apostila contabilidade internacional donisete

Upload: fabio-melo

Post on 06-Apr-2018

224 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    1/50

    Contabilidade Internacional e Avanada Prof. Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    Aluno(a):__________________________________________________________

    Curso: _______________________ Turma:-________________

    MBA EM FINANAS

    CONTABILIDADEINTERNACIONAL E AVANADA

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    2/50

    i

    Sumrio

    1. PROGRAMA DA DISCIPLINA 1

    1.1 EMENTA 11.2 CARGA HORRIA TOTAL 11.3 OBJETIVOS 11.4 CONTEDO PROGRAMTICO 21.5 METODOLOGIA ERRO! INDICADOR NO DEFINIDO.1.6 CRITRIOS DE AVALIAO ERRO! INDICADOR NO DEFINIDO.

    1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 3

    2. TEXTO PARA ESTUDO 4-49

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    3/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    1

    1. Programa da disciplina

    1.1 Ementa

    Aspectos do ambiente contbil internacional. Pontos conflitantes deprticas contbeis em diferentes pases - importncia da contabilidadeinternacional . Harmonizao das normas contbeis internacionais:IFRS, FASB, USGAAP, BRGAAP. Estudo de materias cujoentendimento e aplicao difere em diversos pases. Atuao dos

    organismos internacionais de contabilidade. Consolidao dasDemonstraes Contbeis, Participaes Societrias, transformaesSocietrias.

    1.2 Carga horria total

    24horas/aula

    1.3 ObjetivosApresentar os conceitos e as tcnicas relacionadas com a Controladoriae Finanas com nfase na Contabilidade Internacional e Avanada.

    Interpretar as normas internacionais de contabilidadeinternacional;Analisar a importncia das IFRS;Definir contabilidade internacional;Elaborar as principais demonstraes financeiras de acordo comas normas internacionais.

    Compreender os novos rumos dos negcios, com nfase naconvergncia da contabilidade ao modelo internacional;

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    4/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    2

    1.4 Contedo programtico

    UnidadeDidtica

    Horas

    aula

    ContedoProgramtico

    Materialdidtico

    Exerccio de

    Fixao1 Aspectosdoambientecontbil

    internacional.

    3 Pontos conflitantes deprticas contbeis emdiferentes pases -importncia da

    contabilidadeinternacional.

    ApostilaSlides deapresentao

    Caseno1

    3 Demonstrativosfinanceiros conformeLei 11.941/09 e regrasInternacionais do IFRS(InternacionalFinnancial ReportStandards).

    ApostilaSlides deapresentao

    Case n1

    2

    Harmonizao dasnormascontbeisinternacionais: IFRS,FASB,USGAAP,BRGAAP

    3 Harmonizao das

    normas contbeisinternacionais: IFRS,FASB, USGAAP,BRGAAP. Estrutura,contedo e significadodos Relatrioscontbeis, no modelointernacional

    Apostila

    Slides deapresentao

    Case no

    2

    3continua

    o daharmonizao dasnormascontbeisinternacionais

    3 USGAAP, BRGAAP Apostila. Slides

    deapresentao

    Exercci

    o no 2

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    5/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    3

    4 . Estudode materiascujoentendimento e

    aplicaodifere emdiversospases.

    3 . Estudo de materiascujo entendimento eaplicao difere emdiversos pases.

    Apostila. Slidesdeapresentao

    Exerccio no 3

    5 Atuaodosorganismosinternacionais decontabilida

    de.

    3 Atuao dosorganismosinternacionais decontabilidade II

    Apostila. Slidesdeapresentao

    Exerccio no 3

    4ContabilidadeAvanada

    3 Consolidao dasDemonstraesContbeis,

    Apostila. Slidesdeapresentao

    Exerccio no3

    5ContabilidadeAvanada

    3ParticipaesSocietrias,transformaesSocietrias.

    Apostila. Slidesdeapresentao

    Exerccio no 4

    1.5 Referncias

    CARVALHO, L. Nelson; LEMES, Sirlei; COSTA, Fbio Moraes da.

    Contabilidade internacional:

    aplicao das IFRS 2005. 1 ed. 3 reimpr. So Paulo: Atlas, 2009. (1)

    NIYAMA, Jorge Katsumi. Contabilidade internacional. So Paulo: Atlas,

    2009. (2)

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    6/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    4

    SANTOS, Jos Luiz dos; FERNANDES, Luciane Alves; SCHIMIDT,Paulo. Fundamentos da contabilidade internacional. So Paulo: Atlas,2006.

    1.6 METODOLOGIA

    Aula expositiva com auxlio de microcomputador, projetor multimdia equadro branco com marcadores. Aos alunos sero fornecidos osseguintes itens: apostila e transparncias a serem utilizadas durante aexposio dos assuntos. Sero ministrados exerccios, estudos dirigidose estudos de caso.

    1.7 AVALIAO DA DISCIPLINA

    Avaliao individual (ao final de cada aula) 4 pontosAvaliao em grupo, sem consulta(em grupo de3 alunos) 6 pontos

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    7/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    5

    2. Texto para estudo

    2.1 Introduo

    Convergncia da Contabilidade ao modelo Internacional, razesque justificam a sua aplicabilidade.

    A captao de recursos internacionais, as decises de

    investimentos e a gesto dos administradores, tornaram a informao

    contbil ainda mais importante neste cenrio de globalizao daeconomia mundial. Entretanto, notrio que as mesmas transaes

    podem ser registradas de formas diferentes, dependendo do pas de

    origem, ocasionando impactos diferentes nas contas patrimoniais e de

    resultado.

    De acordo com Delloitte (2007), em recente

    pronunciamento, a Comisso de Valores Mobilirios (CVM), reconheceu

    que existem diversos pontos de divergncias entre as normas

    brasileiras e as internacionais, dos quais, no entender da rea tcnica

    da CVM, podem ser destacados: A aplicabilidade do mtodo de justo

    valor (fair vallue), particularmente em empresas no financeiras, o

    tratamento contbil dos instrumentos financeiros, tambm relacionados

    ao mtodo de valor justo, a contabilizao e evidenciao das

    demonstraes financeiras das operaes de arrendamento mercantil, o

    tratamento contbil das reestruturaes societrias, como tambm das

    subvenes governamentais e a divulgao por segmento de negcios.

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    8/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    6

    Destacando a importncia para a convergncia da

    contabilidade para uma harmonizao internacional, Delloite (2007,

    p.2) salienta:

    ... a IOSCO (International Organizationof Securities Comission OrganizaoInternacional de Comisses de ValoresMobilirios) recomendou no ano de2000 que os rgos reguladores demercado de capitais de cada pasautorizassem as sociedadesmultinacionais a apresentar as duasdemonstraes financeiras segundo as

    normas internacionais de contabilidade.

    Conforme Carvalho (2009), em 2002, a Unio Europia

    tambm determinou que as sociedades europias, com aes

    negociadas em bolsas de valores deveriam apresentar suas

    demonstraes financeiras de acordo com as normas internacionais de

    contabilidade a partir de 2005.

    A urgncia da harmonizao da contabilidade tem sido cada

    vez mais constatadas pelos pases, como demonstram os dados de

    pesquisa efetuada pela Deloitte Touche Tohmatsu ...evidenciou que em

    2005 apenas 26% dos pases no permitiam que suas sociedades

    abertas utilizassem as normas internacionais de contabilidade

    (DELOITTE, 2007, p.2).

    Assim, constata-se que a aplicabilidade das normasinternacionais de contabilidade, para a harmonizao da linguagem dos

    negcios (contabilidade), so consideradas fatores essenciais para a

    poltica decisorial das organizaes, destacando sua influncia

    relevante na gesto empresarial como um todo.

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    9/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    7

    Neste sentido, convm destacar que h uma sincronia na

    opinio de Schmidt et al (2004), de que as normas internacionais de

    contabilidade tambm apresentam tcnicas que contribuem com maior

    transparncia e qualidade das informaes para a gesto empresarial,

    harmoniza as prticas contbeis brasileiras, com as melhores prticas

    internacionais, exigidas nos principais mercados financeiros,

    possibilitando a administrao dos efeitos inflacionrios nos resultados

    empresariais, implementando as tcnicas de gesto da riqueza

    empresarial alm de reduzir ou eliminar dificuldades de interpretaes e

    de aceitao dessas informaes.

    Mas, de acordo com Carvalho (2009, p.13): no campo da

    regulao econmica e da contabilidade que nos compete fazer uma

    incurso que nos levar s razes para uma contabilidade

    internacional.

    O autor comenta que,analogicamente os efeitos da falta de umaregulamentao contbil, perceberam os americanos dos Estados

    Unidos, que outra razo poderosa havia contribudo para a catstrofe do

    seu mercado de capitais: as demonstraes financeiras nas quais os

    investidoresse baseavam para tomar suas decises de comprar, vender

    ou manter posies acionrias eram desinformativas

    No havia um conjunto inteligente e sensato de normas contbeis

    que orientasse a preparao de tais demonstraes, e em

    conseqncia as anlises de balanos podiam levar, e com certeza

    levaram, a erros na tomada de decises econmicas (e nisso esto se

    abstraindo as fraudes).

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    10/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    8

    Conforme Deloitte (2007), duas lies ofereceram os americanos

    dos Estados Unidos ao mundo desde ento:

    Normalizao contbil tarefa tcnica que no compete ao

    governo fazer e sim a todos os reais interessados: auditores,

    companhias preparadoras de demonstraes contbeis, analistas

    de investimentos e de mercados de capitais, credores,

    acadmicos que pesquisam nessa rea e sindicatos de

    trabalhadores que negociam remunerao varivel com base em

    lucros e resultados; e

    No confunde-se balano para mercado de capitais com

    balano para o Fisco ambos devem e podem conviver sem se

    contaminarem reciprocamente.

    Assim, afirma Carvalho (2009) que a grande lio, no

    entanto, a primeira das duas citadas: no h mercados de

    capitais fortes sem transparncia e sem divulgao, e o

    mecanismo por excelncia da transparncia e da divulgao

    nesses mercados o do conjunto das demonstraes ditas

    financeiras ou contbeis, adotando uma linguagem uniforme,

    harmonizada com todos os pases usurios dessas informaes.

    Entretanto, nunca se alega que so o nico mecanismo de

    comunicao entre a empresa e os mercados, e por certo no o

    so. Mas um inevitvel, imprescindvel, vital mecanismo do rol de

    meios de comunicao de desempenho e de expectativa de fluxos

    de caixa futuros.

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    11/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    9

    A harmonizao da contabilidade possibilita que as

    informaes financeiras pelo mecanismo das demonstraes contbeis

    reduzam incertezas do investidor nacional ou internacional, e a teoria de

    finanas j nos ensina que incertezas representam riscos, que vo para

    os preos. Reduzir incertezas significa mostrar a boa (e a m) empresa

    tal como so: a m empresa ser punida com custo de capital maior,

    mas provavelmente ainda menor do que se no se desse a conhecer. A

    boa empresa ser premiada com custo de capital menor, o que significa

    estmulo para empreender, pelo diferencial da sua gesto da

    lucratividade.

    2.2. Processo de Harmonizao Contbil

    Segundo Muller & Scherer (2009), trata-se da

    homogeneizao da interpretao, da evoluo do nvel tcnico da

    contabilidade e da padronizao de uma regulamentao de carter

    realmente internacional. Entretanto, destacam que , a harmonizao dacontabilidade nacional ao modelo internacional tem ganhado propores

    relevantes nas discusses contbeis avanadas. A CVM e o Banco

    Central estabeleceram a necessidade de publicao das

    demonstraes financeiras ao padro internacional, a partir de 2010.

    Importante ressaltar que nos pases, como exemplo os da Europa, as

    normas IAS e IFRS j so adotadas desde 2005. Em junho de 2000 j

    havia publicada uma comunicao denominada Estratgia da Unio

    Europia para o futuro em matria de informaes financeiras a serem

    prestadas pelas empresas.

    Ainda de acordo com Muller & Scherer (2009, p.29)

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    12/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    10

    As medidas foram tomadas e oprocesso de harmonizaoEuropeu evoluiu at 2005, quandoda adoo pelas primeirasempresas de capital aberto (foram

    65 grandes companhias europiasem um primeiro momento),acelerando o processo deharmonizao, envolvendotambm de 15 para 25 pases daUnio Europia.

    Assim, em nosso pas, necessrio que haja entendimento de

    que, no somente as empresas que operam em mercado de capitais,

    no somente os bancos e as seguradoras, mas todas as organizaes

    devem, com o tempo, adotar o novo padro internacional.

    2.2.1 Mecanismo para a elaborao e harmonizao das

    normas contbeis internacionais.

    Conforme Fipecafi (2009), para a elaborao de uma norma

    contbil internacional, o mecanismo segue um mtodo cuidadoso ecertamente prolongado, visto que, normalmente, a obteno do texto

    definitivo de uma norma se desenvolve ao longo de dois ou trs anos de

    trabalho. Muito alm, parauma padronizao contbil ( como exemplo a

    definio de uma IAS - International Accounting Standards), o processo

    estabelecido bem complexo e os seus pronunciamentos garantem que

    as normas tenham padro de qualidade e requeiram prticas de

    contabilidade apropriadas, assegurando sua validade.

    Destacando a sua importncia, Muller & Scherer (2009, p.34)

    salientam:

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    13/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    11

    Alguns pases adotam ospronunciamentos desse rgo comovlidos nacionalmente, outroscostumam considerar as normas doiasb antes de produzirem suas prprias

    normas nacionais, como o caso doBrasil; outros possuem sistemastotalmente autnomos de emisso denormas contbeis, mas queapresentam semelhana muito grandecom as o iasb, por forte influnciadesses pases no comit, por exemplo,os Estados Unidos.

    Entretanto, alertando para uma fundamentao aplicada emtodos os casos, Ernest & Young op. Cit (Fipecafi, 2009):

    No obstante as normas internacionaise contabilidade (IFRS) buscarem acomparabilidade e a consistncia dasinformaes financeiras, pelo fato deserem normativa e baseada emprincpios e no em regras, devemos

    contar com uma interpretaoaceitvel e fundamentada em todos oscasos, e no simplesmente umaaplicao de regras ou interpretaesidnticas em cada caso. Issonecessariamente requer o uso deanlise crtica ao aplicarmos asnormas e ao determinarmos, quandohouver mais de uma alternativa, qualtratamento contbil reflete, de melhormaneira, o desempenho do negciosfatos e as circunstncias diferentes

    A implantao dessas normas exigir grandes esforos por parte

    de todas as partes interessadas, tais como investidores, bancos, rgos

    reguladores, auditores, analistas, universidades, etc., j que as normas

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    14/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    12

    do IFRS no representam apenas um exerccio tcnico-contbil.

    (Fipecafi, 2009).

    2.2.2 rgos criados para elaborao de normas contbeis

    Conforme Carvalho (2009), em 1973 os americanos dos Estados

    Unidos entenderam que o modelo de traar normas contbeis pelo

    mecanismo de profissionais de mercado que doavam tempo e talento

    via APB - Accounting Principles Board, uma espcie de grupo de

    trabalho inserido na estrutura do Instituto Americano de Contadores

    Pblicos (AICPA), havia se exaurido, e criaram um modelo maisousado, de uma instituio sem fins lucrativos, privada, total e

    exclusivamente voltada para elaborar normas contbeis criou-se

    ento a Junta de Normas de Contabilidade Financeira, o FASB -

    Financial Accounting Standards Board.

    O autor comenta que tal reao se deu criando no mesmo ano

    um organismo igualmente privado e sem fins lucrativos que, em 2000,foi reformado em sua constituio e hoje a Junta de Normas

    Internacionais de Contabilidade, o Internacional Accounting Standards

    Board (IASB), genuinamente supranacional no sentido de que no

    encampa nenhuma norma nacional de jurisdio alguma e tem suas

    normas construdas inteiramente sob a perspectiva internacional.

    Ainda na opinio de Carvalho (2009, p. 16), na sua estrutura

    conceitual bsica (no documento titulado Framework) o IASB define em

    suas prprias palavras o sentido e o objetivo das IFRS - International

    Financial Report Standards (a seguir,em traduo livre):

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    15/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    13

    Demonstraes financeiras sopreparadas e apresentadas parausurios externos por muitas entidadesao redor do mundo. Embora taisdemonstraes financeiras possam

    parecer semelhantes de pas parapas, h diferenas que provavelmenteforam causadas por uma variedade decircunstancias sociais, econmicas elegais e porque diferentes pasestiveram em mente as necessidades dediferentes usurios ao definirem asnormas nacionais.

    Estas diferentes circunstncias

    levaram a uma variedade de definiesdos elementos das demonstraesfinanceiras como, por exemplo, o queso ativos, exigibilidades, patrimnioliquido, receitas e despesas. Taisdiferentes circunstncias tambmresultaram no uso de distintos critriospara o reconhecimento de itens nasdemonstraes financeiras e em umapreferncia por diferentes bases de

    mensurao de tais itens.O IASB est comprometido em reduzirtais diferenas buscando harmonizaras regulamentaes, normas contbeise procedimentos relativos apreparao e apresentao dasdemonstraes financeiras. O IASBacredita que maior harmonizao podeser objetivada focando-se nas

    demonstraes financeiras que sopreparadas para o propsito de proverinformaes teis na tomada dedecises econmicas.

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    16/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    14

    Conforme Fipecafi (2009), atualmente, as normas internacionais

    de contabilidade e as normas contbeis nos EUA (US GAAP) so as

    mais aceitas por parte das comisses de valores mobilirios da maioria

    dos pases. Recentemente, foi divulgado no mercado que a disputa

    entre os dois principais padres contbeis internacionais est com os

    dias contados.

    O International Accounting Standards Board (IASB), rgo com

    sede em Londres, aprovou um cronograma que estabelece 2010 como

    o prazo final para dirimir as diferenas entre as normas internacionais

    de contabilidade, emitidas pelo IASB, e as normas contbeis US GAAP,emitidas pelo Financial Accounting Standards Board (FASB) (FIPECAFI,

    2009).

    As normas internacionais de informaes financeiras (NIIF ou

    IFRS), anteriormente denominadas normas internacionais de

    contabilidade (NIC ou IAS), so emitidas atualmente pelo IASB

    (Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade), que antes tinhao nome de IASC (International Accounting Standards Committee ou

    Comit de Normas Internacionais de Contabilidade) (FIPECAFI, 2009).

    2.2.3 As mudanas na contabilidade nacional, os novos critrios

    de avaliaes e seus objetivos.

    No sentido geral, de acordo com Lobo (1998), as mudanas da

    contabilidade nacional est inserida no contexto de que as leis,

    sobretudo de contedo econmico, como a das sociedades annimas,

    expressam as tendncias e anseios de sua poca.

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    17/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    15

    O autor comenta que, hoje, ao lado da ideologia do sculo XXI, que

    prega serem a livre iniciativa e o livre mercado as mais eficientes formas

    de criar riquezas, predomina a idia de que h interdependncia

    econmica entre as naes, um aumento do comrcio atravs das

    fronteiras e uma internacionalizao dos processos de produo, o que

    leva os pases a buscarem uma uniformidade na linguagem dos

    negcios.

    Neste contexto, Pereda (1998, p. 23), ressalta a necessidade de uma

    linguagem comum entre as naes, destacando a contabilidade como

    sendo a linguagem econmica por excelncia:

    Si nuestra discuplina, la contabilidad,

    es el lenguaje econmica por

    excelncia, no cabe duda de que, em la

    medida em que se globaliza la actividad

    econmica, es cada vez ms necesario

    contar com um lenguaje comn, que

    facilite el entendimento. Pero para ello

    es necesario um importante proceso de

    investigacin, anlisis y discusin para

    encontrar um hipottico y no siempre

    fcil de delimitar punto de equilbrio

    Em concordncia, Perez Junior (2006), sustenta que em face

    globalizao da economia, h uma necessidade mundial de que as

    prtica contbeis sejam harmonizadas e que vrias aes esto sendo

    praticas no mundo todo para viabilizar essa harmonizao.

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    18/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    16

    Schimidt et al. (2003), destaca que tal iniciativa de

    fundamental importncia para o pas, medida medida que viabiliza a

    realizao de alteraes na norma contbil com maior flexibilidade,

    permitindo efetuar mudanas necessrias s necessidades contbeis

    que surgem em decorrncia das alteraes, ampliao e complexidade

    do mundo dos negcios, no ficando, portanto, a regulamentao

    contbil atrelada legislao contbil, no sentido de buscar caminhos

    de auto-regulao.

    Assim, conforme Fipecafi (2009), todas as mudanas na

    contabilidade, tm por objetivo aumentar a transparncia, a consistnciadas informaes divulgadas e a capacidade analtica, agilizando os

    processos de divulgao de informaes financeiras e o modelo de

    apresentao, tendo como exemplo a prpria harmonizao ao modelo

    internacional, alm de alavancar e melhorar a estrutura dos controles,

    possibilitando a implementao da gesto empresarial.

    O autor comenta que para esse propsito foram sancionadas a Lei11.638/07, a MP 449/08 e a Lei 11.941/09, que alteram na Lei 6.404/76,

    estabelecendo que as normas contbeis a serem expedidas pela CVM

    devero ser elaboradas em consonncia com os padres internacionais

    de contabilidade adotados nos principais mercados de valores

    mobilirios.

    De acordo com Carvalho (2007), dentre as alteraes propostas pela

    nova legislao, podem-se citar as referentes s Demonstraes

    Financeiras. A disciplina legislativa em vigor tornou obrigatria a

    publicao da Demonstrao dos Fluxos de Caixa (DFC) em

    substituio a Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    19/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    17

    (DOAR), mesmo que o DOAR seja considerado pelos contadores como

    uma demonstrao mais completa em termos de informaes.

    Outra inovao a obrigatoriedade da publicao da Demonstrao

    de valor Adicionado (DVA) para as empresas de capital aberto. A DVA

    evidenciar o quanto empresa somou de valor, e de que forma essa foi

    distribuda e o quanto ficou retido na empresa.

    A Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados (DLPA), o

    consenso de que a nova legislao eliminou-a, j que a conta lucros

    ou prejuzos acumulados foi eliminada do Balano Patrimonial. No quese referem ao BP, s novas regras trouxeram alteraes considerveis

    como o aparecimento de um novo subgrupo no Ativo Permanente,

    segundo a letra c, 1 , do art. 178 da Lei 11.638 o ativo permanente,

    dividido em investimentos, imobilizado, intangvel e diferido.

    O subgrupo Intangvel, desdobrado do Imobilizado, que segundo o

    inciso VI do art. 179 da Lei 11.638, ficou definido como os direitos quetenham por objeto bens incorpreos destinados manuteno da

    companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de

    comrcio adquirido. A Lei 11.941 abolir a denominao ativo

    permanente e tambm o exigvel a longo prazo. As contas que

    compem o Ativo Circulante, o Realizvel a Longo Prazo, o Passivo

    Circulante no sofreram modificaes em suas classificaes, conforme

    a Lei 11.941/09.

    Contudo, o Passivo Exigvel a longo Prazo e os Resultados de

    Exerccios Futuros foram eliminados assim com o Ativo Diferido e a

    regulamentao sobre qual o procedimento a ser adotado quando a

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    20/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    18

    existncia de saldo nesta conta, em 31/12/2008. O artigo 299-A da Lei

    11.941/09 prev que havendo saldo neste grupo no final de 2008 e, na

    impossibilidade deste saldo ser transferido para outro grupo, o mesmo

    poder permanecer no ativo at a sua completa amortizao. Ressalta-

    se a necessidade de sujeitar esta possibilidade a recuperao tratada

    no artigo 183, 3, da Lei das S.A.

    A edio da MP 449, ratificada na Lei 11.941/09, trouxe mudanas

    expressivas nas classificaes dos grupos e subgrupos de contas do

    BP. De acordo com o artigo 37 da Lei 11.941/09, o ativo ser dividido

    em circulante e no circulante e, o no circulante composto porrealizvel a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangvel. Assim,

    apagar-se a denominao Ativo Permanente, que foi substituda pela

    denominao ativo no circulante.

    J o Passivo foi dividido em passivo circulante e no circulante.

    estabelecendo que as obrigaes da companhia, inclusive

    financiamentos para aquisio de direitos do ativo no circulante, seroclassificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exerccio

    seguinte, e no passivo no circulante, se tiver vencimento em prazo

    maior, observado o disposto no pargrafo nico do art. 179 desta Lei.

    O Patrimnio Lquido foi alterado em sua diviso conforme a letra d,

    2, do art. 178 da Lei 11.638, corroborado no artigo 37 da Lei 11.941/09,

    que divide o patrimnio lquido em capital social, reservas de capital,

    ajustes de avaliao patrimonial, reservas de lucros, aes em

    tesouraria e prejuzos acumulados. Houve a excluso da conta

    Reservas de Reavaliao. Tendo como justificativa que este

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    21/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    19

    procedimento contraria o Princpio Contbil do Registro pelo Valor

    Original.

    Outra alterao a modificao da conta de Lucros ou Prejuzos

    Acumulados em Prejuzos Acumulados, no havendo mais o saldo de

    lucros Acumulados, assim todo o saldo deve ter uma destinao, nos

    termos dos Artigos 194 a 197 da Lei 11.638.

    Na Lei 11.941, artigo 37, os ajustes de avaliao patrimonial so as

    contrapartidas de aumentos ou diminuies de valores atribudos a

    elementos do ativo e do passivo, em decorrncia da sua avaliao avalor justo, enquanto no computados no resultado do exerccio em

    obedincia ao regime de competncia. O valor justo pode ser entendido

    como sendo o valor de mercado de um bem ou direito.

    O artigo 16 da Lei 11.941/09, por sua vez, estabelece que, para as

    empresas sujeitas ao RTT (Instituiu o Regime Tributrio de Transio),

    as alteraes introduzidas pela Lei 11.638/07, e pelos artigos 37 e 38 daprpria Lei 11.941/09, que "modifiquem o critrio de reconhecimento de

    receitas, custos e despesas computadas na apurao do lucro lquido

    do exerccio (definido no artigo 191 da Lei das S.A)" no tero efeitos

    para fins de apurao do lucro real, devendo ser considerados, para fins

    fiscais, os mtodos e critrios contbeis vigentes em 31 de dezembro de

    2007. Aplicando-se, inclusive para as normas expedidas pela CVM e

    pelos demais rgos reguladores que visem a alinhar a legislao

    especfica com os padres internacionais de contabilidade (CFC, CPC,

    IBRACON, dentre outros).

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    22/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    20

    Os novos critrios de avaliao que se tornaram obrigatrios na

    apresentao anual de contas que composta pelo Relatrio da

    Administrao, as Demonstraes Contbeis e as notas explicativas

    que as acompanham, o Parecer dos Auditores Independentes (caso

    houver) e o Parecer do Conselho fiscal (caso existir). So o Balano

    Patrimonial (BP), Demonstrao de valor Adicionado (DVA) se aberto,

    Demonstrao dos Fluxos de Caixa (DFC) e o Demonstrao do

    Resultado do Exerccio (DRE ).

    A Comisso de Valores Mobilirios do Brasil (CVM) em recente

    pronunciamento reconheceu que existem diversos pontos dedivergncia entre as normas brasileiras e as internacionais, dos quais,

    no entender da rea tcnica da CVM, podem ser destacados:

    (a) A introduo e a aplicao do mtodo de valor justo (fair value),

    particularmente nas empresas no financeiras.

    (b) O tratamento contbil de instrumentos financeiros, tambm

    relacionado ao mtodo de valor justo.(c) A contabilizao e evidenciao nas demonstraes financeiras das

    operaes de arrendamento mercantil.

    (d) O tratamento contbil das reestruturaes societrias (fuses,

    incorporaes e aquisies).

    (e) O tratamento contbil das subvenes governamentais.

    (f) A divulgao por segmento de negcios.

    Essas diferenas dificultam a anlise e a comparao das

    sociedades entre diversos pases, principalmente da situao financeira

    e do desempenho, e aumentam ainda mais as crticas que os usurios

    fazem das demonstraes financeiras. A seguir, demonstra-se os

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    23/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    21

    principais critrios de avaliao adotados na convergncia da

    contabilidade nacional, com suas respectivas denominaes e

    classificao:

    TABELA DE CRITRIOS DE AVALIAO (Lei 11.638/09 e 11.941/09)

    DENOMINAO CLASSIFICAO CRITRIOS DEAVALIAO

    Instrumentos

    Financeiros (aes,debntures,aplicaes em ouro)

    ATIVO CIRCULANTE

    ou ATIVO NO-CIRCULANTE(REALIZVEL ALONGO PRAZO)

    Quando se tratar de

    aplicaes destinadas negociao ou disponveispara venda > VALOR DEMERCADO(ART. 183, I)

    Derivativos(mercados futuros,de opes, de swap)

    ATIVO CIRCULANTEou ATIVO NO-CIRCULANTE(REALIZ VEL ALONGO PRAZO

    Nesses casos > CUSTO DEAQUISIO, ou seja, valorde emisso, atualizado eajustado pelo valorprovvel (ART. 183, I)

    Direitos e ttulos decrdito

    ATIVO CIRCULANTEou ATIVO NO-CIRCULANTE(REALIZVEL ALONGO PRAZO

    Nesses casos > CUSTO DEAQUISIO, ou seja, valorde emisso, atualizado eajustado pelo valorprovvel (ART. 183, I

    Matrias-primas,

    produtos emfabricao e bensem almoxarifado

    ATIVO CIRCULANTE

    ou ATIVO NO-CIRCULANTE(REALIZ VEL ALONGO PRAZO)

    Nesses casos > CUSTO DE

    AQUISIO ou CUSTO DEPRODUO, deduzido daproviso para ajust-lo aovalor de mercado, quandoeste for inferior. (ART. 183,II)

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    24/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    22

    Investimentos emparticipaessocietrias

    ATIVO NO-CIRCULANTE

    Nesses casos > CUSTO DEAQUISIO, deduzido deproviso para perdasprovveis, salvo aequivalncia patrimonial.

    (ART. 183, III)Demaisinvestimentos

    ATIVO NO-CIRCULANE

    Nesses casos > CUSTO DEAQUSIO, deduzido deproviso para perdasprovveis, salvo aequivalncia patrimonial.(ART. 183, IV)

    DENOMINAO CLASSIFICAO CRITRIOS DEAVALIAO

    Imobilizado ATIVO NO-CIRCULANTE

    Nesse caso > CUSTO DEAQUISIO, deduzido dosaldo da respectiva contade depreciao.Observao: Fazer a

    anlise sobre a recuperaodos valores: contrapartida> Ajustes da AvaliaoPatrimonial (ART. 183, V)

    Intangvel ATIVO NO-CIRCULANTE

    Nesse caso > CUSTOINCORRIDO NAAQUISIO, deduzido darespectiva conta deamortizao.

    Observao: Fazer aanlise sobre a recuperaodos valores: contrapartida> Ajustes da AvaliaoPatrimonial (ART. 183, VII)

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    25/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    23

    Diferido (*) extinto, salvoexcees

    Nesse caso > VALOR DOCAPITAL, deduzido dosaldo da respectiva contade amortizao. (ART. 183,VI)

    Estoques demercadoriasfungveis

    ATIVO CIRCULANTE Os destinados venda >VALOR DE MERCADO,deduzidos dos impostos edemais despesas devenda, aceito pela tcnicacontbil, conforme prticasusuais em cada atividade(ART. 183, 4)

    OPERAES ALONGO PRAZO

    ATIVO NO-CIRCULANTE ATIVOREALIZVEL ALONGO PRAZO

    Sero ajustados a VALORPRESENTE. Significa dizerse uma venda feita a prazose fosse vista, seriacontratada por um valormenor, j que as empresasembutem: custo + jurosreais + inflao do perodo.Contrapartida: receitafinanceira pro rata

    temporis. (ART. 183, VIII)

    Fonte: Perez Junior (2009), adaptado pelo autor.

    Perez Junior (2006), sustentaque as novas mudanas nos mtodos

    de avaliao do balano patrimonial tm por finalidade orientar os

    profissionais de contabilidade na execuo dos registros e na

    elaborao dos demonstrativos contbeis a partir da adoo das novas

    prticas contbeis adotadas no Brasil, em atendimento Lei n.

    11.638 /2007, Medida Provisria n. 449/2008, convertida na Lei n

    11.941/2009, aos Pronunciamentos Tcnicos emitidos pelo Comit de

    Pronunciamentos Contbeis (CPC) e s Normas Brasileiras de

    Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC),

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    26/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    24

    relativas a um perodo ou a um exerccio social iniciado a partir de 1 de

    janeiro de 2008.

    Os usurios tm a expectativa de que as informaes

    contbeis sejam transparentes, confiveis, objetivas, relevantes e

    comparveis a nvel internacional com outras sociedades.

    2.3 Normas brasileiras de contabilidade

    O cenrio ideal seria que o Brasil, a exemplo de diversos outros

    pases no mundo, adotasse integralmente as normas internacionais decontabilidade. Entende-se que as NIC (Normas Internacionais de

    Contabilidade) no so perfeitas. Aprimoramentos ainda so

    necessrios, fundamentalmente para eliminar alternativas permitidas

    para registrar uma mesma transao.

    De acordo com Deloitte (2007) essas alternativas possibilitam

    contabilidade criativa ou maquiagens contbeis, supostamente legais,mas que na verdade podem esconder a real situao patrimonial,

    financeira e de resultados da sociedade. No entanto, essa adoo

    inseriria com mais facilidades nossas empresas no mundo globalizado

    atual.

    Assim , Deloitte (2007, p. 7) salienta que atualmente as normas

    brasileiras de contabilidade esto formalizadas como segue:

    Lei n. 6.404/76.Essa lei aplicvel para associedades annimas. Existe umprojeto no congresso brasileiro para

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    27/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    25

    alterar a parte contbil dessa lei,pendente de aprovao h vriosanos. Esse projeto teria que sermodificado para ficar em linha comas normas internacionais de

    contabilidade.Pronunciamentos emitidos pelaCVM. Essas normas so aplicveissomente s companhias abertas.

    Pronunciamentos emitidos peloCFC. Essas normas so aplicveispara todas as entidades de umaforma geral.Pronunciamentos emitidos peloIBRACON. Essas normas so

    aplicveis a todas as entidades deforma geral.Pronunciamentos emitidos peloBACEN. Essas normas soaplicveis somente a instituiesfinanceiras.Pronunciamentos emitidos pelaSPC. Essas normas so aplicveissomente aos fundos de penso.

    Pronunciamentos emitidos pela

    SUSEP. Essas normas soaplicveis somente s seguradoras.

    Adicionalmente, comenta o autor que as autoridades fiscais brasileiras

    estabeleam a forma de registro contbil de certas transaes, que na

    grande maioria dos casos est dissociada das melhores prticas

    contbeis. Em resumo, um emaranhado de normas e de regras,

    algumas conflitantes e desatualizadas, que esto em diversos casosem direo oposta s prticas contbeis adotadas no mundo, e,

    consequentemente, no conduzem a demonstraes financeiras

    transparentes e de qualidade.

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    28/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    26

    Cumpre ressaltar que as companhias abertas brasileiras, para

    ingressarem no novo mercado, tero que preparar tambm informaes

    contbeis de acordo com US GAAP ou de acordo com IFRS e que o

    BACEN comunicou ao mercado, em maro de 2006, que as normas

    contbeis de instituies financeiras no Brasil iro convergir para as

    normas contbeis do IASB at 2010 (DELOITTE, 2007).

    2.4 Determinaes previstas nas NIC Normas Internacionais de

    Contabilidade

    De acordo com (Deloitte, 2007, p. 22 25), as determinaesprevistas nas normas internacionais de contabilidade so:

    A demonstrao do resultado pode ser apresentada em dois

    formatos. A sociedade tem a opo de escolher o formato. No

    primeiro formato as despesas so demonstradas de acordo com a

    sua natureza. No segundo formato, as despesas apresentadas

    segundo a sua funo. A NIC 1 (Apresentao das

    Demonstraes Financeiras) trata desse assunto. Entendemos

    que essa alternativa contribui de forma negativa para a

    globalizao da contabilidade, j que dificulta a comparabilidade

    do desempenho das empresas a nvel local e a nvel internacional.

    Imagine a situao em que o leitor ter que fazer uma anlise

    comparativa do resultado de duas empresas do segmento de

    varejo, sendo que uma prepara a demonstrao do resultado pelo

    formato das despesas pela sua natureza, e a outra sociedade

    apresenta a sua demonstrao de resultado pelo formato das

    despesas pela sua funo. Seria a mesma coisa que comparar

    banana com laranja. Cumpre informar que o pargrafo 91 dessa

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    29/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    27

    norma determina que a entidade que classifica os gastos por

    funo na demonstrao do resultado dever revelar informao

    adicional sobre a natureza desses gastos em nota explicativa s

    demonstraes financeiras.

    Observa-se, na comparao dos dois formatos de apresentao,

    as alteraes so processadas apenas nas linhas entre a receita

    bruta operacional e o lucro operacional.

    Nota-se que existem trs grandes aberturas do lucro. Lucro

    operacional, lucro das operaes continuadas e lucro lquido doexerccio. No formato das despesas classificadas por natureza,

    no h lucro bruto. A equivalncia patrimonial (somente de

    sociedades coligadas ou associadas, j que das controladas ela

    eliminada na consolidao de demonstraes financeiras), as

    receitas e as despesas financeiras, outros ganhos e perdas, e

    impostos sobre o lucro so computados para transformar o lucro

    operacional em lucro das operaes continuadas. A diferena

    entre o lucro das operaes continuadas e o lucro lquido do

    exerccio representa o resultado dasoperaes descontinuadas.

    Resultado de operaes descontinuadas. Uma operao

    descontinuada um segmento de negcios que foi interrompido.

    Um segmento de negcios significa componentes de uma classe

    de negcios com identificao separada de ativos, passivos,

    receitas e despesas, segundo a NIC14 (Informaes Financeiras

    por Segmentos). Um segmento de negcios poder ser baixado

    por uma srie de motivos, dentre os quais destacamos: venda,

    abandono, ciso etc. A linha de resultado de operaes

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    30/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    28

    descontinuadas, classificada na demonstrao do resultado do

    exerccio, geralmente composta de dois componentes:

    (a) lucro ou prejuzo durante o ano das atividades do segmento de

    negcios. A demonstrao do resultado do ano anterior deve ser

    ajustada retroativamente, de forma a alcanar a comparatividade

    com a demonstrao do resultado do ano corrente.

    Consequentemente, as receitas, os custos das vendas, as

    despesas operacionais e os impostos sobre o resultado do

    segmento descontinuado so excludos das operaes

    continuadas do ano anterior e divulgados na linha de resultado deoperaes descontinuadas na demonstrao do resultado.

    (b) Ganho ou perda na baixa do segmento. Adicionalmente, a

    sociedade deve divulgar em nota explicativa s demonstraes

    financeiras a composio do lucro ou prejuzo do exerccio atual e

    do exerccio anterior das atividades do segmento descontinuado

    (receitas, custo das vendas, despesas de vendas, despesasadministrativas e impostos sobre o resultado).

    O lucro lquido do exerccio da entidade consolidada, que inclui

    os acionistas minoritrios. Observe que no balano patrimonial

    consolidado o valor da participao dos acionistas minoritrios no

    patrimnio lquido de controladas consolidadas classificado

    dentro do patrimnio liquido da entidade consolidada. Aps o lucro

    liquido do exerccio, deve ser divulgada a segregao do lucro

    entre acionistas minoritrios e sociedade controladora.

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    31/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    29

    O lucro por ao calculado com base no resultado atribuvel

    sociedade controladora. O lucro por ao desmembrado em

    oriundo das operaes continuadas e descontinuadas, e oriundo

    das operaes continuadas. Existe um clculo bsico e um clculodiludo. O clculo bsico o valor do lucro ou do prejuzo dividido

    pela mdia ponderada das aes em circulao durante o

    exerccio. No clculo do diludo, o resultado do exerccio e a mdia

    das aes em circulao devem ser ajustados de modo a refletir

    os efeitos de aes potenciais. O resultado do exerccio dever

    ser ajustado pelos reflexos de dividendos, juros e possveis

    receitas e gastos na converso de aes potenciais. A mdiaponderada das aes dever ser aumentada pela mdia

    ponderada das aes potenciais. Obrigaes conversveis em

    aes representam exemplo de aes potenciais (debntures).

    Esse assunto abordado na NIC 33 (Lucro por Ao).

    O pargrafo 78 da NIC 1 (Apresentao das Demonstraes

    Financeiras) determina que todas as recitas e despesas

    reconhecidas no exerccio sero computadas na demonstrao do

    resultado, a menos que uma NIC estabelea o contrario. As

    mudanas de estimativas contbeis se incluem nesse conceito.

    Todavia, podem existir circunstancias em que em certas

    transaes no sejam debitadas ou creditadas no resultado do

    exerccio. A NIC 8 (Polticas Contbeis, Mudanas nas Estimativas

    Contbeis e Erros) trata dessas circunstncias: a correo de

    erros e efeitos de mudanas de polticas contbeis. Outras

    transaes que so contabilizadas diretamente no patrimnio

    lquido so as reservas de reavaliao (NIC 16 - Imobilizado

    Material), as perdas e os ganhos que surgem da converso de

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    32/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    30

    demonstraes financeiras de entidades do exterior, da moeda

    funcional para a moeda de apresentao (NIC 21 - Efeitos das

    Mudanas nas Taxas de Cmbio) e as perdas e os ganhos

    oriundos dos ajustes a valor de mercado de instrumentos

    financeiros ativos disponveis para venda (NIC 39 Instrumentos

    Financeiros Reconhecimento e Valorizao).

    O pargrafo 81 da NIC 1 (Apresentao das Demonstraes

    Financeiras) comenta que as contas de resultado incluiro no

    mnimo rubricas especificas com valores correspondentes das

    seguintes transaes:

    (a) Receitas operacionais.

    (b) Despesas financeiras.

    (c) Resultado de equivalncia patrimonial de sociedades coligadas

    ou associadas e de negcios conjuntos que se contabilizam pelo

    mtodo de equivalncia patrimonial. Note que no cita a

    equivalncia patrimonial de sociedades controladas, j que

    eliminada para fins das demonstraes financeiras consolidadas.

    A equivalncia patrimonial de sociedades controladas

    conjuntamente tambm eliminada nas demonstraes

    financeiras consolidadas.

    (d) Impostos sobre o resultado, que no caso brasileiro

    corresponde ao Imposto de Renda e Contribuio Social.

    (e) Um nico valor que corresponda ao total de:

    (e.1) Resultado depois dos impostos.

    (e.2) Resultado das atividades interrompidas ou descontinuadas.

    (f) Resultado do exerccio.

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    33/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    31

    O pargrafo 82 da NIC1 (Apresentao das Demonstraes

    Financeiras) informa que as seguintes transaes devem ser

    reveladas como distribuio do resultado do exerccio:

    (a) Resultado do exerccio atribudo aos interesses minoritrios

    (acionistas minoritrios de controladas consolidadas).

    (b) Resultado do exerccio atribuvel aos mantenedores de

    instrumentos de patrimnio lquido da sociedade controladora

    (acionistas da sociedade controladora). Nota-se que essa

    segregao do lucro, entre os acionistas da sociedade

    controladora e os acionistas minoritrios das sociedadescontroladas consolidadas.

    O pargrafo 85 da NIC 1 (Apresentao das Demonstraes

    Financeiras) informa que a entidade no apresentar nem na

    demonstrao do resultado nem em nota explicativa s

    demonstraes financeiras qualquer receita ou despesa

    considerada como transao extraordinria.

    O pargrafo 86 da NIC 1 (Apresentao das Demonstraes

    Financeiras) relata que, quando certa receita ou despesa

    material ou tem importncia relativa, sua natureza e seu valor

    sero revelados separadamente na demonstrao do resultado.

    Exemplos:

    (a) Proviso para a realizao dos estoques (ver NIC 2

    Estoques) e proviso para parte no recupervel do ativo

    imobilizado (ver NIC 16 Imobilizado Material), assim como a

    reverso dessas provises.

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    34/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    32

    (b) Reestruturao das atividades da entidade, assim como a

    reverso de qualquer proviso constituda para cobrir a mesma.

    (c) Vendas ou baixas por outras vias de bens do ativo imobilizado.

    (d) Vendas ou baixas por outras vias de investimentos.

    (e) Atividades descontinuadas.

    (f) Cancelamentos de pagamentos de litgios.

    (g) Outras reverses de provises.

    O pargrafo 88 da NIC 1 comenta que a entidade divulgar os

    gastos com base em sua natureza ou com base em sua funo.

    Recomenda-se que a entidade apresente essa divulgao nademonstrao do resultado. Exemplo de abertura dos gastos por

    natureza:

    (a) Matrias-primas e materiais consumidos.

    (b) Gastos com pessoal.

    (c) Gastos com depreciao e com amortizao.

    (d) Gastos com transportes e Gastos com publicidade.

    (e) Outros gastos operacionais.

    (f) Variao nas contas de produtos acabados e de produtos em

    processo durante o exerccio social.

    Na realidade, os gastos por natureza representam um

    detalhamento do custo das vendas, das despesas administrativas,

    das despesas com vendas e das despesas com impostos sobre a

    receita bruta (gastos por funo). O pargrafo 93 dessa mesma

    norma determina que a entidade que classifique os seus gastos

    por funo revelar informao adicional sobre a natureza de tais

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    35/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    33

    gastos em nota explicativa s demonstraes financeiras

    (DELOITTE, 2007).

    2.4.1 Comparao com as normas do BR GAAP

    A comparao das normas internacionais com as normas do

    BR GAAP, so apresentadas por Deloitte (2007), como segue:

    A regra contbil brasileira exige que seja apresentada tambm a

    demonstrao do resultado da sociedade controladora.

    A legislao societria brasileira estabelece que a demonstrao

    do resultado seja preparada em um nico formato, que se

    assemelha ao formato das despesas classificadas por funo.

    As normas contbeis brasileiras segregam apenas o lucro

    operacional do lucro no operacional, para compor o lucro lquido

    do exerccio. O lucro no operacional est relacionado com

    operaes no previstas no objeto social da sociedade, como, por

    exemplo, venda de bens do ativo imobilizado.

    As normas contbeis brasileiras no incluem conceitos sobre

    segmentos de negcios nem sobre resultados de operaes

    descontinuadas.

    A participao dos acionistas minoritrios classificada como

    uma despesa ou uma receita que compe o lucro lquido

    consolidado.

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    36/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    34

    Item extraordinrio, cujo destaque na demonstrao do resultado

    e em nota explicativa proibido pelas normas internacionais de

    contabilidade, uma figura utilizada pelas companhias abertasbrasileiras nas suas demonstraes financeiras, embora no

    esteja prevista na lei societria. O conceito de que representa

    transao de natureza incomum e no recorrente. uma

    transao que no est relacionada com as operaes tpicas da

    entidade e tem poucas chances de voltar a ocorrer no futuro.

    Exemplos:

    (a) Desapropriao de bens do ativo imobilizado.

    (b) Sinistros de ativos.

    (c) Perdas excepcionais oriundas de fenmenos naturais (secas,

    geadas etc.).

    (d) Despesas em sociedades privatizadas, decorrentes de

    demisses e desligamentos incentivadosde funcionrios.

    O valor do lucro por ao representa o lucro ou o prejuzo do

    exerccio dividido pela quantidade de aes. A lei societria

    brasileira no determina como calcular a quantidade de aes.

    Algumas sociedades utilizam a quantidade de aes em

    circulao no final do exerccio social e outras sociedades utilizam

    a quantidade mdia de aes em circulao durante o exerccio

    social. Inexistem conceitos de lucro bsico por ao e lucro diludo

    por ao.

    2.5 Mensurao dos elementos das demonstraes financeiras

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    37/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    35

    Conforme o Conselho Federal de contabilidade - CFC, e a

    Fundao Instituto de Pesquisas Contbeis, Atuariais e Financeiras

    FIPECAFI, diversas bases de mensurao so empregadas em

    diferentes graus e em variadas combinaes nas demonstraes

    financeiras. Essas bases incluem o seguinte: (FIPECAFI, 2009).

    a)Custo histrico: os ativos so registrados pelos valores

    pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou

    pelo valor justo dos recursos que so entregues para adquiri-

    los na data da aquisio. Os passivos so registrados pelos

    valores dos recursos que foram recebidos em troca daobrigao ou, em algumas circunstancias (por exemplo,

    Imposto de Renda), pelos valores em caixa ou equivalentes de

    caixa que sero necessrios para liquidar o passivo no curso

    normal das operaes;

    b)Custo corrente: os ativos so reconhecidos pelos valores

    em caixa ou equivalentes de caixa que teriam de ser pagos seesses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data

    atual. Os passivos so reconhecidos pelos valores em caixa ou

    equivalentes de caixa, no descontados, que seriam

    necessrios para liquidar a obrigao na data atual;

    c)Valor realizvel: os ativos so mantidos pelos valores em

    caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela

    venda numa forma ordenada. Os passivos so mantidos pelos

    seus valores de liquidao, isto , pelos valores em caixa e

    equivalentes de caixa, no descontados, que se espera seriam

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    38/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    36

    pagos para liquidar as correspondentes obrigaes no curso

    normal das operaes da entidade.

    d) Valor presente: os ativos so mantidos pelo valor presente,

    descontado, do fluxo futuro de entrada lquida de caixa que se

    espera seja gerado pelo item no curso normal das operaes da

    entidade. Os passivos so mantidos pelo valor presente,

    descontado, do fluxo futuro de sada lquida de caixa que se

    espera seja necessrio para liquidar o passivo no curso normal

    das operaes da entidade.

    A base de mensurao mais comumente adotada pelas entidades

    na preparao de suas demonstraes financeiras o custo histrico.

    Ele normalmente combinado com outras bases de avaliao.

    2.6 Critrios de Avaliao do Ativo

    De acordo com FIPECAFI & Ernest & Young (2009)), No balano, oselementos do ativo sero avaliados segundo os seguintes critrios:

    I - os direitos e ttulos de crdito, e quaisquer valores mobilirios no

    classificados como investimentos, pelo custo de aquisio ou pelo valor

    do mercado, se este for menor; sero excludos os j prescritos e feitas

    as provises adequadas para ajust-lo ao valor provvel de realizao,

    e ser admitido o aumento do custo de aquisio, at o limite do valordo mercado, para registro de correo monetria, variao cambial ou

    juros acrescidos;

    II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do

    comrcio da companhia, assim como matrias-primas, produtos em

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    39/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    37

    fabricao e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisio ou

    produo, deduzido de proviso para ajust-lo ao valor de mercado,

    quando este for inferior;

    III - os investimentos em participao no capital social de outras

    sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de

    aquisio, deduzido de proviso para perdas provveis na realizao do

    seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e

    que no ser modificado em razo do recebimento, sem custo para a

    companhia, de aes ou quotas bonificadas;

    IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisio, deduzido de

    proviso para atender s perdas provveis na realizao do seu valor,ou para reduo do custo de aquisio ao valor de mercado, quando

    este for inferior;

    V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisio,

    deduzido do saldo da respectiva conta de depreciao, amortizao ou

    exausto;

    VI - o ativo diferido, pelo valor do capital aplicado, deduzido do saldo

    das contas que registrem a sua amortizao.

    Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor de mercado:

    a) das matrias-primas e dos bens em almoxarifado, o preo pelo qual

    possam ser repostos, mediante compra no mercado;

    b) dos bens ou direitos destinados venda, o preo lquido de

    realizao mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e

    demais despesas necessrias para a venda, e a margem de lucro;

    c) dos investimentos, o valor lquido pelo qual possam ser alienados a

    terceiros.

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    40/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    38

    A diminuio de valor dos elementos do ativo imobilizado ser

    registrada periodicamente nas contas de:

    a) depreciao, quando corresponder perda do valor dos direitos que

    tm por objeto bens fsicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por

    uso, ao da natureza ou obsolescncia;

    b) amortizao, quando corresponder perda do valor do capital

    aplicado na aquisio de direitos da propriedade industrial ou comercial

    e quaisquer outros com existncia ou exerccio de durao limitada, ou

    cujo objeto sejam bens de utilizao por prazo legal ou contratualmente

    limitado;c) exausto, quando corresponder perda do valor, decorrente da sua

    explorao, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais,

    ou bens aplicados nessa explorao.

    Os recursos aplicados no ativo diferido sero amortizados

    periodicamente, em prazo no superior a dez anos, a partir do incio da

    operao normal ou do exerccio em que passem a ser usufrudos osbenefcios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital

    aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a

    que se destinavam, ou comprovado que essas atividades no podero

    produzir resultados suficientes para amortiz-los.

    Os estoques de mercadorias fungveis destinadas venda podero ser

    avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil

    aceito pela tcnica contbil.

    2.7 Critrios de Avaliao do Passivo

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    41/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    39

    De acordo com Fipecafi & Ernest Young (2009), Uma caracterstica

    essencial para a existncia de um passivo que a entidade tenha uma

    obrigao presente. Passivos resultam de transaes ou noutros

    elementos passados. Alguns passivos somente podem ser mensurados

    com o emprego de um elevado grau de estimativa, normalmente

    chamados de provises.

    Assim, o autor comenta que, no balano, os elementos do passivo

    sero avaliados de acordo com os seguintes critrios:

    I - as obrigaes, encargos e riscos, conhecidos ou calculveis,inclusive, imposto de renda a pagar com base no resultado doexerccio,

    sero computados pelo valor atualizado at a data do balano;

    II - as obrigaes em moeda estrangeira, com clusula de paridade

    cambial, sero convertidas em moeda nacional taxa de cmbio em

    vigor na data do balano;

    III - as obrigaes sujeitas a correo monetria sero atualizadas at a

    data do balano.

    O principal objetivo das demonstraes financeiras e de controle

    patrimonial nas normas IFRS fornecer relatrios sobre a posio

    financeira das empresas, os resultados, balanos e as mudanas da

    posio financeira de um modo simples e prtico para que o maior

    nmero possvel de usurios e profissionais possam entend-las e

    assim tomar suas decises.

    Entre os interessados temos investidores, empregados, fornecedores,

    clientes, instituies financeiras e at mesmo governos, todos ganham

    com a aplicao das normas simplificadas de demonstrao financeira.

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    42/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    40

    As principais caractersticas desejveis de um relatrio produzido de

    acordo com as normas IFRS, so:

    Compreensibilidade: A padronizao de estilo e termosaumenta em muito a compreenso dos relatrios pelos seus

    leitores.

    Relevncia: A remoo de itens irrelevantes torna o

    demonstrativo financeiro muito mais conciso. De acordo com os

    princpios do IFRS, o foco nunca deve ser perdido.

    Confiabilidade:Dados e fontes devem sempre ser confiveis,

    principalmente no que diz respeito a dados de balano e controlepatrimonial.

    Comparabilidade: Como esto padronizados, relatrios de

    meses ou perodos diferentes podem facilmente ser comparados,

    indicando de maneira prtica o progresso (ou regresso) financeiro

    da empresa.

    Quando da avaliao da propriedade, o resultado dessa atividade deve

    estar mostrado em conjunto na demonstrao do resultado. Assim,

    devem estar juntos linha a linha ou com detalhamento em nota

    explicativa: a receita de aluguel, a despesa de depreciao e as

    despesas de manuteno do imvel, quando de imvel alugado; no

    caso de imvel para especulao, deve ser destacado o lucro (ou

    prejuzo) quando da alienao e devem ser sempre destacadas a

    depreciao da propriedade para investimento e as despesas com sua

    manuteno (FIPECAFI, 2009).

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    43/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    41

    2.8 Principais ajustes das novas prticas contbeis adotadas no

    Brasil.

    O Conselho Federal de Contabilidade, atravs da Resoluo n

    1.159/09, aprovou o Comunicado Tcnico 01, o qual aborda como os

    ajustes das novas prticas contbeis adotadas no Brasil trazidas pelos

    dispositivos pela Lei n. 11.638/07 e MP n. 449/08, e elenca as

    principais alteraes trazidas que trouxeram impacto nos procedimentos

    e prticas contbeis, assim resumindo:

    (a) Classificao do Ativo e do Passivo em Circulante e No

    Circulante;(b) Extino do grupo Ativo Permanente;

    (c) Restrio ao longo do exerccio de 2008 e extino, na data de

    5/12/08, do subgrupo Ativo Diferido;

    (d) Criao do subgrupo Intangvel no grupo do Ativo No Circulante;

    (e) Proibio da prtica da reavaliao espontnea de ativos;

    (f) Aplicao, ao final de cada exerccio social, do teste de

    recuperabilidade dos ativos (teste de impairment);(g)Registro, em contas de ativo e passivo, dos contratos de

    arrendamento mercantil financeiro (leasing);

    (h) Extino do grupo Resultados de Exerccios Futuros;

    (i) Criao, no Patrimnio Lquido, da conta de Ajustes de Avaliao

    Patrimonial;

    (j) Destinao do saldo de Lucros Acumulados;

    (k) Alterao da sistemtica de contabilizao das doaes e

    subvenes fiscais, anteriormente contabilizadas em conta de Reserva

    de Capital;

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    44/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    42

    (l) Alterao da sistemtica de contabilizao dos prmios nas emisses

    de debntures, anteriormente contabilizados em conta de Reserva de

    Capital;

    (m) Extino da classificao das Receitas e Despesas em

    Operacionais e No Operacionais;

    (n) Substituio da Demonstrao das Origens e Aplicaes de

    Recursos (DOAR) pela Demonstrao dos Fluxos de Caixa (DFC) no

    conjunto das Demonstraes Contbeis obrigatrias;

    (o) Obrigatoriedade da elaborao da Demonstrao do Valor

    Adicionado (DVA) pelas CompanhiasAbertas;

    (p) Criao do Regime Tributrio de Transio (RTT);(q) Implantao da apurao do Ajuste a Valor Presente de elementos

    do ativo e do passivo.

    Os Ajustes de Avaliao Patrimonial

    A nova redao dada pela Lei n 11.638/2007 ao artigo 178

    (alnea d) da Lei n 6.404 /76 criou a conta Ajustes de Avaliao

    Patrimonial, classificada no Patrimnio Lquido. Devem ser classificadas

    como Ajustes de Avaliao Patrimonial, enquanto no computadas no

    resultado do exerccio em obedincia ao regime de competncia, as

    contrapartidas de aumentos ou diminuies de valor atribudo a

    elementos do ativo e do passivo, em decorrncia da sua avaliao a

    preos de mercado.

    Este grupo faz parte do Patrimnio Lquido, todavia no deve

    ser entendido como uma conta de Reservas de Lucros, haja vista que

    os referidos valores ali contabilizados ainda no transitaram pelo

    resultado, sendo caracterizado como um grupo especial do Patrimnio

    Lquido, pela Lei n 11.638/2007. Em conformidade com o mesmo artigo

    178 da Lei n. 6.404 /76, com a nova redao dada pela MP n.

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    45/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    43

    449/2008, o Patrimnio Lquido dividido em capital social, reservas de

    capital, ajustes de avaliao patrimonial, reservas de lucros, aes em

    tesouraria e prejuzos acumulados.

    A Classificao do Balano, aps as alteraes, pode ser assimdefinida:

    ATIVO PASSIVO

    Ativo Circulante

    -Ativo No Circulante

    -Realizvel a Longo Prazo

    -Investimento-Imobilizado

    -Intangvel

    Passivo Circulante

    -Passivo No Circulante

    -Patrimnio Lquido

    -Capital Social-(-) Gastos com emisso de aes

    -Opes Outorgadas

    Reconhecidas

    -Reserva de Lucros

    -(-) Aes em tesouraria*

    -Ajustes de Avaliao Patrimonial

    -Ajustes Acumulados deConverso

    -Prejuzos Acumulados

    Fonte: Criao do autor.

    Clculo da Depreciao dos Bens do Imobilizado

    A Lei n. 11.638 de 2007 estabeleceu que as depreciaes e

    amortizaes do imobilizado devem ser efetuadas com base na vida til

    econmica dos bens, todavia, a adoo desse critrio deve ser exigida

    s a partir do exerccio iniciado em 01.01.2009. Dessa forma, podem ser

    utilizadas para o exerccio de 2008 as taxas de depreciaes e

    amortizaes dos bens do ativo imobilizado que a entidade vinha

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    46/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    44

    anteriormente adotando, em geral so as taxas fiscais definidas e

    permitidas pela legislao fiscal.

    A nova lei contbil (Lei n 11.638 de 2007) introduziu o subgrupo

    Intangvel no grupo do Ativo No Circulante, conforme a nova redaodada ao artigo 178 da Lei n. 6.404/1976. Nesse subgrupo devem ser

    classificados os valores que estavam em outras contas do Ativo

    Permanente, em conformidade com a legislao anterior, bem como as

    novas transaes que representem bens incorpreos, como marcas,

    patentes, direitos de concesso, direitos de explorao, direitos de

    franquia, direitos autorais, gastos com desenvolvimento de novos

    produtos, gio pago por expectativa de resultado futuro (fundo de

    comrcio, ou goodwill.

    Do subgrupo Ativo Intangvel dentro do grupo Ativo No Circulante,

    fazem parte o gio por Expectativa de Rentabilidade Futura (goodwill), e

    os demais ativos intangveis. Na NBC T 19.8, todavia, s so tratados

    os ativos intangveis outros que no o gio por expectativa de

    rentabilidade futura.

    Para ser registrado no Intangvel, necessrio que o ativo, alm de

    incorpreo, seja separvel, isto , capaz de ser separado ou dividido da

    entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, seja

    individualmente ou em conjunto com um contrato, ativo ou passivo

    relacionado; ou ento resulte de direitos contratuais ou de outros

    direitos legais, quer esses direitos sejam transferveis quer sejamseparveis da entidade ou de outros direitos e obrigaes.

    O registro contbil dos ativos intangveis (incluindo o goodwill) continua

    a ser feito pelo seu custo de aquisio, se esse custo puder ser

    mensurado com segurana, e no por expectativa de valor no mercado,

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    47/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    45

    sendo vedada completamente no Brasil sua reavaliao (Lei das S/A).

    O ativo intangvel gerado internamente (com exceo do goodwill) pode,

    em certas circunstncias, conforme restries dadas pela NBC T 19.8,

    ser reconhecido pelo seu custo de obteno. Mas no podem nunca ser

    ativados os gastos com pesquisa. Os gastos com desenvolvimento

    somente so capitalizveis nas condies restritas dadas pela NBC T

    19.8.

    Os ativos intangveis precisam ser amortizados conforme sua

    vida til econmica. No caso dos intangveis sem vida til econmica

    determinada, sua amortizao ser normal em 2008 (como no caso do

    goodwill). Todavia, de 2009 em diante essa amortizao fica vedada.

    Por outro lado requerido o teste de recuperabilidade (impairment)

    (conforme NBC T 19.10).

    Dessa forma, a aplicao da NBC T 19.10 requerida para

    todo o ativo intangvel, mesmo em 2008. Compe, normalmente, o

    grupo Ativo Intangvel, alm do gio por expectativa de rentabilidade

    futura, patentes, direitos de franquia, direitos autorais, marcas, luvas,custos com desenvolvimento de produtos novos, direitos de explorao,

    direitos de folhas de pagamento, etc. Exemplificaes so discutidas ao

    final da NBC T 19.8, bem como tratamento especial dado aos custos

    com desenvolvimento de website.

    Elaborao da Demonstrao dos Fluxos de Caixa (DFC)

    A Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos

    (DOAR) foi substituda pela Demonstrao dos Fluxos de Caixa (DFC).

    A DFC deve ser elaborada pelas sociedades por aes de capital

    fechado com Patrimnio Lquido superior a R$ 2.000.000,00,

    sociedades de capital aberto e sociedades de grande porte.

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    48/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    46

    As sociedades por aes e limitadas, bem como as demais

    entidades devem elaborar a DFC em conformidade com a NBC T 3.8 -

    Demonstrao dos Fluxos de Caixa, exceto aquelas referidas na NBC T

    19.13 - Escriturao Contbil Simplificada para Microempresa e

    Empresa de Pequeno Porte

    Elaborao da Demonstrao do Valor Adicionado (DVA)

    A Demonstrao do Valor Adicionado obrigatria apenas para as

    companhias abertas e est regulamentada pela NBC T 3.7 -

    Demonstrao do Valor Adicionado, aprovado pela Resoluo CFC n

    1.138/2008

    Regime Tributrio de Transio (RTT)

    O artigo 15 da MP n 449 de 2008, convertida na Lei n 11.941 de 2009

    instituiu o Regime Tributrio de Transio (RTT), que trata dos ajustes

    tributrios decorrentes dos novos mtodos e critrios contbeis

    introduzidos pela legislao.

    O Regime Tributrio de Transio (RTT) viger at a entrada em vigor

    de lei que discipline os efeitos tributrios dos novos mtodos e critrios

    contbeis buscando a neutralidade tributria.

    O RTT ser opcional nos anos-calendrio de 2008 e 2009, cuja opo

    deve ser feita quando da entrega da DIPJ do ano-base 2008, exerccio

    financeiro 2009.

    Ajuste a Valor Presente (AVP)

    Conforme Marion (2009), a lei 11.638/07 determina que os elementos

    do ativo decorrente de operaes de longo prazo sero ajustados a

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    49/50

    Contabilidade internacional e avanada- Prof, Dr. Arnaldo Donisete de Souza

    47

    valor presente, sendo os demais ajustados somente quando houve

    efeito relevante.

    O valor presente (Valor atual), bastante utilizado na matemtica

    financeira, a determinao do valor de recebimento futuro em moedaatual (hoje) (MARION, 2009, p.300).

    AVP - Ajuste a Valor Presente deve ser aplicado de acordo com a NBC

    T- Ajuste a Valor Presente, aprovado pela Resoluo n 1.151/2009.

    Fundamento: Resoluo CFC n 1.159/2009, item 67

    Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC)

    Esse grupo no foi tratado especificamente pelas alteraes trazidas

    pelas normas contbeis, todavia, devem ser luz do principio da

    essncia sobre a forma, classificados no Patrimnio Lquido das

    entidades. Os adiantamentos para futuros aumentos de capital

    realizados, sem que haja a possibilidade de sua devoluo, devem ser

    registrados no Patrimnio Lquido, aps a conta de capital social. Caso

    haja qualquer possibilidade de sua devoluo, devem ser registrados no

    Passivo No Circulante.

    Essas novas alteraes vieram corroborar e facilitar a interpretao

    destes demonstrativos para melhor compresso dos investidores e

    ajustar essas novas alteraes com base nas leis vigentes da

    contabilidade e adaptar essas normas de acordo com as leisinternacionais.

  • 8/3/2019 Apostila Contabilidade Internacional Donisete

    50/50

    This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com.The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.This page will not be added after purchasing Win2PDF.

    http://www.win2pdf.com/http://www.win2pdf.com/http://www.win2pdf.com/http://www.win2pdf.com/http://www.win2pdf.com/