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Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial: Davi Duarte, Bruno Vanuzzi, Carlos Alberto R. de Castro Silva, Roberto Maia, MarceloQuevedo do Amaral, Anna Claudia de Vasconcellos e Júlio Vítor Greve|JorJorJorJorJornalista responsável:nalista responsável:nalista responsável:nalista responsável:nalista responsável: Mário GoulartDuarte (Reg. Prof. 4662) - E-mail: [email protected]. PPPPProjeto gráfico:rojeto gráfico:rojeto gráfico:rojeto gráfico:rojeto gráfico: Eduardo Furasté|EditoraçãoEditoraçãoEditoraçãoEditoraçãoEditoraçãoeletrônica:eletrônica:eletrônica:eletrônica:eletrônica: José Rober to Vazquez Elmo|Capa e contracapa:Capa e contracapa:Capa e contracapa:Capa e contracapa:Capa e contracapa: Eduardo Furasté|Ilustrações:Ilustrações:Ilustrações:Ilustrações:Ilustrações: RonaldoSelistre|Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem: 1.100 exemplares| Impressão: Impressão: Impressão: Impressão: Impressão: Gráfica Pallotti|PPPPPeriodicidade:eriodicidade:eriodicidade:eriodicidade:eriodicidade: Mensal.A ADVOCEF em Revista é distribuída aos advogados da CAIXA, a entidades associativas e a instituições deensino e jurídicas.

Novembro | 20092

wwwwwwwwwwwwwww.advocef.advocef.advocef.advocef.advocef.org.br – Discagem gratuita 0800..org.br – Discagem gratuita 0800..org.br – Discagem gratuita 0800..org.br – Discagem gratuita 0800..org.br – Discagem gratuita 0800.647647647647647.....88998899889988998899

ASASASASASSOCIAÇÃO NACIONAL DOSSOCIAÇÃO NACIONAL DOSSOCIAÇÃO NACIONAL DOSSOCIAÇÃO NACIONAL DOSSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ADVOGADOSADVOGADOSADVOGADOSADVOGADOSADVOGADOSDA CAIXA ECONÔMICA FEDERDA CAIXA ECONÔMICA FEDERDA CAIXA ECONÔMICA FEDERDA CAIXA ECONÔMICA FEDERDA CAIXA ECONÔMICA FEDERALALALALAL

DIRETORIA EXECUTIVDIRETORIA EXECUTIVDIRETORIA EXECUTIVDIRETORIA EXECUTIVDIRETORIA EXECUTIVAAAAA 2008-20102008-20102008-20102008-20102008-2010PPPPPresidente: residente: residente: residente: residente: Davi Duarte (Porto Alegre)Vice-PVice-PVice-PVice-PVice-Presidente: residente: residente: residente: residente: Bruno Vicente Becker Vanuzzi (Porto Alegre)1º Secretário:1º Secretário:1º Secretário:1º Secretário:1º Secretário: Ricardo Gonçalez Tavares (Porto Alegre)2º Secretário: 2º Secretário: 2º Secretário: 2º Secretário: 2º Secretário: José Carlos Pinotti Filho (Londrina)1º T1º T1º T1º T1º Tesoureiro:esoureiro:esoureiro:esoureiro:esoureiro: Fernando da Silva Abs da Cruz (Novo Hamburgo)2º2º2º2º2º TTTTTesoureiro: esoureiro: esoureiro: esoureiro: esoureiro: Mariano Moreira Júnior (Florianópolis)Diretor de ArDiretor de ArDiretor de ArDiretor de ArDiretor de Articulação e Rticulação e Rticulação e Rticulação e Rticulação e Relacionamento Institucional:elacionamento Institucional:elacionamento Institucional:elacionamento Institucional:elacionamento Institucional:

Carlos Alberto Regueira de Castro Silva (Recife)arararararticulacao@advocefticulacao@advocefticulacao@advocefticulacao@[email protected]

Diretor de Comunicação:Diretor de Comunicação:Diretor de Comunicação:Diretor de Comunicação:Diretor de Comunicação:Roberto Maia (Porto Alegre)comunicacao@advocefcomunicacao@advocefcomunicacao@advocefcomunicacao@[email protected]

Diretor de Honorários:Diretor de Honorários:Diretor de Honorários:Diretor de Honorários:Diretor de Honorários:Marcelo Quevedo do Amaral (Porto Alegre)honorarios@advocefhonorarios@advocefhonorarios@advocefhonorarios@[email protected]

Diretor de Negociação:Diretor de Negociação:Diretor de Negociação:Diretor de Negociação:Diretor de Negociação:Anna Claudia de Vasconcellos (Florianópolis)negociacao@advocefnegociacao@advocefnegociacao@advocefnegociacao@[email protected]

DiretorDiretorDiretorDiretorDiretor de de de de de P P P P Prerrerrerrerrerrogativas:rogativas:rogativas:rogativas:rogativas:Júlio Vitor Greve (Brasília)prerrogativas@advocefprerrogativas@advocefprerrogativas@advocefprerrogativas@[email protected]

REPRESENTREPRESENTREPRESENTREPRESENTREPRESENTANTES ANTES ANTES ANTES ANTES REGIONAISREGIONAISREGIONAISREGIONAISREGIONAISLaert Nascimento Araujo (AracajuAracajuAracajuAracajuAracaju)|Patrick Ruiz Lima (BelémBelémBelémBelémBelém)|LeandroClementoni da Cunha (Belo HorizonteBelo HorizonteBelo HorizonteBelo HorizonteBelo Horizonte)|Elisia Sousa Xavier (BrasíliaBrasíliaBrasíliaBrasíliaBrasília)|Juliana Varella Barca de Miranda Porto (BrasíliaBrasíliaBrasíliaBrasíliaBrasília)|Júlio Vitor Greve(BrasíliaBrasíliaBrasíliaBrasíliaBrasília)|Carlos Henrique Bernardes Castello Chiossi (CampinasCampinasCampinasCampinasCampinas)|Alfredo de Souza Briltes (Campo GrandeCampo GrandeCampo GrandeCampo GrandeCampo Grande)|Renato Luiz Ottoni Guedes(CascavelCascavelCascavelCascavelCascavel)|Eber Saraiva de Souza (CuiabáCuiabáCuiabáCuiabáCuiabá)|Jayme de Azevedo Lima(CuritibaCuritibaCuritibaCuritibaCuritiba)|Edson Maciel Monteiro (FlorianópolisFlorianópolisFlorianópolisFlorianópolisFlorianópolis)|Adonias Melo deCordeiro (FFFFFororororortalezatalezatalezatalezataleza)|Ivan Sérgio Vaz Porto (GoiâniaGoiâniaGoiâniaGoiâniaGoiânia)|Leopoldo VianaBatista Junior (João PJoão PJoão PJoão PJoão Pessoaessoaessoaessoaessoa)|Rodrigo Trezza Borges (Juiz de FJuiz de FJuiz de FJuiz de FJuiz de Foraoraoraoraora)|Altair Rodrigues de Paula (LondrinaLondrinaLondrinaLondrinaLondrina)|Dioclécio Cavalcante de Melo Neto(MaceióMaceióMaceióMaceióMaceió)|Alcefredo Pereira de Souza (ManausManausManausManausManaus)|José Irajá de Almeida(MaringáMaringáMaringáMaringáMaringá)|Carlos Roberto de Araújo (NatalNatalNatalNatalNatal)|Daniel Burkle Ward(NiteróiNiteróiNiteróiNiteróiNiterói)|Clarissa Pires da Costa (Novo HamburgoNovo HamburgoNovo HamburgoNovo HamburgoNovo Hamburgo)|Luis GustavoFranco (PPPPPasso Fasso Fasso Fasso Fasso Fundoundoundoundoundo)|Marcelo Quevedo do Amaral (PPPPPorororororto Alegreto Alegreto Alegreto Alegreto Alegre)|Melissa dos Santos Pinheiro (PPPPPororororor to Vto Vto Vto Vto Velhoelhoelhoelhoelho)|Henrique Chagas(PPPPPresidente Presidente Presidente Presidente Presidente Prrrrrudenteudenteudenteudenteudente)|Pedro Jorge Santana Pereira (RRRRRecifeecifeecifeecifeecife)|SandroEndrigo de Azevedo Chiaroti (Ribeirão PRibeirão PRibeirão PRibeirão PRibeirão Pretoretoretoretoreto)|Márcio Miranda de Souza(Rio de JaneiroRio de JaneiroRio de JaneiroRio de JaneiroRio de Janeiro)|Jair Oliveira Figueiredo Mendes (SalvadorSalvadorSalvadorSalvadorSalvador)|FábioRadin (Santa MariaSanta MariaSanta MariaSanta MariaSanta Maria)|Antonio Carlos Origa Junior (São José do RioSão José do RioSão José do RioSão José do RioSão José do RioPPPPPretoretoretoretoreto)|Flávia Elisabete de Oliveira Fidalgo Souza Karrer (São José dosSão José dosSão José dosSão José dosSão José dosCamposCamposCamposCamposCampos)|Ênio Leite Alves da Silva (São LuísSão LuísSão LuísSão LuísSão Luís)|Roland Gomes Pinheiroda Silva (São PSão PSão PSão PSão Pauloauloauloauloaulo)|Renato Cavalcante de Farias (TTTTTeresinaeresinaeresinaeresinaeresina)| LuciolaParreira Vasconcelos (UberlândiaUberlândiaUberlândiaUberlândiaUberlândia)|Cleber Alves Tumoli (VitóriaVitóriaVitóriaVitóriaVitória)|AldirGomes Selles (VVVVVolta Rolta Rolta Rolta Rolta Redondaedondaedondaedondaedonda).CONSELHO DELIBERCONSELHO DELIBERCONSELHO DELIBERCONSELHO DELIBERCONSELHO DELIBERAAAAATIVOTIVOTIVOTIVOTIVOMembros efetivos:Membros efetivos:Membros efetivos:Membros efetivos:Membros efetivos: Laert Nascimento Araújo (AracajuAracajuAracajuAracajuAracaju), MarceloDutra Victor (Belo HorizonteBelo HorizonteBelo HorizonteBelo HorizonteBelo Horizonte), Renato Luiz Harmi Hino (CuritibaCuritibaCuritibaCuritibaCuritiba),Patrícia Raquel Caires Jost Guadanhim (LondrinaLondrinaLondrinaLondrinaLondrina) e Henrique Chagas(PPPPPresidente Presidente Presidente Presidente Presidente Prrrrrudenteudenteudenteudenteudente).Membros suplentes: Membros suplentes: Membros suplentes: Membros suplentes: Membros suplentes: Maria Eliza Nogueira da Silva (BrasíliaBrasíliaBrasíliaBrasíliaBrasília),Arcinélio de Azevedo Caldas (Campos dos GoytacazesCampos dos GoytacazesCampos dos GoytacazesCampos dos GoytacazesCampos dos Goytacazes) e DanieleCristina Alaniz Macedo (São PSão PSão PSão PSão Pauloauloauloauloaulo).CONSELHO FISCALCONSELHO FISCALCONSELHO FISCALCONSELHO FISCALCONSELHO FISCALMembros efetivos:Membros efetivos:Membros efetivos:Membros efetivos:Membros efetivos: Liana Cunha Mousinho Coelho (BelémBelémBelémBelémBelém), RogérioRubim de Miranda Magalhães (Belo HorizonteBelo HorizonteBelo HorizonteBelo HorizonteBelo Horizonte) e Alfredo AmbrósioNeto (GoiâniaGoiâniaGoiâniaGoiâniaGoiânia).Membros suplentes:Membros suplentes:Membros suplentes:Membros suplentes:Membros suplentes: Fábio Romero de Souza Rangel (João PJoão PJoão PJoão PJoão Pessoaessoaessoaessoaessoa)e Sandro Cordeiro Lopes (Rio de JaneiroRio de JaneiroRio de JaneiroRio de JaneiroRio de Janeiro).Endereço em Brasília/DF:Endereço em Brasília/DF:Endereço em Brasília/DF:Endereço em Brasília/DF:Endereço em Brasília/DF:SBS, Quadra 2, Bloco Q, Lote 3, Sala 1410 | Edifício João CarlosSaad | CEP 70070-120 | Fone (61) 3224-3020E-mail: [email protected] | Auxiliar administrativo: PriscilaChristiane da Silva.Endereço em PEndereço em PEndereço em PEndereço em PEndereço em Pororororor to Alegre/RS:to Alegre/RS:to Alegre/RS:to Alegre/RS:to Alegre/RS:Rua Siqueira Campos, 940 / 201 | Centro | CEP 90010-000Fones (51) 3286-5366 e (51) 3221-7936Auxiliares Administrativos: Elisabeth Maria Vazquez Elmo (Administrativo),Lisandra de Andrade Pereira (Financeiro) e Rafael Martins Dias (Secretaria).

| Editorial

A edição de novembro, umavez mais e de forma ostensiva,elege o tema honorários comopauta central da comunicaçãoda ADVOCEF com a base.

Já no curso do segundomês da campanha de arreca-dação, aprofundam-se os tra-balhos paralelos, de atribui-ção da entidade.

A designação do novo dire-tor de Honorários, após um cur-to e pioneiro processo de elei-ção, ocupa lugar de destaqueneste número.

A partir dela e com apremência que o momento exi-gia, as ações postas em práti-ca demonstram que a campa-nha é fato concreto e sua con-tinuidade fator de honra e dedestacada atuação desta Dire-toria como um todo.

Informes sobre os planosem elaboração, projetos emcurso, destaque para a grevegeral dos bancários e seus re-flexos sobre e a partir da car-reira profissional.

O presidente da ADVOCEF,dando continuidade a processoiniciado recentemente, ampliaas visitações às unidades jurí-dicas, ouvindo de perto osanseios da categoria, informan-

Ação e expectativado e destacando o valor conjun-to das ações e a importância daatuação sintonizada entre asbases e o comando nacional.

Expectativas não faltam atodos nós, sempre carentes denovas e firmes atuações denossa entidade representativa.Ações igualmente não têm fal-tado à Associação. Quer comointegrante de mesas de discus-são junto às entidadesconfederativas de trabalhado-res, quer como entidade deapoio na salvaguarda dos inte-resses e prerrogativas profissi-onais, a ADVOCEF vai cada vezmais se consolidando como averdadeira longa manus dosadvogados da CAIXA.

Funções que a enobreceme que espelham, de forma di-reta e inegável, a força quetêm seus representados, enal-tecida e ampliada por sua As-sociação representativa.

Ações existem a partir de ex-pectativas anteriormente gera-das. E expectativas não hão defaltar a todos que acreditam nasações, integrando-as com a par-ticipação pessoal e coletiva.

DireDireDireDireDiretttttoria Exoria Exoria Exoria Exoria Executivecutivecutivecutivecutiva daa daa daa daa daADADADADADVVVVVOCEFOCEFOCEFOCEFOCEF

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| Contato

Presidente da ADVOCEF discute projetos com advogadosNos dias 22 e 23 de outubro, o presidente da ADVOCEF,

Davi Duarte, visitou os Jurídicos Vitória e Rio de Janeiro,para conhecer a realidade e as demandas dessas unida-des. Nos encontros, o presidente discutiu com os advoga-dos os projetos que a atual administração pretende con-cluir em sua gestão.

O gerente jurídico do JURIR/Vitória, Wagner de FreitasRamos, saudou a visita "inédita", por proporcionar a aproxi-mação ideal entre uma Associação e seus associados. "Comsua peculiar serenidade, competência e carisma, o colegaDavi informou, esclareceu e ouviu as diversas manifesta-ções dos advogados de Vitória, deixando um resultado posi-tivo", afirmou Wagner.

Visitas aos Jurídicos

O sonho de todosO presidente tem visitado alguns Jurídicos para conhecer

de perto as reivindicações dos advogados. "É importante sefazer presente e verificar que os companheiros e companhei-ras de todo o Brasil têm muita disposição para fazer o melhorpara a CAIXA e para os próprios advogados", explica Davi. "Osonho de fazer sempre melhor está em todos os lugares."

Davi diz que a "luta travada" não esmoreceu o sentimen-to de valor dos advogados, resultante da autoconfiança e daapurada técnica que a Empresa, em alguns momentos, ten-tou desmerecer. "Por onde passei saí com a forte impressãode que continuamos unidos e vamos, juntos, empreenderconquistas muito interessantes."

|Davi, reunido com os advogados do Rio de Janeiro...

...e de Vitória: "o sonho está em todos os lugares"

| Literatura

Foi prorrogado para 9 de novembro o prazo de entrega dos textos para a coletânealiterária que a ADVOCEF vai publicar e lançar no final do ano. Entre os entusiastas da inicia-tiva está o advogado Jayme Lima, do JURIR/Curitiba, que no Fórum do site da ADVOCEFconvocou os colegas a participarem.

"Não sejam tíbios, sei que tem muita gente que escreve e guarda no fundo das gavetas",conclamou o advogado. "Sei também que o colega ver publicado algo que tenha sido por eleproduzido dá um orgulho danado de bom!"

Cronista e contista, colaborador ativo da ADVOCEF EM REVISTA, Jayme deu a ideia doprojeto no Congresso da ADVOCEF de Aracaju, em maio deste ano, sendo aprovada pelacategoria. Jayme acrescenta que ao produzir esse trabalho "a ADVOCEF está apenas dandocontinuidade aos seus objetivos de ser também um centro de irradiação técnico e cultural".

O volume apresentará os melhores contos, crônicas e poesias produzidos por integran-tes da área jurídica (advogados ou não). Mais informações estão no endereçowww.advocef.org.br/publicacoes/projetoliterario.

Danado de bomProrrogado o prazo para entrega de textos literários

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| Honorários

Novo diretorPrimeira medida reúne comissões nacionais em Brasília

CurrículoNascido em Porto Alegre, 33 anos,

Marcelo Quevedo do Amaral é forma-do em Ciências Jurídicas e Sociais naPUC/RS (1999) e em Ciências Econô-micas na Universidade Federal do RS(2007). É pós-graduado em DireitoRegistral Imobiliário na PUC/MG(2008) e pós-graduando em DireitoProcessual Civil na Universidade deSanta Cruz do Sul.

Exerceu, entre 1999 e 2003, asfunções de gestor do Fundo de Desen-volvimento Social do Estado do RS, as-

Em 14 de outubro de 2009, oConselho Deliberativo da ADVOCEFanunciou o nome do novo diretorde Honorários da entidade, cum-prindo pela primeira vez a prerro-gativa concedida pelo Estatuto deescolher o sucessor de cargo vago.O advogado gaúcho MarceloQuevedo do Amaral, do JURIR/Por-to Alegre, foi apontado por unani-midade para a função, levando emconta a "vasta experiência profis-sional", a plataforma apresentadae o fato de merecer a confiança dopresidente Davi Duarte.

Marcelo Quevedo, que é forma-do também em Economia e pós-graduado em Direito Registral Imo-biliário, revela que só aceitou en-carar os desafios da Diretoria emrazão do compromisso firmado pe-los colegas do Grupo de Trabalhosobre Honorários do JURIR/PortoAlegre (*) em cooperar ativamente nastarefas.

"O conjunto de atribuições da função,somado à continuidade do exercício pro-fissional, exige uma grande dedicação,causando demasiado desgaste pessoal",explicou Marcelo.

Encontro nacionalSua primeira medida como diretor foi

conclamar os membros de comissões dehonorários para participarem do encon-tro nacional marcado para os dias 20 a22 de novembro, em Brasília. No evento,as comissões devem indicar seu repre-sentante, elegendo novos membros, senecessário.

Novas ideias deverão ser agregadasao esquema já alinhavado, que abrangeo acompanhamento das ações judiciaismovidas pela ADVOCEF, o relacionamen-to com as áreas operacionais da CAIXA ea divulgação das melhores práticas dearrecadação.

O evento é considerado essencialpara estabelecer, segundo Marcelo, "umnovo marco na valorização e efetividadede atuação das comissões", para aprimo-

rar o processo de arrecadação e controlede honorários.

O diretor está satisfeito com os pri-meiros contatos que fez com os Jurídicospara promover a reunião nacional. "Veri-fico grande entusiasmo e motivação doscolegas em somar forças nessa realiza-ção." Por isso, está otimista em relação

aos resultados, esperando que a di-fusão de informações e a constituiçãode uma rede mais articulada nacio-nalmente vão revitalizar as comissõese potencializar seu trabalho.

O presidente da ADVOCEF, DaviDuarte, enalteceu o espírito de coo-peração de Marcelo Quevedo, consi-derando que seu ingresso na Direto-ria vai contribuir para a ADVOCEFatingir "um patamar ainda mais im-portante".

(*) Membros da Comissão deHonorários:

JURIR/Porto Alegre: Dione Limada Silva, Karin Wietzke Brodbeck,

Rochelle Reveilleau Rodrigues, RafaelCaletti (titulares), Álvaro Sérgio Weiler

Júnior, Jaques Bernardi, MarceloMachado de Assis Berni e Marcelo

Quevedo do Amaral (suplentes). REJUR/Novo Hamburgo: Olavo

Passos Geimba (titular) e João CarlosMatas Luz (suplente).

REJUR/Santa Maria: Conrado deFigueiredo Neves Borba (titular) e Fábio

Guimarães Haggstram (suplente).REJUR/Passo Fundo: Ismael Geral-

do Acunha Sole Filho (titular) e ClóvisAndrade Goulart (suplente).

sessor e diretor substituto do Departa-mento para Assuntos Metropolitanos daSecretaria de Obras do Estado do RS,coordenador adjunto da Divisão de Pla-nejamento do Departamento de Progra-mação Orçamentária/GOF, assistente daUnidade de Gerência de Projetos da Co-ordenação de Planejamento Estratégicodo Gabinete de Planejamento da Prefei-tura de Porto Alegre e técnico do tesou-ro da Secretaria da Fazenda do RS.

Em 2005 passou a integrar o qua-dro de advogados da CAIXA.

|Marcelo: os colegas estão motivados

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O repasse de honorários desucumbência realizado em outubro pelaGERID foi usado pelo presidente daADVOCEF como exemplo da importânciado sistema de controle da verba na CAI-XA. O valor repassado só apresentou ex-pressivo aumento por causa das grandesarrecadações realizadas (e controladas)pelos Jurídicos de Porto Alegre e Rio deJaneiro. Na verdade, a greve dos empre-gados da Empresa atrapalhou o sistemaem geral, impedindo a contabilização doscréditos de várias unidades jurídicas, quenão puderam enviar ou enviaram os do-cumentos sem a conciliação pela RECOC.

"Como se viu, o efetivo trabalho dascomissões de honorários repercute di-retamente na arrecadação", observouDavi Duarte, chamando a atenção paraa importância da campanha daADVOCEF para aprimorar os métodos decontrole dos honorários.

Origens dos repassesVeja quais são as origens dos valo-

res que impactaram a distribuição de

O advogado Antônio Xavier, doJURIR/Recife, acha que a plataforma donovo diretor é adequada, pois atende auma necessidade real, de aumento daarrecadação de honorários advocatícios.Considerando que a campanha "Arreca-dar +" é uma excelente medida daADVOCEF, ele ressalta que muitos cole-gas não dão a devida atenção "ao quehá de mais distintivo em nossa carreira,que são justamente os honorários".

Xavier nota que, além de estimulara atuação dos profissionais, o projetoserve para medir o resultado obtido emfavor da Empresa. Isso "sem levar emconsideração a advocacia preventiva doConsultivo e de todo o quadro, no aten-dimento das demandas administrativas,para evitar novas lides".

honorários em outubro (referente ao mêsde setembro):

- JURIR/Porto Alegre. Processo deexecução nº 2000.71.00.013683-2,movido pela CAIXA contra a CentralPaulista de Açúcar e Álcool Ltda. Foi ori-ginalmente ajuizado pelo Banco Meri-dional do Brasil, tendo a CAIXA assumi-do o polo ativo em razão da cessão docrédito no curso da execução. O valordos honorários corresponde a 5% do va-lor recuperado, decorrente da venda deimóvel penhorado e arrematado em lei-lão judicial. A execução prossegue pelaimportância remanescente, encontran-do-se os autos na GICOP para elabora-ção dos cálculos.

- JURIR/Rio de Janeiro. Processo deexecução nº 980002440-9, movidopela CAIXA contra Cima Empreendimen-tos do Brasil S/A. A executada pagouhonorários em razão de acordo nos au-tos da execução, encerrando a ação quejá durava 11 anos, com a recuperaçãode mais de R$ 65 milhões aos cofresda EMGEA.

Por força do acordo com a EMGEA,a Cima renunciou a uma ação de per-das e danos que mantinha contra aCAIXA, possibilitando retirar da provisãoo valor de R$ 90 milhões.

Exemplos de outubro

Programa adequadoPara o advogado Marcelo Mezacasa,

do JURIR/Porto Alegre, a atuação de seucolega na Diretoria de Honorários contri-buirá bastante para o incremento da ar-recadação. Observa que a articulação na-cional em torno do tema virou pauta per-manente da categoria e carecia da im-plantação de um rumo, com adoção derotinas em cada unidade. "Ninguém me-lhor do que o colega Marcelo Quevedopara guiar a todos, por meio das comis-sões estaduais", disse.

Cartilha simplificadaMezacasa acredita que o encontro

nacional das comissões, em novembro,será o embrião de uma nova fase em re-lação aos honorários - fundamentais paraa advocacia, mas que há tempos haviam

caído no esquecimento entre os advo-gados da CAIXA.

Antônio Xavier sugere que após oencontro nacional seja confeccionadauma cartilha simplificada mostrando apadronização dos procedimentos em ní-vel nacional. Acredita que será útil pararetificar as falhas na arrecadação eaproveitar as melhores práticas aplica-das nos Jurídicos.

O advogado acha também que umamedida relevante seria dar maiorceleridade ao ajuizamento dos contra-tos inadimplentes. Na sua opinião, o ní-vel de acordos em débitos com poucotempo de inadimplência é "infinitamen-te" maior que em contratos cominadimplência prolongada. Isso serviriacomo desestímulo aos pagamentos ematraso, beneficiando a Empresa namaior recuperação de seus créditos ediminuição de passivo.

|Davi: o trabalho essencial das comissões

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| Honorários

| Judiciário

Por dentro da JustiçaCNJ intensifica combate a desvios de conduta de magistrados

Matéria publicada no jornal O Estadode S. Paulo, em 18/10/2009, informa queo Conselho Nacional de Justiça abriu 113sindicâncias em 2009 contra juízes edesembargadores suspeitos de corrupção.De setembro de 2008 a setembro desteano a Corregedoria Nacional de Justi-ça abriu 5.358 procedimentos paraapurar desde falhas processuais e ad-ministrativas até venda de sentenças.

Sete magistrados foram afastadospreventivamente e quatro foram apo-sentados compulsoriamente. Doisjuízes do trabalho são acusados deretardar decisões e exigir emprésti-mos em dinheiro a advogados. Outrojuiz do trabalho, em briga de família,teria usado um delegado para ameaçarum parente.

Juízes independentes"O CNJ se consolidou como o grande

interlocutor da sociedade com o Judiciá-rio e vem adotando medidas drásti -

cas quando se trata de infrações dis-ciplinares ou desvios de conduta", dis-se ao jornal o ministro do STJ e titularda Corregedoria, Gilson Dipp. Especi-alista no combate a crimes financei-ros, Dipp é o idealizador das varas fe-derais especializadas em lavagem dedinheiro.

"Eu diria que, com a criação do CNJ,foi verdadeiramente proclamada a Re-

pública no Judiciário", afirmou oministro. Ressaltou que, ape-sar do controle que exerce,o CNJ jamais interferiu em

qualquer decisão judicial. "OBrasil tem hoje, na América La-

tina, os juízes mais independentes,mais livres e com melhores salários",garantiu.

Novembro | 20096

No programa de trabalho apresen-tado ao Conselho Deliberativo daADVOCEF, Marcelo Quevedo do Amaralressaltou que a arrecadação de hono-rários constitui parcela significativa daremuneração do advogado da CAIXA.Para aperfeiçoar a organização nessaárea, propôs uma ação focada em trêseixos, "cada qual contando com a cola-boração de outros colegas, aumentan-do o potencial de trabalhopara obtenção de melhoresresultados".

Veja quais são as metas.

1) A1) A1) A1) A1) Acomcomcomcomcompanhamentpanhamentpanhamentpanhamentpanhamento eo eo eo eo edivulgação das ações judiciaisdivulgação das ações judiciaisdivulgação das ações judiciaisdivulgação das ações judiciaisdivulgação das ações judiciaismomomomomovidas pela ADvidas pela ADvidas pela ADvidas pela ADvidas pela ADVVVVVOCEFOCEFOCEFOCEFOCEF.....

Um advogado deverá atuar com odiretor jurídico, incumbido de manteratualizados os representantes das co-missões sobre o andamento dos feitos.A medida visa também valorizar o papel

das comissões como instâncias deliberativae informativa.

2) Pr2) Pr2) Pr2) Pr2) Promoção do relacionamentomoção do relacionamentomoção do relacionamentomoção do relacionamentomoção do relacionamento como como como como comas demais áreas da CAIXAas demais áreas da CAIXAas demais áreas da CAIXAas demais áreas da CAIXAas demais áreas da CAIXA, para aprimo-, para aprimo-, para aprimo-, para aprimo-, para aprimo-rar os contrrar os contrrar os contrrar os contrrar os controles de arrecadação.oles de arrecadação.oles de arrecadação.oles de arrecadação.oles de arrecadação.

O foco aqui são as questões nor-mativas. Concluiu-se que é necessário pa-

Ação em três eixosdronizar os procedimentos adotados pe-las áreas operacionais da CAIXA no país,depois de esclarecidos e aperfeiçoados.Serão cobradas soluções para deficiên-cias no repasse, como tem se verifica-do, por exemplo, nas execuções fiscais.

3) Assessorar as comissões re-3) Assessorar as comissões re-3) Assessorar as comissões re-3) Assessorar as comissões re-3) Assessorar as comissões re-gionais, incentivgionais, incentivgionais, incentivgionais, incentivgionais, incentivando e divulgandoando e divulgandoando e divulgandoando e divulgandoando e divulgandoas melhores práticas para o incre-as melhores práticas para o incre-as melhores práticas para o incre-as melhores práticas para o incre-as melhores práticas para o incre-mentmentmentmentmento da arrecadação.o da arrecadação.o da arrecadação.o da arrecadação.o da arrecadação.

O que se quer é dar às comis-sões as condições necessárias

para difundir as maneiras en-contradas pelas unidades emtodo o país para um trabalhobem feito. Receberão atençãoespecial os Estados com mai-or potencial e os que apresen-tam as menores médias per

capita de arrecadação.

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| Prerrogativas

Defesa de advogadosPresidente da ADVOCEF apoia associados em visita à OAB/RS

O presidente da ADVOCEF, DaviDuarte, e uma comissão de advoga-dos visitou o presidente da Seccionalda OAB/RS, Claudio Lamachia, parademonstrar seu apoio a três colegasda CAIXA do Rio Grande do Sul quefizeram denúncias de desrespeito àssuas prerrogativas profissionais. Oprocesso vai a julgamento em breve,na próxima sessão ordinária da Comis-são de Defesa, Assistência e Prerro-gativas dos Advogados da OAB/RS(CDAP).

Na reunião, realizada em PortoAlegre no dia 28 de outubro, o geren-te jurídico do JURIR/Porto Alegre,Marcos Kafruni, apresentou nova de-núncia, também por desrespeito so-frido como advogado da CAIXA.

O presidente da OAB gaúcha ma-nifestou sua solidariedade aos profis-sionais atingidos e prometeu tomar asprovidências necessárias para "resga-tar o império do Estatuto da Advoca-cia e, com isso, a dignidade e as prer-rogativas dos advogados".

Acompanharam a reunião, pelaOAB/RS, os conselheiros federaisGilmar Stelo e Cléa Carpi da Rocha, opresidente da Caixa de Assistênciados Advogados, Arnaldo Guimarães, eas conselheiras seccionais CarmelinaMazzardo e Regina Guimarães. PelaADVOCEF, compareceram o 1º secre-tário, Ricardo Tavares, o diretor de Ho-norários, Marcelo Quevedo do Amaral,e os associados Marcelo Berni, Mar-celo Donato e Alice Schwambach.

Assédio no BBNa visita feita à OAB/RS, o presi-

dente da ADVOCEF, Davi Duarte, dis-se estar solidário com os advogadosdo Banco do Brasil, vítimas de açõesde assédio moral por parte do diretorjurídico. Em 29/09/2009, o Sindica-to dos Bancários de Brasília ajuizouuma ação civil pú-blica contra o BBno Tribunal Regio-nal do Trabalho da10ª Região, em quepede a devoluçãode cargos e salári-os a diversos profis-sionais, além de in-denização por da-nos morais.

Na ação, inte-grada também pelopresidente da OAB

|Na OAB/RS: Davi e comissão de advogados apoiam companheiros

gaúcha, Claudio Lamachia, o Sindi-cato dos Bancários "requer a con-denação do Banco do Brasil a nãopermitir, não tolerar e não subme-ter seus funcionários, por meio deseus prepostos ou superiores hie-rárquicos, especialmente o seu di-

retor jurídico,Joaquim Portesde CerqueiraCésar, a situa-ções que evi-denciem assédiomoral, causadorde dano à perso-nalidade, à digni-dade, à intimida-de, ou à integrida-de física ou men-tal dos seus fun-cionários".

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Novembro | 20098

| Negociação

A segunda greveAdvogados analisam o movimento de setembro-outubro

"Desta vez não tenho a mesma emo-ção", admitiu o advogado Jayme Lima, doJURIR/Curitiba, ainda no início do movi-mento deflagrado em setembro. Ele atri-buía seu desencanto ao resultado "pífio",em termos financeiros, da greve dos pro-fissionais da CAIXA realiza-do em maio e junho desteano, principalmente na eta-pa final, "quando demos de-monstração de grandeamadorismo".

O advogado Ney Rodri-gues, que aderiu "solitaria-mente" ao movimento emCuritiba, se declara decep-cionado com a ADVOCEF eos companheiros, que nãoparticiparam da "greve dita'dos bancários'". Ele lamen-ta que os advogados conti-nuem separados dos outros colegas daCAIXA, por se considerarem "categoriadiferenciada".

"Podemos até sê-lo, porém isto nãonos traz vantagem nenhuma, apenas umorgulho fútil e pueril, fragilizando ambasas categorias no momento de reivindicar",critica.

Ney diz que a greve de abril-maio-ju-nho em Curitiba foi "longa e frustrante",porque as Coordenadorias, usando a Se-cretaria e os estagiários, terceirizaram otrabalho, "fazendo ver à Empresa que

podemos cruzar os braços pelo tem-po que for, que não fará muita dife-rença". Mas acha que agora, emsetembro-outubro, o movimento te-ria mais força se contasse com osadvogados, já que desta vez a Se-

cretaria aderiu empeso.

"Mas a ADVOCEF,infelizmente, resolveu fazeruma 'consulta' aos advoga-dos, sobre 'a disposição' deaderir ou não à greve 'dosbancários', como se não ofôssemos. Ora: antes desermos advogados somosbancários, exercendo a fun-ção de advogados. Mas nofundo somos bancários,nada mais."

Espírito de lutaDevido ao apoio prestado pelas enti-

dades sindicais na greve específica demaio e junho, o advogado RaimundoWdnilton, do JURIR/Fortaleza, esperavaum apoio maciço dos advogados no mo-vimento de setembro. Acrescenta que oapoio foi, inclusive, deliberado em junho."No entanto, tal expectativa foi bastantecontrariada. Com isso, creio que a cate-goria perdeu uma oportunidade de sefortalecer e de se fazer mais respeitada."

Raimundo acha que se podia con-quistar um espaço maior nos sindicatose nas centrais, com mais chances de veratendidas as reivindicações específicas."Creio, por exemplo, que está mais do quena hora de lutarmos pela liberação dopresidente da ADVOCEF e do diretor deHonorários dentro da quota de emprega-dos liberados." Sem a mobilização, con-sidera difícil pleitear essas vagas naCONTRAF e na CONTEC.

Fabiola Oliveira de Alencar, do JURIR/Natal, acha que a compensação das ho-ras não trabalhadas foi mais bem nego-ciada na greve de setembro. Ela acreditaque a questão, mal resolvida na negocia-ção de maio, contribuiu para enfraque-

cer a participação dos advogados na últi-ma greve.

Fabiola ressalta, no entanto, que per-manece forte o espírito de luta demons-trado pelos advogados na greve dos pro-fissionais. "São marcas indeléveis quenão estarão sepultadas nos próximosmovimentos paredistas, pois a busca pelatão sonhada valorização profissional ain-da faz parte dos ideais dos advogados daCAIXA."

Raimundo WdniltRaimundo WdniltRaimundo WdniltRaimundo WdniltRaimundo Wdnilton,on,on,on,on,do JURIR/Fdo JURIR/Fdo JURIR/Fdo JURIR/Fdo JURIR/Fororororortalezatalezatalezatalezataleza

"Entendo que, se quisermos avan-çar na nossa valorização, é fundamen-tal conquistarmos espaço dentro dossindicatos dos bancários e das centraissindicais, interferindo nos rumos domovimento. Entretanto, furando a gre-ve, produzimos exatamente o efeitocontrário. No final, nem a CAIXA nos res-peita, nem os colegas bancários nosapoiam. Portanto, é hora de reflexão."

Hora de reflexão

NeNeNeNeNey de Olivy de Olivy de Olivy de Olivy de Oliveira Reira Reira Reira Reira Rodrigues,odrigues,odrigues,odrigues,odrigues,do JURIR/Curitibado JURIR/Curitibado JURIR/Curitibado JURIR/Curitibado JURIR/Curitiba

"É equivocado pensar que a deci-são de aderir ou não à greve é pessoalou individual. Esse direitopersonalíssimo é reservado exclusiva-mente para momento anterior, quandoda assembleia que discute e vota adeflagração ou não do movimento.Nessa hora, a decisão por um ou outrocaminho é individualíssima. Mas,alcançada a decisão da maioria, cabea cada membro acatá-la, não decidir sevai ou não vai aderir."

Aderir ou nãoaderir

|Greve na CAIXA: desta vez, fracaparticipação dos advogados

|Fabiola: a busca da sonhadavalorização

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Novembro | 2009 9

Representante legítimaRegistro histórico: a ADVOCEF, que pri-

meira vez participou das negociações sala-riais entre a CAIXA e a categoria bancária,assinou, em parceria com a CONTEC, o Acor-do Coletivo 2009/2010, após a greve de 28dias iniciada em setembro. As assinaturasdos diretores Anna Claudia de Vasconcellos(Negociação) e Carlos Castro (Articulação),apostas no documento em 29 de outubro,demonstram o reconhecimento definitivo econsagrador da ADVOCEF como represen-tante dos advogados da CAIXA.

A fraca adesão dos advogados ao mo-vimento não diminui o mérito, nem chegaa preocupar o presidente Davi Duarte. Paraele, o importante foi constatar que, mes-mo com as dificuldades do momento, so-madas às pendências do movimento dosprofissionais em maio, cerca de 50 advo-gados aderiram à greve. A integração ocor-reu novamente, segundo Davi, pela própriaessência do pleito, de melhoria geral de re-muneração e de condições de trabalho,pontos de interesse de qualquer trabalha-dor da CAIXA.

"Nesse sentido foi positiva, porque a vi-tória do movimento específico serviu de

parâmetro, pela comba-tividade, a muitos com-panheiros que participa-ram do movimento", ana-lisa Davi.

Concordam comisso os diretores AnnaClaudia e Carlos Castro,ressaltando que, apesarda fraca participação dosadvogados, ainda assimfoi a maior já ocorridanuma greve geral dos bancários. "Isso legiti-mou, mais uma vez, nossa presença na mesade negociação", garantem, em artigo nestapágina.

Campanha difícilParticipando diretamente da greve, o

presidente da ADVOCEF aproveitou paratransmitir agradecimentos pelo apoio rece-bido das entidades sindicais no movimen-to de maio, salientando que a conquista dacategoria profissional vem em benefício in-direto de todos os bancários da CAIXA.

A Contraf-CUT também considerou omovimento vitorioso, destacando, entre as

Sobre a greveDesde o ACT do ano passado, a ADVOCEF

iniciou um novo papel: o de protagonista noprocesso de negociação coletiva, ainda quecomo membro convidado da CONTEC.

O movimento paredista do primeiro se-mestre foi emblemático e trouxe a nova carada ADVOCEF, formada por cada um dos ad-vogados da área jurídica da CAIXA, que de-monstraram força, coragem e determinação,não se deixando intimidar por eventuaispressões existentes, fazendo assim a primei-ra greve dos advogados, em conjunto comos demais profissionais e, ao mesmo tem-po, a mais extensa greve da história destaempresa pública federal.

O papel desempenhado pelos mem-bros da ADVOCEF à mesa de negociaçãotem sido de suma importância, não ape-nas em razão do embasamento legal pro-piciado pelas intervenções dos dirigentesda Associação nas acaloradas discussõesna análise das cláusulas propostas, mas,

Anna Claudia de Vasconcellos e Carlos Castro (*)OPINIÃO

|Da esq. para a dir.: Joaquim da Costa Neto (Seeb Amazonas),Carlos Castro (ADVOCEF), Rumiko Tanaka (CONTEC), Anna Claudia

de Vasconcellos (ADVOCEF) e Célio Alencar (Seeb Tocantins).

reivindicações atendidas, a contrataçãode cinco mil trabalhadores em 2010 e acriação dos comitês regionais de media-ção de conflito no trabalho. Isso, além dos6% de aumento salarial, uma PLR (Parti-cipação nos Lucros e Resultados) maiordo que a do ano passado e abono de R$700 para todos os empregados.

"Foi campanha salarial difícil, em queencontramos muitas resistências por par-te do banco, mas graças à nossamobilização conseguimos um acordo comconquistas importantes", avaliou o coor-denador da Comissão Executiva dos Em-pregados, Jair Ferreira.

também, como mediadores dos conflitosentre a Empresa e os empregados. O fato éreconhecido pela administração, o que temfacilitado nosso trânsito junto às diversasesferas decisórias da CAIXA, na busca desoluções para nossos pleitos específicos.

O movimento paredista deflagrado nestesegundo semestre de 2009 teve resultadospositivos. Embora a participação dos advoga-dos não tenha sido expressiva, foi, sem dúvi-da, a maior já ocorrida numa greve geral dosbancários, o que legitimou, mais uma vez, nos-sa efetiva presença na mesa de negociação. Ébom salientar que a adesão só não foi maior

"A assinatura do Acordo Coletivo deTrabalho 2009/2010, com a

presença destes diretores,representa a solidificação do papel

da ADVOCEF."

em virtude do saldo de horas a compensar,em razão da histórica greve dos profissionais.

A assinatura do Acordo Coletivo de Tra-balho 2009/2010, firmado em 29/10/2009, com a presença destes diretores, aconvite da CONTEC, representa asolidificação do papel da ADVOCEF comoporta-voz dos pleitos dos advogados juntoà CAIXA e àquela Confederação.

Destaca-se, ainda, que é notório que osenso de união e o ânimo de luta em prolde uma carreira mais atrativa e mais dignadentro de nossa Empresa são conceitos jásedimentados em cada um de nós. Novosembates haverá e, com certeza, nos encon-trarão prontos e fortalecidos para defenderos interesses de nossa classe, pois UNIDOSSOMOS BEM MAIS FORTES.

(*) Dire(*) Dire(*) Dire(*) Dire(*) Diretttttora de Negociação Coleora de Negociação Coleora de Negociação Coleora de Negociação Coleora de Negociação Coletivtivtivtivtiva ea ea ea ea eDireDireDireDireDiretttttor de Aror de Aror de Aror de Aror de Articulação e Rticulação e Rticulação e Rticulação e Rticulação e Relacionamen-elacionamen-elacionamen-elacionamen-elacionamen-

ttttto Inso Inso Inso Inso Institucional da ADtitucional da ADtitucional da ADtitucional da ADtitucional da ADVVVVVOCEFOCEFOCEFOCEFOCEF.....

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Novembro | 200910

| Cena Jurídica

Juros em honoráriosOs juros moratórios incidemno cálculo dos honoráriosadvocatícios a partir dotrânsito em julgado do aresto ou da sentença emque foram fixados.

O entendimento é da Segunda Turma do STJ.REsp 771029. (Fonte: STJ.)

Ação individualSe existe ação civil pública instaurada antecipadamente,

todos os processos individuais referentes ao mesmo casodevem ser suspensos. É o entendimento da Segunda

Seção do STJ, em julgamento pelo rito da Lei dos RecursosRepetitivos. No caso, trata-se de recurso especial contra

decisão do TJ/RS que, confirmando sentença, suspendeu oprocesso individual movido por depositante de caderneta

de poupança. REsp 1110549. (Fonte: STJ.)

Luís Inácio na AGU1. 2.Lula falou da "enorme" diferença

salarial entre o setor público eprivado e disse que qualqueradvogado público ganharia muitomais na iniciativa privada, "masmuitas vezes se trabalha por amor auma causa". Pela primeira vez a AGUé conduzida por um integrante decarreira: Adams é procurador daFazenda Nacional desde 1993.

Na posse do novo advogado-geralda União, Luís Inácio Lucena Adams,

em 23/10, o presidente Lula destacoua importância do trabalho prestado

pela AGU. "As pessoas só queremsaber quanto ganha um advogado-

geral da União, mas não querem saberquantas causas ele ganhou para evitar

que o governo perdesse bilhões ebilhões de reais", discursou.

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: AGU

Entre os ácaros1. 2. Quando chega ao Superior Tribunal de

Justiça, um processo possui mais de 400páginas, geralmente amareladas pelo tempoe engorduradas pelo manuseio. Conforme amatéria do Estadão, muitas são infectadaspor ácaros, bactérias, fungos "e coisa pior"."Sempre achamos baratas, percevejos eoutros bichos estranhos à ação", conta umafuncionária, acrescentando que já apareceuaté escorpião, "felizmente morto".

O Conselho Nacional de Justiçaestabeleceu uma meta para julgamento,

ainda em 2009, de todos os processosajuizados até 31/12/2005. Graças à

medida, segundo o jornal O Estado de S.Paulo, foram descobertos cinco milhões de

processos que estavam julgados emdefinitivo, mas engordavam a estatística damorosidade do Judiciário porque ainda não

haviam recebido baixa.

A CAIXA em 2010A CAIXA está nos debates que o governo preparadesde já, na imprensa, para a campanha de2010. "As empresas e bancos estatais ajudaramo país a sair da crise", afirmou o deputadofederal José Eduardo Cardozo, do PT. "Vamosmostrar a importância do papel do Estado noenfrentamento da crise financeira, inclusive opapel dos bancos e empresas públicas",reforçou o ministro de Relações Institucionais,Alexandre Padilha.

Parceria para conciliarO Conselho Nacional de Justiça e a

OAB assinaram um termo decooperação para estimular a

prática de conciliação. Grupos detrabalho deverão propor

mecanismos mais ágeis parareduzir o acervo de processos.Segundo o CNJ, 70 milhões de

processos tramitaram pela Justiçano país em 2008, cerca de um

para cada três pessoas.

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Novembro | 2009 11

| Cena Jurídica

Vagas no BC1. 2. Segundo o vice-presidente da

APBC, Fabiano Jantalia,ex-advogado da CAIXA, com oaumento de pessoal será possível

prestar um serviçomelhor às áreasinternas do Banco."E, principalmente,atuar de forma maisvigorosa na defesadas puniçõesaplicadas pelo BCque são submetidasà apreciação doConselho deRecursos do SistemaFinanceiro Nacional."

A Comissão de Constituição eJustiça e de Cidadania, da Câmara

Federal, aprovou em 22/10 a criaçãode cem cargos de procurador do

Banco Central, com custo deR$ 17 milhões por ano. O

projeto partiu de um estudoda Associação Nacional dos

Procuradores do BancoCentral (APBC), que a

direção do BC encaminhouao Ministério do

Planejamento. Doquantitativo de 200

profissionais previstos parao Banco, cerca de 170apenas estão na ativa. Súmula 121

Um grupo de matemáticos eeconomistas enviou manifesto aosministros do STF questionando a

Súmula 121, que proíbe acapitalização de juros, ainda que

prevista em contrato. Eles alegam queo enunciado, de 1963, está

desatualizado. De acordo com oprofessor do Instituto de Ensino ePesquisa (Insper) José Dutra VieiraSobrinho, a maioria dos contratos

imobiliários usa a tabela price paracalcular as parcelas a pagar. "O próprio

programa do governo federal Minhacasa, Minha vida faz isso", afirmou ele

ao jornal Valor Econômico.

Piso salarialA Comissão de LegislaçãoParticipativa, da Câmara Federal,aprovou em 4 de novembro a Sugestão172/09, do Conselho de Defesa Socialde Estrela do Sul, que cria o pisosalarial dos advogados. De acordo como texto, o advogado receberá R$ 4.650para uma jornada semanal de 36horas; ou R$ 3.720 para 20 horassemanais. O relator da proposta,deputado Dr. Talmir (PV-SP), afirmouque o piso salarial é direitoconstitucional assegurado aostrabalhadores brasileiros.(Fonte: Agência Câmara.)

Gestão do Judiciário1. 2.Conclusão da

cientista política MariaTereza Sadek,analisando os númerosda pesquisa Justiçaem Números,compilados peloConselho Nacional deJustiça: ter mais juízestrabalhando não

resolve. O que falta ao Judiciário,para reduzir o número de processos,são modelos de gestão maiseficazes.

No Brasil, o maiornúmero de juízes está noEspírito Santo, no Distrito

Federal e no Amapá. Osestados não estão entre

os que têm menosprocessos encalhados. As

menores taxas decongestionamento

ocorrem nos tribunais deRio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio

Grande do Norte. Esses Estados nãotêm os maiores números de

magistrados do país.

|Maria Tereza Sadek

Sentença por torpedoO juiz Edinaldo Muniz, titular da Vara Criminal de Plácido de Castro, no

Acre, enviou uma sentença por torpedo de celular para libertar um preso. Ojuiz estava em Rio Branco quando soube que um devedor de pensão

alimentícia, preso há três dias, havia quitado sua dívida. Ligou, mandou amensagem e o detento foi solto

imediatamente. O presidente daAssociação dos Magistrados Brasileiros,

Mozart Valadares Pires, elogiou a atitude,mas questionou: "Já imaginou se alguém

conseguir passar mensagem sem ser o juize soltar um criminoso?" O escrivão quecertificou a sentença disse que fez isso

porque conhece o magistrado só pela voz. |Mozart Valadares Pires

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: TJ/

TO

Nome trocadoO nome do ex-advogado-geral da

União é José Antonio Dias Toffoli - enão José Carlos Toffoli, como constou

na matéria publicada na edição deoutubro. José Carlos é padre,

irmão do hoje ministro doSupremo Tribunal Federal.

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Novembro | 200912

| Vale a Pena Saber

É certo que o pedido é que delimita o objeto da demanda, sen-do necessário para a validade da relação jurídica que tal seja apto,sob pena de se desrespeitar a essência do contraditório. O pedidoé o elemento mais importante na petição inicial. Mas em conjuntocom o pedido temos a causa de pedir como elemento delimitadordeste, ou seja, "tanto o pedido quanto seu suporte fático é que semostram como delineadores da abrangência do provimentojurisdicional a porvir" (Luiz Rodrigues Wambier, Flávio Renato Cor-reia de Almeida e Eduardo Talamini. Curso Avançado de ProcessoCivil, 8.º ed., Revista dos Tribunais: São Paulo, 2006, página 270, v.1).

Deste modo, a parte, ao se socorrer do Poder Judiciário, devenarrar os fatos para que o juiz possa dizer o direito (inciso III doartigo 282 do Código de Processo Civil). Assim o pedido deve seruma consequência lógica da exposição dos fatos e do direito que aparte julga ter. Exemplificando, não pode em uma ação a partediscorrer sobre um suposto dano causado por Fulano em seu car-ro e pedir que Fulano conserte a sua casa, pois o réu ao contestaro feito se defenderá dos fatos alegados e não do que deveria tersido alegado.

Sobre o assunto, temos recente julgado que trata da questãode forma didática e exemplar, o que dispensa até maiores comen-tários, in verbis:

"Trata-se originariamente de ação indenizatória proposta peloora recorrido em desfavor do banco ora recorrente, pretendendo aobtenção de danos materiais e morais, pelo fato de ele ter acatadoum cheque roubado de propriedade daquele em decorrência deum assalto ocorrido em sua residência. A sentença julgou proce-dente a ação, entendimento confirmado pelo acórdão no qual seassentou que não é defesa, em nosso ordenamento jurídico, aadoção de fundamento diverso para conceder a pretensão dodemandante, sem escapar da moldura restritiva formada pela causade pedir e do pedido. A displicência da instituição financeira aoaceitar um cheque, sem, contudo, conferir a autenticidade da assi-natura em relação ao seu emitente, é evento apto a ensejar danomoral. Em se tratando de tal dano, a responsabilização do agenteopera-se por força do simples fato da violação, de modo a tornar-se desnecessária a prova concreta do prejuízo. No REsp, o recor-rente sustenta que o aresto a quo e a sentença são nulos, uma vezque julgaram a demanda levando em conta causa de pedir alheiaà trazida na petição inicial. A propósito, aduz que a causa de pedir

Da necessária relação entre a causa de pedir e o pedido na petição iniciallançada foi o suposto acatamento do cheque que estava relaciona-do no mesmo talonário furtado e que se encontrava sustado, sen-do esse o fato contestado. Acrescenta que não houve qualquerquestionamento quanto à necessidade de identificação do saca-do, mesmo porque o referido cheque foi depositado em outro esta-belecimento bancário e remetido ao recorrente através da com-pensação, ou seja, não existe forma nem obrigação desse de iden-tificar o sacado em outra instituição financeira. A Turma entendeuque a sentença que julga procedente o pedido com amparo emfatos não invocados pelo autor padece de vício, uma vez que, aoser citado, o réu ocupar-se-á de apresentar contestação aos fatosnarrados pelo autor na peça vestibular, especialmente em virtudeda estabilização da demanda, conforme preconiza o art. 264 doCPC. Ademais, não lhe cumpre exercer um juízo de futurologia pararebater fatos que, embora não tenham sido alegados pelo autor naexordial, poderiam vir a ser ventilados por esse ou pelo julgador.Tal conjectura, realmente, atentaria contra os primados da segu-rança jurídica, do contraditório e da ampla defesa. Ressaltou-seainda que não houve, e não deveria haver mesmo, por parte dobanco recorrente qualquer preocupação em discutir, com profun-didade, a possibilidade de, nas circunstâncias deste caso, promo-ver a compensação do cheque com assinatura de autenticidadeduvidosa, isso porque o recorrente, de acordo com as regras queregem o Processo Civil brasileiro, deveria centrar sua contestaçãona impugnação específica dos fatos articulados na inicial, nos limi-tes da causa de pedir próxima, a qual se torna imutável nos mol-des do art. 264 do CPC. Diante disso, deu-se provimento ao recur-so para anular o acórdão e a sentença, determinando-se o retornodos autos ao juiz de primeiro grau para que julgue a demanda,com observância dos limites da causa de pedir." (STJ, REsp 998.696-ES, Terceira Turma, Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 25/ago/2009).

Em tempo, deve-se lembrar que não ocorre a preclusão sobreeventuais vícios existentes no pedido (sobre o assunto veja-seMarcelo Abelha Rodrigues, Manual de Direito Processual Civil, 4.ºed., Revista dos Tribunais: São Paulo, 2008, página 317).

SFH. ACP. Execução Extrajudicial.Legitimidade. MPF. STJ.

"O Ministério Público Federal (MPF) tem legitimidade para proporação civil pública (ACP) com o objetivo de sobrestar processos de exe-cuções extrajudiciais em tutela de direito e interesse de mutuários doSistema Financeiro de Habitação (SFH), dado o caráter homogêneodeles e a repercussão social decorrente de sua ofensa." (STJ, REsp1.126.708 PB, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em17/set/2009).

A razoável duração do processoAutor: Frederico Koehler.Editora Juspodivm, 2009. 208 páginas.A obra analisa o tormentoso tema da duração do processo e

morosidade do Judiciário. O autor, partindo essencialmente da re-dação do art. 5°, LXXVIII, da Constituição Federal, discorre sobrediversos temas afetos à questão: duração do processo x seguran-ça jurídica, inconstitucionalidade das leis que atentem contra oinstituto, possibilidade de intentar ação indenizatória contra o Es-tado quando da desobediência do princípio dentre outros temas.Sem se furtar de traçar esboço histórico sobre o tema, a leitura éútil não apenas para a aplicação prática no cotidiano forense, mascomo instrumento de reflexão sobre a necessidade de tornar efeti-vo esta garantia fundamental.

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| Vale a Pena Saber

Novembro | 2009 13A coluna Vale a Pena Saber pode ser acessada, na íntegra, no site da ADVOCEF (menu Publicações).

ELABORAÇÃOELABORAÇÃOELABORAÇÃOELABORAÇÃOELABORAÇÃO

Jefferson Douglas Soares ([email protected])e Giuliano D'Andrea ([email protected]).

Colaboraram: Carlos Henrique Bernardes C. Chiossi, CleucimarValente Firmiano, Ricardo Soares Jodas Gardel e Ricardo Valentin

Nassa, todos do JURIR/Campinas.

Sugestões dos colegas são bem-vindas.

Assistência judiciária. Indeferimento. STJ."A Turma reafirmou seu entendimento de que o benefício da justi-ça gratuita pode ser pleiteado a qualquer tempo, sendo suficientepara sua obtenção que a pessoa física afirme não ter condição dearcar com as custas do processo e honorários advocatícios. Contu-do, tal afirmação possui presunção juris tantum, podendo o magis-trado indeferir a assistência judiciária se não encontrar fundamen-tos que confirmem o estado de hipossuficiência do requerente"(STJ, AgRg no REsp 1.122.012 RS, Primeira Turma, Rel. Min. LuixFux, julgado em 6/out/2009).

Mútuo. Rescisão do contrato. Impossibilidade. TRF 3"A parte firmou com a Caixa Econômica Federal contrato de mútuo,isto é, empréstimo de dinheiro, obrigando o mutuário a restituir àInstituição Financeira o valor que tomou emprestado. Inteligênciado artigo 586 do Código Civil. 2 - O cerne da questão é a impossibi-lidade jurídica do pedido de rescisão contratual de contrato demútuo. Destarte, o mutuário não pode querer que a CEF recebabem diverso daquele que foi firmado em contrato. 3 - O SuperiorTribunal de Justiça vem admitindo a aplicabilidade do Código deDefesa do Consumidor, todavia, é necessário que as irregularida-des que tenham sido praticadas estejam amparadas por provasinequívocas, sendo insuficiente a alegação genérica, não restandocomprovado nestes feitos. 4 - Verifica-se que os mutuários estãoinadimplentes, portanto, é perfeitamente plausível a execuçãoextrajudicial efetuada, nos termos do Decreto-lei 70/66. 5 - Recur-so de apelação a que se nega provimento." (TRF 3, AC2001.61.05.008240-6 SP, Segunda Turma, Rel. Des. Cecilia Mello,DJe 24/set/2009).

Título executivo. Nota promissória. Nulidade. STJ"A jurisprudência pacífica deste Superior Tribunal entende que aausência da indicação expressa da data de emissão descaracterizaa nota promissória como título executivo. Contudo, na espécie, afalta foi suprida pela própria recorrente, que afirma expressamentea data em que foi emitida. Assim, não há qualquer dúvida quanto àdata de vencimento, caracterizando-se um exagero formal decla-rar a nulidade da nota promissória no caso. Logo, a Turma nãoconheceu do recurso." (STJ, REsp 988.328 MG, Quarta Turma, Rel.Min. Fernando Gonçalves, julgado em 01/out/2009).

Novas súmulas do STJSúmula n.° 392:Súmula n.° 392:Súmula n.° 392:Súmula n.° 392:Súmula n.° 392: A Fazenda Pública pode substituir a certidão dedívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quan-do se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modi-ficação do sujeito passivo da execução.Súmula n.° 393:Súmula n.° 393:Súmula n.° 393:Súmula n.° 393:Súmula n.° 393: A exceção de pré-executividade é admissível naexecução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício quenão demandem dilação probatória.Súmula n.° 398:Súmula n.° 398:Súmula n.° 398:Súmula n.° 398:Súmula n.° 398: A prescrição da ação para pleitear os juros pro-gressivos sobre os saldos de conta vinculada do FGTS não atinge ofundo de direito, limitando-se às parcelas vencidas.Súmula n.° 400:Súmula n.° 400:Súmula n.° 400:Súmula n.° 400:Súmula n.° 400: O encargo de 20% previsto no DL n. 1.025/1969é exigível na execução fiscal proposta contra a massa falida.Súmula n.° 40Súmula n.° 40Súmula n.° 40Súmula n.° 40Súmula n.° 401: 1: 1: 1: 1: O prazo decadencial da ação rescisória só seinicia quando não for cabível qualquer recurso do último pronunci-amento judicial.

A ilegalidade da Tabela Price, a existência de juros capitalizados ea aplicação, cumulada, de multa moratória e cláusula penal são ques-tões repetitivamente levadas ao judiciário por contratantes do FIES nointuito de que cláusulas sejam anuladas e o valor devido diminuído. Apar disso, decisão recente do Tribunal Regional Federal da 4ª Regiãopôs, de forma elucidativa, fim a essas controvérsias, consolidando,de uma vez, a legalidade da cobrança e a regularidade da execuçãode contratos de FIES, na forma como avençados atualmente.

Trata-se de acórdão originado de apelação no processo2008.71.14.000463-7 que discutiu referidas questões.

Na decisão, o TRF4 concluiu que, diferentemente do antigoCREDUC o FIES não se presta a financiamento estudantil de pessoas"carentes"; representa, sim, autêntico financiamento, que possibilitaacesso à universidade de pessoas que não tenham condições finan-ceiras suficientes.

Segundo decidiu-se no julgado, pouco importa, no caso específi-co do FIES, a existência da capitalização dos juros. O que importa, nocaso dessa modalidade de financiamento, é que há previsão expres-sa de que os juros somem 9% ao ano, ainda que capitalizados. "O quea jurisprudência veda, inclusive sob a forma de súmula, não é a meraoperação matemática da capitalização, vez que o direito não faz exa-me das leis matemáticas, mas sim a eventual onerosidade que delapode decorrer, o que ocorreria, por exemplo, caso fossem observadasamortizações negativas em algum período". E a utilização da TabelaPrice representa apenas a adoção de um sistema de amortização,que em nada implica, por si, na excessiva onenorisade. Esta, comosalientado, dar-se-ía pela existência de amortização negativa, o quenão é observado no caso do FIES.

Quanto à multa e cláusula penal, fica consignado no acórdão que"embora tanto a cláusula penal, quanto a multa moratória sejam de-correntes da impontualidade do devedor, só esta é imediata àimpontualidade, enquanto a cláusula penal só incide quando o débitose prolonga, de modo a impor à CEF um procedimento extraordináriode cobrança, seja ele judicial ou extrajudicial".

Vale a pena a leitura do aresto (TRF4, AC 2008.71.14.000463-7,Quarta Turma, Relator Valdemar Capeletti, D.E. 19/10/2009) que podeser utilizado como valioso precedente para consolidar algumas con-trovérsias sobre o FIES de maneira definitiva, evitando a provocaçãodo judiciário apenas de forma protelatória e ensejando, quiçá, a apli-cação do art. 285-A, do CPC.

FIES: legalidade da Tabela Price, Juros Capitalizadose cumulação de multa moratória e cláusula penal

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Novembro | 200914

| Revista de Direito

Prestígio crescenteSai o 9º volume com ensaios dos advogados da CAIXA

Cada vez mais consolidada nos ambi-entes jurídico e acadêmico do país, a Re-vista de Direito da ADVOCEF terá seu nonovolume lançado em Brasília, em 20 denovembro. Dez autores, oito deles advo-gados da CAIXA, um ex (Éder López) e umexterno (Luciana Gomes) comparecemnessa edição com seus textos científicos,muitos deles inspirados, como sempre, nocotidiano múltiplo e rico da Empresa.

Segundo os editores, cresceu o núme-ro de autores que querem publicar artigosna Revista, que recentemente foi incluídano sistema Qualis, da Capes/MEC (Coorde-nação de Aperfeiçoamento de Pessoal deNível Superior do Ministério da Educação).Graças à promoção, o advogado AlaimStefanello, do JURIR/Curitiba, um dos con-selheiros editoriais, foi procurado por umrepresentante de programa de mestrado edoutorado em Direito "de renomada Univer-sidade no Paraná, com mais de 50 anos deatividade". O projeto, que incluía parceriade publicação, acabou não concretizado.

O episódio dá uma ideia do interesseque a RD já desperta nas instituições deensino. Alaim observa que os ConselhosEditorial e Executivo avaliam, há tempos,a possibilidade de publicar a Revista pormeio de uma editora. Outra proposta empauta é a realização de um convênio coma Escola de Advocacia da CAIXA.

Versão onlineO presidente da ADVOCEF, Davi Duarte,

reconhece que a Revista de Direito preci-sa ter a tiragem ampliada para chegar amais entidades associativas e culturais, jáque a qualidade e praticidade dos textosencontram cada vez mais espaço nessessetores técnicos.

O diretor de Comunicação, RobertoMaia, salienta que a Revista avança tam-bém em tecnologia, lembrando que, alémda versão impressa, todas as edições po-dem ser acessadas no site da Associação."Um modo adicional de perenizar a produ-ção de advogados da CAIXA e autores con-vidados", explica. "E no novo site da enti-dade, a ser lançado brevemente, avança-

remos um pouco mais, introduzindo me-canismos de busca, elevando ainda maiso nível de proveito dos conteúdos da Re-vista."

Alaim destaca que a Revista circulaentre as bibliotecas de universidades emtodo o país e também entre os ministrosde tribunais superiores, desembargadorese juízes federais. Outro fator importante,conforme Alaim, é que, ao divulgar as te-ses acadêmicas e profissionais dos advo-gados, a Revista ao mesmo tempo divulgaa própria ADVOCEF e a CAIXA.

"Para mim, que participo da Revistacomo conselheiro e eventualmente comoautor, desde sua formulação e lançamen-to no Congresso da ADVOCEF em BeloHorizonte, em agosto de 2005, é motivode realização e alegria ver esse projeto co-letivo de toda a classe de advogados daCAIXA alcançar tamanho sucesso."

Os autoresParticipando pela segunda vez na

RD, o advogado Bruno Queiroz Oliveira,do JURIR/Fortaleza, diz que a ideia do

seu estudo surgiu em sala de aula, nocurso de especialização em Direito Pe-nal e Processo Penal, da Escola Superi-or do Ministério Público do Ceará. Comoprofessor da disciplina Crimes Econômi-cos e Financeiros, ele discute com alu-nos as incoerências da lei, em especiala criação de tipos penais abertos e deperigo abstrato, que "constituem graverisco para o direito penal equilibrado ede viés garantista".

"O advogado da CAIXA tem que mostraro seu valor em muitas frentes, e nóstemos colegas competentes para talmissão." (Bruno Queiroz Oliveira).

"Uma iniciativa importante para'oxigenar' a atividade jurídica daempresa, incitando seu corpo funcionaladvocatício à reflexão sobre novostemas." (Ciro de Lopes e Barbuda)

"Cumpre um importante papel demostrar contribuições ao Direito eprodução científica de inegávelqualidade, de um corpo técnicobastante qualificado." (Lourenço Neto)

"Os artigos trazem temas interessantes,ler a Revista é uma boa forma de semanter atualizado." (Luciana BuksztejnGomes)

Opiniões sobre a RD

"A Revista é um canal muito importantepara os advogados da CAIXA, tanto porpossibilitar uma oportunidade depublicação dos nossos trabalhosacadêmicos, quanto por facilitar a trocade experiências." (Marcella Smith)

|Luciana:Boa forma de

atualização

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Novembro | 2009 15

Seu objetivo é analisar principalmen-te os crimes de gestão temerária e frau-dulenta e a evasão de divisas, tecendoconsiderações em torno das questõespolêmicas e dos princípios constitucio-nais que devem nortear a interpretaçãodesses tipos penais.

O direito autoral será tema demestrado do advogado Ciro de Lopes eBarbuda (da Extensão Jurídica de Feirade Santana), no curso de Direito Priva-do da Universidade Federal da Bahia. Porisso, ele já elaborou alguns artigos, comoo que está na RD. Ciro examina a faltade efetividade da Lei nº 9.610/98, di-ante das novas tecnologias e da emer-gente "sociedade da informação".

"Penso que a única maneira de o di-reito autoral recuperar sua eficácia jurí-dica e reconhecimento social éreadequar o seu papel à luz do progra-ma cultural da Constituição de 1988 eda concretização da função social dapropriedade intelectual", comenta.

Leis extravagantesO ponto de partida para a confecção

do artigo do advogado Lourenço Nasci-mento Santos Neto, do JURIR/Salvador, foia observação de emendas da ConstituiçãoFederal de 1988 "que tomaram a formade verdadeiras leis extravagantes ao textoconstitucional". O advogado notou, desdea promulgação, que muito do conteúdodas emendas, além de alterar o conteúdooriginal, ou suprimi-lo, trata da interaçãodo texto da Carta com a própria emenda,numa espécie de "hermenêutica oficial".

"Penso ser algo extremamenteesdrúxulo e não condizente com a for-ma de Constituição escrita e rígida quetemos", afirma Lourenço, que julga o fatoinédito.

Alaim GioAlaim GioAlaim GioAlaim GioAlaim Giovvvvvani Fani Fani Fani Fani Fororororortttttes Stes Stes Stes Stes StefefefefefanelloanelloanelloanelloanelloO papel do Direito no controle social depolíticas públicas

Bruno QueirBruno QueirBruno QueirBruno QueirBruno Queiroz Olivoz Olivoz Olivoz Olivoz OliveiraeiraeiraeiraeiraA Lei 7492/86 e os crimes de perigoabstrato

CirCirCirCirCiro de Lopes e Barbudao de Lopes e Barbudao de Lopes e Barbudao de Lopes e Barbudao de Lopes e BarbudaO embate entre teoria epraxis no campo do direitoautoral

Éder Maurício PÉder Maurício PÉder Maurício PÉder Maurício PÉder Maurício Pezzi Lópezezzi Lópezezzi Lópezezzi Lópezezzi López Alienação de folha de paga-mento

Eder PEder PEder PEder PEder Pessoa da Costaessoa da Costaessoa da Costaessoa da Costaessoa da CostaReequilíbrio dos contratosadministrativos e desvalori-zação da moeda

Autores e obrasLourenço NascimentLourenço NascimentLourenço NascimentLourenço NascimentLourenço Nascimento Santo Santo Santo Santo Santos Neos Neos Neos Neos NetttttoooooNova morfologia das emendas constitu-cionais

LLLLLuciana Buksztuciana Buksztuciana Buksztuciana Buksztuciana Buksztejn Gomesejn Gomesejn Gomesejn Gomesejn GomesResponsabilidade civil na incorporação

imobiliária

MarMarMarMarMarcella Pcella Pcella Pcella Pcella Peixeixeixeixeixooooottttto Smitho Smitho Smitho Smitho SmithCumprimento de sentençanas obrigações de fazer e nãofazer

Vinicius CarVinicius CarVinicius CarVinicius CarVinicius Cardona Fdona Fdona Fdona Fdona FrancarancarancarancarancaA reafirmação do Direito natransição pós-moderna

Wilson de Souza MalcherWilson de Souza MalcherWilson de Souza MalcherWilson de Souza MalcherWilson de Souza MalcherA execução provisória no Pro-cesso Civil espanhol e brasi-leiro

"Parece que se abandonou por com-pleto o apego às mínimas formalidades,e hoje, se alguém quiser interpretar aConstituição, terá que fazer o absurdoesforço de, além de ler o texto em si,debruçar-se em emendas que têm con-teúdo próprio, que por vezes desdiz aprópria Constituição no seu texto origi-nal."

Chama a atenção de Lourenço quea matéria seja pouco debatida e até tra-tada como coisa menor, "como se tivés-semos uma constituição legalista, comleis esparsas de conteúdo constitucio-nal, o que não é o caso". Ele demonstrano ensaio que as razões não podem serencontradas no Direito, mas em ques-tões pragmáticas: as emendas foramescolhidas para suprir a necessidade dereformas no país.

Multas coercitivasA advogada Luciana Buksztejn Go-

mes, profissional autônoma de Porto Ale-gre, diz que seu texto quer aprofundaruma questão corrente na área imobiliá-ria, o pagamento do terreno através deárea a ser construída no local - ou seja,a permuta entre o proprietário do terre-no e o incorporador. Sua intenção é ve-rificar se o proprietário poderia ser equi-parado ao incorporador e responsabili-zado perante os adquirentes, se a incor-poração não fosse efetivada.

A motivação para a pesquisa surgiude um caso em que o proprietário do ter-reno recebeu como pagamento área aser construída, mas a construtora faliu."Ele nos consultou e ao estudarmos oassunto percebemos que, se ele fosseequiparado ao incorporador, correria orisco de ter de indenizar os terceirosadquirentes."

A monografia de Marcella PeixotoSmith, advogada da REJUR/Macapá, foiescrita para conclusão de curso de pós-graduação em Direito Processual Civil,na Universidade do Sul de SantaCatarina, em 2008. Marcella decidiu seaprofundar no tema para melhor traba-lhar na defesa da CAIXA, diante das cons-tantes "multas coercitivas" impostas nafase de execução de sentenças.

|Marcella Peixoto Smith

|Bruno:ideia emsala deaula

|Alaim:alegria pelo

sucesso

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Novembro | 200916

Judiciário ainda emperra avanço da arbitragem

| Especial

Julgamento alternativoA arbitragem avança a passos largos

como opção ao Judiciário na solução deconflitos contratuais. O crescimento, po-rém, esbarra na própria Justiça, que porfalta de conhecimento ou por resistên-cia, em muitos casos não admite as cláu-sulas de exclusividade previstas nos con-tratos, nem as decisões dadas pelas câ-maras constituídas nos tribunaisarbitrais. A relação entre o Judiciário e aarbitragem foi discutida em junho porespecialistas na Escola de Direito daFundação Getúlio Vargas, a DireitoGV,em São Paulo. O colóquio "Para onde vaia arbitragem no Brasil" levantou as prin-cipais questões que ainda bloqueiam ouso do instituto no país.

"O Judiciário precisa da arbitragempara reduzir a judicialização e a arbi-tragem precisa do Judiciário para quesuas decisões tragam segurança jurídi-ca às partes", resume a advogada e pro-fessora da DireitoGV Selma MariaFerreira Lemes. Ela participou da auto-ria do anteprojeto da Lei de Arbitragemhoje vigente. De acordo com Selma, umlevantamento em câmaras arbitrais dosquatro grandes centros do país mostrouque é por meio de arbitragem que hojesão discutidos cerca de R$ 2,5 bilhõesno país.

Além de ser um meio mais rápidode solução de conflitos do que o Judici-

Alessandro Cristo (*)

ário, a arbitragem permite que as par-tes escolham, de comum acordo, osárbitros que decidirão as questões quepossam surgir no cumprimento dos con-tratos. "As soluções são muito mais téc-nicas e difíceis de contestar", afirmaSelma. Uma das maiores vantagens,segundo ela, é que as demandas nãosão reguladas pelo Código de ProcessoCivil e, portanto, são menos formais eburocráticas. "São as partes que defi-nem as regras do julgamento."

A arbitragem teve o pontapé inicialno Brasil com a promulgação da Lei9.307, em 1996, a chamada Lei de Ar-bitragem. Porém, foi só em 2001 que oinstituto ganhou respaldo do Judiciário,depois que o Supremo Tribunal Federalreconheceu a constitucionalidade dosdispositivos da lei. Por maioria, os mi-nistros consideraram que "a manifesta-ção de vontade da parte na cláusulacompromissória, quando da celebraçãodo contrato, e a permissão legal dadaao juiz para que substitua a vontade daparte recalcitrante em firmar o compro-misso, não ofendem o artigo 5º, incisoXXXV, da Constituição Federal", nos ter-mos do voto do relator, ministro aposen-tado Sepúlveda Pertence.

Arbitragem em númerosUma pesquisa do Comitê Brasileiro

de Arbitragem (CBAr) promete mostrarjustamente como o Judiciário encara aarbitragem. A ideia é saber até que pon-to os juízes respeitam os termos inde-pendentes da arbitragem. O comitê ana-lisa, neste momento, todas as decisõesjudiciais dadas até o ano passado con-firmando ou invalidando sentenças dostribunais arbitrais de todo o país. O re-sultado final da pesquisa deve ser pu-blicado em breve, mas algumas informa-ções preliminares já foram adiantadas.

Das 790 decisões encontradas nascortes superiores e tribunais estaduais

e federais, mais da metade discute avalidade da convenção arbitral nos con-tratos. A validade das sentençasarbitrais é o segundo tema mais levadoao Judiciário - está presente em 15%das decisões. Logo após, vêmquestionamentos sobre liminares emedidas cautelares de urgência conce-didas, que respondem por 9% das de-cisões. Em seguida, estão contestaçõesquanto à instituição da arbitragem de-pois que a cláusula arbitral já foi firma-da, com 7% dos casos. Execução desentença arbitral e homologação desentença arbitral estrangeira fecham alista de ocorrências na Justiça, com 6%e 3% dos casos, respectivamente. Apesquisa é exaustiva e está em fase deconsolidação dos dados.

Para o advogado Rafael FranciscoAlves, membro do comitê, o levanta-mento já mostra uma grande quantida-

"O Judiciário precisa daarbitragem para reduzir

a judicialização e aarbitragem precisa do

Judiciário para darsegurança jurídica às

partes."

"A validade dassentenças arbitrais é o

segundo tema maislevado ao Judiciário -está presente em 15%

das decisões."

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Novembro | 2009 17

de de anulações de sentenças arbitraispela Justiça, o que, segundo ele, nãomostra descaso para com a forma al-ternativa de resolução de conflitos. "Noscasos analisados, as decisões da Justi-ça foram acertadas porque as senten-ças arbitrais mereciam ser reformadas",explica. Um dos motivos principais sãoos casos de "sentenças prontas", emque assuntos discutidos repetidas ve-zes por árbitros ou tribunais têm as de-cisões "copiadas".

Uma das questões que mais divideopiniões é a validade de decisõesinterlocutórias dadas enquanto o tribu-nal arbitral ainda está em fase de cons-tituição. A dúvida é se a cláusulacontratual que determina a arbitragemcomo foro de demandas impede que oJudiciário expeça liminares quando ne-cessário. O problema foi exemplificadopelo advogado Pedro Paulo Cristofaro, di-retor jurídico da Câmara FGV de Concili-ação e Arbitragem. "Se os árbitros esco-lhidos ainda não aceitaram a função, ouse o tribunal ainda não foi constituído, oembarque de uma mercadoria que podeprejudicar uma das partes precisa serdetido por uma medida cautelar da Jus-tiça", afirma. De acordo com ele, a com-petência para medidas cautelares só édos árbitros quando o processo já esti-ver em curso na câmara.

Para Selma Lemes, que também éárbitra, não há qualquer constrangimen-to se o Judiciário ordenar uma medidade urgência, mas o mérito deve ser dis-cutido por arbitragem. "Já revogamoscautelares dadas pelo Judiciário, assimcomo oficiamos juízes sobre a mudança

de competência da demanda da Justiçapara a câmara arbitral", diz. Segundo ela,ainda há resistência e falta de conheci-mento dos juízes em relação à compe-tência da arbitragem. "Muitas vezes, háradicalismos. Ou o juiz não dá a cautelarpor causa da cláusula arbitral, ou tomao processo todo para si."

Em situações semelhantes, aextinção de processos judiciais logoapós o início da arbitragem também éirregular, segundo Cristofaro. "Mudaapenas a jurisdição do processo, porisso ele não deve ser simplesmente jo-gado fora." Para ele, nesses casos, deveser aplicado o entendimento do artigo313 do Código de Processo Civil, quedita o procedimento no caso de um juizse declarar suspeito para julgar umaação. A norma prevê que, reconhecidaa suspeição, o processo seja encami-nhado para outro juiz.

Outro problema que perturba os es-pecialistas são as chamadas "câmaraspicaretas", tribunais de fachada usadospor empresas para assustar devedoresincautos. "Elas usam até mesmo o bra-são das armas da República nas corres-pondências, afirmando serem tribunais,colocando temor nos clientes", diz o ad-vogado Luiz Fernando Teixeira Pinto, di-retor conselheiro do CBAr, que já inte-grou a Corte Internacional de Arbitragemda Câmara de Comércio Internacional.Segundo ele, uma comissão formada pormembros da seccional fluminense da Or-dem dos Advogados do Brasil e do Mi-nistério Público estadual do Rio conse-guiu acabar com diversas delas depoisde fazer uma blitz no Estado.

Relações de consumoTabu ainda não resolvido no Brasil,

o uso da arbitragem em relações deconsumo já é frequente na UniãoEuropeia, como destaca Selma Lemes.O impasse existe principalmente porquecontratos entre consumidores e empre-sas são de adesão, ou seja, as cláusu-las não podem ser discutidas entre aspartes. Se o consumidor quiser o pro-duto ou serviço, precisa aceitar as con-dições impostas pelo fornecedor. É as-sim nos contratos de serviços bancári-os, por exemplo. "O problema é frequen-te principalmente nos Estados Unidos,em que a massificação levou ao uso de

"Uma das maioresvantagens é que asdemandas não são

reguladas pelo Códigode Processo Civil e,

portanto, são menosformais e burocráticas."

"Outro problema queperturba os

especialistas são aschamadas 'câmaras

picaretas', tribunais defachada usados por

empresas para assustardevedores incautos."

arbitragem forçada", diz o advogadoRafael Francisco Alves.

"Nas relações de consumo, é neces-sário um acompanhamento de pertopelo Estado e por organizações não go-vernamentais, como acontece na Euro-pa", diz Selma Lemes. Segundo ela, oconsumidor poderia aceitar a cláusulaao assinar o contrato, mas discuti-ladepois no Judiciário assim que o confli-to surgisse. Também existe a possibili-dade de cláusulas de oferta de arbitra-gem nos contratos, em que o consumi-dor pode optar pelo instituto ou peloJudiciário para possíveis discussões."Isso não é aceito em Tribunais de Jus-tiça como o do Rio de Janeiro, em quea jurisprudência refuta a cláusulaarbitral em contratos de consumo."

Apesar de as disputas que colocamem lados opostos consumidores e for-necedores serem um dos principais mo-tivos do inchaço do Judiciário, o uso daarbitragem para dirimir esse tipo deconflito não é saudável, de acordo como advogado Rafael Alves. "O institutonão pode ser usado como forma de di-minuir conflitos porque as técnicas nãosão adequadas à massificação. A arbi-tragem não substitui o Judiciário", afir-ma. Aí também se encaixam as arbitra-gens na área trabalhista, segundo oadvogado.

(*) Jornalis(*) Jornalis(*) Jornalis(*) Jornalis(*) Jornalista, repórta, repórta, repórta, repórta, repórttttter da reer da reer da reer da reer da revisvisvisvisvistatatatataeleeleeleeleeletrônica Consulttrônica Consulttrônica Consulttrônica Consulttrônica Consultor Jurídico, onde oor Jurídico, onde oor Jurídico, onde oor Jurídico, onde oor Jurídico, onde o

ararararartigo ftigo ftigo ftigo ftigo foi publicado originalmentoi publicado originalmentoi publicado originalmentoi publicado originalmentoi publicado originalmente.e.e.e.e.

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Novembro | 200918

| Humor

Negociando honoráriosO casal estava cansado de tolerar al-

gumas questões flagrantemente abusivasa que vinha sendo submetido. Marido emulher, então, decidem que é chegada ahora de contratar um advogado e solucio-nar a controvérsia de uma vez por todas.O problema seria a questão dos honorári-os. Eles eram pobres, mas não eram bo-bos. Conheciam a fama dos advogados enão contratariam ninguém sem antes fa-zer uma criteriosa pesquisa de preço com,no mínimo, três amostras:

AmosAmosAmosAmosAmostra 1: O neóftra 1: O neóftra 1: O neóftra 1: O neóftra 1: O neófititititito.o.o.o.o.A pesquisa iniciou-se com o filho

de uma vizinha. O menino, que fre-quentava a casa dos consulentes,desde que usava fraldas, recémhavia se formado e atendia namesa de jantar da casa dospais. O neófito ouviu atenta-mente os relatos tenebrososdo casal e, ao ser indaga-do sobre os honorários, res-pondeu, gaguejando muito:

- Olha, a questão não é tãosimples, não... Demandará al-guns anos... Muitas idas aoforo... Isso sem contar as au-diências e...

- Ok! - Interrompeu donaSovínia, já angustiada. - Quantoisso vai nos custar?!

Pelas têmporas do menino tomacurso a primeira gota de suor. Ele nãoquer trabalhar de graça, mas ao mes-mo tempo não quer perder o cliente.Soma-se a isso o fato de que se trata deamigos da família que acreditaram em suacompetência. Não queria desapontá-los.Ponderou sobre todas essas variáveis poralguns segundos. Não concluiu nada, maspremido que estava pelo olhar dos poten-ciais clientes, chutou o primeiro valor queveio a sua cabeça:

- Duzentos reais fica muito ruim?A mulher levantou-se da cadeira in-

dignada:- Duzentos reais?! Depois de todos

os bolinhos e cachorrinhos quentes queservi pra você lá em casa, quando suamãe lhe deixava lá a tarde inteira pra sair

a bater perna na rua? Vamos embora da-qui, Mísero. É só se formar em advocaciae a pessoa já fica besta, mesmo!

AmosAmosAmosAmosAmostra 2: O supertra 2: O supertra 2: O supertra 2: O supertra 2: O super-adv-adv-adv-adv-advogado bem-ogado bem-ogado bem-ogado bem-ogado bem-sucedido.sucedido.sucedido.sucedido.sucedido.

- Bom dia!- Bom dia! Temos hora marcada com

Dr. Writ Heroico.- Pois não. São quatrocentos reais

adiantados, só pela consulta.

O casal tenta não deixar transparecero espanto. Depois de cruzarem olharesarregalados, Dona Sovínia, simulandouma inexistente tranquilidade, volta-separa a balconista:

- Veja só. Devo estar com a cabeçana Lua. Esqueci meu talão de chequesno carro. Vamos lá buscar e já voltamos.

AmosAmosAmosAmosAmostra 3: O etra 3: O etra 3: O etra 3: O etra 3: O experientxperientxperientxperientxperiente e bem con-e e bem con-e e bem con-e e bem con-e e bem con-ceituado advceituado advceituado advceituado advceituado advogado.ogado.ogado.ogado.ogado.

- ...Então, o caso é esse, doutor. O quevocê acha?

- Moleza. Já cuidei de muitos casosassim. Inclusive, enquanto você falava eujá peguei uma petição de um caso igual,coloquei o nome de vocês, já imprimi e jáassinei. Aqui está ela. Podem sair daquie já distribuir no foro. A propósito, são vin-te mil reais.

- Vinte mil reais?! Mas você nem tevetrabalho algum! - Exclama o Sr. Mísero.

- Ok. - E o causídico rasga, na peti-ção, a parte que contém sua assi-

natura - Sem a minha assinaturaé de graça.

Claro que com essa atitudeo profissional esperava que o ca-sal se convencesse de sua com-

petência e de sua autoconfiança e, as-sim, o contratasse. Não foi o que aconte-ceu. A mulher rapidamente pegou a peti-ção, agradeceu e saiu.

De vDe vDe vDe vDe volta à amosolta à amosolta à amosolta à amosolta à amostra nº 1:tra nº 1:tra nº 1:tra nº 1:tra nº 1:- Então, foi isso que aconteceu e aqui

está a petição daquele velho e experien-te advogado.

- Que bom que vocês decidiram mecontratar. Bem, então, são duzentos re-ais.

- Duzentos reais? Mas você só vaiter o trabalho de assinar!

O jovem não conseguia acredi-tar em toda aquela avareza. Cansa-do de discutir e traumatizado pelo

último encontro, resolveu ceder.- Cem reais, então.

A mulher, um pouco menos agita-da, conforma-se:

- Ok. Mas em quantas vezes?

(*) A(*) A(*) A(*) A(*) Advdvdvdvdvogado em Porogado em Porogado em Porogado em Porogado em Porttttto Alegre/RS.o Alegre/RS.o Alegre/RS.o Alegre/RS.o Alegre/RS.TTTTTeeeeextxtxtxtxto publicado originalmento publicado originalmento publicado originalmento publicado originalmento publicado originalmente no bloge no bloge no bloge no bloge no blog

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Rafael Corrêa de Barros Berthold (*)

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Novembro | 2009 19

| Crônica

Roberta Mariana Corrêa (*)

A cidade dos meus sonhosPor motivos que só Deus sabe, minha

vida é itinerante desde que vim ao mun-do. Nasci em Salvador, mas passei toda aminha infância em Fortaleza. Na adoles-cência regressei à minha cidade,onde conheci meu marido, oficial doExército. Já moramos em Manaus,Belo Horizonte e, agora, rumamos aoRio de Janeiro! Temos um filhomanauara e outro belorizontino.

É óbvio o que vou dizer, maspoucas pessoas dão conta, concre-tamente, disso: viver em uma cida-de é muito diferente de passear nela.Só vivendo você conhece realmen-te um lugar e se torna capaz de sa-ber o que é verdade e o que é mitoem cada comunidade. E viver emvários lugares te permite ver a cida-de sem o deslumbramento do turis-ta e sem o bairrismo de uma pessoaque nunca saiu de seu canto. Vocêpassa a conhecer o que é realmen-te bom e o ruim que cada recantoguarda, sem ilusões.

Em cada cidade encontrei difi-culdades e coisas do meu desagra-do, mas também coisas maravilho-sas, amigos inesquecíveis.

Apesar de a globalização ter tornadoo mundo mais homogêneo, os lugaresmais parecidos, cada cidade conseguemanter um jeito só seu, um sotaque típi-co capaz de te trazer as mais bonitas lem-branças dos tempos lá vividos.

E depois de tantas andanças, de co-nhecer o melhor e o pior de cada lugar,certa vez fantasiei a cidade dos meussonhos.

Uma cidade com pelo menos duas outrês "coisas" boas das inúmeras existen-tes em cada lugar que vivi: de Fortalezaeu levaria as praias maravilhosas, astapiocas com café, o artesanato; de Sal-vador eu levaria a hospitalidade do povo,a música e a ginga, a arte de saber viver;

de Manaus, a culinária maravilhosa, comseus peixes inigualáveis, osigarapés e a exuberante natureza;de Belo Horizonte, o respeito e oamor às tradições, o pão de quei-jo, a busca pela excelência. Penseiaté na belíssima cidade do Rio deJaneiro - ainda a conhecer a fundonos próximos anos - para compor acidade dos meus devaneios.

Mas essa fantasia não respon-de à pergunta que a realidade meimpõe: onde parar? Onde fincarraízes?

Conhecer muitos lugares certa-mente me faz uma pessoa melhor,mas me deixa numa situação mui-to penosa neste momento, pois émuito difícil quando se conhecebem o melhor e o pior de cada lu-gar.

Quer saber, só existe um crité-rio de desempate: deixar meu co-ração falar mais alto. Jamais resol-

verei esse impasse com apreciações ob-jetivas, racionais.

A cidade dos meus sonhos será a ci-dade que meu coração escolher.

(*) A(*) A(*) A(*) A(*) Advdvdvdvdvogada da CAIXAogada da CAIXAogada da CAIXAogada da CAIXAogada da CAIXAem Belo Horizontem Belo Horizontem Belo Horizontem Belo Horizontem Belo Horizonte/MG.e/MG.e/MG.e/MG.e/MG.

Novos associadosNovos associadosNovos associadosNovos associadosNovos associados Veja quem são os novos filiados da ADVOCEF, inscritos entre04/08/2009 e 31/10/2009.

Nome Lotação Data FiliaçãoCarlos Rossato da Silva Ávila CB/MT 27/10/2009Leonardo dos Santos VR/RJ 19/10/2009Alisson de Bom de Souza FL/SC 22/09/2009Cleucimar Valente Firmiano CP/SP 18/09/2009Luciana Mano Oliveira UB/MG 08/09/2009Emanuela Lia Novaes SP/SP 21/08/2009Iane Rios Esquerdo VR/RJ 19/08/2009Fabio Guimarães Haggstram (*) SM/RS 15/06/2009Fabio Radin (*) SM/RS 16/03/2009

| Comunicação

(*) Associados que, por equívoco, não foram incluídos na relação anterior.

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