apontamentos (1) introdução ao direito

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  • 8/18/2019 apontamentos (1) Introdução ao Direito

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    23.02.2013

    Direito e autonomia do direitoAs ideias (para resolver problemas humanos do nosso tempo) sãoaquilo que nos defne como homens.

    O direito não é uma evidência ou objeto – é um problema, que seinsere no dualismo problemtico (meta!"sico e prtico – nometa!"sico não encontramos solu#ão imediata para problemasprticos).

    Validade do direito – os problemas p$em%se para os superamosintelectualmente. & uma 'rande importncia em superar osproblemas – se não che'amos ao niilismo.

    & uma solu#ão poss"vel para os problemas – é o direito comovalidade (!undamento do ju"o).

    Os problemas são o dinamismo da hist*ria. & problemas – porqueh pressuposto.

    Autonomia do direito+ nessa autonomia que o direito se afrma como uma dimensãoimportante da nossa civilia#ão.Autonomia di!erencia#ãoAutonomia - isolamento

    o mundo 'lobal aparece como uma consequência das outrasdimens$es (pol"tica, economia, etc.), dando solu#$es que não eramdele, minimiando o pr*prio direito (instrumento).O direito – como dimensão de validade, uma instncia cr"ticaperante outras dimens$es./ate'orias do direito0

    - invoca validade- universal (sentido de i'ualdade)- instância do juízo

    1ol"tica (estraté'ia, decisão)

    2conomia (efccia, clculo)

    O direito recusa%se de ser considerado como um instrumento. Odireito compara (e3iste um padrão que parifca). 4nser#ão no padrãocomum que nos inte'ra – também nos relativia.

    O amor absolutia (o ético – aqui não h compara#ão) – o direitocompara e relativia (justi#a)

    1or isso não se pode invocar o ético para resolver problemas

     jur"dicos.

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    O problema do direito é o problema de justi#a, não é o problema dobem ( ético).

    O direito não deve con!undir%se com outras dimens$es (pol"tica,ética, economia, etc.)

    O direito afrma uma dimensão muito importante. A nossacivilia#ão ocidental reconhece a autonomia do direito.o islamismo – o reli'ioso e o normativo se mistura – aqui não hdireitos do homem.O direito s* pode resolver os seus pr*prios problemas (do direito). 5usti#a – parifca#ão (relativiante) das pessoas em rela#ão aopadrão comum.a época clssica pensava%se através do direito natural, que tinhauma meta!"sica. 6 aquilo que se devia assumir como uma solu#ãopara entender o fm, retomado por 7anto 8oms.9ireito natural – uma proposta:tentativa de dar solu#ão ao problemado direito.;ma 'rande descoberta da modernidade !oi a subjetividade.O homem moderno afrma a sua autonomia na economia, pol"tica.O le'alismo – nasce da autonomia pol"tica do homem moderno (asleis são um produto do pol"tico, não é a lei natural, é a lei prescritapor um poder).Assim tornou%se através das leis o instrumento do pol"tico.

    2º semestre, Quadro eral

    direito? – uma palavra polissémica)o estudo do direito0 dois si'nifcados0Direito0 enquanto o sistema

    enquanto !ossi"ilidade de a#$o 8enho um direito tenho um direito:possibilidade de iniciar umaa#ão, posso a'ir.

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    O sistema inte'ra normas jur"dicas, costumes, princ"pios, opiniãodos juristas (doutrina), decis$es judiciais. 2sses elementos (que nãosão estticos) !ormam o todo.A doutrina jur"dica inHuencia o sistema (inHuenciando os tribunais).O sistema não é acabado, é a entidade mobiliada para resolver os

    casos concretos.O jurista >pe'a? no sistema para resolver os casos e resolvendoinHuencia o sistema – ou seja, casos !aem parte do sistema. Osistema altera%se de acordo com os casos. & uma intera#ãopermanente.O problema das !ontes do direito – quem é que produ as normasI –para os positivistas importava como nasce a norma.direito? e o seu sentido

    Os direitos são al'o que e3iste. O 2stado tem o poder de limitardireitos – utiliando uma !erramenta de le'isla#ão (lei) – lei inter!erecom o direito.

    9ireitos – antes do 2stado, % depois do 2stado

    O direito tem a ver com e3i'ência, com interpelar ao outro.

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     8odos os direitos encerram em si uma limita#ão.

    7* o 2stado que representa a todos pode e3i'ir em nome de todos.

    Aquilo que se pode e3i'ir de acordo com uma determinada ordem

     jur"dica

    O modo de e3istência do direito é a sua vi'ência – a cate'oria quese pode associar = cultura em 'eral (não s* ao direito).

    A cultura – uma mem*ria de sentidos que se vão cristaliando. As"ntese de uma mem*ria que se vai sedimentando, que éconstantemente a'itada (a'ita#ão metab*lica) – assim se cria aestabilidade. A cultura s* é viva se e3iste esta a'ita#ão.Lualquer cultura é na medida que va sendo. + vi'ente quando !orum re!erente predominante da nossa e3istência.4sso vale mutatis mutandis para o direito (um subsistema dacultura)O direito tem as suas especifcidades. O direito é vi'ente quando seapresenta como vivo, se est a ser a'itado pelos problemas que ointerpelam.9ireito sistema jur"dicoOs problemas intencionam a sua e3istência e a'itam a juridicidade.2stamos perante o direito vi'ente se é a'itado em permanênciapelos problemas. 8anto universo cultural, como jur"dico admitem preteri#$es.

    O direito s* é vi'ente se admite preteri#$es (não h s* meros!actos).o quadro do direito a e3pectativa não é radicada em !actos, admiteser desmentida pelos !actos (porque radica em valores).A e3istência de burla não p$e em causa o valor de confan#a (pelocontrrio).A vi'ência é constitu"da por duas dimens$es0

    % a3iol*'ica (validade)% sociol*'ica (efccia)

    no horionte da prtica os valores estão submetidos = ilusão dotempo.

    As normas jur"dicas le'ais para serem de direito têm de ser vlidase efcaes. 1odem perder a vi'ência por perder validade, ou porperder efccia.

    Direito su"jetivo e o"jetivo

    2stamos a perspetivar o direito de duas perspetivas di!erentes.

    Direito o"jetivo – não é s* conjunto de c*di'os, é a soma das

    normas dos casos, o direito contaminado com realidades concretas.

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    O direito s* vem a epi!ania quando se realia.

    Direito su"jetivo  % a posi#ão do sujeito que é titular desse direito.

    1osso no entanto ser titular do direito e não ter capacidade de o

    e3ercer.

    A cate'oria do direito subjetivo é flha do liberalismo moderno(antes havia estatutos).

    9ireito de propriedade é um dos direitos subjetivos !undamentais.9ireitos !undamentais – direitos subjetivos pMblicos.Os sistemas totalitrios tendem banir os direitos subjetivos (vistosdesde a perspetiva do titular, de um sujeito que os titula). ossistemas ultra%liberais prevalece o direito subjetivo.

    1essoa é uma cate'oria de s"ntese – de pré%modernidade emodernidade

    1orque o homem na pré%modernidade compreendia%se como ummembro inte'rado na comunidadeN entendia%se na sua perten#a aotodo (inser#ão comunitria)N um ser social, a di'nidade estava nainte'ra#ão.a modernidade0 a pessoa um indiv"duo sin'ular (e não social).Assim uma pessoa é uma cate'oria de s"ntese (não de soma, umas"ntese dialética, com dois polos reconstitu"dos na sua

    especifcidade).

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    O sistema jur"dico tem uma certa comple3idade, uma comple3idadeor'aniada que assenta numa simplicidade primordial (um conjuntode todos os problemas que o interpelam)N é como um or'anismovivo, o todo é comple3o e or'aniado, que assenta nos problemas jur"dicos (part"culas)N cada uma dessas part"culas é uma

    simplicidade primordial (e dela resulta essa comple3idadeor'aniada).

    o sistema jur"dico articulam%se dimens$es contrrias (nãocontradit*rias)0

    % de ordem (racionalia#ão animada pela !or#a centr"peta)N% de problema (são sempre sin'ulares, !o'em sempre =

    arruma#ão, pela !or#a centr"!u'a).O sistema jur"dico é uma pluralidade de elementos, que representauma certa unidade.9ireito0

    % valor,% tempo (uma dimensão constitutiva da juridicidade, h vrios

    tempos na vida do direito),% método (a realia#ão le'islativa e judicativa (nos tribunais) do

    direito não se !a de qualquer maneira).O jurista resolve problemas e para isso tem que pPr essesproblemas (recortar das situa#$es os problemas juridicamente justifcveis:nucleares)O problema é consciência duma resistência (em qualquer dom"nio,não vejo cumpridas as e3i'ências por mim propostas). 7e os

    problemas são constitutivos da normatividade jur"dica – estamosperante um problema jur"dico.

    O sistema jur"dico, dispon"vel na sua pré%objetiva#ão, pode não sersufciente para resolver o problema, mas tem de ser sufciente parapPr o problema, tem de constituir o critério para o assimilar.

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    O direito – objetivo (sistema), subjetivo (poder de cada um dee3i'ir).

    2u tenho direito porque al'uém tem deveres.

     8odos nos tornamo%nos titulares de direitos e deveres subjetivos.

    O sistema vai se objetivando (mas é evolutivo – a maneira comovemos os direitos e deveres hoje pode ser di!erente de amanhã).

    A realidade jur"dica !a parte do sistema

    A objetiva#ão da normatividade jur"dica.

    O sistema contém normas (elas têm a estrutura, previsão,estatui#ão, san#$es).

    As normas s$o 'erais (para todos que possam aproveitar a norma,que caibam dentro duma certa cate'oria#ão), abstratas (o casoque permite resolver não est e3atamente previsto, a norma prevêum certo tipo de casos, não tem contorno e3ato do caso).

    ieraruia das normas0

    1. onstitucionais – aquelas, que estão e3pressamente

    previstas no te3to constitucional.

  • 8/18/2019 apontamentos (1) Introdução ao Direito

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    Os re'ulamentos servem para desenvolver um quadronormativo. ão traem nada de novo, desenvolvem aquilo,que di a lei:decreto%lei. ;m re'ulamento não modifca oquadro normativo, não pode revo'ar lei:decreto%lei.

    5s !rincí!ios6

    Os princ"pios é o que est na ori'em, por onde se come#a. O maisimportante são os princ"pios, mas não são todos i'uais.23istem princ"pios0

    % que resultam das pr*prias normas em vi'or (esses quase nãosão princ"pios. 7* se chamam assim)

    % que estão no c*di'o 'enético (inalterveis)

    23istem princ"pios que são anteriores, pertencem ao momento!undador da pr*pria ordem jur"dica (anteriores no sentido queinHuenciaram a sua !unda#ão) – princ"pios !undamentais da /.1.9ireito positivo – concreto, realrincí!ios su!ra!ositivos  % acima de qualquer objetiva#ão. ãoresultam da norma, a norma é que resulta deles. 1rinc"pios que sãosuperiores e anteriores =s pr*prias normas % !rincí!iosnormativos (sobrepositivos) – estão acima de qualquer normaescrita.

    1or outro lado temos !rincí!ios trans!ositivos % são aqueles queserão carater"sticos de outras onas:ramos de direitoN carateriam

    outras reas do direito0

    1rinc"pio de le'alidade (direito administrativo, fscal, pMblico, etc.)1rinc"pio de autonomia de vontade (direito civil).

    O direito pMblico depende da lei. o direito civil a lei não é maisimportante que a vontade.

    & princ"pios que são vlidos para certos ramos do sistema (nãopara todo o sistema).1rinc"pio do contradit*rio no processo civil (é preciso responder, é

    o dever de contraditar – se não estamos a aceitar), mas !ora doprocesso civil não tem importncia.

    1rinc"pio da boa !é é considerado transpositivo do direito privado,mas h quem o considere suprapositivo do direito.

    1rinc"pio de le'alidade criminal – transpositivo do direito penal masque assenta no princ"pio suprapositivo de di'nidade da pessoahumana. 2sse princ"pio visa permitir escolha (tenho de saber anteso que é proibido).

    1rinc"pios que resultam da lei – !ositivos

  • 8/18/2019 apontamentos (1) Introdução ao Direito

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    1rinc"pios carater"sticos para certos ramos do direito –trans!ositivos1rinc"pios que se imp$em a tudo – su!ra!ositivos

    A juris!rud7ncia

    9ecis$es dos tribunais, na medida que as decis$es são!undamentadas (ju"es emitem ju"os de valor acerca de !actos). A jurisprudência permite%nos resolver os conHitos concretos queche'am ao tribunal.ormalmente a jurisprudência mais relevante é a dos supremostribunais e da se'unda instancia (Uela#ão) – a jurisprudência citada.A jurisprudência acaba por ser o momento mais relevante paraperceber o sistema jur"dico – invoca as leis, doutrina, casosconcretos, ale'a#$es !eitas pelas partes em lit"'io, princ"piosnormativos, as vees até necessita de inte'rar a re!erencia aocostume:usus.;m ac*rdão bem !eito tem todas as partes do sistema.;ma senten#a bem !eita transporta consi'o o sistema e modifca opr*prio sistema, serve de precedente para casos posteriores.2 na jurisprudência que se mani!esta melhor o pr*prio sistema0 8 osistema em a#$o.

    5utros e9tratos do sistema6

    5 costume

    A doutrina  – ensina o decisor (procurador, advo'ado, jurista –doutrinadores)N considera%se doutrinadamenteN criar ar'umentospara resolver casos concretos (uma doutrina não citvel – citvel é ados livros, escrita)N e3i'e%se no entanto uma constru#ão cient"fcapara poder ser considerada uma doutrina jur"dicaN a doutrina d umsuporte mental para avan#ar.

    %i#$o 1:' *11.0&.2013

    ;ontes

    ão se deve con!undir o sistema e as !ontes.

    O direito é o sistema (!aem parte dele normas jur"dicas, doutrina,costume, jurisprudência, princ"pios normativos (al'uns anteriores aopr*prio sistema)).

    O sistema tem uma !un#ão metodol*'ica – compreende%se umsistema como um todo.

    1or que modos é que se revela a normatividade jur"dica (o sistema)I

  • 8/18/2019 apontamentos (1) Introdução ao Direito

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     8radicionalmente (no sistema positivista, séc. B4B – até os nossostempos) per'untava%se0 Luem produ normas jur"dicasI Onde sãoproduidasI 1orque o sistema era encarado como um mero conjuntode normas.

    1ara o positivismo as !ontes do direito si'nifca0 quem temle'itimidade para produir normas jur"dicasI ão se per'untaporqueI O positivismo responde = per'unta que j est respondidana /onstitui#ão. A constitui#ão – a norma escrita, ou seja opositivismo ao por essa per'unta d a norma como a resposta =per'unta sobre as normas. ão se coloca a per'unta primordial.

    & ra$es para que o pensamento do século B4B tenha essaaborda'em.O princ"pio de le'alidade pol"tica leva a uma i'ualdade jur"dica. Anorma con!ere estatuto e responde a tudo. Or'ania#ão 'eométricada sociedadeN conv"vio de !orma contratualiada – contrato social. Opositivismo assume que isso é indiscut"vel – a Mnica !orma dei'ualdade é a e3istência das normas. 2sta afrma#ão de uma naturali'ualdade s* se afrma através de uma natural le'alidade.

    A nossa perspetiva é di!erente0 o direito não est e3clusivamentenas leis, é o sistema comple3o, ainda que é vis"vel através da lei eoutros e3tratos do sistema.

    &oje per'untamos0 /omo é que o sistema sur'e perante nosI /omo

    é que se revelaI /omo é que o !en*meno se vêI

  • 8/18/2019 apontamentos (1) Introdução ao Direito

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     8emos de entender quais os e3tratos determinantes para entender omodelo que temos perante nos.< sistemas leislativos, consuetudin

  • 8/18/2019 apontamentos (1) Introdução ao Direito

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    1or vees o princ"pio não muda, mas a lei muda. As vees pode%setirar outras conclus$es di!erentes.

    a constitui#ão e3istem limites !ormais para conteMdo material.

     8odo o conteMdo implica uma !ormalia#ão.

    Lual é a mani!esta#ão !ormal do sistema0

    - sistema !redominantemente leislativo- sistema !redominantemente consuetudin

  • 8/18/2019 apontamentos (1) Introdução ao Direito

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    Os valores são permanentes, constroem%se ao lon'o deséculos e são assimilados pela sociedade.ão podemos dei3ar a resposta nas mãos da sociedade. Ole'islador, jui não vão reHetir e3atamente o sentir dasociedade concreta, mas aquilo que é permanente nesta

    sociedade concreta, o traditio desta sociedade.O *r'ão le'islativo, judicial tem de manter um certodistanciamento em rela#ão = sociedade (para criar as normase decidir os casos), mas não pode ser um distanciamentomuito 'rande.9evemos de!ender os valores que se revelam comopermanentes.O momento de validade – os valores mani!estam%se perantesitua#$es concretas – porque o conteMdo da palavra muda. Apr*pria ideia acerca do princ"pio é dinmica.

    V. (omento constituinte2sse momento leva%nos a perceber qual o modelo. asociedades modernas afrmam%se todos (le'islativo, jurisprudencial, consuetudinrio).1rocuramos perceber se aquela realidade social com aquelesvalores corresponde mais a uma !orma escrita, tribunais ou decostume. Analisar limites de le'isla#ão (costume ou jurisprudência).a nossa sociedade observamos, que o tipo de e3periênciaconstituinte do direito que de al'um modo melhor represente

    a determina#ão da conduta social é a e3periência le'islativa(o que di a norma).@oram sur'indo c*di'os e che'amos ter uma rela#ão na vidasocial baseada nas normas de codifca#ão (heran#a !rancesa).As normas e3primiriam o consenso social. os acabamos porcair no sistema de le'isla#ão.& sistemas onde predomina a e3periência constituintele'islativa, jurisprudencial ou consuetudinria.os per'untamos sempre – h normaI

  • 8/18/2019 apontamentos (1) Introdução ao Direito

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    A rea#ão da sociedade para a pr*pria norma pode serdi!erente por causa do costume (a aplica#ão da norma, a!orma de que a sociedade a entende).

    Luais são os limites ue se im!>em ao sistema le'islativoI

    Lual é o limite da lei:le'isla#ãoI23istem dois tipos de limites – ?uncionais e normativos.

    %imites ?uncionais – têm a ver com a !un#ão da norma (paraque ela serveI).

    A norma não se pode meter em tudo. 23istem onas livres dodireito – onde o direito não pode entrar – op#$es estéticas,'ostos, o le'islador aqui não pode impor nada.

  • 8/18/2019 apontamentos (1) Introdução ao Direito

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     8ambém pode acontecer, que a realidade concreta para qualnasceu a norma dei3ou de e3istir (est !ormalmente em vi'ormas não é efca, tornou%se obsoleta – envelheceu).1ode também haver um envelhecimento da norma porque osvalores que a !undamentaram j mudaram – entrou em

    caducidade natural (j não serve).- %imites de validade de normascontra os valores consitucionaisCimites normativos de validade – contradi#ão de norma comcertos valores no momento em que a norma é !eita (normainconstitucional). 1or e3emplo a norma que discrimina osdireitos de homens e mulheres, etc.1or dependerem duma decisão do tribunal (se vi'oram ou nãovi'oram) mão vi'oram no plano jur"dico mas produem e!eitosno plano prtico.A invalidade da norma tem de ser ale'ada perante aautoridade (jui). os te3tos acima de tudo?,>te3tualidade?.

    B4B – Alemanha – escola hist*rica, dominada pela ciência do direito,direito mani!esta#ão anlo'a a outras mani!esta#$es culturais, aemana#ão do esp"rito do povo, a f'ura principal – jurista.

    /odifca#ão em @ran#a – DTWE/odifca#ão na Alemanha % DSWW

    9epois polo !rancês e polo alemão !undiram%se e sur'iu o m8todo jurídico, que se carateria em V dimens$es0

  • 8/18/2019 apontamentos (1) Introdução ao Direito

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    % hermenêutica (proposta em @ran#a)0 e3plicitar o sentidoatravés dos enunciados flol*'ico%'ramaticais, esclarecendo osentido semntico.

    % 2pistemol*'ico%cient"fca (proposta na Alemanha)0 recortarcom precisão os conceitos impl"citos, e3trair os corpos mais

    simples da qu"mica jur"dica – conceitos% @ranco%alemã (técnica)

    @ins do século (anos JW%ta) B4B0

    % cr"tica emp"rica do método jur"dico (no plano dos !actos). Atéali – a norma jur"dica era o absoluto. O centro passa para ocaso (que se torna o ponto de partida e a perceptiva).

    A cr"tica metodol*'ica deu ori'em =s correntes0

    X correntes metodol*'icas de orienta#ão prtica0% o pensamento dessas correntes era assumidamente fnalistaN

    lei de fnalidade (para que serve o direito)0% os fns, valores e interesses são elementos jur"dicos

    e3trate3tuais – conte3to que densifca o te3to.% o centro est a decisão concreta.

    Orienta#ão !rancesa0

    % pelo c*di'o civil mas para l do c*di'o civil,% superar os aspetos do pensamento e3e'ético.

    % recuperar a importncia das autoridades – modos deconstitui#ão do... (doutrina e jurisprudência),% isso projetou%se numa proposta le'islativa – c*di'o civil su"#o

    (DSWK), art. EQ % o art.Q DWQ, n.Q V do nosso /*di'o /ivilinspirou%se naquele.

    % Uecuperar a importncia das normas no mbito do seuconte3to (dados reais, culturais, naturais) –as normas deviamser interpretadas em consonncia com esse conte3to. –importncia0 interpreta#ão subjetivista.

    • Alemanha0 movimento do direito livre0 absolutiar:radicaliar adecisão concreta

    •  /uris!rud7ncia dos @nteresses  (Alemanha a primeiradécada do século BB), a corrente metodol*'ica inspiradora donosso /*di'o /ivil. /arateriada por um modo prudente comorespeitou a tradi#ão e se virou para a inova#ão (um passo em!rente sem esquecer o que est atrs). Acentua a importnciada lei, mas j não é vista como o imperativo. A norma é oponto de partida mas teleolo'icamente interpretada. 1arte denorma mas releva a fnalidade dela que est !ora dela. Aslacunas são reais. Admite interpreta#ão corretiva – dominadapela especifcidade do caso.

  • 8/18/2019 apontamentos (1) Introdução ao Direito

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    /r"ticas0 a juridicidade é suscet"vel de ser reduida a!actualidade.

    1ensamento jur"dico hoje0% o direito dei3ou de ser objeto e passou a ser um problema

    % o direito positivo é sempre incompleto% a do'mtica é de !undamenta#ão, a doutrina tem de elaborar

    princ"pios inspiradores% no centro do pensamento jur"dico est o caso (como ponto de

    partida). ão h aqui nenhum casu"smo – porque o caso ésempre visto no conte3to do sistema.

    1' li#$o

    (etodoloia do direito B (etodonomoloia – inser#ão de>nomos? – metodolo'ia do direito:jur"dica

  • 8/18/2019 apontamentos (1) Introdução ao Direito

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    % método e3e'ético (retirar si'nifcado do te3to) baseava%seacima de tudo nos elementos te3tuais.

    % método jur"dico – a escola mais importante de e3e'ese(compreender as palavras no te3to)N hermenêuticaN B4B –tentativa de autonomiar as palavras do te3to dos casos

    concretos.pré%solu#ão? para todos os casos.Ce'alismo – muito esttico

    O direito não se pode !echar = realidade. O conceitualismo ao defnirconceitos !echou%se. Ce'alismo, conceitualismo – escolaspositivistas

    /r"tica do método e3e'ético – não é poss"vel esquecer a realidade.

    7ur'e então a Cscola de livre investia#$o cientíca do direito– @rancois RenY

    2sta escola visa li'ar o direito = realidade. Ceis – merosinstrumentos para se che'ar a uma boa decisão. 9iia que a lei temde ser interpretada de acordo com a realidade, no entanto nuncaconse'uiu ir além da lei.

    A escola que quebra é a escola da juris!rud7ncia dosinteresses (alemã). Uudol! Zon 4herin' – o mais importante jurista

    de todos os tempos é dessa escola.Luebra com todas as escolas e3istentes. @a uma 'rande s"ntese detodo o direito. O problema é que conta. O problema é a prtica. Odireito é a prtica.4herin' – pai da jurisprudência dos interesses (BB in"cio). Zai centraro problema no conHito dos interesses. O direito – uma solu#ãoadequada a resolver um conHito de interesses. O que interessa nodireito é o interesse socialmente relevante.%i#>es 1E' e 20'4nterpreta#ão jur"dica – não h nenhuma escola do pensamento

     jur"dico que a possa desprear, porque é o modo de realia#ão dodireito.

  • 8/18/2019 apontamentos (1) Introdução ao Direito

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    9ireito romano – compreender o caso a lu dos princ"pios de umadada comunidade (não tinham as codifca#$es). 9ireito medieval – omesmo. a época moderna (fnais do BZ444:in"cio do B4B) – 2stadole'isla#ão0 todo o direito est na lei. O jurista interpreta o te3to.9epois0

    @nter!reta#$o jurídica B entendida no sentido di!erente dotradicional.O direito é muito mais de que a le'isla#ão. + importante interpretare apanhar o sentido do direitoOs anos EW%ta em 1ortu'al0 mistura entre a jurisprudência dosinteresses e o positivismo.

    2scolas não são necessariamente rupturas.

  • 8/18/2019 apontamentos (1) Introdução ao Direito

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    As re'ras de interpreta#ão (doutrinarias) – os intérpretes é que as!aem.O nosso le'islador criou um cnon interpretativo0Art. Eº do =dio ivila base do art.Q SQ est a jurisprudência dos interesses – é preciso

    sempre salvar o interesse socialmente relevanten.Q dei3a mar'em a uma interpreta#ão. ão nos f3amos ao te3tomas ao fm socialmente relevante. & um sentido ne'ativo da letrada lei (a letra da lei pode valer muito pouco – mas vale um bocado).O n.Q V salienta o sentido positivo.4nterpreta#ão - subversão da norma4nterpreta#ão - submissão da normaa norma devemos respeitar o interesse socialmente relevante. Ote3to deve levar a uma solu#ão.Objeto da interpreta#ão – norma (problema)O te3to – um instrumento, ponte, passa'em, meramente !uncional,não é o ponto de che'ada (é o problema)./omo descobrimos qual é o problema do te3toI4nterpreta#ão atualista – de acordo com a situa#ão presente,pensamento presente (não de acordo com o pensamento dole'islador). A norma vai sendo interpretada de acordo com omomento presente (interpreta#ão atualista – objetivista) – nãofcamos presos ao momento em que !oi criada.

    A interpreta#ão pode ser trai#ão = letra da lei, mas não ao esp"ritoda lei.

    ;atores *elementos da inter!reta#$o6

    D. %etra (elemento 'ramatical) – te3tos enquanto conjuntos depalavras. A letra da lei o suporte !"sico do te3to.

  • 8/18/2019 apontamentos (1) Introdução ao Direito

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    positivista). A lei – o instrumento nas mãos do intérprete(art.SQ, n.QV)

    A norma de!ende certos interesses (a letra é o m"nimo que permitede!ender os interesses socialmente relevantes)

    Arti'o DWQ % o problema das lacunas – se temos uma visão modernade interpreta#ão dispensamos o problema das lacunas. 7e lavarmosa limites a interpreta#ão – quase não h lacunas.

    4esultados da inter!reta#$o6

    @nter!reta#$o61. declarativa2. e9tensiva -3. restritiva&. e9tens$o teleol=ica). redu#$o teleol=ica