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[CÂMBIO] [Quais interferências o câmbio exerce na vida das pessoas, da economia de um país e no mundo? Quais suas modalidades? Como se aplica os conceitos? Qual a relevância no Sistema Financeiro Brasileiro e Mundial? Quais operações financeiras são utilizadas e suas peculiaridades? CÂMBIO, um dos tripés de sustentação da economia nacional] 2011 APOSTILA DE CÂMBIO

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[CÂMBIO][Quais interferências o câmbio exerce na vida das pessoas, da economia de um país e no mundo? Quais suas modalidades? Como se aplica os conceitos? Qual a relevância no Sistema Financeiro Brasileiro e Mundial? Quais operações financeiras são utilizadas e suas peculiaridades? CÂMBIO, um dos tripés de sustentação da economia nacional]

2011

APOSTILA DE CÂMBIO

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MÓDULO X - POLÍTICA CAMBIAL

1. POLÍTICA CAMBIAL

Chama-se política cambial o conjunto de ações do Governo que influenciam no

comportamento do mercado de câmbio e da taxa de câmbio..

Muitos acreditam que é de competência do BACEN controlar o câmbio. Na

realidade depois que o país adotou o regime de câmbio onde o preço da moeda é

dado pelo mercado o BACEN apenas interfere no mercado de câmbio quando

entender que existe a possibilidade de danos à economiado país, se esforçando

assim, para trazer de volta a curva desejada.

Em linhas gerais, ao se falar de política cambial, a moeda a que se refere até os

dias de hoje é o Dolar Americano, por se tratar da moeda de troca mundial. Entretanto

alguns países podem e fazem transações internacionais sem a intermediação do

Dólar. Um exemplo disso é um acordo que está sendo discutido já em linhas finais com

o Uruguai, possibilitando assim, a transação em Reais ou Peso Uruguaio. Mas por

ainda representar uma mínima parcela das negociações, se abordará o estudo em

dólares.

A operação mais comum de intervenção do BACEN é a compra e venda da

moeda. Conduzindo por uma das leis mais básicas do mercado, oferta/demanda, ou

seja, quanto menor for a oferta de determinada moeda no mercado maior será sua

cotação e assim vice-versa. Outra forma de intervenção é a venda de títulos públicos

que rendem dólar mais um cupom. Estes títulos permitem a empresas que possuem

dívidas em dólares a fazerem Hedge, ou seja, se o real se desvalorizar, sendo o dólar

o indexador do papel, sua rentabilidade irá compensar esta perda.

Anteriormente o governo negociava ainda uma outra modalidade atrelada às

LFT (Letra Financeira do Tesouro) o SWAP, uqe permitiria um aperfeiçoamento dos

instrumentos financeiros, permitindo assim uma redução do custo pelas

intermediações dos agentes nacionais. Hoje em dia o SWAP continua sendo

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executado, mas sem a vinculação das LFTs, hoje o objeto da negociação é o

diferencial entre a taxa de juro efetiva ( a taxa de juro do Depósito Interfinanceiro DI) e

a variação cambial.

O Objetivo destas intervenções é manter o poder de compra do real frente a

produtos importados ou que tenham peças importadas e acabem interferindo no bolso

do, além disso uma subida na taxa de câmbio significa um aumento no preço final de

produtos que podem trazer conseqüências inflacionárias no país. Outra luta que o

governo tem de administrar conflitos de interesse entre exportador e importador, sendo

que o primeiro sempre preferirá uma taxa mais elevada que o segundo grupo.

Uma preocupação do governo se dá também frente a entrada e saída de

dólares do país. Sempre que acontece uma conversão de dólares para reais, ocorre

uma expansão da emissão da moeda, tendo efeito inflacionário futuro, pois, aumenta a

liquidez da economia. Entretanto, o país tem que ter dólares para honrar seu

compromissos externos de governo e privada. Desta forma, busca-se sempre uma

manutenção dos níveis de reserva de dólar.

Vendo isso, em 2004 ao analisar as questões macroeconômicas que envolvem

todo este mecanismo e a sua necessária manutenção, o governo iniciou a compra de

dólares a fim de recompor suas reservas.

1.1 Tipos de Políticas Cambiais

Existem basicamente três tipos de políticas cambiais:

- Câmbio Fixo;

- Câmbio Flutuante;

- Bandas Cambiais.

Câmbio Fixo

No câmbio fixo o governo simplesmente estabeleça uma paridade entre a sua

moeda e a moeda mundial de troca, no caso o dólar, e garante apenas a sua

valorização ou desvalorização mínima. Um exemplo deste caso é a China, que por

sinal está sendo precionada pelos E.U.A. e Órgãos Internacionais. Excluindo-se

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interesses políticos o objetivo é garantir uma competitividade justa entre os produtos

deste país e do resto do mundo, hoje, produto chinês é sinônimo de produto barato, e

cada vez mais com a mesma qualidade que outros importados e nacionais, dificultando

assim a desenvoltura das empresas não chinesas.

Câmbio Flutuante

O câmbio flutuante é basicamente regulado pelo mercado, ou como dizia

anteriormente, pela “mâo Invisível”, anteriormente usado no país, pensava-se que por

si só o câmbio se auto regularia, sempre garantindo a paridade econômica sendo

influenciado pela oferta/demanda e por situações sazonais.

No Brasil, visto outras questões econômicas o sistema teve muitos gaps. Foi

então que com muita criatividade e amadurecimento político que adotou-se uma

variável desta política, o Câmbio Flutuante Sujo. Apesar do nome pouco agradável,

nada se tem a ver com sujeira, trata-se de uma nomenclatura para mencionar que o

país interfere na sua flutuação. Visando apenas a estratégia governamental na

manutenção do valor que achar devido levando em consideração todos os itens da

conta de interesses de diversos setores nacionais o BACEN age de forma

“imprevisível”. Vide Case Sadia.

Bandas Cambiais

As bandas cambiais nada mais é do que um limitador da flutuação do câmbio. O

país que adota este tipo de política cambial estabelece uma faixa de flutuação de

câmbio garantindo que os limites não serão ultrapassados.

Apesar do nome e do conceito, dependedo da apmlitude da banda cambial o

sistema pode funcionar como uma política de câmbio fixo ou flutuante, afinal, se as

bandas forem muito justas pouca diferença se fará para o regime fixo e da mesma

forma o oposto. Contudo um fator interessante é que o país pode ainda adotar apenas

uma banda, a de limite inferior ou de limite superior. Um exemplo de utilização é a

União Européia.

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2. RESERVA CAMBIAL

A evolução da Reserva Cambial é uma excelente estratégia desde que alinhada

a outras questões econômicas exumindo-se o risco de danificar a economia.

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MÓDULO I – CÂMBIO

1. INTRODUÇÃO

No mercado interno inexiste o problema do poder liberatório da moeda nacional,

uma vez que ninguém poderá recursar-se a recebê-la em pagamento. Aliás, no caso

do Brasil, a nossa legislação proíbe o uso de moedas estrangeiras nas transações

internas, bem como - com algumas poucas exceções - o seu depósito, em conta-

corrente, junto a bancos ou empresas existentes no País.

Quando, porém, passamos para o mercado internacional, as coisas tornam-se

mais complexas. Não podemos impor aos exportadores dos demais países que

aceitem a nossa moeda em pagamento das transações realizadas. Seria ferir a

soberania destes países.

Assim, quando importamos dos Estados Unidos, pagamos em dólares, se

compramos da Inglaterra, pagamos em libras, da Alemanha, em marcos alemães.

Passamos a ter necessidade de utilizar diferentes moedas. Na prática, pode acontecer

de um país não aceitar a própria moeda nacional em pagamentos de suas

exportações, preferindo uma moeda estrangeira. É o caso do Brasil, por exemplo.

Suas exportações são conduzidas em moedas fortes ( dólar, marco, libras, etc).

Este procedimento vai dar origem ao câmbio, que vem ser a troca de moedas

de diferentes países. Evidentemente, para que essa troca possa realizar-se, torna-se

necessário estabelecer uma relação de equivalência entre as várias moedas.Essa

relação de equivalência, que nada mais é do que o preço de uma moeda em termos da

outra, é o que se denomina taxa cambial.

Há cinco diferentes categorias de transações que são realizadas em um

mercado cambial:

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a) transações entre bancos e clientes dentro do país

b) transações entre bancos no mesmo país

c) transações entre bancos localizados em diferentes países

d) transações entre bancos e bancos centrais dentro de um mesmo país

e) transações entre bancos centrais localizados em diferentes países

2. ESTRUTURA DO MERCADO CAMBIAL

O mercado cambial compreende além de exportadores e importadores, também

bolsas de valores, bancos, corretoras e outros elementos que tenham transações com

o exterior.

Eventualmente, poderá abranger as chamadas autoridades monetárias

(Tesouro e Bancos Centrais).

2.1 - Vendedores e Compradores

De um lado, temos o Grupo Vendedor ( exportadores, tomadores de

empréstimos no exterior, vendedores de serviços, turistas e às vezes especuladores)

que desejam vender as divisas provenientes de exportações ou de outra operação

qualquer .

De outro lado, temos o Grupo Comprador ( importadores, compradores de

serviços ou de títulos, turistas, etc) que desejam adquirir divisas, a fim de liquidar seus

compromissos no exterior provenientes de exportações, remessa de capitais,

dividendos, viagens, etc.

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2.2 - Os Bancos

Agindo como intermediários entre esses dois grupos, vamos encontrar os

bancos, os quais centralizam as compras e vendas de divisas.Aliás, essa intervenção

bancária é obrigatória na maioria dos países, não podendo , pois, haver entendimentos

diretos entre o grupo comprador e o grupo vendedor.

As autorizações para a prática de operações de câmbio por parte dos

estabelecimentos bancários são regulamentados pela Banco Central do Brasil.

2.3 - Operadores de Câmbio

São os funcionários dos bancos, encarregados de comprar e vender as moedas

estrangeiras.

Além disso, os operadores devem ficar atentos as diferenças de fuso horário de

todo o mundo, pois quando alguns mercados estão abrindo (São Francisco, por

exemplo) outros estão terminando (Europa) e outros já encerraram (Japão).

2.4 - Corretores de Câmbio

Como intermediários entre os bancos e as partes interessadas, encontramos os

corretores de câmbio.Normalmente, os operadores não efetuam as transações

diretamente com as empresas e sim com os corretores.

O corretor procura no mercado cambial, quais as melhores taxas e condições

para seus clientes e aproxima as partes interessadas para que os negócios sejam

concretizados.

No Brasil era obrigatório a interveniência de corretor para operações acima de

US$100.000,00.Porém, atualmente, fica a critério da empresa utilizá-lo ou não.

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3. SUBDIVISÕES DO MERCADO CAMBIAL

3.1 - Mercado de Câmbio Sacado - Mercado de Taxas Livres

Nele ocorrem: exportações, importações, capitais estrangeiras, operações

financeiras, etc

3.2 - Mercado de Câmbio Manual - Mercado de Taxas Flutuantes

É muito limitado. Nele ocorrem : turismo, cartões de crédito internacional,

manutenção de residente no exterior, transferência de patrimônio pessoal, custeio de

tratamento de saúde, importação de software, exportação de jóias preciosas, etc.São

isentos de contratos, pois são utilizados boletos.

3.3 - Mercado “Paralelo” de Câmbio

É bastante comum no Brasil a confusão entre o mercado manual e o mercado

paralelo.

O Mercado Manual é perfeitamente legal, desde que exercido por pessoas e

entidades autorizadas a operar neste mercado pelos organismos fiscalizadores

competentes (BACEN).

O mercado paralelo de câmbio, porém, compreende todas as operações

conduzidas por meio de pessoas físicas ou jurídicas não autorizadas a operar no

mercado de câmbio. Trata-se, pois, de operações ilegítimas.

3.4 - Mercado de Câmbio à Vista

Neste mercado são realizadas as operações de câmbio “prontas” de câmbio.

As operações “prontas” são operações de compra e venda de divisas para

entrega imediata, ou seja, até 2(dois) dias úteis da data da contratação do câmbio,

excluindo-se os dias não úteis na praça das moedas envolvidas.

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3.5 - Mercado de Câmbio a Termo

São operações contratadas para serem entregues em data futura. São

realizados por exportadores, importadores e investidores em moeda estrangeira, os

quais procuram evitar os riscos de flutuações nas taxas cambiais.

Além disso, devem ser observadas as limitações de anterioridade impostas pelo

BACEN. Por exemplo: uma exportação pode ser contratada até 360 dias antes do

embarque e até 180 dias depois do mesmo.

4. POSIÇÃO DE CÂMBIO

Denomina-se posição de câmbio o registro que expressa a situação das

compras e vendas de moedas efetuadas por um estabelecimento bancário durante um

dado período.

A posição de câmbio poderá apresentar-se :

Nivelada - quando o total de compras é igual ao total de vendas

Comprada - quando o total das compras supera o total das vendas

Vendida - quando o total das vendas supera o total das compras

Os bancos trabalham com diversas moedas e para facilitar o controle,

costumam converter as diferentes moedas em uma única, geralmente o dólar

americano. Porém, além da posição global o banco manterá uma posição individual

para cada moeda. No Brasil, os bancos autorizados a operar em câmbio devem

observar os limites de posição periodicamente estabelecidos pelo Banco Central do

Brasil.

Atualmente, o limite para posição comprada é de US$ 6 milhões e o limite para

posição vendida será o próprio Patrimônio Líquido da Instituição Financeira.

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5. PAGAMENTOS INTERNACIONAIS

Esquema Básico dos Pagamentos Internacionais

Suponhamos que um exportador dos Estados Unidos remeta mercadorias para

um comerciante da Inglaterra no valor de US$ 10.000,00, importância essa que seria

equivalente a GBP 5.000,00, no caso da taxa cambial ser GBP 1,00 = US$ 2,00.Desta

forma, o comerciante inglês poderia encontrar uma empresa com crédito em dólares e

obrigações em libras esterlinas e realizar a troca de letras de câmbio. Porém, este

mecanismo é impraticável na maioria dos casos, uma vez que não só há

desconhecimento das transações de uma empresa por parte das demais, como

também seria difícil encontrar letras de mesmo valor e mesmo vencimento. Além disso,

na maioria dos países são proibidos tais entendimentos diretos entre particulares,

devendo as transações cambiais ser conduzidas por meio de estabelecimentos

bancários.

6. A Intervenção Bancária no Mecanismo de Pagamentos Internacionais

A compra e venda de moedas estrangeiras constituem uma das atividades dos

organismos bancários. Assim, tanto importadores como exportadores não se

preocupam em liquidar diretamente entre si as importâncias devidas, portanto a

transação poderá ser conduzida de maneira mais conveniente e segura através

daqueles organismos.

Para atender à procura de moeda estrangeira por parte de seus clientes, o

banco poderá manter em seus cofres pequenas quantidades de moedas estrangeiras.

Tal prática, porém, seria totalmente impossível para o atendimento de grandes

pagamentos. Por essa razão, o banco mantém contas de depósitos em diferentes

moedas junto a outros bancos no exterior, seus correspondentes.

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Assim, graças a esse sistema de manutenção de contas entre bancos, torna-se

possível a efetivação de pagamentos internacionais sem a movimentação física de

dinheiro (Moeda Escritural).

As sucessivas operações de câmbio em ambos os sentidos fazem com que o

banqueiro assuma ora a posição de credor, ora a posição de devedor, em relação ao

seu correspondente estrangeiro.

Para manter equilíbrio de suas contas no exterior, o banqueiro procurará, na

medida do possível, comprar e vender a mesma quantidade de moeda estrangeira.

Os bancos localizados nos diferentes países costumam conceder-se créditos

recíprocos(linhas de crédito), os quais facilitam as compensações cotidianas,

permitindo ao banqueiro sacar a descoberto até um certo montante. Muitas vezes,

porém, poderá ocorrer o caso de o banqueiro ficar com um saldo devedor elevado

junto aos correspondentes, saldo esse que ultrapassaria os limites de sua linha de

crédito.

Neste caso, surge a necessidade de o banqueiro procurar recompor os seus

saldos em moeda estrangeira.

7. Interbancário

Os bancos, para acertarem suas posições de câmbio, compram ou vendem

moedas entre si.

O Mercado interbancário funciona como uma válvula reguladora da liquidez do

mercado de câmbio e também como uma fonte de captação de Reais.

As operações interbancárias, da mesma forma que as operações de exportação

e importação, podem ser realizadas para pagamento PRONTO ou FUTURO.

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Uma das particularidades deste tipo de operação é que a liquidez dos reais

ocorre diretamente na conta reservas bancárias, mediante a interveniência do BACEN.

Ou seja, na liquidação da operação, o BACEN debita a conta reservas bancárias do

banco comprador e credita a conta do banco vendedor.

Outra particularidade é a possibilidade da contratação eletrônica no Sisbacen,

onde o Banco comprador registra os dados da operação e o Banco vendedor confirma.

Como o pagamento da M/E é condicionada ao crédito na conta reservas

bancárias, o risco, apesar de existir, é reduzido em virtude de tratar-se de operações

entre instituições financeiras sob monitoramento do BACEN. O risco é assumido pelo

banco que está na ponta de compra da operação.

8. Paridade e Operações de Arbitragem entre moedas

Arbitragem consiste na compra de determinada quantidade de uma moeda e na

venda de outra moeda estrangeira, de forma que, aplicada a paridade entre elas, o

resultado seja de equivalência, podendo a liquidação ser simultânea, pronta ou futura.

Arbitragem Externa

Essa operação consiste na remessa de divisas de uma praça para outra,

buscando obter vantagens em função das diferenças de preços existentes. É

representada pela venda de uma moeda contra o recebimento de outra moeda.

No mercado internacional de divisas também vigora a lei de oferta e procura e,

desta forma, uma moeda poderá ter preços diferentes nos vários mercados. O lucro

obtido nessas operações advém dos diferenciais de taxa entre as moedas envolvidas.

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Assim, podendo dizer que a arbitragem é o mecanismo de comprar uma moeda

no mercado em que seu preço estiver baixo e vendê-la onde o seu preço estiver mais

alto, obtendo-se lucro.

A arbitragem é utilizada também para que os bancos nacionais convertam

dólares em outras divisas através da utilização de linhas de crédito internacionais.

9. Instrumentos para Transferência de Recursos

Os principais instrumentos para a transferência de divisas para o exterior são:

9.1 - Cheques

9.2 - Traveller´s Checks

9.3 - Ordem de Pagamento

9.3.1 Por Telex

9.3.2 Por Swift

9.3.3 Por Vale Postal Internacional

Comércio Exterior

As operações de comércio exterior são simples transações mercantis, cujos

participantes (comprador e vendedor) estão situados em diferentes países com

diferentes moedas. Em conseqüência dessas particularidades, das diferenças

culturais, mercantis e de idioma dos participantes, e dos riscos inerentes à operação

de comércio exterior, o mercado internacional convencionou algumas normas e

padrões a serem seguidos, que vão desde a forma de apresentação de preços até as

formas para pagamento das operações firmadas.

A fim de minimizar os riscos mencionados acima, a comunidade internacional

adotou certas convenções, que descreveremos a seguir.

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10. INCOTERMS:

10.1 - Finalidade dos Incoterms:

A finalidade dos Incoterms é fornecer um conjunto de regras internacionais para

a interpretação dos termos mais comuns usados no comércio internacional.

Assim, as incertezas de interpretações dos mencionados termos em diferentes

países, podem ser evitados, ou pelo menos, reduzidas a nível considerável.

Os termos foram então agrupados em quatro categorias basicamente diferentes.

Grupo”E” EXW EX Works

(Partida)

Grupo “F” FCA Free Carrier

(Transporte principal não pago) FAS Free Alongside Ship

FOB Free on Board

Grupo “C” CFR Cost and Freight

(Transporte principal pago) CIF Cost, Insurance and Freight

CPT Carriage Paid to

CIP Carriage and Insurance Paid to...

Grupo “D” DAF Delivered at Frontier

(Chegada) DES Delivered Ex Ship

DEQ Delivered Ex Quay

DDE Delivered Duty Unpaid

DDP Delivered Duty Paid

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Entretanto, cada país determina os termos que serão aceitos nas suas

negociações de comércio exterior.

Descrevemos abaixo aqueles que são permitidos no Brasil :

(EXW) EX Works : Significa que o vendedor cumpre sua obrigação de entrega

das mercadorias , quando as coloca disponíveis em sua propriedade

(instalações), isto é, indústria, fábrica, armazém, usina, plantação etc. ao

comprador. Particularmente ele não é responsável pelo carregamento das

mercadorias a bordo do veículo fornecido pelo comprador, ou pelo desembaraço

das mesmas para exportação, a menos que haja acordo em contrário. O

comprador assume todos os custos e riscos envolvidos em retirar as mercadorias

das instalações do vendedor até o destino convencionado. Desse modo, esse

termo representa a mínima obrigação para o vendedor. Esse termo não deve ser

aplicado quando o comprador não pode atender direta ou indiretamente as

formalidades de exportação. Em tais circunstâncias deve ser usada a condição

FCA.

(FOB) Free on Board : Significa que o vendedor cumpre sua obrigação de

entrega quando as mercadorias tenham cruzado a amurada do navio (“ship’s rail

“), no porto de embarque designado. Isto significa que o comprador terá de

assumir todos os custos e riscos de perda ou dano às mercadorias a partir

daquele ponto.

A condição FOB determina que o vendedor desembarace as mercadorias para a

exportação.

Este termo só pode ser usado para o transporte marítimo e de cabotagem.

Quando a amurada do navio não indica a transferência de responsabilidades,

como no tráfego “roll on-roll off” ou por container, o uso do termo FCA é mais

apropriado.

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(CFR) Cost and Freight :Significa que o vendedor tem a obrigação de contratar

também o frete internacional.

Este termo só pode ser usado para transporte marítimo e de cabotagem.

11. DOCUMENTAÇÃO

A documentação que formaliza a operação de comércio exterior é parte vital

desse processo, visto que, através dela é que as autoridades responsáveis controlam

a saída ou entrada de produtos nos países. Além disso, ela propicia algumas garantias

ao importador e exportador, vejamos os mais usuais:

11.1. Fatura: Instrumento que descreve as características básicas da operação

como: produto comercializado, quantidade, preço, prazo e forma de pagamento.

Para os participantes a fatura assemelha-se a um contrato e como tal ambos

deverão cumprir os itens nele mencionados.

11.2. Conhecimento de Embarque: Instrumento emitido pela empresa

responsável pelo transporte da mercadoria entre o país do exportador e do

importador. Através dele, o importador pode saber exatamente quando o produto

foi embarcado e se o exportador cumpriu os prazos combinados.

Dependendo do meio de transporte utilizado o conhecimento de embarque tem

um nome específico:

· Bill of Lading (B/L): transporte marítimo

· Airway Bill (AWB): transporte aéreo

· Roadway Bill (RWB): transporte terrestre

11.3. Saque: Trata-se de um instrumento que atesta a existência de uma

obrigação oriunda de uma transação comercial. No caso de inadimplência, o

mesmo é utilizado pelo exportador para executar o devedor. O saque só tem

validade quando aceito pelo importador.

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11.4. Certificado de Origem: é uma declaração firmada dando o testemunho da

origem das mercadorias, sendo que tem que ser emitido em estilo e forma

mandatária, certificado por uma organização oficial independente.

É importante salientar que estes documentos deverão ser enviados ao

importador para que ele possa desembaraçar a mercadoria no local de desembarque.

12. MODALIDADES DE PAGAMENTO UTILIZADAS NO COMÉRCIO

INTERNACIONAL:

12.1. Pagamento Antecipado Exportação / Importação;

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1) Exportador contata importador no exterior, estabelecendo um contrato

mercantil;

2) Exportador emite fatura pró forma ou documento equivalente e envia-o ao

importador;

3) Importador envia moeda estrangeira para a c/c do Banco Brasileiro no

exterior, em favor do exportador;

4) Exportador é avisado do recebimento da ordem de pagamento ( por e-mail,

fax );

5) a- Exportador contata a mesa de Câmbio Banco Nacional para o fechamento

do câmbio;

b – O banco efetiva e liquida a operação no Bacen.

6) Exportador embarca a mercadoria e envia os documentos originais ao

importador

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1) Importador contata exportador no exterior, estabelecendo um contrato

mercantil;

2) Exportador emite fatura pró forma ou documento equivalente e envia-o ao

importador;

3) Importador contata a mesa de Câmbio do banco no Brasil para o fechamento

do câmbio;

4) O banco efetiva e liquida a operação no Bacen ( impressão do contrato);

5) Banco envia a ordem de pagamento para o banqueiro do exportador no

exterior;

6) Banqueiro entrega moeda estrangeira ao exportador;

7) Exportador embarca a mercadoria e envia documentação original para o

importador.

12.2. Remessa Exportação / Importação;

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Page 22: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

1) Exportador contata importador no exterior, estabelecendo um contrato

mercantil;

2) Exportador embarca a mercadoria e envia documentos originais para o

importador;

3) Exportador envia cópias dos documentos de embarque e original do saque

para o Banco no Brasil;

4) Importador envia moeda estrangeira para a c/c do Banco no exterior, em

favor do exportador;

5) Exportador é avisado do recebimento da ordem de pagamento ( por e-mail,

fax );

6) a- Exportador contata a mesa de Câmbio do Banco para o fechamento do

câmbio;

b – O banco efetiva e liquida a operação no Bacen.(impressão do contrato).

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Page 23: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

1) Importador contata exportador no exterior, estabelecendo um contrato

mercantil;

2) Exportador embarca a mercadoria e envia documentos originais ao

importador;

3) Importador contata a mesa de Câmbio para o fechamento do câmbio ;

4) Banco efetiva e liquida a operação no Bacen (impressão de contrato);

5) Banco envia a ordem de pagamento para o banqueiro do exportador no

exterior;

6) Banqueiro entrega moeda estrangeira ao exportador.

12.3. Cobrança Documentária Exportação / Importação.

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Page 24: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

1) Exportador contata importador no exterior, estabelecendo um contrato

mercantil;

2) Exportador embarca a mercadoria;

3) Exportador envia documentos de embarque e original do saque para o Banco

no Brasil;

4) Banco no Brasil envia documentos para o banqueiro no exterior;

5) Se cobrança à vista, documentos entregues mediante o pagamento da

moeda estrangeira. Se cobrança a prazo, documentos entregues contra aceite do

saque;

6) Importador envia moeda estrangeira para a c/c do Banco no exterior, em

favor do exportador;

7) Exportador é avisado do recebimento da ordem de pagamento ( por e-mail,

fax );

8) Exportador contata a mesa de Câmbio para o fechamento do câmbio;

9) Banco efetiva e liquida a operação no Bacen (impressão de contrato).

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1) Importador contata exportador no exterior, estabelecendo um contrato

mercantil;

2) Exportador embarca a mercadoria

3) Exportador encaminha os documentos originais ao banqueiro no Exterior, que

os envia ao banco no Brasil;

4) Se cobrança à vista, Banco no Brasil entrega documentos contra fechamento

do câmbio. Se cobrança a prazo, o banco entrega documentos contra aceite no saque;

5) Importador contata a mesa de Câmbio para o fechamento do câmbio;

6) Banco efetiva e liquida a operação no Bacen ( impressão de contrato);

7) Banco no Brasil envia a ordem de pagamento para o banqueiro do exportador

no exterior;

8) Banqueiro entrega moeda estrangeira ao exportador.

13. Contratos de Câmbio:

Definição

As operações de câmbio serão registradas por intermédio de terminias

interligados com o “Sistema de Informações do Banco Central”-SISBACEN,através do

preenchimento de telas do sistema.

A numeração das operações de câmbio será efetuada automaticamente pelo

SISBACEN.

A formalização das operações se desdobra em duas fases distintas:

a) Registro/Edição/Celebração do contrato: faculta a inclusão, exclusão e

alteração de dados e cláusulas.Disponível para bancos e corretoras.

b) Efetivação do contrato: disponível apenas para bancos.Faculta a confirmação

da operação que passa a figurar na posição de câmbio da instituição. Após a

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efetivação do contrato, eventuais alterações poderão ser promovidas, com exceção do

nome do comprador, vendedor, valor em moeda estrangeira e moeda nacional, taxa e

moeda.

Os contratos de câmbio deverão conter obrigatoriamente, cláusulas gerais e

cláusulas institucionais:

Finalidade

Os contratos de câmbio efetivados deverão ter o seguinte fim

Liquidação: Juntamente com a liquidação contábil do contrato, ocorre o

pagamento em moeda estrangeira, ou seja, o banco deve enviar a ordem de

pagamento (ou cheque) ao exterior, pagando ao beneficiário no mesmo dia.

· Pronta: em até 2 dias úteis da data da contratação

· Futura: limitada a data de vencimento do compromisso no exterior

Cancelamento: Nos casos em que o processo não estiver de acordo com as

normas para a liquidação e respectivo pagamento no exterior, o banco devolve a

moeda nacional e os documentos apresentados e cancela o contrato

celebrado.Exemplos: faltando documentos, antes do vencimento, não houve a entrega

da moeda nacional(reais) e outros.

Baixa: Nos casos em que não houver consenso para o cancelamento, podem os

bancos proceder a baixa do contrato de sua posição cambial. A baixa na posição

cambial representa simples operação contábil interna dos bancos e portanto, e implica

a rescisão unilateral do contrato.

26

Page 27: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

Tipos de Contratos de Câmbio e suas Aplicações:

Exportação - Tipo 01

Importação - Tipo 02

Transferências Financeiras do/para o Exterior

Tipo 03 - Compras

Tipo 04 - Vendas

Operações de Câmbio entre Instituições, entre Departamentos e de Arbitragens

(não se utiliza contrato de câmbio)

Tipo 05 - Compras

Tipo 06 - Vendas

Alteração de Contrato de Câmbio

Tipo 07 - Compras

Tipo 08 – Vendas

Cancelamento de Contrato de Câmbio

Tipo 09 - Compras

Tipo 10 – Vendas

Natureza de Operação

Os contratos de câmbio são codificados por uma série de números, conhecida

por natureza de operação, que é composta da seguinte forma:

Exemplo 15002.85.0.93.90

15002 – a natureza do fato que origina a operação de câmbio;

85 – é natureza do cliente comprador/ vendedor da moeda estrangeira;

27

Page 28: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

0 – indicação relativa à existência de aval do Governo brasileiro, concedido

diretamente pela União, ou por conta desta, bem como relativa a condução da

operação dentro do CCR;

93 – natureza do pagador/ recebedor no exterior;

90 – identificação do grupo ao qual pertence a operação.

28

Page 29: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

MÓDULO II – Contratação e Cálculo das Operações

14. ROTEIRO PARA CONTRATAÇÃO DE EXPORTAÇÃO

O pagamento de uma Exportação deve ser processado mediante:

Ordem de Pagamento: Importador efetua o crédito do valor em moeda

estrangeira na conta do banqueiro brasileiro no exterior.

Traveller Checks/Cheques/Espécie : Entrega pelo Exportador da Moeda

Estrangeira ao banqueiro brasileiro.

CONTRATAÇÃO DE CÂMBIO

A antecipação máxima permitida com relação ao embarque é 360 dias.Neste

caso o Exportador deverá ter a certeza de que poderá realizar a exportação (embarque

de mercadorias).

O prazo máximo é de 180 dias a partir da data do Conhecimento de Embarque,

limitado ao 20º dia seguinte ao recebimento do valor em Moeda Estrangeira.

15. ACC/ACE

ACC - Adiantamento sobre Contratos de Câmbio: É o adiantamento em moeda

nacional concedido pelo Banco previamente ao embarque da mercadoria. Deve ter

como objetivo principal a sua utilização dirigida ao apoio financeiro às exportações.

Celebrado o Contrato de Câmbio, o ACC poderá ser concedido (total/parcial) a

qualquer tempo, a critério das partes. O prazo máximo é de 360 dias.

29

Page 30: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

ACE - Adiantamento sobre Cambiais Entregues: Poderá ser concedido ao

exportador por conta de contratos de câmbio em que já tenha ocorrido a entrega dos

documentos ao Banco (embarque das mercadorias).O prazo máximo é de 180 dias.

Contratação de Cambio,

15.1 - Antes do Embarque:

Antecipação máxima até 360 dias .

15.2 - Após o Embarque:

Prazo máximo de 180 dias.

Adiantamento Sobre o Contrato de Câmbio,

Celebrado o contrato de câmbio, o adiantamento pode ser concedido a qualquer

tempo, a critério das partes.

Prazo de Entrega dos Documentos de Embarque

Deve ser entregue até o 15° dia seguinte ao embarque, respeitando, quando for

o caso, a data pactuada no contrato.

Alteração do Contrato de Câmbio,

Podem ser processadas alterações do contrato de câmbio de exportação, por

consenso das partes contratantes, com exceção do valor, moeda, taxa, nome e CNPJ

do comprador e do vendedor da ME.

"PRICING": Libor + "Spread".

"Spread" dependerá de :

· prazo do ACC / ACE.

· relacionamento com o cliente / risco de crédito.

30

Page 31: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

· disponibilidade e custo de linhas externas.

· montante da operação.

RISCOS:

a.cambial;

b.performance;

c. inadimplência do importador;

d. remessibilidade dos recursos (risco país): ex: Moratória/Centralização

câmbio.

FLUXO:

1.Fechamento do contrato de câmbio

2. Funding em US$

3. Venda dos US$

4. Recebimento dos R$ provenientes da venda dos US$

5. Adiantamento dos R$

6. Embarque

7. Pagamento do principal

8. Pagamento dos juros do ACC

9. Pagamento dos juros do Funding

31

IMPORTADORBANCO

CORRESPONDENTE

ExteriorBrasil

9 26

7

BANCO

BRASIL

MERCADO

INTERBANCÁRIO

EXPORTADOR

1

3 4

5

8

Page 32: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

POR QUE OS CLIENTES FAZEM ACC / ACE:

· Porque necessitam de capital de giro e desejam tomar recursos em US$, pagando

Libor + "Spread", este financiamento é considerado o custo mais baixo entre

outras alternativas.

· Porque têm ativos em US$ e passivos em R$ e desejam estar "hedgeados" (na

hipótese do cliente fazer o ACC para capital de giro).

· Apesar de terem "caixa", desejam arbitrar a taxa internacional com a taxa local.

ONDE O BANCO OBTÉM SEU GANHO NO ACC/ACE:

a. Spread na alocação de linha externa, ou captação de outros bancos no exterior,

casando o prazo da captação com o prazo do ACC.

b. fechamento do câmbio.

c. Lembrar que o ACC/ACE é a forma mais barata de captação, pois é uma linha de

trade e não possui nenhuma forma de tributação.

Prorrogação De Prazo,

Entrega dos documentos:

· Pode ser concedida 20 dias após o vencimento do prazo de entrega dos

documentos, com carta dirigida ao Banco;

· O prazo decorrido somado à prorrogação não deve ultrapassar 360 dias para

ACC e 180 dias para ACE, contados da data do fechamento de câmbio;

· Esgotado o prazo, o contrato deve ser cancelado ou baixado nos 20 dias (ACC) e

30 dias (ACE) seguintes ao do vencimento;

· Excepcionalmente, caso o prazo original ou prorrogado na ACC seja de 360 dias

a partir da contratação e na ACE seja de 180 dias a partir do embarque, pode-se

32

Page 33: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

prorrogá-los por mais 30 dias no máximo. Acima disto somente sob autorização

prévia do Banco do Banco Central.

Para liquidação depois do embarque

· O prazo da prorrogação, acrescido ao já decorrido, não pode ultrapassar 180

dias, sem prejuízo de trânsito de 10 dias;

· Formalização nos 30 dias seguintes após o vencimento, mediante apresentação

pelo exportador, ao Banco, de manifestação de concordância do importador com

o pagamento dos juros devidos pelo período da prorrogação, apurados com base

na Libor + Spread.

Liquidação de Câmbio

Com crédito em conta:

Caso a operação seja a prazo, somar prazo da entrega dos documentos + prazo

das letras + 15 dias de trânsito.

Com entrega em títulos e valores ou "Carta de Crédito":

Até 10 dias contados da data da entrega dos documentos em ordem pelo

exportador ao Banco.

Com entrega em espécie ou em cheques de viagem:

Deve ser providenciada no próprio dia do seu recebimento pelo Banco.

Cancelamento do Contrato (Ação Bilateral)

Letras a entregar:

Até o 20° dia após o vencimento do prazo para entrega dos documentos.

Letras entregues:

33

Page 34: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

Até o 30° dia contados do vencimento do prazo para liquidação, atendida

uma das seguintes condições:

· início de ação judicial contra o devedor no exterior;

· retorno ao País da mercadoria exportada, estando o correspondente

desembaraço vinculado ao RE;

· redução do preço da mercadoria embarcada, com anuência do DECEX;

· será dispensável o início da ação judicial no exterior para operações de até

US$ 30 Mil por embarque;

· importador em concordata ou falência;

· guerra, revolução ou similar.

Baixa de Contrato de Câmbio (Ação Unilateral)

Letras a entregar

· Quando não for possível a prorrogação ou o acordo entre as partes,

condicionada ao protesto do contrato.

· Caso não tenha ocorrido o embarque das mercadorias, a baixa deverá

ocorrer no máximo em 20 dias.

Letras entregues

· Caso a mercadoria tenha sido embarcada, a baixa deverá ser processada

no prazo máximo a partir de 30 dias a partir do vencimento para liquidação,

desde que tenha sido iniciada ação judicial contra o devedor no exterior.

34

Page 35: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

· Ocorrendo o pagamento da exportação, o contrato de câmbio baixado deve

ser imediatamente liquidado.

16. TRAVA DE CÂMBIO - EXPORTAÇÃO

Ocorre quando o Exportador fecha o Câmbio e não toma adiantamento (ACC ou

ACE).A entrega da moeda nacional ao exportador somente é efetuada por ocasião da

liquidação da operação. Para compensar o exportador, o banco paga um “prêmio”.

17. ROTEIRO PARA CONTRATAÇÃO DE IMPORTAÇÃO

Mercadoria sujeita a Licenciamento Prévio ?

SIM NÃO

L.I

Prazo de pagamento superior a 360 dias ?

SIM NÃO

ROF

Embarque

Fechamento de Câmbio ou Financiamento de

Importação

35

Page 36: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

INTRODUÇÃO

Em 1993, o Banco Central do Brasil instituiu o SISCOMEX, ou seja, um sistema

integrado com Receita Federal e Departamento de Comércio Exterior(Decex). Todas

as autorizações e procedimentos serão acessados eletronicamente, eliminando “ Guia

de Importação papel”, “Declaração de Importação papel”, etc.

A Guia de Importação foi extinta e passamos ,então, a ter dois tipos de

licenciamento:

· Licenciamento Não-automático;

· Licenciamento Automático.

Prazos para Contratação do Câmbio

As operações de câmbio destinadas ao pagamento de importações brasileiras

podem ser celebradas para liquidação pronta e futura.

O prazo máximo admitido entre a contratação e liquidação do câmbio é de 360

dias.

O prazo máximo admitido para antecipação do pagamento da importação é de

180 dias em relação ao embarque.

Documentação exigida para fechamento de Câmbio

Pagamento Antecipado

O importador deve apresentar ao banco vendedor , a fatura proforma, contrato

mercantil ou documento equivalente, em que estejam previstos os valores, condições e

prazo previsto para embarque.Caso se trate de mercadoria sujeita a licenciamento

não automático, o importador deverá apresentar a respectiva L.I ao banco.

36

Page 37: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

Quando o embarque ocorrer, será feita a vinculação do contrato de câmbio

(remessa de divisas) a D.I ( entrada de mercadorias).

Pagamento à Vista

Pagamento à vista é aquele efetuado antes do desembaraço aduaneiro das

mercadorias, mas após o embarque das mesmas. O importador deverá apresentar ao

banco negociador do câmbio:Cópia da Fatura Comercial,Cópia do Conhecimento de

Embarque e L.I, se necessário .A vinculação entre o pagamento à vista e a D.I deve

ocorrer até 60 dias após ao importador efetuar qualquer pagamento sem apresentação

da C.I.

Pagamento a Prazo

Até 360 dias: pagamento a prazo é aquele em que o vencimento no exterior

ocorre até “n” dias da data do embarque. Entretanto, atualmente na legislação

brasileira, o fechamento de câmbio desta obrigação deverá ocorrer conforme as

normas regulamentares de antecipação. A empresa deverá apresentar ao banco Cópia

do Comprovante de Importação (C.I.)

ROF - Registro de Operação Financeira

Quando o prazo final para pagamento da importação for superior a 360 dias, o

importador registra no sistema o seu pedido e o sistema aprova ou não o R.O.F. Não

é enviado ao Bacen o processo para análise e emissão.

18. TRAVA DE CÂMBIO - IMPORTAÇÃO (CÂMBIO FUTURO)

É possível contratar uma operação de câmbio para liquidação futura,

observando-se as devidas limitações impostas pelo Banco Central do Brasil, nas

seguintes hipóteses:

18.1 - Operações de Importação:

• Permitida para qualquer natureza de operação.

37

Page 38: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

• Prazo máximo de 360 dias entre a contratação e a liquidação do câmbio.

18.2 - Operações de Exportação:

• Permitida para qualquer natureza de operação.

Prazo máximo de 540 dias entre a contratação e a liquidação do câmbio

18.3 - Operações Financeiras de Câmbio – Venda:

• Permitida para qualquer natureza de operação.

• Prazo máximo de 60 dias entre a contratação e a liquidação do câmbio.

18.4 - Operações Financeiras de Câmbio – Compra:

• Apenas as operações passíveis de registro no FIRCE do Banco Central

(exemplos: empréstimo e investimento).

• Prazo máximo de 60 dias entre a contratação e a liquidação do câmbio.

A liquidação pode ocorrer antes do vencimento previsto na documentação,

apenas mediante a entrega da moeda estrangeira pelo pagador no exterior.

CARACTERÍSTICAS

Estas operações podem ser negociadas com ou sem a entrega de reais na

contratação do câmbio.

Nas operações de compra ( Exportação e Financeira Compra), caso a empresa

não tenha necessidade de caixa, ou seja, não tenha interesse em receber os reais

antecipadamente, ela pode contratar o câmbio, não receber os reais e negociar um

prêmio com o banco.

38

Page 39: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

Nas operações de venda ( Importação e Financeiro Venda), caso a empresa

não possua reais para entrega no ato do fechamento do câmbio, a entrega dos reais

pode ocorrer até 1(dia) útil antes da liquidação da operação, pagando ao banco a

remuneração destes recursos.

Impactos Fiscais

• Rentabilidade : a empresa pode beneficiar-se das altas taxas de juros do

mercado brasileiro (diferença entre a aplicação local versus captação

externa) e dos momentos de alta da taxa do dólar (Coupom Cambial).

• Base tributária: não há incidência de IOF/IOC,

• CPMF: se a empresa tomar os reais do ACC/ACE e aplicar em qualquer

produto haverá um débito em sua c/c e consequentemente a incidência do

CPMF. Na Trava, não há movimentação na c/c da empresa.

19. TRANSFERÊNCIA INTERNACIONAL DE REAIS (TIR)

CONCEITO

A Transferência Internacional de Reais é um mecanismo que possibilita a

remessa de Reais para o exterior e a conversão destes para dólares e vice-versa. Este

instrumento pode ser utilizado para remessas com diversas finalidades, mas

atualmente as naturezas mais aplicadas são: Disponibilidade de Recursos Próprios no

Exterior e Empréstimos.

39

Page 40: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

ESTRUTURA – TIR IN

Para possibilitar a remessa descrita, é necessário utilizar, no Brasil, uma conta

de um banco não-residente.

1) A empresa no exterior entrega dólares para Banco e através de uma carta

modelo, solicita que sejam convertidos os US$ para R$ e que deposite os R$ na conta

da empresa brasileira.

2) Para fechar o câmbio, o Banco vende os dólares no mercado interbancário.

2.1) O Banco faz a conversão e entrega reais na conta CC5 do banco no Brasil.

3) CC5 no Brasil transfere os reais para a conta da empresa brasileira,

conforme indicado na carta modelo* entregue pelo cliente.

*Necessariamente estas cartas serão assinadas pela remetente e deverá conter

“de acordo” da empresa brasileira.

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Page 41: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

ESTRUTURA TIR OUT

1) A empresa brasileira entrega reais para conta CC5 através de uma carta

modelo, solicita a transferência dos recursos e indica a natureza da operação.

2) CC5 recebe Reais e uma carta da empresa brasileira solicitando a conversão

dos Reais para Dólares.

2.1) Banco faz a conversão mercado interbancário.

3) Banco entrega dólares ao beneficiário.

PÚBLICO ALVO

O público alvo desta transação são subsidiárias de multinacionais, empresas

brasileiras com representação no exterior, pessoas físicas ou jurídicas que queiram

aplicar no exterior, constituir empresas ou administrar recursos.

CARACTERÍSTICAS

41

Page 42: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

· As contas de não residentes são conhecidas como Contas CC5, e estão sujeitas a

algumas regras específicas. Para viabilizarmos estas operações, utilizamos a conta

CC5 de uma subsidiária localizada no exterior.

A Circular 2677 de 10/04/1996 do Banco Central do Brasil é que regulamenta as

Transferências Internacionais de Reais. A mesma determina que, transferências de

recursos, envolvendo residentes e não-residentes no Brasil, de valores iguais ou

superiores a R$ 10.000,00 (dez mil reais) , deverão ser classificadas e registradas no

Sisbacen (Sistema do Banco Central do Brasil).

Aspectos fiscais

- CPMF : Incide quando os recursos transitam pela conta de não-residente do

Banco (CC5), tanto na internação quanto na remessa de recursos. Na internação,

temos a incidência de uma CPMF da conta CC5 e na saída temos duas CPMFs, sendo

uma da conta CC5 e outra da conta corrente do cliente.

- IOF: Na remessa não há incidência da IOF. Na internação atualmente a

alíquota é 0%.

- IR no mútuo para o Brasil: alíquota de 15% (17,65% reajustado) ou 25%

(33,33% reajustado) dependendo do país do credor, aplicada sobre os pagamentos de

juros ao exterior.

- IOC no mútuo para o exterior: alíquota de 0,0041% a.d., limitado a 1,5%

incidentes apenas no primeiro ano.

- IR na prestação de serviços: 25% (33,33% reajustado).

Quando da remessa para pagamento de juros ou serviços ao exterior, é

obrigatória a apresentação do DARF ao banco, comprovando o recolhimento do IR

aplicável.

42

Page 43: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

NATUREZAS MAIS COMUNS

1) Disponibilidade de recursos no exterior (TIR-OUT)

Trata-se de transferência entre contas de mesma titularidade. Isso significa que,

para possibilitar a remessa, é necessário que o remetente dos recursos (brasileiro)

tenha uma conta em dólares (ou outra moeda conversível) no exterior de sua própria

titularidade.

A documentação para a operação são as cartas modelo de cada instituição

financeira de TIR-OUT . Para o retorno de disponibilidade são necessárias as cartas

modelos de TIR-IN.

2) Empréstimo do Brasil para o exterior (TIR-OUT)

A TIR-OUT é o único mecanismo que permite a realização de empréstimos do

Brasil para o exterior. Embora as condições da operação sejam livremente pactuadas

entre devedor e credor, a Receita Federal solicita a utilização de uma taxa de juros

mínima equivalente a Libor+3% a. a.

A documentação necessária para esta operação são as cartas de TIR-OUT e o

contrato de mútuo, em português e em inglês.

Os pagamentos de juros ou repagamento do principal do empréstimo serão

pagos via TIR-IN e a documentação necessária para estes casos são as cartas modelo

de TIR-IN, cópia do contrato de mútuo utilizado na saída, cópia da tela do registro da

saída dos recursos no Sisbacen e planilha com o cálculo dos juros devidos e parcelas

pagas e a pagar.

43

Page 44: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

3) Empréstimo do exterior para o Brasil

Em 22/02/2001, o Banco Central do Brasil divulgou a Circular n°3027, a qual

instituiu o registro prévio para todas as operações de empréstimo do exterior para o

Brasil e obrigou a abertura de conta de não-residente (CC5) no Brasil para o credor

externo. Vejam abaixo os novos procedimentos:

- A abertura de contas CC5 será analisada caso a caso.

- As contas CC5 serão abertas exclusivamente para cursar as operações de

TIR. Outros movimentos estarão bloqueados.

- Pela abertura/manutenção da conta é cobrado um fee ao ano, durante o

período em que a conta permanecer ativa.

- Para viabilizar a operação de TIR, será necessário que os recursos transitem

pela CC5 do cliente e pela CC5 do Banco, o que significa o acréscimo de uma CPMF

ao custo da operação de TIR. Portanto teremos 2 CPMFs na entrada e 3 CPMFs na

saída (incluindo o da conta corrente do devedor).

O fluxo para TIR desta natureza está sendo revisado face à novas orientações

do Banco Central.

Uma vez aberta a conta, já podemos dar início ao registro da operação:

- A empresa brasileira entrega ao banco cópia do contrato de mútuo e

procuração para o banco efetuar o registro da operação no ROF (Registro de

Operações Financeiras do Sisbacen). As empresas podem pedir autorização ao Bacen

44

Page 45: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

para ter acesso à transação que permite o registro de operações no ROF, mas a

maioria prefere utilizar o serviço de bancos e corretoras.

- O banco entra com os dados da operação no ROF e aguarda a aprovação do

Bacen, que pode ser automática ou levar até 5 dias úteis.

- Após a aprovação do Bacen a empresa estrangeira deve disponibilizar os

recursos em Moeda Estrangeira na conta do banco no exterior.

- Assim que confirmado o crédito, a operação já pode ser fechada.

Os pagamentos de juros e repagamento de principal serão realizados via TIR-

OUT e a documentação necessária são as cartas de TIR-OUT, cópia do contrato de

mútuo utilizado na internação, planilha com o cálculo dos juros devidos , n° do ROF e

tela do registro do ingresso dos recursos no Sisbacen.

OBS.: As operações de pagamento de juros e/ou repagamento de principal cujo

ingresso ocorreu anteriormente à 01/03/2001 somente serão possíveis após o registro

do ingresso dos recursos no ROF e abertura da conta CC5.

4) Pagamento de Importação em Reais

A regulamentação atual permite que empresas brasileiras realizem os

pagamentos de suas importações em Reais. Tal remessa deve ser efetuada via TIR,

através da conta de não-residente (CC5) do banco no exterior.

O fato de o importador poder ter o passivo registrado em Reais, saindo do risco

da variação cambial, capacita a matriz, ou exportador sem vínculo, poder acessar o

mercado de hedge de forma mais competitiva no mercado internacional.

A documentação necessária para a remessa é a mesma que seria utilizada para

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Page 46: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

um pagamento de importação a prazo em Moeda Estrangeira:

- Faturas

- Conhecimento de embarque;

- LI (Licença de Importação) - se aplicável;

- DI (Declaração de importação), constando como importação sem cobertura

cambial (CNC cap. 6, item 13)

IMPORTANTE: Todos os documentos citados acima deverão ter seus valores

expressos em Reais.

Além dos documentos acima citados, a empresa brasileira deverá entregar ao

Banco as cartas modelo de TIR para pagamento de importação.

Outras Naturezas

- Pagamento de dividendos

- Aumento/Redução de capital

- Pagamento de serviços

- Investimento brasileiro no exterior

- Investimento estrangeiro no Brasil

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Page 47: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

MÓDULO III – OPERAÇÕES DE TRADE FINANCE

EXPORTAÇÃO

20.PRÉ PAGAMENTO DE EXPORTAÇÃO

Financiamento feito ao exportador anteriormente ao embarque das mercadorias.

CARACTERÍSTICAS

· Existe o fechamento e liquidação do câmbio até 48 horas ( Câmbio Pronto).

· Flexibilidade de embarcar até 360 da data do fechamento / liquidação do

câmbio.

· Operações de pré-pagamento acima de 360 dias poderão ser realizadas

desde que previamente autorizadas pelo Bacen - Regional através de emissão de

ROF (Registro de Operações Financeiras).

Visualização:

Nota.: D+n = prazo máximo permitido para a operação

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Page 48: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

FLUXO

1. Assinatura do Contrato de Pré-Pagamento com o Banco

2. Fechamento do Contrato de Câmbio e recebimento dos R$ pelo

exportador

3. Embarque das mercadorias

4. Pagamento do Principal

5/5 A. PAGAMENTO DOS JUROS DO FUNDING ATRAVÉS DO FECHAMENTO DE CÂMBIO

VANTAGENS DO PRODUTO

CLIENTES:

· Necessitam de capital de giro e desejam tomar recursos em dólar, pagando Libor

+ Spread, por considerarem o custo mais baixo entre outras alternativas.

· Têm ativos em US$ e passivos em R$ e desejam estar "hedgeados".

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Page 49: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

· Desejam arbitrar a taxa internacional com a taxa local.

BANCO:

a. Oportunidade de atender as necessidades de financiamento dos clientes.

b. Ganho no spread negociado, no fechamento de câmbio e na cobrança ao exterior.

"PRICING" = LIBOR + "SPREAD"

O "Spread" dependerá de :

· prazo do pré-pagamento.

· relacionamento com o cliente/ risco de crédito.

· disponibilidade e custo de linhas externas.

· montante da operação.

· esquema de repagamento (quanto > o número de parcelas, > o trabalho

operacional, > o spread)

EXEMPLO

· Cliente exportador deseja um pré-pagamento de US$ 5MM por 180d.

· Libor para 6m = 3,35% a.a.

· Spread = 2% a.a.

· Custo = 5,35% a.a.

Montante = 5000M x ( 1 + 5,35x 6 ) = 5.133,75M

12 x 100

DOCUMENTAÇÃO

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Page 50: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

“Brazilian Pre-Export Financing Agreement” - Deve ser assinado entre a Funding

Unit e o exportador.

Pedido de Desembolso - “Disbursement Request” - Deve ser confeccionado pelo

exportador

Nota Promissória - “Promissory Note” - Deve ser confeccionado pelo exportador,

pelo valor da linha e pagável à vista, o que permite ao Banco acionar a NP a

qualquer momento, caso haja necessidade

Carta de Fiança - Deve ser confeccionada pelo exportador garantindo o crédito

do(s) importador(es)

Carta de Fiança (quando aplicável) - Deve ser confeccionada pelo Banco garantidor

(quando houver), garantindo todas as obrigações assumidas pelo exportador (tanto

no Brazilian Pre-Export Financing Agreement, quanto na Carta de Fiança). Utilizada

nos casos em que o exportador não tiver crédito disponível junto ao banco no

Brasil.

Nos embarques (para remessa ao exterior):

Fatura

Conhecimento de embarque (Saque)

Saque

RISCOS

a. exportador não produz/ embarque:

· risco de produção (ex.: geada)

· risco de performance (ex.: especificação não atendida)

· inadimplência

b. importador não pague.

c. técnico = documentação (o banco é responsável pela checagem dos documentos)

d. remessibilidade de recursos (risco país).ex.: moratória.

50

Page 51: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

e. confisco, expropriação ou alienação da mercadoria

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Page 52: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

21. BNDES-EXIM

Trata-se de um programa oficial de financiamento ao exportador brasileiro, na

fase pré-embarque e pós-embarque, para a fabricação e exportação dos bens e

serviços, com recursos do BNDES-exim, por meio de repasse de Instituição

Mandatária ou Garantidora

COMO FUNCIONA

O Banco atua como Banco Mandatário ou como Banco Agente (Garantidor). O

Banco Mandatário não tem responsabilidade quanto ao repagamento dos valores

devidos pelo Beneficiário, ou seja não corre risco de crédito. Neste caso, o Banco é

apenas responsável pelo repasse dos valores devidos e prestação de serviços

referentes à documentação de exportação envolvida.

O banco poderá também atuar como Banco Agente (Garantidor). Neste caso, o

banco será responsável pelo pagamento dos valores devidos pela creditada, ou seja,

corre risco de crédito do exportador.

O BNDES – exim oferece três programas de financiamento às exportações

brasileiras: Pré Embarque Especial, Pré Embarque Tradicional e Pós Embarque.

Por se tratar de uma linha que tem a finalidade de incrementar / incentivar as

exportações brasileiras, não há a incidência de tributação de IOF e IR. Existe apenas

a incidência da CPMF no repasse dos recursos.

Pré – Embarque Especial

O objetivo deste programa é financiar, na fase pré – embarque, a produção

nacional de bens a serem exportados, sem a vinculação com embarques específicos,

em condições compatíveis com o mercado.

52

Page 53: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

O valor do financiamento é limitado ao aumento (incremento) das exportações a

serem realizadas nos 12 meses seguintes ao pedido de financiamento (período de

incremento),tomando – se por base o total das exportações realizadas nos 12 meses

anteriores (período base).

O valor do incremento será projetado pelo Exportador e aprovado pelo BNDES,

e será calculado com base no diferencial (em peso ou volume) das exportações

efetuadas no período base e daquelas pretendidas no período de incremento,

multiplicado pelo preço médio das exportações no período base.

Prazo

O prazo total da operação será de 12 meses contados da assinatura do

contrato, podendo ser estendido, a critério do banco, para até 30 meses,

exclusivamente para a parte do incremento comprovadamente realizada, com

esquema de amortização flexível mas com média do período de amortização no 24º

mês.

As exportações efetuadas serão comprovadas através de dados oficiais da

Secretaria de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e

Comércio Exterior.

Encargos

Custo Total = Custo BNDES ( juros BNDES –exim) + Spread de Risco

Custo BNDES: Libor ou TJLP + 20% (Spread Básico)

Para a parte do valor incrementado, financiado pelo BNDES – exim,

comprovadamente realizada, atendidas as demais condições contratualmente

pactuadas, o Spread Básico será reduzido para 1% a.a., 2% a.a., 2,5% aa,

53

Page 54: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

dependendo das mercadorias embarcadas e do porte de cada empresa (faturamento

bruto anualizado).

Fluxo

1. O exportador, por intermédio do Banco envia a Consulta Prévia solicitando

aprovação da operação ao BNDES.

O BNDES aprova a operação e envia a Carta Autorização para o exportador com

cópia para o Banco;

2. O exportador formaliza a operação com o Banco e solicita a liberação dos

recursos enviando o PL e a PACEX ao BNDES;

O BNDES desembolsa os recursos ao Exportador através de repasse pelo Banco;

3. O Exportador realiza as suas exportações;

4. No final da operação o exportador elabora o relatório de acompanhamento,

comprovando a performance das suas exportações ao BNDES e liquida as suas

54

Page 55: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

obrigações financeiras ou solicita a extensão de prazo para o equivalente à

parcela do incremento

Pré Embarque Tradicional

O objetivo deste programa é financiar a produção de bens para a exportação

que já tenham a sua venda previamente negociada.

Condições do Financiamento

O BNDES pode financiar até 100% do valor FOB das exportações a serem

realizadas.

Prazo

O prazo de financiamento será determinado em função do ciclo de produção do

bem a ser exportado, podendo ser no máximo de 30 meses, não podendo o último

embarque ultrapassar 24 meses da data de liberação, sendo que a data limite para

liquidação será o 6º mês a contar da data do embarque ou 5 dias úteis após o

fechamento do câmbio, o que ocorrer primeiro.

A liberação será feita em uma parcela única quando o embarque for de até 12

meses, para prazos superiores os recursos serão liberados conforme cronograma de

embarque.

Encargos

Custo Total = Custo BNDES + Spread de Risco

Custo BNDES: Libor ou TJLP(*) + 1% a.a., 2%aa, 2,5% aa, conforme acima

mencionado (Spread Básico).

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Page 56: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

Spread de Risco: A ser negociado entre o beneficiário (Exportador) e a

Instituição Garantidora.

FLUXO

1. O exportador, por intermédio do Banco envia a Consulta Prévia solicitando

aprovação da operação ao BNDES.

O BNDES aprova a operação e envia o Certificado de Enquadramento para o

exportador com cópia para o Banco;

2. O exportador formaliza a operação com o Banco e solicita a liberação dos

recursos enviando o PL e a PACEX ao BNDES;

3. O BNDES desembolsa os recursos ao Exportador através de repasse pelo Banco;

4. O Exportador embarca as mercadorias ao Importador;

5. O Importador efetua o pagamento ao Exportador conforme instrução de

pagamento do exportador;

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Page 57: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

6. O Exportador fecha o câmbio e solicita que o Banco repasse os valores ao

BNDES para liquidação da operação.

Neste caso, não há a obrigatoriedade do fechamento do contrato de câmbio ser

celebrado com o mesmo Banco.

Pós Embarque

O programa consiste no financiamento da exportação de mercadorias já

embarcadas, através do desconto de títulos de crédito (Letras de Câmbio ou Nota

Promissória) ou da cessão dos direitos creditórios de uma Carta de Crédito.

Condições do Financiamento

Poderá ser financiado até 100% do valor exportado em qualquer INCOTERM.

Nesta modalidade o Banco atua apenas como Agente Mandatário, ou seja, não

existe risco de crédito do cliente junto ao banco. Para isto, o BNDES exige que as

operações sejam garantidas por aval, fiança bancária ou Carta de Crédito, emitidos por

instituições financeiras com limite de crédito pré aprovado pelo BNDES ou autorizadas

a operar no âmbito do CCR.

Os recursos provenientes desta operação poderão ser utilizados para liquidar

totalmente ou parcialmente uma operação de Pré Embarque Tradicional.

Prazo

O prazo máximo de financiamento é de 12 anos, não podendo ultrapassar o

fixado no Registro de Crédito (RC) do SISCOMEX. No caso de exportações de bens, o

prazo da operação será contato a partir da data do embarque destes e, no caso de

exportação se serviços, o início da contagem será definido em função das

características de cada operação.

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Page 58: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

Quaisquer prazos superiores a 12 anos, depende de prévia aprovação do CCEx

– Comitê de Crédito à Exportação, com fórum em Brasília (DF).

Encargos

Custo Total = Custo BNDES + Spread do Agente

Fluxo

1. O exportador, por intermédio do Banco, solicita aprovação da operação ao

BNDES.

O BNDES aprova a operação e envia o Certificado de Enquadramento para o

exportador c e uma cópia para o Banco;

2. O Exportador embarca as mercadorias ao Importador;

3. O exportador desconta a LC / Saques / NP junto ao BNDES recebendo os

recursos à vista;

4. No vencimento, o Importador através de um banco no exterior efetua o

pagamento diretamente ao BNDES por intermédio do Banco;

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Page 59: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

Neste caso o câmbio é obrigatoriamente fechado pelo mesmo Banco;

CLIENTE ALVO

Pessoa jurídica constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e

administração no país, exportadora (i) de bens de fabricação própria; ou (ii) de bens

fabricados por empresas do mesmo grupo econômico.

DOCUMENTAÇÃO

Apresentação dos formulários padrão exigidos pelo BNDES

Formalização do Contrato de Abertura de Crédito Fixo, celebrado entre o Banco e o

exportador (Pré-Embarque Tradicional e Pré-Embarque Especial)

Celebração do Contrato de Cessão de Direitos Creditórios da L/C entre exportador

e BNDES (Pós-Embarque)

22. PROEX

Programa governamental de incentivo às exportações brasileiras, na fase pós-

embarque, que propicia ao exportador brasileiro negociar com seus clientes no exterior

prazos e linhas de financiamentos em condições compatíveis com as praticadas no

mercado internacional, através da equalização das taxas de juros.

A equalização é um índice percentual anual, determinada em função do prazo

do financiamento e a natureza do produto ou serviço exportado, e é paga ao banco

financiador através da emissão de NTN – I, Notas do Tesouro Nacional série I.

COMO FUNCIONA

O exportador solicita a aprovação da operação ao Banco do Brasil através do RC,

Registro de Crédito.;

Após a aprovação do RC, o exportador embarca as mercadorias;

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Page 60: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

O exportador encaminha ao Banco Agente os seguintes documentos;

Fatura comercial

Conhecimento de Embarque

RE, Registro de Exportação;

Letras de Câmbio devidamente aceitas pelo importador;

Cópia do contrato de câmbio;

Após a conferência de toda a documentação envolvida, o Banco Agente solicita ao

Banco do Brasil a emissão da NTN-i através do Pedido de Equalização;

O quadro a seguir exemplifica algumas das mercadorias elegíveis para

programa e seus respectivos prazos máximos de equalização

O percentual de equalização é definido segundo o prazo cujo a mercadoria é

enquadrada para o programa, conforme quadro abaixo:

PRAZO %

EQUALIZAÇÃO

1 a 2 anos 1,10%

2 a 3 anos 1,20%

3 a 4 anos 1,30%

4 a 5 anos 1,50%

5 a 6 anos 1,70%

6 a 7 anos 1,90%

7 a 8 anos 2,10%

9 a 10 anos 2,50%

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Page 61: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

CLIENTE ALVO

Pessoa jurídica constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e

administração no país, exportadora (i) de bens de fabricação própria; ou (ii) de bens

fabricados por empresas do mesmo grupo econômico.

EXEMPLO DE OPERAÇÃO

Dados da operação:

Valor da operação de financiamento: US$ 4 milhões

Prazo: 2 anos

Amortização de principal: semestral

Juros: semestrais

Taxa de equalização: 1.1% a.a.

Valor equalizável da operação: 85% do valor exportado

Apuração do valor líquido do índice de equalização:

1,1%a.a. x 85%= 0,935%a.a. // 0,935%a.a. x (360/365) = 0,9221% a.a.

Saldo

Devedor

(USD)

Índice de

Equalização

Total da

Equalização

1º Semestre 4.000.000 0,9221% 18.442

2º Semestre 3.000.000 0,9221% 13.832

3º Semestre 2.000.000 0,9221% 9.221

4º Semestre 1.000.000 0,9221% 4.610

Total 46.105

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Page 62: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

5. FLUXO

1. O exportador solicita ao Banco a elaboração do RC - Registro de Crédito;

O Importador e Exportador fecham o acordo comercial

O Exportador embarca as mercadorias ao importador,

2.a Supplier’s Credit

O Exportador negocia, através do Banco Agente, com banqueiro no exterior a

venda dos saques com expressa dispensa do direito de regresso sobre o Brasil e

recebe os recursos à vista;

2.b Buyer’s Credit:

O importador e o banco no exterior formalizam a linha de financiamento

O banqueiro financiador no exterior, mediante o recebimento dos documentos de

embarque, envia ordem de pagamento ao exportador;

3. O Banco, na qualidade de Banco Agente da operação, realiza a conferência de

todos os documentos de embarque, emite os formulários padronizados do

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Page 63: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

Programa referente a cada embarque e solicita a emissão junto ao Banco do

Brasil das NTN (títulos representativos do pagamento da equalização).

4. Quando do recebimento da equalização (resgate das NTN), o Banco remete a

parcela devida ao Banqueiro Financiador do importador no exterior, deduzindo

sua comissão de agenciamento.

DOCUMENTAÇÃO

RC, aprovado

Apresentação de cópia dos documentos de embarque (B/L, Fatura)

Cópia do documento que evidencia o financiamento (Saque aceito, NP)

Cópia do Contrato de Câmbio

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Page 64: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

MÓDULO IV – OPERAÇÕES DE TRADE FINANCE

IMPORTAÇÃO

23. FINANCIAMENTO À IMPORTAÇÃO

Financiamento concedido para aquisição de bens e mercadorias procedentes de

outros países.

MODALIDADES

Supplier's credit - financiamento concedido pelo exportador

AcordoComercial

Embarque(BL)

Pgto. doImportadorao Exportador

Financiamento do fornecedor (Cambial)

Data de iníciodo Financiamento

Buyer's credit - financiamento concedido por banqueiro externo

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Page 65: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

PÚBLICO ALVO

Empresas importadoras que desejam ampliar o prazo de

pagamento de suas importações.

CARACTERÍSTICAS

Operações com prazos superiores a 360 dias:

É obrigatório efetuar registro das operações junto ao Banco Central do Brasil

antes do desembaraço da mercadoria ou desembolso no exterior. O registro é obtido

através do ROF - Registro de Operações Financeiras, documento “eletrônico” que

substituiu o Certificado de Registro.

O desembolso das operações deverá ser concedido sempre após a vinculação

da Declaração de Importação ao ROF.

Pricing = LIBOR (do período) + "SPREAD"

Riscos:

· inadimplência (comercial)

· risco político:

EXEMPLO DE FINANCIAMENTO A IMPORTAÇÃO (BUYER'S CREDIT)

Quando o importador faz financiamento à importação (supplier's), ou tem que

efetuar pagamento à vista, contra apresentação de documentos, e não tem "caixa"

para pagar ao exportador na data, contrata um buyer's credit (o exportador lá fora

recebe do banco estrangeiro e o BanK Funding Unit fica credor).

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Page 66: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

POR QUE OS IMPORTADORES FAZEM O FINANCIAMENTO A

IMPORTAÇÃO?

a. Necessidade de capital de giro (avaliando mercado internacional. x mercado local)

b. Arbitrar com o mercado local ( casado ou não).

EXEMPLO

Cliente quer um financiamento a importação por 360 dias no valor de US$

15MM.

Libor de 12m = 3,12% a.a.

Over libor = 3,5 % a.a.

Taxa total = 6,62% a.a.

Cálculo do valor de juros: (15.000 M x 6,62 x 360)/ 36.000 = US$ 993 M

Imposto de Renda – Finimp Puro (à alíquota de 15%) = US$ 148,95 M

(recolhido em reais através de DARF)

Imposto de Renda – Finimp Repasse (à alíquota de 17,6471%) = US$ 175,24 M

(recolhido em reais através de DARF)

BUYER’S CREDIT - FINIMP PURO

Trata-se de uma linha de crédito concedida, por uma instituição financeira

localizada no exterior, diretamente à uma empresa importadora, por prazo

determinado, a fim de financiar a aquisição de produtos originários do exterior.

Durante o prazo da linha concedida, o importador solicita que desembolsos

sejam feitos para pagamento a um ou mais exportadores no exterior.

As condições da operação são livremente pactuadas entre as partes, inclusive

taxa de juros e prazos de pagamento, e deverão estar expressas na Declaração de

Importação e aprovadas pelo Banco Central do Brasil, através da emissão do ROF

66

Page 67: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

(exclusivamente para os casos de longo prazo), condição necessária para que se

viabilize a remessa de todos os valores devidos ao credor no exterior (principal e

juros).

FLUXO

1. Embarque das mercadorias;

2. Contrato de abertura de linha de financiamento à importação (crédito ao

importador);

3. Pagamento ao exportador;

4. Fechamento do câmbio (principal + juros);

5. Remessa dos $ ao exterior (principal + juros).

CARACTERÍSTICAS

Custo Total para o cliente:

(LIBOR + Spread )* IR + Comissão Local sobre o valor do desembolso os quais

são sensíveis a sobretudo: risco de crédito do importador, prazo do financiamento,

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Page 68: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

montante da operação, risco político Brasil, disponibilidade de linhas e interesse no

relacionamento com o cliente.

Tributação:

· IR de 15% sobre o total de juros remissíveis

· Recolhimento do IR é de responsabilidade do importador

DOCUMENTAÇÃO:

· Contrato de Finimp

· Contrato de Prestação de Serviços (quando aplicável)

· Licença de Importação – LI (se houver)

· Fatura

· Conhecimento de Embarque

· Declaração de Importação

· ROF (quando aplicável)

BUYER’S CREDIT - FINIMP REPASSE

Trata-se de uma Linha de Crédito de Banco Estrangeiro a Banco localizado no

Brasil captada no exterior, cujos recursos serão repassados a empresas importadoras

com o objetivo de financiar a aquisição de produtos originários do exterior. O “Credor

Externo” estará assumindo o risco de crédito do Banco localizado no Brasil.

O "funding" para tal operação é obtido junto a uma de funding unit no exterior

que efetuará pagamentos aos exportadores no exterior única e exclusivamente a

pedido do Banco localizado no Brasil. Não existe limitação de prazos nessas

operações, porém operações com prazos superiores a 360 dias deverão,

obrigatoriamente, ser aprovadas previamente pelo Banco Central do Brasil mediante

Registro de Operações Financeiras - ROF.

As condições da operação são livremente pactuadas entre as partes e deverão

estar expressas na Declaração de Importação e ROF aprovados pelo Banco Central,

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Page 69: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

condição necessária para que se viabilize a remessa de todos os valores devidos ao

credor no exterior, ou seja, principal e juros.

FLUXO

1. Embarque de mercadorias;

2. Contrato de Finimp Repasse;

3. Linha de financiamento concedida para repasse de Bank Funding Unit para

Banco no Brasil;

4. Pagamento ao exportador;

NO VENCIMENTO DA OPERAÇÃO:

5. Entrega de reais, pelo importador, para pagamento de principal e juros;

6. Fechamento do câmbio pelo Banco, remessa (principal + juros) e recolhimento de

IR.

CARACTERÍSTICAS

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Page 70: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

FECHAMENTO DE CÂMBIO:

· Curto Prazo

O câmbio é contratado em nome do importador

O Banco pode prestar serviço de recolhimento do IR em nome do cliente

· Longo Prazo

O câmbio é contratado em nome do Banco brasileiro.

Por estar fechando o câmbio, o Banco se responsabiliza pelo recolhimento do

IR

Custo Total para o cliente: Libor + Remissível + Comissão Local + Imposto

Renda

O valor do IR poderá ser inserido no valor da Comissão Local Total. Para as

operações de Curto Prazo, vale lembrar, a distinção entre Juros Remissíveis (Libor +

overlibor) e Comissão Local Total (comissão local + custos de IR) deverá ser explícita

no contrato. Isto para que o cliente / importador possa incluir na DI o valor correto de

juros remissíveis

Spread Remissível: Será calculado da seguinte forma:

Remissível = Custo total - 0,1 - Libor

1,176471

Vale lembrar as seguintes regras para contratação:

Longo Prazo: são sempre as operações que tenham ROF. Se o Banco estiver

financiando por prazo igual ou inferior a 360 dias (por exemplo, 270 dias) mas a

somatória com financiamento anterior tenha como Prazo Total igual ou superior a

361 dias, a operação será submetida à emissão de ROF. Desta forma, trata-se de

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Page 71: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

uma operação de longo prazo logo, o câmbio será contratado em nome do Banco

localizado no Brasil.

Curto Prazo: são sempre operações amparadas em DI. Mesmo que haja um

financiamento anterior (por exemplo 180 dias) que somado ao financiamento do

Banco (mais 180 dias) tenha um Prazo Total igual ou inferior a 360 dias, a

operação é de curto prazo logo, o câmbio será contratado em nome do importador.

Comissão Local: O custo de operações enquadradas nessa natureza, inclusive

comissões, pode ser cobrado em Reais, uma vez que o credor é o Banco localizado no

Brasil.

Tributação:

· IR de 17,6471% (15% gross up) sobre o total de juros remissíveis

· Recolhimento do IR é de responsabilidade do Banco localizado no Brasil

DOCUMENTAÇÃO:

· Contrato de Finimp

· Licença de Importação – LI (se houver)

· Fatura

· Conhecimento de Embarque

· Declaração de Importação

· ROF (quando aplicável)

24. ROF – REGISTRO DE OPERAÇÃO FINANCEIRAS.

Consiste num subsistema do SISBACEN destinado a registrar operações

financeiras entre o país e o exterior, permitindo vincular os pagamentos das

obrigações, além de agilizar o acompanhamento realizado pelo BACEN.

O registro do ROF poderá ser efetuado pelo próprio importador/ arrendatário ou

por um banco agindo em seu nome.

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Page 72: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

Sujeitam-se ao ROF, as seguintes operações:

· Importação financiada com prazo superior a 360 dias;

· Arrendamento mercantil externo com prazo de pagamento superior a 360 dias;

· Arrendamento simples/aluguel de equipamentos/afretamentos de embarcações,

com prazo de pagamento superior a 360 dias;

· Importação de bens sem cobertura cambial, destinados a integralização de capital

de empresas brasileiras.

O ROF deverá ser aprovado pelo BACEN antes da DI eletrônica. Sendo

aprovado apresenta um prazo de validade de 180 dias, após o qual, não havendo

ingresso de bens ou de moeda (quando se tratar de empréstimo) será cancelado

automaticamente.

25. FINIMP PURO COM ASSUNÇÃO DE DÍVIDA

Trata-se de uma linha de crédito, conjugada com Assunção de Obrigações de

Pagamento, concedida por um banco no exterior, diretamente à uma empresa

importadora no Brasil.

O beneficiário no exterior (exportador) recebe, em data a ser definida, os US$

referentes à transação comercial, através de desembolso efetuado pelo banco no

exterior (Credor), configurando assim o Financiamento à Importação .

Nesta estrutura o contravalor em moeda brasileira dos recursos destinados ao

pagamento do Financiamento à Importação são entregues previamente, pelo

importador, a um banco no Brasil (Assuntor), que por sua vez assume o passivo da

importação, por prazo a ser determinado a contar da data do desembolso ao

exportador .

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Page 73: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

O objetivo do produto para o cliente é maximizar o ganho do importador através

de seu fluxo de importações, rentabilizando-os pelo diferencial das taxas de juros

interna e externa, refletido por um deságio sobre o valor da referida assunção.

As condições da operação de financiamento são livremente pactuadas entre as

partes, inclusive taxa de juros e prazo de pagamento, e deverão estar expressas na

Declaração de Importação e quando tratar-se de operações com prazo superior a 360

dias deverão obrigatoriamente, ser registradas previamente no Banco Central do

Brasil, através da emissão do ROF.

De acordo com nova Carta Circular 2901 de 16/03/2000, toda operação de

assunção de dívida de longo prazo implica na alteração do ROF indicando o novo

devedor. Em virtude desta nova regulamentação o produto é tratado distintamente

entre Curto (sem ROF) e Longo Prazo (com ROF).

No vencimento da Assunção e também do Financiamento à Importação, há

duas possibilidades de liquidação:

a) Se operação de curto prazo – o câmbio deve ser contratado em nome do

importador por não haver, cambialmente, a modificação do devedor da operação.

b) Se operação de longo prazo – como no ROF constará o assuntor como novo

devedor, o contrato de câmbio será celebrado e liquidado em seu próprio nome.

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Page 74: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

FLUXO

1. Embarque das mercadorias;

2. Contrato de Finimp Puro (crédito direto ao importador);

3. Formalização do contrato de Assunção de Obrigações e Procuração para

fechamento de câmbio (quando aplicável);

4. Entrega de R$ ao Banco;

5. Pagamento ao exportador;

NO VENCIMENTO DA OPERAÇÃO:

5. Pagamento ao credor.

CARACTERÍSTICAS

Fechamento de Câmbio

· Curto Prazo

O câmbio é contratado pelo Banco, em nome do importador, através de

procuração

· Longo Prazo

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Page 75: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

O câmbio é contratado em nome do Banco (assuntor)

Custo Total para o cliente:

O importador recebe um prêmio pela entrega dos Reais previamente à

concessão do financiamento. O prêmio é calculado com base no Cupom Cambial,

Custo da Linha (Libor, Overlibor, Ineficiências Fiscais), os quais são sensíveis ao prazo

do financiamento, montante da operação, risco político, disponibilidade de linha,

interesse no relacionamento com o cliente, a variação cambial e CDI.

Prazos do Financiamento: pela regulamentação atual, não existe mais qualquer

tipo de restrição quanto a prazos de financiamento, portanto poderá ser livremente

pactuado entre as partes.

Garantias: Dada a entrega dos recursos (Reais) na assunção, previamente ao

efetivo desembolso (finimp), a operação apresenta risco de crédito mitigado para

operações de curto prazo (o risco pela movimentação de recursos na conta do

importador por conta da necessidade de fechamento de câmbio em seu nome),

eliminando assim a necessidade de garantias adicionais para este fim. Para operações

de longo prazo o risco de crédito inexiste.

Tributação:

· IR de 15% sobre o total de juros remissíveis

· Recolhimento do IR é de responsabilidade do assuntor

· CPMF - nas operações de Curto prazo existe a incidência de uma CPMF na

liquidação da operação

· Sobre o valor do prêmio incidirá o IR 20% gross up que será demonstrado no

Informe de Rendimento do cliente

DOCUMENTAÇÃO:

· Contrato de Finimp

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Page 76: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

· Contrato de Assunção de Obrigações e Procuração para fechamento do câmbio

(quando aplicável)

· Licença de Importação – LI (se houver)

· Fatura

· Conhecimento de Embarque

· Declaração de Importação

· ROF (quando aplicável)

26. ASSUNÇÃO DE REPASSE – LONGO PRAZO

Trata-se de uma operação onde o importador contrata uma operação de Finimp

Repasse realizando em seguida uma Assunção de Dívida com outro cliente (pessoa

jurídica não financeira, não há necessidade de que este cliente seja importador),

recebendo um prêmio por esta transação.

Como a dívida foi assumida por um terceiro, o credor alocará limite de crédito

para o assuntor (novo devedor).

Somente são passíveis de Assunção de Repasse operações de Finimp

Repasse Longo Prazo, por Longo Prazo entenda-se operações que tenham ROF.

CLIENTES ENVOLVIDOS

Doador da linha - importadores que tenham recursos para pagamento à vista de

suas importações e desejem rentabilizá-los.

Tomador/assuntor - clientes que necessitem de financiamento

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Page 77: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

FLUXO

FINANCIAMENTO À IMPORTAÇÃO:

1. Loan Agreement;

2. Contrato de financiamento;

3. Embarque das mercadorias;

4. Pagamento ao exportador.

CESSÃO DA DÍVIDA:

5. Contrato de Assunção de Dívida;

6. Cessão de Dívida + Caixa (R$);

7. Anuência;

NO VENCIMENTO DA DÍVIDA:

8. Pagamento no vencimento da dívida.

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Page 78: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA QUE A OPERAÇÃO SEJA FIRMADA

1. Válida somente para operações que tenham ROF

2. Válida somente para assunção total do contrato. Por exemplo: se a operação for

linha com diversos desembolsos, a cessão terá de ser total (todos os desembolsos

devem ter ocorrido e serão assumidos integralmente pelo novo devedor)

3. Documentação cambial deve estar em ordem

4. Contratos a serem assinados (finimp, aditivos, contrato de Assunção de Repasse)

devem ser discutidos com os clientes previamente ao fechamento da operação

ASPECTOS DE CRÉDITO

A alocação de crédito será efetuada no nome do assuntor pois, através do

contrato de Assunção de Repasse, o crédito é transferido integralmente ao mesmo.

Desta forma, o importador poderá retirar de seu balanço a obrigação financeira

assumida através da assinatura do Contrato de Finimp.

ASPECTOS LEGAIS

Na assunção de finimp repasse longo prazo, o importador é efetivamente

substituído pelo assuntor, que se libera do finimp repasse. Essa substituição não

ocorreria nas operações de curto prazo, porque o importador continua responsável

cambialmente pela remessa ao exterior. Para que possa ocorrer a assunção, é

essencial, ainda, que a documentação cambial do finimp esteja em boa ordem, para

que haja efetivamente uma dívida de finimp repasse quando ocorrer a assunção.

78

Page 79: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

MÓDULO V – GARANTIAS INTERNACIONAIS/ FORFAITING/

LOAN ABROAD.

27. L/C Letter of Credit (Import. e Export.)

História

Com a crise que se abateu sobre o mundo, durante e após a Primeira Grande

Guerra (1914-1918), agravada por aquela de 1929 (crash da Bolsa de N.Y.), os

vendedores no mercado internacional, como forma de cercar os contratos de venda de

suas mercadorias de maiores e mais sólidas garantias, passaram a exigir um pacto

acessório de garantia ao lado dos contratos mecantis de compra e venda,

representado pela intervenção de um estabelecimento de crédito.

A partir de então, os créditos dos devedores passaram a ser amparados por

garantia bancária que tanto podia ser fornecida por um estabelecimento de crédito da

praça do exportador quanto do importador, e , às vezes, quando havia a descrença da

solvabilidade de bancos distantes do mercado de venda, exigiam os vendedores que a

garantia de um banco fosse confirmada por outro de sua confiança, fazendo com que

aquele banco que assim agisse passasse a assumir, diretamente, a responsabilidade

pelo bom termo do negócio. A partir do empenho ou da obrigação direta de um

banqueiro, ao que convencionou-se chamar de Crédito Bancário, estabeleceu-se um

certo equilíbrio nas relações contratuais entre vendedores e compradores de países

distintos: ao vendedor ficava assegurado que o preço de venda lhe seria pago, ao

comprador se dava a certeza de que receberia a coisa comprada, nas condições

ajustadas.

Com o correr dos anos os agentes do comércio internacional foram criando

práticas e procedimentos assemelhados para se adequarem a essa modalidade de

negócio. Porém, o mercado mundial ressentia-se da falta de regras claras e uniformes

que estabelecessem as obrigações e responsabilidades de todas as partes envolvidas.

Surge, em cena, um organismo mundial cuja tarefa primordial é a de contribuir para a

79

Page 80: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

expansão do comércio internacional através de facilitadores à realização de negócios

entre empresas de diferentes países: CÂMARA DE COMÉRCIO INTERNACIONAL-

CCI.

De sua reunião de trabalho, ocorrida em Viena, Áustria, 1933, resultou a

publicação de um documento denominadode “Regras e Usos uniformes sobre

créditos documentários” cuja finalidade maior foi a de proteger os banqueiros a

respeito de instruções incompletas e imprecisas dados pelo comprador. Com o passar

dos anos as regras foram sendo aperfeiçoadas mediante a incorporação de costumes

bancários internacionais e outras que facilitassem as funções bancárias. Seu

aprimoramento tem sido buscado por meio de revisões e atualizações periódicas

levadas a efeito pela Comissão de Bancos da Câmara de Comércio Internacional.

Foram feitas revisões em 1951, 1962, 1974, 1983 e, por último, em 1993.

Conceito

Crédito documentário (ou carta de crédito) cosiste em um ordem de pagamento

condicional, emitida por um banco, a pedido de seu cliente importador, em favor de um

exportador, que somente faz jus ao recebimento se cumprir todas as exigências por

ela estipuladas.

A carta de crédito é uma alternativa para o exportador que não quer assumir os

riscos comerciais de uma operação, pois ela confere ao banco a responsabilidade pelo

pagamento, mediante o cumpriemtno dos termos e condições do crédito.

Nesta modalidade, a iniciativa é tomada pelo importador, que se dirige a um

banco de suas relações, a quem solicita a abertura de um crédito, explicitando todas

as condições que deverão ser cumpridas pelo exportador, tais como quantidade, valor

e características da mercadoria, prazo e local de embarque e desembarque,

documentos necessários, etc. Atendidas algumas exigências, este banco abre um

crédito em favor do exportador, que é avisado por um banco em seu domicílio. Este

instrumento, formalizado via SWIFT ou por teletransmissão, constitui garantia para o

exportador, desde que este cumpra todas condições.

80

Page 81: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

A carta de crédito pode sofrer alterações, chamadas “emendas”, que somente

terão validade se forem aceitas por todas as partes intervenientes no crédito.

Abertura

O importador solicita, preliminarmente, junto a um banco da praça, a abertura

de uma carta de crédito em favor de um exportador no exterior. Tal crédito

normalmente é transmitido ao beneficiário através de um correspondente seu na praça

do exportador. Neste crédito documentário são delineados os termos e condições em

que a operação deve ser concretizada, tais como: valor do crédito, beneficiário e

endereço, documentação exigida (conhecimento de embarque, faturas, apólices de

seguro, certificado de origem, etc...) prazo de validade, porto de embarque e destino,

discriminação da mercadoria, etc.

Negociação

Providenciando o embarque do produto, o exportador entrega a documentação

respectiva ao banco indicado para sua negociação. Este examina a documentação , a

fim de verificar se a mesma está conforme as condições referidas na Crédito

Documentário e, não havendo discrepâncias, efetua o competente pagamento ao

exportador. É dado aviso ao banco instituidor, sendo essa comunicação conhecida

como “aviso de negociação”.

Liquidação

O banco emitente, após verificado que a documentação enviada pelo banco

negociador em nada colide com os termos do Crédito Documentário, providencia a

entrega dos documentos ao importador, procedendo a liquidação do referido

documento.

Partes intervenientes no crédito documentário

TOMADOR – pessoa que solicita a emissão do crédito. È o importador

81

Page 82: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

BANCO EMITENTE – banco que age a pedido do importador no processo

de abertura de crédito. É o responsável pela operação.

BANCO AVISADOR – banco da praça do exportador , que a pedido do

banco emitente, avisa a entrega o crédito ao beneficiário, sem

responsabilidade de sua parte.

BENEFICIÁRIO – é o favorecido do crédito. É o exportador.

BANCO CONFIRMADOR – é o banco que, a pedido do emitente ou do

beneficiário, ratifica os termos do crédito assumindo, adicionalmente, as

obrigações do banco emitente.

BANCO NEGOCIADOR – é o banco que negocia o crédito e assume o

compromisso de efetuar o pagamento ao exportador.

Tipos de crédito documentário:

REVOGÁVEL – crédito que a qualquer momento pode ser cancelado ou

alterado de forma unilateral, exceto nas situações de mercadorias já

embarcadas.

IRREVOGÁVEL – crédito que não pode ser cancelado ou alterado sem a

concordância das partes envolvidas.

CRÉDITO CONFIRMADOR – crédito que além de garantido pelo banco

emitente, possui coobrigação de pagamento por meio de um terceiro banco.

CRÉDITO INTRANSFERÍVEL – crédito que tem como beneficiário em único

exportador, não podendo, em hipótese alguma ser transferido a outro

exportador.

CRÉDITO TRANSFERÍVEL – crédito em que o beneficiário pode, mediante

endosso, transferi-lo para outro beneficiário de qualquer país , o qual tem

direito de proceder a nova transferência.

CRÉDITO DIVISÍVEL – crédito que permite embarques parcelados e

pagamentos parciais.

CRÉDITO RESTRITO – crédito designado para negociação única

exclusivamente com o banco denominado no carta de crédito.

82

Page 83: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

CRÉDITO ROTATIVO – crédito que, sob condições e termos próprios, seu

valor é renovado ou restabelecido sem a necessidade de emenda

específica. A rotatividade pode ser em relação ao tempo e ao valor.

28. STANDBY LETTER OF CREDIT

DESCRIÇÃO

É um compromisso irrevogável estendido pelo Banco a um beneficiário no

exterior a fim de garantir determinada obrigação, seja de pagamento, performance ou

contratual, que um cliente do Banco tenha assumido.

As operações que são garantidas por uma SBLC podem ser de natureza Trade

ou Non-Trade

UCP 590

Por ser um instrumento de uso internacional, as SBLC são regidas pela

Publicação 590 da Câmara de Comércio Internacional - International Standby

Practices – ISP98

DIFERENÇA SBLC X CARTA DE CRÉDITO

A principal diferença entre os dois instrumentos, é que a Carta de crédito é uma

modalidade de pagamento e a SBLC é uma forma de garantia, ou seja, sempre que se

utilizar uma carta de crédito o pagamento dar-se-a através do próprio instrumento,

sendo o banco emissor também o banco pagador. Nas operações com SBLC o banco

emissor tem a função apenas de garantidor, portanto , se o objeto que a SBLC esta

garantindo for honrado, o banco garantidor não será acionado e no devido vencimento

o instrumento se tornará invalido sendo baixado dos livros sem ter sido utilizado

83

Page 84: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

TIPOS DE SBLC

Bid Bond: Garantia destinada a assegurar a participação de uma

empresa em uma concorrência aberta no exterior para

fornecimento de bens ou serviços, garantindo as

condições estabelecidas no edital de concorrência

Performance Bond: Garantia destinada a assegurar a entrega de mercadorias

ou serviços que uma empresa assumiu no exterior, bem

como, as condições de venda do produto relativas ao

cumprimento de prazos e demais características do

contrato.

Advaced Payment Bond: Garantia destinada a assegurar o reembolso de

adiantamento “down payment” feito ao exportador dos

bens ou serviços , caso esses não sejam entregues dentro

das condições pactuadas

Counter Stand-by: Destinada a Contra-Garantir um outro banco na emissão

de um outro instrumento de crédito ( fiança, “Stand-by”

etc.) a favor de uma empresa no exterior

84

Page 85: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

FLUXO

1. Transação comercial - ( prestação de serviço, entrega de mercadoria, Participação

de uma concorrência ) onde é solicitado que o solicitante emita uma SBLC

garantindo a transação comercial

2. Solicitação para emissão de uma SBLC

3. Após definição e aceitação da minuta, cotação com o banco no exterior e

precificação junto ao cliente, banco no Brasil envia a SBLC para ser confirmada e

entregue ao beneficiário

4. Banco no exterior adiciona a confirmação e entrega ao beneficiário

SENDO O OBJETO DA TRANSAÇÃO COMERCIAL HONRADO NORMALMENTE

( Mercadoria entregue, serviço efetuado ..... Etc. ) A SBLC É BAIXADA AUTOMATICAMENTE

NO VENCIMENTO

5. Transação comercial não é honrada

6. Beneficiário aciona a SBLC junto ao banco Avisador/Confirmador

7. Banco no exterior saca a SBLC

8. Banco no Brasil informa o acionamento da SBLC e solicita o contra valor em R$

do valor honrado

85

Page 86: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

CLIENTE ALVO

Clientes que necessitem garantir a entrega de mercadorias ou serviços

Clientes que estão em processo de participação de concorrências no exterior

Empresas que tenham de garantir remessa de pagamento para outras empresas

no exterior decorrente da utilização de determinados serviço

Empresas em geral que necessitem ter o seu risco mitigado perante uma outra

empresa no exterior seja por motivos de cumprimento de contrato , pagamento e

etc. .

PRECIFICAÇÃO

Spread cliente +

Custo banqueiro no exterior +

I..R. na remessa das Despesas +

_______________________

COMISSÃO DE ABERTURA

DOCUMENTAÇÃO

Contrato de abertura de Stand By a ser assinado entre o banco e o cliente

Documentos necessários para comprovar o objeto da garantia

PRINCIPAIS CARACTERISTICAS

Operações realizadas com base na alocação de credito da empresa a ser

garantida

Toda SBLC deve ter o wording previamente analisado e aceito pelo banco Avisador

/ Confirmador e beneficiário

Deve ser solicitado o cliente a documentação necessário para comprovar o objeto

da garantia ( contrato comercial , edital de concorrência , e demais documentos

necessários )

86

Page 87: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

Toda objeto garantido por uma SBLC, deve ter um canal de remessa independente

do canal “garantias bancarias” originado pela emissão da SBLC

Garantia financeira em que uma empresa garante a outra no exterior para efeito de

empréstimo ou coisa parecida

Toda SBLC deve ter :

Solicitante

Beneficiário

Banco emissor

Valor

Objeto da garantia

Vencimento

Forma de reembolso

29. FORFAITING

Compra de recebiveis originadas por uma operação trade related sem direito de

regresso contra o vendedor. Essa estrutura é usada particularmente nas operações de

Exportação/ Importação onde os riscos envolvidos (político/comercial ) podem ser

transferidos para um banco.

O Forfaiting é dividido em dois segmentos Mercado Primário; quando a

operação é originada pelo exportador, que de posse de um saque aceito pelo

importador solicita o desconto deste instrumento, e Mercado Secundário que é uma

seqüência do Mercado Primário, onde um Banco após ter efetuado o desconto para

um exportador, tem a possibilidade de repassar este saque com um terceiro banco ou

uma Forfaiting House

INSTRUMENTOS

Saque emitido pelo exportador , aceito pelo importador e devidamente endossado

pelo exportador a favor do novo beneficiário (Banco / Forfaiting House) .

87

Page 88: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

Nota Promissória emitida pelo importador endossada pelo exportador a favor do

Banco / Forfaiting House)

Carta de Crédito emitida ou confirmada por banco de primeira linha com

documentos negociados em boa ordem , transferível ao novo beneficiário

COMO FUNCIONA

A compra dos recebíveis envolverá os instrumentos acima mencionados, que

serão emitidos (N.P.) ou aceitos (saques) pelos importadores, ou ainda, emitido,

avalizado por banco de primeira linha (nos casos de carta de crédito, saque

avalizado ) e deverão conter o endosso do vendedor ( credor ) cedendo os direitos

pelo recebimento das divisas. Para a realização de qualquer operação, é

imprescindível que o importador e/ou banco emissor, avalizador tenha aprovação de

crédito.

A operação de Forfaiting com utilização de títulos de crédito (saque/np) será

sempre “Trade Related”, ou seja, os saques/np sempre estarão atrelados a uma

operação de exportação, mesmo que não haja expressa referência no corpo do

mesmo. Para tanto, é solicitada para a efetivação do Forfaiting a apresentação de

documentação que comprove a existência da transação comercial e do prazo de

financiamento concedido pelo exportador ao importador (fatura, B/L, RE, ).

Sua documentação é considerada simples tratando-se de um saque emitido

pelo exportador, e aceito pelo importador ou uma nota promissória emitida pelo

importador que através de um endosso o exportador (mercado primário ) ou um banco

(mercado secundário ), transfere à um terceiro ( Novo beneficiário ) o direito de

recebimento dos valores ali descritos.

No caso de operações envolvendo cartas de crédito, a transferencia do

instrumento será feita seguindo as normas da UCP 500.

88

Page 89: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

A lei aplicável a uma operação de Forfaiting é um ponto relevante e leva em

consideração o fato dos países envolvidos serem ou não signatários da convenção de

Genebra. Portanto, deve-se trabalhar com importadores / exportadores / bancos cujos

países sejam assinantes da Convenção de Genebra (Alemanha, Áustria, Bélgica,

Colômbia, Dinamarca, Polônia, Equador, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Hungria,

Itália, Japão, Luxemburgo, Noruega, Holanda, Portugal, Suécia, Suíça, República

Theca, Turquia e Iugoslávia), bem como com importadores/exportadores/bancos cujos

países não sejam signatários da Convenção, os quais deverão ser objeto de análise

por parte da Unidade Legal de cada Instituição Financeira.

Para as operações com cartas de crédito, deve ser considerado as normas e

procedimentos das Regras e Usos Uniformes relativos a Créditos Documentários,

Revisão 1993, Publicação nº 500 da UCP

FLUXO

EXPORTAÇÃO

89

Page 90: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

1. Contrato comercial de compra e venda

2. Embarque da mercadoria

3. Entrega dos documentos para negociação e envio para o importador

4. Importador aceita o saque e solicita para o banco que adicione um aval,

garantindo o pagamento

5. Saques aceitos e avalizados são enviados para o BANCO

6. Exportador ( vendedor ) endossa os saques a favor do novo Beneficiário

7. Documentos OK , assinaturas conferidas ( aceite, aval , endosso ) Novo

Beneficiário desconta o saque pagando o valor “net” ao exportador

OBS : Os valores descontados pelo Beneficiário, serão creditados a favor do

exportador em banco a ser designado por ele, devendo após a confirmação

do crédito, efetuar um fechamento de câmbio Tipo 01 pelo valor total da

exportação informado na fatura e um fechamento de câmbio Tipo 04 pela

diferença paga a menor referente o valor do juros do desconto.

8. No vencimento , o importador paga diretamente para o novo Beneficiário

IMPORTAÇÃO

90

Page 91: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

1. Contrato comercial de compra e venda

2. Embarque da mercadoria

3. Entrega dos documentos para negociação e envio para o importador ( saques

são previamente endossados pelo exportador ao novo Beneficiário )

4. Importador aceita o saque e assina documento reconhecendo o o novo Credor

5. Documentos OK ( fatura, B/l , DI , LI , ROF e reconhecimento do novo credor) e

assinaturas conferidas ( aceite, endosso ) Novo Beneficiário desconta o saque

pagando o valor “net” ao exportador

6. No vencimento , o importador paga diretamente para o novo credor

ESSA ESTRUTURA TAMBÉM É UTILIZADA NAS OPERAÇÕES COM NOTA

PROMISSÓRIA, COM A DIFERENÇA QUE O EMISSOR DO INSTRUMENTO É O

IMPORTADOR E NÃO EXISTE A FIGURA DO ACEITE

CLIENTE ALVO

91

Page 92: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

IMPORTAÇÃO

Empresas com um fluxo constante de importações a prazo;

Empresas cujos limites junto aos exportadores estejam tomados, não possibilitando

novas operações;

Importadores que queiram reduzir ou até mesmo eliminar o impacto do I.R. na

remessa de juros .

Empresas que tenham necessidades de financiamento para prazos mais curtos

(até 360 dias ).

EXPORTAÇÃO

Empresas com um fluxo constante de exportações a prazo.

Exportadores com necessidade de baixar o risco dos importadores/País, bem

como, transformar os recebíveis a prazo em recursos disponíveis.

Empresas que tenham necessidades de financiamento para prazos mais curtos

(até 360 dias ).

PRECIFICAÇÃO

Custo da Linha ( Transfer ) +Spread cliente +

______________________________

= TAXA DE DESCONTO

Formula de desconto

Taxa de desconto x dias -------------------------------- + 1 = Divisor 360 x 100Valor do instrumento------------------------------- = Valor liquido a ser pago para o exportador

Divisor

PRINCIPAIS CARACTERISTICAS

92

Page 93: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

Operações realizadas com base na alocação de credito da empresa importadora ou

no banco garantidor

Tributação: Taxa de desconto, Commitment fee, I.R. ( quando aplicável )

Aplicável para clientes exportadores / Importadores brasileiros ou não

Operações a termos podem ser feitas mediante a cobrança de um Commitment

Fee

Todas as operações são feitas sem direito de regresso s/ o vendedor

Possibilidade de travar a taxa de desconto previamente ao embarque e entrega

dos documentos

Toda operação de Forfaiting deve ter :

Importador

Exportador

Banco do desconto / Forfaiting House

Instrumento a ser descontado

Valor

Vencimento

VANTAGENS

Eliminação do risco comercial / político, pois a compra é feita sem direitos de

regresso

Possibilidade de oferecer condições de pagamento mais flexível

Redução do impacto Fiscal: o importador pode inserir o valor do juros no principal

evitando dessa forma a tributação do I.R. na remessa do juros

Possibilidade de arbitragem com ganhos na assunção de dívida

Possibilidade de financiamento para as operações de curto prazo

DOCUMENTAÇÃO

EXPORTAÇÃO

93

Page 94: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

Saque aceito, ou nota promissória devidamente emitidos, e devidamente

endossados ao novo credor

Carta de Crédito original devidamente transferida pelo beneficiário ao novo credor

acompanhada de documento que evidencie o reconhecimento, pelo banco emissor

e Confirmador (se houver) do novo credor

Documentos de embarque ( fatura, BL’s, RE ) refletindo as condições da

exportação e no caso de carta de crédito mensagem do banqueiro emissor do

crédito dando boa ordem nos documentos de embarque.

solicitação de desconto emitido pelo exportador

Agreement for Purchase and Sale of Instruments and Assignment of Rights " , a ser

assinado entre o Novo Credor e o Exportador estabelecendo as condições para o

desconto, bem como os instrumentos que devem ser apresentados pelo exportador

para formalizar a transferencia dos títulos/L/C ao novo credort .

IMPORTAÇÃO

Saque aceito, ou nota promissória regularmente emitidos, devidamente

endossados ao novo credor;

Carta de Crédito original devidamente transferida ao novo credor acompanhada de

documento que evidencie o reconhecimento, pelo banco emissor e Confirmador (se

houver) do novo credor."

Documentos de embarque ( fatura, BL’s, DI, LI ou ROF quando aplicável ) refletindo

as condições da importação e no caso de carta de crédito mensagem do banqueiro

emissor do crédito dando boa ordem nos documentos de embarque .

Correspondência emitida pelo novo credor acompanhada da cópia do título de

crédito (saque/np) endossado e endereçada ao importador e banco avalizador,

quando houver, confirmando que o novo credor comprou o titulo de crédito,

tornando-se portanto, o novo beneficiário da operação.

Solicitação de desconto .

Para as operações utilizando a estrutura de trava da taxa Libor na data do

embarque ( previamente o desconto ), será necessário o "de acordo " do cliente na

cotação

94

Page 95: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

DEFAULT

Em caso de não pagamento por parte do Importador ou Garantidor , o novo

credor executará o instrumento .

Para os casos de pagamento em atraso, o novo credor reserva o direito da

cobrança do juros estabelecido no instrumento de reconhecimento do novo credor .

30. LOAN ABROAD

São mecanismos através dos quais um cliente capta recursos no exterior,

através de uma offshore company, subsidiária coligada ou afiliada para financiamento

de exportações ou de capital de giro. Dependendo da finalidade que será dada aos

recursos e das características próprias de cada cliente, podemos caracterizar a

operação como Trade e Non Trade.

DESCRIÇÃO DAS ESTRUTURAS

· Non-Trade Related

Estrutura em que o Banco no exterior libera recursos para uma empresa no

exterior, que os ingressará ou não, de acordo com as suas necessidades, mediante a

emissão de uma Stand By através do banco no Brasil por ordem do garantidor local a

seu favor garantindo o re-pagamento do Loan Abroad.

95

2

CONF.

BANK

BENEF.BANQ.

EXT

BANCO

BRASIL

GARANTIDOR1

2

23

4

Page 96: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

1. Fechamento da operação de Loan Abroad

2. Emissão da SBLC a favor do Banqueiro

3. Beneficiário recebe os US$ referente o loan abroad

4. Liquidação do Loan Abroad e baixa da SBLC

(caso não haja o pagamento ....)

96

0

7

0

5

0

7 0

5

0

4

0

6

7

CONF.

BANK

BANQ.EXTBENEF.

BANCO

BRASIL

GARAN

TIDOR

4

7

5

57

56

Page 97: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

4. Não pagamento

5. Banq. aciona SBLC (se for confirmada, através do banco confirmador)

6. Banco no Brasil solicita os R$ para o garantidor

7. Banco no Brasil fecha o cambio e envia os US$ via canal “ Garantias Bancarias “

- Flutuante - liquidando a operação junto ao Banqueiro

Público Alvo

Empresas situadas no exterior , que demandam recursos para capital de giro ou

investimentos diversos

· Trade Related - Export Loan

Empréstimo concedido à Offshore de uma empresa brasileira para pagamento

de suas próprias importações do Brasil ou para financiar o pré-pagamento de

exportações de sua controladora brasileira. Da mesma forma que as operações Non

Trade, uma SBLC é emitida a favor do Banqueiro garantido o repagamento da

operação.

97

0

2

0

1

0

30

4

0

5

0

60

70

8

2

3

BENEF. 1 GARAN

TIDOR

BANQ.

EXT

BENEF.IMPORT

FINAL

6

7

8

54

Page 98: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

1. Fechamento da operação de Loan Abroad

2. Emissão da SBLC a favor do Banqueiro

3. OffShore recebe os US$ referente o loan abroad

4. Matriz/Controladora exporta para sua Offshore

5. Offshore paga suas importações do Brasil a vista

6. Offshore refatura os produtos importados do Brasil, revendendo-os à terceiros

7. Imp. Final efetua o pagamento;

8. OffShore liquida o Loan Abroad ( Baixa SBLC )

(caso não haja o pagamento ....)

98

0

7

0

8

1

0

BANQ.

EXT

IMPORT.

FINAL

BENEF.

BANCO

BRASIL

GARAN

TIDOR

9 11

8

10

7

Page 99: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

07 e 08. Não pagamento

9. Banq. aciona SBLC

10. Banco Brasil solicita os R$ para o garantidor

11. Banco Brasil fecha o cambio e envia os US$ via canal “ Garantias Bancarias

“ - Flutuante - liquidando a operação junto ao Banqueiro

Público Alvo

Empresas que demandem financiamento à exportação, e que disponham de

Empresa no exterior, que nesse material chamaremos de Offshore.

Descrição:

Nessa estrutura, o Banqueiro desembolsa recursos para a Offshore Trading de

um cliente brasileiro para pagamento de suas importações do Brasil ou pré-pagamento

de exportações de sua controladora brasileira. O cliente típico deste produto é uma

empresa exportadora de grande porte que direcione a maior parte de suas

exportações à sua Offshore Trading.

Para o fechamento da operação, o cliente deverá informar os dados básicos da

transação comercial entre a Offshore (importador) e a empresa no Brasil (exportador).

A Offfshore deverá necessariamente ter atividades de “Trade” (normalmente será

subsidiária de uma exportadora brasileira) para que seu fluxo de caixa e sua

capacidade de repagar o empréstimo possam, para fins de “Cross Border Risk”, ser

avaliados no mesmo nível de financiamentos diretos de “Trade”. Para certificar-se que

este é de fato o caso, cada operação deverá ser avaliada. Esta avaliação deverá levar

em consideração os volumes e prazos do fluxo comercial entre a empresa brasileira e

sua offshore, certificando-se de que estes são compatíveis com o volume e prazo do

crédito pleiteado. Serão avaliados, ainda, o nível dos clientes da offshore e em que

países estão sediados. Sem esta aprovação, a operação não poderá ser considerada

Trade-Related.

99

Page 100: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

O Banco poderá, a qualquer momento, solicitar evidências de que os recursos

foram utilizados para financiar uma operação de Trade.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Nas estruturas Trade Related, Non-trade Related o pagamento de juros ao

Banqueiro no Ext. é feito pela Offshore do cliente, sendo assim, não há incidência de

imposto de renda no Brasil.

Como as Offshores, normalmente estão localizadas em Paraísos Fiscais,

também não há incidência de IR no exterior. Caso este não seja o caso e a Offshore

esteja em um país onde haja tributação, o cliente deverá estar cientes das normas

vigentes em cada país.

RISCO DE CRÉDITO / GARANTIAS

Garantias

Todas as operações devem contar com a garantia de uma Stand By emitida

pelo Banco no Brasil por ordem do garantidor local, além de Nota Promissória emitida

pelo tomador dos recursos no exterior devidamente avalisada pelo garantidor local.

Alternativamente, a Stand By poderá ser substituída por uma GHO (Guaranty of Head

Office), uma Stand-by Letter of Credit no exterior emitida por banco com limite de

credito aprovado pelo Banco no Brasil

100

Page 101: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

Default

Em caso de não pagamento por parte do Tomador dos recursos a garantia

emitida/constituída será imediatamente executada.

MÓDULO VI – OPERAÇÕES FINANCEIRAS

31. EMPRÉSTIMO DIRETO – LEI 4131

O empréstimo direto "4131" é um empréstimo externo, contratado por uma

empresa brasileira junto a uma pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior.

Para que seja efetuado este empréstimo é necessária a autorização prévia do

Banco Central do Brasil ("Banco Central"), que será efetuada eletronicamente através

do Sisbacen, módulo ROF (Registro de Operações Financeiras). As empresas podem

efetuar o registro de seus empréstimos diretamente junto ao Sisbacen, via Internet.

Para tanto, será necessário efetuar seu cadastro e aguardas autorização e senha que

101

Page 102: Apostila CCE OPMESA TF2_Sugahara&Rossetti

serão dadas pelo Banco Central. No ROF constará o nome do devedor e do credor da

operação, bem como as características financeiras da operação.

Os Bancos estão habilitados para prestar este serviço aos clientes, o que agiliza

o processo de fechamento do câmbio para ingresso dos recursos.

A necessidade de autorização prévia via ROF foi instituída em 22/02/2001,

através da Circular do Banco Central  n° 3027, produzindo efeito sobre as operações

fechadas a partir de 01/03/2001.

Após efetuado o registro da operação no ROF, sua aprovação pode ser

automática, o que imediatamente habilita o cliente a fechar o câmbio, desde que os

recursos estejam em nossa conta câmbio, ou pode levar até 5 dias úteis. Ao finalizar o

"imput" dos dados no ROF, o sistema emitirá mensagem se o registro foi aprovado ou

se vai para análise do Banco Central.

1. ESTRUTURA

1. Empresa brasileira ("Devedor") contrata empréstimo externo, na forma da Lei

4131, junto a uma pessoa jurídica domiciliada no exterior ("Credor");

2. O Devedor fecha câmbio, pelo comercial, e interna os recursos;

3. O Devedor fecha câmbio, pelo comercial, e paga juros/principal ao Credor.

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PÚBLICO ALVO

· Empresa brasileira com necessidade de caixa.

VANTAGENS PARA O CLIENTE

· Dedução do pagamento de juros e respectivo IR como despesa, para efeito de

imposto de renda sobre o lucro;

· Simplicidade documental;

· Pode ser transformado em aumento de capital mediante autorização do Banco

Central.

GANHO DO BANCO

Comissão de estruturação e ágio na taxa da operação de câmbio para

internação dos recursos.

CARACTERÍSTICAS

· Agente: as operações de 4131 não demandam a constituição de um agente

externo. Entretanto, caso seja solicitado pelo cliente, de forma a reduzir o Imposto

de Renda incidente sobre a remessa de juros (ver aspectos fiscais) nos casos em

que o empréstimo se dê em moeda japonesa, pode ser contratado um agente de

pagamento japonês.

· Denominação do empréstimo: os empréstimos se dão, usualmente, em moeda

norte-americana. Pode-se optar, por razões fiscais (IR de 12,5% sobre o

pagamento de juros), pela contratação de um agente de pagamento japonês. Neste

caso a moeda na qual é feito o empréstimo será o Yen japonês.

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· Prazo: não há restrições quanto ao prazo da operação, porém aquelas com prazo

médio superior a  90 (noventa) dias estarão ISENTAS de IOF à alíquota de 5%.

· Juros: o pagamento de juros deverá ser feito, no mínimo, trimestralmente. A taxa

de juros utilizada deverá ser balizada pela praticada no mercado, variando de

acordo suas condições e as do programa. Há possibilidade de utilizar taxa de juros

zero. Em todos os casos, a taxa de juros depende de autorização do Banco

Central.

· Volume: não existe restrição quanto ao volume.

· Impostos: o Imposto de Renda, cuja alíquota varia de 12,5% a 25% (dependendo

do país do credor), pode correr por conta do emissor (na forma "gross-up") ou do

investidor (deduzido).

Paraísos fiscais: 25% (33,33% gross-up)

Não-paraíso: 15% (17,647% gross-up)

Japão *: 12,5% (14,286% gross-up)

*Decorrente de um Acordo de Bitributação entre Brasil e Japão.

Em Empréstimos 4131 não incidirá IOF sobre o valor captado, desde que o seu

prazo de permanência no país seja superior a 90 (noventa) dias, de acordo com a

Portaria n°492 de 29 de dezembro de 1999.

RISCO DE CRÉDITO

Não há, pois o Banco atua apenas como prestador de serviço de elaboração de

documentos e emissão de ROF.

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DOCUMENTAÇÃO

Existem dois grupos de documentos:

Devedor/Credor x Banco

Devedor x Credor

1) Devedor/Credor x Banco

Documentação requerida para o Registro Prévio (ROF):

· Pedido de Registro de Operação de Crédito Externo do Devedor e Manifestação

do Credor.

O modelo destas cartas é estabelecido pelo Banco Central do Brasil e

endereçado ao Banco que estará fazendo o ROF da operação. Uma carta deverá ser

assinada pelo devedor e outra (idêntica) pelo credor. Neste momento, o devedor

deverá entregar o original ao Banco e o credor poderá apresentar um fax, sendo que o

devedor deverá manter o original devidamente consularizado e notarizado em seu

poder para eventuais solicitações do Banco Central.

· Procuração do devedor designando o Banco como seu representante para efetuar

o ROF. O original deste documento deverá ser entregue ao Banco e as assinaturas

abonadas.

2) Devedor x Credor

Para que seja efetuado o empréstimo 4131, não é obrigatória a assinatura dos

documentos abaixo relacionados, porém, os mesmos podem ser solicitados pelo

Banco Central, e caso ocorra deverão ser assinados, consularizados, notarizados e

traduzidos para eventuais questionamentos fiscais do Banco Central.

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· Loan Agreement: contrato contendo todas as condições financeiras da operação,

assinado entre o devedor e o credor.

· Promissory Note: assinada pelo devedor em favor do credor.

CASE – SADIA

A história da Sadia é uma daquelas que dão orgulho de contar, principalmente por se tratar de uma trajetória vertiginosa que começou na pobreza e alcançou sucesso e reconhecimento. Attilio Fontana é o grande protagonista dessa história e sua vida seria digna de um conto de fadas: menino pobre, filho de camponeses, que vendia bolachas caseiras na rua para formar o pé-de-meia inicial. Teve o primeiro par de sapatos na adolescência. Não completou sequer o curso primário. Mas todas essas provações não foram obstáculos para que iniciasse pequenos negócios, até estabelecer-se em uma vendinha, em sociedade com o irmão e o pai. Aos 21 anos, tornou-se caixeiro e depois sócio de um armazém. Daí por diante, prosperou muito no comércio, principalmente comprando e vendendo porcos, atividade em que adquiriu experiência para montar um negócio de proporções fantásticas: a Sadia.

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No início da década de 40, preocupado com a situação financeira ruim de um frigorífico da cidade, o então prefeito de Concórdia, Santa Catarina, chamou Attilio Fontana para ajudá-lo. Atraído pelo potencial da região, que estava crescendo, o empresário assumiu a direção do frigorífico e em dois anos transformou-o na Sadia. Criada em 1944, por 27 sócios liderados por Fontana, a empresa começou com apenas um moinho de trigo, um abatedouro de suínos, ainda em obras, e uns poucos funcionários. O retorno dos investimentos aplicados no moinho permitiu completar a construção do frigorífico que, já em 1946, abatia mais de 100 animais por dia. Com a matéria-prima resultante, outros itens, como banha, toucinho, carnes salgadas, pernil, presunto, salame, lombo e lingüiça, entraram para a lista dos produtos da empresa.

O nome da nova empresa foi composto a partir das iniciais SA de “Sociedade Anônima” e das três últimas letras da palavra “Concórdia”, DIA, virando marca registrada em 1947. No mesmo ano a Sadia abriu uma filial distribuidora em São Paulo e já se preparava para os próximos passos a serem dados nos anos 50: a conquista do mercado nacional. Attilio Fontana lançou, desde essa época, o trinômio que faria as bases de seu empreendimento: o respeito ao trabalho do homem, o cuidado com a terra e a valorização da técnica.

Nos anos 50, despontava o crescimento acelerado de São Paulo e a cidade recebia grandes investimentos, oferecendo mais empregos, melhor renda e mais oportunidade de consumo. Embora os olhos da Sadia já estivessem voltados para esse mercado, surgia um novo desafio: como transportar produtos perecíveis de Concórdia para São Paulo e Rio de Janeiro, os maiores centros consumidores, já que

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ainda não existiam os caminhões frigoríficos e as estradas eram precárias, tornando as viagens longas e demoradas.

A solução pioneira foi transportar em aviões os produtos delicados e perecíveis, a partir de 1952. Já em 1955 era criada a Sadia Transportes Aéreos que, além de seus produtos, oferecia opção de levar passageiros nas aeronaves.  O slogan da época ficou famoso: “Pelo ar, para o seu lar”. Os produtos Sadia passaram a ser associados a uma imagem de sofisticação e avanço tecnológico. Dessa empresa originou a Transbrasil.

Em 1953, num lance estratégico deliberado para abrir um “front” industrial na capital paulista, a Sadia, com apenas 9 anos de existência, inaugurou sua primeira unidade fora de Concórdia – o Moinho da Lapa S.A. – na zona oeste de São Paulo. Com a iniciativa, a empresa começou a projetar sua visibilidade e sua credibilidade empresarial.

Os anos 60 foram marcados pelas primeiras produções e abates experimentais de perus em Concórdia, além dos primeiros contratos de exportação, em 1967, envolvendo carnes bovinas e suínas “in natura” congeladas. No ano seguinte o abate de frangos superou um milhão de unidades por ano. A Sadia começava a reverter a crença do brasileiro que “galinha é comida de doente”. Em 1969, foi lançado o famoso hambúrguer Sadia. Até o final da década, uma diversificada linha de produtos – salsichas, hambúrgueres, almôndegas, quibes – pôde ser produzida em São Paulo, propiciando o ingresso no segmento de alimentos semiprontos congelados.

Primeira instalação em Concórdia, SC.

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A empresa inaugurou os anos 70 com grande diversidade de operações. Sua imagem de qualidade e pureza passou a ter um mensageiro inesquecível, a partir da criação do personagem Lequetreque. O nome do personagem símbolo da marca, que usava capacete e óculos de motoqueiro, foi escolhido num concurso aberto aos consumidores. A imagem do frango surgiu, primeiro, em desenhos animados, tomando um banho refrescante antes de ir para a mesa do consumidor. Com o passar do tempo, o personagem se transformou em um ídolo com forte carisma, presente em grande parte das campanhas publicitárias da marca.

A figura simpática e alegre da Sadia revelava também o vigor de uma empresa que não parava de crescer e diversificar os seus negócios. Em 1974, foi lançado o Peru Temperado Sadia, um dos produtos de maior sucesso na história da empresa. Logo em seguida, a Sadia iniciou as exportações de frango congelado para o Oriente Médio e Europa, além de assumir a liderança entre os exportadores nacionais.

Gradualmente as exportações aumentaram e já em 1980 ultrapassaram os US$ 100 milhões. Em 1982 ocorreu dois marcos institucionais históricos: a criação do SIC – Serviço de Informação ao Consumidor Sadia, pioneiro na indústria alimentícia como primeiro canal direto de diálogo com consumidores, e a distinção da marca Sadia, pelo INPI, Instituto Nacional de Propriedade Industrial, como Marca Notória. A companhia finalizou a década de 80 exportando para 40 países e posicionando-se entre os maiores exportadores brasileiros. Presunto tipo Parma, diversificação nas linhas de hambúrgueres e de almôndegas, nuggets, steak de frango empanado, linhas de empanados de frango, semiprontos congelados e frios fatiados em embalagens individuais a vácuo foram alguns dos lançamentos que marcaram as inovações em produtos nos anos 80.

Como parte de sua internacionalização, entre 1991 e 1992, a empresa implantou filiais comerciais em Tóquio, Milão e Buenos Aires. Em 1997, a Sadia entrou em segmentos totalmente inéditos para a empresa, como as das linhas 7 mares, salgadinhos, empanados recheados, pizzaria e massas frescas. Para produzir as pizzas congeladas e as massas, foi em busca de tecnologia de ponta e implantou, em 1998, uma nova fábrica em Ponta Grossa, no Estado do Paraná.

Em 1999, foram feitas duas novas aquisições: a compra da empresa Miss Daisy, que permitiu à Sadia ingressar no ramo de sobremesas prontas congeladas, e da Granja Rezende, em Uberlândia, MG, centro de excelência em genética e produção de aves e suínos, permitindo à empresa posicionar um pólo industrial numa região geográfica estratégica do país.

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Linha de produtos para exportação.Em 2001 e 2003, a marca Sadia foi eleita a mais valiosa do setor alimentício brasileiro, em pesquisa divulgada pela Interbrand – consultoria inglesa conhecida pela tradicional lista de 75 marcas mais valiosas do mundo. Em janeiro de 2004, a Sadia iniciou a comemoração dos seus 60 anos de fundação. A empresa teve vários motivos para comemorar, como: a abertura de dois novos Centros de Distribuição – um em Chapecó (SC) e outro em Ponta Grossa (PR). No final de 2004, a Sadia anunciou ainda a aquisição da Só Frango Produtos Alimentícios, maior exportadora do Distrito Federal na época.

Em 2005, a Sadia decidiu retomar o abate de bovinos, em seu frigorífico de Várzea Grande, que estava arrendado ao grupo Friboi. Com isso, a empresa passou a oferecer cortes bovinos com as marcas Sadia (cortes nobres) e Sadilar. Um dos grandes destaques entre os lançamentos de 2005 foi o Hot Pocket: lanche de preparo rápido que inaugurou uma nova categoria de produtos no varejo brasileiro. Destinado ao público jovem, o Hot Pocket tornou-se um sucesso de vendas. A companhia ingressou também no segmento de produtos à base de proteína vegetal, com o lançamento da linha Sadia Vita Soja, cujos produtos apresentam sabor similar ao produto tradicional.

Em 2006, a empresa criou um Comitê de Sustentabilidade ligado ao Conselho de Administração para avaliar o desenvolvimento de suas atividades, levando em conta a performance econômico-financeira, ambiental e social. Além de promover alterações na estrutura organizacional da área comercial, a companhia anunciou reforços na área de marketing (com a missão de trabalhar mais fortemente a

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marca no Brasil e no exterior) e a criação de uma diretoria de relações internacionais.

Uma iniciativa relevante foi o patrocínio da Sadia às delegações olímpicas brasileiras que participaram dos Jogos Rio 2007. O acordo assinado com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) garantiu à Sadia exclusividade na categoria de alimentos, compreendendo todo o ciclo olímpico, que vai até os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

Notícias:

...“SADIA anuncia o 1º prejuízo em 64 anos”...

...”Valor do prejuízo chega a quase 800 MM de reais”...

...“Lula acusa Sadia de Apostar contra o Real”...

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