bibliologia atual

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A E A D E P A R - A s s o c i a ç ã o E d u c a c i o n a l d a s A s s e m b l é i a s d e D e u s n o E s t a d o d o P a r a n á

I H A D EP - I n s t i t u t o B íb l i c o d a s A s s e m b l é i a s d e D e u s n o

E s t a d o d o P a r a n á A v . B r a s i l , S/ N ° - E l e t r o s u l - Cx . P os t a l2 4 8 8 5 9 8 0 - 0 0 0 - G u a l r a - PR l o n e / F a x : ( 4 4 ) 3 6 4 2 - 2 5 8 1 /

3 6 4 2 - 6 9 6 1 / 3 6 4 2 - 5 4 3 1 E - m a l l : i b a d e p q i B a e e p . c o m

s i t e : w H H . i b a d s a . t a m

DI GI TALI ZADO PCX

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Bibliologia

Pesquisado e adaptado pela EquipeRedatorial para Curso exclusivo do IBADEP: InstitutoBíblico das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deusdo Estado do Paraná,

Com auxílio de adaptação e esboço devários ensinadores.

5a Edição - Fe vere iro/ 200 7

Todos os direi tos reservados ao IBADEP

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Diretorias

CIEADEP Pr. José Pimentel de Carvalho - Presidente de HonraPr. Israel Sodré - PresidentePr. José Anunc iação dos Santos - I o Vice -Pres ident ePr. Moisés Lacour - 2o Vice-PresidentePr. Ival The od oro da Silva - I o Secr etári oPr. Samuel Azevedo dos Santos - 2o Secretário

Pr. Simão Bilek - I o Tes ou re iroPr. Mirislan Douglas Scheffel - 2o Tesoureiro

AEADEPAR- Conselho DeliberativoPr. Israel Sodré - PresidentePr. Ival Teodoro da Silva - RelatorPr. José Anunciação dos Santos - Membro

Pr. Moisés Lacour - MembroPr. Samuel Azevedo dos Santos - MembroPr. Simão Bilek - MembroPr. Mirislan Douglas Scheffel - MembroPr. José Carlos Correia - MembroPr. Perci Fontoura - Membro

AEADEPAR - Conselho de AdministraçãoPr. José Polini - PresidentePr. Robson José Bri to - Vice-PresidentePr. Mo ysés Ramos - I o Sec ret árioPr. Hercílio Tenório de Barros - 2o SecretárioPr. Edilson dos Santos Sique ira - I o Tes ou re iroPr. Luiz Carlos Firmino - 2o Tesoureiro

IBADEP Pr. Hércules Carvalho Denobi - Coord. Administrat ivoPr. José Carlos Teodoro Delf ino - Coord. Financeiro

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Cremos

1) Em um só Deus, ete rn am ent e sub sis ten te emtrês pessoas: O Pai, Filho e o Espírito Santo. (Dt6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).

2 ) Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, únicaregra infalível de fé normativa para a vida e ocaráter cristão (2Tm 3.14-17).

3) Na concepção virginal de Jesus, em sua mortevicária e expiatória, em sua ressurreiçãocorporal dentre os mortos e sua ascensãovitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).

4) Na pecaminosidade do homem que o desti tuiuda glória de Deus, e que somente oarrependimento e a fé na obra expiatória eredentora de Jesus Cristo é que pode restaurá-lo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19).

5) Na necessid ade absoluta do novo nasc imentopela fé em Cristo e pelo pod er atu ant e doEspírito Santo e da Palavra de Deus, para tornaro homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8).

6 ) No perdão dos pecados, na salvação presente e

perfeita e na eterna justificação da almarecebidos gra tuit ame nte de Deus pela fé nosacrifício efetuado por Jesus Cristo em nossofavor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25;5.9).

7) No bati smo bíblico efet uad o por imersã o docorpo intei ro uma só vez em águas, em nome doPai, do Filho e do Espírito Santo, conforme•determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm6.1-6 e Cl 2.12).

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a) Bem arejado e com boa iluminação (depreferência, que a luz venha da esquerda);

b) Isolado da circulação de pessoas;c) Longe de sons de rádio, televisão e conversas.

Dispos ição :

Tudo o que fazemos por opção alcança bonsresultados. Por isso adquira o hábito de estudarvoluntar iamente, sem imposições. Conscient ize-se

da importância dos itens abaixo:a) Estabelecer um horário de estudo extraclasse,

dividindo-se entre as disciplinas do currículo(dispense mais tempo às matérias em quetiver maior dificuldade);

b) Reservar, diariamente, algum tempo paradescanso e lazer. Assim, quando estudar,estará desligado de outras atividades;

c) Concentrar-se no que está fazendo;

d) Adotar uma correta postura (sentar-se àmesa, tronco ereto), para evitar o cansaçofísico;

e) Não passar para outra lição antes de dominarbem o que estiver estudando;

f) Não abusar das capacidades físicas e mentais.Quando perceber que está cansado e o estudonão alcança mais um bom rendimento, façauma pausa para descansar.

Aprove i t amento das au las :

Cada disciplina apresenta característ icas próprias,envolvendo diferentes comportamentos, a saber:raciocínio, analogia, interpretação, aplicação ou

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simplesmente habilidades motoras. Todas, noentanto, exigem sua participação ativa. Paraalcançar melhor aproveitamento, procure:

a) Colaborar para a manutenção da disciplina nasala-de-aula ;

b) Participar ativamente das aulas, dandocolaborações espontâneas e perguntandoquando algo não lhe ficar bem claro;

c) Anotar as observações complementares domonitor em caderno apropriado.

d) Anotar datas de provas ou entrega detrabalhos.

E s t u d o e x t r a d a s s e :Observando as dicas dos itens 1 e 2, você deve:

a) Fazer diariamente as tarefas propostas;b) Rever os conteúdos do dia;

c) Preparar as aulas da semana seguinte. Seconstatar alguma dúvida, anote-a, e apresentaao monitor na aula seguinte. Procure nãodeixar suas dúvidas se acumulem.

d) Materiais que poderão ajudá-lo:

s Mais que uma versão ou tradução da BíbliaSagrada;

v' At las Bíbl ico;s Dicionário Bíblico;

/ Enciclopédia Bíblica;S Livros de Histórias Gerais e Bíblicas;s Um bom dicionário de Português;■/ Livros e apostilas que tratem do mesmo

assunto.

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e) Se o estudo for em grupo, tenha sempre emmente:

s A necessidade de dar a sua colaboraçãopessoal;

S O direito de todos os integrantes opinarem.

. Apr ove i t am ent o nas ava l i ações :

a) Revise toda a matéria antes da avaliação;

b) Permaneça calmo e seguro (você estudou!);

c) Concentre-se no que está fazendo;d) Não tenha pressa;

e) Leia atentamente todas as questões;

f) Resolva primeiro as questões mais acessíveis;

g) Havendo tempo, revise tudo antes de entregara prova.

Bom Desempenho!

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Abreviaturas

a . C. antes de Cristo.

ARA Almeida Revista e AtualizadaARC Almeida Revista e CorridaAT Antigo TestamentoBV Bíblia VivaBLH Bíblia na Linguagem de Hojec. Cerca de, aproximadamente,cap. capítulo; caps. - capítulos,

cf. confere, compare.d.Co depois de Cristo.e.g. por exemplo.Fig. Figurado.fig. figurado; figuradamente,gr . gregohb. hebraicoi.e. isto é.IBB Imprensa Bíblica BrasileiraKm Símbolo de quilometrolit. literal, literalmente.LXX Septuaginta (versão grega do AT)m Sím bo lo de metro.MSS manuscritosNT Novo TestamentoNVI Nova Versão Internacionalp. página.ref. referência; refs. - referênciasss . e os seg uin te s (isto é, os ve rsí cul os

consecutivos de um capítulo até o seu final.Por exemplo: IPe 2.1ss, significa IPe 2.1-25).

séc. século (s).v. versículo;vv. versículos,ver veja

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índice

Lição 1 - A B í b li a......................................................... 13

Lição 2 - 0 Cânon da B íb l i a ........................................ 41

Lição 3 - Inspiração B íb lic a ........................................ 69

Lição 4 - Revel ação Bíblica ........................................ 95

Lição 5 - Preservação e Trad ução B íb li c a .............. 125

Refe rênc ias Bib l io grá f ica s ........................................ 153

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Lição 1A Bíblia

"Cremos na inspiração divina e plena da Bíblia, bem como na sua infa libil idad e e ine rrâ nc ia1,

como única regra de fé normativa para a vida e o caráter cristão".

OO

oLeia (2Tm 3.14-17)

Nos primórdios da civil ização o homempara viver em grupo necessitou de normas queregulasse os seus direitos e deveres. Surge assim,após diversas experiências, a consti tuição que,transgredida, priva o cidadão dos bens maiores: avida, a liberdade, etc.

Semelhantemente no mundo espir i tual ,

Deus estabeleceu a Bíblia Sagrada como fonte devida. A Palavra de Deus liberta da escravidão dopecado os que vivem na mentira.

Horace Greeley assim define a importânciada Bíblia: "É imposs ível escravizar menta l ousocialmente um povo que lê a Bíbl ia”.

Os princípios bíblicos são os fundamentosda l iberdade humana: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos l ibertará" (Jo 8.32).

1 Que não pode er rar ; infa l ível . Não errante ; f ixo .

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0 conhecimento da Bíblia Sagrada postoem pratica, liberta o ser humano da escravidão dopecado, pois quem comete pecado é escravo do

pecado.Necessitamos da Bíblia, pois é alimento

espiritual para nós: " Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome me chamo, ó Senhor, Deus dos Exércitos" (Jr 15.16).

A Escritura é a segurança paracaminharmos no mundo de trevas: "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho" (SI 119.105). Muitos andam em trevas por nãoconhecerem a luz gloriosa de Deus.

A Bíblia é a maravilhosa biblioteca de Deuscom sessenta e seis livros. É acima de tudo averdade para o fatigado peregrino; é hábil, eficaz evigoroso cajado.

Para os sobrecarregados e oprimidos pelosfardos da vida, ela é suave descanso; para os queforam feridos pelos delitos e pecados, é um bálsamoconsolador. Aos afl i tos e desesperados, sussurrauma alegre mensagem de esperança.

Para os desamparados e arrastados pelastormentas da vida é uma âncora segura; para a

sol idão, é uma mão repousante [s ic]1 que acalma etranqüiliza suas mentes.O termo Bíblia não existe no texto das

Sagradas Escri turas . O vocábulo "Bíbl ia" s ignif icacoleção de livros pequenos e deriva da palavra"biblos" , nome dado pelos gregos à folha de papiropreparada para a escrita.

1 [La t "ass i m" . ] . Adv. Pa lavra que se posp õe a uma c i t ação , ouque nes ta se in te rca la , en t re pa rên teses ou en t re co lche tes ,pa ra ind ica r que o t ex to o r ig ina l é bem ass im, por e r rado oue s t r a n h o q u e p a r e ç a .

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A palavra portuguesa Bíblia vem do grego,bíblia, que é o plural de "bíblion", livros. A

expressão "Bíbl ia" foi apl icada às SagradasEscrituras por João Crisóstomo, patriarca deAlexandria. Trata-se de uma coleção de livrosperfeitamente harmônicos entre si .

Tais l ivros foram reunidos num só volumeatravés de um longo processo histórico divinamentedirigido: a sua can on i z ação ; isto é, o reverente,cri terioso e formal reconhecimento pela Igreja dosescritos divinamente inspirados do Antigo e do NovoTestamento.

Esse conjunto de escritos sagrados passoua denominar-se cânon ou escrituras canônicas.

A Bíblia é uma Dádiva de Deus

Deus, que antigamente falou "muitas vezes e de muitas maneiras aos pais" (Hb 1.1), queria quea sua Palavra não somente ficasse guardada peloshomens por meio da sua própria experiência comDeus e pela tradição falada, isto é, os pais contandoaos seus filhos, etc.

Deus ordenou a Moisés: "Escreva isto para a memória em um livro" (Êx 17.14). Ordem esta quefoi depois repetida durante 1.600 anos por um valoraproximado de 40 homens inspirados por Deus, eassim surgiu: "O livro de Deus" (Is 34.16), a"Palavra de Deus" (Ef 6.17; Mc 7.13), "As Santas Escri turas" (Rm 1.2), que nós chamamos de Bíblia.

Os que escreveram os livros da Bíbliareceberam as mensagens de diferentes maneiras. Às

vezes Deus disse: "Escreve num livro todas as palavras que eu tenho dito" (Jr 30.2; 36.2; Hc2.1,2). Muitas vezes os autores escreveram: "Veio a mim a palavra de Deus" (Jr 1.4), "palavras da vida

para no-las dar" (At 7.38).

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Isaías menciona 120 vezes o que o Senhorlhe fala; Jeremias 430; e Ezequiel 329 vezes. Outrosregistram acontecimentos como se escreve história

(Ex 17.14 etc.).Uns examinaram minuciosamente sobre oque deveriam escrever (Lc 1.3); outros receberam amensagem por revelação (At 22.14-17; Gl 1.11,12,15,16; Ef 3.1-8; Dn 10.1), sonhos e visões (Dn 7.1;Ez 1.1, 2Co 12.1-3). Mas, escreveram o quereceberam pela inspiração do Espíri to Santo epodiam dizer: "O que recebi do Senhor também vos entreguei" (ICo 11.23; 15.3).

As Escrituras produz resultados práticosindiscutíveis; têm influenciado civil izações,transformado vidas e trazido luz, inspiração,conforto a milhões de pessoas. Nelas podemosconfiar a orientação integral de nossa vida e extrairos fundamentos do bem-estar e l iberdade humana. O

Senhor as estabeleceu como: regra, bússola,alimento e fonte de bênçãos para a vida do crente.

Autenticidade Bíblica J A autenticidade da Bíblia é fundamentada

na infalibilidade e inerrância. Os atributos dadivindade são por ela revelados. Ela é autêntica emtudo, pois o próprio Deus é o seu autor, o EspíritoSanto, o seu inspirador. Nela são autênticos einerrantes as revelações e os fatos narrados.

O racionalismo se opõe vorazmente contraa autenticidade, infalibil idade e a autoridade daBíblia. O ateísmo, assim como o racionalismo, jamaispoderá ofuscar a autenticidade das Escrituras. O

problema do ateu em não querer aceitar a Bíbliacomo Palavra de Deus está na forma como ele secomporta ao ler as Escrituras, pelo fato de nãoquerer observar o que ela realmente esta dizendo.

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Uma das principais afirmações daautenticidade da Bíblia é sustentada por Jesus,quando diz aos judeus que as Escrituras dão

testemunho dEle (Jo 5.39).As Escrituras revela sua autenticidade à

menção de Jesus ao profeta Jonas, cujo livro foiescrito aproximadamente 790 anos antes de Cristo.Jesus afirma que Jonas esteve no ventre do grandepeixe por três dias e três noites e que o profetapregou aos ninivitas.

Portanto, tentar obscurecer a inerrânciadas Escrituras é no mínimo um ato grotesco! OSenhor Jesus Cristo confirmou a sua veracidade:"Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade" (Jo 17.17).

Verificação \/

O Antigo Testamento declara-se escr i to sobinspiração especial de Deus. A expressão "Deus d i s se” ou "disse Deus" - como forte indicador dacha nce la1 divina nos escr i tos sagrados é usada maisde 2.600 vezes na Bíblia. A Lei, os Salmos, osProfetas, os Evangelhos, as Epístolas, o Apocalipse -Antigo e Novo Testamento receberam de Deus sua

inspiração.O Novo Testamento cita as leis antigas eas menciona com harmonia. Por isso há umadiferença insondável entre a Bíblia e qualquer outrolivro. Essa diferença deve-se à origem, à forma e àorganização da Bíblia.

Escrita por um valor aproximado dequarenta autores, num período de mais ou menos1.600 anos, abrangendo uma variedade de tópicos, a

1 Marca ou s ina l que merece conf iança e , por tan to , f az ace i t a rcomo boa uma a f i rmação , r e fe rênc ia , e t c .

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Bíblia demonstra uma unidade de tema e propósitoque só é possível explicar, considerando que há umamente diretriz, uma única fonte inspiradora.

Quantos l ivros suportam sucessivasleituras? A Bíblia pode ser lida todos os dias e todasas horas da vida. Tem o seu lugar reservado emmuitas bibliotecas do mundo, em centenas demilhares de casas e no coração do homem.

A Bíblia está traduzida em milhares deidiomas e dialetos e é lida em todos os países domundo. O tempo não à afeta. É um dos livros maisantigo do mundo e ao mesmo tempo moderno.

As defesas intelectuais da Bíblia têm o seulugar, mas, o melhor argumento é o prático.

Como as Escrituras Chegaram Até Nós -J

A história de como a Bíblia chegou até nós,na forma em que a conhecemos, é longa efascinante. Começa com os manuscritos originais ou"autógrafos", como são às vezes chamados. Textosoriginais foram escritos por homens movidos peloEspírito Santo (2Tm 3.16; 2Pe 1.20,21).

Cét icos 1 declaram que Moisés não poderiater escrito a primeira parte da Bíblia porque a escrita

era desconhecida na época (1500 a.C.). A ciência daar qu eo lo gi a2 provou des de e ntão que a escrita já eraconhecida milhares de anos antes dos dias deMoisés.

Os sumérios já escreviam cerca de 4000a.C., e os egípcios e babilônios quase nessa mesmaépoca.

1 Que duv ida de tudo ; desc ren te .2 O e s t u d o c i e n t í f i c o d o p a s s a d o d a h u m a n i d a d e , m e d i a n t e o st e s t e m u n h o s m a t e r i a i s q u e d e l e s u b s i s t e m .

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Divisão e Classificação s/ As Escrituras formam uma unidade

perfeita. A palavra Bíblia significa: conjunto de livrose neste aspecto, forma o Livro dos livros, por setratar da revelação de Deus aos homens.

Por causa de sua perfeita unidade, a Bíbliaé uma biblioteca e um livro ao mesmo tempo. Possuivários nomes em seu próprio conteúdo, a saber:Escritura (Mt 21.42); Sagradas Escrituras (Rm 1.2);

Livro do Senhor (Is 34.16); A Palavra de Deus (Mc7.13); A Lei e os Profetas (Js 1.7,8; Ne 8.3,4,18);Oráculos de Deus (ARA Rm 3.2; Hb 5.12), etc.

A Bíblia é dividida em Antigo e NovoTestamento, com um total de 66 livros. Uma divisãodetalhada pode ser visualizada no quadro logoabaixo:

AT NT 1 "

N° Livros 39 27 66N° Capítulos 929 260 1.189N° Versículos 23.214 7.959 31.173Livro Central Pv 2Ts Mq e NaCapítulo Central Jó 29 Rm 13 e 14 SI 117

Livro Mínimo Ob 3Jo 3JoVersículo Mínimo Êx 20.13

Dt 5.17 Jo 11.35 Êx 20.13Dt 5.17

Os livros das Escrituras estão classificadospor assunto, sem ordem cronológica. O Antigo e oNovo Testamento se dividem em 4 partes.

Ant igo Tes t ame n to :I a) Lei. Os cincos primeiros livros da Bíblia,

chamados de O Pentateuco, traz a revelaçãoda criação e mostram todo o cuidado de

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Deus "em m an if es ta r a lei, cód igo dedisciplina espiritual, civil e moral para seu

povo.2a ) Hist óri a. Do livro de Josué ao de Ester, é

formado um conjunto de doze livros, que nostraz a história do Povo de Deus (Israel) emsuas diversas fases ou períodos, após oestabelecimento em Canaã.

3 a ) Poesia . De Jó a Cantares de Salomão,encontramos a poesia bíblica, em forma derevelação, adoração e conhecimento deDeus.

4 a) Pro fec ia: De Isaías até Malaquias, temos arevelação profética, que dividida em:a) Profetas Maiores - Isaías à Daniel;

b) Profetas Menores - Oséias à Malaquias.

Novo Te s t amen to :

I a) Biogr afia . O NT se inicia com os quatrosEvangelhos t razendo-nos a vida maravi lhosade Jesus Cristo. Três deles formam umparalelismo no Ministério de Cristo e sãochama dos Sinó ptic os 1.

2a ) Hist ória . A história do Novo Testamento é ahistória da Igreja, revelada em Atos dosApóstolos.

3 a) Dou tr ina . As Epístolas ou Cartas, deRomanos a Judas, mostra de maneiraesclarecedora todos os mandamentos do

Senhor Jesus Cristo à sua Igreja.

1 Os Evangelhos de S . Mateus , S . Marcos e S . Lucas , ass imc h a m a d o s p o r q u e p e r m i t e u m a v i s t a d e c o n j u n t o , d a d a as e m e l h a n ç a d e s u a s v e r s õ e s .

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4 a) Prof ecia. No Apocalipse, Deus revela oencerrar de todas as coisas sobre a égide1deum Senhor Soberano Eterno, Glorioso erevela manifestação pessoal de Jesus Cristoe sua vitória final.

Valor Espiritual das Escrituras

"O Valor da Palavra de Deus é inestimável! m »Seu valor excede a todas as coisas. O valor ,

espir i tual está naquilo que é" .

Os seres humanos têm experimentado ovalor da Palavra de Deus em suas vidas. Pessoasda nt es 2 materialistas , céticas, indi ferentes, al ienad ase pá ria s3 da Sociedad e, en co ntr ara m com a Palavra

de Deus foram transformadas, abençoadas,vivificadas (Ef 2.1) e valorizadas.

Seu valor como Livro:

Qual o valor de um livro, capa, volume,acabamento? Ou conteúdo? A Bíblia não é um merolivro, e sim "O Livro de Valor", seu conteúdo

ultrapassa todos os l imites do homem, suas palavrasvieram do céu (SI 119.89). São palavras queproduzem vida (Jo 6.63).

Desde o princípio Deus estabeleceu quesuas Palavras fossem escritas em um livro (Êx17.14). Havia em Israel outros livros, principalmenteo livro histórico dos Reis (2Cr 35.27). Entretanto olivro que trouxe avivamento em Judá foi o Livro doSenhor (2Rs 23.2,3), no tempo do Rei Josias.

1 E s c u d o ; d e f e s a , p r o t e ç ã o . A b r i g o , a m p a r o , a r r i m o .2 A n t e s , a n t e r i o r m e n t e .3 Fig . Homem exc lu ído da soc iedade .

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Ao retornarem do cativeiro, os poucos judeus que vieram a Jerusalém fizeram um grandeajuntamento na praça (Ne 8.3), onde Esdras, o

Sacerdote, trouxe o livro de Deus e abriu diante dopovo (Ne 8.5), o que trouxe um grandedespertamento para o povo de Deus (Ne 8.17).

Nos dias do profeta Jer emi as, Deusordenou que sua Palavra fosse escrita num livro (Jr36.2), e fossem lidas diante do povo (Jr 36.6).

Daniel descobriu o número de anos docativeiro pelos livros (Dn 9.2), certamente o livrodos profetas, e começou a orar para a libertação dopovo do cativeiro (Dn 9.3).

O Senhor Jesus Cristo deu importância evalor ao livro divino, em Nazaré, foi à sinagoga e leuo livro do profeta Isafas aos ouvidos do povo (Lc4 .17) , r a t i f i cando1 o va lo r e o cumpr imento daprofecia (Lc 4.21).

Deus, na sua sabedoria, proporcionou umacoleção de livros para o seu povo em todo o mundo:A Bíblia (Jo 21.25).

^ Seu valo r com o Ali me nt o:Como o corpo físico precisa do alimento,

nosso espíri to e alma necessita m do alime nto

espiritual (Dt 8.3). Este é o princípio estabelecidopor Deus para o seu povo valorizar a Palavra comoalimento.

O próprio Sen hor Jesus confir mou aPalavra do Pai, dian te de Satan ás (Mt 4.4). "Nem sóde pão...".

A Palavra de Deus, como alime ntoespiritual, é comparada ao:

1 C o n f i r m a n d o a u t e n t i c a m e n t e , v a l i d a n d o ( o q u e j á f o r ap r o m e t i d o ) .

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s Mel - O Salmo 19.10b nos apresenta a Palavra"mais doce do que o mel", ele fala do saborespiritual da Bíblia, o mel é um alimentocompleto.

s Leite - O primeiro alimento do recém-nascido étambém indicado para aqueles que iniciam na fécristã (Hb 5.13).

O escritor aos Hebreus fala de crentes quecom o tempo de vida cristã já deveriam provar

alimentos sólidos, entretanto ainda precisam de leite(Hb 5.12). Toda doutrina, e os primeiros rudimentos1da Palavra de Deus, são como leite espiritual para osque nasceram de novo (Jo 3.3). Alimento sólido épara aqueles que superaram a infância espiri tual .

Seu valor como Guia:

Segundo o dicionário, a palavra guia,dentre outras coisas significa, caderno ou livro, quecontém indicações úteis acerca de lugares, horários,roteiros, etc.

Ao examinarmos as Escrituras,encontramos o fiel e perfeito roteiro de Deus queajuda-nos alcançar: uma vida plena em Suapresença e um caminho certo para chegarmos àsmansões celestiais (Jo 14.6).

Quando Deus retirou o povo de Israel doEgito, para orientá-los acerca de sua vontade, deu-lhes a Lei, que consistia em um guia espiritual,moral e pessoal para cada família de Israel (Dt4.5,6).

A Bíblia é o livro por excelência que nos

leva a salvação (At 4.12), nos conduz a uma vida devitória (Rm 8.37), nos ensina a cerca da vida,

1 Elemento in ic ia l ; p r inc íp io , começo ; e sboço : P r imei ras noções ;p r i n c í p i o s :

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orienta-nos diante das circunstâncias boas ou ruins(Lc 12.22-34).

Consti tui-se num guia perfeito para asfamílias, colocando a ordem de Deus em nossasvidas (Ef 6.1-4); orienta empregados (Ef 6.5-8),patrões (Ef 6.9) e muitos outros assuntos.

A Bíblia orienta-nos quando não sabemoscomo fazer (ICo 10.23) e ensina-nos acerca davontade de Deus para com nossas vidas (Ef 5.17,18).

^ S eu v al or E sp ir it ua l:Os dias de hoje é marcado por uma

verdadeira corrida ao mundo espiri tual . Cremos serum dos sinais da vinda de Cristo. Cabe à Igreja doSenhor aprove ita r e ste momento e d i s sem inar1 aPalavra de Deus, só ela tem valor espiritual paraestes dias de crise.

O Valor espiritual da Bíblia consiste em serAlimento do espírito (Rm 7.22), pão que desceu docéu e que produz vida (Jo 6.58).

Nestes dias de indefinições para muitos aBíblia viva e eficaz é como espada que penetra até adivisão da alma e espíri to discernindo todas ascoisas (Hb 4.12).

Test i f ica com nosso espír i to confirmandonossa posição em Cristo (Rm 8.16). Ela produz fénos corações (Rm 10.17), estimula a crer naspromessas de Deus, e mostra um Senhor fiel ecumpridor de suas palavras (Hb 10.23).

O livro dos Salmos registra algoimportante acerca do mundo espiritual (SI 89.48).Este versículo fala do poder do mundo invisível, e

pergunta: "Quem livra a sua alma?".

1 S e m e a r o u e s p a l h a r p o r m u i t a s p a r t e s : D i f u n d i r, d i v u l g a r,p ropagar ; e spa lha r :

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Devemos estar sempre ligados no poder daoração, da fé, do nome de Jesus (Mc 16.17), que nosdá vitória sobre este mundo maligno (Ef 6.12).

Para muitos a Bíblia não valor algum (ICo2.14). Mas o homem espiritual, aquele cujos olhosestão abertos, pode discernir o valor precioso dasEscri turas (ICo 2.15,16).

Apenas o Espírito Santo pode nos levar acompreender o valor espiritual da Palavra de Deus.Jesus declarou acerca disso em João 14.26, Dizendo:"Ele vos ensinará todas as coisas".

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Questionário

Assinale com "X" as al ternativas corretas

1. A expressão "Bíb lia" foi aplicada às SagradasEscrituras pora)[U João, o apóstolob ) 0 João Batistac ) D João Calvino

d ) H J o ã o Crisóstomo

2. Profeta que Jesus fez menção para confirmar aautenticidade das Escriturasa ) 0 Jonasb)[U Danielc ) D Miquéiasd )D N a um

3. Quanto às divisões do AT, é incerto dizer que:a) IZ] A 4a parte são os livros proféticos divididos

em: Profetas Maiores e Menoresb ) D A 3a parte são os livros que vão de Jó até

Cantares de Salomão denominados poéticosc ) 0 A 2a parte são os livros históricos que trazem

a revelação da criaçãod ) D A I a parte é a Lei, que são os cincos pr imeiros

livros da Bíblia, chamados de: O Pentateuco

^ Marque "C" para Certo e "E" para Errado

4.ET1 A arqueologia provou que a escrita não eraconhecida antes dos dias de Moisés

5.1C71 A Palavra de Deus, como alimento espir itual , écomparada ao mel e ao leite

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Unidade SingularA Bíblia em sua perfeita unidade, só pode

ser explicada como um perfeito milagre de Deus. Amaneira como foi escri ta sob diversas circunstânciase tudo com perfeição uniforme em mensagem econteúdo; só pode ser considerada como, um livrodivino!

Ninguém sabe como estes 66 livrosdivinos se encontram num só volume, isto é obra deDeus. Qualquer outra obra literária nascircunstâncias da Bíblia seria como uma verdadeiraBabel (confusão).

Num período de quase 16 séculos, osescri tores inspirados, vivendo sob diversascircunstâncias e em lugares distintos e distantes(três continentes) , escrevendo em duas principais

l ínguas, t rouxeram-nos a revelação de Deus - ABíb l i a .

A d ive r s idade de e sc r i t o re s :Deus usou para escrever sua Palavra,

homens de at ividades variadas, razão queencontramos os mais diversos t ipos de l inguagem na

Bíblia. Abaixo segue alguns exemplos de escri toresbíblicos com suas respectivas ocupações:

Nome Profissão/Ocupação ReferênciasMoisés Cientista

. . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . j At 7.22

Josué Soldado Ex 17.9Davi Pastor de ovelhas e Rei 2Sm 7.8; 8.15

Salomão Rei e poeta Ec 1.12Isaías Estadista e profeta Is 6.8Daniel Ministro do rei Dn 2.49Zacarias Profeta Zc 1.1Jeremias Profeta Jr 1.5

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Amós Boiadeiro e cult ivador Am 7.14,15Ped ro Pescador Mt 4.18Tiago Pescador Mt 4.21

João Pescador Lc 5.10Paulo Doutor da lei At 22.3

Muitos outros homens foram usados porDeus para revelar-nos sua Palavra. Apesar dadiversidade de at ividades, ao examinarmos osescri tos destes homens, observamos como eles se

completam.Na verdade não foram escritos muitos

livros, mais sim um só livro, a maravilhosa Palavrade Deus (SI 119.152).

^ A d iv e rs i da d e de co n di çõ e s:O Deus Soberano permitiu que sua Palavra

fosse escri ta em diversas condições, certamentepara nos mostrar hoje, que Ele está no controle detudo.

Por exemplo, a Bíblia foi escrita:s Na cidade;s Nos desertos como Elias ( lRs 19.4,5);s Nas ilhas como João escreveu (Ap 1.9);s Nas prisões como Paulo escreveu (Fm 1.1).

Entretanto a mensagem é uma só: "Como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais, até ser dia perfei to" (Pv 4.18), esta perfeição é exclusiva nolivro divino - A Bíblia Sagrada.

A d ive r s idade de c i r cuns t ânc ia s :Desencontradas foram às circunstânciasem que foram escritos os livros da Bíblia. Davi,homem segundo o coração de Deus, escreveu, porexemplo, o Salmo 24, quando trazia a arca de Deus

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à Jerusalém. Salomão certamente escreveu natranqüil idade do palácio ( lRs 4.32-34). Josuéescreveu após grandes conquistas (Js 24.26).

Apesa r da diversida de de si tuaçõe s, amensagem, a doutrina e o tema central são um só.

e Autor da Bíblia:Nenhum homem, ímpio, justo, piedoso ou

mesmo judeu, seria o autor da Bíblia. Certamenteestes homens não fariam um livro que falasse dosseus fracassos, derrotas, pecados, idolatr ias erebeliões contra Deus.

Deus, verdadeiramente é o autor destelivro maravilhoso e infalível que revela a salvação,libertação e transformação do homem em uma novacriatura (2Co 5.17).

As evid ênc ias confi rmam o efeito e a

influência da Bíblia em pessoas e nações. A Palavrade Deus tem influenciado e melhorado o mundo, pelocaráter que molda na vida das pessoas.

Muitos dantes incrédulos, indiferentes,viciados, idólatras, superst icios os, que aceitarameste livro, foram por ele transformados, salvos,libertos e santificados. Nenhum outro livro tem

poder de transformar pessoas, lares e nações (At19.18-19), como a Palavra de Deus.

A Mensagem das Escrituras

Deus na sua presciência estabeleceu suaPalavra, de modo que ela abrange o passado, o

presente e o futuro.As necessidades dos homens durante todoo tempo, tem sido as mesmas durante sua existênciana terra. Somente uma palavra atual, poderia supriras necessidades humanas.

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Em Hebreus 4.12, diz que a Palavra deDeus "é viva e eficaz " , sua men sag em , seu poder, secumpre a cada dia na vida daqueles que a buscamcomo verdadeiro refúgio em dia de tempestade (cf.Is 32.2).

1. Apr ese nta Deus como cr iad or e Senh or de tudo.As Escrituras testificam da existência de

Deus e tudo o que Ele fez, faz e fará. Toda a criaçãoestá sujeita a Ele e depende dEle.

O Eterno converge todas as coisas para asua glória e alegria do seu povo. Vários textosconfirmam estes fatos: Gênesis 1.1; Salmos 95.6;104.30; Isaías 40.26; Efésios 3.9; Apocalipse 10.6.

2. Apresenta sem reserva a verdade e a realidade do pecado.

Nenhum outro livro tem o poder de revelaro pecado e seu caráter maligno como a Bíblia. Elanão filosofa sobre o pecado, mas trata-o com clarezae o expõe sem qualquer reserva, como uma dívidado homem contraída com Deus (Rm 1.18-32; 3.23;5.12).

3. Apresenta o plano de salvação para o homem.

As religiões intentam salvar o homempelos seus próprios méritos; entretanto, a salvaçãosó é possível através da solução única apresentadana Bíblia.

A redenção humana foi planejada no céupelo Pai, consumada na terra pelo Filho e é oferecidapelo Espírito Santo (Tt 3.5).

Só Deus através de sua poderosa Palavra,mediante o sangue remidor de seu Filho poderesgatar o homem da perdição eterna (At 4.12; Lc19.10).

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4. A Bíblia tem mensagem para os nossos dias.A Bíblia define os dias de hoje como: dias

maus (Ef 5.16), de aflições, tempos trabalhosos.

Tem os visto o clam or do povo e até me smo daIgreja, face aos acontecimentos mundiais.

A primeira grande mensagem da Bíbliapara nós é sobre a fé. A Bíblia é um livro de fé e emsuas páginas temos lições de fé. A fé bíblica dissipatodas as coisas: incertezas, dúv idas, temor es,angústias, depressões, num mundo onde as pessoas

andam tateando. A fé vê o invisível (Hb 11.27).Quando muitos estão caindo e se prostrando diantedas situações, os que têm fé estão de pé (2Co 1.24).

Onde encontrar fé num mundo deincredulidade? Na Palavra de Deus!

Outra grande mensagem bíblica para osdias atuais é a mensagem de revestimento

espiritual. Muitas pessoas têm fé, entretanto nãoestão revestidas.O apóstolo Paulo afirma em Efésios 6.13:

"Portanto tomai toda a armadura de Deus". Fé semrevestimento nos traz decepções. Todos os homensde fé que a Bíblia registra, precisaram dorevestimento de Deus para a peleja (At 7.55).

O mundo atual é um mundo vazio. Sãocorações vazios de Deus, e muitas vezes, cheios dodiabo. Diz em Romanos 13.14, " Mas revesti-vos do Sen hor Jesu s Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscê ncias" .

A fé e o revestimento do Espírito Santo,portanto, são duas grandes necessidades. Jesusdisse aos discípulos " Quando, porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?" (Lc 18.8).Não esqueça o revestimento que Deus tem para dar(lTs 5.8).

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5. A Bíblia tem esperança para nossos dias.Uma outra grande mensagem da Bíblia

para nossos dias é sobre a esperança. Deus é Deus

de esperança (Rm 15.13), e gostaria que seus filhosfossem cheios de esperança.Vemos, porém o contrário, vidas

desesperadas, sem Deus, estranhos a tudo que éespiritual (Ef 2.12). Esperança é uma dádiva deDeus, que nem todos conhecem.

Jeremias, o profeta das lágrimas disse:

"Bom é ter esperança, e aguardar em si lêncio a salvação do Senhor" (Lm 3.26).Esperança é motivo de alegria na vida

daqueles que a têm. A esperança produz uma sériede bênçãos (Jr 17.7,8). O mundo necessita demensagens de esperança. Sem ela o mundo temvivido em constantes sofr imentos ( lTs 4 .13) .

Cabe, portanto à Igreja, portadora dessamensagem, divulgá-la com todos os recursospossíveis, pois esperança é uma das virtudes quepermanecem (ICo 13.13); é algo que incentiva aviver na presença de Deus, esperança para os salvosé vida, é regeneração. Fomos regenerados para umaviva esperança (IPe 1.3).

Esperança precisa ser explicada àquelesque procuram saber sua razão de viver.A esperança dos salvos tem uma razão

(IPe 3.15), que leva-nos a viver uma vida desantif icação na presença do Senhor, esperando-o acada dia ( lJo 3.3), pacientemente como o lavradorespera pelos frutos.

Finalizando, podemos entender que a vidaeterna em Cristo Jesus, torna-se o maior resultadode esperança na vida do cristão (Tt 1.2).

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6. A Bíblia tem salvação para os nossos dias.O que mais precisa o mundo moderno?

Temos uma visão que em quase todas as áreas davida humana tem havido progresso tecnológico,científico e humano. Entretanto, na área moral,pessoal, social, familiar e outras, o homem necessitade salvação. E salvação é com a Palavra de Deus.

Não vamos encontrar outro livro que nosmostre de maneira tão simples e clara tudo o queprecisamos para nos tornar salvos.

A Bíblia nos mostra que a salvação é umato de fé (Ef 2.8), da parte do homem, e um ato dagraça partido de Deus. Em suma, o homem por meioda fé, Deus o encontra com a graça (At 16.31).

Precisamos test if icar àqueles que estãopróximo de nós que a salvação é necessária nos diasde hoje. Salvação é uma palavra abrangente, poisquando somos salvos, sentimo-nos seguros em Deus(SI 91.1) de todo o poder do pecado contra nossasvidas (Rm 6.14), somos resgatados acima de tudodas garras do diabo.

Em Atos 26.18, diz que o Senhor Jesus noslivrou do poder de Satanás, e nos converteu a Deus.Tal experiência tem acontecido hoje, em nossos diascom milhares de vidas, que, dantes presas, agoralibertas em Cristo Jesus, foram livres do presenteséculo mal, segundo a vontade de Deus, nosso Pai(Gl 1.4).

7. Salvação abrange também o futuro.A Bíblia nos fala sobre a ira vindoura,

quando Deus julgará os atos dos homens dissolutose maus que desprezam sua salvação em Cristo (Rm2.5), e salvando de maneira gloriosa e poderosa,todos aqueles que em Cristo fizeram confissão desua fé em Deus (Rm 10.10).

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Esta salvação final é descrita na carta aosRomanos, capítulo 8 quando Paulo diz: Porquesabemos que toda a criação geme e está juntamente

com dores de parto até agora, e continuando afirmaque não somente a criação, mas todos nós quetemos as primícias do Espíri to, também gememosesperando a redenção do nosso corpo.

Esta red enção final se dará noarreba tame nto da Igreja, quando seremostran sfo rm ado s à seme lhan ça do corpo de Jesus (Fp

3.21), e estaremos para sempre como o Senhor.

8. A Bíblia tem santificação para nossos dias.A santificação bíblica é um dos aspectos de

nossa salvação em Jesus Cristo. É descrita na Bíblianão como um mandamento apenas, mas sim como avontade de Deus ( lTs 4.3). Santif icação tem estado

nos propósitos eternos de Deus.Paulo afirma em Efésios 1.4, que antes da

fun daçã o do mundo, Deus planejou nossasantificação. Santificação é coisa tão séria, que oescritor aos Hebreus escreve numa linguagem clara efácil: "Sem santif icação, ninguém verá o Senhor" (Hb12.14).

Assim sendo, quando o povo de Deus sereúne, Deus nos vê como uma congregação desantificados, que desejam cada dia mais e mais deseu Pai Celestial (Mt 6.9). A vida do povo de Deus éuma vida de santificados, pois a todo o momentoesperam a volta do Senhor Jesus (Fp 4.5).

Infel izmente, hoje, muitos têm desprezado

a santificação. Cremos ser isto uma investida doinimigo na vida do povo de Deus. A falta desantificação muito tem atrapalhado a operação deDeus no meio do seu povo (Js 3.5).

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A santificação começa no interior docrente. É obra do Espírito Santo, que deseja nospreparar a cada dia para o arrebatamento da Igreja

( lTs 5 .23) .

A Inerrância das Escrituras

Inerrância não significa que os escritoreseram infalíveis, mas que seus escritos forampreservados de erros. Inerrância significa que a

verdade é transmitida em palavras entendidas nosentido que foram empregadas, não expressava erroalgum.

O conceito de inerrância das Escriturascontraria alguns crí t icos modernos que não aceitama infalibilidade das Escrituras. Tais críticos julgamhaver erros nas Escrituras em razão de encontrarem

nelas palavras divinas e humanas.Para nós que cremos na inspiração plenadas Escri turas estamos convictos que as dif iculdadesnela encontradas não representam erros e,geralmente, são explicadas pelos textos paralelosencontrados em toda a Bíblia.

A verdade divina revelada nas Escrituras éapresentada de modo explícito, certo e transparente.0 ensino genuíno das Escrituras não temdiscrepâncias1 doutr inár ias; é único em todo omundo e adaptável a qualquer cultura (Jo 17.17; lRs17.24; SI 119.142,151; Pv 22.21).

A infa l ib i l idade das Escr i tu ras .As Escrituras é a infalível Palavra de Deus.

A sua infalibilidade tem sido alvo de muitacontestação, especialmente entre os chamados"racionalistas" que idolatram a razão humana, sem

1 D e s a c o r d o s , d i v e rg ê n c i a s , d i s c ó r d i a s .

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perceberem que ela é falha, afirmam que oracionalismo científ ico, com seus métodos de estudoe pesquisa, será capaz de analisar e responder todas

as indagações do homem. Porém, sãocompletamente l imitados quando anal isam coisasespirituais, além da matéria.

A ciência é incapaz de estudar elementosque não são pesados ou medidos, como a almahumana. Portanto, o poder sobrenatural dasEscrituras não pode ser analisado em laboratório,porque se refere a algo espiritual.

A autor idade d iv ina e humana das Escr i tu ras .Indiscutivelmente a Bíblia tem dupla

autoridade. A autoridade divina é demonstrada pelainfalibilidade das Escrituras, uma vez que elas têmorigem em Deus e é a expressão de sua mente.

A autoridade humana é reconhecida pelofato de Deus ter escolhido pelo menos 40 homens,os quais receberam a sua Palavra e a transmitiramna forma escrita.

Teorias Evangélicas de Inerrância

P o s i ç ã o : Ine rr ância Li mit adaf P r o p o n e n t e : Daniel Fuller, Stephen Davis e

William Lasor.^ F o r m u l a ç ã o d o c o n c e i t o :

A Bíblia é inerrante somente em seus ensinosdoutrinários salvíficos. A Bíblia não foi criada

para ensinar ciência ou história, nem Deusrevelou questões de histórias a compreensão dasua cultura e, portanto, pode conter erros.

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P o s i ç ã o : Inerrância Plena

t P r o p o n e n t e : Harold Lindsell , Roger Nicole eMillard Erickson.F o r m u l a ç ã o d o c o n c e i t o :

A Bíblia é plenamente veraz em tudo o que ensinae afirma. Isso se estende tanto à área da históriaquanto da ciência. Não significa que a Bíblia temo propósito primário de apresentar informaçõesexatas acerca de história e ciência. Portanto, ouso de expressões populares, aproximações el inguagens fenomênicas são reconhecidos eentendidos no sentido de cumprir com o requisitoda veracidade. Assim sendo, as aparentesdiscrepâncias podem e devem ser harmonizadas.

P o s i ç ã o : Irrelevância da Inerrânciat P r o p o n e n t e : David Hubbard

F o r m u l a ç ã o d o c o n c e i t o :

A inerrância é substancialmente irrelevante porvárias razões:

x A ine rrânc ia é um co nceit o negativo . A nossaconcepção da Escritura deve ser positiva;

x A ine rrânc ia não é um conceit o bíblico;x Na Escrit ura, erro é uma que stã o esp iri tual ou

moral, e não intelectual;x A inerrância concentra a nossa atenção nos

detalhes, e não nas questões essenciais daEscritura;

x A inerrância impede uma avaliação honestadas Escrituras;

x A inerrância produz de sun ião na Igreja.

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^ P o s i ç ã o : Ine rr ânc ia de Propósi to

í P r o p o n e n t e : Jack Rogers e James Orr^ F or m ul aç ã o do c o n c e i t o :

A Bíblia é isenta de erros no sentido deconcretizar o seu propósito primário de levar aspessoas a uma comunhão pessoal com Cristo.Portanto, a Escritura é verdadeira (inerrante)somente na medida em que realiza o seu

propósito fundamental, e não por ser factual ouprecisa naquilo que assevera. (Esta concepção ésemelhante à Irrelevância da Inerrância, apróxima abordagem).

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Questionário

^ Assinale com "X" as al ternativas corretas

6. Quanto aos homens de atividades variadas queDeus usou-os na escrita de sua Palavra, é incertodizer quea)[H Paulo era doutor da leib ) 0 Ageu era boiadeiro e cultivadorc ) D Pedro, Tiago e João eram pescadores

d ) ^ Moisés era um cientista e Josué um soldado

7. É incorreto dizer que a esper ança éa) [ZI Algo que incentiva a vivermos na presença de

Deusb ) D É vida para os salvos - é regeneraçãoc)ED Uma das virtudes que permanecem

d)[7] Uma dádiva de Deus que todos conhecem8. Teoria de inerrância que afirma em ser a Bíblia

inerrante somente em seus ensinos doutrináriossalvíficosa)CH Inerrância Plenab)[x] Inerrância Limitadac ) D Inerrância de Propósitod ) 1ZZI Irrelevância da Inerrância

/<? Marque "C" para Certo e "E" para Errado

A Bíblia nos mostra que a salvação é um ato de féda parte do homem e um ato da graça partido deDeus

1 0 . m A ciência é capaz de estudar elementos que nãosão pesados ou medidos, como a alma humana

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Lição 2 O Cânon da Bíblia

Quais são os escritos pertencentes àBíblia? Que diremos dos chamados: Livros ausentes?Como foi que a Bíblia veio a ser composta de 66livros?

Essa é a questão do cânon das Escrituras,que pode ser definido da seguinte maneira: Cânonou Escrituras Canônicas é a coleção completa doslivros divinamente inspirados, que consti tuem aBíblia. Esse assunto intitula-se canonicidade. Trata-se do segundo grande elo da corrente que vem deDeus até nós.

A inspiração é o meio pelo qual a Bíbliarecebeu sua autoridade; a canonização é o processopelo qual a Bíblia recebeu sua aceitação definitiva.Uma coisa é o profeta receber uma mensagem daparte de Deus, bem diferente é tal mensagem serreconhecida pelo povo de Deus.

Canonicidade é o estudo que trata doreconhecimento e da compilação dos que nos foramdados por inspiração de Deus. Não devemoss u b e s tima r 1 a impor tânc ia dessa quest ão . As

1 Não dar a devida es t ima, apreço , va lor, a ; não te r em grande

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palavras das Escrituras são as palavras pelas quaisnutrimos nossa vida espiritual. Portanto, reafirmamos o comentário de Moisés ao povo de Israel

a respeito da lei de Deus: "Porque esta palavra não é para vós outros, coisa vã; antes, é a vossa vida; e, p o r esta mesma palavra, p ro longare is os dias na terra à qual , passando o Jordão, ides para possuí-la” (Dt 32.47).

Aumentar ou diminuir as palavras de Deusimpediria o seu povo de obedecer-lhe plenamente,

pois as ordens retiradas não seriam conhecidas pelopovo, e as palavras acrescentadas poderiam exigirdas pessoas coisas que Deus não ordenou. Por isso,Moisés advertiu o povo de Israel: "Nadaacrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que eu vos mando" (Dt 4.2).

A determinação precisa da extensão docânon das Escrituras é, portanto, de extremaimportância. Para que possamos confiar em Deus eobedecer a Ele, precisamos de uma coleção depalavras sobre as quais temos certeza ser aspalavras do próprio Deus para nós.

Se houver qualquer trecho das Escri turassobre os quais tenhamos dúvidas, não vamos aceitarque tenham autoridade divina absoluta nem confiarnelas na mesma medida em que confiamos nopróprio Deus.

O Termo "Cânon"

O termo "cânon" é proveniente do grego,no qual kanon significa cana, regra, lista - umpadrão de medida, que por sua vez, se origina dohebraico kaneh, palavra do Antigo Testamento quesignifica "vara ou cana de medir" (Ez 40.3).

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Em época anterio r ao cris tiani smo , essapalavra era usada de modo mais amplo, com osentido de padrão ou norma além de cana ou

unid ade de medida. Com rela ção à Bíblia, dizrespeito aos livros que estavam de acordo com opadrão e foram dignos de inclusão.

Desde o século IV, o vocábulo kanon éusado pelos cristãos para indicar uma listaautoritária de livros que pertencem ao Antigo ou aoNovo Testamento.

No sentido religioso, cânon não significaaquilo que mede, mas aquilo que serve de norma,regra. Com este sentido, a palavra cânon aparece nooriginal em vários lugares do Novo Testamento (GI6.16; 2Co 10.13,15; Fp 3.16). A Bíblia, como ocânon sagrado, é a nossa norma ou regra de fé eprática.

Diz-se dos livros da Bíblia que sãocanônicos para diferençá-los dos apócrifos. Oemprego do termo cânon foi primeiramente aplicadoaos livros da Bíblia por Orígenes (185-254 d.C.).

A Canonicidade é Determinada PelaInspiração

Os livros da Bíblia são consideradosvaliosos porque provieram de Deus - fonte de todobem. O processo mediante o qual Deus nos concedesua revelação chama-se inspiração.

E a inspiração de Deus num livro quedetermina sua canonicidade. Deus dá autoridadedivina a um livro, e os homens de Deus o acatam;revela, e seu povo reconhece o que o Ele revelou.

A canonicidade é determinada por Deus edescoberta pelos homens de Deus. A Bíblia constituio "cânon", ou "medida" pela qual tudo mais deve ser

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medido e avaliado pelo fato de ter autoridadeconcedida por Deus.

Sejam quais forem as medidas (i.e., oscânones) usadas pela Igreja para descobrir comexatidão que livros possuem essa autoridadecanônica ou normativa, não se deve dizer que"determinam" a canonicidade dos l ivros.

Dizer que o povo de Deus, mediantequaisquer regras de reconhecimento, "determina"que livros são autorizados por inspiração de Deus sóconfunde a questão. Só Deus pode conceder a umlivro autoridade absoluta e, por isso mesmo,canonicidade divina. Veja abaixo dois sentidosimportantes:

■s O sent ido pr imário da palavra cânon aplicadoàs Escrituras é aplicado na acepção ativa, i.e., aBíblia é a norma que governa a fé.

s O sent ido secundár io , segundo o qual um livroé julgado por certos cânones e é reconhecidocomo inspirado (o sentido passivo), não deveser confundido com a determinação divina dacanonicidade. Só a inspiração divina determinaa autoridade de um livro, i.e., se ele é canônico,de natureza normativa.

O Surgimento do Cânon

A doutrina da inspiração bíblica foicompletamente desenvolvida apenas nas páginas doNovo Testamento. Mas, muito antes disso, jáencontramos na história de Israel certos escritos

reconhecidos como autoridade divina e como regraescrita de fé e conduta para o povo de Deus.Ide nti fic amos isso na respost a do povo,

qua nd o Moisés leu para eles o livro do con cer to (Ex34.7 ), ou quando o livro da Lei, achado por Hil quia s,

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foi lido primeiro para o rei e depois para acongregação (2Rs 22-23; 2Cr 34), ou ainda quando

Esdras leu o Livro da Lei para o povo (Ne 8.9,14-17;10.28-39; 13.1-3).Os escritos em questão são uma parte do

Pentateuco ou ele todo - no primeiro caso,provavelmente uma parte bem pequena do Êxodo,capítulos 20 a 23.

O Pen tat euco é trat ado com a mesmareverência em Josué 1.7,8; 8.31 e 23.6-8; IReis2.3; 2Reis 14.6 e 17.37; Oséias 8.12; Daniel9.11,13; Esdras 3.2,4; lCrônicas 16.40, 2Crônicas17.9; 23.18; 30.5,18; 31.3 e 35.26.

Cânon do Antigo Testamento

Onde surgiu a idéia do cânon - a idéia deque opovo de Deus deve preservar uma coleção depalavras escr itas de Deus? A própria Bíblia dátestemunho do desenvolvimento histórico do cânon.A coleção mais antiga das palavras de Deus é os DezMandamentos. Portanto, constituem o início docânon bíblico.

O próprio Deus escreveu sobre duas tábuas

de pedra as palavras que Ele ordenou ao seu povo(Êx 32.16; cf. Dt 4.13; 10.4). As tábuas foramdepositadas na Arca da Aliança (Dt 10.5) econstituíam os termos do pacto entre Deus e seupovo.

Nem todos os escritores dos livros do ATeram profetas, no sentido estrito da palavra. Alguns

eram reis e sábios. Mas, as experiências dainspiração que tiveram, fez com que seus escritostambém encontrassem um lugar no cânon.

A inspiração dos salmistas é mencionadaem 2Samuel 23.1-3 e lCrônicas 25.1, e a dos

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sábios, em Eciesiastes 12.11,12. Note também asrevelações feitas por Deus no livro de Jó (Jó 38.1;

40.6) e a inferência ex ar ad a1 em Provérbios 8.1-9.6,indicando que o livro de Provérbios é obra daSabedoria divina.

Na época patriarcal, a revelação divina eratransmitida escrita e oralmente. A escrita já eraconhecida na Palestina, séculos antes de Moisés; aarqueologia tem provado isto, inclusive tem

enc on trad o inúmer as inscriç ões, placas, si ne te s2 edocumentos antedi luvianos.O cânon do Antigo Testamento como temos

atualmente, ficou completo desde o tempo deEsdras, após 445 a.C. Entre os judeus, tem ele trêsdivisões, as quais Jesus citou em Lucas 24.44: Lei, Profe tas , Escr i tos .

A divisão dos livros no cânon hebraico édiferente da nossa. Consiste em 24 livros em vez dosnossos 39, isto porque é considerado um só livrocada grupo dos seguintes:

Os dois de Samuel 1Os dois de Reis 1Os dois de Crônicas 1Esdras e Neemias 1Os doze Profetas Menores 1Os demais l ivros do Antigo Testamento 19Total 24

A disposição ou ordem dos livros no cânonhebraico é também diferente da nossa. Damos a

seguir essa disposição dentro da tríplice divisão docânon, já mencionada (Lei, Profetas, Escritos).

‘ C o n s i g n a r ou reg i s t r a r por escr i t o ; l avrar

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Divisão Qtdade Livros

Lei 5

s Gênesis;s Êxodo;s Levítico;V Números;s Deuteronômio.

Profetas 8

Divididos em :Primeiros Profetas:s Josué;^Juizes;^Samuel;s Reis.Últimos Profetas :s Isaías;s Jeremias;S Ezequiel;s Os Doze Profetas Menores.

Escritos 11

Divididos em :Livros P oético s:^Salmos;^Provérbios;

s Jó.Os Cinco Rolos: ^Cantares;s Rute;s Lamentações;s Eclesiastes;s Ester.Livros Históricos: s Daniel;^Esdras e Neemias;^Crônicas.

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Os Cinco Rolos eram assim chamados porserem separados, l idos anualmente em festasdistintas:

0 C an ta re s, na Páscoa, em alusão ao êxodo.§ Rute, no Pentecostes, na Ce leb ração da

Colheita, em seu início.

§ Ester , na Festa do Purim, co me mo ran do olivramento de Israel da mão do mau Hamã.

ü E cl es i as t es , na Festa dos Ta ber nác ulo s -festa de gratidão pela colheita.

§ L a me n ta ç õe s , no mês de abibe, relembrandoa destruição de Jerusalém pelos babilónicos.

No cânon hebraico também os livros nãoestão em ordem cronológ ica. Os ju de us não sepreocupavam com um sistema cronológico. Tambémpode haver nisto um plano divino.

A nossa divisão em 39 livros vem daSep tuag in t a , através da Vulgata Latina. ASeptuaginta foi a primeira tradução das Escrituras,feita do hebraico para o grego cerca de 285 a.C.Também a ordem dos livros por assuntos, do formatoda Bíblia atual, vem dessa famosa tradução.

Jesus em Lucas 24.44, Ele chamou"Salmos" à última divisão do cânon hebraico,certamente porque esse livro era o primeiro dessadivisão.

Segundo a nossa divisão, o AT começa comGênesis e termina em Malaquias, porém, segundo adivisão do cânon hebraico, o primeiro livro é Gênesise o último é I e II Crônicas. Isto é visto claramentenas palavras de Jesus em Mateus 23.35 - o caso deAbel está em Gênesis e o do filho de Baraquias estáem Crônicas.

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* A fo rmação canôn ica do An t igo Tes t amen to .O cânon no Antigo Testamento foi formado

num espaço aproximado de 1046 anos - de Moisés aEsdras. Moisés escreveu as primeiras palavras doPentateuco por volta de 1491 a.C. Esdras entrou emcena em 445 a.C.

Esdras não foi o último escritor naformação canônica do AT; os últimos foram Neemiase Malaquias, porém, de acordo com os escritos

históricos, ele como escriba e sacerdote reuniu osrolos canônicos, ficando o cânon encerrado em seutempo.

A chamada Alta Crítica tem feito umadevastação com seu modernismo e suas contradiçõesno que concerne à formação, fontes de autenticidadedo cânon, especialmente do Antigo Testamento,mutilando quase todos os seus livros.

s Alta Crí t ica é a discussão das datas e daautoria dos livros. Ela estuda a Bíblia do lado defora, externamente, baseada apenas em fontesdo conhecimento humano.

s Por outro ângulo, a Cri t ica Textua l , tambémconhecida por Baixa Crí t ica , estuda somente o

texto bíblico, e, ao lado da arqueologia, vemalcançando um progresso valioso, posto àdisposição do estudante das Escri turas.

Por exemplo, a teoria de que a escrita eradescon hecid a nos dias de Moisés já foi des truíd a. Ede ano em ano, aumentam os achados nas terrasbíblicas, evidenciando e comprovando as narrat ivas e

fatos do Antigo Testamento.Media nte tais provas i rr ef ut áv ei s1, oshomens estão respeitando mais às SagradasEscrituras! Toda a Bíblia vem sendo confirmada pela

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pá do arqueólogo e pelos eruditos em antiguidadesbíblicas. Coisas que pareciam as mais incríveis sãohoje aceitas por todos, sem objeções.

t3r A f o r m a ç ã o gr ad ua l do câ n on .Houve, originalmente, a transmissão oral,

como se vê em Jó 15.18. O livro de Jó é tido como omais antigo da Bíblia. Mos tra rem os a seg uir aseqüência da formação gradual do cânon do AntigoTestamento.

Convém ter em mente aqui que todacronologia bíblica é apenas aproximada. Já o NovoTestamento há precisão de muitos casos. Essacronologia vai sendo atualizada à medida que osestudos avançam e a arqueologia fornece informeof ic i a l .

1. Moisés (cerca de 1491 a.C.). Com eçou aescrever o Pentateuco, concluindo-o por voltade 1451 a.C. (Nm 33.2). Mais textosrelacionados com Moisés e sua escrita doPentat euco: Êxodo 17.14; 24.4,7; 34.27. Aspartes do Pentateuco anteriores a Moisés, comoo relato da Criação, todo o livro de Gênesis eparte de Êxodo, ele escreveu, ou lançando mãode fontes existentes (ver Gn 2.4; 5.1), ou porrevelação divina. Gênesis 26.5 dá a entenderque nesse tempo já havia " mandamentos ,

precei tos e es tatutos" escri tos. Algumaspassagens do Pentateuco foram acrescentadasposteriormente, como: Êxodo 11.3; 16.35;Deuteronômio 34.1-12;

2. Josué. Sucessor de Moisés (1443 a.C.),escreveu uma obra que colocou perante oSenhor (Js 24.26);

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3. S a m u e l (1095 a.C.), o úl t imo juiz e també mprofeta do Senhor, escreveu, pondo seusescri tos perante o Senhor (ISm 10.25).Certamente "perante o Senhor" significa queseus escritos foram depositados na Arca doConcerto com os demais escri tos sagrados (Êx25.21);

4. Isaías (770 a.C.) fala do "Livro do Senhor" (Is34.16), e "palavras do l ivro" (Is 29.18). São

referências às Escrituras na sua formação;5. Em 726 a.C. os S a l m o s já eram cantados (2Cr

29.30). O fato aí registrado teve lugar nessetempo;

6. Jeremias, cuja chamada deu-se em 626 a.C.,registrou a revelação divina (Jr 30.1,2). Tal

livro foi queimado pelo rei Joaquim, em 607a.C., porém, Deus ordenou que Jeremiaspreparasse um novo rolo, o que foi feitomediante seu a m an ue ns e1 Baruqu e (Jr36.1,2,28,32; 45.1);

7. No tempo do rei Josias (621 a.C.), Hilquias achou o "Livro da Lei" (2Rs 22.8-10);

8. Daniel (553 a.C.) refere-se aos " l ivros" (Dn9.2). Eram os rolos sagrados das Escrituras deentão;

9. Zacar ias (520 a.C.) declara que os profetas queo precederam falaram da parte do EspíritoSanto (Zc 7.12). Não há aqui referência direta a

escritos, mas há inferência. Zacarias foi openúlt imo profeta do Antigo Testamento.

1 E s c r e v e n t e , c o p i s t a . F u n c i o n á r i o p ú b l i c o d e c o n d i ç ã o m o d e s t aque f az i a a co r r e spondênc ia e cop iava ou r eg i s t r avad o c u m e n t o s

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16. Nos dias do Senhor, esse livro chamava-seEscrituras (Mt 26.54; Lc 24.27,45; Jo 5.39),com as suas três conhecidas divisões: Lei,Profetas, Salmos (Lc 24.44). Era tambémchamada "A Palavra de Deus" (Mc 7.13; Jo10.34,35). Note bem este tí tulo aplicado pelopróprio Senhor Jesus! Outro fato notável é acitação feita por Jesus em Mateus 23.35 queautentica todo o Antigo Testamento!

17. Os escritores do Novo Testamento reconhecemcomo canônicos os l ivros do Antigo Testamento,pois este é am iúd e1 ci tado naquele, havendocerca de 300 referências diretas e indiretas. Osescritores do NT referem-se ao cânon do ATcomo sendo oráculos divinos (cf. Rm 3.2; 2Tm3.16 e Hb 5.12). Cremos que, começando por

Moisés, à proporção que os livros iam sendoescri tos, eram postos no tabernáculo, junto aogrupo de livros sagrados. Esdras como já disse,após a volta do cativeiro, reuniu os diversoslivros e os colocou em ordem, como coleçãocompleta. Destes originais eram fei tas cópiaspara as sinagogas largamente disseminadas.

Data do reconhec imento e f ixação do cânon do Ant igo Tes tamen to .

Em 90 d.C. em Jâmnia, perto da modernaJope, em Israel, os rabinos, num concílio sob apresidência de Johanan Ben Zakai , reconheceram efixaram o cânon do Antigo Testamento.

Houve muitos debates acerca da aprovaçãode certos l ivros, especialmente dos "Escri tos". Note-se, porém que o trabalho desse concílio foi apenas

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rat if icar1aquilo que já era aceito por todos os judeusatravés de séculos. Jâmnia, após a destruição de

Jerusalém (70 d.C.) tornou-se a sede do Sinédrio.

Livros desapa rec idos , c i t ados no t ex to do A n ti g o Te s t a m e n t o .

Notemos que a Bíblia faz referência alivros até agora desaparecidos (cf. Nm 21.14; Js10.13 com 2Sm 1.18; IRe 11.41; lCr 27.24; 29.29;

2Cr 9.29; 12.15; 13.22; 33.19). São casos cujosegredo só Deus conhece. Talvez um dia elesvenham à luz como o MSS de Qumran, Mar Morto, em1947.

Questionário

^ Assinale com "X" as al ternativas corretas1. Cânon ou Escri turas canônicas é a

a ) S Coleção completa dos livros divinamenteinspirados, que constituem a Bíblia

b ) D Coleção completa dos livros divinamenteinspirados, que constituem a Lei, os Profetas e osEscritos

c ) D Parte da Bíblia composta pelos livros do NTd)[ZlParte da Bíblia composta pelos livros do AT

2. Os Cinco Rolos eram compos tos de:a ) D La mentações, Neemias, Esdras, Salmos e

Eclesiastesb ) D Salmos, Neemias, Esdras, Provérbios e Jóc)|E] Cantares de Salomão, Rute, Ester, Eclesiastes

e Lamentaçõesd ) D Eclesiastes, Jó, Rute, Provérbios e Ester

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3. Discute as datas e a autoria dos livros, baseando-seapenas em fontes do conhecimento humanoa ) 0 Alta Crí tica

b ) 0 Baixa Crít icac ) D Critica Textuald)[H Critica Execrável

S? Marque "C" para Cer to e "E" para Errado

4. \£\ No sentido religioso, cânon significa aquilo quemede, não aquilo que serve de norma, regra

5. 0 Em 90 d.C. em Jâmnia que reconheceram efixaram o cânon do Antigo Testamento

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Cânon do Novo Testamento

Semelhante ao AT, homens inspirados porDeus escreveram aos poucos os livros que compõemo cânon do Novo Testamento.

Sua formação levou apenas duas gerações:quase 100 anos. Em 100 d.C. todos os livros do NTestavam escritos. O que demorou foi oreconhecimento canônico, is to motivado pelo cuidadoe es cr úp ul o1 das igrejas de então, que exigia provasco nc lu de nt es 2 da insp ira ção divina de cada umdesses livros.

Outra coisa que motivou a demora nacanonização foi o surgimento de escri tos herét icos eesp úrio s3 com pretens ão de auto ridad e apostólica.Trata-se dos l ivros apócrifos do Novo Testamento,fato idêntico ao acontecido nos tempos derradeirosdo cânon do Antigo Testamento. Há também livrosmencionados no NT até agora desaparecidos ( ICo5.9; Cl 4.16).

A ordem dos 27 livros do NT, como éatualmente em nossas Bíblias, vem da Vulgata, enão leva em conta a seqüência cronológica.

'v' As Epís to las Paul inas .Foram os primeiros escritos no Novo

Testamento. São 13: de Romanos a Filemom. Foramescritas entre 52 e 67 d.C.

Pela ordem cronológica, o primeiro livro doNovo Testamento é ITessalonicenses , escr i to em 52d.C. 2Timóteo foi escrita em 67 d.C pouco antes do

martírio do apóstolo Paulo em Roma.

1 Hes i t ação ou dúv ida de consc iênc ia ; i nqu ie t ação de1 'onsciência; remorso.• 'Que conc lu i , ou merece f é ; t e rminan te , ca t egór i co .

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Esses l ivros foram também os primeirosaceitos como canônicos. Pedro chama os escri tos dePaulo de "Escr i turas" - t í tu lo apl icado somente àpalavra inspirada de Deus! (2Pe 3.15,16).

Os Atos dos Após to los . Escrito em 63 d.C., nofim dos dois anos da primeira prisão de Paulo emRoma (At 28.30).

Os Evangelhos .

Estes, a princípio, foram propagadosoralmente. Não havia perigos de enganos eesquecimento porque era o Espíri to Santo quemlembrava tudo e Ele é infalível (Jo 14.26).

Os Sinópt icos foram escritos entre 60 a 65d.C. João foi escrito em 85 d.C. Entre Lucas e Joãoforam escri tas quase todas as epístolas. Note-se quePaulo chama Mateus e Lucas de "Escr i turas" ao citá-los em ITimóteo 5.18.

As Epís tolas , de Hebreus a Judas, forajln escritasentre 68 e 90 d.C.

O Apocal ipse .Foi escrito em 96 d.C., durante o governo

do imperador Domiciano. Muitos l ivros antes deserem f inalmente reconhecidos como canônicosforam duramente debatidos. Houve muita relutânciaquanto às epístolas de Pedro, João e Judas bemcomo quanto ao Apocalipse. Tudo isto tão-somenterevela o cuidado da Igreja e também aresponsabil idade que envolvia a canonização.

Antes do ano 400 d.C., todos os livrosestavam aceitos. Em 367, Atanásio, patriarca deAlexandria, publicou uma lista dos 27 livroscanônicos, os mesmos que hoje possuímos; essalista foi aceita pelo Concíl io de Hipona (África) em393

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'-‘r Dsta do reconhec imento e f ixação do cânon do Novo Tes tamento .

Isso ocorreu no III Concíl io de Cartago, em397 d.C. Nessa ocasião, foi definitivamentereconhecido e fixado o cânon do Novo Testamento.Como se vê, houve um amadurecimento de 400anos.

Ijr A ne ce ss id ad e da men sa ge m escr i ta do N ovo Tes tamen to .

A mensagem da Nova Aliança precisava terforma escrita como a da Antiga. Após a ascensão doSenhor Jesus, os apóstolos pregaram por toda partesem haver nada escrito. Suas Bíblias era o AntigoTestamento.

Ao decorrer do tempo, o grupo deapóstolos diminuiu. O Evangelho espalhou-se. Surgeentão a necessidade de reduzir a forma escrita, paraser transmitido às gerações futuras. Era o plano deDeus em marcha.

Muitas igrejas e indivíduos pediamexplicações acerca de casos dif íceis surgidos porperturbações, falsas doutrinas, problemas internos,etc. (cf. ICo 1.11; 5.1; 7.1).

Os ju deu s cu mprir am sua miss ão detransmitir ao mundo os oráculos divinos (Rm 3.2). AIgreja também cumpriu sua parte, t ransmitindo aspalavras e ensinos do Senhor Jesus, bem como asque Ele, pelo Espírito Santo inspirou aos escritoressacros.

Jesus disse: " Tenho muito que vos dizer. . . mas o Espírito de verdade.. . dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir" (Jo16.12,13).

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«■ Tes t emu nha s impor t an te s .Dão testemunho da existência de livros do

Novo Testamento, em seu tempo, os seguintescristãos primit ivos, cujas vidas coincidiram com asdos apóstolos ou com os discípulos destes:

t Clemente de Roma, na sua carta aos Coríntios,em 95 d.C. cita vários livros do NT;

t Pol icarpo, na sua carta aos Filipenses, cerca de110 d.C., cita diversas epístolas de Paulo;

t Inácio, por volta de 110 d.C. cita grandenúmero de livros em seus escritos;

♦ J u s ti n o M ár ti r, nascido no ano da morte deJoão, escrevendo em 140 d.C. cita diversos livrosdo Novo Testamento;

t I r ineu (130-200 d.C.), cita a maioria dos livrosdo Novo Testamento, chamando-os de"Escri turas";

t Origines (185-200 d.C.) , homem erudito,piedoso e viajado, dedicou sua vida ao estudodas Escrituras, em seu tempo, os 27 livros jáestavam completos; ele os aceitou, embora comdúvida sobre alguns: Hebreus, Tiago, 2Pedro, 2 e3João.

Datas e Períodos Sobre o Cânon em Geral

O AT foi escrito no espaço de mais oumenos 1046 anos, de 1491 a 445 a.C. isto é deMoisés a Esdras. A data de 445 a.C. é apenas umponto geral de referência cronológica quanto ao

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Se entrarmos em detalhes sobre o últ imolivro do Antigo Testamento em ordem cronológica -Malaquias, teremos uma variação de espaço detempo como veremos a seguir.

O Pentateuco, como já vimos, foi iniciadocerca de 1.491 a.C.. Malaquias, o último livro doAntigo Testamento por ordem cronológica, foi escri toentre 430 e 420 a.C., no final do governo deNeemias e do sacerdócio de Esdras. Ora, isto foiquando Neemias regressou a Jerusalém, procedendoda Pérsia, para onde tinha ido (430 - 425 a.C.) a fimde renovar sua licença (Ne 13.6).

É a partir desse ano que Malaquiasescreveu e talvez Neemias, não estivesse mais naPalestina, porque não o menciona em seu livro, comofazem Ageu e Zacarias, seus antecessores, os quaismencionam Zorobabel e Josué, respectivamente,

governador e sacerdote dos reparos (cf. Zc 3; 4; Ag1 . 1 ).

Malaquias não menciona nominalmenteNeemias, apenas menciona o "Governador" (Ml 1.8).O próprio livro de Malaquias apresenta outrasevidências internas que o colocam de 432 a.C. emdiante, como passamos a mostrar:

Em Malaquias 2.10-16, vê-se que os casamentosil íci tos que Esdras corrigira antes de Neemias,516 a.C. (Ed 9-10), estavam ocorrendo de novo.Isto coincide com o estado descrito em Neemias13, acontecido em 432 a C.

-*■ Em Ma la qu ias 3.6 -12 , havia pob reza no tes our odo templo. Situação idêntica à de Neemias 13,reinante em 432 a.C.

-*■ As refe rênci as de Mala qu ia s 1.13; 2.17; 3.14,indicam que o culto Levítico já havia sidorestaurado há bastante tempo. Temos essarestauração ampliada em Neemias 12 44 ss

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Portanto, Malaquias (O livro) deve ter sidoescrito cerca de 432 a.C. Repetimos: a data 445 a.C.é apenas um ponto de referência quanto ao

encerramento do cânon do Antigo Testamento. Foinesse ano que Esdras iniciou seu grande Ministérioentre os repatriados de Israel.

Se descermos a detalhes quanto ao livrode Malaquias, partiremos de 432 a.C. Malaquias é oúlt imo l ivro do Antigo Testamento, quanto à ordemcronológica. Quanto à disposição dos livros no corpodo cânon hebraico, o último livro é 2Crônicas, como

já mostramos .O Novo Testamento foi completado em

menos de 100 anos, pois seu último livro, oApocalipse, foi escrito cerca de 96 d.C. Isto dá umtotal de 1.142 anos para a formação de ambos osTestamentos (1.046 + 96).

Leva-se em conta que a cronologia bíblicaé sempre aproximada, pois os povos orientais nãotinham um sistema fixo de anotar ou contar datas.Quando se fala do espaço de tempo, que vai daescrita do Pentateuco ao Apocalipse, é precisointercalar os 400 anos do Período Interbíblicoocorrido entre os Testamentos, o que dará um totalde 1.542 anos (1.046 + 96 + 400).

Por isso se diz que a Bíblia foi escrita noespaço de dezesseis séculos. Este é o período noqual o cânon foi completado. Noutras palavras: ocânon abrange na história um total de 1.142 anos,aproximadamente .

Os Livros Apócrifos

Nas Bíblias de edição católica-romana, ototal de livros é 73, porque essa igreja, desde oConcílio de Trento, em 1.546, incluiu no cânon do

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Antigo Testamento 7 l ivros apócrifos, além de 4acréscimos ou apêndices canônicos , acrescentandoao todo, 11 escritos apócrifos.

A palavra "apócrifo" significa, l i teralmente,"escondido", "oculto", isto em referência a livros quetratavam de coisas secretas, misteriosas, ocultas. Nosentido rel igioso, o termo significa "não genuíno" ou"espúrio", desde sua aplicação por Jerônimo.

Os apócrifos foram escri tos entreMalaquias e Mateus, ou seja, entre o Antigo e o NovoTestamento, numa época em que cessara porcompleto a revelação divina; isto basta para tirar-lhes qualquer pretensão a canonicidade.

Josefo rejei tou-os totalmente, nunca foramreconhecidos pelos judeus como parte do cânonhebraico. Jamais foram citados por Jesus nem foramreconhecidos pela Igreja Primit iva. Jerônimo,

Agostinho, Atanásio, Júlio Africano e outros homensde valor para os cristãos primit ivos, opuseram-se aeles na qualidade de livros inspirados.

Apareceu pela primeira vez naSeptuaginta, a tradução do Antigo Testamento fei tado hebraico para o grego. Quando a Bíblia foitraduzida para o latim, em 170 d.C. seu Antigo

Testamento foi t raduzido do grego da Septuaginta enão do hebraico. Quando Jerônimo traduziu aVulgata, no início do século V (405 d.C.), incluiu osapócrifos oriundos da Septuaginta, através da AntigaVersão Latina, de 170 d.C. porque isso lhe foiordenado, mas recomendou que esses l ivros nãopoderiam servir como base doutrinária.

São 14 os escritos apócrifos: 10 livros e 4acréscimos a livros. Antes do Concílio de Trento, aIgreja Romana aceitava todos, mas depois passou aaceitar apenas 11: 7 livros e 4 acréscimos. A igrejaOrtodoxa grega mantém os 14 até hoje.

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A Igreja Romana via nos apócrifos basespara essas doutrinas, e, apelou para eles,aprovando-os como canônicos .

Houve prós e contras dentro da própriaIgreja de Roma. Nesse tempo os jesuítas exerciammuita influência no clero. Os debates sobre apócrifosmotivaram os dominicanos contra os franciscanos.

O Cardeal Pallavacini, em sua "História Ecles iás t ica ", declara que em pleno concílio, 40bispos, dos 49 presentes, travaram luta corporal,

agarrados às barbas e batinas uns dos outros. Foineste ambiente espir i tual que os apócrifos foramaprovados!

A primeira edição da Bíblia romana com osapócrifos deu-se em 1.592, com a autorização doPapa Clemente VIII.

Os Reformadores protes tantes publ icaram

a Bíblia com os apócrifos colocando-se entre o AT eo NT; não como livros inspirados, mas bons paraleitura e de valor literários e históricos. Istocontinuou até 1.629. A famosa versão inglesa King

Jaimes, de 1.611, ainda os conservou.Após 1.629, os evangélicos os omitiram de

vez nas Bíblias editadas, para evitar confusão entreo povo simples que nem sempre sabe discernir entreum livro canônico e um apócrifo.

A aprovação dos apócrifos pela IgrejaRomana foi uma in t romissão1 dos ca tó li cos emassuntos judaicos, porque, quanto ao cânon doAntigo Testamento, o direito é dos judeus e não deoutros. Além disso, o cânon do Antigo Testamentoestava completo e fixado há muitos séculos.

Entre os católicos corre a versão de que asBíblias de edição protestante são falsas. Quem,contudo, comparar a Bíblia editada pelos evangélicoscom a editada pelos católicos há de concordar em

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que as duas são iguais, exceto na linguagem eestilo, que são peculiares a cada tradução.

Outros Livros ApócrifosHá ainda outros escri tos espúrios

relacionados ao Antigo e Novo Testamento. Sãochamados de p s e u d o - e p i g r á f i c o s .

Os do Antigo Testamento per tencem àúltima parte do período interbíblico. Todos os livros

dessa classe apresentam-se como tendo sido escri tospor santos de ambos os Testamentos, daí seu título:pseudo-epigráf icos .

São na maioria, de natureza apocalíptica.Nunca foram reconhecidos por nenhuma Igreja. Osprincipais do Antigo Testamento chegam a 26.

Os referentes ao período do NT também

nunca foram reconhecidos por ninguém como tendocanonicidade. São cheios de histórias grotescas e atéindignas de Cristo e seus apóstolos. Essas históriassão muito exploradas pela gente simplória e crédula.Desse período há de tudo: evangelhos, epístolas,apocalipse, etc. Os principais somam 24.

O estudante da Bíblia deve estar

acautelado, concernente aos l ivros canônicos eapócrifos em geral:Os 39 l ivros canônicos do AT são chamados deprotocanônicos pelos católicos;

4 Os 7 l ivros que cham am os de apócrifos, sãochamados de deuterocanônicos pelos catól icos;Os l ivros que chamamos de pseudo-epigráficos,

são chamados de apócrifos pelos católicos.A respeito dos livros apócrifos, seja qual

for o valor devocional ou eclesiást ico que t iverem,não são canônicos, comprova-se pelos seguintesfatores:

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■* Nada acrescentam ao nosso conhecimento dasverdades messiânicas;O povo de Deus, a quem os apócrifos teriam sidooriginariamente apresentados, recusou-osterminantemente.

QuestionárioAssinale com "X" as al ternativas corretas

6. Foram os primeiros escr itos no NT entre 52-67 d.C.a ) D Os Atos dos Apóstolosb)E3 As Epístolas Paulinasc ) D Os Evangelhosd)EU As Epístolas Gerais

7. Quanto aos livros apócr ifos, é incerto dizer que:a ) D No sentido religioso, o termo "apócrifo"

significa "não genuíno" ou "espúrio"b ) D Baruque e Tobias são exemplos de apócrifoscontidos nas Bíblias de edição católico-romana

c ) D Foram escritos numa época em que cessara porcompleto a revelação divina

d)l3. Foram escritos entre Ester e Mateus, ou seja,entre o Antigo e o Novo Testamento

8. Os 39 livros canônicos do AT são chamados de:a)EH Apócrifos pelos católicosb ) D Pseudo-ep íg ra fos pelos ca tól i cosc ) m Protocanônicos pelos católicosd ) D Deute rocanôn icos pe los ca tól i cos

/<? Marque "C" para Certo e "E" para Errado

9. 0 A ordem dos 27 livros do NT, como é atualmenteem nossas Bíblias, vem da Vulgata, e não leva emconta a seqüência cronológica

1 0 M Os apócrifos contêm erros históricos e gravesh i ló i ã l

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Lição 3Inspiração Bíblica

A característ ica mais importante da Bíblianão é sua estrutura e sua forma, mas o fato de tersido inspirada por Deus. Não se deve interpretar demodo errôneo a declaração da própria Bíblia a favordessa inspiração. Quando falamos de inspiração, nãose trata de inspiração poética, mas de autoridaded iv i na .

A Bíblia é singular, ela foi literalmente"soprada por Deus". A seguir examinaremos o quesignifica isso.

Não podemos confundir revelação cominspiração. Enquanto a revelação é o ato pelo qualDeus torna-se conhecido pelos homens, a inspiraçãodiz respei to ao modo como os 'homens recebem etransmitem essa revelação.

As Escrituras tanto falam da inspiração doescritor quanto da inspiração do escrito: um é oagente, o outro é o efeito.

& Exe mp lo s:

s O texto de 2Timóteo 3.16: "Toda Escritura é

divinamente inspirada" , faz referência aoescrito como inspirado;s Em 2Pedro 1.21: "Homens santos de Deus

falaram inspirados pelo espírito Santo", falado escritor.

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Embora a palavra inspiração seja usadaapenas uma vez no Novo Testamento (2Tm 3.16) eoutra no Antigo Testamento (Jó 32.8), o processopelo qual Deus transmite sua mensagem autorizadaao homem é apresentado de muitas maneiras.

Um exame logo à frente, das duas grandespassagens a respeito da inspiração encontradas noNovo Testamento poderá a judar-nos a entender oque significa a inspiração bíblica.

Descrição Bíblica de Inspiração

Assim escreveu Paulo a Timóteo: "Toda Escr i tura divinamente inspirada é provei tosa para ens ina r, reda rg üir 1, corrig ir e ins truir em ju st i ça " (2Tm 3.16). Em outras palavras, o texto sagrado doAntigo Testamento foi "soprado por Deus" (gr.theopneustos) e, por isso, dotado da autoridadedivina para o pensamento e para a vida do crente.

A passagem correlata de ICoríntios 2.13realça a mesma verdade. "Disto também falamos", escreveu Paulo, "não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espíri to Santo ensina, comparando as coisas espir i tuais com as espir i tuais" . "Qua isqu er pa lavras ens inadas pe lo Espír i to Santo são pa lavras d iv inamente insp i radas" .

A segunda grande passagem do NT arespeito da inspiração da Bíblia está em 2Pedro1.21: "Pois a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens santos da

par te de Deus falaram movidos pelo Espíri to Santo". Em outras palavras, os profetas eram homens cujasmensagens não se originaram de seus própriosimpulsos, mas foram "soprados pelo Espíri to".

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Pela revelação, Deus falou aos profetas demuitas maneiras (Hb 1.1), mediante: anjos, visões,

sonhos, vozes e milagres.Inspiração é a forma pela qual Deus falouaos homens mediante os profetas. Mais um sinal deque as palavras dos profetas não partiam delespróprios, mas de Deus, é o fato de eles sondaremseus próprios escritos a fim de verificar "qua l o tempo ou qual a ocasião que o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e sobre as glórias que os seguiram" (IPe 1.11).

Fazendo uma combinação das passagensque ensinam sobre a inspiração divina, descobrimosque a Bíblia é inspirada no seguinte sentido:

& Homens, movidos pelo Espírito, escreverampalavras sopradas por Deus, as quais são asfontes de autoridade para a fé e para a práticacristã.

Definição Teológica da Inspiração

l\la única vez em que o NT usa a palavrainspiração, ela se aplica aos escritos, não aosescritores. A Bíblia que é inspirada, e não seusautores humanos. O adequado, então, é dizer que: oproduto é inspirado, os produtores não.

Os autores escreveram e falaram sobremuitas coisas, como, por exemplo, quando se

referiram a assuntos mundanos, pert inentes a estavida, os quais não foram divinamente inspirados.

Todavia, visto que o Espíri to Santo,conforme ensina Pedro, tomou posse dos homensque produziram os escri tos inspirados, podemos, por

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amplo. Tal sentido mais amplo inclui o processo totalpor que alguns homens, movidos pelo Espírito Santo,enunciaram e escreveram palavras emanadas daboca do Senhor; e, por isso mesmo, palavrasdotadas da autoridade divina.

É esse processo total da inspiração quecontém os três elementos essenciais: a causalidadedivina, a mediação profética e a autoridade escrita.

^ C au sa l id ad e divina.

Deus é a Fonte Primordial da inspiração daBíblia. O elemento divino est imulou o elementohumano. Primeiro Deus falou aos profetas e, emseguida, aos homens, mediante esses profetas. Deusrevelou-lhes certas verdades da fé, e esses homensde Deus as registraram.

O primeiro fator fundamental da doutrina

da inspiração bíblica, e o mais importante, é queDeus é a fonte principal e a causa primeira da verdade bíblica. No entanto, não é esse o únicofator.

Mediação profé t ica .Os profetas que escreveram as Escri turas

não eram au tô m at os1. Eram algo mais que merossecretários preparados para anotar o que se lhesditava. Escreveram segundo a intenção total docoração, segundo a consciência que os movia noexe rcíci o normal de sua tar efa, com seus. estilosl i terários e seus vocabulários individuais.

As personalidades dos profetas não foram

violentadas por uma intrusão sobrenatural . A Bíbliaque eles produziram é a Palavra de Deus, mastambém é a palavra do homem.

1 Pessoa que age como máqu ina , s em rac ioc ín io e s em von tade

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Deus usou personalidades humanas paracomunicar proposições divinas. Os profetas foram acausa imediata dos textos escritos, mas Deus foi acausa principal.

Autor idade e sc r i t a .O produto firial da autoridade divina em

operação por meio dos profetas, como intermediáriosde Deus, é a autoridade escrita de que se reveste a

Bíblia. A Escritura "é div inamente insp i rada e provei tosa para ens inar ,. repreender, corrigir, instruir em ju s t i ç a " .

A Bíblia é a última palavra no que concernea assuntos doutrinários e ét icos. Todas ascontrovérsias teológicas e morais devem ser trazidasao tribunal da Palavra escrita de Deus.

As Escri turas recebera~ sua autoridade dopróprio Deus, que falou mediante os profetas. Noentanto, são os escritos proféticos e não osescri tores desses textos sagrados que possuem eretêm a resultante autoridade divina.

Todos os profetas morreram; os escri tosprofét icos prosseguem.

Em suma, a definição adequada deinspiração precisa ter t rês fatores fundamentais:

Deus, o Causador original;

t Os hòm ens de Deus, que se rvi ram deinstrumentos;

d A autor idade escri ta , ou Bíblia Sagrada, que é oproduto final.

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Os erros e as mudanças efetuados nascópias e nas traduções não podem ser atr ibuídos àinspiração original .

Por exemplo: 2Reis 8.26 (ARC) diz queAcazias tinha 22 anos de idade quando foi coroadorei, enquanto 2Crônicas 22.2 diz que tinha 42 anos.Não é possível que ambas as informações estejamcorretas.

O original é autorizado; a cópia errôneanão tem autoridade. Outros exemplos desse t ipo deerro podem encontrar-se nas atuais cópias dasEscrituras (e.g., cf. lRs 4.26 e 2Cr 9.25). Portanto,uma tradução ou cópia só é autorizada à medida quereproduz com exatidão os autógrafos.

O grandioso conteúdo doutr inár io ehistórico da Bíblia tem sido transmitido de geração ageração, ao longo da história, sem mudanças nemperdas substanciais .

As cópias e as traduções da Bíblia,encontradas no século XX, não detêm a inspiraçãooriginal , mas contêm uma inspiração derivada, umavez que são cópias fiéis dos autógrafos.

De uma perspectiva técnica, só osautógrafos são inspirados; todavia, para f inspráticos, a Bíblia nas línguas de nossa época, por sertransmissão exata dos originais, é a Palavra de Deusinspirada.

Visto que os originais não mais existem,alguns crí t icos têm contestado a inerrância dosautógrafos que não podem ser examinados e nuncaforam vistos. Eles perguntam como é possívelafirmar que os originais não continham erro, se nãopodem.ser examinados.

A resposta é que a inerrância bíblica não éum fato conhecido empiricamente, mas uma crençabaseada no ensino da Bíblia a respeito de sua

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inspiração, bem como baseada na naturezaaltamente precisa da grande maioria das Escri turastransmitidas e na ausência de qualquer prova emcontrário.

Afi rma a Bíblia ser a de cl ara ção de umDeus que não pode come te r erro. É ver dade quenunca se descobriram um único autógrafo originalfalível.

Temos, pois, manuscri tos que foramcopiados com toda precisão e traduzidos para muitaslínguas, dentre as quais o português.

Portanto, para todos os efeitos de doutrinae de dever, a Bíblia como possuímos hoje érepresentação suficiente da Palavra de Deus, cheiadeautoridade. Inspiraç ão do ensino, mas não detodo o conteúdo da Bíblia.

Cumpre ressaltar também que só o que a* Bíblia ensina foi insp irad o por Deus e não apres enta

erro; nem tudo que está na Bíblia ficou isento deerro. Por exemplo, as Escrituras contêm o relato demuitos atos maus, pecaminosos, mas de modo alguma Bíblia os elogia; tampouco os recomenda. Aocontrário, condena essas prát icas malignas.

A Bíblia chega a narrar alg um as dasmentiras de Satanás (e.g., Gn 3.4). Portanto, asimples existência dessa narração não significa que aBíblia ensine serem verdadeira essas mentiras. Aúnica coisa que a inspiração divina garante aqui éque se trata de um registro verdadeiro de umamentira satânica, de uma perversidade real deSatanás.

Às vezes não está perfeitamente claro se aBíblia registra apenas um mero relato do que alguémdisse ou fez, ou se ela está ensinando que devemosproceder de igual forma.

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Ortodoxia: A Bíblia é a Palavra de Deus.Em 18 séculos de História da Igreja,

prevaleceu a opinião ortodoxa da inspiração divina.Os pais da Igreja, em geral, com rarasmanifes tações menos importantes contrár ias ,ensinaram firmemente que a Bíblia é a Palavra deDeus escrita.

Teólogos ortodoxos ao longo dos séculosvêm ensinando, todos de comum acordo, que a Bíbliafoi inspirada verbalmente, isto é, o registro escrito

por inspiração de Deus.No entanto, tem havido tentat ivas de

procurar explicação para o fato de o registro escritoser a Palavra de Deus e ao mesmo tempo em que oLivro foi composto por autores humanos, dotados deest i los diferentes; essas tentat ivas conduziram osestudiosos ortodoxos a duas opiniões divergentes:

1) Alg uns abr açar am a idéia do "di ta do verbal",afirmando que os autores humanos da Bíbliaregistraram apenas o que Deus lhes haviaditado, palavra por palavra.

2 ) Outro s estu dio sos que pref eriam a teoria do"conceito inspirado", segundo qual Deus sóconcedeu aos autores pensamentos inspirados,e estes tiveram liberdade de revesti-los compalavras próprias.

!£?' Modern ismo: A Bíbl ia con tém a Pa lav ra Div ina.Ao surgir o idealismo germânico e a crítica

da Bíblia, sur giu uma nova visão evolu ída da

inspiração bíblica, junto ao modernismo ouliberal ismo teológico.Opondo-se à opinião ortodoxa tradicional

que a Bíblia é a Palavra de Deus, os modernistasensinam que a Bíblia meramente contém a Palavra

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de Deus. Certas partes dela são divinas, expressama verdade, outras são obviamente humanas eapresentam erros.

Tais autores acham que a Bíblia foi vítimade sua época, como acontece a qualquer livro. Dizemque ela teria incorporado muito das lendas, dosmitos e das falsas crenças relacionadas à ciência.

Sustentam que, o fato dos elementos nãoterem sido inspirados por Deus, devem serrejei tados pelos homens i luminados de hoje; taise rr os s er ia m r e squ í ci o s1 de uma men tal id a deprimitiva indigna de fazer parte do credo cristão.

Somente as verdades divinas , entremeadasnessa mistura de ignorância antiga e erro grosseiro,é que de fato teriam sido inspiradas por Deus.

Alguns modernis tas af i rmam que oshomens que escreveram a Bíblia t iveram apenas umaintuição, dizendo que houve apenas manifestação doconhecimento natural da verdade.

A intuição faz parte do ser humano normal,e muitas vezes leva-os a escreverem livros sagrados,científicos, fi losóficos e desse modo se pode atéconhecer a verdade, sem necessidade da inspiraçãodo Espírito de Deus. Essa teoria, entretanto procuranegar a pessoa de Deus, que é a verdade suprema eo Único que a possa revelar.

Outra teoria diz que apenas foi inspiradaas idéias da Bíblia, ficando a palavra a cargo dosescri tores.

Neo-Ortodoxia: a Bíblia torna-se a Palavra de Deus.

No início do século XX, a reviravolta nosacontecimentos mundiais e a influência do paidinamarquês do exis tencial ismo, Soren Kierkegaard,

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deram origem a uma nova reforma na teologiaeuropéia. Estudiosos começaram a voltar-se de novopara as Escrituras, a fim de ouvir nelas a voz deDeus. Sem abrir mão de suas opiniões críticas arespeito da Bíblia, começaram a levar a Bíblia asério, por ser a fonte da revelação de Deus aoshomens.

Criando um novo tipo de ortodoxia,afirmavam que Deus fala aos homens mediante aBíblia; as Escrituras tornam-se a Palavra de Deusnum encontro pessoal entre Deus e o homem.

À semelhança das outras teorias a respeitoda inspiração da Bíblia, a neo-ortodoxia desenvolveuduas correntes.

1) Na extre mid ade mais import ante estavam osde mi t i z ad ore s1, que negam todo e qualquer

conteúdo rel igioso importante, factual ouhistórico, nas páginas da Bíblia, e crêem apenasna preocupação rel igiosa existencial sobre aqual desenvolve os mitos.

2) Na outra, procuram preservar a maior parte dosdados factuais e históricos das Escri turas, massustentam que a Bíblia de modo algum é

revelação de Deus. Antes, Deus se revela naBíblia nos encontros pessoais, não, porém, demanei ra propos ic ional .

Cremos que qualquer cr ia tura podeexperimentar o poder da Bíblia em sua vida, bastadeixar as teorias e viver na prática a Palavra de

Deus. Vamos, portanto observar algumas dessasteorias:

1 Separa r o essenc ia l das na r ra t ivas b íb l i cas de sua fo rma

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Teoria da Inspiração Mecânica ou do Oitado

& Formulação do conceito: O autor bíblico é um

instrumento passivo na transmissão da revelaçãode Deus. A personalidade do autor é posta delado para preservar o texto de aspectoshumanos falíveis.

à ? Objeções ao conceito: Se Deus houvesseditado a Escritura, o estilo, o vocabulário e aredação seriam uniformes. Mas a Bíblia indicadiferentes personalidades e modos de expressãonos seus escritores.

Teoria da Inspiração da Intuição ou Natural

O Formulação do conceito: Indivíduos talentososdotados de excepcional percepção foramescolhidos por Deus para escreverem a Bíblia. Ainspiração é semelhante a uma habilidadeartística ou ao talento natural.Objeções ao conceito: Esta concepção torna aBíblia não muito diferente de outras obrasliterárias religiosas ou filosóficas inspiradoras. Otexto bíblico afirma que a Escritura vem de Deuspor meio de homens (2Pe 1.20-21).

Teoria da Inspiração Verbal, Plenária

$ Formulação do conceito: Elementos tantodivinos quanto humanos estão presentes naprodução da Escritura. Todo o texto da Escritura,inclusive as próprias palavras, é um produto damente de Deus expresso em termos e condiçõeshumanas.

4? Objeções ao conceito: Se toda palavra daEscritura fosse uma palavra de Deus, então nãoexistiria o elemento humano que se observa naBíblia.

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Teoria da Inspiração Parcial

& Formulação do conceito: A inspiração dizrespeito apenas às doutrinas da Bíblia que nãopodiam ser conhecidas pelos autores humanos.Deus proporcionou as idéias e tendências geraisda revelação, mas deu ao autor humano,liberdade ria maneira de expressá-la.

^ Objeções ao conceito: Não é possível inspiraridéias gerais de modo infalível sem inspirar aspalavras da Escritura. A maneira como as

palavras de revelação foram dadas aos profetase o grau de conformidade às próprias palavrasda Escritura por parte de Jesus e dos escritoresapostólicos indicam a inspiração de todo o textobíblico, até das palavras.

Teori a da I nsp ira ção - Graus d e Ins pi raç ão j|

Formulação do conceito: Certas partes daBíblia são mais inspiradas que outras, ouinspiradas de modo diferente. Essa concepçãoadmite erros de diferentes tipos na Escritura.

/t? Objeções ao conceito: Não se encontra notexto nenhuma sugestão de graus de inspiração(2Tm 3.16). Toda a Escritura é incorruptível enão pode falhar (Jo 10.35; IPe 1.23).

Teoria da Inspiração da Iluminação ou Mística

Formulação do conceito: Os autores humanosforam capacitados por Deus a redigirem aEscritura. O Espírito Santo intensificou as suascapacidades normais.Objeções ao conceito: O ensino bíblico indica

que a revelação veio por meio de comunicaçõesdivinas especiais, e não por meio de capacidadeshumanas intensificadas. Os autores humanosexpressam as próprias palavras de Deus, e nãosimplesmente as suas próprias palavras.

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QuestionárioAssinale com "X" as al ternativas corretas

1. Sabendo que o processo total da inspiração contémtrês elementos essenciais, assinale a incorretaa)CH Autoridade escritab ) D Causalidade divinac ) D Mediação proféticad)E] Impulsividade humana

2. A ______ prende-se à origem da verdade e à suatransmissão. A _____ relaciona-se com a recepção eo registro da verdadea ) 0 Inspiração, i luminaçãob)[3 Revelação, inspiraçãoc ) D Inspiração, revelaçãod)LD Iluminação, revelação

3. As teor ias a respei to da inspi ração bíblica têmvariado segundo as características de trêsmovimentos teológicosa)d] A pré-ortodoxia, ortodoxia e a neo-ortodoxiab ) 0 A ortodoxia, o modernismo e a neo-ortodoxiac ) D O pré-moderni smo, a ortodoxia e o

modernismod ) D O pré-moderni smo, modernis mo e o pós-

modernismo

4? Marque "C" para Certo e "E" para Errado

4.l~c| Qualquer criatura pode experimentar o poder da

Bíblia em sua vida, basta deixar as teorias e viver naprática a Palavra de Deus

5.[c1 Os profetas eram homens cujas mensagens nãose originaram de seus próprios impulsos, mas foram"soprados pelo Espírito"

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0 Ensino Bíblico a Respeito da Inspiração

Objeções têm sido levantadas contra asteorias da inspiração, part indo de diferentesconcepções, com variados graus de legit imidade,independentemente do ângulo de observação dapessoa que as formula.

Visto que o objetivo deste estudo é levarao leitor a compreender o caráter da Bíblia; ocri tério analí t ico que escolhemos, visa avaliar essasteorias, levando em consideração o que as Escriturasrevelam a respeito de sua própria inspiração.

Começaremos com o que a Bíblia ensinaformalmente sobre essa questão e, depois,examinaremos o que se acha implíci to nesse ensino.

^ O que a própri a Bíbl ia ens ina a respeit o de sua inspiração.

A Bíblia declara ser um livro dotado deautoridade divina, resultante de um processo peloqual , homens movidos pelo Espíri to Santoescreveram textos inspirados (soprados) por Deus.Vamos agora examinar em m inú cia s1 o que s ignif icaessa declaração.

No mesmo assunto, destacam-se aindaduas posições que os modernistas não conseguemnegar, embora não concordem com:

1. A inspiração plena e verbal da Bíblia;2. A inspiração e inerrância das Escrituras.

Quando dizemos inspiração verbal é para

denotar cada palavra, e, inspiração plena, para dar osentido de completo, inteiro; o que contraria oconceito de inspiração parcial.

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®" Co m pr ee nd en do a ins pi ra ção divina .Para que sua palavra chegasse a nós, Deus

usou homens, que foram auxil iados e diretamenteassistidos pelo Espírito Santo, a fim de não permitirque eles cometessem erros quando escreviam oregistro fiel e verdadeiro da Palavra de Deus.

Foram inspirados, nas ocasiões em queDeus pelo seu Espírito atuava em seus corações (2Pe1.21). Eram homens cheios de fraquezas, dúvidas,negações, divergências, etc, mas quando estavamsob a atuação do Espírito de Deus, jamais falharam,pois estavam nas mãos de Deus.

O apóstolo Paulo, homem de Deus, afirmaa inspiração da Palavra dizendo: "toda a Escritura divinamente inspirada é provei tosa" (2Tm 3.16).Paulo cria na inspiração da Bíblia.

Os autores dos livros históricos, por

exemplo, puderam separar a verdade do erro quandobuscavam as bases para suas narrativas. Naverdade, os l ivros históricos têm ensinos vitais paraas nossas vidas. Paulo falou disso (ICo 10.11).

Temos um livro que os registros foraminspirados por Deus e que todo o ensino necessárioacerca das coisas da vida fosse transmitido de

maneira singular. "Uma das art imanhas de Satanás édesacreditar a Bíblia, como a palavra inspirada,usando fatos e argumentos contra a ela".

Entretanto, Deus (Hb 1.1) tem falado aoshomens, inspirando outros, movidos pelo seuEspíri to Santo para comunicar com exatidão amensagem divina, tornando a Bíblia, O LivroSingular! "Conhecer a Inspiração Divina da Bíblia éconhecer o próprio Deus, movendo-se através dotempo, usando vidas chamadas e consagradas ( Is6.8) para realizar seus propósitos".

Com inspiração queremos dizer que osmanuscri tos originais da Bíblia nos foram concedidos

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pela revelação de Deus, exatamente por isso, detêma absoluta autoridade de Deus, para formar opensamento e a vida cristã. Isso significa que tudoquanto a Bíblia ensina constitui tribunal de apelaçãoinfalível.

^ A inspiração é verba! .O texto de 2Timóteo 3.16 declara que as

graphã, i.e., os textos, é que são inspirados. "Moisés escreveu todas as palavras do Senhor. . ." (Êx 24.4).

O Senhor ordenou a Isaías que escrevessenum livro a mensagem eterna de Deus (Is 30.8).Davi confessou: "O Espíri to do Senhor fala por mim, e a sua Palavra está na minha boca" (2Sm 23.2). Eraa Palavra do Senhor que chegava aos profetas nostempos do AT. Jeremias recebeu esta ordem: ". . . não te esqueças de nenhuma Palavra" (Jr 26.2).

Jesus e seus apóstolos ressal taram arevelação registrada ao usar repetidamente aexpressão "está escri to" (Mt 4.4,7; Lc 24.27,44).

Paulo testemunhou: " . . . falamos, não com pa lavras de sabedoria humana, mas com as que o Espír i to Santo ensina. . ." (ICo 2.13). João nosadverte quanto a não " t i ra r qua isquer pa lavras do

l ivro desta profecia" (Ap 22.19).As Escrituras (i.e. os escritos) do AT são

cont inuamente mencionadas como Palavra de Deus.No célebre sermão da montanha, Jesus declarou quenão só as palavras, mas até mesmo os pequeninossinais diacrí t icos1de uma palavra hebraica vieram deDeus: "Em verdade vos digo que até que a terra e o

céu pass em nem um jo ta ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido" (Mt 5.18).

1 Sina l que se apõe a uma le t ra para dar- lhe novo va lor, comocedi lha , t i l , acentos , ou , nos a l fabe tos foné t icos , a um s ímbolo ,pa ra ind ica r as ca rac t e r í s t i ca s de um som ta i s como duração e

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Portanto, o que se diz como teoria arespeito da inspiração das Escrituras, fica bem claroque a Bíblia reivindica para si mesma toda a

autoridade verbal ou escrita. Diz a Bíblia que suaspalavras vieram da parte de Deus.

Inspiração verbal significa que, napreparação das Escri turas, a superintendência doEspíri to Santo se estende às próprias palavrasempregadas. A Bíblia constantemente afirma que assuas palavras foram dadas ou dir igidas pelo Espíri to

Santo (At 28.25; *LCo 2.13; 2Pe 1.21).^ A inspiração é plena.

A inspiração plena da Bíblia é fatoincontestável porque assuntos vi ta is como expiação,salvação, ressurreição, recompensas e cast igofuturos requerem a direção de um Espírito infalível afim de se evitarem informações que levem ao erro.Inspiração plena significa que toda a Bíblia éinspirada em todas as suas partes.

Cristo nunca fez distinção entre os livrosda Bíblia quanto à sua origem divina e autenticidade,mas aplica a expressão "Palavra de Deus" a todo ocânon do Antigo Testamento. O mesmo fez osapóstolos (2Tm 3.16).

Na verdade, os escritores bíblicosescreveram suas mensagens com palavras de seupróprio vocabulário, porém, inspirados einfluenciados pelo Espíri to Santo.

Ele guiou os escritores na escolha daspalavras de acordo com a personalidade e o contextocultural de cada um. Apesar de conter palavrashumanas, a Bíblia é a Palavra de Deus.

Deus deu a Palavra e providenciou o modode garantir a autenticidade da sua Palavra, que oshomens de Deus haveriam de escrever. Ele nãoescreveu nenhuma parte da Bíblia. Uma vez escreveu

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com o seu dedo os Dez Mandamentos em duastábuas de pedra, em ambas as bandas (Êx32.15,16), porém, Moisés quando viu o bezerro deouro que os israelitas haviam feito, arremessou astábuas, quebrando-as ao pé do monte (Êx 32.19).Jesus escreveu uma só vez na terra (Jo 8.8).

Deus, ao dar aos homens o Livro Divino,escolheu e preparou para isto servo seus, dandoplena inspiração pelo Espírito Santo a eles (IPe1.10-12; 2Pe 1.21; lTm 3.16, Jó 32.18-20, etc).

Cada autor escreveu conscientementeconforme o seu estilo e vocabulário e a sua maneiraindividual de se expressar, mas todos sob ainfluência da inspiração do Espírito Santo. Assim aspalavras, com que registraram o que receberam deDeus, foram-lhes ensinadas pelo Espíri to (ICo 2.13).

Davi, que era rei e profeta, disse: "O

Espírito de Deus falou por mim e a sua palavra esteve na minha boca" (2Sm 23.2). Desta maneiraficou toda a Bíblia inspirada pelo Espírito Santo.

É realmente um milagre! O mesmo Espíritoque inspirou Moisés a escrever os primeiros cincolivros da Bíblia (Êx 24.1-4, Nm 33.2), cerca de 1.550anos antes de Cristo, inspirou também o apóstolo

João a escrever o seu Evangelho, e as suas trêsEpístolas e o Apocalipse, no ano 90 d.C.Esta inspiração plena atinge até as

palavras usadas, inclusive a sua forma gramatical.Temos vários exemplos na Bíblia que mostram comoa forma gramatical adequada, que os autoresaplicaram, serviu para explicar grandes e

importantes doutrinas (cf . Mt 22.32), onde Jesusempregou o verbo "ser", na forma de presente (Eusou o Deus de Abraão, etc) para provar a realexistência de vida após morte.

Em Gálatas 3.16 vemos como a formasingular do substantivo "posteridade" foi usada para

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dar um importante ensino, como a promessa dada aAbraão se cumpriu na pessoa de Jesus. O mesmopode ver também em Hebreus 12.27; João 8.57 e emmuitos outros exemplos.

A teologia modernista não aceita adoutrina sobre a inspiração plenária da Bíblia. Elesconcordam em aceitar que as idéias ou pensamentosda Bíblia podem ser inspirados, mas que as palavrasusa das, no texto, são um produto de autore s, osquais estão sujeitos a erros.

Outros reconhecem a Bíblia comoautor idade em assuntos meramente espir i tuais ,porém, em tudo que se relac iona com ciê ncia,biologia, geologia, história, etc, a Bíblia não podeser considerada uma autoridade.

Eles dizem abertamente: "Errar éhumano". Para dar uma aparência de piedade e

respeito às coisa s de Deus eles dizem: "A Bíbliaco ntém a Pal avra de Deus , mas ela não o é".Infel izmente esta crí t ica material is ta contra averacidade da Bíblia tem se espalhado. A falsamentechamada "ciência" faz com aqueles que a professemse desviem da fé ( lTm 6.20,21).

Para os crentes convictos da sua salvação,que vivem em comunhão com Deus e sentem aoperação do Espírito Santo em suas vidas, estacrí t ica não gera problemas. Eles simplesmentere je i tam te rminantemente qua lquer a f i rmat ivacontrária à Bíblia. Eles o fazem com convicção. Abase desta rejeição é segura. Vejamos:

s Rejeitamos toda a crítica contra a Bíblia, porqueJesus considerou a Bíblia como a "Palavra de Deus” (Mc 7.13). E o apoio dEle vale mais que asidéias afirmativas de quem querem que seja.

S Rejeitamos a crítica modernista, contra averacidade da Bíblia, porque seria uma ofensacontra Deus que é perfeito (Mt 5 48) afirmar que

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a sua Palavra contém erros e mentiras. A Bíbliaafirma: "A lei do senhor é perfeita" (SI 19.7). "É

provada" (SI 18.30), e "fiéis são todos os seus mandamentos" (SI 111.7).

A palavra da "Ciência" também nunca é a"última palavra". "O que hoje se afirma em nome daCiência, amanhã outros o desfazem".

Um grande teólogo alemão, A. Luescherconstatou em uma de suas obras, que no ano de

1.850 os críticos contra a Bíblia apresentaram 700argumentos científ icos contra a veracidade da Bíblia.Hoje, 600 destes argumentos já foram deixados pordescobertas mais atualizadas.

O que a Bíblia afirma é como uma rocha,que não muda por causa das ondas do mar que selançam contra ela. Não queremos trocar a nossa féna Palavra de Deus levando em conta, homens queconsideram a sua sabedoria mais que a de Deus, esim, que a nossa fé se apóie não na sabedoriahumana, mas no poder de Deus (ICo 2.5).

Negar a inspiração plena das Escrituras,portanto, é desprezar o testemunho fundamental deJesus Cristo (Mt 5.18; 15.3-6; Lc 16.17; 24.2527,44,45; Jo 10.35), do Espírito Santo (Jo 15.26;16.13; ICo 2.12-13; lTm 4.1) e dos apóstolos (2Tm3.16; 2Pe 1.20,21). Além disso, l imitar ou descartara sua inerrância é depreciar sua autoridade divina.

A inspi ração a t r ibu i au tor idade .O termo "Escri tura", conforme se encontra

em 2Timóteo 3.16, refere-se principalmente aos

escri tos do Antigo Testamento (2Tm. 3.15).Há evidências, porém, que os escritos do

Novo Testamento já eram considerados escr i turadivinamente inspirada por volta do período em quePaulo escreveu 2Timóteo (lTm 5.18, cita Lc 10.7;

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escri tos divinamente inspirados tanto do AT quantodo NT, isto é, a Bíblia. São (os escritos) asmensagens originais de Deus para a humanidade, e o

único testemunho infal ível da graça salvíf ica de Deuspara todos.Paulo afirm a que toda a Escri tura é

inspirada por Deus. A palavra "inspirada" (gr.t heopneustos) provém de duas palavras gregas:

^ T h e o s , que significa "Deus";s P n e u õ, que significa "respirar".

Sendo ass im, " inspir ado" s ignif ica "aqui loque é sopr ado ou res pirado por Deus". Toda aEscritura, portant o, é "re sp ira da " por Deus; é aprópria vida e Palavra de Deus. Deste modo,entendemos que o Espírito inspirou cada palavra daBíblia, capacitando os escri tores a registrarem demodo correto e preciso a revelação divina.

A Bíblia, nas palavras dos seusmanuscri tos originais , é inerrante; sendo verdadeira,f idedigna e infal ível . Esta verdade permaneceinabalável, não somente quando a Bíblia trata dasalvação, valores ét icos ou morais , como tambémestá isenta de erro em tudo aquilo que ela tratainclusive a história e o cosmos (cf. 2Pe 1.20,21).

Os escri tores do AT estavam conscientesem dizer e escrever ao povo que era realmente aPalavra de Deus (Dt 18.18; 2Sm 23.2).

Repet idamente os profetas inic iavam suasmensagens com a expressão: "Assim diz o Senhor". Jesus também ensinou que a Escritura é a inspiradaPalavra de Deus até em seus mínimos detalhes (Mt5.18). Afirmou que tudo quanto Ele disse foirecebido da parte do Pai e é verdadeiro (Jo 5.19,30,31; 7.16; 8.26). Ele falou da revelação divina aindafutura (isto é, a verdade revelada do restante doNT), da parte do Espírito Santo através dosapóstolos (Jo 16.13; cf. 14.16,17; 15.26,27).

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Na sua ação de inspirar os escritores peloseu Espírito, Deus, sem violar a personalidade deles,agiu neles de tal maneira que escreveram sem erro

(2Tm 3.16; 2Pe 1.20,21; ver ICo 2.12,13).A inspirada Palavra de Deus é a expressão

da sabedoria e do caráter de Deus e pode, portanto,transmitir sabedoria e vida espiri tual através da féem Cristo (Mt 4.4; Jo 6.63; 2Tm 3.15; IPe 2.2).

A Bíblia é um testemunho infalível everdadeiro de Deus, na sua atividade salvífica a

favor da humanidade, em Cristo. Ela é incomparável,e ternamente completa e incomparavelmenteobrigatória. Nenhuma palavra de homens oudeclarações de ins t i tu ições re l igiosas iguala-se àautoridade delas.

Qualquer comentár io , expl icação, doutr ina ,interpr etação e tradição devem ser jul ga das evalidadas pelas palavras e mensagens da Bíblia (Dt13.3). A Bíblia como Palavra divina deve serrecebida, crida e obedecida como a autoridadesuprema em todas as coisas pertencentes à vida e àpiedade (Mt 5.17-19; Jo 14.21; 15.10; 2Tm 3.15,16).

Na Igreja, a Bíblia deve ser a autoridadefinal em todas as questões: de ensino, repreensão,correção, doutrina e instrução na justiça (2Tm3.16,17).

Ninguém pode submeter-se ao senhorio deCristo sem estar submisso a Deus e à sua Palavracomo a autoridade máxima (Jo 8.31,32, 37). E sópodemos entender devidamente a Bíblia seestivermos em harmonia com o Espírito Santo. Elequem abre nossas mentes para compreendermos o

seu sentido, e dá-nos testemunho em nosso interiorde sua autoridade.

Devemos nos firmar na inspirada Palavrade Deus para vencermos o poder do pecado, deSatanás e do mundo (Mt 4.4; Ef 6.12,17; Tg 1.21).

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Nota:Não devemos deixar de observar que a

Bíblia é infalível na sua inspiração somente no textooriginal dos livros que lhe são inerentes.

Logo, sempre que acharmos nas Escri turasalguma coisa que parece errada, ao invés depressupor que o escri tor daquele texto bíblicocometeu um engano, deve ter em mente trêspossibilidades no tocante a tal suposto problema:

1. As cópias exist ent es do manu scri to bíblicooriginal podem conter inexatidão;

2. As t raduções a tualmente exis tentes do textobíblico grego ou hebraico podem conter falhas;

3. A nossa própria compreensão do texto bíblicopode ser incompleta ou incorreta.

Questionário^ Assinale com "X" as al ternativas corretas

6. É incerto dizer quea)KI Cristo fez distinção entre os livros da Bíblia

quanto à sua origem divina e autenticidade

b)IZI A Bíblia reivindica para si mesma toda aautor idade verbal ou escrita e diz que suaspalavras vieram da parte de Deus

c ) D Os manuscritos originais da Bíblia nos foramconcedidos pela revelação de Deus, e por isso,detêm a absoluta autoridade divina, para formaro pensamento e a vida cristã

d ) D A Bíblia declara ser um livro dotado deautoridade divina, resultante de um processo peloqual, homens movidos pelo Espírito Santoescreveram textos inspirados por Deus

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7. É cor reto afi rmar quea ) G I A teologia modernista aceita a doutrina sobre

a inspiração plenária da Bíblia

b)dl A teologia modernista não concorda em aceitarque as idéias ou pensamentos da Bíblia podem serinspirados

c) U 0s escritores bíblicos escreveram suasmensagens a partir de um vocabulário novo edivino

d)El O Espírito Santo guiou os escritores na escolha

das palavras de acordo com a personalidade e ocontexto cultural de cada um

8. É incorreto dizer que:a) lZI Só podemos entender devidamente a Bíblia se

estivermos em harmonia com o Espírito Santob ) 0 Jesus também ensinou que a Escritura não é a

inspirada Palavra de Deus em seus mínimosdetalhes

C ) D O Espírito Santo inspirou cada palavra daBíblia, capacitando os escritores a registrarem demodo correto e preciso a revelação divina

d)[ZI A inspirada Palavra de Deus é a expressão dasabedoria e do caráter de Deus e pode, portanto,transmitir sabedoria e vida espiritual através dafé em Cristo

S? Marque "C" para Certo e "E" para Errado

9.[ç] Os crentes convictos da sua salvação, rejeitamterminantemente qualquer a f i rmat iva cont rár ia àBíblia

10.L£] Negar a inspiração plena das Escrituras,portanto, é aceitar o testemunho fundamental deJesus Cristo, do Espírito Santo e dos apóstolos

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Duas palavras gregas são mais comumenteusadas: apocalúptein e farenoun. Entre as duas hásutis sombras de significados. A primeira significa"desvendamento", ao passo que a segunda apontamais para o conceito de "manifestação daquilo quefora desvendado". Portanto, a idéia de revelaçãoenvolve o que antes era misterioso, oculto edesconhecido.

Os teólogos geralmente descrevem arevelação divina em termos de revelação geral e derevelação especial.

s A reve lação gera l consiste no testemunho queDeus dá de si mesmo através da criação, dahistória e da consciência humana. Aparece emtrechos como Salmos 19; Atos 14.8-18; 17.1634; Romanos 1.18-32; 2.12,16; etc.

s A r eve lação e spec ia l é o desvendamento queDeus faz de sim mesmo, dentro da história dasalvação (revelação na realidade), e na palavrainterpretat iva das Escri turas (revelação naPalavra).

Modelos de Revelação

1. Rev elaç ão com o Doutr ina.

O Defin ição: A revelação é dotada de autoridadedivina, sendo transmitida pelo meio (palavras)exclusivo da Bíblia. As suas proposições em geralassumem o caráter da doutrina.

^ Propós i to : Despertar a fé salvadora por meio da

aceitação da verdade revelada de maneira supremaem Jesus Cristo.

t Part idários: Pais da Igreja, Igreja Medieval,Reformadores, B. B. Warfield, Francis Schaeffer eConcílio Internacional Sobre Inerrância Bíblica.

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03 Visão aeral da Bíblia: A Bíblia é a Palavra de Deus(tanto na forma como no conteúdo).

§ Relação com a história: A revelação é trans-histórica (ela é discreta e determinativa quanto àsua contigüidade1com a história).

^ Mei o de a pr ee ns ão h u m a n a : Iluminação (peloEspírito Santo).

\̂\ Hermenêut ica básica: Indução (objetiva).

Pontos fortes alegados:Deriva do próprio testemunho da Bíblia sobre simesma;

✓ É a concepção tradicional, desde os pais daIgreja até o presente;

v É dis tintivo em vir tude da sua coerênc ia interna;✓ Provê o fundamento para uma teologia

consistente.

Pontos f racos a legados:y A Bíblia não reivindica a sua própria

infalibilidade proposicional. Os exegetas antigose medievais eram abertos a interpretaçõesalegóricas/espirituais. A diversidade de termos e

convenções literárias milita contra esse modelo.y A ciência moderna refuta o literalismo bíblico eoutras noções ligadas a esse modelo,

y Sua hermenêutica ignora o poder sugest ivo docontexto bíblico.

2. Revelaç ão como Evento His tór ico .

& Defin ição: Revelação é a demonstração dadisposição e capacidade redentora de Deusconforme testificada por seus grandes feitos nahistória humana.

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/<? Propós i to : Instilar esperança e confiança no Deusda história.

t Part idários: Willian Temple, G. Ernest Wright,Oscar Cullman e Wolfhart Pannenberg.

CDI Visão geral da Bíblia: A Bíblia é um evento. Estáligada à auto-revelação de Deus manifestaindiretamente na totalidade de sua atividade nahistória. Ela nunca é extrínseca seja à continuidadeou à particularidade dessa história.

1 Relação com a história: A revelação é intra-histórica (a Bíblia revela a história dentro dahistória).

f Meio de apreensão humana: Razão.Hermenêut ica básica: Dedução objetiva/subjetiva.

■* Pontos fortes a lega dos :✓ Tem valor religioso pragmático1 por causa do seu

caráter concreto;✓ Identifica certos temas bíblicos subestimados ou

ignorados pelo modelo proposicional (Revelaçãocomo Doutrina);

</ É mais orgânico em sua abordagem e aponta

para um modelo de história;v* É não-autoritário, sendo assim mais plausível2para a mentalidade contemporânea.

-*■ Pontos fra cos al eg ad os :M Relega a Bíblia a uma posição de "fenômeno". É

virtualmente desprovido de sustentaçãoteológica. Apesar de sua alegada plausibilidade,não promove o diálogo ecumênico3.

S u s c e t í v e l d e a p l i c a ç õ e s p r á t i c a s ; v o l t a d o p a r a a a ç ã o .2 Q u e m e r e c e a p l a u s o . R a z o á v e l , a c e i t á v e l , a d m i s s í v e l .3 Diz- se do c ren te que man i fe s t a d i spos i ção à conv ivênc ia e

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3. Revelação como Exper iênc i a In te rior.

0 Definição: Revelação é a auto-manifestação deDeus por meio de sua presença íntima nasprofundezas do espírito e da psiquê humanas.

Propós i to : Propiciar uma experiência de união comDeus que equivale à imortalidade.

T Par t id ár ios : Friedrich Schleirmacher, D. W. R.Inge, C. H. Dodd e Karl Rahner.

d Visão geral da Bíblia: A Bíblia contém a palavra

de Deus (misturada com os elementos humanos deerro e mito: a Bíblia é uma "casca" que envolve o"cerne" da verdade). Essa verdade somente podeser apreendida (experimentada) por meio deiluminação pessoal.

1 Relação com a história: A revelação é psico-histórica (ela relaciona-se com a história como uma

imagem mental da continuidade humana).Meio de apreensão humana: Intuição.

ES Hermenêut ica básica: Ecletismo (subjetiva).

Pontos for tes a legados:✓ Oferece defesa contra uma crítica racionalista da

Bíblia;

✓ Promove a vida devocional. A sua flexibilidadeincentiva o diálogo inter-religioso.

Pontos f racos a leoados:y Faz uma seleção arbitr ária de dados bíblicos;y Substitui o conceito bíblico da eleição pelo

eli tismo1 natural. Por sua ênfase na experiênc ia,faz um divórcio entre revelação e doutrina;

M Sua orientação experimental também apresentao risco de uma excessiva introspecção na práticadevocional.

1 Sis t ema que f avorece a s e l i t e s , com p re ju í zo da ma io r i a . Idea l

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4. Revela ção como Presença Dia lé t ica .

Definição: Revelação é a mensagem de Deusàqueles que Ele confronta com a sua Palavra naBíblia e com Cristo na proclamação cristã.Propós i to : Gerar a fé como a adequadaconsumação meta-revelatória de si própria.

t Part idários: Karl Barth, Emil Brunner e JonhBaillie.

ffl Visão Geral da Bíblia: A Bíblia torna-se a palavra

de Deus a nós (a revelação não é estática, masdinâmica, e tem que ver com a contingência daresposta humana) na medida em que é dinamizadapelo Espírito Santo.

1 Relação com a história: A revelação é supra-histórica (a Bíblia revela a "história além dahistória").

r‘ Meio de apreensão humana: Razão "transacional"(interação com a fé intrínseca à revelação).

Kl Hermenêut ica básica: Indução (subjet iva) .

Pontos fortes alegados:Procura apoiar-se sobre um fundamento bíblico;

«/ Evidencia um claro enfoque cris tológico, porémnão ortodoxo;

«/ Oferece a opor tunidade de encont ro com Deus.

-* Pontos frac os al eo ad o s:y Embora fundamentado na Bíblia, carece de

coerência interna;y Sua linguagem paradoxal 1 é confusa;

y Sua obscuridade ao relacionar o Cristo da fé como Jesus histórico enfraquece a sua validade.

1 Que ence r ra pa radoxo ou se funda em pa radoxo . Pa radoxo :Conce i to que é ou pa rece con t r á r io ao comum; con t r a - senso ,

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5. Revelação como Nova Consc iênc ia .

O Defin ição: Revelação é o atingir de um nívelsuperior de consciência à medida que se é atraídopara uma participação mais frutífera na criatividadedivina.

t Propósito: Obter a reestruturação da percepção eda experiência; e uma autotransformaçãosimultânea.

t Part idários: Teihard de Chardin, M. Blondel,

Gregory Baum, Leslie Dewart, Ray L. Hart e PaulTi l l ich.

d Visão geral da Bíbl ia : A Bíblia é um paradigma -um mediador pelo qual se pode obterautotransformação e transcendência (mas ela ésomente um esforço humano que utiliza umalinguagem humana "cl audi ca nt e1" com vistas a esseobjetivo).

H Rel ação com a hi st ór i a: A revelação é não-histórica (a história torna-se irrelevante ao sersubmetida a contínuas re-interpretações detranscendência pessoal).

Meio de apreensão humana: Meditação racional /míst ica.

Hermenêut ica básica: Ul tra -ec let ismo2 (subjetivaao extremo).

Pontos fortes alegados:* Evita a inf lex ibi lidade e o autor itari smo.

Respeita o papel ativo da pessoa no processo derevelação. Harmoniza-se com o pensamentoevolucionista ou transformacionista;

* Sua filosofia satisfaz a necessidade de um viverfrutífero no mundo.

' Q u e c l a u d i c a . I n c e r t o , v a c i l a n t e , d u v i d o s o .2 R e u n i ã o d e e l e m e n t o s d o u t r i n á r i o s d e o r i g e n s d i v e r s a s q u e n ã o

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-> Pon tos f racos a l egados :y Faz violência a Escritura por meio de suas

interpretações não-ortodoxas;y É um néo-gnosticismo inadequado para umaexperiência cristã significativa;

y Nega o valor cognitivoVobjetivo da Bíblia em suatotalidade.

Categorias da Revelação Divina

As Escri turas nos informam sobre trêsmodos peios quais Deus têm se revelado às suascriaturas terrenas:

1. A revelação natural manifesta na Criação.É impossível negar a existência de Deus

diante da beleza da Criação (SI 19.1-6). Entretanto,quando entrou o pecado no mundo, o homemdesviou-se do Criador e, conseqüentemente, arevelação natural tornou-se insuficiente. Daí anecessidade de uma revelação mais objet iva eexplícita - a escrita (At 14.17).

2. A revelação escr i ta .Por esse modo, Deus revelou seu amor à

obra-prima da Criação, o homem; demonstrando-lheo desejo de manter comunhão com ele e revelar-lhesua soberana vontade através da escrita.

Este modo de revelar-se não anulou arevelação natural, mas tornou-a ainda mais viva ereal, propiciando ao homem uma revelação pessoal,como o Todo-Poderoso e suficiente.

Para que sua Palavra fosse conhecida portodos os homens através da escrita, o Senhorescolheu dois ricos idiomas, o hebraico e o grego.

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1* Mani fes t ações Vi s íve i s .Deus manifestando-se em forma visível .

Exemplos:s Te ofa nia s1 do AT antes da encarnação de Jesus

Cristo (geralmente descri to como o Anjo doSenhor, Gn 16.7-14, ou como um homem,como no caso de Jacó, Gn 32);

s A glória do shekinah (Êx 3.2-4; 24.15-18;40.34-35);

S Jesus Cristo (a inigualável manifestação deDeus como um verdadeiro ser humano, comtodos os processos e experiências humanastais como o nascimento, a dor e a morte; Jo1.14; 14.9; Hb 1.1-2).

Questionário

S? Assinale com "X" as al ternativas corretas

1. Consiste no testemunho que Deus dá de si mesmoatravés da criação, da história e da consciênciahumanaa ) ÍZD A re ve la çã o pr o gr es s i vab ) 0 A revelação antrópicac ) D A revelação especiald)@ A revelação geral

2. O modelo de revelação que tem uma visão geral daBíblia como a Palavra de Deus, tanto na forma comono conteúdoa)EH Revelação como Experiência Interiorb ) H Revelação como Doutrinac ) D Revelação como Evento Históricod ) 0 Revelação como Nova Consciência

1 Mani fe s t ação de Deus, desd e a voz a té a imagem , pe rcep t íve l

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3. As revelações especiais no nascimento de Isaque ena travessia do mar Vermelho são exemplos dea)[H Manifestações visíveisb ) D Comunicações divinasc ) 0 Eventos miraculososd)EH Teofanias

S Marque "C" para Certo e "E" para Errado

4.yy Quando ainda não havia Palavra de Deus escrita,o Todo-Poderoso revelava-se verbalmente às suascriaturas na terra

5. \ i \ É o único modo pelo qual Deus tem se revelado àssuas criaturas terrenas: a revelação escrita

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Teologia e Revelação

A possibil idade da teologia advém darevelação de Deus, dos dons com que o homem foidotado. A idéia cristã tem sido a de que temosatravés das Escrituras a Palavra revelada e que elasconstituem, portanto, a fonte suprema para ateologia. Vamos apresentar provas para esta crença.

Argumento a pr ior i .Este é um argumento, que vai de algo

interior para algo exterior. No que diz respeito apresente discussão, ele pode ser enunciado: sendo ohomem o que é, e sendo Deus o que é; examinemosmais de perto as partes deste argumento:

O homem não é apenas um pecadordebaixo da condenação da morte eterna, como eletambém se inclina para longe de Deus, ignorante arespeito dos propósitos e dos métodos de salvaçãode Deus por suas próprias forças.

Ele se encontra, em outras palavras, emuma condição desesperadora, da qual ele apenasparcialmente tem consciência, e não sabe se podeser salvo desta condição e nem se isso for possível,como fazê-lo.

As revelações não escritas geral e especialde Deus não oferecem respostas reais a estaquestão. Vê-se claramente, portanto, que ele precisade instrução infalível a respeito de seu maisimportante bem na vida: seu bem eterno.

Acima desta necessidade profunda dohomem, temos os atr ibutos e caráter singular deDeus que se tornam possível, se não provável, asat isfação dessa necessidade.

Deus é onisciente, santo, amoroso, bom eonipotente. Como Ele é onisciente, Ele conhece tudo

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não pode desculpar o pecado e aceitar umrelacionamento com o homem enquanto ele est iver

nessa condição, como Ele é amoroso e bom, pode serlevado a procurar e por em funcionamento um planode salvação; e como Ele é onipotente, pode nãoapenas revelar a si próprio, mas também dar porescrito as revelações a seu respeito que foremnecessárias para a e,xperiência de salvação.

É certo què este argumento não nos levaalém de mera possibilidade, ou quando muito daprobabi l idade.

Apesar de sabermos que Deus é amor eque Ele exerce esse atributo em sua divindade, senão tivermos uma revelação clara a esse respeito,não teremos certeza que Ele ama ao pecador.

Não podemos fazer de seu amor umaatitude necessária da parte dEle, ou então o amornão será mais amor, e a misericórdia não será maismisericórdia, e a graça não será mais graça.

O elemento de voluntariedade tem que sermantido em todos eles. Mas, mesmo assim, oargumento tem certo valor por inspirar a esperançaque Deus pode sat isfazer às mais profundasnecessidades dos homens.

^ Arg ume nto da ana log ia .Este é o arg um en to res ulta nte da

correspondência entre as proporções ou relaçõesentre coisas. Ele fortalece o argumento anterior emdireção à probabil idade de uma incorporação darevelação divina. O argumento pode ser apresentado

em duas partes:Primeira par te :

Onde a co mu nic açã o entre indivídu ospossuidores de algum tipo de intel igência se faz

á i t " l ã "

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Existe pronunciamento direto. Até mesmoos animais inferiores expressam com suas vozesseus diferentes sentimentos. E quando entramos nodomínio da vida humana, percebemos uma presençacorrespondente aos poderes notados nas criaturasinferiores. Observamos algum tipo de fala para asociedade.

Existe comunicação direta de uma paraoutra, uma revelação constante, imediata depensamentos e sentimentos ínt imos, expressa demaneira a ser claramente compreendida.

Conseqüentemente , não pode haveroposição ao fato de uma revelação direta, clara everdadeira, t irada da analogia com a natureza.

Apesar de que este argumento não podeser válido para provar que a revelação de Deus vaiser incorporada em um livro, ele contribui para essaopinião.

Segunda par te :Observa que na natureza há sinais de

bondade reparadores, e na vida dos indivíduos enações há evidências de paciência em açõesprovidenciais que permitem a esperança de que,

como diz Strong: "Enquanto a jus t iça for exercida, Deus pode ainda dar a conhecer a lguma maneira de res taurar os pecadores" .

Strong acha que: "este fato estásubentendido nas providências para a cura de machucaduras em plantas e pela res tauração de ossos quebrados na criação animal, na provisão de

agentes medicinais para a cura das enfermidades humanas, e especialmente na demora para o a r r epend i men to " .

Esses fatos todos fornecem alguma basepara se pensar que o Deus da natureza é um Deusd iê i i i ó di Di

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desta seção que este argumento nos leva um poucomais longe do que o argumento priori.

O pr imeiro s implesmente oferece aesperança de que Deus possa vir em socorro de umser caído; o segundo, mostrando que Deusprovidenciou a cura de muitos males nos mundosanimal e vegetal e, que ele lida pacientemente ebenevolamente com a humanidade em geral , provade que Ele realmente vem em socorro de suascriaturas carentes.

Mais uma vez, porém, podemos derivardeste argumento, apenas de maneira muito geral , agarantia de que Ele revelará seus planos epromessas em registro escrito.. .

v Argumento da indes t ru t ib i l idade da Bíb l ia .Quando lembramos que apenas uma

porcentagem pequena de l ivros sobrevive além deum quarto de século, e apenas um número pequeno,dura mil anos; percebemos imediatamente que aBíblia é um livro diferente. Lembrando-nos dascircunstâncias nas quais ela tem sobrevivido, estefato torna-se surpreendente.

Pink diz: " Quando pensamos no fa to da Bíblia ter sido algo especial, de infindái/el

perseguição , a maravilha da sua sobrevivência se transforma em um milagre. Por dois mil anos, o ódio do homem pela Bíblia tem sido persistente, de te rminado, incansável e assass ino" .

Todos os esforços possíveis têm sido fei topara corroer a fé na inspiração e autoridade da

Bíblia, e inúmeras operações têm sido levantadas aefeito para fazê-la desaparecer.

Decretos imperiais têm sido impostos,ordenando que todas as cópias existentes da Bíbliafossem destruídas, e quando essa medida não

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ordens foram dadas para que qualquer pessoa quepossuísse uma cópia da Bíblia fosse morta.

O próprio fato de a Bíblia ser alvo de tãoincansável perseguição nos deixa maravilhadosdiante de tal fenômeno. Podemos mencionar apenasalguns dos esforços que têm sido feito para abolir ouexterminar a Bíblia, ou, quando isso não se deu,para roubar dela sua autoridade divina.

Os imperadores romanos logo descobriramque os cristãos baseavam sua crença nas Escrituras.

Conseqüentemente , buscavam suprimi- los ouexterminá- los .

O mais notável foi Dioclécio que, atravésde um decreto real em 303 d.C. ordenou que todosos exemplares da Bíblia fossem queimados. Ele haviamatado tantos cristãos e destruído Escri tos Sagradosque, quando os cristãos f icaram quietos por algum

tempo e permaneceram escondidos, ele achou quehavia realmente conseguido el iminar as Escri turas.Ele fez com que em uma medalha fosse gravada aseguinte inscrição: "A religião cristã está destruída e o cul to aos deuses res taurados" .

Entretanto, não demorou muito para queConstantino subisse ao trono e fizesse do

Cristianismo a religião oficial. O que diria Diocléciose pudesse voltar a terra e ver como a Bíblia temprosseguido em sua missão mundial?! .

Durante os dois séculos em que o Papadoteve poder absoluto na Europa Ocidental (10731294), os estudiosos passaram a colocar o credoacima da Bíblia. Enquanto que a maioria deles aindaprocurava o apoio das Escrituras para o credo,alguns deles se apegavam às rel igiões transmitidasapenas pela tradição e não dependentes dosensinamentos da Bíblia.

Fischer diz que durante este período aleitura da Bíblia por parte dos leigos ficou sujeita a

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Estrangeira foi fundada, e as mesmas impressorasque haviam imprimido a li teratura infiel de Voltairetêm sido usadas desde então para imprimir a Bíblia.

Como se pode ver nem decreto imperial,nem restrições papais, nem destruiçõesecles iás t icas , conseguiram exterminar a Bíbl ia .Quanto maiores têm sido as tentat ivas de levar cabotal destruição, maior tem sido a circulação da Bíblia.

A mais recente tentativa de roubar aautoridade da Bíblia é o esforço modernista paradegradá-la até ao nível de todos os outros livrosreligiosos. A Bíblia é hoje encontrada em mais de1.000 línguas no mundo. O fator deindestrutibi l idade da Bíblia pesa fortemente de serela a mensagem escrita de uma revelação divina.

Argumento da natureza da Bíbl ia .Quando consideramos a natureza da Bíblia,

somos forçados chegar a uma única conclusão: "Ela é a mensagem escri ta de uma revelação divina".

Em primeiro lugar:Consideramos o c o n t e ú d o da Bíblia.

s Este livro inteiro reconhece a personalidade,

unidade e trindade de Deus;s Magnifica a santidade e o amor de Deus, feita

à Sua semelhança;s Explica a criatura como sendo uma criação

direta de Deus, feita também à Suasemelhança;

s Expõe a criatura com uma livre rebeldia contraa vontade revelada de Deus;

s Mostra a condição de pecador do homem e seupossível perdão;

s Ensina sobre o governo soberano de Deus nouniverso;

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s Apresenta, com grandes detalhes a salvaçãoprovidenciada por Deus e as condições pelasquais ela pode ser experimentada;

s Delineia os propósitos de Deus com respeito aIsrael e a Igreja;

s Prediz o desenvolvimento do mundo: social ,econômico, polí t ico e rel igiosamente;

s Retrata o clímax de todas as coisas nasegunda vinda de Cristo, as ressurreições, os

ju lgamentos , o milênio e o estado eterno.Que conceito e que livro! Quem, a não ser

Deus, poderia ter inventado tal esquema e quem,alem dEle, poderia ter registrado tudo por escrito?

Em segundo lugar :Consideremos a un idade da Bíblia. Apesar

de ter sido escrita por uns quarenta autoresdiferentes durante um per íodo de aproximadamente1.600 anos, a Bíblia é um só livro. Tem um sósistema doutrinário, somente um padrão moral , umúnico plano de salvação e um exclusivo programa deeras.

As diversas narrat ivas al i encontradas dos

mesmos incidentes e ensinamentos não sãocontraditórios, mas suplementares. Por exemplo, aspalavr as escri tas na cruz foram, sem dúvi da, asseguintes: "Este é Je su s de Na zar é, o Rei dos

Judeus".s Mateus diz: "Este é Jesus, o Rei dos Judeus"

(Mt 27.37);

s Marcos diz: "O Rei dos Judeus " (Mc 15.26);s Lucas diz: "Este é o Re i dos J ud eu s" (Lc23.38);

s João diz: "Jesus nazareno, o Rei dos Judeus" (Jo 19.19).

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Vemos a Lei e a Graça harmonizarem-sequando entendemos a natureza e o propósito exatosde cada um. Os relatos dos homens e nações quepraticaram o mal são inofensivos e até mesmo úteisse percebermos que são registrados para seremcondenados. A doutrina do Espíri to Santo seharmoniza na natureza progressiva da revelaçãodesta verdade.

Falando a respeito das EscriturasMaometanas, Zoroastranas e Budistas, Orr diz queelas são: "dest i tuídas de começo, meio e f im". Elassão na maior parte, coleções de materiaisheterogêneos, juntados ao acaso. Quão diferente écom relação á Bíblia, têm que reconhecer que sãolivros singulares!

"Não há nada exatamente parecido comela, ou que mesmo se aproxime dela, em toda

li teratura". "Considerando o conteúdo e unidade daBíblia, parecemos ser obrigados a concluir que ela éincorporação de uma revelação divina".

Que homem poderia ter inventado tal visãodo mundo e da vida? Que autores poderiamapresentá-la de forma tão harmoniosa e auto-consis tente?

"Afirmamos, portanto, que a natureza daBíblia prova ser ela a incorporação de uma revelaçãodivina".

«■ Ar gu me nt o da inf luência da Bíbl ia .O Alcorão, o Livro dos Mórmons, Ciência e

Saúde, o Zenda Avesta, os Clássicos de Confúcio,

todos t iveram uma influência tremenda no mundo.Mas existe uma vasta diferença entre o tipo deinfluência que eles exerceram com a influência daBíblia.

Os primeiros conduziram a uma idéiad d d d é d

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ignorá-los; produziram uma indiferença estóica par.icom a vida e simplesmente resultaram em idéias arespeito da moral e conduta.

A Bíblia, pelo contrário, tem produzido osmais altos resultados em todas as esferas da vida.Tem conduzido aos supremos t ipos de criat ividadenos campos de arte, arquitetura, l i teratura e música.

s Pense nos grandes quadros de Rafael ,Michelangelo, Leonardo da Vinci, e dos mestresholandeses;

s Veja, com os olhos da imaginação, as grandescatedrais e santuários da Europa e da América;

s Relembre as obras escritas pelos antigos, pelosreformadores protestantes, pelos poetas eescri tores ingleses, europeus e americanos;

S Relembre os grandes hinos, cantatas e oratórios

sacros;s Examine as leis fundamentais dos paísesconsiderados c ivi l izados;

s Observe as grandes reformas sociais que temacontecido como a l ibertação dos escravos e oreconhecimento dos direi tos da mulher;

S Isso sem considerar o efei to regenerador sobre

milhões de vidas individuais - você encontrarápor toda parte influência mais poderosa daBíblia.

Onde, em todo o mundo, pode serencontrado um l ivro que mesmo rem ota me nte 1 possase comparar a Bíblia em toda a sua influênciabeneficente sobre a humanidade? Com certeza, is to

prova que ela é revelação de Deus para ahumanidade carente .

Há mais de trinta anos apareceram napubl icação Gospel Banner (Estandar te do Evangelho)

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diversas ci tações de grandes homens a respeito dainfluência da Bíblia no mundo em suas próprias

vidas. Demos aqui algumas delas:Willian E. Gladstoner disse: "Se mepedirem para citar o que me conforta na tristeza, aúnica regra de conduta, o verdadeiro guia na vida,terá de indicar o que, no dizer de um hinoconhecido, é chamado a 'velha História ' , contada emum livro muito antigo, que é a melhor e mais ricadádiva de Deus para a humanidade".

Woodrow Wilson, o presidente americanodura nte a I a Guerra Mundial, disse: "A opin ião daBíblia inculcou em mim, não apenas pelo que aprendiem casa quando menino, mas também a cada volta eexperiência da minha vida e a cada passo de estudo,que ela é a única fonte suprema de revelação, arevelação do significado da vida, da natureza deDeus, e da natureza espiritual e necessidades dohomem".

A Bíblia é o único guia para a vida querealmente leva o espírito para o caminho da paz e dasalvação.

John G. Whittier expressou de maneiramaravilhosa o fato que a verdade que os homensbuscam encontrar no mundo é, na realidade,encontrada na Bíblia. Ele disse: "Buscamos nomundo a verdade: Separamos o bom, puro e belo.Gravado em pedra de pergaminho; dos velhoscampos f loridos da alma e, cansados de buscar omelhor, voltamos carregados de tesouros, paradescobrir que os sábios di tos estão nos l ivros que

nossas mães liam".

^ Argu men to da p ro fec ia cumpr ida .Este poderia parecer que pertence ao

argumento da natureza da Bíblia, mas devido a sua

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Estabelecemos o fato de que exkterealmente a profecia que prediz um acontecimento

futuro, mostramos que as muitas profecias arespeito de Cristo (nenhuma das quais estavam amenos de 165 anos do primeiro advento, mesmo pormétodos modernos para o estabelecimento de datasde livros do AT e muito mais distantes das datasverdadeiras) foram, apesar disso, cumpridas quandoEle veio.

Desejamos acrescentar a este t ipo deprofecia algumas outras para provar que a Bíblia é aincorporação de uma revelação divina. SomenteDeus pode revelar o futuro, e temos inúmeras provasnas Escrituras de que Ele realmente o revelou aosseus servos. Vamos ver aqui algumas delas:

Elliot diz: "Profecia, no sentido de predição , é um milagre de conhecim ento e per tence tão realmente ao sobrenatural quanto aos milagres do poder. Se, portanto, encontramos na Bíblia

p redição de eventos fu turos que j á foram cumpr idos em todos os detalhes, temos evidência clara de que seus escr i tores possuí ram in te l igência sobrenatura l" .

A menos que desejamos então acusar osescri tores das Escri turas de representaçãofr au du le n ta 1, de es cr ev er a his tóri a sob a forma depredição, encontraremos muitas profecias na Bíbliaque já foram cu mp rida s há muito tempo.

As profecias a respeito da dispersão deIsrael já foram cumpridas em detalhes (Dt 28; Jr15.4; 16.3; Os 3.4). No cumprimento, Samaria iriaser conquistada, mas Judá seria preservada (Is 7.68; Os 1.6,7; lRs 14.15), Judá e Jerusalém. Emborasalvas dos assír ios, cair iam nas mãos dos babilónicos(Is 39.6; Jr 25.9-12) a destruição de Samaria seria

1 P r o p e n s o à f r a u de E m q u e há f r a u d e; d o l o s o ; i m p o s t o r ;

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final (Mq 1.6-9), mas à Jerusalém deveria serseguida por uma restauração (Jr 29.10-14), até onome do restaurador de Judá foi predito (Is 44.28;45.1); os medos e os persas haveriam de conquistara Babilônia (Is 21.2; Dn 5.28), a cidade deJerusalém, e o Templo deveriam ser reconstruídas(Is 44.28).

Assim também há profecias a respeito dasnações gentias. Nínive, Babilônia, Tiro, Egito, Amon,Moabe, Edom, e Filistia estão entre elas. Não énecessário dar as referências para essas nações,qualquer um pode achá-las usando uma boaconcordância .

Notar íamos par t icularmente que asprofecias a respeito dos quatro grandes Impérios domundo em Daniel 2 e 7 já foram cumpridas. Algumaspartes relacionadas ao quarto desses impérios estãomanifestadamente ainda no futuro e nos levam aoretorno de Cristo, mas as demais já foramcumpridas.

Assim também o confl i to detalhado entre aSíria e o Egito que se seguiu à queda do Império deAlexandre.

Tão precisa é a correspondência entre as

predições de Daniel 11 e os fatos históricos que osant i -sobrenaturais são dogmáticos em suasafirmações de que isto é história e não predição.

Com base nesta suposição, eles datam olivro de Daniel entre 168-165 a.C. Mas, aqueles quecrêem nas revelações sobrenaturais de Deuscontinuam a afirmar que temos neste capítulo uma

das mais fortes provas do fato de que temos naBíblia a incorporação da presciência divina e não umregistro de acontecimentos já passados, fei to comum pie dos o lo g ro 1.

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Há muitas outras predições na Bíblia quepoderiam ser mencionadas como prova da mesmacoisa . Vamos acrescentar apenas a lgumas.

s O progresso do conhecimento e das viagens nosúltimos tempos (Dn 12.4);

s A continuação das guerras e de rumores deguerras (Mt 24.6,7);

S O aumento da maldade (Lc 17.26-37; 2Tm 3.113);

s A preservação do remanescente de Israel (Rm11.1-5,25-32); es A movimentação desses "ossos secos" e o seu

retorno à vida nacional e espiritual (Ez 37.128).

Que homem poderia prever e predizerqualquer uma destas coisas? Verdadeiramente temos

na Bíblia a mensagem escrita da revelação divina.

As Reivindicações da Própria Escritura

A Bíblia afirma ser não apenas umarevelação da parte de Deus, mas também umregistro infal ível dessa revelação. Apresentaremos

algumas provas do fato de que ela afirma ser umareve lação de Deus. No entant o, en fre nt am os já deinício a objeção de que é inadmissível recorrer aotestemunho para provar que é uma revelação divina.Será que o testemunho não f icaria sob suspeita?Perguntam-nos.

Respondemos a isto que não. Se pudermos

provar a autenticidade dos livros da Bíblia e averdade das coisas que eles relatam a respeito deoutros assuntos , então es taremos jus t i f icados emaceitar seu testemunho em favor de si próprio.

Se houvermos examinado as credenciais def f

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à sua veracidade com respeito à autorização quepossui , podemos então aceitar também, suasdeclarações pessoais a respeito de seus poderes e afonte de sua informação.

Temos f reqüentemente dec larações comoestas no Pentateuco: " Disse o Senhor a Moisés" (Êx14.1,15, 26; 16.4; Lv 1.1; 4.1; 11.1; Nm 4.1; 13.1Dt 32.48). Ele recebeu ordens de escrever o queDeus lhe disse em um livro (Êx 17.14; 34.27) esabemos que ele assim o fez (Êx 24.4; 34.28; Nm

33.2; Dt 31.9,22, 24).Tam bém assim dizem os pro fe ta s: "O

Senhor é quem fala" (Is 1.2); " Disse o Senhor a Isaías" (Is 7.3); "Mas agora assim diz o Senhor" (Is43.1); "Palavras que veio a Jeremias da parte do Senhor, d izendo" (Jr 11.1); " Veio expressamente a Palavra do Senhor a Ezequiel" (Ez 1.3); "Palavra do

Senhor, que foi dirigida a Oséias" (Os 1.1); "Palavra do Senhor, que foi dirigida a Joel” (Jl 1.1).

Afirma-se que es tas declarações ocorremmais de 3.800 vezes no AT, declara ser umarevelação de Deus. Os escritores do NT afirmam, damesma maneira, que elas declaram a mensagem deDeus.

S Paulo afirma que as coisas que ele escreveueram mandamentos de Deus (ICo 14.37);

S Que os homens deviam aceitar como a própriaPalavra de Deus, aquilo que ele pregava (lTs2.13);

s Que a salvação dos homens depende da fé nasdoutrinas que ele ensinava (Gl 1.8).

s João ensina que seu depoimento era otes temunho de Deus ( lJo 5 .10) ;

^ Pedro deseja que seus leitores se lembre m daspalavras que anteriormente foram ditas pelos

t f t b d d t d

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Senhor Salvador, ensinado pelos vossosapóstolos (2Pe 3.2).

s O autor de Hebreus prediz um castigo maissevero para aqueles que rejeitarem a mensagemque fora confirmada a ele por aqueles que aouviram (Hb 2.1-4).

s Severamente, o NT também afirma ser amensagem escrita da uma revelação divina.

^ O p es o da ev i d ên c i a é c u m u l a t iv o .Se pesarmos separadamente os

argumentos apresentados nesta l ição, podemosachar que nenhum deles é conclusivo; mas sepermitirmos que cada argumento contribua com suaparcela de verdade, será forçado a concluir que aBíblia, a Palavra de Deus, é uma revelação divina!

Aceitando esta idéia como estabelecida,teremos os pré-requisi tos para estudarmos os outrosassuntos da Bibliologia.

A Genuinidade

Quando aceitamos o fato que na Bíbliatemos a palavra escrita de uma revelação divina,f icamos imediatamente interessados na natureza dosdocumentos que t ransmitem essa revelação. Assim,imediatamente desejamos saber se os diversos l ivrosda Bíblia são genuínos, dignos de crédito ecanônicos.

íV A genuin idade dos Livros da Bíb l ia .Algumas pessoas usam o termo

"autenticidade", mas o uso corrente prefere o termo"genuinidade". Os dois têm realmente o mesmosignificado

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Com genuinidade queremos dizer que umlivro é escrito pela pessoa ou pessoas cujo nome eleleva, ou, se anônimo, pela pessoa ou pessoas aquem a tradição antiga o atribui, ou, se não foratr ibuído a algum autor ou autores específ icos, àépoca que a tradição lhe atribui.

Diz-se que um livro é forjado ou espúrio senão tiver sido escrito na época que lhe é atribuída.

As Homil ias Clement inas são a t r ibuídas aClemente de Roma, mas a crítica é agora

praticamente unânime em afirmar que não foramescritas por Clemente, mas sim por escritoresebionistas, talvez da seita elquesiática doebionit ismo.

O Evangelho de Tomé diz ter sido daautoria do apóstolo Tomé, mas não é genuíno porquenão foi composto pelo apóstolo. O Credo Apostólico

não é genuíno por não ter sido escrito pelosapóstolos.

Cremos que os l ivros do Antigo Testamentoe Novo Testamento são genuínos ou autênticos.

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Questionário

Assinale com "X" as al ternativas corretas

6. Imperador romano que, através de um decreto realordenou que todos os exemplares da Bíblia fossemqueimadosa)d] Zenãob)íiH Dioclécioc ) D Cons tant inod )[ZH Rômulo Augústulo

7. Ar gumento que considera em primeiro lugar oconteúdo e em segundo a unidade da Bíbliaa)EH Argumento da analogiab)[ZI Argumento da profecia cumpridac ) D Argumento da natureza da Bíblia

d ) d Argumento da influência da Bíblia

8. Não é um exemplo de predição da Bíbliaa)CH O aumento da maldadeb ) D A preservação do remanescente de Israelc)@ O retrocesso do conhecimento e das viagens

nos últimos tempos

d ) D A continuação das guerras e de rumores deguerras

Marque "C" para Certo e "E" para Errado

9.[I~I O Alcorão; o Livro dos Mórmons; Ciência e Saúde;o Zenda Avesta; os Clássicos de Confúcio; nunca

tiveram influência no mundo10. 0 O Evangelho de Tomé diz ter sido da autoria do

apóstolo Tomé, mas não é genuíno porque não foicomposto pelo apóstolo

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Lição 5 ________________Preservação e Tradução Bíblica

As Línguas Originais da Bíblia

Hebraico Antigo Testamento

Aramaico Antigo Testamen to

Grego Novo Testamento

O hebra i co .

Todo o AT foi escrito em hebraico, o idiomaoficial da nação de Israel, exceto algumas passagensde Esdras, Jeremias e Daniel, que foram escritas emaramaico. A mais extensa é em Daniel (2.4-7.28).

O hebraico faz parte das línguas semíticas,que eram faladas na Ásia Mediterrânea, exceto emraras regiões. As línguas semíticas formavam umramo dividido em grupos, sendo o hebraicointegrante do grupo cananeu. Este compreendia olitoral oriental do Mediterrâneo, incluindo a Síria, aPalestina e o território que constitui hoje a Jordânia.Integrava também o grupo cananeu de línguas, ougarítico, o fenício e o moabítico.

O fenício tem muita semelhança com o

hebraico. O primitivo alfabeto hebraico é oriundo dofenício, segundo a opinião dos versados na matéria.

Possivelmente Abrão encontrou esseidioma em Canaã, ao chegar ali, em vez de trazê-loda Caldéia. Em Gênesis 31.47, vê-se que Labão, o

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diferentes. Quer dizer, a pronúncia exata dependiada habilidade do leitor, levando em conta o contextoe a tradição. É por causa disso que se perdeu apronúncia de muitas palavras bíblicas.

Após o século VI, os eruditos judeusresidentes em Tiberíades, passaram a colocar naescri ta , s inais vocálicos, perpetuando, assim apronúncia tradicional . Esses sinais são pontoscolocados em cima, em baixo e dentro dasconsoantes. Os autores desse sistema de vocalizaçãochamavam-se massoretas - palavra der ivada de" m as so rah ", que quer dizer tradição, isto porque osmassoretas, por meio desse sistema, f ixaram apronúncia tradicional do hebraico.

Textos bíblicos posteriores ao século VI,são chamados de "massorético", porque contêmsinais vocálicos. Os mais famosos eruditosmassoretas foram os judeus Moses bem Asher e seusfilhos Arão e Naftali , que viveram e trabalharam emTiberíades, na Galiléia.

Além do texto massorético, há outro textohebraico das Escrituras, o do PentateucoSamaritano, que emprega os antigos caractereshebraicos. É do tempo pré-cristão. São, portanto,

dois tipos de textos que temos em hebraico: omassoré t i co e o Pen ta t euco Samar i t ano .

4? O aramaico .O aramaico é um idioma semítico falado

desde 2000 a.C. em Arã ou Síria, que é a mesmaregião (Arã é hebreu; Síria é grega). Nas Escrituras,

o território da Síria não é o mesmo de hoje, o queacontece também com outras terras bíblicas.O primitivo terr i tório estendia-se das

montanhas do Líbano até além do rio Eufrates,incluindo Babi lônia; Mesopotâmia Superior,

h id Bíbli A ã N i P dã A ã (G

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25.20), e outros distritos. Era ainda falado numagrande área da Arábia Pétrea.

Algumas par tes do Ant igo Testamentoforam escritas nesse idioma:

S Uma palavra designando nome de lugar emGênesis 31.47;

s Um versículo em Jeremias (Jr 10.11);s Cerca de seis capítulos no livro de Daniel (Dn

2.4b-7 .28) ; e■/ Vários capítulos em Esdras (Ed 4.8-6.18; 7.12

26).

A influência do aramaico foi profunda sobreo hebraico, começando no cativeiro de Israel, em722 a.C na Assíria. E continuando através docativeiro do Reino de Judá, em 587, na Babilônia.

Em 536 a.C quando Israel começou a

regressar do exílio, falava o aramaico como línguav e rná c u la1. É por esta razão que, no tempo deEsdras, as Escrituras que era em hebraico, ao seremlidas em público, era preciso alguém que pudesseinterpretá-las, para compreenderem o seusignificado (Ne 8.5,8).

No tempo de Cristo, o aramaico tornara-sea língua oficial dos judeus e nações vizinhas, estasforam influenciadas pelo aramaico devido àstransações comerciais dos arameus na Ásia Menor elitoral do mediterrâneo.

Em 1000 a.C., o aramaico já era línguainternacional do comércio nas regiões si tuadas aolongo das rotas comerciais do Oriente.

O aramaico é também chamado "sir íaco",no Norte (2Rs 18.26; Ed 4.7; Dn 2.4 ARC), etambém "caldaico", no sul (Dn 1.4). Tinha o mesmoalfabeto que o hebraico, só diferia nos sons e naestrutura de certas partes gramaticais .

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Do mesmo modo que o hebraico, não tinhavogal, a partir de 800 a.C. é que os sinais vocálicosforam introduzidos. É um idioma muito parecido como hebraico.

Foi usado pelo Senhor Jesus e seusdiscípulos e pela Igreja Primitiva, em Jerusalém. EmMateus 5.18, quando Jesus diz que a menor letra é o

jota (aramaico iode), pois somente neste é que severifica isto (a letra iode originou o nosso i).

Nos dias de Jesus, o aramaico já semodificara um pouco na Palestina, resultando no"aramaico palest inense", como o chamam oseruditos. Também em Marcos 14.36, o uso daPalavra aramaica " abba" , por Jesus, é outraevidência de que Ele falava aquela língua. Que Eletambém falava o hebraico é evidente em Lucas 4.1620; uma vez que os rolos sagrados eram escritos emhebraico.

Temos ass im algumas palavras aramaicaspreservadas para nós no Novo Testamento:

s Ta l i t h a C u m i ("Menina, levanta-te") em Marcos5.41;

s E p h a t h a ("Abre-te") em Marcos 7.34;s E l i , E H l a m a s a b a c h t h a n i ("Deus meu, Deus

meu, por que me desamparaste?") em Mateus27.46.

s Jesus se dir igia habitualmente a Deus como A b b a ("Pai"). Note a influência disto emRomanos 8.15 e Gálatas 4.6.

s Outra frase comum dos primeiros cristãos eraM a r a n a t h a ("Vem, nosso Senhor") emICorínt ios 16.22.

O hebraico foi de fato absorvido peloaramaico, mas continuou sendo a língua oficial doculto divino no Templo e nas sinagogas, dos rolos

d d bi di

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Havia escoias de rabinos, inicialmente emJerusalém e, depois da queda da cidade, emTiber íades . Havia escolas semelhantes noutroscentros judaicos .

As conquistas árabes e a propagação doislamismo em largas áreas da Ásia, África e Europa,reduziu e por fim destruiu a influência do aramaico.Por sua vez, o hebraico, sendo língua morta,começou a ressurgir.

Para que cumprissem as profeciasrefe rente s a Israel, era nece ssár io que a línguarevivesse e assumisse a posição que hoje desfrutana família das nações modernas.

O aramaico ainda sobrevive numa remota epeq uena vila da Síria, ch am ada Ma liou la, com apopulação de aproximadamente 4 .000 habi tantes .

Devido aos hebreus terem adotado oaramaico como uma língua, este passou a chamar-sehebraico, conforme se vê em João 5.2; 19.13,17,20;Atos 21.40; 26.14; Apocalipse 9.11. Portanto,qua ndo o NT mencio na o hebrai co, trata- se narealidade, do aramaico. Marcos, escrevendo para osromanos, põe em seu livro referências aramaicas (Mc5.41 e 15.34); Mateus que esc reve u para os ju de usescreve a mesma passagem em hebraico (Mt 27.46).

O AT contém , além do hebraic o earamaico, algumas palavras persas, como "t irsata"(Ed 2.63) e "sátrapa" (Dn 3.2).

S? O grego.Esta é a língua em que foi originalmente

escrito o NT. A única dúvida paira sobre o livro deMateus, que muitos eruditos afirmam ter sido escri toem aramaico.

O grego faz parte do grupo de línguasarianas. Vem da fusão dos dialetos: dórico e ático.

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Os dóricos e os áticos foram as duas principais tribosque povoaram a Grécia. É uma língua de expressãomais precisa, e das línguas bíblicas, é a que mais seconhece, devido a ser mais próxima da nossa.

O grego do NT não é o grego clássico dosfilósofos, mas o dialeto popular do homem da rua,dos comerciantes, dos estudantes, que todos podiamentender: era o " K o i n é Este dialeto formou-se apartir das conquistas de Alexandre, em 336 a.C.Nesse ano, Alexandre subiu ao trono e, no curtoespaço de tempo de 13 anos, alterou o rumo dahistória do mundo. A Grécia tornou-se um impériomundial, e toda a terra conhecida recebeu influênciada língua grega.

Deus preparou deste modo, um veículolingüíst ico para disseminar as novas do Evangelhoaté aos confins do mundo, no tempo oportuno. Aténo Egito o grego se impôs, pois aí foi a Bíbliatraduzida do hebraico para o grego - a chamadaSeptuaginta, cerca de 285 a.C.

Nos dias de Jesus, os judeus entendiamquase tão bem o grego como o aramaico, haja vistaque a Septuaginta em grego era popular entre os

judeus. Nos pr imórdios do Cris t ian ismo, o Evangelho

pregado ou escri to em grego podia ser compreendidopelo mundo todo. Só Deus podia fazer isto! Ele nãoenviaria seu f i lho ao mundo enquanto este nãoestivesse preparado, a esse preparo incluía umalíngua conhecida por todos (ver Mc 1.15; Gl 4.4).

A língua grega tem 24 letras; a primeira éalfa e a última ômega. Quando em Apocal ipse Jesus

diz que é o Alfa e o Ômega, está afirmando que é oprimeiro e o último.Os gregos receberam seu alfabeto através

dos fenícios, conforme mostram estudos a respeito.Ninguém vá supor que por não conhecer as l ínguas

i i i d E i ã d á

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revelação divina. Sim, o conhecimento e acompreensão dos originais auxil iarão muito, mas nãoé o aspecto principal, por não ser o suficiente.

Na Bíblia, como já dissemos, vêem-se duascoisas principais: o texto e a mensagem. O principalé a mensagem contida no texto. É especialmente amensagem que o Espíri to Santo vital iza, revela emaneja como sua espada (Ef 6.17).

Os Manuscritos da Bíblia

A história da Bíblia e como chegou até nós,é enco ntr ada em seus m an us cr it os 1. Assim como seutexto foi preservado e transmitido.

Nos tratados sobre a Bíblia, a palavramanuscri tos é sempre indicada pela abreviatura MS,no plural MSS. Há em nossos dias, cerca de 4.000MSS, da Bíblia, preparados entre os séculos II e XV.

1. Mater ia l gráf ico dos MSS bíbl icos .Vários materiais foram usados para escrita

nos tempos antigos, como:

1.1. Linho.Tem sido encontrado nas descobertas

arqueológicas .

1.2. Ost rasco .Fragmentos de cerâmicas. É mencionado

na Bíblia em Jó 38.14; Ezequiel 4.1. Foi muito usadona Babilônia.

1.3. Pedra.

Muitas inscr ições famosas encontradas noEgito e Babilônia foram escritas em pedra.

Deus deu a Moisés os Dez Mandamentosescritos em tábuas de pedra (Êx 24.12; 31.18;

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34.1,28; Js 8. 30-32). Dois outros exemplos são: aPedra Moabita (850 a.C.) e a Inscrição de Siloé,

encontrada no túnel de Ezequias, junto ao tanque deSiloé (700 a.C.).Um exemplo do emprego desse material é

0 livro escrito em pedras, conhecido como CódigoHamura bi. T rat a- se de um Rei de Bab ilônia c oev o1 deAbraão. É identif icado pelos cientistas como oAnrafel de Gn 14.1. É um código de leis descoberto

em Susã, em 1902, l indamente trabalhado em pedra,com dois metros de altura. Esse livro é testemunhade que aquele tempo o homem atingira umacapacidade literária notável. O Código trata do cultonos templos (pagãos, é claro), administração da

jus tiça e leis em geral .

1.4. Argila.

O material de escrita predominante naAssíria e Babilônia era a argila, preparada empequenos tabletes e impressa com símbolos emforma de cunha chamados de escri ta cuneiforme, edepois assada em um forno ou seca ao sol. Milharesdesses tabletes foram encontrados por arqueólogos.

1.5. Madeira.Tábuas de madeira foram muito usadaspelos antigos para escrever. Durante muitos séculosa madeira foi a superfície comum para escreverentre os gregos. Alguns acreditam que este t ipo dematerial de escrita é mencionado em Isaías 30.8 eHabacuque 2.2. Tábuas recobertas de cera (Is 81; Lc

1.63).1.6. Couro.

O Talmude judeu exigia especif icamenteque as Escri turas fossem copiadas sobre peles de

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animais, sobre couro. É praticamente certo, então,que o AT foi escrito em couro. Eram feitos rolos,costurando juntas as peles que mediam de algunsmetros a 30 perpendiculares ao rolo. Os rolos, entre26 e 70 cm de altura, eram enrolados em um ou doispedaços de pau.

1.7. Papiro.É quase certo que o NT foi escrito sobre

papiro, por ser este o material de escrita maisimportante na época. O papiro é feito cortando-seem t iras seções de lgad as1 da cana de papi ro ,empapando-as em vários banhos de água, e depoisas sobrepondo umas às outras para formar folhas. Ocentro da indústria de papiro era o Egito, onde teveinício o seu emprego, cerca de 3.000 a.C.

O papiro é um tipo de junco de grandes

proporções . T em cau le tr íq ue tr o2 de 3cm a 5m dealtura, com 5cm a 7cm de diâmetro, tendo suafro nde 3 em forma de guarda -chu va. As dime nsõ es dafolha de papiro preparada para a escrita eramnormalmente de 30cm a 3m de comprimento por30cm de largura.

Essas folhas eram formadas por t i ras

cortadas das plantas, sobrepostas cruzadas, coladas,prensadas e depois polidas. Eram escritas de umlado, apenas e tinham uma cor amarelada. A folhado papiro assim preparada era chamada pelos gregosde biblos.

1.8. Vel i no ou Perg amin ho.

Este tipo de material foi util izado centenasde anos antes de Cristo e, por volta do século IV

1De pouca e spessu ra ; f i no .2 Que t em seção t r i an gu la r e, po r t an to , t r ê s ângu los mac iços ,c o m o o s e s c a p o s d a s c i p e r á c e a s

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d.C., ele suplantou o papiro. Quase todos osmanuscritos conhecidos são em velino. Seu uso

generalizado vem dos primórdios do crist ianismo,mas já era conhecido em tempos remotos, pois jáera mencionado em Isaias 34.4.

0 pergaminho preparado de modo especialchamava-se velo. Este se tornou conhecido a partirdo século IV. Tem maior durabilidade. Foi muitousado nos códices.

Tudo indica que o vocábulo pergaminhoderivou seu nome na capital de Pérgamo, capital deum riquíssimo reino que ocupou grande parte da ÁsiaMenor, sendo Eumenes II (197-159 d.C.), seu maiorrei que projetou formar para si uma biblioteca maiordo que a de Alexandria, Egito.

O rei egípcio, por inveja, proibiu aimportação do Papiro, obrigando Eumenes a recorrera outro material gráfico. Tal fato motivou osurgimento de um novo método de preparar peles,muito aperfeiçoado, que resultou no pergaminho.

O resultado é conhecido como velino oupergaminho. Embora os termos sejam usadosintercambiavelmente, o velino era preparadoor ig ina lm en te com a pele de bezerros e an tí lo pe s1,enquanto o pergaminho era de pele de ovelhas ecabras. Obtinha-se assim um couro de excelentequal idade, preparado especial e cuidadosamentepara receber escrita de ambos os lados.

O Novo Testamento menciona este materialgráfico em 2Timóteo 4.13 e Apocalipse 6.14.

A tinta usada pelos escribas era umamistura de carvão em pó com uma substânciasemelhante à goma arábica (ver Jr 36.18; Ez 9.2;

1 M a m í fe r o r u m i n a n t e de p o rt e m é di o ou p e qu e n o , c h i fr e spe rmanen tes longos d i r ig idos pa ra c ima e pa ra t r á s São

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2Co 3.3; 2Jo 12; 3Jo 13). 0 carvão é um elementoque se conserva admiravelmente a t ravés dosséculos, não sendo afetado por substânciasquímicas.

Para a escrita em papiro ou pergaminho,usavam penas de aves, pincéis finos e um tipo decaneta feita de madeira porosa e absorvente. Para acera usavam um estilete de metal (Is 30.8).

Cuidado redobrado havia com a escrita doslivros sagrados. Devemo s ser agrad eci dos aos jud eu spor seu cuidado extremo na preparação epreservação dos manuscri tos do AT. Aqui estãoalgumas regras que eles exigiam de cada escriba:

s O pergaminho tinha que ser preparado de pelesde animais l impos, soment e por jud eus , sendoas folhas unidas por fios feitos de pele deanimais l impos;

s A t inta era especialmente preparada;s O escriba não podia escrever uma só palavra de

memória. Tinha de pronunciar bem alto cadapalavra antes de escrevê-la;

S Tinha de limpar a pena com muita reverênciaantes de escrever o nome de Deus;

S As letras e pala vras eram contadas;s Um erro numa folha inutilizava-a;s Três erros numa folha inutilizavam todo o rolo.

2. O formato dos MSS.Quanto ao formato, o MSS pode ser códice

ou rolos. Códice é um MS, em formato de livro, feitode pergaminho. As folhas têm normalmente 65cm dealtura por 55cm de largura.

Este tipo de MS começou a ser usado noséculo II. O rolo podia ser de papiro ou depergaminho. Era preso a dois cabos de madeira, para

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facilitar o manuseio durante a leitura e enrolado dadireita para a esquerda, sua extensão dependia daescrita a ser feita. Portanto, antigamente não erafácil conduzir pessoalmente os 66 l ivros comofazemos hoje.

3= A cal ig ra fi a do s MSS.Há dois tipos de caligrafia ou forma gráfica

nos MSS bíblicos. Tal diferença na forma gráfica deuse no século X, o que os divide em: u n c i a i s ec u r s i v o s .

§ Unc ial é o MS de letras maiúsculas e semseparação entre as palavras.

§ Cur si vo é o de letras minúsculas, tendo espaçoentre as palavras.

P a l i m p s e s t o é um MS reescrito, isto é, um novotexto escrito por cima da escrita anterior, pormeio de raspagem. Isso ocorria devido ao altopreço do pergaminho. Inutilizava-se assim umaescrita para se usar o mesmo material.

Os manuscr i tos or iginais também nãotinham sinais de pontuação. Estes foram

introduzidos na arte de escrever em época recente. Éclaro, pois, que a pontuação moderna não éinspirada, e por isso não dá, às vezes, sentido àspalavras do original.

4. MSS ori gin ais da Bíblia.MSS originais, isto é, saídos das mãos dos

escri tores, não existe nenhum conhecido nomome nto . Deus na sua pro vidê ncia permiti u isso. Seexist isse algum, os homens o adorariam mais do queo seu divino Autor.

A serpente de metal posta entre os israelitasf

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Is 45.22) foi depois idolatrada por eles (2Rs18.4).

-» Deus cuidou do s epu ltam ent o de Moisés eocultou o seu local porque certamente o povoadoraria seu corpo (Dt 34.5,6).O Diabo tinha interesse na idolatria e contendeucom o arcanjo sobre o corpo de Moisés (Jd 9).Milhões, em muitas terras adoram a cruz deCristo, ao invés do Cristo da cruz.

É também o caso da virgem Maria, mãe de JesusCristo, que milhões adoram-na e não o Filho.

Além disso, temos que considerar oseguinte, historicamente, quanto à inexistência deMSS originais:

1. Era costume judaico enterrar os MSS estragados

pelo uso ou qualquer outra causa, para evitarsua muti lação, profanação e interpolaçãoespúria;

2. Os reis idólatras e ímpios de Israel podem terdestruído muito ou contribuído para isso, comoé o caso descrito em Jeremias 36.20-26.

3. O tirano Antíoco Epifânio, rei da Síria (175-164

a.C.), durante seu reinado dominou sobre todaa Palest ina, extremamente cruel , t inha prazerem aplicar torturas e decidiu exterminar areligião judaica, assolou Jerusalém em 168 a.C.,profanando o templo e destruindo todas ascópias que achou das escri turas sagradas.

4. Nos dias do feroz Imperador Diocleciano (284

305 d.C.) , os perseguidores dos cristãosdestruíram quantas cópias acharam.

A literatura judaica afirma que a missão dachamada Grande Sinagoga, presidida por Esdras, foireunir e preservar os MSS originais do Antigo

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do Nilo, junto à Etiópia, hoje a moderna Assuam.Ezequiel 29.10 e 30.6 referem-se a essa cidade; a

versão ARC grafa "Sevené". Muitos eruditospensavam até agora que o termo "Sinin" de Isaías49.12 fosse uma alusão1à China.

É muito confortante saber que os textosdesses MSS encontrados concordam com a versãoatual das Bíblias.

Pesquisas revelam que os MSS do Mar

Morto foram escondidos pelos essênios - sei taascética judaica - durante a segunda revolução dos judeus contra os romanos em 1 32 -135 d.C.

Os responsáveis por um grande mosteiro2agora descoberto, ao verem aproximarem-se astropas romanas, esconderam ali sua biblioteca! Nas267 cavernas examinadas , foram encontradosfragmentos de 332 obras, ao todo.

Encontraram, inclusive, cartas do l íderdessa revolta: Bar Kochba, em perfeito estado,estando sua assinatura bem nítida. Nos MSSencontrados há trechos de todos os livros do AT,exceto Ester.

1Menção re fe rênc ia re l ação

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Questionário

Assinale com "X" as al ternativas corretas1. Quanto às línguas orig inai s da Bíblia, é certo que

a ) n O idioma usado na escrita do AntigoTestamento foi: o grego

b)LJ Os idiomas usados na escrita do AntigoTestamento foram: o hebraico e o aramaico

c ) D O idioma usado na escrita do Novo Tes tamento

fo i : o hebraicod ) D Os idiomas usados na escrita do Novo

Testamento foram: o aramaico e o hebraico

2. Uma das exigências do AT aos escribas:a ) D Um erro numa folha inutilizava todo o rolob)CH O pergaminho tinha que ser preparado de

peles de animais limpos, somente por gregosc ) D As letras e palavras não eram para ser

contadasd)03 Eles tinham que pronunciar bem alto cada

palavra antes de escrevê-la

3 . ______ é o MS de let ras maiúsculas e semseparação entre as palavras; _________ é o deletras minúsculas, tendo espaço entre as palavrasa)[H Uncial e Palimpsestob ) D Palimpsesto e Cursivoc ) Q Uncial e Cursivod ) D Cursivo e Uncial

Marque "C" para Certo e "E" para Errado

4.[Ç] Vários materiais foram usados para escrita nostempos antigos, como: pergaminho, papiro e argila

5.LU Há inúmeros MSS originais em várias partes domundo. Uma confirmação disso há nos MSS do Mar

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A Tradução da Bíblia

Era preciso a tradução da Bíblia para darcumprimento às palavras do Senhor Jesus apósressuscitar: " Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura" (Mc 16.15).

Ora o mundo está dividido em nações,tribos e povos, cada qual com sua língua. Hoje,quando vemos as Escri turas traduzidas em 2.092línguas e dialetos, sabemos que Aquele quecomissionou os discípulos para tão grande obraproveria também os meios para a sua realização.

Portanto, abordaremos aqui três famosastraduções da Bíblia, sendo elas: a S e p t u a g i n t a , aVu l g a t a e a Ve r s ã o A u t o r i z a d a ou Ve r s ã o d o R e i Ti ago .

A Septuagin ta .Foi a primeira tradução da Bíblia. É a

tradução feita do hebraico para o grego.Compreende só o AT, é evidente. Foi a escritura queJesus e seus apóstolos usaram. A mais antiga cópiada Septuaginta está na biblioteca do Vaticano. Datade 325 d.C.

(T) Local da tradução: Alexandria, no Egito.

1 Te m p o : Cerca de 285 a.C.

A Vulgata .É a tradução da Bíblia toda, do hebraico

para o latim, feita por Jerônimo - um notável eruditoda Igreja que estava em Roma, a qual nesse tempoainda mantinha pureza espiri tual .

O Concílio de Trento (1546 d.C.)determinou que " apenas essa edição antiga . . dever

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ser considerada autêntica para f ins de lei tura públ ica, debate, se rmões e discursos expositores, e

que ninguém ouse re je i tá- la sob qua lqu er pretexto" .(T) Local da t r a d u ç ã o : Belém, Palestina.

§ Te m p o : concluída em 405 d.C.

A Versão Autor izada ou Versão do Rei Tiago .Essa versão é até hoje a predileta dos

povos de fala inglesa. O povo inglês tem altaveneração pela Bíblia. Ela formou a mentalidadedesse povo, e é tida como seu sustentáculo e seumaior legado.

(%) Loca l da t r adução : Inglaterra.

§ Te m p o : 1611 d. C.

A Bíblia em PortuguêsA primeira tradução da Bíblia em português

foi feita pelo pastor João Ferreira de Almeida. Fatointeressante é que o trabalho foi realizado fora dePortugal - na cidade de Batávia, ilha de Java, noOceano Índico. Hoje, Jacarta, capital da Indonésia.

Almeida foi ministro do Evangelho daIgreja Reformada Holandesa, a mesma queevangelizou o Brasil , com sede em Recife durante aocupação holandesa, no século XVII. Nasceu em1628, em Torre de Tavares, c on ce lh o1 de Mangualde ,distrito de Veseu, em Portugal. Faleceu em Java em1691.

A Igreja Católica, através do tribunal daInquisição, não teve como queimá-lo vivo, queimousua ef íg ie 2, em Goa, anti ga po sses são por tu guesa na

1 C i r c u n s cr i ç ão a d m in i s tr a ti v a de c a te g o r ia i m e d i at a m e n teinfer ior ao dis t r i to do qual é d iv isão

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índia. Essa igreja nem mesmo agora, no chamadoE cu m en is m o1, se des cul po u de tais coisas.

A Versão de Almeida

O Novo Tes tamento .Almeida traduziu primeiro o NT, o qual foi

publicado em 1681 em Amsterdã, Holanda.Na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro,

há um exemplar da 3a Edição do Novo Testamentode Almeida, feito em 1712.

O Ant igo Tes tamen to .Almeida traduziu primeiro o AT até o livro

de Ezequiel. Foi interrompida a tradução por causade sua morte em 1691.

Ministros do Evangelho da IgrejaReformada Holandesa, amigos seus, terminaram areferida tradução em 1694, e publicaram a traduçãocompleta em 1753.

A Sociedade Bíblica Bri tânica eEstrangeira, de Londres, começou a publicar atradução de Almeida em 1809, apenas o NT. A Bíbliacompleta num só volume, a partir de 1819. O Texto

em apreço foi revisado em 1894 e 1925.A Bíblia de Almeida foi publicada pela

primeira vez no Brasil em 1944 pela ImprensaBíblica Brasileira, uma organização da Igreja Batista.

A Sociedade Bíblica Bri tânica e Estrangeirafoi maravilhosamente usada por Deus nadisseminação da Bíblia em português, em trabalho

pioneiro e contínuo, bem como a Sociedade BíblicaAmericana.

1 M o v i m e n t o qu e b u sc a m s e m e l h a n t e u n i v e r s a l id a d e , p r e g a m aun ião ind i s t in t a en t r e p ro te s t an te s ca tó l i cos judeus esp í r i t a s

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^ A versão ARC (Almeida Revis ta e Corr ida) .A Imprensa Bíblica Brasileira publicou em

1951 a edição revista e corrigida, abreviadamenteconhecida por ARC.

A versão ARA (Almeida Revis ta e Atua l izada) .Uma comissão de especial istas brasi leiros

trabalhando de 1946 a 1956 preparou a EdiçãoRevista e Atualizada de Almeida, conhecida

abre viad am ent e por ARA. 0 NT foi publicado em1951. O AT, em 1958.A publicação é da Sociedade Bíblica do

Brasil. Foi usado o texto grego de Nestlé para o NT eo hebraico de Letteris para o AT.

Outras Traduções

^ Versão do Padre Antonio Pereira de Figueiredo.Grande latinista. Editou o NT em 1778 e o

AT em 1790. Tradução feita em Portugal. Figueiredotraduziu da Vulgata Latina.

ítf A Tradução Bras i le i ra .

Feita por uma comissão de teólogosbrasileiros e estrangeiros. O NT foi publicado em1910 e o AT em 1917. É tradução mui fiel aooriginal . Esgotada, sua publicação foi suspensa em1954. '

" Humber to Rhoden .

Padre brasileiro, de Santa Catarina.Traduziu só o NT. Texto grego: Nestlé. Foi publicadoem 1935. Esse padre deixou a Igreja Romana. Éversão muita usada na crítica textual.

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^ Matos Soares .Também padre brasi leiro. Traduziu da

Vulgata. Publicada no Brasil em 1946. Em Portugaldesde 1933. É a Bíblia popular dos católicos romanosde fala portuguesa. Um grave inconveniente, são osi tál icos muito extensos, e que conduzem apreconceitos e tendências.

^ A versão da Impr essa Bíb l ica Bras i le i ra .A IBB lançou em 1968, após longos anos

de cuidadoso trabalho, uma nova versão emportuguês, conhecida como VIBB, baseada natradução de Almeida. Nessa versão foram uti l izadosos melhores textos em hebraico e grego.

" T r a d u ção N o v o M u n d o " .As Testemunhas de Jeová publicam uma

versão falsificada de toda a Bíblia - a "Tradução Novo Mundo". O texto é mutilado e cheio deint er po la çã o1. Foi p repa rad o para apoi ar as cren çasantibíblicas dessa sei ta falsa.

As Sociedades Bíblicas

Há no Brasil várias entidades evangélicaspublicadoras e distr ibuidoras de Bíblias.

■s A primeira é a Imprensa Bíb l ica Bras i le i ra(IBB), fundada em 02/07/1940.

J A segunda é a Sociedade Bíb l ica do Bras i l (SSB), fundada em 10/06/1948, resultante dafusão em 1942, das agências que no Brasil

funcionavam, da Sociedade Bíblica Bri tânica eEstrangeira e da Sociedade Bíblica Americana.

1 N u m a c ó p ia , i n s e r çã o d e l i b e r a d a d e e l e m e n t o ( s ) q u e nã ocons tava (m) do o r ig ina l .

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Essa fusão (de 1942 a 1948) denominou-seSociedades Bíbücas Unidas.

A agência da Sociedade Bíblica Bri tânica eEstrangeira no Rio de Janeiro foi a primeira dessegênero organizada na América Latina.

A primeira remessa de Bíblias paraaquisição popular chegou ao Brasil em 1822 - o anoda nossa independência política. É significativa essaconotação entre a chegada aqui da Bíblia em massae a independência do Brasil.

A primeira, t razendo a emancipaçãoespiritual; a segunda, a nacional ou política.

Essa primeira remessa foi de 2000exemplares de Bíblias e Novos Testamentos, enviadapela Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, comsede em Londres. Porto de chegada ao Brasil: Recife.

Em 1855 novas portas se abrem para umamaior difusão da Bíblia com a fundação da primeiraIgreja Evangélica em nossa terra - aCongregacional , pelo miss ionár io Roberto Kal ley eesposa. A part ir daí ele desenvolveu grande esforçopara a divulgação da Bíblia.

Em 1856 foi fundada a primeira agênciadistribuidora de Bíblias no Brasil , pela SociedadeBíblica Britânica e Estrangeira (SBBE). A segundaagência foi a Sociedade Bíblica Americana (SBA),fundada em 1876. Ambas funcionaram no Rio deJaneiro. A ntes disso, Bíblias já cir cula vam no Brasi l ,vindas através de comandantes de navios e entregueaos revendedores.

Outro fator marcante foi os distr ibuidoresitinerantes (colportores), como é o caso do Rev.James Thompson enviado pela SBBE em 1818, queviajou muito através das Américas, distr ibuindo oSanto Livro.

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Exemplo de capítulos: Isaías 53, quedeveria começar em 52.13; João capítulo 8, deveriaco me çar em 7.53; 2Reis 7 dever ia co me çar em 2Reis

6.24, o capítulo 3 de Colossenses deveria terminarem 4.1; o capítulo 10 de Mateus deveria começar em9.35; Atos 5 deveria começar em 4.36, etc.

Com a divisão em versículos, acontece amesma coisa, por exemplo: Efésios 1.5 deveriacomeçar com as duas últimas palavras de 1.4.ICoríntios 2.9,10 deveria ser um só versículo; omesmo deveria ocorrer com João 5.39,40. NaEpístola aos Romanos, bem como em Efésios, hádiversos casos desses.

Também, a divisão em versículos não é amesma em todas as versões; por exemplo, Lucas20.30 na ARC, corresponde a Lucas 20.30,31 na"Tradução Brasi leira". Marcos 9.49 deve f icar l igadoao versículo 48, e não como está na ARA, tendo aepígrafe1entre os dois vers ículos .

A divisão do texto em parágrafos .É muito útil para a sua compreensão. O

Salmo 2, por exemplo, contém 5 parágrafos, tendocada um, aplicação diferente (vv 1-3, 4-6, 7-9, 10-

12a; 12b). A única versão em português que indicaos parágrafos é a ARA, com um tipo negrito cada vezque isso ocorre.

Há versões noutras línguas que dão tantaimportância a essa divisão, que, para maiorcomodidade ao leitor, imprimem o próprio sinalgráfico para parágrafo (muito parecido com um "P"

invert ido).

1 Tí tu lo ou f r ase que se rve de t ema a um assun to ; mo te . Cur t ac i tação pos ta no f ront i sp íc io de l iv ro , na en t rada de umcap í tu lo , de uma compos ição poé t i ca , e t c .

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Questionário

Á? Assinale com "X" as al ternativas corretas

6. Quanto à Sept uaginta , é errado afi rmar quea ) 0 É a tradução feita do hebraico para o latimb ) D Foi a primeira tradução da Bíbliac ) D Compreende só o Antigo Testamentod)[H Foi traduzida em Alexandria, no Egito, cerca de

285 a.C

7. A Bíblia de Almeida foi publicada pela primeira vezno Brasil em 1944 pelaa)[U Sociedade Bíblica do Brasilb)E] Sociedade Bíblica Americanac ) D Sociedade Bíblic^ Britânica e Estrangeirad)EB Imprensa Bíblica Brasileira, uma organização

da Igreja Batista

8. Seita que publicou uma versão falsificada de toda aBíblia chamada de: "Tradução Novo Mundo"a ) 0 A Maçonar iab)CH O Grupo dos 12c ) 0 As Testemunhas de Jeovád)E] Os Mórmons

S? Marque "C" para Certo e "E" para Errado

9.Qi] A Vulgata é a tradução da Bíblia toda, do hebraico

para o latim, feita por Jerônimo, concluída em 405d.C

10.□ A mais antiga Sociedade Bíblica do mundo é aSociedade Bíblica Americana

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