apontamentos de direito romano

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Pagina Web 1 de 12Direito c.R.pmanoFUNDACÃO DE ROMA A origem lendarla de Roma data de 754/753 a.C., tendo sido seus crtadores os gemeos Remo e Romulo. Conta alenda que em Alba Longa, localizada no Latium, reinava Numitor, destronado e morto por seu trrnao Arnullo. Rhea Sylvia, filha de Numitor e entao encerrada num convento de vestais onde deveria permanecer virgem. Contudo, de sua uniao lllclta com 0 deus Marte, nascem os gemeos Remo e Romulo, que para nao ser mortos sao abandonados numa fl

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    Direito c . R . p m a n o

    FUNDAC;io DE ROMAA origem lendarla de Roma data de 754/753 a.C., tendo sido seus crtadores os gemeos Remo e Romulo. Contaalenda que em Alba Longa, localizada no Latium, reinava Numitor, destronado e morto por seu t rrnao Arnullo.RheaSylvia, filha de Numitor e entao encerrada num convento de vestais onde deveria permanecer virgem.Contudo, de sua uniao lllclta com 0 deus Marte, nascem os gemeos Remo e Romulo, que para nao ser mortos saoabandonados numa floresta e sao recolhidos e amamentados por uma loba. Mais tarde os dols voltam a AlbaLonga e vingam 0 avo Numitor, destronando Arnullo.Em fun

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    d) Fonte do direito publico e privado (ius civile), quem vem a ser 0 resultado das lutas socia is dos plebeus, quepretendiam ser assistidos pela lei. Inicialmente eram 10 tabuas, depois formaram 12, vallda a todos romanos,mas somente a eles, que foram destruldas num l ncend to , na guerra contra os gauleses;e) Outras leis que surgiram apes a XII Tabuas, foram: "leges rogatae" ou "lex rogata" e "leges datae" ou "lexdata".A lex rogata erarn leis propostas pelos magistrados e votadas pelo povo por lnlclatlva de uma magistrado(imperador). Dividiam-se em:Index: Parte da lei contendo a indica~ao sumarla:Praescriptio: Parte da lei contendo 0 nome do maglstrado que a propos, a referencla dos titulos, dia e lugar emque foi votada;Rogatio: Parte da lei que descreve 0 conteudo total da lei;Sanctio: Parte que comina penas aos infratores da lei.A lex data eram medidas tomadas em nome do povo, mas por um magistrado, a favor de pessoas ou de cidadesdas provincias. (correspondem aos atuals regulamentos admlnlstratlvcs).Lex e a deterrnlnacao geral do povo ou da plebe (populus romanus) reunidos (comitia), por proposta domagistrado e confirmada pelo senado.PERIODO CLASSICO: Compreende 0 periodo de 11 a.c. a II d.C. Periodo de renovacao e evolucao em Roma, quetarnbern atingiu 0 Direito. Houve rnalor lntercarnbto comercial com outros paises, necessitando crlar leisdiferenciadas para os estrangeiros.DIVISAO DAS LEIS POR MODESTINOImperativas: Determinavam 0 comportamento;Proibitivas: Proibiam 0 comportamento;Permissivas: Permitiam 0 comportamento;Punitivas: Aplicavam sancao ao descumprimento legal.CLASSIFICAC;AO DAS SANC;OESDA LEIPerfectae: Estabeleciam sancao de nulidade do ate praticado (Ex. "Lex Aelia Santia" que declarava nulas asalforr ias feitas contrariamente as suas dtspostcoes):Minus quan perfectae: A san~ao nao previa a anulacao dos atos, mas apllcava punlcso aos infratores. (Ex.vtuva que se casasse antes de 10 meses da morte do esposo, sofrla restrlcao no campo do direito privado);imperfectae: Nao anulavam 0 ate e nem puniam 0 infrator. (Ex. lei que prcibe a doacao de certo valor, semestipular sancao ou nulidade a quem doar).Hoje em dia, as principais legisla~oes sao classificadas como leis mais que perfeitas, que preveern nulidade epuntcao concomitantemente.DIVISAo DO PODER DOS PRETORESPotestas: Poder limitado de mandar;Imperium: Poder amplo de mandar.Neste periodo, Adriano autorizou os jurisconsultos a responder oficialmente em nome do Imperador e interpretarleis que ate entao so os sacerdotes tinham tal poder. A partir daft seus pareceres tinham force obrlqatorta emjuizo.PODERES DOS JURISCONSULTOSRespondere: De emitir pareceres jurfdicos sobre questces pratlcas:Agere: Instruir as partes de como agir em jufzo;Cavere: Orientar os leigos na reallzacao de neqoclos juridicos.Surge tarnbem a Lei Aebutia, a qual da poder ao magistrado de introduzir a~oes nao previstas e de deixar deaplicar a~oes previstas. E 0 poder d l sc r t c t ona r t o , ligado a sua vontade, Crlou-se com tsto, lnumeras declsbesdiferenciadas, todas registradas nos "edito dos magistrados",PERf000 poS-CLASSICO: Compreende 0 periodo de II d.C. a VII d.C, Perfodo sern grandes lnovacces, ate queJustiniano compilou as melhoras obras numa so (Corpus Juris Civilis) Sao 2.000 livros resumidos em SO volumes.COMPOSIC;Ao DO CORPUS JURIS CIVILIS

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    C6digo Antigo: 0 que se aplicava anteriormenteao Corpus Juris Civilis;C6digo Novo: Atualiza~ao do codlqo antigo. Divide-se em 12 Iivros;Digesto: Significa: organizado, classificado. Formado por 16 jurlstas, entre eles: Teofilo, Cratino, Iriboniano;Institutas: Significa: iniciar, educar. cornentartos de Gaio e tem por objetivo a exposlcao dtdatlca do direitoromano privado;Novelas: Conjunto de novas constltulcoes imperiais decretadas por Justiniano,DIREITO OBJETIVO: 0 vocabulo utilizado pelos romanos era jus (ordenar, jurar), Dividia-se em:Norma Agendi: Conjunto de regras e normas juridlcas, aplicadas a todos (erga omnes), Nao cumpridas, podemgerar uma sancao (sanctio);Facultas Agendi: Dlreito da pessoa exigir cumprimento da lei, 0 respeito a lei. Eo direito subjetlvo.o principal objetivo do direito e resolver os conflitos, mediante apllcacao pratlca da justtca,DIREITO DIFERENTE DE RELIGIAO: 0 jus (direito) nao se confunde com 0 faz (religiao, 0 jus e do dominiohumane e 0 faz do reinado de Deus.DIREITO DIFERENTE DE MORAL: A moral e a clencla geral da consciencla humana e em todas suas atividadesdeve-se primar pela moral.Ela tem conceito elastlco e varlavel de acordo com a epoca, E a arte do bem. 0 direitoe flxo, nunca elastlco e deve ser aplicado nas relacces onde houver interesse humane.

    CLASSIFICA;AO DA NORMA AGENDI - QUANTO A SISTEMATICADireito Publico: Tem por objetlvo a organizat;ao da republica romana;Direito Privado: Diz respeito aos interesse dos partlculares.DIVISAO DO DIREITO PRIVADOJus Civile ou Jus Quiritum: Direito dos cldadaos romanos;Jus Gentium: Direito comum a todos os povos:Jus Naturale: Regras da natureza, comum a todos os seres. Ex.: relatlvos a matrimonio, procuracao etc,CLASSIFICA;AO DA NORMA AGENDI - DO PONTO DE VISTA HISTORICOForma Jus Scriptum: Sao as leis (Ex.: os editos compilados, as constltulcoes trnperiais, Eram as leis escritas;Jus Non Scriptum: Sao as leis nao escritas, ou seja, os costumes;Fonte Jus Civile: Regras que provinham do costume, das leis, dos plebiscitos. Era rnals antigo, formal econservador;Jus Honorarium: Direito elaborado e introduzido pelo pretor, que com base no seu poder imperium, atualizavaleis do Jus Civile. Era rnais liberal e humano;Jus Extraordinarium: Direito elaborado na epoca imperial, por atividade jurisdicional do Imperador e de seusfunclonarlos:Extensao Jus Commune: Aplicadas a todas as pessoas e em todas as sltuacces prevlstas. Sao regras geraiscomuns;Jus Singulare: Validas a determinadas pessoas ou grupos, com apllcacao em sttuacces especiftcas.Aplica~ao Jus Cogens: Regra absolute cuja aplica

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    Quanto ao conhecimento da leia) Interpretacao:b) Analogia.Quanto aos fatos concretosa) Presuncao;b) Fic\;ao.QUANTO AO CONHECIMENTO DA LEI - INTERPRETAC;AO: Ocorre quando 0 juiz procura avaliar as palavrasdo texto legal para obter 0 seu verdadeiro significado. A tnterpretacao podera ocorrer de duas formas:Quanto a IiteralidadeAutentica: 0 juiz utiliza-se de uma lei para interpretar outre:Doutrinal: 0 juiz utiliza-se dos trabalhos dos estudiosos (jurisconsultos) para interpretar 0 texto legaliGramatical: 0 juiz utiliza-se da gramatica para a perfeita lnterpretacao:Logica: 0 juiz se vale da logica para encontrar 0 verdadeiro sentido do texto leqal:Histiirica: 0 julz utlllza-se dos ensinamentos hlstcrlcos para a busca do verdadeiro sentido do texto da lei.Quanto ao resultadoDeclarativa: A lnterpretacao confirma 0 sentido ortqlnarto da lei. "interpretatio declarativa";Extensiva: A lnterpretacao estender 0 sentido ortqtnarlo da lei. "interpretatio extensiva". Ex.: lei do inquilinatoque faculta 0 proprletarlo pedir 0 lrnovel para uso proprio. Este direito tarnbern e estendido ao usufrutuario:Restritiva: A lnterpretacao restringe 0 sentido orlqlnarto da lei. "interpretatio restrictiva". Ex.: lei do lnquillnato, 0nu-proprtetarlo nao pode requerer 0 bem para uso proprio.Ainda quanto a interpretacao, as vezes a lei deixava de tratar determinados assuntos, dando origem a umalacuna, quando entao se aplicavam a analoqla, a presuncao ou ainda a fic

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    ou na data determinada pela propria. 0 intervale da prornulqacao ao infcio da eflcacla, denomina-se vacatio legis.Previa-se tarnbern a irretroatividade da norma. Poderia retrcaqlr, mas sem que prejudicasse os direitosadquiridos. A apllcacao da regra juridica e "erga omnes". Ninguem poderia se isentar de cumprimento a[egandolqnoranda quanto a norma. Naoera rigorosa esta apllcacaoaos menores de 25 anos, as rnulheres, aos soldados eaos camponeses.TERMINO DA EFICAclA DA NORMAa) Pelarevoqacao da lei por regra contraria. A norma juridica anterior perde efeito porque a posterior e contrarlaa era ;b) Pela revoqacao da lei pelo costume ou pelo desuso. Ocorre quando 0 costume introduz uma regra con t ra r ta anorma juridlca anterior, ou ainda quando a norma deixa deser apllcadacom frequencla (desuetudo);c) Peladata fixada na lei. A propria lei informa quando a mesma tera sua eftcaclacessada.FONTES DE DIREITO: Fonte do dlrelto e todo modo de formacao do Direito, e todo documento, monumento,pessoa, orgao ou fato de ondeprovern a norma jurfdica. As fontes do Direito Romanosedividem em:Fontes de Produc;ao:Sao os orgaos que tem a funt;ao de crlar a norma juridica. Senado, Imperador, Patrfcios,Plebeetc.Fontes de Cognic;aoou de Revelac;ao: E 0 produto da atividade dos orgaos criadores.COSTUME - CONSUETUDO: No periodo arcalco, 0 costume foi quase que exclusivamente a unlca fonte dedireito. Entende-se como costume a observancla constante e sxpontanea de determinadas normas decomportamento humane nasociedade. 0 costume divide-se em:Externo: observancla constante da norma;Interno: Convict;aode quea norma eleita funciona como lei.LEIS E PLEBISCITOS: As leis (lex rogatas) eram tomadas em cormcros (comitia) de que so participavam oscldadaos romanos (populus romanus). Os comicios eram convocados pelos magistrados para defiberar sobre 0texto de lei por eles proposto.Os plebiscitos (plebiscita) eram declsdes da plebe, reunidas sem os patricios (comfcios centuriatos). Essasdellberacoes passaram a ser valldas a toda comunidade a partir de 286 a.C., por deterrnlnacao da Lei Hortensia,que autorizava a apltcacao de plebiscite a toda a comunidade Romana.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -SENATUS-CONSULTOS: Eram as dellberacces do Senado de Roma. Na epcca da Republica Romana asdellberacoes do senado eram dirigidas as magistrados. A partir de l1}-13S e.c., 0 senado passou a aclamar aspropostas do imperador Adriano, transformando-se em forma indireta de legisla~ao imperial.CONSTITUIC;OES IMPERIAlS: Eramas dlspostcces do imperador que nao so interpretavam a lei, como tarnbernestendiam ou inovavam. Tiposde constltulcdes imperiais:Edida: Proclarnacoesdo imperador ao ser consagrado, do mesmo modo que os pretores quando assumiam aspreturas;Mandata: tnstrucdes dadas pelo imperador, na qualidade de chefe supremo, aos funciomirios subalternos;Decreta: Decisdesque 0 imperador tomava, comojulz, nos processosque Ihe eram submetidos por particularesem litigio;Rescripta: Respostas dadas pelo imperador a consultas juridlcas que Ihes eram feitas por particulares(subscriptio) ou magistrados (epistola).EDITO DOS MAGISTRADOS: Assume grande lmportancla como fonte de direito em Roma, principalmente noperiodo arcaico. 0 pretor na jurisdlcao poderia utilizar 0 seu poder imperium, denegando ou concedendo tutelajuridica, de acordo ou nao com 0 ius clvlle/qulrltum,Podiam tarnbem introduzir novas regras ou corrigir as anteriores. Era0 poder dlscrtclonarto. Quando assumiam oscargos, os pretores e magistrados promulgavam seus programas, revelando como pretendiam agir durante 0 anade seu exerdcio. Criavam-se assim oseditos.Os editos eram novas normas juridicas criadas pelos pretores, que podia ser aplicadas paralelamente ao direitoqulrltario,Adriano ordenou por volta de 130 d.C., a redacao definitiva do edito, que foi feita pelo jurista Salvio Juliano erepresentou 0 fim daevolucao desta fonte de direito.JURISPRUDENCIA: Os jurisprudentes ou prudentes eram os jurisconsultos encarregados de preencher aslacunasdeixadas pelas leis, adaptando os textos legais as rnudancas ocorrldas na sociedade.o trabalho de tn te rpre tacao ou acornodacao do texto legal ao caso concreto era chamado de "interpretatioprudentium".EVOLUC;AOHISTORICA DAS FONTES DO DIREITO

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    Leges: Conjunto de regras de dlrelto na epoca pos-classlca expressas nas constltulcces imperiais;IUra: Direito elaborado pelos jur isconsultos na epoca pos-classtca,Fontes do Direito Romanoa) Costumes;b) Leis e Plebiscitos;c) Senatus Consultos;d) constttulcces Imperiais;e) Edito dos Magistrados;f) Jurlsprudencla.Costumesa) Externo - Usus;b) Interno - Opinio Necessltatls,Constituic;oes Imperiaisa) Edicta;b) Mandata;c) Decreta;d) Rescripta.SUlEITOS DE DIREITO: Sao todas as pessoas, quer fisicas, quer juridicas, que exerc;am relac;ao jurfdlca,atuando no mundo do direito. As pessoas poderao ocupar posic;5es de autor (polo ativo - exige 0 comportamentode outrem) ou reu ( polo passivo - tern obrigac;ao de ter um determinado comportamento) em uma relac;aojuridica.Pessoa e todo sujeito de direito a quem a lei confere capacidade juridica. A pessoa natural e a pessoa humana.Quando 0 direito empresta personalidade juridica a entidades artificiais, estas serao as pessoas jurfdlcas,No direito romano, nao bastava so ser homem para ser pessoa. Era precise ser homem, ter forma humana e naoestar na condtcso de escravo.o escravo era serf mas nao era homem, nao era sujeito de direito. Era considerado, na socledade romana, como"res" (coisa).PESSOA FisICA - REQUISITOS: Sao dois requlsltos para que um homem seja considerado pessoa flslca, noDireito Romano:a) que ele exista para 0 ordenamento jurldlco: tem lnlclo para 0 ordenamento juridico com 0 nascimento com vidae perfelcao:b) que ele tenha personalidade juridica : aptldao para adquirir direitos e contrair obrigac;5es.EXISTENCIA DA PESSOA FisICA: A exlstencla da pessoa fisica tinha lnfclo com 0 nascimento. 0 feto tem quenascer com vida e perfelcao. 0 nascituro ainda nao e pessoa, mas e protegido desde a concepcao e durante todaa gestac;ao.o Direito Romano considerava 0 nascituro como ja nascido (ficc;ao), reservando-Ihe assim direitos e vantagensjuridicas. 0 aborto e 0 monstro (bebe nascido com defeitos fisicos) nao eram considerados como pessoas dentrodo Direito Romano.EXTINC;:AODA PESSOA FisICA: Extinguia-se com a morte do individuo. No Direito Romano era dlspensavel queFosse feito qualquer registro da morte.Tarnbern se admitia na epoca a cornorlencla (varlas pessoas da mesma familia morrem em mesma ocaslao),entretanto, exlstla uma presuncao simples (praesumptio lurls tantum) de que 0 filho lrnpubere (menor) morreraantes do pai e 0 filho pubere (adolescente) depois; com intuito de saber de quem se Faria 0 tnventarlo primeiro.CAPACIDADE lURiDICA DE GOZO: Tarnbem conhecida como capacidade de direito, significa a aptldao dohomem para ser sujeito de direitos e obrigac;5es. Para que a pessoa pudesse ter capacidade jurldlca de gozo eranecessarto cumprir tres requisitos baslcos: ser livre, cidadao romano e independente de patr to poder. Estes tresrequisites davam origem a tres status (condlcao civil da capacidade):Status Libertatis: Examinava 0 requisito da liberdade;Status civitatis: Examinava 0 requlslto da cidadania;Status Familiae: Examinava 0 requisito da sltuacao familiar.STATUS LIBERTATIS: Esta relacionado com a liberdade, que era 0 maior bem para 0 cidadao romano. Oshomens poderiam ser livres ou escravos dentro daquela sociedade. A grande dlferenca e que 0 homem livre e umser, enquanto que 0 escravo era considerado como coisa, nao tinham direitos ou obrigac;5es, nem relacoesfamiliares reconhecidas pelo Direito. Gaio, jurisconsulto romano, divide as pessoas em quatro grupos:

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    Divisao Fundamental: Eram divididos em livres e escravos;Segunda Divisao: Eram os cldadaos (Iatinos) e nao cldadaos (peregrinos);Terceira Divisao: paterfamilias (chefe supremo familia) e os dernals (manus, dominium, etc);Quarta Divisao: sui juris (pessoa independente do paterfamilias) e alieni juris (pessoa dependente dopaterfamilias).ESCRAVIDAO: va r t a s sao as formas para se chegar a condlcao de escravo, dentre elas, seguem:Pelo Nascimento: Filho de escrava, escravo era; independente da paternidade da crlanca (pai livre ou paiescravo);Pelo Cativeiro: Inimigos aprtslonados flcam escravos do Estado romano, sendo vendldos aos partlculares;Pela Deser~ao:0 soldado desertor virava automaticamente escravo;Pela Negligencia: 0 cidadao romano que nao se inscrevesse no censo seria considerado escravo e era chamadode "incensus";Pela Insolvencia: Quem deixava de pagar as dlvldas e era condenado, chamado de "addictus" e poderla servendido pelo credor;Pela Prisao em Flagrante: 0 preso era vendido pela vftima do furto.Com 0 passar do tempo, foi permitido aos escravos a representacao de seus donos em determinados atosjurldlcos, desde que 0 objetivo fosse aumentar 0 patrlmonlo. Escravo somente teria direito a Iiberdade de tresformas:Em Virtude da Lei: Os escravos velhos e doentes (a titulo de punic;ao dos donos), 0 escravo que delatasse 0assassino de seu amo (a titulo de recompensa), 0 escravo que vivesse por mais de 20 anos em liberdade;EmVirtude do jus postliminii: (direito de voltar a patrla): ctdadao romano que feito escravo, foge, e volta aRoma;Pela manumlssao: Ato voluntarlo do dono do escravo, alforria.MANUMISSAO: A manurntssao se dava, segundo 0 direito qut r t t ar to (ius civile), por tres form as:Manumissio Vindicta: 0 escravo era levado ate 0 pretor por seu dono e um cldadao romano tinha a func;ao dedefender a liberdade do escravo;Manumissio Testamento: Tarnbern conhecida como alforr ia testarnentarta, introduzida pela (Lei das XII Tabuas.Era 0 procedimento no qual 0 senhor dos escravos dispunha em seu testamento a intenc;ao de tomar livre 0escravo;Manumissio Censu: Procedimento atraves do qual 0 dono do escravo 0 autorizava a se inscrever na ltsta doscldadaos livres, elaborada pelos censores de cinco em cinco anos.CLASSEDOS INGENUOS: OS ingenuos eram os nascidos livres e que nunca deixaram de 0 ser, desde 0 seunascimento. Estes nao sofrerao nenhuma restrtcao no seu estado de liberdade.CLASSEDOSLIBERTOS:Os libertos eram os nascidos escravos, que se tornaram livres posteriormente.STATUSCIVITATIS: Em principio, as regras romanas eram aplicadas exclusivamente aos romanos (ius civile ouius quiritum) Aos estrangeiros aplicavam-se as regras do ius gentium, e estes nao eram considerados cldadaosromanos. Eram formas de adquirir a cidadania romana:Pelo Nascimento: Sendo filho de mae romana;Pela Naturalizac;ao:Transferencia de domiciJio para Roma;Por Determinac;aodo MagistradoiPor Determinac;aodo imperador.PERDA DA CIDADANIA: Perdia-se a cidadania romana com a perda da liberdade, quer por ter se tornadoescravo, quer por ser deportado, exilado, etc. A cidadania e a liberdade andas sernpre juntas no Direito Romano.o cldadao romano possula a capacidade jurfdlca integral, podendo se utifizar das seguintes atrtbulcdes, denteoutras:Ius Honorium: Direito de eleger-se como magistrado;Ius Sufragii: Direito de votar;Ius Testamenti: Direlto de dlspor sobre seus bens;Ius Conubii: Faculdade de ter um casamento legitimo;Ius Commercii: Faculdade de p r a t t c a r atos jurfdicos inter- vivos;

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    Ius Actione: Faculdade de agir em juizo.STATUS FAMILIAE: 0 tercelro dos status, juntamente com os outros dols, dava ao cldadao romano a compJetacapacidade de direito. Alern de ser livre e de ter cidadania romana, 0 cldadao teria que ser independente do patrlopoder. Chamava-se de paterfamiJia 0 homem que era responsavel peJa famllla, e que nao estava subordinado anenhum ascendente masculino vivo. A organizar;ao romana distinguia as pessoas entre:Sui luris: Independentes do patrio poder. A dependencla do patrlo poder nao tinha re tacao com a idade. Umrecern-nascldo poderia ser considerado sui iuris por nao ter ascendente mascullno, enquanto que um senhor de80 anos poderia ser alieni iuris por ter ascendente masculino.Alieni luris: Dependentes do patrlo poder. 0 alieni lurls, apesar de dependente do patrlo poder, poderia seutilizar de grande parte dos direitos da sociedade rornana, sendo que alguns deles, somente com a autorlzacao dopaterfamilia (ius conubii).CAPITIS OEMINUTIO: Qualquer mudanca existente em um dos status (Iibertatis, civitatis e famlllae), mudava asltuacao jurldlca da pessoa. Esta rnudanca ou alterat;ao recebia 0 nome de "capitis deminutio' .0 "capitisdeminutio" nao significava necessariamente a perda ou extlncao de aJgum direito. Muitas vezes era uma mudancapara rnelhor, como no exemplo da passagem de alieni iuris para sui lurls,o capitis deminutio se classlflcada em tres:Capitis Oeminutio Maxima: Relacionado a qualquer alteracao quanto a liberdade do cldadao;Capitis Oeminutio Media: Relacionado a qualquer alteracao quanto a cidadania do cldadao, quer pelo exiliovoluntarlo ou imposto por punlcao:Capitis Oeminutio Minima: Relacionada a qualquer alteracao quanto ao estado familiar do ctdadao. (patrlopoder).PESSOA JURiOICA: Sao organizat;5es destinadas a uma finaJidade duradoura, com personalldade, patrlmfmlo erelacces jurldlcas distintas de seus membros. Ente moral, cuja lei empresta personalidade.As orqanizacdes podiam ser de duas especles:Corporac;oes: (universitas personarum) - Assoclacao de pessoas (minimo de 3). Sua exlstencla necessitava deuma au to r tzacao do Senado ou do Imperador. Dividiam-se em:a) Publlcas Proprio Estado romano;b) Privadas Assoclacoes - religiosas ou econorntcas.Fundac;oes: (universitas rerum) - Conjunto de bens que objetivava alcancar uma determinada finalidade(caridade/reJigiosa). Para a exlstencla da fundacao bastava 0 estatuto. E lndlspensavel que a tundacao tenhapatrtrnonto.EXTINC;i.O OA PESSOA JURIOICA: Considerava-se extinta a pessoa jurldlca quando:a) Sua finalidade Fossepreenchida;b) Quando 0 senado ou imperador revogava a sua au to r t z a cao :c) Nas fundacoes, com a perda da total idade do patrlmonto,PROPRIEOAOE: 0 conceito de propriedade nao vem da epoca rornana, ainda que tenha a lnstltulcao originadonaquela epoca, Propriedade para a jurlsprudencla classlca, e um poder juridlco, absoluto, perpetuo e exclusive deuma pessoa sobre uma coisa corporea.POOER JURIOICO: Significa que a propriedade e um direito/faculdade do proprletarlo,ABSOLUTO: Significa 0 direito de usar, frulr, abusar da coisa. Sao classificados em:"ius utendi": Direito de usa (direito do proprletarlo construir sobre 0 seu terreno);"ius fruendi": Direito de fruir da colsa, usando os frutos e os produtos da mesma. (locacao de um terreno);"ius abutendi": direito de dispor da coisa da como melhor Ihe convir. (desmatamento de um terreno).PERPETUO: Significa que apes a morte do titular, seus herdeiros terao direito a propriedade. So se transfere apropriedade por um ate de vontade.EXCLUSIVO: Somente 0 titular, ou alquern em seu nome, podera dispor da cotsa.LIMITAC;i.O OA PROPRIEOAOE: 0 poder jurfdico do proprtetarlo sobre a cotsa e ilimitadot na malorla das vezes,podera ser limitado por lei ou pelo proprio propr te ta r to , quando para proteger interesse publico ou os justosinteresses de particulares. Esta limitat;ao dlvlde-se em:

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    CO-PROPRIEDADE: A propriedade e absoluta e exclusiva, entretanto, e possivel que a direito de propriedadepertenc;a a rnais de urna pessoa. Trata-se da co-propriedade (condornlnlum), tendo cada co-proprtetario a direitoa urna parte ideal da colsa. A co-propriedade pode surgir de duas forrnas:Interesse Publico: Quando ha lirnitac;5es no direito de proprledade, atrelado ao curnprirnento de urnadeterrntnacao ou deterrninado cornportarnento. (Os proprletartos de urn terreno ribeirinho devern tolerar 0 usapublico da rnargern);Interesse Privado: Sao aquelas constituidas em favor de vizinhos. (Os frutos caldos no terreno do vizinhocontinuarn de propriedade do dono da arvore, 0 vlzlnho tern que tolerar que este os recolha dia sim, dia nao).Atos Emulativos: Sao chamados atos emulativos aqueles que a proprietarlo pratica nao para sua utllldade, maspara prejudicar a vizinho.Legal: Sao aquelas fixadas par lei que a proprle t a r t c deveria cumprir. (Sao regras de inalienabilidade eimpenhorabilidade do patrtrnonlo. 0 rnenor que recebesse seu bem par heranc;a nao poderia allena-lo).Voluntaria: Sao aquelas impostas pelo proprio proprletarlo para restringir a amplitude de seu dlrelto, cedendo-osa outros, de acordo com seu interesse.Atraves da vontade das partes: Quando as adquirem uma coisa em comum. (Adquirir um apartamento emcondominio).Incidentalmente: Quando as partes recebem bens conjuntamente. (Irrnaos herdam bens deixados pelo paifalecido).POSSE: Posse e a poder de fato, poder ffsico sabre uma coisa corporea, exercido pelo proprletarto ou nao.Possuidor e aquele que tern a poder de securer, deter e conservar a cotsa em seu poder, ainda que par instantesau perpetuamente.ELEMENTOSDAS POSSE:Entendiam as juristas romanos que a posse, para que fosse reconhecida pelo dlrelto,terta que contar com dais elementos indlspensavels.Elemento Intencional - Animus: E preciso ter a tntencao de possulr a coisa. Nao bastando que seja acidental aposse.(Ex. Nao sou dono da galinha do meu vlzlnho, quando ela entrou no meu terreno sem minha lntencao):Elemento Material Corpus: E a poder flslco, a apoderarnento da colsa, subordtnacao flslca da coisa a alquem,(Ex. Meu carro estacionado na rua em frente a minha casa).E lndlspensavel que os dais elementos estejam em conjunto para a ccnfiquracac da passer faltando um elementa,a sujeito tera mera detencao, (Ex. 0 caseiro que reside no Imovel em que trabalha - tem Corpus, mas nao temAnimus: 0 proprtetarlo que teve a seu bem furtado - tem AnimUSr mas nao tem Corpus.AQUISICAO DAPOSSE:A posse era adquirida de duas formas:Pela propria pessoa: E necessaria a ato de apreensao material;Por intermedio de terceira pessoa: Quando 0 paterfamilia adquirisse a posse em nome de pessoas queestivessem sabre a seu poder.AQUISICAO DA PROPRIEDADE: A aqulslcao da propriedade, dentro do direito romano, era examinada de duasformas.MODOORIGINARIO: Neste modo de aqulslcao, a propriedade surge de uma "res nullius" (coisa de nlnquern).Nao ha transferencla de propriedade, pols inexistia titular de direito sabre a cotsa, Sao varlas as formas deaqulslcao ortqlnarta:Ocupac;ao(Ocupatio): AquisiC;ao sobre uma colsa que nao tinha dono "res nullius" - mediante a tomada deposse, acrescida da vontade (Intencao) de tornar-se dono da coisa;(animus domini): Ex. c ac a e pesca de animais selvaqens, apoderamento de llhas e de coisas abandonadas;Invenc;ao (Tesouro): Aquisic;ao sobre uma coisa preciosa, desaparecida par bastante tempo, tendo seu donotornado desconhecido. Inventor e a nome dado ao sujeito que encontra a tesouro. Ex. Locallzacao de um tesouro;UNIAO DECOISASAcessao (Acessio): Quando a acessorlo de um principal passa a integrar a patrtmdnlo. Ex. As arvores de urnterreno passam a fazer parte do patrlrnonlo do dono do terreno;Aluviao (Alluvio): Quando ha acresclmo no patrlrnonlo par forc;a do desvio das aguas de um rio. Ex. Um terrenoribeirinho e acrescido de terra/cascalho par forc;a do leito;Confusao (Confusio): Mistura de coisas llqutdas, que seja Imposslvel separa-las:Especificac;ao(specificatio): Aqulslcao ocorre com a transforrnacao da materia prima original em produtoacabado. Ex. Uva transformada em vinho;Aquish;ao dos frutos: 0 furta pertence ao proprletarlo da colsa que as produziu. Ex. Dono do lmovel queadquire as frutos da locacao.USUCAPIAO: E um modo de aqulslcao que tem par base a posse prolonqada, a usa ininterrupto de uma coisa.

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    Usacaplao = usucaplo = uso + capere = adquirir pelo uso. Para que um cldadao pudesse utilizar 0 usucaplao,seria necessarto 0 preenchimento das seguintes condlcces.Res Habilis; Que a coisa fosse suscetivel de usucaplao. Excluia-se do usucaplao, por exemplo, a colsa roubada;Possessio Civilis: Posse continua. Analisa-se a lntencao de ter a coisa como propria;Justus Titulus: Ato jurldlco em que se baseia. Ex. Doa!;ao, compra, pagamento de dlvlda etc;Bona Fides: A certeza do agente de que a coisa legitimamente Ihe pertence;Tempus: E lndispensavel ter havldo decurso minimo de um ana para coisas movels e de dois anos para coisaslmovels.MODO DERIVADO: Neste modo a propriedade surge sobre a coisa que antes era da propriedade de alquern, quea transferiu. Tres sao as formas de aqulslcao derivadas:Derivado Mancipatio: Modo solene de transferencla da propriedade das "res mancipi". Era uma venda stmbollcarepresentada pelo bronze e pela balance. Ex. Na venda de um escravo, era necessaria a presence de 5testemunhas, das partes contratantes, do escravo, etc.In Jure Cessio: Modo onde 0 proprletarlo abandona a coisa diante do magistrado, e este a transfere para outro;Traditio: Modo de transferencla das "rec nec mancipi", nao solene, informal, que se configura pela simplesentrega da colsa. Traditio = tradere = entregar, passar de mao-a-mao.PERDA DA PROPRIEDADE: Ocorria por:a) Pela extlncao da coisa;b) Pelo perecimento da coisa;c) Pelo abandono da coisa;d) Pel a falta da lntencao em querer a coisa;e) Pela transferencta do dominio a outrem.PROTEC;AO DA PROPRIEDADE: Sendo a propriedade um direito absolute e exclusivo, quando 0 proprletartosofrer alguma arneaca a este direito, podera se utilizar de duas especles de acoes.Rei Vindicatio: Tinha como principal finalidade obter a restltutcao da coisa, mediante a prova do dominio, queencontrava-se nas macs de terceiro que nao 0 seu proprletarto. Era uti lizado quando 0 proprletar!o sofresse umalesao na totalidade de seu patrlrndnlo. Somente 0 proprletarlo poderia ser autor desta a\;ao;Actio Negatoria: Era 0 meio processual de defesa no qual 0 proprletarlo que sofresse uma lesao parcial no seupatrlmonto poderia se uti lizar.PROTEC;Ao DA POSSE: A protecao da posse foi elaborada pelo pretor. a meio judicial utilizado era 0 interdito(interdictum), que era uma declsao do pretor, dada com base no seu poder de mando (poder imperium). Afinalidade dos interditos possessorlos era de proteger 0 possuidor contra turbacao (embarac;amento) ou esbulho(perda da posse).CONTRA A TURBAC;AoInterdictumUti Possidetis: Tinha finaJidade de conservar a posse, ou ainda, de recupera-te quando esta foratirada de forma violenta. Era aplicada somente para as bens lmovets.Interdictum Utrubi: Tinha finalidade de proteger aquele que tivesse a posse durante mais tempo no periodo deum ano, imediatamente anterior. Era aplicada somente aos bens movers,CONTRA a ESBULHOInterdictum Unde Vi: Era concedido a quem foi retirado do lmovel de modo violento, tendo 0 possuidor 0 prazode urn ana para rever a sua posse;Interdictum de Precario: Era concedido a quem cedeu a coisa, por livre e espontanea vontade e ainda parcento intervalo de tempo, e pretende que Ihe seja devolvida;Interdictum de Vi Armata: Pouco difundido, este interdito era concedido a qualquer possuidor que tiveraperdido a posse par esbulho violento a mao armada.DIREITO DAS OBRIGAC;OES: 0 direito das obrlqacoes diverge, em alguns aspectos, do direito real e do direitode famflia. 0 direito real e perpetuo e tem efeitos "erga omnes". 0 dlrelto das obrtqacoes e transltorlo (so extstlraquanto permanecer a obriga!;ao) e tera efetos "inter partes".No direito de familia, havera nas relacoes ocorridas entre as partes, uma subordlnacao (Ex.paterfamilia e qualqueroutro elemento da familia). No direito das obrlqacces nunca havera subordlnacao entre os sujeitos de umaobrlqacdo, estando credor e devedor em pe de igualdade.A palavra obriga!;ao (obligatio), deriva de ligatio (verbbo ligare), ou seja, liga!;aO, liame juridico existente entrecredor (sujeito ativo) e devedor (sujeito atlvo), peJo qual 0 primelro tern a dlrelto de exigir determinada prestacao

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    do segundo, que tera a obriga~ao de efetua-Ia, No direito antigo as obriga~5es erarn dividas em tres grandesgrupos:Cunho Religioso: A r e t acao de algumas pessoas era reaJizada sobre as leis da reJigiao e a puni~ao era divina;Pessoais: 0 devedor da obriga~ao responderia por ela com sua pessoa, muitas vezes como 0 proprio corpo,como previa a lei das XII Tabuas, A relacao havida entre credor e devedor era charnada de nexum. Tal pratlcafora aboJida peia Lei Poetelia Paplra;Juridicas: Sao as obriga~5es resguardadas pelo direito, que se dividem em:a) Obligatio ex contractu;b) Obligatio ex delicto;c) Obligatio ex leges.ELEMENTOS DA OBRIGAt;AO: Sao os segulntes elementos de uma obriga~ao.Credor (creditor): E 0 sujeito atlvo da obriga~ao e que pode exigir 0 cumprirnento da obriga~ao. Podera haverum s6 ou varlos credores;Devedor (debitor): E 0 sujeito passlvo da obriga~ao e que esta obrigado a cumprir a prestacao, Podera haverurn so ou vartos devedores.OBJETO DA OBRIGACAO(debitum): E a prestaccao, ou seja, aqullo que e devido ao credor, que pode caracterizar-se como dar (dare),fazer (facere) ou prestar (praestare). Para ser vallda, a prestacao tinha que ser licita, possivel (ffslca ejuridcamente), nao atentar contra os bons costumes, determinada ou deterrnlnavel e representar interesseseconorntco:Vinculo Jurfdico: E a liga~ao, liame existente entre 0 credor e 0 devedor, que obriga 0 devedor a cumprir aobriga~ao. (vinculum juris).CLASSIFICAt;AO DAS OBRIGAt;OES: As obriga~5es se classificam da seguinte forma:QUANTO A FONTEEx contractu: Sao as nascidas de urn contrato entre as partes. Ex. Contrato de cornpra e venda;Quasi ex contractu: Saos .as obrlqacdes crladas pelos fatos juridicos volun ta r tos licitos e tacltos. Ex. Pessoa quemanda consertar 0 telhado do vlzlnho e depois cobra as despesas do mesmo;Ex Delicto: Sao as obriga~5es nascidas quando da prstlca de urn delito, cujo autor do mesmo, causando prejuizoa vitima, assume uma obriga~ao para com esta. Ex. Delito de dane:Quasi ex delicto: Sao obriqacces que nascem de fatos que nao implicam necessariamente num delito, mas ha aresponsabilidade de alquern. Ex. 0 hotel tera obrlqacao de ressarcimento do hospede que foi furtado nas suasdependenclas:Ex lege: Sao obriga~5es que provern da lei. Ex. Obriga~ao do pai de alimentar 0 fiJho menor de idade.QUANTO AOS SUJEITOS PASSIVOSObrigat;;:aoConjunta: Cada devedor deve uma quota parte igual da prestacao. Ex. Divida de heranca;Obrigat;;:ao Solidaria: Cada devedor e responsavel integralmente pela prestacao, e quando um deles cumprir atotalldade da prestacao, a obriga~ao esta extinta.QUANTO AO OBJETO

    GENERICO: E generico quando 0 objeto fosse determinado pelo genero. Ex.Dar 0 escravo;Especifico: E especlftco quando 0 objeto fosse determinado pela especle. Ex. Dar 0 escravo paulus;Alternativo: Era alternativo quando existia dois objetos, podendo 0 sujeito escoJher com qual dos dois cumpririaa obriga~ao. Ex. Entrega a casa ou 0 carro;Facultativo: Era facultativo quando existia um objeto principal e um secunderlo para que 0 devedor cumprisse aobriga~ao. Deveria ser respeitada a ordem de lmposlcao, Ex. Entrega do apartamento e se nao conseguir entregaro apartamento, entrega a moto.ADIMPLEMENTO E INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAt;OES: As obriga~5es poderfio ser resolvidas porcumprimento espontaneo do devedor, entretanto, quando isto nao acontece, 0 devedor passa a ser inadimplente.Com 0 inadimplemento, 0 credor poderia exigir do devedor, atraves da actio in personam, 0 pagamento daprestacao, Caberia ao magistrado analisar 0 caso e condenar 0 devedor ao pagarnento. Sao vartas as causas quepodem ocaslonar 0 nao cumprimento de uma obriga~ao.CULPASentido Amplo - Dolo: E a inten~ao de prejudlcar, de provocar determinado ato, sabendo que prejudlcara 0

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    cumprimento da obr tqacao ;Sentido Estrito - Culpa: E a negligemcia de quem estava obrigado a agir de uma determinada forma para evitaro descumprimento da obrrga~ao, e nao age. Nao havia tntencao no descumprimento.A culpa em sentido estrito se divide emculpa Lata: E quando 0 devedor age com extrema negJigemcia,ou seja, deixa de agir com 0 cuidado que todosdeveriam ter;Culpa Levis: E quando faltou ao devedor 0 cuidado do homem medlo (bonus paterfamilia);Culpa Levissima: E quando, para nao incorrer nela, e necessarlo que 0 homem se comporte com cuidadoexcessive.CLASSIFICA~AO OACULPAQUANTOAOATOCulpa in Omittendo: E quando um lndlvlduo deixa de fazer uma coisa que poderia Ter feito, omitindo-se Ex.Devedor que nao tira da chuva 0 objeto que podera ser danlflcado:Culpa in Faciendo: E quando 0 indivfduo age de forma culposa, sem lntencao de provocar algo. Ex. Dirige emalta velocidade em via publica e causa danos a outrem;Culpa in Eligendo: E quando 0 individuo tem 0 dever de escolher, eleger, e 0 faz de forma incorreta ou maufeita. Ex. Contrata um engenheiro, sem certlftcar-se de suas qualidades, e ele causa danos a terceiros;Culpa in Vigilando: E quando 0 individuo deveria tomar conta de determinado objeto ou colsa, e nao 0 faz,provocando danos. Ex. Deixa um animal de sua propriedade causar prejuizos ao vizinho.A culpa sempre se baseia na previsibilidade. Portanto, se agiu 0 devedor com culpa ou dolo, tendo a coisa (objetoda prestacao) se perdido, devera 0 mesmo ressarcir os prejuizos causados. Ha uma excecao a esta regra, quesera quando fleer evidente 0 caso fortuito ou forca maier, onde 0 devedor flcara liberado da obriga!;ao.Dolo: Significa a lntencao de agir contra a lei ou contra os term os da obriga!;ao assumida, demonstrandoevidente ma fe, uma vez que conhece 0 carater de ilicitude do ato praticado.Mora: Significa demora, atraso no cumprimento da obrlqacao. Divide-se em:Debitoris: Mora do devedor. E quando 0 devedor deixa de cumprir a obrtqacao na data aprazada;Creditoris: Mora do credor. E quando 0 credor, por qualquer motivo, se recusa a receber 0 pagamento do que Ihee devido.CONSTITUI~AO DA MORA: A mora, no Direito Romano, so tinha lniclo quando houvesse a Interpelacao(interpellatio), que era 0 procedimento pelo qual 0 credor reclamava 0 pagamento ao devedor.Entretanto, quando a obriga!;ao tivesse data de vencimento (obriga!;ao a termo certo), nao seria necessaria alnterpelacao, utilizando-se do seguinte ensinamento "dies interpellat pro homine" (0 proprio dia do vencimento e aInterpelacao do devedor).PURGA~AO OAMORA:A purga!;ao da mora e 0 meio pelo qual se resolve a obrtqacao, depois de ter ocorrido 0atraso. Podera ser tanto no caso de mora do credor, quanto do devedor.

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