apostila de economia cap ii

Professora titular do Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo – FEA/USP;

Bacharel e licenciada em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – FFLCH/USP, bacharel em Direito pela USP, doutora livre-docente e professora titular pela USP;

Foi membro de todos os colegiados da FEA/USP. EX-vice-presidente da Pró-reitoria de Cultura e Extensão da USP, ex-presidente da Comissão de Patrimônio da USP. Membro do atual Conselho Consultivo Especial do Departamento de Economia da FEA/USP;

Consultora de Cooperativismo e autora do livro O cooperativismo no Brasil – da vertente pioneira à vertente solidária, publicado pela editora Saraiva.

Título: Introdução à economiaAutora: Diva Benevides PinhoTipo de material: Slide

Título: Introdução à economiaAutores: Diva Benevides PinhoTipo de material: Slide

Capítulo 02 – A ciência econômica do século XXI às suas origens

A economia no século XXI – tendências principais

• Superação da polêmica entre econometristas e institucionalistas;

• Matematização da ciência econômica;

• Heterodoxias econômicas;

• Contestação do neoliberalismo econômico;

• Persistência do intervencionismo keynesiano;

• A contribuição dos economistas Prêmio Nobel;

• A emergência da economia social e do cooperativismo.



Superação da polêmica entre econometristas e institucionalistas

• Críticas dos membros do National Bureau of Economic Research, dos EUA aos trabalhos dos institucionalistas;

• Institucionalismo revigorado;

• Características do movimento institucionalista:

• diversificação, amplitude do programa,

• recusa de separar a economia da realidade social;

• busca de caminhos alternativos com base nas instituições, nos valores sociais, nas tecnologias e na evolução da sociedade.



Matematização da ciência econômica e sua divulgação didática

• Reformulação matemática

• Década de 1930 – utilização da matemática no campo econômico - Econometria – denominada por Ragnar Frisch;

• Econometria – “unificação da teoria econômica com a estatística econômica e as matemáticas para a compreensão real das relações quantitativas da vida econômica”

• Paul Antohony Samuelson – economistas e autor didático norte-americano, conhecido devido aos seus trabalhos sobre a reformulação matemática da Economia;




• Segunda Guerra Mundial

• EUA – centro de desenvolvimento de grandes modelos macroeconômicos e polo geográfico principal da ciência econômica;

• Instituições ligadas à pesquisa militar

• OSS – Office of Strategic Services –- Moses abramowitz, Paul Baran, Charles Kindleberg, Walt W. Rostow, Paul M. Sweezy – especialistas;

• Statistc Research Group – Milton Friedman, John Savage, George Stigler, Abraham Wald




• Fim da Segunda Guerra Mundial

• Rand Corporation, Research and Development – desenvolvimento de pesquisas de caráter multidisciplinar – teorias, programação linear, análise de sistemas, alocação de recursos, entre outros;

• integração de especialistas estrangeiros de várias áreas;

• Fundações de apoio financeiro a programas institucionais norte-americanos de pesquisa e bolsas de estudos;

• Economics, an introductory analysis – P.A. Samuelson – manual básico de ciências econômicas.



Heterodoxias econômicas

• Corrente pós-keynesiana

• Movimento heterodoxo marxista

• Institucionalismo



Contestação do neoliberalismo econômico

• Política econômica neoliberal - foi implantada no mundo inteiro, no ultimo decênio do século XX;

• Sua base assentava-se sobre:

• a desregulamentação da economia,

• privatização do setor empresarial do Estado,

• liberalização dos mercados,

• redução do déficit público,

• controle da inflação,

• corte nas despesas sociais, entre outros.



Contestação do neoliberalismo econômico

• A força do neoliberalismo começa a refluir;

• Cresceram oposições às consequências socioeconômicas do neoliberalismo;

• Davos versus Porto Alegre.



Persistência do intervencionismo keynesiano;

• pensamento keynesiano – caracterizado pela ruptura com os clássicos;

• caráter keynesiano – predominou nos desdobramentos e desenvolvimento da ciência econômica teórica e aplicada e das políticas econômicas;

• As inspirações de liberais e radicais passaram a ser qualificadas de keynesianas;

• Autores neoclássicos – John R. Hicks, Roy F. Harrod, James Edward Meade, Franco Modigliani, James S. Duesenberry, A. William Phillips, entre outros.



A contribuição dos economistas Prêmio Nobel

• Critério para avaliar a importância de alguma tendência, teoria ou obra atual: escolha de contribuições à ciência econômica apresentadas por pesquisadores laureados com o Prêmio Nobel;

• Críticas:

• reduzida atenção à área social;

• concentração de “notáveis” premiados nas universidades norte-americanas, sobretudo na Universidade de Chicago;

• regras de julgamento, são consideradas “draconianas” e fechadas à ampla discussão.



A emergência da economia social e do cooperativismo

• Economia solidária ou participativa;

• Estado mínimo;

• Cooperativas sociais – microcrédito coorporativo.



O desenvolvimento científico da economia – do século XXI a 1870

• 1990 – implosão dos modelos de economia socialista integralmente planificada, enfraqueceu as forças políticas locais e regionais apoiadas no centralismo estatal;

• área científica e tecnológica – crescente e intenso progresso;

• área política – reavaliação do papel do Estado;

• globalização econômica assimétrica – hegemônica – contribuiu para acentuar as desigualdades ente os países;

• Nova Economia.



A revolução Keynesiana

• 1883 - 1946 – obras de John Maynard Keynes – romperam a tradição neoclássica - programa de ação governamental para o pleno emprego;

• Keynes interessou-se: pelos problemas de instabilidade de curto prazo, causas das flutuações econômicas, níveis de renda e de emprego em economias industriais;

• Crítica a Lei de Say e inversão da perspectiva de exame da moeda em movimento, para analisá-la quando estourada ou guardada;

• Reinterpretou a taxa de juros, analisou a poupança e consumo; estudou sob novo enfoque a determinação do investimento e o equilíbrio agregativo etc.



A revolução Keynesiana

• Deficiências e temeridades da obra de Keynes

• teoria permaneceu particular, ou como resposta a situação da Grã-Bretanha durante a crise da década de 30;

• limitou-se ao subemprego e ao curto prazo;

• estabeleceu uma única lei de consumo para todas as classes;

• silenciou sobre a natureza classista do Estado burguês imperialista.



A elaboração dos princípios teóricos fundamentais: 1870 -1929

Escola neoclássica sueca

• Knut Wicksell (1851 – 1926) – principal representante do ramo sueco do Neoclassicismo;

• apresentou importante contribuições à análise do valor e da distribuição;

• esforço pioneiro para integrar a análise monetária à análise real;

• crítica aos trabalhos de Bohm-Bawerk.



Escola institucionalista

• desenvolveu-se nos Estados Unidos e fundamentou-se na História, na Sociologia e nas Ciências Sociais em geral;

• Thorstein Veblen (1857 – 1929) – dominou o Institucionalismo;

• Rejeitou o pressuposto neoclássico fundamental de que o comportamento humano, na esfera econômica, é racionalmente dirigido.



Economia do bem-estar

• Arthur C. Pigou (1877 – 1959) recomendou a substituição da ação industrial privada pelo Estado na esfera econômica;

• Na obra Riqueza e bem-estar (1920), Pigou identificou situações em que a presença de “influências externas” na produção justificam a intervenção do Estado;

• recebeu criticas de Knight, que tomou posição favorável à tradicional opinião neoclássica;

• 1920 – discussões e oposições a teoria neoclássica do valor;

• 1930 – ataques contra o Neoclassicismo.



Escola psicológica austríaca ou escola de Viena e a teoria da utilidade marginal

• Karl Menger – cientista principal da escola psicológica, que se tornou conhecida a partir de 1870;

• 1871 – Menger formulou uma teoria do valor de troca baseada nos princípios da utilidade decrescente;

• Análise econômica das necessidades dos homens, sal satisfação e valoração subjetiva dos bens;

• Os homens apresentam escalas de preferência decorrentes de motivos variados.



Escola de Cambridge

• Alfred Marshall (1842 – 1924) principal representante;

• Sua obra – Priciples of economics – constituiu, segundo Keynes, o início da idade moderna da ciência econômica britânica;

• Considerava a Economia o estudo da humanidade nos negócios comuns da vida;

• Criou técnicas para o estudo sistemático da economia, por meio da redução do número de variáveis a proporções manejáveis;

• Criou um método de mensuração do comportamento.



Escola matemática ou escola de Lausanne e a teoria do equilíbrio geral

• Foi fundada pelo francês Léon Walras (1834-1910);

• A análise do equilíbrio geral é uma abordagem alternativa à usada por Marshall para o problema de determinação do preço;

• Procurou distinguir a economia pura da economia aplicada;

• O status da economia como ciência pura não deveria ser comprometido com interesse de aproximar a obra dos teóricos dos problemas dos negócios públicos.



A criação cienífica da economia – de 1869 a 1750

O marxismo

• Karl Marx (1818 – 1883) – opôs-se aos processos analíticos dos clássicos e às suas conclusões, com base no que Lenin considerou a melhor ciação da humanidade no século XIX: a filosofia alemã, a economia política inglesa e o socialismo francês;

• Criticou a doutrina populacional de Malthus;

• Desenvolveu conceitos como: mais-valia, capital variável, capital constante, exército de reserva industrial, etc.

• Analisou a cumulação do capital, a distribuição da renda, as crises econômicas etc.



Escola clássica

• Adam Smith (1723 – 1790) – apologista da nascente classe industrial;

• obra – Riqueza das nações;

• obra – Divisão do trabalho;

• discípulos – Malthus, Ricardo, Stuart Mill e Say.



A fisiocracia

• Movimento que empolgou Paris e Versalhes de 1760 a 1770;

• Quesnay (1694 – 1774) – fisiocrata;

• A fisiocracia impôs-se, como doutrina da ordem natural:

• o Universo é regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela providência divina pra felicidade dos homens.



A fase da pré-científica da Economia de 1749 às raíses históricas

• Transformações marcaram o início do mercantilismo, destacando-se as seguintes:

• transformações intelectuais

• transformações religiosas

• transformações do padrão de vida

• transformações políticas

• transformações geográficas

• transformações econômicas

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