 mil, no caso de empresas.

A respeito da organização do texto acima, julgue o seguinte item.

•  Na expressão “a dados bancários”, caso o vocábulo “dados” fosse substituído porinformações, seria necessário não somente o ajuste na concordância com “bancários” e “protegidos”, na linha 2, mas também o emprego do sinal indicativode crase no “a” que antecede a expressão.

1 8 - ( FCC/ CEAL Advogado / 2005  )

Quanto à necessidade ou não do uso do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:

(A) Reportamo-nos à inexperiência de um cidadão comum quando é candidato a umposto público, mas somos propensos à rejeitar a candidatura de um políticoprofissional.

(B) O culto às aparências é um sintoma da vida moderna, uma vez que à elas nosprendemos todos, em nossa vida comum.

(C) É a gente que cabe identificar os preconceitos, sobretudo os que afetam àquelesartistas e profissionais que dão graça à nossa vida.

(D) Assistimos à exibição descarada de preconceitos, que tantos dissabores causam aspessoas, vítimas próximas ou à distância de nós.

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(E)  Àqueles que alimentam um preconceito é inútil recomendar desprendimento, poiseste se reserva às pessoas generosas.

1 9 - ( FUNDEC / PRODERJ / 200 2)

No trecho “Do décimo andar à rua” (linha 15), foi usado adequadamente o acentoindicativo da crase. O mesmo NÃO ocorre na frase:

A) Há muito não se assistia à peças com tanto senso crítico com estas.

B) Chegando-se à varanda, era possível admirar a paisagem.

C) Do Leblon a Ipanema e de Jacarepaguá à Barra, todas as vias expressa estavamengarrafadas.

D) O povo referia-se às nossas praias como redutos de esgoto e mau cheiro.

E) As ondas dirigiam-se à direita e à esquerda do palanque sobre a areia.

2 0 –  ( ESAF/ Técn ico ANEEL / Abr i l 20 06 )

Julgue a correção da alteração proposta em relação ao texto abaixo.

Não é a violência nem as da economia e muito menos a saúde. A maior preocupaçãodo brasileiro é o trabalho. A conclusão é resultado de uma consulta realizada com 23,5 mil pessoas de 42 países. Num suposto ranking mundial de pessimismo em relação àsoportunidades de trabalho, o brasileiro apareceria nas primeiras posições. Na médiaglobal, o emprego seguro é citado por 21% dos entrevistados, ficando em segundolugar entre as preocupações de curto prazo, depois da economia.

(Adaptado da Folha de São Paulo, 19 de fevereiro de 2006)

  Retirar o artigo definido antes de “oportunidades”(l.4), escrevendo apenas à.

2 1 - ( ESAF/ Ana l i st a AN EEL/ Ab r i l 200 6 )

Indique a opção que preenche com correção as lacunas numeradas no texto abaixo.

A colonização jamais correspondeu, entre nós, ...(1)... necessidades do trabalho;correspondeu sempre, sim, ...(2)... necessidade da produção, ou, mais realmente ànecessidade das colheitas, isto é, ...(3)... necessidades de dinheiro pronto e dedinheiro fácil, que é o que sustenta as culturas, nas regiões onde se encontram

colonos. No dia em que se abrir guerra ...(4)... ociosidade e se oferecerem garantias...(5)... gente do campo, afluirá para o trabalho remunerado grande parte dapopulação, hoje mantida ........(6)................... da bondade alheia.

( Adaptado de Alberto Torres, “As fontes da vida no Brasil”. Rio, 1915, p. 47 )

(1) (2) (3) (4) (5) (6)

a) às a às a a a custas da

b) às à as à a às custas da

c) as à as a à a custas da

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d) a a às à a a custa da

e) a à às à à à custa da

2 2 - ( FCC/ TRT 22ª Reg ião / 2004 )

Os dados comprovam que, de janeiro ...... julho deste ano, houve aumento naprodução de veículos, em comparação com ...... obtida no ano passado. Asmontadoras passaram ...... exportar uma parte dessa produção.

As lacunas da frase acima devem ser corretamente preenchidas por

(A) a - a - a

(B) à - à - a

(C) à - a - à

(D) a - à - a

(E) a - à - à

2 3 - ( FCC / TRF 4 – Técn ico Jud ic iá r io / 200 7 )

Os elefantes apresentam necessidades parecidas com ...... dos seres humanos e, paraoferecer ...... eles os cuidados exigidos, os especialistas têm recorrido até mesmo ......táticas inovadoras.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por

(A) as − a − à

(B) as − a − a

(C) as − à − à

(D) às − à − a

(E) às − a − a

2 4 -  ( FCC / TRF 4 – Ana l is ta Jud ic iá r io / 200 7 )  

Quanto à observância da necessidade do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:

(A) Voltam-me à memória os romances a que me dediquei como jovem leitor, bemcomo os filmes a que assisti com tanto prazer.

(B) Se à princípio os jovens demonstram pouco interesse pelas ficções, o contínuoestímulo a elas pode reverter esse quadro.

(C) Quem se entrega à boa leitura pode avaliar sua inestimável contribuição à umavida interior mais rica e mais profunda.

(D) Ao se referir à ficção de “O Caçador de Pipas”, o autor tomou-a como exemploessencial a argumentação que desenvolvia.

(E) Os que se dedicam à cultivar a boa literatura sabem o quanto é difícil dotar aspalavras de um sentido verdadeiramente essencial.

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2 5 - ( ESAF/ Agen t e Tr ibu t á r io - P iau í / 2001 )Assinale a opção que corresponde a erro.

Desde o início de janeiro, quando foi sancionada a lei que permite ao(1) Executivousar os dados da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) nasinvestigações, o Fisco está apto a(2) ajudar o INSS nas investigações das entidadesfilantrópicas. As informações sobre a CPMF são enviadas a Recei ta(3) pelasinstituições financeiras trimestralmente. Com esse(4) instrumento, é possível verificarse há distorções muito grandes entre o faturamento da entidade e a suamovimentação financeira. Nos casos e m q u e(5) o programa de informática que faz ocruzamento de dados para o Fisco apontar discrepância, a fiscalização poderá seriniciada.

(Adaptado de Simone Cavalcanti, www.estadao.com.br - 6/2/2001 )a) 1

b) 2

c) 3

d) 4

e) 5

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GABARI TOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FI XAÇÃO 

01 – C

Para não perder o hábito, a primeira questão é simples. Trata-se de um caso clássicode crase. Olhe para os dois lados:

- termo regente: verbo encam inha r ( Alguém encaminha algo a  alguém) – o verbo étransitivo direto e indireto e rege a preposição a.

- termo regido: autoridades competentes – esse elemento aceita o emprego de artigodefinido feminino: As autoridades competentes receberam os documentos. 

De um lado, temos uma preposição a; de outro, o artigo definido feminino plural as:OCORRE CRASE!

A posição do adjetivo “competentes” não iria influenciar nossa análise, pois o termoregido é, nesse caso, o substantivo au t o r idades.

Assim, a construção correta é: Encaminhei os documentos perdidos às autoridadescompetentes. 

02 – B

Para começar, ocorre crase a partir da união da PREPOSIÇÃO A com outro elemento,que pode ser o artigo definido feminino a/ as, os pronomes demonstrativosa ( s ) / a qu e le ( s) / a q ue la ( s) / a q ui lo ou os pronomes relativos a q u al / a s q u a i s.

Não há possibilidade de contração de um pronome demonstrativo com um artigo,como sugere a opção a .

Vamos olhar para os dois lados:

- termo regente: o verbo env iar , que exige a preposição a (Alguém envia algumacoisa a alguém ou a algum lugar);

- termo regido: o substantivo feminino f o r ca, que admite o artigo definido feminino (Aforca foi usada para matar Tiradentes).

OCORRE CRASE!

A justificativa para o emprego do acento grave está indicada na opção b .

03 – D

Como vimos na aula anterior, o verbo au t o r i za r é um daqueles que apresentam duplapossibilidade de regência: posso autorizar alguma coisa a alguém ou autorizar alguéma  (fazer) alguma coisa (normalmente, um verbo no infinitivo).

Então, de acordo com a primeira possibilidade, a construção seria:  A parada lheautorizava (lhe = objeto indireto) cobrar um novo preço (objeto direto sob a formaoracional). 

Construindo-se da segunda forma, seria: A parada o autorizava (o = objeto direto) acobrar um novo preço. 

Vamos, agora, verificar a ocorrência da crase:

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- termo regente: verbo au t o r i za r , que exige a preposição a;

- termo regido: a oração reduzida de infinitivo cob r a r um novo p r eço  .Antes de verbo, não podemos empregar um artigo definido feminino. Assim, a únicaocorrência de “a” é a preposição exigida pelo termo regente. Não há c rase! 

A construção correta é: A parada o autorizava a cobrar um novo preço.

Essa questão foi objeto de comentário na aula anterior. Resolvemos comentá-latambém nesse encontro para que você observe uma ocorrência muito comum de erro:acento grave antes de verbo no infinitivo.

Isso pode ser observado, também, em expressões como a pa r t i r de, locuçãoprepositiva cujo elemento principal é um verbo. Nesse caso, não se coloca acentograve. As locuções prepositivas que recebem acento, independentemente daverificação desse esquema TERMO REGENTE X TERMO REGIDO, são as locuçõesFEMI N I N AS.

Esse é o nosso próximo assunto.

04 – C 

Essa questão trata de um dos casos especia is – locuções femininas; sejam elasadverbiais, prepositivas, adjetivas ou conjuntivas, recebem acento graveindependentemente do esquema TERMO REGENTE x TERMO REGIDO.

Acentuam-se as locuções f em in inas . A locução prepositiva “a respe i to de” tem emseu núcleo um substantivo mascu l i no, não sendo, portanto, acentuada – “a respeitode” .

Estão corretos os demais itens, cabendo comentários em relação aos seguintes:

(B) arroubo = êxtase, encanto;

(D) orbita = conjugação do verbo o r b i t a r = g i r a r (eu orbito, tu orbitas, ele orbita...)– sentido conotativo de g i r a r  .

Além do erro de crase na locução prepositiva (C), parece que faltou algum elementoregido por ela na sequência: “mas qualquer reflexão à respeito do (... ? ...)invariavelmente orbita em torno da matéria-prima desta página – o texto”. Pergunta-se: reflexão a respeito do quê? Ficou faltando algo, causando prejuízo na coesãotextual e, por consequência, em sua coerência.

05 – I t em I NCORRETO

Esse tipo de erro, como já mencionamos, é muito comum em provas. Antes de verbo,não pode haver crase por inexistir um artigo definido feminino que se contraia com apreposição porventura exigida pelo termo regente.

Assim, a única coisa que existe ali é a preposição a, exigência da regência nominal doadjetivo d ispos to ( Alguém está disposto a  alguma coisa).

06 – B

Agora deve ter ficado bem mais fácil.

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Vamos analisar cada um das lacunas.

1 ª l a cu n a :

- termo regente: acesso ( Alguém tem acesso a  alguma coisa/algum lugar ). A palavraexige a preposição a;

- termo regido: mer cados ex t e r nos. Essa expressão não admite um artigo definidofeminino. No máximo, masculino plural. Assim, não poderia ocorrer crase – o único “a” é a preposição.

O acesso a m ercados ex t ernos . . .

2 ª l a cu n a : 

- termo regente: verbo auxiliar modal passar . Falei grego? O que é mesmo um verboauxiliar modal? Bem, um verbo auxiliar faz parte de uma locução verbal (ainda lembra,não é? VERBO AUXILIAR + VERBO PRINCIPAL).

Esse tipo de verbo auxiliar (chamado de m o d a l  ) emprega ao verbo principal umatributo, como em  passar a usar , em que se exprime a mudança de ação (eles passaram a usar novas tecnologias), que não poderia ser alcançado somente com oemprego das construções “normais”.

No meio de uma locução verbal, pode haver uma preposição (cheguei  a  comentar,estou a  sair, acabo de  saber ).

Assim, o termo regente (verbo auxiliar de uma locução) exige a preposição a;

- termo regido: o verbo principal da mesma locução.

Assim, em resumo, no meio de uma locução verbal, só há espaço para umapreposição, pura e simples. Não pode haver um artigo definido que justifique a crase.

. .. por boa par te dos prod uto res que passaram a usar novas tecno log ias . .. 

3 ª l a cu n a :

Voltamos ao caso clássico.

- termo regente: a locução prepositiva dev ido a.

A locução prepositiva “devido a” tem origem na forma participial adjetiva do verbodever (devido).

Vamos ape r t a r a t ec la SAP: como ass im “ f o r ma pa r t i c i p ia l ad je t i va ” ?   Vimosque o particípio é uma forma nominal que, muitas vezes, exerce a função que seriaprópria de um adjetivo, lembra? “Roupa lavada (adjetivo / particípio do verbo lavar)”, “cabelo penteado (adjetivo / particípio do verbo pentear)” 

Na função adjetiva, a palavra “devido” (adjetivo, cuja origem é o particípio do verbodever) concorda em gênero e número com o substantivo correspondente e rege apreposição a:

  “Sua ausência dev ida   a  problemas de saúde foi notada.” 

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  “Muitos acidentes dev idos   à  falta de prudência dos motoristas são registradosnas estradas brasileiras.”.

Apesar de condenada por diversos puristas, que acham que essa palavra só deve serempregada na função adjetiva, a forma prepositiva “dev ido a” é abonada por ilustrescomo Celso Luft, sendo constantemente apresentada em questões de prova.

Quando usado na locução prepositiva (dev ido a  ), o vocábulo “devido” não se flexiona(pertence ao conjunto de palavras invariáveis, lá dos “primórdios” do nosso curso) –equivalente a “por causa de” - “Dev ido aos   problemas de saúde, ela não veio.”, “Muitos acidentes ocorrem dev ido à  falta de prudência dos motoristas.”.

A preposição a, que faz parte da locução prepositiva, poderá se contrair ao artigosubsequente, no esquema “termo regente – termo regido”.

Vejamos, então, qual o termo regido:

- termo regido: qua l i dade das semen t es. Essa expressão admite o artigo definidoantes de si. Se estivesse na posição de sujeito, poderíamos ter, por exemplo:  Aqualidade das sementes tem trazido bons resultados à safra deste ano. 

De um lado, então, temos a locução prepositiva dev ido a, que apresenta em seucorpo a preposição a. De outro lado, temos um vocábulo que admite artigo definidofeminino. Pronto! Ocorreu crase!

. .. aconteceu dev ido tam bém à qua l id ade das sement es  .

A ordem correta é, portanto: a / a / à - opção B. 

07 – B

Novamente, temos uma questão de lacunas.

Nas provas, esse tema pode ser explorado em questões assim ou naquelas em que seexige todo tipo de conhecimento gramatical (concordância, regência, ortografia).

1 ª l a cu n a :

- termo regente: o verbo d izer , que, na construção, é bitransitivo (Dizer algo aalguém). Complementam o verbo um objeto direto (a oração que se segue) e umobjeto indireto, regido pela preposição a.

- termo regido: o pronome pessoal ela. Esse pronome não admite artigo definidofeminino antes de si (Ela está linda, e não “ A ela está linda” ). Assim, a única coisa quevai aparecer antes dele é a preposição, exigida pelo verbo.

Diga a e la . . .

2 ª l a cu n a :

A expressão que será apresentada a seguir tem valor adverbial. Indica o momento emque a pessoa deve estar em algum lugar. Na indicação de hora certa, usa-sepreposição. Na dúvida, uma boa saída é a troca do feminino pelo masculino, sempre.Em vez de “uma hora”, vamos colocar “meio-dia”.

“Diga a ela que esteja aqui ao me io - d ia  ...” 

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Opa! Se eu empreguei “ao”, já fico sabendo que, antes da expressão adverbial queindica horas, existe um artigo definido. Da mesma forma que uso “ao meio dia” (a+o),posso usar “às duas horas, às dez horas ou à uma hora” (a+a).

O que causa certo mal-estar é a proximidade do “a” acentuado com o “uma”. Note,contudo, que esse vocábulo (“uma”) é um n u m e r a l , e não um artigo indefinido. Porisso, está certíssima a colocação de um acento grave antes do adjunto adverbial queindica as horas.

O mesmo pode acontecer com expressões adverbiais que indicam lugar: “À entrada dasala”.

Em alguns casos, além da troca do feminino pelo masculino, dá certo substituir apreposição a (que introduz o advérbio) pela preposição em , ficando aparente o artigoou pronome que forma crase com a preposição a:

À entrada da sala, fui avisada de que não haveria aula   Na  [em +a] entrada da sala...

Àque la ho r a da madr ugada   , recebi a notícia   N aque la   [em + aquela] hor a da  m a d r u g a d a , ...

Diga a e la que este j a aqu i à um a hora . . .

3 ª l a cu n a : como vimos na questão 4, a locução prepositiva a respe i to de tem umelemento mascu l i no, não havendo justificativa para sua acentuação.

. .. para conversarm os a respe i to do pro j e to .

A ordem correta é: a / à / a  – opção B.

08 - E

Caso clássico.

De um lado, o termo regente presos exige a preposição a (“Eles estão presos a alguma coisa”); de outro, o termo regido as heranças admite artigo definido feminino(“ As heranças foram apresentadas.”).

Ocorre crase da preposição a com o artigo definido feminino plural as: “presos àsheranças”.

09 – I t em I NCORRETO 

De um lado, o termo regente (verbo levar ) exige a preposição. Contudo, na posiçãode termo regido, temos um substantivo feminino p lu r a l (mudanças). Não foiempregado o artigo na construção original devido ao emprego genérico do substantivo(não se determina quais foram essas mudanças).

Se houvesse algum artigo antes desse vocábulo, este seria um artigo também noplural (as mudanças), por exigência da sintaxe de concordância.

Exatamente por haver um substantivo plural, não existe a menor possibilidade de seempregar somente o acento grave, como sugere o examinador, pois, nesse caso, oartigo seria singular (a+a).

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10 – I tem CORRETOO primeiro complemento ao substantivo agr ado já indica a necessidade de seempregar a preposição a: “o agrado aos centros internacionais de poder”.

De um lado, o termo regente agr ado exige a preposição a; de outro, há um pronomedemonstrativo aque le . Ocorre crase! Portanto, está correta a afirmativa.

11 – I t em I NCORRETO

Verifica-se nessa questão o mesmo erro apresentado na questão 09. Antes de umelemento no plural, pode-se usar um artigo definido também no plural. Por isso,estaria i nco r r e t a a construção “à entidades de prática desportiva”.

12 – E

Temos, agora, uma ótima oportunidade de observar como se emprega o acento gravecom pronomes.

De um lado, o termo regente é essencia is , que exige a preposição a (Algo é essencial a  alguma coisa).

Do outro lado, temos:

a)  o pronome demonstrativo “essa”. Vamos fazer o teste do sujeito: Essa população está carente. Podemos usar um artigo definido antes do “essa”?Lógico que não. Então, não há crase! Está certa a opção. Nós estamosprocurando um caso f acu l t a t i vo. Assim, essa não é a nossa resposta.

b)  os pronomes indefinidos “toda e qualquer”. Na função de sujeito: Toda equalquer população está carente. Podemos usar o artigo? Não. Então oemprego não é facultativo.

c)  o artigo indefinido “uma”. Se já existe um artigo, por que colocar outro? Só sefor para confundir.

d)  a expressão indefinida “quase toda a população”. Como sujeito: Quase toda a população está carente. Posso usar outro artigo (“A quase toda a população”)? 

Cruzes!!!!e)  um pronome possessivo acompanhado de um substantivo. Como vimos, o

emprego do artigo, nesses casos, é opcional. Consequentemente, a crasetambém poderá ocorrer ou não. Essa é a resposta.

13 – A

Veremos mais uma questão que aborda o emprego de pronome possessivo.

Assim, vamos treinar mais uma vez: fale bem alto: “Meu trauma com Português foisuperado!” ou “O meu trauma com Português foi superado” (repita 20 vezes, em voz

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alta!!!)

Viu só? Não só resolvemos um (possível) bloqueio psicológico (que talvez você estejacarregando desde a sua 2ª sér ie – na época, se chamava assim, não é?...rs...), comoconstatamos que, antes de pronome possessivo, o artigo é facultativo.

Agora, vamos resolver a questão.

Essa é uma ótima oportunidade de analisarmos, na prática, aquele conceito de “nãoempregar artigo antes de nome de parentesco”, defendido por alguns autores.

Analisando todas as opções da questão, a única em que o emprego do artigo definidofeminino poderia ser facultativo seria a opção a: Ent r egue i - o à m in ha mãe  .

A banca do NCE UFRJ considerou válido o emprego de artigo antes de pronomepossessivo que acompanha parentesco.

É por essas e outras que, em se tratando de pontos doutrinários divergentes, devemosapresentar todas as formas válidas, a fim de possibilitar ao candidato a análise dasopções e identificação da resposta válida. Se a banca apresentar referênciabibliográfica, siga a linha adotada pelo autor indicado. Caso contrários, leve na mangatodos esses conceitos e, na hora, analise as opções.

De volta à questão, em todos os casos, o termo regente é o verbo en t r ega r .  Alguémentrega alguma coisa a alguém. Então o termo regente (en t r ega r ) exige a preposiçãoa . Assim, estão corretas as formas “Entreguei-o a m i n h a   mulher” e “Entreguei-o à m i n h a  mulher ”. Se for dinheiro, então, entregue logo à sua mulher de qualquer jeito,com crase ou sem crase!

PRESTE BASTANTE ATENÇÃO quando houver, em construções com pronomespossessivos, mais de um termo regido. Neste caso, devemos respeitar oPARALELI SMO SI NTÁTI CO, ou seja, o que acontecer com um elemento deveacontecer também com todos os demais que exercem a mesma função sintática.

Exemplo:

“ Pr ec i so ped i r d inhe i r o . .. .. m inha pa t r oa ” .

Termo regente – ped i r – exige preposição a

Termo regido – ( a ) m i n h a p a t r o a – como o emprego do artigo é facultativo, sehouver artigo, há crase (ped i r d inhe i r o à m inha pa t r oa  ); se não houver artigo, nãohá crase (ped i r d inhe i r o a m inha pa t r oa  ). Assim, a lacuna pode ser preenchida coma ou com à.

Com dois termos regidos:

“ P r ec i so ped i r d inhe i r o . . . . . m inha pa t r oa e ao meu pa t r ão . ” – nesse caso, sehouve o emprego do artigo antes do segundo elemento (ao meu pa t r ão  ), deve-seempregar também no outro (à m i n h a p a t r o a  ), já que ambos exercem a mesmafunção sintática: “Prec iso ped i r d inhe i ro à   minha pa t r oa e ao meu pa t r ão”. Alacuna, agora, só poderia ser preenchida com à .

Sobre paralelismo sintático, teremos outra questão mais adiante.

14 – C

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Para acertar essa questão, devemos ter na ponta da língua diversos tópicos jáestudados nas aulas anteriores (concordância e regência).

O gabarito foi opção c.

A pergunta que soluciona o problema é: o que se pode com ba t e r ?

A estrutura PODER + SE + VERBO NO INFI N I TI VO possibilita duas construções:

1ª. VOZ PASSIVA – Pode-se combater a ilusão. (= A ilusão pode ser combatida).

2ª. SUJEITO ORACIONAL – Pode-se combater a ilusão. (= Combater a ilusão épossível).

De qualquer forma, o verbo fica na 3ª pessoa do singular.

Assim, na primeira construção, “a ilusão” exerce a função de sujeito, que não deve serantecedido de preposição, segundo a norma culta.

Na segunda, “a ilusão” serve de complemento verbal para o verbo comba t e r . Esse éum complemento direto, dada a transitividade do verbo ( Alguém combate algumacoisa - transitivo direto).

Não há justificativa para o emprego da preposição qualquer que seja a construçãoescolhida.

Em relação às demais opções:

a)  a locução adverbial feminina recebe acento grave – à primeira vista.

b)  o termo regente é o verbo pr e f e r i r . Como bitransitivo, exige a preposição a antes de seu complemento indireto, que vem representado pela expressão “terapia convencional”. O que se afirma (colocando na ordem direta) é: Os

médicos preferem novas condutas (...) às terapias convencionais. Portanto,está correta a construção.

d)  de um lado, o termo regente é o substantivo re fe rênc ia , que exige apreposição a ( Alguém faz referência a  alguma coisa). De outro, um substantivousado em sentido amplo, genérico: doenças mentais. Nesse caso, há apenasum “a”, a preposição, o que impede a acentuação. Está correta a passagem. Emseguida, outra ocorrência: o termo regente é o adjetivo l igadas, que exige apreposição a. De outro lado, o termo regido é i lusões . Deu-se o encontro dosdois “as”: ligadas às ilusões. Tudo certinho, certinho...

15 – I tem CORRETO

ACORDO ORTOGRÁFI CO: O trema foi abolido – a palavra, agora, é “tranquila”.

Essa é uma ótima questão sobre paralelismo sintático, que começamos a estudar naresolução da q.13.

O termo regente é d i r e i t o .  Alguém tem direito a  alguma coisa. Assim, o substantivoexige a preposição a.

Na posição de termos regidos, originalmente o autor determinou cada um deles: avida, a liberdade, a propriedade, a igualdade perante a lei.

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O examinador sugere a retirada desses determinantes. Não há problema algum, desdeque se retire TODOS os determinantes, como indicou (direito a  [só a preposição] vida,liberdade, propriedade, igualdade...). Por isso, está correta tal assertiva.

Observe, mais adiante no texto, um outro bom exemplo: “o direito à educação, aotrabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranqüila (*).”. 

Os termos educação, t raba lho , sa lá r io jus to , saúde estão acompanhados deartigos definidos. Já o substantivo ve lh ice , por ser vago, apresenta um artigoindefinido. De qualquer forma, todos os elementos apresentam-se junto de umdeterminante – o artigo.

16 – I t em I NCORRETO

ACORDO ORTOGRÁFI CO: O trema foi abolido – a palavra, agora, é “linguístico”.

O termo regente d ar (verbo que faz parte da locução temos dado) apresentacomplemento direto (atenção) e indireto (regido pela preposição a).

Sugere o examinador que a expressão que se segue perderia seu caráter genérico seestivesse, opcionalmente, antecedida de um a com acento grave.

Tudo lindo, maravilhoso, não estivesse o termo regido “riquezas nacionais” acompanhado da expressão “uma de nossas mais importantes”.

Quem se ateve a ler a opção sem voltar ao texto deve ter caído direitinho nessa cascade banana. Não é possível o emprego do acento grave por não ser possível o empregode um artigo definido feminino antes daquela expressão.

Mesmo que assim não fosse, ou seja, que não houvesse a expressão, o termo regido

seria “riquezas nacionais”, expressão plural que, se fosse o caso, seria acompanhadade um artigo definido p lu r a l .

17 – I t em I NCORRETO 

O termo regente é o substantivo acesso ( Alguém tem acesso a alguma coisa/ algumlugar), que exige a preposição a.

A troca sugerida do termo regido, com o emprego do sinal grave, iria alterar o sentidoda expressão “dados bancários protegidos por sigilo”, que foi usada de maneira vaga,genérica (não são os dados bancários “X ou Y”, mas quaisquer dados). Essaacentuação indicaria o uso de artigo definido antes do substantivo.

Seria possível, sim, a troca de dados por i n f o r mações, desde que ajustada aconcordância com os adjetivos correspondentes e mantida a preposição (exigida pelotermo regente) sem a r t i go , para dar à expressão um valor vago: “... que facilitava oacesso da Receita Federal a in form ações bancár ias pro teg idas por s ig i lo  ...” .

18 - E 

Para confirmar a existência da preposição antes de “aqueles”, é necessário,primeiramente, colocar a oração na ordem direta. Para isso, partimos do verbo ser  e,para haver lógica, do adjetivo i n ú t i l  . O que é inú t i l  ? Resposta: “recomendardesprendimento” (sujeito oracional).

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O verbo “recomendar”, na construção, é transitivo direto e indireto (Recomendaralguma coisa a alguém). O que se recomenda (ou seja, qual é o objeto direto)?Desprendimento. A quem se recomenda desprendimento (qual é o objeto indireto?) Àqueles [a + aqueles] que alimentam um preconceito. Note que o objeto indireto éregido pela preposição a.

Na ordem direta, a oração seria: Recomendar desprendimento àqueles que alimentamum preconceito é inútil.

Então, seguindo a análise de TERMO REGENTE + TERMO REGIDO, o termo regente,verbo “recomendar”, exige a preposição “a”. O termo regido é o pronomedemonstrativo “aqueles”. Houve crase, devendo ser indicado com o acento grave: “Àqueles   que alimentam um preconceito é inútil recomendar desprendimento” –construção perfeita.

Na sequência, há outra ocorrência de crase:

TERMO REGENTE – verbo “reservar”:  Alguém reserva alguma coisa a alguém. Comoestá acompanhado do pronome “se” apassivador, o pronome “este”, que se refere a “desprendimento”, é o sujeito paciente.

Como vimos na aula sobre verbos, o objeto indireto da voz ativa (Fulano reservoualguma coisa a alguém) continua a exercer a mesma função na voz passiva ( Algumacoisa foi reservada por Fulano a alguém) – esquema em “Transposição de VozesVerbais” do tópico “Vozes do Verbo” da aula 3 (pg.16, se não me engano...).

Como o termo regente exige a preposição “a” e o termo regido (“ pessoas generosas”)admite artigo definido feminino plural, há ocorrência de crase, estando correta aconstrução: “...este se reserva às pessoas generosas”.

Os demais itens apresentam as seguintes incorreções.(A) Dos dois registros de crase, somente o segundo está i nco r r e t o .

Na primeira ocorrência, o termo regente é o verbo r epo r t a r - se , que exige apreposição “a” ( Alguém se reporta a alguém/alguma coisa). O termo regido é osubstantivo inexperiência, que aceita o artigo definido feminino. Há, portanto,ocorrência de crase, que está devidamente indicada pelo acento grave em “Reportamo-nos à  inexperiência de um cidadão...”.

Já no segundo registro, o termo regente “ propensos” (adjetivo) exige a preposição “a” ( Alguém é propenso a alguma coisa). Contudo, o termo regido não admite o artigodefinido, pois é um verbo (rejeitar ). A construção seria: “somos propensos a rejeitar acandidatura de um político profissional ”.

(B) A primeira ocorrência de crase está corretamente indicada. O termo regente cu l t o  exige a preposição “a”; o termo regido aparênc ias admite o artigo definido femininoplural – há crase: “O culto às  aparências”.

Já no segundo, o termo regente, o verbo pr ende r , é transitivo direto (pronominal) eindireto, com a preposição “a” ( Alguém se prende a alguma coisa); no entanto, otermo regido é o pronome pessoal e las, que não admite o artigo definido antes de si.Há, portanto, apenas um “a”, que é a preposição – “uma vez que a  elas nos prendemos todos, em nossa vida comum”.

(C) O termo regente caber é transitivo indireto ( Alguma coisa cabe a alguém). Aexpressão que exerce a função de objeto indireto é “a gente”, que, segundo o

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contexto, apresenta a acepção equivalente a “n ós”; uma vez antecedida da preposição “a”, forma crase. Para a análise, não se deve levar em conta a expressão denotativa “éque”; na ordem direta, a construção seria: “identificar os preconceitos (sujeito) cabe à g e n t e  .”.

Em seguida, o termo regente, verbo afe tar , é transitivo ( Alguma coisa afeta alguém).O termo regido é “aqueles artistas e profissionais”: “sobretudo os que afetam aque les   artistas” – crase i nco r r e t amen t e   indicada.

Finalmente, o termo regente d ar é transitivo direto (objeto direto: graça) e indireto(objeto indireto: nossa vida), devendo o complemento indireto ser precedido dapreposição “a”. Como o termo regido é iniciado por um pronome possessivo, oemprego de artigo definido feminino é facultativo, podendo ocorrer crase ou não(“profissionais que dão graça a / à nossa vida”). Portanto, está correta a indicação decrase.

(D) O termo regente, verbo assis t i r , no sentido de “ver, presenciar”, é transitivoindireto, exigindo a preposição “a”. O termo regido é “exibição”, que admite artigodefinido feminino. Há crase: “Assistimos à exibição descarada de preconceitos...”.Correto emprego do acento grave.

O erro está na sequência: o termo regente, verbo causar , é transitivo direto (coisa) eindireto (pessoa) (Fulano causou alguma coisa a alguém), regendo a preposição “a”; otermo regido é “pessoas”, que admite o artigo definido feminino plural. Houve oregistro desse artigo, mas faltou a indicação de crase para registrar a existência dapreposição. A forma correta seria: “que tantos dissabores causam às  pessoas...”.

Por fim, a expressão “à distância”, como vimos, é objeto de bastante polêmica.

Vamos relembrar: a maioria dos gramáticos afirma que, sem especificação, a

expressão não recebe acento (“Mantenha-se a distância.”). Havendo definição dessadistância, usa-se o acento grave (“Mantenha-se à distância de 10 metros.”). Contudo,a recomendação do professor Celso Luft é acentuá-la sempre, por considerá-la umalocução adverbial feminina.

Note que o examinador, nesta questão, não deixou clara a sua posição, ao indicaroutro erro de crase antes dessa expressão. Ótimo para o candidato, que não precisariaesquentar a cabeça. Mas, mesmo assim, todo cuidado é pouco. Leve esseconhecimento para a prova e, caso se depare com a polêmica expressão adverbial “a/àdistância”, analise as demais opções para afirmar se está certo ou errado o empregona questão.

19 – AO verbo assis t i r é transitivo indireto e rege a preposição a. Este é o termo regente. Otermo regido é o substantivo peças, que, por estar no plural, deve ser acompanhadode artigo definido feminino plural. Só que esse substantivo está sendo usado demaneira genérica, dispensando o artigo. Assim, a forma correta seria: “... não seassistia a  peças com tanto senso crítico como estas”.

Em relação às demais opções, devemos observar.

a) O termo regente é chegar , verbo transitivo indireto que, por indicar movimento,rege a preposição a. Como o termo regido é o substantivo va r anda , a contração doartigo que o acompanha com a preposição forma “à”. Para nunca mais errar na

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regência deste verbo, passe a usá-lo corretamente no seu dia a dia. Assim que chegara casa (sem acento , como v imos logo no in íc io ) , ensine essa lição ao seu filho,seu cônjuge, sua sogra, seu cunhado... seja um chato!!!! Passe a corrigir todomundo!!! Assim é que se apre(e)nde o conceito...rs...

c) Um bom exemplo do emprego de artigo com topônimos. Vamos fazer o teste dom o r a r: Eu moro em Ipanema, em Jacarepaguá ou n a Barra. Dos três bairros, o únicoque admite artigo é o terceiro, motivo pelo qual o “a” foi acentuado.

d) O verbo r e f e r i r - se é transitivo indireto, com a preposição a. O artigo antes depronomes possessivos é facultativo. O examinador optou por seu emprego. Assim,houve a fusão da preposição a com o artigo definido as = “O povo referia-se às nossas praias...”.

e) Os artigos definidos que acompanham os substantivos d i r e i t a e esquerda secontraíram com a preposição exigida pelo termo regente, o verbo d i r i g i r - se (transitivoindireto, regente da preposição a), formando crase (“...à direita e à esquerda do palanque”).

Observe que estas não são locuções adverbiais femininas, como em “Vire à direita / àesquerda” (que também seriam acentuadas).

20 – I t e m  I NCORRETO 

Até que essa questão não foi das piores, não é mesmo?

O termo regente é a locução prepositiva “em relação a”. O termo regido é “oportunidades”. Houve crase por ter sido empregado o artigo definido feminino pluralantes desse substantivo: as oportunidades.

A questão propõe a retirada do artigo. Até aí, tudo certo. O erro está em indicar que aforma passaria a ser “à”. Opa! Você já está careca de saber que “à” é a contração dapreposição “a” com o artigo definido singular feminino “a”. Se ele quisesse usar umartigo, não poderia ser, de modo algum, no singular, haja vista que o substantivocorrespondente está no plural.

A retirada do artigo levaria ao registro de “em relação a  oportunidades”, em que sóhaveria a locução prepositiva e, portanto, apenas um “a”, sem acento grave.

21 - E 

Essa questão de crase nos dá a oportunidade de falar sobre a expressão “à custa de”,

que deve ter derrubado muita gente.Vamos analisar lacuna por lacuna.

1ª lacuna) O termo regente cor responder exige a preposição “a” ( Algo corresponde aalguma coisa). O termo regido poderia até admitir o artigo ou ser usado em sentidogenérico (correspondeu às / a    necessidades do trabalho). Para confirmar essapossibilidade, vamos construir uma oração em que “necessidade do trabalho” seja osujeito: “Necessidade do trabalho leva milhares de pessoas à migração” – ou - “Anecessidade do trabalho leva...”. Pode haver artigo ou não. Mas de qualquer forma hápreposição, exigida pelo termo regente. Eliminamos, assim, a opção “c” (as  – sóartigo, sem preposição).

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2ª lacuna) Esse termo regido possui o mesmo termo regente (correspondeu) que exigea preposição “a”. Dessa vez, o termo regido foi usado em sentido específico(necessidade da produção, ou mais realmente à  necessidade das colheitas) – percebeuo “à” antes da segunda ocorrência de “necessidade”? Então, há artigo antes de “necessidade da produção” também, o que provoca crase: “[corresponde] à  necessidade da produção” .

3ª lacuna) Essa lacuna dá continuidade à estrutura que teve início em “correspondeusempre, sim, à necessidade de produção”. Como houve artigo antes de “necessidadeda produção”, antes de “necessidade das colheitas”, deve haver também antes de “necessidades de dinheiro pronto e de dinheiro fácil”. Todos esses substantivosencontram-se definidos, o que justifica o emprego do artigo. Em virtude do encontrocom a preposição exigida por “correspondeu”, há crase: às necessidades de d inhe i r o .  

4ª lacuna) Agora a palavra “guerra” (em abrir guerra) requer a preposição “a” ( Alguémabre guerra a ou contra algo/alguém). Como “ociosidade” admite artigo, há crase: “Nodia em que se abrir guerra à  ociosidade...” .

5ª lacuna) O verbo “oferecer” é bitransitivo, ou seja, apresenta complemento direto eindireto. O objeto direto é “garantias” e o objeto indireto “gente do campo”. Comotemos uma voz passiva pronominal (presença do pronome apassivador se – seoferecerem garantias = se garantias forem oferecidas), o objeto direto exerce a funçãode sujeito paciente. Mas nada disso afeta a função de objeto indireto (olha o esquemaaí, gente!!!). Em relação a esse segundo complemento, exige-se a preposição “a” ( Alguma coisa é oferecida a  alguém). Antes de “gente do campo” pode haver artigodefinido feminino singular, o que justifica o acento grave: “se oferecem garantias à  

gente do campo” .

6ª lacuna) Finalmente, chegamos à última lacuna. Trata-se da expressão “à cus tad e”, que significa “às expensas de”.

Cuidado com a confusão que muita gente boa faz: o substantivo “custas” significa “despesas judiciais devidas no processo”. Já o correspondente no singular (custa) temo sentido de “custo, dispêndio, despesa”. A partir do significado de cada um dosvocábulos, já dá para perceber que a expressão deve ser grafada no singular: “ Aquelerapaz vive até hoje à custa do pai” , “Eu não sou homem de viver à custa de mulher” .Se você costumava usar essa expressão no plural, pode começar a mudar hojemesmo. Como é uma locução feminina, recebe o acento grave. Esse conceito seria

suficiente para definir a resposta dessa questão – a única opção que apresenta “àcusta de” é a de letra E.

22 - A 

1 ª l a cu n a: Para começar, analise uma outra estrutura:

“A loja funciona das  10h .... 18h”.

Há um artigo (contraído com a preposição “de”) antes do primeiro elemento (das 10h).Então, deve haver artigo antes do segundo. Como já existe uma preposição “a”, ocorrea fusão: “das 10h às  18h” . A isso se dá o nome de paralelismo sintático (Lembra? O

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que acontece com um elemento ocorre também com os demais de mesma funçãosintática).

Note, agora, que antes de “janeiro” há somente uma preposição (“de”), não há artigo.Aliás, não daria para ser diferente. Ninguém fala “do  janeiro ao  dezembro”, não émesmo??? Pois, se não há artigo antes do primeiro elemento, não pode haver antesdos demais. A relação é “de ... a ...”, somente com preposições. Por isso, não hácrase: “de janeiro a  julho”. Paralelismo nele!

2 ª l a cu n a: Na expressão “em comparação com” já existe uma preposição (“com”), oque impossibilita a existência da preposição “a”. O que irá preencher a lacuna é opronome demonstrativo “a”, equivalente a “aquela”, que se refere à palavra “produção” (“houve aumento na produção de veículos, em comparação com [a produção] obtida no ano passado” ). Não há dois “as”, somente um - o pronomedemonstrativo. Portanto, não há crase: “em comparação com a  obtida...” .

3 ª l a c u n a: Em locução verbal, há apenas preposição, sem artigo. Por isso, não hácrase: “As montadoras passaram a  exportar” .

A ordem será: a, a, a – opção (A)

2 3 - B

Reforçando: CRASE é o fenômeno de encontro de duas vogais iguais e contíguas. Oencontro da preposição “a” com outro “a” (artigo definido feminino, pronomedemonstrativo, pronome relativo) acarreta crase, registrada com o acento grave.

Assim, para que um “a” receba o acento, é preciso esse encontro dos dois “as”.

1ª lacuna – O termo regente “parecidas” exige a preposição “com” e não “a”. Emseguida, temos um pronome demonstrativo “as”, que se refere a “necessidades”. Nãoocorre crase: “ parec idas com as dos seres hum anos”  .

2ª lacuna – O termo regente é o verbo OFERECER, que é bitransitivo. O objeto direto érepresentado por “os cuidados exigidos”, e o objeto indireto, o pronome pessoal “eles”.Esse termo regido não admite artigo definido feminino e, por isso, há apenas UM “a”: apreposição – “para o fer ecer a e les os cu idados ex ig ido s”  .

3ª lacuna – O termo regente “RECORRER”, da locução verbal “têm recorrido”, exige apreposição “a” (Alguém recorre A alguma coisa/ alguém). O termo regido, contudo,além de estar sendo usado em sentido genérico, o que dispensa o emprego de artigodefinido, se o aceitasse, seria o artigo “as” (plural – “as táticas”) e não “a”(singular).Por isso, há apenas a PREPOSIÇÃO e, por isso, não ocorre crase: “t êm recor r id o . .. a  

tá t icas inovadoras”  .

2 4 -  A

O verbo VOLTAR rege preposição “a” (Alguém volta A algum lugar). Esse é o termoregente. O termo regido admite artigo definido feminino (“a memória”). Assim, há oencontro da preposição com o artigo definido feminino, ocorrendo crase: “V o l t a m - m e  à m emór ia . ..” .

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Em seguida, o termo regente é o verbo ASSISTIR, que, no sentido de ver, presenciar,rege a preposição “A”. Como o termo regido é o pronome relativo “que”, não há crase,pois o pronome relativo não aceita artigo definido feminino antes de si.

Está correta a opção.

B) A expressão “a princípio”, por apresentar um substantivo masculino, não recebeacento grave.

C) Está certa a primeira ocorrência de crase: o verbo ENTREGAR-SE rege a preposição “a” (Alguém se entrega A alguma coisa) e o termo regido “leitura” aceita artigo. Oproblema está a seguir: o termo regente exige preposição “a” (contribuição A algumacoisa), mas o termo regido é “uma vida interior”, expressão que já apresenta umartigo INDEFINIDO. Há apenas uma preposição e, por isso, não ocorre crase.

D) Novamente, o examinador acerta na primeira, mas erra na segunda. O verbo

REFERIR-SE exige a preposição “a” e, ao encontrar-se com o artigo definido femininoque acompanha “ficção”, provoca o fenômeno, que deve ser acentuado. Em seguida, otermo regente, o adjetivo “essencial”, exige a preposição (Algo é essencial a algumacoisa/alguém) e o termo regido admite artigo (a argumentação que desenvolvia). Maisuma vez, há o encontro dos dois “as”, devendo ser assinalado com o acento:“essencial à argumentação que desenvolvia” .

E) Antes de verbo, não há artigo definido feminino. Por isso, mesmo que o termoregente exija a preposição (Alguém se dedica A alguma coisa), o termo regido, o verboCULTIVAR, não aceita artigo e, com isso, não ocorre crase.

25 - C

Essa é para terminarmos o nosso estudo de hoje.Vamos analisar cada um dos termos destacados.

1º) O termo regente p e r m i t i r exige a preposição a ( permitir algo a alguém); o termoregido Execut ivo admite artigo definido masculino – forma-se “ao” - co r r e t o;

2º) O termo regente ap t o exige a preposição a (“ Alguém está apto a alguma coisa.”);o termo regido a juda r é um verbo e não admite artigo definido feminino. Portanto,não ocorre crase: est á ap t o a a ju da r -  co r r e t o; 

3º) O termo regente env iar exige a preposição a (“ Alguém envia algo a alguém.”); otermo regido Recei ta admite o artigo definido feminino (“ A Receita divulga o últimolote de restituição.”). Por isso, ocorre crase: “ As informações ... são enviadas à 

Recei ta ...” – Esse é o i t em incor r e to .  4º) O pronome demonstrativo está se referindo a alguma informação que já foi dada(pertence ao “passado” do texto), por isso requer a forma “esse”. O emprego depronomes demonstrativos em relação ao texto (referência anafórica) será objeto denossa próxima aula (Pr onomes  ).

5º) O pronome relativo qu e substitui casos. Em uma outra estrutura, teríamos “nesses  ( = e m + e s s e s ) casos, o programa ...”. Percebe-se a necessidade doemprego da preposição em , então a forma está correta: “nos casos em que o  p r o g r a m a  ...”.

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Mas não se preocupe com pronome relativo. Em nosso próximo encontro (que serábem maior que esse de hoje), veremos também esse assunto.

Grande abraço e até a próxima.

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AULA 8 - PRONOMES

Pronome é o vocábulo que, ao pé da letra, “fica no lugar do nome” (chamado depronome substantivo) ou o determina (pronome adjetivo).

Para compreender melhor a função dos pronomes, precisamos saber o conceito decoesão t ex t ua l , pois essas palavras, assim como os conectivos (conjunção epreposição – a serem estudados na próxima aula), são responsáveis por estabelecernexo entre as ideias do texto.

Coesão tex t ua l é a ligação entre os elementos da oração e delas em relação ao texto.A incoerência de um texto muitas vezes se deve à falta de coesão, exatamente porquea leitura fica prejudicada pelo emprego inadequado de pronomes, conjunções ououtros elementos textuais, inclusive a pontuação. Por exemplo, o uso inapropriado de “porquanto” ou de “a ele” pode levar o leitor a uma conclusão diversa da que se

pretendia dar, ou até mesmo a nenhuma conclusão (alguns chamam de “rupturasemântica”).

Os pronomes exercem um papel decisivo na construção de um texto coeso e coerente,a partir de indicações corretas aos seus elementos.

Muitas questões de prova abordam esse conhecimento. Algumas vezes, a banca(especialmente, ESAF e CESPE) faz afirmações sobre as referências textuais e ocandidato deve verificar se estão corretas essas indicações. Para isso, a compreensãocorreta do texto e o domínio do significado de seus elementos são decisivos.

DEFINIÇÃO

Pronomes são palavras que determinam um substantivo ou ocupam o seu lugar. Daí, adesignação pr onomes ad je t i vos ou pr onomes subs t an t i vos , r espec t i vamen t e .

Servem para, no primeiro caso, acompanhar um substantivo, determinando-lhe aextensão (assim como o faz um adjetivo) e, no segundo, representar o própriosubstantivo, ficando em seu lugar.

Todo pronome tem uma função sintática, que pode ser própria do substantivo (sujeito,objeto direto, objeto indireto) ou do adjetivo (adjunto adnominal, predicativo dosujeito, predicativo do objeto).

Este produto é importado. (pronome adjetivo / função de adjunto adnominal)

I s t o  é importado. ( pronome substantivo / função de sujeito)

Os pronomes podem ser pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos,interrogativos e relativos.

PESSOAI S    representam as três pessoas do discurso - a que fala (1ªpessoa), a com quem se fala (2ª pessoa) e a de quem sefala (3ª pessoa);

  dividem-se em r e t o s e ob l íquos . Regra geral, os retosexercem a função de sujeito ou de predicativo do sujeito,enquanto que os oblíquos funcionam como complementos(objetos diretos, indiretos ou adjuntos);

  os pronomes oblíquos devem obedecer a certas regras decolocação (sintaxe de colocação pronominal), a serem

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estudadas mais à frente.

DE TRATAMENTO   categoria dos pronomes pessoais que designa a forma detratamento a ser usada no trato com certas pessoas.

  a pessoa com quem se fala pode ser expressa tambémpelo pronome de tratamento, que leva tanto o verboquanto os pronomes para a 3ª pessoa;

  os únicos pronomes de tratamento que admitem o uso doartigo acompanhando-os são: senhor , senhora ,senho r i t a.

POSSESSI VOS    estabelecem relação de posse entre os elementos regentee regido;

  como já vimos em aula anterior, há casos em que umpronome pessoal oblíquo é usado com valor possessivo,ponto a ser estudado mais adiante.

DEMONSTRATI VOS   indicam a posição dos seres no espaço e no tempo(função dêitica dos pronomes demonstrativos) ou emreferência aos elementos do texto (função anafórica oucatafórica);

  também podem substituir algum termo, expressão,oração ou ideia, evitando sua repetição, no papel det e r mos v i cá r ios (“Há muito tempo eu planejo sair de 

férias e vou fazê-lo no meio desse ano.” –  f azê- lo =fazer isso = sa i r de fé r ias , ou “Eu lhe jurei que seria fiel e vou sê-lo” –  ser isso – ser f ie l – o pronomepermanece neutro, sem flexão de gênero ou número,assim como acontece com o “isso”).

I N D EFI N I D O S   têm sentido vago ou indeterminado.

I NTERROGATI VOS   pertencem a uma subclasse dos pronomes indefinidos.Muito importante é compreender a distinção entre eles eos pronomes relativos, já que a grafia é a mesma emalguns casos (como, quando, quem etc): os pronomes

indefinidos são usados nas interrogações, diretas ouindiretas, enquanto que os pronomes relativosapresentam referência a termos antecedentes – veja maisdetalhadamente a seguir.

RELATI VOS   referem-se a um termo anterior chamado an t eceden t eou r e f e r en t e (substantivo ou pronome substantivo);

  sempre dão início a orações subordinadas adjetivas.

1 - PESSOAI S

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1.1 - CLASSI FI CAÇÃO

Designam as três pessoas do discurso. Classificam-se em RETOS e OBLÍQUOS.RETOS : funcionam como sujeito ou predicativo do sujeito. Por isso, Rocha Lima osdenomina pronomes subjetivos (no papel de sujeito).

Tu  não és eu .

O fato de ele  reconhecer o erro não im porta.

OBLÍ QUOS : funcionam como complemento, motivo pelo qual Rocha Lima os chamoude pronomes objetivos .

Vi- o  na rua 

Deu- l he  um bom presente 

Quero comprá- las Fi- los  entrar 

Nesse último exemplo (Fi-los entrar.) vemos um caso excepcional em que o pronomeoblíquo exerce a função sintática de sujeito (do verbo entrar ), assunto que seráapresentado mais adiante (caso 1 .3 ).

QUADRO RESUMO DOS PRONOMES PESSOAI S

PESSOA CASO RETO

CASO OBLÍ QUO

ÁTONOTÔNI CO

(sempre com preposição)

   S   I   N   G   U   L   A   R  1ª EU ME MIM, COMIGO

2ª TU TE TI, CONTIGO

3ª ELE/ELA SE, O, A, LHE SI, ELE*, ELA*

   P   L   U   R   A   L

1ª NÓS NOS NÓS*, CONOSCO

2ª VÓS VOS VÓS*, CONVOSCO

3ª ELES/ELASSE, OS, AS,

LHES SI, ELES*, ELAS*

OBSERVAÇÕES: 

1 : (* ) Quando oblíquos, são sempre preposicionados: “Nem ele entende a nós ,nem nós a ele.”. A preposição está na frase por força do uso do pronome, sendo o caso de objeto direto preposicionado. Na linguagem coloquial informal, costumam ser usados acompanhados de numerais (Encontrei elas duas.) ou pronome indefinido (Trouxe todas elas.), construção  não abonada   pela linguagem culta formal (Encontrei-as, as duas. / Trouxe-as todas.).

Os oblíquos “nós/vós” podem ser usados acompanhados da preposição  com  e element os reforçativos, como os pron omes dem onstrat ivos “MESMOS” ou “PRÓPRI OS”.

Ex.: Só podemos contar com nós mesmos.

2 : Os pronomes  me, te , se , nos , vos   podem exercer as funções de objeto 

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d i r e t o   ou  i nd i r e t o  , de acordo com a transitividade do verbo. Uma boa técnica de saber se o pronome está na função de complemento direto ou indireto é trocar o pronome por um NOME, ou seja, por um substantiv o: 

“Ele não me obedece.” – t rocamos o “me” por “o pai”: “Ele não obedece ao pa i  ” .

Como o complemento verbal foi antecedido de preposição, o pronome “me” exerce a função de objeto  i nd i r e t o  .

Não adiantaria nada trocar o “me” por “a mim”, pois, como vimos acima, esse pronome oblíquo sempre será preposicionado.

3 : Os pronomes oblíquos podem ser, ainda, re f lex ivos e rec íprocos  . Os primeiros, quando o obj eto direto ou indireto representa a mesma pessoa ou coisa que o sujeito do verbo; os recíprocos exprimem reciprocidade da oração.  

Vamos ver como isso já foi objeto de prova?

1 - (FCC / TRE PI / 2002) Afinal, os papéis não haviam ficado ...... , mas sim ... . . . .

(A)  contigo - com nós mesmos 

(B) contigo - conosco mesmos 

(C) com ti - conosco mesmo 

(D) com t u - conosco mesmos 

(E) com t u - com nós mesmos 

Na função de complemento, não se deve usar pronomes retos, como sugerem as

opções d  e e  (“com t u ”).A preposição com  já faz parte  da forma “con t igo  ” , que deve preencher a primeiralacuna.

Em seguida, o preposição com  antecede o “nós”. Como esse pronome oblíquo estáacompanhado de um pronome demonstrativo m e s m o s  , está correta a forma da opçãoA – co n t i g o / c om n ó s m e s m o s .

1.2 - RELAÇÃO ENTRE PREPOSI ÇÃO E PRONOME

As preposições de e em contraem-se com o pronome oblíquo de 3ª pessoa ele(s) eela(s): 

A pasta é de le  , e ne la  está o m eu livro.

Normalmente, após preposição usa-se o pronome oblíquo.

Entre m im  e  t i  existe um abismo profundo.

Entretanto, se após a preposição, especialmente a preposição para , o pronome estivercomo s u j e i t o do verbo no infinitivo, permanece sendo p r o n o m e r e t o e, segundo anorma culta, não poderá se contrair, embora na linguagem coloquial já se admita acontração. Observe os exemplos.

1) Apesar de  e la  não saber nada, passou no concurso.

( q uem não sab ia nada? R espost a : “ e la ” – su je i t o p r o n o m e r e t o )  

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2) I sto não é trabalho para eu  fazer.

( q uem não va i f aze r o t r aba lho? Respos t a : “ eu ” - su je i t o p r o n o m e r e t o )3) I sto não é trabalho para m im .

( O t r a b a lh o é p a r a q u em ? R es p os t a: “ p a r a m i m ” = c om p l e m e n t o n o m i n a l  p r onom e ob l íquo )

4) O milagre de e le  existir t inha-se dado naquele mom ento.

( q uem ex i s t e? Respost a : “ e le ” - su je i t o p r o n o m e r e t o )

5) Pouco depois de e la  sair, fom os embora.

( q uem sa iu? Respost a : “ e la ” – su je i t o p r o n o m e r e t o )

Faça agora um teste:

Para mim comparecer a essa reunião foi um prazer.

Até o corretor ortográfico do Word cai nessa pegadinha. Ele sugere a troca do “mim” pelo “eu”. Será que isso estaria correto? Vejamos.

Primeira pergunta: o que foi um prazer?

Resposta: “comparecer a essa reunião”.

Então, na ordem direta (SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO), teríamos:

 “Comparecer a essa reunião foi um prazer”. Ótimo!

Isso (comparecer a essa reunião) foi um prazer para quem?

Resposta: “para mim”. Então, complementando a estrutura acima, teríamos: “Comparecer a essa reunião foi um prazer para mim.” 

O que levou o Word (e muitos alunos) a imaginar um erro (que não existe) foi odeslocamento do complemento nominal para o início do período, causando, assim, aaproximação do “mim” (que atua como complemento nominal de “prazer”) com overbo “comparecer” (que faz parte do sujeito oracional).

Nessa, até o Bill Gates caiu!!! Sorte dele não precisar fazer um concurso público aquino Brasil....rs....

Veja, agora, como já caiu em prova.

2 - (FUNDEC / TJ MG / 2002)

Tendo em conta o emprego das formas pronominais "eu" e "mim", assinale a alternativa  I NCORRETA.

a) Toda a conver sa entre eles e eu se deu a port as fechadas.

b) Seria muit o penoso para mim comparecer ao julgam ento.

c) Quando m e aproximei, notei que falavam sobre você e mim .

d) Não há diferença entre eu lhes dar a notícia ou qualquer outra pessoa.

O gabarito foi letra a. A conversa rolou e n t r e eles e MI M . Após uma preposição(entre), o pronome a ser usado é o oblíquo: MIM.

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Só se usa pronome reto após preposição quando este pronome exerce a função desujeito da forma verbal no infinitivo, como na construção da letra d : quem vai dar anotícia? Resposta: “eu ou qualquer outra pessoa”. Como o pronome é o sujeito doverbo d ar , está correto o emprego do pronome reto (eu).A opção b  apresenta estrutura idêntica à do exemplo que apresentamos.Muitas vezes, quando o “mim” fica perto de um verbo no infinitivo, muita gente temcólicas e sai por aí berrando: “mim fazer” quem diz é índio!!!  Em parte, tem razão.Mas só em parte, pois é preciso analisar a estrutura para verificar se este “mim” émesmo o sujeito do verbo no infinitivo, antes de sair por aí condenando a estrutura.Na ordem direta, a construção seria: “Comparecer ao julgamento seria muito penosop a r a m i m  .”. O pronome, nesse caso, é complemento nominal ao adjetivo “penoso” (É penoso para quem? Para mim.) e não sujeito de comparecer  , que está sendo usadoem sentido genérico (verbo impessoal).Note que o verbo continuaria inflexível qualquer que fosse o pronome: Comparecer ao 

 j ulgam ento ser ia penoso para nós. Isso porque este verbo é impessoal (não temsujeito) e está sendo usado em sentido amplo (O ato de comparecer).Está perfeita a construção da letra c . Após a preposição “sobre”, foi empregadocorretamente o oblíquo “mim” e o pronome de tratamento “você”.

1.3 - PRONOME OBLÍ QUO ÁTONO SUJEI TO DE UM I NFI NI TI VO

CASO 1 - Mandei que ele saísse.

CASO 2 - Mandei-o sair.

Nos dois casos, o sujeito do verbo m a n d a r é o mesmo e está indicado pela desinênciaverbal: (eu) mandei.

No entanto, apresentam complementos diferentes. Verificamos que o objeto direto doverbo m a n d a r (Eu m andei o quê?) é expresso:

- no CASO 1: pela oração que ele saísse .

- no CASO 2: pelo pronome seguido de infinitivo o sair .

Agora, vamos analisar as orações que exercem a função de complemento do verbom a n d a r .

CASO 1: oração desenvolvida (iniciada pela conjunção “que”) = que ele saísse. Quemvai sair? Resposta: ele. Então, o sujeito de “saísse ” é o pronome pessoal reto “ e l e ” .

CASO 2: o sair =  Quem vai sair? Resposta: o . Esse pronome oblíquo, que representaalgum substantivo (menino, rapaz, aluno etc.), é o sujeito do verbo “sair”.

Esse é o caso especial de que tratamos logo no início da nossa aula. Geralmente, afunção de sujeito é exercida por um pronome pessoal r e t o , enquanto que cabe aospronomes oblíquos a função de complemento verbal.

Pois essa é a única exceção: VERBOS CAUSATIVOS (mandar, deixar, fazer) ouSENSITIVOS (ver, sentir, ouvir) acompanhados de complemento representado por umpronome oblíquo na função de sujeito e um verbo no infinitivo.

Para treinar, vamos analisar a construção desta belíssima canção:

 “D e ixe - me i r  , pr eciso andar 

Vou por aí a procurar 

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Rir pra não chorar 

Quero assistir ao sol nascer Ver as águas do r io cor r er  

Ouv i r os pássaros cantar  

Eu quero nascer, quero viver.” 

(Preciso me encontrar, de Candeia )

Quem é o sujeito de “ir”, na primeira estrofe? O pronome oblíquo “me”.

Nas passagens “Ver as águas dos rios correr / Ouvir os pássaros cantar”, vimos que,em relação à concordância do verbo correr/cantar, no infinitivo, quando se apresentaum sujeito nominal (substantivo), não há consenso entre os gramáticos. Uns indicam a

flexão verbal obrigatória (Ver as águas dos rios  co r r e r em/   Ouvir os pássaros can t a r em  ); outros proíbem a flexão (Ver as águas dos rios cor rer   / Ouvir os pássaros cantar   ) ;  há também os que facultam indistintamente essa flexão (Ver as águas dos rios c or r e r / c or r e r e m  ,  Ouvir os pássaros c an t a r / c an t a r e m   ) .

Contudo, se no lugar dos nomes estiverem os pronomes oblíquos correspondentes, sãounânimes em afirmar que o b r i g a t o r i a m e n t e o verbo no infinitivo permaneceria semflexão: “Vê-las correr / Ouvi-los cantar” .

Na dúvida, releia o item 10.d da Aula 5 – Concordânc ia – par t e 2 .

É muito comum, na linguagem coloquial, usar o pronome reto no lugar do oblíquo:Mandaram eu sair. Vi ela sair.

O curioso é que tal incorreção não se repete quando se constrói uma oração negativa:

N ã o m e  m andar am sa ir . N ão a v i sa i r .Para fixar esse conceito, a partir de agora, procure usar a construção correta: Ouvi-o dizer (e não “Ouvi ele dizer”) e afins.

Para terminar o ponto, vejamos como a ESAF abordou o tema.

3 - (FISCAL MS / 2001) Marque a palavra, a  seqüênc ia   ou o sinal de pontuação sublinhado, que foi m al empregado.

Vivemos um período de adversidade,(A) mas contamos com o apoio de uma política econômica adequada para contorná-lo(B). Prova disso é a atuação do Banco Central no câmbio, que mantêm(C) ta mbém os juros sob(D) controle.No passado, víamos os juros subirem(E) de 15% a 45% de uma só vez.

(Fernando Xavier Ferreira, adaptado)a) A

b) B 

c) C 

d) D 

e) E 

O gabarito foi a letra C. 

ACORDO ORTOGRÁFI CO : O trema foi abolido. Assim, registra-se agora “sequência”.

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Na verdade, a questão versava sobre concordância.

O sujeito do verbo m a n t e r (pronome relativo qu e) tem como referente o substantivoatuação , devendo ficar no singular. Afinal, é a atuação do Banco Central quem a n t é m os juros sob controle.

Mas, mesmo que a sua interpretação seja de que o pronome relativo se refere a “Banco Central” (“O Banco Central mantém os juros sob controle.” ), o verbocontinuaria no singular.

Na aula sobre concordância, alertamos bastante para as construções com verbosderivados de p ôr , t er e v i r . Suas formas plurais não apresentam nenhuma distinçãofonética em relação às formas singulares (mantém/mantêm, convém/convêm), o quepoderia enganar o ouvido do candidato. O mesmo pode ocorrer com outros verbos(compor, propor, contrapor, supor, pressupor).

Observe, agora, o item (E) – “No passado, víamos os juros subirem(E)” .Em estruturas como:

VERBO CAUSATIVO/SENSITIVO + PRONOME OBLÍ QUO + INFINITIVO

o verbo no infinito NÃO PODE SE FLEXIONAR, por apresentar como sujeito umpronome (Vi-os sair / Não os deixe fazer isso .).

Nessa questão, o verbo sensitivo (ver ) vem acompanhado de um subs t an t i vo ( j u r os )que é o sujeito de um infinitivo (sub i rem ).

Oração reduzida do infinitivo – “Víamos os j uros subirem .” 

Nessas construções, quando o sujeito do infinitivo vem sob a forma de umsubs t an t i vo (e não um pronome), há divergência doutrinária. Contudo, a banca daESAF considerou CORRETA a flexão verbal. Como não há consenso, a ESAF tratou dedefinir o gabarito em outra opção, de modo que, passando ao largo da discussão, nãorestasse dúvida acerca da resposta correta (apresentou um erro crasso deconcordância na opção C).

Resumindo:

VERBO CAUSATIVO/SENSITIVO + PRONOME  OBLÍ QUO + I N F I N I T I V O  INFINITIVO SEM FLEXÃO

VERBO CAUSATIVO/SENSITIVO + SUBSTANTI VO + I N F I N I T I V O  O VERBO PODEOU NÃO FLEXIONAR-SE (depende do autor, há divergência doutrinária) = busque nasdemais opções a resposta.

1 .4 – ALTERAÇÃO GRÁFI CA D OS VERBOS EM FUNÇÃO DA COLOCAÇÃO DOSPRONOMES

Quando os pronomes átonos o, a, os, as se associam a uma forma verbal, pode haveralterações gráficas nessa última:

- verbos terminados em r , s , z – caem essas consoantes e os pronomes são grafadossob as formas lo , la , los, las.

Mandaram prender + o = Mandaram pr endê- lo   

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- verbos terminados em terminação nasal (ão, õe , am, em ) – os pronomes assumemas formas no, na , nos , nas.

Sempr e que m eus pais têm roupas velhas, dão- n as  as pobres.

1 .5 - PRONOME OBLÍ QUO COM VALOR POSSESSI VO

Já falamos sobre isso nos comentários à questão 4 da aula 6 -Sintaxe de Regência.

O pronome oblíquo pode ser usado com sentido possessivo, exercendo a funçãosintática de ADJUNTO ADNOMINAL (Bechara chama de “objeto indireto de posse” 1).

Roubou- lh e  a voz, então não pôde mais reclamar. ( = Roubou su a  voz)

1 .6 - COMBI NA ÇÕES E CONTRAÇÕES DOS PRONOMES ÁTONOS

Vamos ver agora construções raríssimas na linguagem moderna.

Quando numa mesma oração ocorrem dois pronomes átonos, um na função de objetodireto e outro, objeto indireto, estes pronomes podem combinar-se, observadas asseguintes regras:

  o pronome se associa-se aos me, te , nos , vos , lhe(s ) , e NUNCA aos o ( s ) ,a ( s ) .

  antepostos, conservam-se separados e, pospostos, ligam-se por hífen.

1) Eu quero paz. Dê- m a  

 m a = m e (a mim) + a (a paz) = Dê a paz (= a) a mim (= m e)

2) Apesar de não receber cartas minhas, envio- lhas  sempre. 

 lhas = lhe (a ela) + as (as cartas) = Envio as cartas a ela = Envio-lhas.

3) Justiça se lhe  faça.

  se (pronome apassivador = Justiça seja feita / Justiça se faça) + lh e (aele/ela) = Justiça seja f eita a ela .

1.7 - COLOCAÇÃO PRONOMI NAL

Adoro essa parte da matéria! É o momento em que posso ajudá-lo(a) a nunca maiserrar uma questão sobre colocação pronominal. Basta que você estude bem o que seráapresentado a seguir.

Para começar, precisamos conhecer a terminologia que será usada.

Ênclise  o pronome aparece após o verbo.

Prócl ise  o pronome surge an t es do verbo.

Mesócl ise  o pronome é colocado no m e i o do verbo.

1Cf. EVANILDO BECHARA, Lições de Português pela Análise Sintática, 16ª edição, p.78.

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Agora, a fim de facilitar a sua vida, resumimos a t r ês todas as regras de colocaçãopronominal: PRÓCLISE OBRIGATÓRIA / CASOS DE PROIBIÇÃO / EMPREGOFACULTATIVO.

REGRA GERAL: ÊNCLI SE 

Segundo a norma culta, a regra é ênc l ise, ou seja, o pronome após o verbo. Isso temorigem em Portugal, onde essa colocação é mais comum. No Brasil, o uso da próclise(antes do verbo) é mais frequente, por apresentar maior informalidade. Mas, comodevemos abordar os aspectos formais da língua, a regra será ênclise, usandopróc l ise em s i t uações excepciona is .

a)  CASOS DE PRÓCLI SE OBRI GATÓRI A:

  Desde que não haja pausa (normalmente marcada na escrita pela vírgula), asPALAVRAS INVARIÁVEIS atraem o pronome. Por “palavras invariáveis”,entendemos as que não se flexionam (olhe o quadro da aula 2!!!): osadvérb ios ; as con junções ; alguns pr onomes , como o pronome relativo qu e ,os pronomes indefinidos q u an t o/ co m o / n i ng u ém , os pronomesdemonstrativos i ss o/ a q u il o / i st o .

Ele  não  se encontrou com a namorada . (advérbio de negação)

Quando se encontra com a namorada, ele fica muito feliz . (conjunção)

Havendo pausa, não ocorre a atração.

Aqui se  aprende a estudar.( sem pausa, advérbio atr ai)

Aqui , aprende- se  a estudar. ( com pausa, recai na regra geral)

  ORAÇÕES EXCLAMA TI VAS ou que expressam desejo, chamadas deOPTATI VAS – próclise obrigatória.

 “Vou te matar !” 

 “Que Deus o abençoe !” 

 “Macacos me mordam !” 

  ORAÇÕES SUBORDI NA DAS 

 “... e é por isso que nele se acentua o pensador político ” 

(oração subordinada adverbial causal)

Há pessoas que nos que r em  bem.

(oração subordinada adjetiva restritiva)

Não se preocupe com esses “nomes e sobrenomes” das orações. Tudo isso será objetode aula específica (Períodos).

b)  CASOS DE PROI BI ÇÃO:

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  Iniciar período com pronome - a forma correta é: Dá- m e  um copo d’água (enão “Me dá”), Permita- m e  fazer uma observação (e não “Me permita”);

  Pronome átono após verbo (ênclise) no particípio, no futuro do presente eno futuro do pretérito. Com essas formas verbais, usa-se a próclise (desdeque não caia na proibição acima – iniciar período), modifica-se a estrutura(troca o “me” por “a mim”) ou, no caso dos futuros, emprega-se o pronomeem mesóclise.

Concedida a m i m  a licença, pude começar a trabalhar.

(Não havia outra saída. A troca foi necessária por não podermos colocar o pronomeapós o particípio - “concedida-me ” – nem iniciar período com ele – “me concedida ”  

esse são dois CASOS DE PROIBIÇÃO).

Recolher-me-ei à minha insignificância.

(N ão poderia ser “recolherei-me” n em “Me recolherei”  CASOS DE PROI BI ÇÃO). 

c)  EMPREGO FACULTATI VO:

  Com o verbo no I N F I N I T I V O, mesmo que haja uma palavra “atrativa”,a colocação do verbo pode ser enclítica (após o verbo) ou proclítica(antes do verbo). Tanto faz, desde que não recaia em um dos casosproibidos (como iniciar período).

Para n ão  me colocar em situação ruim, encerrei a conversa.

Para n ão  colocar-me em situação ruim, encerrei a conversa.

Assim, com in f in i t i vo es tá sempre cer ta a co locação , desde que nãocaia em um caso de proibição (começar período, por exemplo).

CUI DADO!! !

NÃO CONFUNDA I NFI NI TI VO COM FUTURO DO SUBJUNTI VO – Na maior partedos verbos, essas formas são iguais (para compr a r = INFINITIVO /quando c o m p r a r  = FUTURO DO SUBJUNTIVO).

Contudo, a regra da colocação pronominal só se aplica ao i n f i n i t i vo . Se o verboestiver no futuro do subjuntivo, aplica-se a regra geral.

Para ter certeza de que é o infinitivo mesmo e não o futuro do subjuntivo, troque overbo por um que apresente formas diferentes, como o verbo trazer (para t r aze r /quando t r o u x e r ), fazer (para f azer / quando f i zer ), pôr (para pôr / quando puser ),e tire a prova dos noves. Se for infinitivo, pode colocar o pronome antes ou depois,tanto faz. De qualquer jeito, estará certo, mesmo que haja uma palavra atrativa(invariável).

O bser vação impor t an t e : quando houver DUAS palavras invariáveis, o pronomepoderá ser colocado entre elas. A essa intercalação dá-se o nome de APOSSÍ NCLI SE.

“Para não levar- m e  a mal, irei apresentar minhas desculpas.” – como vimos, com infinitivo está sempre certa a colocação (caso facultativo), mesmo que haja uma palavra invariável (no caso, são duas – para e não).

COLOCAÇÕES IGUALMENTE POSSÍVEIS: 

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(1) “Para não m e  levar a mal, ...” - O pronome foi atraído pelo advérbio n ão .

(2) “Para m e  não levar a mal, ...” – O pronome foi atraído pela preposição par a  .

1 .8 - COLOCAÇÃO PRONOMI NAL EM LOCUÇÃO VERBAL

Locuções verbais são construções que apresentam um só conceito verbal sob a formade um verbo auxiliar (ou mais) e um verbo principal. O auxiliar (o primeiro, no caso demais de um) irá se flexionar, enquanto que o verbo principal ficará em uma dasformas nominais: infinitivo, particípio ou gerúndio (assim como os demais auxiliares).

Em relação à colocação pronominal, valem os conceitos já apresentados.

1 – COM I NFI NI TI VO ESTÁ SEMPRE CERTO;

2 – COM GERÚND I O – ARROZ COM FEI JÃO: REGRA GERAL É ÊNCLISE – HAVENDOPALAVRA INVARIÁVEL, O PRONOME É ATRAÍDO (PRÓCLISE);

3 – COM PARTI CÍ PI O, A ÊNCLI SE (PRONOME APÓS O VERBO) É PR O I BI D A.

A colocação do pronome será analisada em relação a cada um dos verbos quecompõem a locução.

COM O VERBO PRIN CI PAL NO I NFI NI TI VO

1. PRONOME EM RELAÇÃO AO VERBO AUXI LI AR

- Eu lh e devo pedir um favor.  Próclise ao verbo auxiliar – CERTO 

Ainda que a regra seja a ênclise,modernamente não se condena a prócliseem estruturas como essa, desde que nãorecaia em algum caso de proibição (iniciarperíodo, por exemplo).

- Não  lh e devo pedir um favor. Próclise ao verbo auxiliar - CERTO

Como o advérbio atrai, está CERTÍ SSI MAa colocação ! Caso de prócliseobrigatória.

- Eu devo- l he

pedir um favor. Ênclise ao verbo auxiliar –CERTO

 

- Não devo- l he pedir um favor. Ênclise ao verbo auxiliar – ERRADO.

O advérbio atrai o pronome, devendo serempregada a próclise.

2. PRONOME EM RELAÇÃO AO VERBO PRI NCI PAL

- Eu devo lh e pedir um favor. A norma culta condena a próclise ao verboprincipal, ou seja, o pronome “solto” no

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meio da locução verbal.

Na linguagem coloquial, é o mais usado.

- Não devo lh e pedir um favor. Note que o advérbio está próximo doverbo auxiliar, e não do principal.

Este verbo auxiliar atua como uma pausa,reduzindo o “poder” da palavra invariável.

Como já mencionamos, a norma cultacondena essa colocação “solta” dopronome no meio da locução.

- Eu devo pedir-l h e um favor. Ênclise em relação ao verbo principal –

CERTO. Essa é a construção abonada pelagramática normativa.

- Não devo pedir-lh e um favor. Como já observamos, há uma “distância” entre o advérbio e o verbo principal.Assim, está CORRETA a colocação dopronome após o verbo.

COM O VERBO PRI NCI PAL NO GERÚNDI O ( ig ualz in ho ao a nt er io r )

1. PRONOME EM RELAÇÃO AO VERBO AUXI LI AR

Eu lh e estou pedindo perdão. Próclise ao verbo auxiliar – CERTO

Não lh e estou pedindo perdão. Próclise ao verbo auxiliar - CERTO

Como o advérbio atrai, está CERTÍ SSI MAa colocação !

Caso de próclise obrigatória.

Eu estou-lh e pedindo perdão. Ênclise ao verbo auxiliar – CERTO 

Não estou-lh e pedindo perdão. Ênclise ao verbo auxiliar – ERRADO.

O advérbio atrai o pronome, devendo serempregada a próclise.

2. PRONOME EM RELAÇÃO AO VERBO PRI NCI PAL

Eu estou l h e pedindo perdão. A norma culta condena a próclise ao verboprincipal, ou seja, o pronome “solto” nomeio da locução verbal.

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Na linguagem coloquial, é o mais usado.

Não estou lh e pedindo perdão. Note que o advérbio está próximo doverbo auxiliar, e não do principal.

Este verbo auxiliar atua como uma pausa,reduzindo o “poder” da palavra invariável.

Como já mencionamos, a norma cultacondena essa colocação “solta” dopronome no meio da locução.

Eu estou pedindo- l he perdão. Ênclise em relação ao verbo principal –CERTO.

Essa é a construção abonada pelagramática normativa.

Não estou pedindo- l he perdão. Como já observamos, há uma “distância” entre o advérbio e o verbo principal.Assim, está CORRETA a colocação dopronome após o verbo principal.

COM O VERBO PRI NCI PAL NO PARTI CÍ PI O

1. PRONOME EM RELAÇÃO AO VERBO AUXI LI AR

Eu lh e tenho obedecido. Próclise ao verbo auxiliar – CERTO

Não lh e tenho obedecido. Próclise ao verbo auxiliar - CERTO

Como o advérbio atrai, está CERTÍ SSI MAa colocação !

Caso de próclise obrigatória.

Eu tenho-l h e obedecido. Ênclise ao verbo auxiliar – CERTO 

Não tenho-lh e obedecido. Ênclise ao verbo auxiliar – ERRADO.

O advérbio atrai o pronome, devendo serempregada a próclise.

2. PRONOME EM RELAÇÃO AO VERBO PRI NCI PAL

Eu tenho lh e obedecido. A norma culta condena a próclise ao verboprincipal, ou seja, o pronome “solto” no

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meio da locução verbal.

Na linguagem coloquial, é o mais usado.

Não tenho lh e obedecido. Note que o advérbio está longe do verboprincipal.

Este verbo auxiliar atua como uma pausa,reduzindo o “poder” da palavra invariável.

Como já mencionamos, a norma cultacondena essa colocação “solta” dopronome no meio da locução, construçãobastante comum na linguagem coloquial.

Eu tenho obedecido-lh e. (ERRADO!)   Está I NCORRETA a colocação dopronome após o verbo principal, pois eleestá no PARTICÍPIO, e pronome apósparticípio é um dos casos de PROIBIÇÃO.

Não tenho obedecido-l h e. (ERRADO!)  

Veja, agora, como esse assunto já foi abordado em prova.

4 - (CESGRANRIO / MPE RO / 2005)

Indique a opção em que o pronome oblíquo  N ÃO  está colocado corretamente,de acordo com a norm a culta.

(A) O professor levou a moto para ser consertada – levou-a.

(B) O professor levará a moto para ser consertada – levá-la-á.(C) O professor levaria a moto para ser consertada – a levaria.

(D) O professor tinha levado a mot o para ser consertada – t inha levado-a.

(E) O professor estava levando a moto para ser consertada – a estava levando.

A banca apresentou a letra d  como o gabarito, e cheia de razão para isso. O pronomeestá INDEVIDAMENTE após um verbo no PARTICÍPIO, um dos casos de proibição.

Veja as demais opções:

a) Construção certinha. Como vimos, segundo a norma culta, a regra é a ênclise.Assim, a forma “levou-a” é abonada pela gramática.

b) Em “levá-la-á” temos um caso de mesóclise. A forma verbal está no futuro dopresente do indicativo. Seria válida também a próclise, uma vez que o pronome nãoiria iniciar período: “O professor a levará ...” . Aproveite para observar a acentuaçãodessa forma mesoclítica. Cada segmento é considerado um vocábulo para as regras deacentuação (lá do início do nosso curso, lembra-se ainda?).

c) Como o verbo está no futuro do pretérito do indicativo (levaria), o examinadorapresentou o pronome proclítico ao verbo. Também estaria correta a formamesoclítica: O professor levá-la-ia .

e) Desta vez, optou-se pela próclise em relação à locução verbal (O professor a estava levando ). As demais colocações possíveis seriam: O professor estava-a levando  

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( ênc l i se ao ve r bo aux i l i a r , m enos r ecomendáve l po r f o r m ar um eco “ va - a ” ) ouO professor estava levando-a (ên c l ise ao verbo pr inc ipa l ) .

Como podemos ver, nenhuma das opções apresentou próclise ao verbo principal(aquela do pronome ‘solto’ no meio da locução verbal).

1 .9 – PRONOMES DE TRATAMENTO

Entre os pronomes pessoais, destacam-se os pronomes de tratamento, que são usadosno trato com as pessoas.

O pronome a ser utilizado vai depender da intimidade (você, senhor, senhora) e/ou dacerimônia que se tenha com essa pessoa, de acordo com seu cargo, função, título etc.

Esses são pronomes da segunda pessoa do discurso, ou seja, representam a pessoa

com quem falamos. Para isso, usamos um pronome de 2ª pessoa (vós) – VossaMajestade, Vossa Excelência, Vossa Senhoria etc.

Não obstante serem usados ao nos dirigirmos a alguém (2ª pessoa do discurso), essespronomes de tratamento levam o verbo e os pronomes possessivos à 3ª pessoa:

Vossa Excelência t em manifestado su a opinião.

Para simplificar, basta lembrar o mais famoso pronome de tratamento: VOCÊ.

Tudo o que acontece com VOCÊ vai acontecer com qualquer outro pronome detratamento.

Você sab ia  qu e seu  desempenho em Português tem melhorado bastante? 

Então, se usássemos “Vossa Senhoria”, a construção seria:

Vossa Senhoria sab ia  que seu  desempenho em Português tem melhorado bastante? 

Isso tudo se explica: originalmente, a forma de tratamento era “Vossa Mercê”, quevariou para “vosmecê”, dando origem a “você”. Hoje em dia, na linguagem cotidiana,chegamos a abreviar ainda mais: falando, usamos “cê" (‘Cê soube da última?); naescrita, é comum colocarmos “vc”, especialmente em textos coloquiais e da internet.

Assim, encolhemos cada vez mais o pobrezinho! Qualquer dia ele some... rs...

Quando nos referimos a pessoa de cerimônia (sem nos dirigirmos a ela), o pronome aser usado passa a ser de 3ª pessoa: Sua Majestade, Sua Excelência, Sua Senhoria etc.

Raramente, esse tema é objeto de prova. Vejamos uma dessas raras questões:

5 - (FUNDEC / TRT 2ª Região / 2003)

Se na festa de inauguração dos trens alguém resolvesse dirigir-se ao Governador do Estado para agradecer a obra realizada, usando uma linguagem correta e adequada, deveria expressar-se de acordo com a forma da opção: 

A) Senhor Governador, Vossa Excelência tem conhecimento das dificuldades do povo e sabe que todos lhe são extremamente agradecidos por esta obra.

B) Senhor Governador, Vossa Excelência tendes conhecimento das dificuldades do povo e sabeis que todos lhe são extremamente agradecidos por esta obra.

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C) Senhor Governador, Sua Excelência tem conhecimento das dificuldades do 

povo e sabe que todos lhe são extremamente agradecidos por esta obra.D) Senhor Governador, Sua Excelência tens conhecimento das dificuldades do povo e sabes que todos te são extremamente agradecidos por esta obra.

E) Senhor Governador, Vossa Senhoria tem conhecimento das dificuldades do povo e sabe que todos te são extremamente agradecidos por esta obra.

Para nos dirigirmos cerimoniosamente a uma autoridade, usamos o pronome detratamento “Vossa Excelência”. Quem acompanha os debates do Congresso Nacionalvê que cortesia e cerimônia se resumem ao emprego do pronome – o teor do discursoe o timbre da voz derrubam qualquer centelha de respeito entre os parlamentares.

De volta à questão, vamos eliminar a opção e , por apresentar a forma “VossaSenhoria”, que se usa especialmente em ofícios, correspondências e outros

tratamentos cerimoniosos a pessoas “comuns”.Vimos que os pronomes de tratamento, apesar de se dirigem às segundas pessoas dodiscurso (com quem se fala), levam o verbo e os pronomes para a 3ª pessoa(exatamente como faz o pronome “você”). Então, podemos eliminar, também, asopções b  e d  (que empregam verbos nas segundas pessoas, respectivamente do plurale do singular: t e n de s/ t e n s  ).

Ao nos dirigirmos à pessoa do Governador (como indica o enunciado), devemos usar opronome sob a forma de “Vossa Excelência” (pronome de 2ª), como apresentado naopção a ( g a b a r i t o ) , e não “Sua Excelência”, utilizado em referência a ele (O Governador chegou à capital. Sua Excelência – ELE - deve permanecer na cidade até sexta-feira – pronome de 3ª pessoa ) .

2 . POSSESSI VOS

Esses pronomes referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes posse doselementos possuídos.

PESSOA POSSESSI VOS

   S   I   N   G   U   L   A   R 

1ª – EU MEU, MINHA, MEUS, MINHAS

2ª – TU TEU, TUA, TEUS, TUAS

3ª – ELE / ELA / VOCÊ SEU, SUA, SEUS, SUAS

   P   L   U   R   A   L

1ª – NÓS NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS

2ª – VÓS VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS

3ª – ELES / ELAS / VOCÊS SEU, SUA, SEUS, SUAS

Algumas bancas examinadoras exploram bastante a referência textual, solicitando queo candidato indique a qual elemento se refere o pronome possessivo. Muitas vezes, épreciso voltar a ler o texto para identificar a relação entre os vocábulos destacadospelo examinador.

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O pronome varia em gênero e número de acordo com a coisa possuída.

O promotor alm oçou em  su a  casa.Em função do emprego do pronome possessivo “sua” também em relação ao pronomede tratamento “você”, é preciso cuidado para não gerar ambiguidade ao texto.

No exemplo acima, de quem era a casa: do promotor ou de você?

Para eliminar a confusão, lança-se mão de expressão d el e( s ) / d el a( s ) .

Vimos anteriormente que os pronomes oblíquos podem ser usados com valorpossessivo. Trata-se de construção que imprime ao texto elegância.

O vento acariciava- lh e  os cabelos. ( = os seus cabelos / os cabelos dela)

3. DEMONSTRATI VOS

Indicam a posição dos seres em relação às três pessoas do discurso. Essa referênciapode ser em relação a um lugar (posição espacial), a um momento (posição temporal)ou aos elementos de um texto (referência textual).

3 .1 – FUNÇÕES DOS PRONOMES DEMONSTRATI VOS

No quadro a seguir, serão apresentadas as funções dê i t ica , anafór ica e ca ta fór ica  dos pronomes demonstrativos.

O que foi??? Algum problema?? Parece que você levou um susto com essasexpressões. Vamos entender o que cada uma delas significa.

- FUNÇÃO DÊI TI CA: é a capacidade de indicar um objeto sem nomeá-lo. Assim,

quando dizemos “aquele tempo era maravilhoso !”, o pronome demonstrativo indica otempo a que me refiro (tempo distante ocorrido no passado – usamos o pronome “aquele” para indicá-lo).

- FUNÇÃO ANA FÓRI CA e CATAFÓRI CA: em relação ao texto, o pronomedemonstrativo pode se referir a algum elemento que já surgiu (referência anafórica –passado – para trás) ou que ainda surgirá (referência catafórica – futuro – para afrente).

PESSOA 1ª pessoa 2ª pessoa 3ª pessoa

PRONOME ESTE, ESTA, ISTO ESSE, ESSA, ISSO AQUELE, AQUELA,AQUILO

POSI ÇÃOESPACI AL

Perto do falante  Perto do ouvinteLonge do falante e doouvinte

Es te documen t o é  m eu . - O documentoestá bem próximo dofalante (ou mesmo emsuas mãos).

Esse document o é  m eu . - O documentoestá bem próximo doouvinte.

Aque l e documen t o  que es tá na m esa é  seu? - O documentoestá distante tanto dofalante quanto doouvinte.

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POSI ÇÃO

TEMPORAL

Em referência a ummomento presente ouque ainda não passou. 

Em referência a ummomento passado.

Em referência atempos distantes, tantono passado quanto nofuturo.

Este ano es tá sendo p rove i toso . – O ano aque se refere está emcurso (momentopresente).

Essa  no i te sonhe i  com e l a . – A noite aque se refere já passou(passado próximo).

Naque la   opo r tun i dade a l go  es t ranho oco r reu . . –Faz-se menção a ummomento que ocorreuem um passadoremoto.

REFERÊNCI A

TEXTUAL

Em relação ao que sevai enunciar (futuro

próximo). 

Em relação ao que jáfoi mencionado

anteriormente.

Em relação ao que seencontra mais distante

no texto, fazendodistinção entre doiselementos textuais.

O p rob l ema é es te :  n i n g u é m e s t á  sa t i s fe ito com você . –ainda serámencionado aquilo queé indicado pelopronome.

Ni nguém es tá  sa t i s fei to com você .Esse é o p rob l ema  –O pronome faz mençãoao que já foiapresentado .

João e Már io  es tudam na UERJ.Este, Fís ica; aque le,Le t ras . – O pronome

 “este” (Már i o  ) fazmenção ao maispróximo, enquanto que

 “aquele” (João ) serefere ao mais

distante.Não pense que essa nomenclatura (dêitico / anafórico) é preciosismo da professora.Apresento esses nomes a vocês porque eles podem cair em prova. Veja só a questãode prova elaborada pelo NCE/UFRJ.

TEXTO – DE UMA VI DA A OUTRA

Segundo o Ministério da Saúde, em janeiro de 2003 havia 51.760 pessoas na lista deespera para transplante.

Dado o tamanho do país – e, infelizmente, o grau de violência – seria de se esperarque o auxílio viesse rápido. De certa forma, a população está mais sensibilizada para o

problema. O número de doações cresce desde 1997. De lá até o ano passado,saltamos de 3.932 para 8.031 transplantes realizados. As estatísticas mostram que oBrasil é o segundo do mundo em doações em números absolutos, perdendo dosEstados Unidos.

Proporcionalmente ao tamanho da população, fica em nono lugar. Ou seja, o brasileiroé generoso, mas precisa fazer mais.

Isto É, fevereiro de 2003

6  - Entre as alternativas abaixo, aquela que apresenta um termo sublinhado de valordêitico:

(A) “seria de se esperar que o auxílio viesse rápido”;

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(B) “a população está mais sensibilizada para o problema”;

(C) “De lá até o ano passado...”;(D) “De lá até o ano passado”;

(E) “mas precisa fazer mais”.

O gabarito oficial da banca foi a letra D.

Contudo, questionamos essa resposta.

Dêix is é a propriedade que têm alguns elementos linguísticos, tais como pronomespessoais e demonstrativos, de fazer referência ao contexto situacional ou ao própriodiscurso, em vez de serem interpretados semanticamente por si sós.

Esta definição nos é dada por Aurélio Buarque de Hollanda, em seu consagrado

dicionário.A essa palavra se relaciona o adjetivo DÊITICO, que designa as palavras comcapacidade intrínseca de situar os elementos presentes no discurso e de fazerreferência à enunciação realizada.

Em resumo, uma palavra em uma função dêitica serve como referência a um elementoou informação contextualizada. Essa função exercida “por excelência” pelos pronomesdemonstrativos, mas que também pode ser observada em um advérbio – cá, lá, aqui,agora - ou até mesmo um substantivo.

Dessa forma, podemos afirmar que na construção “De lá até o ano passado ”, tanto oadvérbio “lá”, que se refere ao ano de 1997, citado na oração imediatamente anterior,quanto a expressão “o ano passado”, que se contextualiza com o ano de 2003

mencionado no primeiro período do texto, seriam exemplos de termos de valor dêitico.Assim, por haver duas respostas válidas (opções C e D), foi solicitada a anulação dessaquestão, mas infelizmente a banca não modificou o gabarito, mantendo apenas a letraD. Fazer o quê...

Em relação às referências textuais, podemos simplificar a sua vida um pouquinho. Vejaa seguir um método para memorizar o correto emprego dos pronomes demonstrativos.

3 .2 - PRONOM ES DEMONSTRATI VOS EM REFERÊNCI AS TEXTUAI S

Quando um pronome demonstrativo faz referência a algo já mencionado no texto, ouseja, a algo que está no “paSSado” do texto, deve-se usar ESSE / ESSA / ISSO (com oSS do paSSado). Se a referência ainda vier a ser apresentada (pertence ao fuTuro),usa-se ESTE / ESTA / ISTO (com o T do fuTuro) – gos t ou dessa d i ca m nemôn ica?   

Modernamente, reduziu-se o rigor no emprego do pronome demonstrativo emreferências textuais, inclusive em relação às provas (veremos em seguida). Contudo,em textos formais, deve-se observar o correto emprego dos pronomes demonstrativos.

Veja como isso foi explorado em uma questão de prova da ESAF.

7 - (TRF 2002.1) Assinale a opção em que uma das duas possibilidades de redação está gram aticalment e incorreta.

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a) A economia americana sobreviveu a muitos percalços e, até o início da curta e 

moderada recessão, da qual parece começar a emergir, conheceu nove anos de uma das mais exuberantes expansões de sua história. / A economia americana sobreviveu a muitos percalços e conheceu nove anos de uma das mais exuberantes expansões de sua história até o início da curta e moderada recessão,de que parece começar a emergir.

b) O professor Paul Kennedy, figura expressiva da “escola do declínio” na década de 80, confessa ter m udado de posição. Temia o pior em 198 5, quando o esforço militar consumia 45% do PIB. / Figura expressiva da “escola do declínio” na década de 80, o professor Paul Kennedy confessa que mudou de posição. Temia o pior em 198 5, quando o esforço militar consumia 45% do PIB.

c) Pensa hoje que se tornou barato adquirir a hegemonia ao preço de 3,8% de PI B florescente e produtividade que perm ite encarar sem susto o mom ento 

próximo em que os EUA gastarão com a defesa US$ 1 bilhão por dia. / Seu pensamento hoje é esse: tornou-se barato adquirir a hegemonia ao preço de 3,8% de PIB florescente e produtividade que permite encarar sem susto o momento próximo em que os EUA gastarão com a defesa US$ 1 bilhão por dia.

d) Não quer isso dizer que os americanos sejam onipotentes ou possam ignorar para sempre alguns ameaçadores desequilíbrios de sua economia e as reações do resto do mundo. / Não quer isso dizer que os americanos sejam onipotentes ou que alguns ameaçadores desequilíbrios de sua economia e as reações do resto do mundo possa por eles serem ignorados para sempre.

e) Significa apenas reconhecer que a atual configuração do poder mundial está longe do declínio e que um país como os Estados Unidos tem uma extraordinária capacidade para recuperar-se de erros que para outros seriam provavelmente fatais. / Significa apenas o reconhecimento de que a atual configuração do poder mundial está longe do declínio e de que um país como os Estados Unidos tem uma extraordinária capacidade para recuperar-se de erros que para outros seriam provavelmente fatais.

(Itens adaptados de Rubens Ricupero)

O gabarito foi a letra d . O segundo segmento apresenta um e r r o de construção dalocução verbal: alguns ameaçadores  desequ i l í b r ios   de sua economia e as  reações   do resto do mundo possa por eles serem  ignorados .

O sujeito é composto e tem dois núcleos: desequ i l í b r ios e r eações  . Em uma locução

verbal que apresente dois verbos auxiliares (poder + ser + ignorar), o que se flexionaé o p r i m e i r o verbo auxiliar (PODER), enquanto que o segundo auxiliar e o verboprincipal ficam sob formas nominais (respectivamente, infinitivo e particípio). Ocorreto, portanto, seria “possam se r i gno r ados”.

O que nos interessa, para esta aula de PRONOMES, é observar a opção c. Este item foiconsiderado CORRETO pela banca da ESAF.

Note que, no segundo segmento, o autor usa o pronome demonstrativo esse emreferência catafórica (algo que ainda será mencionado – para frente): “Seu pensament o hoje é esse: tornou- se barato adquirir a hegemonia ...” .

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Isso, segundo os puristas, seria um erro. Contudo, a banca indicou esse item comoco r r e t o , reforçando a tese de que se reduziu o rigor gramatical no emprego dopronome demonstrativo em relação aos elementos textuais.

E na hora da prova, o que fazer??? Neste caso, o candidato, para indicar a formai nco r r e t a , estava diante de uma forma duvidosa de referência pronominal (em vez de “este” foi empregado “esse”) e de uma locução verbal com construção totalmenteinaceitável. Ele deveria ficar com a segunda. Analise todas as opções antes de marcar.

3 .3 – CONTRAÇÃO DO PRONOME COM PREPOSI ÇÃO

Pode ocorrer a contração dos pronomes demonstrativos com as preposições a, de  e em .

Àque la  hora morta da madrugada, todos dormiam.

Daque le  dia em diante, nunca mais fumei.

Ficaremos nes t a  posição at é você chegar. 

OBSERVAÇÃO: Em expressões de tempo (dia, mês, ano, dia da semana), pode-seomitir a preposição em . Na linguagem formal, recomenda-se manter a preposição.

Vou viajar (n) este ano.

(N)esta segunda-feira, será divulgado o resultado do concurso.

“( No) Domingo, eu vou ao Maracanã,...” 

3 .4 OUTROS PRONOMES DEMONSTRATI VOS

O pronome o (e flexões - a, os, as) também pode ser demonstrativo e aparecer juntoao relativo qu e ou da preposição de, equivalendo a a qu e le ( s) / a q ue la ( s ) / a qu i lo .

Fiz o  que você mandou.

Somos o  que podemos ser.

Prefiro a  da direita.

Pode também figurar sozinho, equivalendo a “isto, isso, aquilo”.

Ele me pediu par a sair da sala, e o fiz. (fiz isso – “ sair da sala”)

Nesse caso, quando um pronome demonstrativo faz referência a algum elemento dotexto, quer antecedente (referência anafórica), quer subsequente (referênciacatafórica), lança-se mão de um recurso linguístico para evitar a repetição de palavras,expressões ou mesmo orações:

 “Os sem-terra ameaçavam invadir a fazenda e  isso  aconteceu no último domingo.” .( i s so = i nvad i r a f azenda ) .

 “Para obter a aprovação em um concurso público, são necessários estes elementos: estudo, dedicação e persistência.”  ( es tes = es tudo, ded icação e pers is tênc ia ) .

Esse pronome demonstrativo (o ) pode, inclusive, representar toda a oração:

Sua mãe não era fácil, ele mesmo o  sabia (= que sua mãe não era fácil).

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Aparecem ainda como demonstrativos os vocábulos t a l , mesmo, p r óp r io eseme lhan t e , quando equivalerem aos casos já citados.

Vimos, inclusive, na aula sobre Concordância (Aula 4 – item 1 .5 ) que, como pronomesdemonstrativos, essas palavras se flexionam em gênero e número com o substantivoque acompanham.

Estamos no m e s m o  lugar. (NESSE LUGAR)

Ta l  atit ude é inaceitável. (ESSA ATI TUDE)

Lucas errou e doeu-se por  seme lhan t e  descuido. (ESSE DESCUIDO)

Como realce, estes pronomes também se harmonizam com o substantivocorrespondente:

Elas chegaram à conclusão por si pr óp r ias  , por si m e s m a s  .

Não há respaldo para o emprego do vocábulo mesmo ( e va r ian t es ) no lugar de umsubstantivo, como se observa atualmente na linguagem coloquial:

Para abrir a porta, bata até que a m e s m a  quebre. (Ui! Essa doeu!!)

Para evitar esse tipo de construção, sugerem os gramáticos a substituição porpronomes pessoais ou demonstrativos, por um sinônimo ou até mesmo a repetição dapalavra. Tudo menos esse m o s t r e n g o (é assim mesmo que se escreve essa palavra –se não acreditar, procure o Aurélio!).

Não confunda esse pronome MESMO (demonstrativo) com:

a) a palavra denotativa de inclusão m e s m o (equivalente a at é).

Mesmo uma ameba retardada seria capaz de entender aquela lição.

b) advérbio m e s m o, equivalente a “realmente”, “de fato”, “de verdade”.

O que ela queria m e s m o  era me atingir.

Uma dica: palavras denotativas e advérbios são INVARIÁVEIS!

4 - I N D EFI N I D OS

Como o próprio nome já indica, referem-se à terceira pessoa com sentido vago ouindeterminado.

São exemplos: a lgum , nenhum , t odo , ou t r o , mu i t o , cer t o , vá r ios , dem a is, t an t o ,quan t o , qua lque r , a lguém, n inguém, t udo , ou t r em , nada , cada , a lgo , ma is ,m enos , que , quem, (LOCUÇÕES) cada qua l , qua lque r um , quem qu e r e t c .

4 .1 – OBSERVAÇÕES SOBRE ALGUNS PRONOMES I ND EFI NI DOS

ALGUM - O pronome indefinido a lgum , posposto ao substantivo, assume valornegativo:

Problema a lgum  irá m e fazer desisti r de estudar. (= NENHUM PROBLEMA)

Acredite se puder: esse conceito já caiu em prova:

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8 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005)

Assinale a opção em que a mudança na ordem dos termos altera substancialmenteo conteúdo semântico do enunciado:

(A) Algum valor deve ser dado a este tipo de quadro / A este tipo de quadro, valoralgum deve ser dado;

(B) São duas estas ofertas especiais / Estas ofertas especiais são duas;

(C) Qualidades que são pelos inimigos reconhecidas / Qualidades que sãoreconhecidas pelos inimigos;

(D) É isto que permite ao professor ganhar um melhor salário / Isto é que permiteao professor ganhar um melhor salário;

(E) Esta qualidade intelectual pode ser construída aos poucos / Pode esta qualidade

intelectual ser construída aos poucos.A resposta foi, logicamente, a letra A .

Em “algum problema”, o pronome indica a existência de pelo menos um problema. Jáem “problema algum”, o pronome passa a ter valor negativo, indicando a presença denenhum problema.

DEMAI S - Não confunda o pronome indefinido dema is com o advérbio homônimo.Esse vocábulo é indefinido quando equivale a ‘outros’ e se referem a substantivos. Já oadvérbio indica intensidade, modificando um verbo (Ele bebe demais), adjetivo (Ele é alto dem ais) ou um advérbio (Ele fala alto demais) .

Fiquei com dois cãezinhos. Os dema is  (= OUTROS) for am vendidos na feira.

QUALQUER – É o único vocábulo da língua portuguesa que se flexiona “no meio” –quaisquer  – em virtude do processo de formação (pronome indefinido qua l + verboquer ).

TODO – Existe diferença entre o emprego desse pronome diretamente ligado aosubstantivo e acompanhado de um artigo. Isso só acontece no singular.

No primeiro caso, assume valor indefinido:

Toda criança tem direito a assistência familiar. ( = qualquer criança)

No segundo caso, acompanhado de artigo, passa a significar “inteiro ”.

Toda a criança ficou m achucada. ( = a criança toda – inteira)5 - I NTERROGATI VOS

Como os pronomes indefinidos (que no fundo também são), referem-se à terceirapessoa de modo vago em interrogações (diretas e indiretas)

As diretas exigem uma resposta imediata e terminam com um ponto de interrogação.Já as indiretas se constroem em períodos compostos (normalmente com verbos saber,ver, verificar, ignorar  etc.) e não terminam com ponto de interrogação (com pontofinal, reticências etc).

Quem  vai à praia? / Eu não sei o qu e  você tem feito.

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Cuidado para não confundir certos pronomes indefinidos com pronomes relativos demesma grafia.

Os pronomes indefinidos formam perguntas, mesmo que indiretamente.

Não sei q u a n t a s  velas serão colocadas em seu bolo de aniv ersário.

  Quantas  velas serão colocadas? 

Já os pronomes relativos possuem referentes que já foram mencionados.

Coloque tantas ve las   quan t as  sejam necessárias.

O pronome relativo quan t as se refere a ve las  . Não poderia ser construída uma oraçãointerrogativa direta, como no exemplo anterior.

6 - RELATI VOS

Sem medo de errar, afirmo que a maior parte das questões de prova que tratam dePRONOMES exploram o conhecimento do candidato acerca do emprego dos PRONOMESRELATIVOS.

6.1 - DEFI NI ÇÃO

Os pronomes relativos referem-se a termos an t eceden t es. Já falamos sobreconcordância e regência com pronomes relativos. Agora, veremos quais são essespronomes e como devem ser empregados na or ação subo r d inada ad je t i va queiniciam, especialmente em relação aos seus referentes e ao emprego de preposição.

Sempre que abordo “pronomes relativos”, lembro a história da Branca de Neve (é

sério!!!) – dos sete anões, seis apresentavam características particulares e fisicamenteeram parecidos (pareciam gnomos); somente um deles se destacava dos demais – eracompletamente diferente (parecia um duende, era mudo) e recebia tratamentoespecial (dizem que era o preferido da princesa... na qualidade de “mãe de meninas”,estou por dentro dos detalhes...rs...).

Agora, vamos fazer uma analogia com os pronomes relativos.

Os pronomes q ue /o qua l , onde , quando , q u a n t o, c o m o e quem devem ser usados,cada qual, de acordo com seus próprios referentes, mas, grosso modo, fazem amesma coisa - r e f e r ênc ia a um subs t an t i vo an t eceden t e.

Já “cujo” (o “Dunga” do grupo e, sem dúvida, o predileto das bancas examinadoras) édiferente de todos – liga dois substantivos com “ideia de posse” (coisa que os outros

não fazem), flexiona-se em gênero e número com o substantivo subsequen t e (coisaque os outros também não fazem – “o qual” varia, mas de acordo com o antecedente).

Talvez seja esse o motivo de tanta gente já ter abolido o pobrezinho do seu dia a dia(mataram o “Dunga”, e não é o técnico da nossa seleção – é o pronome CUJO!!! ),usando o “que” indevidamente no seu lugar.

Não é raro ouvirmos esse erro por aí, inclusive em músicas. Veja um exemplo disso:

Eu presto atenção em  cores que eu não se i o   n o m e   / Cores de Alm odóv ar / Cores de Frida Khalo... cores 

(Esquadros – Adriana Calcanhot o)

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O que ela não sabe? O nome das cores.

Então, a construção seria: Eu presto atenção em cores cu j os nom es não sei .Mas NINGUÉM IA CANTAR ISSO AÍ!!! A música não faria tanto sucesso...rs...

Do jeito que está, até hoje toca nas rádios.

Agora, observe a letra de uma música do fenomenal Chico Buarque: “A Foto da Capa”,do disco “Paratodos”. Em sua letra, o compositor usou corretamente o pronome CUJOna música e, como eu previ aí em cima, a música não fez sucesso (...rs...).

Segue a letra para os que não conhecem a canção:

O retrato do artista quando moço Não é prom issora, cândida pintura É a figura do larápio rastaquera 

Numa fot o que não era para capa U ma pose pa r a câmer a t ão du r a  Cu j o foco t oda l í r i ca so lapa 

Era r ala a luz naquele calabouço Do talento a clarabóia se tampara E o poeta que ele sempr e se soubera Claramente não mirava algum futuro Via o tira da sinistra que rosnara E o fotógrafo frontal batendo a chapa 

É uma foto que não era para capa Era a mera contracara, a face obscura O retrato da paúra quando o cara Se prepara para dar a cara a tapa 

O f oco da câm era solapa (destrói ou oculta, esconde) toda lírica (poesia, beleza) emvirtude da dureza (rigidez) daquela. A relação de subordinação entre os dois elementos(foco da câmera) abona o emprego do pronome relativo CUJO.

Lindo isso, não é? Tinha de ser mesmo do Chico!

Outra letra nos foi trazida por Antônio, um querido colaborador do curso passado. Acanção se chama “Raça Humana” e é de Gilberto Gil (outro campeão de citações docurso...rs...). Veja só.

A raça humana é o cristal de lágrima 

Da lavra da solidão D a m ina , c u j o m a p a   Traz na palma da mão 

Você encontra a letra na íntegra no seguinte endereço eletrônico:

http://www.gilbertogil.com.br/sec discografia view.php?id=24 

Bom proveito!

Vou lançar, agora, um desafio. Quero conhecer outras músicas com o emprego dopronome CUJO, empregado c o r r e t a m e n t e (acho que é o mesmo que achar umaagulha no palheiro...rs...) ou não .

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Quem encontrá-las, pode publicar no fórum ou mandá-las para mim([email protected]) . Vamos enriquecer nossa aula. Conto com aparticipação de vocês.

6 .2 – CARACTERÍ STI CAS DOS PRONOMES RELATI VOS

QU E Pode ser usado com qualquer antecedente, por isso chamado de “pronomerelativo universal”. Normalmente é empregado em relação a “coisa”, já queos demais referentes têm pronomes relativos específicos (lugar, quantidade,modo).Aceita somente preposições monossilábicas, exceto sem e sob .

O QUAL Assim como “que”, pode ser usado com qualquer antecedente. Aceitapreposição com duas ou mais sílabas, locuções prepositivas, além de sem e

sob (rejeitadas pelo “que”).É usado quando o referente se encontra distante ou para evitarambiguidade: Visitei a tia do rapaz que sofreu o acidente.Quem se acidentou? O rapaz ou a tia dele? Para evitar a dúvida, uso “oqual” para ele ou “a qual” para ela.

QUEM Somente usado com antecedente PESSOA. Sempre virá antecedido depreposição – Ele é o rapaz de quem lhe falei. 

ONDE Utilizado quando o referente for lugar, ou qualquer coisa que a isso seassemelhe (livro, jornal, página etc.) – “A gaveta onde guardei o dinheiro foi arrombada.” ; pode ser substituído por “em que”.

COMO Usado com antecedente que indique MODO ou MANEIRA – O jeito como 

escreve m ostra a pessoa que é. QUANDO O antecedente dá ideia de TEMPO, também equivalente a “em que” – Época  

de ouro era aquela, quando   todos andavam tranquilos pelas ruas.  

QUANTO O antecedente dá ideia de QUANTIDADE - normalmente precedido de umpronome indefinido (tudo, tanto(s), todos, todas) – Tenho tudo quanto quero. Leve tantos quanto quiser. 

Esses pronomes relativos representam sempre substantivos ou pronomes substantivosnas orações adjetivas que formam.

Mais uma vez alertamos para não confundi-los com pronomes interrogativos que idênticagrafia. Estes não têm antecedentes e podem aparecer em orações interrogativas diretasou indiretas (Quem  bateu? / Não sei onde  moras/  Q uan t o  custa? /  Como farei? / Preciso saber quando  estará pront o o almoço. /  Qu e  gostaria de saber?).

CUJO (e f lex ões) – o m ais especia l de t odos ; liga dois substantivos indicando ideiade posse (entre os substantivos, haveria uma preposição de) – “O rapaz cuja mãe faleceu recentemente procurou por você.” (mãe  d o  rapaz faleceu – rapaz cuja mãe faleceu);  concorda com o substantivo subsequente, flexionando-se em gênero e número,e dispensa o artigo (não existe “cujo o” ou “cuja a”);

DI CA:

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Ao usa r o p r onom e r e la t i vo , ve r i f i que:

1 – qua l deve se r o p r onome ma is adequado , a depender do an t eceden t e( co isa , pessoa, tem po, mod o, lugar . . .) ;

2 – se o a lgum t e r m o na o r ação ad je t i va ex ige p r epos ição .

Para não errar, os conceitos de regência devem estar “vivinhos” em sua memória.

Exemplo:

( 1 ) Est e é o l i v r o | que ganhe i .

Oração pr in c ipa l: Este é o livro

Oração  subo r d inada ad je t i va: que ganhei - O verbo ganhar é transitivo direto (eu

ganhei o livro) e não rege preposição.( 2 ) Est e é o l iv r o | a que me r e f e r i .

Oração  pr inc ipa l: Este é o livro

Oração   subo r d inada  ad je t i va : a que me referi – o verbo r e f e r i r - se é indireto erege a preposição a (eu me referi ao livro). Por isso, a preposição antecede o pronomerelativo, que está no lugar do termo regido – “livro”.

( 3 ) Aque le é o p r o f esso r | po r qu em eu t enho m u i t a adm i r ação .

Oração  pr inc ipa l: Aquele é o professor

Oração  subo r d inada ad je t i va : por quem eu tenho muita admiração – o substantivoadmiração rege preposição por , que antecede o pronome relativo que substitui o

termo regido – “professor” (eu tenho muita admiração pelo professor).Algumas bancas, como a Fundação Carlos Chagas, se cansam de apresentar questõesque envolvem o emprego de preposição (sintaxe de regência) com pronomes relativos.Veremos uma série delas nos exercícios de fixação.

Para compreender a “mecânica” da coisa, vamos treinar:

9 - (NCE UFRJ / ARQUIVO NACIONAL Agente Adm./ 2006)

“com a qual ninguém deseja se identificar”; a utilização da preposição COM antes do pronome relativo QUE se deve à regência cobrada pelo verbo IDENTIFICAR- SE. A alternativa em que houve erro num caso semelhante de regência é: 

(A) da qual ninguém desejava afastar-se; 

(B) contra a qual ninguém queria lutar; 

(C) com a qual n inguém discordava;  

(D) sem a qual ninguém podia sair; 

(E) pela qual ninguém escapava.

O enunciado já ajuda o candidato. Ele apresenta a regência do verbo iden t i f i car -se :Alguém se identifica COM alguma coisa/alguém.

O candidato deve marcar o item que apresenta erro no emprego da preposição antesdo pronome relativo. Para isso, deverá analisar a regência de cada um dos verbos.

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A) ninguém desejava afastar-se –  O verbo a f as t a r - se ( p r onom ina l ) rege apreposição de:  Alguém se afasta de  algum lugar.

Por isso, está correto o emprego da preposição antes do pronome relativo “a qual”: da qual ninguém desejava afastar-se.

B) contra a qual ninguém queria lutar  – Vamos verificar a regência do verbo l u t a r :Alguém luta con t r a  algo ou alguém . Como devemos usar uma preposição dissílaba, oúnico pronome relativo cabível é “a qual”. Está certa.

C) com a qual ninguém discordava . O verbo d iscordar rege a preposição de , e não “com”. Alguém discorda  d e  alguma coisa. Por isso, está INCORRETA essa construção.Esse é o gabarito. A forma correta seria: da qual ninguém discordava.

D) sem a qual ninguém podia sair  – Vimos também que, com a preposição sem , nãopodemos usar o pronome relativo qu e; assim, está correta a forma apresentada.

E) pela qual alguém escapava –  Essa era a opção mais difícil. O verbo escapar  apresenta as seguintes possibilidades de regência:

- escapar a/ d e: livrar-se – “eu escapei de ser assaltado.” ;

- escapar a ou escapar- l he: passar despercebido, ser omitido – “esse assunto escapa à minha m emória.” ;

- escapar (intransitivo): sobreviver – “O carro bateu fortement e, m as eu escapei.”;  

- escapar p or : fugir por algum lugar, indicando direção – o ladrão escapou pelo telhado .

Como outra opção (C) apresentou um erro grosseiro de regência (C), não resta dúvidade que o examinador optou pela última construção (escapar por alguma saída = pela 

qual alguém escapava) .Mais uma questão de prova.

10 - (FGV / MPE AM / 2002 )

Assinale a alternativa em que a preposição utilizada antes de cuja  N ÃO  é a correta.(A) Ele é o cronista sobre cuja prosa escrevi alguns artigos.(B) Ele é o cronista de cuja prosa já me pronunciei.(C) Ele é o cronista com cuja prosa mais me entretenho.(D) Ele é o cronista a cuja prosa já fiz reparos.(E) Ele é o cronista por cuja prosa mais me interesso.

Agora, vamos botar o preconceito de lado e usar o pronome CUJO (coitadinho...).

Entre “cronista” e “prosa” (dois substantivos), há uma relação de subordinação (aprosa do cronista).

Então, o pronome adequado é CUJO (... cronista cuja pr osa...) .

Não há diferença alguma em relação ao que já vimos. Identifique a preposiçãoporventura exigida pelo verbo da oração adjetiva e coloque-a antes do pronomerelativo, assim como você fez no exemplo anterior.

Analisando cada uma das opções:

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A) Eu escrevi alguns artigos sob r e a prosa do cronista = sobre cu ja prosa eu escrev i  

B) Eu já me pronunciei .... a prosa do cronista – bem, no sentido de emitir opinião, overbo PRONUNCIAR-SE aceita as preposições / locuções prepositivas:

•  em -  pr onun c iar - se em a lgum assun t o ;  

•  sobre -  pr onun c iar - se sob r e a lgum assun t o ; 

•  acerca de -  pr onunc ia r - se acer ca de a lgum assun t o ; 

•  a respe i to de -  pr onunc ia r - se a r espei t o de a lgum assun t o ; 

•  por -  pr onun c iar - se po r a lguém ( a f avo r ou con t r a ) .

As possibilidades seriam: Eu já me pronunciei  s ob r e / a r es p ei t o d a/ a ce r ca d a/ n a   prosa do cronista. O verbo não aceita a preposição de . Essa é a opção INCORRETA.

C) Eu me entretenho com a prosa do cronista = com cu ja p r osa eu me en t r e t enho  

D) Eu já fiz reparos (fazer observação, comentário crítico) à prosa do cronista–(também se admite a preposição sob r e  ) = a cu ja prosa eu f iz reparos  

E) Eu me interesso pe la prosa do cronista = por cu ja p r osa eu m e in t e r esso  

Mais uma questão para treinarmos.

11 - (FCC / BANCO DO BRASIL / 2006)

A expressão de que preenche corretamente a lacuna da frase:(A) A privação ...... o autor não se conforma é a de itens como aspirina,fósforos e leituras.

(B) O cronista não está nada interessado num tipo de vida ...... muita genteaspira.

(C) Há detalhes desagradáveis da vida rústica ...... muita gente parece omitir,no entusiasmo de seus relatos.

(D) Muitos leitores partilharão das mesmas fobias ...... o cronista enumerou emseu texto.

(E)   Há quem veja como supérfluos os recursos urbanos ...... o cronista se

recusa a abrir mão.

Essa é a banca campeã nesse assunto.

Nessa questão, o examinador procura a opção que deve ser preenchida com DE QUE.Para isso, o verbo da oração adjetiva deve reger a preposição DE. Vamos buscá-lo.

A) O autor não se conforma COM a pr i vação – a preposição que antecede o pronomerelativo qu e  é COM e não DE.

B) Muita gente aspira A um t i po de v ida – também não é essa a resposta correta.

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C) Muita gente parece omitir deta lhes desagradáve is da v ida rús t ica – o verboO M I T I R é transitivo direto e não exige nenhuma preposição nesta acepção.

D) O cronista enumerou as mesmas f ob ias – outro verbo transitivo direto. O verboe n u m e r a r se liga diretamente ao seu complemento, dispensando a preposição.

E) O cronista se recusa a abrir mão DOS recursos ur banos – Ufa! Até que enfim! Jáestava ficando nervosa. Essa expressão (“abrir mão ”) exige a preposição DE. É essa aresposta correta: gabarito foi l e t r a E. 

6 .3 – COM A EXPRESSÃO “ O QUE”

O pronome “que” sempre será um pronome relativo após o pronome demonstrativo “O”.

Cuidado com a concordância verbal nesse caso. Por estar se referindo aodemonstrativo (que está no singular), o relativo, na função de sujeito, leva o verbotambém para o singular:

O que impor t a  para mim são os meus filhos.

Análise:

•  o = aquilo – pronome demonstrativo

•  que = pronome relativo

•  o que importa = Aquilo que import a para mim são os meus filhos.

Mais um exemplo:

O que fa l ta  são recursos .

O sujeito do verbo f a l t a r é o pronome relativo qu e. O verbo ser concorda com opredicativo do sujeito, que está no plural. Essa possibilidade de concordância foiabordada na aula específica (item 5 .c da Aula 5 – Concordância parte 2).

Políticos corr upt os é o que não f a l t a  nesse país.

Nessa construção, o sujeito de f a l t a r é novamente o pronome relativo, presente nosegmento “o qu e não f a l t a”.

O antecedente do pronome relativo, em todos esses casos, é o pronome demonstrativo “o”.

Quando, em vez de sujeito, o pronome relativo é complemento verbal, todo cuidado épouco com a preposição exigida pelo verbo da oração adjetiva.

Preciso saber  n o  que ele pensa.

Alguém pensa em  alguma coisa . O verbo pensar rege a preposição em .

Já o verbo saber , da primeira oração, é transitivo direto (alguém sabe alguma coisa).

(eu) preciso saber isso:  "aquilo em que ele pensa”.

O registro culto formal da construção deveria ser, portanto:

Preciso saber  o em  que ele pensa.

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Já vamos começar a nos ambientar com a divisão dos períodos.

Para visualizar melhor, vamos dividir o período em orações:1ª oração - Prec iso saber o  (= isso)

2ª oração - em que e le pensa  . (A preposição é exigida pelo verbo pensar ; por isso,pertence à segunda oração).

Em virtude disso, há erro de regência em construção como esta:

O que mais gosto é chocolate.

Alguém gosta de  alguma coisa. Há necessidade de se empregar a preposição antes doelemento que representa essa “coisa”:

O d e  que mais gosto é chocolate.

Só que a proximidade do “o” com a preposição “de” acabou formando, na linguagemcoloquial: Do que eu mais gosto é (de) chocolate.  

Essa forma recebe a simpatia de muitos gramáticos, embora não seja endossada pelospuristas.

Vamos reproduzir as palavras de Bechara, em seu maravilhoso “Lições de Português pela Análise Sint ática” :

 “Com freqüência, a preposição que deveria acompanhar o relativo emigra para oantecedente deste relativo:

Não sei no que  pensas (por “o e m q u e  ” )

 “Agora, já sabe a fidalga n o q u e ele estraga o dinheiro” 

Estas emigrações de preposição para o antecedente do relativo tornam a construçãomais harmoniosa e espontânea. Os seguintes exemplos de RUI BARBOSA, emboragramaticalmente corretos, trazem o selo do artificialismo:

 “Assim me perdoem, também, os a quem  tenho gravado, os com quem  houver sido injusto, violento, intolerante...” (Oração aos Moços, 23)

“ Os meus serão os a que me julgo obrigado...” (Ibid, 61)” 

Acredite: isso já caiu em prova recentemente!!!

A banca foi Fundação José Pelúcio Ferreira (quem?????...rs...) e a prova foi para ocargo de Fiscal da Prefeitura de Porto Velho – RO. Analise o item e me diga se estácerto ou errado.

Er a eu o a quem v inham r e f e r indo - se com o m au ges t o r da co i sa púb l i ca  

A banca buscava o item com “mau uso do pronome relativo” e esta construçãoencontrava-se na opção A (maldade!!!). Muita gente marcou e partiu para o abraço.Pobrezinhos!!! Um aluno, que me encaminhou a dúvida, questionou: “Professora, essa questão não está malfeita?” .

Minha resposta foi: “Não, meu querido, ela está PERFEITA.” 

Para ficar bem claro que esse “o” está em posição correta, troque-o por outro pronome– que tal “aquele”? Vamos lá.

“ Era eu AQUELE a quem v inh am re fer in do-se . .. ”  

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O verbo REFERIR-SE rege a preposição “a” (alguém se refere A alguma coisa). Como opronome relativo “quem” sempre se refere a “pessoa” e vem sempre preposicionado,está certinha a construção.

Vamos, agora, analisar uma questão de prova da ESAF.

12 -  (Analista Comércio Exterior/ 1998 )

Marque o item sublinhado que apresenta erro gramatical ou impropriedadevocabular.

A primeira expedição científica à(A) Amazônia foi feita em 1638 por GeorgeMarcgrave, um naturalista alemão. Até o final do século XVII, o que se

procuravam(B) eram animais exóticos, dentro da ótica do "estranho mundo novo":peixe que dá choque, aranhas gigantes, mamíferos que vivem submersos nos rios.Nos séculos seguintes, o objetivo passou a ser a coleta do maior número possível debichos de diferentes espécies. Até os anos 40, os museus estrangeiros pagavamcoletores profissionais(C) para levar espécimes(D) da fauna e flora nacionais(E) parasuas coleções. O Brasil só assumiu a pesquisa científica na Amazônia há poucasdécadas. Agora, a idéia é conhecer para preservar.

a) A

b) B

c) C

d) D

e) E

O gabarito foi letra B 

ACORDO ORTOGRÁFI CO: A palavra “ideia” não recebe mais acento agudo.

O tema era concordância verbal com construção de voz passiva. Na passagem,podemos observar a forma abordada neste último ponto – pronome demonstrativo “o” acompanhado do pronome relativo “que”.

Vamos aproveitar para relembrar um pouco de sintaxe de concordância.

Quando um verbo de transitividade direta ou direta e indireta estiver acompanhado dopronome se, todo cuidado é pouco: poderemos estar diante de uma construção de vozpassiva.

Para confirmação, temos de fazer duas perguntas:

1 – O verbo é transitivo direto (TD) ou transitivo direto e indireto (TDI)?

2 – Existe uma ideia passiva na construção?

Se ambas as respostas forem SIM, estamos diante de uma construção de voz passivae, então, o verbo deverá se flexionar de acordo com o sujeito paciente.

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A existência de um objeto direto na transitividade do verbo é necessária pois, comovimos na aula sobre verbos, o objeto direto da construção de voz ativa irá exercer afunção essencial de sujeito da voz passiva.

Na questão de prova ora comentada, “o que se procuravam eram animais exóticos ”,temos de fazer duas análises: a primeira, em relação à construção:

1 ª p er g u n t a: O verbo é transitivo direto (TD) ou transitivo direto e indireto (TDI)?

Resposta: O verbo procurar é transitivo direto (alguém procura alguma coisa).

2 ª p er g u n t a: Existe uma ideia passiva na construção?

Resposta: Sim, existe ideia passiva – os animais eram procurados.

Conclusão: temos uma construção de voz passiva.

A segunda análise versa sobre o antecedente do pronome relativo q ue. Para isso,vamos separar as orações:

Período composto: “o |  que se procuravam  | eram animais exóticos” 

1ª oração: o [ pronome demonstrativo = aquilo]  eram animais exóticos – ORAÇÃOPRINCIPAL

2ª oração: que se procuravam – ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA (lembre-se:pr onom e r e la t i vo sempr e i n i cia um a o r ação ad je t i va !)

O pronome qu e é relativo e tem como antecedente o pronome demonstrativo o . Porisso, o verbo que o segue deverá ficar no singular.

Para melhor compreensão, iremos fazer a substituição do pronome relativo QU E pelotermo que substitui, o pronome demonstrativo “o”. Para simplificar ainda mais, em vezde “o”, colocaremos “aquilo”, seu equivalente.

 “q u e se procurava” - “aqu i l o se procurava” = AQUILO era procurado.

Viu? O verbo só poderá ficar no singular.

Na oração principal (“o eram animais exóticos ”), devemos relembrar a concordância doverbo ser .

Esse é aquele verbo especial, que admite a concordância tanto com o sujeito quantocom o seu predicativo.

De um lado, como sujeito, existe um pronome substantivo demonstrativo o - COI SA.

De outro lado, na função de predicativo do sujeito, há um substantivo acompanhadode um adjetivo: an im ais exó t icos - COI SA.

Portanto, tanto de um lado (sujeito) como de outro (predicativo), os elementos são “coisas” (substantivos, pronomes substantivos ou orações substantivas).

Assim, a concordância pode se dar com qualquer deles, PREFERENCIALMENTE com oelemento que estiver no PLURAL – “... er am an im a is exó t i cos ” .

Isso justifica a flexão do verbo ser no plural.

Por ho j e é só . Bons es tudos e a té a próx im a au la . 

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QUESTÕES DE FI XA ÇÃO 

0 1 – ( FU ND EC / TJ MG / 2002 )

Tendo em conta o emprego dos pronomes pessoais oblíquos átonos, assinale aalternativa em que a substituição das expressões sublinhadas nas sentenças abaixoesteja CORRETA.

Os fãs cercaram os cantores,

Não pôde dar a informação aos repórteres.

Não se sabe quando receberão a r estitu ição desses valores.

a) cercaram-os – lhes pôde dar – quando a receberão

b) os cercaram – pôde lhes dar – quando recebê-la-ão

c) cercaram-nos – pôde dar-lhes – quando a receberão

d) os cercaram – lhes pôde dar – quando recebê-la-ão

0 2 - ( FCC / AFTE PB / 2006 )

A frase inteiramente de acordo com a norma culta é:

(A) De fato, punições seriam-lhe impostas, caso não se provasse sua inocência emrelação às graves denúncias.

(B) Os relatórios foram-lhe entregues pelos representantes da bancada ruralista.

(C) O povo vota à muito tempo sob a influência das elites e dos chefes partidários.

(D) A Câmara dos Deputados ficou meia preocupada com as repercuções das últimasvotações nos processos de cassação.

(E) Apenas 20% dos deputados estão dispostos à respeitar as conclusões dos relatoresdos processos.

0 3 - ( FUNDAÇÃO JOÃO GOULART / SMG - AGENTE DE POSTURAS / 20 05 )

TEXTO – EMPRESAS ACOMPANHAM O RESTO DA SOCIEDADE

Toni Marques 

À medida que a cultura pop divulga bem-sucedidos personagens que são tatuados –atletas, cantores, modelos e atores – maior é a chance de as sociedades ocidentais

passarem a aceitar a tatuagem como um adorno tão corriqueiro quanto brincos emorelhas furadas.

Com elas, as orelhas, aconteceu o mesmo. Houve tempo e lugar em que mulher deorelha furada não era digna da atenção das pessoas de bem, dada a relação que taispessoas estabeleciam entre a mulher e indígenas diversos. Foi assim na Grã-Bretanha,onde tatuagem, desde o século XIX, é símbolo de orgulho imperial, patriótico ereligioso. Até a década de 50, lá ainda se discutia se mulher podia ou não furar aorelha, muito embora o povo soubesse que o rei Eduardo VII foi tatuado, assim comoseus dois filhos, um deles também monarca.

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A aceitação da tatuagem nas classes médias do Ocidente se deu a partir do movimento

hippie. [....] O mundo corporativo tende a acompanhar o resto da sociedade nessamatéria. Afinal, a estrelinha que Giselle Bündchen tem no pulso não a impediu de setornar a maior modelo do mundo. Do mesmo modo, o jogador de futebol Beckham temmais ou menos tantas tatuagens quanto tem zeros no seu salário no Real Madrid.Giselle e Beckham sabem negociar seus talentos respectivos.

O antecedente do pronome relativo está indicado incorretamente na seguintealternativa:

A) “..dada a relação QUE tais pessoas estabeleciam...” - relação

B) “Foi assim na Grã-Bretanha, ONDE tatuagem...” – Grã-Bretanha

C) “Afinal, a estrelinha QUE Giselle Bündchen tem no pulso...” - a estrelinha

D) “À medida que a cultura pop divulga bem-sucedidos personagens QUE sãotatuados...” - a cultura pop

0 4 - ( FEPESE / TCE SC / 200 6 - adaptada)

Leia o texto abaixo para responder à questão.

Meu pai abraçou-me com lágrimas.— Tua mãe não pode viver, disse-me.Com efeito, não era já o reumatismo que a matava, era um cancro no estômago.

A infeliz padecia de um modo cru, porque o cancro é indiferente às virtudes do sujeito;

quando rói, rói; roer é o seu ofício. Minha irmã Sabina, já então casada com o Cotrim,andava a cair de fadiga. (...)— Meu filho!A dor suspendeu por um pouco as tenazes; um sorriso alumiou o rosto da

enferma, sobre o qual a morte batia a asa eterna. Era menos um rosto do que umacaveira: a beleza passara, como um dia brilhante; restavam os ossos, que nãoemagrecem nunca. Mal poderia conhecê-la; havia oito ou nove anos que nos nãovíamos. Ajoelhado, ao pé da cama, com as mãos dela entre as minhas, fiquei mudo equieto, sem ousar falar, porque cada palavra seria um soluço, e nós temíamos avisá-lado fim. Vão temor! Ela sabia que estava prestes a acabar; disse-mo; verificamo-lo naseguinte manhã.

Longa foi a agonia, longa e cruel, de uma crueldade minuciosa, fria, repisada,que me encheu de dor e estupefação. Era a primeira vez que eu via morrer alguém.

Conhecia a m o r t e de outiva; quando muito, t i nha - a v i s t o j á pe t r i f i cada no r os t ode a lgum cadáve r , que acompanhei ao cemitério, ou t raz ia - lhe a idé iaembru lhada nas ampl i f i cações de re tó r ica dos pro fessores de cousas an t igas ,— a morte aleivosa de César, a austera de Sócrates, a orgulhosa de Catão. Mas esseduelo do ser e do não ser, a morte em ação, dolorida, contraída, convulsa, semaparelho político ou filosófico, a morte de uma pessoa amada, essa foi a primeira vezque a pude encarar. Não chorei; lembra-me que não chorei durante o espetáculo:tinha os olhos estúpidos, a garganta presa, a consciência boquiaberta.

Quê? uma criatura tão dócil, tão meiga, tão santa, que nunca jamais fizeraverter uma lágrima de desgosto, mãe carinhosa, esposa imaculada, era força quemorresse assim, trateada, mordida pelo dente tenaz de uma doença sem misericórdia?Confesso que tudo aquilo me pareceu obscuro, incongruente, insano...

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(Machado de Assis  , Memórias Póstumas de Brás Cubas, cap. 23, com adaptações )

Indique V para as assertivas verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, assinale aopção que apresenta a ordem correta.

( ) No trecho “trazia-lhe a idéia embrulhada nas amplificações de retórica” (ls. 20 e21), o pronome enclítico retoma por substituição coesiva o vocábulo “morte” (l.18).

( ) O trecho “Tua mãe não pode viver, disse-me” (l. 2) está em desacordo com asregras da gramática normativa, pois o não  atrairia o pronome me .

( ) No trecho “tinha-a visto já petrificada no rosto de algum cadáver” (ls. 18 e 19),

o pronome a  faz remissão ao vocábulo “morte” (l. 18).( ) O pronome no trecho “tudo aquilo me pareceu obscuro” (l. 42) admite mudança

de colocação em consonância com as regras da gramática normativa.

a)  V F V Fb)  V V F Vc)  V V V Fd)  V F F Fe)  V F F V

0 5 - ( FUNDAÇÃO JOÃO GOULART / ENGENHEI RO CI VI L / 20 04 )

Reescreve-se em cada alternativa abaixo uma frase do texto mediante inclusão de umpronome pleonástico. A nova redação não é bem sucedida em:

A) Um estado emocional patológico pode intensificar ao máximo a tendência às ilusões.

A tendência às ilusões, um estado emocional patológico pode intensificá-las aomáximo.

B) A emoção tem o poder de transformar ilusoriamente nossas percepções.

Nossas percepções, a emoção tem o poder de transformá-las ilusoriamente.

C) Diz-se comumente que não há lobos pequenos, todos são enormes.

Lobos pequenos, diz-se comumente que não os há, todos são enormes.

D) Por si mesma, a ilusão não constitui sintoma de doença mental.Sintoma de doença mental, a ilusão não o constitui por si mesma.

0 6 - ( FCC / BANCO DO BRASI L / 200 6)

O sonho desse amanuense Belmiro vem registrado e desenvolvido em seu diário pessoal, que é a forma pela qual o romance se apresenta: anotações metódicas,datadas, em que o fun cionário fala do que lhe ocorreu na repart ição, ou na r ua, ou nos encontros com os amigos. Mas fala também de seu amor por Carmélia, moça que lhe é inacessível, que ele idealiza a não mais poder, fazendo dela o mito de sua vida. O leitor do romance acompanha nas páginas do diário esse ir e vir entre o sonho e 

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rotina, entre a vida estreita do funcionário tímido e as projeções de sua fantasia romântica. A única compensação real para o amanuense está, de fato, em dar à linguagem de seu diário o capricho da melhor forma possível; seu consolo é a literatura, ainda que na forma modesta das páginas de um caderno pessoal.

Do trecho acima transcrito, no período: Mas fala também de seu amor por Carmélia,moça que lhe é inacessível, que ele idealiza a não mais poder, fazendo dela o mito de sua vida.

(A)  as duas ocorrências da palavra que têm o mesmo referente da palavra dela .

(B) as palavras seu  e sua referem-se a pessoas distintas.

(C) o pronome lhe tem como referência a moça Carmélia.

(D) a forma lhe poderia ser desdobrada e substituída por com ele .

(E) o segmento que ele idealiza pode ser substituído por que é idealizado .

0 7 - ( ESAF/ AFRE MG/ 200 5 )

O setor público não é feito apenas de filas, atrasos, burocracia, ineficiência ereclamações. A sétima edição do Prêmio de Gestão Pública, coordenado pelo Ministériodo Planejamento, mostra que o serviço público federal também é capaz de oferecerserviços com qualidade de primeiro mundo. De 74 instituições públicas inscritas, 13foram selecionadas por ter conseguido, ao longo dos anos, implantar e manter práticase rotinas de gestão capazes de melhorar de forma crescente seus resultados,tornando-os referências nacionais. O perfil dos premiados mostra que o que está emquestão não é tamanho, visibilidade ou importância estratégica, mas, sim, a

capacidade de fazer com que as engrenagens da máquina funcionem de formaeficiente, constante e muito bem controlada.

(Ilhas de Excelência. ISTOÉ, 2/3/2005, com adaptações)  

Julgue a assertiva abaixo, em relação aos aspectos textuais.

d) A retirada do pronome do termo “tornando-os”(l.8) preserva a correção gramaticale a coerência textual, deixando subentendido o objeto de “referências nacionais”(l.8).

0 8 - ( ESAF/ Aud i t o r TCE ES/ 200 1 )  

Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quaismanterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seuextrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam porinstrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo quelhe deu origem.

Julgue a proposição abaixo, em relação aos elementos do texto.

c) Os pronomes possessivos na segunda oração referem-se a “arquivo cronológico”.

0 9 - ( ESAF/ TFC SFC/ 20 00 )

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O saber produzido pelo iluminismo não conduzia à emancipação e sim à técnica eciência moderna que mantêm com seu objeto uma relação ditatorial. Se Kant aindapodia acreditar que a razão humana permitiria emancipar os homens de seus entraves,auxiliando-os a dominar e controlar a natureza externa e interna, temos de reconhecerhoje que essa razão iluminista foi abortada. A razão que hoje se manifesta na ciência ena técnica é uma razão instrumental, repressiva. Enquanto o mito original setransformava em Iluminismo, a natureza se convertia em cega objetividade.Inicialmente a razão instrumental da ciência e técnica positivista tinha sido parteintegrante da razão iluminista, mas no decorrer do tempo ela se autonomizou,voltando-se inclusive contra as suas tendências emancipatórias.

(B. Freitag, A Teor ia Cr í t i ca Ont em e Ho je  , p. 35, com adaptações)

Das seguintes expressões retiradas do texto, indique o item em que o elemento dacoluna da esquerda faz remissão incorreta às expressões da coluna da direita.

a) seu (l.2) .......... técnica e ciência moderna

b) seus(l.4) ......... homens

c) os (l.4) .............homens

d) ela (l.9) ..........razão instrumental

e) suas (l.10) .......cega objetividade

1 0 - ( E SA F/ M PU / 2 0 0 5  )

Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.

A _______ intelectual de Nabuco provém de suas ________ e é por isso que nele ______, mais do que o artista, o pensador político. É uma tradição espiritual que eleconserva e eleva a um grau superior, ainda que a______ vocação política se alie ______ sensibilidade artística.

(Baseado em Graça Aranha)

a) essência origens se acentua essa a

b) riqueza raízes se acentua esta à

c) carreira influências marca-se tal à

d) qualidade raízes acentua-se esta ae) vivência raízes acentua-se essa à

1 1 - ( FCC/ TRT 3ª Reg ião – Técn ico Jud ic iá r io / Jane i ro 20 05)

Em cada um dos segmentos abaixo, a substituição da expressão grifada pelo pronomecorrespondente está INCORRETA em:

(A) para oferecer trabalho = para oferecê-lo.

(B) evocar a lembrança de outro colega = evocar-lhe a lembrança.

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(C) tom aram caminhos paralelos = tomaram-nos.

(D) a ocupar boa part e de minha v ida = a ocupar-lhe.(E) cativava inteligências e paladares = cativava-os.

1 2 - ( FCC/ TCE MA – Ana l i st a / N ovembr o 2005 )

A maior parte da água da chuva é interceptada pela copa das árvores, ...... cobremtoda a região. ...... evapora rapidamente, causando mais chuva, o que não ocorre emáreas desmatadas, ...... solo é pobre em matéria orgânica.

As lacunas da frase acima estão corretamente preenchidas, respectivamente, por

(A) onde - A chuva - que o

(B) nas quais - Aquela chuva - cujo(C) em que - A água da chuva - que o

(D) que elas - Essa chuva - aonde

(E) que - Essa água - cujo

1 3 - ( FCC / I N SS MED I CO / 2006 )

O único segmento grifado que NÃO está empregado em conformidade com o padrãoculto escrito é:

(A) Não é muito agradável estar com aqueles meus primos, porque eles falam

ininterruptamente de si.(B) Esse é o tipo de questão que você terá de resolver com nós mesmos.

(C) A fim de não encontrá-lo no consultório, deixei para ir no dia seguinte.

(D) Ele preencheu o formulário de modo inadequado, é onde o coordenador chamousua atenção.

(E) Cabelos cacheados e sedosos moldam-lhe o rosto afilado e claro.

1 4 - ( FCC / TRE P I / 2002 )

Afianço- ...... que V.Sa ...... grande influência na resolução do problema que submeto

a ...... exame.(A) lhe - terá - seu

(B) vos - terá - vosso

(C) lhe - tereis - seu

(D) vos - tereis - vosso

(E) lhe - terá - vosso

1 5 - ( F GV / M i n is t é r io d a Cu l t u r a / 2 0 0 6 )

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Foto dos Sonhos

O engenheiro colombiano Joaquín Sarmiento trabalhava em Nova York e se sentia,muitas vezes, solitário. Era mais um daqueles imigrantes nostálgicos. Para ocupar ashoras vagas, decidiu aprender fotografia. Estava, nesse momento, descobrindo umnovo ângulo para a sua vida, sem volta. A vontade de se aventurar pela AméricaLatina tirando fotos fez com que ele deixasse para sempre a paisagem nova-iorquina,aposentasse sua carreira de engenheiro e transformasse Paraisópolis, uma dasmaiores favelas paulistanas, em seu cenário cotidiano. "Estou ficando sem dinheiro,mas é uma bela aventura."

Depois de três anos nos Estados Unidos, voltou para Bogotá, planejando trabalhar emobras de i n f r a - e s t r u t u r a.

Mudou de idé ia. Com 26 anos, percebeu que o hobby que tinha adquirido em NovaYork se convertera em paixão. No final de 2004, veio com sua família para duassemanas de férias em São Paulo. "Como sempre tive muito interesse em estudar aAmérica Latina, fui ficando." Soube então de uma experiência desenvolvida pelocolégio Miguel de Cervantes, criado por espanhóis, na vizinha Paraisópolis.

Lá, alunos ajudaram a criar um centro cultural batizado de "Barracão dos Sonhos", noqual se misturam ritmos afros e ibéricos. Desse encontro nasceu, por exemplo, aestranha mistura dos ritmos e bailados flamencos com o samba.

"Resolvi registrar esse convívio e, aos poucos, ia me embrenhando na favela paraconhecer seus personagens."

O que era, inicialmente, para ser um cenário fotográfico virou uma espécie delaboratório pessoal. Joaquín sentiu-se estimulado a dar oficinas de fotografia a jovense crianças de Paraisópolis. "Descobri mais um ângulo das fotos: o ângulo de ensinar aolhar." Lentamente, naquele espaço, temido por muitos, Joaquín ia se sentindo emcasa. "Há um jeito muito similar de acolhimento dos latino-americanos, apesar de todaa violência."

Sem saber ainda direito como vai sobreviver – "as reservas que acumulei em NovaYork estão indo embora" –, ele planeja as próximas paradas pela América do Sul. Mas,antes de se despedir, pretende fazer uma exposição sobre o seu olhar pelo Brasil. Atélá, está aproveitando a internet (www.joaquinsarmiento.com) para mostrar algumasdas imagens fotográficas que documentam seus trajetos.

(Gilberto Dimenstein. Folha de São Paulo , 12/04/2006)

Desse (L.17) tem valor:

(A) anafórico.(B) catafórico.

(C) dêitico.

(D) adverbial.

(E) substantivo.

1 6 - ( N CE U FRJ / I N CR A / 2005 )

A alternativa que mostra uma construção equivocada é:

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(A) São locais de que nunca mais nos esquecemos;

(B) Li, nas férias, os romances de cujos autores falamos;(C) Aqui estão as músicas cujos autores aprecio;

(D) Aqui estão as idéias contra cujos autores me insurgi;

(E) Comprei os livros de que tanto gosto de ler. 

1 7 - ( NCE UFRJ / BNDES/ 200 5)

Num pequeno texto distribuído por moradores de um condomínio da Zona Sul do Riode Janeiro apareciam as seguintes frases:

- “os condôminos cujas reclamações o síndico não deu atenção...” - “os itens que não foram discutidos os pontos principais...” 

Sobre essas frases pode-se afirmar, em termos de correção gramatical, o seguinte:

(A) as duas frases apresentam perfeita estruturação gramatical;

(B) as duas frases apresentam o mesmo tipo de erro gramatical;

(C) só a primeira frase apresenta estrutura gramatical inadequada;

(D) só a segunda frase apresenta estrutura gramatical inadequada;

(E) as duas frases apresentam erros gramaticais de tipos diferentes.

1 8 - ( FCC / I CMS SP / 2006 )

Nessa compulsória liberdade, de que fala o filósofo (...).

Numa nova redação da frase acima, mantém-se corretamente a expressão sublinhadacaso se substitua fala o filósofo por

(A) se refere o filósofo.

(B) cuida o filósofo.

(C) investiga o filósofo.

(D) aflige o filósofo.

(E) disserta o filósofo.

1 9 - ( CESGRANRI O / BNDES – ADVOGADO / 200 4)

Indique a opção em que somente a palavra “cujo” preenche corretamente a lacuna, deacordo com a norma culta.

(A) O escritor _________ estilo eu não gosto vai lançar mais duas obras este ano.

(B) A empresa _________ o nome foi decidido em Assembléia vai ser inauguradaamanhã.

(C) A professora _________ livro foi reeditado trabalhou em uma universidadeestrangeira.

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(D) A universidade _________ vestibular meu filho se preparou fica no centro dacidade.

(E) O rapaz, o _________ pai encontrei, trabalha na minha empresa.

2 0 – ( FCC/ TCE SP/ Dezembr o 2005 )

As expressões de que e c om q u e preenchem corretamente, nessa ordem, as lacunasda frase:

(A) O prestígio ...... o texto de Maquiavel desfruta até hoje é merecido, pois é umtratado político ...... muitos têm muito a aprender.

(B) As qualidades morais ...... muitos estavam habituados a considerar como taisforam substituídas pelas políticas, no tratado ...... Maquiavel tornou uma obra basilar.

(C) Os valores abstratos ...... muita gente costuma cultuar não tinham, paraMaquiavel, qualquer aplicação ...... pudesse se valer na análise da política.

(D) O adjetivo maquiavélico , ...... muitos utilizam para denegrir o caráter de alguém,ganhou uma acepção ...... costumam discordar os cientistas políticos.

(E) A leitura de O Pr ínc ipe, ...... muita gente até hoje se entrega, interessa a todos...... se sintam envolvidos na lógica da política.

2 1 – ( U nB CESPE / Banco do Br as i l / 2003 )

Texto II

A sociedade brasileira clama por transformações e a esperança tornou-se palavra-chave desses novos tempos.

A superação dos graves problemas que afligem o povo brasileiro, como a fome e amiséria, é o principal desafio do novo governo.

Vencer as desigualdades faz parte de uma estratégia e de um novo modelo dedesenvolvimento para o país, que pode dispor, para tanto, da imensa riqueza naturalde nossa Nação.

A construção de um novo momento histórico é um compromisso que deve estarpautado em todas as ações de governo. Nesse contexto é que afirmamos o direito dasociedade brasileira à informação e à educação. O caminho, portanto, é o da inclusãosocial, momento em que deve ser construída uma nova cultura embasada nos direitos

fundamentais da vida humana, fortalecidos na concepção e na prática de uma novapolítica social e econômica para o país.

Julgue o item a seguir, relativo ao texto II e ao tema por ele abordado.

- Na linha 6, o pronome relativo “que” tem como referente “desigualdades” (R.5).

2 2 – ( U nB CESPE / Câmar a dos D epu t ados / 2002 )

Sabemos hoje que as identidades culturais não são rígidas nem, muito menos,imutáveis. São resultados sempre transitórios e fugazes de processos de identificação.Mesmo as identidades aparentemente mais sólidas, como a de mulher, homem, país

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africano, país latino-americano ou país europeu, escondem negociações de sentido, jogos de polissemia, choques de temporalidades em constante processo detransformação, responsáveis em última instância pela sucessão de configuraçõeshermenêuticas que de época para época dão corpo e vida a tais identidades.Identidades são, pois, identificações em curso.

Sabemos também que as identificações, além de plurais, são dominadas pela obsessãoda diferença e pela hierarquia das distinções. Quem pergunta pela sua identidadequestiona as referências hegemônicas mas, ao fazê-lo, coloca-se na posição de outroe, simultaneamente, em uma situação de carência e por isso de subordinação.

Em relação aos elementos do texto, julgue a seguinte assertiva.

•  O emprego do infinitivo verbal na estrutura sintática “ao fazê-lo” (R.13) sofrecontração com o pronome pessoal que o completa como objeto direto.

2 3 – ( U nB CESPE / Câmar a dos D epu t ados / 2002 )  

A maioria dos primeiros textos que foram escritos para descrever terra ehomem da nova região levam a assinatura de portugueses. Respondem às própriasperguntas que colocam, umas atrás das outras, em termos de violentas afirmaçõeseurocêntricas. A curiosidade dos primeiros colonizadores é menos uma instigação aosaber do que a repetição das regras de um jogo cujo resultado é previsível. Os nativoseram de carne-e-osso, mas não existiam como seres civilizados, assemelhavam-se aanimais. Na Carta de Pero Vaz de Caminha, escrita a el-rei D. Manuel, observam-semelhor as obsessões dos portugueses, intrusos assustados e visitantes temerosos, quedesembarcam de inusitadas casas flutuantes, do que as preocupações dos indígenas,descritos como meros espectadores passivos do grande feito e do grande evento que éa cerimônia religiosa da missa, realizada em terra. Não é, pois, por casualidade que aprimeira metáfora para descrever a condição do indígena recém-visto é a “tábularasa”, ou o “papel branco”. Eis uma boa descodificação das metáforas: eles nãopossuem valores culturais ou religiosos próprios e nós, europeus civilizados, ospossuímos; não possuem escrita e eu, português que escrevo, possuo. Mas da tábularasa e do papel branco trazia o selvagem, ainda dentro do raciocínio etnocêntrico, ainocência e a virtude paradisíacas, indicando que, no futuro, aceitariam de bom gradoa voz catequética do missionário jesuíta que, ao impô-los em língua portuguesa,estaria ao mesmo tempo impondo os muitos valores que nela circulam emtransparência.

Em relação aos elementos do texto, julgue a seguinte assertiva.

•  Em “impô-los” (R.18), a forma pronominal enclítica estabelece coesão aoreferir-se a “valores culturais ou religiosos” (R.14) e “escrita” (R.15).

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GABARI TOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FI XAÇÃO 

01 – C

Em relação aos pronomes, estão em jogo os seguintes aspectos: uso do pronomeoblíquo adequado à regência (os/lhes) e colocação pronominal (um dos pontos maisimportantes dessa aula).

Pr imei ra o ração: Os fãs cercaram os cantores.

Como o complemento (os cantores ) se liga ao verbo de forma DIRETA (objeto direto),o pronome oblíquo adequado seria “os”. Assim, em função da forma nasal com quetermina o verbo, o pronome recebe a letra n .

Por isso, a oração seria: Os fãs cercaram-nos. 

Só por essa, já descobrimos a resposta: C

Mesmo assim, vamos continuar.

Segun da oração: Não pôde dar a informação aos repórteres.

Agora, o complemento é INDIRETO, antecedendo-o a preposição a .

Por isso, o pronome adequado é “l hes”.

Agora, vamos verificar a colocação pronominal.

Temos uma locução verbal (PODER + DAR) cujo verbo principal está no infinitivo.

Assim, as possibilidades de emprego do pronome são:

•  Não lhes pôde dar a informação.

•  Não pôde dar-lhes a informação.Vimos que a norma culta condena o pronome “solto” no meio da locução (em prócliseao verbo principal).

Da mesma forma, não pode haver ênclise do pronome em relação ao verbo auxiliar(Não pôde-lhes dar ) por força da atração que o advérbio “não” exerce, levando àpróclise.

Estariam corretas, portanto, as formas apresentadas nas opções a, c, d .

Só para praticar mais um pouquinho: como ficaria a contração dos pronomes que iriamsubstituir “a informação” e “aos repórteres”? Resposta: l h a ( l h e + a ) – N ão pôde  da r - l ha  ou Não lha pôde dar  . Lindo isso, não é???

3ª o r ação: Não se sabe quando receberão a restit uição desses valor es .Como o elemento sublinhado é o objeto direto, o pronome que o substitui é “a”.

Cuidado! O verbo está no futuro do presente (receberão ). Como vimos, é um caso deproibição a colocação do pronome após particípio, futuro do presente e futuro dopretérito.

Por isso, a única possibilidade é a próclise, uma vez que antes do verbo temos umapalavra invariável: quando a receberão.

02 – B

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Na locução verbal, o pronome está corretamente em ênclise ao verbo auxiliar: f o r a m -lhe en t r egues.

O que está errado nas demais opções?

a) A forma “seriam” está no futuro do pretérito do indicativo. Assim, o pronome nãopode estar enclítico ao verbo. Estariam corretas as seguintes construções: “punições lhe seriam im postas” ou “punições ser-lhe-iam impostas ”.

c) Agora, o erro é no emprego de crase por não existir contração de preposição comartigo definido feminino. Deve ser empregado o verbo have r na indicação de tempodecorrido: O povo vota  h á m u i t o t e m p o   sob a influência das elites e dos chefes partidários.

d) Agora, temos erros de ortografia. O advérbio m e i o , que modifica o adjetivo “preocupada”, deve permanecer inalterado. Além desse erro, está errada a grafia da

palavra “repercussões”.e) Novamente, colocou-se um acento grave indevidamente. Antes de verbos (já vimos)não há artigo definido feminino. Logo, não pode haver crase: Apenas 20% dos deputados estão dispostos a  respeitar as conclusões dos relator es dos processos.

03 - D

ACORDO ORTOGRÁFI CO: O trema foi abolido. Ele, no entanto, permanece nosnomes estrangeiros e nas palavras aportuguesadas derivadas destes. Assim, a “GiselleBündchen” continua com tudo no lugar, inclusive o trema (rs…).

O pronome relativo se refere a “personagens”. Eles é que serão tatuados, e não a

 “cultura pop”.

04 – A

ACORDO ORTOGRÁFI CO: A palavra “ideia” não recebe mais acento agudo.

1ª asser t iva : VERDADEI RA

O pronome oblíquo está sendo usado com valor possessivo, retomando o substantivom o r t e  . Para a análise, transcreve-se parte do texto:

Era a primeira vez que eu via morrer alguém. Conhecia a  m o r t e   de outiva; quando muito, t i nha - a v i s t o j á pe t r i f i cada no r os t o de a lgum cadáve r  , que acompanhei ao cemitério, ou  t r az ia - l he a i dé ia embr u lhada nas  

ampl i f i cações de re tór ica dos pro fessores de cousas ant igas  , — a morte aleivosa de César, a austera de Sócrat es, a orgulhosa de Catão.

Note a passagem: Conhecia a  m o r t e   ... tinha- a  visto (visto a morte) ... trazia- l h e  a idéia embrulhada 

O verbo trazer é transitivo direto. Seu complemento é “a idéia”. Mas que idéia é essa?É a idéia da morte. Note a relação de subordinação entre os dois substantivos (idéia damorte / sua idéia). O pronome lh e , na verdade, tem esse mesmo valor: trazia a idéia da morte embrulhada.

Por isso, está CORRETA a afirmação de que o pronome oblíquo lh e  retoma porsubstituição coesiva o vocábulo “morte” (evitando, assim, sua repetição).

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2ª asse r t i va :  FALSA

Esse advérbio não é tão poderoso como o examinador sugere. Ele só exerceriainfluência na posição do pronome no caso de este pertencer à locução “pode viver”, emesmo assim na posição enclítica ao verbo auxiliar (“não se pode viver”). O que seobserva é que o pronome “me” acompanha a forma verbal “disse”, pertencente a outraoração. Assim, está INCORRETA tal assertiva.

3ª asser t iva : VERDADEI RA

Essa assertiva retoma a análise feita em relação à primeira. Como observamosnaquele item, o pronome “a” substitui a palavra m o r t e  .

4 ª asser t iva : FALSAO que acontece quando uma palavra invariável se apresenta próxima de um verboacompanhado de um pronome (sem pausa)?? A palavra invariável atrai o pronome eobriga a próclise.

Na oração “tudo aquilo me pareceu obscuro”, o pronome acompanha o verbo parecer  (pareceu-me obscuro). Contudo, a proximidade, não de uma, mas de duas palavrasinvariáveis leva à colocação do pronome antes do verbo: “tudo aquilo m e  pareceu...”. Não há outra posição para o pronome que não seja essa. Portanto, está i nco r r e t a aafirmação de que poderia haver mudança de colocação deste.

05 – A

Ótima questão de prova.

Pleonasmo é o emprego de palavras causando uma redundância. Existem dois tipos depleonasmo: o v ic ioso, que resulta, muitas vezes, do desconhecimento do significadodas palavras (hemorragia de sangue / elo de ligação ), devendo ser evitado; e oes t i l í s t ico , usado para enfatizar os elementos frasais (Ele vive uma v ida de nababo ).

A questão apresenta o segundo, exigindo que se observem as regras gramaticais,especialmente de concordância, em relação aos pronomes envolvidos.

A) O núcleo do objeto direto é t endênc ia. Assim, o pronome que lhe faz as vezes é opronome átono “a”. Na substituição, houve um erro de concordância: “um estado emocional patológico pode  in tens i f i cá- las     in ten s i f i car a tendênc ia às i lusões.

Esse foi o gabarito. O certo seria i n t ens i f i cá - la ( a t endênc ia ) .B) No lugar de “percepções” (objeto direto do verbo t r a n s f o r m a r), foi empregadocorretamente o pronome “as”, feito o devido ajuste decorrente do encontro com aforma verbal terminada em “r”: tem o poder de transformá-las     t r a n s f o r m a rnossas per cepções.

C) Como o verbo haver é impessoal (não possui sujeito) e transitivo direto (o que oacompanha é o objeto direto), em substituição a “lobos”, cabe o pronome oblíquo “os”.Diante da proximidade com a palavra invariável “n ão” (advérbio), ocorreu a próclise:diz-se comumente que não os há  que não há l obos . 

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Aprofundando a análise, note que, antes do advérbio, há também uma outra palavrainvariável: a conjunção qu e . Assim, havia mais uma possibilidade de colocaçãopronominal, em que o pronome se posiciona entre duas palavras invariáveis contíguas(isto é, seguidinhas). Não se assuste se esta construção aparecer – está certa: diz-se comumente q u e  os não há. O nome é APOSSÍNCLISE.

D) A palavra masculina s i n t o m a (o sintoma) deve ser substituída pelo pronomeoblíquo “o”, uma vez que o verbo cons t i t u i r é transitivo direto.

A “pegadinha” dessa opção era o fato de o pronome demonstrativo “mesma” se referir,não a “sintoma”, mas a “ilusão”. A expressão “por si mesma”, no período, equivale a “isoladamente”. Colocando a expressão no início do período, vemos mais claramenteessa relação: Por si mesma, a ilusão não o constitui     não cons t i t u i s in t oma dedoença m en t a l . Por isso, está correta a substituição.

06 - A 

O substantivo “moça” é o referente do pronome relativo “que” nas duas passagenssubsequentes: “ qu e  lhe é inacessível” = “a  moça   lhe é inacessível”  e “q u e  ele idealiza” = “ele idealiza a  m o ç a  ” , bem como o pronome “ela”, contraído com apreposição “de” em “dela” = “fazendo da moça  o mit o de sua vida.” .

Está correta a afirmação da letra A.

(B) O pronome possessivo “seu” (“fala também de seu amor por Carmélia”) tem porreferente Belmiro, presente no período anterior, assim como o pronome “sua”, em “o mito de sua vida” . Os dois pronomes têm, portanto, o mesmo referente. Vimos que ospronomes possessivos se flexionam em gênero e número para se harmonizarem comseus termos subsequentes (seu amor / sua vida ).

(C) A passagem “moça que lhe é inacessível”  equivale a “a moça é inacessível a ele (Belmiro) ” . Logo, o pronome “lhe ” não se refere a “moça ”, mas a “ele / Belmiro ” .

(D) Como vimos no comentário acima, o pronome “lhe” equivale a “a ele” e não “com  ele”.

(E) Não pode uma estrutura de voz ativa (ele idealiza a moça) ser substituída, semprejuízo, pela forma passiva “que é idealizado” , uma vez que o objeto direto (quepassa a ser o sujeito na voz passiva) é “moça” e não “ele”. Assim, se houvesse atransposição de vozes, a forma passiva seria “que é idealizad a ” ( a moça  = adjet ivo no feminino) .

07 - Item I NCORRETO 

O segmento objeto de análise é:

 “De 74 instituições públicas inscritas, 13 foram selecionadas por ter conseguido, ao longo dos anos, implantar e manter práticas e rotinas de gestão capazes de melhorar de forma crescente seus resultados, tornando-os referências nacionais.” 

O pronome pessoal oblíquo faz referência a “seus resultados”. Substituindo os termos,então, a oração seria “tornando seus resultados referências nacionais”, havendo  umverbo transobjetivo (tornar) que exige dois complementos: objeto direto (seus resultados ) e predicativo do objeto direto (referências nacionais ).

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A supressão sugerida poderia levar a uma ambiguidade indesejada: não se saberia oque foi considerado “referências nacionais”, se as práticas e rotinas de gestão, se asinstituições públicas selecionadas, se seus resultados, causando prejuízo à coerênciatextual. Essa é a função do pronome oblíquo na oração.

08 - Item I NCORRETO 

Como mencionamos, as bancas, especialmente CESPE UnB e ESAF, exigem que ocandidato saiba identificar as referências dos pronomes.

Na maioria das vezes, é indispensável a compreensão do texto, como nessa questão,com o pronome possessivo seu .

A segunda oração é subordinada adjetiva: “as quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis ”.

Tanto “extrato”, como “autógrafo” são elementos que fazem parte dos contratos. Oarquivo cronológico dos autógrafos apostos nos contratos e o registro sistemático deseu extrato serão mantidos pelas repartições.

Assim, os pronomes possessivos têm por referente “os contratos e seus aditamentos”,da oração principal (“os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas”) .

09 - E

Em questões como essas, talvez a maior dificuldade esteja na compreensão textual,

decisiva para a identificação dos termos referentes.Uma paráfrase para o último período do texto é: “A razão instrumental da ciência etécnica positivista, que antes era parte da razão iluminista, com o tempo se tornouautônoma, indo de encontro às suas próprias tendências emancipatórias.”.

Assim, nota-se que tanto o “ela”, da linha 9, quanto o “suas”, da linha 10, têm porreferente “razão instrumental”.

10 - A 

O preenchimento das duas primeiras lacunas não iria nos ajudar a resolver a questão,pois ambas envolvem vocabulário.

A partir da 3ª lacuna, começamos a desvendar o mistério. T um dos pontos maisincidentes em questões que envolvem pronomes – COLOCAÇÃO PRONOMI NA L.

A partir da conjunção “e”, logo após a segunda lacuna, há uma oração subordinadaadverbial conclusiva: “ . . . é por isso que ne le ____ __ . . . o pensador po l í t i co . ”  .

Não se preocupe por enquanto com essa terminologia. Iremos estudar mais a fundo osperíodos compostos. Por ora, basta-nos saber que, em orações subordinadas (como aque temos aí), a próclise é obrigatória. Por isso, a forma que preenche a lacuna é “seacentua”.

Há somente duas opções que oferecem essa construção: a e b (já temos 50% dechances de ganhar o ponto!).

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A quarta lacuna é preenchida por um pronome demonstrativo que se refere um termomencionado na passagem anterior do texto (a vocação política pertencia ao pensadorpolítico, Nabuco). Esse é o uso anafór ico do pronome demonstrativo.

O pronome, por fazer referência a algo do passado, deve ser usado na forma ESSA:“ . . . a ind a que essa vo cação pol í t ica se a l ie . . . ”  .

5ª) O termo regente a l ia r , na construção, é pronominal (eu me alio, tu te alias, ele sealia) e transitivo indireto, exigindo a preposição a (“Alguém se alia a outrem .” ).

Deve-se ler todo o período para se verificar qual seria o termo regido.

Vamos lá. O segmento é:

 “É uma tradição espiritual que ele conserva e eleva a um grau superior, ainda que  a  essa vocação política se alie ___ _ sensibilidade ar tística ”.

Percebe-se que o “a” que a antecede “essa vocação” só pode ser uma preposição, nãopoderia ser um artigo definido. Quer ver? Vamos colocar a expressão “essa vocaçãopolítica” como sujeito de uma oração: “Essa vocação política surgiu ainda na adolescência ”. Haveria alguma possibilidade de se colocar um ARTIGO DEFINIDOFEMININO antes do pronome “essa” (A essa vocação política surgiu ... )? Não!

Então, esse “a” que antecede a penúltima lacuna é uma preposição, exigida pelo verbo “aliar-se”. O termo regido, portanto, é essa vocação pol í t ica.

Colocando na ordem direta, a construção seria: “... ainda que a sensibilidade artística se alie a essa vocação política ...” 

Percebe-se, assim, que “sensibilidade artística” é o sujeito da oração e sujeito nãoadmite ser iniciado por preposição (se existir preposição, ela pertence a outra oração

que não a desse sujeito).Conclusão: esse a não é acentuado.

A resposta foi a letra a – “essência / origens/ se acentua / essa / a”.

11 – D

O que está incorreto na opção (D) é o emprego do pronome “lhe” em substituição aocomplemento direto “boa parte da vida”. Como o verbo é transitivo direto, corretaestaria a construção: a ocupá-la. 

Vamos começar pela opção (B). Esse assunto já foi objeto de comentário na questão04 - emprego do pronome oblíquo com valor possessivo.

Em regra, os pronomes pessoais oblíquos são usados para representar um nome(substantivo), evitando, assim, sua repetição. Podem se ligar ao verbo por hífen(ênclise ou mesóclise) ou sem este sinal (próclise), e sua colocação é assuntorecorrente em provas de concursos públicos.

No entanto, o pronome oblíquo pode ser também usado com va lor possess ivo .Vamos ao exemplo presente na opção (B), considerada correta.

 “Evocar a lembrança de outro colega”  – a expressão sublinhada tem valor possessivo,equivalente a “sua” (evocar a sua lembrança), ou seja, a lembrança que se tem de le.No lugar da expressão, foi empregado corretamente o pronome oblíquo – evocar-lhe a lembrança . Observe que, mesmo que o substantivo estivesse no plural (lembranças ), o

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pronome permaneceria no singular por estar em correlação com “colega” (Evocar-lhe as lembranças ). 

As demais opções abordam o emprego dos pronomes oblíquos como objetos diretos ouindiretos. Como vimos inúmeras vezes, o pronome “o” (e flexões) só é empregadoquando o complemento for direto (sem preposição obrigatória), enquanto que “lhe” (eflexões) é usado em objetos indiretos (com preposição).

Quando os pronomes o, a, os, as são empregados após o verbo cuja terminação sejar , s, z, ao pronome é agregada ao pronome a letra L ( lo , la , los, las) e o r , s , z  ‘caem’. Processo parecido acontece com o pronome oblíquo n os, diferenciando-seapenas no fato de não haver alteração gráfica no pronome, que se mantém “nos”  ( “ R epor t amo- nos  a V.Sa. no intuit o de...”) .

Exemplo: opção (A) para oferecer t rabalho =  para o ferecê- lo  .

Em relação à acentuação, já comentamos na aula de ortografia que este verbo éentendido como um vocábulo independente, devendo obedecer às regras: oferecê =oxítona terminada em “e”.´

Se o pronome dividir o verbo em duas partes, cada parte será analisada, para fins deacentuação, como se um único vocábulo formasse.

Exemplo: Nós  d is t r i bu i r í amos  o medicamento.

Em mesóclise: DISTRIBUIRÍAMOS + O = DISTRIBUIR + O + ÍAMOS

A letra “r” cai e o pronome “o” vira “lo” = distribui-lo-íamos.

Agora, vamos à acentuação:

No “pedacinho” d is t r i bu i , a sílaba tônica recai no “i”. Como segunda vogal do hiato,

deve ser acentuada = distribuí (com acento agudo no “i”)O outro “pedaço” - í amos - recebe acento por ser uma proparoxítona.

Assim, a forma verbal correta é: d is t r i bu í - l o - í amos.

Quando o verbo termina de forma nasal (-m, -ão, -õe), aos pronomes o, a, os, as éacrescentada a letra “n”.

Exemplo: opção (C) – tomaram caminhos paralelos =   TOMARAM + O = t o m a r a m -  n os . Observe que, fora do contexto, não temos como afirmar se o “nos” em “tomaram-nos” é o pronome oblíquo “os” ou “nos” (“tomaram a nós”).

A opção (E) não apresenta maiores dificuldades – no lugar do objeto direto “inteligência e paladares”, colocou-se o pronome oblíquo os , já que um dos elementos

é masculino.

12 - E

Algumas lacunas serão preenchidas com pronomes relativos que iniciam oraçõesadjetivas.

1ª lacuna

Prov idênc ias a serem tom adas:

1 ) escolher qual pronome relativo deve ser empregado;

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2 ) verificar se o pronome relativo deve ser antecedido por alguma preposiçãorequerida pelo verbo da oração adjetiva.

A oração adjetiva é: ... cobrem t oda a região.

Pergunta: o que cobre toda a região? A dica para a resposta está na flexão verbal(cobrem).

Resposta: as árvores (mencionada na oração imediatamente anterior).

O pronome relativo substitui esse substantivo: As árvores cobrem toda a região.

Como o antecedente é “coisa”, podemos usar o pronome relativo “q u e”.

Também percebemos que o pronome relativo exerce a função de SUJEITO do verbocobr i r (... árvores que cobrem toda a região...) , não devendo ser usada nenhuma

preposição.Assim, a forma que preenche a primeira lacuna é q ue : “A maior parte da água da chuva é interceptada pela copa das árvores, q u e  cobrem toda a região.”  

A única opção válida é a letra (E). Levaríamos um segundo para resolver a questão,hem? Na hora da prova, nada de perder tempo. Marcou a opção correta e partiu para apróxima. Como aqui estamos fazendo exercícios, vamos analisar as demais lacunas.

2ª lacuna

O que “evapora rapidamente” (verbo no singular)? Resposta: A água da chuva. Essaexpressão já foi mencionada na oração anterior e o texto se tornaria repetitivo no caso

de apresentá-la novamente. Assim, como elemento de coesão textual, usamos opronome demonstrativo.

Por ter sido apresentada no início do texto, podemos usar “essa água” (com “ss” depaSSado – lembra?) ou “aquela água” (já que está distante no texto, mas não há essaopção). Observe que o que evapora é a água  , e não a chuva (fenômeno atmosférico).Neste ponto, entra a análise semântica, ou seja, o sentido que as palavras empregamao texto/contexto.

Quando tratamos de pronomes, o sentido (análise semântica) tem um pesofundamental. É a partir do conceito que conseguimos identificar os elementos a que ospronomes se referem.

3ª lacunaEntre “solo” e “áreas desmatadas” há uma relação de dependência: o solo  d as  áreas desmatadas . Devemos, então, empregar o pronome relativo cu jo , que serve para ligardois substantivos que têm relação de subordinação.

Como o pronome faz parte do sujeito da oração subordinada adjetiva (“O solo dasáreas desmatadas é pobre...”), não devemos colocar preposição alguma: “o que não ocorre em áreas desmatadas, cu jo  solo é pobre em mat éria orgânica” .

A ordem será: q u e / Es sa ág u a / c u j o. Gabarito: E

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13 – D

O pronome relativo onde deve ser usado tendo como referente um lugar ou algo que aisso se assemelhe (página, folha etc.).

Na oração, não há nenhum referente que justifique esse emprego.

A) O pronome oblíquo está sendo usado de modo reflexivo – os primos falam de s im e s m o s.

B) Está perfeita a construção “com nós mesmos”. Veja a observação do “Quadro-resumo de Pronomes Pessoais”, à página 3.

C) O pronome “o”, em “encontrá-lo”, está corretamente posicionado. Com verbo noinfinitivo, a colocação estará sempre certa (desde que não inicie período), mesmo quehaja uma palavra invariável. Por isso, são duas as possibilidades: “a fim de nãoencontrá-lo” e “a fim de não o encontrar”.

E) O pronome oblíquo, mais uma vez, está elegantemente usado com valor possessivo.Os cabelos moldam o rosto d el a/ d el e = moldam-lhe o rosto.

14 – A

Para nunca errar o emprego de verbos e pronomes com pronomes de tratamento,basta lembrar: tudo o que acontece com você vai acontecer também com os demaispronomes de tratamento (Vossa Senhoria, Vossa Excelência, etc.).

Por isso, os pronomes e os verbos serão usados na 3ª pessoa do singular: Afianço- l h e  que V.Sa. (você) t e r á  grande influência na resolução do problema que submeto a  seu exame. É só pensar como se fosse o pronome você. Não tem erro!

15 – A

ACORDO ORTOGRÁFI CO: A palavra “ideia” não recebe mais acento agudo e não hámais hífen em “infraestrutura”.

O pronome faz referência a um encontro mencionado no texto. Por isso, só havia duaspossibilidades de resposta: anafór ico (referência anterior - para trás) e cata fór ico(referência posterior - para a frente).

Vamos ao texto para identificar que encontro é esse:

Lá, alunos ajudaram a criar um centro cultural batizado de "Barracão dos Sonhos", no

qual se misturam ritmos afros e ibéricos. Desse encontro nasceu, por exemplo, aestranha mistura dos ritmos e bailados flamencos com o samba.

O encon t r o dos r i t mos a f r os e i bé r i cos , que formaram a estranha mistura dosritmos e bailados flamencos como samba.

Como se refere a um elemento do texto que já havia sido apresentado, houve umareferência anafór ica - resposta: A.

16 – E

ACORDO ORTOGRÁFI CO: A palavra “ideia” não recebe mais acento agudo.

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Voltamos a falar sobre pronomes relativos e regência.

Esse será o nosso assunto das próximas questões.O erro da opção E está na análise: o pronome relativo qu e substitui o substantivol i v r os. Vamos ver a qual verbo está ligado este substantivo: “tanto gosto de ler”. Overbo ler é transitivo direto (eu gosto de ler l i v r os); por isso, não deve havernenhuma preposição a anteceder o pronome relativo: Comprei os livros que tanto gosto de ler.

Veja as demais opções, que estão corretas.

A) O verbo esquecer -se é transitivo indireto e rege a preposição d e. Portanto, estácorreta a construção: “São locais de que  nunca mais nos esquecem os ” .

Se houvesse a retirada do pronome, o verbo seria esquecer e, portanto, transitivodireto. A construção, nesse caso, seria: “São locais qu e  nunca mais esquecemos ” . 

Notou a diferença significativa entre uma forma e outra?

B) Há relação de subordinação entre os substantivos r omances e au t o r es. Por isso,está correto o emprego do CUJO. Como o verbo da oração adjetiva é “falar”, pode serusada a preposição d e, que irá anteceder o pronome relativo: “Li os romances  de cu jos au t o r es f a lamos  ”  (= nós falamos dos autores dos romances).

C) Mais uma vez, observamos o correto uso do pronome relativo CUJO. A relaçãoentre au t o r es e mús icas permite isso. Como o verbo aprec ia r é transitivo direto,não há exigência de nenhuma preposição antes do relativo: “Aqui estão as músicas cu jos autor es aprec io  ”  (= eu aprecio os autores das músicas).

D) Parece que o examinador cismou com o CUJO, não é mesmo? Entre ideias e

autores, existe uma ligação (as ideias dos autores). Como o verbo i nsu r g i r - se rege apreposição con t r a , esta é colocada antes do pronome relativo: “Aqui estão as idéias(* ) con t r a cu jos au t o r es   me insurgi”  (eu me insurgi con t r a os au t o r es daside ias – e não contra as ideias dos autores – CUIDADO NA ANÁLISE!).

17 – B 

Mais uma excelente questão de prova.

Aliás, mais do que uma questão, isso é uma sugestão para apre(e)nder os conceitos denossa língua.

Ao entrar em um elevador, ou passar pela portaria de seu prédio, analise a correção

gramatical dos avisos colocados pelo síndico (se você for o síndico, saiba desde já queestá sendo julgado pelos demais condôminos, hem? Cuidado com o português!!!).

Vamos criticar o panfleto? Complete a frase: “O síndico não deu atenção...” = aa lguma co isa 

A regência exige a preposição a.

Pergunta-se: a que o síndico não deu atenção?

Resposta: Ele não deu atenção às reclamações dos condôminos.

Notou a relação entre esses dois substantivos? Pois é. O texto acertou no emprego doCUJO e se esqueceu de colocar a preposição antes desse pronome relativo. Não dá praacertar sempre, não é? Dá, sim! É só prestar bastante atenção aos passos:

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1 – Identificar o pronome relativo adequado;

2 – Verificar se algum termo da oração adjetiva exige alguma preposição que deveanteceder esse pronome relativo.

Depois de corrigida, a oração seria: “os condôminos a cu jas rec lamações o síndiconão deu atenção...”.

Na segunda oração, existe também uma relação entre “pontos principais” e “itens”: ospontos principais dos itens (de discussão, provavelmente).

Assim, o pronome correto seria cu jo . Acho que o pessoal do condomínio ficou commedo de usar duas vezes o CUJO e errar, mas acabou errando ao não colocá-lo.

A construção correta seria: “os itens cu jos p r inc ipa i s pon t os não f o r amd iscu t i dos...” 

Nas duas orações, houve erro no emprego do pronome relativo. Por isso, a respostacorreta é B. 

18 – B

O que o examinador quer é saber qual dos verbos rege a preposição de que antecedeo pronome relativo qu e.

a) Alguém se refere a  alguma coisa – a que  se re fere o f i lóso fo .

b) Alguém cuida de  alguma coisa – de que cu ida o f i lóso fo . Oba! Essa é a resposta!

c) Alguém investiga alguma coisa (transitivo direto) – que inves t ig a o f i lóso fo .

d) Algo aflige alguém (transitivo direto) –  que a f l ige o f i lóso fo  (nessa construção, “ofilósofo” é o objeto direto, ou seja, ele sofre aflição por causa dessa liberdade).

e) Alguém disserta  sob r e / ace r ca de   alguma coisa –  sobre a qua l d isser ta o  f i lóso fo  (como a preposição é dissílaba, precisaríamos, também, substituir o “que” por “a qual” (a liberdade).

19 – C 

ACORDO ORTOGRÁFI CO: A palavra “Assembleia” não recebe mais acento agudo.

Nas orações dos itens a, c  e d , está correto o emprego de CUJO, pois existe umarelação de subordinação entre os dois substantivos:

a)  estilo do escritorb)  livro d a professora

c)  vestibular da universidade

d)  O problema da opção d  está na presença de um artigo antes do termo regente “nome”, formando o condenado “cujo o”. Este pronome relativo já se flexionapara concordar com o termo subsequente. Por isso, constitui er r o a presençade um artigo definido.

Na opção e , a presença de um artigo antes da lacuna impossibilita o emprego dopronome, eliminando essa opção.

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Em seguida, vamos analisar a regência dos verbos das orações adjetivas paraidentificar o que seja t r ans i t i vo d i r e t o e, portanto, dispense preposição, mantendo nalacuna apenas o pronome relativo.

a)  eu não gosto  do es t i lo do escr i to r   – o verbo gos tar exige a preposição d e.Assim, a lacuna seria preenchida com de cu jo :  “O escritor de cujo estilo eu não gosto vai lançar mais duas obras este ano.

b)  esta é a resposta certa. A expressão “livro da professora” exerce a função desujeito da forma verbal (A professora  cu jo   livro foi reeditado = o livro da professora foi editado ), dispensando, assim, qualquer preposição. 

c)  Meu filho se preparou par a o ves t i bu la r da un ive r s idade . Há exigência dapresença da preposição par a: “A universidade par a cu jo v es t i bu la r  meu filho se preparou...” .

20 - A

Vamos analisar lacuna por lacuna.

(A) “O prestígio ..... o texto de Maquiavel desfruta até hoje” – o verbo des f r u t a r , naconstrução, é transitivo indireto com a preposição “de” (Alguém desfruta de algumacoisa); o pronome relativo se refere a “prestígio”. Logo a primeira lacuna deverá serpreenchida com “de que”.

Em seguida, na passagem “pois é um tratado político ..... muitos têm muito a aprender ”, devemos analisar a transitividade do verbo principal da locução verbal “tera aprender”. O verbo apr ende r , por estar acompanhado do advérbio “muito”,apresenta, na construção, a forma t r ans i t i va i nd i r e t a , acompanhado da preposição “com” (da mesma forma que em “Eu aprendi muito com os meus erros” ). Como o

pronome relativo substitui a expressão “tratado político”, a construção deveria ser: “pois é um tratado político c o m q u e  muitos têm muito a aprender” .

Lacunas: d e qu e / co m q u e - esta é a resposta correta.

(B) O verbo “considerar” é transitivo direto. Na oração “Muitos estavam habituados aconsiderar as qua l i dades mor a i s” (termo este que será substituído pelo pronomerelativo), não há necessidade do emprego de preposição alguma, já que o verbocons iderar é transitivo direto.

Assim, a primeira lacuna será preenchida somente com o pronome relativo: “As qualidades morais qu e  mu itos estavam habituados a considerar como tais...” .

Na segunda lacuna, o pronome relativo exerce a função de objeto direto do verbo

 “tornar”. Este verbo é, na construção, t r ansob je t i vo , ou seja, além do objeto direto,requer um predicativo do objeto direto (já falamos sobre isso na Aula 2 – Verbos,questão 31).

Após a substituição do pronome relativo pelo substantivo (seu antecedente), aconstrução seria: “Maquiavel tornou o t r a t ado uma obra basilar”, em que “o  t r a t a d o” exerce a função de objeto direto e “um a ob r a bas i l ar ”, predicativo do objeto direto.Para deixarmos essa função de objeto direto bastante clara, vamos trocar osubstantivo por um pronome oblíquo: “Maquiavel tornou-o uma obra basilar”.

Observe que “obra basilar” tem valor adjetivo (atribui uma qualidade) em relação a “tratado”, e com ele não se confunde.

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O predicativo do objeto é uma função necessária à compreensão. Não haveria nexo seeste elemento faltasse ao período: “Maquiavel tornou o tratado ...” – a perguntaprovavelmente seria: tornou o tratado o quê? O elemento que completa essa oraçãoexerce a função de predicativo do objeto.

Como o objeto direto não requer preposição, na segunda lacuna há somente opronome relativo: “no tratado qu e  Maquiavel tornou uma obra basilar ”.

Lacunas: q ue / q ue

(C) “Muita gente costuma cultuar a lguma co isa” – o verbo cu l t ua r (principal dalocução) é transitivo direto. Assim, na primeira lacuna, há apenas o pronome relativoque se refere a “valores abstratos”: “Os valores abstratos  qu e  muita gente costuma cultuar...” .

No segundo período, o verbo va ler -se exige complemento indireto com a preposição

 “de” (Alguém pode se valer de alguma coisa). Essa preposição irá anteceder opronome relativo: “qualquer aplicação  de que   pudesse se valer na análise da política.” .

Lacunas: q u e / d e q u e 

(D) O verbo u t i l i za r é transitivo direto – “muitos utilizam  o ad je t i vo m aqu iavé l i co  ” .Não há necessidade de se empregar preposição alguma – “O adjetivo ‘maquiavélico’,q u e  muit os utilizam para denegrir o caráter de alguém...” .

Na sequência, o verbo d iscordar (verbo principal da locução verbal) é transitivoindireto, com a preposição “de” (Alguém discorda de alguma coisa). Observe que aoração está na ordem invertida: “os cientistas políticos” é sujeito: “.. . ganhou uma acepção  de que   costumam discordar os cientistas políticos.”  (equivalente a “os

cientistas políticos costumam discordar da acepção”).Lacunas: q u e / d e q u e

(E) Alguém se entrega a alguma coisa – o verbo en t r ega r - se (pronominal) étransitivo indireto com a preposição “a”. Esta preposição deve anteceder o pronomerelativo que substitui “a leitura de O Pr ínc ipe”: “A leitura de O Pr ínc ipe , a que  muita gente até hoje se entrega...” .

Na sequência, temos um caso de regência nominal – o adjetivo “envolvidos” exige apreposição “em” (Alguém se sente envolvido em alguma situação). Esse complementonominal já está representado por “na lógica da política”. Já o pronome relativo exercea função de su je i t o da oração subordinada adjetiva e se refere a “todos”: “todos se sintam envolvidos na lógica da política ”. A construção seria: “... interessa a t odos q u e  

se sintam envolvidos na lógica da política”.Lacunas: a qu e / q u e

21 – I t em I NCORRETO

Vamos analisar o segmento em que o pronome relativo em questão aparece.

Vencer as desigualdades faz parte de uma estratégia e de um novo modelo dedesenvolvimento para o país, que pode dispor, para tanto, da imensa riqueza naturalde nossa Nação.

O verbo d ispor é transitivo indireto (Alguém dispõe de  alguma coisa ).

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A primeira dica: a locução verbal está no singular (pode dispor), indicando que oreferente também apresenta esse número.

Na sequência, é apresentado o complemento do verbo d ispor : “de imensa riqueza nat ural de nossa Nação ”.

Pergunta: “quem” dispõe de imensa riqueza natural de nossa nação?

Resposta: “O país”, mencionado na oração anterior o país pode dispor (para venceras desigualdades) da imensa riqueza natural de nossa Nação.

Viu como a compreensão textual é essencial para a solução de questões como essa?

Na hora da prova, não tenha preguiça de voltar ao texto. O objetivo da banca éenganá-lo, e você deve estar preparado para vencer esse desafio.

22 – I tem CORRETO

Finalmente, vemos um caso de pronome oblíquo usado como termo vicário, ou seja,substituindo um termo ou oração mencionada anteriormente.

Isso é muito comum com o verbo fazer . O pronome, nesse caso, serve comocomplemento do verbo, retomando a ação apresentada no período anterior:

 “Quem pergunta pela sua identidade questiona as referências hegemônicas mas, aofazê-lo, coloca-se na posição de outro (...).” – ao fazer o quê?

Toda a expressão (fazê-lo) se refere a “questiona as referências hegemônicas”.

Está correta, portanto, a afirmação de que o pronome exerce a função de objeto diretodo verbo fazer .

23 – I tem CORRETO

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Permanecem com h í fen os vocábulos ligados aoselementos AQUÉM, ALÉM, RECÉM, SEM (como em “recém-visto”).

Essa é basicamente uma questão de interpretação.

Os índios eram considerados pelos portugueses “tábula rasa”, ou seja, desprovidos devalores culturais ou religiosos próprios e sem escrita, tudo o que o português possuía.Acreditavam que eles aceitariam “de bom grado, a voz catequética do missionário jesuíta que, ao impô-los em língua portuguesa”...

O que seria imposto em língua portuguesa aos índios? Podemos entender que tanto osvalores culturais ou religiosos quanto a própria escrita, elementos que os portuguesespossuíam e que iriam impor aos índios.

Dessa forma, o pronome retoma, de forma coesa, os elementos textuais anteriormenteapresentados. Veja como é importante conhecer a nomenclatura: “forma pronominalenclítica” – essa expressão poderia assustar quem não a conhecesse.

Bons est udos e a t é a p r óx im a au la .

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AULA 9 - CONECTIVOS – PREPOSIÇÃO E CONJUNÇÃO

Olá, pessoal

Na aula passada, lancei um desafio – encontrar uma letra de música quecontivesse o pronome relativo CUJO usado de forma apropriada.

E aí, pessoal, não encontraram nada ainda??? Estou à espera para cantarmos juntos...rs...

Hoje nosso assunto será a função e o emprego dos conectivos – conjunções epreposições.

Ao lado dos pronomes, esses elementos são responsáveis por estabelecer o nexoentre os vocábulos de uma oração e entre as orações, períodos e parágrafos emum texto.

Serão apresentados os conceitos de um e de outro para, ao fim, exercitarmoscom questões de prova que exploram esse conhecimento.

PREPOSIÇÃO

CONCEITO

Palavra invariável que, colocada entre duas outras, faz com que uma se tornemembro da outra, criando-se um elo de subordinação.

Casa da m ãe Joana 

Cadeira de ferro 

Vida de cão 

Út i l  a todos 

Preciso de ajuda 

Na aula sobre sintaxe de regência (Aula 6), já vimos essa relação entresubordinante (ou antecedente: casa, cade i ra , v ida , ú t i l , p rec iso  ) esubordinado (ou consequente: da m ãe Joana, de fe r ro , de cão, a todo s , de  a j u d a  )

As preposições não possuem, isoladamente, um significado. Elas atribuemcircunstâncias aos elementos a ela ligados. Veja os diversos sentidos que amesma preposição (com) pode exprimir:

Dirija com calma. ( m o d o   )

Ele cortou- se com a faca. ( i n s t r u m e n t o   )

Fomos ao cinem a com nossos amigos. ( companh ia   )

Aquela escultura foi feita com argila. ( m a t é r i a   )

Agora compare a seguinte oração com os exemplos apresentados:

Concordo com  você.

Ao contrário das demais frases, em que a preposição introduz umacircunstância, nessa, a preposição com foi exigida pelo verbo.

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Assim, ora as preposições são usadas com valor semântico, de modo a exprimircertas circunstâncias aos elementos oracionais (como na função de adjuntoadverbial), ora por exigência gramatical, como na função de objeto indireto.

CLASSIFICAÇÃO DAS PREPOSIÇÕES

As preposições podem ser:

ESSENCIAIS – são palavras que, desde sua origem, são usadas comopreposição: a, an te , a té , após , com, cont ra , de , desde, em, en t re , para ,perant e , por , sem, sob, sobre , t r ás .

Todos estão con t r a  a mu dança do horário.

ACIDENTAIS – palavras de outras classes gramaticais que “por acidente” sãousadas como preposição: dur an t e , med ian t e , con f o r me , segundo ,

consoante , que .Tenho q u e  sair.

Nós os temos c o m o  irmãos.

Fugiu d u r a n t e  a noite.

Veja uma interessante questão de prova que explorou esse conceito depreposição acidental.

(ESAF/AFRF/2002.1)

O homem é moderno na medida das senhas de que ele é escravo para ter acesso à vida. Não é mais o senhor de seu direito constitucional de ir-e- vir. A senha é a senhora absoluta. Sem senha, você fica sem seu próprio dinheiro ou até sem a vida. No cofre do hotel, são quatro algarismos; no seu home bank, seis; mas para trabalhar no computador da empresa,você tem que digitar oito vezes, letras e algarismos. A porta do m eu carro tem senha; o alarme do seu, também. Cada um de nossos cartões tem senha. Se for sensato, você percebe que sua memória não pode ser ocupada com tanta baboseira inútil. Seus neurônios precisam ter finalidade nobre. Têm que guardar, sim, os bons momentos da vida.Então, desesperado, você descarrega tudo na sua agenda eletrônica, num lugar secreto que só senha abre. Agora só falta descobrir em que lugar secreto você vai guardar a senha do lugar secreto que guarda as senhas.

(Alexandre Garcia, Abr e - t e sésam o , com adaptações)

c) Respeitam-se as regras de regência da norma culta ao empregar a preposição d e  em vez de qu e  na expressão verbal “Têm que” (l.10) .

Este item está CORRETO.

Uma locução verbal pode apresentar, entre o verbo principal e o auxiliar, umapreposição (acabei de chegar, chego a tremer, acabo de fazer, tenho de aceitar ).No meio da locução, no lugar da preposição, foi usada a palavra que: “ter queguardar”. Segundo a norma culta, deveria ser “ter de guardar”. Esse “que” (originalmente uma conjunção), por estar no lugar de uma preposição, recebe onome de “preposição acidental”. O mesmo acontece em “Eu a tenho como uma 

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irmã” , em que a palavra “como” (pronome, conjunção ou advérbio) está usadano lugar de uma preposição (“Eu a tenho por um a irmã” ).

Em locuções prepositivas, a última palavra é sempre uma preposição essencial.(abaixo de, acima de, a fim de, junt o a, de acordo com, devido a ...).

As preposições também podem surgir isoladamente, conhecidas como sintagmasavulsos preposicionados (Com sua licença, por favor ). Pode-se entender,todavia, que o antecedente, nesses casos, foi omitido.

PREPOSIÇÃO EM ADJUNTO ADVERBIAL

Vimos na aula passada que pode ocorrer a elipse (omissão) da preposição,

especialmente em adjuntos adverbiais de tempo “Neste/Este fim de semana, irei ao litoral”, “Chegarei (no) domingo.”, “A lista dos aprovados sairá (n)esta semana ainda.”.

Contudo, se o adjunto adverbial vier sob a forma de oração, há divergênciadoutrinária.

Alguns julgam ser uma questão de conveniência, mas a posição majoritária épela OBRIGATORIEDADE do emprego da preposição antes do pronome relativocorrespondente.

Encontramos, inclusive, uma questão de prova que corrobora esseposicionamento:

(ESAF/AFC STN/2002)

Marque o item sublinhado que representa impropriedade vocabular, erro gramatical ou ortográfico.

Em vista da crescente conscientização sobre a necessidade de preservar o patrimônio cultural, tem havido muitas discussões sobre a proteção da área do entorno(A) ou do envoltório(B)do bem imóvel tombado. Há, principalmente,divergências quanto à sua(C) dimensão adequada ou ideal e ao momento que(D) passa a ser protegida.(E)

(Baseado em Antônio Silveira R. dos Santos)

a) A

b) B 

c) C 

d) D 

e) E 

Na opção D, gabarito da questão, o pronome relativo que (cujo referente é osubstantivo momento) cria, na oração adjetiva que inicia, uma estruturaequivalente a “a área passa a ser protegida no momento”. Percebe-se, assim, ovalor adverbial da expressão sublinhada, exigindo o emprego da preposição em(em + o = no).

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Por isso, essa preposição “em” deve anteceder o pronome relativo “que”, querepresenta a palavra momento – “... mom ento em que passa a ser prot egida.”.

Com relação ao item c (correto), a locução “quanto a” uniu-se ao artigo queantecede “sua dimensão”, formando “quanto à sua dimensão”. Como vimosna aula de crase, seria facultativo o emprego do artigo definido antes dopossessivo - “(a) sua dimensão” - e, por conseguinte, a acentuação – “quanto a(à) sua dimensão”.

PREPOSIÇÃO EM COMPLEMENTOS NOMINAIS E VERBAIS

A preposição pode anteceder um complemento nominal ou um complementoverbal. Quando esse complemento vem sob a forma oracional, podemos adotaros seguintes posicionamentos.

Em relação à omissão da preposição em complementos  verbais (objetoindireto oracional), a posição majoritária da doutrina é de aceitar a omissãode preposição antes da conjunção.

Veja uma questão de prova em que isso ocorreu:

(ESAF/AFRF/2003) Julgue a assertiva abaixo em relação aos aspectos gramaticais.

e) Não nos esqueçamos que a construção do autoritarismo, que marcou profundamente nossas estruturas sociais, configurou o sistema político imprescindível para a manutenção e reprodução dessa dependência.

Este item da questão foi considerado CORRETO.

O verbo esquecer-se (OLHA A A ULA DE REGÊNCI A AÍ , GENTE!! !  ) –pronominal – é transitivo indireto, regendo a preposição de (Não se esqueça de mim.) .

Contudo, como o seu complemento indireto está sob a forma oracional (“que a construção do autoritarismo...”), é possível a elipse (omissão) da preposição.

Assim, em determinadas construções verbais (convencer-se, lembrar-se,esquecer-se, assegurar-se, duvidar, concordar, discordar, torcer), a preposiçãopoderia ser omitida no complemento verbal oracional:

 “Concordamos ( com) que todos devem ser aprovados .” 

 “Duvidamos (de) que alguém venda m ais barato.” (essa era a propaganda das Casas Sendas, no RJ; alguém aí se lem bra disso?).

Então, com objeto indireto oracional, a preposição pode ser omitida. Beleza!

Agora, a norma culta prevê que, quando a preposição é exigência de um nome (adjetivo, substantivo abstrato ou advérbio) e o complemento está sob a formaoracional, a preposição deve anteceder a conjunção integrante que dá início aocomplemento nominal:

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“Tenho a convicção de que estamos no caminho certo.”  (“Tenho a convicção

disso.” - alguém tem convicção de alguma coisa)“Somos favoráveis a que todos sejam nomeados rapidamente”  (“Somosfavoráveis a isso.” - alguém é favorável a alguma coisa).

Em relação à omissão da preposição em complementos nominais, o assunto ébastante controverso.

Há quem defenda a omissão da preposição em complementos nominais sob aforma oracional.

Celso Luft, em seu Dicionário Prático de Regência Nominal, observa que “é viável a elipse da preposição antes do  q u e ” – Exemplo: “Estou certa que me hás de 

compreender.” (Alguém está certo de  alguma coisa = Estou certa de que  . . . ) .Algumas bancas já deixaram clara a sua posição. A ESAF, por exemplo, até hoje,sempre considerou um erro a omissão de preposição antes de uma oração quecomplementa um nome (adjetivo, substantivo, advérbio).

Veja uma dessas questões:

(ESAF/ AFT/2003) Julgue a corr eção gramat ical da asserção abaixo.

c) Na América Latina, por exemplo, “a integração global aumentou ainda mais as desigualdades salariais”, e há uma preocupação generalizada que o processo esteja levando uma maior desigualdade no próprio interior dos países. Essa desigualdade já alcançou os Estados em suas relações assimétricas.

Este item foi considerado INCORRETO.

O substantivo preocupação, a depender do significado, pode reger diversaspreposições ou locuções prepositivas (com, para com, em, etc.). Uma delas é apreposição de: Notei a sua pr eocupação de  todos serem bem atendidos.

No segmento “há uma preocupação  generalizada que o processo esteja levando...” , faltou o emprego da preposição de antes da conjunção que. 

Quem tem uma preocupação, tem preocupação de alguma coisa.

A forma correta seria: “há uma  preocupação  generalizada  d e   q u e  o processo esteja levando...”.

Houve também outro erro de regência - a omissão da preposição a  em “...esteja levando a uma maior desigualdade no próprio interior dos países.”.  

Contudo, isso não significa que a banca não possa mudar de ideia e, com basena lição de Celso Luft, passe a aceitar um complemento nominal oracional sema preposição.

Por isso, caso apareça uma questão como essa, em que o complementonominal oracional estiver sem a preposição, tome cuidado: desenhe umacaveira ao lado da opção e continue lendo a questão até o fim. Se não surgirnada “mais errado”, essa deve ser a resposta.

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MAIS ALGUMAS PECULIARIDADES NO USO DAS PREPOSIÇÕES.

Eu sei que já falamos sobre isso na aula passada, mas não custa nada reforçar oensinamento.

De acordo com a norma culta, o sujeito das orações reduzidas de infinitivo deveestar separado da preposição – “Apesar de elas não saberem a matéria, tiveram um bom resultado.”.

Modernamente, aceita-se a contração da preposição com o pronome ou artigodo sujeito – “Está na hora da onça beber água.” (exemplo do mestre EvanildoBechara).

CUIDADO!

Para analisar adequadamente a construção, devemos dispor os termos daoração na ordem direta.

Lembra-se da pegadinha em que o Bill Gates caiu?

“Para ____ estar aqui é u m prazer im enso.” 

Como é mesmo que se preenche essa lacuna? Com “eu” ou “mim”?

Devemos perguntar ao verbo quem é o seu sujeito: o que é um prazer imenso?Resposta: estar aqui.

Então, colocando os termos na ordem direta (SUJEITO – VERBO –COMPLEMENTO):

“ESTAR AQUI (sujeito) é um prazer para ____ .” 

Agora ficou mais fácil, não é? Após preposição, coloca-se um pronome oblíquo,desde que esse pronome não seja o sujeito de uma forma verbal. Então,devemos completar com mim. Na ordem original seria “Para mim estar aqui éum prazer imenso.”. Uma vírgula após mim cairia bem, já que iria mostrar queesse pronome não é o sujeito do verbo estar, que, aliás, é impessoal (“Paramim, estar aqui é um prazer.”). Todavia, essa vírgula não é obrigatória (masisso é outro assunto...).

Preencha, agora, as lacunas das seguintes orações:

“O amor entre ____ e ____ morreu.” (eu / mim – t u / t i).

Como você completaria?

Vamos começar identificando o sujeito: quem/o que morreu? Resposta: o amor.

Bem, se após preposição, devemos empregar o pronome oblíquo, ficaria “Oamor entre mim e ti morreu.”.

“Entre ____ pedir e ____ fazeres, há grande distância.” (eu / mim – tu / ti).

Como fica agora?

Como o pronome que irá ocupar a primeira lacuna será o sujeito do verbo pedir.Quem vai pedir? Resposta: eu. Então, só podemos colocar um pronome reto (équem exerce as funções de sujeito e de predicativo do sujeito - aula sobrepronomes). O mesmo acontece com o sujeito do verbo fazer. Assim, a forma é “Entre eu pedir e tu fazeres, há grande distância.”.

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CONJUNÇÃODEFINIÇÃO

São vocábulos de função estritamente gramatical, utilizados para oestabelecimento da relação entre dois termos na mesma oração ou entre duasorações, que formam um período composto. Assim como a preposição, não temsignificado nem função sintática.

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

1.  FRASE – É a unidade mínima de sentido completo na comunicação. Podeser simples (Fogo! ) ou complexa, formada por diversas orações. Podeconter verbo ou não.

2.  ORAÇÃO – é a frase (ou elemento frasal) com estrutura que comportasujeito e predicado. Há verbo, explicito ou oculto.

Note a diferença entre frase e oração a partir dos seguintes exemplos:

Que mulher insuportável! 

Aquela m ulher é insuportável! 

Na primeira, a opinião é apresentada de forma direta, sem verbo. Já nasegunda, a mesma opinião é apresentada sob uma estrutura oracional(com sujeito e predicado).

3.  PERÍODO – é a estrutura composta por uma ou mais orações, dividindo-se, assim, em período simples e composto.

3.1 - Período Simples – apresenta a oração absoluta.

Estou muito feliz.

3.2 - Período Composto – apresenta mais de uma oração, que podemestar em coordenação (independentes) ou em subordinação (uma exerce funçãosintática na outra – relação de dependência).

Por que esta nomenclatura: subordinada e coordenada?

Pense bem – são coordenadas estruturas que não dependem uma da outra, ouseja, caminham paralelamente. Já as subordinadas exercem influência uma naoutra, ou seja, uma estrutura exerce alguma função sintática (sujeito, objetodireto, objeto indireto etc.) na outra estrutura, estabelecendo, assim, uma

relação de subordinação.

CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES

Oração Abso lu t a  – é a oração que forma um período simples. Há somente umaoração no período. Por isso, é absoluta... é única!

Orações Coordenadas  – são orações independentes entre si. Não exercemfunção sintática umas nas outras.

Por serem equivalentes, uma não é mais importante do que a outra. O quedifere é a presença de uma conjunção em uma delas.

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Por síndeto , temos o conceito de “ligação, junção”. Por isso, chamam-seassindéticas as orações que não são introduzidas por conjunção(assindéticas   “a” = prefixo de negação, ausência = sem síndeto   nãopossuem o elemento de ligação). 

Consequentemente, as que recebem conjunção coordenativa se chamamsindéticas.

As conjunções coordenativas podem ser aditivas, adversativas, alternativas,conclusivas ou explicativas. 

Orações Subord inadas   – são orações que, como o nome já diz, sesubordinam, ou seja, exercem função sintática em outra oração. Por isso,falamos em oração principal e oração subordinada.

A oração subordinada exerce alguma função sintática na oração principal e pode

se ligar a ela por meio das conjunções. Essa função sintática pode ser própria deum adjetivo (oração subordinada adjetiva), de um substantivo (oraçãosubordinada substantiva) ou de um advérbio (oração subordinada adverbial):

- Ad je t i vas   – do mesmo modo que os adjetivos fazem referência asubstantivos (calça clara, roupa velha), os pronomes relativos se referemaos substantivos presentes em orações antecedentes - são os referentes.Por isso, os pronomes relativos dão início a orações subordinadasadjetivas, que podem ser restritivas (restringir o conceito do substantivo)ou explicativas (explicar seu conteúdo, alcance ou conceito).

PRONOMES RELATIVOS SEMPRE INICIAM ORAÇÕES SUBORDINADASADJETIVAS.

- Subs t an t i vas   - As orações subordinadas substantivas (também jávimos) são iniciadas pelas conjunções integrantes.

Uma boa dica para identificar uma oração subordinada substantiva (e,consequentemente, a conjunção integrante) é substituir a oração iniciadapela conjunção pelo pronome substantivo I SSO. Veja estes exemplos:

1 - “Eu quero  | que você me de ixe em paz  .”  – “Eu quero  I SSO .” –Então, “que você venha ” equivale a um substantivo (Eu quero sossego ./Eu quero  paz .) . É, portanto, uma oração subordinadasubstantiva. A função sintática exercida pelo substantivo é objeto direto (Alguém quer alguma coisa = Eu quero  i s so = que você me de ixe em paz ), e por isso a oração se chama: oração subordinada substantivaobjetiva direta.

2 - “É preciso | que você pres te bastan t e a tenção.”  – “É preciso  I SSO.”  – “que você preste bastante atenção”  é uma oração subordinadasubstantiva. Como o pronome exerce a função de sujeito (I s s o  é preciso ),a oração se chama: oração subordinada substantiva subjetiva.

CONJUNÇÕES INTEGRANTES SEMPRE INICIAM ORAÇÕESSUBORDINADAS SUBSTANTIVAS.

- Adverb ia is   - Finalmente, as orações subordinadas adverbiais sãoiniciadas por uma conjunção adverbial, que pode expressar uma das

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seguintes circunstâncias: causa, comparação, concessão, condição,consecução, conformidade, finalidade, proporcionalidade,temporalidade. 

CONJUNÇÕES ADVERBIAIS SEMPRE INICIAM ORAÇÕES SUBORDINADASADVERBIAIS

Esses conceitos fundamentais foram apresentados para que se compreenda opapel das conjunções, que é o de ligar elementos dentro de uma oração ou ligarorações entre si, formando períodos compostos.

Não se preocupe com esses “nomes e sobrenomes” das orações. Aguarde apróxima aula, sobre Períodos.

EMPREGO DAS CONJUNÇÕES

As conjunções podem ser usadas em orações coordenadas (conjunçõescoordenativas) ou subordinadas (conjunções subordinativas).

DICA IMPORTANTE: NÃO SE CLASSIFICA UMA ORAÇÃO SOMENTE PELACONJUNÇÃO INTRODUZIDA POR ELA.

Deve-se observar o valor que essa conjunção emprega ao período para,somente então, classificá-la.

CONJUN ÇÕES COORDENA TI VAS: 

A conjunção que relaciona termos ou orações de idêntica função gramatical temo nome de COORDENATIVA.

O tempo e  a maré não esperam por n inguém.

Ouvi primeiro e  falai por derr adeiro.

•  ADITIVAS – possuem a função de adicionar termos ou orações demesma função gramatical – e , nem, não só . . . mas t ambém ( sé r ies  ad i t i v as en fá t icas)

•  ADVERSATIVAS – estabelecem uma relação de contraste entre ostermos ou orações – m as , con t udo , t odav ia , en t r e t an t o , no en t an t o ,po r ém, enquan t o  

•  ALTERNATIVAS – unem orações independentes (coordenadas),indicando sucessão de fatos que se negam entre si ou que sãomutuamente excludentes (a ocorrência de um exclui a do outro) – ou ,o r a , nem, que r , seja ( r epe t idos ou não )

•  CONCLUSIVAS – exprimem conclusão em relação à(s) oração(ões)anterior(es) – po is ( no me io da o r ação s indé t i ca ) , po r t an t o , l ogo ,por isso , assim , por consegu in te  

•  EXPLICATIVAS – a oração sindética explica o conteúdo da outra oração– po is (no in íc io da oração s indét ica) , porqu e, que, porquan to  

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CONJUNÇÕES SUBORDI NATI VAS: 

Denominam-se SUBORDINATIVAS as conjunções que ligam duas orações, umadas quais determina ou completa o sentido da outra.

Eram t rês da tarde quando  cheguei. (a oração exerce a função de advérbio de momento)

Pediram-me qu e  definisse o contexto da tese. (a oração exerce a função de objeto direto do verbo PEDIR – Pediram-me  isso. )

Nas locuções conjuntivas, geralmente a última palavra é que.

As conjunções subordinativas dividem-se em: INTEGRANTES e ADVERBIAIS.

INTEGRANTES – são apenas duas (graças a Deus!) – q u e  e se  .

Elas sempre  iniciam ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS, ou seja,orações que estão no lugar de um substantivo.

Por isso, exercem funções sintáticas próprias dos substantivos – sujeito, objetodireto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito, agente dapassiva etc.

Aproveitando o exemplo já apresentado:

Pediram-me que definisse o contexto da tese.

O verbo pedir é bitransitivo na oração (Alguém pede alguma coisa a alguém .).Isso significa que o verbo possui um complemento indireto (representado pelopronome “me”) e um complemento direto (representado pela oração “que

definisse o contexto da tese”).Como a oração está no lugar de um substantivo (Pediram-me  pac iênc ia .), éuma oração subordinada substantiva.

ADVERBIAIS – iniciam orações subordinadas adverbiais. As circunstânciasexpressas pelas orações podem ser:

•  CAUSAIS – a oração exprime causa em relação a outra oração –por que , po i s , que , uma vez que , j á que , po r quan t o , desde que ,como, v is to que, por isso que 

•  COMPARATIVAS – subordinam uma oração a outra por meio decomparação ou confronto de ideias – que , do que ( an t eced idas po r  

exp r essões ma is , menor , me lho r , p io r e t c . ) , ( t a l ) qua l , ass im  como , bem com o 

•  CONCESSIVAS – apresentam ideias opostas às da oração principal –embor a , apesar de , m esm o que , a inda que , pos t o que , conquan t o ,m esm o quando , po r m a is que  

•  CONDICIONAIS –  indicam condição para que o fato expresso na oraçãoprincipal se realize ou ocorra - se, caso, exceto se, salvo se, desde que, cont an to qu e, sem que, a menos que, a não ser que 

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•  CONSECUTIVAS – apresentam a consequência para um fato exposto naoração principal – ( t a n t o / t a m a n h o( a ) / t ã o ) q u e, d e so r t e q ue , d e  m odo que , de f o r m a que , de mane i r a que  

•  CONFORMATIVAS – expressam conformidade em relação ao fato daoração principal – con f o r me , segundo , consoan t e , com o ( no sen t ido  de con f o r m e)

•  FINAIS – apresentam a finalidade dos atos contidos na oração principal– a f im de ( que ) , pa r a que , po r que , que  

•  PROPORCIONAIS – expressam simultaneidade e proporcionalidade dosfatos contidos na oração subordinada em relação aos fatos da oraçãoprincipal – à p r opo r ção que , à med ida que , quan t o ma is ( t an t o ) ,q u a n t o m e n o s ( m a i s/ m e n o s )

•  TEMPORAIS – indicam o tempo/momento da ocorrência do fatoexpresso na oração principal – quando , enquan t o , l ogo que , ago r a  que, tão logo, apenas , toda vez que, ma l , sem pre que 

Para a prova, duas providências são necessárias:

- MEMORIZAR o significado de algumas dessas conjunções (especialmente assublinhadas, que não estão no nosso linguajar cotidiano);

- ANALISAR o contexto para identificar a circunstância expressa pela oraçãosubordinada. Não basta memorizar essa lista (aliás, essa providência éinfrutífera – memorize apenas as conjunções inusitadas). Útil é compreender ascircunstâncias em que devam ser empregadas.

TABELA DE CONJUNÇÕES

COORDENADAS ADITIVASADVERSATIVASALTERNATIVASCONCLUSIVASEXPLICATIVAS

SUBORDINADAS INTEGRANTESADVERBIAIS CAUSAIS

COMPARATIVASCONCESSIVASCONDICIONAISCONFORMATIVASCONSECUTIVASFINAISPROPORCIONAISTEMPORAIS

Vamos ao treino? Bons estudos.

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QUESTÕES DE FIXAÇÃO

1 - ( N C E U FR J / AD MI N I STRAD OR PI AU Í / 2006 )

 “...[a droga é] usada pelo adolescente da periferia  par a   viajar ao paraíso  por alguns instantes ”; a alternativa abaixo em que a utilização de um dessesvocábulos apresenta o mesmo valor semântico presente nesse segmentodestacado do texto é:

(A) “se espalha para a multidão de gente pobre”;

(B) “o bacilo da tuberculose, que, por via aérea...”;

(C) “irá parar nos pulmões dos que passarem por perto”;

(D) “é provável que se organize para acabar com as causas”;

(E) “dirigidos por fundações privadas”.

2 - ( N C E U FR J / AD MI N I STRAD OR PI AU Í / 2006 )

TEXTO – A SAÚDE E O FUTURO

Dráuzio Varella – Reflexões para o futuro 

Ficaremos sobrecarregados, pagando caro pela ignorância e irresponsabilidadedo passado. Acharemos inacreditável não havermos percebido em tempo, porexemplo, que o vírus da Aids, presente na seringa usada pelo adolescente daperiferia para viajar ao paraíso por alguns instantes, infecta as mocinhas dafavela, os travestis da cadeia, as garotas da boate, o meninão esperto, a

menininha ingênua, o senhor enrustido, a mãe de família e se espalha para amultidão de gente pobre, sem instrução e higiene. Haverá milhões de pessoascom Aids, dependendo de tratamentos caros e assistência permanente. Seussistemas imunológicos deprimidos se tornarão presas fáceis aos bacilos datuberculose, que, por via aérea, irão parar nos pulmões dos que passarem porperto, fazendo ressurgir a tuberculose epidêmica do tempo dos nossos avós.Sífilis, hepatite B, herpes, papilomavírus e outras doenças sexualmentetransmissíveis atacarão os incautos e darão origem ao avesso da revoluçãosexual entre os sensatos.

No caldo urbano da miséria/sujeira/ignorância crescerão essas pragas modernase outras imergirão inesperadas. Estará claro, então, que o perigo será muitomais imprevisível do que aquele representado pelas antigas endemias rurais:

doença de Chagas, malária, esquistossomose, passíveis de controle cominseticidas, casas de tijolos, água limpa e farta.

Assustada, a sociedade brasileira tomará, enfim, consciência do horror que serápôr filhos em um mundo tão inóspito. Nessas condições é provável que seorganize para acabar com as causas dessas epidemias urbanas. Modernoshospitais sem fins lucrativos, dirigidos por fundações privadas e mantidos com oesforço e a vigilância das comunidades locais, poderão democratizar oatendimento público. Eficientes programas de prevenção, aplicados em parceriacom instituições internacionais, diminuirão o número de pessoas doentes.

Então virá a fase em que surgirão novos rebeldes sonhadores, para enfrentar odesafio de estender a revolução dos genes para melhorar a qualidade de vida

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dos que morarem na periferia das grandes cidades ou na imensidão dos camposbrasileiros.

A alternativa em que a preposição destacada tem valor semântico de meio é:

(A) “para acabar com  as causas dessas epidemias”;

(B) “aplicados em parceria com  instituições internacionais”;

(C) “passíveis de controle com  inseticidas”;

(D) “mantidos com  o esforço e a vigilância das comunidades locais”;

(E) “Haverá milhões de pessoas com  Aids”.

3 - ( NCE UFRJ / I NPI - ANALI STA MARCAS / 200 5)

 “... sob novo signo.”; nesse segmento o autor empregou corretamente apreposição sob ; o item abaixo em que houve troca entre s ob / s ob r e  é:

(A) Sob esse aspecto, a economia vai mudar;

(B) A economia foi analisada sob vários pontos de vista;

(C) A industrialização virá sob um novo governo;

(D) O congresso vai discutir sob política econômica;

(E) A industrialização foi feita sob pressão de grupos.

4 – (NCE UFRJ / ARQUI VO NACI ONAL Agente Adm . / 200 6)

 “Havia controvérsias quanto à veracidade dos fatos”; a forma abaixo queALTERA o sentido original desse segmento do texto é:

(A) quanto à veracidade dos fatos, havia controvérsias;

(B) em relação à veracidade dos fatos, existiam controvérsias;

(C) no que diz respeito à veracidade dos fatos, havia controvérsias;

(D) afora a veracidade dos fatos, havia controvérsias;

(E) quanto à veracidade dos fatos, controvérsias havia.

5 - (NCE UFRJ / AGER)TEXTO – NÃO

Salomão Rabinovich (Psicólogo)

A adolescência tem características particulares. São próprias dela a prepotência,a luta pela auto-afirmação, a sensação de que se pode tudo. Mas é sabido que,nessa fase da vida, somos inexperientes, inseguros, mais desatentos e um tantodesengonçados. Os jovens ainda estão em fase de crescimento, e odesenvolvimento biológico ainda não está completo. Por todos esses motivos,não é recomendável dar a carteira de motorista a um menor de 18 anos. OBrasil é campeão mundial de acidentes de carro. O trânsito em nossas grandes

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cidades é caótico e violento. Os motoristas com idade entre 18 e 25 anos são osque mais correm e por isso a incidência de acidentes é maior nessa faixa etária.Desde o início do ano, temos o novo Código de Trânsito Brasileiro que vemsendo criticado por ser rigoroso demais, e é nesse contexto que se deseja dar acarteira de motorista aos maiores de 16 anos. Para quê? Não é possível esperardois anos para começar a dirigir?

Ser contra esse projeto de lei não é ser contra os jovens. Quando umadolescente vota, ele pode até estar fazendo uma escolha errada, mas aindaassim terá aprendido a exercer sua cidadania. Com um voto, porém, ele não vaimorrer nem matar – o que pode acontecer se estiver dirigindo um carro. Asvítimas, suas famílias e as pessoas que causaram acidentes sabem como édoloroso conviver com isso, principalmente quando um jovem morre ou ficainválido. Para ser contra a carteira de motorista para maiores de 16 anos, bastavisitar os hospitais das grandes cidades e ver o estrago que a morte de umadolescente causa. Já temos muitos problemas para resolver em relação aotrânsito e aos jovens brasileiros. Não precisamos de mais esse.

O item em que o emprego da preposição em destaque está preso a umanecessidade gramatical e não de sentido é:

(A) “...a sensação DE que se pode tudo”;

(B) “POR todos esses motivos...”;

(C) “DESDE o início do ano...”;

(D) “PARA quê?”;

(E) “Ser CONTRA esse projeto de lei...”.

6 - ( FGV / I CMS MS - Fiscal de Rendas / 20 06)

Podemos ser operados com anestesia, suavizar dores com analgésicos .

As duas ocorrências da preposição com  no trecho acima expressam,respectivamente, o sentido de:

(A) meio e modo.

(B) meio e meio.

(C) modo e meio.

(D) modo e modo.

(E) companhia e instrumento.

7 - ( N C E U FR J / I nspe t o r de Po l íc ia / 2001 )

 “Há poucos dias, assistindo a um desses debates universitários que a gentepensa que não vão dar em nada, ouvi um raciocínio que não me saiu mais dacabeça.”; o comentário correto sobre esse segmento do texto é:

a) os três quês  do texto pertencem à idêntica classe gramatical;

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b) a expressão a gen t e  , por dar idéia de quantidade, deve levar o verbo para oplural;

c) a forma verbal v ão  deveria ser substituída pela forma v ai ;

d) a forma verbal vão dar  transmite idéia de possibilidade;

e) a última oração do texto restringe o sentido do substantivo rac iocín io .

8 - ( U nB C ESPE/ Banco do Br asi l / 2002 )

De olho no que julgam ser a maior oportunidade de negócios nos próximos anosem todo o mundo, as empreiteiras brasileiras articulam a formação de grandesconsórcios a fim de disputar com mais chances de vitória as licitações para aampliação do canal do Panamá. O lobby que o presidente Fernando Henrique

Cardoso fez pessoalmente em março, durante visita ao Panamá, é uma claramanifestação de que as empresas brasileiras contam com boas chances deserem escolhidas.

Daniel Rittner. “Ampliação do canal do Panamá atrai empreiteiras”. In: Valor Econômico, 3/5/2002, p. A12.

Na linha 6, preservam-se o sentido textual e a correção gramatical ao sesubstituir o pronome relativo “que” por qual, desde que também seja alterada apreposição “de” para da.

9 - ( FGV / I CMS MS - Fiscal de Rendas / 20 06)

Curiosamente, no momento em  qu e  os marxistas (e, com eles, a esquerda em geral) sublinhavam a significação crucial dos valores, da ética, a direita assumia a centralidade da economia e passava a acreditar  q u e  possuía a chave da compreensão correta (e da solução) dos problemas  qu e  nos afligem no presente .

Assinale a alternativa correta quanto à classe gramatical e função sintática,respectivamente, das ocorrências da palavra QUE grifadas no trecho acima.

CLASSE GRAMATICAL FUNÇÃO SINTÁTICA

(A) pronome relativo

conjunção integrante

pronome relativo

adjunto adnominal

objeto direto

sujeito

(B) conjunção integrante

conjunção subordinativa

conjunção integrante

complemento nominal

sem função sintática

objeto direto

(C) preposição

pronome relativo

conjunção integrante

sem função sintática

objeto indireto

sem função sintática

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(D) conjunção integrante

conjunção subordinativa

conjunção subordinativa

sem função sintática

objeto indireto

objeto direto

(E) pronome relativo

conjunção integrante

pronome relativo

adjunto adverbial

sem função sintática

sujeito

10 - ( FCC / I CMS SP / 2006 )

Nem uma nem outra nasceram do acaso, mas são antes produtos de uma disciplina consciente. Já Platão a comparou ao adestramento de cães de raça. Aprincípio, esse adestramento limitava-se a uma reduzida classe social, a nobreza.

Considere as afirmações que seguem sobre o fragmento transcrito, respeitadosempre o contexto.

I. A conjunção mas  pode ser substituída, sem prejuízo do sentido original, por “entretanto”.

II. O advérbio Já introduz a idéia de que mesmo Platão percebera a similaridadeque o autor comenta, baseado na comparação feita pelo filósofo entre “cães deraça” e “nobreza”.

III. A expressão A princípio  leva ao reconhecimento de duas informações

distintas na frase, uma das quais está subentendida.Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I.

(B) II.

(C)  III.

(D) I e II.

(E) II e III.

11 – (FCC / I CMS SP/ 2006 )

Escrito há cerca de setenta anos, / conserva a capacidade de atualização das páginas escritas com arte e verdade .

Estaria explicitada a relação de sentido entre os dois segmentos destacados noperíodo acima caso iniciasse

(A) o primeiro segmento por U ma vez  .

(B) o primeiro segmento por Por quan t o  .

(C) o primeiro segmento por Ainda que  .

(D) o segundo segmento por por isso  .

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(E) o segundo segmento por d e t a l m o d o  .

12 - ( BESC / AD VOGAD O/ 2004 )

Assinale a alternativa em que se tenha usado corretamente o porquê.

(A) Os perigos porque passamos fizeram-nos amadurecer.

(B) Porque todos vão ficar calados você também vai ficar?

(C) Não havia um por quê para a ausência da equipe.

(D) Sem saber porque, todos ficaram atônitos.

(E) Eles não se manifestaram, porquê?

13 - ( FGV/ PREF.ARAÇATUBA/ 200 1)

Assinale a alternativa correta quanto ao uso de "porque", "porquê", "por que","por quê".

A. Não saiu por que chovia.

B. Não sei por que brigamos.

C. Respondi por quê tinha certeza.

D. Porque você não correu?

14 - ( F GV / I CM S M S – A TI / 2 0 0 6 )

Perguntei por que ele não tocava mais piano .Assinale a alternativa correta acerca do uso do porquê na frase acima.

(A) A forma está correta, pois corresponde à preposição POR + o pronomerelativo QUE.

(B) A forma está correta, pois é uma conjunção, sendo, nesse caso, sempregrafada como duas palavras.

(C) A forma está correta, pois equivale a "por qual razão", caracterizando umapergunta indireta.

(D) A forma está incorreta, pois a forma com duas palavras só se usa emperguntas. O correto seria PORQUE.

(E) A forma está incorreta, pois, embora seja grafada com duas palavras, aforma QUE deveria levar acento circunflexo.

15 - (ESAF/ TRF/ 2002 . 1 )

Assinale a opção que, ao preencher as lacunas, torna o texto sintaticamenteincorreto.

 ___________ na execução de programas sociais no Nordeste, ______ nodesenho das relações entre centros de pesquisa e empresas, um dos maiores

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problemas sempre foi o de garantir que os recursos cheguem ao seu destino eque sejam usados com inteligência.

a) Seja / seja

b) Tanto / quanto

c) Conquanto/ ou

d) Tanto / como

e) Quer/ quer

16 - ( F GV / I CM S M S – T TI / 2 0 0 6 )

O brasileiro é como eu ou você. Já não digo como o presidente, pois este nem

pecado tem, mas como eu, você ou o vizinho. O povo é bom e honesto. Comodemonstrou um programa para auxiliar famílias pobres do interior. Os pobresnão receberam a ajuda, que ficou com as famílias remediadas ou ricas mesmo.E, quando alguém que não precisa recusa essa ajuda, a gente dá uma festa ebota no jornal, apesar de ser acontecimento tão trivial.

(João Ubaldo Ribeiro. O Globo , 22/05/2005)

Em “Como demonstrou um programa para auxiliar famílias pobres do interior.”, a palavra destacada apresenta noção de:

(A) causa.

(B) comparação.

(C) condição.(D) conformidade.

(E) modo.

17 - ( F GV / M i n is t é r io d a Cu l t u r a / 2 0 0 6 )

Mudou de idéia. Com 26 anos, percebeu que o hobby que tinha adquirido emNova York se convertera em paixão. No final de 2004, veio com sua família paraduas semanas de férias em São Paulo. "Como sempre tive muito interesse emestudar a América Latina, fui ficando." Soube então de uma experiênciadesenvolvida pelo colégio Miguel de Cervantes, criado por espanhóis, na vizinha

Paraisópolis.(Gilberto Dimenstein. Folha de São Paulo, 12/ 04/ 2006)

O vocábulo Como (L.3) introduz idéia de:

(A) causa.

(B) comparação.

(C) concessão.

(D) conseqüência.

(E) explicação.

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18 - ( FU N DEC / TR T 2 ª R eg ião / 2003 )Fazendo-se a junção de pensamentos expressos nos dois períodos do terceiroparágrafo “nas últimas décadas vem se formando ali um cinturão de miséria (...) _____ a região ostenta índices de desenvolvimento humano tão desesperadoresquanto o de alguns dos países mais atrasados da África” (linhas 17-23), com ocuidado de se manter o sentido original, poderiam ser usados os conectivosabaixo relacionados, EXCETO:

A) de modo que;

B) tal que;

C) tanto que;

D) posto que;E) de sorte que.

19 - ( FCC / BANCO DO BRASI L / 200 6)

Somos todos da mesma espécie, mas o que encanta uns horroriza outros .

Caso o período acima iniciasse com a frase O que encanta uns horroriza outros,uma consecução coerente e correta seria:

(A) dado que somos todos da mesma espécie.

(B) embora se tratem todos da mesma espécie.

(C) haja vista de que somos todos da mesma espécie.(D) conquanto sejamos todos da mesma espécie.

(E) posto que formos todos da mesma espécie.

20 - (ESAF/ TRF/ 2003 )

O panorama da sociedade contemporânea sugere-nos incontáveis abordagens daética. À medida que a modernidade — ou a pós-modernidade — avança, novasfacetas surgem com a metamorfose do espírito humano e sua variedade quaseinfinita de ações. Mas, falar sobre ética é como tratar da epopéia humana. Naverdade, está mais para odisséia, gênero que descreve navegações acidentadas,

lutas e contratempos incessantes, embates de vida e morte, ilusões de falsosvalores como cantos de sereias, assédios a pessoas e a propriedades, interessescontraditórios de classes dominantes figuradas pelos deuses, ora hostis orafavoráveis. As aventuras de Ulisses sintetizam e representam o confronto deideais nobres e de paixões mesquinhas. Não obstante narram-se também feitosde abnegação, laços de fidelidade entre as pessoas e suas terras, lances deracionalidade e emoção, a perseverança na reconquista de valores essenciais. Osmitos clássicos são representações de vicissitudes humanas e situações éticasreais.

Em relação ao texto, assinale a opção correta.

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a) Em “sugere-nos”(l.1) o pronome enclítico exerce a mesma função sintática do “se” em “narram-se”(l.10).

b) Ao se substituir “À medida que”(l.2) por À medida em que, preservam-se asrelações semânticas originais do período.

c) A preposição “com”(l.3) está sendo empregada para conferir a idéia decomparação entre “novas facetas”(ls.2-3) e “metamorfose do espíritohumano”(l.3).

d) A expressão “Na verdade, está mais para odisséia”(l.4-5) e as informaçõesque se sucedem permitem a inferência de que “epopéia”(l.4) não traria a noçãode dificuldades, fracassos.

e) O período permaneceria correto se a preposição na expressão “confronto deideais”(ls.9-10) fosse, sem outras alterações no período, substituída por entre.

21 - (ESAF/ TRF/ 2003 )

A ciência moderna desestruturou saberes tradicionais, e seu paradigmamecanicista, que encara o mundo natural como máquina desmontável, levou arazão humana aos limites da perplexidade, porquanto a fragmentação doconhecimento em pequenos redutos fechados se afasta progressivamente davisão do conjunto. A excessiva especialização das partes subtrai o conhecimentodo todo. Daí resulta a dificuldade teórica e prática para que o espírito humano sesitue no tempo e no espaço da sua existência concreta.

(José de Ávila Aguiar Coimbr a, Fronteiras da Ética, SãoPaulo: Senac, 2002)

Em relação ao texto, julgue a assertiva abaixo.- Ao se substituir a conjunção “porquanto”(l.3) pela conjunção porque, asrelações sintáticas e semânticas do período são mantidas.

22 - (ESAF/ O f ic ial d e Chance lar ia / 2002  )

Assinale a opção em que uma das duas sugestões não preenche corretamente alacuna correspondente.

A diplomacia defende e projeta no exterior os interesses nacionais, _____1______que ela procura melhorar a inserção internacional do país querepresenta. ____2____ ela não cria interesses ____3_____pode projetar o que

não existe. O país que se encontra por trás da diplomacia é o único elemento _____4________ela pode operar.______5________, a diplomacia só poderáresponder adequadamente às transformações do cenário internacional se essastransformações forem, de alguma forma, internalizadas pelo país.

(Adaptado de www.mre.gov.br, Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados)

a) 1 - da mesma forma / do mesmo modo

b) 2 - Entretanto / Todavia

c) 3 - nem / tão pouco

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d) 4 - a partir do qual / com base em que

e) 5 - Por isso / Por conseguinte

23 - (ESAF/ Gestor Fazendár io MG/ 200 5 )

A economia brasileira apresentou um bom desempenho ano passado,incentivada, principalmente, por anterior queda nos juros e pelo crescimento dasvendas do país no exterior. ____(a)___este ano, um desses motores estáausente. ___(b)___ o Banco Central, para combater a inflação, vem elevandoseguidamente a taxa básica, hoje situada em 19,25% ao ano. ____(c)____, os juros altos estão contribuindo para frear o crescimento econômico, mas não ainflação._____(d) _____o ganho com a queda da inflação é pequeno, secomparado à perda no crescimento econômico. Não se defende por meio dessa

comparação, o aumento da produção a qualquer custo. _____(e)_____oobjetivo é expor a atual ineficácia do aumento dos juros sobre a inflação. Ooutro motor importante para o crescimento de 2004 (as exportaçõesbrasileiras), no entanto, continua presente este ano, com ótimo desempenho.

(Inflação e crescimento. Opinião.Correio Braziliense, com adaptações)

Desconsiderando o emprego de letras maiúsculas e minúsculas, assinale a opçãoque, ao preencher a lacuna, mantém o texto coeso, coerente e gramaticalmentecorreto.

a) Haja vista que

b) Apesar de

c) Entretantod) Embora

e) Tão pouco

24 - (ESAF/ Assis t en t e de Chance lar ia / 2002  )

Assinale a opção em que ao menos um dos conectivos propostos para preenchera lacuna provoca incoerência textual ou erro gramatical.

O Brasil é um país grande, diversificado _____(a)_____ visto como umapromessa que parece nunca se realizar. O potencial existe, _____(b) _____ háalgo bloqueando o Brasil. Acho que é uma combinação de fatores como o

sistema político e o modo de trabalhar do cidadão, pouco engajado nosproblemas da sociedade, ______(c) _____ é muito freqüente o brasileiroeleger políticos por seu nível de popularidade, sem avaliar seus programas eações. É um país muito importante para a economia mundial, _____(d) _____sermos sempre decepcionados. É, ______(e) _____, um desafio delicadoentender por que as coisas não acontecem rapidamente no Brasil.

(Michel Porter, Veja, 5 / 12/ 2001, com adaptações)

a) e / mas

b) entretanto / mas

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c) já que / pois

d) embora / apesar dee) contudo / portanto

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GABARI TOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FI XAÇÃO 

1 – D

A preposição para pode assumir, dentre outros, os seguintes valores:

- em relação ao espaço, direção: Ele vai par a  Curitiba.

Note que há uma significativa distinção do verbo acompanhado da preposiçãopara em relação ao mesmo verbo acompanhado da preposição a. No primeirocaso, apresenta-se um valor de permanência (Vou para Curitiba = Vou ficar um longo tempo em Curitiba) muito maior do que no segundo (Vou a Curitiba – Vou passar um tempo em Curitiba.) .

- tempo: Ele deixou o trabalho par a  segunda-feira.

- de finalidade: Ele não responde par a  não se aborrecer.

A preposição empregada no segmento do enunciado tem valor adverbial,apontando a finalidade do uso da droga: par a   “viajar” ao paraíso  (note o valortransitório da preposição “a” nessa oração – viajar ao paraíso =  “vai, mas voltalogo”). O sentido da preposição “para” é a finalidade.

Esse mesmo sentido é apresentado na estrutura da opção d: “é provável que se organize par a  acabar com as causas” (para = a fim de)

Já a preposição por pode apresentar os seguintes aspectos (dentre outros):

- caminho, percurso: Ele anda pe los  campos.

- de tempo: Po r  um minuto, pensei em você.

- circunstancial: Ele contou tudo, tim-tim  por  t im-t im (de modo). Pelas  mãos do escultor, surge a obra (de m eio).

-  agente da passiva - A instituição foi administrada por  ela no ano passado.

Na expressão “por  alguns instantes” , há a indicação de tempo. Isso não serepete nas demais opções:

- b  – pelas vias aéreas  (meio); 

- c  – por perto (proximidade).

- e -  a preposição introduz o agente da passiva: (são) dirigidos p or  fundações privadas.

2 – C

Para identificar a construção que indica “meio”, será válida a troca da preposiçãopor  pela expressão “ p o r m e i o d e  ” .

Uma opção que poderia suscitar dúvidas seria a de letra d : mantidos com o esforço e a vigilância das comunidades locais . Contudo, a expressão introduzidapela preposição não apresenta os “meios”, como seria em “mantidas com recursos do governo federal = por m eio dos recursos”. Ela denota o “apoio” comque os hospitais poderiam contar.

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Só há uma opção em que aquela troca é possível: c -  “passíveis de controle [por meio de] inseticidas”.

3 – D

Há significativa distinção entre as preposições sob e sobre. A primeira (sob)significa “debaixo de” e pode ser usada em expressões como “sob esse aspecto,sob uma condição, sob o domínio de, sob o governo de”  – sempre com a ideiade subordinação.

Já a preposição sobre pode exprimir valor de “acima de” (posição), “a respeitode” (assunto), dentre outras acepções.

Por isso, o gabarito é a letra d : alguém discute “a respeito de” alguma coisa.Então, a preposição adequada seria sobre: “O congresso vai discutir  sob r e   política econômica”.

4 – D

Construída a partir da contração da preposição “a” com o advérbio “fora”, aexpressão “afora” (escrita assim mesmo, tudo junto) pode ser classificada como:

- um advérbio: “Viajando pelo mundo  a f o r a  , na cidade que não tem mais fim” (letra de “À Francesa”, de Cláudio Zoli e Antônio Cícero, sucesso de Marina Lima – quem tem cerca de 30 anos certamente se lembra dessa, não é?)

- uma preposição, com valor de:

  “ a l é m d e ”  : Af o r a   os percalços do caminho, encontramos também pessoas ingr atas. 

   “exce t o , sa l vo ” :   Encontramos dificuldade no caminho, a f o r a   neste trecho que foi reformado.

Por isso, está empregada de forma inapropriada na opção d .

5 – A

ACORDO ORTOGRÁFICO: Não há mais hífen em “autoafirmação”.

As preposições podem ser usadas para apresentar circunstâncias (em adjuntosadverbiais) ou em função de exigências gramaticais (objeto indireto,

complemento nominal, agente da passiva).Em “a sensação de que se pode tudo ”, a regência do substantivo sensação exige a preposição de. Essa é a resposta.

Nas demais ocorrências, a preposição introduz elementos circunstanciais àoração.

6 – C

Para não errar, tenha em mente que a preposição com atribui circunstância demeio quando puder ser substituída pela expressão “por meio de”.

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Vamos testar:

- “Podemos ser operados por m e io de anest es ia  . . .”  Isso não faz sentido algum!

 “Com anestesia” é o modo pelo qual o sujeito será operado. Para identificaressa circunstância mais facilmente, imagine um dentista perguntando ao seucliente: “como o senhor deseja ser tratado, com ou sem anestesia?” –  ou seja, “de que m o d o  quer ser tratado?”. 

- “... suavizar dores por m eio de ana lgés icos  ”  

Agora, sim! Os analgésicos serão os meios pelos quais as dores serãosuavizadas.

Assim, as circunstâncias apresentadas são, respectivamente, de modo e demeio.

7 – E

ACORDO ORTOGRÁFICO: Não há mais acento agudo em “ideia”.

Agora, iremos tratar da diferença entre PRONOME RELATIVO e CONJUNÇÃOINTEGRANTE.

A primeira, já vimos, inicia uma oração subordinada adjetiva.

A segunda, uma oração subordinada substantiva.

Mas, como fazer essa distinção na oração? Afinal de contas, a palavra QUE pode,

dentre outras coisas, ser um pronome relativo (chamado de pronome relativouniversal) ou uma conjunção integrante.

Será pronome relativo quando tiver um referente, ou seja, um substantivo oupronome substantivo pertencente à oração anterior ao qual irá se referir (porisso, o termo “referente”).

Já como conjunção integrante, não. Por ter valor de substantivo, essa oraçãopode, regra geral, ser substituída pelo pronome ISSO .

Vamos aos exemplos:

O rapaz que conheci viajou.

Esse período é composto por duas orações.

Oração 1: O rapaz viajou (principal) – que rapaz é esse?

Oração 2: que conheci (oração subordinada)

A palavra qu e está no lugar do substantivo rapaz (Eu conh ec i o rapaz  ).

Então, essa palavra é mesmo um pronome relativo.

A “oração 2” é uma oração subordinada adjetiva e exerce a função sintática deadjunto adnominal, pois atribui ao substantivo r apaz  uma característica (não équalquer rapaz, mas o “rapaz que conheci”).

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Eu reconheço que er rei.

Esse período também é composto por duas orações.Oração 1: Eu reconheço (principal)

Oração 2: que errei. (oração subordinada)

A segunda oração poderia ser substituída pelo pronome I SSO:   Eu reconheço isso.

Essa palavra que é, portanto, uma conjunção integrante e a oração é umaoração subordinada substantiva.

Alguém reconhece alguma coisa. No lugar de “alguma coisa”, está a oração.

Ela exerce a função sintática de objeto direto da oração principal (Eu reconheço 

isso  = “que errei” ). Por isso, é chamada de “oração subordinada substantivaobjetiva direta”. Já estamos começando a nos acostumar com essanomenclatura, que será objeto de estudo do próximo encontro.

Vamos, agora, analisar os “quês” que surgiram no enunciado.

 “Há poucos dias, assistindo a um desses debates universitários que a gentepensa que não vão dar em nada, ouvi um raciocínio que não me saiu mais dacabeça.” 

Como disse o esquartejador, “vamos por partes” (horrível essa, mas não puderesistir):

“... um desses debates universitários que a gente pensa que não vão dar em nada” 

Vamos substituir o pronome pelo substantivo correspondente e colocar na ordemdireta:

A gente pensa que esses debates un ivers i tá r ios  não vão dar em nada.

O primeiro “que” está no lugar de “esses debates universitários”.

Já o segundo (a gente pensa que...) inicia uma oração que poderia sersubstituída pelo pronome isso :

A gente pensa  I SSO . (Sim, o verbo pensar também pode ser transitivo direto –consulte um bom dicionário de regência verbal, no caso de dúvida). 

É, então, uma conjunção integrante.

2) “... ouvi um raciocínio que não me saiu mais da cabeça” O que não saiu mais da cabeça? Resposta: um raciocínio.

Em seu lugar, foi empregada a palavra que (que não me saiu mais da cabeça ).

Ela é, portanto, um pronome relativo.

Assim, segundo a ordem de aparecimento, os três “quês” são:

Pronome relativo / conjunção integrante / pronome relativo.

Vamos, agora, analisar as opções:

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a) ERRADA – eles não pertencem à mesma classe gramatical: o segundo é umaconjunção integrante, enquanto que os outros são pronomes relativos.

b) ERRADA – a expressão a gente exige o verbo no singular, mesmo queindique várias pessoas.

c) ERRADA – a análise que fizemos já nos permite afirmar que o sujeito dalocução verbal “vão dar” é “debates universitários” (A gente pensa que  esses deba t es un ive r s i t á r i os  não vão dar em nada.) .

d) ERRADA – essa locução verbal equivale a “darão”, com o verbo no futuro dopresente indicando fato futuro e certo, e não uma possibilidade (verbo no futurodo pretérito ou no modo subjuntivo).

e) CERTA – a oração “que não me saiu mais da cabeça” restringe o alcance dapalavra raciocínio. É uma oração subordinada adjetiva restritiva.

As orações subordinadas adjetivas podem ser restritivas ou explicativas.

Veja o seguinte exemplo:

Meu prim o que é pau l i s t a  esteve aqui.

Pergunto: quantos primos eu tenho?

De acordo com essa oração, certamente mais de um. Não houve pausa entre aprimeira oração (meu primo esteve aqui – oração principal) e a oraçãosubordinada adjetiva que se refere a “primo”. Assim, essa oração adjetiva temvalor RESTRITIVO. De todos os primos que tenho, o que é paulista esteveaqui. O mineiro, não esteve; o baiano também não.

Agora, mudo a oração adjetiva, colocando-a entre vírgulas:

Meu prim o, que é pau l i s t a , esteve aqui.

Quantos primos eu tenho, segundo essa construção? Só um – o paulista.

Isso porque a oração, com pausa, é EXPLICATIVA. Ela poderia ser omitida, afinala informação é dispensável: meu primo esteve aqui (eu só tenho um e ele épaulista!).

Esses conceitos serão abordados novamente em aulas futuras.

8 – Item INCORRETO

A banca examinadora tentou enganar você, hem? Sugeriu simplesmente a trocade um “de que” por um “da qual”. Se você não fosse tão esperto(a), teria caídodiretinho, não é mesmo?

Ainda bem que você voltou ao texto e percebeu que esse “que” não era umpronome relativo, mas uma conjunção.

(Foi exatamente isso que aconteceu, não é?!?!?!?!...rs...)

Vamos analisar a construção.

O lobby que o presidente Fernando Henrique Cardoso fez pessoalmente emmarço, durante visita ao Panamá, é uma clara man i f es t ação    de que   asempresas brasileiras contam com boas chances de serem escolhidas.

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Vamos simplificar: “O lobby (...) é uma clara manifestação DI SSO ”.

Mas “DISSO ” o quê? Resposta: “de que as empresas brasileiras contam com boas chances de serem escolhidas”.

Toda a oração complementa o substantivo “manifestação”. Sua função sintáticaé, portanto, complemento nominal.

Como pudemos substituir toda a oração pelo pronome I SSO (conjugado com apreposição “de” formando DI SSO ), a oração é subordinada substantivacompletiva nominal, e a palavra “que” é uma conjunção integrante.

A essa altura do campeonato, você já deve ter decifrado o enigma dessanomenclatura: or ação subo r d inada subst an t i va com p le t i va nom ina l  .

- oração subordinada (exerce função sintática na oração anterior);

- substantiva (está no lugar de um substantivo);- completiva nominal (exerce a função sintática de complemento nominal).

9 – E

Já aprendemos a distinguir um pronome relativo de uma conjunção integrante.Essa questão é uma ótima oportunidade de vermos, também, a função sintáticaque podem ser exercidas.

Primeira providência - verificar se o "que" se refere a algum termoantecedente (PRONOME RELATIVO) ou inicia uma oração substantiva (que podeser substituída por "ISSO " - CONJUNÇÃO INTEGRANTE).

1º. "no momento em que" - esse "que" se refere a 'momento' - PRONOMERELATIVO (nesse m omento)

2º. "passava a acreditar que possuía a chave" - passava a acreditar NISSO –CONJUNÇÃO INTEGRANTE

3º. "compreensão dos problemas que nos afligem" - "que" se refere a"problemas"- PRONOME RELATIVO (os problemas nos afligem ).

A ordem é, portanto, pronome relativo / conjunção integrante / pronomerelativo.

Vamos, agora, às opções - as letras a  e e  são as únicas que apresentam essadisposição (Já temos 50% de chances de ganhar o pont o!!! ).

Vamos, agora, analisar a função sintática dos termos.A conjunção integrante não exerce função sintática nenhuma – é só umconectivo (como nos indica o título da aula de hoje). Assim, podemos eliminartambém a opção a , que indica a função de objeto direto.

Não caia nessa pegadinha!!!

Para começar, o verbo acreditar é transitivo indireto – Alguém acredita  em  alguma coisa . Como o objeto indireto está sob a forma oracional, a preposiçãopode ser omitida (espero que você ainda se lembre dessa lição, hem????).

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Só que quem exerce a função de objeto indireto não é a conjunção, mas todaa oração que foi iniciada por ela: “(em) que possuía a chave da compreensão . . . ” .

Os pronomes relativos, sim, exercem funções sintáticas nas orações adjetivasque iniciam:

1º. "no momento e m q u e  " - esse "que" se refere a 'momento' - refere-se a umainformação circunstancial (momento) - sua função é ADJUNTO ADVERBIAL.

3º. "compreensão dos problemas q u e  nos afligem" - "que" se refere a"problemas" - os problemas nos afligem  - a função é a de SUJEITO.

A ordem seria, portanto: adjunto adverbial / sem função sintática /sujeito, confirmando, assim, a resposta: letra e .

10 – C

ACORDO ORTOGRÁFICO: Não há mais acento agudo em “ideia”.

I – A partir deste item, veremos que não se pode afirmar a classificação de umaconjunção sem verificar o valor que ela atribui ao período.

Oração 1 = Nem um a nem outra nasceram do acaso 

Oração 2 = São antes produtos de uma disciplina consciente 

Note que não há divergência entre as duas orações. Pelo contrário, elas secompletam: “não nascem do acaso são produtos de uma disciplinaconsciente”.

Assim, o valor da conjunção m as  para o período é de ADIÇÃO.

Portanto, essa assertiva está INCORRETA.

II – Note que o vocábulo “Já ” equivale a “por sua vez”: “Já Platão a comparou ao adestram ento de cães de raça” = “Platão, por sua vez, a comparou ao adestramento de cães de raça”.

É estabelecida, portanto, uma relação contrária entre as orações – um afirma

isso; outro, por sua vez, afirma aquilo. São argumentos que se encontram emdireções opostas.

Por isso, está INCORRETA a afirmação de que o pensamento do autor seassemelha ao de Platão.

III – Existe uma diferença entre a expressão “A princípio” e “Em princípio”.

A primeira equivale a “primeiramente”, “em primeiro lugar”.

Já a segunda significa “em tese”, dependente de confirmação posterior.

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Ao afirmar que “a princípio, esse adestramento limitava-se a uma reduzida classe social, a nobreza”, podemos supor que, posteriormente, o “adestramento” se estendeu a outras classes sociais. É essa a informação que estásubentendida.

Por isso, está CORRETA a afirmação do item III.

A partir da próxima questão, vamos analisar o valor de algumas conjunções “cabeludas”.

11 - C

As conjunções “uma vez que”, “por isso”, “porquanto”, “de tal modo” atribuem à

oração subordinada um valor causal (“por esse m otivo” )Contudo, as orações “Escrito há cerca de setenta anos”  e “conserva a capacidade de atualização das páginas escritas com arte e verdade ” estão emcampos semânticos opostos: o primeiro indica antiguidade (“escrito há setenta anos”), enquanto que o segundo, sua atualidade (“conserva a capacidade de atualização”) .

Em virtude disso, a conjunção que se presta a unir as duas orações é “aindaque”, de valor concessivo, ou seja, liga orações que apresentam ideiascontrárias.

12 – B

Em vários livros voltados para concursos públicos há listas e mais listas sobre o “porque” e suas formas (separado com acento, separado sem acento, juntocom acento, junto sem acento).

Primeiro devemos entender o motivo da acentuação do vocábulo.

Quando o pronome ou a conjunção está no início ou no meio do período,normalmente a palavra é átona, chegando, por regionalismo, a ser pronunciadacomo “porqu i ”.

Todavia, no fim do período, recebe ênfase e passa a ser forte, tônica. É por issoque, nessa posição, recebe o acento circunflexo (por quê). Também éacentuado o substantivo porquê, que, na mudança de classe gramatical, passou

a ter uma tonicidade que, na forma de pronome ou conjunção, não tinha.Em resumo: recebe acento circunflexo o vocábulo tônico, quer pronomeinterrogativo no fim da frase (“Eu preciso saber  p o r q u ê  .” ), quer substantivo(“Ele não sabe o p o r q u ê  da dem issão.”) .

Assim ,em resumo, se for:

-  substantivo - (o/um/este)- é junto e com acento: porquê

-  conjunção (explicativa ou causal), é junto, sem acento – porque.

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-  pronome relativo (que) acompanhado de preposição (por) - éseparado e pode ser substituído por “pelo qual” e flexões: “Há muitas razões por que [pelas quais] tanta gente presta concurso público.” – por que.

-  preposição + pronome interrogativo (em pergunta direta ouindireta), ele é separado e apresenta a ideia de “por qual motivo /por qual razão”: “Não sei p o r q u e  você não veio.” / “ Por qu e  você não veio?” / “Você não veio  p o r q u ê  ?” (recebeu acento por ser tônico) – por que.

Usa-se essa forma também como complemento de expressões comoeis, daí e em outras em que esteja implícita a palavra “motivo” – “Eis por que (motivo) eu não irei à festa.” / “Estive doente, daí por que (motivo) não fui à festa.” / “Não há por que (motivo) você se aborrecer 

comigo.”.

Vamos, agora, analisar as opções.

A) O pronome relativo que substitui o substantivo “perigos”, enquanto que aconstrução exige a preposição por: “Nós passamos por   per igos  ” . Como é umapreposição + pronome relativo, escrevem-se separadamente: Os perigos  p or qu e  passamos.

B) Cuidado com a pegadinha! O “porque” não é um pronome interrogativo queforme uma oração interrogativa. Essa ordem da oração nos leva a imaginar isso!

Na verdade, colocando na ordem direta, a oração interrogativa seria: “Você

também vai ficar (calado) porque todos vão ficar calados?”.Ou seja, e m v i r t u d e d e/ p e l a r a zã o d e / p e lo m o t i v o    de  todos ficaremcalados, você também ficará? Esse “porque” é uma conjunção causal, devendoser grafada assim: porque. Por isso, está certa a grafia desse vocábulo.

Realmente, essa questão foi muito maldosa!

C) Agora, esse “porquê” é um substantivo. Prova disso é que está acompanhadode um artigo indefinido: um porquê . Assim, deve ser grafado com acento e tudo

 junto: porquê.

D) Nessa oração, está subentendida a palavra “motivo”: “Sem saber por que (motivo), todos ficaram atônitos” . Nesse caso, trata-se de uma preposiçãoacompanhada de um pronome interrogativo, devendo ter a grafia separada –

p o r q u e  . Como o pronome está no fim da oração, recebe também um acentocircunflexo por ser tônico: Sem saber po r quê , t odos f i ca r am a t ôn i t os .

E) Temos, aí, uma pergunta. Por isso, o vocábulo deve ser separado, mantendoo acento por ser tônico: Eles não se manifestaram, por quê?  

Resolva, agora, a próxima, para fixar esses conceitos.

13 – B

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A) A segunda oração apresenta o motivo pelo qual o sujeito da primeira oraçãonão saiu. Essa é uma conjunção causal, devendo ser grafada como uma únicapalavra: Não saiu p o r q u e  chovia   causa: chovia / consequência: não saiu.

É muito tênue a linha divisória entre oração subordinada causal e a oraçãocoordenada explicativa.

Usando o exemplo acima, note a diferença entre estas duas orações:

Não saiu porq ue chov ia . (causal)

Não sa ia , porq ue es tá chovendo. (explicativa)

Algumas dicas, colhidas aqui e ali, podem ajudar na classificação da oração.Compilei-as aqui e vamos analisá-las, uma a uma:

I - na oração explicativa, normalmente há uma pausa, marcada no texto

por uma vírgula antes da conjunção (como se observa no segundoexemplo); no entanto, se a oração principal for extensa, também é possívelo emprego da vírgula antes da conjunção causal (ou seja, essa dica não ajuda muito...);

II - após orações no imperativo, as orações são explicativas (comoaconteceu na segunda oração): “Não venha, pois não estarei sozinha.”  (Essa dica funciona mesm o! );

III - enquanto a oração coordenada explicativa é independente da oraçãoassindética (até mesmo por ser coordenada), a oração subordinada causalexerce a função sintática de adjunto adverbial na oração principal (Esse é o conceito e, por isso, foi m encionado. No fundo, não aj uda m uito.) ;

IV - se for possível a troca do “porque” pelo “que”, a oração é explicativa.Comparemos: “Não saiu porque estava chovendo.”  – não posso substituirpelo que = é causal. / “Não saia, porque está chovendo.”  – possosubstituir pelo que (“Não saia, que está chovendo”)    é explicativa.(Essa dica merece nota 7 – muitas vezes funciona mas pode furar...) .

Na próxima aula, voltaremos a analisar essa diferença.

Por ora, com a aplicação do método IV, confirmamos o valor causal da oração.Não seria possível a troca do “porque” pelo “que”.

Esse “porque” é, portanto, causal.

Voltemos às demais opções.

B) Está CORRETA a construção. Note que está subentendida a palavra “motivo”:N ã o se i p o r q u e ( m o t i v o ) b r i g a m o s  .

Assim, escreve-se separadamente.

C) Mais uma vez, temos uma conjunção causal. Na segunda oração, apresenta-se o motivo de não ter respondido (oração principal): Respondi  p o r q u e   t inha certeza . Assim, a palavra deve ser escrita juntinha – p o r q u e  .

D) Essa é uma oração interrogativa direta, devendo estar separado: Por que  você não cor r eu? 

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14 – C

Essa é para encerrar essa série de “porquês”.Veja como o examinador exige que o candidato conheça o motivo da grafia, enão saia por aí decorando listas sem sentido.

Temos uma pergunta indireta, em que está subentendida a palavra “motivo” ou “razão”. Assim, devemos escrever separadamente: Perguntei por que (m otivo/ razão) ele não tocava mais piano .

15 - C

Enquanto que as sugestões das opções a , b , d  e e  são conjunções alternativasou comparativas, a conjunção “conquanto” é concessiva (equivalente a

 “embora”, “apesar de”), o que prejudicaria a coesão textual.

16 – D

Não dá certo decorar – é preciso entender. Veja os diversos valores daconjunção como.

Em “O brasileiro é como eu ou você”, o “como” tem valor comparativo.

Já no período em destaque, poderia ser substituída pela conjunção “conforme”: “C on f o r me  demonstrou um programa para auxiliar famílias pobres do interior” .

Assim, apresenta noção de conformidade – opção d .

Veja, agora, a questão seguinte.

17 – A

ACORDO ORTOGRÁFICO: Não há mais trema em “consequência” nem acentoagudo em “ideia”.

Agora, esse mesmo vocábulo apresenta a seguinte ideia: “Porque sempre tive mu ito int eresse em estudar a América Latina [ por esse motivo ] , fui fi cando ” 

O valor da conjunção como é de causa, motivo, razão – conjunção causal.

Note a relação de causa e consequência entre as duas orações:

Causa sempre tive muito interesse em estudar a América LatinaConsequência fui ficando

18 – D

 “Posto que” é uma das “cabeludas”. Ela é equivalente a “ainda que”, “embora”, “mesmo que”.

Esta locução conjuntiva não pode ser usada no sentido de porque, visto que , ouseja, não atribui valor de causa, mas de concessão (ideia contrária).

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A banca examinadora explorou exatamente essa forma que, na linguagemcoloquial, tornou-se comum, sem obter abono da norma culta.

Trate logo de sublinhar essa expressão em seu material e guardar na memória –posto que equivale a embora.

As demais atribuem à segunda oração um valor consecutivo:

CAUSA  CONJUNÇÃO CONSEQUÊNCIA

Formação de umcinturão demiséria

 

de modo que

tal que

tanto que

de sorte que

 

A região ostentaíndices dedesenvolvimentohumanodesesperadores

19 - D

A ideia entre as duas orações é contrária. Deve-se usar, portanto, umaconjunção adversativa ou concessiva. Por isso, foi corretamente usada aconjunção conquanto.

Ela é parecida com a que vimos anteriormente: porquanto (questão 11)

As duas são raramente usadas e poderiam levar a alguma confusão.

Então, seus problemas acabaram!!!!

Vamos traçar um paralelo entre elas (que são parecidas) para guardar seussignificados:

Porquanto – por causa de (causal ou explicativa)

Conquanto – concessiva

Gostou do método de memorização? Ah, não... então, invente o seu!

Voltando à análise da questão.

O enunciado exige que se observe, também, a correção gramatical da proposta.

Estão incorretas as demais sugestões pelos motivos que se seguem.

(A)  A conjunção “dado que” atribui um valor causal à oração (umavez que, por causa de), quando o que se busca é um valorconcessivo ou adverso.

(B)  O erro não está na conjunção, mas na flexão do verbo “tratar” que, acompanhado do pronome “se”, forma sujeitoindeterminado: “em bora se t r a t e  da mesma espécie” .

(C)  Além de ser inapropriado o emprego de “haja vista que” (cujovalor é causal), houve um erro ao acrescentar uma preposição “de” à expressão (haja vista de que ?!?!) .

(E)  A conjunção “posto que”, corretamente utilizada por ter caráterconcessivo, exige que o verbo seja conjugado no subjuntivo(“posto que sejamos todos da mesma espécie” ). Acertou naconjunção (concessiva), mas errou na conjugação verbal.

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20 - DACORDO ORTOGRÁFICO: Não há mais acento agudo em “ideia”, “epopeia” ou “odisseia”.

Essa questão envolvia diversos assuntos: vocabulário, emprego de pronomes,preposição, conjunção.

Enquanto ‘epopeia’ traz somente a idéia de uma luta, ‘odisseia’ indica uma sériede dificuldades bem mais complexas do que em uma simples luta. Está correta,portanto, essa afirmação da letra d.

As incorreções das demais opções são:

a) Em “sugere-nos”, o pronome exerce a função sintática de objeto indireto.

Para a análise, não adianta a troca do pronome nos por “a nós”, uma vez queos pronomes ele(s), ela(s), nós e vós, quando oblíquos, são obrigatoriamenteprecedidos de preposição. Há duas formas de se comprovar a função direta ouindireta dos pronomes me, te, se, nos e vos – trocar o pronome pelo nome(por exemplo: “sugere ao analista incontáveis abordagens da ética ”) ou análiseda regência do verbo (sugerir alguma coisa a alguém). Assim, verificamos que afunção sintática é de objeto indireto. 

Já o pronome “se” em “narram- se também feitos de abnegação ” é apassivador –o verbo narrar é transitivo direto, existe a ideia passiva (feitos são narrados ) eestá acompanhado do pronome “se”. Portanto, a afirmação está incorreta.

b) Não existe a conjunção “à medida em que”; existem as conjunções “à medida que” (proporcional) e “na medida em que” (causal).

c) A preposição “com”, na passagem, equivale a “a partir de” – origem: “novas facetas surgem  co m a / a p ar t i r d a   metamorfose do espírito humano e sua variedade quase infinita de ações.” .

e) Se houvesse a troca da preposição de pela preposição entre, seria necessáriaa retirada da preposição de antes de “paixões mesquinhas” – “representam o confronto  e n t r e   ideais nobres e  de  paixões mesquinhas ”. Como a opção indicanão ser necessária mais nenhuma alteração, está incorreta a proposição.Cuidado em questões como essa. Para que a troca de um elemento por outroseja válida, a banca deve indicar, também, as demais alterações necessáriaspara que a substituição não incorra em erros gramaticais.

21 - Item CORRETO.

Para facilitar a memorização, sugerimos a forma por quan t o = po r causa  . Sóque essa conjunção também pode apresentar valor explicativo.

Este item está correto, pois a conjunção porquanto, seja com valor causal ouexplicativo, é equivalente à conjunção porque.

22 - C

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Todas as opções são válidas, por estarem adequadamente grafadas eempregadas, exceto a que apresenta o advérbio tampouco, que equivale a “também não” ou “muito menos”. Foi empregado com erro na grafia.

 “Tão pouco”, combinação do advérbio de intensidade (tão) com o (também)advérbio “pouco”, remete à ideia de “pequena quantidade” – “Nunca comi tão pouco!” ou “Tenho tão pouco interesse em assistir ao ‘Big Brother’ que prefiro estudar Português!” .

Não é aceita pela norma culta a colocação da conjunção nem (que significa “e não” )  antes desse advérbio (“nem tampouco” ), por este já apresentar valor denegação (também não) .

Vamos aproveitar a “deixa” para tratar de algumas palavras especiais, quepodem ser classificadas como advérbios de intensidade, adjetivos ou pronomesindefinidos: bastante, pouco e muito .

O que irá nos auxiliar na identificação da classe gramatical é o conceitoapresentado na aula 2 (Estrutura, Formação e Classe das Palavras) – se sãovariáveis ou invariáveis.

Como vimos, os advérbios são palavras invariáveis, enquanto que osadjetivos e os pronomes se flexionam em gênero e/ou número.

Veja só:

ADVÉRBIO(invariável)

ADJETIVO(variável)

PRON.INDEF.(variável)

POUCO Você tem estudadopouco.

Não se aborreça comessa coisa pouca (pequena).

Tenho poucos livrosdesse assunto (emquantidade pequena)

BASTANTE Você tem estudadobastante.

Tenho livrosbastantes (quebastam / suficientes)

Tenho bastantes livros (em grandequantidade).

MUITO Você tem estudadomuito.

- Tenho muitos livros.

23 - C

No terceiro período do texto, informa-se que “o Banco Central, para combater ainflação, vem elevando seguidamente a taxa básica” de juros. Na oraçãoseguinte, iniciada pela lacuna (c), afirma-se que os juros altos não estão freandoa inflação.

Essas duas afirmações situam-se em campos semânticos opostos:

O BC AUMENTA JUROS PARAFREAR A INFLAÇÃO

≠ OS JUROS ALTOS NÃO ESTÃO

FREANDO A INFLAÇÃO

Por isso, deve-se empregar uma conjunção adversativa, como “entretanto”. Asugestão apresentada na opção c  está CORRETA. 

As demais opções estão incorretas.

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a) Nessa lacuna, deve-se empregar uma conjunção de valor adversativo(entretanto, todavia, contudo ), e não a locução adverbial “haja vista”, quecorresponde a “considerando, tendo em vista”. Sobre a flexão desta expressão,lembramos que o vocábulo “vista” permanece invariável, enquanto que o verbopode ficar no singular (acompanhado ou não de preposição) ou concordar com otermo subsequente (“Haja vista os resultados / Haja vista aos resultados / Hajam vista os resultados”) .

b) A oração iniciada por esta lacuna irá apresentar uma explicação para aafirmação presente no período anterior (“um desses motores está ausente ”). Porisso, não pode ser empregada a conjunção “apesar de” – concessiva. Deve-seoptar por uma conjunção explicativa: em virtude disso, por isso, assim.

d) O emprego da conjunção “embora”, além de causar erro na flexão verbal doverbo ser – “Embora o ganho (...) é  pequeno ” (correto = seja), prejudicaria a

coesão textual em virtude da ausência de uma oração principal. O maisapropriado seria empregar expressões como “além disso”, “ademais”, de formaa introduzirem informações adicionais à passagem anterior.

e) Não existe a conjunção “tão pouco” (DE NOVO!!!!), mas o advérbio “tampouco” que equivale a “muito menos”, “menos ainda”, impróprio para apassagem.

24 - D

ACORDO ORTOGRÁFICO: Não há mais trema em “frequente”.

As conjunções embora e apesar de, a despeito de estarem situadas no mesmo

campo semântico, levam o verbo a conjugações distintas. Enquanto que aconjunção ‘apesar de’ exige o verbo no infinitivo (sermos), a conjunção ‘embora’ leva a flexão verbal ao subjuntivo (sejamos).

Provocou-se, portanto, erro de natureza gramatical (conjugação verbal) oemprego da conjunção “embora”.

Em relação às demais opções:

a) O valor da conjunção é verificado na construção. No primeiro período dotexto, a ideia adversativa (que tanto pode ser apresentada pela conjunção e quanto pela mas) reside na oposição entre os adjetivos “grande” e “diversificado” (adjetivos favoráveis ao Brasil) e o fato desfavorável de ser “uma promessa que parece nunca se realizar”. Assim, essa conjunção e tem

valor adversativo, como em: “Ela queria que eu fosse  e  eu não fui (= mas eu não fui)”. Logo, qualquer das duas conjunções poderia ser empregada nessalacuna.

b) Na segunda lacuna, as duas opções empregam valor adversativo ao período:entretanto / mas.

c) Na terceira, justifica-se o pouco engajamento do cidadão ao fato de ele nãoavaliar os programas e as ações dos políticos (como  essa questão é atual, não é mesmo??? ) e, com isso, elege-os de acordo com sua popularidade. Assim, tantopode ser usada a conjunção já que como pois.

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d) Apesar a importância do país na economia mundial, nós, brasileiros, sempresofremos decepções (nem me fale nisso...). Esse valor adversativo tanto podeser apresentado pela conjunção “embora” quanto pela apesar de. O problemafoi de conjugação verbal. Já vimos que este item está INCORRETO.

e) No último período, pode-se apresentar uma conclusão, com o emprego daconjunção “portanto” ou estabelecer uma ideia contrária ao fato de ser um paístão importante, a partir do emprego da conjunção “contudo”. As duasconjunções seriam válidas.

Bons estudos e até a próxima!

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AULA 10 - PERÍ ODOS

Oi, pessoal

Tudo certinho? Estão estudando bastante?

Vamos encerrar as buscas, iniciadas na aula 8, pelas letras de música quecontenham o pronome CUJO.

Vamos analisar mais uma letra:

Viagem  - João de Aquino e Paulo César Pinheiro 

Ó, tristeza me desculpe, estou de malas prontas Hoje a poesia veio ao meu encontro,

 j á raiou o dia, vam os viajar Vamos indo de carona Na garupa leve do vento m acio Que vem caminhando desde muito longe,lá do fim do mar 

Vamos visitar a estrela da manhã r aiada Que pensei perdida pela madrugada,mas que vai escondida querendo brincar Senta nessa nuvem clara,minha poesia ainda se prepara Traz uma cantiga,vamos espalhando música no ar 

Olha quantas aves brancas, minha poesia Dançam nossa valsa pelo céu que o dia fez todo bordado de raios de sol Ó, poesia, me ajude,vou colher avencas,lírios, rosas, dálias Pelos campos verdes que você batiza de jar dins do céu 

Mas pode ficar tranquila, minha poesia Pois nós voltaremos numa estrela guia,num clarão de lua quando serenar Ou talvez até, quem sabe,nós só vo l t a r em os no cava lo ba io  

No a lazão da no i t e , CUJO nom e é ra io , ra io d e luar  

Os dois últimos versos registram o emprego correto do pronome relativo CUJO. Onome do cavalo baio (castanho) é RAI O DE LUAR. A relação entre NOME eCAVALO/ALAZÃO justifica o emprego do pronome.

Parabéns a t odos que co labo ra ram!

Até agora, fizemos diversas análises em relação aos elementos que compõem umaoração – s in taxe de concordânc ia: harmonia entre verbo e sujeito (concordânciaverbal) ou entre o nome e os elementos a ele relacionados (concordância nominal);

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2

s in t axe de r egênc ia: relação entre o verbo (regência verbal) ou adjetivo, advérbioe substantivo (regência nominal) em função de seus complementos.

Para isso, analisamos a estrutura i n t e r n a da oração. Para essa análise sintática,lançamos mão, muitas vezes, de uma só oração. Isso significa que a análise serealizava em um período simples.

A partir da aula de hoje, veremos que, algumas vezes, em vez de um substantivo,um adjetivo ou um advérbio, temos uma o ração que representa esses nomes.Forma-se, assim, o período composto.

A aula de hoje certamente lhe parecerá familiar. Muitos dos conceitos já foramapresentados em aulas anteriores.

Vamos relembrar alguns deles:

Per íodo S im ples - É enunciado que possui uma única oração, que se chama oraçãoabsoluta.

Per íodo Com posto - É o período constituído de duas ou mais orações, sabendo-seque cada oração é, obrigatoriamente, estruturada em torno de um verbo.

O período composto pode ser formado por COORDENAÇÃO (orações independentes)ou SUBORDI NAÇÃO (orações dependentes).

I - ORAÇÕES COORDENAD AS

As orações coordenadas são independentes sintaticamente. Não exercem nenhumafunção sintática em relação a outra dentro do período.

Quando não são introduzidas por conjunções (conectivos), são classificadas comoass indét icas .

Vim, vi, v enci.

Se introduzidas por conjunções (conectivo), classificam-se como s indét icas,recebendo o nome da conjunção que as introduzem.

Lembre - se : não se deve classificar uma oração considerando apenas a conjunçãoque a introduz. Deve-se, sim, analisar o seu sentido na frase para, então, classificara conjunção/oração.

a) Ad i t i vas (e , n em , m a s t a m b é m ...)

O ministro não pediu demissão e manteve sua posição anterior.

b) Adversa t i va (m as , po rém , t odav ia , con t udo , en t r e t an t o )

O ministro pediu demissão, mas o presidente não a aceitou.

c) Expl ica t ivas (que , po rque , e a palavra po is antes do verbo)

Peçam a dem issão dos seus assessores, pois eles pouco fazem para o bem do povo.

d) Conclus ivas (l ogo , po r t an t o , po r consegu in t e , po r i sso , de m odo que e apalavra po is no meio ou fim da oração)

Os assessores pouco fazem pelo povo; devem , pois, deixar seus cargos.

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e) Al t e rna t i vas (ou, ou . . . ou, ora . . . ora, quer . . . quer , seja . . . se ja, já . . . já ,ta lv ez . .. t a lvez)

O Congresso deve ser soberano, ou perderá a legitimidade.

Pode ocorrer coordenação entre orações que se subordinam à mesma oraçãoprincipal. Veja o seguinte exemplo:

Espero que passe no concurso e  que seja o primeiro colocado.

As orações “que passe no concurso” e “que seja o primeiro colocado” são oraçõessubordinadas em relação à oração principal “Espero”. No entanto, en t re s i , sãocoordenadas, pois estão ligadas por uma conjunção coordenativa aditiva. Nessescasos, pode-se manter apenas a primeira conjunção integrante (Espero que passe no 

concurso e seja o primeiro colocado) .

ORAÇÕES I NTERCALA DAS – Sob essa denominação, incluem-se as orações que,apresentando informações adicionais, geralmente para esclarecimento, não sãointroduzidas por conjunções coordenativas.

- Vá embora! – d isse-me e la  .

Ele, que eu sa iba  , nunca estudou muito.

Boaventura, per m i t a - m e o t r ocad i l ho  , era sujeito de boa sorte.

I I - ORAÇÕES SUBORDI NADASSão orações dependentes sintaticamente de outra.

Exercem uma função sintática correspondente ao subs t an t i vo , ad je t i vo ouadvé rb io , ou seja, esse termo sintático (sujeito, objeto direto, objeto indireto etc.)assume a forma de uma oração.

Por isso, há orações principais (em que estão presentes os termos regentes) esubordinadas (termos regidos).

Por exemplo:

Os credores internacionais esperavam / que o Brasil suspendesse o pagamento dos  juros.

Nesse exemplo, a segunda oração está subordinada à primeira, pois exerce funçãosintática de objeto direto do verbo esperar (termo regente presente na oraçãoprincipal):

Os credores int ernacionais esperavam  I SSO - o qu ê? 

Resposta: “que o Brasil suspendesse o pagamento dos juros” 

Essa é uma oração subordinada substantiva (está no lugar de um substantivo) queexerce, em relação à oração principal, a função sintática de objeto direto.

Seu nome é oração subo rd inada subs t an t i va ob j e t i va d i r e t a .

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Meu prim o que m or a no Rio de Janei r o  virá para a festa.

Usamos um exemplo parecido com esse na aula passada. Eu pergunto: quantosprimos eu tenho?

Resposta: Com certeza, mais de um, pois a oração que se liga de forma adjetiva aosubstantivo p r i m o tem valor restritivo, ou seja, de todos os primos que eu tenho,aquele que mora no Rio de Janeiro virá para a festa.

A oração subordinada adjetiva “que mora no Rio de Janeiro” exerce a funçãosintática de a d j u n t o a d n o m i n a l em relação à oração principal (limita o alcance dosubstantivo “primo”, designando-lhe uma característica própria: morador do Rio deJaneiro).

É, portanto, uma oração subo rd inada ad je t i va r est r i t i va .

Desde que você me l igou , não penso em outra coisa.

A oração destacada indica o momento em que o fato expresso na oração principalteve início.

Veja que a locução conjuntiva “desde que” apresenta valor temporal, atribuindo àoutra oração uma circunstância (de tempo, momento).

Essa é, logo, uma oração subo rd inada adve rb ia l t em pora l .

Veja, agora, uma curiosidade: a locução conjuntiva “desde que” poderia apresentaroutro valor à estrutura.

Desde que você devolva o que levou, não darei queixa na Delegacia.

E, agora? Qual é o valor da oração subordinada? Seu valor é CONDICIONAL (“Não darei queixa SE você devolver o que levou” ).

É por isso que, repito, só podemos classificar uma oração em função do valor que elaapresenta na estrutura.

Vamos ver, agora, como classificar as orações subordinadas.

1 - ORAÇÕES SUBORDI NADAS SUBSTANTI VAS

São aquelas que exercem função sintática própria de um substantivo.

SÃO I NI CI ADAS POR CONJUNÇÃO I NTEGRANTE.

Na identificação dessas orações, apresentamos:

- sua condição de subord inada ;

- sua classe gramatical (subs t an t i va);

- e a função sintática que exerce em relação à principal (su je i t o , ob je t od i r e t o , ob je t o i nd i r e t o , comp lemen t o  nom ina l , p red ica t i vo do su je i t o ,apos to ou agent e da passiva).

Assim temos:

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a) Sub je t i va – exerce a função de su je i t o em relação ao verbo da principal.

É import ante /  que tenh am os o equ i l í b r io da ba lança com erc ia l  .

É importante I SSO. 

I SSO =  que tenhamos o equilíbrio da balança comercial  SUJEITO.

Ainda se espera / que o governo mude as normas do imposto de renda.

CUI DADO COM A VOZ PASSI VA   O verbo ESPERAR é transitivo direto e estáacompanhado de um pronome SE – APASSIVADOR – com ideia passiva = caso de voz pass iva sin t é t ica .  

O que se espera ( o que é esperado?)? 

Resposta: “que o governo mude...”  SUJEITO

Ainda era esperado / que a equipe palmeirense se reabilitasse.

Agora, temos um caso de voz passiva analítica:

Ainda era esperado  I SSO.

I SSO =  que a equipe palmeirense se reabilitasse  SUJEITO.

Consta / que haverá mudanças na equipe, caso o presidente seja reeleito.

O verbo CONSTAR é um dos que, normalmente, apresenta um sujeito oracional.Como vimos, nos casos de sujeito sob a forma oracional, o verbo da oração principalfica na 3ª pessoa do singular = CONSTA I SSO (= I s s o  consta ).

I SSO =  que haverá m udanças na equipe   SUJEITO.

b) Obje t i va d i r e t a - Função de o b j e t o d i r e t o em relação ao verbo da principal.

Os contribuintes esperam / que o governo altere as normas do imposto de renda.

Os contribuintes esperam I SSO.

I SSO =  que o governo altere as normas do imposto de renda  objeto direto do

verbo esperar .

c) Obje t i va i nd i r e t a - exerce a função de ob je t o i nd i r e t o em relação ao verbo daprincipal.

O país necessita de / que se faça uma melhor distribuição de renda.

O país necessita dI SSO ( de + I SSO ) .

I SSO  = que se faça um a melhor distribuição de renda  objeto indireto do verbonecess i ta r .

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Lembre-se da lição apresentada na aula sobre Regência!!!Quando um objeto indireto vem sob a forma oracional (oração subordinadasubstantiva objetiva indireta), a preposição pode ser omitida, sem prejuízo para operíodo.

Vimos naquela oportunidade uma questão de prova que explorou exatamente esseconhecimento.

Já em relação à oração que complementa um n o m e (oração subordinada substantivacompletiva nominal – a próxima), não há consenso. Se em uma das opções tiver sidoomitida a preposição antes da oração, analise as demais alternativas antes de definircomo certo ou errado.

d) Com p le t i va nom ina l - exerce a função sintática de c om p l e m e n t o n o m i n a l emrelação a um substantivo, adjetivo ou advérbio da principal.

O país tem necessidade de / que se faça uma reforma social.

O país tem necessidade dI SSO ( de + I SSO ) .

I SSO  = que se faça uma reforma social    complemento nominal do substantivonecess idade.

O governador era contrário a / que mu dassem as regras do jogo.

O governador era contrário a I SSO.I SSO = que se mudassem as regras do jogo   complemento nominal do adjetivocon t rá r io .

Percebia-se / que agia favoravelmente a / que m udassem as regras do jogo.

Este é um bom exemplo de período composto por três orações. Vejamos quais sãoelas:

- oração principal: Percebia-se ( I SSO )

O verbo perceber é transitivo direto e está acompanhado de pronome apassivador.O que era percebido? A resposta a essa pergunta apresenta a segunda oração.

Resposta: que agia favoravelmente a  oração subordinada substantiva subjetiva(sujeito da voz passiva sob a forma oracional, o que justifica a flexão do verboperceber na 3ª pessoa do singular – PERCEBIA-SE )

Só que o complemento nominal ao advérbio f avo rave lmen t e está também sob aforma oracional – Agia favoravelmente a quê? (Introduz-se, agora, a terceira oraçãodo período composto)

- que mudassem as regras do jogo   oração subordinada substantiva completivanominal (complemento nominal ao advérbio f avo rave lmen t e ).

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Como a preposição é exigência do advérbio, ela pertence à segunda oração (oraçãoem que o advérbio está presente).

Agora, você percebeu como um período composto pode ser bem complexo, não émesmo?

e) Pred ica t iva - exerce a função de pred icat i vo do su j e i t o em relação à principal.

O medo dos empresários era / que sobreviesse uma violenta recessão.

O medo dos empresários era I SSO.

I SSO = que sobreviesse uma violenta recessão  predicativo do sujeito.

f) Apos i t iva - exerce a função de apos t o em relação a um termo da principal.O receio dos jogadores era esse: / que o técnico não os ouvisse.

O receio dos jogadores era esse: I SSO.

I SSO = que o t écnico não os ouvisse  aposto.

g) Agente da pass iva - exerce a função de agente da pass iva em relação àprincipal.

O assunto era explicado por / quem o entendia profundamente.

Essa é a única função em que o esquema do I SSO não funciona muito bem, porque,em vez de uma conjunção integrante, é empregado um pronome indefinido.

Por isso, o substituímos por outro pronome substantivo – “alguém”.

O assunto era explicado por ALGUÉM .

ALGUÉM = quem o entendia profundamente  agente da passiva.

2 - ORAÇÕES SUBORDI NADAS ADJETI VAS

São aquelas que exercem função sintática própria de um adjetivo.

SÃO I NI CI ADAS POR PRONOMES RELATI VOS.

Seu “nome e sobrenome” será, então:- sua condição de subordinada;

- sua classe gramatical (ad je t i va );

- e o alcance desse adjetivo (r es t r i t i va ou exp l i ca t i va).

a) Rest r i t i vas - Restringem, limitam o sentido de um termo da oração principal. Nãosão isoladas por vírgulas.

A doença que surgiu nestes últimos anos pode mat ar m uita gente.

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b) Expl i ca t ivas - Explicam, generalizam o sentido de um termo da oração principal.São isoladas por vírgulas.

As doenças, que são um flagelo da humanidade, j á mat aram m uita gente.

Você notou, ass im, que, em re lação à pontuação, as orações subord inadasad je t i vas podem ap resen t a r do i s com por t am en t os :

- VÍ RGULA PROIBI DA – ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA – Emfunção de seu caráter restritivo (assim como ocorre com os adjetivos em geral:camisa v e r m e l h a, rapaz b o n i t o), não pode haver pausa entre o termo regente e otermo regido.

- VÍ RGULA OBRI GATÓRI A – ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA –

Regra geral, os elementos de natureza explicativa se apresentam isolados porvírgulas, em função de seu caráter “acessório”, “dispensável”.

Você leu aí em cima algum caso de “vírgula facultativa” em orações adjetivas?

Certamente que não.

Esse conceito é importantíssimo para a aula sobre PONTUAÇÃO, pois essa “casca debanana” é muito comum em provas de diversas bancas.

2.1 - FUNÇÃO SI NTÁTI CA DO PRONOME RELATI VO NA ORAÇÃO ADJETI VA

As orações subordinadas adjetivas são introduzidas por pronomes relativos: que,quem, o qual, a qual, cujo, onde, como, quando etc.

Enquanto as conjunções são elementos conectivos e, por isso, não exercem funçãosintática nas orações subordinadas, o mesmo não acontece com os pronomesrelativos. Eles substituem um nome (substantivo ou pronome tido como r e f e ren t e).

Assim, esses pronomes relativos poderão exercer, na oração subordinada adjetiva,as seguintes funções sintáticas:

a) Su je i t o

Os tr abalhadores exigiam aum ento salarial. ( PERÍODO SIMPLES = oração absoluta)

Que trabalhadores eram esses que exigiam aumento salarial?Será formado, assim, um período composto, pois será necessário identificar essestrabalhadores.

Os trabalhadores qu e  fizeram greve exigiam aum ento salarial.

(=  Os t r aba lhador es  fizeram greve.)

O pronome relativo q u e substitui, na oração adjetiva, o substantivo t r aba lhado res .O pronome exerce a função de sujeito dessa oração.

CUI DADO: Se a banca perguntar quem é o sujeito da forma verbal f i zeram , a suaresposta deverá ser: O PRONOME RELATIVO QU E.

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Como o pronome se refere ao substantivo “trabalhadores”, muita gente acha,indevidamente, que o subs t an t i vo é o sujeito da forma verbal f i zeram . ERRADO!

São duas as orações:

- oração pr inc ipa l :  Os trabalhadores exigiam aumento salarial 

- oração subo rd inada ad je t i va r est r i t i va : que fizeram greve.

Agora que sabemos o que é um período composto e como ele se divide, vemos maisclaramente que “cada macaco está no seu galho”, ou seja, o substantivo da oraçãoprincipal “Os  t r aba lhado r es   exigiam aumento salarial ” não poderia exercer funçãosintática em outra oração, no caso, a oração subordinada adjetiva “que fizeram greve” .

No lugar do nome, colocou-se o pronome relativo, que (ESTE SIM) exerce a funçãosintática de sujeito.

Assim, quem é o sujeito da forma verbal f i zeram ?

Resposta: O PRONOME RELATIVO QU E.

Ficou claro? Essa é uma pegadinha muito comum em provas, especialmente as daESAF e da CESPE UnB. Fique esperto(a)!

b) Obje t o d i r e t o

As reivin dicações q u e  os trabalhadores faziam  preocupavam os empresários.

(= Os trabalhadores faziam  as re iv ind icações  .)

O que os trabalhadores faziam? Pela lógica, iríamos responder: re iv ind icações.Vamos dividir o período em orações:

- o ração pr inc ipa l: As reivindicações preocupavam os empresários.

- o ração subo rd inada ad je t i va r es t r i t i va: que os trabalhadores faziam 

Na oração subordinada adjetiva, no lugar desse substantivo, foi empregado opronome relativo, que exerce, nessa oração, a função sintática de objeto direto.

Então, quem exerce a função sintática de OBJETO DIRETO da forma verbal f az iam ?

Resposta: O PRONOME RELATIVO QU E.

c) Obje t o i nd i r e t o

O aumento de qu e  todos necessitavam proveria o sustento da casa.

(= Todos necessitavam do aum ento.)

Todos necessitavam de quê? Resposta lógica: D e aumen t o .

Na oração subordinada adjetiva, quem faz as vezes de objeto indireto do verbonecess i ta r é o pronome relativo.

- o ração pr in c ipa l : O aumento proveria o sustento da casa.

- oração subo rd inada ad je t i va r es t r i t i va: de que todos necessitavam 

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Note, agora, que o elemento que exige a preposição “de” é o verbo necess i ta r , daoração adjetiva (Alguém necessita de  alguma coisa ).

Por isso, a preposição pertence à oração subordinada adjetiva e está sublinhada.

Muito cuidado na divisão do período em orações: A PREPOSI ÇÃO FI CA NAORAÇÃO EM QUE ESTÁ PRESENTE O TERMO REGENTE.

d) Comp lemen t o nom ina l

O aum ento de q ue  todos tinham necessidade proveria o sustento da casa.

(= Todos tinham necessidade do aumento.)

De que todos tinham necessidade? Resposta lógica: do aumento.

No lugar desse nome, foi colocado um pronome relativo, que exerce a funçãosintática de complemento nominal ao substantivo necessidade .

- oração pr inc ipa l: O aumento proveria o sustento da casa 

- oração subo rd inada ad je t i va r es t r i t i va: de que todos tinham necessidade 

Mais uma vez, quem exige a preposição é um elemento presente na oraçãosubordinada adjetiva (o substantivo necess idade), motivo que nos levou asublinhar também aquele vocábulo.

e) Pred icat i vo do su je i t o

O grande mestre qu e  ele sempre foi agradava a todos.Ele sempre foi o grande mestre no lugar da expressão sublinhada, foi empregadoum pronome relativo.

Dividindo o período:

- oração pr inc ipa l : O grande mestre agradava a todos.

- oração subo rd inada ad je t i va r es t r i t i va: que ele sempre foi 

Então, quem exerce a função de predicativo do sujeito da forma verbal f o i  ?

Resposta: O PRONOME RELATIVO QUE. 

f) A d j u n t o a d n o m i n a l

Os peregrinos de cu jas cont r ibu ições a paróqu ia depend ia   retornaram à sua cidade.

(= A paróquia dependia das contribuições dos pe r eg r inos  .)

Entre os substantivos pereg r inos e cont r ibu ições , existe uma relação desubordinação, o que justifica o emprego do pronome relativo cu jo .

Essa é uma característica desse pronome relativo (CUJO e flexões). Ele sempreexerce a função sintática de a d j u n t o a d n o m i n a l , exatamente por estabelecer uma

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relação entre dois substantivos com ideia ativa (“os peregrinos contribuem”  acontribuição dos peregrinos adjunto adnominal).

A diferença entre a d j u n t o a d n o m i n a l e c om p l e m e n t o n o m i n a l será assunto denossa próxima aula – Termos da Oração.

Vamos dividir o período:

- o ração pr inc ipa l – Os peregrinos retornaram à sua cidade.

- o ração subo rd inada ad je t i va r es t r i t i va – de cujas contribuições a paróquia dependia 

Vimos anteriormente que, caso um elemento da oração subordinada exija umapreposição, essa será colocada antes do pronome relativo.

A paróquia dependia das cont r ibu ições dos peregr in os .

Como o verbo depender exige a preposição “de”, esta foi empregada antes dopronome relativo “cujo”, que estabelece a relação entre “contribuições” e “peregrinos”.

g) Ad jun t o adverb ia l

Observem o j eitinho como e la se r equebr a  .

(= Ela se requebra com j eitinho.)

O pronome relativo como introduz a oração que indica o modo como ela se requebra– essa é uma circunstância (modo) e, portanto, o pronome relativo exerce a funçãosintática de ad jun t o adve rb ia l.

BI ZU : Os pronomes relativos como e onde , por introduzirem elementoscircunstanciais, sempre exercerão na oração adjetiva a função sintática de a d j u n t oadve rb ia l. Já o pronome cu jo ( e f l exões ) , por estabelecer a ligação entre doissubstantivos com ideia ativa, exercerá sempre na oração adjetiva a função dea d j u n t o a d n o m i n a l.

3 - ORAÇÕES SUBORDI NADAS ADVERBI AI SSão aquelas que exercem função sintática própria de advérbio, ou seja, adjuntoadverbial em relação à principal.

SÃO I NI CI ADAS POR CONJUNÇÃO ADVERBI AL.

Agora, toda a oração subordinada exerce, em relação à oração principal, a funçãosintática de ad jun t o adve rb ia l.

As circunstâncias apresentadas podem ser as seguintes:

a) Causal

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Todos se opuseram a ele por que n ão conco r davam com suas ide ias  .

Apresenta-se, na oração subordinada adverbial causal, o motivo da oposição detodos (presente na oração principal).

:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

É importante destacar a diferença entre a oração subor d inada adver b ia l causal ea oração coordenada s indét ica exp l ica t iva , pois muitas das conjunçõesempregadas em uma e em outra se assemelham.

SUBORDI NADA CAUSAL X COORDENADA EXPLI CATI VA

Em alguns momentos, as orações subordinadas adverbiais causais e as oraçõescoordenadas explicativas apresentam semelhanças que podem dificultar sua análise.Porém, um pouco de atenção para os aspectos que vamos assinalar pode ser de

grande utilidade.Na primeira, está presente a relação CAUSA x CONSEQUÊNCIA.

Ele pegou a doen ça porqu e andava desca lço .

CAUSAL Causa: an dava d escalço Consequênc ia : pegou a doença

Note, agora, a diferença para o seguinte exemplo:

Não ande desca lço , porq ue va i pegar um a doença.

EXPLI CATI VA Ordem: Não ande desca lço Exp l icação: va i pegar umadoença

Na aula passada, apresentamos uma série de elementos que possibilitam essa

distinção. Alguns dão certo; outros, nem tanto. Para relembrar quais são eles, dêuma olhadinha no comentário à questão 13.

Adriano da Gama Kury (em Novas Lições de Análise Sintát ica ) nos indica uma formaque, a princípio, parece ser a melhor de todas.

Para que seja causal , a oração subordinada poderia, sem nenhum prejuízo para acoerência, ser trocada por outra oração reduzida de infinitivo e iniciada pelapreposição por :

Ele pegou a doença porq ue andava desca lço   

  

Ele pegou a doença por and ar desca lço .

Isso não seria possível em uma oração coordenada explicativa.

:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

b) Condic ional

Se houvesse op in iões cont rár ias  , o acordo seria desfeito.

Na oração subordinada adverbial condicional, foi estabelecida a condição para odesfazimento do acordo (oração principal).

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c) Tempora l

Ass im que chegou a casa , resolveu os problemas.

Indica-se, na oração subordinada adverbial temporal, o momento em que serãoresolvidos os problemas (oração principal).

d) Proporc iona l

Quanto m ais obs tácu los surg iam , mais ele se superava.

A ideia de proporção é apresentada na oração subordinada adverbial proporcional,em associação ao “mais” presente na oração principal.

e) Final

O pai sempre trabalhou para que os f i lho s estu dassem .

A finalidade do trabalho do pai (oração principal) está presente na oraçãosubordinada adverbial final.

f) C on f o rma t i va

Os jogadores procederam  segundo o t écn ico l hes o r denar a  .

Para introduzir a oração subordinada conformativa, poderiam ter sido empregadas asconjunções/locuções conjuntivas con f o r me , segundo , de aco r do com, dentre

outras.

g) Consecut iva

Suas dívidas eram tantas que v i v ia ne r voso  .

Apesar de não ser uma regra, costumam ser associados à oração subordinadaadverbial consecutiva os pronomes t ão , t an t o , t a l , presentes na oração principal.

h) Concessiva

Embora enf ren tasse d i f i cu ldades  , procurava manter a calma.

Na oração subordinada adverbial concessiva, apresenta-se um fato que, emboracontrário ao apresentado na oração principal, não impede que este se realize.

i) C ompara t i va

Ele sempre se comportou  t a l qua l  um cavalheiro.

Apresenta-se, na oração subordinada adverbial comparativa, o segundo elemento deuma comparação.

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Alguns autores acrescentam mais do is t ipos de orações subord inadasadverb i a is , não reg is t r ados pe la Nom enc la tur a Gram at ica l Bras i lei ra (NGB) :

 j) Locat ivas

Fique onde qu ise r .

Equivalem a um adjunto adverbial de lugar. Apresentam-se desenvolvidas semconjunção, introduzidas por advérbio de lugar onde (combinado ou não compreposição).

l) Modais

Faça como qu ise r .

Equivalem a um adjunto adverbial de modo. Expressam a maneira como serárealizado o fato enunciado na oração principal.

I I I - ORAÇÕES REDUZI DAS

Não são introduzidas por conjunção e possuem verbo em uma das formas nominais(infinitivo, particípio ou gerúndio).

a) I n f i n i t i vo ( pessoa l ou impessoa l )

Exem p lo 1 .

Todos sabiam  ser imp oss íve l a manu tenção da po l í t i ca econôm ica .Todos sabiam  ISSO 

I SSO =  ser impossível a manutenção da política econômica.

A oração reduzida de infinitivo está no lugar de um substantivo e exerce a funçãosintática de o b j e t o d i r e t o do verbo saber (da oração principal).

Por isso, chama-se:

ORAÇÃO SUBORDI NADA SUBSTANTI VA OBJETI VA DI RETA REDUZI DA DEI N F I N I T I V O .

Exem p lo 2 .  Seria bom  m ant e r es a ca lma  nesse mom ento.

Seria bom  I SSO nesse mom ento.

I SSO =  mant eres a calma 

A oração reduzida de infinitivo ocupa o lugar de um substantivo e exerce a funçãosintática de su je i t o da oração principal (ISSO seria bom nesse mom ento).

ORAÇÃO SUBORDI NADA SUBSTANTI VA SUBJETI VA REDUZI DA DEI N F I N I T I V O .

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b) Gerúnd ioExem p lo 3 .

Ent rand o na sa la de au la  , foi recebido com frieza.

A oração reduzida de gerúndio apresenta o momento em que o sujeito da oraçãoprincipal foi recebido com frieza. Assim, indica uma circunstância (tempo, momento).

É chamada, portanto, de:

ORAÇÃO SUBORDI NADA ADVERBI AL TEMPORAL REDUZI DA DE GERÚNDI O.

Exem p lo 4 .

Vencendo seus adversár ios fu t ur os  , o clube ganhará o campeonato.

Note o valor condicional da oração reduzida de gerúndio: Caso vença seus adversários fut uros = Vencendo seus adversários futu ros, o clube ganhará o campeonato.

A oração subordinada recebe o nome de:

ORAÇÃO SUBORDI NADA AD VERBI AL CONDI CI ONAL REDUZI DA DEGERÚNDI O.

c) Par t ic íp io

Exem p lo 5 .

Real izado o congresso in ter nac iona l  , percebeu-se a gravidade da moléstia.

A oração reduzida de particípio pode atribuir um valor de momento à estrutura: apartir da realização do congresso internacional, percebeu-se a gravidade da moléstia.

ORAÇÃO SUBORDI NADA A DVERBI AL TEMPORAL REDUZI DA DE PARTI CÍ PI O.

Exem p lo 6 .

Encont rado o aut or dos assa l tos  , a população ficará aliviada.

O tempo verbal da oração principal é decisivo para a identificação da circunstânciaapresentada pela oração subordinada.

Nessa construção, o valor é condicional: Caso seja encontrado o autor dos assaltos,a população ficará aliviada.

ORAÇÃO SUBORDI NADA AD VERBI AL CONDI CI ONAL REDUZI DA DEPARTI CÍ PI O.

Veja, agora, como pode ser alterada a interpretação se o tempo do verbo da oraçãoprincipal for também modificado:

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Exem p lo 7 .

Encont rado o aut or dos assa l tos  , a população ficou aliviada.

Agora, a oração subordinada atribui à estrutura um valor causal: Porque fo i  encon t r ado o au t o r dos assa l t os , a população ficou aliviada.

Por não apresentar uma conjunção, mais do que nunca é necessária a análise dacircunstância apresentada pela oração ao período, para que seja realizada suaclassificação.

Para isso, na maioria das vezes, é necessário voltar ao texto. Não tenha preguiça nahora da prova – muita gente perde um ponto valioso por acreditar somente namemória ou no que a banca argumenta. Volte ao texto quantas vezes forem

necessárias!Há pouco tempo, discutia-se muito a estrutura oracional da advertência veiculadapelo Ministério da Saúde nos comerciais de medicamentos.

Vemos duas formas de apresentação:

Ao pe r s i st i r em os sin t om as  , procure um m édico.

A pe r s i st i r em os sin t om as  , procure um m édico.

Afinal, existe diferença entre a primeira e a segunda construção?

A resposta é SI M!

Na primeira, o fato de persistirem os sintomas é “quase” certo – só não se sabe o

momento em que isso ocorrerá. A oração reduzida de infinitivo, por ter sido iniciadapor “ao”, equivale a: Quando persistirem os sintomas / Assim que persistirem os sintomas / Tão logo persistam os sintom as....

Veja como essa construção se assemelha a: Ao entrar em casa, deparou-se com o bandido .  

O valor temporal da oração subordinada adverbial é bem notório nesse últimoexemplo.

Por isso, na primeira estrutura, a oração subordinada adverbial tem valor t e m p o r a l.

Já na segunda, há um valor cond ic iona l : Caso persistam os sintomas, procure um médico.

E aí, como deveria, então, ser veiculada essa advertência: sob a forma temporal(fato futuro e certo) ou condicional (fato futuro e incerto)? Acredito que da segundamaneira, pois o remédio, em princípio, deveria eliminar os sintomas da enfermidade.

Caso isso não ocorra, o médico deverá ser consultado – e a gramática também!!!

I V - CONCEI TO DE ORAÇÃO PRI NCI PAL E ORAÇÃO SUBORDI NADA

Agora que estamos prestes a encerrar nossa aula sobre PERÍODOS, podemosperceber que essa denominação de “oração principal” é bem relativa.

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Em um período composto, pode haver diversas orações, que, como numaengrenagem, se ligam umas às outras.

Assim, pode ser que uma oração subordinada a outra tenha uma terceira oração quese subordine a ela. Em relação a essa terceira, a oração subordinada (a segunda)será considerada uma oração principal.

Complicou? Vamos desatar o nó a partir de um exemplo.

O livro que me pediu será entregue a quem estiver disposto a recebê-lo.

1ª o ração (principal): O livro será entregue a 

2ª o ração (subordinada adjetiva restritiva em relação ao substantivo l i v r o): que me pediu 

3ª o ração (subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo): quem estiver disposto a 

4ª o ração (subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo, emrelação ao adjetiva d ispos to ): recebê-lo.

A 2ª oração é subordinada à primeira, ou seja, exerce a função sintática de a d j u n t oa d n o m i n a l ao substantivo presente na oração principal ( l i v r o).

O mesmo ocorre com a 3ª oração, que é o ob je t o i nd i r e t o do verbo da oraçãoprincipal (en t rega r ).

Já a 4ª oração exerce uma função sintática em relação ao elemento presente na 3ªoração. Assim, a 3ª oração, que é subord inada em relação à primeira, é pr inc ipa l em relação à 4ª oração.

Poderíamos, então, resumir os conceitos apresentados na aula de hoje no seguinteesquema:

PERÍ ODO COMPOSTO - CLASSI FI CAÇÃO DAS ORAÇÕES

COORDENADAS 

- QUAN TO AO CONECTI VO

ASSI NDÉTI CAS

SI NDÉTI CAS

- QUANTO AO VALOR

A D I T I V A S

ADVERSATI VAS

ALTERNATI VAS

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CONCLUSI VAS

EXPLI CATI VAS

SUBORDI NADAS

SUBSTANTI VAS

SUBJETI VAS

OBJETI VAS DI RETAS

OBJETI VAS I NDI RETAS

PREDI CATI VAS

COMPLETI VAS NOMI NAI S

APOSITIVAS

AGENTE DA PASSI VA

ADJETIVASRESTRI TI VAS

EXPLI CATI VAS

ADVERBIAIS

CAUSAI S

CONDICIONAIS

TEMPORAI S

PROPORCI ONAI S

F I N A I S

CONFORMATI VASCONSECUTI VAS

CONCESSI VAS

COMPARATI VAS

LOCATI VAS

MODAIS

At é a p róx im a au la !

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QUESTÕES DE FI XA ÇÃO 

1 - ( FGV / I CMS MS - Fiscal de Rendas / 20 06)

Essa chave é o instrumento simbólico mais eficiente da ideologia dominante (que,como dizia Marx, é sempre a ideologia das classes dominantes): é ela que insiste emnos convencer que as desigualdades sociais são naturais, que não há alternativapara o capitalismo, que o socialismo já foi tentado e fracassou.

A oração que não há alternativa para o capitalismo  deve ser corretamenteclassificada como:

(A) oração subordinada substantiva apositiva.

(B) oração subordinada substantiva completiva nominal.

(C) oração subordinada substantiva objetiva direta.

(D) oração subordinada substantiva objetiva indireta.

(E) oração subordinada substantiva subjetiva.

2 - ( FU ND EC / TJ MG / 2002 )

Assinale a alternativa em que a oração sublinhada tenha sido CORRETAMENTEanalisada.

a) Parece que não haverá mudanças no Ministério da Economia. (oração subordinadasubstantiva subjetiva)

b) Como disse o primeiro entrevistado, não há motivo para pânico. (oração

subordinada adverbial comparativa)c) A atriz declarou que não sabia como tinha sido furtada. (oração subordinadaadverbial comparativa)

d) Lembrei-o de que não poderíamos nos atrasar mais. (oração subordinadasubstantiva objetiva direta)

3 - ( FU ND EC / TJ MG / 2002 )

Assinale a alternativa que apresente análise I NCORRETA da oração sublinhada.

a) Encerrada a palestra, foram jantar. (oração subordinada adverbial temporal)

b) Caso a febre persista, telefone-me. (oração subordinada adverbial condicional)c) Era verdade que tudo não passara de um engano. (oração principal)

d) Quem estuda passa. (oração subordinada adjetiva restritiva)

4 - ( FUNDAÇÃO JOÃO GOULART/ SMF – AN ALI STA PLANEJAMENTO / 20 05 )

 “Outro estímulo para as empresas de ôn ibus ado t a rem o gás na t u ra l é amelhoria da rede de distribuição desse combustível no Brasil.” 

O segmento em destaque nessa frase n ão é adequadamente substituído na seguintealternativa:

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A) Outro estímulo para que as empresas de ônibus adotem o gás natural é amelhoria da rede de distribuição desse combustível no Brasil.

B) Outro estímulo que incentiva as empresas de ônibus a adotar o gás natural é amelhoria da rede de distribuição desse combustível no Brasil.

C) Outro estímulo de as empresas de ônibus adotarem o gás natural é a melhoria darede de distribuição desse combustível no Brasil.

D) Outro estímulo para a adoção do gás natural pelas empresas de ônibus é amelhoria da rede de distribuição desse combustível no Brasil.

5 - ( FUNDAÇÃO JOÃO GOULART / PGM RJ / 20 05 )  

 “Quando os filhos saem de casa e entram na universidade ou no trabalho, ainterferência dos pais começa a enfraquecer.” 

Nessa frase do texto, as orações coordenadas mantêm com a principal as seguintesrelações semânticas:

A) Condição e causalidade.

B) Conformidade e condição.

C) Temporalidade e causalidade.

D) Temporalidade e conformidade.

6 - ( FU ND EC / TRT 1 ª . R eg ião / 2003 )

Dentre as mudanças feitas abaixo na oração sublinhada no período “A análise dagenealogia das famílias dos cortadores de cana, considerando pelo menos três aquatro gerações, demonstra que a reprodução social deste segmento da força detrabalho se orienta por três perspectivas” (linhas 1-5), aquela em que se alterou oseu sentido original é:

A) consideradas pelo menos três a quatro gerações;

B) desde que se considerem pelo menos três a quatro gerações;

C) quando se consideram pelo menos três a quatro gerações;

D) caso sejam consideradas pelo menos três a quatro gerações;

E) por serem consideradas pelo menos três a quatro gerações.

7 - ( FUNDAÇÃO JOÃO GOULART/ SMF – AN ALI STA PLANEJAMENTO / 20 05 )

 “Além disso, o Brasil firmou um acordo no qual se compromete a comprar parte daprodução da Bolívia, aumen t ando a inda ma is a o f e r t a de gás no mercadointerno.” 

Nesse trecho, a oração iniciada no gerúndio expressa valor semântico de:

A) conformidade.

B) conseqüência.

C) condição.

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D) causa.

8 - ( N C E U FRJ / Guar da Mun ic ipa l / 2002 )

“Po l í c ia ”

Vigilância exercida pela autoridade competente para manter a ordem e o bem-estarpúblicos em todos os ramos dos serviços do Estado e em todas as partes oulocalidades; corporação que engloba os órgãos e instituições incumbidos de fazerrespeitar essas leis ou regras e de reprimir e perseguir o crime”.

(Pequeno dicionário jurídico)

 “...para manter a ordem e o bem-estar públicos...”; se esta oração reduzidaadotasse a forma desenvolvida, sua forma correta seria:

a) para que se mantesse a ordem e o bem-estar públicos;

b) para que se mantessem a ordem e o bem-estar públicos;

c) afim de que se mantenham a ordem e o bem-estar públicos;

d) afim de que se mantivessem a ordem e o bem-estar públicos;

e) para que se mantivesse a ordem e o bem-estar públicos.

9 - ( NCE UFRJ / TRE RJ Aux i l ia r Jud ic iá r io / 200 1)

Mas, desculpe minha infinita ignorância, por que enviar à forca uma mulher que no  j ulgam en to perdoou ao fr io assassino do fi lho? 

O número de orações neste período do texto é:

a) uma;

b) duas,

c) três;

d) quatro;

e) cinco.

1 0 - ( FGV / I CMS MS - F i sca l de Rendas / 2006 )

Mas ainda não há um programa alternat ivo m aduro que se contraponha à euforia do programa conservador, aplicado por gente que foi de esquerda e aplaudido pela direita .

Quantos verbos há no trecho acima?

(A) seis

(B) cinco

(C) quatro

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(D) três

(E) dois

1 1 - ( CESPE U nB / MPU / 1996)

Maria Berlini não mentira quando dissera que não trabalhava, nem estudava.

Mas trabalhara pouco depois de chegada ao Rio, com minguados recursos, que seevaporaram como por encanto. A tentativa de entrar para o teatro fracassara. Haviasó promessas. Não era fácil como pensara. Mesmo não tinha a menor experiência.Fora estrela estudantil em Guará. Isso, porém, era menos que nada! Acabado odinheiro, não podia viver de brisa! Em oito meses, fora sucessivamente chapeleira,caixeira de perfumaria, manicura, para se sustentar. Como chapeleira, nãoagüentara dois meses, que era duro!, das oito da manhã às oito da noite, e quantasvezes mais, sem tirar a cacunda da labuta. Não era possível! As ambições teatraisnão haviam esmorecido, e cadê tempo? Conseguira o lugar de balconista numaperfumaria com ordenado e comissão. Tinha jeito para vender, sabia empurrarmercadoria no freguês. Os cobres melhoravam satisfatoriamente. Mas também lápassara pouco tempo. O horário era praticamente o mesmo, e o trabalho bem maissuave - nunca imaginara que houvesse tantos perfumes e sabonetes neste mundo!Contudo continuava numa prisão. Não nascera para prisões. Mesmo como seriapossível se encarreirar no teatro, amarrada num balcão todo o santo dia? Precisavadar um jeito. Arranjou vaga de manicura numa barbearia, cujo dono ia muito àperfumaria fazer compras e que se engraçara com ela. Dava conta do recado mal eporcamente, mas os homens não são exigentes com um palmo de cara bonita.Funcionava bastante, ganhava gorjetas, conhecera uma matula de gente, era muito

convidada para almoços, jantares, danças e passeios, e tinha folgas - uf , tinhafolgas! Quando cismava, nem aparecia na barbearia, ia passear, tomar banho demar, fazer compras, ficava dormindo...

O primeiro período do texto é constituído por

(A) duas orações coordenadas. somente.

(B) duas orações subordinadas, somente.

(C) três orações, sendo duas subordinadas e uma coordenada.

(D) três orações, sendo duas coordenadas e uma subordinada.

(E) quatro orações; entre elas, duas subordinadas e uma coordenada e subordinada,ao mesmo tempo.

1 2 –   Agora vamos t re inar . D iv ida os per íodos e c lass i f ique as oraçõessubord inadas subs t an t i vas:

a) Aprendi que devemos falar a verdade.

b) Falta resolver as últimas questões.

c) Tenho receio de que fales a verdade.

d) Ignoro quem fez a pergunta.

e) Convém que tomes alguma atitude.

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f) A verdade é que ninguém a deseja.

g) Avisei-o de que havíamos chegado.h) Alguém deve saber quando ela viaja.

i) Este trabalho foi feito por quem entende do assunto.

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GABARI TOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FI XAÇÃO 

1 – D

Olhe aí o que comentamos a respeito da omissão de preposição antes de oraçõesque exercem função sintática de objeto indireto!!!

Vamos ter um certo trabalhinho, mas, para compreensão, teremos de dividir operíodo composto em orações. Vamos lá!

é ela que insiste em nos convencer que as desigualdades sociais são naturais, que não há alternativa para o capitalismo, que o socialismo já foi tentado e fracassou.

Para começar, notamos a expressão de realce “é que” em “é ela qu e insiste...”.Vamos eliminá-la:

Ela ins is te em nos convencer . . .Já no início, temos duas orações:

- Ela insiste em ( oração pr inc ipa l   )

Ela insiste n I SSO.

I SSO =  nos convencer ( or ação subo r d inada subs t an t i va ob je t i va i nd i r e t a  r eduz ida de i n f i n i t i vo –  Virgem Maria, isso é um palavrão!!! )

Vamos, agora, analisar a segunda oração (que é subord inada em relação à primeira– Ela insiste em  – e pr inc ipa l em relação às orações que se seguem).

Bem, alguém convence outra pessoa (objeto direto) d e  alguma coisa (objeto indireto) .

O complemento indireto do verbo convencer , nessa construção, rege a preposiçãod e.

Como esse complemento vem sob a forma oracional, a preposição pode ser omitida,e assim o foi:

Ela insiste em nos convencer (de): 

1 -  que as desigua ldades são natur a is  

2 –  que não há a l t e r na t i va pa r a o cap i t a l i sm o  

3 –  que o soc ial ismo j á fo i t en tad o e f racassou 

Como complemento indireto do verbo convencer , há três orações indicadas acima.Elas, em relação à sua oração principal (nos convencer ), são subordinadas erecebem o nome de oração subo rd inada subs t an t i va ob je t i va i nd i r e t a.

Entre si, são orações coordenadas assindéticas, ou seja, sem conjunçãocoordenativa.

Estruturas como essa, em que os períodos são ligados tanto por coordenação (entresi) e por subordinação (em relação à principal), recebem a designação de per íodom i s t o , ou seja, composto simultaneamente por coordenação e subordinação. 

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Note que, na t e r ce i r a  oração subo rd inada subs t an t i va ob je t i va i nd i r e t a (ufa!!!), há duas outras orações coordenadas: o socialismo já foi tentado e (osocialismo) fracassou.

Ótimo esse treino, não é mesmo?!?!?

Felizmente, a escassez de questões pôde ser compensada pela qualidade das queencontramos.

2 – A

Tradicionalmente, o verbo parecer vem acompanhado de sujeito oracional. Nessecaso, como já vimos por diversas vezes, o verbo fica na 3ª pessoa do singular.

Fazendo a análise, poderíamos trocar toda a oração pelo pronome substantivo

demonstrativo I SSO:  Parece  I SSO.I SSO =   “que não haverá mudanças no Ministério da Economia”.

Pois essa oração exerce a função sintática de su je i t o do verbo parecer .

Está correta a análise da opção a .

Em relação às demais opções, cabe-nos comentar:

b ) Como disse o primeiro entrevistado , não há m otivo para pânico. 

A oração em destaque é, sim, uma oração subord inada adverb ia l . Só que acircunstância que ela apresenta não é de comparação (não podemos decorar listas,

lembra?), mas de con f o rm idade . Troquemos, pois, por outra conjunçãoconformativa:

Segundo disse o primeiro ent revistado / Conforme disse o primeiro ent revistado.

Viu como fez sentido? Está, portanto, i nco r re t a a análise.

c) A atriz declarou que não sabia como tinha sido furtada .

Nesse período composto, tem os três orações, a saber: 

Oração pr in c ipa l = A atriz declarou  

“A atriz declarou  ISSO ”  

I SSO = que não sabia (2ª oração)Como a oração pôde ser substituída pelo pronome I SSO , é uma oração subordinadasubstantiva (e não “adverbial”, como indica o examinador).

O verbo dec larar é transitivo direto. Seu complemento (objeto direto) está sob aforma oracional. Assim, a oração se chama: oração subo rd inada subs t an t i vaob je t i va d i r e t a .

 “que não sabia ISSO ” 

I SSO = como tinha sido furtada (3ª oração)

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Essa oração que complementa o verbo saber (verbo transitivo direto) tambémexerce a função sintática de objeto direto. A única diferença é que, em vez de umaconjunção integrante, a oração foi iniciada por um advérbio como .

d )  Lembrei-o de que não poderíamos nos atrasar mais.

Quase que o examinador acerta essa... Lembra-se da aula sobre regência? O verboLEMBRAR-SE (pronominal) é transitivo i nd i r e t o e rege a preposição “de”. O mesmoacontece com o verbo ESQUECER-SE.

Essa mesma transitividade se aplica tanto com pronome reflexivo, quanto comcomplemento direto sob a forma de outra pessoa (lembrar alguém de algum a coisa),como apresentado na questão: (eu) lembrei alguém (representado pelo pronome oblíquo “o” ) d e  alguma coisa..

Lembrei- o d I SSO.

I SSO = que não poderíamos nos atrasar mais (obj eto indireto)

Trata-se de uma oração subordinada substantiva o b j e t i v a i nd i r e t a .

Ainda que a preposição fosse omitida (“Lembrei-o que não poderíamos nos atrasar mais”) , não haveria alteração na classificação dessa oração.

Só mais um detalhe: a preposição é exigida pelo verbo da oração principal (lembrei- o de ...) . Por isso, não deveria ter sido sublinhada, pois não pertence à oraçãosubordinada, e sim à principal.

3 – Da)   Encer rada a pa les t ra , fo ram jan tar  . Esse é um caso de oração reduzida. A

oração reduzida de particípio indica o momento em que o fato expresso naoração principal ocorreu. É, portanto, uma oração subo rd in ada adve rb ia lt em pora l r eduz ida de pa r t i c í p io. Houve a omissão dessa última parte. Porisso, devemos analisar todas as opções para verificar a existência de umer ro , e não de uma simples omissão como essa.

b )   Caso a febre pers is ta , te le fone-me. A oração subordinada indica umacondição para que o evento expresso na oração principal venha a se efetivar.É, portanto, uma oração subordinada adverbial condicional. Está correta aanálise.

c) 

Er a ve r dade que t udo não p assa r a de um engano . A oração em destaqueé mesmo a principal do período composto. A outra oração, iniciada pelaconjunção integrante, representa o sujeito dessa oração principal: “Era verdade I SSO ”  =  que tudo não passara de um engano. 

d )   Q uem es t uda    passa.   A oração sublinhada é o sujeito do verbo passar .Deveremos classificá-la, pois, como uma oração subordinada substantivasubjetiva. Em vez de uma conjunção, foi empregado um pronome indefinido.

Por ser o sujeito da oração principal (representada somente pelo verbo:passa ), a norma culta condena uma vírgula entre esses elementos.

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Podemos, também, analisar a oração subordinada substantiva subjetiva. Opronome indefinido “quem” atua como sujeito da forma verbal “estuda”.

4 – C

A oração em destaque tem valor de f i na l i dade.

As opções a, b  e d  apresentam formas em que esse valor não foi alterado:

a)   “para que as empresas de ônibus adotem o gás natural” –  houve apenas aalteração de oração reduzida de infinitivo para uma oração desenvolvida (comconjunção).

b )   “que incentiva as empresas de ônibus a adotar o gás natural”  – a ideia definalidade foi mantida.

d )   “para a adoção do gás natural pelas empresas de ônibus” –  houve apenasuma troca do verbo pelo substantivo correspondente, mantendo-se o sentido– no lugar de “as empresas adotarem”, usou-se “a adoção pelas empresas”.

Na opção c , a mudança da preposição alterou o valor da construção. Na novaestrutura, poderíamos entender que o estímulo partiu das empresas, e não dogoverno.

A troca, portanto, não ser ia vá l ida.

5 – C

Nessa construção, as duas orações subordinadas adverbiais estão coordenadas entre

si. Elas apresentam à oração principal duas circunstâncias: tempo e causa.A p ar t i r d o m o m e n t o (temporalidade) em que os filhos saem de casa e entram nauniversidade ou no trabalho, e t a m b é m e m v i r t u d e d i s s o (causalidade), ainterferência dos pais começa a enfraquecer.

Assim, são apresentadas, simultaneamente, as relações semânticas de tempo(momento) e causa (motivo).

6 – E

De acordo com o texto, realiza-se uma análise genealógica das famílias doscortadores de cana, respe i tada a cond ição de serem consideradas pelo menos três

a quatro gerações.Por isso, estão corretas as estruturas que mantém o aspecto condicional dessaoração: cons ideradas (reduzida de particípio), desde que se cons iderem,quan do se cons ideram , caso se jam cons ideradas (conjunções condicionais).

Já em “por serem consideradas pelo menos três a quatro gerações”, alterou-se ovalor de condicional para causal (“em virtu de de terem sido consideradas...” ).

Houve, assim, alteração semântica na estrutura da opção e .

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7 – B

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Registra-se, agora, “consequência”, em função daextinção do trema.

O Brasil firmou um acordo em que se compromete a comprar parte da produção degás da Bolívia. Esse fato levou a um aumento ainda maior na oferta de gás nomercado interno.

Entre esses dois eventos, verifica-se uma relação de CAUSA e CONSEQUÊNCIA. Nosegundo período, apresenta-se o reflexo (aumento da oferta de gás no mercadointerno) do fato descrito no primeiro (compromisso brasileiro em comprar parte daprodução boliviana).

Por isso, a oração reduzida de gerúndio, em destaque no enunciado, apresenta valorconsecut ivo ( b  – consequência).  

8 – E

Serão analisados aspectos de concordância verbal e nominal, conjugação verbal emanutenção dos aspectos semânticos em função da troca de conjunção.

Vamos verificar cada uma das opções:

a) Em “para que se  mant esse   a ordem e o bem-estar públicos ”, houve erro naconjugação do verbo m a n t e r , que segue a conjugação do verbo t e r –  “para que se t i vesse / para que se mant i vesse  ” .

b ) O mesmo se repetiu nessa opção: “para que se mantessem”  deveria sersubstituído por “para que se mant ivessem” .

c) e d) Acertaram na conjugação (as duas formas seriam válidas: a primeira situa ofato no condicional presente – mantenham – e a segunda, no condicional passado –mantivessem ), mas erraram na indicação da locução conjuntiva. O vocábulo af im  (juntinho) significa “o que apresenta afinidade” (pessoas afins, vocábulos afins ). Alocução deve ser escrita “a f im de que  ”, com o “a fim” separadinho.

O sujeito composto do verbo m a n t e r está após o verbo. Mesmo sendo umaconstrução de voz passiva, é possível realizar a concordância somente com oprimeiro elemento: a ordem – “para que se mantivesse a ordem e o bem-estar públicos” . Já o adjetivo “públicos”, ao se flexionar no plural, deixou clara sua

referência aos dois elementos (ordem e bem-estar).

9 – C

A palavra “Mas” que inicia o segmento não possui, na estrutura, função sintáticanenhuma. É usado, principalmente na linguagem oral, para introduzir falas,apresentar argumentos, ligar ideias (Mas, o que você queria saber?).

As orações são:

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1 – desculpe minha infinita ignorância – um bom exemplo de oração intercalada, emque o autor interrompe a linha de raciocínio principal para prestar algumesclarecimento ou fazer alguma observação.

2 – por que enviar à forca uma mu lher – oração interrogativa (principal)

3 – que no julgamento perdoou ao frio assassino do filho  – oração subo rd inadaad je t i va r est r i t i va (em relação ao substantivo “m u l h e r ”).

São t r ê s as orações do período.

10 – B

Para a análise, vamos dividir o período em orações, destacando os verbos.

O segmento já começa com uma conjunção adversativa:

- Mas ainda não  h á  um programa alternativo maduro  – oração coordenadas indét ica adversat iva

Em seguida, tem início uma oração que restringe o conceito de “programa alternativomaduro”:

- que se  con t r aponha   à euforia do programa conservador –  oração subo rd inadaad je t i va r est r i t i va (em relação ao substantivo p r o g r a m a)

Outras orações subord inadas ad je t ivas reduz idas de particípio se referem àexpressão “programa conservador”:

- ap l icado por gente 

-  ap laud ido  pela direita Ainda que se considerasse somente o valor adjetivo de tais expressões, não hádúvidas de que seriam adjetivos formados a partir da forma participial dos verbosap l icar e ap laud i r , atendendo ao pedido do enunciado (“Quantos verbos há no trecho acima?”) .

O substantivo “gente” da oração “aplaudido por gente” foi acompanhado de umaoração subo rd inada ad je t i va r es t r i t i va:

- que  f o i  de esquerda 

São, portanto, CINCO verbos: há, cont rapon ha, ap l icado, fo i  e ap laud ido  .

11 – E

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Registra-se, agora, “aguentara”, em função da extinçãodo trema.

Não me diga que você leu esse texto todinho??? Pode me dizer p o r q u ê???

Nem sempre passa em um concurso o candidato que sabe mais – passa o que saberesolver a prova com maior destreza e correção. Saber fazer prova é um dos fatoresdecisivos para a aprovação e o tempo é um dos inimigos do candidato. Por isso, emuma prova com textos longos (como esse), verifique, em primeiro lugar, se háquestões de interpretação (que irão exigir uma leitura atenta). Caso contrário, ou

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seja, se houver somente questões (ou a maior parte delas) que explorem o aspectogramatical, muitas vezes ler apenas um trecho ou um parágrafo pode ser suficiente.

Primeira providência: identificar o primeiro período do texto. O período se encerracom uma pausa bem marcada (normalmente por um ponto).

Assim, o primeiro período do texto é:

Maria Berlini não ment ira quando dissera que não t rabalhava, nem estudava.

Vamos “dissecar” esse período em orações:

1ª oração: Maria Berlini não mentira 

2ª oração: quando dissera 

3ª oração: que não tr abalhava  

4ª oração: nem estudava  ..........................................

1ª oração: oração principal. A ela irá ligar-se a segunda oração, que indica omomento em que tal fato (expresso na principal) ocorre.

2ª oração: oração subordinada adverbial temporal

3ª oração: oração subordinada substantiva objetiva direta. Serve de complementoao verbo d izer , presente na 2ª oração (que, em relação à 3ª, é consideradapr inc ipa l) – quando dissera ISSO .

4ª oração: oração coordenada sindética aditiva. Esta oração se liga por coordenaçãoà segunda. A conjunção nem tem valor aditivo, equivalendo a “e não”. Esta oração

também complementa o sentido do verbo da 2ª oração = d issera : 1 ) que não trabalhava;  2 ) nem estudava (= e que não estudava).

Por isso, está certíssima a afirmativa presente na opção e .

No período, há duas orações subordinadas (2ª – oração subordinada adverbialtemporal; e 3ª – oração subordinada substantiva objetiva direta) e uma coordenada(4ª = oração coordenada sindética aditiva) e, ao mesmo tempo, subordinada (àsegunda oração, em que está presente a forma verbal d isseram , cujo sentidocomplementa).

Excelente questão de prova! Não é à toa que a banca da CESPE UnB é consideradauma das melhores do Brasil.

12 -

a) Aprendi / que devemos falar a verdade.

Aprendi I SSO =  que devemos falar a verdade (obj eto direto)

Oração subo rd inada subs t an t i va ob j e t i va d i r e t a .

b) Falta / resolver as últimas questões.

Falta  I SSO =  resolver as últim as questões ( SUJEI TO)  

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Oração subo rd inada subs t an t i va sub j e t i va r eduz ida de i n f i n i t i vo .

c) Tenho receio de/ que fales a verdade

Tenho receio d I SSO =  que fales a verdade (COMPLEMENTO NOMINAL)

Oração subo rd inada subs t an t i va comp le t i va nom ina l

Obs: A preposição pertence à oração principal, por exigência do substantivoRECEI O.

d) Ignoro / quem fez a pergunta

Ignoro I SSO =  quem fez a pergunta (OBJETO DIRETO)

Oração subo rd inada subs t an t i va ob j e t i va d i r e t a

e) Convém / que tomes alguma atitude.

Convém  I SSO =  que tomes alguma atitude (SUJEITO)  

Oração subo rd inada subs t an t i va sub je t i va

f) A verdade é / que ninguém a deseja.

A verdade é I SSO =  que ninguém a deseja (PREDICATIVO DO SUJEITO) 

Oração subo rd inada subs t an t i va p red icat i va d o su je i t o

g) Avise-o de / que havíamos chegado.

Avise-o d I SSO / que havíamos chegado  (OBJETO I NDI RETO)

Oração subo rd inada subs t an t i va ob j e t i va i nd i r e t a

h) Alguém deve saber / quando ela viaja.

Alguém deve saber  I SSO =  quando ela viaja. (OBJETO DIRETO)  

Oração subo rd inada subs t an t i va ob j e t i va d i r e t a

i) Este trabalho foi feito por / quem entende do assunto

Oração subord in ada subs tant iv a agente da pass iva

Bons est udos e a t é a p r óx im a !

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AULA 1 1 - TERMOS DA ORAÇÃO E ANÁLI SE SI NTÁTI CA

Quando buscamos o significado do verbo ANALISAR no Dicionário Aurélio , nosdeparamos com a seguinte definição:

1 . Decompor ( u m t odo ) em suas pa r t es com ponen t es ; f aze r a aná l i se   1 ( 3 )d e.

A forma “aná l ise  1 ( 3 ) ” indica a terceira acepção do primeiro significado da palavraanálise, qual seja:

 “3 . Exam e de cada pa r t e de um t odo , t endo em v i s t a conhece r sua na t u r eza ,suas p ro porções , suas funções , suas re lações , e tc .”  

Pois é exatamente isso que a análise sintática faz em relação à estrutura do período:

decompõe, examina e divide o período composto; classifica as orações queconstituem o período; e, em cada oração, verifica a função sintática de cada um doselementos (termos) constitutivos.

É como se fossem rea l izadas duas aná l ises s imu l taneamente : uma aná l ise“ m acro” – O PERÍ ODO COMPOSTO E SUAS ORAÇÕES; e um a anál ise “ m icro”

 – OS TERM OS QU E COM PÕEM CADA ORAÇÃO.

Vamos relembrar alguns conceitos apresentados anteriormente:

- FRASE – todo enunciado capaz de transmitir uma mensagem. Pode se apresentarsob forma sucinta (Não! ) ou complexa (De acordo com a última estimativa, havia mais de cem pessoas no comício.). Em resumo, podemos dizer que, em uma frase,

pode haver ou não um verbo. A primeira (sem verbo) não se presta à análisesintática – somente a “frase oracional”, por apresentar estrutura completa.

- ORAÇÃO – estrutura que se forma a partir do conjunto SUJEITO + PREDICADO.Como veremos, há casos de inexistência do sujeito (“Oração sem Sujeito”), mas opredicado deve sempre existir. O verbo, algumas vezes, pode estar elíptico, ou seja,foi omitido, mas pode perfeitamente ser subentendido.

A oração pode encerrar:

a) uma declaração (oração declarativa);

b) uma pergunta ou dúvida (oração interrogativa);

c) uma ordem, desejo, súplica, pedido (oração imperativa, imprecativa ou optativa,com entoação exclamativa); são optativas as orações que exprimem um desejointenso (Bons ventos o levem! ) e imprecativas, as que expressam uma praga(Maldito seja aquele homem ! );

d) um estado ou reação emocional (oração exclamativa).

- PERÍ ODO – pode se apresentar como simples (uma oração, apenas) ou composto(duas ou mais orações). Um período se encerra com uma pausa bem definida (ponto,ponto de interrogação, ponto de exclamação, reticências).

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Vimos, na aula passada, que um período composto pode ser formado com oraçõesindependentes (período composto por coordenação) ou dependentes (períodocomposto por subordinação).

Em princípio, cada oração coordenada pode formar um período simples por si –basta, para isso, que se retire a conjunção e se faça a pontuação adequada. Já aoração subordinada exerce função sintática em outra oração, perdendo o sentido seestiver separada desta.

ANÁLI SE SI NTÁTI CA E ANÁLI SE SEMÂNTI CA

Na troca de informações e ideias, têm papel fundamental a s i tuação e o con t ex t o  .

Por s i tuação , entende-se o ambiente físico, cultural e social em que se fala; porcon t ex t o  , o ambiente linguístico em que se encontra a oração.

Muitas vezes, para realizarmos uma correta análise sintática, precisamoscompreender, também com perfeição, o contexto em que a oração está inserida. Porisso, costumamos dizer que a aná l ise s in tá t ica deve se rea l izar em con jun tocom a aná l i se sem ân t i ca ( = s ign i f i cado , sen t i do ) .

Ao construir as orações, o autor (interlocutor ou escritor) deve seguir certos padrõesestruturais, de modo que atenda aos requisitos de coesão e coerência. Assim, asestruturas oracionais devem observar alguns preceitos (bastante familiares paravocê, que chegou a esse ponto do estudo):

- associação entre vocábulos de acordo com sua função sintática (s in t axe deregênc ia);

- harmonia entre os vocábulos de acordo com os princípios gramaticais (s in t axe deconcordânc ia);

- ordem dos vocábulos de acordo com sua função sintática e importância para aformulação das ideias (s in tax e de co locação).

TERMOS DA ORAÇÃO

A partir de agora, iremos realizar aquela “análise micro”, ou seja, examinar oselementos que compõem uma oração.

Eles se dividem em ESSENCI AI S, I NTEGRANTES e ACESSÓRI OS.

1 - ESSENCI AI S

Os termos essenciais da oração são SUJEITO e PREDICADO.

O su je i t o é o ser sobre o qual se faz uma declaração. Tem seu núcleo (palavra outermo central, principal) representado por um substantivo ou um pronomesubstantivo. Em torno deste núcleo, podem estar presentes outros elementos, emfunções acessórias. A função de sujeito também pode ser exercida, em um períodocomposto por subordinação, por uma oração subordinada substantiva (estudado àexaustão na aula passada).

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O pred icado é o termo que efetivamente apresenta a mensagem. Ordinariamente,podemos dizer que é o que se declara sobre o sujeito. Com exceção do vocativo(função a ser analisada à parte), tudo o que não for sujeito, ou não estiver ligado aonúcleo do sujeito, pertence ao predicado.

Contudo, nem sempre o sujeito e o predicado vêm expressos. Em “Ande i léguas .”,o sujeito é identificado pela desinência verbal (EU and ei  ).

Já em “ L inda c idade, Rio de Jane i ro . ”  , a forma verbal “é ”  está subentendida.

Elipse é, pois, a omissão em uma frase de um termo facilmente identificável.

Chamam-se ELÍPTICAS as orações a que falta um termo essencial, e, conforme ocaso, diz-se que o SUJEITO ou o PREDICADO está ELÍPTICO.

1 .1   - TI POS DE SUJEI TOAlguns desses conceitos já foram apresentados na aula sobre Concordânc ia  (Aulas4 e 5).

SI MPLES - Representado por apenas um núcleo.

Falaram na sessão todos os o r ado r es  inscritos.

SUJEITO: Todos os oradores inscritos 

NÚCLEO DO SUJEITO: oradores 

Povoam minha mente pensamen t os  macabros.

SUJEITO: Pensamentos macabros 

NÚCLEO DO SUJEITO: pensamentos 

O cu l t o  dos deuses africanos abrange diferentes ritos.

SUJEITO: O culto dos deuses africanos 

NÚCLEO DO SUJEITO: culto 

Viajamos cedo.

SUJEITO (e NÚCLEO): Nós (elíptico, identificado pela desinência verbal)

COMPOSTO - Representado por dois ou mais núcleos. Aplicam-se, neste caso, as

regras de concordância verbal já estudadas.Um a  l agoa profunda e o céu  dormem atrás de meus olhos.

SUJEITO: Uma lagoa profunda e o céu 

NÚCLEOS DO SUJEITO (COMPOSTO): lagoa / céu 

Dormem / Dorme uma l agoa profunda e o céu  atrás de meus olhos. (concordância gramatical e ideológica, respectivamente)

I NDETERMINADO – Pode ser representado de duas maneiras:

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a) verbo na 3ª pessoa do plural.

Falaram  mal de você.Bateram  na porta.

Dizem  por aí que tu andas novamente de novo am or, nova paixão, t odo content e.

b) verbo na 3ª pessoa do singular + SE (índice ou partícula de indeterminação dosujeito).

Precisa-se de moças com experiência.

Nunca se é  feliz.

Fala-se muit o mas pouco se faz .

ORAÇÃO SEM SUJEI TO - Verbos impessoais (= 3ª pessoa do singular)

a) Verbos que indicam fenômenos da natureza:

Chove muito.

Ano i teceu  rapidamente.

b) Verbo HAVER (com sentido de existir):

Nunca h o u v e  tantos interessados.

Dev ia haver  muitos interessados.

c) Verbos com ideia de tempo decorrido:

Fa z  seis meses de sua part ida.

Vai  para dez anos de sua partida.

Há  três semanas não a vejo.

Amanhã va i fazer  dez meses de sua partida.

d) Verbo SER nas expressões de horas, datas ou distâncias:

De um extremo ao outro são  dez metros.

Er a  uma hora e vinte.

1 .2   - TI POS DE PREDI CADO

O Predicado pode ser classificado de três formas: verbal, nominal e verbo-nominal.

VERBAL – Quando o predicado enuncia o que o sujeito faz  ou sofre , cabe ao verboapresentar a informação mais relevante da oração. Assim, o predicado se chamave r ba l  , pois seu núcleo é o ve r bo . É o único dos três que não contém predicativo.

Ent ra ram  em campo os atletas.

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N O MI N AL – Neste predicado, o elemento mais importante está sob a forma de umn o m e (adjetivo, substantivo, pronome substantivo). O verbo tem a simples funçãode ligar o sujeito a este nome (palavra ou expressão que encerra a declaração). Porisso, a palavra principal (núcleo) se encontra no predicativo do sujeito e o predicadoé chamado de n o m i n a l  .

Eles estavam  con t en t es  .

VERBO-NOMI NAL – Simultaneamente, apresenta a ação praticada e o estadoreferente ao sujeito (predicativo do sujeito) ou ao complemento verbal (predicativodo objeto). Por isso, possui dois núcleos: o verbo e o nome (que exerce a função depredicativo).

Os atlet as en t r a r am  em campo con f i an t es  . ( predicativo do sujeito)

Ache i  -a s impá t i ca  . (pr edicativo do objeto direto)

PREDI CAÇÃO VERBAL – É o modo como o verbo se apresenta no predicado(regência verbal).

Como qualquer outra palavra, a classificação de um verbo só pode ser definida nafrase. O verbo, a depender do sentido que possua no contexto, pode ser classificadocomo:

a) I N T R A N S I T I V O ( I ) : O verbo já possui o sentido completo, podendo estaracompanhado de termos acessórios (adjunto adverbial) ou integrantes (predicativo),que venham somente pormenorizar as circunstâncias da ação ou estado.

b) TRANSITIVO: Neste caso, o verbo, sem um complemento, tem o seu sentido oualcance prejudicado. Subdivide-se em:

•  DIRETO (TD) – o complemento se liga ao verbo de forma direta, ou seja,sem preposição obrigatória. Dentre os transitivos diretos, devemos destacaros verbos t r ansob je t i vos , que são os que exigem uma informação adicionala respeito do objeto direto. Essa informação vem sob a função sintática depredicativo do objeto direto.

•  INDIRETO  ( T I ) – o complemento se liga ao verbo obrigatoriamente pormeio de uma preposição. O único verbo transitivo indireto que pode sert r ansob je t i vo é o verbo CHAMAR (veja a aula sobre Regência).

  DI RETO E I NDI RETO (TDI ) - também chamado de b i t r ans i t i vo , apresentadois complementos, um direto e outro indireto, concomitantemente.

c) DE LI GAÇÃO ( VL) – Serve para ligar o predicativo do sujeito (núcleo dopredicado nominal) ao sujeito. Seria um erro afirmar que não possui significado,pois, a depender do verbo escolhido, podem ser expressos diversos aspectos:

Ele é feliz.  estado permanente / Ele está feliz.   estado transitório

Ele parece feliz.   aparência / Ele anda feliz.   estado passageiro

2 – I NTEGRANTES 

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O próprio nome já indica a sua função na estrutura oracional. Esses termosi n t eg r am (ou seja, completam, inteiram) a significação do verbo transitivo ou de umnome.

São eles: OBJETO DIRETO, OBJETO INDIRETO, PREDICATIVO (DO SUJEITO e DOOBJETO), COMPLEMENTO NOMINAL E AGENTE DA PASSIVA.

2.1 - OBJETO DI RETO - complemento de um verbo transitivo direto, ou seja, termoque vem ligado ao verbo sem preposição (obrigatória) e indica o ser para o qual sedirige a ação verbal.

Vais encontrar o m u n d o  (= Vais encontr á- l o  )

Admiro a t odos  .

Aguardavam- m e  desde cedo.O objeto direto preposicionado costuma ser usado:

a) com verbos que indicam sentimento:

Am a ao  p r ó x i m o  com a ti mesmo.

b) para evitar ambiguidade:

Feriu ao an im a l  o caçador.

c) quando vem antecipado, como em alguns provérbios:

A h o m e m p o b r e  ninguém roube.

d) em associação a pronomes pessoais oblíquos tônicos (mim, si, ti, nós, vós, ele,ela eles, elas), certos pronomes indefinidos e junto ao pronome relativo quem :

Depois de várias doses, ele esqueceu a mulher, a filha e até a si . ( ESQUECER é TD)

O remorso atingiu a t odos  . ( AT I NGI R é TD)

Ele tem um a mulher a quem  considera uma rainha. ( CONSI DERAR é TD)

e) com o numeral ambos na função de objeto direto: 

Ele contratou a am bos  . ( CONTRATAR é TD)

f) em certas construções enfáticas, quando se atribui à ação um valor diferente dotradicional:

Provou do p r óp r io veneno   ( PROVAR é TD) . 

Todos ficaram pasmos quando souberam  do caso . ( SABER é TD) .  

O objeto direto pleonástico é usado quando se quer chamar a atenção para oOBJETO DIRETO que precede o verbo.

Também pode ser constituído de um pronome átono e de uma forma pronominaltônica preposicionada.

Esse car r o , comprei - o  hoje.

A m i m  , ninguém m e  espera em casa.

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2.2 - OBJETO I NDI RETO - complemento de um verbo transitivo indireto, isto é, otermo que se liga ao verbo por meio de preposição.

Não vem precedido de preposição o objeto indireto representado pelos pronomespessoais oblíquos m e, te , lhe , nos vos, lhes  e pelo reflexivo se .

Ele só pensa na p r ova  .

Falou aos f i lhos  .

Como ousas desobedecer- m e ? 

Para saber identificar se esses pronomes (me, te, se, nos, vos, se) exercem a função

sintática de objeto direto ou indireto (já que se prestam às duas funções), nãopodemos simplesmente trocar por “a mim”, pois, como vimos no item 2.1 – d , ospronomes oblíquos tônicos são sempre regidos por preposição. Para resolver essemistério, basta trocar o pronome por um nome:

Como ousas desobedecer-me?  Como ousa desobedecer a seu pa i  ? 

A regência do verbo DESOBEDECER exige preposição “a”.

O objeto indireto pleonástico tem a mesma função do objeto direto pleonástico:realce. Neste caso, uma das formas é obrigatoriamente um pronome pessoal átono.A outra pode ser um substantivo ou um pronome oblíquo tônico antecedido depreposição.

Ao pob r e  , não l h e  devo nada.

A m i m  , ensinou- m e  tudo.

2.3 - PREDI CATI VO

2.3.1 - DO SUJEI TO – Termo que, mesmo distante, se refere ao sujeito. Pode serrepresentado por:

a) um substantivo ou expressão substantivada.

O boato é um  víc io detestável.

b) um adjetivo ou locução adjetiva.A praia estava dese r t a  .

Esta linha é d e m o r t e  .

c) um pronome.

O mito é o n ada que é t u d o  .

d) um numeral.

Nós éramos c inco e brigávamos muito.

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e) por oração substantiva predicativa.

A verdade é que nunca m e impo r t e i com e le  .

Quando se deseja dar ênfase ao predicativo, costuma-se repeti-lo:

Feliz,  j á não o  sou mais.

2.3.2 - DO OBJETO – Refere-se ao complemento verbal, que pode ser tanto oobjeto direto como o indireto.

O Predicativo do Objeto só aparece em predicado verbo-nominal e pode serexpresso:

a) por substantivo:

Chamo- m e Cláud ia  .

b) por adjetivo:

Os moradores do castelo julgavam- no assom br ado  .

O predicativo do objeto pode vir, facultativamente, antecedido de preposição ou doconectivo c o m o  :

O sujeito explicou porque o  tratavam p o r d o u t o r  .

Considero- o  c om o m e u i r m ã o  .Somente com o verbo CHAMAR pode ocorrer o Predicativo do Objeto Indireto:

Chamam- l he de h ipóc r i t a  por toda a parte.

Chamam ao rapaz   de h ipóc r i t a  por toda a parte.

Com os demais verbos transobjetivos (crer, eleger, encontrar, estimar, fazer, julgar,nomear, proclamar etc.), ele é sempre PREDICATIVO DO OBJETO DIRETO.

2.4 - COMPLEMENTO NOMI NAL - pode completar um substantivo abstrato, umadjetivo ou advérbios (derivados de adjetivos). Vem regido por preposição e o termo

preposicionado tem valor pac ien t e.Não é perm itida a colocação de car tazes  .

A decisão foi favorável aos aluno s  .

O deputado discursou favoravelment e ao p r o je t o  .

Mais adiante, veremos a distinção entre COMPLEMENTO NOMINAL e ADJUNTOADNOMINAL.

2.5 - AGENTE DA PASSI VA – Termo que exerce a ação verbal na voz passiva. Estecomplemento é normalmente introduzido pela preposição po r .

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Ela está sendo conquist ada p o r m i m  .

3 – ACESSÓRI OS 

São chamados ACESSÓRIOS os termos que se juntam a um nome ou a um verbopara precisar-lhes o significado. Embora tragam um dado novo à oração, não sãoeles indispensáveis ao entendimento do enunciado.

São termos acessórios: ADJUNTO ADNOMINAL, ADJUNTO ADVERBIAL, APOSTO.

3.1 - ADJUNTO ADNOMI NAL – É o termo que delimita, especifica a significação dosubstantivo, qualquer que seja a função deste. O mesmo substantivo pode estaracompanhado de mais de um adjunto adnominal, ou seja, essa função pode ser

exercida por um adjetivo, uma locução adjetiva, um artigo (definido ou indefinido),um pronome adjetivo, um numeral ou até mesmo uma oração adjetiva.

Nos exemplos abaixo, são apresentados e m n e g r i t o   os ad jun t os adnom ina is esublinhados os núcleos (substantivos).

Esta segregação socia l  precisa de um a  g r ande  volta.

Tinha u m a  memória de prod íg io  .

O  mar é u m  mistério para os  sonhadores.

A  m i n h a  dona é a  solidão.

Venho cumprir u m a  missão do sacerdóc io   que abrace i  .

A d j u n t o A d n o m i n a l x Co m p l e m e n t o N o m i n a l

A diferença entre as funções sintáticas de ADJUNTO ADNOMINAL e COMPLEMENTONOMINAL, em alguns casos, é sutil, quando o termo é regido por preposição.

Se estiver preso a um ADJETI VO ou a um ADVÉRBI O, será COMPLEMENTONOMINAL.

A sala está che ia  de armam ento pesado.

Discursei  f avo r ave lmen t e  ao projeto.

Se completar um SUBSTANTI VO CONCRETO, será ADJUNTO ADNOMINAL.

A p o r t a  de ferro está enferruj ada.

Quando estiver junto a um SUBSTANTI VO ABSTRATO, é preciso verificar o termopreposicionado.

Se o termo for PACIENTE, é um complemento nominal:

A cons t rução do prédio foi embargada.

A venda  de armas foi proibida.

Se o termo for AGENTE, é um adjunto adnominal:

A conqu is t a  dos brasileiros foi reconhecida por todos.

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A i nvasão dos soldados foi rápida e eficaz.

Essa distinção fica explícita com o exemplo que nos apresenta Adriano da Gama Kury(Novas Lições de Análise Sintática ).

A lembrança de meu pa i  alegrou-me.

Fora do contexto, não podemos afirmar se o elemento em destaque exerce funçãoativa (adjunto adnominal) ou passiva (complemento nominal).

Se a ação foi praticada pela filha (ela lembrou-se de seu pai e, com isso, alegrou-se),o valor é pass ivo (o pai foi lembrado – SOFREU A AÇÃO VERBAL) e a expressãoexerce função de c om p l e m e n t o n o m i n a l.

Já se ação foi praticada pelo pai (ele se lembrou, fato que alegrou a filha), o valor daexpressão é a t i vo (o pai lembrou – PRATICOU A AÇÃO VERBAL) e a função exercida

pela expressão é a d j u n t o a d n o m i n a l .

Podemos ilustrar essa distinção com o seguinte gráfico:

COMPLEMENTO NOMINAL ADJUNTO ADNOMINAL

Em resumo:

- ADJETIVO, ADVÉRBIO E SUBSTANTIVO ABSTRATO COM IDEIA PASSIVA  COMPLEMENTO NOMINAL

- SUBSTANTIVO CONCRETO E SUBSTANTIVO ABSTRATO COM IDEIA ATIVA  ADJUNTO ADNOMINAL

- SUBSTANTIVO

CONCRETO

- ADJETIVO

SUBST.

ABSTRATO- ADVÉRBIO

Com idéia ativa =

ADJUNTOADNOMINAL

Com idéia passiva =

COMPLEMENTONOMINAL 

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O único elemento da interseção é o SUBSTANTIVO ABSTRATO.

Quer um ótimo método de memorização? Então, anote aí: t u d o c o m A =substantivo Abstrato com ideia Ativa função de Adjunto Adnominal.

3 . 2 - Ad jun t o Adve r b ia l - é, como o nome indica, o termo de valor adverbial quedenota alguma circunstância do fato expresso pelo verbo, ou intensifica o sentidodeste, de um adjetivo ou de um advérbio. Pode vir expresso por um advérbio, umalocução ou expressão adverbial ou uma oração adverbial.

São inúmeras as circunstância atribuídas por um adjunto adverbial. Sem a pretensãode esgotar os exemplos, podemos destacar:

a) de causa - Por que  não foste ao concerto?  

b) de companhia - Vivi com Dan ie l  .c) de dúvida - Talvez Nina tiv esse razão. 

d) de fim - Fazia isso po r pen i t ênc ia  . 

e) de instrumento - Dou-te com o ch i co t e  ! 

f) de intensidade - Gosto m u i t o  de ti.

g) de lugar - Levou-os para casa .

h) de matéria - Era um adeus com r a i va e l ág r im as  . 

i) de meio- Viajava de t r em  por toda a Europa .

 j) de modo - Vagar osamen t e  , recolhemos os frutos.

l) de negação - Não  partas cheio de ressentimento.

m) de tempo - Ele sentava-se  cedo  a essa mesa de trabalho e  nunca   reclamou de sua função.

Em um período composto, a função de ADJUNTO ADVERBIAL pode ser exercida poruma ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL, atribuindo-se uma das circunstânciasenumeradas na aula passada (causal, condicional, concessiva, temporal, proporcionalfinal, conformativa, consecutiva, concessiva, comparativa, locativa ou modal).

Também merecem destaque os Advér b ios I n t e r r oga t i vos: causa (por que), lugar(onde, aonde, donde), de modo (como), de tempo (quando), presentes nas oraçõesinterrogativas.

Não confunda esses advérbios com os pronomes relativos, que devem se referir aalgum termo antecedente.

Ad je t i vos adve r b ia l i zados são os adjetivos que se usam no lugar do advérbio e,por isso, não variam.

Eles falam  a l t o  .

A cerveja qu e desce r edondo  .

3.2.1 - PALAVRAS DENOTATI VAS

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Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, certas palavras, por vezesenquadradas indevidamente entre os advérbios, denotam circunstâncias, sem que,como estes últimos, modifiquem verbo, adjetivo ou outro advérbio.

a) INCLUSÃO: até, inclusive, mesmo, também etc.

Ele rou bou diver sas pessoas, at é  sua mãe .

Mesmo  os inocentes pagam.

b) EXCLUSÃO: apenas, salvo, senão, só, somente etc.

Da família só  duas prestavam .

c) DESIGNAÇÃO: eis

Ei s  os livros de que te falei.

d) RETIFICAÇÃO: aliás, isto é, ou melhor etc.

Sinto que ele me escapa, o u m e l h or  , que nun ca me pertenceu.

Corremos, i s to é , voamos até o t rabalho.

e) EXPLICAÇÃO: por exemplo, a saber, isto é etc.

Estivem os nesta casa , i s to é  , na sala, no quarto.

f) SITUAÇÃO: afinal, então, agora, mas etc.

Af ina l  , o que fazes por aqui? 

Mas , porque nunca me disse isso? 

g) REALCE : cá, lá, que, é que, só etc.

Eles é que  deveriam ter vindo aqui.

Eu só  queria agradar você.

Isso  l á  é jeito de falar com a sua mãe? 

3.3 – A POSTO - é o termo de na t u r eza subs t an t i va que se refere, na maioria dasvezes a um substantivo, a um pronome ou a um equivalente, a título de explicaçãoou de apreciação.

O aposto tem o mesmo valor sintático do termo a que se refere e, por meio dele,atribui-se a um substantivo (termo referente) alguma propriedade. Os dois termosdesignam sempre o mesmo ser, o mesmo objeto, a mesma ideia ou o mesmo fato.Entre o aposto e o termo a que ele se refere há em geral uma pausa, marcada naescrita por uma vírgula.

Eles, os pobres desesperados  , tinham um a euforia de fantoches.

Pode também não haver pausa entre o aposto e a palavra principal, quando esta éum termo genérico, especificado ou individualizado pelo aposto.

A cidade de L isboa é linda.

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No mês de ma io  vemos florir o jardim.

Estes apostos equivalem a “nomes, títulos”e são chamados de apos t o deespeci f icação. Não devem ser confundidos com adjuntos adnominais, que sãoatributos, termos de na t u r eza ad je t i va .

O clima de L isboa é muito agradável nesta época.

As festas d e m a i o  homenageiam as m ães.

Tipos de apos to

a) Explicativo: Maria, a est udan t e  , chegou.

b) Enumerativo: João tem três filhos:  Pedro , An t ôn io e Car los  .

c) Resumitivo ou Recapitulativo: Fort unas, prazeres, sossego, nada  o satisfazia.

d) Distributivo: Eram dois bons alunos, u m e m P o r t u g u ê s e o u t r o e m H i st ó r i a  .

e) Especificativo: Rio  Amazonas /   Praça da Repúb l ica   

f) Em referência a uma oração: Ele não com pareceu, o  que nos deixou tristes.

O aposto não deve ser confundido com o adjetivo que, em função de predicativo,costuma vir separado do substantivo que modifica por uma pausa sensível(geralmente na escrita indicada por vírgula).

Veja o seguinte exemplo:

A noite vai descendo m u d a e c a lm a  .

Esta oração poderia ser enunciada:

A noite, m u d a e ca l m a  , vai descendo.

Nas duas orações, m u d a e ca lma exercem a função sintática de predicativo dosujeito e designam o estado em que se encontrava o agente (noite) ao praticar aação (descer). Faz parte, portanto, de um predicado verbo-nominal.

O adjetivo, usado na sua função própria (como a de predicativo do sujeito), não podeexercer a função de aposto, porque designa uma característica do ser ou da coisa, enão o próprio ser ou a própria coisa, como o aposto o faz.

Maria, i rm ã de Car los  ,  mudou-se para o Acre.Agora, temos um exemplo de expressão que exerce a função de aposto. “Irmã deCarlos” tem valor substantivo e se refere ao elemento já enunciado (Maria ).

VOCATI VO 

À parte do sujeito e do predicado, são termos de entoação exclamativa que, semestarem subordinados a nenhum outro termo da frase, apenas servem para invocar,chamar ou nomear, com ênfase maior ou menor, a pessoa ou coisa personificada.

José , venha falar comigo.

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Pode ser antecedida por uma interjeição:

Evoé , Car los ! 

Encerramos, aqui, a aula de hoje.

Em nossa próxima aula, falaremos sobre PONTUAÇÃO e muitos dos conceitos atéentão apresentados serão fundamentais para que possamos seguir com firmeza emnosso estudo.

Grande abraço e até lá!

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QUESTÕES DE FI XAÇÃO 

( F GV / M i n is t é r io d a Cu l t u r a / 2 0 0 6 )

Foto dos Sonhos

O engenheiro colombiano Joaquín Sarmiento trabalhava em Nova York e se sentia,muitas vezes, solitário. Era mais um daqueles imigrantes nostálgicos. Para ocupar ashoras vagas, decidiu aprender fotografia. Estava, nesse momento, descobrindo umnovo ângulo para a sua vida, sem volta. A vontade de se aventurar pela AméricaLatina tirando fotos fez com que ele deixasse para sempre a paisagem nova-iorquina, aposentasse sua carreira de engenheiro e transformasse Paraisópolis, umadas maiores favelas paulistanas, em seu cenário cotidiano. "Estou ficando semdinheiro, mas é uma bela aventura."

Depois de três anos nos Estados Unidos, voltou para Bogotá, planejando trabalharem obras de i n f r a - es t r u t u r a .

Mudou de idé ia. Com 26 anos, percebeu que o hobby que tinha adquirido em NovaYork se convertera em paixão. No final de 2004, veio com sua família para duassemanas de férias em São Paulo. "Como sempre tive muito interesse em estudar aAmérica Latina, fui ficando." Soube então de uma experiência desenvolvida pelocolégio Miguel de Cervantes, criado por espanhóis, na vizinha Paraisópolis.

Lá, alunos ajudaram a criar um centro cultural batizado de "Barracão dos Sonhos",no qual se misturam ritmos afros e ibéricos. Desse encontro nasceu, por exemplo, aestranha mistura dos ritmos e bailados flamencos com o samba.

"Resolvi registrar esse convívio e, aos poucos, ia me embrenhando na favela paraconhecer seus personagens."

O que era, inicialmente, para ser um cenário fotográfico virou uma espécie delaboratório pessoal. Joaquín sentiu-se estimulado a dar oficinas de fotografia a jovens e crianças de Paraisópolis. "Descobri mais um ângulo das fotos: o ângulo deensinar a olhar." Lentamente, naquele espaço, temido por muitos, Joaquín ia sesentindo em casa. "Há um jeito muito similar de acolhimento dos latino-americanos,apesar de toda a violência."

Sem saber ainda direito como vai sobreviver – "as reservas que acumulei em NovaYork estão indo embora" –, ele planeja as próximas paradas pela América do Sul.Mas, antes de se despedir, pretende fazer uma exposição sobre o seu olhar peloBrasil. Até lá, está aproveitando a internet (www.joaquinsarmiento.com) paramostrar algumas das imagens fotográficas que documentam seus trajetos.

(Gilberto Dimenstein. Folha de São Paulo , 12/04/2006) 

Com base no texto acima, responda às perguntas 1 a 3.

1 - Assinale a alternativa que não exerça a mesma função sintática que as demais.

(A) as horas vagas (ls.2-3)

(B) muito interesse (l.13)

(C) ritmos afros e ibéricos (l.17)

(D) como vai sobreviver (l.27)

(E) que (l.27)

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2 – ( F GV / M i n i st é r i o d a Cu l t u r a / 2 0 0 6 )Assinale a alternativa em que, respectivamente, a função sintática dos termosParaisópolis  (L.6), na vizinha Paraisópolis  (L.15) e de Paraisópolis  (L.23) estejacorretamente indicada.

(A) sujeito – adjunto adnominal – adjunto adnominal

(B) objeto direto – adjunto adverbial – adjunto adnominal

(C) adjunto adnominal – adjunto adnominal – adjunto adverbial

(D) objeto direto – complemento nominal – adjunto adverbial

(E) sujeito – adjunto adverbial – complemento nominal

3 – ( F GV / M i n i st é r i o d a Cu l t u r a / 2 0 0 6 )

Assinale a alternativa em que o termo do texto não atribua, para a oração de que fazparte, circunstância temporal.

(A) nesse momento (L.3)

(B) Depois de três anos nos Estados Unidos (L.9)

(C) No final de 2004 (L.12)

(D) para duas semanas de férias em São Paulo (Ls.12-13)

(E) antes de se despedir (L.29)

4 - ( BESC / ADVOGADO/ 2004 )

Assinale a alternativa em que o termo destacado exerça a mesma função sintáticaque o termo grifado na seguinte frase: "Os bancos ganharam antes e, sinaliza o gove r no  , vão continuar ganhando.".

(A) "Está claro que a redução esperada e projetada da taxa-Selic diminuiu ar en t ab i l i dade dos bancos..."

(B) "...já que posterga a cor r ida cer ta dos bancos em busca da rentabilidadeperdida."

(C) "E o r isco de empr es tar é sempre o de não receber."

(D) "Buscam-se regras e leis para tornar menos 'paternalista' a dec isão dos j u íz es..."

(E) "Ou seja, há uma possibilidade, não desprezível, de o país perder, mais uma vez,um a jane la de opo r t un idade ."

5 - ( FGV / PREF.GUARULHOS/ 200 1)

Assinale a alternativa na qual “que” tem a mesma função sintática que em: “A florque ontem desabrochou já está murcha”.

A. Ela tem um quê de mistério.

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B. Sofreu muito com as chuvas que caíram.

C. Veio tão rápido que nos surpreendeu.D. Venha, que ela está aqui.

6 - ( NCE UFRJ / TRE RJ Técn ico Jud ic iá r io Adm / 200 1)

“... exige mudança profunda no enfoque da administração dos problemas sociais pelos governos federal, estadual e municipal...” 

O comentário correto a respeito desse segmento do texto é:

a) o termo da adm inistração corresponde a um adjunto adnominal;

b) o termo dos problem as sociais corresponde a um objeto indireto;

c) federal, estadual  e municipal  são apresentados numa ordem crescente deimportância;

d) o substantivo governos se prende aos adjetivos federal, estadual e municipal ;

e) o adjetivo profunda se refere aos substantivos mu dança e administração .

7 – ( FGV/ ATE MS/ 2006 – com adap t ação )

“ Tenho m edo de ab r i r ! Va i que evapo r a ! ” .

Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, a correta função sintática demedo e de abrir .

(A) adjunto adverbial – objeto indireto

(B) predicativo do sujeito – complemento nominal

(C) predicativo do sujeito – adjunto adnominal

(D) objeto direto – adjunto adnominal

(E) objeto direto – complemento nominal

8 - ( NCE UFRJ / Ele t r ono r t e / 2006 )

A alternativa em que o elemento sublinhado indica o agente e não o paciente dotermo anterior é:

(A) “a utilização de qualquer um deles”;

(B) “a queima do petróleo”;

(C) “inundação de vastas áreas”;

(D) “a fauna aquática dos rios”;

(E) “construção de barragens”.

9 - ( NCE UFRJ / BNDES/ 200 5)

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Os adjetivos mostram qualidades, características ou especificações dos substantivos;a alternativa abaixo em que o termo em negrito NÃO funciona como adjetivo é:

(A) di f íc i l aprendizado;

(B) sensação de d i f i cu ldade;

(C) trabalho que é d i f í ci l ;

(D) tarefa d i f ic í l ima;

(E) acesso di f íc i l .

1 0 - ( F GV / I CM S M S – A TI / 2 0 0 6 )

Você nunca teve ilusões sobre a humanidade .

O termo destacado no período acima tem a função sintática de:(A) adjunto adnominal.

(B) adjunto adverbial.

(C) complemento nominal.

(D) objeto indireto.

(E) predicativo do objeto.

1 1 - ( UnB CESPE / Câmar a dos Depu t ados / 2002 – com adap t ação )

Nabuco parte para Londres no mês de fevereiro de 1882, permanecendo como

correspondente do Jornal do Comércio até 1884. Ele não passará como outrora otempo londrino na ociosidade. Dedica-se agora ao trabalho e ao estudo. Como váriosoutros intelectuais do seu tempo, interessados todos pelos problemas sociais evivendo no exílio, torna-se f r eqüen t ado r assíduo do Museu Britânico.

Reflete e lê acerca de vários assuntos na biblioteca do Museu. O Museu Britânico éfonte de muitas obras importantes das ciências sociais. Ali, Karl Marx escreve OCapital e outros ensaios. Também ali Nabuco absorve as lições que são a base de umdos textos fundamentais das ciências sociais brasileiras. A atividade principal da suamais recente temporada londrina é a familiarização com a bibliografia a respeito doescravismo colonial. Isso lhe permite escrever um livro da qualidade de OAbolicionismo — a reflexão mais coerente, profunda e completa já feita no Brasilacerca do assunto. Trata-se de um monumento de erudição, pleno de conhecimento

de história, política, sociologia, direito e de tudo quanto se refere à escravidão negra.Pelo alto nível do conteúdo e a excelência da forma é um dos livros mais importantesdas ciências sociais jamais escritos no Brasil. Ocupa, por isso, um lugar de destaquena bibliografia específica que, na época, era muito restrita. Hoje, mais de cem anosdepois da sua primeira edição, quando as ciências sociais se desenvolveram tanto nomundo e no Brasil, o livro ainda é consultado e visto como exemplo, seja pelovolume de informações, seja pelos variados enfoques — alguns extremamenteoriginais —, seja ainda pela forma superior.

Por tudo isso é julgado como empresa notável. Bastava a redação de OAbolicionismo para justificar a proveitosa estada de Nabuco por dois anos naInglaterra.

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Francisco Iglésias. Idem, p.13 (com adaptações).

Analise as proposições a seguir, indicando V para as verdadeiras e F para as falsas.Em seguida, marque a opção que indica a ordem correta.

I - Nas formas verbais “Dedica-se” (l.3) e “torna-se” (l.5), o pronome enclíticoexerce funções sintáticas diferentes.

II -  No trecho “Isso lhe permite escrever” (l.11), o pronome sublinhado exerce afunção de objeto indireto e poderia ser substituído pela expressão a e le.

a) V – Vb) V – Fc) F – V

d) F - F

1 2 – ( UnB CESPE/ SMF Mace ió / 200 3)

A devassa por decre t o

Não é de hoje que se propaga entre nós fenômeno raro a demandar análisecriteriosa. Pode ser resumido em poucas palavras. Enquanto a milenar presunção deinocência acompanha o acusado até sua condenação, ainda que o delito a eleimputado seja dos mais graves e comprometedoras as provas apuradas, a presunçãomuda de face, embora não se diga, em se tratando de fato envolvendo o fisco;facilmente se aceita como verdadeira a imputação feita a alguém.

Suponho que esse fenômeno derive do fato, generalizado, de estabelecer-sesinonímia entre contribuinte e sonegador.

Não é preciso dizer que o tributo, entre outras razões, por ser obrigação legal, deveser satisfeito na forma e no prazo de lei. De resto, as sanções criadas para forçaressa observância chegam a ser draconianas. Se elas fossem pactuadas entreparticulares, dificilmente seriam aceitas como lícitas na esfera dos tribunais; emfavor do fisco, no entanto, são aceitas sem reparos. Faço a observação apenas parasalientar o aparato coercitivo que acompanha o direito, por vezes o suposto direitodo erário. Mas, volto a dizer, ultimamente, os excessos “legislados” via de regra pormedidas provisórias são chocantes, a começar por sua imoderação; assim, não têmfaltado alterações insignes no processo fiscal, a ponto de convertê-lo em simulacroprocessual.

Paulo Brossard. In: Correio Braziliense, 22/12/2002. Coluna Opinião (com adaptações).

Com base no texto acima, julgue a assertiva que se segue.

•  Com relação à representação do sujeito da oração, no segmento “em setratando de fato” (l.5), o sujeito é indeterminado, diferentemente do queocorre no segmento “estabelecer-se sinonímia” (ls.7-8), em que o sujeito é “sinonímia”.

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( CESPE UnB / MPU/ 1996 )

Com base no texto a seguir, responda às questões 13 e 14.Tal como a chuv a caída 

Fecunda a terra no estio 

Para fecundar a vida,

O trabalho se inventou.

Feliz quem pode orgulhoso 

Dizer: - Nunca fui vadio 

E se hoje sou venturoso,

Devo ao trabalho o que sou.

Olavo Bilac, O tr abalho.

1 3 - ( CESPE UnB / MPU/ 1996 )

Considerando a sentença contida nos versos 5 e 6, quanto à morfossintaxe, assinalea opção incorreta.

(A) O adjetivo ''orgulhoso'' está exercendo a função de predicativo do objeto.

(B) "Feliz'' e "vadio" são adjetivos que exercem as funções de predicativos de seussujeitos.

(C) "Nunca" é um advérbio que atualiza as circunstâncias de tempo e de negação,simultaneamente.

(D) Na locução verbal "pode ... Dizer", o primeiro verbo é auxiliar e o segundo é oprincipal.

(E) Reescrevendo a sentença na ordem direta, em discurso indireto, tem-se: Quempode dizer orgulhoso que nunca foi vadio é feliz.

1 4 - ( CESPE UnB / MPU/ 1996 )

Em "E se hoje sou venturoso/ Devo ao trabalho o que sou." (v.7-8), há apenas

(A) duas vezes o sujeito eu.

(B) um pronome pessoal do caso oblíquo.(C) um pronome relativo e um pronome demonstrativo.

(D) dois predicados verbais.

(E) três predicados nominais.

1 5 - ( NCE UFRJ / ARQUI VO NACI ONAL/ 200 6)

A alternativa em que a construção com o pronome SE é diferente das demais é:

(A) “desfez-se o regime de segregação racial”;

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(B) “solidificou-se a visão de que (....) o homem tinha direito a uma vida digna”;

(C) “justificava-se abertamente o direito do marido de bater na mulher”;(D) “Lutou-se pela idéia de que todos os homens merecem a liberdade”;

(E) “respeitar-se o sinal vermelho”.

1 6 - ( ESAF/ TRF/ 2006 )

Assinale a opção correta em relação à função do “se”.

Embora a recuperação da confiança tenha sido modesta em setembro, é possível quea tendência positiva se ( 1 ) acentue no final do ano, se ( 2 ) a queda do juro básicose ( 3 ) transferir para o crédito ao consumo e se ( 4 ) os salários reais continuarem a

se ( 5 ) recuperar devido à contenção da inflação, que eleva o poder aquisitivo.( O Estad o de S. Paulo , 04/ 10/ 2005, Editorial)

a) 1 – conjunção condicional

b) 2 – pronome reflexivo

c) 3 – índice de indeterminação do sujeito

d) 4 – conjunção condicional

e) 5 – palavra expletiva ou de realce

1 7 - ( CESPE UnB / MPU/ 1996 )

Analise o emprego dos conectivos que sublinhados no fragmento a seguir:

"o impassível gigante que os contemplava com desprezo, imperturbável a todos osgolpes e a todos os tiros que lhe desfechavam no dorso, deixando sem um gemidoque lhe abrissem as entranhas de granito".

Assinale a opção correta.

(A) Nas três ocorrências, o qu e é pronome relativo.

(B) Na primeira ocorrência, o qu e é sujeito da oração seguinte.

(C) Na segunda ocorrência, o qu e é expletivo, podendo ser retirado da sentença semprejuízo do sentido.

(D) Na terceira ocorrência, o qu e é o objeto direto do verbo deixar.(E) Nas duas últimas ocorrências, o qu e é conjunção subordinativa integrante, nãoexercendo função sintática.

1 8 - ( UnB CESPE / PGE PA / 200 7)

1 A paixão futebolística apresenta características particulares. É

quase sempre eterna e não é necessariamente sustentada por convenções

sociais, mas por dependência a uma relação de apego, de proximidade,

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4  necessidade que une os amantes esportivos. É apregoada

desavergonhadamente a qualquer instante e em qualquer lugar comdelicioso orgulho.

7  Porém, quando o desempenho das nossas equipes de coração não

atende às expectativas, mesmo que ocasionalmente passamos a sentir

certa rejeição por elas e muitas vezes somos levados a atitudes

1 0  irracionais. Renegar ou esconder as nossas preferências esportivas são

condutas aceitáveis, mas conviver com repentes agressivos que

violam qualquer tipo de acordo social, não, pois são ações animalescas,

1 3  que deveriam sofrer severa punição.

Sóc r a t es. Na i dade da ped r a . I n : Ca r t aCap i t a l , “ Pêna l t i ” , 6 / 12 / 2006 , p . 53  ( com adap t ações ) .

Julgue a assertiva abaixo. 

- Os termos “sociais” (R.3) e “severa” (R.13) exercem no texto a mesma funçãosintática. 

1 9 - ( UnB CESPE / Bombe i r os AC / 2006 )

1 Quebrar o círculo vicioso da pobreza significa

oferecer oportunidades para as camadas de renda mais baixa

da população, sobretudo por meio da educação de qualidade.

4  O Governo Federal vem perseguindo, desde 1995, combater

a pobreza estrutural e promover a inclusão social, após

ampliar a oferta de vagas no ensino fundamental.

7  Desenvolvido a partir de iniciativas bem- suced idas 

de alguns municípios brasileiros, o Programa Nacional do

Bolsa Escola foi criado em 2001 com a proposta de se

1 0  conceder benefício monetário mensal a milhares de famíliasbrasileiras em troca da manutenção de suas crianças nas

escolas. O dinheiro é pago diretamente à população por meio

1 3  de cartões magnéticos, nas agências da Caixa Econômica

Federal, nos postos de atendimento do Caixa Aqui ou em

casas lotéricas.

I n t e r n et : < w w w .m e c .g o v.b r > . Ac ess o em 2 0 / 3 / 2 0 0 6 ( c o m a d ap t a çõ es ) .

Com referência ao texto acima, julgue os itens subseqüentes .

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a) A forma verbal “vem perseguindo” (R.4) possui três complementos diretos:pobreza, inclusão e oferta de vagas.

b) A expressão “iniciativas bem-sucedidas” (R.7) é o sujeito sintático do período quese estende das linhas 7 a 12.

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GABARI TOS COMENTAD OS DAS QUESTÕES DE FI XAÇÃO 

1 – C

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Agora, registra-se “ideias”, sem acento agudo, e “infraestrutura”, sem hífen.

Vamos analisar, uma a uma, a função sintática dos elementos destacados.

a) “Para ocupar as horas vagas, decidiu aprender fotografia .” 

A expressão “as horas vagas” é o complemento do verbo ocupar . Como se liga aoverbo sem preposição, sua função é ob je t o d i r e t o .

b) "Como sempre tiv e m uito int eresse em estudar a América Latina, fui ficando." 

Alguém tem a lguma co isa. A expressão “muito interesse” exerce a função de

complemento do verbo t er . É, pois, seu o b j e t o d i r e t o .c) “Lá, alunos ajudaram a criar um centro cultural batizado de "Barracão dos Sonhos", no qual se misturam ritm os afros e ibéricos .” 

A princípio, poderíamos pensar: o verbo m i s t u r a r é transitivo direto, o que noslevaria ao erro de considerar “ritmos afro e ibéricos” como objeto direto. Seria umerro, uma vez que o verbo está acompanhado do pronome SE. Vamos, então,analisar o VALOR desse pronome: “se misturam ritm os afros e ibéricos” .

Assim, podemos afirmar que “ritmos afros e ibéricos são misturados”. Existe, aí, umaideia pass iva. Trata-se, assim, de uma construção de voz passiva, em que oelemento “ritmos afros e ibéricos” exerce a função sintática de SUJEI TO.

Essa é a resposta para a questão. É a única opção em que a função sintática difere

das demais.Olha a pegadinha aí, gente! Verbos transitivos diretos acompanhados de pronomeSE, com ideia passiva, formam VOZ PASSIVA, e o termo que seria o objeto direto davoz ativa exerce a função de SUJEITO da voz passiva.

Na dúvida, volte a estudar os pontos sobre VOZ PASSIVA das aulas sobre VERBOS esobre CONCORDÂNCIA.

d) “Sem saber ainda direito como vai sobreviver ” 

Sem saber  I SSO    a oração “como vai sobreviver”, iniciada pelo advérbio “como”,tem a função sintática de complementar o verbo saber . É, portanto, uma oraçãosubordinada substantiva objetiva direta – exerce a função de o b j e t o d i r e t o .

e) "as reservas que acumulei em Nova York estão indo embora "Agora, podemos praticar a análise da função sintática exercida por um pronomerelativo (item 2.1 da Aula 10 – Períodos).

O pronome relativo se refere ao substantivo “reservas”. Trocando o pronome relativopelo nome correspondente, teríamos: Acumulei as reservas.

Assim, fica clara a função sintática exercida pelo pronome – o b j e t o d i r e t o do verboacumu la r .

2 – B 

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O examinador pede que se indique a função sintática das expressões em destaque.

“A vontade de se aventurar pela América Latina tirando fotos fez com que ele deixasse para sempre a paisagem nova-iorquina, aposentasse sua carreira de engenheiro e  t rans fo rmasse Para isópo l is , uma das ma iores fave las  pau l is tan as , em seu cenár io co t id ian o . ”  

Na passagem, o verbo t r a n s f o r m a r é transobjetivo – “(ele) transformou Paraisópolis em seu cenário cotidiano” .

O vocábulo “Paraisópolis” exerce a função de ob je t o d i r e t o , enquanto que “em seucenário cotidiano” possui a função de complementar esse nome – predicativo doobjeto direto.

Note a expressão “uma das maiores favelas paulistanas”. A função exercida por essaexpressão (que tem valor substantivo) é a de apos t o.

“Soube então de uma experiência desenvolvida pelo colégio Miguel de Cervantes,criado por espanhóis, na vizinha Paraisópolis.” 

A expressão “na vizinha Paraisópolis ” indica o local em que se localizava o colégioonde tal experiência era desenvolvida – tem valor c i rcuns tanc ia l e exerce a funçãosintática de ad jun t o adve r b ia l.

Joaquín sentiu-se estimulado a dar oficinas de fotografia a jovens e crianças de Paraisópolis.

A expressão “de Paraisópolis”, agora, tem valor ad je t i vo . Se fosse uma cidade,poderia até ser substituída por um adjetivo correspondente: paraisopolitanas ( Nossa! Que coisa feia! ) .

Por isso, a expressão exerce a função de a d j u n t o a d n o m i n a l .

Já em “a favela de Paraisópolis” (isso poderia ter sido explorado pelo examinador.Viu como ele foi bonzinho? ), em que o termo exerce a função de apos t oespec i f i ca t ivo, indicando o nome da favela.

As fun ções s int át i cas são, por t ant o: OBJETO DI RETO, ADJUNTO ADVERBI ALE ADJUNTO ADNOMI NAL.

3  – DTodas as expressões destacadas apresentam valor circunstancial. Teremos deidentificar qual delas não apresenta indicação de tempo, momento.

a) “Estava, nesse momen t o  , descobrindo um novo ângulo para a sua vida, sem volta .” 

Essa expressão indica o momento em que tal fato (descobrir um novo ângulo para asua vida) ocorria (fácil essa, não é?).

b) “Depo is de t rês anos nos Es tados Un idos  , voltou para Bogotá, planejando trabalhar em obras de infra-estrutura .” 

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Essa expressão também indica o momento em que o engenheiro voltou para Bogotá.

c) “No f i na l de 2004  , veio com sua família” Mais uma vez, há indicação de momento.

d) “No final de 2004, veio com sua fam ília para du as sem anas de fé r ias em São Pau lo .” 

Essa expressão, ao contrário das demais, indica a finalidade da vinda do engenheiroe sua família: gozar férias de duas semanas em São Paulo.

Essa é a resposta!

e) “Mas, antes de se desped i r  , pretende fazer uma exposição sobre o seu olhar pelo Brasil.” 

Quando ele pretende fazer uma exposição sobre seu olhar pelo Brasil?

Resposta: “antes de se despedir” , ou seja, antes de ir embora do Brasil. Há,portanto, indicação de momento.

4 - C

Não seria preciso reproduzir o texto, pois podemos realizar a análise sintática a partirdos segmentos apresentados em cada opção.

Em "Os bancos ganharam antes e, sinaliza o gove r no  , vão continuar ganhando." , aexpressão em negrito exerce a função sintática de sujeito: “o governo sinaliza” .

a) Já em “a redução esperada e projetada da taxa SELIC diminuiu  a r en t ab i l i dade  

dos bancos..." , o termo em destaque é o objeto direto do verbo d i m i n u i r , enquantoque o sujeito está representado por “a redução esperada e projetada da taxa SELIC”,cujo núcleo é redução .

b) A expressão “a corrida certa dos bancos” exerce a função sintática de o b j e t od i r e t o do verbo pos t e r ga r (= adiar).

c) Em “o r i s co de empr est a r   é sempre o de não receber” , a expressão em relevoexerce a função sintática de sujeito do verbo de ligação “ser”. Essa é a respostacer ta .

d) O verbo t o r n a r é, na construção, t r ansob je t i vo e apresenta, como objeto direto,a expressão “a decisão dos juízes” e, como predicativo do objeto direto, a expressão “menos `paternalista’”.

Cuidado! A expressão “regras e leis” exerce a função sintática de SUJEITO da formaverbal transitiva direta “Buscam”, que está acompanhada do pronome apassivadorSE (Buscam- se regras e leis = Regras e leis são buscadas ).

e) “de o país perder (...) uma jane la de opo r t un idades  ” –  O sujeito do verboPERDER é “país”. A expressão “uma janela de oportunidades”, por sua vez, exerce afunção sintática de OBJETO DIRETO.

Note a forma com que a preposição se mantém separada do artigo que acompanha osubstantivo “país”, sujeito do verbo PERDER. Essa é a recomendação da norma culta.Contudo, modernamente já se aceita a contração da preposição com o artigo(possibilidade do país perder...) .

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5 - B

Vamos dividir o período em orações:

“ A f l o r que on t em desab r ochou j á est á m ur cha . ”  

Oração principal – A flor j á está m urcha 

Oração subordinada – que ontem desabrochou 

A palavra q u e substitui a palavra f l o r , presente na oração principal. É, portanto, umpronome relativo, que inicia uma oração subordinada adjetiva.

Por não have r pausa (indicada pela vírgula) entre as duas orações, essa é umaoração subordinada adjetiva restritiva.

O pronome relativo será trocado pelo nome, para melhor análise de sua funçãosintática:

A flor ont em desabrochou.

O pronome relativo, que está no lugar de “a flor”, exerce, portanto, a funçãosintática de SUJEITO.

Vamos procurar uma outra ocorrência do relativo “que” na função de SUJEITO.

a) “Ela tem um quê de mistério”  – esse “quê” é um substantivo, tanto que estáacompanhado de um artigo indefinido (um quê) . Esse vocábulo exerce a funçãosintática de objeto direto do verbo t er .

b) São duas as orações que compõem o período composto: Sofreu muito com as chuvas que caíram.

Oração principal – Sofreu m uito com as chuvas 

Oração subordinada – que caíram 

O pronome qu e substitui a palavra chuvas. Ele também exerce a função sintática desujeito da oração subordinada adjetiva restritiva (“As chuvas caíram” = “que caíram”). Essa é, portanto, a resposta correta.

c) “Veio tão rápido que nos surpreendeu.”  

Esse período composto por subordinação também possui duas orações:

- oração principal – Veio tão rápido 

- oração subordinada – que nos surpreendeu.

Há entre essas duas orações uma relação de causa e consequência, sendo essasegunda circunstância apresentada pela oração subordinada.

Ela é, pois, uma oração subordinada adverbial consecutiva, e o vocábulo qu e é umaconjunção adverbial consecutiva.

Note a presença do vocábulo “tão” na oração principal, uma característica desse tipode construção.

d) “Venha, que ela está aqui.”  

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Vimos, em aulas anteriores, que uma das formas de distinguir a conjunção causal daconjunção explicativa é que esta última pode estar em uma construção de verbo noimperativo.

Esse é um bom exemplo. Em “Venha, que ela está aqui”, a conjunção explicativa dáinício à oração em que se apresenta a justificativa para a ordem presente naprimeira oração (Venha). São orações coordenadas, sendo a segunda classificadacomo “oração coordenada sindética explicativa”.

6 – D

a) A expressão “da administração” se associa à palavra en f oque , substantivoabstrato derivada do verbo enfocar . Como apresenta ideia passiva (a administraçãoserá enfocada), o termo que complementa o substantivo abstrato exerce a funçãosintática de COMPLEMENTO NOMI NAL, e não de adjunto adnominal.

b) A expressão “dos problemas sociais” complementa o substantivo abstrato “administração”. Logo, não poderia exercer a função de objeto indireto(complemento verbal). Também há nessa expressão valor passivo (os problemassociais serão administrados). Assim, a função sintática é, mais uma vez,COMPLEMENTO NOMI NAL.

c) Não há entre “federal, estadual e municipal” nenhuma “ordem crescente deimportância”. Você já deve ter aprendido em Direito Constitucional que não há entreos entes federativos nenhum tipo de subordinação. Por isso, a assertiva estáincorreta.

d) Exatamente por possuir três adjetivos a ele relacionados, o substantivo gove r nos  se flexionou no plural. Essa é a resposta correta.

e) O que deve ser p r o f u n d a? Resposta: a mudança, e não a administração.

7 – E

Vamos relembrar a diferença entre ADJUNTO ADNOMINAL e COMPLEMENTONOMINAL, em relação aos termos que complementam substantivos abstratos.

SUBSTANTIVOS CONCRETOS E SUBSTANTIVOS ABSTRATOS COM IDEIA ATIVA =ADJUNTO ADNOMINAL (Lembre-se daquela dica: tudo com A: Substantivo Abstratocom ideia Ativa  Adjunto Adnominal.)

ADJETIVOS, ADVÉRBIOS E SUBSTANTIVOS ABSTRATOS COM IDEIA PASSIVA =COMPLEMENTO NOMINAL

Assim, quando o termo regente for um substantivo abstrato, deve-se analisar o valorque o termo regido apresenta em relação ao termo regente. Se for ativo, a função éde adjunto adnominal (tudo com “a”). Se for passivo, é complemento nominal.

Agora, mostraremos mais algumas formas de distinção.

1 ª d i ca: À exceção da preposição DE (que serve às duas funções), os complementosintroduzidos por qualquer outra preposição (a, em, por) será um c o m p l e m e n t o

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n o m i n a l (chegada ao espaço, resistência em surgir, dedicação ao povo, amor por  alguém).

2 ª d i c a: Os complementos que vierem sob a f o r m a v e r b a l são complementosnominais por apresentarem essa ideia passiva. Exemplos:

•   “osso duro de roer” = a ideia é “duro de ser roído” – ideia passiva  complemento nominal

•  Medo de cair = a ideia é “de sofrer uma queda” – ideia passiva  complemento nominal

•  Essa notícia é difícil de acreditar = a ideia é “difícil de ser acreditada” – ideiapassiva complemento nominal.

Vamos analisar, agora, a questão da prova.O primeiro elemento não deve ter gerado dúvidas. Trata-se de um complementoverbal direto. Assim, a função exercida por “medo”, em “tenho medo” é o b j e t od i r e t o .

Teríamos duas opções válidas – d  e e  (50% de chances!!)

O segundo elemento liga-se ao primeiro por meio de preposição (medo de abrir ). Otermo regente é m e d o = SUBSTANTIVO ABSTRATO. Precisamos definir se a funçãodo termo regido (“de abrir”) é ativa (adjunto adnominal) ou passiva (complementonominal).

Para isso, verificaremos o valor da expressão no contexto:

“ Tenho m edo de ab r i r ! Va i que evapo r a ! ”  A ideia é: “Tenho medo de que, sendo aberto, evapore” – ideia passiva (o envelopenão vai abrir – PRATICAR O ATO - , mas ser aberto – SOFRER O ATO)  complemento nominal.

A vontade de indicar a ideia ativa é grande. Afinal, a lógica induz que o sujeito vaiabrir o envelope, ou seja, praticar a ação. Essa tendência se justifica pelaproximidade com o verbo de “ter” (ter medo – ação praticada pelo sujeito).

Contudo, é preciso fazer a seguinte distinção: o que está relacionado a “abrir” não éo verbo “ter”, mas a ideia da abertura – ideia pass iva: o enve lope se r abe r t o  .

8 – DO examinador busca o termo cujo complemento apresenta ideia ativa, ou seja,aquele cuja função sintática seja a de adjunto adnominal.

A resposta é: “a fauna aquática dos rios”. Os rios possuem a fauna aquática.

a) “a utilização de qualquer um deles”  qualquer um deles será utilizado ideiapassiva

b) “a queima do petróleo”  o petróleo será queimado ideia passiva

c) “a inundação de vastas áreas”  vastas áreas serão inundadas ideia passiva

e) “a construção de barragens”  as barragens serão construídas ideia passiva

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9 – BEm “sensação de d i f i cu ldade”, a expressão em negrito complementa umsubstantivo abstrato. Para saber se a função sintática é a de adjunto adnominal ou ade complemento nominal, temos de analisar o valor que ela atribui: “sensação dedificuldade”  dificuldade é “sentida”  ideia passiva complemento nominal.

Todas as demais ocorrências apresentam termos que possuem valor adjetivo (naletra c , temos uma oração subordinada adjetiva restritiva) e exercem a funçãosintática de adjunto adnominal.

10 – C

Como “ilusões” é um substantivo abstrato, devemos analisar o valor de “humanidade”.

É a humanidade que tem ilusões (ideia ativa) ou é sobre ela que você tem ilusões(passiva)?

Certamente a segunda opção. Assim, o termo, por complementar um substantivoabstrato com ideia passiva, exerce a função sintática de COMPLEMENTO NOMINAL.

11 – C

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Agora, registra-se “frequentador”, sem trema.

Para responder à primeira assertiva, devemos analisar o seguinte segmento:

Nabuco parte para Londres no mês de fevereiro de 1882, permanecendo como correspondente do Jornal do Comércio até 1884. Ele não passará como outrora o tempo londrino na ociosidade. Dedica-se agora ao t raba lho e ao es tudo . Como vários outros intelectuais do seu tempo, interessados todos pelos problemas sociais e vivendo no exílio, t o r na - se f r eqüen t ado r ( * ) ass íduo do Museu Br i t ân i co  .

Podemos notar que, nas duas ocorrências do pronome “se”, há um valor reflexivo.

- “ele se dedica ao trabalho e ao estudo” = ele dedica “a si mesmo” ao trabalho e aoestudo

- “ele se torna f reqüentador(* ) assíduo do Museu Britânico ” = ele torna “a si mesmo” frequentador assíduo do Museu Britânico.

Para identificar a função sintática, não basta trocar o ‘SE’ pelo ‘A SI’. Devemos, sim,trocar por um nome. Para isso, precisamos alterar a estrutura oracional:

- ele dedica seu t em po  ao trabalho e ao estudo.

- ele torna seu f i lho  frequentador assíduo.

Nas duas construções, a função é o b j e t o d i r e t o , ou seja, complemento verbal sempreposição obrigatória.

Por isso, está FALSA a afirmação de que o pronome exerce funções diferentes. Emambas, a função é a de o b j e t o d i r e t o .

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A segunda proposição está CORRETA. Em “Isso lhe permite escrever”, o verbop e r m i t i r apresenta dois complementos: um direto, sob a forma oracional noinfinitivo (escrever), e outro indireto, representado pelo pronome oblíquo lh e. Essepronome poderia ser substituído com correção pela forma “a ele”.

12 – I TEM CERTO 

O examinador apresentou a distinção entre sujeito indeterminado e construção devoz passiva, ambas as estruturas com o pronome SE.

Na primeira, “em se tratando de fato” , temos um dos casos clássicos deindeterminação do sujeito – com verbo transitivo indireto TRATAR-SE DE. São muitocomuns questões de prova em que o verbo dessa construção esteja flexionado. Porisso, olho vivo! Apareceu um “tratam-se de”, pode marcar como ERRADA! Por ser

sujeito indeterminado, deve o verbo permanecer na 3ª pessoa do singular – “trata-sede”.

Já na segunda estrutura, o verbo ESTABELECER é transitivo direto e estáacompanhado do pronome SE (apassivador). Por isso, o sujeito dessa forma verbal éSINONÍMIA (“estabelecer-se sinonímia” = sinonímia ser estabelecida). Construção devoz passiva.

A proposição está correta.

13 – A

Os versos em análise são:

Feliz quem pode orgulhoso 

Dizer: - Nunca fui vadio 

Não se assuste com a nomenclatura. “Morfossintaxe” nada mais é do que o estudodas categorias das palavras considerando a morfologia e a sintaxe. Esses conceitosforam apresentados lá na nossa primeira aula. Não me diga que você já osesqueceu??? Não me decepcione assim...

Mor f o log ia estuda a palavra em si, quer em relação à forma, quer em relação àideia que ela encerra (classes das palavras, flexões, elementos mórficos, terminação,grafia). Esse é o assunto da aula de hoje.

Sin t axe é o estudo da palavra com relação às outras que se acham na mesma

oração (concordância, regência, colocação).

Assim, uma análise morfossintática é a que abrange elementos da palavra em si(classe gramatical, conjugação verbal, ortografia) e de sua relação com as demais naoração (sintaxe de concordância, regência, colocação). Viu como não é nenhumbicho-de-sete-cabeças?

O erro está na opção a .

Vamos analisar a função sintática exercida pelo adjetivo “orgulhoso”:

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 “Feliz quem pode orgulhoso dizer...”  – o adjetivo se refere ao sujeito da forma verbald izer . Assim, é predicativo, mas do su je i t o , representado pelo pronome indefinidoq u e m , expressando a forma como o sujeito (quem ) se encontra ao praticar a ação(dizer ) predicado verbo-nominal.

A asser t iva es tá incor r e ta e é o gabar i t o da ques tão .

Para a análise do período composto, vamos dividi-lo em suas orações:

- Quem pode d i ze r o r gu lhoso   – oração subordinada substantiva subjetiva (é osujeito oracional do verbo SER)

- que nunca f o i vad io   – oração subordinada substantiva objetiva direta (iniciadapor uma conjunção integrante – quem pode dizer  I SSO = que nunca f o i vad io  –,vem complementar o sentido do verbo d izer de forma direta)

- é fe l i z  – oração principal, formada por um predicado nominal.

Em relação às demais opções, cabem os seguintes comentários.

B) Da mesma forma que o adjetivo “orgulhoso”, o adjetivo “feliz” também se refereao pronome indefinido quem , sujeito da oração. Note que é possível subentender overbo “ s e r ” : “(É) feliz quem pode orgulhoso dizer...”.

Na ordem direta, em discurso indireto, a estrutura seria: “Quem pode dizerorgulhoso que nunca foi vadio é feliz.”. Essa foi, inclusive, a assertiva da opção e.

Em “Nunca fui vadio” , o adjetivo se refere ao pronome pessoal (oculto) eu ,identificado a partir da desinência verbal. Sua função sintática é também a depr ed icat i vo do su j e i t o .

Está, portanto, correta tal afirmação.

C) Essa afirmação nos dá a chance de analisar a circunstância que o advérbio NUNCAatribui. Esse advérbio atribui, simultaneamente, valores de negação e t empo –equivalente a “e m t e m p o a l gu m ”. Está certa a assertiva.

D) A locução verbal “pode dizer” foi intercalada pelo adjetivo que, como vimos,exerce a função de predicativo do sujeito (orgulhoso ). Para se certificar de que setrata mesmo de uma locução verbal, veja que o verbo principal poderia estar sozinhona oração, sem prejuízo gramatical (apenas havendo alteração semântica): “Feliz quem orgulhoso diz (= pode dizer)... ” .

E) Está correta a afirmação, como vimos no comentário à opção b . O discursoindireto é o meio pelo qual o autor reproduz o discurso alheio, não como foi dito,mas com suas próprias palavras, usando uma oração subordinada. Isso se verifica na

passagem “quem pode dizer que n unca foi vadio ” .

14 – C

Para começar, vamos dividir o período:

1ª oração – E se hoje sou venturoso 

2ª oração – Devo ao trabalho o 

3ª oração – que sou.

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A primeira oração é iniciada pela conjunção “E ”, que a coordena com a oraçãoanterior.

A conjunção “se” inicia uma oração subordinada condicional. Ela, semanticamente, serepete na expressão que se segue: o que sou.

Esta construção (o que sou ) exerce a função de objeto direto do verbo dever : Ele deve I SSO (= o que sou = SOU VENTUROSO) ao tr abalho.

Analise, agora, a segunda oração: Eu devo ao trabalho o ( = aquilo, isso)

O verbo dever tem dois complementos: objeto direto = o / objeto indireto = aotrabalho.

A terceira oração vem restringir o alcance do pronome demonstrativo (objeto diretoda oração anterior). Tem valor adjetivo e é iniciada por um pronome relativo qu e.

Feita a análise sintática, vamos às opções.a) Quantas vezes aparece o pronome “eu” (explícito ou subentendido)? TRÊS.

 “E se hoje ( EU) sou  venturoso/  ( EU) devo  ao trabalho o que (EU)  sou .” 

b) Não há registro de emprego de pronome pessoal oblíquo na passagem.

c) No segmento “o que sou”, há um pronome demonstrativo (“o” = aquilo) e umpronome relativo (“que”), que retoma esse antecedente, o demonstrativo (= aquiloque sou = sou aquilo). Está correta a afirmação.

d) e e) Há, no período, u m  pr ed icado ve r ba l , cujo núcleo é o verbo deve r (Devo ao trabalho o), e do is   pr ed icados nom ina is (“Eu sou venturoso”  e “que sou”) ,cujos núcleos são, respectivamente, ven t u r oso e (cuidado agora!!!)  o pronome

relativo q u e. Nessa oração subordinada adjetiva, o pronome relativo, que substitui opronome demonstrativo “o” (= aquilo), é o elemento que efetivamente exerce afunção de predicativo do sujeito.

15 – D

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Agora, registra-se “ideia”, sem acento agudo.

O vocábulo “SE” pode ser:

- con junção in t eg r an t e – inicia uma oração substantiva. Quero saber  se  você está gostando da aula. = Quero saber  I SSO.   ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVAOBJETIVA DI RETA (comp lement o do verbo SABER  ) .

- con junção adve r b ia l - pode apresentar o valor condicional (Se ela dança, eu danço.) . Como sabemos, o valor de uma conjunção adverbial só pode ser identificadana construção.

- pr onom e pessoal ob l í quo , com valor reflexivo (Ela  se  cortou com a faca.) ourecíproco (Os namorados se  beijavam no cinema.)

- par t e i n t eg r an t e do ve r bo – nesses casos, ainda que apresente uma ideiareflexiva, o verbo não existe sem o pronome (Ele  se  queixa muit o da sogra. Muito se  arrepende de ter casado.) . Não existem os verbos QUEIXAR e ARREPENDER; sóQUEIXAR-SE e ARREPENDER-SE. Por isso, o pronome é parte integrante do verbo.

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- par t í cu la de rea lce   ( ou exp le t i va ) – nenhuma função exerce na oração. Temvalor, apenas, de realce, podendo ser retirada sem prejuízo gramatical ou semânticopara a oração. Ele  se  foi embora e levou meu coração. (= Ele foi embora ).

- par t í cu la apass ivadora – presente nas construções de voz passiva sintética(também chamada de voz passiva pronominal). Coisas bonitas se veem por aqui ( = co isas bon i tas são v is tas   ) .

- í nd i ce de i nde t e r m inação do su je i t o – presente nas construções de sujeitoindeterminado, em que o verbo (transitivo indireto, intransitivo ou de ligação) fica na3ª pessoa do singular. Precisa-se de sossego por aqui.  

Nessa questão, devemos diferenciar os casos em que o pronome é apassivador(verbo TD ou TDI + SE) ou indeterminador do sujeito.

A) O verbo desfazer é TRANSITIVO DIRETO (Ele desfez o contrato.). Como está

acompanhado do SE, forma voz passiva, em que o sujeito é “o regime de segregação racial” .

B) O verbo so l id i f i car também é TD (Ele solidificou a r elação com os clientes.). Está,portanto, em voz passiva = A visão foi solidificada   solidificou-se a visão .

C) O verbo  j u st i f i car é TD (Ele justificou sua resposta.). É também um pronomeapassivador (o direito era justificado = justificava-se o direito ).

D) Finalmente, um verbo que não é TD. O verbo l u t a r , na construção, é TRANSITIVOINDIRETO, regendo a preposição por . Assim, o pronome SE tem a função deindeterminar o sujeito da ação verbal.

E) O verbo respe i ta r é TD, e o pronome SE é partícula apassivadora (o sinal verm elho ser respeitado   respeitar-se o sinal verm elho).

16 - D

O pronome “se” é:

a)   um pronome apassivador. “Acentuar” é um verbo transitivo direto e há ideiapassiva – “...é possível que a tendência positiva se ja acentu ada . . .” ;

b )   uma conjunção condicional – “ se  a queda do juro básico se transferir...” equivale a “ caso a queda do juro básico se transfira...” ;

c)   um pronome apassivador. “Transferir” é um verbo transitivo direto e há ideiapassiva – “se a queda do juro básico for transferida   para o crédito ao 

consumo ...”;d )   uma conjunção condicional (gabar i t o da ques t ão) –  “se  os salários reais 

continuarem...”  equivale a “ caso os salários reais continuem...” ;

e)   pronome apassivador. “Recuperar” é um verbo transitivo direto e há ideiapassiva - “se os salários reais continuarem a  ser recuperados  . . .”  . Nãopoderia ser um pronome reflexivo, pois o sujeito sa lár ios é paciente, sofre aação e, dado o contexto, não poderia agir por conta própria.

17 – B

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Agora, veremos as classificações do QU E:

- con junção in t eg r an t e – INICIA UMA ORAÇÃO SUBSTANTIVA – Eu quero que t udo vá pro inferno.   Eu quero  ISSO . A conjunção serve apenas para ligar termos ouorações, não exerce função sintática nenhuma.

- pr onome r e la t i vo – INICIA UMA ORAÇÃO ADJETIVA – Eu quero o prêmio a que tenho direito.   Eu tenho direito ao prêmio . Nesse caso, o pronome q u e substituialgum elemento mencionado anteriormente (no caso, a palavra “prêmio”). Pode,assim, exercer qualquer das funções sintáticas estudadas na aula sobre conectivos.

- par t í cu la de r ea l ce ( ou exp le t i va ) – pode vir acompanhada do verbo ser ,formando a expressão “é que”. Como também já vimos, pode ser suprimida semprejuízo gramatical para o período. Nós é que deveríamos reclamar (= Nós deveríamos reclamar.) .

- con junção adve r b ia l ( coo r dena t i va ou subo r d ina t i va ) – pode apresentardiversas circunstâncias (causal, consecutiva, comparativa, explicativa, concessiva,final, etc.), a depender do contexto em que seja empregada.

- p r o n o m e i n t e r r o g at i v o – se vier no fim da oração (tônico), recebe um acentocircunflexo (Você tem fome de qu ê ?) .

- subs t an t i vo - com acento circunflexo, equivale a “algo” – Ele tem um “quê” de intelectual.

- advé r b io – equivalente a “quão”, normalmente usado em interjeições: Qu e  (= Quão) louco eu fui! 

- prepos ição ac identa l – equivalente à preposição “de”. Ele tem  q u e  entender isso (= tem de entender).

- i n t e r j e i ção - (com acento circunflexo) Qu ê ! Não acredito nisso!  

São tantas que posso ter me esquecido de alguma. Aguardo sugestões pelo fórum oue-mail , caso isso tenha ocorrido.

Desgraça pouca é bobagem!!! Sabe quantas acepções da palavra “que” (com e semacento) são registradas pelo Aurélio:  “ s ó” q u i n z e!  

Vamos analisar as ocorrências do “que” no texto da questão. Para isso, teremos deter em mente o seguinte: se estiver substituindo um antecedente, é pronomerelativo; se puder ser substituído (junto com o restante da oração) pelo pronomeI SSO , é conjunção integrante.

•  “o impassível gigante que os contemplava com desprezo”  substitui “gigante” (o gigante os contemplava com desprezo) = pronome relativo nafunção de sujeito do verbo con t emp la r ;

•   “imperturbável a todos os golpes e a todos os tiros que lhe desfechavam no dorso”   substitui as palavras “golpes” e “tiros” (desfechavam golpes e tirosno dorso) = pronome relativo na função de objeto direto do verbodes fechar;

•  “deixando sem um gemido que lhe abrissem as entranhas de granito”   CUIDADO!!! Esse “que” não substitui “gemido”. Quem dá essa dica é a formaverbal “abrissem”, que, por estar flexionada no plural, indica que não poderia

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ser um pronome relativo com antecedente no singular (gemido). Ele iniciauma oração. Faça a análise a partir do contexto: “o gigante deixava que lheabrissem as entranhas de granito sem um gemido”  O gigante deixavaISSO  sem um gemido. Melhor seria que a expressão “sem um gemido” estivesse isolada por vírgulas, por ser adverbial, mas essa pontuação éfacultativa, como veremos na próxima aula. Como inicia uma oração queexerce a função sintática de objeto direto (“de ixava   que lhe abrissem as entranhas” ), esse “que” é uma con junção in t eg r an t e.

Vamos às opções:

a)  ERRADA. A terceira ocorrência é uma conjunção integrante, enquanto que asoutras duas são pronomes relativos.

b)  CERTA. Como vimos, o pronome relativo (primeira ocorrência) exerce afunção de sujeito do verbo con t emp la r .

c)  ERRADA. Não poderíamos retirar esse “que”, pois ele é um pronome relativoque retoma os substantivos “golpes” e “tiros”.

d)  ERRADA. Essa foi capciosa. O “que”, por ser uma conjunção integrante, n ãoexe r ce f unção s in t á t i ca nenhuma . Serve apenas como conectivo. Quemexerce a função sintática do verbo de ixa r é t oda a oração in ic iada pe lacon junção (que lhe abrissem as entranhas de granito ). Maldade, hem?

e)  Somente na última ocorrência, o “que” é uma conjunção integrante.

18 – I TEM CERTO

Nunca deixe de verificar a passagem do texto a que se refere o examinador:- linha 3: “...não é necessar iam ente sus ten t ada por convenções socia is  ,...” 

O adjetivo “sociais” está junto ao substantivo “convenções” especificando seualcance. Assim, exerce a função sintática de ADJUNTO ADNOMINAL.

- linha 13: “...que deve r iam so f r e r seve r a pun ição.” 

Do mesmo modo que o caso acima, o adjetivo SEVERA vem qualificar a punição(substantivo), exercendo a função sintática de ADJUNTO ADNOMINAL.

Portanto, está correta a afirmação de estarem os dois termos no exercício da mesmafunção sintática.

19 –

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Agora, registra-se “subsequentes”, sem trema. Ovocábulo “bem-sucedidas” continua com hífen.

a) I TEM ERRADO

O complemento verbal da locução “vem perseguindo” apresenta-se sob a formaoracional: comba t e r a pob r eza est r u t u r a l e p r om ove r a i nc lusão soc ial  .

São dois complementos: COMBATER A POBREZA e PROMOVER A INCLUSÃO SOCIAL.

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Perceba que a oração “após ampliar a oferta de vagas no ensino fundamental” nãovem a ser um complemento verbal, mas a indicação de um momento em que osfatos acima serão (ou deveriam ser) realizados. Possui, portanto, valor adverbial.

b) I TEM ERRADO

O sujeito da construção de linhas 7 a 12 é “o Programa Nac iona l do Bo lsa  Escola ”.

Por hoje é só. Grande abraço e bons estudos.

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GABARI TO 

1 – C

2 – B

3 – D

4 – C

5 – B

6 – D

7 – E

8 – D

9 – B10 – C

11 – C

12 – ITEM CERTO

13 – A

14 – C

15 – D

16 – D

17 – B

18 – ITEM CERTO

19 – a) ITEM ERRADO

b) ITEM ERRADO

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AULA 12 - PONTUAÇÃO

Na comunicação oral, o falante lança mão de certos recursos da linguagem, como aentoação da voz, os gestos e as expressões faciais para denotar dúvida, hesitação,surpresa, incerteza etc.

Quando se constrói a comunicação por meio da escrita, quem passa a ter essaincumbência é a pontuação. Por isso, tanta gente associa indevidamente o emprego devírgula a uma pausa da respiração. Isso não tem sentido. Se assim o fosse, tínhamos decolocar vírgula a cada palavra escrita. Ou você, por acaso, fica sem ar ao escrever umaoração sem vírgulas? Já pensou...rs...

Afinal, qual é a utilidade de colocarmos sinais de pontuação no texto?

Além de estabelecer na escrita aquelas denotações expostas acima, também se digna aeliminar ambiguidades que poderiam surgir em um texto sem pontuação ou a destacarcertas palavras, expressões ou frases.

O texto que reproduzimos abaixo, cuja autoria é desconhecida, já foi usado até pela AnaMaria Braga (acredite!) e exemplifica bem as funções da pontuação. Para quem nãoassistiu ao programa (espero, pois deveria estar estudando), segue o material.

“Um homem rico estava m uito m al, pediu papel e pena. Escreveu assim: 

‘D eixo m eus bens à m in ha i r m ã não a meu sob r inho j ama is ser á paga a con t a  do a l fa ia te nada aos pobr es .’  

Morreu antes de fazer a pontuação (até parece que isso seria possível...). 

A quem ele deixou a fortuna? 

Eram quatro concorrentes.1) O sobrinho fez a seguinte pontuação: 

‘D e ixo meus bens à m inha i r mã? N ão ! A meu sob r inho . Jama is se r á paga a  conta do a l f a ia te . Nada aos pobres . ’  

2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito: 

‘D e ixo meus bens à m inha i r mã . N ão a meu sob r inho . Jama is se r á paga a  conta do a l f a ia te . Nada aos pobres . ’  

3) O alfaiate pediu cópia do original. Puxou a brasa para a sardinha dele: 

‘De ixo meus bens à m inha i rmã? Não! A meu sobr inho? Jamais ! Será paga a  conta do a l f a ia te . Nada aos pobres . ’  

4) Chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta pontuação: 

‘De ixo meus bens à m inha i rmã? Não! A meu sobr inho? Jamais ! Será paga a  conta do a l fa ia te? Nada! Aos pobres . ’  

Cabe a nós, redatores, empregar a pontuação de modo que a mensagem por nós escritachegue ao leitor no sentido exato que gostaríamos de transmitir.

Para fazer isso com correção, devemos conhecer suas regras.

A pontuação depende da estrutura sintática da oração. Para começar, é interessantenotar que a ordem direta das orações é a seguinte:

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SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTOS + ADJUNTOS

Para colocar a oração nessa ordem direta, devemos partir do verbo (e não do sujeito,como alguns podem pensar), perguntando a ele quem o comanda, ou seja, quem é o seusujeito.

A partir daí, sabendo o sujeito e o verbo, identificaremos os complementos verbais(predicativos, objetos).

Por “adjuntos”, entendem-se as condições em que a ação expressa pelo verbo seestabelece – tempo, lugar, modo, intensidade, dúvida, negação. Essas circunstâncias sãoapresentadas pelos advérbios. É lógico que, se uma dessas circunstâncias (como a denegação) estiver acompanhando um termo específico (como, por exemplo, um verbo), oadvérbio irá se posicionar próximo ao esse termo, e não no fim da oração (Eu  n ão  sairei daqui ).

Os complementos, além de verbais, podem ser nominais, quando completam o sentidode um nome: necessidade de carinho . Também aos nomes ligam-se elementos pararestringi-los ou designá-los (adjuntos adnominais). Esses termos regidos devem ficarpróximos de seus termos regentes, onde quer que estejam (seja no sujeito, seja nopredicado).

Se u  amor à pá t r i a  era imenso.

O nome AMOR  faz parte do sujeito (é o seu núcleo), bem como os complementos SEU(pronome possessivo) e À PÁTRIA (complemento nominal = ideia passiva = a pátria é amada ).

Não há necessidade de chorar  .

O nome DE CHORAR faz parte do predicado.Esses conceitos são fundamentais para compreendermos alguns casos de proibição.

Os sinais de pontuação são: ponto, ponto-e-vírgula, vírgula, ponto de exclamação, pontode interrogação, travessão, parênteses, aspas, reticências.

Eles indicam entoação ou pausa.

Nas palavras de Celso Cunha (Nova Gramática do Português Contemporâneo ), “esta distinção, didaticamente cômoda, não é, porém, rigorosa. Em geral, os sinais de pontuação indicam, ao m esmo tem po, a pausa e a melodia.”.

O sinal mais explorado em questões de prova é, sem dúvida, a vírgula.

Por isso, começaremos por ela. Para fins didáticos, iremos estudar o assunto a partir dasproibições e das situações especiais para o seu emprego.

VÍ RGULA

CASOS PROIBIDOS:

1 - Separar por vírgula elementos inseparáveis na ordem direta:

1.1 – sujeito do verbo;

1.2 – verbo do complemento verbal;

1.3 – termo regente do termo regido (complemento nominal, adjunto adnominal);

1.4 – verbos que compõem uma locução verbal;

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A maior parte dos erros de pontuação das provas envolve casos de proibição. Por isso,fique atento – apareceu uma vírgula separando elementos inseparáveis, “xis” nele!!!

POLÊMICA: Alguns autores admitem, modernamente, a separação do sujeito do verboem certas construções, como em adágios.

Por exemplo, “Quem av isa , amigo é .” – o sujeito do verbo ser é a oração Quemavisa. Contudo, isso se justifica, segundo eles, somente em casos especiais,normalmente por questão de estilo, já que, na fala, costumamos pausar após o verbo(Quem avisa – pausa – amigo é.) . Se observarmos a norma culta, iremos eliminar essesinal de pontuação (Quem avisa amigo é.) .

Observe que, se a oração não estiver na ordem direta, o deslocamento doscomplementos deverá ser indicado por vírgulas, sem que isso constitua erro:  “Dos seus conselhos , não preciso mais”.

Se surgir uma vírgula após um desses elementos “inseparáveis”, verifique se não se tratade alguma intercalação de elementos. Nesse caso, para a correção do período, devehaver duas vírgulas nessa intercalação, uma abrindo o período e outra, fechando, e nãoapenas uma. É o que se vê no próximo item.

2 – Colocar apenas uma das duas vírgulas obrigatórias para isolar termos ouexpressões deslocados de sua posição original na oração (exceto, obviamente,se estiver no início do período).

Desse jeito, o período deslocado fica “capenga”, faltando uma das vírgulas. Se abriu, temque fechar. Portanto, são necessárias duas vírgulas, mesmo que alguma delas estejaexercendo dupla função (por exemplo, no caso de DOIS ou mais termos deslocados eadjacentes).

Hoje, às duas horas da tarde, próxim o ao superm ercado, houve um grave acidente.Temos, nesse exemplo, três elementos circunstanciais – dois de tempo (Hoje, às duas horas da tarde ) e um de local (próxim o ao supermercado ). As duas primeiras ocorrênciasde vírgula separam elementos de mesma função sintática (adjuntos adverbiais). Já avírgula após supermercado, serve tanto para encerrar essa enumeração, quanto paraindicar o deslocamento desses elementos adverbiais.

SITUAÇÕES ESPECIAIS

- elipse de algum termo pode ser indicada por uma vírgula, como em : “Fui à festa levando muitos presentes; João, somente a boca.” 

- adjuntos adverbiais deslocados, desde que PEQUENOS E DE FÁCILENTENDIMENTO, dispensam a vírgula. Caso contrário, longos, em oraçõesadverbiais extensas, ou, mesmo curtos, para dar ênfase ao adjunto, devem serisolados por vírgula.

Hoje (,) irei embora.

Embora tenha me mantido distante das negociações, precisarei comparecer à reunião de acionistas.

In felizment e (,) não poderei aceitar o convite.

- em relação a algumas conjunções, a vírgula tem tratamento especial:

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  conjunção coordenativa aditiva “e”  – a regra é a dispensa da vírgula antes daconjunção aditiva e . Somente é admitida em situações especiais:

1) quando apresenta sujeitos diferentes e seu emprego tem por objetivo a clarezatextual;2) quando faz parte de uma figura de linguagem chamada polissíndeto (po l i   =vários + s índeto  = elemento de ligação – vários elementos de ligação. O conceitode s índeto     já foi objeto de comentário na aula sobre CONECTIVOSCONJUNÇÃO). O uso excessivo de vírgulas e de conjunções tem a funçãoestilística de fazer supor um fim que nunca chega – com isso, enfatiza-se cadaoração introduzida pela conjunção e :

Soneto da F ide l idade – V in ícius de Moraes  

De tudo ao meu am or serei atento 

Antes, e  com tal zelo, e  sempre, e  tanto Que mesmo em face do m aior encanto 

Dele se encante mais meu pensamento.

Também por clareza textual, é possível uma vírgula anteceder a conjunção e  mesmo que as orações apresentem o mesmo sujeito. Verifica-se isso, porexemplo, quando a primeira oração do período for tão extensa que exija aretomada do sujeito. Isso é feito a partir da pausa, indicada com a vírgula.

  conjunções coordenativas adversativas – a conjunção m as  faculta a vírgulaantes de si e não admite outra posição que não seja a de início da oraçãosindética:

A vida é dura(,) mas nada me tira a vontade de viver.

As demais conjunções (por ém, en t r e t an t o , con t udo  , etc.) devem serantecedidas por vírgula e, se deslocadas para o meio da oração, ficam, nestecaso, isoladas por duas vírgulas ou, no fim do período, entre a vírgula e o pontofinal:

A vida é dura, nada me tira , po r ém, a vontade de viver.

A vida é dura, nada me tira a vont ade de viver , por ém .

( * ve ja obse r vação ace r ca do pon t o - e - v ír gu la )

Caso tenha havido entre as duas orações uma ruptura do período (indicada peloponto), a vírgula pode vir após a conjunção:

A vida é dura. Entret anto, nada m e tira a vontade de viver.  conjunções coordenativas conclusivas – a conjunção po is  deverá sempre vir

posposta a um termo da oração sindética a que pertence e isolada por vírgulas:

Ela não respeita ninguém. É , pois , uma rebelde.

As demais conjunções conclusivas (l ogo , po r t an t o , po r consegu in t e  ) podeminiciar a oração ou vir no meio dela. Do mesmo modo que as adversativas, sãoescritas, respectivamente, com uma vírgula anteposta ou entre vírgulas.

Ela não respeita ninguém, é , por t an t o , um a rebelde.

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( * ve ja obse r vação ace r ca do pon t o - e - v ír gu la )

Caso entre as duas orações tenha havido uma ruptura do período (ponto), avírgula pode vir após a conjunção.

Ela não respeita ninguém. Portanto, é uma rebelde.

  conjunções coordenativas explicativas – a conjunção pois, quandoexplicativa, deve iniciar a oração sindética. As demais seguem a mesma regra dasconjunções conclusivas e adversativas no que tange à colocação de vírgula deacordo com a posição na oração. É comum uma vírgula ser colocada antes daconjunção explicativa, para representar a pausa que normalmente se dá na fala.Essa é uma das características que diferenciam a conjunção coordenativaexplicativa p o r q u e  da subordinativa causal homônima.

Consideram- na um a rebelde, pois não respeita ninguém.

Veja uma questão de prova.

(FGV/ PREF.ARAÇATUBA/2001)

A alternativa correta quanto à pontuação é

A. O aspirador, que não funciona, é este.

B. Alice nossa amiga, parece feliz.

C. Creio, porém, que estava adormecido.

D. O livro, disse o autor é ilustrado.

Está correto o emprego da conjunção “porém” entre vírgulas, já que está no meio daoração.

Tanto na opção b  quanto na d , a vírgula separa o sujeito (Alice   / o livro ,respectivamente) do verbo correspondente (parece / é ) – CASO DE PROIBIÇÃO.

Na opção a , a oração adjetiva “que não funciona” tem valor restritivo, e não explicativo.Não pode haver vírgulas. Essa explicação virá a seguir.

- expressões denotativas ou de realce, como “ainda”, “mesmo assim”, “porexemplo”, “isto é”, que servem para introduzir argumentos, retificações oudesenvolvimento do assunto a ser explorado, ficam isoladas por vírgulas.

- orações subordinadas adjetivas podem ser restritivas ou explicativas:

  restritivas - como o nome sugere, restringem o conceito dos substantivos e, aexemplo do que ocorre com adjetivos simples, não poderão ser separadas dossubstantivos a que se refiram.

“Vou pintar meu quarto com a cor azu l  . ” 

CASO 1.3 DAS PROI BI ÇÕES - não se separa o termo regido ( azu l   ) do termo regente ( cor  ) , j á que o valor do ad jet iv o é rest r it ivo (não é qua lquer cor , mas som ente a cor 

azul).

Por isso, se, em vez de um adjetivo simples, houver uma oração adjetivarestritiva, ela também não poderá ser separada do substantivo por vírgula:

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Vou pintar o m eu quarto com a cor de que eu gos t o  .

Então, em orações adjetivas restritivas, a vírgula é PROIBIDA!

Os políticos que se envo lve r am no escânda lo do m ensa lão  deveriam ser expulsos da vida pública.

Quem deveria ser expulso da vida pública: todos os políticos ou somente os quese envolveram no escândalo de corrupção (por favor, atenha-se ao text o...rs...)?

Segundo a oração, somente aqueles envolvidos no escândalo.

E, com base nesse último exemplo, se colocássemos a oração adjetiva entrevírgulas, o que aconteceria? Ela passaria a ser explicativa.

  explicativas – sua função é somente explicar; por isso, como qualquer elementode função meramente explicativa, deverão ser colocadas entre vírgulas. Se após aoração houver o encerramento do período, em vez de colocar a segunda vírgula,coloca-se o ponto final.

“A vida do ex-presidente Juscelino Kubitschek, que f o i o r esponsáve l pe la m udança  da sede da cap i ta l par a Bras íl ia  , foi cont ada na série JK.” 

Essa oração sublinhada tem valor explicativo e, por isso, foi colocada entrevírgulas.

Então, em orações adjetivas explicativas, a vírgula é OBRIGATÓRIA!

De volta àquele exemplo do mensalão , segundo a construção “Os políticos, que se envolveram no escândalo do mensalão, deveriam ser expulsos da vida pública.”, todos os políticos (provavelmente já enumerados anteriormente no texto)

deveriam ser expulsos da vida pública, pois agora a oração adjetiva é explicativa.Mais um teste para fixação desse conceito: indique a pontuação adequada nasduas estruturas abaixo:

“O president e do BACEN ( ) Henrique Meirelles ( ) e o ministro do STF ( ) Sepúlveda Pertence ( ) compareceram à cerimônia.” 

Se a vírgula é obrigatória em termos e orações de valor explicativo e proibidaem termos e orações de valor restritivo, primeiro vamos definir o que éexplicativo e o que é restritivo.

Quantos presidentes o BACEN possui? Somente um. Quando se diz “o presidentedo BACEN”, uma pessoa informada já sabe quem é, pois só existe UM! Então, o

termo tem valor explicativo – “O presidente do BACEN , Henr ique Mei re l les , e...”. Com vírgulas.

Quantos ministros o STF possui? Onze! Então, o termo tem valor restritivo – “ . . . e o ministro do STF Sepúlveda Pertence compareceu à cerimônia.”.  Sem vírgulas.

Agora você percebe por que não foram colocadas vírgulas em “ex-presidente Juscelino Kubitschek ”? Porque são vários os ex-presidentes da República.

E qual é o caso de vírgula facultativa em orações adjetivas? Resposta: NENHUM!!!!!

Ou a vírgula é proibida (orações adjetivas restritivas), ou a vírgula éobrigatória (orações adjetivas explicativas).

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Veja, agora, uma questão de prova que abordou esse tema.

(FUNDEC / TRT 2ª Região / 2003 )A governadora e le i ta , Ros inha Matheus , que recebeu um voto de esperança nesses bo lsões de carênc ia e pobreza, pode in ic ia r por a í um programa de govern o que reco loqu e nos t r i lh os os serv iços essenc ia is à popu l ação .

No último período do texto (acima transcrito), há duas orações subordinadas deidêntico valor sintático as quais receberam distinta forma de redação: a primeira estáseparada por vírgulas e a segunda não. Essa diferença na forma de redação justifica-se por:

A) ter a primeira sentido restritivo e a segunda, explicativo;

B) ter a primeira um sentido explicativo e a segunda, restritivo;

C) ser a primeira um aposto e a segunda, um adjunto adnominal;D) estar a primeira iniciada por pronome relativo e a segunda, por conjunçãointegrante;

E) ter a primeira verbo no modo indicativo e a segunda, no modo subjuntivo.

O gabarito é a opção b . As virgulas são obrigatórias em orações adjetivas explicativas,enquanto que nas orações adjetivas restritivas são proibidas.

A primeira oração adjetiva está isolada por vírgulas dado seu caráter explicativo, aopasso que a seguinte, por ter função restritiva, ou seja, por definir o programa degoverno (um programa de governo que co loque n os t r i lh os os serv iços essencia is  ),não admite tal pontuação.

PONTO 

É a pausa máxima. Representa a ruptura do período, seja ele composto ou simples(oração absoluta). Quando os períodos se sucedem nas ideias que expressam, o pontosimples é usado para separá-los. Quando a ruptura é maior, representando, inclusive, amudança de um grupo de ideias a outro, marca-se essa transposição maior com o “ponto-parágrafo”.

O ponto também é usado em abreviaturas (V.Sa./ Dr.Fulano/etc.). Quando o pontoabreviativo coincide com o fim de um período, emprega-se somente um, que passa aacumular as duas funções:

Ele foi à feira e comprou ve r du r as , f r u t as , l egum es   etc .Em relação à vírgula antes do “etc.”, encontramos divergências no tratamento. Há os quebuscam na etimologia motivo para dispensá-la, uma vez estar presente, em seusignificado, a conjunção e  (etc. = e t ce t e r a   = e as demais coisas.). Há os que a justificam como mais um elemento da enumeração, o que legitima essa pontuação. Porisso, dificilmente isso seria objeto de questão de prova. Se alguma banca vier a adotarum desses posicionamentos, deverá receber uma enxurrada de recursos comargumentação consistente para a anulação da questão.

PONTO-E-VÍ RGULA

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Dizer que é um sinal intermediário entre o ponto e a vírgula não ajuda muito, não é? Masessa é a melhor definição para o ponto-e-vírgula.

Trata-se de uma pausa de duração suficiente para denotar que o período não se encontraencerrado totalmente mas que, também, não pertence à oração anterior.

Basicamente, usa-se o ponto e vírgula, a depender do contexto, para atribuir clareza aotexto.

Por exemplo, quando, na oração, já existem elementos entre vírgulas, o ponto-e-vírgulaé usado para subdividir os períodos:

OBSERVAÇÃO: ( * ) Agor a , comp are com as fo rm as apresent adas an t er io rm ente  

e ve ja como es t as fi car am bem ma is c la r as.A vida é dura; nada me tira, porém, a vontade de viver.

Ela não respeita ninguém; é, portanto, u ma rebelde.

Transcrevemos, a seguir, uma questão de prova (ótima!) em que foi exigidoconhecimento acerca do emprego desse sinal de pontuação. Para isso, faz-se necessáriaa transcrição também do texto em que se baseia a questão.

(CESPE UNB / AGU / 2002)

O que a escravidão representa para o Brasil, já o sabemos. Moralmente, é a destruição de todos os princípios e fundamentos da moralidade religiosa ou positiva — a família, a propriedade, a solidariedade social, a aspiração humanitária; politicamente, é o 

servilismo, a desagregação do povo, a doença do funcionalismo, o enfraquecimento do amor à pátria, a divisão do interior em feudos, cada um com seu regime penal, o seu sistema de provas, a sua inviolabilidade perante a polícia e a justiça; econômica e socialmente, é o bem-estar transitório de uma classe única, e essa, decadente e sempre renovada; a eliminação do capital produzido pela compr a de escravos; a paralisação de cada energia individual para o trabalho na população nacional; o fechamento dos nossos portos aos imigrantes que buscam a América do Sul; a valorização social do dinheiro,qualquer que seja a forma como for adquirido; o desprezo por todos os que, por escrúpulos, se inutilizam ou atrasam em uma luta de ambições materiais; a venda dos títulos de nobreza; a desmoralização da autoridade, desde a mais alta até à mais baixa.Observamos a impossibilidade de surgirem individualidades dignas de dirigir o país para melhores destinos, porque o país, no meio de todo esse rebaixamento do caráter, do 

trabalho honrado, das virtudes obscuras, da pobreza que procura elevar-se honestam ente, está, como se disse, “apaixonado por sua própria v ergonha”.

A minha firme convicção é que, se não fizermos todos os dias novos e maiores esforços para tornar o nosso solo perfeitam ente livre, se não tivermos sempre presente a  idé ia  de que a escravidão é a causa principal de todos os nossos vícios, defeitos, perigos e fraquezas nacionais, o prazo que ainda tem de duração legal — calculadas todas as influências que lhe estão precipitando o desfecho — será assinalado por sintomas crescentes de dissolução social.

Joaquim Nabuco. O abolicionismo. In: Intérpretes do Brasil, v. I. Nova Aguilar, 2000, p.148-51 (com adaptações).

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Ju lgue o i t em que se segue.O t ex t o exemp l i f i ca que as es t r u t u r as s in t á t i cas cons t r u í das a pa r t i r de  enumer ação ex igem s ina i s de pon t o - e - v í r gu la quando no i n t e r i o r de a lguns  i t ens ex i s t em v í r gu las.

ACORDO ORTOGRÁFICO: Registra-se, agora, “ideia” sem acento agudo.

Essa afirmação está correta. É a própria definição de um dos empregos do ponto-e-vírgula.

Quando já houver vírgulas no período, o sinal de ponto-e-vírgula deve ser usadoprincipalmente para que haja clareza textual.

Isso pode ser observado na passagem do texto a seguir reproduzida: nos segmentos, é

apresentado o que a escravidão representa para o Brasil (primeira oração).

1 º s e g m e n t o :  

Moralmente, é a destruição de todos os princípios e fundamentos da moralidade religiosa ou positiva — a família, a propriedade, a solidariedade social, a aspiração humanitária; 

No primeiro segmento, apresentam-se, a partir do travessão, os princípios efundamentos que foram aviltados sob o aspecto moral pela escravidão. Como nasequência serão apresentados outros aspectos, em continuidade à argumentação, optou-se pelo ponto-e-vírgula, que emprega uma pausa maior que a vírgula (permitindo umaruptura branda) e menor que o ponto (que encerraria o período desnecessariamente).

2 º s e g m e n t o :  

politicamente, é o servilismo, a desagregação do povo, a doença do funcionalismo, o enfraquecimento do amor à pátria, a divisão do interior em feudos, cada um com seu regime penal, o seu sistema de provas, a sua inviolabilidade perante a polícia e a justiça; 

No segundo segmento, focaliza-se o problema sob enfoque político.

Note que o autor irá prosseguir na argumentação, apresentando os aspectos econômicose sociais (3º segmento).

3 º s e g m e n t o :  

econômica e socialmente, é o bem-estar transitório de uma classe única, e essa,

decadente e sempre renovada; Todos esses segmentos, por constituírem um só argumento, pertencem ao mesmoperíodo, devendo ser separados por ponto-e-vírgula, para a clareza do texto. É essa afunção desse sinal de pontuação bastante desprezado ou maltratado por aí, coitado.

:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Também é usado o ponto-e-vírgula para separar itens enunciativos de textos legislativos(leis, decretos, regulamentos) e acepções de uma palavra em dicionários:

Art. 4° O interessado, pessoa física ou jurídica, somente poderá exercer atividades relacionadas com o despacho aduaneiro: 

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I - por interm édio do despachante aduaneiro; 

II - pessoalmente, se pessoa física ou jurídica.

Veja uma questão do NCE UFRJ, aplicada em 2002:

“Po l í c ia ”  

Vigilância exercida pela autoridade competente para m anter a ordem e o bem- estar públicos em todos os ramos dos serviços do Estado e em todas as partes ou localidades; corporação que engloba os órgãos e instituições incumbidos de fazer respeitar essas leis ou regras e de reprimir e perseguir o crime”. (Pequeno dicionário jurídico)

No texto do dicionário acima há dois segmentos, separados por um ponto-e-vírgula(;); em relação a esses dois segmentos podemos dizer que:

a) o segundo explica o primeiro;b) apresentam dois sentidos diferentes do termo “polícia”;

c) o primeiro é a causa do segundo;

d) o segundo contradiz o primeiro;

e) mostram que a polícia atua na prevenção do crime.

A função do ponto-e-vírgula nessa construção é apresentar as diferentes acepções dapalavra POLÍCIA, presentes no “Pequeno Dicionário Jurídico”. Por isso, a resposta foiopção b .

DOI S PONTOS 

Esse sinal marca, na escrita, a suspensão de uma frase não concluída. Emprega-se, pois,para anunciar:

- uma citação:

Às margens do Ipiranga, gritou D.Pedro I: 

- I ndependência ou Morte! 

- uma enumeração:

Após o levantamento do inventário, devemos tomar as seguintes providências: encerrar o balanço patrimonial, convocar um a reunião extr aordinária, providenciar 

uma auditoria nas contas.(Esses elementos também poderiam estar separados por pontos-e-vírgulas, paramaior clareza.)

- um esclarecimento, um comentário, uma síntese ou uma consequência do que foienunciado:

A razão é clara: achava a sua conversa menos cansativa que a dos outros homens.

Observe a questão de prova que abordou o assunto.

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(FUNDAÇÃO JOÃO GOULART/ SMF – ANALI STA PLANEJAMENTO / 2005)

Texto 2Nunca as condições foram tão favoráveis para a adoção em grande escala do gásnatural como propulsor dos ônibus que circulam pelas grandes cidades brasileiras.

Do ponto de vista ambiental, já eram conhecidas as vantagens desse combustível emrelação ao diesel, que predomina entre os veículos pesados. Esses benefíciosmotivaram diversas experiências anteriores de ônibus a gás, que desde os anos 80circulam em capitais brasileiras como São Paulo, Rio e Recife.

No entanto, os ônibus a gás mostraram pouca competitividade econômica eoperacional, quando comparados com os movidos a diesel. Agora, o cenário político eeconômico é outro, bem mais favorável: as reservas brasileiras de gás simplesmentetriplicaram em 2003 (hoje são 600 milhões de m3). Além disso, o Brasil firmou um

acordo no qual se compromete a comprar parte da produção da Bolívia, aumentandoainda mais a oferta de gás no mercado interno.

A disponibilidade do combustível, no entanto, não basta: a operação dos ônibus adiesel continua sendo mais econômica. Para contornar esse obstáculo, a Petrobrasentrou em ação e, numa opção clara pelo meio ambiente, decidiu subsidiar o gásnatural. “Nos próximos dez anos, as empresas de ônibus poderão adquirir o gás nasdistribuidoras a um preço fixado em 55% do valor do diesel”, garante PauloBarreiros, coordenador do Programa Tecnológico de Gás Natural (Progas) do Centrode Pesquisa da Petrobras (Cenpes). Conforme o uso desse combustível comece acrescer, a fabricação de ônibus a gás em grande escala deve tratar de diminuir adiferença de preço que existe na sua produção, operação e manutenção. Outroestímulo para as empresas de ônibus adotarem o gás natural é a melhoria da redede distribuição desse combustível no Brasil. A infra-estrutura de abastecimentoevoluiu muito em relação aos anos 80, e isso pode facilitar a revenda dos ônibus agás para a renovação da frota, o que nem sempre era fácil no passado.

Aproveitando o cenário favorável, a Petrobrás quer medir na ponta do lápis odesempenho de um ônibus movido a gás natural em comparação com ônibus adiesel, para melhor avaliar sua performance em condições reais de trânsito.

(A hora e a vez do gás natural. Superinteressante. Abril de 2004, p. 10.)

“ A d i spon ib i l i dade do combus t í ve l , no en t an t o , não bas t a : a ope r ação dos  ôn ibu s a d iese l cont inua sendo m ais econôm ica .”  

Os dois-pontos empregados nesse trecho exercem a mesma função dos que estãopresentes em:

A) Tínhamos decerto três preocupações: produção, distribuição e eficiência.

B) Dentre as vantagens desse produto, uma é inegável: o baixo custo de produção.

C) Aumentar a produção era primordial: esta providência inibiria o aumento depreços.

D) Nenhum teste adicional foi feito antes de pormos o produto no mercado: um erroindesculpável.

O gabarito foi letra C. 

ACORDO ORTOGRÁFICO: Registra-se, agora, “infraestrutura” sem hífen.

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A oração que vem após o sinal de dois pontos tem caráter explicativo, da mesma formaque o trecho em destaque (função de aposto explicativo). Nesta, informa-se o motivo denão bastar somente a disponibilidade do gás – a economia que se obtém com o uso dediesel na frota de ônibus é maior.

Já no segmento da opção c , informa-se por que o aumento da produção era principal:haveria inibição do aumento de preços.

Nas opções a  e c , os apostos têm função enumerativa (três preocupações: produção,distribuição e eficiência / Dentre as vantagens ..., uma é inegável: o baixo custo de produção ).

Já na opção e , faz-se um comentário acerca da informação da oração anterior.

TRAVESSÃO 

Segundo o Formulário Ortográfico, “emprega-se o travessão, e não o hífen, para ligar palavras ou grupos de palavras que formam, por assim dizer, uma cadeia na frase:  O t ra je to Mauá–Cascadura  ” .

A esse conceito, Evanildo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa) acrescentou que “o travessão pode substituir os parênteses para assinalar uma expressão intercalada”.

Assim, uma expressão explicativa ou simplesmente acessória pode serapresentada entre vírgulas, entre travessões ou entre parênteses.

Veja como isso foi apresentado em prova.(UnB CESPE/ Banco do Brasil/ 2002)

Julgue o item que se segue

A substituição de todos os travessões do texto por vírgulas respeitaria as regras dossinais de pontuação da norma culta e manteria a função de isolar, em um contexto,palavras ou frases.

Está correta a afirmação. Podemos substituir os travessões por vírgulas, pois ambos têma função de isolar elementos de natureza explicativa. Contudo, a recíproca não éverdadeira. Nem sempre a vírgula pode ser substituída por travessão. Ela pode, naoração, indicar um deslocamento, caso em que não cabe outro sinal de pontuação.

E se o período se encerrar com uma expressão explicativa iniciada por um travessão:posso fazer isso com um ponto final sem usar o segundo travessão?

Sim, se o período se encerra juntamente com essa expressão explicativa (iniciada porvírgula ou travessão), o segundo travessão ou a segunda vírgula pode ser substituídapelo ponto final.

No horário eleitoral, podemos ver inúmeros parlamentares denunciados por corrupção tentando a reeleição – o que só depende de vo cê, e le i to r .

Se a expressão indicada entre os travessões estiver dentro de uma outra construçãoindicada entre vírgulas, não constitui erro a indicação do segundo travessão e, emseguida, a vírgula que encerra o deslocamento.

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Apesar de seu tamanho, que causava terror a todos os que não o conheciam, a 

sua índole era de uma criança inocente.Nesse exemplo, além do deslocamento de uma oração adverbial (Apesar de seu tamanho ), elemento suficiente e necessário para o emprego de uma vírgula, ainda háuma oração de natureza explicativa (a respeito do tamanho), que poderia ser isoladapor vírgulas, travessões ou parênteses (optou-se pelas vírgulas). A segunda vírgula, após “conheciam”, tem dupla função – encerrar a oração explicativa e indicar o fim dodeslocamento da oração adverbial.

E se a oração explicativa viesse isolada por travessões – como ficaria?

Haveria duas possibilidades – a primeira, manter os dois sinais (o travessão encerra aoração explicativa, enquanto que a vírgula indica o fim do deslocamento):

Apesar de seu tamanho –  que causava terror a todos os que não o conheciam  – ,  

a sua índole era de uma criança inocente.

Ou, a segunda, apenas a vírgula, que, nesse caso, continuaria em “dupla jornada detrabalho” – ao mesmo tempo, encerra a explicação e o deslocamento:

Apesar de seu tamanho  –  que causava terror a todos os que não o conheciam , a sua índole era de uma criança inocente.

Veja um bom exemplo do emprego dessa pontuação em uma questão de prova.

(FGV / Ministério da Cultura / 2006)

Sem saber a inda d i r e i t o como va i sob r ev i ve r – " as r ese r vas que acum u le i  em N ova Yo r k es t ão i ndo em bor a " – , e le p lane ja as p r óx im as pa r adas pe la  

Am ér ica do Su l  .O trecho entre travessões indica:

(A) uma contradição.

(B) uma exemplificação.

(C) uma explicação.

(D) uma explicitação.

(E) um questionamento.

Resposta: C 

O período isolado por travessões tem caráter explicativo. Reproduz literalmente (por isso,

as aspas em: "as reservas que acumulei em Nova York estão indo embora" ) as palavrasdo sujeito em que se baseia a afirmação da oração anterior (Sem saber direito como vai sobreviver ).

Note como houve o emprego do segundo travessão, indicando o fim da explicação, para,após isso, ser empregada também a vírgula que finaliza o deslocamento da oraçãoreduzida de infinitivo, formando [– ,].

:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Finalmente, o travessão também pode ser usado no lugar dos dois pontos, quandorepresenta a síntese do que se vinha dizendo, dando maior realce a essa conclusão(recurso estilístico):

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“Deixai-m e chorar m ais e beber mais 

Perseguir doidamente os meus ideais E ter fé e sonhar – enche r a a lma  .” 

(C.Pessanha)

PARÊNTESES 

São usados sempre em dupla e servem para intercalar qualquer informação acessória,como uma explicação, uma circunstância, uma reflexão, uma nota do autor.

Em relação aos sinais de pontuação, indica o Formulário Ortográfico:

“Quando uma pausa coincide com o início da construção parentética  [entre parênteses],

o respectivo sinal de pontuação deve ficar depois dos parênteses mas, estando a proposição ou a frase inteira encerrada pelos parênteses, dentro deles se põe a competente not ação.” .

“Não, filhos meus (deixai-me experimentar, uma vez que seja, convosco, este suavíssimo nome); não: o coração não é tão frívolo, tão exterior, tão carnal,quanto se cuida.” (Rui Barbosa)

O ponto-e-vírgula permaneceu após o fim da construção entre os parênteses, porpertencer à oração que se antecedia a construção parentética.

“A imprensa (quem a contesta?) é o mais poderoso meio que se tem inventado para a divulgação do pensamento.” (Carlos Laet)

O ponto de interrogação pertence à oração entre parênteses e lá deve ser empregado.Quer uma questão de prova? Então, aí está ela!

(CESPE UNB/DEFENSORI A DA UNIÃO/ 200 2)

Pensar o corpo apenas como máquina — ou, no limite, a sua substituição por “máquinas inteligentes'' — é o mesmo que ver sem perceber. A máquina funciona, o homem vive,isto é, estrutura seu mundo, seus valores e seu corpo. O que acontece quando se pensa que as máquinas são equivalentes a seres vivos? Um pensamento artificialista (segundo o qual é preciso tudo refazer pelo artifício humano) é levado até um ponto em que o próprio pensamento desaparece. Os cultores do artificialismo não distinguem, por exemplo, cérebro e mente. Ao desvendarem certos mecanismos do cérebro, pensam ter descoberto o segredo do pensamento. É certo que a vida mental é muito mais complexa.

Adaulo Novaes. A máquina do homem e da ciência. In: 0 homem e a máquina - ciclo de conferências. Rio e Brasília: CCBB (com adaptações).

Ju lgue o i t em que se segue.

Po r cons t i t u i r um a exp l i cação do t e r m o an t e r io r , a o r ação en t r e pa r ên t eses ( l . 5 -  6 ) adm i t e t e r os pa r ên t eses subs t i t u ídos po r t r avessões ou po r v í r gu las.

Essa questão serve como um reforço de tudo o que vimos sobre o emprego de vírgulas,travessões e parênteses.

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Podemos substituir parênteses por travessões ou por vírgulas. Também podemossubstituir os travessóes por parênteses ou por vírgulas. Esse “troca-troca” é válido paraisolar elementos de natureza explicativa.

Contudo (já vimos), nem sempre a recíproca é verdadeira (trocar as vírgulas pelosdemais). Este sinal (vírgula) possui outras funções além de isolar explicação – serve paraisolar conjunções, indicar deslocamento etc.

ASPAS 

Usam-se aspas para indicar uma citação (em todas as nossas aulas, há exemplos desseemprego, inclusive aqui), para destacar uma expressão ou palavra a que se queira darrelevo na construção, ou realçar ironicamente alguma palavra ou expressão.

A isso eu chamo de “hipocrisia burra”.

Esse é o país do “jeitinho”.

Celso Cunha alerta para o emprego da pontuação no emprego de aspas:

 “Quando a pausa coincide com o final da expressão ou sentença que se acha ent re aspas,coloca-se o competente sinal de pontuação depois delas, se encerram apenas uma parte da proposição. Quando, porém, as aspas abrangem todo o período, sentença, frase ou expressão, a respectiva notação fica abrangida por elas.” 

Ou seja, o mesmo tratamento dispensado pelo Formulário Ortográfico aos parênteses.

PONTO DE I NTERROGAÇÃO 

O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que estanão exija resposta.

PONTO DE EXCLAMAÇÃO 

O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado comentonação exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro,indignação etc.

O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:Oh! 

Valha-me Deus! 

O ponto de exclamação, nesses casos, somente acompanha a interjeição, não valendocomo o fim da frase. Por isso, ele acumula a função de vírgula:

Ai! que saudade da Bahia.

Perceba que a vírgula foi dispensada, porque a exclamação a substituiu. Note tambémque o sinal de pontuação não encerrou a frase; simplesmente acompanhou a interjeição.

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Se quiser usar inicial maiúscula após esse ponto, tudo bem. Mais erudito, porém, é nãousá-lo.

RETI CÊNCI AS 

As reticências são empregadas para marcar a interrupção da frase:

a) para assinalar interrupção do pensamento ou hesitação em enunciá-lo:

- Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de que fiz o meu dever. Mas o mundo saberá...

(Júlio Dinis)

b) para indicar, numa narrativa, certas inflexões de natureza emocional (de alegria, de

tristeza, de raiva):Mágoa de o ter perdido, amor ainda. Ódio por ele? Não... não vale a pena...

(Florbela Espanca)

c) como forma de realçar uma palavra ou expressão, colocando-se as reticências antesdela:

E teve um fim trágico... pobrezinho...já t ão novo com tant a responsabilidade! 

Como sinal melódico, indica uma pausa maior quando associado a outros sinais, como avírgula, o ponto de interrogação ou de exclamação.

Passai, ó vagas..., m as passai de manso! (C.Alves)

Certas pessoas merecem punição severa! ... esbravejou a vítima.

Muitos gramáticos recomendam o uso de reticências (inclusive entre parênteses), noinício, no meio ou no fim de uma citação, para indicar supressão no trecho transcrito, emcada uma dessas partes.

“Do mesmo modo que a frase não é uma simples sequência de palavras, o texto não é uma simples sucessão de frases. São elos transfrásicos, (...), que fazem do texto um conjunto de informações.” (Elisa Guimarães, “A Articulação do Texto”)

Celso Cunha, no entanto, faz distinção entre as reticências, como sinal melódico depontuação, e os três pontos que marcam a supressão de palavras, expressões ou trechosde um texto.

"Modernamente”, continua o professor, “para evitar qualquer dúvida, tende a generalizar-se o  uso de qua t r o pon t os   para marcar tais supressões, ficando os três pontos como sinal exclusivo de reticências ."

É isso. Vamos praticar um pouco.

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QUESTÕES DE FI XA ÇÃO 

1 - ( N C E U FR J/ AN TT / 2005 )

Assinale a letra que corresponde à melhor redação, considerando correção, clareza econcisão.

(A) Alguns sabem que certas coisas não têm preço;

(B) Sabem alguns, que certas coisas não tem preço;

(C) Certas coisas não têem preço, é o que sabem alguns;

(D) Sabem alguns que certas coisas não têem preço;

(E) Alguns sabem que, certas coisas não têm preço.

2 - ( FUNDAÇÃO JOÃO GOULART / ENGENHEI RO CI VI L / 20 04 )

“Nos doentes menta is , as i lusões são dev idas à per tu rbação da a tenção, a  in f lu ênc ias emoc iona is e a a l t e rações da consciênc ia . ”  

Reescreve-se essa frase do texto em cada alternativa abaixo. A que está mal construídano que diz respeito à pontuação é:

A) As ilusões são devidas à perturbação da atenção, a influências emocionais e aalterações da consciência nos doentes mentais.

B) As ilusões nos doentes mentais, são devidas à perturbação da atenção, a influênciasemocionais e a alterações da consciência.

C) Perturbação da atenção, influências emocionais e alterações da consciência: a taisfatos são devidas as ilusões nos doentes mentais.

D) Nos doentes mentais, as ilusões são devidas aos seguintes fatos: perturbação daatenção, influências emocionais e alterações da consciência.

3 - (ESAF/ AFC SFC/ 200 0 )

Assinale a opção em que a afirmação a respeito da pontuação adequada para o textoestá incorreta.

Para medir o efeito de uma nova tecnologia é preciso avaliar em que medida ela dá maiseficiência aos processos de produção das empresas. A era do vapor deslocou a produção

do lar para a fábrica(1) com a eletricidade(2) surge a linha de montagem. Agora(3) comcomputadores e Internet(4) a possibilidade de as empresas reformularem(5) seusprocessos é surpreendente(6) da aquisição de insumos à descentralização e àterceirização.

a) É correto colocar um sinal de ponto e vírgula em (1).

b) Em (2), (3) e (4) é correto colocar vírgulas.

c) Pode-se optar por travessões, parênteses ou vírgulas em (3) e (4).

d) Em (5) há exigência do uso de vírgula.

e) Pode-se colocar vírgula ou travessão em (6).

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4 - ( NCE UFRJ / ANALISTA FI NEP / 200 6)

 “Daqui a mais ou menos 1 bilhão de anos, a Terra não será mais habitável”; o empregoda vírgula nesse caso se justifica porque se trata:

(A) de um aposto;

(B) de um vocativo;

(C) de um termo em ordem inversa;

(D) de uma necessidade de evitar-se ambigüidade;

(E) de uma oração antecipada.

5 - ( BESC / AD VO GAD O/ 2004 )

"Esse lapso, é óbvio, também será preenchido, esperam o governo e os próprios bancos,com a adoção de medidas que tornem essa travessia menos arriscada." (L.19-21)

Assinale a alternativa em que, alterando-se a pontuação, não se altere o sentido da fraseacima.

(A) Esse lapso é óbvio, também será preenchido, esperam o governo e os própriosbancos com a adoção de medidas que tornem essa travessia menos arriscada.

(B) Esse lapso - é óbvio - também será preenchido - esperam o governo e os própriosbancos, com a adoção de medidas que tornem essa travessia menos arriscada.

(C) Esse lapso, é óbvio, também será preenchido - esperam o governo e os própriosbancos - com a adoção de medidas que tornem essa travessia menos arriscada.

(D) Esse lapso, é óbvio - também será preenchido, esperam o governo e os própriosbancos - com a adoção de medidas que tornem essa travessia menos arriscada.

(E) Esse lapso, é óbvio, também será preenchido, esperam o governo e os própriosbancos, com a adoção de medidas, que tornem essa travessia menos arriscada.

6 - ( FGV / I CMS MS - F i scal de R endas / 2006 )

O modo de produção capitalista não tem vocação suicida, e nada indica que ele esteja a 

ponto de morrer de morte natural.No trecho acima, utilizou-se corretamente a vírgula antes da conjunção e. Assinale aalternativa em que isso não tenha ocorrido.

(A) Você deve sair antes de anoitecer, e antes de acenderem as luzes, e antes defecharem o comércio.

(B) Ele muito se esforçou para a realização daquele projeto, e acabou não sendo bem-sucedido.

(C) Os irmãos compreendiam-se mutuamente, e, portanto, respeitavam-se.

(D) A expedição encontrou um grupo perdido, e todos voltaram juntos.

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(E) A maioria dos estudantes aprovou a proposta, e seus pais acataram a decisão.

7 - ( F GV / I CM S M S – A TI / 2 0 0 6 )

Os olhos empapuçados são os mesmos mas o cabelo se foi e a barriga só parou de crescer porque não havia mais lugar atrás do balcão .

Assinale a alternativa que ofereça pontuação igualmente correta para o trecho acima.

(A) Os olhos empapuçados são os mesmos, mas o cabelo se foi, e a barriga só parou decrescer porque não havia mais lugar atrás do balcão.

(B) Os olhos empapuçados, são os mesmos mas o cabelo se foi e a barriga só parou de

crescer, porque não havia mais lugar atrás do balcão.(C) Os olhos empapuçados são os mesmos, mas o cabelo, se foi, e a barriga só parou decrescer porque não havia mais lugar, atrás do balcão.

(D) Os olhos empapuçados são os mesmos mas, o cabelo, se foi e a barriga, só parou decrescer, porque não havia mais lugar atrás do balcão.

(E) Os olhos empapuçados são os mesmos, mas o cabelo se foi, e a barriga, só parou decrescer porque não havia mais lugar, atrás do balcão.

8 - ( CESGRANRI O / PREF.MANAUS / 200 4)

Assinale a opção em que a retirada da(s) vírgula(s) NÃO modifica o sentido da sentença.

(A) João, desenha uma ave no caderno.

(B) No dia 5 de outubro, comemora-se o Dia da Ave.

(C) Chamei a menina, que estava sentada, e ela não se mexeu.

(D) Ela falava sem parar – da festa, do fim de semana e das férias de verão.

(E) A secretária, organizada, não deixa trabalho para o dia seguinte.

9 - ( U nB C ESPE/ Banco do Br asi l / 2002 )

A indústria armamentista movimenta anualmente cerca de 800 bilhões de dólares. É umaquantia equivalente a 2,5% do PIB mundial. Com um investimento de apenas 8 bilhõesde dólares — menos do que quatro dias de gastos militares mundiais —, todas ascrianças do planeta que hoje estão fora da escola poderiam freqüentar uma sala deaula. Aliás, a fabricação de um único tanque de guerra consome o equivalente àconstrução de 520 salas de aula, e o custo de um avião de caça supersônico daria paraequipar 40 mil consultórios médicos.

“O desperdício da indústria da guerra”. In: Família Cristã, ano 68, n./ 795, mar./2002, p.12 ( com adaptações).

Julgue o item a seguir.

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♦  Na linha 4, a ausência de vírgulas para isolar a oração “que hoje estão fora daescola” indica que ela constitui restrição a “crianças do planeta”.

10 - ( FCC / I N SS MED I CO / 2006 )

A fragmentação dos objetivos intelectuais em compartimentos cada vez mais estreitos provocou, na nossa época, uma verdadeira confusão de idiomas.

Julgue a correção do item que se segue, em relação à pontuação.

•  No período acima, a elisão da vírgula aposta a provocou  não prejudica a correçãoda frase, considerada a norma culta da língua.

11 - ( FCC / BANCO DO BRASI L / 200 6)Está plenamente correta a pontuação do seguinte segmento:

(A) Pode viver um homem sem acesso à civilização. Não pode: embora haja muitos quepensem o contrário. O que não é evidentemente, o caso do cronista.

(B) O poeta Álvares de Azevedo, no século XIX, parecia alimentar a mesma convicção docronista. Embora fosse um romântico, o poeta ridicularizava os idealistas que,tendenciosamente, omitiam as agruras da vida natural.

(C) O cronista é um dos maiores humoristas nossos, sem receio de ofender pontos devista alheios, costuma atacar o senso comum; no que este tem de vicioso e sobretudo,artificial.

(D) Provavelmente se sentirão hostilizados, aqueles que defendem as delícias da vidanatural. Em compensação: os que relutam em aceitá-la, muito se divertirão com essacrônica.

(E) Não se privaria o cronista, do conforto que oferecem instalações sanitárias, em nomede uma vida mais pura e mais rústica. Por que haveríamos de renunciar aos ganhos dacivilização, pergunta-se ele?

12 - (ESAF/ AFR F/ 2002 . 1)

A revolução da informação, o fim da guerra fria – com a decorrente hegemonia de umasuperpotência única – e a internacionalização da economia impuseram um novo equilíbriode forças nas relações humanas e sociais que parece jogar por terra as antigas

aspirações de solidariedade e justiça distributiva entre os homens, tão presentes nossonhos, utopias e projetos políticos nos últimos dois séculos. Ao contrário: o novomodelo – cuja arrogância chegou ao extremo de considerar-se o ponto final, senãoculminante, da história – promove uma brutal concentração de renda em âmbitomundial, multiplicando a desigualdade e banalizando de maneira assustadora a perversãosocial.

Julgue se os itens a respeito do emprego dos sinais de pontuação no texto são falsos (F)ou verdadeiros (V) para, em seguida, assinalar a opção correta.

( ) As duas ocorrências de duplo travessão demarcam intercalações edesempenham função análoga à dos parênteses.

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( ) As vírgulas que se seguem a “homens”(l.4) e “sonhos”(l.5) destacam uma

explicativa restritiva e, por isso, seu emprego é opcional.( ) O emprego de dois-pontos após “contrário”(l.5) justifica-se por introduzir

um esclarecimento sobre o que foi dito no período anterior.

( ) A função das vírgulas que isolam a expressão “senão culminante”(l.6-7) éa de destacá-la sintaticamente e dar-lhe relevo estilístico.

A ordem correta dos itens é

a) V F V F

b) F F V F

c) V F F V

d) V F V Ve) F V V V

13 - (ESAF/ Fisca l do Tr aba lho / 2003 )

A sociedade baseada na liberdade contratual será sempre, em grande parte, umasociedade de classes, cuja estrutura é defendida em vantagem dos ricos. Cumpreassociar o indivíduo no processo de autoridade, isto é, o trabalhador no poder industrial.A exclusão de alguém de uma parcela do poder é, forçosamente, a exclusão daquele dosbenefícios deste. Todos deviam e devem, portanto, ter direito a uma parte dos resultadosda vida social. E as diferenças devem existir somente quando necessárias ao bemcomum. Impõe-se, pois, uma igualdade econômica maior, porque os benefícios que um

homem pode obter do processo social estão aproximadamente em função de seu poderde consumo, o que resulta do seu poder de propriedade. Assim os privilégios econômicossão contrários à verdadeira sociedade democrática. O próprio conceito de liberdaderedefine-se através dos séculos, de acordo com as circunstâncias históricas e odesenvolvimento das forças econômicas. E a liberdade, no mundo atual, só existirá defato quando assentada na segurança e em função da igualdade. É que a verdadeirademocracia, já o disse Turner, “é o direito do indivíduo de compartilhar as decisões querespeitam a sua vida e da ação necessária à execução de tais decisões”. Para que aliberdade realmente exista, é preciso que a sociedade se estruture sobre cooperação  enão sobre a exploração . E assim os homens serão livres.

(João Mangabeira, Oração do Paraninfo, proferida em Salvador, BA, em 8/12/1944, com adaptações)

Analise as seguintes afirmações a respeito do uso dos sinais de pontuação no texto.

I. O emprego da vírgula depois de “classes” (l.2) é opcional e, por isso, sua retirada nãocausa prejuízo gramatical ao texto.

II. Devido ao valor explicativo do período iniciado por “A exclusão”(l.4), as regrasgramaticais permitem trocar o ponto final que o antecede pelo sinal de dois pontos,desde que se empregue o artigo com letra minúscula.

III. Apesar de não ser obrigatório o emprego da vírgula depois de “Assim”(l.9), o valorconclusivo do advérbio recomenda que aí seja inserida.

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IV. Por se tratar de uma citação, as regras gramaticais admitem que o período entreaspas (l.14-15) seja precedido do sinal de dois pontos, em lugar de vírgula; e, nessecaso, as aspas podem ser retiradas.

a) todos os itens estão corretos.

b) nenhum item está correto.

c) apenas o item II está correto.

d) apenas os itens II e III estão corretos.

e) apenas os itens II, III e IV estão corretos.

14 - (ESAF/ Técn ico ANEEL / 200 6)  Apesar das dificuldades, o Programa de Metas foi executado e seus resultadosmanifestam-se na transformação da estrutura produtiva nacional. O governo JK, quesoube mobilizar com maestria a herança de Vargas e elevar a auto-estima do povobrasileiro, realizou-se em condições democráticas, com liberdade de imprensa etolerância política. A taxa de inflação, que em 1956 foi de 12,5%, no final do governo JK,elevou-se para o patamar de 30,5%. A Nação, por sua vez, obteve um crescimentoeconômico médio de 8,1% ao ano. Apesar das pressões do Fundo MonetárioInternacional (FMI), que já advogava o “equilíbrio fiscal” e o Estado mínimo para o Brasil,e de setores conservadores da vida brasileira, JK conseguiu elevar o PIB nacional emcerca de 143%. E tudo isto ocorreu em um contexto marcado por um déficit detransações correntes que atingiu 20% das exportações em 1957 e 37% em 1960, o que

ampliava a fragilidade externa e fazia declinar a condição de solvência da economiabrasileira. No entanto, foi graças ao controle do câmbio e ao regime de incentivos criadosque as importações de bens de consumo duráveis foram contidas.

(Rodrigo L. Medeiros, com adapt ações)

Em relação ao texto, julgue a assertiva.

•  As vírgulas após “JK” (l.2) e após “brasileiro”(l.4) isolam oração de naturezarestritiva.

15 - ( FCC/ TRE MG / 2005 )  

A supressão da(s) vírgula(s) implicará alteração de sentido na frase:

(A) Ao longo das últimas décadas, as obras de Umberto Eco vêm ganhando mais e maisrespeitabilidade.

(B)  Umberto Eco homenageia os cientistas, que combatem o obscurantismofundamentalista.

(C) O grande pensador italiano, Umberto Eco, homenageia em seu texto a atitude de umgrande cientista.

(D) Na atitude de Stephen Hawking, há uma grandeza que todo cientista deveria imitar.

(E) Não há como deixar de reconhecer, no texto de Humberto Eco, uma homenagem aStephen Hawking.

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16 - ( FCC/ TRE MG/ 2005 )Atente para as seguintes frases:

I. A preocupação do autor é com os jornalistas, cuja liberdade de expressão se encontraameaçada.

II. Os jornalistas, que costumam cuidar de seus próprios interesses, não preservam suaindependência.

III. O direito à livre informação é dos jornalistas e, também, da sociedade como um todo.

A supressão da(s) vírgula(s) altera o sentido APENAS do que está em

(A) I.

(B) II.(C) III.

(D) I e II.

(E) II e III.

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GABARI TOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FI XAÇÃO 

1 – A

Vimos que a vírgula não pode separar elementos inseparáveis, que são: sujeito do verbo,verbo do complemento, termo regido do termo regente, conjunção ou pronome relativoda oração correspondente.

Se houver uma intercalação separando-os, deve haver DUAS VÍRGULAS e não apenasuma.

A oração totalmente correta está na letra a .

As demais apresentam os seguintes erros.

b) O verbo saber está separado de seu complemento oracional (que certas coisas nãotêm preço) por uma vírgula após o termo que exerce a função de sujeito (alguns).Além disso, houve um erro de concordância verbal (“tem” no lugar de “têm”, que possuio substantivo “coisas” como núcleo do sujeito).

c) Que coisa feia é essa de “têem”??? Cruzes! Os verbos que dobram o “e” (e, agora, nãorequerem mais o acento circunflexo) são LER, VER, CRER e DAR (e seus derivados).Agora, registramos “leem”, “veem”, “creem” e “deem”. Nada mudou em relação aosverbos TER e VIR (e derivados).

d) Olha essa feiúra aí de novo!!! Será que a banca imaginou que alguém ia marcar umacoisa dessas como CERTA?!?!?! SOCORRO!

e) Nessa opção, a conjunção “que” está separada indevidamente do restante da oração aque pertence.

2 – B

Busca-se a opção em que se verifica erro de pontuação. Vejamos a construção da opçãob : 

As ilusões nos doentes mentais, são devidas à perturbação da atenção, a influênciasemocionais e a alterações da consciência.

Houve uma indevida separação do sujeito (As ilusões ) do verbo correspondente (são ) pormeio de uma vírgula isolada. Há duas formas de correção: elimina-se a vírgula (As ilusões nos doentes mentais são devidas...) ou coloca-se uma outra vírgula, isolando aexpressão “nos doentes mentais” (As ilusões, nos doentes mentais, são devidas...).

3 – D

Em “a possibilidade de as empresas reformularem (5) seus processos ”, a vírgula nãopode ser colocada nesse ponto, pois estaria separando o verbo reformular de seucomplemento verbal seus processos – um dos casos de proibição.

Vamos analisar cada uma das demais propostas:

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a)  Correta. Encerra-se a primeira passagem, mas o período seguinte segue a mesmalinha argumentativa. Por isso, o melhor sinal é o ponto-e-vírgula: “A era do vapor deslocou a produção do lar para a fábrica; com a eletricidade [uma nova era]. . .” .

b)  Correta. Em (2), indica-se, com a vírgula, o deslocamento da expressão adverbial “com a eletricidade” para o início da oração. Por sua vez, a expressão “comcomputadores e Internet”, de valor adverbial, deve ser isolada por vírgulas em (3) e(4).

c)  Correta. Com o emprego de vírgulas, travessões ou parênteses, destaca-se o valorexplicativo da expressão adverbial “com computadores e Internet”.

e)  Correta. Também de valor explicativo (justifica-se o fato de ser consideradosurpreendente ), é indicada a vírgula ou o travessão. Tendo em vista o fim do períodocom a expressão explicativa, no lugar do segundo sinal (que faria a “dobradinha” com o primeiro) é colocado o ponto que encerra todo o período.

4 – C

ACORDO ORTOGRÁFICO: Registra-se, agora, “ambiguidade” sem trema.

O deslocamento da expressão circunstancial “Daqui a mais ou menos 1 bilhão de anos” (adjunto adverbial de tempo), por não ser curto, exige o emprego de vírgula. É um termodeslocado ou, nas palavras do examinador, em ordem inversa.

Na ordem direta, a construção seria “A Terra não será mais habitável  daqu i a m a is ou  m enos 1 b i l hão de anos  .”.

5 – CExpressões ou orações intercaladas, que apresentem comentários ou explicações, devemser isoladas por vírgulas, de modo a não interferir no restante da estrutura oracional.

Note que na opção a  houve uma alteração de sentido da expressão “é óbvio”, somentecom a retirada de uma das vírgulas que deveriam isolá-la. De acordo com a novaapresentação, o que “é óbvio” não é mais “o preenchimento do lapso” (“Esse lapso, é óbvio, também será preenchido”) , mas o próprio “lapso”: Esse lapso é óbvio, também será preenchido.

Em outra construção igualmente errada (opção d ), houve a separação do sujeito “lapso” da forma verbal passiva correspondente “será preenchido”, por meio de travessão.

Outra expressão que deveria se manter isolada: esperam o governo e os própriosbancos. Contudo, isso não foi respeitado nas construções das opções a  e d  (abriu comtravessão e fechou com vírgula – um “samba do crioulo doido”...rs...).

O erro da opção e  foi separar uma oração adjetiva restritiva de seu antecedente porvírgula (“m edidas que tornem essa travessia menos arriscada”).

6 – C

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Não está errado empregar uma vírgula antes da conjunção “e”. O problema é como fazerisso para não errar. O autor do texto fez com perfeição, já que os sujeitos das oraçõescoordenadas são diferentes (o primeiro – “o m odo de produção capitalista”, e o segundo, “nada” ).

Quando o sujeito das duas orações for o mesmo, isso não será possível, a não ser emcasos muito especiais, por questões de clareza textual (quando, por exemplo, a primeiraoração for muito longa e houver a necessidade de se retomar o sujeito distante).

Muita gente deve ter achado estranha a primeira construção (opção a ). Contudo, emaula, vimos os casos de polissíndeto, em que podemos repetir a conjunção para darênfase aos elementos (lembra do poema de Vinícius?).

Então, estaria correta a construção. Reforça-se, com a repetição, a necessidade de se

sair cedo – antes de anoitecer, antes de acenderem as luzes, antes de fecharem ocomércio.

Na opção b , a conjunção “e” tem valor adversativo. Vimos na aula sobre conectivos quesó podemos afirmar o valor da conjunção no período, lembra? Então, há entre a primeirae a segunda oração ideias contrárias – muito esforço na realização do projeto ≠ projeto mal-sucedido. Por isso, está correta a pontuação.

No período da opção d , os sujeitos são distintos, assim como o fez o autor do texto. Naprimeira oração, o sujeito é “A expedição”, enquanto que, na segunda, é o pronome “todos”.

Por fim, também são diferentes os sujeitos do último período: “a maioria dos estudantes” 

e “seus pais”. Assim, é possível o emprego de vírgula antes da conjunção aditiva “e”.

7 – A

Temos, nessa questão, vários dos casos de proibição. Vamos enumerar alguns deles.

b) vírgula separando sujeito do verbo: “Os olhos empapuçados(,) são os mesmos”; vírgula antes de conjunção causal  (é possível antes de conjunção explicativa): “a barriga só parou de crescer (consequência)( , ) porqu e (cau sa) não hav ia mais lugar.. .” .

c) vírgula separando sujeito do verbo: “o cabelo (,) se foi”;  a expressão “atrás dobalcão” já está no fim do período, não havendo justificativa para uma pausa (indicadapor vírgula).

d) vírgula após a conjunção adversativa “mas” (seria possível ANTES e nãoDEPOIS) + vírgula separando sujeito do verbo:  “mas(,) o cabelo, se foi”  e “a barriga(,) só parou de crescer” ;  vírgula antes de conjunção causal (é possível antesde conjunção explicativa).

e) vírgula separando sujeito do verbo: “a barriga(,) só parou de crescer” ; vírguladesnecessária antes de “atrás do balcão”.

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8 – B

Agora, a pontuação que envolve orações adjetivas. Lembre-se: não existe casoFACULTATIVO de vírgula com oração adjetiva. OU A VÍRGULA É PROIBIDA (ORAÇÃOADJETIVA RESTRITIVA), OU A VÍRGULA É OBRIGATÓRIA (ORAÇÃO ADJETIVAEXPLICATIVA).

Vejamos caso a caso:

a) João, desenha uma ave no caderno.

Com a vírgula, isola-se um vocativo (João) . Sua retirada tornaria esta uma oraçãoafirmativa (João desenha uma ave no caderno.). Ocorre, pois, alteração semântica.

b) No dia 5 de outubro, comem ora-se o Dia da Ave.A vírgula isola um elemento deslocado. Na ordem direta, seria: “Comemora-se o Dia da Ave no dia 5 de outubr o.”. Como o elemento é curto e de fácil entendimento, não haveriaprejuízo algum o deslocamento sem vírgula: No dia 5 de outubro comemora-se o Dia da Ave. Assim, com a retirada da vírgula, não ocorre nenhuma mudança de sentido dafrase. Esta é a resposta correta.

c) Chamei a menina, que estava sentada, e ela não se mexeu.

A oração adjetiva, por estar isolada por vírgulas, tem valor explicativo. Com a retirada davírgula, ela se tornaria uma oração adjetiva restritiva. Haveria, assim, mudançasemântica na construção.

d) Ela falava sem parar – da festa, do fim de semana e das férias de verão.

Com a vírgula, pode-se entender que são três os temas de que ela falava: da festa, dofim de semana e das férias de verão. Com a ausência da vírgula, a expressão “do fim desemana” deixa de ser um complemento verbal (ela falava do fim de semana ) e passa aser um complemento nominal, em relação a “festa” (“a festa do fim de semana”).Também ocorre aí alteração de sentido.

e) A secretária, organizada, não deixa trabalho para o dia seguinte.

Da mesma forma que na construção da opção c , haveria a transformação de valor dotermo isolado por vírgula: de explicativo (A secretária, por ser organizada, não deixa trabalho para o dia seguinte.), passaria a ser restritivo (Aquela secretária que é organizada não deixa trabalho para o dia seguinte.) .

9 - Item CORRETO

ACORDO ORTOGRÁFICO: Registra-se, agora, “frequentar” sem trema.

É exatamente essa a característica da oração subordinada restritiva – está ligada aotermo antecedente de forma direta, sem vírgula.

10 – Item INCORRETO 

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A retirada da vírgula após “pr ovocou  ” provocaria uma separação entre esse verbo e seucomplemento, representado por “uma verdadeira confusão de idiomas”, em virtude damanutenção da vírgula após a palavra “época ”.

11 - B

As demais opções apresentam os seguintes erros.

(A) O primeiro período, na verdade, deveria ser interrogativo (“Pode viver um homem sem acesso à civilização?” ), apresentando-se a resposta no segundo período (“Não pode ”). A partir daí, uma vírgula o separa da oração subordinada concessiva (“Não pode,embora haja muitos que pensem o contrário” ). Os dois pontos estão empregados deforma incorreta.

Ademais, o verbo “ser” foi separado indevidamente de seu complemento “o caso docronista” por uma vírgula, e a expressão adverbial “evidentemente” deveria vir isoladapor DUAS vírgulas ou sem nenhuma delas, por ser um termo curto e de fácilentendimento. Somente uma vírgula implica erro de pontuação para o período.

(C) O primeiro período se encerra em “nossos”. Deve ser indicada essa interrupção porum ponto. A seguir, está indevidamente empregado o ponto-e-vírgula, que separa overbo “atacar” de seu complemento (“atacar no que este tem ...” ). Por fim, faltou aprimeira vírgula da série que isola o vocábulo “sobretudo” (“e, sobretudo, artificial.” ).

(D) O sujeito do verbo “sentir” é “aqueles” . Na ordem direta, isso fica mais claro(Aqueles [que defendem as delícias da vida natural] se sentirão hostilizados provavelmente.). Uma vírgula separa o sujeito (aqueles ) do verbo correspondente,devendo ser retirada. No período seguinte, a expressão introdutória “Em compensação” 

deve ser seguida por uma vírgula, e não pelo sinal de dois pontos.Em seguida, mais uma vez a vírgula separa o sujeito, representado pelo pronomedemonstrativo “os” (em “os [que relutam em aceitá-la]” ), do predicado “muito se divertirão”, incorrendo em um dos casos de proibição (separar sujeito do verbo).

(E) O complemento indireto do verbo bitransitivo privar foi separado deste por umaindevida vírgula (“Não se  [objeto direto] privaria o cronista [sujeito]  do con f o r t o  [ o b j e t o i n d ir e t o ]  ” ).

12 – D

A ordem é V/F/V/V.

1º item) VERDADEIROVimos que os travessões se prestam para, assim como os parênteses, apresentarexpressões acessórias, como no caso das construções destacadas.

2º item) FALSO 

Que doideira é essa “explicativa restritiva”?! As orações adjetivas podem ser explicativas(com vírgula obrigatória) ou restritivas (com vírgula proibida). Não existe caso de vírgulaopcional em orações adjetivas. A primeira, antes de “tão presentes...” , introduzconstrução adjetiva em relação a “antigas aspirações”;  a segunda separa itens de mesmafunção sintática em uma enumeração – “tão presentes em sonhos, utopias e projetos políticos” . Percebe-se, assim, que elas não têm relação entre si.

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3º item) VERDADEIRO 

É exatamente essa a função dos dois pontos, podendo também ser usada a vírgula, queestabelece uma pausa mais breve. Se a intenção for de maior destaque, usa-se o ponto(“Ao contrário. O novo modelo...” ).

4º item) VERDADEIRO

Em lugar das vírgulas, poderiam também ser usados travessões ou parênteses.

13 - E

Está incorreto apenas o item I.

Como já vimos, a vírgula em orações adjetivas ou é obrigatória (explicativa) ou proibida(restritiva). Não há caso de vírgula opcional. Essa vírgula tem a função de iniciar umaoração subordinada adjetiva explicativa, em relação a sociedade de classes.

Estão corretos os itens:

II - A associação proposta na oração anterior será apresentada na oração iniciada por “Aexclusão”. Portanto, está correta a sugestão.

III – Por ser curto o advérbio, houve a dispensa da vírgula. Contudo, devido ao seuvalor conclusivo, melhor seria mantê-la após Assim.

IV – As aspas servem para indicar que as palavras não pertencem ao autor do texto,mas àquela pessoa mencionada por ele. A partir da colocação do sinal de dois pontos,essa distinção fica clara, passando o emprego das aspas a ser facultativo.

14 - Item INCORRETO.

ACORDO ORTOGRÁFICO: Registra-se, agora, “autoestima” sem hífen.

Como vimos no início do nosso estudo e ao longo dessa aula, as orações adjetivasrestritivas NÃO PODEM SER ISOLADAS POR VÍRGULAS. O valor do segmento destacado éexplicativo, o que justifica a pontuação empregada.

15 - B

Cuidado com o enunciado. O examinador não busca a opção em que haverá prejuízogramatical com a retirada da vírgula, mas a em que haverá alteração semântica

(“sentido na frase ”).Observamos que essa alteração ocorre com a retirada da vírgula que inicia a oraçãosubordinada adjetiva explicativa. Do modo com é apresentada na construção, a oração “que combatem o obscurantismo fundamentalista” indica essa prática por todos oscientistas a quem Umberto Eco presta homenagem.

A partir da retirada do sinal de pontuação, haveria mais de uma “espécie” de cientista, esó aos cientistas  que combatem o obscurantismo fundamentalista o pensadoritaliano só renderia homenagens.

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16 - D

Na oração I, com a vírgula, afirma-se que o autor se preocupa com todos os jornalistas,pois eles (todos eles!) têm sua liberdade de expressão ameaçada. Após a retirada dosinal, a oração deixa de ter valor explicativo e passa a ser restritiva. Assim, de todos os jornalistas existentes no planeta, a preocupação do autor é em relação àqueles cujaliberdade de expressão se encontra ameaçada. Há, portanto, alteração semântica com aretirada da vírgula.

O mesmo acontece na oração II – após a retirada da vírgula, afirma-se que, do universode jornalistas, aqueles que costumam cuidar de seus próprios interesses não preservamsua independência.

Já na oração III, a retirada da vírgula não provoca nenhuma alteração no sentido dafrase. A expressão “também” admite ser colocada diretamente na oração, sem pausas:“O direito à livre inform ação é dos jornalistas e tam bém da sociedade como um todo”.

Assim, houve alteração somente nas orações dos itens I e II.

Bons estudos e até a próxima - última aula chegando aí, pessoal!

No próximo encontro, veremos alguns casos que envolvem interpretação detextos e ordenação textual, questão típica de prova da ESAF, mas já presenteem outras bancas, como a Fundação Carlos Chagas e Cespe/UnB. Abraço e atélá.

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AULA 1 3 - I NTERPRETAÇÃO E ORDENA ÇÃO TEXTUAL

Hoje é o encerramento do nosso curso. Espero que, após esses nossos encontros, eu possa tertrazido pelo menos um novo ensinamento, uma dica proveitosa, ou, no mínimo, um sorriso a partirde uma das minhas brincadeiras. Espero que tenha conseguido, também, semear o prazer noestudo de nossa Língua Portuguesa, a única disciplina, aliás, que tem aplicação diária, imediata epermanente.

Alguns alunos têm solicitado questões que versem sobre interpretação de textos. Esse ponto doprograma exigiria um curso completo e, mesmo assim, ao seu término, ficaríamos com a sensaçãode que algo ficou faltando. Isso porque interpretação é uma questão extremamente subjetiva.Seria o mesmo que um curso de natação por correspondência.

Somente a prática pode levar à perfeição ou, pelo menos, à melhoria do rendimento em questõesque explorem interpretação. Façam provas anteriores (são muitas as questões disponíveis),

treinem muito, não se contentem apenas com a resposta – procurem entender o que há de erradona opção que foi considerada incorreta.

A dificuldade que reside em questões desse tipo é que, além do texto inteiro, há necessidade de lerTODAS as opções. Sim, porque uma pode estar ‘boazinha’, mas a seguinte pode ser ainda melhor,mais completa. Isso demanda tempo de prova e seria um CRIME ler as opções sem ter lido o texto– você pode acabar sendo convencido por algum argumento inválido do examinador.

Por isso, o treino é fundamental. É como tocar um instrumento musical, como o piano. No início,dedilhamos. Depois de muitos exercícios, a música flui e os dedos acompanham a melodia. Nainterpretação, à medida que lemos, aumentamos nosso vocabulário, a facilidade em compreendere, a partir daí, interpretar a mensagem.

COMPREENSÃO E I NTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 

Sim, existe diferença entre COMPREENSÃO e INTERPRETAÇÃO de um texto.

No processo de r ecepção t ex t ua l, o leitor, primeiramente, reconhece o sentido das palavras e,em função da coesão e coerência, os argumentos apresentados pelo autor. Esse é o processo decompreensão textual. Em seguida, tomando por base outros elementos, como os conhecimentosque possui acerca do tema (chamado de “conhecimento do mundo”, em que pesam suasexperiências pessoais, profissionais, ou seja, de vida), mede a verossimilhança do discurso e, apartir daí, pode extrair inferências do texto. Esse é o processo de interpretação textual.

 “Inferir algo” é tirar por conclusão, deduzir por raciocínio  (segundo Aurélio ), ou seja, é o processode raciocínio que leva a uma conclusão a partir do que se apresentou no texto, nãonecessariamente com as mesmas palavras do autor, mas com base na mesma ideia.

Uma boa dica para obter sucesso em COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS é “mergulharno texto”, ou seja, lê-lo com gosto e boa-vontade. Afinal, não é exatamente isso que fazemos aoler um livro de cujo autor gostamos? Esquecemos da vida e até perdemos a hora (conheço genteque perdeu a estação do metrô em que iria sair e acabou tendo de fazer todo o trajeto devolta...rs...).

Quando lemos um texto interessante, que prende a nossa atenção e, sobretudo, cujo assuntodominamos, conseguimos compr eendê- lo e i n t e r p r e t á - lo co r r e t amen t e . Isso, contudo, nãoacontece ao lermos um texto sobre um assunto estranho, ao qual não estamos acostumados (nomeu caso, textos sobre filosofia, informática...). Com isso, criamos uma resistência que deve serquebrada. Mesmo que não compreenda exatamente todos os conceitos ou palavras, procure

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identificar elementos com os quais as opções tenham relação. Decomponha o texto em partes eextraia de cada trecho (um parágrafo ou parte dele) as ideias básicas.

Entenda os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar sua tese. Entender um texto ésaber acompanhar o “percurso argumentativo” que o autor trilha.

Identifique e grife ou escreva palavras-chave. Isso ajuda a eliminar as opções incorretas. Assim,mesmo sem compr eender totalmente o texto (afinal, ele foge ao seu domínio), você teráinstrumentos para resolver a questão de prova.

Algumas bancas costumam usar textos interessantes, ainda que longos e sem indicação de linhas(é o caso da Fundação Carlos Chagas, a “banca da moda”).

Outras lançam mão de textos complicados, densos, repletos de linguagem técnica ou simplesmentealheia ao padrão comum. Esse é o caso da ESAF e da CESPE. Em relação a esta última, outroelemento dificultoso são as próprias questões, em que se deve assinalar CERTO ou ERRADO. As

questões podem apresentar argumentos que extrapolam ou contradizem (às vezes, usando asmesmas palavras, para complicar ainda mais) a tese do autor. Muitas vezes, os candidatos não selimitam ao texto e buscam nas respostas sua opinião sobre o tema. Com isso, acabam errando, e,nesse tipo de prova, um erro implica perda de ponto ganho em outra questão. É cruel demais!

Por isso, deixe a sua opinião sobre o tema para o barzinho com os amigos, na hora do “chope combatatinha”. Na hora da prova, atenha-se ao que o autor apresenta e, a partir do texto (e somentecom base nele), analise as opções da prova.

Algumas dicas podem ajudá-lo nessa tarefa.

1 – Leia o texto com calma, atenção, buscando extrair as ideias principais e ter uma visão geraldo assunto.

2 – Se houver palavras desconhecidas, não se desespere – prossiga a leitura. Muitas vezes, épossível inferir o seu significado a partir do contexto.

3 – Volte ao texto e releia quantas vezes forem necessárias. Se não compreender algum trechoou parágrafo, prossiga para ver se consegue fazê-lo com os demais argumentos do autor. Casocontrário, volte e releia, até conseguir extrair aquela “ideia-chave”.

4 – Para melhor compreensão, especialmente se o texto for longo, divida-o em segmentos(frases, períodos, parágrafos) e, se for preciso, sublinhe ou escreva ao lado palavras-chave.

5 – Se for um texto dissertativo, procure identificar o posicionamento do autor e anote-o, paranão confundi-lo com a sua própria opinião.

6 – Por fim, somente após a leitura completa e bem feita, vá às opções. Leia-as com a mesmacalma que usou na leitura do texto.

7 – Se o enunciado exigir correção gramatical, elimine antecipadamente as que apresentemerros como de sintaxe de concordância, de regência, ortografia, pontuação etc. Assim,aumentam as suas chances de gabaritar.

8 – Se o enunciado buscar o trecho que COMPLETA o sentido, faça os mesmos passos acima(ideia-núcleo, palavras-chave) em relação às opções, eliminando as que se distanciam dadireção argumentativa do autor.

É por essas e outras que as provas apresentam textos (cada vez mais) longos e/ou complexos. Ocandidato que deixa a prova de Língua Portuguesa para o fim, chega a ela cansado, esgotado, compressa, e fica impedido de compreender o texto com perfeição. Acaba errando questões simples ouperde um tempo precioso em releituras que não seriam necessárias se estivesse com a mentedescansada.

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Como já afirmamos em aulas anteriores, as bancas não buscam os candidatos que sabem mais;elas procuram os mais objetivos (e isso começa já na preparação), os que usam sua inteligência aseu favor, sabendo explorar seus pontos fortes e sanar os pontos fracos.

COESÃO E COERÊNCI A TEXTUA L

O que falar sobre as questões que envolvem coesão e coerência textuais?

Bem, é preciso, para começar, dominar certos conceitos.

Na construção de um texto, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensão doque se lê. Para isso, é importante o bom uso tanto da pontuação (Aula 12) e de mecanismoslinguísticos que estabelecem a conectividade e a retomada do que foi escrito (r e f e r en t est ex t ua is , tratados nas aulas sobre Pronomes e Conectivos – Conjunções e Preposições).

Esses referentes buscam garantir a coesão textual para que, como consequência, haja coerência,tanto entre os elementos que compõem a oração, como também entre a sequência de oraçõesdentro do texto.

Essa coesão também pode muitas vezes se dar de modo implícito, baseado em conhecimentosanteriores que os participantes do processo tenham com o tema (o tal “conhecimento do mundo”).É por isso que, como vimos, alguns textos, por tratarem de assuntos alheios ao conhecimento docandidato, são considerados desagradáveis e de difícil compreensão.

Costumamos usar uma linguagem figurada para apresentar os conceitos de coesão e coerência.

A coesão é uma linha imaginária - composta de termos e expressões - que une os diversoselementos do texto e busca estabelecer relações de sentido entre eles. Dessa forma, com oemprego de diferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição, substituição, associação), sejamgramaticais (emprego de pronomes, conjunções, numerais, elipses), constroem-se frases, orações,períodos, que irão apresentar o contexto – decorre daí a coerência textual.

Um texto incoerente é o que carece de sentido ou o apresenta de forma contraditória. Muitas vezesessa incoerência é resultado do mau uso daqueles elementos de coesão textual (uma conjunçãoinapropriada, um pronome mal empregado). Por isso, na organização de períodos e de parágrafos,um erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais prejudica o entendimento do texto.Construído com os elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal.

Se o examinador pedir ao candidato que aponte a assertiva que, além dos aspectos de coesão ecoerência, apresente CORREÇÃO GRAMATICAL, uma boa dica (e somente nesse caso) é, antesmesmo de ler o texto, verificar a correção gramatical das opções, descartando as queapresentarem erros de concordância, regência, pontuação, ortografia, etc.

Assim, eliminam-se opções inválidas, aumentando, por conseguinte, as chances de identificar acorreta. Em seguida, restando dois ou mais itens, a leitura do texto passa a ser fundamental.

Na última prova para o TCU, a questão apontada como correta apresentava um erro deconcordância verbal. Vamos analisá-la.

11- Indique a opção que pode anteceder o parágrafo transcrito abaixo, sem ferir os princípios de coerência textual e desenvolvimento lógico das idéias.

Muito contribuiu para afirmações desse tipo a divulgação da teoria de Cesare Lombroso (1835-1909), criminalista italiano, que procurou correlacionar aparência física com tendência para comportamentos criminosos. Por mais absurda que nos possa parecer, a teoria de Lombroso encontrou grande receptividade popular e, até recentemente, era 

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ministrada em alguns cursos de direito, como verdade científica. Em nossos dias, o mau uso da sociobiologia tem exercido o mesmo papel.

(Roque de Barros Laraia, Cu l t u r a – u m conce i t o an t r opo lóg i co  .)

a) O perigo da crença nas qualidades (positivas ou negativas) adquiridas graças à transmissão genética é que facilmente elas podem vir associadas a padrões discriminatórios, sejam raciais, sejam sociais, na tentativa de justificar as diferenças sociais.

b) Os dados científicos de que dispomos atualmente não confirmam a teoria segundo a qual as diferenças genéticas hereditárias constituiriam um fator de importância primordial entre as causas das diferenças que se manifestam entre as culturas e as obras das civilizações dos diversos povos ou grupos étnicos.

c) Os grupos humanos diferem uns dos outros pelos traços psicologicamente inatos,quer se trate de inteligência, quer de temperamento. O desenvolvimento das aptidões mentais se explicam, antes de tudo, pelo aparato inato de que vem dotado cada ser humano – apanágio do que se designa por espécie humana.

d) As diferenças existentes entre os homens não podem ser explicadas em termos das limitações que lhes são impostas pelo seu aparato biológico ou pelo seu meio ambiente.A grande qualidade da espécie hum ana foi ter rompido com suas próprias limitações: um animal frágil dominou toda a natureza e se transformou no mais temível dos predadores.

e) Um jovem lobo, separado de seus semelhantes no momento do nascimento, saberá uivar quando necessário; saberá distinguir, entre mu itos odores, o cheiro de um a fêmea 

no cio e distinguir, entre numerosas espécies animais, aquelas que lhe são amistosas ou adversárias. Do mesmo modo, um cachorrinho criado com uma ninhada de gatinhos nem mesmo experimentará miar – latirá e rosnará a primeira vez que lhe pisarem a pata.

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Registra-se, agora, a palavra “ideia”, sem acento agudo. 

O trecho a ser indicado como correto deveria anteceder o segmento apresentado no enunciado.

O item-chave é o pronome demonstrativo da primeira oração: “Muito contribuiu para afirmações desse tipo...” . Que afirmação foi essa?

A de que “grupos humanos diferem uns dos outros pelos traços psicologicamente inatos” e que o

aparato congênito de que vem dotado o ser humano justifica o desenvolvimento de certas aptidõesmentais. Esse tipo de argumentação embasou a polêmica tese do criminalista italiano em que secorrelaciona aparência física com comportamento criminoso (resposta presente na opção c ).

No entanto, essa opção c , indicada como correta, apresenta ERRO DE SI NTAX E DECONCORDÂN CI A. Na passagem “O desenvolvimento das aptidões mentais se explicam  ...”  overbo exp l icar deve concordar com o substantivo que exerce a função sintática de núcleo dosujeito – desenvo lv imen t o –, sendo a forma correta: “O desenvolvimento das aptidões mentais se explica...” .

O problema é que o enunciado não ex ig ia a cor reção gramat ica l do segmento, somenterespeito aos “princípios de coerência textual e desenvolvimento lógico das ideias ”. Ainda assim, a

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questão foi passível de recurso, pois, para que haja coerência, os aspectos gramaticais devem serrespeitados. A ESAF não teve outra saída e anulou a questão.

ORDENAÇÃO TEXTUAL

Em questões que envolvem ordenação textual (questões típicas da ESAF, mas que poderão estarpresentes em provas de outras bancas, como já ocorreu com a FCC), a identificação dos referentestextuais ajuda (e como!) a eliminação de muitas opções. Quando isso não for suficiente, aí sim, aleitura e interpretação são necessárias para identificação da ordem correta.

Deveremos eliminar, primeiramente, as opções que não poderiam ser o primeiro parágrafo dotexto. Essas opções apresentam termos ou expressões que dependem de indicações antecedentes(pronomes, conjunções etc.).

Às vezes, isso basta para encontrarmos a resposta correta. Na maior parte, ficamos com apenasduas ou três opções. Aí, devemos analisar cada uma das ordens propostas e verificar a que melhorrespeita a coesão e coerência textuais.

Vamos analisar uma dessas questões.

07- (TRF 2003 ) Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados. Ordene-os nos parênteses e, em seguida, assinale a seqüência correspondente.

( ) As operações de compra de imóveis pelas off shores também estão sendo monitoradaspela Receita. Os dados serão comparados com as declarações de Imposto de Renda dosresidentes no Brasil e até com o cadastro de imóveis das prefeituras.

( ) Sem identificação dos donos, cujos nomes são mantidos em sigilo pela legislação dospaíses onde estão registradas, muitas dessas empresas fazem negócios no Brasil, como a

participação em empreendimentos comerciais ou industriais, compra e aluguel de imóveis.( ) Além de não saber quem são os proprietários dessas off shores , pois não hámecanismos legais que permitem acesso aos verdadeiros donos, o governo também nãotem conhecimento da origem desse dinheiro aplicado no País, sem o recolhimento dosimpostos devidos.

( ) A Receita Federal está fechando o cerco contra as empresas estrangeiras sediadas emparaísos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores .

( ) Para reduzir essa evasão fiscal, a Receita está identificando as pessoas físicas quealugam imóveis de luxo pertencentes a pessoas jurídicas ou mesmo físicas que atuam emparaísos fiscais. Toda remessa de aluguel é tributada.

(Adapt ado de Ana D'Angelo, Andr ea Cordeiro e Vicente Nunes, Correio Braziliense,08/09/2003)

a) 1º,2º,4º,3º,5º

b) 2º,3º,5º,4º,1º

c) 5º,2º,3º,1º,4º

d) 1º,5º,4º,3º,2º

e) 3º,2º,1º,5º,4º

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Registra-se, agora, a palavra “sequência”, sem trema. 

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Veremos que a banca apresenta esse tipo de questão de diversas formas. Nessa, devemos colocaros numerais ordinais nos parênteses.

Primeiramente, vamos eliminar as opções que apontam, como primeiro parágrafo do texto (1º),segmentos que apresentam palavras ou expressões dependentes de informações anteriores, quergramaticalmente (emprego de pronomes com função anafórica - “essas”, “suas”, que exigemreferência textual anterior, conjunção relacionando orações de trechos diferentes, orações cujosujeito já deveria ter sido mencionado, etc.), quer semanticamente (não faz o menor sentido,faltam informações).

Eliminamos da primeira posição os seguintes segmentos:

1º) “As operações ... também estão sendo monitoradas pela Receita .” – o vocábulo “também” indica a necessidade de ter sido mencionada outra operação que esteja sendo monitorada pelaReceita Federal. Além disso, eu só sei que é a Receita Federal por ter lido as demais opções. Emum texto, deve-se indicar inicialmente o nome do órgão de maneira completa. A indicação de partedesse nome – Receita – implica erro de coesão textual e prejudica a compreensão, pois o leitor nãotem como saber que “Receita” é essa (estadual, municipal, federal?).

2º) “Sem identificação dos donos, cujos nomes.. .” – donos de quê? – “muitas dessas empresas ” –quais empresas?

3º) “Além de não saber quem são os proprietários dessas off shores ...” – que off shores  sãoessas??? O que é isso??

5º) “Para reduzir essa evasão fiscal  ...” – que evasão???

Só poderíamos começar pelo quarto segmento:

 “A Receita Federal  ( nome do ó r gão comp le t i nho – ago r a , s im ! ) está fechando o cerco contra as empresas sediadas em paraísos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores.

( t ambém se ap r esen t ou o conce i t o de o f f sho r es  – qu e pode se r desconhec ido do g r andepúb l i co ) . ” 

Agora, sim. Todas as informações necessárias foram apresentadas.

Vamos às opções: e l im in am -se as le t ras a, b, d, e. RESPOSTA: C

Incrível que somente essa providência levou ao gabarito! Mas não fique muito animadinho(a),hem? Nem sempre funciona desse jeito mole, mole...

Se houver tempo, verifique a ordem e comprove que essa é mesmo a resposta correta. Casocontrário, marque o “X” e corra pro abraço...rs...

Bem, espero que essas dicas o ajudem a resolver, daqui pra frente, as questões que envolvemesse assunto.

Por fim, apresentamos, para o seu deleite, a poesia de Ricardo Alberty, extraída do livro homônimoilustrado por Eliana Brandão (Ed.Melhoramentos). Temos a oportunidade de fazer algumas análisesque envolvem a compreensão do texto (além de absorver a lição de grande valia que ela nos traz).

A casa fe i ta de sonho

Leve como uma plum a,

Alta como um a torre,

Quente como um ninho 

E doce com o m el.

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Assim imaginei desde pequeno a minha casa...

Mais tarde, quando m e encontrei só no m undo, como não t inha dinheiro, resolvi construí-la com as próprias mãos. Fiz primeiro a minha casa de papel, que é u m mat erial barato.

E assim que ficou pronta, vieram todos os ventos da Terra e levaram a minha casa de papel, leve como uma pluma...

Fiquei sem casa, mas não desisti. E fiz a minha casa à beira-mar, com areia da praia, que é um material barato.

Mal estava pronta, vieram todas as marés do mundo e levaram a minha casa de areia, alta como uma torre...

Tive vontade de desistir, mas eu precisava de uma casa, e sobretudo não podia abandonar o meu sonho.

E resolvi fazer a minha casa de madeira, que é um material barato. Cortei-a dos bosques, com as próprias mãos! Ficou linda!... Escondida entre a folhagem...

Mas ainda mal a tinha acabado, vieram todos os fogos do céu e queimaram a minha casa de madeira, quente como um ninho...

Chorei sobre as cinzas, como se chora uma pessoa querida que morreu.

Mas, mesmo assim, não desisti. E resolvi fazer a minha casa de açúcar...

Mas o açúcar não é um material barato! Não é.

Mas eu precisava de uma casa, e sobretudo não podia abandonar o meu sonho...

Trabalhei, lutei, passei fome, para juntar o açúcar suficiente...

E quando a minha casa estava pronta – eram de açúcar as paredes, o chão, o teto, os móveis, as portas e as janelas - vieram todos os bichos da Terra e devoraram a minha casa de açúcar, doce como o m el...

Fiquei sem casa. E desisti de construí-la com as próprias m ãos...

Perguntaram -m e onde moro... Onde moro eu? 

Sei lá!... Vou pelo mundo, aqui, além, no bosque, à beira-m ar...

Perguntam -m e se não tenho casa... Tenho, sim! Eu podia lá abandonar o m eu sonho!...

Resolvi imaginá-la. Num lugar onde não chega o vento, nem o mar, nem o fogo, nem os bichos da Terra.

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Fiz a minha casa com o meu próprio sonho.

Ficou linda! 

Leve como uma plum a,

Alta como um a torre,

Quente como um ninho 

E doce como o mel...

Ainda que de origem portuguesa, o autor é capaz de relacionar várias características comuns aopovo brasileiro: a busca incessante pela casa própria, a perseverança na luta por seus ideais, afalta de condições financeiras (procura materiais baratos e usa sua própria força de trabalho para aconstrução) etc.

Podemos perceber que, à medida que enfrenta as adversidades, o personagem se abate, sim, cadavez mais (chega a chorar, em uma delas), mas não o suficiente para desistir de alcançar seu ideal.

A leveza (da pluma), a imponência (representada pela torre), a firmeza (da madeira) e a doçura(do açúcar) sucumbiram, mas não o nosso herói.

Seu ideal foi mais forte e o levou a construir, finalmente, sua própria casa – dessa vez de formaque adversidade alguma seria capaz de destruí-la: com seu próprio sonho, mantendo-a em suaprópria imaginação.

Faça sua própria interpretação do texto e tenha em mente que só não vence aquele que desiste.

Agora, chega de conversa. Vamos treinar um pouco.

Na primeira parte, apresentamos algumas questões de prova que tratam de coesão e coerênciatextuais.

Na segunda, falaremos sobre ordenação de texto. Apresentaremos algumas dicas para eliminaropções e, com isso, resolver a questão ou, no mínimo, aumentar as chances de acerto.

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QUESTÕES DE FI XA ÇÃO 

1 - ( ESAF/ AFR F/ 2002 . 1)

Marque, em cada item, o período que inicia o respectivo texto de forma coesa e coerente. Depois,escolha a seqüência correta.

I .........................................................................

O abandono da tematização do capitalismo, do imperialismo, das relações centro-periferia, deconceitos como exploração, alienação, dominação, abriu caminho para o triunfo do liberalismo.

(X) O socialismo, em conseqüência desses fatores, desapareceu do horizonte histórico, em virtudede ter ganho atualidade política com a vitória da Revolução Soviética de 1917.

(Y) O triunfo do neoliberalismo se consolidou quando o pensamento social passou a ser dominado

por teses conservadoras.

II ..............................................................

Compravam um passaporte para o camarote dos vencedores. Mas, como “há uma dignidade que ovencedor não pode alcançar”, como dizia Borges, o que ganharam em prestígio perderam emcapacidade de análise.

(X) Os que abandonaram Marx com soltura de corpo e com alívio, como se se desvencilhassem deum peso, na verdade não trocavam um autor por outro, mas uma classe por outra.

(Y) Eles substituíram a exploração de classes e de países pela temática do totalitarismo,aperfeiçoando suas análises políticas ao vinculá-las à dimensão social.

III ........................................................................

No mundo contemporâneo, tais modos nos permitem compreender a etapa atual do capitalismo,em sua fase de hegemonia política norte-americana.

(X) Para atender a atualidade, são necessários modos de compreensão férteis, capazes de darconta das relações entre a objetividade e a subjetividade, entre os homens como produtores ecomo produtos da história.

(Y) Trata-se de uma compreensão míope, que ignora componentes essenciais ao fenômeno docapitalismo que estamos vivendo.

IV .........................................................................

Quem pode entender a política militarista dos EUA e do seu complexo militar-industrial sem aatualização da noção de imperialismo?

(X) Quem pode entender hoje a crise econômica internacional fora dos esquemas dasuperprodução, essencial ao capitalismo?

(Y) Portanto, é a unipolaridade vigente há uma década que busca impor a dicotomia livremercado/protecionismo.

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V ...........................................................................

Nunca as relações mercantis tiveram tanta universalidade, seja dentro de cada país, seja nasnovas fronteiras do capitalismo.

(X) O capitalismo dá mostras de enfrentar forte declínio, que leva os especialistas a preveremprofunda fragmentação na ordem econômica interna de cada nação.

(Y) Assiste-se ao capitalismo em plena fase imperialista consolidada, em que as formas dedominação se multiplicam.

(Itens baseados em Emir Sader)

a) X,X,Y,Y,Xb) Y,X,X,X,Y

c) Y,Y,X,X,Y

d) X,Y,Y,X,Y

e) X,Y,Y,X,X

2 - ( ESAF/ AFC SFC/ 20 02 )

Assinale, entre as opções propostas, aquela que se desvia, ainda que parcialmente, do conceito eda direção argumentativa expressos no período abaixo.

 “Dizia o sociólogo norte-americano, Robert Merton, que o que há de mais relevante e espantosocom as profecias é que elas se auto-realizam, como um vaticínio, um augúrio.” 

a) Ao serem concebidas pela imaginação ilimitada dos homens, as profecias potencializam a chancede se transformarem em realidade, projetando e fortalecendo um desejo ou temor coletivo.

b) Pelo simples fato de que foram inventadas por alguém, com ousadia e eficácia simbólica,ganham existência real, criando a probabilidade de serem incorporadas à vida social em futuroimediato ou distante.

c) Quando uma grande (ou pequena) idéia se cristaliza, sua força transformadora entra em açãocom os mesmos poderes que comandam as leis da Física.

d) Acima de profetas e messias, está o império da história, que constrói o futuro com seus própriosvetores e forças internas atuando à revelia do desiderato e do fado humanos.

e) A história da humanidade registra fatos que provam a existência de uma simbiose natural entreos grandes sonhos e as grandes mudanças, fruto da magia pessoal e de uma vontade inabalável.

(Com base em artigo de Aspásia Camargo)

3 - (ESAF/ AFRE MG/2005) 

Santo Agostinho (354-430), um dos grandes formuladores do catolicismo, uniu a teologia àfilosofia. Sua contribuição para o estudo das taxas de juros, ainda que involuntária, foi tremenda.Em suas Confissões , o bispo de Hipona, filho de Santa Mônica, conta que, ainda adolescente,clamou a Deus que lhe concedesse a castidade e a continência e fez uma ressalva – ansiava poressa graça, mas não de imediato. Ele admitiu que receava perder a concupiscência natural da

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puberdade. A atitude de Santo Agostinho traduz impecavelmente a urgência do ser humano emviver o aqui e agora. Essa atitude alia-se ao desejo de adiar quanto puder a dor e arcar com asconseqüências do desfrute presente – sejam elas de ordem financeira ou de saúde. É justamenteessa urgência que explica a predisposição das pessoas, empresas e países a pagar altas taxas de juros para usufruir o mais rápido possível seu objeto de desejo.

(Viver agora, pagar depois, (Fragmento). In: Economia e Negócios, Revista Veja, 30/03/2005,p.90)

Assinale a opção correta com base no que se depreende do texto.

a) Na adolescência, o bispo de Hipona foi concupiscente.b) O clamor de Santo Agostinho a Deus incluía o adiamento dos prazeres libidinosos.c) A predisposição para o pagamento de altas taxas de juros é causa da urgência de se quererviver intensamente o momento presente.

d) A atitude tomada pelo filósofo católico, na adolescência, diferenciava-o dos demais homens eprenunciava a santificação futura.e) O teólogo e filósofo do catolicismo contribuiu significativamente para a formulação do conceitodas taxas de juros, ainda que fosse contrário à matéria.

4 - ( ESAF/ AFC STN/ 200 2 )

Relacione cada parágrafo à correspondente pergunta constante da relação proposta e, depois,marque a seqüência correta.

( ) Mercados são pessoas! Pessoas com necessidades e problemas demandando soluções;pessoas com informações e conhecimento ofertando soluções. É gente falando com gente otempo todo. Negócios são relacionamentos.

( ) Até aí pode parecer óbvio. Mas pare para pensar! Compare com o que acontece na vidareal: uma enorme deturpação do que verdadeiramente seja o entendimento de mercado ede negócio.

( ) Na fábrica, as máquinas, os equipamentos e as instalações valem mais do que osfuncionários; no estabelecimento comercial, a loja, as prateleiras e os estoques valem maisdo que os funcionários. Ironicamente, os recursos físicos e técnicos valem mais do que aspessoas. Os meios se sobrepõem aos fins.

( ) Na fábrica, as máquinas e os equipamentos recebem manutenção preventiva e corretiva,sistematicamente. Existe até a conta manutenção e conservação, que prevê gastosvoltados à atualização desses ativos. Existem também os gastos com segurançapatrimonial,destinados a preservar o patrimônio composto dos ativos fixos e imobilizados.Não é pouco o que se gasta para preservar recursos físicos e técnicos.

( ) Crises econômicas mostram a pouca convicção que existe no que se refere à formação deequipes e à capacitação de pessoas. As pessoas não têm o privilégio das máquinas, eis agrande distorção. Não existe a conta de aumento intelectual.

(Baseado em Roberto Tranjan)

1. Quais as conseqüências nefastas da negligência com a capacitação dos recursos humanos?

2. Qual a natureza dos mercados?

3. Consolidaram-se distorções quanto a conceitos chave na economia de mercado?

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4. Qual a prioridade na preservação do patrimônio no setor secundário do sistema de produção?

5. Os recursos humanos nas diversas atividades produtivas estão subestimados?

a) 2, 3, 5, 4, 1

b) 3, 1, 4, 5, 2

c) 2, 4, 3, 5, 1

d) 4, 5, 2, 1, 3

e) 5, 2, 1, 4, 3

5 - ( ESAF/ AFPS/ 2002  )

A entrada dos anos 2000 têm trazido a reversão das expectativas de que haveria a inauguração detempos de fraternidade, harmonia e entendimento da humanidade. Os resultados das cúpulasmundiais alimentaram esperanças que novos tempos trariam novas perspectivas referentes aqualidade de vida e relacionamento humano em todos os níveis. Contudo, o movimento que seobserva em nível mundial sinaliza perdas que ainda não podemos avaliar. O recrudescimento doconservadorismo e de práticas autoritárias, efetivadas à sombra do medo, tem representado fontede frustração dos ideais historicamente buscados.

(Roseli Fischmann, Correio Braziliense. 26/08/2002, com adaptações)

Se cada período sintático do texto for representado, respectivamente, pelas letras X, Y, W e Z, asrelações semânticas que se estabelecem no trecho correspondem às idéias expressas pelosseguintes conectivos:

a) X e Y mas W e Z.

b) X porque Y porém W logo Z.

c) X mas Y e W porque Z.

d) Não só X mas também Y porque W e Z.

e) Tanto X como Y e W embora Z.

6 - (ESAF/ AFRE MG/2005) 

Os teóricos, ao dizerem que os indivíduos são cronicamente insatisfeitos porque são consumistas,

não estão constatando um fato, mas emitindo um julgamento moral, isto é, a satisfação psicológicaobtida com a compra de objetos é interpretada como insatisfação, porque seria um tipo derealização emocional espúrio. Em outras palavras, supõe-se que existe uma forma mais nobre desatisfação emocional que se perderia no contato com o mundo dos artefatos, ou então, como nosautores de orientação marxista, que a insatisfação é inevitável quando o sujeito é expropriado doque ele próprio produz e coagido a comprar os objetos produzidos pelos proprietários do capital.Em suma, pode existir satisfação com os objetos de uso, mas, não, com os de troca, ou seja, coma mercadoria.

(Texto adaptado de Jurandir Freire Costa. "O vestígio e a aura: corpo e consumismo na moral do espetáculo", p.203)

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Assinale a afirmativa que está de acordo com o que argumenta o autor do texto.

a) Na análise do ser humano e de sua conduta pessoal e social, deve haver mais rigor, para quenão prevaleçam as crenças e os fatos sejam examinados com objetividade.

b) Aqueles que criticam as leis de mercado, como os marxistas, por exemplo, elaboram análisesequivocadas a respeito dos estados psicológicos do ser humano.

c) É verdadeiro o pressuposto de que é espúria a satisfação emocional resultante da compra deobjetos, mas a relação de causa e efeito entre esses dois fatos é falsa.

d) A mercadoria, vilã da satisfação plena do indivíduo, é referida por grande parte dos teóricoscomo a forma mais nobre de satisfação emocional.

e) Os teóricos não estariam emitindo julgamento de valor se, ao contrário do que afirmam sobre ainsatisfação crônica dos indivíduos, declarassem que, apesar de insatisfeitos, os indivíduoscontinuam consumistas.

( FCC / AFTE PB / 2006 )

Com base no texto a seguir, responde às questões 7 a 9.

Os números do relatório da CPI dedicada originalmente aos Correios são expressivos, dos milhares de páginas de texto e documentos aos mais de cem acusados. É o tempo do espanto. Um oceano nos separa, contudo, do resultado concreto, o das absolvições e o das punições. Os dois momentos do mar imenso entre relatório e resultado estão no j ulgamento final, cuj a tendência é pessimista, a contar de exemplos recentes. Não deveria ser.

Não deveria ser pela natureza mesma das comissões parlamentares de inquérito, cujo nome é raramente objeto de meditação até pelos operários do direito. "Comissão", além do significado mercantil (depreciativo, no caso do Parlamento), do dinheiro pago em remuneração de serviço, é tam bém o do gr upamento encarregado de realizar t arefa de interesse comum.

Interesse comum? Não. De interesses conflituosos pela própria natureza política de seu trabalho,pois o vocábulo "parlamentares" as afirma integradas por componentes de uma das casas do Congresso ou mistas, funcionando segundo seus regimentos internos. (...) "As comissões são úteis ou necessárias?", perguntará o leitor. Sem a m enor dúvida e v igorosamente, respondo sim.

Há abusos. São lamentáveis, mas inerentes à vida parlamentar, no Brasil e em qualquer país onde haja comissões parlamentares. Se os legisladores devem ser a expressão média de seu povo, fica manifesto que os parlamentos sejam compostos por homens e mulheres de bem, dedicados e honestos, mas também por pilantras, patifes, cachaceiros, delinqüentes e assim por diante. (...)Seria ideal que o povo escolhesse melhor seus representantes, dizem as elites, mas sem razão. O 

povo vota sob influência do poder econômico, após seleção dos favoritos de chefes partidários,para exclusão dos que assumam linha independente da adotada pelas lideranças e assim por diante.

Voltando à CPI dos Correios, cabe esclarecer por que há um oceano entre o relatório e o resultado."Inquérito" é trabalho de apuração. Se bem feito, propicia bom material aos julgadores. Se malfeito, facilita a "pizza", essa maravilhosa invenção atribuída aos italianos em geral, mas que vem do sul da Itália. "Pizza" transformada em cambalacho e tapeação? Não necessariamente.Muitas vezes o defeito da distância entre a apuração e o julgamento está naquela, e não neste,principalmente se for judicial. O mal do julgamento político está em que não considera seu efeito paralelo do desprestígio para o Parlamento como um todo. No caso atual, porém, não se pode negar que já houve resultados apreciáveis. Para o relatório lido nesta semana cabe esperar pela travessia do oceano e torcer para que chegue a bom porto.

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(W. Ceneviva. Folha de S. Paulo . 01/04/2006, C2 )

Os dois momentos do mar imenso entre o relatório e o resultado estão no julgamento final, cuja tendência é pessimista, a contar de exemplos recentes.

De acordo com o texto, esse trecho significa

(A) uma impressionante identidade entre relatório e julgamento.

(B) um julgamento pessimista, embora o relatório seja um mar de otimismo.

(C) um julgamento tendencioso que reflete o mar de ilícitos que constam do relatório.

(D) um desacordo considerável entre o resultado do julgamento e o relatório.

(E) um oceano de ilícitos, embora o relatório seja tendencioso.

8 – ( FCC / AFTE PB / 2006 )

De acordo com o texto, “Pizza” transformada em cambalacho e tapeação pode ser o resultado de

(A) um julgamento em desacordo com as regras institucionais.

(B) um relatório que resulta de um inquérito que não apurou adequadamente os fatos.

(C) uma maravilhosa invenção gastronômica, mas ruim por seu efeito paralelo.

(D) um julgamento que não condiz com os fatos apurados.

(E) uma Comissão Parlamentar de Inquérito dedicada a cambalachos e à tapeação.

9 - ( FCC / AFTE PB / 2006 )As expressões travessia do oceano e bom porto podem ser substituídas, sem alteração de sentido,respectivamente por

(A) apuração e bom julgamento.

(B) julgamento e boa âncora.

(C) relatório e boa âncora.

(D) relatório e bom julgamento.

(E) julgamento e bom termo.

1 0 – ( CESPE/ BB/ 2002  )

Term inou m ais um r ound na lut a entre palestinos e israelenses. E pode-se dizer que há um empate técnico. Feridos, os dois duelistas — Ariel Sharon e Yasser Arafat — seguem para seus cantos do ringue a fim de avaliar os danos. Arafat deixou seu isolamento forçado de cinco meses — mas será que venceu? Sharon aparentemente se curvou às pressões americanas — mas também não se pode dizer que o premier israelense tenha sido derrotado, na opinião de analistas.

Douglas McMillan. Round empat ado. In : Jornal do Brasil, 2/ 5/ 2002, p. 7 (com adaptações).

Julgue o item que se segue.

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♦  Infere-se do texto que a complexidade da questão do Oriente Médio é de tal ordem que, nomomento, não há certeza absoluta acerca de quem venceu o episódio entre palestinos eisraelenses mencionado no texto.

1 1 - ( ESAF/ TRF/ 2003  )

Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados. Ordene-os nos parênteses e, emseguida, assinale a seqüência correspondente.

( ) As operações de compra de imóveis pelas off shores  também estão sendo monitoradaspela Receita. Os dados serão comparados com as declarações de Imposto de Renda dosresidentes no Brasil e até com o cadastro de imóveis das prefeituras.

( ) Sem identificação dos donos, cujos nomes são mantidos em sigilo pela legislação dospaíses onde estão registradas, muitas dessas empresas fazem negócios no Brasil, como aparticipação em empreendimentos comerciais ou industriais, compra e aluguel de imóveis.

( ) Além de não saber quem são os proprietários dessas off shores , pois não há mecanismoslegais que permitem acesso aos verdadeiros donos, o governo também não temconhecimento da origem desse dinheiro aplicado no País, sem o recolhimento dos impostosdevidos.

( ) A Receita Federal está fechando o cerco contra as empresas estrangeiras sediadas emparaísos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores .

( ) Para reduzir essa evasão fiscal, a Receita está identificando as pessoas físicas que alugamimóveis de luxo pertencentes a pessoas jurídicas ou mesmo físicas que atuam em paraísos

fiscais. Toda remessa de aluguel é tributada.(Adapt ado de Ana D'Angelo, Andr ea Cordeiro e Vicente Nunes, Correio Braziliense,

08/09/2003)

a) 1º,2º,4º,3º,5º

b) 2º,3º,5º,4º,1º

c) 5º,2º,3º,1º,4º

d) 1º,5º,4º,3º,2º

e) 3º,2º,1º,5º,4º

1 2 - ( ESAF/ TRF/ 2003  )Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados. Ordene-os nos parênteses e, emseguida, assinale a seqüência correspondente.

( ) Em geral, esta firma é constituída apenas para atuar como subsidiária da estrangeira,intermediando seus negócios. Caso a empresa compre imóvel no Brasil, tem que haverregistro, tem que existir um responsável, com CPF, o que permite o controle.

( ) O investidor estrangeiro entra no Brasil via Bolsa de Valores, fundos de investimentos oucomo sócio de uma empresa brasileira.

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( ) O secretário da Receita admite, no entanto, que não há mecanismos para controlar aatuação de brasileiros que mandam dinheiro ilícito para os paraísos fiscais e o repatriampor meio de negócios realizados em nome das off shores .

( ) E também a contabilidade da empresa, em tais países, não precisa ser auditada. Os donosdos recursos podem movimentar dinheiro ou constituir empresas por vários meios queomitem seus nomes, como o sistema de ações ao portador.

( ) Esses países conhecidos como paraísos fiscais têm como principais atrativos a legislaçãotributária branda, com direito até a isenção de impostos, e garantia de sigilo bancário,

comercial e societário.(Adapt ado de Ana D'Angelo, Andr ea Cordeiro e Vicente Nunes, Correio Braziliense,

08/09/2003)

a) 1º,2º,4º,3º,5º

b) 2º,1º,3º,5º,4º

c) 3º,2º,1º,5º,4º

d) 1º,5º,4º,3º,2º

e) 5º,2º,3º,1º,4º

1 3 - ( ESAF/ TRF/ 2000  )

Os fragmentos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados. Ordene-os de forma coesae coerente e assinale a resposta correta.

A. Na sede da entidade, a Receita recolheu para análise dezenas de notas fiscais,comprovantes de pagamentos e livros contábeis. Com base nos documentos, o órgãofederal espera esclarecer a questão. O movimento financeiro durante os dez dias da festaé avaliado pelo Sebrae da cidade em R$ 278 milhões.

B. Segundo sua análise, o evento reúne 1 milhão de pessoas, com uma média de R$ 278gastos por freqüentador. Desses R$ 278 milhões, a média de arrecadação é de 3%.Segundo informações obtidas pela Receita, metade desse percentual estaria sendosonegado - ou seja, R$ 4,17 milhões. Além do clube, devem ser fiscalizados hotéis,

restaurantes e a empresa que vende os anúncios da festa.C. A suspeita de sonegação surgiu porque o recolhimento dos tributos por parte de

comerciantes e empresários da região, no período da festa, é o mesmo dos outros mesesdo ano. "Todo mundo diz que o faturamento dobra ou triplica no período da festa, mas ototal arrecadado em impostos fica igual", diz o delegado da Receita. O primeiro alvo dosauditores na cidade foi o clube Os Independentes , instituição responsável pela organizaçãoda Festa do Peão de Boiadeiro.

D. A Receita Federal de Franca está apurando a sonegação de impostos praticada pelasempresas e associações que atuam na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos.

(Rogério Pagnan, Folha de S. Paulo, 15/08/2000, p. F2, com adaptações)

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a) C, A, B, D

b) D, C, A, Bc) A, B, C, D

d) D, B, C, A

e) B, C, D, A

1 4 - ( FCC/ Pr ocu r ado r BACEN / Jane i r o 20 06 )

Para responder a esta questão, considere os parágrafos que seguem.

I. Essa situação prevaleceu ao menos durante os primeiros tempos da colônia.

II. Vinte e sete anos mais tarde renova-se essa proibição, que só com a Restauração seria parcialmente revogada, em favor de ingleses e holandeses.

III. Com tudo isso, a administração portuguesa parece, em alguns pontos, relativamente mais liberal do que a das possessões espanholas. Assim é que, ao contrário do que sucedia nessas, foi admitida aqui a livre entrada de estrangeiros que se dispusessem a vir trabalhar. Inúmeros foram os espanhóis, italianos, flamengos, ingleses, irlandeses, alemães que para cá vieram,aproveitando-se dessa tolerância.

IV. Só mudou em 1600, quando Felipe  II ordenou fossem terminantemente excluídos todos os estrangeiros do Brasil. Proibiu-se então seu emprego como administradores de propriedades agrícolas, determinou-se fosse realizado o recenseamento de seu número, domicílio e cabedais, e em certos lugares – como em Pernambuco – deu-se-lhes ordem de embarque para os seus países de origem.

V. Aos estrangeiros era permitido, além disso, percorrerem as costas brasileiras na qualidade de mercadores, desde que se obrigassem a pagar dez por cento do valor de suas mercadorias, como imposto de importação, e desde que não traficassem com os indígenas.

Os parágrafos acima constituem um texto organizado, extraído do livro Raízes do Brasi l , deSérgio Buarque de Holanda (São Paulo: José Olympio, 1948, p. 153-4) cujos parágrafos foramtranscritos de forma aleatória. A seqüência que reproduz a ordem original, garantindo clareza ecoesão, é:

(A)  III, V, I, IV, II.

(B) III, II, I, V, IV.

(C) I, III, V, II, IV.

(D) IV, V, I, III, II.(E) IV, I, V, II, III.

1 5 – ( ESAF/ TRF/ 2006  )

Abaixo estão os segmentos inicial e final de uma correspondência oficial. É preciso completá-lanos espaços pontilhados, ordenando os parágrafos na ordem em que devem constar nodocumento. Numere os parênteses, obedecendo aos princípios de coesão, coerência eencadeamento de idéias. Assinale, a seguir, a opção que reproduz a ordem correta.

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E.M. n. 122 /Interministerial MF – CGU-PR 

Brasília, 26 de setembro de 2005.Excelentíssimo Senhor Presidente da República

.........................................................................................

.........................................................................................

......................................................................................

Respeitosamente,

MURILO PORTUGAL FILHO

Ministro de Estado da Fazenda Interino

WALDIR PIRES

Ministro de Estado do Controle e da Transparência

(....) Com o objetivo de dar fiel cumprimento àquela determinação legal, cuja finalidade precípuaconsiste na preservação do princípio constitucional da publicidade, submetemos a VossaExcelência o incluso Relatório de Gestão Fiscal do Poder Executivo Federal, referente ao períodode janeiro a agosto do exercício de 2005.

(....) O referido Relatório deverá ser objeto de encaminhamento ao Congresso Nacional e aoTribunal de Contas da União, conforme dispõe o art. 116 da Lei n. 10.934, de 11 de agosto de2004.

(....) O Relatório de Gestão Fiscal, consoante determina a supracitada Lei, deve conter

informações relativas à despesa total com pessoal, dívida consolidada, concessão de garantias eoperações de crédito, devendo, no último quadrimestre, ser acrescido de demonstrativosreferentes ao montante das disponibilidades de caixa em 31 de dezembro, de cada exercício edas inscrições em restos a pagar.

(....) Determina a mesma Lei que o Relatório deverá ser publicado e disponibilizado ao acessopúblico até trinta dias após o encerramento do período a que corresponder, prazo esse que, parao segundo quadrimestre de 2005, se encerra em 30 de setembro do corrente.

(....) A Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000, que estabelece normas de finançaspúblicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, exige, em seu art. 54, a emissão, aofinal de cada quadrimestre, pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20, do Relatóriode Gestão Fiscal assinado pelo respectivo Chefe e pelas autoridades responsáveis pela

administração financeira e pelo controle interno, bem como por outras autoridades que vierem aser definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão.

(http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/2005/ relatorioLRF2005.pdf, com adaptações)

A seqüência correta é:

a) 5 4 1 3 2

b) 4 5 2 3 1

c) 5 2 4 3 1

d) 1 3 2 4 5

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e) 1 2 4 3 5

1 6 - ( UnB CESPE / TCDF - Ana l is ta / 200 2)

Os fragmentos abaixo, adaptados de VEJA, 13/2/2002, constituem um texto, mas estão ordenadosaleatoriamente.

I Para chefes, o caso é ainda mais complexo. Os que acham que seus subordinados nuncaentendem o que eles falam precisam ficar atentos à própria conduta. Talvez o problema seja tantode habilidade quanto de falta de comunicação.

II E você? Está pronto para coordenar uma equipe ou para relatar a um grupo as propostas de seudepartamento? Se a resposta é não, cuide-se. Corra atrás de cursos de liderança, compre livrosque lhe ensinem a expressar suas idéias claramente.

III O caixa da agência bancária é o mais indicado para liderar a equipe que vai propor alteração nodesenho da área de atendimento ao público, onde ficam as filas. O faxineiro deve tomar a frente dopessoal que decidirá o local mais adequado para estocar material de limpeza.

IV Competência técnica é só um ingrediente necessário à liderança. Um bom coordenador tem deconseguir explicar como a tarefa sob seu controle vai contribuir para os resultados da companhia,ou da instituição.

Considerando que a organização de um texto implica a ordenação lógica e coerente de seusfragmentos, julgue os itens a seguir quanto à possibilidade de constituírem seqüências lógicas ecoerentes para os fragmentos acima.

1. I, II, IV, III

2. I, III, II, IV

3. II, III, IV, I

4. III, I, II, IV

5. IV, III, I, II

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GABARI TOS COMENTADOS DA S QUESTÕES DE FI XAÇÃO 

1 - B

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Registram-se, agora, as palavras “sequência” e “consequência”, semtrema. 

Essa foi a primeira questão do concurso de AFRF 2002.1, elaborada pela ESAF. A banca,obviamente, tentou desestabilizar o candidato. Essa questão tomava toda a primeira folha da prova1, que se realizou no sábado – primeiro dia de provas. Isso significa que essa foi a primeiraquestão de todo o concurso!!!

Se o candidato conseguisse manter a calma, veria que essa questão poderia ser solucionadarespondendo apenas aos dois primeiros trechos. Se eu estivesse lá, certamente teria deixado essaquestão para depois, pois o tempo despendido com ela, para ganhar apenas 1 ponto, poderia sergasto resolvendo várias outras questões simples e rápidas (garantindo mais do que 1, comcerteza), mas isso vai de cada um.

Todos os segmentos constituem um texto e, por isso, a partir do segundo (II), pode haverreferências a termos expressos em trechos anteriores.

Bem, no segmento I, “de saída”, já eliminamos o período X, que faz referência a certos fatoresainda não apresentados no texto. Assim, I - Y .

Vamos às opções: eliminam-se as letras a, d, e (opa, já tenho 50% de chances de acertar!).

No segmento II, o parágrafo começa indicando uma ação praticada por alguém ainda nãoidentificado (“Compravam um passaporte para o camarote dos vencedores ” – temos de identificaro sujeito da forma “compravam” ).

Como, no segmento I, não houve indicação de pessoa alguma, provavelmente essa menção se

encontra no trecho omitido. O período X apresenta um “candidato” a sujeito: “Os que abandonaram Marx ”, ou seja, aquelas pessoas que abandonaram Marx. Já o período Y apresentaapenas um pronome pessoal reto “Eles ”, também sem menção a seu referente, o que, se colocadono início do parágrafo, prejudicaria a coesão textual.

Assim, o segmento I deve ser preenchido pelo trecho X.

Até agora, temos Y – X ; vamos às opções: a resposta é a letra b  (a única a apresentar essadisposição).

A partir daí, se o candidato for do tipo “São Tomé”, pode confirmar que as demais sugestões depreenchimento atendem às exigências textuais.

III – No parágrafo, há menção a determinados “modos” (“tais modos ”), presentes no trecho X –

 “Para atender a atualidade, são necessários  modos de compr eensão f é r t e i s  , capazes de dar conta das relações entre a objetividade e a subjetividade... ” - X 

IV – Há uma sucessão de questionamentos, iniciando-se pelo segmento X, dando continuidade como trecho já apresentado e se encerram com uma conclusão, apresentada pelo segmento Y, queseria colocado após o trecho IV. Assim, a disposição seria:

Introdução pelo segmento X:

(X) Quem pode entender hoje a crise econômica internacional fora dos esquemas dasuperprodução, essencial ao capitalismo?

Quem pode entender a política militarista dos EUA e do seu complexo militar-industrial sem a atualização da noção de imperialismo? 

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E, na seqüência, o segmento Y:

(Y) Portanto, é a unipolaridade vigente há uma década que busca impor a dicotomia livremercado/protecionismo.

Assim, a lacuna seria preenchida por X.

V – Por fim, a expressão “as formas de dominação se multiplicam ”, presente em Y, estabelece umarelação semântica com “Nunca as relações mercantis tiveram tanta universalidade ” – Y.

A ordem, portanto, é Y – X – X – X – Y.

2 - D

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Registra-se, agora, a palavra “ideia”, sem acento agudo, e “autorrealizam”, sem hífen. 

Por “direção argumentativa”, entende-se a linha de raciocínio do autor.

Vamos resumir em algumas palavras o parágrafo em destaque: PROFECI AS SE REALI ZAM. Éessa a ideia principal. A partir daí, leia cada uma das opções e identifique a que não apresenta essaideia. Em cada item, justifica-se de uma forma diferente a tese de que “PROFECIAS SE REALIZAM”,exceto na opção d : 

“Acima de profetas e messias, está o império da história, que constrói o futuro com seus próprios vetores e forças internas atuando à revelia do desiderato e do fado humanos .” 

Neste caso, segundo o autor, a história, com seus próprios vetores e forças internas, constrói ofuturo, à revelia do desejo e da sorte e acima de profetas e messias (os que fazem as profecias).Ou seja, “PROFECI AS NÃ O SE REALI ZAM”.

3 - A

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Registra-se, agora, a palavra “consequências”, sem trema.

 “Em suas Confissões, (...) clamou a Deus que lhe concedesse a castidade e a continência (...) masnão de imediato. Ele admitiu que receava perder a concupiscência natural da puberdade.” A partirdessa passagem, percebe-se que Santo Agostinho teria sido concupiscente (esse “palavrão” significa “aquele que deseja intensamente bens ou gozos materiais, inclusive em seu aspectosexual”).

b) Segundo o trecho acima destacado, o que Santo Agostinho clamava era que fossem adiadas asgraças da castidade e da continência, e não os prazeres libidinosos, de que gostaria de fruir ainda

na adolescência.c) O autor utiliza o exemplo de Santo Agostinho para traçar um paralelo com a predisposição daspessoas, empresas e países a pagar altas taxas de juros na urgência de usufruir o “aqui e agora”.Verifica-se, então, que esta relação tem por CAUSA o viver intensamente e por CONSEQÜÊNCIA adisposição em arcar com esse ônus tão alto, e não o inverso como sugerido na opção.

d) Não há, no texto, nenhuma passagem que dê respaldo a essa afirmação.

e) Conforme comentário da opção C, o que o autor fez foi traçar um paralelo entre a atitude dobispo de Hipona e a dos seres humanos, empresas e governos, estes com relação às taxas de juros, no que tange à “urgência em viver o aqui e o agora”.

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4 - A

Esse tipo de questão, se mal formulada, pode ser uma cilada para o candidato. Isto porque, numaentrevista, nem sempre a resposta condiz com a pergunta que foi formulada. Às vezes, oentrevistado se entrega a devaneios e foge do assunto. Por isso, devemos buscar o que chamo de “perguntas-chave”. São perguntas simples, diretas, de preferência que apresentem como resposta “sim” ou “não”.

A pergunta-chave para resolver esse dilema é a de nº 2 – “Qual é a natur eza dos mercados?” .

Das respostas apresentadas, a única que atende é “O mercado são pessoas!” (primeiro segmento).

Vamos às opções: eliminamos três opções: b, d, e (não acredito, de novo com 50%!!!).

Em seguida, a pergunta 5  exige uma resposta afirmativa ou negativa: “Os recursos humanos nas diversas atividades produtivas estão subestimados ?” . A resposta, apresentada de forma indireta,está presente no terceiro segmento: “Na fábrica, as máquinas, os equipamentos e as instalações valem mais do que os funcionários” . A resposta, portanto, é sim .

Desse modo, a primeira lacuna é preenchida com (2) e a terceira com (5) – resposta: letra a .

5 - A

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Registra-se, agora, a palavra “ideias”, sem acento agudo. 

Para começar, o erro de concordância do primeiro período foi objeto de questionamento em outroitem e por isso será mantido em nossos comentários.

Devemos, para iniciar a análise em relação à interpretação, identificar cada um dos períodos que

compõem o texto.Lembre-se de que o período se encerra com o ponto final, de interrogação ou de exclamação (àsvezes, também com reticências, mas nem sempre, pois estas podem indicar uma pausa no mesmoperíodo, conforme lição da aula passada).

X  - A entrada dos anos 2000 têm trazido a reversão das expectativas de que haveria a inauguração de tempos de fraternidade, harmonia e entendiment o da humanidade.

Y  - Os resultados das cúpulas mundiais alimentaram esperanças que novos tempos trariam novas perspectivas referentes a qualidade de vida e relacionamento humano em todos os níveis.

W  -  Contudo , o movimento que se observa em nível mundial sinaliza perdas que ainda não podemos avaliar.

Z  - O recrudescimento do conservadorismo e de práticas autoritárias, efetivadas à sombra do medo, tem representado fonte de frust ração dos ideais historicam ente buscados.

Entre o segundo (Y) e o terceiro (W ) períodos do texto, observamos a presença de uma conjunçãoadversativa: con t udo  . Por isso, eliminamos as opções c  e d  (apresentam a conjunção porque ).

Eliminamos, também, a opção e , pois indica o início da adversativa no quarto período, em vez deno terceiro.

Com quantas opções ficamos? Duas – a, b  ( 5 0 % d e n o vo !! !)

A relação entre o primeiro e o segundo períodos é de coordenação, servindo o segundo paraadicionar informações ao primeiro. O mesmo ocorre entre o terceiro e o quarto períodos. Não se

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observa, entre eles, relação conclusiva. Por isso, a resposta que atende ao enunciado é a de letra a  – X e Y mas W e Z.

6 - A

O autor já expõe sua análise crítica na primeira passagem do texto, ao afirmar que os teóricos nãoestão constatando um fato, mas emitindo um julgamento moral. Por isso, a afirmação deste itemcorrobora a posição adotada pelo autor – a de que deve haver maior objetividade na análise docomportamento humano.

Em relação às demais opções, cabe-nos comentar.

b) Não se afirma que os marxistas critiquem as leis do mercado – segundo o texto, os autores deorientação marxista analisam o reflexo da expropriação da produção própria em prol dos bensproduzidos pelos detentores do capital.

c) O autor apresenta essa argumentação de forma crítica, logo não poderia ser consideradoverdadeiro esse pressuposto.

d) Pelo contrário. Segundo esses autores, supõe-se que existam formas mais nobres de satisfaçãoemocional do que a obtida a partir da compra de objetos.

e) Ainda assim, sob essa argumentação, haveria emissão de juízo de valor por parte dos autores.

7 - D

A partir dessa questão, você poderá perceber a diferença entre as questões da ESAF e da FCC emrelação a interpretação de textos.

Enquanto a ESAF apresenta textos curtos e densos, a FCC utiliza textos longos e de agradávelleitura. A dificuldade reside na falta de indicação de linhas, exigindo do candidato cuidado emlembrar qual a passagem do texto em referência no enunciado da questão.

O segmento em análise foi extraído do primeiro parágrafo, reproduzido a seguir.

Os números do relatório da CPI dedicada originalmente aos Correios são expressivos, dos milhares de páginas de texto e documentos aos mais de cem acusados. É o tempo do espanto. Um oceano nos separa, contudo, do resultado concreto, o das absolvições e o das punições. Os dois momentos do mar imenso entre relatório e resultado estão no j ulgamento final, cuj a tendência é pessimista, a contar de exemplos recentes. Não deveria ser.

O que corrobora a resposta (opção D) é o trecho que tem início no segundo período (“É o tempo do espanto” ). Nessa frase, o autor prepara o leitor para a observação que virá: “Os dois mom entos do 

mar imenso entre relatório e resultado estão no j ulgamento final, cu ja tend ênc ia é pessim is ta  , a contar de exemplos recentes”.

Vê-se, assim, que há uma grande discrepância (representada pela metáfora “mar imenso”) entrerelatório e resultado. A afirmação que reproduz esse fato é “um desaco r do cons ide r áve l en t r e o  r esu l t ado do j u lgamen t o e o r ela t ó r i o .”.

8 - B

Novamente, o autor se vale de expressões como “oceano ” para retratar a disparidade entre o quese apura no processo (indicado no relatório) e o resultado prático dessa apuração.

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O autor contrapõe a afirmação de que “Inquérito é trabalho de apuração. Se bem feito, propicia bom material aos julgadores”  com “Se malfeito, facilita a ‘pizza’...”  para subsidiar a argumentaçãoseguinte: “... o defeito da distância entre a apuração e o j ulgamento está naquela [apuração] e não neste [julgamento]. . .” .

Assim, pode-se inferir que um julgamento ineficaz é resultado de um relatório em cujo inquéritonão houve a apuração adequada dos fatos (opção b ).

9 - E

Partindo do pressuposto de que o relatório já foi lido (“Para o relatório lido nesta semana...” ),infere-se que já houve a apuração dos fatos e a elaboração do relatório. Os passos que deveriamse seguir seriam: o julgamento e o resultado final (aplicação da pena, se houver).

Por isso, a expressão “travessia do oceano”  reproduz o julgamento (próximo passo), enquanto que “bom porto a que se chega” retrata o resultado desse julgamento (bom porto = bom termo = bomfim = bom resultado).

10 – I tem CORRETO

A incerteza acerca do “vencedor” do embate entre palestinos e israelenses fica clara nas seguintespassagens: “Arafat deixou seu isolamento (...) –  mas será que venceu?  (.. .) Sharom aparentemente se curvou às pressões americanas, mas t ambém não se pode d i ze r que o  p r em ie r i s r aelense t enha s ido de r r o t ado  . . . ” .

11- CVeremos que essa banca (ESAF) apresenta esse tipo de questão de diversas formas. Nessa,devemos colocar os numerais ordinais nos parênteses.

Primeiramente, vamos eliminar as opções que apontam, como primeiro parágrafo do texto (1º),segmentos que apresentam palavras ou expressões dependentes de informações anteriores, quergramaticalmente (emprego de pronomes com função anafórica - “essas”, “suas”, que exigemreferência textual anterior, conjunção relacionando orações de trechos diferentes, orações cujosujeito já deveria ter sido mencionado, etc.), quer semanticamente (não faz o menor sentido,faltam informações).

Eliminamos da primeira posição os seguintes segmentos:

1º) “As operações ... t a m b é m estão sendo monitoradas...” – depende da existência / menção a

outra operação que esteja sendo monitorada pela Receita Federal (a indicação de parte do nomedo órgão – Receita - também indica que já houve menção a ele, caso contrário haveria prejuízo dacompreensão textual – “que Receita - estadual, municipal, federal? ”);

2º) “Sem identificação dos donos, cujos nomes...” – donos de quê? – “muitas dessas empresas” –que empresas?

3º) “Além de não saber quem são os proprietários dessas off shores ...” – que off shores ??? O que éisso??

5º) “Para reduzir essa evasão fiscal ...” – que evasão???

Só poderíamos começar pelo quarto segmento – “A Receita Federal está f echando o cerco contr a as empresas sediadas em par aísos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores.” 

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Agora, sim, houve menção a empresas off shores .

Vamos às opções: e l im in am -se as le t ras a, b, d, e. RESPOSTA: CIncrível que somente essa providência levou ao gabarito! Mas não se anime muito, hem? Nemsempre funciona desse jeito mole, mole...

Agora, se houver tempo, verifique a ordem e comprove que essa é mesmo a resposta correta (nãotenho dúvidas).

12 - B

Já começaremos riscando o que não pode ser o 1º parágrafo do texto.

Eliminaremos os seguintes segmentos:

1º) “Em geral, esta firma...” – que firma???3º) “O secretário da Receita admite, no entanto, ...” – uma oração que depende da existência deoutra anteriormente apresentada no texto, a fim de estabelecer uma relação adversativa com ela.

4º) “E também a contabilidade da empresa...” – posso??? Não.

5º) “Esses países conhecidos como paraísos fiscais ...” – que países??

Bem, só podemos começar pelo segundo segmento (“O investidor estrangeiro entra no Brasil viaBolsa de Valores, fundos de investimento ou como sócio de uma empresa brasileira.”).

Vamos às opções: e l im in am -se as le t ras a, c, d, e. RESPOSTA: B

Isso é o que se chama de “ganhar um ponto fácil”, hem?? Não fique acostumado com essa boavida – ela vai acabar já, já...

13 - B

Pronto. Agora, começou a mudar o estilo. Em vez de indicar a ordem em ordinais (1º, 2º etc.),devemos dizer qual a ordem dos segmentos.

CUI DADO, pois já vi muita gente boa e inteligente fazendo confusão. Você deverá dizer, agora,qual é o primeiro segmento: A, B, C ou D.

Eliminamos da primeira posição os seguintes segmentos:

A – “Na sede da entidade ,...” – qual a entidade? Não houve menção a ela, ainda, então não tenhocomo adivinhar. Não posso começar o texto com esse parágrafo.

B – “Segundo sua análise...” – análise de quem ??? Vou chamar a Mãe Dinah para responder isso...C – “A suspeita de sonegação surgiu porque ...” – sonegação do quê? – “.. .por parte de comerciantes e empresários da região,...” – de qual região?

Bem, só podemos iniciar pelo trecho D: “A Receita Federal de Franca está apurando a sonegação de impostos praticada pelas empresas e associações que atuam na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos.”.

Vamos às opções . Acabou a moleza, viu? Agora só podemos eliminar os segmentos das letras a,c, e . Mesmo assim, você já tem 50% de chances de acertar (de novo!!!).

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No trecho B, há menção a um determinado clube – “Além  do c lube , devem ser fiscalizados hotéis,restaurantes e a empresa que vende os anúncios da festa.” – mas que clube é esse?

É o clube citado no trecho C – “O primeiro alvo dos auditores na cidade foi o  clube Os I n d e p e n d e n t e s  , instituição responsável pela organização da Festa do Peão de Boiadeiro.” . Logo,esse trecho C deverá anteceder o trecho B.

Assim, as opções seriam: D, C, B, A (não existe essa opção) ou D, C, A, B.

RESPOSTA: B

14 -  A

Vimos que, especialmente nas questões da ESAF, podemos eliminar itens pelo fato de elesapresentarem referências textuais. Infelizmente, isso não seria possível nessa questão. TODOS os

segmentos apresentam referências textuais. Veja só:I - “Essa situação...” – que s i tuação ? 

II – “...renova-se essa proibição...” – que p r o ib i ção  ? 

III – “Com t udo isso...” -  “ i ss o” o q u ê  ? 

IV – “Só mudou em 1600,...” – o q u e m u d o u e m 1 6 0 0  ? 

V - “Aos estrangeiros era permitido, além disso...” - a l ém d o q u ê  ? 

Como não podemos seguir aquele caminho, iremos, então, usar outra estratégia.

Vamos buscar, em cada trecho, uma relação com outro, estabelecendo, assim, uma ordem entreeles.

Note que existe um nexo entre o que está sendo apresentado no trecho I e a informação acerca damudança ocorrida em 1600 (IV):

I - “Essa situação prevaleceu ao menos durante os primeiros tempos da colônia ”;

IV - “Só mudou em 1600, quando Felipe  II ordenou fossem terminantemente excluídos todos os estrangeiros do Brasil. Proibiu-se então seu emprego como administradores de propriedades agrícolas,”  

Em resposta à pergunta “o q u e m u d o u e m 1 6 0 0  ?”, temos uma resposta, ainda que incompleta: asituação dos estrangeiros no país.

Mas que situação é essa?

Encontramos resposta para essa outra pergunta no trecho V – “Aos estrangeiros era permitido,

além disso, percorrerem as costas brasileiras na qualidade de mercadores...”  .Percebemos, portanto, que o trecho V deve anteceder os demais (I e IV).

Além disso, o trecho V apresenta um elemento de conexão: “além disso”, que se refere ao trabalhodos estrangeiros, presente no trecho III (“foi admitida aqui a livre entrada de estrangeiros que se dispusessem a vir trabalhar.” ).

Esses dois parágrafos (III e V, nessa ordem) devem ser apresentados logo no início do texto;depois virá o trecho I e, finalmente, o trecho IV (III - V – I – IV).

Finalmente, como encerramento, o segmento II faz referência a “essa proibição” (“Vinte e sete anos mais tarde renova-se essa proibição ...”) , proibição presente no segmento IV (“ Proibiu-se então seu emprego como adm inistr adores de propr iedades agrícolas...” ) .

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Constatamos, pois, que a ordem [III, V, I, IV, II] forma um texto coeso e coerente, sendo correta a resposta (A).

15 - B

ACORDO ORTOGRÁFI CO: Registra-se, agora, a palavra “ideias”, sem acento agudo. 

Como já falamos, primeiramente, devemos eliminar da primeira posição do texto (indicação com onº 1) os segmentos que apresentam elementos de coesão textual que dependem de informaçõesantecedentes.

São eles:

1º segmento – “Com o objetivo de dar fiel cum priment o àquela determinação legal...” 

2º segmento – “O referido Relatório. ..” 

3º segmento – “O Relatór io de Gestão Fiscal, consoante det erm ina a supracitada Lei...” 

4º segmento - “Determina a m esma Lei...” 

Diante disso, concluímos que o texto só poderia começar com o 5º segmento (“A Lei Complementar n. 101...” ).

O que deveria, então, fazer o candidato, de acordo com o enunciado? Colocar o nº 1 nosparênteses que antecedem o quinto segmento. Assim, na quinta posição da enumeração, estaria onº 1. Quais são as opções que apresentam essa disposição? As letras b e c .

“Nossa, p ro fessora , você fa lou TRÊS VEZES que era para co locar o nº 1 en t re  pa r ên t eses ! !! Eu j á en t end i ! ! ! ” .

Sim, falei e repito, porque foi nesse ponto que muitos candidatos se confundiram.Equivocadamente, em virtude da pressa ou do cansaço – ou até de ambos – leram somente umaparte do enunciado (“Numere os parênteses...) e saíram numerando seqüencialmente ossegmentos (indicaram o nº 1 para “Com o objetivo de dar...”; o nº 2 para “O referido Relatório...” e assim por diante).

Após essa providência, indicaram a ordem de acordo com o número que apuseram nos parênteses.Aí, consideraram que o texto começaria com o trecho de nº 5 (o último segmento). Comoconseqüência, não encontraram a ordem correta e, como forma de “arranjar” uma resposta,mudaram a ordem adequada ao texto, indicando uma outra ordem apresentada pela opção a ou c.

CUI DADO! N ÃO FOI ESSA A DETERMI NAÇÃO DO ENUNCI ADO!

Vejamos o que foi solicitado: “Abaixo estão os segmentos inicial e final de uma correspondência oficial. É preciso completá-la nos espaços pontilhados, or denando os pa r ág r a f os na o r dem em que devem cons t a r no  d o c u m e n t o  . Numere os parênteses, obedecendo aos princípios de coesão, coerência e encadeamento de idéias(* ). Assinale, a seguir, a opção que reproduz a ordem correta .”.

Nos parênteses deve ser indicado o número da posição que o segmento ocupará no texto (1 = 1ºparágrafo; 2 = 2º parágrafo; e assim sucessivamente). A banca exige que se “numere osparênteses, obedecendo aos pr inc íp ios de coesão, coerênc ia e encadeamento de idé ias( * ) ”. Numerar de forma sucessiva, como muitos fizeram, prejudica os aspectos textuais exigidospelo examinador.

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Voltando à ordenação, vimos que o quinto segmento ocuparia a posição nº 1 (“A Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, exige...”) .. Nele, faz-se menção, pela primeira vez, ao Relatóriode Gestão Fiscal (“exige ... a em issão ... do Relatór io de Gestão Fiscal  . . . ” ).

Na seqüência, apresentar-se-ão as informações que devem constar desse relatório, informaçõesessas presentes no TERCEIRO segmento, que receberá, então, nos parênteses, o nº 2, quaissejam: “O Relatório de Gestão Fiscal, consoante determina  a suprac i tada Le i  , deve conter i n f o r mações    re la t ivas à despesa to ta l com pessoa l , d ív ida conso l idada, concessão de garant ias e operações de c réd i to  ”.

Além disso, a expressão “supracitada lei ” remete à Lei nº 101, mencionada na introdução do texto(quinto segmento – posição 1), o que confirma a ordem até então apresentada.

No terceiro parágrafo do texto (ou seja, posição nº 3 ), deve ser apresentado o QUARTO segmento,que trata da publicação do referido relatório (“Determina a mesma Lei que o Relatório deverá ser publicado e disponibilizado ao acesso público...”) .

Em seguida, virá o PRIMEIRO segmento, que, por apresentar a expressão “àquela determinaçãolegal”, indica que este trecho se encontra distante do primeiro parágrafo (pronome demonstrativo “aquela ” usado em referência anafórica). Receberá, portanto, o nº 4 .

Finalmente, virá o SEGUNDO segmento, que encerra o texto indicando o encaminhamento quedeve ser dado ao relatório (“O referido Relatório deverá ser  ob je t o de encam inhamen t o   ao Congresso Nacional e ao Tribun al de Contas da União ...”) e, por isso, receberá o nº 5 .