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Curso Tributário – Teoria e Exercícios AFRF (ESAF) Prof. Alberto Macedo Aula 06 – Legislação Tributária Professor Alberto Macedo www.pontodosconcursos.com.br 1 Conteúdo Direito Tributário 1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL . ............................................................ 3 2. EMENDA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ........................................... 4 3. LEI COMPLEMENTAR . ................................................................... 7 4. LEIS . .......................................................................................... 36 4.1. LEI ORDINÁRIA (LEI EM SENTIDO ESTRITO) . ...............................36 4.2. MEDIDA PROVISÓRIA . ...............................................................41 4.3. LEI DELEGADA. .........................................................................48 4.4. DECRETO LEGISLATIVO . ............................................................50 4.5. RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL . ............................................51 4.6. DECRETO-LEI . ..........................................................................61 5. TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS ............................ 61 6. DECRETOS ................................................................................... 67 7. NORMAS COMPLEMENTARES ....................................................... 69 7.1. ATOS NORMATIVOS EXPEDIDOS PELAS AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS . .........................................................................69 7.2. DECISÕES ADMINISTRATIVAS COM EFICÁCIA NORMATIVA . ...........70 7.3. PRÁTICAS REITERADAS DAS AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS. ....70 7.4. CONVÊNIOS CELEBRADOS ENTRE U, E, DF, M . .............................71 8. QUESTÃO DISCURSIVA . ............................................................. 78 Quando falamos em legislação, falamos dos diversos diplomas normativos que o Direito possui. Esses diplomas são chamados pela doutrina de fontes formais do direito, origens de onde surgem as normas jurídicas.

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Aula 06 – Legislação Tributária

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1

Conteúdo Direito Tributário

1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL . ............................................................ 3

2. EMENDA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL . ........................................... 4

3. LEI COMPLEMENTAR . ................................................................... 7

4. LEIS . .......................................................................................... 36

4.1. LEI ORDINÁRIA (LEI EM SENTIDO ESTRITO) . ............................... 36

4.2. MEDIDA PROVISÓRIA . ............................................................... 41

4.3. LEI DELEGADA.......................................................................... 48

4.4. DECRETO LEGISLATIVO . ............................................................ 50

4.5. RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL . ............................................ 51

4.6. DECRETO-LEI ........................................................................... 61

5. TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS ............................ 61

6. DECRETOS ................................................................................... 67

7. NORMAS COMPLEMENTARES ....................................................... 69

7.1. ATOS NORMATIVOS EXPEDIDOS PELAS AUTORIDADES

ADMINISTRATIVAS .......................................................................... 69

7.2. DECISÕES ADMINISTRATIVAS COM EFICÁCIA NORMATIVA . ........... 70

7.3. PRÁTICAS REITERADAS DAS AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS . .... 70

7.4. CONVÊNIOS CELEBRADOS ENTRE U, E, DF, M . ............................. 71

8. QUESTÃO DISCURSIVA . ............................................................. 78

Quando falamos em legislação, falamos dos diversos diplomas normativos que o Direito possui.

Esses diplomas são chamados pela doutrina de fontes formais do direito, origens de onde surgem as normas jurídicas.

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No Direito Tributário brasileiro, temos as seguintes fontes formais:

FONTES FORMAISDO

DIREITO TRIBUTÁRIO

Constituição Federal

FONTES FORMAIS PRIMÁRIAS

FONTES FORMAIS SECUNDÁRIAS

= NORMAS

COMPLEMENTARES

Lei Complementar

Emenda à Constituição

Leis

Lei Ordinária

Medida Provisória

Lei Delegada

Decreto Legislativo

Resolução do Senado

Decreto-Lei

Tratados Internacionais

Decretos

Atos Normativos

Decisões Administrativas

Práticas Reiteradas

Convênios entre U, E, DF, M

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Há também as fontes não formais.

Costume – regras de conduta não escritas surgidas pela sua prát-ica constante e uniforme, na sociedade.

Doutrina – é a produção de estudos jurídicos, objetivados em livros, artigos, opiniões, pareceres etc.

Jurisprudência – é o conjunto de decisões proferidas pelo Poder Judiciário que seguem um mesmo sentido. Elas não têm caráter vinculante, a não ser as Súmulas Vinculantes, “que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei” (art.103-A, CF88).

Sempre quando falar em legislação, estarei me referindo às fontes form-ais. Vamos a elas, então.

1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL

A CF88 está no topo da pirâmide normativa. É a “lei das leis”.

Ela é o fundamento de validade de todas as outras normas jurídicas internas que estão abaixo dela.

No que tange ao direito tributário, nela, estão previstas os princípios constitucionais (explícitos ou implícitos), as normas de competência tributária e as de imunidade tributária, entre outras.

FONTES NÃO FORMAIS

Costume

Doutrina

Jurisprudência

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Lembre-se de que a Constituição não cria tributo, mas apenas outorga competência às pessoas jurídicas de direito público interno instituí-lo.

Para estudarmos as demais fontes, partamos de norma da própria CF88:

Art. 59, CF88. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.

2. EMENDA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. § 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. § 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em

ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. § 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente

a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais.

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§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

2.1. Proposta e Aprovação

PROPOSTA APROVAÇÃO 1/3 da Câmara dos Deputados ou

3/5 em cada Casa do Congresso, em dois turnos

1/3 do Senado Federal ou do Presidente ou Maioria das Assembleias Legis-lativas (maioria relativa em cada uma)

2.2. Cláusula Pétrea

As cláusulas pétreas, listadas nos incisos do §4º do art.60, não podem ser alteradas ou revogadas, mesmo que por emenda constitucional.

E os direitos e garantias individuais (inciso IV do §4º do art.60) não se encontram apenas no art.5º, como dispõe seu próprio parágrafo 2º:

Art.5º, § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não

excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela

adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

As cláusulas pétreas que se relacionam com o direito tributário são a forma federativa de Estado e os direitos e garantias individuais.

No julgamento da ADI 939, sobre o IPMF, Imposto Provisório sobre a Movimentação ou a Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira, o trecho de ementa abaixo é esclarecedor:

“1. Uma Emenda Constitucional, emanada, portanto, de Constituinte derivada, incidindo em violação à Constituição originária, pode ser declarada inconstitucional, pelo Supremo Tribunal Federal, cuja função precípua é de guarda da Constituição (art.102, I, “a”, da C.F.).

2. A Emenda Constitucional nº 3, de 17.03.1993, que, no art.2º, autorizou a União a instituir o I.P.M.F., incidiu em vício

de

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inconstitucionalidade, ao dispor, no parágrafo 2º desse dispositivo, que, quanto a tal tributo, não se aplica ‘o art.150, III, ‘b’ e VI’, da Constituição, porque, desse modo, violou os seguintes princípios e normas imutáveis (somente eles, não outros): 1º - o princípio da anterioridade, que é garantia individual do contribuinte (art.5º, §2º, art.60, §4º, inciso IV, e art.150, III, ‘b’, da Constituição); 2º - o princípio da imunidade tributária recíproca (que veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a instituição de impostos sobre o patrimônio, rendas ou serviços uns dos outros) e que é garantia da Federação (art.60, §4º, inciso I, e art.150, VI, ‘a’, da C.F.); 3º - a norma que, estabelecendo outras imunidades, impede a criação de impostos (art.150, III) sobre: ‘b’): templos de qualquer culto; ‘c’): patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das atividades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; e ‘d’): livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; [...]”

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Podemos sintetizar assim: Cláusula pétrea Princípio / Imunidade

Direito e garantia individual Princípio da Anterioridade (art.150, III)

Forma federativa de Estado Imunidade Recíproca (art.150, VI, ‘a’)

Direito e garantia individual (Liberdade de culto)

Imunidade Religiosa (art.150, VI, ‘b’)

Direito e garantia individual (Liberdade de organização partidária, Liberdade de manifestação do pensamento e liberdade de associação, liberdade sindical)

Imunidade dos Partidos Políticos, Sindicatos dos Trabalhadores e Instituições de Educação e Assistência Social Sem Fins Lucrativos (art.150, VI, ‘c’)

Direito e garantia individual (Liberdade de manifestação do pensamento, liberdade de informação, liberdade de expressão intelectual)

Imunidade de Livros, Jornais, Periódicos e o Papel Destinado a Sua Impressão (art.150, VI, ‘d’)

Quanto à Forma Federativa de Estado, ainda podemos incluir: Cláusula pétrea Princípio / Imunidade

Forma federativa de Estado Princípio da Uniformidade Geográfica da Tributação (art.151, I)

Forma federativa de Estado Princípio da Uniformidade na Tributação da Renda (art.151, II)

Forma federativa de Estado Princípio da Vedação à Isenção Heterônoma (art.151, III)

Forma federativa de Estado Princípio da Não-Discriminação Tributária Baseada em Procedência ou Destino (art.152)

3. LEI COMPLEMENTAR

3.1. Quorum Qualificado

Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria

absoluta.

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O quorum de aprovação é a única diferença formal entre a lei complementar e a lei ordinária: (i) Lei Ordinária exige maioria relativa para aprovação; (ii) Lei Complementar exige maioria absoluta para aprovação.

As pessoas costumam falar “metade mais um” para se referir à maioria.

Mas o mais correto é que a maioria quer dizer “o primeiro número inteiro acima da metade” (ou “mais da metade”) dos Parlamentares.

1º número inteiro acima da metade dos Parlamentares...

...presentes à sessão MAIORIA RELATIVA Lei Ordinária

≠ ...existentes na Casa Legislativa MAIORIA ABSOLUTA Lei Complementar

No caso brasileiro atual, as Casas Legislativas do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal) possuem a seguinte composição:

Câmara dos Deputados – 513 Deputados Federais

Senado Federal – 81 Senadores

Se falássemos “metade mais um”, para o quorum de aprovação de uma Lei Complementar seriam necessários 256,5 Deputados e 40,5 Senadores aprovando.

O primeiro número inteiro acima da metade dos Parlamentares existentes é de 257 Deputados na Câmara dos Deputados e de 41 Senadores no Senado Federal.

Esse quorum privilegiado para a lei complementar significa que ela regula matérias de especial importância, demandando um maior consenso entre os Parlamentares.

Quando a Constituição prevê que determinada matéria exige lei complementar, normalmente o faz expressamente no texto constitucional.

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3.2. O Art.146 da CF88

Art. 146. Cabe à lei complementar: I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: I - será opcional para o contribuinte; II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes.

O referido artigo é um dos mais importantes, no que tange a atribuições à lei complementar em regular matéria tributária.

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Assim, cabe à lei complementar:

Estabelecer Normas

Gerais em Matéria

Tributária

Regular Limitações

Constitucionais ao Poder de

Tributar

Dispor sobre Conflito de

Competência entre

U, E, DF, M

Ex.: CTN quando define “zona urbana” (art.32) e “zona rural” (art.29) para evitar conflito de

competência entre IPTU (Municípios) e ITR (União).

Obrigação, Lançamento, Crédito,

Prescrição e Decadência Tributários

Ex.: CTN quando regula, no seu art.14, a imunidade das

instituições de assistência social sem fins lucrativos

(art.150, VI, ‘c’, CF88)

Definir tributos e suas espécies

Definir fato gerador, base de cálculo e contribuinte dos

impostos

Tratamento tributário ao ato cooperativo

Tratamento diferenciado e

favorecido para ME e EPP

Cab

e à

Lei

Com

ple

men

tar

Ex.: CTN definindo regras de decadência (art.173, por exemplo) e de prescrição (art.174, por exemplo)

Ex.: CTN definindo tributo no seu art.3º

Ex.: CTN definindo, para o Imposto de Renda, fato

gerador (art.43), base de cálculo (art.44) e

contribuinte (art.45)

Essa lei complementar ainda não foi editada

Ex.: LC 123/2006, que instituiu o Regime Especial

Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas ME e EPP (SIMPLES NACIONAL)

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3.2.1. Dispor sobre Conflitos de Competência – Art.146, I, CF88

Há situações em que não há dúvida sobre qual seja o tributo que deva incidir. Mas situações outras há as quais ficam numa área fronteiriça – uma região de penumbra – entre a competência tributária de um ente tributante e a competência tributária de outro ente tributante.

Aí surge o potencial conflito de competência tributária, quando aparecem dúvidas sobre se determinada situação econômica deve acarretar a incidência do tributo de um ente político ou a incidência do tributo de outro ente político.

Imagine um imóvel que fique numa região que não se sabe ao certo se é urbana ou rural: alguns entendem ser urbana e outros entendem ser rural. Essa dúvida faz toda a diferença quando se for definir o imposto sobre a propriedade imóvel que deverá incidir: ITR (União) ou IPTU (Municípios).

Esta aí um caso em que é fundamental a lei complementar dispor sobre esse potencial conflito de competência. E o CTN o fez, definindo os conceitos de zona urbana (onde os imóveis ali situados ficarão sujeitos ao IPTU) e de zona rural (onde os imóveis ali localizados ficarão sujeitos ao ITR), arts.32 e 29, respectivamente.

Outro exemplo de potencial conflito de competência a ser definido pela lei complementar é aquele da tributação do comércio que envolve não só bens (mercadorias), mas sim serviços. Uma situação dessas, que envolva bens e serviços, ensejará a incidência do ICMS ou do ISS? Cabe à lei complementar definir, dispondo sobre conflito de competência.

E a LC 116/2003 definiu, no seu art.1º, §2º, que ressalvadas as exceções expressas na lista de serviços anexa, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias.

Se houver exceção expressa: ISS sobre o valor do serviço; ICMS sobre o valor do bem. Ex.: subitem 14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).

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Se não houver exceção expressa: ISS sobre o valor total, ainda que o serviço envolva fornecimento de mercadoria. Ex.: subitem 14.13 – Carpintaria e serralheria (neste serviço, certamente será utilizado madeira, metal e acessórios. Mesmo assim, não caberá ICMS no material, mas ISS sobre o valor total).

3.2.2. Regular As Limitações Constitucionais Ao Poder De Tributar – Art.146, II, CF88

Prevê o art.150, VI, ‘c’, c/c art.150, §4º:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: [...] VI - instituir impostos sobre: [...] c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins

lucrativos, atendidos os requisitos da lei; [...]

Essa lei a que se refere a parte final da alínea ‘c’ é a LEI ORDINÁRIA, mas apenas a que vem para fixar normas sobre a constituição e o funcionamento da entidade educacional ou assistencial (RE 93.770; ADI 1.802 MC).

Pelo art.146, II, é que se exige LEI COMPLEMENTAR para regular a imunidade, o que é feito atualmente pelo art.14, CTN, que traz os seguintes requisitos para as entidades serem consideradas sem fins lucrativos: I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.

Não pode ter lucro, mas pode ter superávit financeiro.

01- (PROCURADOR DE CONTAS TCE AMAPÁ 2010 FCC) A lei complementar em matéria tributária é, por exigência constitucional, aplicada para (A) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar.

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(B) instituir imposto extraordinário. (C) instituir contribuição de intervenção no domínio econômico. (D) atribuir a condição de responsável tributário. (E) disciplinar o processo judicial tributário.

Resolução

(A) CORRETA. regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. (ART.146, II, CF88). (B) ERRADA. instituir imposto extraordinário É POR LEI ORDINÁRIA. (ART.154, II, CF88). (C) ERRADA. instituir contribuição de intervenção no domínio econômico É POR LEI ORDINÁRIA. (ART.149, CF88). (D) ERRADA. atribuir a condição de responsável tributário É POR LEI ORDINÁRIA. (ART.128, CTN). (E) ERRADA. disciplinar o processo judicial tributário É POR LEI ORDINÁRIA. (ART.22, I, CF88).

GABARITO: A

3.2.3. Estabelecer Normas Gerais Em Matéria De Legis-lação Tributária – Art.146, III, CF88

O estabelecimento de normas gerais em matéria tributária por lei complementar (lei complementar nacional) é fundamental para a sobrevivência da Federação. Afinal, já pensou se o CTN não estabelecesse, por exemplo, as regras de prazos de decadência e de prescrição, deixando essa função à União, aos 26 Estados, ao Distrito Federal, e cada um dos mais de 5.560 Municípios? Seria um verdadeiro caos normativo, com cada um desses entes definindo das formas mais diversas esses prazos.

Quando se fala em normas gerais em direito tributário, temos que lembrar do art.24, CF88:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; [...] § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

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§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não

exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

O dispositivo é claro que caso não haja a lei complementar regulando a norma geral, podem os Estados (e também os Municípios, conforme o STF, como veremos abaixo) exercer sua competência legislativa plena.

3.2.3.1. Definição de Tributo e Suas Espécies – Definição Dos Fatos Geradores, Bases De Cálculo E Contribuintes Dos Impostos Previstos Na Constituição – Art.146, III, ‘a’, CF88

Quanto à definição dos tributos e de suas espécies, particularmente quanto à definição das espécies, a CF88 tem um papel relevante, trazendo, por exemplo, as contribuições sociais como espécies da classificação dos tributos.

Como vimos acima, a ausência de lei complementar definindo fato gerador, base de cálculo e contribuinte de algum tributo previsto constitucionalmente não impede o ente federado competente de criar o tributo de exercer sua competência (inclusive Municípios).

Isso aconteceu com o IPVA, de competência dos Estados, conforme AI-AgR 167.777 SP:

“IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES – DISCIPLINA. Mostra-se constitucional a disciplina do Imposto sobre Propriedade De Veículos Automotores mediante norma local. Deixando a União de editar normas gerais, exerce a unidade da

federação a competência legislativa plena - §3º do artigo 24, do corpo permanente da Carta de 1988 -, sendo que, com a entrada em vigor do sistema tributário nacional, abriu-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a via da edição de leis necessárias à respectiva aplicação - §3º do artigo 34 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Carta de 1988.”

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02- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2000 ESAF) O estabelecimento de normas gerais em matéria de legislação tributária sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários, deverá fazer-se, segundo norma contida na Constituição, mediante (A) lei complementar federal (B) lei ordinária de cada ente tributante (C) lei complementar de cada ente tributante (D) lei ordinária federal (E) lei ordinária, medida provisória ou lei delegada federal

Resolução

3.2.3.2. Obrigação, Lançamento, Crédito, Prescrição E Decadên-cia Tributários – Art.146, III, ‘b’, CF88

A lei ordinária federal nº 8.212/1991 previa, nos seus arts.45 e 46, prazos de decadência e prescrição, respectivamente, de 10 anos; destoando do CTN, lei complementar material, cujos prazos de decadência e prescrição previstos são de 5 anos.

Com a jurisprudência do STF definindo pela inconstitucionalidade dos dispositivos, por estabelecerem regras de decadência e prescrição por lei ordinária, foi editada a Súmula Vinculante nº 8, em 2008 (vinculante porque tem efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, conforme art.103-A, CF88):

Súmula Vinculante 8 São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei nº 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário.

O dispositivo do referido Decreto-Lei trazia regra de suspensão de prazo prescricional.

Questão 02: GABARITO: A

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3.2.3.3. Adequado Tratamento Tributário Ao Ato Cooperativo Praticado Pelas Sociedades Cooperativas – Art.146, III, ‘c’, CF88

Na verdade, ainda não existe essa lei complementar, que venha a dar o tratamento tributário adequado ao ato cooperativo das sociedades cooperativas.

Esse setor ainda é regulado pela Lei ordinária nº 5.764/1971, que “define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas”.

Segundo essa lei, sociedade cooperativa é aquela em que os associados se reúnem e reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro, mediante um contrato de sociedade cooperativa (art.3º).

A sociedade cooperativa é uma sociedade de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeita a falência, constituída para prestar serviços aos associados (art.4º).

Pela referida lei, ato cooperativo é aquele praticado entre as cooperativas e seus associados, entre estes e aquelas e pelas cooperativas entre si quando associados, para a consecução dos objetivos sociais, não implicando, esse ato, operação de mercado, nem contrato de compra e venda de produto ou mercadoria (art.79).

A diretriz tomada pela CF88 de favorecer a atividade cooperativa também se revelou no art.174, §2º, que previu:

Art.174, § 2º - A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.

3.2.3.4. Definição De Tratamento Diferenciado E Favorecido Para As Microempresas E Para As Empresas De Pequeno Porte – Art.146, III, ‘d’, CF88

Antes, o tratamento favorecido para as ME e EPP estava previsto apenas no art.170, IX, e no art.179.

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Art.170, IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País [Princípio da Ordem Econômica].

Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentiválas pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.

Esses dispositivos foram o fundamento de validade para a Lei ordinária nº 9.317/1996, que criou o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de pequeno Porte – SIMPLES.

Essa lei dava um “tratamento diferenciado, simplificado e favorecido, aplicável às microempresas e as empresas de pequeno porte”, relativo aos impostos e às contribuições que mencionava, com um recolhimento, numa guia única, de vários impostos e contribuições.

Mas, entre outros motivos, um que lhe conferia certa limitação é que o SIMPLES só abrangeria o ICMS e o ISS se o Estado ou o Município a ele aderissem mediante convênio.

Com a EC 42/2003, foi inserida a alínea ‘d’ ao inciso III do art.146, bem como um parágrafo único, ambos trazendo normas constitucionais de maior amplitude para o tratamento diferenciado aqui tratado, entre elas a determinação de que o regime abrangia os impostos e contribuições não só da União, mas também dos Estados, Distrito Federal e Municípios.

E com esse novo fundamento de validade é que adveio a LC 123/2006 (revogou a Lei ordinária nº 9.317/1996), que criou o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, o qual abrange, hoje, os seguintes tributos: (i) IRPJ; (ii) IPI; (iii) CSLL;

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(iv) COFINS; (v) PIS/Pasep; (vi) Contribuição Patronal Previdenciária – CPP; (vii) ICMS; (viii) ISS.

03- (AUDITOR TCE ALAGOAS 2008 FCC) A definição, em matéria tributária, de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte (A) é incompatível com a Constituição da República, em decorrência da vedação de estabelecimento de distinção entre contribuintes em razão de sua ocupação profissional ou função por eles exercida. (B) não poderá implicar em instituição de regimes especiais ou simplificados no caso do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. (C) será estabelecida por lei complementar, que poderá, inclusive, instituir regime único de arrecadação de impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos da Constituição da República. (D) não poderá resultar no estabelecimento de condições de enquadramento diferenciadas por Estado, nem em obrigatoriedade para os contribuintes de adesão ao regime. (E) implicará na centralização, pela União, de recolhimento dos impostos e contribuições sujeitos ao regime, devendo ser imediata a distribuição de parcelas de recursos pertencentes a outros entes da Federação, excetuadas hipóteses de retenção ou condicionamento, previstas na Constituição.

Resolução

(A) ERRADA. NÃO é incompatível com a Constituição da República, em decorrência da vedação de estabelecimento de distinção entre contribuintes em razão de sua ocupação profissional ou função por eles exercida. A VEDAÇÃO DE DISTINÇÃO ENTRE CONTRIBUINTES POR SUA OCUPAÇÃO PROFISSIONAL OUO FUNÇÃO EXISTE, CONFORME O PRINCÍPIO DA ISONOMIA TRIBUTÁRIA (ART.150, II, CF88), MAS ESSA VEDAÇÃO, CONFORME O MESMO DISPOSITIVO, APLICA-SE A CONTRIBUINTES QUE SE ENCONTREM EM SITUAÇÃO EQUIVALENTE. É A VELHA MÁXIMA: ISONOMIA

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É TRATAR DESIGUALMENTE OS DESIGUAIS, NA MEDIDA EM QUE SE DESIGUALEM. (B) ERRADA. Não poderá implicar em instituição de regimes especiais ou simplificados no caso do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. (ART.146, PARÁGRAFO ÚNICO, CF88). (C) CORRETA. será estabelecida por lei complementar, que poderá, inclusive, instituir regime único de arrecadação de impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos da Constituição da República. (ART.146, PARÁGRAFO ÚNICO, CF88). (D) ERRADA. não poderá resultar no estabelecimento de condições de enquadramento diferenciadas por Estado, nem MAS NÃO em obrigatoriedade para os contribuintes de adesão ao regime. (ART.146, PARÁGRAFO ÚNICO, I e II, CF88). (E) ERRADA. implicará na centralização, pela União, de recolhimento dos impostos e contribuições sujeitos ao regime, devendo ser imediata a distribuição de parcelas de recursos pertencentes a outros entes da Federação, excetuadas hipóteses de retenção ou condicionamento, previstas na Constituição VEDADA QUALQUER RETENÇÃO OU CONDICIONAMENTO. (ART.146, PARÁGRAFO ÚNICO, III, CF88).

GABARITO: C

3.3. Lei Complementar Nacional ≠ Lei Complementar Federal A lei complementar demandada pela CF88 para regular determinada matéria pode ser, materialmente, uma lei complementar nacional ou federal.

“Ora, mas há 2 espécies de lei complementar e só agora você avisa isso professor?!”

Calma. Formalmente, só existe um tipo de lei complementar, expedida pelo Congresso Nacional, com quorum de maioria absoluta para aprovação, como vimos.

Mas, assim como a União, na CF88, aparece às vezes como pessoa jurídica de direito público interno, e às vezes como Estado Federal Total, Estado Nacional, República Federativa do Brasil; a lei complementar expedida pela União também pode ter o caráter de produto legislativo para o ente federado “União”, ou o caráter de produto legislativo para toda a Nação.

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL LEI COMPLEMENTAR NACIONAL

≠ UNIÃO LEI COMPLEMENTAR FEDERAL

Como exemplo de lei complementar federal, a CF88 prevê, no art.128, §5º, que lei complementar da União estabelecerá a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público federal. É uma espécie de lei complementar voltada para um órgão federal, e não estadual nem municipal. Ou seja, lei complementar federal, e não nacional.

Já a lei complementar à qual o art.146, CF88, confere diversas competências é uma lei complementar nacional, pois as normas por ela reguladas (muitas pelo CTN) aplicam-se não só à União, ente federado, mas também aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.

O próprio STF entende nesse sentido, como por exemplo, no julgamento do RE 229.096 RS, em que decidiu não ser inconstitucional isenção de ICMS (tributo estadual) prevista em Tratado Internacional celebrado pela União, não como ente federado, mas sim como República Federativa do Brasil, com base no art. 98, CTN, que prevê que os tratados internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.

3.4. Outros Dispositivos Constitucionais que Tratam de Lei complementar Tributária

Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da

concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: [...]

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: VII - grandes

fortunas, nos termos de lei complementar.

Art. 154. A União poderá instituir:

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I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo

anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;

Art.155, § 1.º O imposto previsto no inciso I [ITCMD]: [...] III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior;

Art.155, §2º [ICMS], XII - cabe à lei complementar: a) definir seus contribuintes; b) dispor sobre substituição tributária; c) disciplinar o regime de compensação do imposto; d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a" f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; [ICMS-MONOFÁSICO COMBUSTÍVEIS] i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a

integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço.

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.

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Art.156, § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III [ISS] do caput deste artigo, cabe à lei complementar: I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o

exterior. III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e

benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

04- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2012 ESAF) Em matéria tributária, de acordo com a Constituição Federal, compete à Lei Complementar, exceto, (A) instituir as limitações constitucionais ao poder de tributar. (B) dispor sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários. (C) estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência. (D) dispor sobre o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. (E) estabelecer tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados.

Resolução

(A) ERRADO. INSTITUIR É CRIAR. QUEM CRIA AS LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR É A CONSTITUIÇÃO, E NÃO A LEI COMPLEMENTAR. CABE À LEI COMPLEMENTAR REGULAR ESSAS LIMITAÇÕES, E NÃO CRIÁ-LAS. (ART.146, II, CF88). (B) CORRETO. ART.146, III, ‘B’, CF88. (C) CORRETO. ART.146-A, CF88. (D) CORRETO. ART.146, III, ‘C’, CF88. (E) CORRETO. ART.146, III, ‘D’, CF88.

GABARITO: A

3.5. Tributos que Devem Ser Instituídos por Lei Complementar Empréstimo Compulsório art.148 Imposto sobre Grandes Fortunas art.153, VII

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Novos Impostos art.154, I Novas Contribuições art.195, §4º

05- (FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFA PA 2002 ESAF) Prestamse a adensar a disciplina constitucional conferida ao sistema tributário e a criar certos tributos: (A) normas complementares (B) decretos (C) tratados internacionais (D) leis ordinárias (E) leis complementares

Resolução

“adensar a disciplina constitucional conferida ao sistema tributário” = quando a CF confere poder à lei complementar regular alguma norma constitucional tributária.

Lei complementar cria os seguintes tributos: Emprés-timo Compulsório art.148 Imposto sobre Grandes Fortunas art.153, VII Novos Impostos art.154, I Novas Contribuições art.195, §4º

GABARITO: E

06- (FISCAL DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010 ESAF) Em matéria tributária, são privativas de lei complementar, exceto: (A) instituição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição Federal, dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. (B) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. (C) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. (D) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte. (E) instituição, por parte da União, de novos impostos, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição.

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Resolução

(A) ERRADA. DEFINIÇÃO, E NÃO INSTITUIÇÃO, de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição Federal, dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. Art.146, III, ‘a’, CF88. (B) CORRETA. Art.146, III, ‘c’, CF88. (C) CORRETA. Art.146, I, CF88. (D) CORRETA. Art.146, III, ‘d’, CF88. (E) CORRETA. Art.154, CF88.

GABARITO: A

07- (AUDITOR DO TCE – GO - DIREITO CONSTITUCIONAL 2007 ESAF) Em matéria tributária e conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não cabe à lei complementar (A) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. (B) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos tributos discriminados na Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. (C) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. (D) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. (E) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.

Resolução

(A) CABE dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (Art.146, I, CF88). (B) NÃO CABE estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos TRIBUTOS discriminados na Constituição, a dos

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respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes (TRIBUTOS NÃO, IMPOSTOS) (Art.146, III, ‘a’, CF88). (C) CABE estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes (Art.146, III, ‘a’, CF88). (D) CABE regular as limitações constitucionais ao poder de tributar (Art.146, II, CF88). (E) CABE estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas (Art.146, III, ‘c’, CF88).

GABARITO: B

08- (AUDITOR DO TCE – GO - DIREITO TRIBUTÁRIO 2007 ESAF) Sobre o Sistema Constitucional Tributário, é incorreto afirmar que (A) competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. (B) os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para custeio do serviço de iluminação pública, sendo facultada a cobrança na fatura de consumo de energia elétrica. (C) cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria tributária sobre o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. (D) a aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório não será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. (E) a Constituição Federal permite a edição de lei complementar que defina tratamento diferenciado e favorecido para microempresas e empresas de pequeno porte.

Resolução

(A) CORRETO. Art.147, CF88. (B) CORRETO. Art.149-A, CF88. (C) CORRETO. Art.146, III, ‘c’, CF88. (D) INCORRETO. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório SERÁ vinculada à despesa que fundamentou sua instituição (Art.148, parágrafo único, CF88). (E) CORRETO. Art.146, III, ‘d’, CF88.

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GABARITO: D

09- (PROCURADOR DO DISTRITO FEDERAL 2007 ESAF) Assinale a opção correta. As leis complementares prestam-se basicamente a três (3) tipos de atuação em matéria tributária. Em conseqüência, elas dispõem sobre: (A) conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; normas gerais de legislação tributária. (B) conflitos de competência, em matéria tributária, só entre os Estados e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União e dos Estados; normas gerais de direito tributário. (C) conflitos de competência, em matéria tributária, só entre a União e os Estados e o Distrito Federal; limitações constitucionais ao poder de tributar dos Estados; normas gerais de direito tributário. (D) conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; normas gerais de legislação tributária. (E) conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União e dos Estados, desdobrando as exigências do princípio da legalidade, regulando as imunidades tributárias etc; normas gerais de direito tributário material e formal.

Resolução

(A) CORRETA. conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; normas gerais de legislação tributária (Art.146, I, II e III, CF88). (B) ERRADA. conflitos de competência, em matéria tributária, só entre os Estados e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União e dos Estados DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS; normas gerais de direito tributário (Art.146, I, II e III, CF88). (C) ERRADA. conflitos de competência, em matéria tributária, só entre a União e os Estados e o Distrito Federal E OS MUNICÍPIOS; limitações

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constitucionais ao poder de tributar dos Estados Da União Do Distrito Federal E DOS MUNICÍPIOS; normas gerais de direito tributário (Art.146, I, II e III, CF88). (D) ERRADA. conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar DA UNIÃO, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; normas gerais de legislação tributária. (Art.146, I, II e III, CF88). (E) ERRADA. conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União e dos Estados DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS, desdobrando as exigências do princípio da legalidade, regulando as imunidades tributárias etc; normas gerais de direito tributário material e formal (Art.146, I, II e III, CF88).

GABARITO: A

10- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL - Tecnologia da Informação 2005 ESAF) Leis complementares, ou leis complementares à Constituição, são espécies normativas que têm a função de complementar dispositivos constitucionais que tratam genericamente de determinadas matérias, normalmente devido à sua complexidade. As leis complementares, por força do art. 69 da Constituição, serão aprovadas pela maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional. Considerando apenas o texto expresso da Constituição, pode-se concluir que as leis complementares em matéria tributária não tratam: (A) da instituição de impostos residuais. (B) da definição dos produtos industrializados sobre os quais o imposto incidirá uma única vez. (C) da instituição de um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. (D) do estabelecimento de critérios especiais de tributação com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência. (E) da regulação da forma e das condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados, relativamente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Resolução

(A) ERRADA. Art.154, I, CF88.

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(B) CORRETA. da definição DE COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES sobre os quais o imposto incidirá uma única vez (Art.155, §2º, XII, ‘h’, CF88). (C) ERRADA. Art.146, parágrafo único, CF88. (D) ERRADA. Art.146-A, CF88. (E) ERRADA. Art.155, §2º, XII, ‘g’, CF88.

GABARITO: B

11- (ANALISTA JURÍDICO SEFAZ-CE 2006 ESAF) As leis complementares são diplomas legais que têm por objetivo complementar dispositivos constitucionais que tratam genericamente de determinadas matérias, em geral devido a sua complexidade. Sobre elas, em matéria tributária, podemos afirmar que serão utilizadas para I. estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência. II. instituir determinados tributos, como os empréstimos compulsórios, a contribuição de intervenção no domínio econômico sobre os combustíveis e os impostos residuais. III. estabelecer regras para a resolução de conflitos de competência entre os entes federativos. IV. definir tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte. V. regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. Estão corretos apenas os itens (A) I, III e V. (B) I, III, IV e V. (C) II, III, IV e V. (D) I, II, III e V. (E) I, IV e V.

Resolução

I. CORRETA. estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência (Art.146-A, CF88). II. ERRADA. instituir determinados tributos, como os empréstimos compulsórios, a contribuição de intervenção no domínio econômico sobre os combustíveis e os impostos residuais (Art.177, §4º, CF88). III. CORRETA. estabelecer regras para a resolução de conflitos de competência entre os entes federativos (Art.146, I, CF88).

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IV. CORRETA. definir tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte (Art.146, III, ‘d’, CF88). V. CORRETA. regular as limitações constitucionais ao poder de tributar (Art.146, II, CF88).

GABARITO: B

12- (MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO 2006 ESAF) Sobre o Sistema Tributário Nacional, na Constituição Federal de 1988, assinale a única opção correta. (A) A Constituição Federal veda à lei complementar que disciplinar o Sistema Tributário Nacional o estabelecimento de normas gerais sobre definição de tratamento diferenciado e favorecido para empresas de pequeno porte. (B) A Constituição Federal prevê a possibilidade de, por lei complementar, a União delegar para Estados e Distrito Federal competência para a instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. (C) Cabe à lei complementar federal fixar os combustíveis e lubrificantes derivados do petróleo sobre os quais o ICMS incidirá uma única vez, sendo que, neste caso, por força de disposição constitucional, o imposto caberá ao Estado produtor. (D) A União poderá instituir impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, na iminência ou no caso de guerra externa, a eles não se aplicando o princípio da anterioridade nonagesimal. (E) Pertence aos Municípios o total do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios, desde que o imposto seja fiscalizado e cobrado pelos Municípios.

Resolução

(A) ERRADA. A Constituição Federal DETERMINA à lei complementar que disciplinar o Sistema Tributário Nacional o estabelecimento de normas gerais sobre definição de tratamento diferenciado e favorecido para empresas de pequeno porte (Art.146, III, ‘d’, CF88). (B) ERRADA. Competência Exclusiva da União (Art.149, CF88). (C) ERRADA. Cabe à lei complementar federal fixar os combustíveis e lubrificantes derivados do petróleo sobre os quais o ICMS incidirá uma única vez, sendo que, neste caso, por força de disposição constitucional, o imposto

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caberá ao Estado ONDE OCORRER O CONSUMO (Art.155, §2º, XII, ‘g’, e §4º, I, CF88). (D) CORRETA. A União poderá instituir impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, na iminência ou no caso de guerra externa, a eles não se aplicando o princípio da anterioridade nonagesimal (Art.154, II, CF88). (E) ERRADA. Pertence aos Municípios o total do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios, desde que o imposto seja fiscalizado e cobrado pelos Municípios (Art.153, §4º, III, c/c art.158, II, CF88).

GABARITO: D

13- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL MG 2005 ESAF) Considerando o disposto no art. 146 da CRFB/88, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) Somente lei complementar pode criar formas de extinção do crédito tributário. ( ) Lei ordinária pode atribuir imunidade a determinado grupo ou conjunto de contribuintes. ( ) Lei ordinária pode criar modalidade de lançamento do crédito tributário. ( ) Lei ordinária pode prever a extinção do crédito tributário mediante dação em pagamento de bens móveis. (A) V, F, F, F (B) F, V, F, V (C) V, F, F, V (D) F, F, F, V (E) V, F, V, F

Resolução

(V) Somente lei complementar pode criar formas de extinção do crédito tributário (Art.146, III, ‘b’, CF88). (F) NORMA CONSTITUCIONAL pode atribuir imunidade a determinado grupo ou conjunto de contribuintes. (F) LEI COMPLEMENTAR pode criar modalidade de lançamento do crédito tributário (Art.146, III, ‘b’, CF88). (F) LEI COMPLEMENTAR pode prever a extinção do crédito tributário mediante dação em pagamento de bens móveis (Art.146, III, ‘b’, CF88).

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GABARITO: A

14- (ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE - AFC 2002 ESAF) Sabendo que o Código Tributário Nacional (CTN) foi editado antes da Constituição de 1988, sob a forma de lei ordinária, é possível afirmar que as normas do CTN que regulam limitações constitucionais ao poder de tributar (A) continuam em vigor, desde que o seu conteúdo seja concordante com as normas da Constituição de 1988. (B) são consideradas revogadas pela nova Constituição, uma vez que esta exige para o tratamento da matéria o instrumento normativo da lei complementar. Resguardam-se, porém, direitos adquiridos. (C) podem ser declaradas, pelo STF, em ação direta de inconstitucionalidade, supervenientemente inconstitucionais, por não se revestirem da forma de lei complementar. (D) são tecnicamente consideradas repristinadas pela nova ordem constitucional, depois de assim afirmado pelo Supremo Tribunal Federal. (E) uma vez que o poder constituinte originário dá início ao ordenamento jurídico, as normas referidas no enunciado devem ser tidas como revogadas desde o advento da Constituição de 1988, nada obstando, porém, que o Congresso Nacional as revigore expressamente, por ato legislativo com efeitos retroativos.

Resolução

PELO PRINCÍPIO DA RECEPÇÃO, a Constituição aproveita as normas previstas no CTN, que é formalmente lei ordinária (Lei nº 5.172/66), que se prestam a regulamentar normas constitucionais que exigem lei complementar. O CTN, então, é formalmente lei ordinária, mas materialmente lei complementar, naquelas suas normas que foram recepcionadas pela Constituição.

GABARITO: A

15- (AUDITOR DE TRIBUTOS MUNICIPAIS FORTALEZA CE 1998 ESAF) É matéria reservada a lei complementar (A) a determinação de medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços

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(B) a fixação das alíquotas máximas do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, de Quaisquer Bens ou Direitos (C) a inclusão, na incidência do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), das exportações de serviços para o exterior (D) a fixação das alíquotas mínimas do ISS (E) o disciplinamento do regime de compensação do ICMS

Resolução

(A) ERRADA. LEI ORDINÁRIA (Art.150, §5º, CF88). (B) ERRADA. Fixação das alíquotas máximas do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, de Quaisquer Bens ou Direitos É POR RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL (Art.155, §1º, IV, CF88). (C) ERRADA. A EXCLUSÃO, E NÃO INCLUSÃO, na incidência do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), das exportações de serviços para o exterior (Art.156, §3º, II, CF88). (D) ERRADA. A fixação das alíquotas mínimas E DAS ALÍQUOTAS MÁXIMAS do ISS (Art.156, §3º, I, CF88). (E) CORRETA. o disciplinamento do regime de compensação do ICMS (Art.155, §2º, XII, ‘c’, CF88).

GABARITO: E

16- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2000 ESAF) O Código Tributário Nacional, editado como uma lei ordinária (Lei n.º 5.172, de 1966), foi recebido pelo regime inaugurado pela Constituição de 1988 como: (A) lei ordinária, do modo como se encontra, mas podendo ser revogado ou alterado por lei, lei delegada ou medida provisória, pois têm a mesma hierarquia (B) lei complementar, porque essa Constituição exigiu tal espécie de lei para dispor sobre as normas de que trata, inclusive normas gerais em matéria de legislação tributária (C) lei complementar, porque foi alterado por atos complementares, nos anos de 1966 e 1967, como permitiam os Atos Institucionais então em vigor (D) lei complementar, por ser um Código e, pelas normas constitucionais em vigor à data de sua edição, os projetos de Código tinham tramitação especial (E) lei ordinária, apesar de ter sido alterada sua ementa e denominação, que passou a ser Código Tributário Nacional

Resolução

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(A) ERRADA. FOI RECEPCIONADO COMO LEI COMPLEMENTAR, porque essa Constituição exigiu tal espécie de lei para dispor sobre as normas de que trata, inclusive normas gerais em matéria de legislação tributária. (B) CORRETA. lei complementar, porque essa Constituição exigiu tal espécie de lei para dispor sobre as normas de que trata, inclusive normas gerais em matéria de legislação tributária. (C) ERRADA. lei complementar, NÃO porque foi alterado por atos complementares, nos anos de 1966 e 1967, como permitiam os Atos Institucionais então em vigor, MAS SIM PORQUE essa Constituição exigiu tal espécie de lei para dispor sobre as normas de que trata, inclusive normas gerais em matéria de legislação tributária (D) ERRADA. lei complementar, NÃO por ser um Código. CÓDIGO É APROVADO COMO LEI ORDINÁRIA. (E) ERRADA. LEI COMPLEMENTAR. O CTN, Lei nº 5.172/66, foi batizado com esse nome pelo Ato Complementar nº 36/67, dois dias antes da entrada em vigor da CF67.

GABARITO: B

17- (AGENTE FISCAL DE RENDAS - NÍVEL I SÃO PAULO 2006 FCC) Segundo a Constituição Federal, os tributos que devem ser instituídos mediante lei complementar e nos termos de lei complementar são, respectivamente: (A) o imposto extraordinário em caso de guerra e a contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômica. (B) o empréstimo compulsório e o imposto sobre grandes fortunas. (C) as contribuições sociais e as contribuições de melhoria. (D) a contribuição de intervenção no domínio econômico e as contribuições sociais. (E) a contribuição de melhoria e o empréstimo compulsório.

Resolução

(A) ERRADA. o imposto extraordinário em caso de guerra (ART.154, II, CF88) e a contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômica (ART.149, CAPUT, CF88). (B) CERTA. o empréstimo compulsório (ART.148, CF88) e o imposto sobre grandes fortunas (ART.153, VII, CF88).

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(C) ERRADA. as contribuições sociais (ART.149, CAPUT, CF88) e as contribuições de melhoria (ART.145, III, CF88). (D) ERRADA. a contribuição de intervenção no domínio econômico (ART.149, CAPUT, CF88) e as contribuições sociais (ART.149, CAPUT, CF88). (E) ERRADA. a contribuição de melhoria (ART.145, III, CF88) e o empréstimo compulsório. ESTE ÚLTIMO, POR LEI COMPLEMENTAR, E NÃO NOS TERMOS DE LEI COMPLEMENTAR (ART.148, CF88).

GABARITO: B

18- (DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO 2007 FCC) NÃO é matéria reservada à lei complementar: (A) instituição de empréstimos compulsórios. (B) definição de fato gerador e base de cálculo de impostos discriminados na Constituição. (C) criação de impostos não previstos na Constituição. (D) instituição de contribuição de melhoria. (E) disposição sobre lançamento e prescrição tributários.

Resolução

(A) ERRADA. instituição de empréstimos compulsórios. É COMPETÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR (ART.148, CF88). (B) ERRADA. definição de fato gerador e base de cálculo de impostos discriminados na Constituição. É COMPETÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR (ART.146, III, ‘a’, CF88). (C) ERRADA. criação de impostos não previstos na Constituição. É COMPETÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR (ART.154, I, CF88). (D) CORRETA. instituição de contribuição de melhoria. NÃO É COMPETÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR (ART.145, III, CF88). (E) ERRADA. disposição sobre lançamento e prescrição tributários. É COMPETÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR (ART.146, III, ‘b’, CF88).

GABARITO: D

19- (AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS RONDÔNIA 2010 FCC) A Constituição Federal dispõe sobre lei complementar em matéria tributária dentro do Sistema Tributário Nacional. Mediante lei complementar, (A) devem ser instituídos os impostos discriminados na Constituição.

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(B) devem ser fixadas as alíquotas dos impostos discriminados na Constituição. (C) devem ser fixados a base de cálculo, o fato gerador e os contribuintes dos impostos discriminados na Constituição. (D) podem ser concedidas isenções federais sobre tributos estaduais e municipais. (E) serão criadas as limitações ao poder de tributar.

Resolução

(A) ERRADA. NÃO devem ser instituídos os impostos discriminados na Constituição. ART.97, I, CTN. (B) ERRADA. NÃO devem ser fixadas as alíquotas dos impostos discriminados na Constituição. ART.97, IV, CF88. (C) CORRETA. devem ser fixados a base de cálculo, o fato gerador e os contribuintes dos impostos discriminados na Constituição. ART.146, III, ‘a’, CF88. (D) ERRADA. NÃO podem ser concedidas isenções federais sobre tributos estaduais e municipais. ART.151, III, CF88. (E) ERRADA. NÃO serão criadas as limitações ao poder de tributar. LIMITAÇÃO AO PODER DE TRIBUTAR É CRIADA PELA CONSTITUIÇÃO, CONFORME ARTS.150 A 152, CF88.

GABARITO: C

20- (PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO MPE-AC 2005 FMP-RS) Em matéria tributária, cabe à lei complementar (A) instituir impostos extraordinários, na iminência ou no caso de guerra externa. (B) instituir as contribuições sociais para a seguridade social de que trata o art.195 da Constituição Federal. (C) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição Federal, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. (D) alterar as alíquotas do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados.

Resolução

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(A) ERRADA. Art.154, II, CF88. (B) ERRADA. Lei Ordinária. (C) CORRETA. Art.146, III, CF88. (D) ERRADA. alíquotas do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza: POR LEI; imposto sobre produtos industrializados: POR DECRETO.

GABARITO: C

4. LEIS

4.1. LEI ORDINÁRIA (LEI EM SENTIDO ESTRITO)

Cabe aqui ratificar muito do que já foi ensinado quando falamos do Princípio da Legalidade.

Para o tributo poder ser exigido, tem que ser instituído por lei.

Assim dispõe o art.5º, II, CF88:

Art.5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Mas a CF88 ainda reforça isso, quanto aos tributos, no Capítulo “Sistema Tributário Nacional”:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

Alguns doutrinadores chamam: Art.5º, II, CF88, de Princípio da Legalidade; Art.150, I, CF88, de Princípio da Legalidade Estrita.

Dessa forma, todo e qualquer tributo tem que ser instituído por lei, sem exceção.

4.1.1. Instituição de Tributo E o que é INSTITUIR (= CRIAR) o tributo?

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É criar: (i) o Fato Gerador do tributo (ii) o Sujeito Passivo do tributo (iii) a Base de Cálculo do tributo (iv) a Alíquota do tributo

Pelo art.97, CTN, além desses 4 elementos, também tem que ser estabelecido por lei:

I - a instituição ou extinção de tributos; II - a majoração ou redução de tributos; V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.

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Resumindo, em relação a tributos, temos, obedecendo ao Princípio da Legalidade:

Instituição Extinção Majoração Redução

Fato gerador da obrigação principal (fato gerador da obrigação acessória pode ser por legislação)

Sujeito Passivo Alíquota e

Base de Cálculo Cominação

de Penalidades Dispensa ou Redução

de Penalidades Extinção, Suspensão ou Exclusão do Crédito Tributário

ATENÇÃO 1: LEI x LEGISLAÇÃO Pelos arts.114 e 115, CTN:

Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação defin-ida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.

Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

O termo “legislação” é mais amplo que “lei”. Legislação abrange lei, tratado, decreto, portaria, instrução normativa etc.

Então:

Fato gerador da Obrigação PRINCIPAL LEI

≠ Fato gerador da Obrigação ACESSÓRIA LEGISLAÇÃO

ATENÇÃO 2: Em relação a BASE DE CÁLCULO:

Modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso

= majoração do tributo

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Atualização do valor monetário da base de cál-culo NÃO É majoração de tributo

Para esse ponto, em relação ao IPTU, há a Súmula 160, STJ:

É defeso, ao município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.

ATENÇÃO 3: Definição de PRAZO PARA RECOLHIMENTO pode ser por instrumento infralegal (por legislação). [RE 172.394 SP, RE 195.218 MG]

4.1.2. Exceções ao Princípio da Legalidade

Apesar de não haver exceção ao princípio da legalidade no que tange à instituição de tributo por lei, há exceção a esse princípio quanto à alteração de alíquotas.

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Abaixo, os tributos em que há exceção ao princípio da legalidade para a Alteração ou Redução e Restabelecimento de alíquotas:

Tributo Alteração ou Redução e Restabelecimento?

Dispositivo normativo

Por

II, IE, IPI e IOF Alteração Art.153, §1º, CF88 Ato do Poder

Executivo

CIDE CombustíveisRedução e

Restabelecimento Art.177, §4º, I, ‘b’,

CF88 Ato do Poder

Executivo

ICMS Monofásico Combustíveis

Redução e Restabelecimento

Art.155, §4º, IV, ‘c’, CF88 c/c

LC nº 24/1975

Convênios CONFAZ entre Estados e Distrito Federal

OBSERVAÇÃO 1: CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária é o órgão composto pelos representantes dos Estados e do Distrito Federal em que esses celebram e ratificam convênios concedendo isenções, incentivos e benefícios fiscais.

OBSERVAÇÃO 2: Na “alteração”, o Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, mexe nas alíquotas como achar melhor.

Já na “redução e restabelecimento”, o Executivo (ou CONFAZ) pode somente reduzir a alíquota, e depois retorná-la ao patamar inicial. Mais que isso, tem que ser por lei.

21- (AGENTE-AUXILIAR-ARRECADADOR TRIBUTÁRIO SEFAZ PI 2001 ESAF) No Brasil, é juridicamente possível a instituição de determinados tributos por meio: (A) de decretos (B) da Constituição (C) de resoluções do Senado Federal (D) de leis complementares (E) de portarias

Resolução

INSTITUIÇÃO de tributo É SEMPRE por lei. Em regra, lei ordinária. É por lei complementar nos seguintes casos: Empréstimo Compulsório art.148 Imposto sobre Grandes Fortunas art.153, VII

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Novos Impostos art.154, I Novas Contribuições art.195, §4º

GABARITO: D

4.2. MEDIDA PROVISÓRIA

Tributo que pode ser instituído por lei ordinária (lei complementar não), também pode ser instituído por Medida Provisória, se houver relevância e urgência.

É o que prevê a CF88 em seu art.62, §1º, III:

Art.62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. §1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: III - reservada a lei complementar;

Há um sentimento na sociedade e na mídia de que o Poder Executivo federal tem abusado desse instrumento legislativo, e que na prática não estariam efetivamente sendo observados os requisitos de relevância e urgência, necessários para a edição de medidas provisórias.

O STF, apesar de reconhecer haver discricionariedade do Poder Executivo no juízo político do Presidente da República para decidir pela edição de medidas provisórias, lembra que esse juízo não é ilimitado, na ADI 2.150 DF:

“EMENTA. [...]. Os requisitos de relevância e urgência para edição de medida provisória são de apreciação discricionária do Chefe do Poder, não cabendo, salvo os casos de excesso de poder, seu exame pelo Poder Judiciário. Entendimento assentado na jurisprudência do STF.”

Lembre-se que, como falado na Aula 02, no item 1.5.4., a necessidade da conversão em lei no exercício da edição da medida provisória só se aplica aos impostos.

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Assim, a observação da regra da anterioridade para as demais espécies tributárias deve levar em conta não a data da sua conversão em lei, mas sim a data da publicação da medida provisória.

22- (ANALISTA DE COMÉRCIO EXTERIOR MICT 1998 ESAF) Não é matéria de lei complementar (A) o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas (B) a definição de tributos e de suas espécies (C) a instituição de empréstimo compulsório (D) a disciplina do regime de compensação do ICMS (E) a determinação de medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços

Resolução

(A) ERRADA. (Art.146, III, ‘c’, CF88). (B) ERRADA. (Art.146, III, ‘a’, CF88). (C) ERRADA. (Art.148, CF88). (D) ERRADA. (Art.155, §2º, XII, ‘c’, CF88). (E) CORRETA. É matéria de lei ordinária (Art.150, §5º, CF88)

GABARITO: E

23- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 1998 ESAF) A União prescinde de lei complementar para: (A) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (B) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar (C) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária (D) em relação aos impostos discriminados na Constituição Federal, definir respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes (E) estabelecer quando ocorrerá o vencimento dos impostos e taxas de sua competência

Resolução

(A) ERRADA. (Art.146, I, CF88). (B) ERRADA. (Art.146, II, CF88).

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(C) ERRADA. (Art.146, III, CF88). (D) ERRADA. (Art.146, III, ‘a’, CF88). (E) CORRETA. Para vencimento de tributos, prescinde até de lei ordinária.

GABARITO: E

24- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Segundo decorre da Constituição, especialmente depois da redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001, pode(m) ser objeto de medida provisória (A) normas sobre limitações constitucionais ao poder de tributar. (B) matéria tributária disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. (C) majoração de imposto de renda, quando, embora convertida em lei no mês de janeiro seguinte, tenha sido aprovada antes do início do exercício em que será cobrada. (D) aquela que constitua reedição, na mesma sessão legislativa, de outra que não tenha sido rejeitada, mas apenas perdido sua eficácia por decurso de prazo. (E) matéria tributária não sujeita a restrição em razão do processo legislativo.

Resolução

(A) ERRADA. Porque normas sobre limitações constitucionais ao poder de tributar são de reserva da lei complementar. ART.146, II, CF88. (B) ERRADA. Art.62, §1º, IV, CF88. (C) ERRADA. Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada (art.62, §2º, CF88). (D) ERRADA. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo (art.62, § 10, CF88). (E) CORRETA. Matéria tributária não sujeita a restrição em razão do processo legislativo. BASICAMENTE, MATÉRIA TRIBUTÁRIA CUJO PROCESSO LEGISLATIVO NÃO EXIJA LEI COMPLEMENTAR. Art.62, §1º, III, CF88.

GABARITO: E

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25- (ANALISTA JURÍDICO SEFAZ-CE 2006 ESAF) Segundo definição contida no art. 3o do Código Tributário Nacional, tributo é uma prestação pecuniária que, entre outras características, é instituída em lei. A partir daí, e considerando os dispositivos constitucionais sobre as espécies normativas, podemos concluir que (A) as medidas provisórias, por veicularem necessariamente matéria relevante e urgente, são incompatíveis com o princípio constitucional da anterioridade, razão pela qual não podem cuidar de matéria tributária. (B) as medidas provisórias podem, em determinadas situações, versar sobre matéria tributária. (C) medidas provisórias são aptas a instituir, mas não a aumentar tributos. (D) a fim de que se compatibilizem com as limitações constitucionais ao poder de tributar, as medidas provisórias somente poderão cuidar de normas gerais em matéria tributária, mas não da instituição de tributos. (E) as medidas provisórias, assim como as leis delegadas, não podem cuidar de matéria provisória, em nenhuma situação.

Resolução

(A) ERRADA. Basta ler o art.62, §2º, CF88. (B) CORRETA. SIM, COMO QUALQUER LEI. (C) ERRADA. Se a medida provisória é apta a instituir tributo, também é apta a aumentá-lo. (D) ERRADA. Normas gerais em matéria tributária SÃO MATÉRIA DE LEI COMPLEMENTAR, matéria cuja edição de medida provisória é vedada (art.62, §1º, III, CF88). (E) ERRADA. As medidas provisórias, assim como as leis delegadas, não podem cuidar de matéria DE LEI COMPLEMENTAR, em nenhuma situação.

GABARITO: B

26- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 2006 ESAF) Com relação às medidas provisórias em matéria tributária é errôneo afirmar-se que (A) caso instituam ou majorem tributo, só produzirão efeitos no exercício financeiro seguinte se forem convertidas em lei até o último dia daquele em que houver sido editada.

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(B) na hipótese de veto do projeto de lei de conversão por parte do Presidente da República, a medida provisória deverá ser tida por rejeitada, cabendo ao Congresso Nacional, em sessenta dias, disciplinar, por Decreto Legislativo, as relações jurídicas decorrentes. (C) a medida provisória paralisa temporariamente a eficácia da lei que versava sobre a matéria, eis que, caso venha a ser rejeitada, restaura-se a eficácia da norma anterior. (D) somente poderão ser instituídos ou majorados por medida provisória aqueles que não dependam de lei complementar. (E) o Supremo Tribunal Federal tem entendido que cabe ao chefe do Poder Executivo e ao Poder Legislativo a avaliação subjetiva das hipóteses de urgência que possam ensejar a edição de medida provisória.

Resolução

(A) ERRADA. IMPOSSTO, E NÃO “TRIBUTO” (art.62, §2º, CF88). (B) CORRETA. Art.62, §3º, CF88. (C) CORRETA. Art.62, §3º, CF88. (D) CORRETA. Art.62, §1º, III, CF88. (E) CORRETA. Ex.: ADI 2.150 DF: “EMENTA. [...]. Os requisitos de relevância e urgência para edição de medida provisória são de apreciação discricionária do Chefe do Poder, não cabendo, salvo os casos de excesso

de poder, seu exame pelo Poder Judiciário. Entendimento assentado na jurisprudência do STF.”

GABARITO: A

27- (AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO PR 2003 ESAF) Avalie os itens a seguir, relativos à viabilidade, ou não, de utilização de medida provisória para regular matéria tributária e marque a opção que apresenta resposta correta. I. É permitida a edição de medida provisória para aumentar a contribuição social incidente sobre a folha de salários de empregados, devida por empregadores à seguridade social. II. É vedada a edição de medida provisória para majorar o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. III. Medida provisória que implique majoração do imposto sobre propriedade territorial rural só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

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IV. É permitida a edição de medida provisória para instituir empréstimo compulsório, no caso de comprovada necessidade de atendimento a despesas extraordinárias que decorram de calamidade pública ou de guerra externa. (A) Apenas I e III estão corretos. (B) Apenas I e II estão corretos. (C) Apenas II e III estão corretos. (D) Apenas II e IV estão corretos. (E) Apenas III e IV estão corretos.

Resolução

I. CORRETA. Medida Provisória tem força de lei, podendo aumentar contribuição social. II. ERRADA. É PERMITIDA a edição de medida provisória para majorar o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, PORQUE TEM FORÇA DE LEI. III. CORRETA. Art.62, §2º, CF88. IV. ERRADA. porque é vedada a edição de medida provisória sobre matéria reservada à lei complementar (art.62, §1º, III, CF88).

GABARITO: A

28- (PROCURADOR DE CONTAS TCE CEARÁ 2006 FCC) Diante de situação de excepcional calamidade pública de âmbito nacional, reconhecida mediante decreto presidencial, o Presidente da República, para fazer frente à despesa extraordinária, editou Medida Provisória instituindo Empréstimo Compulsório sobre o consumo de combustíveis. É correto afirmar que o empréstimo compulsório instituído é (A) inconstitucional porque não tem a finalidade de gerar receita para fazer frente a despesa extraordinária decorrente de calamidade pública. (B) ilegal, porque a hipótese de incidência tem que ser a calamidade pública e não o consumo de combustíveis. (C) inconstitucional, porque só pode ser instituído por lei complementar e jamais, portanto, por medida provisória. (D) legal, porque não se admite vinculação de receita do empréstimo compulsório a qualquer órgão fundo ou despesa, salvo para despesa extraordinária. (E) constitucional, porque um dos motivos justificadores para a instituição deste tributo é despesa extraordinária decorrente de calamidade pública.

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Resolução

(A) ERRADA. inconstitucional porque não ELE tem JUSTAMENTE a finalidade de gerar receita para fazer frente a despesa extraordinária decorrente de calamidade pública. (ART.148, I, CF88). (B) ERRADA. ilegal, porque a hipótese de incidência tem que ser a calamidade pública e não o consumo de combustíveis. A HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA DO EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO NÃO TEM QUE SER A CALAMIDADE PÚBLICA. ESTA SIM É A CAUSA PARA A QUAL SERÃO DESTINADOS OS RECURSOS ARRECADADOS. A HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA É QUALQUER FATO ECONÔMICO QUE A LEI COMPLEMENTAR ELENCAR PARA SER TRIBUTÁVEL PELO EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO. (ART.148, CF88). (C) CORRETA. inconstitucional, porque só pode ser instituído por lei complementar e jamais, portanto, por medida provisória. (ART.148, CF88). (D) ERRADA. legal, porque não se admite vinculação de receita do empréstimo compulsório a qualquer órgão fundo ou despesa, salvo para despesa extraordinária. OK, MAS TEM QUE SER POR LEI COMPLEMENTAR. (ART.148, CF88). (E) ERRADA. constitucional, porque um dos motivos justificadores para a instituição deste tributo é despesa extraordinária decorrente de calamidade pública. OK, MAS TEM QUE SER POR LEI COMPLEMENTAR. (ART.148, CF88).

GABARITO: C

29- (PROCURADOR DE CONTAS TCE RORAIMA 2008 FCC) O princípio da estrita legalidade que rege o Direito Tributário pátrio dispõe que a instituição ou majoração de tributos depende de lei. Neste sentido, é correto afirmar que (A) a única fonte do direito tributário é a lei. (B) somente a lei ordinária é fonte instituidora de tributos. (C) os empréstimos compulsórios não se submetem ao princípio da legalidade. (D) a majoração dos tributos federais, dentro dos limites legais, pode ser feita por decreto do Poder Executivo. (E) medida provisória é fonte instituidora de impostos.

Resolução

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(A) ERRADO. a única fonte do direito tributário é a lei. BASTA IR AO INÍCIO DESTA AULA PARA VER VÁRIAS FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO. (B) ERRADO. somente a lei ordinária é fonte instituidora de tributos. LEI COMPLEMENTAR E MEDIDA PROVISÓRIA TAMBÉM. (C) ERRADO. os empréstimos compulsórios não se submetem ao princípio da legalidade. (ART.148, CF88). (D) ERRADO. a majoração dos tributos federais, dentro dos limites legais, pode ser feita por decreto do Poder Executivo. NEM TODOS OS TRIBUTOS. SOMENTE: II, IE, IPI, IOF (ART.153, §1º, CF88), CIDE COMBUSTÍVEIS (ART.177, §4º, I, ‘b’, CF88) E ICMS MONOFÁSICO COMBUSTÍVEIS (ART.155, §4º, IV, ‘c’, CF88). (E) CERTO. Medida provisória é fonte instituidora de impostos. (ART.62, CF88)

GABARITO: E

4.3. LEI DELEGADA

Art. 68, CF88. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente

da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso

Nacional. § 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada

à lei complementar, nem a legislação sobre: I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. § 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. § 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.

A lei delegada é editada pelo Presidente da República, por delegação feita por Resolução do Congresso Nacional.

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ATENÇÃO: RESOLUÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL (art.68, §2º)

≠ RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL

Pode ser utilizada em matéria tributária, exceto a reservada à lei complementar, mas na prática isso não ocorre porque o Executivo dispõe de meios legislativos mais eficazes para tal, como a Medida Provisória e, em alguns casos, o Decreto.

30- (FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFA PA 2002 ESAF) No Brasil, persiste controvérsia doutrinária sobre se, por meio de leis delegadas, podem ser instituídos tributos. A Constituição Federal, todavia, veda expressamente a utilização de tais normas jurídicas para a criação de: (A) taxas (B) contribuições de melhoria (C) empréstimos compulsórios (D) contribuições sociais (E) pedágios

Resolução

Respondendo à questão: Art. 68, CF88. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. § 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada

à lei complementar, [...]

Dos tributos acima, o único que é instituído por lei complementar é o empréstimo compulsório (art.148, CF88).

GABARITO: C

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4.4. DECRETO LEGISLATIVO

O Decreto Legislativo é ato de exclusiva competência do Congresso Nacional, não se sujeitando à sanção ou ao veto do Presidente da República.

No Direito Tributário, os Decretos Legislativos mais importantes são aqueles que aprovam os tratados internacionais firmados pelo Presidente da República.

Também são utilizados pelo Congresso Nacional nos casos de Medida Provisória que perdeu eficácia por sua não conversão em lei no prazo constitucionalmente previsto, para disciplinar as relações jurídicas decorrentes dessa Medida Provisória (art.62, §3º).

Se esse Decreto Legislativo não for editado em até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia da Medida Provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante a vigência dessa Medida Provisória conservar-se-ão por ela regidas (art.62, §11).

31- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) O Acordo para Isenção de Impostos Relativos à Implementação do Projeto do Gasoduto Brasil-Bolívia, celebrado entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República da Bolívia, em Brasília, em 5 de agosto de 1996, se obedeceu aos comandos constitucionais, foi aprovado por (A) lei ordinária. (B) lei complementar. (C) lei delegada. (D) decreto legislativo. (E) resolução do Senado Federal.

Resolução

APROVAÇÃO DE TRATADO INTERNACIONAL É FEITA PELO CONGRESSO NACIONAL, POR DECRETO LEGISLATIVO, nos termos do art.49, I, CF88.

GABARITO: D

32- (AGENTE FISCAL DE RENDAS - NÍVEL I SÃO PAULO 2006 FCC) Os tratados e convenções internacionais, relacionados com tributo, são fontes

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formais primárias do Direito Tributário e ingressam em nosso ordenamento jurídico através de (A) decreto-lei. (B) lei delegada. (C) decreto legislativo. (D) resolução do Senado. (E) lei complementar.

Resolução

(A) ERRADO. decreto-lei. (ART.49, I, c/c ART.84, VIII, CF88). (B) ERRADO. lei delegada. (ART.49, I, c/c ART.84, VIII, CF88). (C) CERTO. decreto legislativo. (ART.49, I, c/c ART.84, VIII, CF88). (D) ERRADO. resolução do Senado. (ART.49, I, c/c ART.84, VIII, CF88). (E) ERRADO. lei complementar. (ART.49, I, c/c ART.84, VIII, CF88).

GABARITO: C

4.5. RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL

Existem resoluções: - do Congresso Nacional - do Senado Federal - da Câmara dos Deputados

Nenhuma delas está sujeita a sanção de Presidente da República.

A CF88 traz, expressamente, uma hipótese de aplicação de Resolução do Congresso Nacional, conforme vimos quando tratamos de lei delegada:

Art. 68, CF88. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente

da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso

Nacional.[...] § 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. § 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.

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Então, é a Resolução do Congresso Nacional que aprova a delegação ao Presidente da República para editar leis delegadas.

Em matéria tributária, a mais importante das três modalidades de resolução é a Resolução do Senado Federal, Casa Legislativa representante dos Estados-membros da Federação.

Aliás, como o Senado Federal representa os Estados e o Distrito Federal, já podemos memorizar que Resolução do Senado só tratará dos impostos estaduais.

Seguem abaixo os casos que o Senado trata por Resolução:

(i) ICMS:

Art.155, § 2.º O imposto previsto no inciso II [ICMS] atenderá ao seguinte: IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação;

Na verdade, a possibilidade de resolução do Senado estabelecer alíquota de ICMS às operações e prestações de exportação não mais existe, pois a EC 42/2003 passou a prever imunidade para as operações e prestações de exportação.

Art.155, § 2.º O imposto previsto no inciso II [ICMS] atenderá ao seguinte: V - é facultado ao Senado Federal: a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;

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Resolução do Senado ESTABELECERÁ

Iniciativa Aprovação

Alíquota Interestadual Pres.Rep. ou 1/3 Senadores Maioria Absoluta do Senado

Atualmente, vigora a Resolução nº 22/1989 do Senado Federal, que estabeleceu:

Operações e Prestações Interestaduais em geral: Alíquota = 12%

Operações e Prestações Interestaduais Destinadas às Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ao Estado do Espírito Santo: Alíquota = 7%

Resolução do Senado FACULTADO

ESTABELECER nas Operações INTERNAS

Iniciativa Aprovação

Alíquota MÍNIMA 1/3 Senadores Maioria Absoluta do Senado Alíquota MÁXIMA Maioria Absoluta do Senado 2/3 Senadores

(i.1) A Resolução do Senado nº 13/2012 (para evitar a “guerra dos portos”)

Recentemente, foi publicada a Resolução do Senado nº 13, de 25.04.2012, que entrará em vigor em 01.01.2013, a qual determina que: - a alíquota do ICMS nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior, será de 4% (quatro por cento).

Para se aplicar essa alíquota interestadual de 4%, os bens e mercadorias importados do exterior têm que, após seu desembaraço aduaneiro: I – não ter sido submetidos a processo de industrialização; II – se submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, resultar em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento).

Esses dois critérios acima não se aplicam a:

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I - aos bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar nacional (O Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior - Camex vai definir a lista desses bens e mercadorias); II - aos bens produzidos em conformidade com os processos produtivos básicos previstos na legislação que:

(i) Regula a Zona Franca de Manaus; (ii) Dispõe sobre a capacitação e competitividade do setor de

informática e automação; (iii) Dispõe sobre a capacitação e competitividade do setor de

tecnologia da informação; (iv) Dispõe sobre os incentivos às indústrias de equipamentos

para TV Digital e de componentes eletrônicos e semicondutores.

Conteúdo de Importação (CI) = percentual correspondente ao quociente entre o valor da parcela importada do exterior e o valor total da operação de saída interestadual da mercadoria ou bem.

Critérios e procedimentos a serem observados no processo de Certificação de Conteúdo de Importação (CCI) => sua definição será feita por normas baixadas pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

A Resolução do Senado nº 13/2012 não se aplica às operações que destinem gás natural importado do exterior a outros Estados.

A ideia dessa Resolução é inibir o que chamam de “guerra dos portos”, que é a concessão, por alguns Estados (Espírito Santo e Santa Catarina, por exemplo) de incentivos fiscais ou financeiro-fiscais, de forma unilateral (ou seja, sem a aprovação, com necessária unanimidade, pelo CONFAZ), desobedecendo ao art.155, §2º, XII, ‘g’, CF88 e a LC 24/1975.

Esses incentivos atraem, para esses Estados, empresas especializadas em importação (tradings), fazendo com que, sendo importado por esse Estado, mesmo que o consumidor final esteja localizado noutro Estado, o Estado importador fique com a parcela do ICMS interestadual (normalmente 12%).

O problema é que, com os incentivos, o ICMS efetivamente cobrado no Estado de origem fica bem inferior a 12%, fazendo com que o ICMS total do

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bem importado fique inferior ao ICMS de um bem similar nacional, afetando a indústria nacional.

Com a Resolução nº 13/2012, esse ICMS interestadual teria sua alíquota reduzida de 12% (ou 7%) para 4%, ficando a maior parte do ICMS interestadual com o Estado de destino, reduzindo-se os danos da concorrência com o produto similar nacional.

O Estado do Espírito Santo está contestando essa Resolução no STF (ADI nº 4858), alegando basicamente que: - Só cabe ao Senado a definição das alíquotas interestaduais com o fim de repartir o ICMS entre o Estado de origem e o de destino, e nada mais. Não poderia o Senado Federal criar normas para a condução de política fiscal ou industrial, nem regular comércio internacional (finalidades extrafiscais), a pretexto de fixar alíquotas interestaduais; - Fere a vedação constitucional ao tratamento diferenciado em razão da procedência ou destino de bens e mercadorias (arts.5º, 150, II, e 152, CF88); - A alíquota de 4% alcança os produtos importados genericamente, sem considerar o critério da essencialidade (art.155, §2º, III, CF88); - Fere a tipicidade cerrada, por falta de “densidade normativa”, já que, na prática, as hipóteses de aplicação da nova alíquota ficarão a cargo do Poder Executivo (CONFAZ definindo os critérios de apuração do Conteúdo de Importação; e CAMEX definindo os produtos que não tenham similar nacional).

Vamos aguardar o julgamento. A decisão deve sair até o final de 2012, pois foi pedida tramitação célere da ADI, nos termos do art.12 da Lei nº 9868/1999 (“relevância da matéria” e “seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica”).

(ii) IPVA:

Art.155, § 6º O imposto previsto no inciso III [IPVA]: I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Feder-al; II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.

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ATENÇÃO: Só as alíquotas mínimas são fixadas por Resolução do Senado. A diferenciação de alíquotas em função do tipo de da utilização é papel da lei ordinária estadual.

AINDA NÃO EXISTE A RESOLUÇÃO DO SENADO FIXANDO A ALÍQUOTA MÍNIMA DO IPVA!

(iii) ITCMD:

Art.155, § 1.º O imposto previsto no inciso I [ITCMD]: [...] IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;

A Resolução nº 09/1992 do Senado Federal estabeleceu a alíquota máx-ima de 8% para o ITCMD.

Mas essa Resolução não é suficiente para se considerar instituída a alíquota do imposto, pois a lei estadual deve prever a alíquota expressamente, não sendo suficiente que o faça “por meio de lei que se atrele genericamente a essa alíquota máxima fixada pelo Senado” (RE 218.182 PE).

33- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1996 ESAF) Quando uma lei ou alguns dos seus artigos são declarados definitivamente inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal são retirados do ordenamento jurídico. (A) pela publicação do acórdão do Supremo Tribunal Federal no Diário Oficial da União; (B) Por lei complementar; (C) Por resolução do Senado; (D) Por decreto legislativo; (E) Por medida provisória.

Resolução

(iv) Suspensão de Execução de Lei Declarada Inconstitucional

Apesar de não ser matéria estritamente tributária, uma das funções da Resolução do Senado que é importante termos em mente no estudo para concurso público é a que vai abaixo:

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

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X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada

inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;

O STF, mesmo declarando inconstitucional determinada lei, ou dispositivo de lei, não tem competência para fazer cessar os efeitos dessa norma perante novos casos que no futuro se subsumiriam a ela. Para a suspensão dos efeitos dessa norma, necessário é que o Senado Federal suspenda a sua execução, o que é feito por Resolução do Senado Federal.

Resposta à questão 33: GABARITO: C

34- (AGENTE FISCAL DE RENDAS - NÍVEL I SÃO PAULO 2006 FCC) Em relação à lei complementar e às resoluções do Senado, é correto afirmar: (A) A delegação ao Presidente da República para elaborar lei delegada terá a forma de resolução do Senado, que especificará seu conteúdo e os termos do exercício. (B) Os impostos sobre transmissão de bens imóveis inter vivos e o imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens e direitos, terão suas alíquotas máximas fixadas por lei complementar. (C) Cabe à lei complementar prever, quanto ao ICMS, casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior de serviços e de mercadorias. (D) Resolução do Senado fixará a base de cálculo do ICMS, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria e serviço. (E) A lei complementar fixará as alíquotas mínimas do ICMS nas operações internas.

Resolução

(A) ERRADA. A delegação ao Presidente da República para elaborar lei delegada terá a forma de resolução do Senado DO CONGRESSO NACIONAL, que especificará seu conteúdo e os termos do exercício. (ART.68, §2º, CF88). (B) ERRADA. Os impostos sobre transmissão de bens imóveis inter vivos e o imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens e direitos, terão TERÁ suas alíquotas máximas fixadas por lei complementar RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL. (ART.155, §1º, IV, CF88).

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(C) CORRETA. Cabe à lei complementar prever, quanto ao ICMS, casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior de serviços e de mercadorias. (ART.155, §2º, XII, ‘f’, CF88). (D) ERRADA. Resolução do Senado LEI COMPLEMENTAR fixará a base de cálculo do ICMS, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria e serviço. (ART.155, §2º, XII, ‘i’, CF88). (E) ERRADA. A lei complementar RESOLUÇÃO DO SENADO PODERÁ fixará as alíquotas mínimas do ICMS nas operações internas. (ART.155, §2º, V, ‘a’, CF88).

GABARITO: C

35- (ANALISTA CONTÁBIL-FINANCEIRO SEFAZ-CE 2006 ESAF) A Constituição Federal de 1988 incumbiu determinada espécie normativa de dispor especificamente sobre matérias de interesse dos Estados-Membros e do Distrito Federal, tais como a fixação de alíquotas mínimas e máximas do ICMS nas operações internas, e também de fixar alíquotas máximas do ITCMD. A espécie normativa que cuida dessas matérias é: (A) decreto presidencial. (B) decreto legislativo. (C) medida provisória. (D) lei complementar. (E) resolução do Senado Federal.

Resolução

(i) ICMS: Art.155, § 2.º O imposto previsto no inciso II [ICMS] atenderá ao seguinte: V - é facultado ao Senado Federal: a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; [...]

(ii) IPVA:

Art.155, § 6º O imposto previsto no inciso III [IPVA]:

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I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.

ATENÇÃO: Só as alíquotas mínimas são fixadas por Resolução do Senado. A diferenciação de alíquotas em função do tipo de da utilização é papel da lei ordinária estadual.

(iii) ITCMD:

Art.155, § 1.º O imposto previsto no inciso I [ITCMD]: [...] IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;

GABARITO: E

36- (AGENTE TRIBUTÁRIO ESTADUAL MS 2001 ESAF) Compete ao Senado Federal, mediante Resolução, aprovada pela maioria absoluta de seus membros: (A) Fixar as alíquotas máxima e mínima dos impostos sobre a importação e a exportação. (B) Estabelecer as alíquotas do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços - ICMS, aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação. (C) Autorizar os Estados a darem caráter de nãocumulatividade ao imposto sobre transmissão causa mortis e doação de bens e direitos. (D) Autorizar a União a estabelecer impostos extraordinários, por motivo de guerra. (E) Fixar as alíquotas e a base de cálculo do imposto territorial rural.

Resolução

(A) ERRADA. se são impostos sobre a importação e a exportação, impostos federais, NÃO HÁ COMPETÊNCIA PARA O SENADO FEDERAL, QUE REPRESENTA OS ESTADOS-MEMBROS, E NÃO A UNIÃO. (B) CORRETA. Art.155, §2º, IV, CF88. (C) ERRADA. A única competência da Resolução do Senado em relação ao ITCMD é para a fixação de suas alíquotas máximas. NÃO EXISTE não cumulatividade para o ITCMD. (D) ERRADA. Impostos federais, NÃO HÁ COMPETÊNCIA PARA O SENADO FEDERAL, QUE REPRESENTA OS ESTADOS-MEMBROS, E NÃO A UNIÃO.

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(E) ERRADA. Impostos federais, NÃO HÁ COMPETÊNCIA PARA O SENADO FEDERAL, QUE REPRESENTA OS ESTADOS-MEMBROS, E NÃO A UNIÃO.

GABARITO: B

37- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 1998 ESAF) � Alíquotas mínimas do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), nas operações internas, podem ser estabelecidas por ___________. � O Código Tributário Nacional (CTN) foi votado como ___________. � As normas gerais de direito tributário contidas no CTN podem ser alteradas ou revogadas mediante ___________. � As alíquotas do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação, são estabelecidas por ___________. Veja, entre as cinco alíneas abaixo, com qual de suas expressões se preenche corretamente cada uma das lacunas acima. v) resolução do Senado Federal de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros w) lei ordinária x) lei complementar y) resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros A resposta certa corresponde à seguinte seqüência: (A) y, x, x, v (B) v, w, x, y (C) y, w, x, v (D) v, w, w, y (E) v, x, w, y

Resolução

� Alíquotas mínimas do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), nas operações internas, podem ser (facultatividade) estabelecidas por resolução do Senado Federal de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros (v) (art.155, §2º, V, ‘a’, CF88).

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� O Código Tributário Nacional (CTN) foi votado como lei ordinária – Lei nº 5.172/66. Com a CF67 é que ele foi recepcionado como lei complement-ar (w). � As normas gerais de direito tributário contidas no CTN podem ser alteradas ou revogadas mediante lei complementar (art.146, CF88) (x). � As alíquotas do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação, são estabelecidas por resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros (y) (art.155, §2º, IV, CF88).

GABARITO: B

4.6. DECRETO-LEI

Apesar de não ter sido previsto pela CF88, a figura do Decreto-Lei, por conta da teoria da recepção, encontra-se muito presente ainda no direito tributário.

Exemplos são o Decreto-Lei nº 37/1966, que regula muitas normas sobre o Imposto de Importação, e diversos Decretos-Lei que disciplinam o IPI, como o Decreto-Lei nº 34/1966.

5. TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:[...] VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

TRATADO INTERNACIONAL = CONVENÇÃO INTERNACIONAL

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Tratado = acordo internacional de vontades entre Estados soberanos ou organismos internacionais, destinado a produzir efeitos jurídicos.

Processo de produção de um tratado:

1º) Chefe de Estado (Presidente da República ou seu representante) NEGOCIA e ASSINA;

2º) Congresso Nacional APROVA (= referenda, homologa) o tratado por meio de Decreto Legislativo;

3º) Presidente da República RATIFICA o tratado mediante depósito (no caso de tratados multilaterais) ou troca (no caso de tratados bilaterais) dos seus instrumentos constitutivos. Neste ponto, o Estado se compromete no plano internacional definitivamente, com o tratado assinado.

4º) Presidente da República PROMULGA o tratado por meio de decreto, que com o início de sua vigência, passa a vincular e obrigar no plano do direito positivo interno.

5.1. O ARTIGO 98, CTN

Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou

modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.

5.1.1. Regra Especial prevalece sobre Regra Geral Na verdade, o tratado não revoga ou modifica a lei interna (geral), mas suspende os efeitos da lei interna pelo fato de o tratado ser lei específica. É o Princípio da Especialidade, em que o preceito mais específico prevalece sobre o mais genérico.

Esse entendimento foi inclusive positivado no art.85-A da Lei nº 8.212/91: Art. 85-A. Os tratados, convenções e outros acordos internacionais de que Estado estrangeiro ou organismo internacional e o Brasil sejam partes, e que versem sobre matéria previdenciária, serão

interpretados como lei especial. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999).

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E também expresso pelo STF, na ADI 1480 DF, para o qual o art.98, CTN, não trata de hierarquia normativa entre tratado internacional e direito positivo interno, mas sim sobre a consagração do Princípio da Especialidade.

Nesse mesmo sentido, julgou o STJ, no REsp 1.161.467 RS, em 17.05.2012. Veja trecho da ementa do acórdão:

“[...] 7. A antinomia supostamente existente entre a norma da convenção [tratado internacional] e o direito tributário interno resolve-se pela regra da especialidade, ainda que a normatização interna seja posterior à internacional. 8. O art. 98 do CTN deve ser interpretado à luz do princípio lex specialis derrogat generalis , não havendo, propriamente, revogação ou derrogação da norma interna pelo regramento internacional, mas apenas suspensão de eficácia que atinge, tão só, as situações envolvendo os sujeitos e os elementos de estraneidade descritos na norma da convenção. [...] 10. No caso, o art. VII das Convenções Brasil-Alemanha e Brasil-Canadá deve prevalecer sobre a regra inserta no art. 7º da Lei 9.779/99, já que a norma internacional é especial e se aplica, exclusivamente, para evitar a bitributação entre o Brasil e os dois outros países signatários. Às demais relações jurídicas não abarcadas pelas Convenções, aplica-se, integralmente e sem ressalvas, a norma interna, que determina a tributação pela fonte pagadora a ser realizada no Brasil. [...].”

5.1.2. Posição Hierárquica do Tratado Pela jurisprudência do STF, o tratado internacional tem posição hierárquica de lei ordinária, deixando o tratado de ser aplicado se lei ordinária com ele incompatível vier ao ordenamento posteriormente. (ADI 1.480; RE 80.004 SE).

Ou seja, se a legislação que lhe sobrevenha é com ele incompatível e é lei ordinária, esta prevalece, e o tratado deixará de ser aplicado (denúncia do tratado).

A única exceção são os tratados sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três

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quintos dos votos dos respectivos membros, os quais serão equivalentes às emendas constitucionais (art.5º, §3º, CF88).

5.1.3. O Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio – GATT O GATT é um tratado multilateral, do qual o Brasil é um país signatário, que regula o procedimento dos Estados no comércio internacional, buscando reduzir tarifas alfandegárias ou aduaneiras e abolir as barreiras comerciais entre os países.

Uma cláusula importante do GATT é a cláusula do tratamento nacional, pela qual o produto importado deve ter o mesmo tratamento dado ao produto similar nacional.

Com isso, a isenção dada ao produto nacional deve ser estendida ao similar importado. Veja as súmulas nesse sentido, do STJ e do STF:

Súmula 20, STJ A mercadoria importada de pais signatário do GATT é isenta do ICM, quando contemplado com esse favor o similar nacional.

Súmula 71, STJ O bacalhau importado de pais signatário do GATT é isento do ICM.

Súmula 575, STF À mercadoria importada de país signatário do (GATT), ou membro da (ALALC), estende-se a isenção do imposto de circulação de mercadorias concedida a similar nacional.

O tratado que concede isenção não é ato da União, enquanto ente federado, mas sim enquanto Estado Nacional, República Federativa do Brasil, sendo um ato de soberania externa, não se enquadrando como uma isenção heterônoma, vedada pelo art.151, III, CF88 (ADI nº 1.600; RE 229.096 RS; RE 234.662 BA).

Cabe ressaltar que a LC 104/2001 inseriu o parágrafo único ao art.199: Art.199, parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar

informações com Estados estrangeiros no interesse da

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arrecadação e da fiscalização de tributos. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)

38- (FISCAL DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010 ESAF) No tocante aos tratados internacionais em matéria tributária, pode-se afirmar que: (A) uma vez internalizados, se sobrepõem às normas internas, inclusive da Constituição Federal. (B) para terem aplicabilidade no âmbito federativo federal, estadual e municipal, necessitam de ratificação pelas respectivas Casas Legislativas. (C) podem operar modificações na legislação tributária interna, desde que ratificados por meio de decreto legislativo. (D) não podem dispor sobre isenções internas. (E) somente podem alterar a legislação interna federal.

Resolução

(A) ERRADA. NÃO se sobrepõem à Constituição Federal. (B) ERRADA. NÃO necessitam de ratificação pelas Casas Legislativas federal, estadual e municipal para terem aplicabilidade no âmbito federativo. (C) CORRETA. SIM, PORQUE A APROVAÇÃO DO TRATADO por meio de decreto legislativo, pelo Congresso Nacional, É UMA FASE ESSENCIAL NA PRODUÇÃO DO TRATADO. (D) ERRADA. PODEM dispor sobre isenções internas SIM. Basta que sejam internalizados, valendo então como lei. (E) ERRADA. porque têm caráter de lei nacional, e não lei federal.

GABARITO: C

39- (FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFA PA 2002 ESAF) Os acordos sobre dupla tributação internacional, como todos os tratados que requerem aprovação congressional, começam a vigorar no ordenamento jurídico interno brasileiro (A) com a aprovação do projeto de acordo internacional pelo Congresso Nacional, que o faz por meio de decreto legislativo. (B) com o início da vigência dos decretos que os promulgaram. (C) com a troca dos instrumentos de ratificação. (D) com a assinatura do projeto de acordo internacional.

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(E) com a rubrica do texto convencional, feita pelos chefes das deleg-ações nacionais.

Resolução

Processo de produção de um tratado:

1º) Chefe de Estado (Presidente da República ou seu represent-ante) NEGOCIA e ASSINA;

2º) Congresso Nacional APROVA (= referenda, homologa) o tratado por meio de Decreto Legislativo;

3º) Presidente da República RATIFICA o tratado mediante depósito (no caso de tratados multilaterais) ou troca (no caso de tratados bilaterais) dos seus instrumentos constitutivos. Neste ponto, o Estado se compromete no plano internacional definitivamente, com o tratado assinado.

4º) Presidente da República PROMULGA o tratado por meio de decreto, que com o início de sua vigência, passa a vincular e obrigar no plano do direito positivo interno.

GABARITO: B

40- (AGENTE TRIBUTÁRIO ESTADUAL MS 2001 ESAF) Os tratados e as convenções internacionais que disponham sobre matéria tributária (A) submetem-se à legislação tributária interna (B) revogam ou modificam a legislação tributária interna, mas não serão observados pela que lhes sobrevenha (C) não têm eficácia se contrários à legislação tributária interna (D) terão suas cláusulas modificadas para serem aplicadas no Brasil, adaptando-se à legislação interna (E) modificam ou revogam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha

Resolução

Aqui, devido à literalidade do art.98, CTN, na alternativa, nem cabe discutir a interpretação do mesmo, como fizemos acima.

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Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.

GABARITO: E

6. DECRETOS

Art. 84, CF88. Compete privativamente ao Presidente da República:[...] IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;

Art. 99, CTN. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei.

O fundamento de validade direto do decreto é a lei, e não a Constituição.

Assim, não podem os decretos extrapolar aquilo que foi previsto em lei, mas apenas disciplinar como a lei que regulamentam será cumprida.

41- (PROCURADOR TCE ALAGOAS 2008 FCC) O Chefe do Poder Executivo poderá, através de (A) decreto, dentro dos limites legais, majorar a alíquota da CIDE combustível. (B) medida provisória, instituir empréstimo compulsório das despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública. (C) medida provisória, instituir imposto residual, com fato gerador e base de cálculo distintos dos impostos já discriminados na Magna Carta. (D) decreto, dentro dos limites legais, majorar a alíquota do imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro e valores mobiliários. (E) decreto, instituir contribuição social para seguridade social, dentro da competência constitucional residual.

Resolução

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(A) ERRADA. decreto, dentro dos limites legais, majorar REDUZIR E RESTABELECER a alíquota da CIDE combustível. (ART.177, §4º, I, ‘b’, CF88). (B) ERRADA. medida provisória LEI COMPLEMENTAR, instituir empréstimo compulsório das despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública. (ART.148, CF88). (C) ERRADA. medida provisória LEI COMPLEMENTAR, instituir imposto residual, com fato gerador e base de cálculo distintos dos impostos já discriminados na Magna Carta. (ART.154, II, CF88). (D) CORRETA. decreto, dentro dos limites legais, majorar a alíquota do imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro e valores mobiliários. (ART.ART.153, §1º, CF88). (E) ERRADA. decreto LEI COMPLEMENTAR, instituir contribuição social para seguridade social, dentro da competência constitucional residual. (ART.195, §6º, CF88).

GABARITO: D

42- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1996 ESAF) Sobre os decretos executivos federais, podemos afirmar que são: (A) Veículos normativos privativos do legislativo para aprovação, entre outras coisas, dos tratados e convenções internacionais celebrados pelo Presidente da República; (B) Atos normativos de competência privativa do Presidente da República com força de lei próprios para o aumento das alíquotas do IPI, IE, IR e IOF; (C) Veículos normativos do Presidente da República para aprovação, entre outras coisas, dos tratados e convenções celebrados pelos Ministros de Estado; (D) Veículos normativos com força de lei idôneos para instituírem impostos extraordinários na iminência ou no caso de guerra externa; (E) Veículos normativos que se prestam à aprovação dos regulamentos dos impostos federais.

Resolução

(A) ERRADA. Veículos normativos privativos do legislativo para aprovação, entre outras coisas, dos tratados e convenções internacionais celebrados pelo Presidente da República SÃO OS DECRETOS LEGISLATIVOS;

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(B) ERRADA. Atos normativos de competência privativa do Presidente da República com força de lei próprios para o aumento das alíquotas do IPI, IE, IPI, E NÃO IR, e IOF; (C) ERRADA. Veículos normativos do Presidente da República para aprovação, entre outras coisas, dos tratados e convenções celebrados PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, E NÃO pelos Ministros de Estado; (D) ERRADA. NÃO HÁ EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE PARA INSTITUIÇÃO DE TRIBUTO; (E) CORRETA. Veículos normativos que se prestam à aprovação dos regulamentos dos impostos federais.

GABARITO: E

7. NORMAS COMPLEMENTARES

Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas autoridades

administrativas; II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora

e a atualização do valor monetário da base de cálculo do

tributo.

7.1. ATOS NORMATIVOS EXPEDIDOS PELAS AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS

Todos esses atos normativos, de alguma forma ou de outra, explicitam, detalham, alguma norma prevista em lei. Afinal, como o próprio art.100, CTN, diz, esses atos normativos são normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos.

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São exemplos de atos normativos, portarias em geral, instruções normativas, circulares, pareceres normativos, atos declaratórios normativos, ordens internas e ordens de serviço.

O Poder Executivo é hierarquizado, indo desde o seu Chefe (Presidente da República, na esfera federal) até o agente administrativo mais modesto. E os atos normativos que essas autoridades emitem, em alguma função de chefia, também se apresentam hierarquizados.

Assim, uma instrução normativa expedida pelo Secretário da Receita Federal do Brasil nunca poderá contrariar algum ato normativo expedido por seu superior hierárquico, o Ministro da Fazenda.

7.2. DECISÕES ADMINISTRATIVAS COM EFICÁCIA NORMATIVA

O Poder Executivo, especialmente em matéria tributária, costuma manter órgãos julgadores de primeira e de segunda instância para julgar impugnações e recursos a atos administrativos (autos de infração, por exemplo) exarados pela Administração.

Esses órgãos julgadores, em regra, julgam casos concretos, só gerando suas decisões efeitos entre as partes (contribuinte e Fisco) do processo administrativo fiscal específico. Mas pode ocorrer de a lei atribuir às decisões desses órgãos eficácia normativa, ou seja, valendo essa decisão como norma para todos da sociedade que se enquadrem naquela situação regulada.

Isso acontece, por exemplo, quando a lei prevê a possibilidade de esses órgãos expedirem súmulas vinculantes administrativas, para tipos de casos cuja jurisprudência administrativa já está sedimentada em determinado sentido.

7.3. PRÁTICAS REITERADAS DAS AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS

Aqui, o legislador do CTN previu a possibilidade de a praxe administrativa, ou usos e costumes administrativos, vincular o Fisco perante o sujeito passivo, sendo uma garantia para este de que alterações de interpretação

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de determinada norma pelo Fisco não implicarão qualquer punição para o sujeito passivo.

Deixemos claro que esses usos e costumes são aqueles meramente interpretativos, por conta da reserva legal a que se submete a matéria tributária.

Nesse sentido, o REsp 98.703 SP, em que se decidiu que se o contribuinte recolheu o tributo à base de prática administrativa adotada pelo Fisco, que era a de não exigir a inclusão do valor do material na base de cálculo do ISS, no serviço de reforma de pneus, eventuais diferenças devidas, decorrentes de mudança interpretativa do Fisco, só podem ser exigidas sem juros de mora e sem atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo, conforme parágrafo único do art.100, CTN.

Assim também o REsp 142.280 SC: “TRIBUTÁRIO. [...]. PRÁTICA REITERADAMENTE ADOTADA PELA AUTORIDADE FAZENDÁRIA (ARTIGO 100, INCISO III, DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL). [...]. Se, em várias situações idênticas, a autoridade fazendária afastou os acréscimos legais do tributo, cobrando apenas o imposto de renda devido, o procedimento se caracteriza como prática reiterada na aplicação da legislação tributária, tornando legítima a pretensão do contribuinte.”

7.4. CONVÊNIOS CELEBRADOS ENTRE U, E, DF, M

7.4.1. Permuta de Informações Com fundamento de validade atual no art.37, XXII, CF88, o CTN prevê, em seu art.199, a possibilidade de as Fazendas Públicas dos entes tributantes prestarem, entre si, assistência mútua para a fiscalização dos respectivos tributos e permuta de informações. Vejamos:

Art.37, XXII - as administrações tributárias da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o

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compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.

Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de

informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio.

7.4.2. Extraterritorialidade da Legislação tributária

Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os

convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União.

7.4.3. Convênios ICMS O Convênio ICMS não se confunde com os convênios de cooperação, vistos acima. Das duas espécies, só os convênios de cooperação são efetivamente normas complementares, sendo os Convênios ICMS verdadeiras normas primárias, já que têm previsão constitucional, todos se remetendo ao art.155, §2º, XII, ‘g’, CF88, cuja regulamentação veio com a LC 24/1975.

Art.155, §2º, XII - cabe à lei complementar: g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

Essa lei complementar prevê que essas isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos ou revogados nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, na reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ).

A concessão desses benefícios dependerá sempre de decisão unânime dos Estados representados, sendo necessária a ratificação desses convênios por decreto Poder Executivo de cada unidade da Federação, dentro de 15 dias da publicação do convênio, considerando-se ratificação tácita a falta de manifestação nesse prazo.

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Essa ratificação não depende de decreto legislativo, como defende a doutrina, mas sim de decreto do Poder Executivo, como entendeu o STF, na ADI 1.857 SC, em que declarou inconstitucionais normas (no caso, da Constituição do Estado de Santa Catarina) que subordinam os convênios celebrados pelos entes federados à aprovação da Assembleia Legislativa estadual.

Além da concessão ou revogação de isenções e demais benefícios fisc-ais, também é efetivado por convênio ICMS no âmbito do CONFAZ: - A definição de alíquotas aplicáveis aos combustíveis e lubrificantes definidos em lei complementar como sujeitos à incidência do ICMS em etapa única (art.155, §4º, IV); e - O estabelecimento das regras destinadas à apuração e à destinação do ICMS incidente sobre esses mesmos combustíveis e lubrificantes (art.155, §5º).

43- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL 2002.1 ESAF) São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: (A) os atos normativos expedidos pelo Congresso Nacional e pelo Supremo Tribunal Federal. (B) as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de juris-dição administrativa, sempre que despidos de eficácia normativa. (C) as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas. (D) os Acordos Internacionais. (E) os Convênios que entre si celebrem as Partes Contratantes no âmbito da Aladi e do Mercosul.

Resolução

(A) ERRADA. Os atos normativos expedidos PELAS AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS (art.100, I, CTN). (B) ERRADA. As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, A QUE A LEI ATRIBUA EFICÁCIA NORMATIVA (art.100, II, CTN). (C) CORRETA. As práticas reiteradamente observadas pelas autorid-ades administrativas (art.100, III, CTN).

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(D) ERRADA. Acordo Internacional é Tratado Internacional (art.96, caput, CTN). Ele não pode ser norma complementar dele mesmo. (E) ERRADA. Os Convênios que entre si celebrem A UNIÃO, OS ESTADOS, O DISTRITO FEDERAL E OS MUNICÍPIOS (art.100, IV, CTN).

GABARITO: C

44- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2009 ESAF) Sobre a Legislação Tributária, assinale a opção correta. (A) Pode-se afirmar que ordem de serviço, expedida por Delegado da Receita Federal do Brasil, contendo normas relativas ao atendimento do contribuinte, integra a “legislação tributária”. (B) O prazo de recolhimento de determinado tributo não pode ser minorado por regulamento específico, haja vista a exigência constitucional de lei em sentido estrito. (C) Segundo a Constituição Federal, há exigência de lei complementar para a instituição de contribuição de intervenção no domínio econômico. (D) Com o advento da Emenda Constitucional n. 45/2004, os tratados e convenções internacionais, que visam ao estabelecimento de regras para coibir a evasão fiscal, ao serem aprovados pelo Congresso Nacional, serão equivalentes às emendas constitucionais. (E) As decisões proferidas pelas Delegacias da Receita Federal de Julgamento, em regra, integram a legislação tributária.

Resolução

(A) CORRETA. Pode-se afirmar que ordem de serviço, expedida por Delegado da Receita Federal do Brasil, contendo normas relativas ao atendimento do contribuinte, integra a “legislação tributária”. (B) ERRADA. O prazo de recolhimento de determinado tributo PODE ser minorado por regulamento específico, haja vista a exigência constitucional de lei em sentido estrito. Definição de PRAZO PARA RECOLHIMENTO pode ser por instrumento infralegal (por legislação). [RE 172.394 SP, RE 195.218 MG] (C) ERRADA. Segundo a Constituição Federal, há exigência de LEI ORDINÁRIA para a instituição de contribuição de intervenção no domínio econômico (Art.177, §4º, CF88). (D) ERRADA. Com o advento da Emenda Constitucional n. 45/2004, os tratados e convenções internacionais SOBRE DIREITOS HUMANOS, ao serem

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aprovados pelo Congresso Nacional, serão equivalentes às emendas constitucionais (Art.5º, §3º, CF88). (E) ERRADA. As decisões proferidas pelas Delegacias da Receita Federal de Julgamento, em regra, NÃO integram a legislação tributária, PORQUE a lei, EM REGRA, NÃO LHES atribui eficácia normativa (ART.100, II, CTN).

GABARITO: A

45- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) • Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), os tratados internacionais precisam ser observados pelo legislador, que, assim, não poderá alterá-los por normas com eles incompatíveis? • À luz do CTN, os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas podem ser considerados como “legislação tributária”? • Decretos podem instituir impostos autorizados pela Constituição? (A) Sim, Sim, Sim (B) Sim, Sim, Não (C) Sim, Não, Sim (D) Não, Não, Não (E) Não, Sim, Não

Resolução

SIM • Como vimos, uma lei aprovada posteriormente ao tratado internacional, se com ele incompatível, acarreta a denúncia do tratado. Mas, como a questão expressamente põe “Segundo o Código Tributário Nacional (CTN)”, em princípio, adotamos a literalidade do disposto no art.98, CTN: “Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha”.

SIM • Pelo CTN: Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; E: Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.

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Então, os atos normativos expedidos pelas autoridades adminis-trativas podem ser considerados como “legislação tributária”.

NÃO • NÃO HÁ EXCEÇÃO ao princípio da legalidade para a INSTITUIÇÃO de tributos.

GABARITO: B

46- (AGENTE FISCAL DE RENDAS ESTADO SÃO PAULO - DIREITO TRIBUTÁRIO II - FCC 2009) O CONFAZ − Conselho Nacional de Política Fazendária I. promove ações em defesa do contribuinte, regulando o exercício da competência tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. II. promove a celebração de convênios que concedem e revogam incentivos e benefícios fiscais no âmbito do ICMS. III. é constituído por representantes de Municípios, Estados e Distrito Federal. IV. é constituído por representantes de cada Estado e Distrito Federal e um representante do Governo Federal. Está correto o que se afirma APENAS em (A) II e IV. (B) II e III. (C) I e IV. (D) I e III. (E) I.

Resolução

I. ERRADO. promove ações em defesa do contribuinte, regulando o exercício da competência tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. NÃO É COMPETÊNCIA DO CONFAZ. II. CORRETO. promove a celebração de convênios que concedem e revogam incentivos e benefícios fiscais no âmbito do ICMS. (ART.1º, LC 24/75) III. ERRADO. é constituído por TODOS OS representantes de Municípios, Estados e Distrito Federal E DO GOVERNO FEDERAL. (ART.2º, LC 24/75). IV. CORRETO. é constituído por representantes de cada Estado e Distrito Federal e um representante do Governo Federal. (ART.2º, LC 24/75). Está correto o que se afirma APENAS em

GABARITO: A

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8. QUESTÃO DISCURSIVA

Discorra sobre as funções da lei complementar tributária previstas no art.146 da Constituição de 1988.

SOLUÇÃO PROPOSTA: “O artigo 146 da Constituição de 1988 apresenta três funções para a

lei complementar: 1º) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 2º) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; e 3º) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária.

Nesse estabelecimento de normas gerais, cabe à lei complementar: (3.1) definir os tributos e suas espécies, bem como definir os fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes dos impostos discriminados na Constituição; (3.2) estabelecer normas sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (3.3) estabelecer normas sobre o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas; e (3.4) estabelecer normas sobre a definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do ICMS, das contribuições patronal previdenciária, da COFINS e da CSLL, bem como, e da PIS/Pasep, instituindo um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Com relação à primeira função (dispor sobre conflitos de competência), há situações em que não há dúvida sobre qual seja o tributo que deva incidir. Mas situações outras há as quais ficam numa área fronteiriça – uma região de penumbra – entre a competência tributária de um ente tributante e a competência tributária de outro ente tributante.

Aí surge o potencial conflito de competência tributária, quando aparecem dúvidas sobre se determinada situação econômica deve acarretar a incidência do tributo de um ente político ou a incidência do tributo de outro ente político.

Imagine um imóvel que fique numa região que não se sabe ao certo se é urbana ou rural: alguns entendem ser urbana e outros entendem ser rural. Essa dúvida faz toda a diferença quando se for definir o imposto sobre a propriedade imóvel que deverá incidir: ITR (União) ou IPTU (Municípios).

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Esta aí um caso em que é fundamental a lei complementar dispor sobre esse potencial conflito de competência. E o CTN o fez, definindo os conceitos de zona urbana (onde os imóveis ali situados ficarão sujeitos ao IPTU) e de zona rural (onde os imóveis ali localizados ficarão sujeitos ao ITR), arts.32 e 29, respectivamente.

Sobre a segunda função (regular as limitações constitucionais ao poder de tributar), quer dizer, basicamente, regular regras de imunidade, como as do art.150, VI, ‘c’, CF88, reguladas atualmente pelo art.14, CTN, que traz os seguintes requisitos para as entidades serem consideradas sem fins lucrativos: (i) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (ii) aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; (iii) manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.

Ressalte-se que essas entidades não podem ter lucro, mas podem ter superávit financeiro.

Sobre a terceira função da lei complementar tributária (estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária), ela é fundamental para a sobrevivência da Federação. Afinal, se o CTN não estabelecesse, por exemplo, as regras de prazos de decadência e de prescrição, deixando essa função à União, aos 26 Estados, ao Distrito Federal, e cada um dos mais de 5.560 Municípios, seria um verdadeiro caos normativo, com cada um desses entes definindo das formas mais diversas esses prazos.

A definição de tributo foi exercida, no CTN, pelo seu artigo 3º: ‘Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada’. Também encontramos a definição das espécies no CTN, mas a Constituição de 1988 também se prestou a esse papel, conferindo ao CTN mais importância na definição dos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes dos impostos previstos na Constituição, como vemos no caso, por exemplo, do imposto de importação (arts.19 a 22), do imposto de exportação (arts.23 a 28), do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (arts.29 a 31), do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (arts.32 a 34), do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (arts.43 a 45), do Imposto sobre Produtos Industrializados (arts.46 a 51) e do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre Operações Relativas a Títulos e Valores Mobiliários (arts.63 a 67).

É bom lembrar que a ausência de lei complementar definindo fato gerador, base de cálculo e contribuinte de algum tributo previsto

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constitucionalmente não impede o ente federado competente de criar o tributo de exercer sua competência, como aconteceu com o IPVA, que surgiu com a Constituição de 1988, antes, portanto, da edição do CTN, que é de 1966.

A criação de normas sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários também é reservada à lei complementar. Atualmente, praticamente todas estão previstas no Livro Segundo do Código Tributário Nacional, não podendo tais regras ser exercidas por lei ordinária, como decidiu o STF, ao declarar a inconstitucionalidade dos arts.45 e 46 da lei ordinária federal nº 8.212/1991, que previam prazos de decadência e prescrição, respectivamente, de 10 anos; destoando do CTN, lei complementar material, cujos prazos de decadência e prescrição previstos são de 5 anos (o que ocasionou, inclusive, a Súmula Vinculante nº 8 do STF).

Em relação às normas sobre o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas, ainda não existe essa lei complementar, sendo que o setor ainda é regulado pela Lei ordinária nº 5.764/1971, que “define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas”.

Finalmente, quanto ao estabelecimento de normas sobre a definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, essa regra está concretizada pela Lei complementar nº 123/2006, que criou o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES NACIONAL, o qual abrange, hoje, os seguintes tributos: (i) IRPJ; (ii) IPI; (iii) CSLL; (iv) COFINS; (v) PIS/Pasep; (vi) Contribuição Patronal Previdenciária – CPP; (vii) ICMS; e (viii) ISS.”

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Questões Comentadas e Resolvidas Nesta Aula

01- (PROCURADOR DE CONTAS TCE AMAPÁ 2010 FCC) A lei complementar em matéria tributária é, por exigência constitucional, aplicada para (A) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. (B) instituir imposto extraordinário. (C) instituir contribuição de intervenção no domínio econômico. (D) atribuir a condição de responsável tributário. (E) disciplinar o processo judicial tributário.

02- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2000 ESAF) O estabelecimento de normas gerais em matéria de legislação tributária sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários, deverá fazer-se, segundo norma contida na Constituição, mediante (A) lei complementar federal (B) lei ordinária de cada ente tributante (C) lei complementar de cada ente tributante (D) lei ordinária federal (E) lei ordinária, medida provisória ou lei delegada federal

03- (AUDITOR TCE ALAGOAS 2008 FCC) A definição, em matéria tributária, de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte (A) é incompatível com a Constituição da República, em decorrência da vedação de estabelecimento de distinção entre contribuintes em razão de sua ocupação profissional ou função por eles exercida. (B) não poderá implicar em instituição de regimes especiais ou simplificados no caso do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. (C) será estabelecida por lei complementar, que poderá, inclusive, instituir regime único de arrecadação de impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos da Constituição da República. (D) não poderá resultar no estabelecimento de condições de enquadramento diferenciadas por Estado, nem em obrigatoriedade para os contribuintes de adesão ao regime.

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(E) implicará na centralização, pela União, de recolhimento dos impostos e contribuições sujeitos ao regime, devendo ser imediata a distribuição de parcelas de recursos pertencentes a outros entes da Federação, excetuadas hipóteses de retenção ou condicionamento, previstas na Constituição.

04- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2012 ESAF) Em matéria tributária, de acordo com a Constituição Federal, compete à Lei Complementar, exceto, (A) instituir as limitações constitucionais ao poder de tributar. (B) dispor sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadên-cia tributários. (C) estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de pre-venir desequilíbrios da concorrência. (D) dispor sobre o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. (E) estabelecer tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados.

05- (FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFA PA 2002 ESAF) Prestamse a adensar a disciplina constitucional conferida ao sistema tributário e a criar certos tributos: (A) normas complementares (B) decretos (C) tratados internacionais (D) leis ordinárias (E) leis complementares

06- (FISCAL DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010 ESAF) Em matéria tributária, são privativas de lei complementar, exceto: (A) instituição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição Federal, dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. (B) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. (C) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. (D) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte.

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(E) instituição, por parte da União, de novos impostos, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição.

07- (AUDITOR DO TCE – GO - DIREITO CONSTITUCIONAL 2007 ESAF) Em matéria tributária e conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não cabe à lei complementar (A) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. (B) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos tributos discriminados na Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. (C) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. (D) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. (E) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.

08- (AUDITOR DO TCE – GO - DIREITO TRIBUTÁRIO 2007 ESAF) Sobre o Sistema Constitucional Tributário, é incorreto afirmar que (A) competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. (B) os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para custeio do serviço de iluminação pública, sendo facultada a cobrança na fatura de consumo de energia elétrica. (C) cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria tributária sobre o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. (D) a aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório não será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. (E) a Constituição Federal permite a edição de lei complementar que defina tratamento diferenciado e favorecido para microempresas e empresas de pequeno porte.

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09- (PROCURADOR DO DISTRITO FEDERAL 2007 ESAF) Assinale a opção correta. As leis complementares prestam-se basicamente a três (3) tipos de atuação em matéria tributária. Em conseqüência, elas dispõem sobre: (A) conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; normas gerais de legislação tributária. (B) conflitos de competência, em matéria tributária, só entre os Estados e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União e dos Estados; normas gerais de direito tributário. (C) conflitos de competência, em matéria tributária, só entre a União e os Estados e o Distrito Federal; limitações constitucionais ao poder de tributar dos Estados; normas gerais de direito tributário. (D) conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; normas gerais de legislação tributária. (E) conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União e dos Estados, desdobrando as exigências do princípio da legalidade, regulando as imunidades tributárias etc; normas gerais de direito tributário material e formal.

10- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL - Tecnologia da Informação 2005 ESAF) Leis complementares, ou leis complementares à Constituição, são espécies normativas que têm a função de complementar dispositivos constitucionais que tratam genericamente de determinadas matérias, normalmente devido à sua complexidade. As leis complementares, por força do art. 69 da Constituição, serão aprovadas pela maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional. Considerando apenas o texto expresso da Constituição, pode-se concluir que as leis complementares em matéria tributária não tratam: (A) da instituição de impostos residuais. (B) da definição dos produtos industrializados sobre os quais o imposto incidirá uma única vez. (C) da instituição de um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. (D) do estabelecimento de critérios especiais de tributação com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência.

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(E) da regulação da forma e das condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados, relativamente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

11- (ANALISTA JURÍDICO SEFAZ-CE 2006 ESAF) As leis complementares são diplomas legais que têm por objetivo complementar dispositivos constitucionais que tratam genericamente de determinadas matérias, em geral devido a sua complexidade. Sobre elas, em matéria tributária, podemos afirmar que serão utilizadas para I. estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência. II. instituir determinados tributos, como os empréstimos compulsórios, a contribuição de intervenção no domínio econômico sobre os combustíveis e os impostos residuais. III. estabelecer regras para a resolução de conflitos de competência entre os entes federativos. IV. definir tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte. V. regular as limitações constitucionais ao poder de tribu-tar. Estão corretos apenas os itens (A) I, III e V. (B) I, III, IV e V. (C) II, III, IV e V. (D) I, II, III e V. (E) I, IV e V.

12- (MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO 2006 ESAF) Sobre o Sistema Tributário Nacional, na Constituição Federal de 1988, assinale a única opção correta. (A) A Constituição Federal veda à lei complementar que disciplinar o Sistema Tributário Nacional o estabelecimento de normas gerais sobre definição de tratamento diferenciado e favorecido para empresas de pequeno porte. (B) A Constituição Federal prevê a possibilidade de, por lei complementar, a União delegar para Estados e Distrito Federal competência para a instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. (C) Cabe à lei complementar federal fixar os combustíveis e lubrificantes derivados do petróleo sobre os quais o ICMS incidirá uma única vez, sendo

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que, neste caso, por força de disposição constitucional, o imposto caberá ao Estado produtor. (D) A União poderá instituir impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, na iminência ou no caso de guerra externa, a eles não se aplicando o princípio da anterioridade nonagesimal. (E) Pertence aos Municípios o total do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios, desde que o imposto seja fiscalizado e cobrado pelos Municípios.

13- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL MG 2005 ESAF) Considerando o disposto no art. 146 da CRFB/88, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) Somente lei complementar pode criar formas de extinção do crédito tributário. ( ) Lei ordinária pode atribuir imunidade a determinado grupo ou conjunto de contribuintes. ( ) Lei ordinária pode criar modalidade de lançamento do crédito tributário. ( ) Lei ordinária pode prever a extinção do crédito tributário mediante dação em pagamento de bens móveis. (A) V, F, F, F (B) F, V, F, V (C) V, F, F, V (D) F, F, F, V (E) V, F, V, F

14- (ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE - AFC 2002 ESAF) Sabendo que o Código Tributário Nacional (CTN) foi editado antes da Constituição de 1988, sob a forma de lei ordinária, é possível afirmar que as normas do CTN que regulam limitações constitucionais ao poder de tributar (A) continuam em vigor, desde que o seu conteúdo seja concordante com as normas da Constituição de 1988. (B) são consideradas revogadas pela nova Constituição, uma vez que esta exige para o tratamento da matéria o instrumento normativo da lei complementar. Resguardam-se, porém, direitos adquiridos. (C) podem ser declaradas, pelo STF, em ação direta de inconstitucionalidade, supervenientemente inconstitucionais, por não se revestirem da forma de lei complementar. (D) são tecnicamente consideradas repristinadas pela nova ordem constitucional, depois de assim afirmado pelo Supremo Tribunal Federal.

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(E) uma vez que o poder constituinte originário dá início ao ordenamento jurídico, as normas referidas no enunciado devem ser tidas como revogadas desde o advento da Constituição de 1988, nada obstando, porém, que o Congresso Nacional as revigore expressamente, por ato legislativo com efeitos retroativos.

15- (AUDITOR DE TRIBUTOS MUNICIPAIS FORTALEZA CE 1998 ESAF) É matéria reservada a lei complementar (A) a determinação de medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços (B) a fixação das alíquotas máximas do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, de Quaisquer Bens ou Direitos (C) a inclusão, na incidência do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), das exportações de serviços para o exterior (D) a fixação das alíquotas mínimas do ISS (E) o disciplinamento do regime de compensação do ICMS

16- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2000 ESAF) O Código Tributário Nacional, editado como uma lei ordinária (Lei n.º 5.172, de 1966), foi recebido pelo regime inaugurado pela Constituição de 1988 como: (A) lei ordinária, do modo como se encontra, mas podendo ser revogado ou alterado por lei, lei delegada ou medida provisória, pois têm a mesma hierarquia (B) lei complementar, porque essa Constituição exigiu tal espécie de lei para dispor sobre as normas de que trata, inclusive normas gerais em matéria de legislação tributária (C) lei complementar, porque foi alterado por atos complementares, nos anos de 1966 e 1967, como permitiam os Atos Institucionais então em vigor (D) lei complementar, por ser um Código e, pelas normas constitucionais em vigor à data de sua edição, os projetos de Código tinham tramitação especial (E) lei ordinária, apesar de ter sido alterada sua ementa e denominação, que passou a ser Código Tributário Nacional

17- (AGENTE FISCAL DE RENDAS - NÍVEL I SÃO PAULO 2006 FCC) Segundo a Constituição Federal, os tributos que devem ser instituídos mediante lei complementar e nos termos de lei complementar são, respectivamente: (A) o imposto extraordinário em caso de guerra e a contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômica. (B) o empréstimo compulsório e o imposto sobre grandes fortunas.

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(C) as contribuições sociais e as contribuições de melhoria. (D) a contribuição de intervenção no domínio econômico e as contribuições sociais. (E) a contribuição de melhoria e o empréstimo compulsório.

18- (DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO 2007 FCC) NÃO é matéria reservada à lei complementar: (A) instituição de empréstimos compulsórios. (B) definição de fato gerador e base de cálculo de impostos discriminados na Constituição. (C) criação de impostos não previstos na Constituição. (D) instituição de contribuição de melhoria. (E) disposição sobre lançamento e prescrição tributários.

19- (AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS RONDÔNIA 2010 FCC) A Constituição Federal dispõe sobre lei complementar em matéria tributária dentro do Sistema Tributário Nacional. Mediante lei complementar, (A) devem ser instituídos os impostos discriminados na Constituição. (B) devem ser fixadas as alíquotas dos impostos discriminados na Constituição. (C) devem ser fixados a base de cálculo, o fato gerador e os contribuintes dos impostos discriminados na Constituição. (D) podem ser concedidas isenções federais sobre tributos estaduais e municipais. (E) serão criadas as limitações ao poder de tributar.

20- (PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO MPE-AC 2005 FMP-RS) Em matéria tributária, cabe à lei complementar (A) instituir impostos extraordinários, na iminência ou no caso de guerra externa. (B) instituir as contribuições sociais para a seguridade social de que trata o art.195 da Constituição Federal. (C) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição Federal, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. (D) alterar as alíquotas do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados.

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21- (AGENTE-AUXILIAR-ARRECADADOR TRIBUTÁRIO SEFAZ PI 2001 ESAF) No Brasil, é juridicamente possível a instituição de determinados tributos por meio: (A) de decretos (B) da Constituição (C) de resoluções do Senado Federal (D) de leis complementares (E) de portarias

22- (ANALISTA DE COMÉRCIO EXTERIOR MICT 1998 ESAF) Não é matéria de lei complementar (A) o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas (B) a definição de tributos e de suas espécies (C) a instituição de empréstimo compulsório (D) a disciplina do regime de compensação do ICMS (E) a determinação de medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços

23- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 1998 ESAF) A União prescinde de lei complementar para: (A) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (B) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar (C) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária (D) em relação aos impostos discriminados na Constituição Federal, definir respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes (E) estabelecer quando ocorrerá o vencimento dos impostos e taxas de sua competência

24- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Segundo decorre da Constituição, especialmente depois da redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001, pode(m) ser objeto de medida provisória (A) normas sobre limitações constitucionais ao poder de tributar. (B) matéria tributária disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. (C) majoração de imposto de renda, quando, embora convertida em lei no mês de janeiro seguinte, tenha sido aprovada antes do início do exercício em que será cobrada.

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(D) aquela que constitua reedição, na mesma sessão legislativa, de outra que não tenha sido rejeitada, mas apenas perdido sua eficácia por decurso de prazo. (E) matéria tributária não sujeita a restrição em razão do processo legislativo.

25- (ANALISTA JURÍDICO SEFAZ-CE 2006 ESAF) Segundo definição contida no art. 3o do Código Tributário Nacional, tributo é uma prestação pecuniária que, entre outras características, é instituída em lei. A partir daí, e considerando os dispositivos constitucionais sobre as espécies normativas, podemos concluir que (A) as medidas provisórias, por veicularem necessariamente matéria relevante e urgente, são incompatíveis com o princípio constitucional da anterioridade, razão pela qual não podem cuidar de matéria tributária. (B) as medidas provisórias podem, em determinadas situações, versar sobre matéria tributária. (C) medidas provisórias são aptas a instituir, mas não a aumentar tributos. (D) a fim de que se compatibilizem com as limitações constitucionais ao poder de tributar, as medidas provisórias somente poderão cuidar de normas gerais em matéria tributária, mas não da instituição de tributos. (E) as medidas provisórias, assim como as leis delegadas, não podem cuid-ar de matéria provisória, em nenhuma situação.

26- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 2006 ESAF) Com relação às medidas provisórias em matéria tributária é errôneo afirmar-se que (A) caso instituam ou majorem tributo, só produzirão efeitos no exercício financeiro seguinte se forem convertidas em lei até o último dia daquele em que houver sido editada. (B) na hipótese de veto do projeto de lei de conversão por parte do Presidente da República, a medida provisória deverá ser tida por rejeitada, cabendo ao Congresso Nacional, em sessenta dias, disciplinar, por Decreto Legislativo, as relações jurídicas decorrentes. (C) a medida provisória paralisa temporariamente a eficácia da lei que versava sobre a matéria, eis que, caso venha a ser rejeitada, restaura-se a eficácia da norma anterior. (D) somente poderão ser instituídos ou majorados por medida provisória aqueles que não dependam de lei complementar.

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(E) o Supremo Tribunal Federal tem entendido que cabe ao chefe do Poder Executivo e ao Poder Legislativo a avaliação subjetiva das hipóteses de urgência que possam ensejar a edição de medida provisória.

27- (AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO PR 2003 ESAF) Avalie os itens a seguir, relativos à viabilidade, ou não, de utilização de medida provisória para regular matéria tributária e marque a opção que apresenta resposta correta. I. É permitida a edição de medida provisória para aumentar a contribuição social incidente sobre a folha de salários de empregados, devida por empregadores à seguridade social. II. É vedada a edição de medida provisória para majorar o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. III. Medida provisória que implique majoração do imposto sobre propriedade territorial rural só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. IV. É permitida a edição de medida provisória para instituir empréstimo compulsório, no caso de comprovada necessidade de atendimento a despesas extraordinárias que decorram de calamidade pública ou de guerra externa. (A) Apenas I e III estão corretos. (B) Apenas I e II estão corretos. (C) Apenas II e III estão corretos. (D) Apenas II e IV estão corretos. (E) Apenas III e IV estão corretos.

28- (PROCURADOR DE CONTAS TCE CEARÁ 2006 FCC) Diante de situação de excepcional calamidade pública de âmbito nacional, reconhecida mediante decreto presidencial, o Presidente da República, para fazer frente à despesa extraordinária, editou Medida Provisória instituindo Empréstimo Compulsório sobre o consumo de combustíveis. É correto afirmar que o empréstimo compulsório instituído é (A) inconstitucional porque não tem a finalidade de gerar receita para fazer frente a despesa extraordinária decorrente de calamidade pública. (B) ilegal, porque a hipótese de incidência tem que ser a calamidade pública e não o consumo de combustíveis. (C) inconstitucional, porque só pode ser instituído por lei complementar e jamais, portanto, por medida provisória.

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(D) legal, porque não se admite vinculação de receita do empréstimo compulsório a qualquer órgão fundo ou despesa, salvo para despesa extraordinária. (E) constitucional, porque um dos motivos justificadores para a instituição deste tributo é despesa extraordinária decorrente de calamidade pública.

29- (PROCURADOR DE CONTAS TCE RORAIMA 2008 FCC) O princípio da estrita legalidade que rege o Direito Tributário pátrio dispõe que a instituição ou majoração de tributos depende de lei. Neste sentido, é correto afirmar que (A) a única fonte do direito tributário é a lei. (B) somente a lei ordinária é fonte instituidora de tributos. (C) os empréstimos compulsórios não se submetem ao princípio da legalidade. (D) a majoração dos tributos federais, dentro dos limites legais, pode ser feita por decreto do Poder Executivo. (E) medida provisória é fonte instituidora de impostos.

30- (FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFA PA 2002 ESAF) No Brasil, persiste controvérsia doutrinária sobre se, por meio de leis delegadas, podem ser instituídos tributos. A Constituição Federal, todavia, veda expressamente a utilização de tais normas jurídicas para a criação de: (A) taxas (B) contribuições de melhoria (C) empréstimos compulsórios (D) contribuições sociais (E) pedágios

31- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) O Acordo para Isenção de Impostos Relativos à Implementação do Projeto do Gasoduto Brasil-Bolívia, celebrado entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República da Bolívia, em Brasília, em 5 de agosto de 1996, se obedeceu aos comandos constitucionais, foi aprovado por (A) lei ordinária. (B) lei complementar. (C) lei delegada. (D) decreto legislativo. (E) resolução do Senado Federal.

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32- (AGENTE FISCAL DE RENDAS - NÍVEL I SÃO PAULO 2006 FCC) Os tratados e convenções internacionais, relacionados com tributo, são fontes formais primárias do Direito Tributário e ingressam em nosso ordenamento jurídico através de (A) decreto-lei. (B) lei delegada. (C) decreto legislativo. (D) resolução do Senado. (E) lei complementar.

33- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1996 ESAF) Quando uma lei ou alguns dos seus artigos são declarados definitivamente inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal são retirados do ordenamento jurídico. (A) pela publicação do acórdão do Supremo Tribunal Federal no Diário Oficial da União; (B) Por lei complementar; (C) Por resolução do Senado; (D) Por decreto legislativo; (E) Por medida provisória.

34- (AGENTE FISCAL DE RENDAS - NÍVEL I SÃO PAULO 2006 FCC) Em relação à lei complementar e às resoluções do Senado, é correto afirmar: (A) A delegação ao Presidente da República para elaborar lei delegada terá a forma de resolução do Senado, que especificará seu conteúdo e os termos do exercício. (B) Os impostos sobre transmissão de bens imóveis inter vivos e o imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens e direitos, terão suas alíquotas máximas fixadas por lei complementar. (C) Cabe à lei complementar prever, quanto ao ICMS, casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior de serviços e de mercadorias. (D) Resolução do Senado fixará a base de cálculo do ICMS, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria e serviço. (E) A lei complementar fixará as alíquotas mínimas do ICMS nas operações internas.

35- (ANALISTA CONTÁBIL-FINANCEIRO SEFAZ-CE 2006 ESAF) A Constituição Federal de 1988 incumbiu determinada espécie normativa de

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dispor especificamente sobre matérias de interesse dos Estados-Membros e do Distrito Federal, tais como a fixação de alíquotas mínimas e máximas do ICMS nas operações internas, e também de fixar alíquotas máximas do ITCMD. A espécie normativa que cuida dessas matérias é: (A) decreto presidencial. (B) decreto legislativo. (C) medida provisória. (D) lei complementar. (E) resolução do Senado Federal.

36- (AGENTE TRIBUTÁRIO ESTADUAL MS 2001 ESAF) Compete ao Senado Federal, mediante Resolução, aprovada pela maioria absoluta de seus membros: (A) Fixar as alíquotas máxima e mínima dos impostos sobre a importação e a exportação. (B) Estabelecer as alíquotas do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços - ICMS, aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação. (C) Autorizar os Estados a darem caráter de nãocumulatividade ao imposto sobre transmissão causa mortis e doação de bens e direitos. (D) Autorizar a União a estabelecer impostos extraordinários, por motivo de guerra. (E) Fixar as alíquotas e a base de cálculo do imposto territorial rural.

37- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 1998 ESAF) � Alíquotas mínimas do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), nas operações internas, podem ser estabelecidas por ___________. � O Código Tributário Nacional (CTN) foi votado como ___________. � As normas gerais de direito tributário contidas no CTN podem ser alteradas ou revogadas mediante ___________. � As alíquotas do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação, são estabelecidas por ___________. Veja, entre as cinco alíneas abaixo, com qual de suas expressões se preenche corretamente cada uma das lacunas acima. v) resolução do Senado Federal de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros w) lei ordinária x) lei complementar

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y) resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros A resposta certa corresponde à seguinte seqüência: (A) y, x, x, v (B) v, w, x, y (C) y, w, x, v (D) v, w, w, y (E) v, x, w, y

38- (FISCAL DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010 ESAF) No tocante aos tratados internacionais em matéria tributária, pode-se afirmar que: (A) uma vez internalizados, se sobrepõem às normas internas, inclusive da Constituição Federal. (B) para terem aplicabilidade no âmbito federativo federal, estadual e municipal, necessitam de ratificação pelas respectivas Casas Legislativas. (C) podem operar modificações na legislação tributária interna, desde que ratificados por meio de decreto legislativo. (D) não podem dispor sobre isenções internas. (E) somente podem alterar a legislação interna federal.

39- (FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFA PA 2002 ESAF) Os acordos sobre dupla tributação internacional, como todos os tratados que requerem aprovação congressional, começam a vigorar no ordenamento jurídico interno brasileiro (A) com a aprovação do projeto de acordo internacional pelo Congresso Nacional, que o faz por meio de decreto legislativo. (B) com o início da vigência dos decretos que os promulgaram. (C) com a troca dos instrumentos de ratificação. (D) com a assinatura do projeto de acordo internacional. (E) com a rubrica do texto convencional, feita pelos chefes das deleg-ações nacionais.

40- (AGENTE TRIBUTÁRIO ESTADUAL MS 2001 ESAF) Os tratados e as convenções internacionais que disponham sobre matéria tributária (A) submetem-se à legislação tributária interna (B) revogam ou modificam a legislação tributária interna, mas não serão observados pela que lhes sobrevenha (C) não têm eficácia se contrários à legislação tributária interna

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(D) terão suas cláusulas modificadas para serem aplicadas no Brasil, adaptando-se à legislação interna (E) modificam ou revogam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha

41- (PROCURADOR TCE ALAGOAS 2008 FCC) O Chefe do Poder Executivo poderá, através de (A) decreto, dentro dos limites legais, majorar a alíquota da CIDE combustível. (B) medida provisória, instituir empréstimo compulsório das despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública. (C) medida provisória, instituir imposto residual, com fato gerador e base de cálculo distintos dos impostos já discriminados na Magna Carta. (D) decreto, dentro dos limites legais, majorar a alíquota do imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro e valores mobiliários. (E) decreto, instituir contribuição social para seguridade social, dentro da competência constitucional residual.

42- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1996 ESAF) Sobre os decretos executivos federais, podemos afirmar que são: (A) Veículos normativos privativos do legislativo para aprovação, entre outras coisas, dos tratados e convenções internacionais celebrados pelo Presidente da República; (B) Atos normativos de competência privativa do Presidente da República com força de lei próprios para o aumento das alíquotas do IPI, IE, IR e IOF; (C) Veículos normativos do Presidente da República para aprovação, entre outras coisas, dos tratados e convenções celebrados pelos Ministros de Estado; (D) Veículos normativos com força de lei idôneos para instituírem impos-tos extraordinários na iminência ou no caso de guerra externa; (E) Veículos normativos que se prestam à aprovação dos regulamentos dos impostos federais.

43- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL 2002.1 ESAF) São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: (A) os atos normativos expedidos pelo Congresso Nacional e pelo Supremo Tribunal Federal. (B) as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de juris-dição administrativa, sempre que despidos de eficácia normativa.

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(C) as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas. (D) os Acordos Internacionais. (E) os Convênios que entre si celebrem as Partes Contratantes no âmbito da Aladi e do Mercosul.

44- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2009 ESAF) Sobre a Legislação Tributária, assinale a opção correta. (A) Pode-se afirmar que ordem de serviço, expedida por Delegado da Receita Federal do Brasil, contendo normas relativas ao atendimento do contribuinte, integra a “legislação tributária”. (B) O prazo de recolhimento de determinado tributo não pode ser minorado por regulamento específico, haja vista a exigência constitucional de lei em sentido estrito. (C) Segundo a Constituição Federal, há exigência de lei complementar para a instituição de contribuição de intervenção no domínio econômico. (D) Com o advento da Emenda Constitucional n. 45/2004, os tratados e convenções internacionais, que visam ao estabelecimento de regras para coibir a evasão fiscal, ao serem aprovados pelo Congresso Nacional, serão equivalentes às emendas constitucionais. (E) As decisões proferidas pelas Delegacias da Receita Federal de Julgamento, em regra, integram a legislação tributária.

45- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) • Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), os tratados internacionais precisam ser observados pelo legislador, que, assim, não poderá alterá-los por normas com eles incompatíveis? • À luz do CTN, os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas podem ser considerados como “legislação tributária”? • Decretos podem instituir impostos autorizados pela Constituição? (A) Sim, Sim, Sim (B) Sim, Sim, Não (C) Sim, Não, Sim (D) Não, Não, Não (E) Não, Sim, Não

46- (AGENTE FISCAL DE RENDAS ESTADO SÃO PAULO - DIREITO TRIBUTÁRIO II - FCC 2009) O CONFAZ − Conselho Nacional de Política Fazendária

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I. promove ações em defesa do contribuinte, regulando o exercício da competência tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. II. promove a celebração de convênios que concedem e revogam incentivos e benefícios fiscais no âmbito do ICMS. III. é constituído por representantes de Municípios, Estados e Distrito Federal. IV. é constituído por representantes de cada Estado e Distrito Federal e um representante do Governo Federal. Está correto o que se afirma APENAS em (A) II e IV. (B) II e III. (C) I e IV. (D) I e III. (E) I.

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Gabarito das Questões

01-A 02-A 03-C 04-A 05-E 06-A 07-B 08-D 09-A 10-B 11-B 12-D 13-A 14-A 15-E 16-B 17-B 18-D 19-C 20-C 21-D 22-E 23-E 24-E 25-B 26-A 27-A 28-C 29-E 30-C 31-D 32-C 33-C 34-C 35-E 36-B 37-B 38-C 39-B 40-E 41-D 42-E 43-C 44-A 45-B 46-A