apostila de bibliologia pastor jorge albert

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INSTITUTO MONTE SINAI Trav. Carlos Maria Teixeira, 287, Centro. CEP: 68270-000 Oriximiná/PA Tel: (93) 3544-1259 Secretaria, (93) 9145-4200, E-mail: [email protected] (93) 9115-0054 _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; Romanos 12.7 BIBLIOLOGIA CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA EXTENSÃO ORIXIMINÁ Prof. Jorge Albert (93) 81276240 E - Mail. [email protected]

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Estudo Teologico

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Page 1: Apostila de Bibliologia Pastor Jorge Albert

INSTITUTO MONTE SINAI

Trav. Carlos Maria Teixeira, 287, Centro. CEP: 68270-000 – Oriximiná/PA

Tel: (93) 3544-1259 – Secretaria, (93) 9145-4200,

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Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; Romanos 12.7

BIBLIOLOGIA

CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA

EXTENSÃO ORIXIMINÁ

Prof. Jorge Albert

(93) 81276240

E - Mail. [email protected]

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1 – INTRODUÇÃO

A Bíblia seria somente mais um livro se não fosse pelo seu conteúdo. E mostra Jesus Cristo de

Gênesis a Apocalipse. As palavras contidas nas Escrituras a diferem de todos os livros que existem e que

existiram no decorrer da história. Suas palavras são diversificadas em todos os sentidos. Lemos histórias,

ficções (em suas parábolas), poesias, biografias, ensinamento cultural (em especial, sobre a nação de

Israel).

“Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens divinamente inspirados, e é um tesouro

perfeito de instrução celestial; que tem Deus por seu autor, salvação por sua finalidade, e verdade sem

qualquer mistura de erro em seu conteúdo; que ela revela os princípios pelos quais Deus nos julgará; e,

portanto, é e permanecerá até o fim do mundo, o verdadeiro centro de união cristã, sendo o padrão

supremo pelo qual toda conduta, e todos os credos e opiniões humanas devem ser julgados”.

(CONFISSÃO BATISTA DE NEW HAMPSHIRE, em 1833).

2 – ORIGEM / DATA

Não há como saber com exatidão a origem da Bíblia. Porém, acredita-se que foi no monte Sinai

que Moisés recebeu a ordem de Deus para começar a escrever a Bíblia (Êxodo 17.14). Aproximadamente

de 1.500 a.C. a 97 d.C. quando o Apóstolo João escreveu o seu evangelho.

A primeira pessoa a aplicar o nome “Bíblia” foi João Crisóstomo, grande reformador e patriarca

de Constantinopla, 398 – 404 d.C. O termo “Bíblia ou Coleção de Livros” originou-se do grego “biblos

” (folhas de papiro preparada para a escrita), e “biblion” (rolo pequeno de papiro) que em que em

nossa língua foi traduzido como “Bíblia”.

Os primeiros materias originais foram o pergaminho (“quando vieres, trazei a capa que deixe em

Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos.”- II Timóteo 4.13), que era pele de

animal curtida e preparada para a escrita, superior ao papiro, e o papiro propriamente dito, originário de

uma planta aquática (junco), que originou a palavra papel.

3 – TERMINOLOGIA DA BÍBLIA.

1. A palavra “Bíblia” não é encontrada nas escrituras. Este nome, que vem do grego “Biblos ”

que significa livros, foi usado pela primeira vez no século IV por João Crisóstomo (345 - 407), um dos

pais da igreja.

2. Bíblia. Derivado de biblion “Grego ” “rolo” ou “livro” no (Lc 4.17).

3. Escritura(s). Termo usado no N.T. para os livros sagrados do AT., que eram considerados inspirados

por Deus (2 Tm 3.16; Rm 3.2). Também é usado no N.T. com referência a outras porções do N.T. (2 Pe

3.16; Jo 10.35; Hb 4.12).

A Introdução de Capítulos e Versículos na Bíblia

Nos dias atuais, encontramos a Bíblia dividida em capítulos e versículos. Porém, os textos

originais não foram divididos assim. Moisés, ao escrever o Pentateuco não se preocupou em dividi-lo.

Nenhum dos escritores se dera ao trabalho.

A divisão da Biblia em capítulos e versículos se deve ao fato de facilitar a tarefa de citar as

escrituras. Houve vários Homens que trabalharam nas divisões dos Capítulos e Versículos. Como em

capítulos foi feita em 1250 d.C. pelo cardeal Hugo de Saint Cher, Abade dominicano.

Isto devemos a Stephen Langton, professor da universidade de Paris que dividiu em capítulos no

ano de 1227 e a Robert Stephanus, Impressor parisiense que lhe acrescentou a divisão em versículos no

ano de 1551, melhorando assim, o trabalho do Cardeal Caro, ano 1236.

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Divisões da Bíblia.

A Bíblia se divide em duas grandes partes. Velho e Novo Testamento. Sendo 39 livros no Antigo

Testamento e 27 no Novo Testamento, perfazendo um total de 66 Livros.

A Bíblia tem 1.189 capítulos, sendo 929 no A.T. e 260 no N.T.

Também tem 31.143 versículos, sendo 23.214 no A.T. e 7.929 no N.T.

O capítulo mais longo é o Salmo 119. O mais curto é o Salmo 117, que também é o capítulo central da

Bíblia.

O verso mais longo é o de Ester 8. 9. O mais breve é o de Êxodo 20.13, que contém uma letra a menos

que João 11.35.

Atitudes em Relação à Bíblia.

1. Racionalismo. A Bíblia é um produto da igreja; por isso a Bíblia não é a autoridade única ou final.

a) Em sua forma extrema nega a possibilidade de qualquer revelação sobrenatural.

b) Em sua forma moderada admite a possibilidade de revelação divina, mas essa revelação fica sujeita ao

juízo final da razão humana.

2. Misticismo. A experiência pessoal tem a mesma autoridade da Bíblia.

3. Neo-ortodoxia. A Bíblia é uma testemunha falível da revelação de Deus na Palavra, Cristo.

4. Seitas. A Bíblia e os escritos do líder ou fundador de cada seita possuem igual autoridade.

5. Ortodoxia. A Bíblia é a nossa única base de autoridade.

A Primeira Bíblia vem do Velho ou Antigo Testamento

O “Antigo Testamento Hebraico Tora, Neviym e vechetuvym” contêm exatamente os mesmos livros do

Antigo Testamento contidos na Bíblia em Português, porém em ordem diferente:

Lei ou “Torah Torah”: e nosso Pentateuco, Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.

Os Profetas ou “Neviyn Neviyn”: Os 4 Primeiros Profetas Anteriores: Josué, Juízes, Samuel, Reis.

E Os 4 Profetas Posteriores: Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze Profetas

Menores.

Os Escritos “Kethuvym Kethuvym” ou Hagiógrafos Hagiógrafos:

3 Poéticos: Salmos, Provérbios, Jó.

5 Cinco Rolos: “Megilloth Megilloth”: Cânticos: na Páscoa, em alusão ao Êxodo.

Rute: na celebração da colheita.

Lamentações: no mês Abibe, relembrando a destruição de Jerusalém pelos babilônicos.

Eclesiastes: na festa dos Tabernáculos.

Ester: na festa do Purim, comemorando o livramento de Israel da mão do mau Hamã.

3 Livros Históricos: Daniel, Esdras – Neemias, Crônicas.

Somando estes livros, teremos a mesma quantidade de livros que nossa Bíblia possui, ou seja, 39 livros.

No nosso caso, o A.T. a divisão é feita da seguinte maneira:

17 Livros Históricos: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel,

2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Ester.

5 Poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cânticos.

17 Proféticos: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amos, Obadias, Jonas,

Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

A Formação do Novo Testamento.

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Segundo a tradição, o Novo Testamento está dividido da seguinte maneira:

4 Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas, João.

1 Histórico / Atos: Atos dos Apóstolos.

21 Epístolas: Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1

Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, 1 Pedro, 2

Pedro, 1 João, 2 João, 3 João, Judas.

1 Profético: Apocalipse.

Os Primeiros Idiomas da Bíblia.

Graças a Deus, hoje a Bíblia é editada em vários idiomas. Porém, ela teve sua origem nos três

primeiros idiomas de origem. Hebraico, Aramaico, Grego e posterior na formação da Igreja, o Latim.

Estes foram os idiomas que deram origem a nossa Bíblia atual. (que iremos ver na pagina AS

TRADUÇÕES DA BÍBLIA).

Aramaico – Semítico.

O Aramaico origem Semítica foi o idioma falado há 2000 anos a.C. em Arã ou Síria pelos Judeus

durante e após o cativeiro, Dn 2.4; a 7.28; Ed 4.8; a 6.18, e 7.12-16; Jr 10.11. Era a língua falada por

Jesus e seus discípulos. Originalmente falado pelos Arameus XII a.C. que se estabeleceram com grande

numero na região da Mesopotâmia, onde hoje esta atualmente o Iraque, Síria e a região da Turquia

Oriental. Onde por volta de 626 a.C. Nebololassar proclama-se rei da Babilônia e uniram-se aos povos

Medas e Cintas para derrotar a Assíria.

Hebraico – Idioma Judaico.

A língua Hebraica foi falada pelos israelitas durante a sua independência, de origem semítica do

ramo norte-ocidental. Sendo por eles considerada pelos Hebreus a “língua sagrada”. No A.T. é chamada

“a língua de Canaã”, ou a dos Judeus (Isaías 19.18, 36.13; 2 Reis 18.26-28). Há quem afirme que o

Hebraico é o idioma original de toda a humanidade (língua falada após o cativeiro babilônico).

O idioma Hebraico era escrito somente com consoantes sem vogal, mas por volta do século V.

a.C. começaram a parecer ajudas para a leitura, que vários eruditos atualmente chamavam de Matres

Lectiones. O alfabeto tem vinte e duas letras consoantes e posteriormente a letra S foi incluída. Três letras

Semíticas eram ocasionalmente inseridas indicando os fonemas a, e, i, ou então o, u.

Grego – Idioma Helênico.

Idioma falado pelos Gregos, o “Koiné” este abrange o período de 330 a.C. até cerca de 330 d.C.

neste período a língua grega se tornou universal, sendo livremente usada em todo o mundo civilizado. Os

Judeus do A.T. Zc 9.13, Dn 8.21, 10.20, 11,2. E do N.T. At 20.2, Rm 1.14, 1 Co 1,24. E todos os povos

do mediterrâneo. O Novo Testamento foi escrito em Grego. Esse idioma serviu fortemente na propagação

do evangelho na era Apostólica.

Latim – Idioma Romano.

Até época de Jerônimo no quarto século, a maioria dos cristãos usava a biblia em grego, o Novo

Testamento e Velho Testamento já á via sido traduzido em grego. Apesar de existirem algumas traduções

da biblia em Litim, elas não eram boas, Jerônimo começou o seu trabalho de tradução da bíblia em Roma,

depois de ter sido comissionado para esse trabalho pelo papa Dâmaso em 382 ou 383. Ele provocou o seu

sucesso ao permanecer como a biblia oficial da igreja católica por mais de 1500anos. Desse ponto em

diante, ao que parece, em lugar de confiar no texto grego da septuaginta, ele traduziu os livros do A.T.

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diretamente do Hebraico.

Tempos de Dominação de Israel, Bíblico e Histórico.

1º Período Babilônico de 586 – 538 Aproximadamente, (Salmos 137: 5 – 6) “inicio da diáspora”. “48

anos” 2º Período Persa de 538 – 333 Aproximadamente. “205 anos”

3º Período Helenístico 332 – 142 Aproximadamente. “190 anos”

4º Período da Dinastia dos Hasmoneus 142 – 63 Aproximadamente. “79 anos”

5º Período Romano 63 – 313 Aproximadamente. “250 anos”

6º Período Bizantino 313 – 636 Aproximadamente. “786 anos”

7º Período Árabe 639 – 1099 Aproximadamente. “460 anos”

8º Período Cruzados ou Cruzadas 1099 – 1291 Aproximadamente. “192 anos”

9º Período Mameluco de 1291 – 1516 Aproximadamente. “225 anos”

10º Período Otomano de 1517 – 1917 Aproximadamente. “400anos”

11º Período Britânico 1917 – 1948 Aproximadamente. (em Dezembro 1917, O General Allenby entra

em Jerusalém, e põem fim a 400 anos de domínio Otomano). “31 anos”

Período de datas aproximadas do momento bíblico e histórico da humanidade.

4 – AUTORIA

Na realidade os “direitos autorais” da Bíblia pertence a Deus. Não foi uma única pessoa, que Deus

usou para escrever a Bíblia. Foram 40 homens que serviram de instrumentos para se escrever as

escrituras. Estes homens eram pessoas diferentes em muitos aspectos. Moisés, Paulo, Esdras e Lucas

possuíam uma cultura elevada em relação a Pedro, João e Tiago. Davi, que escreveu vários Salmos, foi

um grande rei. Neemias escreveu o livro que possui o seu nome, foi copeiro do rei da Pérsia.

É importante observar que, todos os escritores usados por Deus, deixaram suas características

pessoais nos livros que escreveram.

5 – INSPIRAÇÃO

É a operação divina que influenciou os escritores bíblicos, capacitando-os a receber a mensagem

divina, e que os moveu a transcrevê-la com exatidão, impedindo-os de cometerem erros e omissões, de

modo que ela recebeu autoridade divina e infalível, garantindo a exata transferência da verdade revelada

de Deus para a linguagem humana inteligível (I Co10. 13; II Tm3. 16; II Pe1. 20,21).

Sabemos que Deus usou 40 homens para escrever as escrituras. Deus inspirou estes homens (2 Timóteo

3.16). A palavra, inspiração deriva-se de “in spiro” que significa: “Soprar para dentro, insuflar.” Deus

escolhe alguns homens e “sopra sobre eles” a sua vontade, suas idéias e forma de como Ele queria que

fosse escrita as palavras contidas nas escrituras.

6 – TEORIAS DA INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS

A) “Autoria Dual” este termo indica dois fatos

1) Autoria Divina

Do lado divino as Escrituras são a Palavra de Deus no sentido de que se originaram nEle e são a

expressão de Sua mente. Em II Tm 3.16 encontramos a referência a Deus: "Toda Escritura é divinamente

inspirada" (theopneustos; = soprada ou expirada por Deus). A referência aqui é ao

escrito.

2) Autoria Humana

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Do lado humano, certos homens foram escolhidos por Deus para a responsabilidade de receber a Palavra

e passá-la para a forma escrita. Em II Pe 1.21 encontramos a referência aos homens: "Homens santos de

Deus falaram movidos pelo Espírito Santo" (“pherô ” = movidos ou conduzidos). A referência

aqui é ao escritor.

B) Inspiração ou Expiração?

A palavra inspiração vem do latim, e significa respirar para dentro. Ela é usada pela ARC.

(Almeida Revista e Corrigida) somente duas vezes no N.T. (II Tm 3.16; II Pe 1.21). Este vocábulo,

embora consagrado pelo uso, e, portanto, pela teologia, não é um termo adequado, pois pode parecer que

Deus tenha soprado alguma espécie de vida divina em palavras humanas. Em II Tm 3. 16 encontramos o

vocábulo grego theopneustos que significa soprado por Deus. Portanto podemos afirmar que toda a

Escritura é soprada ou expirada por Deus, e não inspirada como expressa a ARC. As Escrituras são o

próprio sopro de Deus, é o próprio Deus falando (II Sm 23.2). Em II Pe1. 21 este vocábulo se torna mais

inadequado ainda, pois a tradução da ARC. transmite a idéia de que os homens santos foram inspirados

pelo Espírito Santo. O fato é que o homem não é inspirado, mas a Palavra de Deus é que é expirada

(Compare Jó 32. 8; 33. 4; com Ez. 36. 27; 37. 9). A ARA. (Almeida Revista e Atualizada), porém, apesar

de utilizar o termo inspiração em II Tm 3.16, usa, com acerto, o verbo mover em II Pe1. 21. Como

tradução do vocábulo grego “pherô ”, que significa exatamente mover ou conduzir.

Considerada esta ressalva, não devemos pender para o extremo, excluindo a autoria humana da

compilação das Escrituras. Ela própria reconhece a autoria dual no registro bíblico. Em Mt15: 4 está

escrito que Deus ordenou enquanto que em Mc.7:10 diz que foi Moisés quem ordenou. E muitas outras

passagens há semelhantes a esta (Compare Sl.110:1 com Mc.12:36; Ex.3:6,15 com Mt.22:31; Lc.20:37

com Mc.12:26; Is.6:9,10; At.28:25 com Jo.12:39-41; Mt.1:22;2:15; At.l:16;4:25; Hb.3:7-11;

Hb.9:8;10:15) Deus opera de modo misterioso usando e não anulando a vontade humana, sem que o

homem perceba que está sendo divinamente conduzido, sendo que neste fenômeno, o homem faz pleno

uso de sua liberdade (Pv.16:1;19:21; Sl.33:15;105:25; Ap.17:17). Desse mesmo modo Deus também usa

Satanás (Compare ICr.21:1 com IISm.24:1; IRs.22:20-23), mas não retira a responsabilidade do homem

(At.5:3,4), como também o faz na obra da salvação (Dt.30:19; Sl.65:4; Jo.6:44).

C) O Termo Logos – „Grego‟

Este termo grego foi utilizado no N.T. cerca de 200 vezes para indicar a Palavra de Deus Escrita,

e 7 vezes para indicar o Filho de Deus (Jo. 1:1, 14; I Jo. 1:1; 5.7; Ap.19: 13). Eles são para Deus o que a

expressão é para o pensamento e o que a fala é para a razão, portanto o Logos de Deus é a expressão de

Deus, quer seja na forma escrita ou viva (Compare Jo. 14: 6 com Jo. 17: 17).

1) Cristo é a Palavra Viva: Cristo é o Logos, isto é, a fala, a expressão de Deus.

2) A Bíblia é a Palavra Escrita: A Bíblia também é o Logos de Deus, e assim como em Cristo há dois

elementos (duas naturezas), divino e humano, igualmente na Palavra de Deus estes dois elementos

aparecem unidos sobrenaturalmente.

D) Provas da Inspiração

Somos acusados de provar a inspiração pela Bíblia e de provar a verdade da Bíblia pela

inspiração, e, assim, de argumentar num círculo vicioso. Mas o processo parte de uma prova que todos

aceitam: a evidência. Esta, primeiro prova a veracidade ou credibilidade da testemunha, e então aceita o

seu testemunho. A veracidade das Escrituras é estabelecida de vários modos, e, tendo constatado a sua

veracidade, ou a validade do seu testemunho, bem podemos aceitar o que elas dizem de si mesmas. As

Escrituras afirmam que são inspiradas, e elas ou devem ser cridas neste particular ou rejeitadas em tudo

mais:

1) O A.T. afirma sua Inspiração: (Dt. 4:2, 5; II Sm. 23:2; Is. 1:10; Jr.1:2,9; Ez.3:1,4; Os.1:1; Jl.l:1;

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Am.1:3;3:1; Ob.1:1; Mq.1:1).

2) O N.T. afirma sua Inspiração: (Mt. 10:19; Jo.14:26;15:26,27; Jo.16:13; At.2:33;15:28; I Ts.1:5; I

Co.2:13; II Co.13:3; II Pe.3:16; I Ts.2:13; I Co.14:37).

3) O N.T. afirma a Inspiração do A.T.: (Lc. 1:70; At. 4.25; Hb.1:1, II Tm.3:16; I Pe.1:11; II Pe.1:21).

4) A Bíblia faz declarações científicas de descobertas posteriormente: (Jó.26:7; Sl.135:7; Ec.1:7;

Is.40:22).

E) Teorias da Inspiração

Podemos ter revelação sem inspiração (Ap.10:3, 4), e podemos ter inspiração sem revelação,

como quando os escritores registram o que viram com seus próprios olhos e descobriram pela pesquisa

(IJo.1:1-4; Lc.1:1-4). Aqui nós temos a forma e o resultado da inspiração. A forma é o método que Deus

empregou na inspiração, enquanto que o resultado indica a conseqüência da inspiração. Portanto, as

chamadas teorias da intuição, da iluminação, a dinâmica e a do ditado, todas descrevem a forma de

inspiração, enquanto que a teoria verbal plenária indica o resultado.

1) Teoria da Inspiração Dinâmica

Afirma que Deus forneceu a capacidade necessária para a confiável transmissão da verdade que os

escritores das Escrituras receberam ordem de comunicar. Isto os tornou infalíveis em questões de fé e

prática, mas não nas coisas que não são de natureza imediatamente religiosa, isto é, a inspiração atinge

apenas os ensinamentos e preceitos doutrinários, as verdades desconhecidas dos autores humanos. Esta

teoria tem muitas falhas: Ela não explica como os escritores bíblicos poderiam mesclar seus

conhecimentos sobrenaturais ao registrarem uma sentença, e serem rebaixados a um nível inferior ao

relatarem um fato de modo natural. Ela não fornece a psicologia daquele estado de espírito que deveria

envolver os escritores bíblicos ao se pronunciarem infalivelmente sobre matérias de doutrina, enquanto se

desviam a respeito dos fatos mais simples da história. Ela não analisa a relação existente entre as mentes

divina e humana, que produz tais resultados. Ela não distingue entre coisas que são essenciais à fé e à

pratica e àquelas que não são. Erasmo, Grotius, Baxter, Paley, Doellinger e Strong compartilham desta

teoria.

2) Teoria do Ditado ou Mecânica

Afirma que os escritores bíblicos foram meros instrumentos (amanuenses), não seres cujas

personalidades foram preservadas. Se Deus tivesse ditado as Escrituras, o seu estilo seria uniforme. Teria

a dicção e o vocabulário do divino Autor, livre das idiossincrasias dos homens (Rm.9:1-3; IIPe.3:15,16).

Na verdade o autor humano recebeu plena liberdade de ação para a sua autoria, escrevendo com seus

próprios sentimentos, estilo e vocabulário, mas garantiu a exatidão da mensagem suprema com tanta

perfeição como se ela tivesse sido ditada por Deus. Não há nenhuma insinuação de que Deus tenha ditado

qualquer mensagem a um homem além daquela que Moisés transcreveu no monte santo, pois Deus usa e

não anula as suas vontades. Esta teoria, portanto, enfatiza sobremaneira a autoria divina ao ponto de

excluir a autoria humana.

3) Teoria da Inspiração Natural ou Intuição

Afirma que a inspiração é simplesmente um discernimento superior das verdades moral e religiosa

por parte do homem natural. Assim como tem havido artistas, músicos e poetas excepcionais, que

produziram obras de arte que nunca foram superadas, também em relação as Escrituras houve homens

excepcionais com visão espiritual que, por causa de seus dons naturais, foram capazes de escrever as

Escrituras. Esta é a noção mais baixa de inspiração, pois enfatiza a autoria humana a ponto de excluir a

autoria divina. Esta teoria foi defendida pelos pelagianos e unitarianos.

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4) Teoria da Inspiração Mística ou Iluminação

Afirma que inspiração é simplesmente uma intensificação e elevação das percepções religiosas do

crente. Cada crente tem sua iluminação até certo ponto, mas alguns tem mais do que outros. Se esta teoria

fosse verdadeira, qualquer cristão em qualquer tempo, através da energia divina especial, poderia escrever

as Escrituras. Schleiermacher foi quem disseminou esta teoria. Para ele inspiração é "um despertamento e

excitamento da consciência religiosa, diferente em grau e não em espécie da inspiração piedosa ou

sentimentos intuitivos dos homens santos". Lutero, Neander, Tholuck, Cremer, F.W.Robertson,

J.F.Clarke e G.T.Ladd defendiam esta teoria, segundo Strong.

5) Inspiração dos Conceitos e não das Palavras

Esta teoria pressupõe pensamentos à parte das palavras, através da qual Deus teria transmitido

idéias mas deixou o autor humano livre para expressá-las em sua própria linguagem. Mas idéias não são

transferíveis por nenhum outro modo além das palavras. Esta teoria ignora a importância das palavras em

qualquer mensagem. Muitas passagens bíblicas dependem de uma das palavras usadas para a sua força e

valor. O estudo exegético das Escrituras nas línguas originais é um estudo de palavras, para que o

conceito possa ser alcançado através das palavras, e não para que palavras sem importância representem

um conceito. A Bíblia sempre enfatiza suas palavras e não um simples conceito (I Co 2.13; Jo 6.63; 17.8;

Ex 20.1; Gl 3.16).

6) Graus de Inspiração

Afirma que há inspiração em três graus. Sugestão, direção, elevação, superintendência, orientação

e revelação direta, são palavras usadas para classificar estes graus. Esta teoria alega que algumas partes da

Bíblia são mais inspiradas do que outras. Embora ela reconheça as duas autorias, dá margem a

especulação fantasiosa.

7) Teoria Correta Quanto a Inspiração (Verbal Plenária)

É o poder inexplicado do Espírito Santo agindo sobre os escritores das Sagradas Escrituras, para

orientálos (conduzí-los) na transcrição do registro bíblico, quer seja através de observações pessoais,

fontes orais ou verbais, ou através de revelação divina direta, preservando-os de erros e omissões,

abrangendo as palavras em gênero, número, tempo, modo e voz, preservando, desse modo, a inerrância

das Escrituras, e dando à ela autoridade divina.

a) Observação Pessoal: (I Jo 1.1 – 4).

b) Fonte Oral: (Lc l.1 – 4).

c) Fonte Verbal: (At 17 18; Tt 1.12; Hb 1.1).

d) Revelação Divina Direta: (Ap 1.1 – 11; Gl 1.12).

e) Gênero: (Gn 3.15).

f) Número: (Gl 3.16).

g) Tempo: (Ef 4.30; Cl 3.13).

h) Modo: (Ef 4.30; Cl 3.13).

i) Voz: (Ef 5.18).

j) Explicação dos itens e, f, g, h, i: A inspiração verbal plenária fica assim estabelecida. Em Gn 3.15 o

pronome hebraico está no gênero masculino, pois se refere exclusivamente a Cristo (Ele te ferirá a

cabeça...). Em Gl 3.16 Paulo faz citação de um substantivo hebraico que está no singular, fazendo,

também, referência exclusiva a Cristo. Em Ef 4.30 e Cl 3.13 o verbo perdoar encontra-se, no grego, no

modo particípio e no tempo presente, o que significa que o perdão judicial de Deus realizado no

passado, quando aceitamos a Cristo, estende-se por toda a nossa vida, abrangendo o perdão dos pecados

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do passado, do presente, e do futuro (I Jo 1.9 trata do perdão do pecado doméstico e não do judicial).

Jesus Cristo reconheceu a inspiração verbal plenária quando declarou que nem um til (a menor letra do

alfabeto hebraico) seria omitido da lei (Mt 5.18 e Lc 16. l7).

7 – PROVAS DA INSPIRAÇÃO BÍBLICA

Alguns fatores nos levam a crer na inspiração bíblica. Destacaremos os fatores principais:

1. Jesus assim Testificou.

a) Jesus lia com freqüência as escrituras, o Velho Testamento (Lc 4.16 – 21).

b) Profetizou a inspiração do Novo Testamento (João 14.26).

2. O cumprimento das Profecias.

Diversas profecias já se cumpriram total ou parcial. Isto comprova que as profecias bíblicas foram

inspiradas por Deus em sua totalidade. (Gn 3.15_Lc 22.53, Satanás contra Jesus Cristo). (Gn 3.15_Hb

2.14; 1 Jo 3.8, A vitória de Jesus sobre Satanás). (Gn 12.3_At 3.25; Gl 3.8, Os gentios são abençoados

por meio de Cristo como a semente de Abraão).

3. A Perenidade das Escrituras.

Mesmo sendo um livro tão antigo, é ao mesmo tempo tão atual. Somente Deus com sua

onisciência poderia inspirar palavras que serve para todos os tempos e todas as culturas.

8 – INERRÂNCIA OU INFALIBILIDADE

Inerrância significa que a verdade é transmitida em palavras que, entendidas no sentido em que

foram empregadas, entendidas no sentido que realmente se destinavam a ter, não expressam erro algum.

A inspiração garante a inerrância da Bíblia. Inerrância não significa que os escritores não tinham

faltas na vida, mas que foram preservados de erros os seus ensinos. Eles podem ter tido concepções

errôneas acerca de muitas coisas, mas não as ensinaram; por exemplo, quanto à terra, às estrelas, às leis

naturais, à geografia, à vida política e social etc.

Também não significa que não se possa interpretar erroneamente o texto ou que ele não possa ser

mal compreendido.

A inerrância não nega a flexibilidade da linguagem como veículo de comunicação. E’ muitas

vezes difícil transmitir com exatidão um pensamento por causa desta flexibilidade de linguagem ou por

causa de possível variação no sentido das palavras.

A Bíblia vem de Deus. Será que Deus nos deu um livro de instrução religiosa repleto de erros?.

Se ele possui erros sob a forma de uma pretensa revelação, perpetua os erros e as trevas que professa

remover. Pode-se admitir que um Deus Santo adicione a sanção do seu nome a algo que não seja a

expressão exata da verdade?.

Diz-se que a Bíblia é parcialmente verdadeira e parcialmente falsa. Se é parcialmente falsa, como

se explica que Deus tenha posto o seu selo sobre toda ela? Se ela é parcialmente verdadeira e

parcialmente falsa, então a vida e a morte estão a depender de um processo de separação entre o certo e o

errado, que o homem não pode realizar.

Cristo declara que a incredulidade é ofensa digna de castigo. Isto implica na veracidade daquilo

que tem de ser crido, porque Deus não pode castigar o homem por descrer no que não é verdadeiro (Sl

119.140,142; Mt 5.18; Jo 10. 35; Jo 17.17). Aqueles que negam a infalibilidade da Bíblia, geralmente

estão prontos a confiar na falibilidade de suas próprias opiniões. Como exemplo de opinião falível

encontramos aqueles que atribuem erro à passagem de I Rs 7.23 onde lemos que o mar de fundição tinha

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dez côvados de diâmetro de uma borda até a outra, ao passo que um cordão de trinta côvados o cingia em

redor. Sendo assim, tem-se dito que a Bíblia faz o valor do Pi ser 3 em vez de 3,1416. Mas uma vez que

não sabemos se a linha em redor era na extremidade da borda ou debaixo da mesma, como parece sugerir

o versículo seguinte (v.24) não podemos chegar a uma conclusão definitiva, e devemos ser cautelosos ao

atribuir erro ao escritor.

Outro exemplo utilizado para contrariar a inerrância da Bíblia, encontra-se em I Co 10.8 onde

lemos que 23.000 homens morreram no deserto, enquanto que Nm 25.9 diz que morreram 24.000.

Acontece que em Números nós temos o número total dos mortos, ao passo que em I aos Coríntios nós

temos o número parcial que somado ao restante dos homens relacionados nos versículos 9 e 10, deverá

contabilizar o total de 24.000.

A inerrância não abrange as cópias dos manuscritos, mas atinge somente os autógrafos, isto é, os

originais. Desse modo encontramos os seguintes tipos de erros nos manuscritos:

A) Erros Involuntários Cometidos pelos escribas do N.T. devido a sua falta ou defeito de visão, defeitos de audição ou falhas

mentais.

1) Falhas de Visão

Em Rm 6.5 muitos manuscritos (MSS) tem ama (juntos), mas há alguns que trazem alla (porém). Os

dois lambdas juntos deram ao copista a idéia de um mi. Em At 15.40 onde há eplexamenoc (tendo

escolhido) aparece no Códice Beza epdexamenoc (tendo recebido) onde o lambda maiúsculo é

confundido com um delta maiúsculo.

Há também confusão de sílabas, como é o caso de ITm 3.16 onde o manuscrito D traz

homologoumen ôs (nós confessamos que) em vez de homologoumenôs (sem dúvida).

O erro visual chamado parablopse (um olhar ao lado) é facilitado pelo homoioteleuton, que é o

final igual de duas linhas, levando o escriba a saltar uma delas, ou pelo homoioarchon, que são duas

linhas com o mesmo início.

O Códice Vaticano, em Jo.17.15, não contém as palavras entre parênteses: “Não rogo que os tires

do (mundo, mas que os guardes do) maligno”. Consultando o N.T. grego veremos que as duas linhas

terminavam de maneira idêntica, em autos ek tou, no manuscrito que o escriba de B copiava.

Lc.18.39 não aparece nos manuscritos 33, 57, 103 e b, devido a um final de frase igual na

sentença anterior no manuscrito do qual eles se derivam.

O Códice Laudiano tem um exemplo no versículo 4 do Capítulo 2 do livro de Atos: “Et repleti

sunt et repleti sunt omnes spiritu sancto”, sendo este em caso de adição, chamado ditografia, que é a

repetição de uma letra, sílaba ou palavras.

2) Falhas de Audição

Era costume muitos escribas se reunirem numa sala enquanto um leitor lhes ditava o texto

sagrado. Desse modo o ouvido traía o escriba até mesmo quando o copista solitário ditava a si próprio.

Em Rm.5:1 encontramos um destes casos, onde as variantes “echômen ” e “echomen

” foram confundidas. IPe.2:3 também apresenta um caso semelhante com as variantes “cristos

” (Cristo) e “crestos ” (gentil), esta última encontrada nos manuscritos K e L.

No grego coinê as vogais e ditongos pronunciavam-se de modo igual dentro das respectivas

classes. É o caso de I Co 15.54 onde o termo “nikos ” (vitória), foi confundido por “neikos

” (conflito), sendo que aparece em P46 e B como “tragada foi a morte no conflito”.

Em Ap 15.6 onde se lê “vestidos de linho puro” a palavra grega “linon ” é substituída por

“lithon ” nos manuscritos A e C “vestidos de pedra pura”. Desse modo uma só letra que o ouvido

menos apurado não entendeu direito e que produziu completa mudança de sentido,

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torna-se erro grosseiro e hilariante.

3) Falhas da Mente

Quando a mente do escriba o traía, chegava a cometer erros que variavam desde a substituição de

sinônimos, como o caso da preposição “ek ” por “apo ”, até a transposição de letras dentro de uma

palavra, como o caso de Jo 5.39, onde Jesus disse “porque elas dão testemunho de mim” (ai

marturousai) e o escriba do manuscrito D escreveu “porque elas pecam a respeito de mim”

(hamartanousai).

B) Erros Intencionais

Erros que não se originaram de negligência ou distração dos escribas, mas antes de suspeita de

alteração, principalmente doutrinária.

1) Harmonização

Ao copiar os sinópticos, o escriba era levado a harmonizar passagens paralelas. E’ o caso de Mt

12.13 onde se lê “estende a tua mão. E ele estendeu; e ela foi restaurada como a outra”. Em alguns

manuscritos de Marcos o texto pára em “restaurada”, sendo que em outros o escriba acrescentou as

palavras “como a outra” para harmonizá-lo com Mateus.

Outro tipo de harmonização ocorre quando os escribas faziam o texto do N.T. conformar-se com o

A.T. Por exemplo, em Mc 1.1 os escribas do W e Bizantinos mudaram “no profeta Isaias” para “nos

profetas” porque verificaram que a citação não é só de Isaias.

2) Correções Doutrinárias

Certo escriba, copiando Mt 24.36 omitiu as palavras “nem o Filho”, pois o escriba sabia que Jesus

era onisciente, e deduziu que alguém havia cometido erro (Alefe, W, Bizantino).

Os manuscritos da Velha Latina e da Versão Gótica apresentam como acréscimo, em Lc 1.3, a

frase “e ao Espírito Santo” como “empréstimo” de At 15.28.

3) Correções Exegéticas

Passagens de difícil interpretação eram alvo dos escribas que tentavam completar o seu sentido

através de interpolação e supressões.

Um caso de interpolação encontra-se em Mt 26.15 onde as

palavras “trinta moedas de prata” foram alteradas para “trinta estateres” nos MSS D, a e b, afim de definir

o tipo de moeda mencionada. Mais tarde outros escribas (dos manuscritos 1, 209 e h) que conheciam os

dois textos, juntaram-no produzindo a frase “trinta estateres de prata”.

4) Acréscimos Naturais ou de Notas Marginais

Determinado leitor do Códice 1518 anotou nas margens de Tg 1.5 a expressão êgeumatikês kai

ouk anthrôpines (espiritual e não humana). Quando este Códice foi copiado, o escriba dos manuscritos

603 incluiu esta expressão no texto: “Se alguém de vós tem falta de sabedoria espiritual e não humana,

peça-a a Deus...”.

9 – A DECLARAÇÃO DE CHICAGO SOBRE A INERRÂNCIA DA BÍBLIA

A autoridade das Escrituras é um tema-chave para a igreja cristã, tanto desta como de qualquer

outra época. Aqueles que professam fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador são chamados a

demonstrar a realidade de seu discipulado cristão mediante obediência humilde e fiel à Palavra escrita de

Deus. Afastar-se das Escrituras, tanto em questões de fé quanto de conduta, é deslealdade para com nosso

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Mestre. Para que haja uma compreensão plena e uma confissão correta da autoridade das Sagradas

Escrituras é essencial um reconhecimento da sua total veracidade e confiabilidade.

A Declaração a seguir afirma sob nova forma essa inerrância das Escrituras, esclarecendo nosso

entendimento a respeito dela e advertindo contra sua negação. Estamos convencidos de que negá-la é

ignorar o testemunho dado por Jesus Cristo e pelo Espírito Santo e rejeitar aquela submissão às alegações

da própria Palavra de Deus, submissão esta que caracteriza a verdadeira fé cristã. Entendemos que é

nosso dever nesta hora fazer esta afirmação diante dos atuais desvios da verdade da inerrância entre

nossos irmãos em Cristo e diante do entendimento errôneo que esta doutrina tem tido no mundo em geral.

Esta Declaração consiste de três partes: uma Declaração Resumida, Artigos de Afirmação e

Negação e uma Explanação. Preparou-se a Declaração durante uma consulta de três dias de duração,

realizada em Chicago, nos Estados Unidos. Aqueles que subscreveram a Declaração Resumida e os

Artigos desejam expressar suas próprias convicções quanto à inerrância das Escrituras e estimular e

desafiar uns aos outros e a todos os cristãos a uma compreensão e entendimento cada vez maiores desta

doutrina. Reconhecemos as limitações de um documento preparado numa conferência rápida e intensiva e

não propomos que esta Declaração receba o valor de um credo. Regozijamo-nos, no entanto, com o

aprofundamento de nossas próprias convicções através dos debates que tivemos juntos e oramos para que

esta Declaração que assinamos seja usada para a glória de nosso Deus com vistas a uma nova reforma da

igreja no que tange à sua fé, vida e missão.

Apresentamos esta Declaração não num espírito de contenda, mas de humildade e amor, que, com

a graça de Deus, pretendemos manter em qualquer diálogo que, no futuro, surja daquilo que dissemos.

Reconhecemos, com satisfação, que muitos que negam a inerrância das Escrituras não apresentam em

suas crenças e comportamento as conseqüências dessa negação, e estamos conscientes de que nós, que

confessamos essa doutrina, freqüentemente a negamos em nossas vidas, por deixarmos de colocar nossos

pensamentos e orações, tradições e costumes, em verdadeira sujeição à Palavra divina.

Qualquer pessoa que veja razões, à luz das Escrituras, para fazer emendas às afirmações desta

Declaração sobre as próprias Escrituras (sob cuja autoridade infalível estamos, enquanto falamos), é

convidada a fazê-lo. Não alegamos nenhuma infalibilidade pessoal para o testemunho que damos e

seremos gratos por qualquer ajuda que nos possibilite fortalecer esse testemunho acerca da Palavra de

Deus.

10 – AUTENTICIDADE OU GENUINIDADE

Dizemos que um livro é genuíno ou autêntico quando ele é escrito pela pessoa também

pessoas cujo nome ele leva ou se e anônimo, a quem a tradição antiga o atribui, ou, se não for

atribuído a algum autor ou autores específicos, à época que a tradição lhe atribui.

O Credo Apostólico não é genuíno porque não foi composto pelos apóstolos. As Viagens de

Gulliver é genuíno, tendo sido escrito por Dean Swift, embora seus relatos sejam fictícios. Atos de Paulo

não é genuíno, pois foi escrito por um sacerdote contemporâneo de Tertuliano. Desse modo a

autenticidade relaciona-se ao autor e à época do livro, e todos os livros da Bíblia possuem autenticidade

comprovada pela tradição histórica e pela arqueologia (Gl 6.11; Cl 4.18).

11 – O CÂNON DAS SAGRADAS ESCRITURAS.

A Palavra Cânon tem sua raiz, do hebraico “Kannesh; Kannesh” ou “Qanesh; Qanesh” que

significa: Peso, norma, vara de medir ou medida correta do grego “ Kanon” e do latim Cânon, com

o mesmo significado do tremo hebraico.

Referindo-se, a Bíblia trata-se da coleção de livros considerados inspirados por Deus.

Não podemos aceitar a idéia de que em uma época do passado, houve-se uma espécie de

“convenção”, onde algumas pessoas determinaram se este ou aquele livro poderia fazer parte dos livros

canônicos. Com certeza, ao inspirar um escritor, Deus já o havia selecionado como sendo

verdadeiramente um instrumento de Sua vontade. Portanto o livro escrito por este homem por si próprio

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já se incluía entre os livros inspirados divinamente.

Alguns eruditos afirmam que os livros canônicos do Antigo Testamento, foi colecionado e

reconhecido por Esdras em meados do século V a.C. Em relatos feitos pelo historiador judeu Flávio

Josefo (ano 95 d.C.) e outros de sua época, está indicado que o Cânon do Antigo Testamento compreende

exatamente os 39 livros que conhecemos hoje.

O Mestre Jesus aprovou a coleção destes livros, ao afirmar que os legalistas mataram todos os

profetas de Abel até Zacarias. Note que Abel é mencionado no livro de Gênesis, a morte de Zacarias é

mencionada no livro de 2 Crônicas, o último livro da Escritura Hebraica.

O Critério usado para se saber se um texto era ou não inspirado, estava principalmente em seu

conteúdo. Todavia, algumas questões eram levantadas para se provar à inspiração divina do texto. A

saber:

1. Foi este livro usado pelos pais da Igreja?

2. Que atitude estes escritores primitivos tinham para com a inspiração do livro?

3. O livro era apostólico na sua origem?

4. O livro era usado e reconhecido pela igreja?

5. O livro ensina doutrina sadia?

12 – O CÂNON DO VELHO TESTAMENTO

A palavra Cânon significa "Régua de medir", ou Padrão aferidor. Deste modo a Bíblia é o padrão aferidor

que deve nortear a vida de todos os homens. Portanto, quando dizemos o Cânon do Velho Testamento

estamos nos referindo ao conjunto dos livros do Velho Testamento. Como se formou?

A fixação da lei

Houve anotações: Ex 24.4 – 7 e Dt 31.9 – 13 e 24. Não se sabe quando o Pentatêuco foi

completado. Duas observações necessárias:

1a - Não tratavam os escritos como nós. Há adições aos pontos fundamentais. Houve tradição oral.

Cremos na mão de Deus. Assim, tudo foi testado e aprovado.

2a - Duas vezes a nação declarou "obedeceremos ao livro desta lei". Com Josias (II Rs 23.1 – 3 e II Cr 34.

29 – 31) e com Esdras (Ne 8 a 10 – a primeira leitura durou 6 horas conforme Ne 8.3). O povo

reconheceu vir de Deus.

A fixação dos profetas

O reconhecimento dos profetas anteriores. (Josué, Juízes, Samuel e Reis). Três fatores

contribuíram: 1o) Descrevem o trato de Iavé com o povo escolhido; 2

o ) Seguem o mesmo sentido da Lei;

3o) A autoridade dos escritores foi aceita (Dt 31. 24 e Js 24. 26).

O reconhecimento dos profetas posteriores. Tidos como autoritativos desde o início da circulação.

Predições se cumpriram, como o desastre do exílio. Alguns profetas citam outros, dando-lhes autoridade

(Dn 9. 2).

A fixação dos escritos

Sem problemas. Alguns salmos eram usados nos cultos. Outros eram proféticos. Os livros de

sabedoria foram aceitos como sendo Dom de Deus – I Rs 3.28). Por que Crônicas e não "As Guerras do

Senhor" (Nm 21.14)? E o "Livro dos Justos" (Js 10.13)? Hoje, perdidos. Na época, foram utilizados como

referência, contudo não foram incluídos no Cânon por algum motivo que desconhecemos.

O estabelecimento final do cânon

Segundo o historiador Josefo: na época de Esdras, tudo, desde a criação do mundo até Artaxerxes

I (465 – 425 a.C.) já estava anotado (em Contra Apião).

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Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; Romanos 12.7

Talmude: Os escribas de Ezequias escreveram Isaías, Provérbios, Cânticos e Eclesiastes. Os

homens da grande congregação escreveram Os Doze, Daniel e Ester. Esdras escreveu seu livro e as

genealogias de Crônicas. Neemias completou o livro de Esdras.

O livro de "IV Esdras", um apocalipse judaico escrito no ano 100 d.C., portanto 30 anos depois da

queda de Jerusalém que se verificou em 70 d.C., cujos relatos antigos dizia que Esdras estava na

Babilônia e reclamou da queima dos livros da Lei. Conta-se então que Esdras divinamente inspirado pelo

Espírito Santo, ditou, em 40 dias, 70 livros a 5 escribas. Contudo, este livro não mereceu crédito e não foi

incluído no Cânon bíblico.

Realmente, o ano de sua edição seria 557 a.C. e Esdras é de 458 (conforme. Esdras 7), mas mostra

a visão dos judeus em ter Esdras como o compilador do cânon. Ele é mostrado como o novo Moisés.

13 – O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO.

Por canonicidade das Escrituras queremos dizer que, de acordo com "padrões"

determinados e fixos, os livros incluídos nelas são considerados partes integrantes de uma revelação

completa e divina, a qual, portanto, é autorizada e obrigatória em relação à fé e à prática.

A palavra grega kanon derivou do hebraico kaneh que significa junco ou vara de medir (Ap

21.15); daí tomou o sentido de norma, padrão ou regra (Gl. 6.16; Fp 3.16).

A) A fonte da Canonização

A Canonização de um livro da Bíblia não significa que a nação judaica ou a igreja tenha dado a

esse livro a sua autoridade canônica; antes significa que sua autoridade, já tendo sido estabelecida em

outras bases suficientes, foi consequentemente reconhecida como pertencente ao cânon e assim

declarado pela nação judaica e pela igreja cristã.

B) O Critério Canônico (do Novo Testamento) Adotou-se 5 critérios canônicos.

1) Apostolicidade: O livro deveria ter sido escrito por um dos apóstolos ou por autor que tivesse

relacionamento com um dos apóstolos (imprimatur apostólico).

2) Universalidade: Quando era impossível demonstrar a autenticidade apostólica, o critério de uso e

circulação do livro na comunidade cristã universal era considerado para sua aferição canônica. O livro

deveria ser aceito universalmente pela igreja para dela receber o seu imprimatur.

3) Conteúdo do Livro: O livro deveria possuir qualidades espirituais, e qualquer ficção que nele fosse

encontrada tornava o escrito inaceitável.

4) Inspiração: O livro deveria possuir evidências de inspiração.

5) Leitura em Público: Nenhum livro seria admitido para leitura pública na igreja se não possuísse

características próprias. Muitos livros eram bons e agradáveis para leitura particular, mas não podiam ser

lidos e comentados publicamente, como se fazia com a lei e os profetas na sinagoga. É a esta leitura que

Paulo exorta Timóteo a praticar (I Tm 4.13).

C) Conclusão da Canonização do (Novo Testamento)

1) Concílio Damasino de Roma em 382 d.C.

Conclusão da Canonização (do Novo Testamento) A canonização dos livros do Novo Testamento

foi concluída pelos Concílio Damasino de Roma em 382 d.C.

2) Concílio de Cartago em 397 d.C.

No ano de 397 d.C. no Concílio de Cartago, realizado na África, surgiu à lista dos 27 livros que compõe o

Novo Testamento. Porém, bem antes disto, livros soltos no Novo Testamento já eram usados pela igreja,

que já os consideravam inspirados.

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14 – OS LIVROS APÓCRIFOS.

A palavra “apócrifa” originalmente significa oculto, mas passou a significar espúrio. É esta a

denominação que se dá aos 14 livros contidos em algumas Bíblias. Originaram-se no período do terceiro

século a.C. ao primeiro ou segundo século d.C.. Não foram escritos no A.T. Hebraico. Foram escritos

depois de haverem cessado as profecias. A igreja primitiva recusou a estes livros, não aceitando como

canônicos. Jesus Cristo, em nenhum momento do seu ministério citou algum dos apócrifos.

Quando se traduziu a Bíblia para o latim, no segundo século d.C. O Antigo Testamento foi

traduzido da versão grega Septuaginta (veremos mais adiante o que significa Septuaginta), e não das

cópias em hebraico. Da Septuaginta esses livros apócrifos chegaram a Vulgata latina, que passou a ser a

versão usada na Europa Ocidental até a reforma protestante. Na reforma, nossos irmãos Protestantes,

firmados na Palavra de Deus como coluna do movimento reformador, rejeitaram os apócrifos como livros

não inspirados por Deus.

A Bíblia Católico-Romana Apócrifos

Na Bíblia de edição católico-romano apócrifos, o total de livros é de 73 para a Igreja Romana.

Desde o Concílio de Tentro em 1546 d.C. incluem no cânon do A.T. 7 livros apócrifos, alem de 4

acréscimos ou apêndices a livros canônico sendo assim um total de 11 livros apócrifos.

A palavra “apócrifa” no seu significado literalmente “escondido ou oculto” isto em referências a

livros de então que de coisas secretas, misteriosas, ocultas. No sentido religioso o termo significa “não

genuíno, espúrio”.

São 14 os apócrifos, sendo 10 sendo e 4 acréscimos a livros canônicos. No entanto a Igreja

católica aceita somente 11 sendo 7 livros e 4 acréscimos.

Tobias (após o livro de Esdras)

Os sete livros apócrifos da Igreja Católicas:

Tobias (após o livro de Esdras) Baruque (após livro de Jeremias)

Judite (após livro de Tobias) 1 Macabeus (após livro de Malaquias)

Sabedoria de Salomão (após livro de cantaras) 2 Macabeus (após livro de Malaquias)

Eclesiásticos (após livro de Sabedoria de Salomão)

Os quatros acréscimos dos apêndices:

Ester (as Ester 10. 4 – 16, 24) História de Suzana (a Daniel Cap. 13).

Cântico dos três Santos Filhos (a Daniel 3.24 – 90) Rei e o Dragão (a Daniel Cap.14).

Os três livros apócrifos rejeitados pela Igreja Católica.

3 Esdras, 4 Esdras, a oração de Manassés.

A aprovação dos livros apócrifos.

A Igreja Romana aprovou os apócrifos em 18 de Abril de 1546 como meio de combater a reforma

protestante, então recente. Nessa época os protestantes combatiam violentamente as novas doutrinas

romanistas do purgatório, oração pelos mortos, salvação mediante as obras e outras interpretações. Os

romanos viam nós apócrifos base para tais doutrinas e apelarem para eles aprovando-os como canônicos.

Os Livros Apócrifos do Antigo Testamento.

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Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; Romanos 12.7

As informações dadas a seguir sobre os apócrifos, foram extraídas literalmente do MANUAL

BÍBLICO, edições Vida Nova.

1 Esdras: É uma compilação de passagens do livro canônico de Esdras, 2 Crônicas e Neemias, com

lendas a respeito de Zorobabel. Seu objetivo foi descrever a liberdade de Ciro e Darão para com os

judeus, como modelo para os Ptolomeus.

2 Esdras: Às vezes chamado “4 Esdras”. Pretende conter visões dadas a Esdras referencia ao governo do

mundo por Deus, a uma nova era futura, e à restauração de certas Escrituras que se havia perdido.

Tobias: Romance, inteiramente destituída de valor histórico, de um jovem israelita rico, cativo em

Nínive, o qual foi guiado por um anjo a desposar uma “casta viúva” que perdera sete esposos.

Judite: Romance histórico, de uma viúva israelita, rica, bela e devota, que nos dias da invasão babilônica

de Judá jeitosamente penetrou na tenda do general babilônio e, fingindo entregar-se a ele, decepou-lhe a

cabeça e deste modo salvou sua cidade.

O Resto de Ester: Passagens interpoladas na versão Septuaginta do livro de Ester, principalmente para

mostrar a intervenção de Deus na história. Esses fragmentos foram reunidos e agrupados por Jerônimo.

A Sabedoria de Salomão: Muito semelhante a partes de Jó, Provérbio e Eclesiastes. Espécie de Mistura

do pensamento hebreu com a filosofia grega. Escrito por judeu alexandrino que faz o papel de Salomão.

Eclesiástico: Também chamado “Sabedoria de Jesus, filho de Siraque”. Assemelha-se ao livro de

Provérbios. Escrito por um filósofo judeu muito viajado. Apresenta regras de conduta para todos os

particulares da vida civil religiosa e doméstica. Enaltece grande número de heróis do A.T.

Baruque: Apresenta-se como da autoria de Baruque, amanuense de Jeremias, que é representado a passar

a última parte de sua vida na Babilônia. É endereçado aos exilados. Consiste, na maior parte, de

paráfrases de Jeremias, Daniel e de outros profetas.

O Cântico dos Três Moços: Adição inautêntica ao livro de Daniel, inserta depois de 3.23, que pretende

ser a oração que os moços fizeram na fornalha, e seu cântico triunfal de louvor pelo livramento.

A História de Susana: Outra ampliação inautêntica do livro de Daniel. Relata como a esposa piedosa

de um judeu rico de Babilônia, acusada falsamente de adultério, foi inocentada pela sabedoria de Daniel.

Bel e o Dragão: Outra adição inautêntica ao livro de Daniel. Duas histórias, nas quais Daniel prova que

os ídolos Bel e o Dragão não são deuses; uma delas baseia-se na história da cova dos leões.

A Oração de Manassés: Apresenta-se como sendo a oração de Manassés, rei de Judá, quando esteve

cativo na Babilônia, oração mencionada em 2 Cr 3.12 – 13. O autor é desconhecido. Data provavelmente

do I século a.C.

1 Macabeus: Obra histórica de grande valor sobre o Período Macabeu. Relata acontecimento da luta

heróica dos judeus pela liberdade, 175 – 135 a.C. Escrito cerca de 100 a.C. Por um judeu palestinense.

2 Macabeus: É também uma narrativa da luta dos macabeus ao período de 175 – 161 a.C. Afirma-se ser

um resumo da obra escrita por um certo Jason de Cirene, de quem nada se sabe. É suplemento de 1

Macabeus, porém inferior a este.

Outros Escritos.

Além dos Apócrifos referidos acima precedentes, houve outros escritos judaicos, originários do

período de entre o II século a.C. e o I d.C. Muitos deles do gênero “apocalíptico”, cujo autores “tomando

o nome de termos de profecia”. Compõem-se em grande parte de visões pretensamente oriundas de

antigos personagens da Escritura, algumas das quais contendo as mais extravagantes fantasias. Ocupam-

se, em escala considerável, do Messias vindouro. Os sofrimentos do período dos Macabeus intensificaram

a expectação judaica de estar próximo o tempo do Messias. Baseiam-se parcialmente em tradição

incertas, e parcialmente em imaginação. Alguns dos mais conhecidos são:

Os Livros de Enoque: Grupo de escritos fragmentários, de vários autores desconhecidos, produzidos no

II. e, I Séculos a.C. Contendo revelações pretensamente feitas a Enoque e Noé. Falam do Messias e do dia

do juízo.

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A Assunção de Moisés: Escrito por um fariseu, mais ou menos quando Cristo nasceu. Contém profecias

atribuídas a Moisés, de quando estava para morrer, e por ele confiadas a Josué.

A Ascensão de Isaías: Apresenta uma narrativa legendária do martírio de Isaías, e algumas de suas

pretensas visões. Julga-se que foi escrito em Roma, por um judeu cristão, durante a perseguição aos

judeus movida por Nero.

O Livro dos Jubileus: Comentário do Gênesis. Escrito provavelmente no período dos Macabeus, ou um

pouco depois. Tira o nome do seu sistema de contar o tempo baseado nos períodos jubilares de 50 anos.

Os Salmos de Salomão: Um grupo de cânticos, por um fariseu desconhecido, sobre o Messias vindouro,

escritos provavelmente logo após o período dos Macabeus.

O Testamento dos Dozes Patriarcas: Produzido no II Século a.C. Pretende ser as últimas instruções dos

de dozes filhos de Jacó aos seus filhos, cada qual contando a história de sua própria vida e as lições dela.

Os Oráculos Sibilinos: Escritos nos tempos dos Macabeus, com adições anteriores, imitando os oráculos

gregos e romanos. Tratam da queda dos impérios opressores e do raiar da era messiânica.

OS LIVROS APÓCRIFOS DO NOVO TESTAMENTO.

Evangelho de Nicodemos: Inclui os “Atos de Pilatos”, pretenso relatório oficial do julgamento de Jesus

ao imperador Tibério. Foi produzido no II ou V Século Puramente imaginário.

Proto-Evangelho de Tiago: Narrativa que vai do nascimento de Maria ao massacre dos inocentes.

Conto que começam a circular no II Século. Foi completado no V Século.

O Passamento de Maria: Repleto de milagres ridículos culmina com a remoção do “seu corpo

imaculado e precioso” ao Paraíso. Escrito no IV Século, com o aparecimento do culto da Virgem.

Evangelho segundo os Hebreus: Adições aos Evangelhos canônicos com algumas frases atribuídas a

Jesus. Por volta de 100 d.C.

Evangelho dos Ebionitas: Compilado dos Evangelhos Sinópticos, no interesse da doutrina ebionita

Entre o II e o IV Séculos.

Evangelho dos Egípcios: Conversas imaginárias entre Jesus e Salomé. Entre 130 e 150 d.C. Usados

pelos sabelianos.

Evangelho de Pedro: Meado do II Século. Baseado em Evangelhos canônicos. Escrito no interesse de

doutrinas docetistas, anti-judaicas.

Evangelho de um Pseudo-Mateus: Falsa tradução de Mateus, do V Século, repleta de milagres da

infância de Jesus.

Evangelho de Tomé: II Século. Vida de Jesus, dos 5 aos 12 anos. Apresenta-O operando milagres para

satisfação de Seus caprichos infantis.

Natividade de Maria: Obra de ficção do VI Século, premeditada, para fomentar o culto da Virgem.

História de visitas diárias de anjos a Maria. Com o surto do papado, tornou-se imensamente popular.

Evangelho Arábico da Infância: VII Século. História de Milagres operados durante a estada no Egito.

Fantástico em extremo.

Evangelho do Carpinteiro José: IV Século. Originou-se no Egito. Dedicados à glorificação de José.

Apocalipse de Pedro: Pretensas visões do céu e do inferno concedidas, a Pedro. Eusébio chamou-o

“espúrio”.

Atos de Paulo: Meado do II século. Romance que aconselha a continência. Contém a suposta Epístola

aos Coríntios que se perdeu.

Atos de Pedro: Fim do II século. Um caso de amor com a filha de Pedro. Conflito com Simão, o Mago.

Contém a história do “Quo Vadis”.

Atos de João: Fim do II século. Historia de uma visita a Roma. Puramente imaginária. Contém um

quadro revoltante de sensualismo.

Atos de André: História de André, que persuade Maximila a evitar relações com o marido, o que resultou

no Martírio dele.

Atos de Tomé: Fim do II século. Como os Atos de André, é um romance de viagem, no interesse da

abstinência de relações sexual.

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Carta de Pedro, a Tiago: Fim de II século ataca violentamente Paulo. Pura invenção no interesse dos

ebionitas.

Epístola de Laodicéia: Diz ser a que é referida em Cl 4.16. Um aglomerado de frases de Paulo.

Cartas de Paulo, a Sêneca: e outras deste àquele. Invenção do IV século. Objetivo: ou recomendar o

cristianismo aos seguidores de Sêneca, ou recomendar este aos cristãos.

15 – A DECLARAÇÃO DE CHICAGO SOBRE A INERRÂNCIA DA BÍBLIA

A autoridade das Escrituras é um tema-chave para a igreja cristã, tanto desta como de qualquer

outra época. Aqueles que professam fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador são chamados a

demonstrar a realidade de seu discipulado cristão mediante obediência humilde e fiel à Palavra escrita de

Deus. Afastar-se das Escrituras, tanto em questões de fé quanto de conduta, é deslealdade para com nosso

Mestre. Para que haja uma compreensão plena e uma confissão correta da autoridade das Sagradas

Escrituras é essencial um reconhecimento da sua total veracidade e confiabilidade.

A Declaração a seguir afirma sob nova forma essa inerrância das Escrituras, esclarecendo nosso

entendimento a respeito dela e advertindo contra sua negação. Estamos convencidos de que negá-la é

ignorar o testemunho dado por Jesus Cristo e pelo Espírito Santo e rejeitar aquela submissão às alegações

da própria Palavra de Deus, submissão esta que caracteriza a verdadeira fé cristã. Entendemos que é

nosso dever nesta hora fazer esta afirmação diante dos atuais desvios da verdade da inerrância entre

nossos irmãos em Cristo e diante do entendimento errôneo que esta doutrina tem tido no mundo em geral.

Esta Declaração consiste de três partes: uma Declaração Resumida, Artigos de Afirmação e

Negação e uma Explanação. Preparou-se a Declaração durante uma consulta de três dias de duração,

realizada em Chicago, nos Estados Unidos. Aqueles que subscreveram a Declaração Resumida e os

Artigos desejam expressar suas próprias convicções quanto à inerrância das Escrituras e estimular e

desafiar uns aos outros e a todos os cristãos a uma compreensão e entendimento cada vez maiores desta

doutrina. Reconhecemos as limitações de um documento preparado numa conferência rápida e intensiva e

não propomos que esta Declaração receba o valor de um credo. Regozijamo-nos, no entanto, com o

aprofundamento de nossas próprias convicções através dos debates que tivemos juntos e oramos para que

esta Declaração que assinamos seja usada para a glória de nosso Deus com vistas a uma nova reforma da

igreja no que tange à sua fé, vida e missão.

Apresentamos esta Declaração não num espírito de contenda, mas de humildade e amor, que, com

a graça de Deus, pretendemos manter em qualquer diálogo que, no futuro, surja daquilo que dissemos.

Reconhecemos, com satisfação, que muitos que negam a inerrância das Escrituras não apresentam em

suas crenças e comportamento as conseqüências dessa negação, e estamos conscientes de que nós, que

confessamos essa doutrina, freqüentemente a negamos em nossas vidas, por deixarmos de colocar nossos

pensamentos e orações, tradições e costumes, em verdadeira sujeição à Palavra divina.

Qualquer pessoa que veja razões, à luz das Escrituras, para fazer emendas às afirmações desta

Declaração sobre as próprias Escrituras (sob cuja autoridade infalível estamos, enquanto falamos), é

convidada a fazê-lo. Não alegamos nenhuma infalibilidade pessoal para o testemunho que damos e

seremos gratos por qualquer ajuda que nos possibilite fortalecer esse testemunho acerca da Palavra de

Deus.

16 – AS TRADUÇÕES DA BÍBLIA.

Se a Bíblia é de fato a Palavra de Deus, então ela não poderia ficar restrita aos idiomas originais

(Hebraico, Aramaico, Grego e Latim). Com o passar dos anos a Bíblia foi sendo traduzida para diversos

idiomas diferentes. O Antigo Testamento, após ser canonizado, teve seu papel importante no ministério

de Jesus e dos apóstolos, e, provavelmente usavam cópias em Hebraico feitas pelos escribas dos escritos

originais que ficavam nas sinagogas.

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Manuscritos.

Ouve-se falar dos manuscritos da Bíblia. Todavia, em nenhuma parte do mundo foi encontrado os

manuscritos originais, nem do V.T., nem do N.T. Acreditasse que ao copiar novos manuscritos, os

escribas queimavam ou enterravam os originais do Antigo Testamento quando estes se estragavam ou

ficavam muito velhos.

Possivelmente, estes manuscritos originais desapareceram por uma providência de Deus. Imagine

quanta idolatria não seria feita, a um manuscrito original com a letra do escritor original.

Existe em todo o mundo milhares de manuscritos copiados dos originais, em grego e em hebraico.

Quando as primeiras Bíblias foram impressas, havia mais de 2.000 destes manuscritos.

Os mais antigos manuscritos gregos são escritos em letras maiúsculas e quadradas, e na mesma

linha, todas as palavras estavam ligadas para poupar espaço. Foi encontrado um exemplo na versão de

Almeida citando Isaías 53.11 da seguinte maneira:

“Porqueassuasiniqüidadeslevarásobresi ; - Grego Koine”

A Septuaginta.

A tradução mais antiga que se tem notícia é a Septuaginta. Alguns eruditos não demostram muita

confiança a esta versão traduzida dos originais hebraicos para o grego. Esta obra recebeu este nome

porque, segundo a tradição, foram Setenta homens a pedido de Ptolomeu Filadelfo (rei do Egito), que

deram início a traduções do Antigo Testamento no ano de 285 a.C. Sendo concluída cem anos após.

Sendo em grego, possivelmente, existia nos dias de Jesus. E até os dias de hoje se discute se o Mestre

usou ou não esta tradução.

A Vulgata.

A Igreja usava traduções da Bíblia em latim. No ano de 383 S. Jerônimo, um dos homens mais

sábios dos seus dias, recebeu do Bispo de Roma, Damasus, um convite para melhorar a Bíblia latina.

Jerônimo conclui a revisão de todo o Novo Testamento, e anos depois, muda-se para Belém onde fundou

um mosteiro.

No mosteiro, aos oitenta anos de idade, S. Jerônimo começa uma nova tradução do Antigo

Testamento, do hebraico para o latim. Esta tradução é conhecida como a Vulgata, e inclui muitos dos

apócrifos. A Vulgata foi à base de todas as traduções por mais de mil anos.

Latim Antigo.

Foi produzida no fim do século II, d.C. Provavelmente na África. Existe a forma africana e

européia. A européia, ou itálica, serviu como uma das bases da Vulgata de Jerônimo, quanto ao Novo

Testamento. A africana foi usada por Cipriano. A versão em Latim Antigo é importante testemunho do

tipo de texto anterior ao Textus Receptus

A Renascença.

Com o declínio do Feudalismo e o surgimento do período renascentista, a mentalidade do homem

medieval sofre sérias alterações. Novas idéias surgiram, novo conceito é apresentado em relação ao

evangelho de Cristo. A igreja dominante começa perder o monopólio político e econômico centralizado

nela (Senhores feudais). Com a queda de Constantinopla em 1453, os sábios gregos, fogem para a Itália

levando com eles suas ciências e letras. Este acontecimento incentiva a que cidades Italianas como

Veneza, Gênova, Florença, Roma e outras, cresçam culturalmente e economicamente. Com o

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crescimento, a Itália começa a investir na cultura e no valor humano. Escolas foram estabelecidas, e o

povo italiano passa a um interesse maior pelos manuscritos orientais.

Com a mentalidade mais aberta, e um interesse pelos manuscritos antigos, as pessoas começam a

questionar a Vulgata. Sem dúvida, a Renascença, abriu, um período importante para o cristianismo.

A teologia mística da Idade Média foi confrontada com uma nova realidade teológica. O Novo

Testamento em grego, pelo erudito Erasmo, em 1516, desafia a tradição e declina a Vulgata. Para Erasmo,

a Bíblia deveria estar ao alcance de todas as pessoas. O novo Testamento de Erasmo serviu de base para

muitas outras traduções na Inglaterra e por toda a Europa. Dez anos após ter traduzido o Novo

Testamento, Erasmo conclui a tradução de toda a Bíblia. Exemplares desta tradução foram enviados

secretamente para a Inglaterra.

Um outro fator importante na Renascença foi o desenvolvimento do processo de impressão com

tipos móveis de metal, a Imprensa. O alemão J. Gutenberg, com seu engenhoso mecanismo, começa a

imprimir trechos da Bíblia, que foi o primeiro livro a ser impresso. Isto tornou a Bíblia muito mais barata

que antes, que só podia ser comprada com o acúmulo de 12 meses de trabalho. Em Washington, existe um

dos exemplares impresso por Gutenberg, afirma-se que foi pago por esta Bíblia o valor de 350.000

dólares.

17 – A BÍBLIA EM PORTUGUÊS.

Antes de observarmos como a Bíblia chegou no Brasil, é interessante sabermos primeiro, como ela

foi traduzida para o português.

Período das traduções incompletas.

Até o final do século XVI, não havia nenhuma obra completa da Bíblia em português. Antes, porém, já

havia trechos da Bíblia em português. Sempre “tementes” a igreja, os monarcas se preocupavam com a

Bíblia Sagrada, D. João I por exemplo, traduziu pessoalmente da Vulgata latina o livro de Salmos. Já D.

João II, em demonstração de como os soberanos portugueses reverenciavam a Bíblia, ordenou que o final

do versículo 31 de Romanos capítulo 8, fosse gravado em seu cetro.

Em 1505, a rainha D. Leonor (Leonora?), esposa de D. João II, manda imprimir em português alguns

livros do Novo Testamento (Atos dos Apóstolos; 1, 2 Pedro; 1, 2, 3 João; Tiago; Judas), que foram

traduzidos do latim alguns anos antes pelo frei Bernado de Brinega. Vinte anos após, morre a rainha e o

clero católico faz com que estas obras desapareçam. No ano de 1554, é publicada uma segunda edição

biográfica sobre a vida de Cristo; que teve o mesmo fim das obras anteriores, simplesmente desapareceu.

Período das traduções completas.

João Ferreira de Almeida foi o primeiro homem que teve disposição e ousadia em traduzir para o

português a Bíblia inteira. A versão de Almeida não foi a única, mais duas foram importantes na história

da tradução da Bíblia para o português, Rahmeyer e Figueiredo.

A versão de Almeida:

De família católica, João Ferreira de Almeida nasceu em Lisboa no ano de 1628. Quando ainda

era adolescente, Almeida muda-se para Ásia, e aos quatorze anos de idade, sua família muda para

Malásia. Lá, João curiosamente lê um folheto explicativo em espanhol sobre as diferenças entre católicos

e evangélicos, se convertendo à igreja Reformada no ano de 1642. Após sua conversão, Almeida mostrou

seu interesse pelo estudo eclesiástico e em pregar o evangelho por onde andava.

Com um pouco mais de dezesseis anos, João Ferreira de Almeida começa a traduzir a Bíblia para

seu idioma natural. Como era conhecedor do hebraico e do grego, pôde utilizar as cópias originais no seu

trabalho. Em 1648, João teve que recomeçar o trabalho, visto que perdera seus manuscritos. Vinte e oito

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anos depois, são concluídos todo o Novo Testamento. Porém, somente no ano de 1681 é que surgi o

primeiro volume do Novo Testamento em português traduzido por Almeida com a seguinte apresentação:

O Novo Testamento, isto he, Todos os Sacros Sanctos Livros e Escritos Evangelicos e Apostolicos

do Novo Concerto de Nosso Fiel Salvador e Redentor Iesu Cristo, agora traduzido em português por João

Ferreira de Almeida, ministro pregador do Sancto Evangelho. Com todas as licenças necessárias. Em

Amsterdam, por Viuva de J. V. Someren. “Anno 1681.”

Uma revisão foi feita nesta tradução, o próprio Almeida encontrou mais de dois mil erros. Ribeiro

dos Santos, que também revisou o texto, afirmou ter encontrado um número bem acima disto.

Com a publicação do Novo Testamento, foi necessário que se tivesse também o Antigo

Testamento. Almeida começa a tradução do Antigo Testamento, e em 6 de Agosto de 1691, ao falecer,

João já tinha traduzido ate Ezequiel 41: 21. Anos após, no ano de 1748, o pastor Jacobus op den Akker,

reinicia o trabalho de Almeida, e cinco anos mais tarde estava concluído o trabalho.

Em 1753, após muitas lutas, foi impressa a primeira Bíblia completa em português.

A Bíblia de Rahmeyer.

Tradução completa da Bíblia, ainda inédita nos dias atuais. Pedro Rahmeyer, um comerciante

hamburguês que residiu em Lisboa durante trinta anos. Uma data mais provável para essa tradução foi em

meados do século XVIII. O manuscrito desta Bíblia se encontra na biblioteca do senado em Hamburgo,

Alemanha.

A tradução de Figueiredo.

O padre Antônio Pereira de Figueiredo, nascido em 1745, Tomar, não muito longe de Lisboa;

inspirado na Vulgata latina traduz integralmente os dois Testamentos da Bíblia em dezoito anos. No ano

de 1819, é impressa em sete volumes a Bíblia de Figueiredo. Dois anos depois, é publicada em um

volume único.

Como não conhecia a língua original, e baseado somente na Vulgata, a versão de Figueiredo não

foi tão aceita como a de Almeida.

É importante observamos que Figueiredo inclui em sua tradução todos os apócrifos da Vulgata.

Isto agradou muito a igreja católica romana em Portugal, e até os dias atuais é a versão em português

preferida do catolicismo, nos países cujo idioma é o português.

18 – A BÍBLIA NO BRASIL.

Os historiadores interessados não conseguem dar uma data precisa sobre a chegada da Bíblia em

nosso país. Sabe-se que, durante os três primeiros séculos após a descoberta de nosso país, a Bíblia não

era um livro autorizado pela corte portuguesa para circular no Brasil. Somente no início do século XIX

que os brasileiros puderam ter acesso à Palavra de Deus.

É importante observar que o Brasil foi colonizado por um país extremamente católico. E isto, no

que se refere a divulgação da Bíblia não era um fator positivo, pois o clero católico não tinha o menor

interesse em ver a população brasileira lendo a Bíblia.

Os exemplares da Bíblia existentes no Brasil eram poucos, e para complicar mais as coisas, não

estavam em português, mas em latim (Aliás, na época, até as missas católicas eram “rezadas” em latim).

Traduções parciais.

Traduções parciais da Bíblia foram feitas a partir do ano de 1847. Neste ano, publicou-se em S.

Luís do Maranhão, O Novo Testamento traduzido por frei Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré, baseado

na Vulgata. Sendo este, o primeiro texto bíblico traduzido no Brasil.

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Traduções completas.

Em 1902, sociedades bíblicas internacionais interessadas na divulgação da Bíblia no Brasil,

patrocinaram uma nova tradução para o português. Formou-se uma comissão de homens eruditos nas

línguas originais e na língua lusitana. No ano de 1917, é publicado o primeiro trabalho completo de uma

tradução da Palavra de Deus feita em nosso país, que ficou conhecido como Tradução Brasileira.

As Sociedades Bíblicas.

Temos que ser gratos ao grande Deus pela existência de duas Sociedades Bíblicas internacionais, a

Britânica e a Americana. Graças a estas sociedades, aos poucos, Bíblias foram infiltradas no Brasil, antes

mesmo da chegada dos primeiros missionários protestantes no ano de 1855.

Estas sociedades enviavam exemplares da Bíblia em português e em latim, a comerciantes

estrangeiros que rapidamente distribuíam os poucos livros santos.

Algumas pessoas recebiam exemplares da Bíblia enviados pelas sociedades bíblicas

internacionais, até que as próprias sociedades se estabeleceram no Brasil.

Sociedade Britânica e Americana.

No ano de 1856, a Sociedade Bíblica Britânica estabelece uma agência no Estado do Rio de

Janeiro. Com esta subsede no Brasil, fica muito mais fácil a distribuição da Bíblia no país.

Vinte anos após, os americanos resolvem implantar uma filial no Brasil, é organizada também no

estado do Rio, a Sociedade Bíblica Americana.

Até os dias atuais somos beneficiados pelo trabalho que aqueles irmãos fizeram. Deus seja

louvado!

Imprensa Bíblica Brasileira.

Em 2 de Julho de 1940, o quadro evangélico do Brasil é transformado pela criação da I.B.B.

(Imprensa Bíblica Brasileira). Em assembléia anual, a Missão Batista do Sul do Brasil, resolve criar uma

entidade com a finalidade de imprimir e distribuir a Bíblia no Brasil.

Os missionários evangélicos sentiam falta de Bíblias, eles achavam que poderiam distribuir muito

mais se tivessem em estoque.

25 de Junho de 1943 foi o dia em que se começou a imprimir a Bíblia dentro do Brasil. A segunda guerra

mundial de uma certa forma “ajudou”, pois com a guerra, muitos navios que transportavam Bíblias para o

Brasil foram a pique, diminuindo assim o número de Bíblias no país.

Já no final de 1977, a I.B.B. tinha completado um número de 35 impressões diferentes da Bíblia,

num total de 2.573.504 exemplares, fora os Novos Testamentos e milhões de evangelhos avulsos.

Sociedade Bíblica do Brasil.

As sociedades Bíblicas internacionais foram de grande importância na divulgação da Palavra de

Deus. Porém seria de extrema importância ter uma sociedade totalmente brasileira.

Em 10 de Junho de 1948 é organizada a S.B.B. (Sociedade Bíblica Brasileira) com o objetivo de

“Dar a Bíblia, a Pátria”. E em pouco tempo, são extintas as sociedades estrangeiras.

A S.B.B. fez duas revisões na versão de Almeida. A edição Revista e Atualizada no Brasil, uma revisão

bem aprofundada. A segunda foi a Corrigida, uma revisão mais superficial que conservou o antigo nome.

19 – VERSÕES ATUAIS DA BÍBLIA NO BRASIL.

Na atualidade existem diversas versões de Bíblias no mercado brasileiro. Pode-se encontrar desde

um simples modelo popular a um CD Rom para computador. Existe também várias traduções diferentes

que facilitam a vida de pastores e líderes eclesiásticos.

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Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; Romanos 12.7

Estaremos observando as versões mais comuns e usadas pelos cristãos Brasileiros.

Modelo popular.

O modelo popular é o modelo mais vendido no mercado brasileiro. Geralmente é de capa dura e

de acabamento simples; variando de acordo com a editora responsável. Existe em no mínimo dois

tamanhos grande e de bolso. O conteúdo é bem básico, contendo geralmente o texto bíblico com algumas

referências e poucos mapas geográficos.

Modelo de luxo.

O modelo de luxo é bem variado. Pode ser um pouco mais simples com beira vermelha, índice,

capa de couro sintético ou ser totalmente luxuosa com beira dourada, índice, capa de couro legítimo,

mapas coloridos, etc.

Existe alguns modelos que são tão luxuosos, que são comprados somente para ornamento em

prateleiras e estantes. É muito comum se ver também Bíblias com capas coloridas e enfeitadas que

possuem uma estética maravilhosa.

Bíblias de estudos.

O estudioso da Palavra não pode deixar de ter no mínimo dois modelos diferentes de Bíblia de

estudo. Estes modelos têm ajudado aos pastores e líderes nas igrejas evangélicas de hoje. Serão citados

aqui os principais modelos.

Bíblia de referências Thompson

Editada pela editora Vida, é uma Bíblia completamente voltada a dar referências temáticas

interligando muitos versículos, levando o leitor a tirar suas próprias conclusões doutrinárias. Além das

muitas referências, a Bíblia Thompson também é repleta de estudos de personagens, um excelente

suplemento arqueológico com ricas informações, mapas coloridos, concordância bíblica, harmonia dos

evangelhos, etc. Esta é uma das Bíblias de estudo mais recomendadas nos seminários teológicos.

A Bíblia Anotada.

Editada pela editora Mundo Cristão de São Paulo, contêm várias informações úteis ao leitor da

Bíblia. A editora Mundo Cristão levou sete anos para preparar esta versão brasileira da Bíblia Anotada. O

conteúdo desta Bíblia é bem variado, contendo: Introdução a cada livro, referências, concordância, Atlas,

esboço de estudo, etc. O grande problema desta Bíblia é justamente o comentário de rodapé, onde

pequenos pontos são questionados por alguns teólogos, que discordam de pontos doutrinários. Mais no

geral é uma boa Bíblia de estudo.

Bíblia Vida Nova.

Edições Vida Nova e S.B.B. são as duas editoras responsáveis pela publicação desta Bíblia no Brasil.

Devido a qualidade do material e o bom preço, o mercado tem recebido muito bem esta Bíblia. O

conteúdo é ótimo, possuindo uma cadeia de referência tão boa quanto a Thompson. Além disso, a

enciclopédia de assuntos existente na Bíblia Vida Nova, ajuda muitos aos leitores, pois contém 4218

temas diferentes. O comentário de rodapé, é muito mais confiável que as demais Bíblias de estudos. É,

sem dúvida, a versão de estudo preferida dos pastores e teólogos; principalmente os que fazem partes de

igrejas históricas (Batista, Presbiteriana e outras).

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A Bíblia Explicada.

Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD), editora responsável em publicar esta Bíblia.

O conteúdo e limitado a comentários, não possuindo o texto bíblico. Esta versão bíblica é praticamente

restrita aos membros da Assembléia de Deus, pois seus comentários são voltados à doutrina desta igreja.

É uma boa Bíblia.

Bíblia Concordância e dicionário.

Editada pela JUERP, não é hoje tão aceita como fora em tempos passados. É a única versão de

estudo que vem acompanhada de dicionário bíblico e concordância ao mesmo tempo. Para que fosse mais

aceita no mercado, seria importante que a JUERP fizesse algumas modificações complementando esta

Bíblia.

Outras.

Existe hoje muitas Bíblias de estudo que não dá para comentarmos sobre todas. Algumas devem

serem destacadas, como:

A Bíblia Vida, com as palavras de Jesus destacadas em vermelho, Editora Vida.

Bíblia e concordância, editada em muitas versões pela JUERP e Editora Vida.

A Bíblia Viva, editada numa linguagem muito moderna pela Editora Mundo Cristão.

Bíblia do Ministro, Edição voltada a pastores e líderes em geral, Editora Vida.

Bíblia de Estudo Pentecostal, Dizem ser uma ótima versão para estudos, CPAD.

Bíblia de Jerusalém, Apesar de ser uma Bíblia católica, é recomendada por vários pastores evangélicos

por causa do conteúdo histórico/arqueológico, Edições Paulinas.

Bíblia Sagrada Scofild, distribuída principalmente pela editora Bompastor, todavia, não é publicada no

Brasil. Seu conteúdo apresenta comentários que levam muitos teólogos a discordar, não sendo muito

recomendada nos seminários. Sua maior aceitação está nos leitores pentecostais modernos (os chamados

Neo-pentecostais).

Bíblias para crianças.

Sem dúvida, tiveram uma ótima idéia quando começaram a publicar Bíblias adaptadas para as

crianças. Fica muito mais fácil para uma criança assimilar o conteúdo bíblico, em uma linguagem mais a

seu nível. O conteúdo das Bíblias infantis, não é o mesmo de uma comum; as histórias selecionadas,

adaptadas e ilustradas, essas coisas, ajudam a criança a compreender a história bíblica.

Como o mercado aceitou bem estas Bíblias, muitas editoras começaram a publicar Bíblias

(inclusive editoras que não se restringem a publicar livros cristãos e Bíblias). Eis o nome das principais

Bíblias infantis encontradas no mercado:

Minha Bíblia, editora Mundo Cristão; Minha primeira Bíblia ilustrada, editora Luz para o

caminho; A Bíblia da criança, editora Vida; A Bíblia da garotada, editora Cristã Unida; Minha primeira

Bíblia, editora Melhoramentos.

Outros modelos de Bíblias.

Muitos não sabem, porém, existe no mercado brasileiro, alem das Bíblias convencionais, alguns

modelos interessantes de Bíblias que têm ajudado muito na propagação do Evangelho.

Bíblia em fita cassete: Ideal para quem não sabe ler ou quem sofre alguma espécie de deficiência na

visão. Pode ser encontrada nas grandes livrarias.

Bíblia em CD Rom: Com o crescimento da informática, seria muito natural e necessário, o surgimento de

uma Bíblia assim. O computador tem muita utilidade na igreja, na elaboração de apostilas de estudos,

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cartazes, cartas, etc. Com esta Bíblia, é muito fácil preparar estudos bíblicos apostilados. O grande

problema desta Bíblia é o alto custo.

Bíblia em braile: Não é muito comum encontrar este tipo de Bíblia, porém existe. Este modelo de Bíblia

é feito para que cegos possam ler com o tato das mãos.

Revista e Atualizada no Brasil.

Em 1948, com a organização da SBB, foi feita uma revisão aprofundada na tradução original de

Almeida dando origem a versão Revista e Atualizada no Brasil. Esta é a versão mais usada pelos

evangélicos no Brasil.

Corrigida.

Também teve sua origem em 1948. Com o surgimento da versão Revista e Atualizada no Brasil,

uma revisão mais superficial foi feita, mantendo o nome original, “Corrigida”. É muito comum também

esta versão nos dias atuais.

Revisada de Almeida.

Em 1967, a Imprensa Bíblica Brasileira, criada em 1940, publicou a sua Edição Revisada de

Almeida. Posteriormente, esta edição e reeditada com pequenas modificações. Esta versão e muito usada

pelas igrejas evangélicas históricas.

Linguagem de Hoje.

A Sociedade Bíblica do Brasil, em 1988, traduz para uma linguagem atual, a versão “Na

Linguagem de Hoje”. Muitos não concordam muito com esta tradução, todavia os simpatizantes são em

maior número. Algumas igrejas adotaram a linguagem de Hoje como oficial nos cultos.

Este tipo de Bíblia vem acompanhado com um vocabulário excelente, que torna a compreensão de

algumas palavras muito mais fácil para o leitor.

Edição Contemporânea.

Em 1990, A Editora Vida publicou a Edição Contemporânea de Almeida, eliminando arcaísmos

mas mantendo, dentro do possível, a excelência do original que lhe serviu de base. Todas as Bíblias

editadas pela editora Vida é nesta edição.

O Novo Testamento, Nova Versão Internacional (NVI).

Em 1993, com o patrocínio da Sociedade Bíblica Internacional, o Rev. Luiz Sayão, liderando um

grupo de tradutores, conclui a tradução mais recente (até o momento) do Novo Testamento. Este Novo

Testamento está sendo muito bem aceito pelas igrejas evangélicas, pois a linguagem é de fácil

compreensão e atual.

21 – CONCLUSÃO

Bibliologia é uma doutrina pouco discutida nas igrejas, muita coisa ainda poderia ser escrita sobre

a história da Bíblia, porém o que estudamos, já é uma boa base de informação. Mesmo assim, se você tem

interesse maior; procure outras fontes de informações, converse com pastores, leia livros que tratam do

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Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; Romanos 12.7

assunto, faça comparações deste estudo com outros, etc. Sempre se aprende algo novo e de maneira mais

clara.

Não é suficiente conhecer bem a historia da Bíblia. Muito melhor é conhecer o Deus da Bíblia. E

quando se conhece esse Deus, automaticamente, existe um interesse pela Bíblia. Portanto, (talvez alguém

não concorde comigo) se alguém afirma crer de coração que Deus enviou Jesus ao mundo para remissão

do pecado do homem, e ter aceitado Jesus em seu coração como Senhor e Salvador, e por outro lado, não

tem o hábito de ler a Bíblia no mínimo uma vez por dia, um tremendo ponto de? Deve ser colocado na

vida cristã desta pessoa.

Se você é um tipo de cristão assim, peça perdão ao Senhor. Dê maior valor a Palavra de Deus. Não pise

em cima de um trabalho tão bem planejado como é As Escrituras Sagradas.

22 – BIBLIOGRAFIA.

1. H. H. Halley, Manual Bíblico - Edições Vida Nova.

2. John Mein, A Bíblia e como chegou até nós - JUERP.

3. Raimundo de Oliveira, As Grandes Doutrinas da Bíblia - CPAD.

4. O. S. Boyer, Pequena Enciclopédia Bíblica - Editora Vida.

5. A. R. Buckland, Dicionário Bíblico Universal - Editora Vida.

6. Thompson, Bíblia Thompson - Editora Vida.

7. Stephen M. Miller & Robert V. Huber, A Bíblia e sua história – SBB.

8. Charles Caldwel Ryrie, Th.D, Ph.D, Bíblia Anotada – Editora Mundo Cristão.

9. Nicodemos de Souza, Coleção Ensino Teológico – CPAD.

Toda e qualquer apostila esta sempre sendo reformulada para melhor ensino do aluno.

Org.: Prof Jorge Albert: E- mail. [email protected] – 93-9115-0054.