apostila comunicação

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FACULDADE ATENEU - FATE DISCIPLINA: COMUNICAÇÃO OFICIAL TÍTULO DA UNIDADE 1: A INFLUÊNCIA DA COESÃO E DA COERÊNCIA SOBRE AS DIFERENTES TIPOLOGIAS TEXTUAIS FORTALEZA – CE 2014

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Page 1: Apostila comunicação

FACULDADE ATENEU - FATE

DISCIPLINA: COMUNICAÇÃO OFICIAL

TÍTULO DA UNIDADE 1:

A INFLUÊNCIA DA COESÃO E DA COERÊNCIA SOBRE AS

DIFERENTES TIPOLOGIAS TEXTUAIS

FORTALEZA – CE

2014

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

• Dar subsídios aos alunos para produzir textos coesos e coerentes, mostrando-

lhe como a coesão é fundamental na estruturação do pensamento;

• Refletir sobre a importância da coesão e coerência na produção textual, com

base em diferentes textos;

• Fazer o aluno ser capaz de distinguir entre descrição, narração e dissertação;

• Desenvolver no aluno a habilidade da escrita através de diferentes tipologias

textuais.

INTRODUÇÃO

Ao longo desta unidade tentaremos primeiramente identificar problemas

gramaticais e estruturais retirados das análises de textos. Bem sabemos que,um dos

problemas encontrados com maior frequência nos textos é a falta de coesão e de

coerência.

Assim, antes de conhecermos os diferentes tipos de textos existentes, se faz

necessário conhecermos um pouco mais da coesão e da coerência, que têm o papel

fundamental na construção de textos lógicos e de fácil leitura.

Lembrando que esse conteúdo servirá de alicerce para todas as aulas

seguintes.

Estudaremos as tipologias textuais fundamentais para a vida acadêmica do

educando, a saber: Descrição, Narração e Dissertação. E além de mostrar os

diferentes tipos textuais existentes, tentaremos fazer o educando conhecer a estrutura

dos textos que lhes possibilitará compreender com mais clareza a realidade e

encontrar a melhor forma de expressá-la. Sem esquecer-se do uso da coesão e da

coerência, que tem seu papel significativo na diferenciação e elaboração dos mesmos.

Por fim, o aluno terá maior facilidade no desenvolvimento dos seus trabalhos

acadêmicos durante todo período de estudo. Melhorando e desenvolvendo

habilidades de escrita e de pensamento cognitivo e crítico.

AULA 3: COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL

Page 3: Apostila comunicação

3

3COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL

Um dos problemas encontrados com maior frequência nos textos é a falta de

coesão e de coerência.É comum encontrarmos textos que iniciam com um tema e

terminam com outro, mostrando falta de unidade, falta de coerência.

Além da falta de coerência, há falta de coesão, o que torna, muitas vezes, os

períodos ininteligíveis.

Mas, o que é coerência e o que é coesão?

Comecemos pela organização textual. Todo texto é composto por uma

macroestrutura e uma microestrutura; desta forma iniciaremos com a macroestrutura

que se refere a coerência textual.

3.1 COERÊNCIA TEXTUAL

A macroestrutura refere-se à coerência, ou seja, à manutenção da mesma

referência temática em toda extensão. Para que ela exista é necessário:

a) harmonia de sentido de modo a não ter nada ilógico, nada desconexo;

b) relação entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido.

c) as partes devem estar inter-relacionadas;

d) expor uma informação nova e expandir o texto;

e) não apresentar contradições entre as idéias;

f) apresentar um ponto de vista, uma nova visão de mundo.

A construção textual deve ser a construção de um todo compreensível aos

olhos do leitor. A coerência textual é o instrumento que o autor vai usar para

conseguir encaixar as “peças” do texto e dar um sentido completo a ele.

Cada palavra tem seu sentido individual, quando elas se relacionam elas

montam um outro sentido. O mesmo raciocínio vale para as frases, os parágrafos e

até os textos. Cada um desses elementos tem um sentido individual e um tipo de

relacionamento com os demais. Caso estas relações sejam feitas da maneira correta,

obtemos uma mensagem, um conteúdo semântico compreensível.

O texto é escrito com uma intencionalidade, de modo que ele tem uma

repercussão sobre o leitor, muitas vezes proposital.

Em uma redação, para que a coerência ocorra, as idéias devem se completar.

Uma deve ser a continuação da outra. Caso não ocorra uma concatenação de idéias

Page 4: Apostila comunicação

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entre as frases, elas acabarão por se contradizerem ou por quebrarem uma linha de

raciocínio. Quando isso acontece, dizemos que houve um quebra de coerência

textual.

A coerência é um resultado da não contradição entre as partes do texto e do

texto com relação ao mundo. Ela é também auxiliada pela coesão textual, isto é, a

compreensão de um texto é melhor capturada com o auxílio de conectivos,

preposições, etc.

Vejamos alguns exemplos de falta de coerência textual:

“No verão passado, quando estivemos na capital do Ceará Fortaleza, não pudemos

aproveitar a praia, pois o frio era tanto que chegou a nevar”

“Estão derrubando muitas árvores e por isso a floresta consegue sobreviver.”

“Todo mundo viu o mico-leão, mas eu não ouvi o sabiá cantar”

“Todo mundo destrói a natureza menos todo mundo”

“Podemos notar claramente que a falta de recursos para a escola pública é um problema no país. O governo prometeu e cumpriu: trouxe várias melhorias na educação e fez com que os alunos que estavam fora da escola voltassem a freqüentá-la. Isso trouxe várias melhoras para o país.”

A falta de coerência em um texto é facilmente detectada por um falante da

língua, mas não é tão simples notá-la quando é você quem escreve. A coerência é a

correspondência entre as idéias do texto de forma lógica.

Quando o entendimento de determinado texto é comprometido, imediatamente

alguém pode afirmar que ele está incoerente. Na maioria das vezes esta pessoa está

certa ao fazer esta afirmação, mas não podemos achar que as dificuldades de

organização das idéias se resumem à coerência ou a coesão. É certo que elas

facilitam bastante esse processo, mas não são suficientes para resolver todos os

problemas. O que nos resta é nos atualizarmos constantemente para podermos ter

um maior domínio do processo de produção textual.

Mas, a coerência é uma característica textual que depende da interação do

texto, do seu produtor e daquele que procura compreendê-lo. Muito depende do

receptor, de seu conhecimento de mundo, da situação de produção do texto e do grau

de domínio dos elementos lingüísticos constantes do texto. Veja no exemplo abaixo a

falta desse domínio, o que parece tornar o texto incoerente. Essa incoerência,

proposital neste caso, torna o texto uma piada.

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- Eu gosto tanto de frango, mas tenho medo de gripe aviária.

- Ah, mas só dá na Ásia, responderam.

- Justo na parte de que eu mais gosto?

(Folha de São Paulo, 18 de março de 2006, p. E13).

Há diversos níveis de coerência:

a) Coerência narrativa: respeito às partes da narrativa e à lógica existente entre

essas partes.

b) Coerência argumentativa: respeito à estrutura argumentativa e ao raciocínio

argumentativo.

c) Coerência figurativa: respeito à combinatória de figuras para manifestar um dado

tema. Por exemplo, dizer que tocavam uma música clássica num baile funk.

d) Coerência temporal: respeito às leis da sucessividade dos eventos.

e) Coerência espacial: respeito à compatibilidade entre os enunciados do ponto da

localização no espaço. Por exemplo, seria incoerente dizer que 450 pessoas

estavam na sala de estar do apartamento.

f) Coerência no nível de linguagem: respeito à compatibilidade entre personagens

e receptor e seus respectivos níveis de linguagem. Um personagem não

escolarizado, dificilmente, produziria textos no padrão culto.

Portanto, a coerência deve ser entendida como um fator que se estabelece

no processo de comunicação. A coerência não existe antes do texto, mas constrói-

se simultaneamente à construção do texto, estreitamente relacionada com a intenção

e conhecimentos dos interlocutores.

3.2 COESÃO TEXTUAL

A microestrutura refere-se à coesão, ou seja, ligação das frases, concatenação

entre as partes, traços morfossintáticos que garantem o encadeamento lógico.

Para que o texto seja coeso, deve seguir pelo menos um dos mecanismos de

coesão:

a) Retomada de termos, expressões ou frases já ditas.

b) Encadeamento de segmentos do texto, feito com conectores ou operadores

discursivos, tais como então, portanto, mas, já que, porque...

Veja o exemplo baixo:

Page 6: Apostila comunicação

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- As regras foram criadas para o bom funcionamento das tarefas, portanto,

aquelesque não as obedecerem serão punidos.

Ao encadear com conectores os segmentos do texto, devemos usá-los de

acordo com a relação que queremos dar a essa união. Por exemplo, se quisermos

passar a idéia de oposição, deveremos usar as conjunções adversativasmas, porém,

contudo, todavia...

As conjunções, pronomes relativos, preposições, elementos conectores,

podem ser encontrados em qualquer gramática de língua portuguesa. Há uma delas

nas referências bibliográficas abaixo.

3.1 Mas afinal, o que é COESÃO TEXTUAL?

"A coesão não nos revela a significação do texto, revela-nos a construção do texto enquanto edifício semântico." (M. Halliday)

A metáfora acima representa de forma bastante eficaz o sentido de coesão,

assim como as partes que compõem a estrutura de um edifício devem estar bem

conectadas, bem “amarradas”, as várias partes de uma frase devem se apresentar

bem “amarradas”, para que o texto cumpra sua função primordial; veículo de

articulação entre o autor e seu leitor.

A coesão é essa “amarração” entre as várias partes do texto, ou seja, o

entrelaçamento significativo entre declarações e sentenças. Existem, em Língua

Portuguesa, dois tipos de coesão: a lexical e a gramatical.

Coesão léxica:é obtida pelas relações de sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos

e formas elididas. Ela é obtida através de relações de sentido entre as palavras, ou

seja, do emprego de sinônimos.

Coesão gramatical: é conseguida a partir do emprego adequado de artigo, pronome,

adjetivo, determinados advérbios e expressões adverbiais, conjunções e numerais.

Ela é obtida a partir do emprego de artigos, pronomes, adjetivos, advérbios,

conjunções e numerais.

Seguem alguns exemplos de coesão:

1. Perífrase ou antonomásia - expressão que caracteriza o lugar, a coisa ou a

pessoa a que se faz referência.

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Ex.: O Rio de Janeiro é uma das cidades mais importantes do Brasil. A cidade

maravilhosa é conhecida mundialmente por suas belezas naturais, hospitalidade e

carnaval.

2. Nominalizações - uso de um substantivo que remete a um verbo enunciado

anteriormente. Também pode ocorrer o contrário: um verbo retomar um substantivo

já enunciado.

Ex.: A moça foi declarar-se culpada do crime. Essa declaração, entretanto, não foi

aceita pelo juiz responsável pelo caso. / O testemunho do rapaz desencadeou uma

ação conjunta dos moradores para testemunhar contra o réu.

3. Palavras ou expressões sinônimas ou quase sinônimas - ainda que se

considere a inexistência de sinônimos perfeitos, algumas substituições favorecem

a não repetição de palavras.

Ex.: Os automóveis colocados à venda durante a exposição não obtiveram muito

sucesso. Isso talvez tenha ocorrido porque os carros não estavam em um lugar de

destaque no evento.

4. Repetição vocabular - ainda que não seja o ideal, algumas vezes há a

necessidade de repetir uma palavra, principalmente se ela representar a temática

central a ser abordada. Deve-se evitar ao máximo esse tipo de procedimento ou,

ao menos, afastar as duas ocorrências o mais possível, embora esse seja um dos

vários recursos para garantir a coesão textual.

Ex.: A fome é uma mazela social que vem se agravando no mundo moderno. São

vários os fatores causadores desse problema, por isso a fome tem sido uma

preocupação constante dos governantes mundiais.

5. Um termo síntese - usa-se, eventualmente, um termo que faz uma espécie de

resumo de vários outros termos precedentes, como uma retomada.

Ex.: O país é cheio de entraves burocráticos. É preciso preencher uma enorme

quantidade de formulários, que devem receber assinaturas e carimbos. Depois de

tudo isso, ainda falta a emissão dos boletos para o pagamento bancário. Todas

essas limitações acabam prejudicando as relações comerciais com o Brasil.

6. Pronomes - todos os tipos de pronomes podem funcionar como recurso de

referência a termos ou expressões anteriormente empregados. Para o emprego

adequado, convém rever os princípios que regem o uso dos pronomes.

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Ex.: Vitaminas fazem bem à saúde, mas não devemos tomá-las sem a devida

orientação. / A instituição é uma das mais famosas da localidade. Seus funcionários

trabalham lá há anos e conhecem bem sua estrutura de funcionamento. / A mãe

amava o filho e a filha, queria muito tanto a um quanto à outra.

7. Numerais - as expressões quantitativas, em algumas circunstâncias, retomam

dados anteriores numa relação de coesão.

Ex.: Foram divulgados dois avisos: o primeiro era para os alunos e o segundo cabia

à administração do colégio. / As crianças comemoravam juntas a vitória do time do

bairro, mas duas lamentavam não terem sido aceitas no time campeão.

8. Advérbios pronominais (classificação de Rocha Lima e outros) - expressões

adverbiais como aqui, ali, lá, acolá, aí servem como referência espacial para

personagens e leitor.

Ex.: Querido primo, como vão as coisas na sua terra - Aí todos vão bem - / Ele não

podia deixar de visitar o Corcovado. Lá demorou mais de duas horas admirando as

belezas do Rio.

9. Elipse - essa figura de linguagem consiste na omissão de um termo ou expressão

que pode ser facilmente depreendida em seu sentido pelas referências do contexto.

Ex.: O diretor foi o primeiro a chegar à sala. Abriu as janelas e começou a arrumar

tudo para a assembléia com os acionistas.

10. Repetição de parte do nome próprio - Machado de Assis revelou-se como um

dos maiores contistas da literatura brasileira. A vasta produção de Machado garante

a diversidade temática e a oferta de variados títulos.

11. Metonímia - outra figura de linguagem que é bastante usada como elo coesivo, por

substituir uma palavra por outra, fundamentada numa relação de contigüidade

semântica.

Ex.: O governo tem demonstrado preocupação com os índices de inflação. O

Planalto não revelou ainda a taxa deste mês.

AULA 4 TIPOLOGIA TEXTUAL : DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO

4TIPOLOGIA TEXTUAL

Quando se fala em tipos de textos, normalmente nos limitamos ao enfoque tradicional: Descrição, Narração e Dissertação.

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Por isso antes de nos aprofundarmos nesta tripartição é bom não confundirmos os tipos de texto com os gêneros textuais. No primeiro, eles funcionam como modos de organização, sendo limitados. No segundo, são os chamados textos materializados,encontrados em nosso cotidiano. Eles são muitos, apresentando características sócio-comunicativas definidas por seu estilo, função, composição conteúdo e canal.

Assim, quando se escreve um bilhete ou uma carta, quando se envia ou recebe um e-mail ou usamos o facebook ou MSN, estamos utilizando diversos gêneros textuais.

4.1 DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO

Existem muitas modalidades textuais, mas todas elas se valem de processos

de composição que podem ser classificados em: narração, descrição e dissertação.

Conhecer a estrutura dos textos possibilita compreender com mais clareza a realidade

e encontrar a melhor forma de expressá-la.

4.1.1 Descrição

Uma descrição consiste em uma enumeração de parâmetros quantitativos e

qualitativos os quais buscam fornecer uma definição de alguma coisa. Uma descrição

completa inclui distinções sutis úteis para distinguir uma coisa de outra. Descrição

caracteriza-se por ser um “retrato verbal” de pessoas, objetos, animais, sentimentos,

cenas ou ambientes.

Entretanto, uma descrição não se resume à enumeração pura e simples. O

essencial é saber captar o traço distintivo, particular, o que diferencia aquele elemento

descrito de todos os demais de sua espécie. Os elementos mais importantes no

processo de caracterização são os adjetivos e locuções adjetivas.

Desta maneira, é possível construir a caracterização tanto no sentido

denotativo quanto no conotativo, como forma de enriquecimento do texto. Enquanto

uma narração faz progredir uma história, a descrição consiste justamente em

interrompê-la, detendo-se em um personagem, um objeto, um lugar, etc.

A qualificação constitui a parte principal de uma descrição. Qualificar o

elemento descrito é dar-lhe características, apresentar um julgamento sobre ele. A

qualificação pode estar no campo objetivo ou no subjetivo. Uma forma muito comum

de qualificação é a analogia, isto é, a aproximação pelo pensamento de dois

elementos que pertencem a domínios distintos. Pode ser feita através de

comparações ou metáforas.

Page 10: Apostila comunicação

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4.1.2 Descrição Subjetiva X Descrição Objetiva:

•Objetiva - Quando o objeto ou ser são narradas ou apresentadas como realmente

são fisicamente na realidade.

•Subjetiva - Quando há a interferência da emoção, ou seja, quando o objeto ou ser,

são transfigurados pela emoção do autor.

Elementos básicos de uma descrição:

nomear / identificar - dar existência ao elemento (diferenças e semelhanças)

localizar / situar - determinar o lugar que o elemento ocupa no tempo e no espaço

qualificar - testemunho do observador sobre os seres do mundo

A qualificação constitui a parte principal de uma descrição. Qualificar o

elemento descrito é dar-lhe características, apresentar um julgamento sobre ele. A

qualificação pode estar no campo objetivo ou no subjetivo.

4.2 NARRAÇÃO

Narrar é organizar um texto com o objetivo de expor uma seqüência de fatos,

reais ou imaginários, em que personagens se movimentam num certo espaço à

medida que o tempo passa. Sendo assim, está pautada em verbos de ação e

conectores temporais.

A narrativa pode estar em 1ª ou 3ª pessoa, dependendo do papel que o

narrador assuma em relação à história. Numa narrativa em 1ª pessoa, o narrador

participa ativamente dos fatos narrados, mesmo que não seja a personagem principal

(narrador = personagem). Já a narrativa em 3ª pessoa traz o narrador como um

observador dos fatos que pode até mesmo apresentar pensamentos de personagens

do texto (narrador = observador).

4.2.1 Narração objetiva X Narração subjetiva

Objetiva - apenas informa os fatos, sem se deixar envolver emocionalmente com o

que está noticiado. É de cunho impessoal e direto.

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Subjetiva - leva-se em conta as emoções, os sentimentos envolvidos na história. São

ressaltados os efeitos psicológicos que os acontecimentos desencadeiam nos

personagens.

Observação - o fato de um narrador de 1ª pessoa envolver-se emocionalmente com

mais facilidade na história.

Em termos didáticos, podemos organizar a estrutura da narrativa da seguinte

forma:

APRESENTAÇÃO: parte do texto em que são apresentados alguns personagens e

expostas algumas circunstâncias da história, como o momento e o lugar em que a

ação se desenvolverá;

COMPLICAÇÃO: parte do texto em que se inicia propriamente a ação: acontece

alguma coisa que modifica o estado inicial (quebra do equilíbrio inicial);

CLÍMAX: ponto em que a narrativa atinge seu momento crítico, tornando inevitável o

desfecho;

DESFECHO: solução do conflito produzido pelas ações dos personagens.

Restabelece-se o equilíbrio, podendo haver espaço para uma avaliação de tudo que

foi narrado.

4.2.2 Elementos da narrativa:

Fato - o que se vai narrar (O quê?)

Tempo - quando o fato ocorreu (Quando?)

Lugar - onde o fato se deu (Onde?)

Personagens - quem participou ou observou o ocorrido (Com quem?)

Causa - motivo que determinou a ocorrência (Por quê?)

Modo - como se deu o fato (Como?)

Conseqüências (Geralmente provoca determinado desfecho)

A modalidade narrativa de texto pode constituir-se de diferentes maneiras:

piada, peça teatral, crônica, novela, conto, fábula etc.

Na empresa, essa modalidade pode ser encontrada em cartas, relatórios,

memoriais, atas, entre outros documentos.

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Uma narrativa pode trazer falas de personagens entremeadas aos

acontecimentos, faz-se uso dos chamados discursos: direto, indireto ou indireto livre.

No discurso direto, o narrador transcreve as palavras da própria personagem.

Para tanto, recomenda-se o uso de algumas notações gráficas que marquem tais

falas: travessão, dois pontos, aspas. Mais modernamente alguns autores não fazem

uso desses recursos.

O discurso indireto apresenta as palavras das personagens através do narrador

que reproduz uma síntese do que ouviu, podendo suprimir ou modificar o que achar

necessário. A estruturação desse discurso não carece de marcações gráficas

especiais, uma vez que sempre é o narrador que detém a palavra. Esse tipo de

discurso é o encontrado em atas.

4.3 NOÇÕES GERAIS E CONCEITOS DE DISSERTAÇÃO

Existem dois tipos de dissertação: a dissertação expositiva e a

dissertação argumentativa. A primeira tem como objetivo expor, explicar ou

interpretar idéias; a segunda procura persuadir o leitor ou ouvinte de que determinada

tese deve ser acatada. Na dissertação argumentativa, além disso, tentamos,

explicitamente, formar a opinião do leitor ou ouvinte, procurando persuadi-lo de que a

razão está conosco.

Na dissertação expositiva, podemos explanar sem combater

idéias de que discordamos. Por exemplo, um professor de História pode fazer uma

explicação sobre os modos de produção, aparentando impessoalidade, sem tentar

convencer seus alunos das vantagens das vantagens e desvantagens deles. Mas, se

ao contrário, ele fizer uma explanação com o propósito claro de formar opinião dos

seus alunos, mostrando as inconveniências de determinado sistema e valorizando um

outro, esse professor estará argumentando explicitamente.

Para a argumentação ser eficaz, os argumentos devem possuir consistência

de raciocínio e de provas. O raciocínio consistente é aquele que se apóia nos

princípios da lógica, que não se perde em especulações vãs, no “bate-boca”estéril.

4.3.1 Como fazer uma dissertação argumentativa

Page 13: Apostila comunicação

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Como fazer nossas dissertações? Como expor com clareza nosso ponto de

vista? Como argumentar coerentemente e validamente? Como organizar a estrutura

lógica de nosso texto, com introdução, desenvolvimento e conclusão?

Vamos supor que o tema proposta seja Nenhum homem é uma ilha.

Primeiro, precisamos entender o tema. Ilha, naturalmente, está em sentido

figurado, significando solidão, isolamento.

Vamos sugerir alguns passos para a elaboração do rascunho de sua redação.

1. Transforme o tema em uma pergunta:

Nenhum homem é uma ilha?

2. Procure responder essa pergunta, de um modo simples e claro, concordando ou

discordando (ou, ainda, concordando em parte e discordando em parte): essa

resposta é o seu ponto de vista.

3. Pergunte a você mesmo, o porquê de sua resposta, uma causa, um motivo, uma

razão para justificar sua posição: aí estará o seu argumento principal.

4. Agora, procure descobrir outros motivos que ajudem a defender o seu ponto de

vista, a fundamentar sua posição. Estes serão argumentos auxiliares.

5.Em seguida, procure algum fato que sirva de exemplo para reforçar a sua posição.

Este fato-exemplo pode vir de sua memória visual, das coisas que você ouviu, do que

você leu. Pode ser um fato da vida política, econômica, social. Pode ser um fato

histórico. Ele precisa ser bastante expressivo e coerente com o seu ponto de vista. O

fato-exemplo, geralmente, dá força e clareza à nossa argumentação. Esclarece a

nossa opinião, fortalece os nossos argumentos. Além disso, pessoaliza o nosso texto,

diferencia o nosso texto: como ele nasce da experiência de vida, ele dá uma marca

pessoal à dissertação.

6. A partir desses elementos, procure juntá-los num texto, que é o rascunho de sua

redação. Por enquanto, você pode agrupá-los na seqüência que foi sugerida:

4.3.1.1 Passo a passo

1) interrogar o tema;

2) responder, com a opinião

3) apresentar argumento básico

Page 14: Apostila comunicação

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4) apresentar argumentos auxiliares

5) apresentar fato- exemplo

6) concluir

4.3.1.2 Como ficaria o esquema

1º parágrafo: a tese

2º parágrafo: argumento 1

3º parágrafo: argumento 2

4º parágrafo: fato-exemplo

5º parágrafo: conclusão

Exemplo de redação com esse esquema:

Tema: Como encarar a questão do erro

Título: Buscar o sucesso

Tese:1º§ O homem nunca pôde conhecer acertos sem lidar com seus erros.

Argumentação

2º§ O erro pressupõe a falta de conhecimento ou experiência, a deficiência de sintonia

entre o que se propõe a fazer e os meios para a realização do ato. Deriva-se de

inúmeras causas, que incluem tanto a falta de informação, como a inabilidade em lidar

com elas.

3º§ Já acertar, obter sucesso, constitui-se na exata coordenação entre informação e

execução de qualquer atividade. É o alinhamento preciso entre o que fazer e como

fazer, sendo esses dois pontos indispensáveis e inseparáveis.

Fato-exemplo

4º§ Como atingir o acento? A experiência é fundamental e, na maior das vezes, é

alicerçada em erros anteriores, que ensinarão os caminhos para que cada experiência

ruim não mais ocorra. Assim, um jovem que presta seu primeiro vestibular e fracassa

pode, a partir do erro, descobrir seus pontos falhos e, aos poucos, aliar seus

conhecimentos à capacidade de enfrentar uma situação de nova prova e pressão.

Esse mesmo jovem, no mercado de trabalho, poderá estar envolvido em situações

semelhantes: seus momentos de fracasso estimularão sua criatividade e maior

empenho, o que fatalmente levará a posteriores acertos fundamentais em seu

trabalho.

Page 15: Apostila comunicação

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Conclusão

5º§ Assim, o aparecimento dos erros nos atos humanos é inevitável. Porém, é preciso,

acima de tudo, saber lidar com eles, conscientizar-se de cada ato falho e tomá-los

como desafio, nunca se conformando, sempre buscando a superação e o sucesso.

Antes do alcance da luz, será sempre preciso percorrer o túnel.

Vejamos um exemplo: Tema: televisão (muito amplo)

Delimitação do tema: a violência na televisão; a televisão e a opinião

pública.

O texto deve ser sempre bem claro, conciso e objetivo. A coerência é um

aspecto de grande importância para a eficiência de uma dissertação, pois não deve

haver pormenores excessivos ou explicações desnecessárias. Todas as idéias

apresentadas devem ser relevantes para o tema proposto e relacionadas diretamente

a ele.

4.3.2 ESQUEMA DA DISSERTAÇÃO

Toda redação deve ter início, meio e fim, que são designados por introdução,

desenvolvimento e conclusão, respectivamente. As idéias distribuem-se de forma

lógica, sem haver fragmentação da mesma idéia em vários parágrafos.

Introdução: É o ponto de partida do texto. Por isso, deve apresentar de maneira clara

o assunto a ser tratado e também delimitar as questões referentes a esse assunto que

serão abordadas. Dessa forma, a introdução encaminha o leitor, colocando-lhe a

orientação adotada para o desenvolvimento do texto. Atua, assim, como uma espécie

de “roteiro”.

Ao confeccionar a introdução do seu texto, você pode utilizar recursos que

despertem o interesse do leitor: formular uma tese, que deverá ser discutida e provada

no texto; lançar uma afirmação surpreendente, que o corpo do texto tratará de justificar

ou refutar; propor uma pergunta, cuja resposta deverá ser dada no desenvolvimento

e explicitada na conclusão.

Desenvolvimento: É a parte do texto em que idéias, conceitos, informações,

argumentos de que você dispõe serão desenvolvidos, de forma organizada e

criteriosa.

Page 16: Apostila comunicação

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O desenvolvimento deve nascer da introdução: nesta, apontam-se as

questões relativas ao assunto que será abordado; naquele, essas questões devem

ser desenroladas, avaliadas – sempre por partes, de forma gradual e progressiva. A

introdução já anuncia o desenvolvimento, que retoma, ampliando e desdobrando, o

que já foi colocado de forma sucinta.

O conteúdo do desenvolvimento pode ser organizado de diferentes maneiras,

de acordo com as propostas do texto e as informações disponíveis (...).

Conclusão: É a parte final do texto, um resumo forte e sucinto de tudo aquilo que já

foi dito. Além desse resumo, que retoma e condensa o conteúdo anterior do texto, a

conclusão deve expor claramente uma avaliação final do assunto discutido. Nessa

parte, também se podem fazer propostas de ação (que não devem adquirir ares de

profecia).

O Parágrafo

O parágrafo pode ser estruturado de diversas maneiras, dependentes de

variáveis quanto ao assunto, composição, propósito, autor e até mesmo do leitor a

que se destina. Contudo, o chamado parágrafo-padrão, é modelo consagrado de

eficácia para todo escritor.

O parágrafo é identificado no texto pelo seu início afastado da margem do

papel, o que facilita, tanto ao escritor como ao leitor, percebê-lo de forma isolada para

que se capte as idéias principais do texto para, posteriormente, sintetizá-las,

compreendendo então o texto num todo. Assim, é o parágrafo de essencial

importância na composição.

Tal como a sua estrutura, a extensão de um parágrafo também é diversificada.

1.1 - Tópico Frasal

Constituído habitualmente por um ou dois períodos curtos iniciais, o tópico

frasal, que é a introdução da unidade de composição, nos fornece o tema a ser

desenvolvido. Tal consideração é também feita de forma generalizada, pois o tópico

frasal pode não ser inicial, mas sem dúvida, este é o tipo mais usado por consagrados

escritores e recomendado para os principiantes.

II – Desenvolvendo o parágrafo

Page 17: Apostila comunicação

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Desenvolver o parágrafo é expor, de forma pormenorizada, sua idéia principal.

Tal desenvolvimento pode se dar por diversas maneiras.

1 -Enumerando ou descrevendo detalhes

Desta forma o autor enumera e detalha a idéia apresentada; é muito usada e,

preferencialmente nos parágrafos iniciados pelo tópico frasal.

2 - Confrontando, fazendo analogia ou comparando

No confronto, o autor utiliza o artifício de contrapor idéias, seres, coisas, fatos

ou fenômenos. Tal confronto tanto pode ser de contrastes como de semelhanças.

Analogia e comparação, são também espécies de confronto: a primeira trata de

semelhança primária sugerindo uma afinidade completa entre os dados; a segunda

mostra semelhanças reais e visíveis, valendo-se para isto do uso de conectivos de

comparação.

3 - Definindo, dividindo e citando exemplos

Ao definir, o autor, de forma clara e concisa, conceitua o objeto, ser, fato ou

fenômeno apresentado, esta, pode envolver ou não a divisão e citação de exemplos,

estas por sua vez, podem acompanhar uma definição ou serem usadas isoladamente

desta e uma da outra.

Quando divide, o autor explora as idéias em cadeia, ou seja, após apresentar

a temática no tópico frasal, divide-a e explana-a em períodos seguintes, sempre de

forma a manter a cadeia de desenvolvimento.

Ao exemplificar, o autor tanto pode estar esclarecendo o assunto proposto

quanto comprovando-o.

4 - Mostrando causa, motivo ou razão, consequência ou efeito

Desenvolve-se assim o parágrafo, esclarecendo a causa, motivo ou razão,

bem como a consequência ou efeito do acontecimento ou fato apresentado como idéia

principal. Quando se trata de fenômenos físicos, empregamos os termos causa e

efeito; se humanos usamos os termos motivo, razão e consequência.

III – Qualidades do parágrafo e da frase em geral

Page 18: Apostila comunicação

18

O parágrafo e a frase possuem qualidades em comum, as quais podemos

definir de maneira superficial da seguinte forma:

correção- o respeito às normas e princípios do idioma;

clareza- a expressão clara e objetiva da idéia;

concisão- a apresentação da idéia usando o menor número possível de palavras;

coesão- expor de forma ordenada as idéias, uma de cada vez;

coerência- a ligação perfeitamente inteligível das partes de um texto com o seu todo;

ênfase- realçar através de mecanismos próprios a idéia apresentada, e finalmente,

argumentação - a exposição dos fundamentos da idéia, de forma a torná-la suscetível

de aceitação.

OBS: Nos textos atuais, normalmente não se utiliza o modelo padrão.

Observe, a seguir, um exemplo de parágrafo padrão.

A leitura proporciona inúmeras vantagens. Uma delas é a ampliação do voca-

bulário, pelos diversificados conceitos que apresenta. Também ocorre a aquisição de

conhecimentos variados, tanto empíricos quanto científicos, dependendo do texto

escolhido. Além disso, é uma fonte de lazer inesgotável, visto que permite ao indivíduo

uma “viagem” ao encantado mundo da fantasia através das personagens que vão

aparecendo. Assim, verifica-se que esse hábito deve ser amplamente estimulado, pois

traz muitos benefícios.

TÍTULO DA UNIDADE 2:

A REDAÇÃO TÉCNICA

Page 19: Apostila comunicação

19

FORTALEZA – CE

2014

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

• Analisar comparativamente as estruturas e os objetivos de textos literários e

empresariais.

• Analisar e elaborar Currículo e Carta de apresentação.

• Mostrar a importância das correspondências empresariais modernas;

• analisar diferentes tipos de correspondências empresariais modernas;

Page 20: Apostila comunicação

20

INTRODUÇÃO

Nesta UNIDADE, abordaremos itens necessários ao desenvolvimento do educando,

apresentando-lhe as modernas técnicas de redação e comunicação empresarial, com base

na Nova Ortografia da Língua Portuguesa que entrou em vigor no início de 2009.

Sabe-se que Independentemente da área de atuação, escrever corretamente constitui-

se num requisito imprescindível a qualquer pessoa que deseje alcançar o sucesso

profissional e para alcançarmos esse objetivo, primeiramente, analisaremos textos

empresariais, currículos e cartas de apresentação, e que paralelamente a essa análise,

estudaremos alguns problemas gramaticais pertinentes ao conteúdo desenvolvido.

Nos dias atuais, é do conhecimento de todos que encontramo-nos mergulhados em

um mar de informações, num contínuo e rápido avanço tecnológico o que provoca intensas

mudanças na organização e hábitos do cotidiano social e empresarial. Assim, faz necessário

estarmos sempre bem informados no que diz respeito a normas e técnicas de escrita

empresarial.

Enfim, espera-se que com a leitura desta unidade os alunos possam compreender e

serem capazes de aplicar na prática a Redação Técnica.

1. COMO ELABORAR UM CURRÍCULO E UMA CARTA DE APRESENTAÇÃO

TEXTO LITERÁRIO E TEXTO EMPRESARIAL

Page 21: Apostila comunicação

21

O texto literário trabalha mais as funções

emotivas e poéticas, o texto empresarial trabalha

as funções referenciais e apelativas.

Tanto o texto literário quanto o

empresarial utilizam linguagem culta, porém com

variantes diferentes. O nível culto, cujo

vocabulário é diferenciado e rico, possui sintaxe

complexa e respeita as normas gramaticais.

Além da linguagem culta, o texto

empresarial também utiliza linguagem técnica, variante do nível culto, cujo vocabulário

específico remete a instrumentos empregados em determinados ofícios ou textos científicos,

apresenta conceitos científicos, transações comerciais, financeiras ou econômicas.

A linguagem empresarial é persuasiva, consiste de palavras simples e curtas, e de

parágrafos breves e fáceis de ler.

Analisadas as diferenças entre texto literário e texto empresarial, conclui-se que, antes

de começar a escrever, há de se definir o objetivo para escolha da linguagem apropriada.

1.1 Redação técnica

Passados os primeiros anos de estudo, sente-se necessidade da prática de

outros gêneros de textos, muito mais ligados ao desempenho de trabalhos monográficos, à

redação comercial e administrativa. Assim, na faculdade o aluno precisa escrever relatórios

de curso, monografias de final de semestre ou de curso, trabalho de pesquisa bibliográfica e

de campo; em diferentes cursos específicos, precisa aprender a redigir relatórios

administrativos, contábeis, de auditoria, cartas, memorandos, ofícios, atas e outros.

Há modalidades de redação técnica que podem ser utilizadas em vários setores

administrativos: oficiais, autárquicos, empresariais, assistenciais, artísticos etc. Há variação

de acordo com normas próprias, mas há elementos que são comuns a todos.

1.2 Conceito de Redação Técnica

Para Almeida (1992: 30), a redação técnica caracteriza-se como tipo de

linguagem escrita regida por princípios de objetividade e de obediência à norma gramatical.

O campo de utilização dessa modalidade de linguagem abrange artigos e teses científicas, e

redação comercial ou administrativa.

Page 22: Apostila comunicação

22

Os princípios utilizados na linguagem técnica são clareza, a concisão (frases

despojadas de adjetivação e advérbios), a precisão, o tratamento (pronomes). Formalmente,

a redação técnica ainda se preocupa com a estética, englobando elementos como margens,

parágrafos, espaço interlinear, espaço entre parágrafos, divisão do texto em tópicos e

capítulos.

Nesta apostila é utilizada a expressão redação técnica no sentido no sentido

amplo, como aquela que trata não só de textos científicos, como também de textos comerciais,

bancários, oficiais.

1.3 Técnicas de Simplificação Textual

Parece desejável que o redator seja exigente quanto ao excesso de palavras.

Por isso, deverá restringir a redação ao essencial, por exemplo, prefiram-se as

expressões da direita, apresentadas a seguir.

☻ Acusamos o recebimento: recebemos.

☻ Anteriormente citado: Citado.

☻Segue em anexo a esta: anexamos

☻ Sua correspondência datada de: sua carta de... Melhor usar o índice da carta: sua carta DE – 190-98.

☻ Será prontamente atendido: Será atendido.

☻Na expectativa de: esperamos.

☻ Um cheque nominal no valor de: um cheque de...

☻ No decorrer do ano em curso: durante 2012.

☻ O corrente mês de julho: neste mês.

Consideram-se expressões-clichês cabíveis de rejeição total:

☻ Agradecemos-lhe antecipadamente.

☻ Ansiosamente, aguardamos resposta.

☻Pedimos-lhe bondosamente que nos responda às perguntas formuladas.

☻Pela presente acusamos.

☻Lamentamos informar.

☻No devido tempo

☻Rogamos notificar-nos quando do recebimento desta...

☻Rogamos acusar recebimento.

☻Permita-me dizer.

☻Serve esta para inteirá-lo.

Page 23: Apostila comunicação

23

2. CURRÍCULO E CARTA DE APRESENTAÇÃO

2.1.1 Currículo

Currículo (Curriculum Vitæ) é o documento que, por meio de uma sucinta

relação de informações, dá condições de se avaliar a qualificação de uma pessoa.

A linguagem é extremamente concisa, restringindo-se a uma série de dados

objetivos que são selecionados pelo interessado. Não deve haver qualquer valorização dos

dados por meio de adjetivos, o que será feito pelo destinatário. Deve ser composto por, no

máximo, 2 folhas.

Para facilitar a compreensão, evite abreviar nomes de entidades, escolas,

empresas, órgãos públicos. Não esquecer que, se o curriculum for enviado a empresa ou

entidade do exterior, deverá ser escrito em língua que seja conhecida pela pessoa a que se

destina.

Os dados pessoais, que devem ser sistematicamente organizados e

arquivados, precisam ser atualizados à medida que algum fato novo se der.

A apresentação já é um indício de cuidado e de organização: as partes devem

ser claramente destacadas para facilitar a leitura e dar boa impressão.

COMO ELABORAR UM CURRÍCULO MODERNO

NOME

estado civil residência (rua, bairro)

idade telefone, celular, fax

número de filhos e-mail

OBJETIVO

função ou cargo pretendido ou área de interesse

QUALIFICAÇÕES

Características relevantes ao desenvolvimento da função pretendida

Page 24: Apostila comunicação

24

Tempo de experiência na área de atuação.

Explorar o marketing pessoal, fluência verbal, capacidade para adquirir

conhecimentos técnicos, liderança de pessoas e grupos, disponibilidades, objetivos

profissionais e outros.

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

Funções ou cargos exercidos – onde, quando, área, atividades.

Mencione apenas as 3 últimas empresas em que trabalhou, partindo da atual, ou

mais recente.

Mencione o período em que trabalhou nelas.

OBS.

• Resuma a sua experiência profissional, use frases curtas e fortes, evite parágrafos longos

e descrições excessivamente técnicas.

• Destaque os pontos mais promocionais que você possa apresentar logo de início.

• Relate a sua experiência por áreas, setores ou empresas.

• Mencione resultados concretos, não seja modesto demais.

• Não seja repetitivo, nem incoerente.

• Busque fatos de sua vida profissional que comprovem dinamismo, liderança e criatividade.

• Não minta nunca, omita se necessário e não exagere nas informações.

• Mencione outras atividades, não citadas anteriormente, que reforcem seu desempenho

pessoal.

• Caso seja o seu primeiro emprego, mencione estágios- onde, quando, em que área-,

viagens de estudo, visitas técnicas etc.

FORMAÇÃO ESCOLAR

Pós-graduação – mestrado, doutorado ou pós-doutorado.

Nome da Instituição.

Data do término (se concluído)

Superior

Nome da Instituição

Curso (se cursando, em que série)

Data do término (se concluído)

Médio (somente se compatível com o cargo solicitado)

Page 25: Apostila comunicação

25

CURSOS , PALESTRAS, SIMPÓSIOS

Outros cursos, palestras e simpósios relacionados à atividade que quer exercer.

Mencione o nome do curso, local de realização, período e carga horária.

IDIOMAS

Idioma – grau de conhecimento, fluência.

Caso tenha feito cursos, esse item pode ser mencionado em “Cursos, Palestras,

Simpósios”

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Atividades não relacionadas à área de atuação profissional, mas que tenham

importância para a sua qualificação pessoal (trabalhos com a comunidade, voluntariado,

notícias em jornais, revistas e outros). Cite-as por ordem de importância.

É importante citar seu domínio de informática. Caso tenha feito curso, mencione

no item “Cursos, Palestras, Simpósios”.

Quanto a pretensões salariais, coloque a importância se for exigido.

Cuidados no preparo

• A letra maiúscula não é recomendável, e letras muito pequenas dificultam a leitura.

• Seja objetivo (duas páginas, no máximo), mas procure mostrar que você é o

profissional adequado à vaga oferecida, personalizando documento de acordo com a

empresa.

• Cuidado com a apresentação: o documento deve estar em bom estado, sem erros de

português e perfeitamente legível. Nunca envie xerocópia.

• Não use papel de tamanho fora do comum, e tome cuidado para a margem não ficar

muito estreita. O ideal é papel branco liso, tipo A4, recomendado pela ABNT.

• Evite abreviar os nomes das empresas onde já trabalhou e das escolas onde estudou.

• Números de documentos e filiação são dados de pouca importância no currículo,

interessam quando você for admitido pela empresa.

• Nunca assine o currículo. Encare-o como um “cartão de visitas ampliado”. Caso

queira, redija uma carta de apresentação, ressaltando suas qualidades e seus planos.

Page 26: Apostila comunicação

26

Como analisar

Os empregadores, em geral, buscam combinação entre as características do

candidato à vaga, as exigências do trabalho e, ainda, em relação à cultura da

empresa. Quanto maior o equilíbrio entre os fatores, maior a chance de ser bem

sucedido na seleção.

Dez itens que são avaliados em currículos

1. O candidato tem outras habilidades pertinentes?

2. Há muitos erros de gramática e/ou digitação?

3. O currículo contém alguma informação que dê idéia da personalidade do

entrevistado?

4. O currículo demonstra a velocidade e direção do progresso da carreira do candidato?

5. Há lapsos de cronologia no currículo?

6. As qualificações são pertinentes com as instituições descritas no currículo?

7. Qual a permanência média do candidato nos empregos?

8. O candidato está fazendo um movimento lógico na carreira?

9. Há evidências de ascensão profissional no currículo?

10. O estilo do currículo indica um candidato bem organizado?

Estabeleça os seus objetivos

Quanto mais direcionados forem os seus objetivos profissionais, melhores

serão as chances de sucesso na procura de um novo emprego. Para isso, identifique

todos os itens que julgar fundamental para alcançar o seu objetivo. Avalie também a

sua situação atual, o que pode melhorar, quais as suas virtudes e defeitos e,

principalmente, o ponto aonde pretende chegar.

Pergunte-se:

1. Ao ler meu currículo, fico feliz com minha descrição?

2. Posso ser contatado em meu atual emprego ou isso pode causar complicações?

3. A linguagem adotada é compreensível mesmo para quem não é da área?

4. Deixei de lado alguma informação pessoal que tenha importância específica para meu

currículo?

5. As informações pessoais e profissionais que escolhi passam uma impressão

satisfatória e fiel à realidade?

Page 27: Apostila comunicação

27

2.1.2 CARTA DE APRESENTAÇÂO

A carta de apresentação é o espaço que você tem para fazer seu marketing

pessoal, mostrar quem é você, ressaltar suas experiências e qualidades que podem

fazer a diferença na empresa". (Alessandra Luchini Perez, Consultora da seção

Executivos da Career Center)

Estética

• Papel branco

• Folha A4 ou em um papel-carta menor (17,8cm x 25,4cm).

• Personalizar com nome, cargo, empresa.

• Utilizar um processador de texto como uma impressora de jato de tinta ou a laser.

Motivar o leitor.

• Comunicar-se rapidamente.

Estrutura

A carta de apresentação pode seguir a estrutura abaixo:

• Primeiro parágrafo : prender a atenção.

• Segundo parágrafo : dizer o que pretende fazer na empresa.

• Terceiro parágrafo: extraia o que há de melhor no seu currículo.

• Fechamento : colocar-se à disposição, agradecer.

Veja um exemplo:

(http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/ge/curriculo/elaborar/cartaapresentac

ao.shtm)

São Paulo, 19 de julho de 2003.

Sr.AugustoValente

Diretor

Interforma Assessoria Empresarial Ltda.

Prezado Sr. Augusto,

Page 28: Apostila comunicação

28

Sou executivo de Assuntos Corporativos e Comunicação Empresarial com carreira

em escritórios de advocacia e no Banco Banespa, onde adquiri sólida experiência em

relações com a imprensa, clientes, órgãos de defesa do consumidor, gestão de

produtos, suporte a desenvolvimento de agências e postos de serviços, análise de

concorrência, formação e liderança de equipes, interface entre banco e empresas

seguradoras e de cartões de crédito e áreas administrativas. Graduado em Ciências

Jurídicas e Sociais, tenho pós-graduação em Jornalismo.

Visando a posições em empresas suas clientes, encaminho meu currículo e

estarei à sua disposição para um contato pessoal e informações adicionais sobre

minha carreira.

Atenciosamente,

Jonas Pereira Caetano

Ao enviar uma carta, devemos endereçá-la utilizando o pronome de tratamento

adequado ao destinatário.

Seguem os pronomes de tratamento mais utilizados na comunicação

empresarial.

3. PRONOMES DE TRATAMENTO

3.1. AUTORIDADES DE ESTADO

Civis

Pronome de

tratamento

Abreviatura Usado para

Vossa

Excelência

V. Ex.a Presidente da República,

Senadores da República, Ministro de

Estado, Governadores, Deputados

Federais e Estaduais, Prefeitos,

Embaixadores, Vereadores, Cônsules,

Page 29: Apostila comunicação

29

Chefes das Casas Civis e Casas

Militares

Vossa

Magnificência

V. M. Reitores de Universidade

Vossa

Senhoria

V. S.ª Diretores de Autarquias

Federais, Estaduais e Municipais

Judiciárias

Pronome de

tratamento

Abreviatura Usado para

Vossa

Excelência

V. Ex.a Desembargador da Justiça,

curador, promotor

Meritíssimo

Juiz

M. Juiz Juízes de Direito

Militares

Pronome de

tratamento

Abreviatura Usado para

Vossa

Excelência

V. Ex.a Oficiais generais (até

coronéis)

Vossa

Senhoria

V. S.a Outras patentes militares

3.2. AUTORIDADES ECLESIÁSTICAS

Pronome de

tratamento

Abreviatura Usado para

Page 30: Apostila comunicação

30

Vossa

Santidade

V. S. Papa

Vossa

Eminência

Reverendíssima

V. Em.ª

Revm.ª

Cardeais, arcebispos e

bispos

Vossa

Reverendíssima

V. Revmª Abades, superiores de

conventos, outras autoridades

eclesiásticas e sacerdotes em geral

4. AUTORIDADES MONÁRQUICAS

Pronome de

tratamento

Abreviatura Usado para

Vossa

Majestade

V. M. Reis e Imperadores

Vossa Alteza V. A. Príncipes

5. OUTROS TÍTULOS

Pronome de

tratamento

Abreviatura Usado para

Vossa

Senhoria

V. S.ª Dom

Doutor Dr. Doutor

Comendador Com. Comendador

Professor Prof. Professor

6. DOCUMENTOS EMPRESARIAIS: A CORRESPONDÊNCIA EMPRESARIAL

MODERNA

Page 31: Apostila comunicação

31

As mudanças mais importantes nos documentos empresariais relacionam-se ao

estilo da linguagem e à disposição dos elementos:

� Década de 60

Estilo: PROLIXO – uso e abuso de vocabulário mais sofisticado, clichês,

subterfúgios.

Disposição dos elementos: DENTEADO – com espaços na margem esquerda

e na abertura dos parágrafos.

� Década de 90

Estilo: OBJETIVO – apresentação das informações necessárias com clareza.

Disposição dos elementos: BLOCO – uma única margem vertical do lado

esquerdo.

6.1 MEMORANDO OU COMUNICAÇÃO INTERNA

6.1.1 Definição:

O memorando é um aviso por escrito de caráter interno e administrativo, uma vez

que estabelece a comunicação entre as unidades, departamentos ou setores de uma mesma

empresa, instituição, órgão, podendo se encontrar, hierarquicamente, em níveis diferentes ou

semelhantes.

6.1.2 Finalidades:

Complementar uma correspondência anteriormente enviada, expor projetos e

idéias, apresentar novas diretrizes, dentre outras.

6.1.3 Características:

É uma carta de tramitação rápida, simples e eficaz, sem se prender a burocracias

iminentes.

6.1.4 Linguagem:

Formal; discurso claro, objetivo e preciso.

6.1.5 ESTRUTURA:

Timbre: Identifica o setor ou unidade da instituição que expede o documento.

Compõe-se juntamente com a logomarca ou o selo do órgão.

Índice: Tipo do memorando, seguido da sigla da unidade expedidora e do número

seqüencial do documento.

Page 32: Apostila comunicação

32

Data: Tradicionalmente, a data era disposta na mesma linha do índice, com

alinhamento à direita. O uso do computador, porém, tornou essa disposição um procedimento

mais demorado. Colocar a data uma linha abaixo simplifica a tarefa.

Destinatário: Identifica a unidade ou setor da instituição para a qual se dirige o

documento.

Assunto: Corresponde à matéria de que trata o memorando.

Vocativo: Invoca o destinatário e é seguido de vírgula.

Comunicação: É o conteúdo do memorando. Evitem-se, por desnecessárias,

linhas em branco entre os parágrafos, que devem ser numerados a partir do segundo. Deve-

se sempre mencionar, de forma clara, o assunto do documento.

Fecho: Consiste no arremate da comunicação, com a saudação do destinatário.

As expressões ora consagradas para o fecho dos memorandos são Respeitosamente (para

autoridades de hierarquia superior) e Atenciosamente (para autoridades de mesma ou inferior

hierarquia).

Assinatura: É o campo formado do conjunto assinatura,nome e cargo do

emitente.

6.1.6 TIPOS DE MEMORANDOS

� SINTÉTICO: Para comunicações mais rotineiras; elaborado em meia folha de papel

A4, já impresso.

� EXTENSO: Para esclarecimentos e informações mais detalhadas.

MODELO DE MEMORANDO:

Page 33: Apostila comunicação

33

Timbre da Empresa

Memorando Interno Diret. Nº 03/09

Fortaleza, 8 de maio de 2010.

Ao Sr. Chefe de Recursos Humanos

Assunto: Desligamento de funcionário

Com base na determinação do próprio funcionário Luciano da Silva,

comunicamos que o mesmo foi desligado, hoje, deste departamento e, portanto, está

sob orientação dos senhores para as tramitações legais.

Atenciosamente,

(assinatura)

(nome)

(cargo)

6.2 CARTA COMERCIAL

6.2.1 DEFINIÇÃO DE CARTA COMERCIAL

A carta comercial é um meio de comunicação muito utilizado na indústria e no

comércio, tem por o objetivo iniciar, manter e encerrar transações. Comunicar-se

adequadamente e com simplicidade são requisitos essenciais para uma boa carta comercial.

É a comunicação escrita, acondicionada em envelope (ou semelhante) e

endereçada a uma ou várias pessoas, enviada pelo correio. Ultimamente cartas comerciais

também são enviadas por fax ou e-mail.

A carta comercial, também chamada de correspondência técnica, é um

documento com objetivo de se fazer uma comunicação comercial, empresarial.

6.2.2 QUANDO USAR CARTA COMERCIAL

Quando houver uma comunicação comercial e empresarial.

6.2.3 PARA QUE SERVE CARTA COMERCIAL

Ela serve para abordar questões relativas à relação comercial entre as

empresas, entre o cliente e a empresa etc.

Page 34: Apostila comunicação

34

A carta comercial tem função de informar, persuadir e solicitar informações.

6.2.4 SUAS CARACTERÍSTICAS COMUNS SÃO:

� Clareza: o texto deve ser objetivo, evitando múltiplas interpretações, não prejudicando os

negócios.

� Estética: O texto deverá estar organizado dentro da sua estruturação. Não poderá haver

rasuras no papel.

� Linguagem: Seja conciso e objetivo: coloque as informações necessárias, e não

utilizando de recursos estilísticos. Não faça uso da subjetividade e sentimentalismo.

Escreva a norma culta da língua.

OBS.: É importante que haja correção, evitando gerar desentendimento entre as

partes e evitando certos prejuízos financeiros.

6.3 ESTRUTURA DE UMA CARTA COMERCIAL

1) Local e data

2) Destinatário

3) Vocativo

4) Contexto ou assunto

5) Despedida

6) Assinatura

Orientações de formatação:

I. Entre “local e data” e “ destinatário” pule 5 linhas.

II. Entre “destinatário” e “ vocativo” pule 3 linhas.

III. Entre “vocativo” e “ assunto” pule 3 linhas.

IV. Entre “assunto” e “despedida” pule 2 linhas.

V. Entre “despedida” e “assinatura” pule 3, linhas.

Page 35: Apostila comunicação

6.3.1 A LINGUAGEM DEVE SER:

� Simples, evitando-se preocupação com enfeites literários.

� Atual, isto é, inteligível à época presente.

� Precisa, a saber, própria, específica, objetiva.

� Correta, com exata observância das normas gramaticais.

� Concisa, informando com economia de palavras.

� Impessoal, com o máximo de objetividade, pois a carta comercial não é lugar

adequado para manifestações subjetivas e sentimentais.

6.4 ELABORANDO UMA CARTA COMERCIAL

1° Passo: O papel deve ter o timbre e/ou cabeçalho, com as informações

necessárias (nome, endereço, logotipo da empresa). Normalmente, já vem impresso.

2° Passo: Coloque o nome da localidade e data à esquerda e abaixo do timbre.

Coloque vírgula depois do nome da cidade. O mês deve vir em letra minúscula, o ano deve

vir junto (2011), sem ponto ou espaço. Use ponto final após a data.

3°Passo: Escreva o nome e endereço do destinatário à esquerda e abaixo da

localidade e data.

4° Passo: Coloque um vocativo impessoal: Prezado(s) Senhor (Senhores), Caro

cliente. Senhor diretor, Senhor Gerente, etc.

5° Passo: Inicie o texto fazendo referência ao assunto, tais como: “Com relação

a...”, “Em atenção à carta enviada...”, “Em atenção ao anúncio publicado...”, “Atendendo à

solicitação...”, “Em cumprimento a...”, “Com relação ao pedido...”, “Solicito que...”,

“Confirmamos o recebimento”, dentre outras.

Observação: Evite iniciar com “Através desta”, “Solicito através desta”, “Pela

presente” e similares, pois são expressões pleonásticas, uma vez que está claro que o meio

de comunicação adotado é a carta.

6° Passo: Exponha o texto, como dito anteriormente, de forma clara e objetiva.

Podem-se fazer abreviações do pronome de tratamento ao referir-se ao destinatário: V.Sª.;

V.Exa.;Exmo.;Sr.; etc.

7° Passo: Corresponde ao fecho da carta, o qual é o encerramento da mesma.

Despeça-se em tom amigável: Cordialmente, Atenciosamente, Respeitosamente, Com

elevado apreço, Saudações cordiais, etc.

Page 36: Apostila comunicação

Observação: Evite terminar a carta anunciando tal fato (Termino esta) ou de

forma muito direta (Sem mais para o momento, despeço-me).

6.5 A IMPORTÂNCIA DA CARTA COMERCIAL

� Pode servir como fechamento de negócios;

� Criar uma imagem positiva da empresa;

� Pode servir como um meio de propagação de propaganda, lançamento de produtos e

serviços.

8.1 Espécies-

8.1.2 – Particular – Trocadas entre particulares. Os assuntos são íntimos,

pessoais.

8.1.3 – Bancária – Estoca assunto relacionado á vida bancária.

8.1.4 – Comercial - Ocupa-se de transação comercial ou industrial.

8.1.5 – Oficial – Tem origem no serviço público, civil ou militar.

6.6 ESTILOS DE CARTA COMERCIAL

a)Estilo endentado ou semibloco;

b)Estilo bloco;

c)Estilo bloco compacto ou cheio.

6.6.1 E-MAIL COMERCIAL

Ao se redigir um e-mail comercial devem-se levar em consideração todos os

aspectos utilizados de uma carta comercial, inclusive os aspectos estruturais. Deve haver

clareza, simplicidade, coerência e coesão em ter as idéias

6.7 MODELO DE UMA CARTA COMERCIAL

6.8 TIPOS DE CARTA COMERCIAL

Page 37: Apostila comunicação

� AVISO PRÉVIO

� TÉRMINO DE CONTRATO DE

EXPERIÊNCIA

� ATESTADO DE TRABALHO

EX: DE CARTA COMERCIAL

PAPEL TIMBRADO

Para (destinatário / empresa)

Atenção a (pessoa ou departamento)

Assunto (do que se trata esta comunicação)

Prezados Senhores,

Somos uma empresa de representações e temos em nosso quadro apenas

profissionais altamente capacitados na área de informática e desenvolvimento de softwares, motivo

pelo qual manifestamos nosso interesse em representá-los, com exclusividade, na cidade de (informar).

Caso haja interesse por parte de sua empresa, colocamo-nos à disposição para

novos contatos, em que possamos detalhar nossa proposta.

Agradecemos antecipadamente a atenção.

Atenciosamente,

(assinatura)

Sua Empresa

Seu Nome - Seu Cargo

Page 38: Apostila comunicação
Page 39: Apostila comunicação
Page 40: Apostila comunicação

CONCLUSÃO

Hoje em dia, as organizações também precisam contar com o sucesso na

comunicação escrita, que de acordo com Dias (2004), vincula-se, também, à necessidade da

organização seguir um mesmo padrão. A uniformização dos textos é um dos fatores que pode

facilitar o entendimento do receptor.

Nesse sentido, seria interessante que cada empresa disponibilizasse um Manual de

Redação para auxiliar seus colaboradores, responsáveis pela elaboração de

correspondências com as características fundamentais da redação moderna, possibilitando,

ainda, os ajustes gramaticais que se fizerem necessários.

Dessa forma, neste novo cenário empresarial, vimos que uma redação inadequada,

que apresente incorreções contextuais, ortográficas e gramaticais, fará com que os

documentos e as correspondências percam sua eficácia; poderão ocorrer mal-entendidos,

principalmente, os objetivos deixarão de ser alcançados.

Enfim, ao concluir esta Unidade, pode-se perceber a real importância da escrita na

comunicação organizacional e seu papel fundamental para uma comunicação mais eficaz.

Page 41: Apostila comunicação

FACULDADE ATENEU - FATE

DISCIPLINA: COMUNICAÇÃO OFICIAL

TÍTULO DA UNIDADE 3:

A APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE LEITURA NA

ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

FORTALEZA – CE

Page 42: Apostila comunicação

2013

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

• Mostrar aos alunos a importância das técnicas de leitura para produção de textos.

• Compreender a diferença entre resumo, resenha e fichamento.

• Analisar e elaborar Artigos Científicos e monografias.

• Ter conhecimento das normas da ABNT

INTRODUÇÃO

A riqueza desta unidade está centrada exatamente na aplicação das técnicas

de leitura na elaboração de trabalhos acadêmicos. É bem verdade que durante toda

a vida acadêmica do educando, assim como a sua vida profissional está voltada para

a leitura e a escrita.

Por isso, ao longo da leitura desta, se faz necessário sua atenção nas três

técnicas citadas, são elas: resumo, resenha e fichamento. O educando que consegue

aprender a usá-las como ferramentas de estudo, não só terá êxito em sua visa

acadêmica como será um excelente escritor.

Aqui também seremos capazes de formatar e compreender como se constrói

um trabalho acadêmico.

Então, antes de iniciar o estudo desta unidade, concentre-se e leia com

bastante atenção cada objetivo dela, pois você encontrará uma grande riqueza neste

material que o acompanhará durante toda sua vida acadêmica.

Page 43: Apostila comunicação

TÉCNICAS DE LEITURA - RESUMO, RESENHA, FICHAMENTO, ETC

1.A IMPORTÂNCIA DA LEITURA

Em muitas situações de estudo, o estudante fracassa porque sua leitura não é

eficiente. A leitura é um dos principais canais de aquisição de informação,

especificamente na Universidade.

Por isso antes de iniciar o estudo de um texto, esteja certo de que compreendeu

qual é seu objetivo. Pergunte-se que informação terá que encontrar e por que

encontrá-la, ou que uso fará dela. Em alguns casos, a colocação dos problemas pode

ser difícil; mas você pode sempre se perguntar pelo menos: qual a relação deste tópico

com a unidade que eu estou estudando? Qual a relação deste tópico com outras

unidades que eu já estudei?

O bom leitor não lê palavra por palavra: ele lê conjunto de palavras que

constituem unidades de pensamento. Essas unidades de pensamento são naturais

para a compreensão de significados. Uma unidade de pensamento pode ser

constituída de uma ou mais frases. Você percebe um conjunto de palavras ou de

frases como uma unidade de pensamento em função desse conjunto formar um todo

significativo, isto é, uma idéia.

1.1.1 É importante compreender bem o material lido

Muitos estudantes desperdiçam grande parte do tempo lendo materiais cujo

significado não está bastante claro para eles. As pesquisas provam que há diferença

no nível de aprendizagem de material significativo e pouco significativo. Por exemplo:

um indivíduo foi capaz de aprender 200 sílabas sem sentido em 95 minutos e 200

palavras em poesia em 10 minutos. Esses resultados mostram os extremos onde

poesia (material bem significativo) pode ser aprendido na décima parte do tempo que

é requerido para aprender o mesmo número de sílabas sem sentido.

Esteja certo de que você compreende o material de leitura. Para isso, tente

descobrir as relações entre o que você está tentando aprender e o que você já sabe.

Traduza as passagens difíceis para sua própria linguagem (se preciso, use o

dicionário, a enciclopédia. Veja LER: GLOSSÁRIO, mais adiante). Tente explicar o

Page 44: Apostila comunicação

texto para você mesmo e para as outras pessoas: ao tentar explicar algo para outra

pessoa, você descobrirá em que pontos sua compreensão está falha e poderá se

concentrar mais nos pontos fracos.

1.1.2 Ler: grifar e anotar nas margens

Quando observamos os livros de texto e as notas de aula dos alunos,

verificamos que poucos deles descobriram a força e a riqueza do grifo. Alguns grifam

demais, outros praticamente nada, e outros ainda de modo impróprio.

Freqüentemente encontramos capítulos inteiros onde a maior parte do material está

grifada; o grifo feito com exagero perde muito do seu valor potencial. O processo

mecânico de grifar pode ajudar na concentração; mas, na realidade, isso é apenas um

pouco mais útil do que seguir a linha com o dedo. Grifar deve ser um processo

seletivo e de resumo.

1.1.2.1 Grifando de maneira seletiva e não mecanicamente

O grifo deve ser feito com dois objetivos em mente: primeiro, deve ser uma

ajuda para você entender e organizar a matéria; segundo, um auxílio para revisão.

Para que o material grifado possa ser útil para a revisão, é preciso que seja

por si mesmo significativo. Os detalhes precisam estar relacionados uns com os outros

e se enquadrar bem ao tópico principal em que estão incluídos. O material grifado de

modo apropriado, resume para a revisão posterior (ou mesmo para fazer um resumo

escrito daquele texto) as principais idéias, os detalhes importantes, os termos técnicos

e as definições.

1.1.2.2 Grifando eficientemente

Se você quer que o grifo seja eficiente, então é necessário que seja feito de

acordo com um plano. Tente, por exemplo, o plano seguinte, que tem sido empregado

com êxito por muitos:

a) Faça uma leitura do material sem grifar nada (só ler): você terá uma visão

global dele;

b) Na segunda leitura, é que você deverá começar a grifar o texto, usando

a seguinte técnica: identifique, em cada parágrafo, quais as questões que seguem as

sequências dos tópicos e tente respondê-las enquanto lê ( em outras palavras: faça

um levantamento das possíveis perguntas em que o trecho lido serve como respostas.

Page 45: Apostila comunicação

Quando se estuda, durante uma leitura deve-se prever as questões que aquele trecho

pode resultar). Quando encontrar idéias ou detalhes importantes que ou respondem

as questões, ou estejam relacionadas com ela, coloque um sinal claro na margem.

Quando terminar o parágrafo, volte a olhar os itens que marcou. Se ainda achar que

as ideias ou os detalhes são importantes, então grife-os.

1.1.2.3 Usando as margens do texto para fazer apontamentos

A combinação do grifo com as anotações nas margens é mais eficiente do que

os simples grifo; isso obriga-o a reformular o material do texto com as suas próprias

palavras, a resumi-lo e a dispô-lo sob uma forma mais conveniente para posterior

estudo, revisão, resumo escrito, resenha ou fichamento.

1.1.2.4 O que anotar nas margens

Antes de grifar o texto, você identificou as perguntas que se podem extrair dele.

Seria útil que você as escrevesse nas margens; para mais tarde fazer uma revisão

rápida , ou um resumo escrito, ou uma resenha, ou um fichamento do que leu, você

terá as principais perguntas do texto escrita nas margens e suas respectivas respostas

grifadas nele.

Outra possibilidade é você redigir nas margens também as respostas; assim,

você terá a oportunidade de traduzir para suas próprias palavras as idéias centrais do

texto, garantindo que elas estão realmente bem compreendidas.

Algumas pessoas também encontram utilidade em resumir em uma ou

duas palavras o assunto central em cada parágrafo.

1.2 LER: FAZER RESUMO

Fazer resumos é uma técnica de estudo de grande utilidade para você

a) compreender um texto lido;

b) memorizá-lo;

c) posteriormente, revê-lo.

1) Você conhece algumas indicações a respeito de como fazer um resumo?

As indicações dadas até aqui: você começou situando a leitura dentro de um

contexto (o que o texto que leio tem a ver com o que estou estudando?); depois, leu,

não mecanicamente, mas procurando idéias e a compreensão do seu sentido; você

extraiu conceitos para organizar um glossário (veja mais adiante); você grifou e fez

Page 46: Apostila comunicação

anotações nas margens. Esses passos são necessários para se fazer um

resumo, uma resenha, ou um fichamento. Na verdade, eles já estarão praticamente

prontos se esses passos forem seguidos: basta, em seguida, num papel à parte,

usando tudo isso que você já fez, elabore para cada parágrafo uma única frase (tópico

frasal) que contenha a idéia central nele desenvolvida, escrita com suas palavras.

Além disso, essas idéias principais devem ser inter-relacionadas, de maneira a sugerir

a seqüência que o texto original oferecia.

O resumo do texto é uma síntese das idéias e não das palavras do texto. Não

se trata de uma “miniaturização” do texto, mas uma síntese fiel das idéias do autor.

1.3 LER: FAZER GLOSSÁRIO

Um dos sinais indicadores de que você domina um determinado assunto é a

extensão do seu vocabulário. Um vocabulário de trabalho pode ser um ótimo

instrumento que o ajuda a ler mais depressa e a compreender as idéias do texto. Veja

que há termos com significados diferentes para a linguagem científica, a popular, a

literária, etc; você precisa identificar o sentido preciso dos termos dentro do contexto

lingüístico de sua leitura.

a) Como um glossário se compõe?

O glossário referente a um texto compõe-se dos conceitos mais importantes

desse texto. Constitui-se numa lista de palavras-chaves, acompanhadas pelas suas

respectivas definições; a organização é semelhante à de um dicionário e essas

definições devem ser claras, concisas, precisas e objetivas.

b) Extraindo conceitos de um texto

Como já visto, um texto é formado por um encadeamento de idéias, expressas

por frases ou parágrafos que representam unidades de pensamento; cada uma

dessas idéias é representada por uma palavra: um CONCEITO.

Ao elaborar um glossário, você poder começar fazendo um levantamento

dessas palavras-chaves que expressam as principais idéias do texto; a seguir, procure

escrever como cada uma delas pode ser conceituada segundo o contexto da leitura;

pode ser que você não possa conceituá-la com base no texto, devendo recorrer a um

dicionário especializado ou a uma enciclopédia.

Obs: É muito comum, antes de um resumo ou de uma resenha, colocar

quais são as palavras chaves do texto que compõe uma obra: só as palavras, sem

Page 47: Apostila comunicação

colocar ao seu lado seus significados. Quando se coloca a lista das palavras-

chaves acompanhadas de seus respectivos significados (conceito), tem-se um

glossário.

1.4 RESUMO

É a apresentação concisa e frequentemente seletiva do texto,

destacando-se os elementos de maior interesse e importância, isto é, as principais

idéias do autor da obra.

A Norma NBR 6028, da Associação Brasileira de Normas Técnicas,

define resumo como "apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto". Uma

apresentação sucinta, compacta, dos pontos mais importantes de um texto.

Esta definição pode, no entanto, ser melhorada: resumo é uma

apresentação sintética e seletiva das idéias de um texto, ressaltando a progressão e

a articulação delas. Nele devem aparecer as principais idéias do autor do texto.

1.5 RESENHA

Tipo de resumo crítico, contudo mais abrangente: permite comentários e

opiniões; inclui julgamento de valor; comparação com outras obras da mesma área e

avaliação da relevância da obra em relação às outras do mesmo gênero, por isso

normalmente a resenha é uma tarefa para especialistas no assunto, como professores

de determinada área.

Segundo Andrade (1997), resenha é um relato minucioso das propriedades

de um objeto, ou de suas partes constitutivas; é um tipo de redação técnica que inclui

variadas modalidades de textos: descrição, narração e dissertação. Estruturalmente,

descreve as propriedades da obra (descrição física da obra), relata as credenciais do

autor, resume a obra, apresenta suas conclusões e metodologia empregada.

1.5.1 Estrutura

A resenha deve ser escrita em terceira pessoa, implicando em certa

neutralidade, o que é limitado, porque na seleção e organização do texto já ocorre

intenção de quem escreve.

1.5.2 Elementos de Identificação

Uma resenha deve conter os seguintes elementos:

* Autor; * Título; * Local da Publicação;

Page 48: Apostila comunicação

* Editora; * Data; * Edição;

* Tamanho; * Autoria; * Resumo;

* Tipo de Livro; * Bibliografia; * Apreciação.

1.5.3 Os tipos de resenhas existentes

Existem 4 tipos de resenha, resenha acadêmica, resenha crítica, resenha temática, e

resenha descritiva.

Passos para se fazer uma resenha temática:

Passo 1: Apresente o tema: Diga a quem vai ler sua resenha, quais os motivos para

você ter escolhido tal assunto.

Passo 2: Resuma os textos: Use sempre um parágrafo para cada texto, comente logo

no inicio, quem é o autor do assunto.

Passo 3: Conclua: Agora que você falou sobre cada texto, opine, e tire suas próprias

conclusões sobre o assunto.

Passo 4: Mostre as fontes: Insira as referências bibliográficas do assunto que você

fez a resenha

Passo 5: Assine e identifique-se: Escreva seu nome, e uma pequena descrição sobre

o assunto tratado na resenha, por exemplo: “Possíveis soluções para amenizar o

aquecimento global.”

Obs.: A resenha exige capacidade de síntese, objetividade, relativa

maturidade intelectual, domínio do assunto abordado na obra, sobriedade e, como em

todo texto dissertativo, argumentação eficiente, que é resultado dos requisitos

anteriores.

1.5 DIFERENÇA ENTRE RESUMO E RESENHA

A diferença entre resumo e resenha é muito pouca. Uma resenha deve ser

feita com base em algo que você leu, podendo colocar suas opiniões próprias no meio

da resenha de forma crítica. Resumo nada mais é do que uma diminuição de um texto

ou de algum assunto abordado, nunca perdendo o foco do assunto principal.

O resumo é a apresentação concisa e seletiva do texto, destacando-se os

elementos mais importantes, as principais idéias do autor da obra. Um resumo

analítico deve conter as principais informações apresentadas no texto, dispensando a

leitura da obra completa.

Já a resenha é uma apreciação crítica sobre uma obra, consistindo na

leitura, no resumo, na crítica e na formulação de um conceito valorativo sobre o texto

Page 49: Apostila comunicação

resenhado. Além de apresentar uma síntese das idéias fundamentais da obra, a

resenha visa também incentivar (ou não) a leitura do texto comentado.

A resenha, portanto, resume e avalia criticamente (positiva ou

negativamente) um livro, devendo apresentar, descrever, avaliar e recomendar (ou

não) o livro. Ela é composta por referências sobre o livro, o autor, o conteúdo, a

organização, avaliando a importância e relevância da obra para a área de

conhecimento, suas contribuições e inovações.

Na elaboração de uma resenha deverão ser tidos em conta os seguintes

elementos e perguntas:

1. Contextualização do autor e a obra 2. Reconhecimento da Pergunta, Hipótese ou Abordagem Empírica do texto

analisado 3. A construção do texto usa falseamento ou verificação; ou não faz referencia a

fatos empíricos 4. Que motivos teria o autor para afirmar o que afirma? 5. O argumento é convincente?

1.6 FICHAMENTO

É o registro catalogado, em fichas ou em folhas, de uma obra. No fichamento,

a obra é resumida ao essencial:cada capítulo corresponde a uma ficha e, cada

parágrafo, a uma frase.

As informações aqui contidas são padronizadas. Qualquer exigência que façam

a você que não foi citada aqui será decorrente de estilos pessoais as atividades de

leitura e de elaboração de resumos, de resenhas e de fichamentos.

Segundo Severino (2002), os trabalhos didáticos exigidos, sobretudo, nos

cursos de graduação, seguem um caráter universal de estruturação lógica e de

organização metodológica, ou seja, são procedimentos que ainda fazem parte

intrínseca da formação técnica ou científica do estudante. Os trabalhos, desde então,

segundo o autor, dependerão “principalmente de seus objetivos e de natureza do

próprio objeto abordado, assim como em função de exigências específicas de cada

área do saber humano” (SEVERINO 2002 p. 129).

O fichamento é o ato de registrar os estudos de um livro e/ou um texto.

O trabalho de fichamento possibilita ao estudante, além da facilidade na execução dos

trabalhos acadêmicos, a assimilação do conhecimento.

Page 50: Apostila comunicação

De acordo com diversos autores, o fichamento deve conter a seguinte estrutura:

cabeçalho indicando o assunto e a referência da obra, isto é, a autoria, o título, o local

de publicação, a editora e o ano da publicação. Existem três tipos básicos de

fichamentos: o fichamento bibliográfico, o fichamento de resumo ou conteúdo e o

fichamento de citações. Cada professor pode seguir um modelo de fichamento, tendo

em vista, que não existe um modelo pronto e/ou determinado. Assim sendo, os

modelos apresentados são sugestões.

1.6.1 MODELO DE FICHAMENTO DE CITAÇÕES

Conforme a ABNT (2002a), a transcrição textual é chamada de citação

direta, ou seja, é a reprodução fiel das frases que se pretende usar como citação na

redação do trabalho.

Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (pp. 30 – 132). Segundo

capítulo.

TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São

Paulo: brasiliense, 1993.

“uma das primeiras feministas do Brasil, Nísia Floresta Augusta, defendeu a

abolição da escravatura, ao lado de propostas como educação e a emancipação da mulher

e a instauração da República” (p.30)

“na justiça brasileira, é comum os assassinos de mulheres serem absolvidos sob a defesa

de honra” (p. 132)

“a mulher buscou com todas forças sua conquista no mundo totalmente masculino” (p.43)

1.6.2 MODELO DE FICHAMENTO DE RESUMO OU CONTEÚDO

É uma síntese das principais idéias contidas na obra. O aluno elabora com suas

próprias palavras a interpretação do que foi dito.

Page 51: Apostila comunicação

Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (pp. 30 – 132) segundo

capítulo.

TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil.

São Paulo: brasiliense, 1993.

O trabalho da autora baseia-se em análise de textos e na própria vivência

nos movimentos feministas, como relato de uma prática.

A autora divide seu texto em fases históricas compreendidas entre Brasil Colônia

(1500 – 1822), até os anos de 1975 em que foi considerado o Ano Internacional da

Mulher.

A autora trabalha ainda assuntos como mulheres da periferia de São Paulo, a luta por

creches, violência, participação em greves, saúde e sexualidade.

1.6.3 MODELO DE FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO

É a descrição, com comentários dos tópicos abordados em uma obra

inteira ou parte dela.

TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil.

São Paulo: brasiliense, 1993.

A obra insere-se no campo da história e da antropologia social. A autora

utiliza-se de fontes secundárias colhidas por meio de livros, revistas e depoimentos.

A abordagem é descritiva e analítica. Aborda os aspectos históricos da condição

feminina no Brasil a partir do ano de 1500. A autora descreve em linhas gerais todo s

processo de lutas e conquistas da mulher. (Por Marina Cabral da Silva )

Page 52: Apostila comunicação

2 ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS

ACADÊMICOS

2. Elementos Pré-textuais

São classificados como pré-textuais os elementos que antecedem

o texto. No caso dos trabalhos acadêmicos, os elementos pré-textuais são: a capa, a

folha de rosto e o sumário.

2.1 Capa

A capa tem a função de identificar o trabalho, o autor, a instituição a qual

está vinculado e a época em que foi feito. Deve constar as seguintes informações,

nesta ordem:

a) nome da Faculdade; b) curso; c) autor d) título do trabalho; e) local e f) data

FACULDADE ATENEU – FATE

Curso de Graduação em Educação

Competências e Habilidades do Docente de Nível Superior

Silvia Leticia M. de Abreu

Page 53: Apostila comunicação

Fortaleza – Ceará

2013

2.2 Folha de rosto

Segundo a ABNT, folha de rosto é a página que contém os elementos

essenciais à identificação da obra. Deve incluir, além dos elementos constantes da

capa, outros que forneçam informações mais detalhadas sobre o trabalho. A folha de

rosto, embora considerada a primeira página do trabalho, não recebe numeração.

Nela devem constar os seguintes elementos, nesta ordem:

a) Logo marca da Faculdade b) autor; c) título; d) nota indicando a natureza acadêmica do trabalho, além da unidade de ensino,

instituição em que será apresentado e o nome do orientador; e) local; f) data e g) Ficha catalográfica (verso da folha de rosto)

FACULDADE ATENEU – FATE

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

Page 54: Apostila comunicação

SILVIA LETICIA M. DE ABREU

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DO

DOCENTE DE NÍVEL SUPERIOR

Monografia apresentada como requisito parcial para

a obtenção do título do grau de licenciatura em

Pedagogia, do Curso de Pedagogia da Faculdade

Ateneu - FATE, sob a orientação do

profº........................

Fortaleza – Ceará

2013

2.3 FOLHA DE APROVAÇÃO

É a folha que apresenta os dados que comprovam que a monografia foi

examinada e aprovada pelo orientador e os examinadores.

2.4 DEDICATÓRIA

Folha onde

o autor presta homenagem ou dedica seu trabalho. Elemento opcional, colocado após a folha

de aprovação.

2.5 AGRADECIMENTOS

É opcional, colocado após a dedicatória. Serve para nomear as pessoas às

quais se deve gratidão, em função de algum tipo de colaboração para a investigação. Em

Page 55: Apostila comunicação

geral, constam os nomes dos orientadores da monografia, colaboradores, categoria de

pessoas entrevistadas, familiares etc.

2.6 RESUMO NA LÍNGUA VERNÁCULA

Elemento obrigatório é o resumo da investigação, destacando as partes mais

relevantes, tais como: o problema, os procedimentos utilizados, as hipóteses e o principal

resultado alcançado. Apresenta uma sinopse para o leitor da pesquisa realizada. Não pode

ultrapassar 250(duzentas e cinquenta) palavras, seguido logo abaixo, das palavras

representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores. É feito em

um único parágrafo.

RESUMO

O presente estudo teve como objetivo avaliar a condição da população de

idosos da baixa renda, no aspecto da incidência da doença, estabelecendo uma

propedêutica adequada para o diagnóstico e tratamento. Para tanto, foram avaliados

70 idosos, na Unidade Básica de Saúde da Família Aída Santos e Silva, divididos em

grupos de 60 a 70 anos de idade, 71 a 80 e acima de 80 anos, no período de fevereiro

a maio de 2003. A pesquisa foi realizada através de uma avaliação do quadro clínico,

seguido por um exame físico básico, exames complementares disponíveis pelo SUS e

aplicação de questionários, onde foram levantadas informações sobre o estado mental,

cognitivo, de orientação temporal e espacial de cada paciente. Por fim, foram avaliadas:

a memória imediata, a memória de evocação, a capacidade de raciocínio, o julgamento,

a atenção a cálculos e linguagem, a alteração do humor e do comportamento.

Palavras-chave: Idoso baixa renda; Idoso-estado mental; Idoso-

comportamental

2.7 RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA

Page 56: Apostila comunicação

Elemento obrigatório com as mesmas características do resumo em

língua vernácula. Digitado em folha separada em inglês Abstract, em espanhol Resumen, em

francês Résumè, por exemplo. Deve ser seguido das palavras representativas do conteúdo

do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores na língua.

ABSTRACT

The objective of this study was to evaluate the condition of low-income

elderly population against the incidence of the disease, and establish adequate

propaedeutics for diagnosis and management. For that, 70 aged patients ware

evaluated at Aída Santos e Silva Basic Family Healthcare Unit, which were divided

into age groups of 60-7- years, 71-8- years, and above 80 years, in the period of

February-may 2003. The study included the evaluation of their clinical condition

followed by a basic physical examination, complementary examinations available

at SUS, and application of questionnaires, where information on the mental,

cognitive, and temporal and spatial orientation condition of each patient were

collected. Finally, the following was evaluated: immediate memory, reasoning

power, judgment, attention to calculation and language, and mood and behavior

changes.

Keywords: low income of elderly

2.8 Sumário

O sumário consiste na enumeração das principais seções e subseções

do trabalho na mesma ordem e forma gráfica em que aparecem no texto. A norma

NB85 da ABNT detalha as especificações para a apresentação do sumário.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................01

Page 57: Apostila comunicação

2 REFERENCIAL TEÓRICO........................................03

2.1 A doença de Alzheimer ....................................05

2.2 Histórico............................................................08

2.3 Incidência e prevalência...................................15

2.4 Fisiopatologia....................................................18

3. MATERIAL E MÉTODO............................................20

3.1 População ...................................................... 21

3.2 Amostragem.....................................................22

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................24

4.1 Diagnóstico.......................................................25

4.2 Propedêutica e tratamento.............................26

5. CONCLUSÕES.........................................................27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................. 28

ANEXOS.................................................................... 29

3 ELEMENTOS TEXTUAIS

O conjunto formado por elementos textuais é chamado de texto. Os elementos

textuais são a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Caso se decida numerar essas

seções e suas subseções, pode-se empregar a seguinte regra:

- As seções primárias são numeradas com algarismos arábicos (esses algarismos

devem preceder o título da seção. A numeração deve começar pelo número 1 e prosseguir

utilizando números inteiros consecutivos);

- As seções secundárias são numeradas também com algarismos arábicos (o

indicativo de cada seção secundária, porém, deve ser constituído do indicativo da seção

primária a que pertence, seguido do número que lhe for atribuído de acordo com a numeração

dessa seção. Separam-se os indicativos por um ponto).

3.1 Introdução

A introdução tem a função de situar o leitor no contexto do tema pesquisado.

Para tanto, deve apresentar um breve resumo dos objetivos do trabalho expondo

antecedentes, tendências, pontos críticos, modo de tratar o assunto, justificativas e questões

Page 58: Apostila comunicação

a serem respondidas, tomando-se o cuidado de não antecipar as conclusões e/ou

recomendações contidas ou decorrentes do estudo. Escrever uma boa introdução representa

um grande desafio intelectual, pois exige considerável esforço de síntese.

Exemplo:

A educação caminha a passos largos, ampliando o conhecimento humano e

valorizando o capital intelectual, fato este que está levando os mesmos a uma

contextualização do futuro.

Surge um novo paradigma educacional, transformando a escola num ambiente

criado para uma aprendizagem rica em recursos didáticos. Neste cenário surge o aluno diante

da construção do conhecimento através da mediação do professor, transformando o saber

ensinar em saber aprender.

A informática está entrando na educação pela necessidade de se transpor as

fronteiras do educar convencional. Colocar-se como educador deste processo informatizado

é conscientizar-se da importância do seu papel, sabedor de que não é ele quem deve indicar

o que é próprio de cada educando.

A introdução do computador no ambiente escolar é hoje uma necessidade para o

crescimento de uma nova pedagogia inovadora assentada na susceptibilidade de educadores

propensos a didáticas renovadas.

O educando é antes de tudo o fim, para quem se aplica o desenvolvimento das

práticas educativas, construindo seu conhecimento, através da interatividade com o ambiente

de aprendizado.

O envolvimento do aluno no processo de aprendizagem é fundamental.

Para isto a escola deve propiciar ao aluno encontrar sentido e funcionalidade naquilo que

constitui o foco dos estudos em cada situação da sala de aula. Esta forma de aprender

contextualizada é que permite ao aluno relacionar aspectos presentes da vida pessoal, social

e cultural, mobilizando as competências cognitivas e emocionais já adquiridas, para novas

possibilidades de reconstrução do conhecimento (PCN - Ensino Médio, 1999).

3.2 Desenvolvimento

É o momento em que, usando o seu poder de raciocínio, o autor

consegue transformar-se de pesquisador em expositor, desenvolvendo a

passagem lógica usada no contexto da investigação para a lógica da

demonstração: é a reconstrução racional que tem por objetivo explicar-discutir-

demonstrar. (SALOMON, 2000).

Page 59: Apostila comunicação

Esta parte do trabalho deve conter vários capítulos, discutindo:

a) o problema e a hipótese (análise dos elementos); b) as variáveis do problema e/ou da hipótese; c) a opção de pesquisa e sua justificação; d) seu planejamento; e) e o tipo de amostragem; f) descrição das amostras usadas; g) descrição dos instrumentos usados, sua precisão e validez; h) apresentação dos resultados; i) as técnicas de análise utilizadas e sua justificativa e j) as generalizações e conclusões.

3.3 Conclusão

“As conclusões devem estar vinculadas à hipótese de investigação, cujo conteúdo

foi comprovado ou refutado”. (MARCONI; LAKATOS, 2001).

“Em termos formais, é uma exposição factual sobre o que foi investigado,

analisado, interpretado; é uma síntese comentada das idéias essenciais e dos principais

resultados obtidos, explicitados com precisão e clareza”. (op cit., MARCONI; LAKATOS).

“Ao redigirem as conclusões, os problemas que ficaram sem solução serão

apontados, a fim de que no futuro possam ser estudados pelo próprio autor ou por outros”.

(op cit., MARCONI; LAKATOS).

“A conclusão é a síntese do trabalho monográfico e deve ser o coroamento de

toda a demonstração. Assim, ela deve estar contida no desenvolvimento do corpo do trabalho

e não deve contrariar a introdução. É por isso que se aconselha deixar esta para o final’’

(MARTINS, 2000).

4 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

4.1 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

As referências utilizadas para a elaboração do projeto e as fontes documentais

previamente identificadas que serão necessárias à pesquisa devem ser indicadas em ordem

alfabética e dentro das normas técnicas (no Brasil as normas mais aceitas são as

estabelecidas pela ABNT –Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Existem diferenças entre referências, referências bibliográficas e bibliografia. A

palavra referências indica as obras efetivamente citadas no trabalho em questão. Quando

Page 60: Apostila comunicação

usada sozinha, pode indicar diferentes tipos de obras, como livros, periódicos ou documentos,

sejam manuscritos, impressos ou em meio eletrônico. Quando o trabalho apresentar somente

citações de obras publicadas em papel, utiliza-se o termo referências bibliográficas. Já a

palavra bibliografia indica todas as leituras feitas pelo pesquisador durante o processo de

pesquisa.

Lista de obras utilizadas como fonte de pesquisa.

4.1.1 Referência de livros:

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título. Edição. Local: Editora, Data da

publicação.

SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

4.1.2 Dois autores:

A entrada é feita pelo nome do primeiro mencionado, seguido de ponto e

vírgula e do nome do segundo autor.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho científico. 4. ed.

São Paulo: Atlas, 2001.

4.1.3 Três autores: mencionam-se todos.

AFTALIÓN, Enrique R.; OLANO, Fernando Garcia; VILANOVA, José. Introducción al

derecho. Buenos Aires: Librería al ateneo, 1956.

Page 61: Apostila comunicação

4.1.4 Mais de três autores: mencionam-se apenas o primeiro, seguidos da

expressão et al (“e outros”).

3.5 Referência de trabalhos acadêmicos, dissertações e teses

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes, Título. data. nº de pág. Tipo de trabalho

acadêmico (grau) - Unidade de Ensino, Instituição, lugar, data da defesa.

BARREIRA FILHO, Barreira Pontes. Doença de Alzheimer: diagnóstico,

tratamento e propedêutica, visando a melhores perspectivas de vida para comunidades

carentes. 2003. 59 f. Monografia (Especialização) – Universidade Estadual Vale do Acaraú –

UVA, Sobral, 2003.

4.1.5 Referência de partes de documentos

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes, Título da Parte. In: Título da obra. Local:

Editora, ano. Página Inicial-final da parte.

FREIRE, Paulo. Ensinar exige criticidade. In: Pedagogia da Autonomia. 6. ed. Rio

de Janeiro: Paz e Terra, 1997. p.34-35.

4.1.6 Referência de artigos de jornal

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes, Título do artigo. Título do Jornal, Local

de Publicação, data da publicação, seção, caderno ou parte do jornal e a paginação

correspondente.

URANI, A et al. Constituição de uma matriz de contabilidade social para o Brasil.

Brasília, DF: IPEA, 1994.

Page 62: Apostila comunicação

PINHEIRO, N. O. As crianças querem Ler. O POVO, Fortaleza, 3 jan. 1998. DN

Infantil, p. 2.

3.1.7 Referência de artigos de periódicos

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes, Título do artigo. Título do Periódico,

Local de Publicação, número do volume, número do fascículo, página inicial-final do artigo,

data.

BATISTA, P. C. S.; FURTADO, C. F. C. Sistema de informação de marketing: o

estudo de caso em uma pequena indústria do setor de estruturas metálicas de Fortaleza.

Revista da Faculdade Christus, Fortaleza, n. 2, p.31-52, jan./jul. 2002.

4.1.8 Material eletrônico

4.1.8.1 Artigo de revista

3.9.2 Matéria de jornal

4.1.8.2 Artigo de jornal científico

4.1.8.2.1 Artigo de periódico científico

4.1.8.2.2 Documento eletrônico no todo (livro)

SILVA, M. M. L. Crimes da era digital. .Net, Rio de Janeiro, nov. 1998. Seção Ponto de Vista. Disponível em: <http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevistas.htm>. Acesso em: 28 nov. 1998.

KELLY, R. Eletronic publishing ar APS: its not just online journalism. APS News Online,

Los Angeles, Nov. 1996. Disponível em: <http:www.aps.org/apsnews/1196/11965.html>. Acesso

STRUNK, William. Elements of style. New york: Columbia Univ. Press. 1996. Disponível

em: <http://www.columbia.edu/acis/bartleby/strunky>. Acesso em: 14 set. 1998.

Page 63: Apostila comunicação

4.1.8.2.3 E-mail (correio eletrônico):

Obs: as mensagens veiculadas através de “e-mail” são temporárias, daí, não ser

recomendável adotar-se sempre o seu conteúdo como fonte de informação científica ou

técnica, ou para fins de pesquisa.

4.1.8.2.4 Homepage institucional:

EX: 1

EX: 2

CANEPARO, L. Notícias e novidades. [Mensagem pessoal]. Mensagem recebida por:

<[email protected].> em 26 jan. 2000.

PEIXOTO, Jefferson. Literatura adúltera. Fortaleza, Faculdade Integrada da Grande

Fortaleza, 2004. Disponível em::<http://www.fgf.edu.br> Acesso em: 07 jul. 2004.

BIBLIOTECA. Fortaleza. Faculdade Integrada da Grande Fortaleza, 2004. Apresenta

produtos e serviços oferecidos pela Biblioteca Central Antonieta Cals. Disponível em:

Page 64: Apostila comunicação

Obs: Os elementos essenciais são: autor, denominação ou título e subtítulo (se

houver), do serviço ou produto, indicações de responsabilidade, endereço eletrônico e data

de acesso.

5 CITAÇÃO

5.1 Citação direta ou textual:

Acontece quando é utilizada as próprias palavras do autor consultado. EX: 1

EX: 2

Obs: Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição

responsável ou título incluído na setença devem ser em letras maiúsculas e minúsculas e,

quando estiverem entre parênteses, devem ser em letras maiúsculas.

EX:3

Obs: As citações diretas, no texto, com mais de 3 (três) linhas devem ser

destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto,

tamanho 10 e sem as aspas.

Segundo Sá (1995, p.27): “ [...] por meio da mesma arte de conversação que abrange

tão extensa e significativa parte da nossa existência cotidiana [...]”

“Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo não é uma psicanálise

da filosofia.” (DERRIDA, 1967, p.293).

A teleconferência permite ao indivíduo participar de um encontro nacional ou regional sem a

necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de teleconferência incluem o uso da televisão,

telefone, e computador. Através de áudio-conferência, utilizando a companhia local de telefone, um sinal

Page 65: Apostila comunicação

5.2 Citação indireta ou paráfrase:

Quando são reproduzidas apenas as idéias do autor.

Obs: No caso de ser citação indireta, apenas virá entre parênteses a data de

publicação. A indicação das páginas consultadas é opcional.

5.3 Citação de citação (direta ou indireta):

Aquela que se refere a obras mencionadas por outros autores, às quais não se

teve acesso. Deve-se indicar inicialmente a obra original citada, seguida da expressão apud

e dos dados da obra onde foi extraída a citação.

EX: 1

EX: 2

5.4 APÊNDICE

Apêndices são elementos complementares ao projeto e que foram elaborados pelo pesquisador. Aqui entrariam, por exemplo, questionários, formulários de

pesquisa de campo ou fotografias.

5.5 ANEXOS

Oliveira e Leonardos (1943, p.146) dizem que a “[...] relação da série São Roque com

os granitos porfiróides pequenos é muito clara.”

Segundo Silva (1983 apud ABREU, 199, p.3) diz ser [...]

“[...] o viés organicista da burocracia estatal e o antiliberalismo da cultura de 1937,

preservado de modo encapuçado na Carta de 1946.” (VIANNA, 1986, p.172 apud SEGATTO,

Page 66: Apostila comunicação

Assim como os apêndices, os anexos só devem aparecer nos projetos de

pesquisa se forem extremamente necessários. São textos de autoria de outra pessoa

e não do pesquisador. Por exemplo: mapas, documentos originais, fotografias batidas

por outra pessoa que não o pesquisador.

Anexos são documentos que, dependendo do tipo de tema trabalhado, podem

ter o caráter essencial ou optativo e que servem para apresentar instrumentos de pesquisa,

como os questionários utilizados, os roteiros, as entrevistas, as tabelas etc.

Page 67: Apostila comunicação